Trabalho história da áfrica

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Darwinismo social: Teoria social que aplica os princípios da evolução biológica à

sociedade humana. Embora a expressão se refira à teoria da seleção natural de charles

Darwin , a ideia foi formulada na década de 1850 pelo filósofo e sociólogo inglês

Herbert Spencer ...Spencer interpretava o progresso humano como questão de

competição bem-sucedida que resulta na “sobrevivência do mais forte”; os mais fortes e

superirores sobrevivem, ao passo que os mais fracos perecem ou são dominados pelos

fortes, processo que leva ao aprefeiçoamento contínuo das sociedades. (ROHNAMM,

Chris (org.) O Livro das Ideias: pensadores, teorias e conceitos que formam a nossa

visão de mundo; tradução: Jussara Simões – Rio de Janeiro: Campos, 2000, p.93).

Cristianismo evangélico: entra aqui o grupo representado pelos missionários

anglicanos, metodistas, batistas e presbiterianos a serviço da Grã-Bretanha

desenvolvendo seus trabalhos em Serra Leoa, na Libéria, na Costa do Ouro e na

Nigéria, chamados de protestantes por Leila Leite Hernandez, e neste contexto

desenvolveram estas três características de trabalho: 1ª.) Empreender a conversão dos

africanos não apenas ao cristianismo, mas ao conjunto de valores próprios da cultura

ocidental européia; 2ª.) Ensinar a divisão das esferas espiritual e secular, crença

absolutamente oposta à base do variado repertório cultural africano fundado na unidade

entre religião e vida; 3ª.) A pregação contrária aos ritos sagrados locais, o que minava a

influência dos chefes tradicionais africanos. (HERNANDEZ, Leila Maria Gonçalves

Leite, A África na Sala de Aula: visita à história contemporânea, São Paulo: Selo

Negro, 2005, pp. 53, 54)

Atavismo social: conceito de Joseph Schumpeter que é uma prática política na qual o

indivíduo tem o desejo natural de dominar o próximo pelo simples prazer da dominação.

No caso imperialismo na África a dominação é feita pelos “empresários inovadores que

representam um sistema de natureza benevolente”. (HERNANDEZ, Leila Maria

Gonçalves Leite, A África na Sala de Aula: visita à história contemporânea, pp. 80, 81)

Segundo Samir Amim, diferente de quaisquer interpretações entende que o

imperialimo foi construído com base na revolução industrial e se manifestou pela

submissão colonial da Ásia e da África. "Abrir os mercados" e apoderar-se das reservas

naturais do globo eram as reais motivações, como é sabido hoje em dia. (AMIM, Samir

O imperialismo, passado e presente in http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-

77042005000100005&script=sci_arttext).

Por isso o que motivou o imperialismo das potências européias mais do que as

motivações psicológicas (darwinismo social, cristianismo evangélico, atavismo social),

mas um projeto de expansão da corrida da Revolução Industrial.

Hernandez diz que: “É importante observar que neste conjunto de instrumentos

permite ao capitalismo europeu extrair produtos necessários à indústria, desequilibrar as

economias domésticas e influenciar os sistemas políticos africanos.” (HERNANDEZ,

Leila Maria Gonçalves Leite, A África na Sala de Aula: visita à história

contemporânea, p.84)

Os europeus por mais que tivessem uma ideologia por detrás de suas ações, a

finalidade de sua ocupação na África foi a exploração econômica, já que países como

Grã-Bretanha e França disputavam a supremacia mercadológica na Europa, e o meio de

conseguir esta hegemonia seria utilizar-se dos africanos como mão-de-obra extrativa de

matérias-primas de suas indústrias.

Para chegarem a seus objetivos os europeus aproveitaram-se das divisões entre

os africanos com os seus sentimentos de resistência a dominação de seus próprios

vizinhos, assim aproveitando-se destas rivalidades entre as diferentes nações do

continente, os imperialistas deram as seguintes razões para os nativos fazerem alianças

: 1ª.) Instituir relações com os exploradores de cultura ocidental buscando obter vantagens políticas em comparação com seus vizinhos; 2ª.) A aliança com os europeus era um recurso dos soberanos para manterem a obediência de seus súditos nativos; 3ª.) A obtenção da salvaguarda da soberania, ameaçada por outras nações européias que viessem a tentar invadir um espaço local. (HERNANDEZ, Leila Maria Gonçalves Leite, A África na Sala de Aula: visita à história contemporânea, p.85)

Logo, mesmo com todos esses acordos e movimentos cabe aqui mencionar que

os africanos resistiram a essa ocupação européia, contudo viu-se a superioridade bélica

dos europeus como observou Hernandez:

Concluindo, é possível afirmar que todos esses exemplos, embora em pequeno número, são suficientes [exemplos de acordos e embates entre europeus e povos africanos] para indicar que tanto a violência como as formas de resistência diante da perda de soberania, independência e liberdade desvendam o protagonismo africano perante a partilha e a conquista. Mas os exemplos evidenciam a impotência bélica dos africanos ante a supremacia européia. Como bem resumiu o poeta inglês Hilaire Belloc: “Aconteça o que acontecer, nós temos a metralhadora, e eles não.” HERNANDEZ, Leila Maria Gonçalves Leite, A África na Sala de Aula: visita à história contemporânea, p.89)

Portanto, os motivos políticos e econômicos explicam melhor este movimento

imperialista na África na busca de ouro, e pedras precisosas, e o controle de rotas

comerciais.