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Universidade de Brasília
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
SISTEMAS HIDRÁULICOS PREDIAIS
Nivea Thais Silva Santos 04/97631
Tiago Cardoso Ferreira 05/39601
Stênio Fonseca da Costa Vale 07/13902
Grupo 3
31 de agosto de 2010
Índice
Objetivos 3Descrição do Projeto 3Memorial de Cálculo para instalações de água fria 4
Dados básicos de projeto 4Dimensionamento do Hidrômetro 8Ramal de Alimentação 10Reservatório 10Dimensionamento dos sub-ramais11Dimensionamento dos ramais 12Dimensionamento das colunas 15Dimensionamento do barrilete 19
Memorial de Cálculo para instalações prediais de esgoto 21Informações iniciais 21Roteiro para a elaboração dos projetos sanitários 21Dimensionamento dos componentes 22Dimensionamento dos Ramais de Descarga 22
Ramais de Esgoto 23Dimensionamento dos Ramais de Esgoto 24
Memorial de Cálculo para instalações prediais pluviais26Instalações prediais de águas pluviais 26
Dimensionamento das Calhas 26Área de contribuição 27Vazão de projeto 27
Condutores Verticais 28Dimensionamento dos condutores verticais 28
Caixa de areia 30Condutores horizontais: 30
Referências Bibliográficas 32
OBJETIVOS
O memorial descritivo em questão apresenta um projeto que tem como objetivo contemplar a aplicação, no âmbito prático, dos conteúdos
estudados na disciplina de Sistemas Hidráulicos Prediais.
Será desenvolvido um Projeto de Instalações hidráulicas, sanitárias e de águas pluviais para uma unidade residencial, onde foram
dimensionados os itens pertinentes ao sistema de água fria de uma residência, tais como: reservatório, hidrômetro, colunas de distribuição, ramais,
sub-ramais. Continuando o projeto iniciado, dimensionam-se as instalações de esgoto, são dimensionados os ramais de descarga, os ramais de
esgoto e posicionam-se esses adeqaudamente na edificação, com declividade indicada, além de sua ligação com as caixas de inspeção para, por
fim, ligar a instalação à rede coletora de esgoto. Também foi feito o projeto de esgotamento de águas pluviais que consiste nas calhas, condutores
verticais e horizontais e caixas de inspeção.
DESCRIÇÃO DO PROJETO
O Projeto de Instalações Hidráulicas a ser feito é de uma unidade residencial com dois pavimentos, com dois quartos, dois banheiros,
cozinha, área de serviço, sala de estar, hall interno e sacada.
Para ser realizado, foi disponibilizada uma planta de layout da residência, com os cômodos indicados, bem como alguns equipamentos.
Ilustração 1: Planta baixa do térreo e pav. superior
Apresentam-se as respectivas tabelas e os respectivos valores para a unidade residencial para qual é feito o dimensionamento.
MEMORIAL DE CÁLCULO PARA INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA
Em um Projeto de Instalações Hidráulicas, definir-se-ão as vazões, pontos necessários, peças especiais, diâmetros e comprimentos de
tubulações a serem supridos por meio de alguns critérios estabelecidos. Os dados básicos colhidos na análise inicial do projeto são essenciais para
que possam ser dimensionados.
Também é muito importante que o conjunto de plantas da edificação a se fazer o projeto esteja pronto, incluindo o layout e o projeto de
arquitetura. Tudo isso ajuda a delinear o fim a que se destina a instalação hidráulica, sendo possível tornar seu dimensionamento racionalizado.
O projeto proposto é para uma unidade residencial. Para que fosse estabelecido como seria o elaborado, foi necessário delimitar de maneira
adequada cada cômodo da casa. Com isso, foi possível ser feita a definição das vazões locais e pontos de fornecimento, parâmetros para início
desse tipo de projeto.
Dados básicos de projeto
A existência dos sistemas de abastecimento de água potável aos seres humanos é de grande importância para a sociedade. A chegada de
água tratada às torneiras, ao chuveiro, às máquinas de lavar louças e roupas e a outros pontos em uma edificação só é possível graças à função
exercida pelo sistema hidráulico predial.
A rede de distribuição predial é geralmente alimentada por distribuidor público, mas também pode ocorrer que fontes particulares sejam as
responsáveis para tanto. Os sistemas de distribuição podem ser de quatro tipos: Sistema Direto de Distribuição, Sistema Indireto de Distribuição
sem Bombeamento, Sistema Indireto de Distribuição com Bombeamento e Sistema Hidropneumático de Distribuição.
O Sistema Direto de Distribuição pode ser utilizado nos casos em que a pressão vinda da rede pública é suficiente para abastecer a
edificação. É necessário ainda que o abastecimento não seja intermitente, ou seja, deve mostrar-se contínuo.
Ilustração 2: Sistema Direto de Distribuição
Fonte: Creder, 2006.
Caso exista pressão suficiente do abastecimento da rede pública, mas este não seja contínuo, há a necessidade de se dimensionar um
reservatório superior, Sistema Indireto de Distribuição sem Bombeamento. Em residências de até dois pavimentos, esse é o sistema geralmente
presente.
Ilustração 3: Sistema Indireto de Distribuição sem Bombeamento
Fonte: Creder, 2006.
Em casos de pressão insuficiente por parte da alimentação da rede pública e, além disso, sistema intermitente há necessidade de um
reservatório inferior, sistema de bombeamento e reservatório superior, ou seja, Sistema Indireto de Distribuição com Bombeamento. Em grandes
edifícios, geralmente o sistema existente é desse tipo.
Ilustração 4: Sistema Indireto de Distribuição com Bombeamento
Fonte: Creder, 2006.
Se houver alguma restrição para a existência de reservatório superior na edificação, o que pode ocorrer se houver gabarito crítico ou a
estrutura deva ter alivio de esforços, o sistema predial dimensionado é o Sistema Hidropneumático de Distribuição. Sua existência apenas em
situações especiais deve-se ao fato do alto custo de sua instalação.
Ilustração 5: Sistema Hidropneumático de Distribuição
Fonte: Creder, 2006.
Consumo predial
O primeiro passo para o dimensionamento de um sistema hidráulico predial é a estimativa do consumo de água na edificação. Dessa forma,
deve-se identificar o tipo de atividade a ser desenvolvida (residencial, comercial, hospitalar); o tipo de consumo (doméstico, lavanderia,
restaurante), a área da edificação e outras características afins.
A companhia de águas da regiárea da casa neste estudo é de 84m², para fins de cálculo do consumo diário em residências, estima-se cada
quarto social ocupado por duas pessoas . Assim, de acordo com com as exigências da companhia de águas local , consumo diário é de 200 litros de
agua diários por pessoa , uma residência como a de estudo apresentaria consumo 800 litros de água/dia
Dimensionamento do Hidrômetro
A partir do consumo predial, que no caso seria de 800 litros diários , ou seja, 24,8 m³/mês pode-se dimensionar o hidrômetro. Como pode
ser observado na tabela seguinte, de acordo com a faixa de consumo da casa em estudo (entre 0 e 240m³/mês), a bitola a ser utilizada para o
hidrômetro é a de ¾”, sua vazão característica é de 3m³/h e é do tipo monojato.
Tabela 1 - Hidrômetros
FAIXA DE CONSUMO MENSAL
(m³/mês)BITOLA (pol)
VAZÃO CARACTERÍSTICA
(m³/h)Tipo
0-240 3/4 3 Monojato
241-560 1 7 Multijato
561-1200 1 1/2 20 Multijato
1201-1800 2 30 Multijato
1801-5400 2 30 Multijato
5401-12000 3 110 Multijato
12001-18000 4 180 Multijato
18001-37500 6 350 Multijato
Além disso, de acordo com a Concessionária local (CAESB), devem ser obedecidas as seguintes exigências para a instalação de hidrômetros:
Os registros do cavalete deverão ser de esfera ou sistema de vedação por meio de eixo e anel e possuir dispositivo para colocação do
lacre;
A conexão que anteceder/suceder ao tubete deverá ser roscável e com bucha de latão para suportar esforços aplicados durante a
manutenção ou troca de hidrômetros;
As conexões deverão ser instaladas de modo que permitam ser giradas, dando condições para afastamento dos tubetes, permitindo a
retirada e instalação do hidrômetro com facilidade;
O conjunto de tubos, conexões e cavaletes deverão ser fixados de modo que não haja transmissão de esforços que possibilitem
movimentação ao conjunto;
Poderá haver outras propostas de instalação dos cavaletes, contanto que sejam aprovadas previamente por técnicos da Gerência de
Micromedição da CAESB;
Deverá ser instalado um registro de esfera posterior ao hidrômetro para possibilitar a manutenção e troca do equipamento sem que
haja o extravasamento de água;
Deverá existir registro geral na coluna de distribuição para a manutenção das conexões localizadas antes do registro de corte ou para a
troca deste;
Cada hidrômetro deverá ter placa de identificação indicando a qual unidade pertence. Esta placa deverá ser de material impermeável,
com os letreiros legíveis e permanentes;
Poderão ser utilizados modelos pré-fabricados de abrigos desde que aprovados previamente pela CAESB;
O abrigo deverá ser dispensado quando os hidrômetros estiverem localizados em ambiente fechado e de acesso restrito, e que seja
especificamente destinado para instalação dos hidrômetros.
Ramal de Alimentação
A exigência existente para o ramal de alimentação é que ele possua mesmo diâmetro que o Hidrômetro. Dessa maneira, o ramal de
alimentação da casa deste projeto é ¾”.
Ilustração 6: Ramal de Alimentação
Reservatório
Para uma residência de dois andares, é comum dimensionar o Sistema Indireto de Distribuição sem Bombeamento, pois existe pressão
suficiente do abastecimento da rede pública, mas este não seja contínuo. Portanto, há a necessidade de se dimensionar um reservatório superior.
De acordo com a norma NBR 5626/98, os reservatórios são a parte crítica da instalação predial de água fria no que se diz respeito à
manutenção e potabilidade da água. Os reservatórios não podem transmitir cor, sabor, odor ou toxinas à água, devem ser estanques e não podem
permitir a entrada de poeiras, insetos, dentre outras coisas que alterem a qualidade da água. Além disso, não devem ser apoiados no solo ou
enterrados total ou parcialmente, pois pode haver contaminação proveniente do solo por infiltração.
O volume mínimo que deve ser armazenado para o tipo de edificação tratada neste projeto é de dois dias de utilização acrescido de 20%
relativos à reserva de incêndio
Como o consumo diário é de 800l/dia, o reservatório deverá armazenar 1600l acrescido de 160l da reserva de incêndio, tendo portando
capacidade mínima de 1760l.
2. 8 – RAMAL PREDIAL
De um modo geral, o diâmetro do ramal predial é fixado pela Concessionária de água local. A Norma prevê dois casos para
que se possa determinar a vazão do ramal predial:
quando se tem distribuição direta, a vazão do ramal é dada por:
Q = C
onde:
Q é em l/s
C é o coeficiente de descarga = 0,30 l/s
P é a soma dos pesos correspondentes a todas as peças de utilização alimentadas através do trecho considerado (ver Tabela 6,
extraída da NBR 5626)
Quando se tem distribuição indireta a Norma admite que a alimentação seja feita continuamente, durante 24 horas do dia e a
vazão é dada pela expressão:
Onde:
Q é em l/s
CD é em l/dia
Uma vez conhecida a vazão do ramal predial, tanto no caso de distribuição direta ou indireta, o serviço de água deverá ser
consultado para a fixação do diâmetro. Geralmente, na prática, adota-se, para o ramal predial, uma velocidade igual a 0,6 m/s, de tal modo
a resultar um diâmetro que possa garantir o abastecimento do reservatório mesmo nas horas de maior consumo.
2.1 8.1 – Ligação do Alimentador Predial
As ligações do ramal predial e medidores (hidrômetros) são estudados com bastante propriedade por Nogami (1978) e
apresentam-se aqui muitas de suas observações e ilustrações.
A ligação do ramal predial à rede pública de abastecimento pode ser efetuada através de três tipos de tomadas:
direta com colar com ferrule
No sistema com tomada direta, o ramal predial é ligado diretamente na tubulação distribuidora através de uma conexão
(curva) que é rosqueada na mesma. Esse tipo de tomada só é utilizado em canalizações distribuidoras de ferro fundido com paredes
relativamente espessas e desde que as mesmas se encontrem vazias.
A ligação do ramal predial através de um colar de tomada é realizada com a rede em carga e em tubos de ferro fundido com
paredes finas, ou em tubos de cimento amianto ou em tubos de plástico. Esta ligação é constituída por um conjunto de peças que são
presas à tubulação da rede de abastecimento conforme mostra a Figura 10.
Figura 1 - Colar de tomada e peças
A broca que aparece na Figura 11, atravessa o registro (que se encontra aberto) e perfura a canalização em carga. Em
seguida, a broca é recuada, o registro é fechado e a peça que contem a broca é retirada e deste modo, a ligação encontra-se pronta para
ser conectada ao cavalete, conforme mostra a Figura 12.
Figura 2 - Perfuração da canalização em carga
Figura 3 - Ligação ao cavalete
A tomada com o ferrule permite a ligação do ramal com a tubulação em carga e esse dispositivo é muito empregado para
canalizações de ferro fundido. O ferrule é constituído por: base, corpo, vedador e tampa.
Um aparelho especial (catraca) faz o furo e a rosca na tubulação distribuidora, em carga, permitindo a conexão da peça base
que contem o vedador no seu interior conforme mostra a Figura 12.
Figura 4 - Ferrule
Retirando-se o aparelho que perfurou o tubo, o corpo é rosqueado sobre a base e a ligação do ramal predial é feita através de
uma derivação lateral existente neste corpo. Com auxílio de uma chave de seção quadrada, coloca-se o vedador numa posição superior da
peça, fazendo dessa maneira, com que a água passe da tubulação para o ramal. As Figuras 13, 14 e 15 mostram detalhes das peças que
fazem parte desta ligação.
Figura 5 - Ligação com ferrule
Figura 6 – Máquina para abrir e rosquear furo e colocar registro de derivação com a rede pública (Fonte: MACINTYRE, 1996).
3. 9 – CAVALETE
O cavalete é constituído, geralmente, por um hidrômetro e um registro de gaveta interligados entre o ramal predial e o
alimentador predial.
3.1 9.1 – Hidrômetros
Os medidores ou hidrômetros são aparelhos destinados à medida e indicação do volume de água escoado da rede de
abastecimento ao ramal predial de uma instalação. Os hidrômetros contém uma câmara de medição, um dispositivo redutor (trem de
engrenagem e um mecanismo de relojoaria ligado a um indicador que registra o volume escoado.
Os hidrômetros são classificados em hidrômetros de volume e hidrômetros de velocidade.
Os hidrômetros de volume têm duas câmaras de capacidades conhecidas que se enchem e se esvaziam sucessivamente,
medindo dessa maneira, o volume de água que escoa pelo hidrômetro. Este volume é medido através do deslocamento de uma peça móvel
existente no interior desses hidrômetros, que transmite o movimento a um sistema medidor. São indicados para medições de vazões
relativamente baixas e apresentam erros pequenos para essas medidas. Devem trabalhar com água bastante líquida, isenta de impurezas
em suspensão para que não haja a paralisação da peça móvel da câmara destes aparelhos.
Os hidrômetros de velocidade medem o volume escoado através do número de rotações fornecidos por uma hélice ou turbina
existentes no seu interior. Essas rotações são transmitidas a um sistema de relojoaria (seca, molhada ou selada) que registram num
marcador (de ponteiros ou de cifras) o volume de água escoado.
3.2 10.4 – Canalização de Descarga dos Reservatórios
O diâmetro da canalização de descarga dos reservatórios é determinado através da expressão:
A – área em planta de um compartimento (m2)
t – tempo de esvaziamento ( 2 h)
h – altura inicial de água (m)
S – seção do conduto de descarga (m2)
Dimensionamento dos sub-ramais
As tubulações das instalações prediais hidráulicas funcionam como condutos forçados e seu dimensionamento é feito seguindo tal premissa.
Com o uso dos métodos de cálculo relativos a condutos forçados, pode-se determinar o diâmetro dos sub-ramais, dos ramais, das colunas e
do barrilete.
Os sub-ramais de uma instalação predial hidráulica são a parte da tubulação onde ocorre a ligação entre o ramal e a peça de utilização a ser
atendida com a instalação dimensionada.
Para os sub-ramais, foram usados os diâmetros mínimos indicados de uso corrente.
Tabela 2 - Diâmetros dos Sub-ramais (mínimos)
Diâmetros dos sub-ramais (mínimos)
Peças de Utilização Diâmetro (mm)Diâmetro (pol)
Chuveiro 15 ½
Lavatório 15 ½
Bacia sanitária com válvula de descarga 32 1 ¼
Tanque de lavar roupa 20 ¾
Pia de cozinha 15 ½
Torneira de jardim 20 ¾
Fonte: Creder, 2006 e Notas de Aula da Disciplina Sistemas Hidráulicos Prediais, 2009.
Usualmente, para instalações de chuveiro e de pia de cozinha, o diâmetro é de ¾ “ (20 mm) e, então, foram esses os adotados para esses.
Estão descritos os cômodos da edificação projetada, bem como os aparelhos sanitários e as peças de utilização de cada um. Adotou-se para as
bacias sanitárias o diâmetro de 1 ½ “.
Dimensionamento dos sub-ramais
Tabela 8 – diâmetros mínimos dos sub-ramais
Peças de ultilização Diâmetro mm
Bacia sanitária com
válvula32
Pia de cozinha 13
bebedouro 13
Tanque de lavar 19
lavatório 13
Máquina de lavar roupa 19
chuveiro 13
Torneira 2 19
Dimensionamento dos ramais
Um ramal é a tubulação derivada da coluna de distribuição, que alimenta os sub-ramais. O dimensionamentos dos ramais deve ser feito pela
determinação da vazão em cada trecho e considerando-se como é consumo na edificação projetada. Têm-se dois tipos de consumo: máximo
possível e máximo provável.
No critério de consumo máximo possível, é determinado que todas os aparelhos servidos pelo ramal estão em uso simultaneamente. Usa-se o
método das seções equivalentes:
Diametro dos canos em polegadas1/2
3/41 1 1/4 2
Numero de canos de ½ com a mesma capacidade 1 2,9 6,2 10,9 37,8
Tabela 3 – seçoes equivalentes
Coluna 1: trecho A-F ,torneira garagem(1/2’’); trecho A-E pia de cozinha(½’’); tanque de lavar roupa(3/4’’); bebedouro(1/2’’),
lavatório(1/2’’); torneira garagem(1/2’’)
Seções equivalentes: Trecho A-E; Pia da cozinha=1; Pia da cozinha=1; Trecho A-F: Torneira Jardim=1; Tanque de lavar roupa=2.9; Bebedouro=1; Torneira garagem=1.
Total trecho A-E= 6.9; a tubulação de diâmetro de 1 ¼’’ servirá .
Coluna 2 :trecho A-B Bacia sanitária=10,9; Lavatório=1, total do trecho, 11,9, um cano de 1 1/2 ‘’ servirá
Coluna 3. Trecho A-B Bacia sanitária=10,9, um cano de1 ½’’ servirá
Dimensionamento das colunas
No procedimento para dimensionamento de tubulações da rede predial de distribuição, os pesos relativos foram estabelecidos empiricamente, em função da vazão de projeto obtida utilizando-se a tabela A.1 da NBR 5626. A quantidade de cada tipo de peça de utilização alimentada pela tubulação, que está sendo dimensionada, foi multiplicada pelos correspondentes pesos relativos e a soma dos valores obtidos nas multiplicações de todos os tipos de peças de utilização constitui a somatória total dos pesos (ΣP). Esse somatório foi convertido na demanda simultânea total do grupo de peças de utilização considerado, que é expressa como uma estimativa da vazão a ser usada no dimensionamento da tubulação.
A perda de carga ao longo de um tubo depende do seu comprimento e diâmetro interno, da rugosidade da sua superfície interna e da vazão. Para calcular o valor da perda de carga nos tubos utilizou-se o ábaco de Fair-Whipple-Hsiao.
A perda de carga nas conexões que ligam os tubos, formando as tubulações, foi expressa em termos de comprimentos equivalentes desses tubos. As tabelas A.2 A.3 da NBR 5626 apresentam esses comprimentos para os casos de equivalência com tubos rugosos e tubos lisos, respectivamente. Como o material utilizado foi o PVC.
Os cálculos necessários foram feitos através de uma planilha. Os seguintes dados e operações foram considerados na execução da planilha:
a) Trecho: identificação do trecho de tubulação a ser dimensionado, apresentando à esquerda o número ou letra correspondente à sua entrada e à direita o número ou letra correspondente à sua saída ;
b) soma dos pesos: valor referente à somatória dos pesos relativos de todas as peças de utilização alimentadas pelo trecho considerado;
c) vazão calculada, em litros por segundo: maior consumo provável;
d) diâmetro, em milímetros: valor do diâmetro interno da tubulação;
e) velocidade, em metros por segundo: valor da velocidade da água no interior da tubulação;
f) perda de carga unitária, em KPa por metro: valor da perda de carga por unidade de comprimento da tubulação, conforme o tipo de tubo empregado;
g) diferença de cota, em metros: valor da distância vertical entre a cota de entrada e a cota de saída do trecho considerado, sendo positiva se a diferença ocorrer no sentido da descida e negativa se ocorrer no sentido da subida;
h) pressão disponível, em KPa: pressão disponível na saída do trecho considerado, depois de considerada a diferença de cota positiva ou negativa;
i) comprimento real da tubulação, em metros: valor relativo ao comprimento efetivo do trecho considerado;
j) comprimento equivalente da tubulação, em metros: valor relativo ao comprimento real mais os comprimentos equivalentes das conexões;
k) perda de carga na tubulação, em KPa: valor calculado para perda de carga na tubulação no trecho considerado;
l) perda de carga nos registros e outros componentes, em KPa: valor relativo da perda de carga provocada por registros, válvulas e hidrômetros ocorrentes no trecho considerado;
m) perda de carga total, em KPa: soma das perdas de carga verificadas na tubulação e nos registros e outros;
n) pressão disponível residual, em KPa: pressão residual, disponível na saída do trecho considerado, depois de descontadas as perdas de carga verificadas no mesmo trecho;
o) pressão requerida no ponto de utilização, em KPa: valor da pressão mínima necessária para alimentação da peça de utilização prevista para ser instalada na saída do trecho considerado. O valor foi obtido na tabela 3 da NBR 5626.
Coluna 1
TRECHOPESOS
VAZÃODIAMETRO
VELOCIDADECOMPRIMENTOS
PRESSÃO DISPONIVEL
PERDA DE CARGA
UNIT. ACUM. CALCULADO COMERCIAL REAL EQUIVALENTE TOTAL UNIT. (J)
A b 0 1,6 0,38 12,70 20 mm 1,68 11,16 0,8 11,96 9 0,23
b c 0 1,6 0,38 12,70 20 mm 1,68 2 1,2 3,2 9,27 0,23
c d 0 1,6 0,38 12,70 20 mm 1,68 3,9 1,2 5,1 8,53 0,23
d f 0,4 1,6 0,38 12,70 20 mm 1,68 0,4 1,2 1,6 7,37 0,23
f g 0 1,2 0,33 11,83 20 mm 1,46 3,7 0,8 4,5 7,00 0,18
g h 0,1 1,2 0,33 11,83 20 mm 1,46 1 1,2 2,2 6,20 0,18
h i 0 1,1 0,32 11,65 20 mm 1,41 3,7 1,2 4,9 5,81 0,17
i j 0 1,1 0,32 11,65 20 mm 1,41 2,6 0,8 3,4 4,98 0,17
j k 0,4 1,1 0,32 11,65 20 mm 1,41 2 1,2 3,2 4,40 0,17
k l 0 0,7 0,26 10,50 20 mm 1,15 3,1 1,2 4,3 3,86 0,12
m n 0,7 0,7 0,26 10,50 20 mm 1,15 1,2 1,2 2,4 3,36 0,12
Coluna 2
TRECHOPESOS
VAZÃODIAMETRO
VELOCIDADECOMPRIMENTOS
PRESSÃO DISPONIVEL
PERDA DE CARGAPROXIMO
UNIT. ACUM. CALCULADO COMERCIAL REAL EQUIVALENTE TOTAL UNIT. (J)
TOTAL
A b 0 40,5 1,91 28,47 40 mm 1,97 5,04 3,2 8,24 9 0,12 1,00
b c 0 40,5 1,91 28,47 40 mm 1,97 0.7 3,2 3,2 11,00 0,12 0,39
c d 0 40,5 1,91 28,47 40 mm 1,97 5.6 3,2 3,2 10,61 0,12 0,39
d f 0 40,5 1,91 28,47 40 mm 1,97 4,3 2,8 7,1 10,22 0,12 0,86
f g 0 40,5 1,91 28,47 40 mm 1,97 1 3,2 4,2 9,36 0,12 0,51
g h 0,5 40,5 1,91 28,47 40 mm 1,97 1,7 3,2 4,9 8,85 0,12 0,60
h i 40 40 1,90 28,40 40 mm 1,96 2,5 3,2 5,7 8,25 0,12 0,69
Coluna 3
TRECHOPESOS
VAZÃODIAMETRO
VELOCIDADECOMPRIMENTOS
PRESSÃO DISPONIVEL
PERDA DE CARGAPROXIMO
UNIT. ACUM. CALCULADO COMERCIAL REAL EQUIVALENTE TOTAL UNIT. (J)
TOTAL
A b 0 40 1,90 28,40 40 mm 1,96 1,5 2 3,5 9 0,12 0,42
b c 0 40 1,90 28,40 40 mm 1,96 0,5 2 2,5 11,58 0,12 0,30
c d 0 40 1,90 28,40 40 mm 1,96 3 2 5 11,28 0,12 0,60
d f 40 40 1,90 28,40 40 mm 1,96 1,72 2 3,72 10,68 0,12 0,45
Coluna 4
A Coluna 4 será destinada à abastecer o equipamento de aquecimento solar, por isso devido às especificações do fabricante o tubo
terá o diâmetro de 28mm
Essa tabela demostra as peças nas colunas. Cabe ressaltar que esta é meramente para conferir uma base de visualização auxiliadora nos
cálculos das colunas de distribuição, visto que as instalações serão devidamente representadas no trabalho. Assim, cada coluna contém um registro
de pressão posicionado a montante do ramal, para questões de manutenções e segurança e um joelho 90º para a ligação com os respectivo ramal.
Dimensionamento dos sub-ramais Os sub-ramais não necessitam de cálculo para serem dimensionados. A norma fornece os diâmetros mínimos dos sub-ramias. Dessa forma, conforme as
peças de utilização existentes no nosso edifício, temos:
Ilustração 7: Esquema das colunas de distribuição
Outro ponto relevante é o fato de que as colunas foram assim divididas também para que não houvesse mais de uma válvula de descarga em
cada, tanto por segurança contra refluxo como para evitar interferências com os demais pontos de utilização.
Dimensionamento do barrilete
O barrilete consiste em uma tubulação horizontal que recebe a água do reservatório e de onde
partem as tubulações que vão alimentar as colunas ou prumadas de alimentação nos andares.
Em um edifício existe o barrilete de distribuição de água e o barrilete de incêndio. A tomada
d'água do barrilete de distribuição é alta, resguardando a reserva de incêndio. Mesmo que a água
acabe e que só tenha a água do reservatório superior, o edifício nunca vai consumir a água destinada
ao combate de incêndio. Já a saída do reservatório para alimentar o barrilete de incêndio é feita
rente ao fundo. Em caso de incêndio, toda a água do reservatório superior poderá ser usada para
combate ao fogo, tendo no mínimo, o volume da reserva de incêndio.
Os barriletes podem ser unificados ou ramificados. Eis a diferença:
Unificado - As ramificações para cada coluna partem diretamente da tubulação que liga as
duas seções do reservatório. Cada ramificação para uma determinada coluna correspondente tem o
seu registro próprio. Possui como vantagem o isolamento, controle e a manobra de abastecimento,
das diversas colunas são feitos num único local da cobertura.
Ilustração 8: Barrilete unificado
Ramificado - Da tubulação que interliga as duas seções, saem ramais, que dão origem a
derivações secundárias para as colunas de alimentação. Possui como vantagem a economia de
encanamento.
Ilustração 9: Barrilete ramificado
Para determinar o diâmetro do barrilete, vamos usar o método das seçoes equivalentes
Coluna 1: 20mm- seção equivalente= 2,9
Coluna 2: 40mm- seção equivalente=17,4
Coluna 3:40 mm- seção equivalente=17,4
Coluna 4: 28mm - seção equivalente= 6,4
Com esses dados podemos dimensionar o barrilete como sendo feito por uma tubulação de 2
½’’
2 Instalações prediais de água quente
Há situações em que a disponibilidade de água quente sempre foi imprescindível, tais como
em
hospitais, hotéis, motéis, lavanderias, restaurantes, etc. Paralelamente, houve também uma
evolução
nas exigências de conforto nas próprias residências. Desta maneira, a instalação de água
quente é,
hoje, fato corriqueiro na maioria das instalações de padrão médio a alto e praticamente
indispensável
em qualquer prédio. As exigências técnicas mínimas a serem atendidas pela instalação de
água
quente estão na norma NBR 7198 – Projeto e execução de instalações prediais de água quente
(ABNT, 1993).
2.1 Terminologia
Reproduzem-se abaixo algumas das definições apresentadas na NBR 7198 (ABNT, 1993):
• Aquecedor: aparelho destinado a aquecer a água.
• Aquecedor de acumulação: aparelho que se compõe de um reservatório dentro do qual a
água acumulada é aquecida.
• Aquecedor instantâneo: aparelho que não exige reservatório, aquecendo a água quando de
sua passagem por ele.
• Coluna de distribuição: tubulação derivada do barrilete, destinada a alimentar os ramais.
• Diâmetro nominal: dimensão utilizada para classificar o diâmetro de uma tubulação e que
corresponde aproximadamente a seu diâmetro interno ou externo, em milímetros.
• Dispositivo anti-retorno: dispositivo destinado a impedir o retorno de fluídos para a rede de
distribuição.
• Dispositivo de pressurização: dispositivo destinado a manter sob pressão a rede de
distribuição predial, composto de tubulação, reservatórios, equipamentos e instalação
elevatória.
• Engate: tubulação flexível ou que permite ser curvada, utilizada externamente para conectar
determinados aparelhos sanitários – geralmente bidês e lavatórios – aos respectivos pontos
de utilização.
• Isolamento térmico: dispositivo utilizado para reduzir as perdas de calor ao longo da
tubulação condutora de água quente.
• Misturador: dispositivo que mistura água quente e fria.
• Ponto de utilização: extremidade a jusante do sub-ramal.
• Ramal: tubulação derivada da coluna de distribuição, destinada a alimentar aparelhos / sub-
ramais.
• Reservatório de água quente: reservatório destinado a acumular água quente a ser
distribuída.
• Respiro: dispositivo destinado a permitir a saída de ar e/ou vapor de uma instalação.
• Sub-ramal: tubulação que liga o ramal à peça de utilização.
• Tubulação de retorno: Tubulação que conduz a água quente de volta ao reservatório de água
quente ou aquecedor.
• Válvula de segurança de temperatura: dispositivo destinado a evitar que a temperatura da
água quente ultrapasse determinado valor.
• Dilatação térmica: variação nas dimensões de uma tubulação devida às alterações de
temperatura.
• Junta de expansão: dispositivo destinado a absorver as dilatações lineares das tubulações.
• Dreno: dispositivo destinado ao esvaziamento de recipiente ou tubulação, para fins de
manutenção ou limpeza.
• Dispositivo de recirculação: dispositivo destinado a manter a água quente em circulação, a
fim de equalizar sua temperatura.
2.2.2 Exigências a serem observadas no projeto
As instalações prediais de água quente devem ser projetadas e executadas de modo que,
durante a
vida útil do edifício que as contém, atendam aos seguintes requisitos:
a) Garantam o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade suficiente e
temperatura controlável, com segurança, pressões e velocidades compatíveis com o perfeito
funcionamento dos aparelhos sanitários e das tubulações, proporcionando o nível de conforto
adequado aos usuários;
b) Preservem a potabilidade da água no interior da tubulação, devendo haver plena garantia da
impossibilidade prática de a água ser contaminada com refluxo de esgoto sanitário ou
demais águas servidas;
c) Racionalizem o consumo de energia através do dimensionamento correto e escolha do
sistema de aquecimento adequado.
2.3.1 Sistema individual
2.3.1.1 Geração e reservação
Nesta modalidade se produz água quente para um único aparelho ou no máximo, para
aparelhos do
mesmo ambiente. São aparelhos localizados no próprio banheiro ou na área de serviço. Como
exemplo pode-se citar o chuveiro elétrico, onde uma resistência elétrica é ligada
automaticamente
pelo fluxo de água, conforme mostra a Figura 2-1. Neste caso não há reservação. Um outro
exemplo
a ser citado são os aquecedores individuais a gás, onde uma chama piloto é acionada pelo
fluxo de
água.
2.3.2 Sistema central privado
2.3.2.1 Geração e reservação
Neste sistema se produz água quente para todos os aparelhos de uma unidade residencial (casa
ou
apartamento). Esta modalidade se torna vantajosa em prédios de apartamentos onde exista
dificuldade de rateio na conta de energia e manutenção, que será de responsabilidade de cada
condômino. O sistema central privado utiliza basicamente os seguintes tipos de fontes de
energia:
eletricidade, óleo combustível, gás combustível, lenha e energia solar.
Os aparelhos de aquecimento para este sistema podem ser instantâneos (ou de passagem),
onde a
água vai sendo aquecida à medida que passa pelo aparelho (sem reservação) ou de
acumulação,
onde a água é reservada e aquecida para posterior uso.
Para este sistema de aquecimento, deve haver uma prumada de água fria exclusiva, com
dispositivo
que evite o retorno da água do interior do aquecedor em direção à coluna de água, tal como o
sifão
térmico. Os aquecedores deverão ainda contar com dispositivo para exaustão dos gases e os
ambientes onde os mesmos serão instalados devem obedecer às normas quanto à adequação
de
ambientes. No caso de instalação de aquecedores a gás combustível em residências, a norma a
ser
obedecida é a NBR 13103.
Geração de água quente à base de energia solar
O sistema de geração de água quente à base de energia solar se compõe de três elementos:
a) Coletores de energia (placas coletoras);
b) Acumulador de energia (reservatório de água quente);
c) Rede de distribuição.
2.4.4 Coletores
O coletor solar é composto basicamente de uma placa de vidro plano, um elemento
absorvedor (de
cobre ou alumínio), um isolante térmico e uma caixa para proteção destes elementos. A
Figura 2-8
ilustra um esquema de montagem de coletor solar.
Os coletores devem ser montados de acordo com as seguintes prescrições:
a) Orientação: deverá ser orientado para o norte verdadeiro;
b) Inclinação: a inclinação com a horizontal deverá ser igual à latitude do local + 5 a 10º.
c) Nível: para que ocorra a circulação normal (fluxo ascendente de água com temperatura
mais
elevada), deverá haver um desnível de 60cm ou mais entre a saída do coletor e o fundo do
reservatório de água quente.
A Figura 2-9 ilustra um sistema típico de instalação de aquecimento solar.
CONSUMO DE ÁGUA QUENTE
Para cálculo do consumo pode-se ultilizar a tabela abaixo
Para a residencia com as caracte´risticas apresentadas calcúla-se um consumo diário de 225 litros de água
quente, ultulizando um reservatório de água quente de 300 litros e necessárias 3 placas coletoras de energia solar
contendo um metro quadrado cada uma ( dados do fabricante persol)
O consumo de água quente não ocorre de forma contínua ao longo das 24 horas diárias, ou seja,
ocorrem picos diários de consumo. A Tabela 2-3 e
Tabela 2-4 são úteis na avaliação destes picos e na escolha do aquecedor adequado. Estes dados
deverão ser avaliados pelo projetista e analisados conforme as exigências de cada cliente, que
poderá optar ou não pela redução do volume diário a ser armazenado.
2.6.2.1 Vazão
Para o correto funcionamento do sistema de água quente, o mesmo deve ser dimensionando de
modo a garantir água na quantidade e temperatura correta para todos os pontos de utilização. Para
isto, a
Tabela 2-5 apresenta alguns pontos de utilização com suas respectivas bitolas normalmente
utilizadas (em polegadas), vazões (litros / segundo) e pesos relativos.
Tabela 2-5 – Pontos de utilização de água quente com bitolas, vazões e pesos relativos.
2.6.2.2 Pressão
A NBR 7198 recomenda os valores máximos e mínimos da pressão em qualquer ponto da rede:
a) pressão estática máxima: 400 kPa (40mca);
b) pressão mínima de serviço:
torneiras - 0,50 mca;
chuveiros - 1,00mca.
Estes valores são os mesmos adotados para o dimensionamento da rede de água fria.
2.6.2.3 Velocidade
O valor limite determinado pela NBR 7198 é de 3,0m/s, mesmo valor adotado para o
dimensionamento da rede de água fria.
2.6.2.4 Perda de carga
Deve ser utilizada a mesma metodologia indicada para o cálculo das perdas em tubulações de água
fria, respeitando-se os coeficientes em função dos materiais utilizado
TRECHOPESOS
VAZÃODIAMETRO
VELOCIDADECOMPRIMENTOS
UNIT. ACUM. CALCULADO COMERCIAL REAL EQUIVALENTE
A b 0 1 0,30 11,28 20 mm 1,33 2.3 2,7
b c 0 1 0,30 11,28 20 mm 1,33 4,5 2,7
c d 0,3 1 0,30 11,28 20 mm 1,33 1,18 2,7
d f 0 0,7 0,26 10,50 20 mm 1,15 2,2 1,8
f g 0 0,7 0,26 10,50 20 mm 1,15 1,66 2,7
g h 0 0,7 0,26 10,50 20 mm 1,15 0,43 2,7
h i 0 0,7 0,26 10,50 20 mm 1,15 4 1,8
i j 0 0,7 0,26 10,50 20 mm 1,15 1 2,7
j k 0,4 0,7 0,26 10,50 20 mm 1,15 0,1 2,7
k l 0,3 0,3 0,17 8,49 20 mm 0,75 1,6 2,7
MEMORIAL DE CÁLCULO PARA INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO
O projeto proposto é para uma unidade residencial. Para que fosse estabelecido como seria o
elaborado, foi necessário delimitar de maneira adequada cada cômodo da casa. Com isso, foi
possível ser feita a definição das vazões locais e pontos de fornecimento, parâmetros para início
desse tipo de projeto.
Informações iniciais
Entende-se como instalação predial de esgoto o conjunto de aparelhos sanitários, canalizações
e dispositivos destinados a coletar e afastar da edificação as águas servidas por fins higiênicos,
sendo estas encaminhadas ao destino que julga-se adequado.
Os esgotos domésticos apresentam uma grande quantidade de bactérias. Algumas são
patogênicas, resultando em doenças. Deve-se, portanto, tratá-lo e afastá-lo de maneira que as
condições seguintes sejam atendidas:
Nenhum manancial destinado ao abastecimento domiciliar deve correr perigo de
poluição;
Não deve haver perigo de poluição de águas subterrâneas, localizadas ou que
atravessem núcleos de população, bem como as utilizadas na dessedentação de
rebanhos e na horticultura;
Odores desagradáveis não devem ser observados, assim também a presença de insetos
e outros inconvenientes;
Não prejudiquem condições próprias à vida nas águas receptoras, de balneabilidade de
praias e outros locais destinados ao recreio e esporte;
Não polua o solo, de forma a afetar direta ou indiretamente pessoas e animais.
A Norma 7229/93 trata do projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos e a
Norma 13966/97 regulamenta o tratamento e a disposição final dos efluentes dos mesmos.
Nesta parte do trabalho é utilizada basicamente a NBR 8160/99 – Sistemas prediais de esgoto
sanitário – Projeto e Execução.
Roteiro para a elaboração dos projetos sanitários
São observadas, basicamente, as etapas de concepção, dimensionamento e comunicação do
projeto. A primeira é, sem dúvida, a parte mais importante, visto que é onde ocorre a maioria das
análises e decisões do projetista. Deve-se, portanto, identificar os pontos geradores de águas
servidas, águas negras ou imundas e águas com gordura.
Dimensionamento dos componentes
De acordo com a NBR 8160/1999, os critérios observados por este trabalho visam que o
sistema a ser projetado e executado obedeça às seguintes condições:
Possibilitar um rápido escoamento e facilidade de manutenção;
Impedir que os gases provenientes do interior do SPES atinjam áreas de utilização;
Evitar a contaminação da água potável.
Para o dimensionamento do projeto de Esgoto Sanitário deste trabalho foi usado como
bibliografia básica a apostila fornecida pela professora Claudia nas aulas da disciplina.
Dimensionamento dos Ramais de Descarga
Para dimensionar o diâmetro da tubulação usa-se a tabela 1 da apostila e para a declividade
usa-se a tabela 6 da referida apostila.
No dimensionamento do banheiro na parte superior da casa temos:
Lavatório = uma unidade Hunter, o que dá um diâmetro de 30 mm e declividade de
3%.
Chuveiro = duas unidades Hunter, o que dá um diâmetro de 40 mm e declividade de
3%.
Vaso sanitário = seis unidades Hunter, o que dá um diâmetro de 100 mm e declividade
de 1%.
Ralo= uma unidade Hunter, o que dá um diâmetro de 30 mm e declividade de 3%.
No dimensionamento do Lavabo
Lavatório = uma unidade Hunter, o que dá um diâmetro de 30 mm e declividade de
3%.
Vaso sanitário seis unidades Hunter, o que dá um diâmetro de 100 mm e declividade de
1%.
Ralo= uma unidade Hunter, o que dá um diâmetro de 30 mm e declividade de 3%.
Para dimensionarmos o esgoto da cozinha temos:
Pia = três unidades Hunter, o que dá um diâmetro de 40 mm e declividade de 3%.
bebedouro = 0,5 unidades Hunter, o que dá um diâmetro de 40 mm e declividade de
3%.
Ralo= uma unidade Hunter, o que dá um diâmetro de 30 mm e declividade de 3%.
Para dimensionarmos a área de serviço temos:
Ralo= uma unidade Hunter, o que dá um diâmetro de 30 mm e declividade de 3%.
Tanque de lavar roupa= 3 unidades Hunter, o que dá um diâmetro de 40 mm e
declividade de 3%.
Tabela10 - valores de diâmetros e declividades mínimas.
Tabela 11 – unidades hunter de contribuição
Ramais de Esgoto
O ramal de esgoto consiste na tubulação primária que recebe os efluentes dos ramais de
descarga diretamente ou a partir de um desconector.
Com a soma dos UHC dos aparelhos sanitários de cada cômodo definidos na seção anterior,
têm-se condições de, a partir da figura seguinte, determinar os ramais de esgoto.
Dimensionamento dos Ramais de Esgoto
Os Ramais de Esgoto foram dimensionados de acordo com a tabela 3 da apostila e
declividade com mesma tabela citada anteriormente (6).
Tabela 12 - Dimensionamento de ramais de esgoto
Trecho-1 (CS-1 )
O CS-1 recebe os canais de descarga do ralo, da bacia sanitária e do lavatório o que totaliza
oito unidades Hunter, de acordo com a referida tabela temos um diâmetro de 40 mm e uma
declividade de 3%.
Trecho-2 (do final do trecho1/ ao tubo de queda)
O trecho-2, recebe o esgoto do trecho-1 e do vaso sanitário o que totaliza dez unidades
Hunter de acordo com a tabela 3 da apostila temos um diâmetro de 75 mm, mas como já
existe o canal de descarga do vaso com 100 mm de diâmetro, optamos por continuar com os
mesmo 100 mm e uma declividade de 1%.
Trecho-3 -Tubo de queda (Entrada do trecho-2 / caixa de inspeção)
O tubo de queda e dimensionado de acordo com a tabela 4 da apostila. No nosso caso ele
só recebe o trecho-2o que totaliza dez unidades Hunter e de acordo com a tabela deve-se ter
uma tubulação de 50 mm de diametro. Como o trecho- 2 e de 100 mm, optamos por continuar
com esse mesmo diâmetro.
Tabela 13 - Dimensionamento de tubo de queda
Trecho-4 (CS-2 / caixa de inspeção)
A caixa sifonada nº 2, recebe os canais de descarga do tanque de lavar roupa e do ralo da
cozinha duas unidades Hunter e de acordo com a tabela 3 da apostila necessita de uma
tubulação com 40 mm de diâmetro e declividade de 3%.
Trecho-5 (CS-2 / caixa de inspeção)
Trecho -5 (CGS / caixa de inspeção)
A caixa de gordura so recebe contribuição da pia da cozinha ,logo este trecho fica com o
mesmo diâmetro do canal de descarga da pia que de 40 mm e declividade de 3%.
Trecho -5 (caixa de inspeção / rede publica)
Esse trecho recebe todo o esgoto da casa que e de vinte e nove unidades Hanter e
segundo a tabela 3 necessita de uma tubulação de 100 mm de diâmetro para que esse esgoto
escoa .e de acordo com a tabela 6 a declividade e de 1%.
Faz-se necessário que o tubo de queda, suba até a cobertura para funcionar com uma
coluna de ventilação.
MEMORIAL DE CÁLCULO PARA INSTALAÇÕES PREDIAIS PLUVIAIS
Instalações prediais de águas pluviais
As instalações prediais de águas pluviais seguem as preconizações da norma NBR
10844 (ABNT,1989) - Instalações Prediais de Águas Pluviais.
Os objetivos específicos que se pretende atingir com o projeto de instalações de águas
pluviais são os seguintes:
Permitir recolher e conduzir as águas da chuva até um local adequado e permitido;
Conseguir uma instalação perfeitamente estanque;
Permitir facilmente a limpeza e desobstrução da instalação;
Permitir a absorção de choques mecânicos;
Permitir a absorção das variações dimensionais causadas por variações térmicas bruscas;
Ser resistente às intempéries e à agressividade do meio (Ex. maresia da orla marítima);
Escoar a água sem provocar ruídos excessivos;
Resistir aos esforços mecânicos atuantes na tubulação;
Garantir indeformabilidade através de uma boa fixação da tubulação.
Segundo CREDER (1995), os códigos de obras dos municípios, em geral, proíbem o
caimento livre da água dos telhados de prédios de mais de um pavimento, bem como o caimento em
terrenos vizinhos. Tal água deve ser conduzida aos condutores de águas pluviais, ligados a caixas de
areia no térreo; daí, podendo ser lançada aos coletores públicos de águas pluviais.
Aplica-se a drenagem de águas pluviais em coberturas, terraços, pátios, etc.
Dimensionamento das Calhas
Área de contribuição
O vento deve ser considerado na direção que ocasionar maior quantidade de chuva
interceptada pelas superfícies consideradas. A área de contribuição deve ser tomada na horizontal e
receber um incremento devido à inclinação da chuva. Estes incrementos são calculados de acordo
com a NBR 10844. Alguns exemplos estão apresentados nas figuras abaixo:
Ilustração11: Áreas de Contribuição
O telhado foi possui duas águas , segundo os cortes apresentados e a ferramenta inquire, a
situação de maior área exposta à chuva seria caso o vento inclinado de forma à se chocar com a
água de maior área do telhado.
Áreas de Contribuição:
A1= (7.05+2.02/2)x5.8=46,748 m2
A2= (5.5+1.7/2)x5.8=36.83 m2
Vazão de projeto
A vazão de projeto é determinada pela fórmula:
onde:
Q = vazão de projeto (l/min);
I = intensidade pluviométrica (mm/h);
A = área de contribuição (m²).
Vazão de projeto
Para as calhas
Q1=150x46,78/60=116,95l/mim
Q2=150x36,83/60=92.075 l/mim
Para os condutores
Q1=150x46,78/60=116,95l/mim
Q2=150x36,83/60=92.075 l/mim
Com os dados ,consulta-se a tabela 3.10 do livro da apostila para se saber a dimensão e
inclinação das calhas:
Escolhe-se a calha, para ambas as águas do telhado numero 3, seção circular de dimenção de boca de
desessete centimetros e altura de 73 centimetros
i=0,5%
Condutores Verticais
Dimensionamento dos condutores verticais
Os condutores deverão ser instalados, sempre que possível, em uma só prumada. Quando
houver necessidade de desvios devem ser utilizadas curvas de 90º de raio longo ou curvas de 45º,
sempre com peças de inspeção. Dependendo do tipo de edifício e material dos condutores, os
mesmos poderão ser instalados interna ou externamente ao edifício.
O diâmetro interno mínimo dos condutores verticais de seção vertical é de 75mm e devem ser dimensionados a partir dos seguintes dados:
• Q = vazão de projeto (l/min);
• H = altura da lâmina de água na calha (mm);
• L = comprimento do condutor vertical (m).
A partir dos dados deve-se consultar os ábacos das Figura 4-6 e Figura 4-7, da seguinte
maneira: levantar uma vertical por Q até interceptar as curvas de H e L correspondentes. No caso de
não haver curvas dos valores de H e L, interpolar entre as curvas existentes. Transportar a
interseção mais alta até o eixo D. Deve-se adotar um diâmetro nominal interno superior ou igual ao
valor encontrado no ábaco.
Figura 4-6 – Dimensionamento dos condutores verticais para calha com saída em aresta
viva.
Adotaram-se dois condutores de decida, por se tratar de uma edificação de pequeno porte o
diâmetro foi o mínimo admissivel de 75mm
Caixa de areia
Devem ser previstas inspeções nas tubulações aparentes nos seguintes casos:
conexão com outra tubulação;
mudança de declividade e/ou de direção;
a cada trecho de 20 metros nos percursos retilíneos.
Em ambos os casos, em cada descida (condutor vertical) ou no pé do tubo condutor vertical
deverá ser instalada uma caixa de areia. De acordo com a 10844, a ligação entre os condutores
verticais e horizontais é sempre feita por curva de raio longo com inspeção caixa de areia. A Figura
4-8 indica um modelo desta caixa.
.
Ilustração12: Esquema da caixa de areia.
Condutores horizontais:
Admitindo o muro como tendo 3 metros de altura e casa tendo 6 metros, as áreas de
contribuição foram calculadas usando as seguintes fórmulas da apostila para os casos específicos
mostrados acima, no início deste capítulo.
Assim podemos chegar às áreas aproximadas de contribuição calculadas:
Para a caixa CI1:
Utilizando novamente a equação da vazão de projeto calcula-se nova vazão com interferência
do piso e das paredes.
Sabendo a vazão podemos escolher a melhor tubulação para servir como condutor horizontal
com o auxílio da tabela 4.5 da apostila da disciplina:
Tabela 15 - Dimensionamento dos condutores horizontais.
Portanto a tubulação que sai da caixa CI1 tem as seguintes características:
Φ =75mm
i=2%.
Repetindo o procedimento de CI1 para a caixa CI2:
Portanto CI2 tem as seguintes carcerísticas:
Φ=100mm
i=1%.
Para CI3:
Portanto CI3 tem as seguintes carcerísticas:
Φ=75mm
i=4%.
Para CI4:
Portanto CI4 tem as seguintes carcerísticas:
Φ=100mm
i=4%.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Creder, H. (2006). Instalaçoes Hidráulicas E Sanitárias. Rio de Janeiro: LTC, 6ª Ed.
Leal, F. C. B. (2009). Notas de Aula – Sistemas Hidráulicos Prediais.
Apostila da disciplina.