Post on 24-Jul-2016
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SUPLEMENTO GRATUITO DO SEMANÁRIO NACIONAL OPERÁRIO E SOCIALISTA
CAUSA OPERÁRIAANO XI, Nº 100, DE 27 DE SETEMBRO A 3 DE OUTUBRO DE 2014 - DISTRIBUIÇÃO NACIONAL - INTERNET: WWW.PCO.ORG.BR - ENDEREÇO ELETRÔNICO: CAUSAOPERARIA@PCO.ORG.BR
“NÃO TEMOS PLANO DE GOVERNO, TEMOS UM PLANO DE LUTA”
O que o PCO pretende ao
disputar as eleições?
Nosso partido se apresenta
nas eleições para chamar a po-
pulação, em particular os tra-
balhadores, a se mobilizar por
suas próprias reivindicações, de
maneira independente da bur-
guesia e de seus partidos. Nós
achamos que é só através da sua
luta e organização independente
da burguesia que os trabalhado-
res vão conquistar as suas rei-
vindicações mais sentidas.
Isso, no entanto, só pode
ser feito por meio de uma
mudança, de alto a baixo, do
regime político. E as eleições
não são capazes de produzir
uma mudança como essa.
Quais são as principais
reivindicações do partido?
Um dos eixos centrais do
programa do partido é a luta
por salário, trabalho e ter-
ra, onde incluímos a luta para
melhorar as condições de vida
dos trabalhadores da cidade e
do campo.
Salário, para nós, é a defe-
sa de um salário mínimo vital,
que não poderia ser inferior a
R$3.500, que é o necessário
para garantir a subsistência do
trabalhador e de sua família.
Além disso, defendemos que
os salários sejam reajustados
automaticamente diante da
infl ação, e a igualdade salarial para homens e mulheres, ne-
gros e brancos que desempre-
nhem uma mesma função.
Trabalho é a defesa do em-
prego, cuja principal reivindica-
ção é a redução da semana de
trabalho sem redução dos salá-
rios para 35 horas, para dividir
o emprego existente entre todos
e acabar com o subemprego e a
superexploração.
Terra é a defesa das rei-
vindicações do trabalhador
do campo. É a reforma agrá-
ria, tão necessária para tirar o
Brasil do atraso, com a redis-
tribuição das terras do latifún-
dio entre todos os que preci-
sam e queiram trabalhar. É o
fi m da repressão aos sem-ter-ra e a defesa da sua luta contra
os jagunços dos grandes pro-
prietários.
Quais são os outros eixos
do programa do PCO?
Nessa campanha eleitoral
acrescentamos às nossas rei-
vindicações centrais a luta por
liberdade, igualdade e inde-
pendência.
Liberdade signifi ca: o fi m de toda censura, aberta ou vela-
da; nenhuma restrição à liberda-
de de expressão. É a defesa de
um conjunto de reivindicações
democráticas que estão na or-
dem-do-dia diante dos ataques
dos governos da direita, como é
o caso do PSDB em São Paulo.
Trata-se da defesa do direito a
liberdade de manifestação e do
fi m da PM e de todo o aparato repressivo. Além disso, defen-
demos a mais ampla liberdade
de organização partidária; o
irrestrito direito de greve; a li-
bertação e o fi m dos processos contra todos os presos políticos;
o fi m de toda legislação repres-siva e a punição para os tortu-
radores e assassinos do regime
militar; o fi m do monopólio dos grandes capitalitas sobre os
meios de comunicação.
A luta por igualdade é a
luta pelas condições que garan-
tam a igualdade de direitos en-
tre homens e mulheres, negros
e brancos. Além da isonomia
salarial, é necessário um siste-
ma de creches públicas em todo
o país, para que a mulher possa
trabalhar. É o livre ingresso na
universidade, com o fi m do ves-
tibular, para que todos tenham
acesso ao ensino superior. É a
defesa do monopólio estatal do
ensino e da saúde para garantir
o seu caráter público e gratuito,
e o acesso de toda a população.
Independência é a luta
pelo fi m da dominação dos países imperialistas sobre o
Brasil. Isso só será possível
com o fi m das privatizações e a estatização das empresas
privatizadas como a Petro-
bras, o sistema Telebras, todo
o parque siderúrgico, a Vale
etc. A isso se soma a estatiza-
ção dos bancos e a criação de
um banco estatal único; o fi m de todos os tratados militares
e diplomáticos do Brasil com
o imperialismo e a estatização
de todos os setores econômi-
cos essenciais à vida do povo
e das empresas estrangeiras,
sob controle dos trabalhado-
res destas empresas, como re-
presentantes de todo o povo.
Como o PCO busca
colocar em prática esse
programa?
Nós não temos um plano de
governo, temos um plano de
luta. Nosso principal objetivo
é a construção de um verda-
deiro partido operário de mas-
sas, revolucionário e socialis-
ta, que se apoie nas mobiliza-
ções da classe operária e dos
demais setores oprimidos da
sociedade, e seja capaz de di-
rigir a luta por uma mudança
profunda, colocando no poder
um governo formado pelos
trabalhadores da cidade e do
campo, pelas organizações de
luta da classe operária.
A luta por um partido de
massas, operário e socialis-
ta, é o primeiro passo na luta
por uma verdadeira revolução
dirigida pela classe operária,
para expropriar a burguesia
e colocar o País no rumo do
socialismo.
ENTREVISTA COM RUI COSTA PIMENTA, CANDIDATO A PRESIDENTE DO PCO
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Blog do candidato: ruicpimenta.com ruicpimenta@pco.org.br 11-94999-6537Comitê nacional de campanha: Rua Serranos, 108, Saúde, São Paulo-SP
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PM: preparada para matar
O caso recente do assassinato de
um jovem camelô por um po-
licial militar na Lapa, zona Oeste
da capital paulista, mostrou, mais
uma vez, a necessidade de se dis-
solver imediatamente a PM.
As polícias de São Paulo e do
Rio de Janeiro são as que mais
matam no mundo.
Somente a PM paulista mata
mais que todas as polícias dos Es-
tados Unidos juntas. Por esses as-
sassinatos, denunciados inclusive
pelo repórter Caco Barcellos em
seu livro Rota 66, nenhum policial
foi punido. O mesmo ocorreu no
caso da Lapa. Pouco depois de ter
sido preso, o policial que executou
o camelô com um tiro na cabeça foi
colocado em liberdade. Para as au-
toridades, ele apenas estava "cum-
prindo o seu dever" e agiu, segundo
especialistas ouvidos pelas emisso-
ras de televisão, de forma padrão.
As execuções sumárias que
fazem parte da rotina da PM são
falsamente chamadas de “autos
de resistência”.
Ou seja: seriam mortas apenas
as pessoas que resistem ou revi-
dam à polícia.
Isso é evidentemente uma far-
sa: não passa de uma maneira en-
contrada pelo governo de ocultar
o verdadeiro massacre da popula-
ção pobre do país perpetrado pe-
las forças de repressão.
O governo tem na PM, cria da di-
tadura militar, um instrumento, vio-
lento e brutal, de controle social, de
repressão contra os trabalhadores.
A PM não serve à segurança de
ninguém. É apenas uma máquina
de matar voltada contra os traba-
lhadores.
Leia na edição desta semana:
• O plano do imperialismo para a economia brasileira: "Um novo
aperto neoliberal"• Fora o imperialismo da Síria!
• Economia: o "modelo Lula" em bancarrota
• Marina garante a empresários mais ataques aos trabalhadores
Leia esses artigos e muito mais sobre o movimento operário,
estudantil, a luta das mulheres e dos negros na edição desta
semana do maior e melhor jornal da esquerda brasileira
Acesse: editora.pco.org.br
PARTICIPE DAS ATIVIDADES DO PCOComício do PCO em Vargem Grande (zona Sul de São Paulo)
Domingo, dia 28/09, às 15h
Jantar de encerramento da campanha eleitoral
do PCO em São Paulo
Sexta-feira, 3/9, MG, BSB
De deputado a presidente VOTE
RAIMUNDO
governadorpresidente
JURACI
senador290
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Editorial
assassinato: a rotina da PM
oPinião : a dEsonEstidadE dE von MisEs
Falência do PsdB atirou a dirEita aos Braços dE Marina silva
o Povo EscolhE os candidatos quE a BurguEsia EscolhEu Para o Povo
a2 E a3
uM novo aPErto nEoliBEral
o PrograMa do iMPErialisMo Mundial Para a EconoMia do Brasil:
1R�GLD����GH�VHWHPEUR��R�MRUQDO�Financial Times, SRUWD�YR]�GR�LPSHULDOLVPR�EULWkQLFR��SXEOLFRX�XP�DU�WLJR�H[SOLFDQGR�SRUTXH�$U�PtQLR�)UDJD�p�D��HVFROKD�GR�PHUFDGR��SDUD�GLULJLU�D�SROt�WLFD�HFRQ{PLFD�GR�%UDVLO��2�DUWLJR�DSUHVHQWD�LVVR�FRPR�XP�HORJLR��WHQGR�R�WH[WR�WRGR�XP�WRP�HORJLRVR��$U�PtQLR�)UDJD�SRGH�DVVXPLU�R�0LQLVWpULR�GD�)D]HQGD�FDVR�0DULQD�6LOYD��RX�$pFLR�1HYHV�����YHQoD�DV�HOHLo}HV��6HJXQGR�R Financial Times��
disPuta EntrE as candidaturas BurguEsaso primeiro páreo&RP�R�IUDFDVVR�GD�FDQGLGDWXUD�GH�$pFLR�1HYHV��EXUJXHVLD�VH�DUWLFXOD�SDUD�HYLWDU�D�YLWyULD�GR�37� QR�SULPHLUR�WXUQR� B3
Perante a crise a burguesia imperialista aumenta o cerco contra os trabalhadores na tentativa de garantir os lucros a qualquer custo.
HOH�GHIHQGH��R�UHWRUQR�GD�RUWRGR[LD�HFRQ{PLFD��(�R�TXH�VHULD�HVVH��UH�WRUQR�"�$UPtQLR�)UDJD�IRL�SUHVLGHQWH�GR�%DQFR�&HQWUDO�GR�%UDVLO�GXUDQWH�R�VHJXQGR�PDQGDWR�GH�)HUQDQGR�+HQULTXH�&DU�GRVR��7UDWD�VH�GR�UHWRUQR�DR�FKDPDGR�QHROLEHUD�OLVPR��)UDJD�WUDEDOKRX�WDPEpP�SDUD�R�PHJDHV�SHFXODGRU�*HRUJH�6RURV��H�FKHJRX�D�VHU�VXJHULGR�SDUD�D�SUHVLGrQFLD�GR�%DQ�FR�0XQGLDO� B8
Polícia E assassinato
Policial sob inquérito: funciona?3ROLFLDO�TXH�DVVDVVLQRX�FDPHO{�SDVVDYD�SRU�LQTXpULWR�SRU�WHU�DVVDVVLQDGR�PRUDGRU�GH�UXD� QR�FRPHoR�GR�DQR��B4
a dEstruição da cltMarina garante a empresários ataques aos trabalhadores6HP�GHL[DU�FODUR�TXDO�VHUi�VXD�SROtWLFD��0DULQD�D¿UPD�TXH�PXGDUi�DV�OHLV�SDUD�IDFLOLWDU�DV�FRQWUDWDo}HV�SRU�HPSUHViULRV��XPD�DQWLJD�UHLYLQGLFDomR�GRV�SDWU}HV��B2Minério dE FErro
o “modelo lula” em bancarrota2�%UDVLO�WHP�VH�WRUQDGR�UHIpP�GH�PHLD�G~]LD�GH�SURGXWRV�DJUtFRODV�GHYLGR�j�TXHGD�GD�EDODQoD�FRPHUFLDO�GR�PLQpULR�GH�IHUUR�H�GR�SHWUyOHR��B5
Escócia
Fraude no referendo?4XDO�IRL�D�LQÀXrQFLD�GR�LPSHULDOLVPR�QR�UHVXOWDGR�D�IDYRU�QD�SHUPDQrQFLD�QR�5HLQR�8QLGR" B6
ucrânia
trégua?2V�FRQIURQWRV�HQWUH� R�JRYHUQR�JROSLVWD� H�RV�VHSDUDWLVWDV�FRQWLQXDP��B7
gás dE xistoEstudo mostra que fratura hidráulica induz terremotos B8
Fora o imperialismo da síria!1HVWD�VHJXQGD�IHLUD�����GH�VHWHP�EUR��D�FRDOL]mR�IRUPDGD�SHOR�LPSHULD�OLVPR�QRUWH�DPHULFDQR�FRP�PDLV�GH����SDtVHV�SDUD�DWDFDU�R�(VWDGR�,VOkPLFR��(,��QD�6tULD�FRPHoRX�D�ERPEDUGHDU�R�3DtV��2�(,�IRL�¿QDQFLDGR�SHORV�SUy�
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sEcao fim do volume morto é o legado do PsdB em são PauloB3
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ESTÁ NAS RUAS O JORNAL
CAUSA OPERÁRIA Nº 814