Taxonomia dos seres vivos

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O ramo da Biologia que estuda a diversidade dos seres vivos (biodiversidade) é a Sistemática ou Taxonomia.. Este campo de estudo tem como objetivo: 1 – descrever a diversidade biológica; 2 – desenvolver critérios para a organização e classificação dos seres vivos; 3 – entender quais os processos que levam a gigantesca biodiversidade do nosso planeta.

- A Taxonomia utiliza um sistema para organizar os seres vivos em diferentes categorias hierárquicas, denominadas coletivamente de categorias taxonômicas ou táxons.

A classificação biológica

- Os métodos de classificação dos seres vivos começam a ser

melhor definidos a partir do século XVIII, quando Carl von Linné

(Lineu) sugere critérios eficientes para tal classificação. Basicamente

as principais contribuições de Lineu nessa área foram:

1 – Definição de critérios mais relevantes para a classificação dos

seres vivos, principalmente os de natureza estrutural e anatômica.

2 – Desenvolvimento de um sistema de nomenclatura binomial.

A classificação biológica

A classificação atual é uma adaptação dos sistema de Lineu. acrescido de mais duas categorias: filo e família.

Obs.: para as plantas no lugar de Filo, usa-se o termo Divisão.

A Classificação Atual

Classificação Lineu

REINO

CLASSE

ORDEM

GÊNERO

ESPÉCIE

Classificação Atual

REINO

FILO

CLASSE

ORDEM

FAMILÍA

GÊNERO

ESPÉCIE

Os seres vivos são classificados da seguinte maneira:

É a categoria superior da classificação científica dos organismos introduzida no século XVIII. São subdivididos em filos (para os animais) ou divisões (para as plantas).

Os filos são os agrupamentos mais elevados geralmente aceites em cada um dos Reinos em que os seres vivos foram divididos tendo em conta os seus traços evolutivos e a sua estrutura e ancestralidade

Naquela classificação, a Classe é a categoria taxonômica constituída por um conjunto de Ordens; as Classes por sua vez agrupam-se em Filos.

É um taxon de alto nível hierárquico utilizado no sistema de classificação científica dos seres vivos para agrupar famílias constituídas por espécies que apresentam entre si um elevado grau de semelhança morfo-funcional.

É um grupo de organismos originados de um único ancestral comum integrada no sistema taxonômico. A família agrupa um conjunto de gêneros, ou de sub-famílias.

é uma clade integrada no sistema taxonômico criado por Lineu no século XVIII, entre a família e a tribo .

é uma unidade de taxonomia utilizada na classificação e agrupamento de organismos vivos/fósseis para agrupar um conjunto de espécies que partilham alargado de caracte-rísticas morfológicas, um genoma com elevadíssimo grau de proximidade filogenética.

1ª- Todo nome científico deve ser latino ou latinizado.

Exemplos:

Canis familiaris (cão doméstico)

Canis lupus (lobo)

Bufo marinus (sapo)

Panthera tigris (tigre)

Panthera leo (leão)

2ª -Todo indivíduo deve possuir no mínimo 2 nomes (nomenclatura binominal - 1º gênero, 2º específico)

A abreviatura de espécie é sp. e a de espécies (plural) é spp. Plasmodium sp. (referente a uma espécie) Plasmodium spp (referente ás várias espécies existentes)

Regras Internacionais de Nomenclatura

3ª- O nome do gênero deve sempre começar por letra maiúscula e o específico em letra minúscula. O nome científico de um ser vivo deve sempre vir destacado no texto (escrito em itálico, sublinhado ou em outro tipo de letra). Lei da prioridade: Se para o mesmo organismo dois nomes diferentes,por autores diversos, deve prevalecer a primeira denominação.

Regras Internacionais de Nomenclatura

4ª - Entre o gênero e o específico, o animal pode ter um terceiro nome, que é o subgênero, escrito com inicial maiúscula e entre parênteses. Exemplos:

Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi

gênero subgênero específico

5ª - Depois da espécie, o animal pode ter um terceiro nome (nomenclatura trinominal), é a subespécie. Este nome deve ser escrito com inicial minúscula e sem pontuação intermediária. Exemplos: Homo sapiens sapiens (Gênero, sp, subsp) Homo sapiens neanderthalensis

Regras Internacionais de Nomenclatura

5ª Regra para família Apis IDAE Família

Gênero + sufixo apidae

6ª - Citação do autor

Desejando citar o nome do autor, colocá-lo logo após o nome

científico sem qualquer pontuação intermediária. Em seguida

coloca-se a data, separada do nome do autor por uma vírgula. O

nome e a data não são grifados.

Exemplos:

Passer domesticus Linnaeus- Passer domesticus L.

Entamoeba histolytica Shaudinn, 1903

Regras Internacionais de Nomenclatura

Homem Cão

Reino

Filo

Classe

Ordem

Família

Gênero

Espécie

Exemplos de Classificação

Animalia Animalia

Chordata Chordata

Mammalia Mammalia

Primata Carnivora

Hominidae Canidae

Homo Canis

Homo sapiens sapiens Canis familiaris

O que é uma Espécie? Espécie é um conjunto de indivíduos semelhantes entre si e que apresentam um mesmo patrimônio genético, capazes de se reproduzirem, gerando descendentes férteis, desde que isolados reprodutivamente de outros grupos. Casos Especiais 1. Subespécie - Surge em razão de um isolamento geográfico por meio de um fenômeno chamado raciação 2. caso ocorra isolamento reprodutivo surge novas espécies – especialização; 3. Híbridos: descendentes estéreis resultado do cruzamento

entre duas espécies distintas.

Conceito de Espécie

Cruzamento do jumento (Equus asinus) X égua (Equus caballus) = mula ou o burro(híbridos).

Cruzamento entre um cavalo X jumenta, nasce um animal conhecido como bardoto, que apresenta mais semelhança com a jumenta do que com o cavalo (isolamento reprodutivo).

Híbridos

Híbridos

LIGRE= LEÃO X TIGRE

Liger é o maior felino do mundo.

Tigon filho de tigre com leoa.

Atualmente, muitas evidências sustentam que a biodiversidade resulta de um processo evolutivo no qual todas as espécies compartilham ancestrais comuns (por exemplo, a semelhança entre esqueletos fósseis e esqueletos de seres atuais) . Esses ancestrais não estão mais vivos, mas teriam dado origem aos seres vivos atuais.

Existem formas de representar o parentesco evolutivo entre grupos de seres vivos. A mais usada é um diagrama com nome de “árvore filogenética” ou filogenia.

A classificação biológica

Classificação biológica

CLA

SSE

Na arvore filogenética, o ponto em que um ramo se divide – geralmente de forma bifurcada - indica a espécie que teria dado origem às espécies mais recentes, ou seja, a espécie ancestral.

tem

po

passado

presente

Classificação biológica

CLA

SSE

As espécies atuais ficam sempre na ponta da filogenia.

tem

po

passado

presente

Classificação biológica

- A classificação dos seres vivos em Reinos distintos sofreu, ao longo das últimas décadas, algumas alterações. - Isso pode ser explicado, em parte, pelo avanço das técnicas de análise das estruturas que constituem os seres vivos. Assim, seres que pareciam de um mesmo grupo – por exemplo, algas multicelulares e certas plantas aquáticas – foram agrupados em Reinos diferentes.

Cinco Reinos

- A classificação que adotaremos foi proposta por Robert H. Whittaker em 1969 e complementada por Lynn Margulis e Karlene Schwartz em 1980. Tal classificação propõe a classificação dos seres vivos em 5 Reinos: Reino Monera Reino Protoctista Reino Fungi Reino Plantae ou Metaphyta Reino Animalia ou Metazoa

Cinco Reinos

Regra de Distribuição dos Seres Vivos nos Cinco Reinos:

1ª De acordo com a presença de membrana nuclear (Carioteca) Procariontes – Reino monera Eucariontes – Demais reinos

2ª De acordo com o numero de células: Unicelular – Reino protista e Reino Fungi (além do monera) Pluricelular – todos os reinos menos o Reino Monera

3ª De acordo com a obtenção de alimento: Autotrófico – Reino Vegetal e (algas do reino protista e monera) Heterotrófico – Reino Animal, Reino Fungi e protozoários

4ª De acordo com o modo de digestão (heterotróficos pluricelular): Ingestão – Reino Animal Absorção – Reino Fungi

Cinco Reinos

Inclui todos seres vivos unicelulares procariontes (portanto microscópicos), autótrofos ou heterótrofos: as bactérias.

Reino Monera

- Inclui seres vivos com características e origens evolutivas muito distintas, razão pela qual este Reino recebe muitas críticas da comunidade científica. - Existem várias propostas para a reorganização deste Reino, mas nós utilizaremos a que esta mais difundida no momento, inclusive em termos de vestibular. - Os seres protoctistas são subdivididos em 2 grupos: Protozoários: todos unicelulares, eucariontes e heterótrofos. Algas: seres unicelulares e multicelulares, eucariontes, autótrofos fotossintetizantes.

Reino Protoctista

Protozoários: todos unicelulares, eucariontes e heterótrofos

Reino Protoctista

Algas: seres unicelulares e multicelulares (porém não formam tecidos diferenciados, portanto não apresentam órgãos distintos), eucariontes, autótrofos fotossintetizantes.

Reino Protoctista

Inclui todos os fungos, seres que podem ser unicelulares ou multicelulares, eucariontes e heterótrofos por absorção.

Reino Fungi

Inclui todas as plantas, seres multicelulares, eucarióticos e autótrofos fotossintetizantes. Além disso, todas as plantas apresentam tecidos (grupo de células especializadas em uma função) e, na época de reprodução, desenvolve-se um embrião multicelular maciço, que se alimenta da planta genitora (“planta mãe”). - Devido à estas duas últimas características (presença de tecidos e de embrião), as algas multicelulares não devem ser classificadas como plantas, já que não possuem tais atributos.

Reino Plantae ou Metaphyta

Inclui todos ao animais, seres multicelulares, eucarióticos e heterótrofos. Uma das características mais típicas dos animais é um estágio embrionário chamado blástula, uma esfera oca de células embrionárias que se forma logo nos primeiros estágios do desenvolvimento embrionário.

Reino Animalia ou Metazoa

Seres que não apresentam constituição celular (acelulares); Em geral, constituem-se de ácidos nucleicos (DNA ou RNA) envolvidos por uma capa de proteínas. São parasitas intracelulares obrigatórios e, fora das células, são completamente inertes (não apresentam metabolismo próprio e não se reproduzem).

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