Post on 16-Oct-2018
ANO I OURINHOS, 7 de Ju lho de 1968 N.° 14
A Eminência do Estado de SitioPAG INA 2
Autorizado Empréstimos para O u rio sO Governador Abreu Sodré autorizou na última sex
ta feira as escrituras dos empréstimos de 540 milhões de cruzeiros velhos para o asfaltamento nas vilas e de 120 milhões para aquisição de uma motoniveladora. Assinou ainda na ocasião, a autorização para o empréstimo de um bilhão e duzentos milhões de cruzeiros velhos para a com- plementação da Rede de água e esgoto, que atenderá uma população de 80.000 mil habitantes.
Hoje tem Baile no G. R. 0.O Grêmio Recreativo de Ourinhos promoverá hoje
às 16 horas o primeiro baile infanto Juvenil em nossa cidade. A animação estará a cargo de Mario Nelli.
Outras noticias sociais na pág. 3.
Luciano lança «Análise Sintática»O Professor Luciano Corrêa da Silva lançou nesta
semana o livro «Análise Sintática». A obra é prefaciada pelo prof. Cândido de Oliveira, e a orelha pelo Dr. José Reis, o que dispensa nosso comentário.
0 Vale das Bonecas - dia 10O Cine Peduti estará apresentando nos próximos
dias 10, 11 a 12 o filme “O Vale das Bonecas”, de Mark Robison, baseada no livro de Jacqueline Sussan. A película é estrelada por Sharon Tate, Pal Buí-ke, Susan Hay- ward, Barbara Perkins e Patty Duke e é o drama de três mulheres que tentam a vida artística em Nova York e viciam-se em pilulas ativantes,
Quermesse no IEEHS dias 13,14 e 15
V eja , é N a v a lh a na C a r n eÚLTIMA PAGINA
Tempo de Avanço - 2 Ourinhos, 7-7-68
E M I N E N C m D O E S T A D O D E S I T I OPaira sôbre a nação o fantasma das medidas excep
cionais que seriam tomadas pelo executivo. Há tergiversações oficiais a respeito, no entanto, o clima é de expectativa e apreesâo.
O estado de Sítio, que seria decretado para fazer frente à atual crise, significa o anulamento das garantias constitucionais dos cidadãos, dando carta branca às autoridades para exercer livremente o poder coercitivo. Aliás, os governos da América Latina nunca foram parcimoniosos em lançar mão desse dispositivo legal e, comõ exemplo recente. temos o Uruguai que ainda se encontra nessa situação. Na verdade, a adoção de medidas excepcionais pelo govêrno não mudaria radicalmente o panorama nacional, Já que a atual conjuntura política não se caracteriza por excessos de liberalismo... O mais notável, caso se efetive tal medida, seria o completo desmascaramento das autoridades, apesar de, mesmo isso. não causaria grande espanto, dada o por demais conhecida «filosofia» das esferas militares.
Fala-se na existência de planos terroristas e insurrecionais que visariam o esfacelamento das instituições, daí a necessidade do Estado do Sitio para fázer frente a tal contingência. Mas, se há terrorismo é porque há também descontentamento geral, e êle não pode ser eliminado ten tando se abafá-lo com medidas policiais. Deve-se ir às raizes, às causas desse descontentamento. É êrro querer-se imputar tão somente a grupos extremistas a denúncia das muitas deficiências da vida brasileira. A «revolução» de 64 não trouxe os resultados propugnados, isto queiram ou não os mentores daquele movimento; as reformas prometidas não foram executadas, e o resultado de tal imobilismo está aí.
Falou-se e fala-se muito nas tradições cristãs e democráticas brasileiras, mas de cristão e democrático pouco
ou nada há em nosso país. Ou será cristã e democrática a nossa estrutura social e econômica? O empresariado industrial vê-se ás voltas com o imperialismo internacional; a agricultura possue organização semi-feudal e mantém na miséria milhões de trabalhadores da terra; os operários de todas as categorias e serviços sofrem as duras conseqüências do imperialismo interno; a estrutura educacional é arcaica e impossibilta milhões de brasileiros de se instruírem convenientemente e, pior ainda, de freqüentarem escolas superiores; cêrca de 2% do território nacional acha-se na mão de estrangeiros que roubam nossas riquezas minerais ; a malversação e a corrupção ainda é comum nos quadros públicos; as verbas do orçamento nacional não são distribuídas segundo critérios de interesses coletivos, em suma, o Brasil vai muito mal! Êsses e muitos outros aspectos negativos da vida nacional não foram sanados pelo atual regime, e nunca o serão enquanto forem mantidos os privilégios das oligarquias brasileiras e dos grupos econômicos alienígenos.
De fato, há sim necessidade de medidas excepcionais mas de outro tipo, A antinomia «maniqueista» de democracia ou comunismo, do bem ou mal, .não é a alternativa diante da qual deve ser colocado o povo brasileiro, isso já se tornou estória para crianças, Melhor fariam as autoridades se se propusessem realizar realmente as reformas necessárias, ao invés de pretender calar o povo com métodos repressivos, Se vier o Estado de Sítio, nas atuais circunstâncias, mais uma vez o Brasil reiterará sua condição de «republiqueta» apesar do seu imenso potencial físico e humano. Mas a história continua sua caminhada, e será ela que afinal dará a resposta definitiva e justa,
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Redação e A dm inistração a R. Cardoso Ribeiro, 399,
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OURINHOS - S .P .
Diretor Responsável:
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Diretor Superintendente:
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As opiniões em itidas nos artigos assinados não rep re sentam necessàriam cnte o ponto de vista do Jornal, podendo até se re m contrárias a êste. A opinião do Jo rnal acha-se expressa nos editoriais e nos com entários não
assinados.
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» PANORAMA SOCIAL -Boletim do Rotary
QUERMESSE - Estão ai, funcionando a todo vapor as quermesses benejicentes. Também, nesta terra...
DEBUTANTES - Já começaram a aparecer os nomes das senhoritas que debutarão em setembro próximo.
N as próximas Edições estaremos dando os injormes do acontecimento social.
Aniversário de Casamento -No próximo dia 12 o casal Edson e Lia estarão recebendo os parabéns de seus amigos peta passagem de mais um aniversário do seu casamento.
Por ocasião da posse da nova diretoria do Rotarg Club de Ourinhos circulou o Boletim n.° 4 da entidade. A publicação do boletim ê semestral e é organizado pelo sr. Moacyr de Ale lio Sá.
A jovem norte- americana Bibi Jordan jo i uma das homenageadas. Como se sabe, a estudante participa do I n tercâmbio de jovens do Distrito 458 e visitou Ourinhos quando d a realização da I I * FA- P I, sendo convidada do Rotariano Aloacyr..
Uma das fotos publicadas no órgão informativo do Rotary, quando Bibi agradecia as homenagens à ela prestada. Ao lado
vem os o ex presidente, sr. Mário Zanotto e senhora.
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Tempo de Avanço - 4 Ourinhos, 7 7-68
Prefeitura Municipal de Ourinhos
POPULUSQUE A
Campanha dos 20.000 Eleitores
Titulos Novos ou Transferências
Tempo de Avanço - 5 Ourinhos, 7 7-68
Tôdas as pessoas em idade de votar, devem tirar o titulo de eleitor.
A Prefeitura Municipal de Ourinhos, colaborando com a Egre- cia Justiça Eleitoral, contratou uma equipe de p r o fesso ra s pa
ra preparar o atendimento dos interessados.
A Prefeitura oferece, ainda, as fotografias aos novos eleitores que i\âo têm condições de pagá-las.
- PRECISAMOS DE UM COLEGiO DE 2 0 .0 0 0 ELEITORES
Oferecendo esta colaboração, o governo Municipal espera que a equipe de
professoras seja bem acolhida por toda a população.
Tempo de Avanço 6 Ourinhos, 7/7/68
Prefeitura Municipal de OurinhosLEI N. 911
De 2 de ju lh o de 1.968
Dispõe sôbre a abertura de um crédito especial de NCr.$ 75.000,00 para a Superintendência de Água e Esgotos - SAE.
A Câm ara m unicipal d e O urinhos aprovou em sessão do dia 28 de junho de 1968 e eu P refe ito M unicipal, sanciono a seguinte lei:
Artigo 1.° - Fica aberto na S uperin tendência de Água e Esgotos (S. A. E.) um crédito especial de NCr.$ 75.000,00 (setenta e cinco mil cruzeiros novos) destinados a a ten d e r às despesas^ com aquisição de dois cam inhões, uma cam ionete, construção de garagem e oficina, gasolina graxas e outras.
Parágrafo único - O valor do p resen te crédito será coberto com os recursos provenien tes do excesso de a r re cadação da S uperin tendência de Agua e Esgotos (S.A.E.), p re visto para o co rren te ano.
A rtigo 2.° - Esta lei en tra rá em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
P re fe itu ra M unicipal de Ourinhos, 2 de julho de 1.968.
D om in gos C am erlingo CalóPREFEITO M UNICIPAL
Publicada e reg istrada no D epartam ento de A dm inistração na data supra.
T ibério B astos SobrinhoD iretor do D epartam ento de A dm inistração
SapatctriaílNUNESjj
Av. Jacin to S á , 495 — O URINH O S
LEI N. 910
De 2 de ju lh o de 1.968.
Dispõe sôbre a abertura de um crédito especial de NCr $ 12.571,75.
A C âm ara Municipal de O urinhos aprovou em sessão do dia 28 de junho do corren te ano e eu, P refe ito M unicipal, sanciono a seguinte l e i :
A rtigo 1.° - Fica aberto, no D epartam ento de F inanças da P re fe itu ra Municipal, um crédito especial de N C rJ 12.571,75 (doze mil, qu inhentos e se ten ta e um cruzeiros novos e se ten ta e cinco centavos) para atendim ento de despesas com eletrificação ru ra l do bairro São José.
P arágrafo único - O valor do p resen te crédito se iá coberto com os recursos provenien tes da anulação parcial da seguinte dotação o rça m en tá ria :
2. 1. 3. 0 — Departamento de Obras Públicas2, 13. 2 — Serviços de O bras
4. 0. 0. 0. - D ESPESA S DE CA PITA L4. 1. 0. 0; - Investim entos4. 1, 1. 0. - O bras Públicas4. 1. 1. 2 - Início de O bras
x 02 - C onstrução da Estação Rodoviária NCr.$ 12.571,75
A rtigo 2.° - Esta lei en tra rá em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposiçães em contrário.
P re fe itu ra M unicipal de Ourinhos, 2 de julho de 1.968.
D om in gos C am erlingo CalóPREFEITO M UNICIPAL
Publicada e reg istrada no D epartam ento de A dm inistração na data supra.
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A Família do Burrinho• Oswald de Andrade
— Vamos Joseph fugir— P ara onde M aria irJo seph (jocoso) — shall go to Jund iaí-ai I— D ep ressa ! Sela o M angarito Vamos com o vento Sul Onde sere i cesariada?-— No presepe— Tenho mêdo da vaca— Não chores darlingl (terno) S w eepstake de Deus !M aria — Caí na ilegalidadePorque m odéstia à parteTrago um a trindade no ven treNesse tem po não havia ainda as irm ãs Dione
Algum as palavras de inglês conhecendoA fam ília sagrada partiuSem saudades levarP ara as bandas do m arV erm elhoNa poeira da m adrugada Cruzou um olival O escaravelho— Q uantas dracm as serão precisas?Exclam ou o castiço espôsoPara esta viagem em tôrno do m undo Estam os no século III ou IV da fundação De RomaE só tenho “argen t de poche”— Não vá fa ltar Joseph— Na verdade Deus ajuda...(Os ricos)— Sonhei que os serafinsEstão bordando um a estrê la surdaP ara H erodes não verQ uero reis magosTrezinho e m onjoloE o re tra to de Shirley Tem pleP orque o m enino vemÊste m undo salvarO vento distribuía algodão pelos açudes Joseph espancou o burrinho E riu— Belo mundo êle vem sa lv a r !(Já havia naqule tem po Pouco leite para os bebês)— Se fa lta r num erárioEu carrego na centena do M angarito E dou viva ao faraó H f t le r . . .(A ntes que êle faça comigo O Progrom que fêz com Moisés)— O p o rtu n is ta ! G ritou um a nuvem Joseph fingiu que não ouvia— A vida é um buraco Enquanto não v ier M aria A socializaçãoDos meios de produção— B ê s ta ! gritou um anjo São José seguiu pensandoQue os anjos geralm ente são reacionários E as nuvens provocadoras
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Navalha na Carne Amanhã em OurinhosA A ssociação dos E stu d a n tes U n iversitários de O urinhos prom overá am an h ã, n o C ine P eduti, às 20 horas e 30 m in u to s , a peça tea tra l de P lin io M arcos “ N avalha na Carne'^ A in terp retação será do G rupo U nião,
in tegrad o por R u th in éa de M oraes, P au lo Vilaça e Sérgio M am berti e d irig ido por Jairo Arco e Flexa.
Censura e ManifestoA peça provocou desde
o seu lançamento uma verdadeira revolução em matéria de teatro. A Censura protelou o seu lançamento taxando-a como «peça proibida por ser pornográfica e subversiva», mas acabou cedendo e a peça foi liberada.
O Grupo União lançou na estréia da peça o seguinte manifesto :
«Este espetáculo que será apresentado hoje é a estréia de uma companhia profissional de t e a t r o : o Grupo União, Esta estréia quase não s e realizou. Durante meses seguidos, os responsáveis pelo Grupo União, o autor, os atores, o diretor, todos nós ficamos a espera do pronunciamento definitivo d a Censura, a última palavra em questões de arte no Brasil, N o pronunciamento definitivo, parecia m e s m o inapelâvel: «peça proibida por ser pornográfica e subversiva» - O ra , não podemos deixar passar êsse pronunciamento sem uma nota de protesto, de revolta, de inconfor- mismo; tal pronunciamento é o mais claro atestado de incompetência sôbre si própria que a Censura poderia passar. A questão da arte e da moral é das mais extensas, e não caberia aqui um levantamento de todos os tópicos que o tema suscita. Basta dizer que essa proibição, essas atitudes de vestais* escandalizados que assumem os senhores censores, várias vezes poderiam ser evitadas (em seu próprio benefício, aliás), se tivessem a oportunidade de o lhar um pouco para o futuro para saber como suas opiniões são ridicularizadas algum tempo depois. A inadequação do poder policial para debater a obra de a r te é flagrante; seguramente se escritores, pintores, m úsicos e dramaturgos fossem chamados para elucidar um crime qualquer, apesar de
s u a inadequação técnica* sair-se-iam bem melhor do que bravos policiais se saem ao julgar obras de arte.
Felizmente, nem tudo está irremediávelmente perdido nc reino da Dinamarca, e a peça foi liberada.
Sôbre a encenação, o trabalho foi orientado no sentido da maior verdade e densidade emocional, na linha do realismo cru, violento, e frequentemente cruel. Os conflitos físicos e estéticos em que os personagens se envolvem e que para o público podem muitas vezes parecer grotesco, de mau gosto ou desagraveis, para as personagens são conflitos vitais, fundamentais, absolutos, já que em universo sua experiências, suas perpesctivas são terrivelmente limitadas.
O importante é o público de sensibilidade encontrar nessa gente que não sabe se é gente, um a angustiante procura da verdade que
Atedendo a um convite feito pelo Grêmio E studantil Rui Barbosa, o Prefeito Camerlingo Caló compareceu à última reunião da entidade. Os estudantes queriam debater os poblemas educacionais de Ourinhos, ao mesmo tempo que fa riam algumas reivindicações. A reunião durou cerca de duas horas, saindo os diretores do G ER B sarisfei- tos com os resultados conseguidos.
O s problemas tratados na reunião foram: a Facu ldade de Tecnologia, a Biblioteca Municipal, uma ca sa de espetáculos culturais e ainda os do ensino primário e secundário.
Q uando o s estudantes perguntaram ao prefeito se a Faculdade de Tecnologia funcionaria nos moldes das fundações já existentes, êle respondeu que «a facu ldade será administrada por
é a mesma, afinal, de todos nós.»
A CRITICAA crítica reagiu bem ao
espetáculo e para sua orientação apresentamos a lgumas opiniões sôbre a obra:
D ecio de A lm eida Prado O Estado de São Paulo
«A interpretação de «Navalha na carne» também possui maior profundidade do que parece. À prim eira vista percebemos a perfeitíssim a adequação d o s atores aos seus papéis. A adequação física no modo de andar adequação psicológica. Tudo parece espontâneo, instintivo, Somente mais tarde começamos a perceber que a suposta naturalidade é produto de um a cuidada elaboração, tal como estamos no direito’, de esperar de atores que passaram pela Escola de A rte Dramática. Sob a direção de Jairo Arco e Flexa, os três m odulam com grande virtuosismo todas as nuances que vão do naturalismo até quase o expr es sionismo. A m ímica, nas cenas em que Wado compraz-se em torturar Veludo, chega inclusive à exasperação do grotesco. Ê quase uma dança
uma fundação já criada e será mantida pela Prefeitura, possibilitando o ensino gratuito para todos, pois não faço leis que impossibilitem o direito de estudar á quem quizer, independente de sua condição social».
Sobre a biblioteca o C hefe do Executivo Municipal informou que está em entendimentos com • uma especialista em Bibliotecas, e que a mesma virá a O urinhos para debater o problema.
Q uanto à manutenção de
- a dança da crueldade infantil- mas sem nunca perder contato com a realidade humana e social que lhe deu origem.»
P aulo M endonça Folha de São Pajilo
«Plínio Marcos, tem, sem dú~ vida, excelentes qualidades de dramaturgo e me dispenso de enumerá-las porque se m anifestam em quase todos os planos...»
João Apolínário Ultima Hora
Bastaria que soubessem traduzir a idéia desta obra vertendo-a da linguagem da arte para a linguagem sociológica, para saberem como Navalha na Carne é um a peça em inentemente moral,
A s interpretações são surpreendentes - não louvaremos um mais do que outro, pois todos são admiráveis na composição d o s personagens q u e «mostram», criticamente, a o s espectadores, utilizando recursos de contenção emocional sóbrios, mas sangrando verdade impiedosa, de um vigor im placável, de um a violência mora- lizadora inegável.
A perfeição cônica contida toda em um único ato de teatro absoluto, total, perfeito .»
uma casa a apresentação de espetáculos culturais, o prefeito solicitou dos estudantes os levantamentos para que ela possa funcionar antes das Eliminatórias do V I Festival de Teatro A- mador da Média Sorocaba- na, que sediaremos no próximo mes de agosto.
A respeito do prédio para a instalação do Ginásio Estadual 2.a Unidade, deverá ter suas obras iniciadas dentro de aproximadamente 60 dias, afirmou o prefeito.
COMUNICADO
A «Casa dos A cum uladores» de Ourinhos, de Rodolfo Pellegrino e Cia. Ltda. comunica a sua distinta freguesia que se transferiu para suas novas instalações próprias a Rua do Expedicionário 2626 (próximo ao Trevo Rodoviário) saida para o P a raná. Outrossim, avisa - não possuir filial alguma na cidade.
Prefeito Atende Reivindicações Estudantis