Post on 25-Jan-2019
“TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS
DA ECONOMIA BRASILEIRA”
“Porque o Brasil parou de crescer e começou a retroceder ?”
Paulo Sandroni São Paulo, Julho 2016
CRESCIMENTO DO PIB
-4
-2
0
2
4
6
8
Anos50
Anos60
Anos70
Anos80
Anos90
Anos2000
Ano10
Ano11
Ano12
Ano13
Ano14
Ano15
6,5
5,1
7,2
1,32,2
3,2
7,5
2,71,0
2,3-0,1-3,8
Taxa de Crescimento do PIB, Anos 1950 - 2015
O que aconteceu na passagem dos anos 70
para os 80?
Por que esta queda tão brusca no
crescimento do PIB?
Se tivessemos continuado a crescer no
mesmo ritmo das tres decadas anteriores
seriamos hoje certamente a segunda ou
terceira potencia economica mundial.
Vários fatores contribuiram para esta queda.
A) A crise internacional provocada pela
desvalorizacão do dolar e a crise do petroleo
B) O aumento intenso de nossa divida
externa, e,
C) O crescimento intenso da inflacão.
Dolar ate 1971 ( Bretton Woods)
U$ 35 = 1 oz. ouro fino
Dolar em 1978
U$ 500 = 1 oz. ouro fino
Dolar em 1979 ( invasão Afeganistão URSS)
U$ 800 = 1 oz. ouro fino
Divida externa brasileira:
1972 U$ 9,2 bilhões
Reservas - U$ 4,5 bilhões
1982 U$ 67,0 Bilhões
Reservas – U$ (4,3) Bilhões
Inflacão anual:
1972 - 15%
1982 - 100%
1983 – Brasil em Default por não conseguir
pagar seus compromissos externos.
Terapias para o Ajuste: A) Desvalorizar o cambio ( acelera inflacão)
B) Aumentar a taxa de juros ( gera recessão)
C) Cortar salarios ( reduz consumo)
D) Aumentar impostos ( reduz o investimento)
Estas quatro politicas provocaram uma
queda nos investimentos e consequente
reducão do crescimento;
Na decada de 1980 crescemos apenas 1,3%
como media anual e na decada seguinte
(anos 90) o crecimento não passou de 2,2%
como media anual.
A inflacão impulsionada pelas
desvalorizacões cambiais iniciou um forte
galope.
Um pouco antes do Plano Real em 1994
havia atingido a marca estratosferica de
cerca de 45% ao mes!
As desvalorizações cambiais a partir de 1982 e
a retração intensa do PIB provocaram uma
elevacão das exportacões e uma contração nas
importacões.
Comparando 1980 e 1984 observamos uma
alteracão substancial: as exportacões
aumentam e as importacões despencam.
Mas a questão do endividamento externo
elevado
permanece sem solução.
O PLANO REAL
O Plano Brady
A URV e
A ancora cambial
TRANSAÇÕES CORRENTES
-1689
-17972
-23136
-32425 -33611
-40000
-35000
-30000
-25000
-20000
-15000
-10000
-5000
0
Do
lare
s
1994 1995 1996 1997 1998
Anos
Transações Correntes Em Milhões de Dolares
Transações
Correntes
DÉFICIT PÚBLICO
5,1
-23,2 -21,0 -21,9
-33,1
-45
-35
-25
-15
-5
5
15
Do
lare
s
1994 1995 1996 1997 1998
Anos
Contas do Governo Superávit / Déficit em Bilhões de Dolares
O TRIPÉ
Cambio Flutuante
Metas de Inflação
Superávit Primário
METAS DE INFLAÇÃO
Meta Lim Sup/Inf. IPCA 1999 - 8,0 6,0 – 10,0 8,94
2000 - 6,0 4,0 - 8,0 5,97
2001 - 4,0 2,0 - 6,0 7,67
2002 - 3,5 1,5 - 5,5 12,53
2003 - 4,0 1,5 - 6,5 9,30
2004 - 5,5 3,0 - 8,0 7,60
2005 - 4,5 3,0 – 8,0 5,69
2006 - 4,5 2,5 - 6,5 3,14
2007 - 4,5 2,5 – 6,5 4,46
2008 - 4,5 2,5 - 6,5 5,90
2009 - 4,5 2,5 - 6,5 4,31
2010 - 4,5 2,5 - 6,5 5,91
2011 - 4,5 2,5 - 6,5 6,50
2012 - 4,5 2,5 - 6,5 5,80
2013 - 4,5 2,5 - 6,5 5,90
2014 - 4,5 2,5 - 6,5 6,40
2015 - 4,5 2,5 - 6,5 10,55
SUPERÁVIT PRIMÁRIO
0,4 -0,1
-0,9
0,2
3,23,23,7
4,04,44,64,8
3,94,04,1
2,1
2,73,2
2,11,9
-0,5
-1,9 -1,8
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
%Superavit / Déficit Primário do Setor Público Federal
em % PIB, 1995-2013
SUPERÁVIT PRIMÁRIO
3,74,0
4,4 4,6 4,83,9 4,0 4,1
2,12,7
3,22,1 1,9
-0,5-1,9 -1,8
8,9 8,59,5
7,38,1
6,96,2
5,64,6
5,3 5,74,9 5,2
4,3
5,25,5
5,2 4,6 5,2 2,7 3,3 3,0 2,3 1,5 2,5 2,6 2,5 2,8 3,3
4,8
7,1 7,3
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
*
Superavit Primário(SP), Juros Nominais(JN) e Resultado Nominal
(RN) do Setor Público Federal em % PIB, 2001-2013
Superávit Primário em 2013
R$ 99 bilhões
Juros
R$ 269 bilhões
Diferença R$ 170
bilhões
Em 2014, 2015 e 2016 Deficit Primário!
BALANÇA COMERCIAL
10,4
-3,4
-5,6
-8,1
-6,5
-1,2
-0,5
0,7
11,2
25,4
34,8
44,347,8
40,1
24,824,6
20,2
29,7
19,4
2,5 -3,9
19,0
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
Saldos da Balança Comercial Brasileira, 1994- 2015
* Até outubro de 2010
0,4
-30,6-26,3
-75,8 -77,0-74,2 -74,8
-104,2
-58,9
-25,0
-120,0
-100,0
-80,0
-60,0
-40,0
-20,0
0,0
20,0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016*
Déficit em Transações Correntes
Bilhões de Dolares
Fonte: Banco Central * Projeção
CARGA TRIBUTÁRIA TOTAL /PIB
%
1996 24%
2014 36%
O Crescimento do PIB depende da taxa de
investimento.
O estímulo ao investimento está vinculado à
existência de demanda e de financiamento
de médio e longo prazo com taxas de juros
moderadas.
E do nível de confiança dos investidores.
Em 2015 nenhum deles esteve
presente. A instabilidade política em
2016 contribui para o agravamento
da crise.
Soluções? Lembremos de 4 momentos de oportunidades
perdidas:
1- 1975/77 Geisel – M. H. Simonsen
2- 1980/82 Figueiredo – Delfim Neto
3 - 1997/98 FHC – Pedro Malan
4 - 2013/14 Dilma – Guido Mantega