Tecido Adiposo e Tecido Cartilaginoso

Post on 01-Dec-2015

85 views 9 download

Transcript of Tecido Adiposo e Tecido Cartilaginoso

TECIDO ADIPOSO

CONCEITO

O tecido adiposo é tipo especial de conjuntivo com células adiposas predominando.

As células adiposas podem ser encontradas :-Isoladas-Em pequenos grupos no tec. conjuntivo

frouxo.-Grandes agregados.

FUNÇÕES

Maior depósito corporal de energia, sob a forma de triacilglicerídeos.

Triacilglicerídeos são as mais eficientes reservas de energia – fornecem 9,3 kcal/g.

- Glicogênio – 4,1 kcal/g.

Mulher – 20 a 25% do peso corporal

Homem – 15 a 20% do peso corporal

FUNÇÕES

Embaixo da pele, modela a superfície; Forma coxins absorventes de choques; Isolamento térmico do organismo; Preenchimento de espaços; Atividade secretora

TIPOS DE TECIDO ADIPOSO Tecido adiposo comum,amarelo ou unilocular: células

que contêm apenas uma gotícula de gordura ocupando todo o citoplasma.

Tecido adiposo pardo ou multilocular: células que contêm numerosas gotículas lipídicas e muitas mitocôndrias.

TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR

Cor variável : entre amarelo e branco (carotenos)

Representa praticamente todo o tecido adiposo em humanos adultos.

Forma o panículo adiposo.

TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR

Células grandes, 50-150 µm de diâmetro. Nos cortes histológicos comuns, cada célula

mostra uma camada de citoplasma em torno do espaço deixado pela gotícula lipídica retirada.

TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR

Cada célula adiposa é envolvida por uma lâmina basal, e sua membrana plasmática mostra numerosas vesículas de pinocitose.

DEPOSIÇÃO E MOBILIZAÇÃO DE LIPÍDIOS

Principalmente triacilglicerídeos, originam-se:-Absorvidos da alimentação e trazidos pelos

quilomícrons.-Oriundos do fígado e transportados sob a

forma de VLDL (Very Low Density Lipoproteins).

-Da síntese nas próprias células adiposas, a partir da glicose.

Quilomícrons-partículas compostas por 90% de triacilglicerídeos

e pouca quantidade de colesterol,fosfolipídeos e proteínas.

-Trajeto dos quilomícrons :

Células epiteliais

Capilares linfáticos

do intestino

Corrente Linfática

SangueOrganismo

Os quilomícrons nos capilares sanguíneos do tecido adiposo :

Enzima Lipase

Protéica ativada

Hidrólise dos quilomícrons e das VLDL

Liberação dos seus

componentes

Ácidos Graxos e Glicerol

Difusão no citoplasma

das cél. adiposas

Formar novos triacilglicerói

s

HORMÔNIOS NA MOBILIZAÇÃO DE LIPÍDIOS

As células adiposas podem sintetizar ácidos graxos a partir de glicose, processo acelerado pela insulina.

A insulina também estimula a penetração da glicose na célula adiposa (imagem)

HORMÔNIOS NA MOBILIZAÇÃO DE LIPÍDIOS

A hidrólise de triacilglicerídeos também pode ser desencadeada por Noradrenalina.

Liberação da Noradrenalina

Captada por receptores da

membrana dos adipócitos

Ativação da Lipase

Sensível a Hormônio

Liberação de Ac.Graxos e

Glicerol

HORMÔNIOS NA MOBILIZAÇÃO DE LIPÍDIOS

Os ácidos graxos se ligam à parte hidrofóbica da Albumina do plasma sanguíneo, onde serão utilizadas como fonte de energia

O glicerol é captado no fígado e reaproveitado.

TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR

Inervação- Fibras simpáticas do Sistema Nervoso

Autônomo.- As terminações estão na paredes dos vasos

sanguíneos e em apenas algumas células adiposas.

- Sistema Nervoso Autônomo: Responsável pela mobilização das gorduras (atividades físicas, jejuns ou frio).

TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR

A remoção dos lipídios no caso de necessidade energética é feita:

1º Depósitos subcutâneos2º Depósitos do mesentério e os

retroperitoneais3º Coxins das mãos e dos pés

TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR

Após períodos de alimentação deficientes em calorias:

- O tecido unilocular perde quase toda sua gordura

- Se transforma em um tecido com células poligonais ou fusiformes.

TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR

O tecido unilocular também sintetiza : - Lipase lipoprotéica- Leptina

Leptina

TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR

Histogênese- Se originam a partir

de células do mesênquima, os lipoblastos.

- Inicialmente, as gotículas são separadas; depois, se fundem formando a gotícula lipídica única característica da célula adiposa unilocular.

TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR

Tecido adiposo pardo, por sua cor característica.

Vascularização abundante. Inúmeras mitocôndrias (ricas em citocromos,

cor avermelhada). Sua distribuição é limitada.

TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR

No feto humano, apresenta localização determinada.

Tecido adiposo multilocular puro

Mistura de tecido multilocular e unilocular

TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR

Células menores que as do tec. Unilocular Forma poligonal Citoplasma com gotículas lipídicas

TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR

Suas células formam um arranjo epitelióide, formando massas compactas em associação com capilares sanguíneos.

TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR

Funções- Produção de calor, importante nos

mamíferos que hibernam.- Humanos : função termorreguladora nos

recém-nascidos.

TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR

Inervação As fibras simpáticas

atingem igualmente os vasos sanguíneos e as células adiposas.

Imagem 128

Hormônios que agem no tecido-Noradrenalina : acelera a lipólise e a oxidação

de ácidos graxos.OBS : A oxidação dos ac.graxos produz calor,

não ATP. Isto ocorre devido à Termogenina ou UCP 1 (UnCoupling Protein 1)

TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR

TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR

Ação da Termogenina- Permite a passagem do fluxo de prótons do

espaço intermembranoso da mitocôndria para o interior desta sem a passagem pela ATP Sintetase. Logo, o fluxo servirá apenas para dissipar energia em forma de calor.

TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR

Histogênese- As células mesenquimais se tornam

epitelióides, adquirindo um aspecto de glândula endócrina cordonal.

- Não há neoformação deste tecido após o nascimento.

TECIDO CARTILAGINOSO

CONCEITO

Forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida Contém células (condrócitos) e abundante material

extracelular (matriz) Matriz colágeno ou colágeno + elastina

macromoléculas de proteoglicanos, ácido hialurônico e diversas glicoproteínas Não possui vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos São envolvidas pelo pericôndrio (exceto as articulares

e cartilagens fibrosas) Sua consistência firme se deve às ligações

eletrostáticas entre os glicosaminoglicanos sulfatados e o colágeno

FUNÇÕES

Dependem da estrutura da matriz Suporte de tecidos moles Revestimento de superfícies articulares Absorção de choques Facilita o deslizamento dos ossos nas

articulações A cartilagem é essencial para a formação e crescimento dos ossos longos, na vida intra-uterina e após o nascimento

As cartilagens se diferenciam em três tipos: hialina, elástica e fibrosa

CARTILAGEM HIALINA Tipo mais frequentemente

encontrado no corpo humano Forma o primeiro esqueleto do

embrião Disco epifisário crescimento em

extensão do osso É encontrada, no adulto,

principalmente na parede das fossas nasais, traqueia e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares

CARTILAGEM HIALINA MATRIZ Formada por fibrilas de colágeno tipo II associadas ao

ácido hialurônico, proteoglicanos muito hidratados e glicoproteínas

Contém glicosaminoglicanos combinados com proteínas

O alto conteúdo de água de solvatação das moléculas de glicosaminoglicanos atua como um sistema de absorção de choques mecânicos (mola biomecânica) cartilagens articulares

Em torno dos condrócitos existem zonas estreitas, ricas em proteoglicanos e pobres em colágeno (cápsulas)

CARTILAGEM HIALINA MATRIZ Na organização molecular da

matriz, as proteínas de ligação unem por covalência a proteína central dos proteoglicanos às moléculas do ácido hialurônico

As cadeias de sulfatos de condroitina do proteoglicano estabelecem ligações eletrostáticas com as fibras colágenas, contribuindo com a rigidez da matriz

Fibrila de colágeno tipo I

ProteoglicanoColágeno tipo II

Ácido hialurônico

Proteína de ligação

Condroitina sulfatada

Cerne protéico

CARTILAGEM HIALINA PERICÔNDRIO Camada de tecido

conjuntivo denso que envolve a cartilagem hialina, exceto as cartilagens articulares

Fonte de novos condrócitos Responsável pela nutrição,

oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos da cartilagem (vasos sanguíneos e linfáticos)

Fibroblasto do pericôndrio

Pericôndrio

CondroblastoCartilagem

Matriz

Condrócito

Matriz Capsular

CARTILAGEM HIALINA PERICÔNDRIO Muito rico em fibras de colágeno tipo I na parte mais

superficial Gradativamente mais rico em células, à medida que

se aproxima da cartilagem Morfologicamente suas células são semelhantes aos

fibroblastos As células próximas à cartilagem podem facilmente se

multiplicar por mitose e originar condrócitos

Células alongadas

Células globosas

de superfície irregular

CARTILAGEM HIALINA CONDRÓCITOS Na periferia da cartilagem apresentam forma

alongada Mais profundamente, são arredondados e aparecem

em grupos de até oito células (grupos isógenos) Superfície irregular: reentrâncias e saliências (maiores

e mais frequentes nos condrócitos jovens)

Facilita as trocas com o meio extracelular Células afastadas da corrente sanguínea (oxigenação

deficiente) A falta de capilares sanguíneos limita a espessura

máxima das cartilagens Células secretoras de colágeno (principalmente tipo

II), proteoglicanos e glicoproteínas

CARTILAGEM HIALINA CONDRÓCITOS Os nutriente trazidos pelo sangue atravessam o pericôndrio,

penetram na matriz da cartilagem e vão até os condrócitos mais profundos

A síntese de proteoglicanos é acelerada pela tiroxina e testosterona, e diminuída pela cortisona, hidrocortisona e estradiol

A somatomedina C (sintetizada pelo fígado a partir da estimulação do hormônio de crescimento) aumenta a capacidade sintética dos condroblastos

CARTILAGEM HIALINA HISTOGÊNESE No embrião, os esboços das cartilagens surgem no mesênquima Arredondamento das células mesenquimatosas, que retraem

seus prolongamentos e formam aglomerados (condroblastos) A síntese da matriz afasta os condroblastos A diferenciação da cartilagem dá-se do centro para a periferia

CARTILAGEM HIALINA CRESCIMENTO Deve-se a dois processos:

- crescimento intersticial (divisão mitótica dos condrócitos preexistentes)

- crescimento aposicional (a partir das células do pericôndrio) O crescimento intersticial ocorre nas primeiras fases

da vida da cartilagem, sendo menos importante Os novos condrócitos formados logo produzem fibrilas

colágenas, proteoglicanos e glicoproteínas

crescimento real > aumento do nº de células

CARTILAGEM ELÁSTICA Encontrada no pavilhão

auditivo, no conduto auditivo externo, na tuba auditiva, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe

Semelhante à cartilagem hialina, só que com abundante rede de fibras elásticas

Possui pericôndrio e cresce principalmente por aposição

Menos sujeita a processos degenerativos do que a hialina

CARTILAGEM FIBROSA Características intermediárias

entre o conjuntivo denso e a cartilagem hialina

Encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos em que alguns tendões se inserem nos ossos, e na sínfise pubiana

Está sempre associada à tecido conjuntivo denso

Não existe pericôndrio Os condrócitos formam

fileiras alongadas e as fibras colágenas constituem feixes

DISCOS INTERVERTEBRAIS Previnem o desgaste do osso das vértebras durante os movimentos e

absorve as pressões sobre a coluna, protegendo contra impactos Formado por dois componentes: o anel fibroso e o núcleo pulposo O anel fibroso possui uma porção periférica de tecido conjuntivo

denso, porém sua maior extensão é constituída por fibrocartilagem O núcleo pulposo é formado por células arredondadas dispersar num

liquido rico em ácido hialurônico e contendo colágeno tipo II O núcleo é gradual e parcialmente substituído por fibrocartilagem

com o avançar da idade