Taxa de Juros Atuariais Tábua de Mortalidade (ampliando a ... · fazer uma aplicação financeira...

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• Taxa de Juros Atuariais

De 5,50% a.a. para 5,25% a.a.

• Tábua de Mortalidade (ampliando a longevidade)

De RP 2000 unissex, suavizada em 20%, projetada para 2014, para RP 2000 segregada por sexo, suavizada em 20%, projetada para 2018

• Composição da Família Padrão

De cônjuge de mesma idade do participante e de dois filhos válidos nascidos quando o participante contava com 25 e 27 anos, para cônjuge três anos mais jovem que o participante, sem a existência de filho na data da concessão da pensão

• Taxa de Juros Atuariais • Rentabilidade menor prevista para a fase de acumulação reduz a

expectativa na formação da reserva individual do participante, gerando um benefício inicial menor. O efeito continua na etapa de recebimento de benefícios

• Tábua de Mortalidade (ampliando a longevidade) • Tábua prevendo população mais longeva implica projeção de

pagamento de benefícios (aposentadoria e pensões) por mais tempo, após a etapa de renda certa a prazo certo. Assim, no momento de sua aposentadoria, será necessário carrear maior volume dos recursos acumulados pelo participante para o fundo mutualista, reduzindo a reserva individual e o próprio valor do benefício (projetado)

• Composição da Família Padrão • Cônjuge mais novo, em relação à premissa adotada anteriormente,

implica projeção de pagamento de benefício de pensão por mais tempo, após a etapa de renda certa a prazo certo. Assim, no momento da aposentadoria, será necessário carrear maior volume dos recursos acumulados pelo participante para o fundo mutualista, reduzindo a reserva individual e o próprio valor do benefício (projetado)

Vamos apresentar um exemplo prático para

demonstrar o reflexo da queda da taxa de juros atuarial na projeção do

benefício.

Imaginemos uma pessoa que deseja aposentar-se dentro de 15 anos (180 meses) e pretende constituir uma reserva para consumir sob a forma de renda, no valor R$10 mil/mês, durante um período de 22 anos (264 meses) após parar de trabalhar. Consultou o gerente de sua conta no Banco e viu que conseguiria fazer uma aplicação financeira de risco aceitável e que lhe renderia 5,5% ao ano (0,4472% ao mês). A primeira pergunta é: quanto ele precisaria poupar mensalmente para conseguir atingir seu objetivo?

Primeiro, calculamos a

reserva necessária para honrar o

benefício desejado por 22 anos.

1 2 3 4 264 263 262 261 . . . . . .

Rentabilidade Projetada=5,5% a.a. (0,4472% a.m.)

Reserva Necessária = R$1.547.676,50 (*)

Benefício Projetado = R$10 mil/mês

(*)Valor Calculado

Então conseguimos calcular quanto

precisa economizar por mês na fase de

acumulação!

1 2 3 4 180 179 178 177 . . . . . .

Rentabilidade Projetada=5,5% a.a. (0,4472% a.m.)

Reserva Necessária = R$1.547.676,50

Contribuição Mensal = R$5.615,31/mês(*)

(*)Valor Calculado

1 2 3 4 180 179 178 177 . . . . . .

Reserva após redução da Taxa= R$1.518.464,38(*)

Contribuição Mensal = R$5.615,31/mês

RP=5,5% a.a. (0,4472% a.m.) nos primeiros 36 meses RP=5,25% a.a. (0,4273% a.m.) nos 144 meses seguintes

Mas o que acontece se depois de poupar por 36 meses a taxa

de juros do Banco cai para 5,25% a.a.?

(*)Valor Calculado

1 2 3 4 264 263 262 261 . . . . . .

Rentabilidade Projetada=5,25% a.a. (0,4273% a.m.)

Reserva após redução da Taxa= = R$1.518.464,38

Benefício Projetado após redução = R$9.604,54/mês(*)

Como a taxa de juros esperada caiu e não houve

ampliação do prazo de acumulação, redução do

prazo de recebimento e/ou aumento da contribuição, a reserva a ser formada e o benefício esperado caem!

(*)Valor Calculado

Mas é importante entendermos que o impacto da redução da taxa de juros

atuarial é sobre o BENEFÍCIO PROJETADO. Se a rentabilidade obtida no futuro nos

investimentos do Plano CV I superar essa taxa, como tem ocorrido, o BENEFÍCIO REAL será naturalmente maior que o

agora projetado.

No caso da aposentadoria programada, o Plano CV I prevê duas fases de pagamentos de benefícios: a primeira de renda certa a prazo certo, por vinte e dois anos, a segunda vitalícia, com renda mensal igual ao último benefício recebido pelo participante na etapa anterior. Na primeira etapa o benefício é pago a partir do saldo acumulado individualmente pelo participante, obedecendo, portanto, condições típicas de um plano do tipo Contribuição Definida (CD), ao passo que na segunda um fundo mutualista garantirá o pagamento, ou seja, essa fase guarda semelhança com um plano do tipo Benefício Definido (BD).

Quando da aposentadoria do participante, uma parte da reserva acumulada por ele é destinada a compor o fundo mutualista. O montante dessa transferência dependerá dos dados biométricos do participante e de seus possíveis pensionistas, pois a expectativa de vida deles é considerada no cálculo. O restante da reserva fica na conta individual do participante e será consumida integralmente na fase de renda certa a prazo certo.

No entanto, como em todo arranjo do tipo BD, há necessidade de projetar atuarialmente as obrigações do Plano com o pagamento dos benefícios de natureza mutualista, calculando o valor presente do montante a ser transferido por cada participante para o fundo mutualista. Para isso, utilizamos uma tábua de mortalidade.

Uma tábua mais longeva significa a inferência de que as pessoas viverão mais, portanto deverão receber benefícios vitalícios por mais tempo, gerando a necessidade de aporte maior da reserva acumulada ao fundo mutualista, logo reduzindo o saldo da conta individual do participante e, por consequência, o seu benefício projetado.

RESERVA ACUMULADA

CONTA INDIVIDUAL

FUNDO MUTUALISTA

RESERVA ACUMULADA

CONTA INDIVIDUAL

FUNDO MUTUALISTA

Tábua Anterior

Tábua Atual

No caso da Família Padrão, prevista no Artigo 21 do Regulamento do Plano CV I, verificou-se ser mais aderente com o comportamento observado no cadastro dos participantes supor que, na data da concessão da pensão, o participante terá um cônjuge três anos mais novo que ele. Como antes a hipótese era de participante e cônjuge com a mesma idade, a nova premissa aumenta a projeção de obrigações futuras do Plano, em sua fase de renda vitalícia. Portanto, da mesma forma que a alteração de tábua de mortalidade, a substituição da família padrão também provoca impactos sobre o montante de recursos a serem aportados pela reserva acumulada pelo participante ao fundo mutualista.

Uma pensionista mais longeva significa que os benefícios vitalícios de pensão serão pagos por mais tempo, gerando a necessidade de aporte maior da reserva acumulada ao fundo mutualista, logo reduzindo o saldo da conta individual do participante e, por consequência, o seu benefício projetado.

Família Padrão Anterior

Família Padrão Atual

RESERVA ACUMULADA

CONTA INDIVIDUAL

FUNDO MUTUALISTA

RESERVA ACUMULADA

CONTA INDIVIDUAL

FUNDO MUTUALISTA

Como em todas os processos de revisão de custeio outras ocorrências de ordem geral são consideradas e interferem no cálculo do benefício projetado. Exemplos disso são o reajuste salarial concedido aos participantes e a alteração do teto de benefícios do INSS.

Também acontecimentos de cunho individual de cada participante provocam impactos sobre os benefícios projetados. Em geral são eventos que fogem à progressão salarial utilizada na projeção, tais como redução salarial, progressão funcional diferente do previsto etc.