Post on 24-Jul-2016
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SUPLEMENTO GRATUITO DO SEMANÁRIO NACIONAL OPERÁRIO E SOCIALISTA
CAUSA OPERÁRIAANO XI, Nº 102, DE 25 A 31 DE OUTUBRO DE 2014 - DISTRIBUIÇÃO NACIONAL - INTERNET: WWW.PCO.ORG.BR - ENDEREÇO ELETRÔNICO: CAUSAOPERARIA@PCO.ORG.BR
O que os bancos e especuladores prepararam para depois das eleiçõesO imperialismo, isto é, os go-
vernos dos países capitalis-tas mais ricos do planeta, seus
bancos e grandes empresas, querem, neste momento, acabar com os go-vernos burgueses nacionalistas dos países atrasados, como na Venezuela, Bolívia, Argentina e o próprio Brasil.
A política da burugesia naciona-lista é considerada, na alta roda das fi nanças internacionais, como uma gastança de dinheiro em favor dos empresários destes países menos de-senvolvidos e da própria população pobre e trabalhadora. Tais medidas, que incluem os programas sociais do PT no Brasil, por exemplo, foram uma necessidade do próprio impe-rialismo para tentar conter a rebelião popular detonada pela política de ter-ra arrasada dos governos neoliberais anteriores (no nosso caso, do gover-no FHC/PSDB, de 1995 a 2002).A POLÍTICA DO IMPERIALISMO DIANTE DA CRISE CAPITALISTA
O agravamento da crise mundial desde 2008 requer uma nova ofensi-va em regra contra as massas, ou se-ja, um aprofundamento da política de ataque às condições de vida da maio-ria da população, uma suspensão do período de “trégua” com as massas que estes governos, como os de Lula e Dilma, representaram.
É por esse motivo que os gran-des banqueiros e empresários im-perialistas se unifi caram em torno à candidatura tucana de Aécio Neves, com a esperança de que um novo go-verno do PSDB coloque em prática um ataque em regra contra as condi-cões de vida da população. Para so-breviverem, os grandes monopólios capitalistas precisam ter acesso di-reto, em intermediários, às riquezas do nosso país.
O imperialismo exige uma no-
va onda de privatizações (Petrobras, Correios etc.), o corte nos gastos pú-blicos sociais (como educação, saú-de, assistência, moradia, transporte etc.), e o rebaixamento salarial com a liquidação dos direitos trabalhistas (fundo de garantia, férias, 13º salá-rio etc.).
Querem um “tarifaço”, de modo a promover uma transferência de re-cursos diretamente das mãos da po-pulação para as empresas estrangei-ras que controlam os serviços priva-tizados de água, energia elétrica etc. e, por meio dessas medidas, visam levar a economia brasileira para uma situação de recessão, para fazer com que os trabalhadores paguem pela crise capitalista mundial com seus empregos e com o rebaixamento da suas condições de vida.LUTAR EM DEFESA DAS CONDIÇÕES DE VIDA DAS MASSAS TRABALHADORAS
É preciso uma mobilização contra
o golpe que começou agora, com a fraude eleitoral que impôs Alckmin ao governo de S. Paulo no 1º turno, um resultado impossí-vel diante da crise política no Esta-do e que fez Aé-cio Neves cres-cer 25 pontos percentuais em 24 horas nas urnas em todo o país. A clas-se operária e a população pobre e trabalhadora de-vem se mobilizar por seus próprios meios, com ma-nifestações, mo-bilizações, gre-ves e enfrentar o imperialismo e seus aliados nacionais.
VEJA AQUI AS PRINCIPAIS MEDIDAS EXIGIDAS PELO CAPITAL ESTRANGEIRO
Neste momento, os banqueiros e grandes empresários estrangeiros têm uma palavra-de-ordem clara: “ajuste econômico”! Isso signifi ca:• CORTES DE GASTOS PÚBLICOS SOCIAIS (EDUCAÇÃO, SAÚDE, ASSISTÊNCIA, MORADIA, TRANSPORTE etc.)
Contra o corte de gastos, o PCO defende que todos os recursos pú-blicos destinados às necessidades do povo sejam controlados pela própria população.• REBAIXAMENTO SALARIAL, LIQUIDAÇÃO DOS DIREITOS TRABALHISTAS
Nenhum rebaixamento! Nenhum direito a menos! Por um salário míni-mo vital, necessário para satisfazer as necessidades de um trabalhador e sua família, de, no mínimo, R$3.500,00.• “TARIFAÇO” (ÁGUA, ENERGIA ELÉTRICA, GASOLINA etc.)
Nenhum aumento de tarifas! Que as empresas privadadas que tomaram de assalto os serviços públicos como água e energia elétrica devolvam o que tomaram do povo brasileiro com o cancelamento das privatizações e a reestatização destas empresas.
• UMA NOVA ONDA DE
PRIVATIZAÇÕES (PETROBRÁS, CORREIOS etc.)
Nenhuma privatização. Reversão de toda a entrega do patrimônio pú-blico brasileiro. Que as empresas estatais sejam controladas por seus próprios trabalhadores em nome dos trabalhadores e de todo o povo brasileiro.
• RECESSÃO
Que os capitalistas paguem pela crise que eles mesmos criaram! Se são incapazes de administrarem suas próprias empresas e as estão levan-do à falência, então que dêem o seu lugar para que os trabalhadores pos-sam fazê-las funcionar em benefício de toda a população.
o golpe que começou agora, com a fraude eleitoral que impôs Alckmin ao governo de S. Paulo no 1º turno, um resultado impossí-vel diante da crise política no Esta-do e que fez Aé-
urnas em todo
se operária e a população pobre e trabalhadora de-vem se mobilizar por seus próprios meios, com ma-nifestações, mo-
e seus aliados
ESTÁ NAS RUAS O JORNAL
CAUSA OPERÁRIA Nº 818
ASSINE JÁpelo telefone: 11--94999-6537
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ou pelo site: editora.pco.org.br
É preciso sair às ruas conta a
seca criada por Geraldo Alckmin
As torneiras de um número
cada vez maior de pessoas
estão sem água.
Na capital paulista, a região
Sul está sofrendo um raciona-
mento velado.
A Sabesp não admite o racio-
namento. “Eu garanto que não
existe racionamento. Nenhum
bairro de São Paulo fi ca sem água por mais de 12 horas. A periferia
sofre mais por não ter armazena-
mento, mas controlamos isso 24
horas por dia”, diz a presidenta
da Sabesp, Dilma Pena. Ou seja,
racionamento só é considerado
se houver falta d’água por mais
de 12 horas, e nos bairros ricos,
não na periferia. Mas o fato é que
bairros inteiros estão fi cando sem água alguma parte do dia.
No interior essa situação já
provocou a revolta da população,
que protestou no início do mês
em Campinas e em Itu.
A falta de água é só uma par-
te do problema criado pelas ges-
tões tucanas no estado. A educa-
ção nunca esteve tão mal, o que
não é privilégio dos paulistas.
Em Minas Gerais, onde Aécio
encerra seu mandato, a situação
é a mesma. Os professores acu-
mulam greves históricas por sua
duração e radicalização. Docen-
tes e servidores lutam por me-
lhores salários e condições de
trabalho. As escolas se tornaram
depósito de crianças. A falta de
vagas em creches geram protes-
tos da população. A lista de es-
pera ultrapassa centenas de mi-
lhares etc.
O resultado das eleições, em-
possando Alckmin no 1º turno
com 60% dos votos, contraria
abertamente o sentimento de re-
volta que vem tomando contra da
população.
Com um resultado como esse,
os responsáveis pela privatiza-
ção dos serviços públicos e pela
completa destruição da infraes-
trutura do estado esperam calar a
população pobre, trabalhadora e
oprimida apresentando uma fal-
sifi cação: a “maioria” da popula-ção paulista gosta de passar sede
e necessidade, por isso votaram
no Alckmin.
É preciso desafi ar a farsa elei-toral nas ruas. É preciso mobili-
zar os trabalhdores, a população
em geral, contra a seca criada
por Geraldo Alckmin e levar pa-
ra as ruas a denúncia contra um
dos mais graves ataques contra as
condições de vida da população
paulista.
PCO promove palestra-debate sobre a
1ª INTERNACIONAL NO SEU 150º ANIVERSÁRIO
dia 8 de novembro, sábado,
a partir das 10h, em São Paulo
com Rui Costa Pimenta
SUPLEMENTO DO JORNAL CAUSA OPERÁRIA
Ano X, edição semanal - nº 102,
de 25 a 31 de outubro de 2014
tiragem: 50 mil exemplares
Editor: Rui Costa Pimenta
Rua Serranos nº 108, Saúde - São Paulo/SP - fone (11)
94999-6537 - Acesse: www.facebook.com/pco29
Em 1864 foi fundada a
Associação Internacional dos
Trabalhadores, conhecida pos-
teriormente como a I Interna-
cional.
Marx e Engels participarão
da criação da nova organização,
onde procurarão levar adiante
um trabalho de estruturação do
movimento operário interna-
cional o qual, após a derrota da
vaga revolucionária na Euro-
pa após 1848 adquire um novo
impulso através da guerra da
secessão norte-americana e das
lutas econômicas em alguns pa-
íses como a Inglaterra.
A I Internacional represen-
ta, na concepção de Marx e
Engels, um esforço para unir
todas as tendências do movi-
mento operário em um perío-
do de reação política Esta reto-
mada do movimento operário
culminará em 1879 com a ex-
traordinária experiência revo-
lucionária da Comuna de Paris
a qual será, ao mesmo tempo,
uma culminação e o princípio
do fi m da Internacional. Ao mesmo tempo, Marx e
Engels dedicaram boa parte
das suas energias ao combate
às variantes socialistas peque-
no-burgueses que buscam ad-
quirir infl uência determinante sobre a Internacional como
as tendências anarquistas de
Proudhon e Bakunin.
Este trabalho, que consu-
miu boa parte das energias de
ambos e contou com o empe-
nho pessoal direto de Marx
na condução dos assuntos da
internacional, foi de decisiva
importância para afi rmar a pre-dominância posterior do mar-
xismo na Europa através da
II Internacional superando as
teorias parciais e insufi cientes dos lassalianos, bakuninistas e
anarquistas como teoria da luta
de classes do proletariado mais
avançado do mundo.
Venha discutir! Participe da
palestra-debate com o compa-
nheiro Rui Costa Pimenta!
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