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Sumário
1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................8
2. BIODIVERSIDADE, SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS E INTERDEPENDÊNCIAS ....................................................8
2.1. Biodiversidade...................................................................................................................................9
2.2. Serviços Ecossistêmicos ................................................................................................................... 11
2.2.1. As Florestas e os Recursos Hídricos ......................................................................................... 16
2.2.2. As Florestas e as Mudanças do Clima....................................................................................... 18
2.3. As interdependências....................................................................................................................... 19
2.4. Hotspots de biodiversidade .............................................................................................................. 21
3. FLORESTAS ............................................................................................................................................ 23
3.1. As florestas no mundo ..................................................................................................................... 23
3.2. As florestas no Brasil ....................................................................................................................... 24
3.2.1. Amazônia .............................................................................................................................. 26
3.2.2. Cerrado ................................................................................................................................. 27
3.2.3. Caatinga ............................................................................................................................... 28
3.2.4. Pampa .................................................................................................................................. 29
3.2.5. Pantanal ................................................................................................................................ 30
2
4. A MATA ATLÂNTICA ................................................................................................................................ 31
4.1. Importância da Mata Atlântica .......................................................................................................... 31
4.2. Ecossistemas .................................................................................................................................. 34
4.3. Aspectos históricos e a sua degradação ............................................................................................ 37
4.4. Trilhas indígenas e caminho dos Tropeiros ........................................................................................ 40
4.5. A Mata Atlântica e a situação atual ................................................................................................... 41
4.6. Comunidades indígenas remanescentes – Os Guarani ........................................................................ 42
4.7. A Serra do Mar e sua geomorfologia ................................................................................................. 44
5. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ................................................................................................................. 47
5.1. Unidades de Conservação no mundo ................................................................................................ 47
5.2. Unidades de Conservação no Brasil ................................................................................................... 49
6. O PARQUE ESTADUAL SERRA DO MAR ..................................................................................................... 55
6.1. A criação do parque ........................................................................................................................ 55
6.2. A importância do Parque Estadual Serra do Mar ................................................................................ 56
6.3. Núcleos, macrorregiões e municípios abrangidos ............................................................................... 58
6.3.1. Macrorregiões do Estado de São Paulo .................................................................................... 58
6.3.2. Municípios abrangidos ............................................................................................................ 62
6.4. Plano de Manejo ............................................................................................................................. 64
7. NÚCLEOS ............................................................................................................................................... 65
3
7.1. Núcleo Bertioga............................................................................................................................... 65
7.1.1. História ................................................................................................................................. 65
7.1.2. Patrimônio Cultural ................................................................................................................ 66
7.1.3. Comunidades tradicionais ....................................................................................................... 67
7.1.4. Ecossistema .......................................................................................................................... 67
7.1.5. Fauna e Flora ........................................................................................................................ 67
7.1.6. Serviços Ecossistêmicos .......................................................................................................... 71
7.1.7. Atrativos ............................................................................................................................... 72
7.1.8. Informações gerais sobre o Núcleo .......................................................................................... 74
7.2. Núcleo Caraguatatuba ..................................................................................................................... 77
7.2.1. História ................................................................................................................................. 77
7.2.2. Patrimônio Cultural ................................................................................................................ 79
7.2.3. Comunidades tradicionais ....................................................................................................... 80
7.2.4. Ecossistema e Geomorfologia ................................................................................................. 80
7.2.5. Fauna e Flora ........................................................................................................................ 80
7.2.6. Serviços Ecossistêmicos .......................................................................................................... 85
7.2.7. Pesquisas .............................................................................................................................. 86
7.2.8. Atrativos ............................................................................................................................... 87
7.2.9. Informações gerais sobre o Núcleo .......................................................................................... 90
7.3. Núcleo Cunha ................................................................................................................................. 93
7.3.1. História ................................................................................................................................. 93
7.3.2. Patrimônio Cultural ................................................................................................................ 95
7.3.3. Comunidades tradicionais ....................................................................................................... 95
7.3.4. Clima, Ecossistema e Geomorfologia ....................................................................................... 96
7.3.5. Fauna e Flora ........................................................................................................................ 96
7.3.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 100
7.3.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 101
4
7.3.8. Atrativos ............................................................................................................................. 102
7.3.9. Informações gerais sobre o Núcleo ........................................................................................ 105
7.4. Núcleo Curucutu ........................................................................................................................... 108
7.4.1. História ............................................................................................................................... 108
7.4.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 109
7.4.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 110
7.4.4. Ecossistema, Fauna e Flora ................................................................................................... 112
7.4.5. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 116
7.4.6. Pesquisas ............................................................................................................................ 117
7.4.7. Atrativos ............................................................................................................................. 118
7.4.8. Informações gerais sobre o Núcleo ........................................................................................ 121
7.5. Núcleo Itariru ................................................................................................................................ 124
7.5.1. História ............................................................................................................................... 124
7.5.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 126
7.5.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 127
7.5.4. Ecossistema, Fauna e Flora ................................................................................................... 128
7.5.5. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 131
7.5.6. Pesquisas ............................................................................................................................ 132
7.5.7. Atrativos ............................................................................................................................. 135
7.5.8. Informações gerais sobre o Núcleo ........................................................................................ 137
7.6. Núcleo Itutinga Pilões .................................................................................................................... 140
7.6.1. História ............................................................................................................................... 140
7.6.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 142
7.6.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 146
7.6.4. Ecossistema e Geomorfologia ............................................................................................... 146
7.6.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 146
7.6.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 150
5
7.6.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 152
7.6.8. Atrativos ............................................................................................................................. 152
7.6.9. Informações gerais sobre o Núcleo ........................................................................................ 158
7.7. Núcleo Padre Dória ........................................................................................................................ 161
7.7.1. História ............................................................................................................................... 161
7.7.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 162
7.7.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 164
7.7.4. Ecossistema ........................................................................................................................ 164
7.7.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 164
7.7.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 169
7.7.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 171
7.7.8. Projetos Socioambientais ...................................................................................................... 171
7.7.9. Atrativos ............................................................................................................................. 172
7.7.10. ........................................................................................................ Outros pontos de interesse
173
7.7.11. ............................................................................................. Informações gerais sobre o Núcleo
174
7.8. Núcleo Picinguaba ......................................................................................................................... 177
7.8.1. História ............................................................................................................................... 177
7.8.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 180
7.8.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 180
7.8.4. Geomorfologia e Ecossistema ............................................................................................... 184
7.8.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 184
7.8.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 189
7.8.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 190
7.8.8. Projetos socioambientais ...................................................................................................... 195
7.8.9. Atrativos ............................................................................................................................. 195
7.8.10. ............................................................................................. Informações gerais sobre o Núcleo
202
6
7.9. Núcleo Santa Virgínia..................................................................................................................... 206
7.9.1. História ............................................................................................................................... 206
7.9.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 208
7.9.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 209
7.9.4. Ecossistema ........................................................................................................................ 209
7.9.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 210
7.9.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 214
7.9.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 215
7.9.8. Atrativos ............................................................................................................................. 219
7.9.9. Informações gerais sobre o Núcleo ........................................................................................ 223
7.10. Núcleo São Sebastião ................................................................................................................ 227
7.10.1. .................................................................................................................................... História
227
7.10.2. .................................................................................................................... Patrimônio Cultural
229
7.10.3. .......................................................................................................... Comunidades tradicionais
230
7.10.4. .............................................................................................................................. Ecossistema
231
7.10.5. ........................................................................................................................... Fauna e Flora
231
7.10.6. ............................................................................................................. Serviços Ecossistêmicos
235
7.10.7. ................................................................................................................................... Atrativos
236
7.10.8. ............................................................................................. Informações gerais sobre o Núcleo
241
8. ANEXOs ............................................................................................................................................... 244
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Anexo 1 – PEGADA ECOLÓGICA ................................................................................................................. 244
ANEXO 2 - OUTRAS ESPÉCIES ................................................................................................................... 248
ANEXO 3. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO ......................................................... 251
Anexo 4. Lista de Aves do Parque Estadual da Serra do Mar ........................................................................ 277
Tabela 1. Lista de aves do Parque Estadual da Serra do Mar, SP. ...................................................... 277
Tabela 2. Lista completa de aves do Núcleo Bertioga ........................................................................ 294
Tabela 3. Lista completa de aves do Núcleo Caraguatatuba .............................................................. 306
Tabela 4. Lista completa de aves do Núcleo Cunha .......................................................................... 317
Tabela 5. Lista completa de aves do Núcleo Curucutu....................................................................... 327
Tabela 6. Lista completa de aves do Núcleo Itariru ........................................................................... 339
Tabela 7. Lista completa de aves do Núcleo Itutinga Pilões ............................................................... 346
Tabela 8. Lista completa de aves do Núcleo Padre Dória ................................................................... 355
Tabela 9. Lista completa de aves do Núcleo Picinguaba .................................................................... 366
Tabela 10. Lista completa de aves do Núcleo Santa Virgínia .............................................................. 377
Tabela 11. Lista completa de aves do Núcleo São Sebastião.............................................................. 386
9. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................... 493
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1. INTRODUÇÃO
O presente relatório representa o Produto 4 do projeto que visa propor “Cenários de
comunicação interativa e sinalização nas estruturas de Uso Publico do Parque Estadual Serra do
Mar” e tem como principal objetivo consolidar o conteúdo técnico a ser utilizado de base para o
desenvolvimento da comunicação e sinalização do Parque Estadual Serra do Mar (PESM). Este
projeto está inserido na estratégia do “Programa de Recuperação da Serra do Mar e Sistema de
Mosaicos da Mata Atlântica”, ação do Governo do Estado de São Paulo por intermédio das
Secretarias da Habitação e do Meio Ambiente.
O Produto 4, também referenciado como “Documento síntese” é fruto de pesquisa e revisão
bibliográfica das principais referências sobre o histórico e panorama atual da conservação ambiental
no Brasil e no mundo, com foco na Mata Atlântica, assim como de visitas a todos os núcleos que
compõem o PESM.
O programa tem por objetivo promover a conservação, o uso sustentável e a recuperação
socioambiental da Serra do Mar. Pretende-se com isso gerar benefícios sociais e ecológicos,
promovendo a efetiva proteção da biodiversidade dos ambientes terrestres e marinhos, e dos
mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Litoral Norte.
As unidades de conservação que compõem o programa de Recuperação Socioambiental da
Serra do Mar e Mosaicos da Mata Atlântica protegem parte dos mais importantes remanescentes
florestais de Mata Atlântica em todo o país.
Assim, este projeto que tem como objetivo final fomentar as visitas, estimular as pesquisas
e expandir o conhecimento sobre o PESM através do desenvolvimento de projetos executivos,
programas e aplicativos do sistema de comunicação e cenários interativos para o Uso Público, Bases
e Centros de Visitante do Parque Estadual Serra do Mar.
2. BIODIVERSIDADE, SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS E INTERDEPENDÊNCIAS
9
2.1. Biodiversidade
A palavra “biodiversidade”, uma contração da expressão sinônima “diversidade biológica” é
definida como a variabilidade entre organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre
outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos
ecológicos de que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade de genes dentro das espécies,
entre espécies e de ecossistemas. Essa é a definição utilizada pela Convenção sobre Diversidade
Biológica (CDB, 2010).
Infelizmente, a diversidade de seres vivos no planeta continua a ser desgastada como
resultado de atividades humanas. As pressões que levam à perda da biodiversidade mostram
poucos sinais de abrandamento e, em alguns casos, estão aumentando. As consequências das
tendências atuais são muito piores do que se pensava anteriormente e colocam em dúvida a
contínua prestação de serviços ecossistêmicos (item 2.2 deste relatório), considerados vitais (CDB,
2010).
Estes genes, espécies e habitats são peças de um sistema único e cujos produtos são
extremamente diversos, conhecidos em conjunto como serviços ecossistêmicos. Nossa sociedade e
economia dependem fortemente dos serviços ecossistêmicos de diversas formas diferentes, e
estes serviços dependem da biodiversidade para funcionar. Por isso, uma vez extinta, uma espécie
coloca em risco toda uma cadeia produtiva e todos os indivíduos que dela dependem.
Justamente por esse motivo, foi criada a Convenção sobre Diversidade Biológica. A CDB é
uma das três “Convenções do Rio”, resultantes da Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Cúpula da Terra, realizada no Rio de
Janeiro em 1992. Ela entrou em vigor no final de 1993, com os seguintes objetivos: “A conservação
da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e
equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos, mediante, inclusive, do
acesso adequado aos recursos genéticos e a transferência adequada de tecnologias pertinentes,
levando em conta todos os direitos sobre tais recursos e tecnologias, e mediante financiamento
adequado” (CDB, 2010).
Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma
redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global, regional e nacional,
de forma a contribuir para a redução da pobreza e para benefício de toda a vida na Terra. Esta
meta não foi alcançada no nível global, embora algumas submetas tenham sido parcial ou
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localmente atingidas. Apesar de um aumento nos esforços de conservação, o estado da
biodiversidade continua em declínio de acordo com a maioria dos indicadores (CDB, 2010).
Um indicador interessante do nível de perda de biodiversidade é o Índice da Lista Vermelha
da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) que acompanha o risco médio de
extinção de espécies ao longo do tempo. Esse índice tem mostrado que todos os grupos que foram
avaliados para o risco de extinção estão cada vez mais ameaçados.
As categorias da Lista Vermelha da IUCN refletem a probabilidade de que uma espécie pode
extinguir-se se as condições atuais persistirem, sendo que a condição de risco das espécies é
baseada em informações geradas a partir do trabalho de milhares de cientistas.
As avaliações seguem um rigoroso sistema que classifica as espécies em uma das oito
categorias. Extinta, Extinta na Natureza, Criticamente em Perigo, Em Perigo, Vulnerável, Quase
Ameaçada, Não Ameaçada e Deficiente em Dados. As espécies classificadas como Criticamente em
Perigo, Em Perigo ou Vulnerável são consideradas ameaçadas. A figura demonstra a situação de
ameaça de espécies em grupos taxonômicos avaliados completamente (CDB, 2010).
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Figura 1. Situação de ameaça de espécies em grupos taxonômicos avaliados completamente
Fonte: CDB, 2010
2.2. Serviços Ecossistêmicos
A diversidade é de vital importância para a humanidade, pois ela sustenta uma grande
variedade de serviços ecossistêmicos, dos quais as sociedades humanas sempre dependeram,
embora sua importância seja muitas vezes desvalorizada ou ignorada. Quando os elementos da
biodiversidade se perdem, os ecossistemas se tornam mais vulneráveis a pressões repentinas, como
as doenças e os eventos climáticos extremos (CDB, 2010). Os serviços ecossistêmicos podem ser
desde os mais tangíveis como água, alimentos, fibras, princípios ativos de remédios e cosméticos,
até os mais subjetivos como o bem estar proporcionado por uma bela vista da Serra do Mar. Eles
podem ser divididos em quatro categorias (BECKER e SEEHUSEN, 2011):
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● Serviços de provisão: relacionados com a capacidade dos ecossistemas em prover bens,
sejam eles alimentos (frutos, raízes, pescado, caça, mel); matéria-prima para a geração de
energia (lenha, carvão, resíduos, óleos); fibras (madeiras, cordas, têxteis); fitofármacos;
recursos genéticos e bioquímicos; plantas ornamentais e água.
● Serviços de regulação: benefícios obtidos a partir de processos naturais que regulam as
condições ambientais que sustentam a vida humana, como a purificação do ar, regulação do
clima, purificação e regulação dos ciclos das águas, controle de enchentes e de erosão,
tratamento de resíduos, desintoxicação e controle de pragas e doenças.
● Serviços de suporte: São os processos naturais necessários para que os outros serviços
existam, como a ciclagem de nutrientes, a produção primária, a formação de solos, a
polinização e a dispersão de sementes.
● Serviços culturais: Estão relacionados com a importância dos ecossistemas em oferecer
benefícios recreativos, educacionais, estéticos, espirituais.
As florestas e outras formas de vegetação produzem bens e serviços ambientais
essenciais para a conservação da diversidade de vida, manutenção dos rios, lagos e depósitos de
água, conservação do solo, contenção da erosão e regularização do clima, além de proporcionar
recreação e lazer (MMA, 2014).
A biodiversidade também tem um importante papel econômico, pois os produtos da flora
e da fauna constituem uma imensa riqueza de recursos que a humanidade utiliza para sustentar
um sistema de produção cada vez mais sofisticado capaz de gerar emprego e renda para as
populações locais. Quase todos os produtos que utilizamos cotidianamente, à exceção dos
minérios e derivados de petróleo, são produtos de origem vegetal ou animal e constituem o
acervo da biodiversidade do planeta. Nesse conjunto incluem-se a madeira das árvores, os frutos,
a carne e outros alimentos, óleos e essências (usados na fabricação de alimentos e cosméticos),
medicamentos, borracha, fibras e uma infinidade de outros bens úteis para o homem (MMA,
2014).
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Figura 2. Exemplos de serviços ecossistêmicos
Biodiversidade
As florestas tropicais são os ecossistemas terrestres mais biodiversos do mundo. A biodiversidade
proporciona muitos benefícios para a sociedade, por exemplo, a madeira, as folhas, os frutos e as
sementes das plantas que podem servir como medicamentos, alimentos, matérias-primas para a
fabricação de móveis e para a construção de casas e muitos outros. Ela propicia serviços de
polinização e garante a resiliência de sistemas agrícolas. Ademais, ela ainda é chave à
bioprospecção para novos medicamentos, contribui para a formação dos solos e para a ciclagem de
nutrientes. Por fim, também oferece benefícios recreacionais, espirituais e culturais, fundamentais
para o bem-estar humano (BECKER e SEEHUSEN, 2011).
O ambiente marinho também é extremamente biodiverso. Apresenta a maior diversidade de
organismos, em termos de linhagens filogenéticas. O ambiente marinho apresenta potencialmente
uma enorme reserva de biodiversidade que pode ser explorada de maneira sustentável, como fonte
de recursos renováveis, incluindo fonte de diversos alimentos e produtos naturais (JOLY et al.,
2011). Além disso, o mar é vital para a sobrevivência do homem do ponto de vista ecológico e
socioeconômico, pois se estima que seus diversos ecossistemas forneçam cerca de US$ 14
trilhões/ano em bens e serviços (COSTANZA et al, 1997).
Armazenamento e sequestro de carbono
Plantas absorvem carbono através da fotossíntese do dióxido de carbono atmosférico. Nas florestas
em crescimento, o montante de carbono sequestrado aumenta, estabilizando quando elas chegam
à maturidade. Em um hectare de floresta tropical são armazenados cerca de toneladas de
biomassa, contendo cerca de 110.3 toneladas de carbono. Estima-se que as florestas brasileiras
armazenam 49.335 milhões de toneladas de carbono em sua biomassa: mais do que todas as
florestas europeias juntas conseguem armazenar (FAO, 2007).
Os oceanos também têm papel fundamental no sistema climático através do armazenamento da
maior parte da energia solar que chega a Terra, distribuição do calor, evaporação e participação no
ciclo do carbono (HERR e GALLAND, 2009). Além disso, foram responsáveis pela absorção de mais
de 80% do calor adicionado ao clima nos últimos 40 anos (LEVITUS et al., 2005). Um dos principais
responsáveis pelo equilíbrio dos oceanos é o fitoplâncton. Também conhecidos como microalgas,
estes organismos são unicelulares, em sua maioria fotossintetizantes e que se deslocam
passivamente com os movimentos de correntes e de massas d’água. São ainda a base da cadeia
alimentar marinha, responsáveis por 95% da produção de matéria orgânica (NYBAKKEN e
BERTNESS, 2001) e capazes de absorver 1,8 Gt/ano de carbono através da fotossíntese
(HALLEGRAEFF, 2010).
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Serviços hidrológicos
Florestas influenciam os processos hidrológicos, como a regulação dos fluxos hídricos e a
manutenção da qualidade da água. Florestas preservadas em margens de rios, encostas e topos de
morros e montanhas reduzem os riscos de inundações e deslizamentos por extremos climáticos.
Elas protegem os solos contra erosão e evitam que as águas das chuvas carregadas de sedimentos
escorram diretamente aos rios, além de amenizarem a rápida perda de água em épocas de seca
(BECKER e SEEHUSEN 2012).
Beleza cênica
As belas paisagens formadas pela composição entre florestas, grandes e pequenos rios, cachoeiras,
montanhas e praias, somadas à mistura de populações e culturas, fazem das florestas tropicais
algo especial. O lazer, a recreação e a inspiração provida por esses ecossistemas beneficiam não só
as populações locais, mas as de grandes centros urbanos, inclusive turistas internacionais. Cada
vez mais viajantes apreciam a natureza intacta, a diversidade de ecossistemas e culturas (BECKER
e SEEHUSEN 2012).
Serviços culturais
Os ecossistemas e as espécies proveem serviços culturais para a sociedade ao satisfazer suas
necessidades espirituais, psicológicas e estéticas. Elas oferecem inspiração para a cultura, arte e
para experiências espirituais. Populações rurais e particularmente as tradicionais, como caiçaras,
indígenas, quilombolas e caboclos, têm sua cultura, crenças e modo de vida associados aos
serviços culturais de ecossistemas nativos (BECKER e SEEHUSEN 2012).
A figura abaixo descreve a relação entre as categorias de serviços ecossistêmicos e o bem-
estar humano, no qual o tamanho da seta indica o nível de dependência entre o serviço
ecossistêmico e o bem estar humano. Além disso, a figura também indica fatores socioeconômicos
afetados pela inexistência do serviço ecossistêmico, representado pelo tom de amarelo. Um
exemplo disso é a necessidade e possibilidade de comprar um substituto para um serviço
degradado, como tratamento e fornecimento de água própria para consumo humano (MA, 2005).
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Figura 3. Relação entre serviços ecossistêmicos e bem-estar humano
Fonte: MA, 2005
Desde 2008, a iniciativa Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB) vem
promovendo um grande esforço de cientistas do mundo inteiro para aprofundar os conhecimentos
sobre os valores dos serviços ambientais providos pelos ecossistemas e pela biodiversidade. Ela visa
sensibilizar cidadãos, empresas e tomadores de decisão sobre os valores da biodiversidade e os
impactos da sua perda na economia. Um de seus estudos compilou alguns valores econômicos
providos por florestas tropicais, como ilustra a figura abaixo.
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Figura 4. Estimativas de valores econômicos de serviços ambientais de florestas tropicais
Fonte: Traduzida e adaptada de TEEB, 2010.
2.2.1. As Florestas e os Recursos Hídricos
Como destaque de serviço ecossistêmico, podemos citar os recursos hídricos. A água é um
recurso natural de valor inestimável. É vital para a manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e
químicos que mantém o equilíbrio dos ecossistemas. Além disso, é um recurso estratégico para o
desenvolvimento econômico e indispensável à qualidade de vida da população.
A água é essencial para a floresta do mesmo modo que a floresta é imprescindível para
garantir a qualidade e o volume dos recursos hídricos. As principais nascentes das grandes bacias
hidrográficas estão dentro das florestas protegidas pelas unidades de conservação, que exercem
seu papel de preservação. Só na Mata Atlântica estão localizadas sete das nove grandes bacias
hidrográficas do Brasil, alimentadas pelos Rios São Francisco, Paraíba do Sul, Doce, Tietê, Ribeira
de Iguape e Paraná.
Os rios e lagos da Mata Atlântica também abrigam ricos ecossistemas aquáticos, grande
parte deles ameaçada pelo desmatamento das matas ciliares. Assim como os cílios protegem os
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olhos, a mata ciliar protege os rios, lagos e nascentes. Com suas raízes, ela evita também a erosão
e retém partículas do solo e materiais diversos.
Crise hídrica e a ameaça ao ecossistema:
O mau uso das fontes de água doce, a poluição, o excesso de consumo e a devastação das
florestas colocam em risco a disponibilidade e a qualidade dos recursos hídricos. Essa situação é
gravada quando uma ação realizada em uma determinada região de uma bacia pode comprometer
ainda outra região, como é o caso de lançamento de esgotos e a contaminação por agrotóxicos.
Além disso, o desmatamento tem ocasionado sérios danos para a produção hídrica. O
desmatamento da Amazônia tem alterado o regime de chuvas na região Sudeste do Brasil. Para se
ter uma ideia, diariamente, cada árvore amazônica bombeia em média 500 litros de água. A
Amazônia inteira é responsável por levar 20 bilhões de toneladas de água por dia do solo até a
atmosfera, 3 bilhões de toneladas a mais do que a vazão diária do Amazonas, o maior rio do mundo
(GLOBO, 2014).
Essa umidade forma os chamados “rios voadores”. No oeste da Amazônia, a massa de
umidade encontra uma barreira de montanhas de quatro quilômetros de altura, a cordilheira dos
Andes, que funciona como uma represa no céu, contendo a correnteza aérea. Boa parte do vapor
fica acumulada nos próprios Andes, sob a forma de neve. Ao derreter, essa água desce as
montanhas, dando origem a córregos que, por sua vez, formarão os principais rios da bacia
Amazônica, como o Amazonas. No entanto, nem todo vapor fica por ali. Cerca de 40% dessa
cachoeira celeste segue rumo ao sul. A umidade passa por Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul e São Paulo, terminando a viagem no norte do Paraná, cerca de seis dias depois
(NOVAKOWSKI, 2010).
Assim, mais da metade da água das chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do
Brasil e também na Bolívia, no Paraguai, na Argentina, no Uruguai e até no extremo sul do Chile
vem da Amazônia. No entanto, com o desmatamento da Amazônia e da Mata Atlântica, essa
situação vem se alterando. As imagens dos satélites que acompanham a movimentação das nuvens
de chuva comprovam que a grande seca que assola as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil,
em parte, está relacionada aos desmatamentos. No estado de São Paulo, por exemplo, a
devastação da Mata Atlântica permite a formação de uma massa de ar quente na atmosfera, tão
densa que chega a bloquear os “rios voadores”, já enfraquecidos por conta do desmatamento na
Amazônia. Represados no céu, eles acabam desaguando no Acre e em Rondônia, onde, este ano,
foram registradas as maiores enchentes da história (GLOBO, 2014).
18
2.2.2. As Florestas e as Mudanças do Clima
Nos últimos 20 anos a preocupação com o processo de aquecimento global e seus impactos
sobre o clima cresceram de maneira significativa. Este fato se deve, por um lado, ao aumento da
certeza da influência humana sobre o fenômeno do aquecimento global, associado à emissão de
gases de efeito estufa (IPCC, 2013) e, por outro, ao aumento nos registros e intensidade de
eventos relacionados à mudança do clima como ondas de calor, derretimento das geleiras, aumento
do nível do mar, aumento na intensidade e frequência de tempestades e secas, redução na
intensidade dos fluxos dos rios (IPCC, 2014).
As alterações no sistema climático global são cada vez mais frequentes ocupando a agenda
das políticas públicas da maior parte dos países. No início, os esforços e iniciativas concentraram-se
em entender e desenvolver medidas de mitigação de emissões de gases de efeito estufa, buscando,
desta forma, controlar seus efeitos sobre o incremento da temperatura média, numa tentativa de
mantê-la em níveis aceitáveis.
A preservação das florestas tropicais tem grande importância no combate às mudanças
climáticas, seja como medida de mitigação de emissões de GEE, seja como forma de possibilitar a
adaptação do homem a um novo clima.
Quando ocorrem mudanças no uso do solo, ou seja, uma floresta é derrubada e queimada,
dando lugar ao estabelecimento de pastagem, agricultura ou outra forma de uso da terra, ocorre a
liberação de uma grande quantidade de carbono na forma de CO2 para a atmosfera contribuindo,
assim, para o aquecimento global. Estima-se que 1,6 bilhões de toneladas de carbono foram
emitidas para a atmosfera por ano devido às mudanças no uso do solo (IPCC, 2007) durante a
década de 1990.
Nos últimos 300 anos, cerca de 10 milhões de km2 de florestas deram lugar a outro tipo de
uso da terra. Nas regiões tropicais, a retirada da cobertura florestal poderá causar alterações no
balanço hídrico, tornando o clima mais seco e quente (FOLEY, 2005). A taxa de evapotranspiração
da floresta é muito maior do que qualquer cultivo ou pastagem, e com a mudança no uso do solo, o
fluxo de vapor de água para a atmosfera diminui sensivelmente, alterando o ciclo hidrológico. Na
Amazônia, por exemplo, estudos prevêem que a temperatura poderá subir de 5 a 8ºC até 2100 e a
redução no volume de chuva pode chegar a 20% (MARENGO, 2007), além de ocasionar secas em
outras regiões, como citado no tópico acima.
19
2.3. As interdependências
Cada espécie animal, vegetal e microrganismo tem um papel a cumprir dentro do seu
ecossistema. Os seres vivos relacionam-se entre si e com o ambiente em que se encontram de
várias formas: como alimento um para o outro (cadeia alimentar), fertilizando o solo (produção de
húmus) ou por meio de sua reprodução (polinização das flores). Se uma espécie é retirada do
ambiente, a função que ela realizava deixa de acontecer e assim ocorre um desequilíbrio nos
serviços ecossistêmicos (MMA, 2014).
Mudanças nos aspectos que afetam indiretamente a biodiversidade, tais como população,
tecnologia e estilo de vida, podem levar a mudanças em fatores que afetam diretamente a
biodiversidade, tais como a captura de peixe ou a aplicação de fertilizantes. Estes resultam em
alterações dos ecossistemas e os serviços que prestam, afetando o bem-estar humano. Estas
interações podem ocorrer em nível global, regional e local. Essa situação é ilustrada pela figura
abaixo.
Figura 5. Interações entre biodiversidade, serviços ecossistêmicos e bem estar humano
Fonte: MA, 2005
20
Ao suprimir a vegetação de uma floresta, por exemplo, temos como consequência uma
alteração climática. Este fato é facilmente percebido. Nas áreas onde a floresta está preservada, a
temperatura ambiente varia muito pouco entre o dia e a noite (1,5 a 2 graus Celsius), mas nas
áreas desmatadas, a temperatura pode variar bastante (cerca de 10 graus Celsius) (MMA, 2014).
A mudança climática pode afetar de forma negativa a disponibilidade de água doce, a
produção de alimentos e a distribuição e propagação sazonal de doenças infecciosas de transmissão
vetorial, como a malária, a dengue e a esquistossomose.
A biodiversidade também sofre prejuízos, pois muitas espécies animais e vegetais sensíveis
a alterações de temperatura e umidade podem entrar em extinção.
Para melhorar a produção de alimento, por exemplo, o homem acaba utilizando mais
agrotóxicos, que por sua vez contaminam rios e lençóis freáticos, ocasionando poluição de rios e
morte de diversas espécies de peixes, que se manejadas de forma sustentável, também poderiam
servir de alimento. Além disso, também ocorre o extermínio de insetos, como as abelhas,
importantes agentes de polinização de espécies vegetais.
Na Mata Atlântica, um exemplo típico de desequilíbrio causado pelo homem ocorreu
com a extração irregular de palmito juçara, uma das espécies-chave para o funcionamento do
ecossistema (ECOLNEWS, 2014). Seus frutos e sementes são importantes para a sobrevivência de
mais de 75 espécies de animais silvestres, como aves, roedores e até de macacos, como tucano,
macaco-prego, arapongas, sabiás-unas, veados, esquilos, cutias, antas e etc.
Com uma menor disponibilidade de alimento, esses animais ficam seriamente
ameaçados. Além disso, eles participam da dispersão das sementes de várias outras espécies de
plantas e árvores por toda a floresta. Desse modo, a derrubada das palmeiras juçara afeta em
vários níveis os processos ecológicos, fragilizando ainda mais os escassos remanescentes da Mata
Atlântica (ECOLNEWS, 2014).
A TEIA TRÓFICA OU CADEIA ALIMENTAR
Todos os seres vivos (animais, vegetais, microorganismos) relacionam-se direta ou
indiretamente entre si, pois cada um alimenta-se de um outro, e serve de alimento a um terceiro.
As plantas e algas produzem seu próprio alimento a partir da energia radiante (luz) e dos
compostos orgânicos (húmus) e inorgânicos (água e sais minerais) existentes no solo e nos
ambientes aquáticos, por meio da fotossíntese. Os herbívoros como boi, cavalo, veado, anta,
vários pássaros, insetos, entre outros, alimentam-se das plantas; os carnívoros (onça, raposa,
gato-do-mato, gavião, jacaré) alimentam-se dos herbívoros; todos estes, ao morrerem, são
aproveitados pelos fungos, bactérias, protozoários e outros seres que se alimentam de matéria
21
orgânica morta, decompondo-a e produzindo o húmus do solo, que armazena os nutrientes que as
plantas utilizam. Esse processo, que é complexo e cíclico, é chamado de teia trófica (trofos =
alimento) ou cadeia alimentar. Quando determinada espécie é extinta no ecossistema, retira-se
um elemento da teia trófica, podendo causar sua interrupção, com consequente desequilíbrio
ecológico (MMA, 2014).
2.4. Hotspots de biodiversidade
O conceito Hotspot foi criado em 1988 pelo ecólogo inglês Norman Myers para resolver um
dos maiores dilemas dos conservacionistas: quais as áreas mais importantes para preservar a
biodiversidade na Terra?
Ao observar que a biodiversidade não está igualmente distribuída no planeta, Myers
procurou identificar quais as regiões que concentravam os mais altos níveis de biodiversidade e
onde as ações de conservação seriam prioritárias. Ele chamou essas regiões de Hotspots. Para ser
classificado como um Hotspot, uma região deve seguir dois critérios:
● Abrigar no mínimo 1500 espécies de plantas vasculares endêmicas;
● Restar menos de 30% de sua área original, portanto é altamente ameaçada.
Atualmente existem 35 Hotspots no mundo, representado apenas 2,3% da superfície do
planeta e 50% das plantas e 42% dos vertebrados conhecidos (CONSERVATION INTERNATIONAL,
2014a). São eles (CONSERVATION INTERNATIONAL, 2014b):
● África:
o Província Florística do Cabo
o Florestas da Guiné
o Plantas Suculentas do Karoo
o Madagascar e Ilhas do Oceano Índico
o Florestas afromontanas
o Maputaland-Pondoland-Albany
o Chifre da África
o Montanhas do Arco Oriental
● Ásia e Pacífico:
o Ilhas da Melanésia Oriental
o Himalaias
o Japão
o Montanhas do Centro-Sul da China
o Nova Caledónia
o Nova Zelândia
22
o Filipinas
o Ilhas da Polinésia e Micronésia
o Sudoeste da Austrália
o Sunda
o Wallacea
o Ghats Ocidentais
o Regiões da Indo-Birmânia
● Europa e Ásia Central:
o Cáucaso
o Bacia do Mediterrâneo
o Região Irano-Anatólica
o Montanhas da Ásia Central
● América do Sul e Central:
o Mesoamérica
o Ilhas do Caribe
o Província Florística da Califórnia
o Floresta de Pinho-Encino de Sierra Madre
● América do Sul:
o Mata Atlântica
o Cerrado
o Chile Central - Florestas Valdivias
o Andes Tropicais
o Tumbes-Chocó-Magdalena
Figura 6. Hotspots de biodiversidade
Fonte: CONSERVATION INTERNATIONAL, 2014b
23
No Brasil há dois Hotspots: a Mata Atlântica e o Cerrado. Originalmente, a Mata Atlântica
estendia-se por 17 estados brasileiros, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, além da faixa
leste do Paraguai e de parte da Argentina. Ao longo dos séculos, porém, a exploração e devastação
deste bioma foram tão agressivas que a classificação como hotspot alerta não só para sua riqueza
ambiental, mas principalmente para a necessidade da conservação de suas áreas remanescentes
(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2013). A Mata Atlântica será aprofundada no item 4 deste
relatório.
3. FLORESTAS
Cotidianamente, denomina-se "floresta" qualquer vegetação que apresente predominância
de indivíduos lenhosos, onde as copas das árvores se tocam formando um dossel. Sinônimos
populares para florestas são: mata, mato, bosque, selva. No meio científico e governamental
existem diversas definições de floresta. Uma das mais utilizadas é a definição da Organização das
Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, 2004):
Floresta - área medindo mais de 0,5 ha com árvores maiores que 5 m de altura e cobertura
de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ. Isso não inclui
terra que está predominantemente sob uso agrícola ou urbano.
3.1. As florestas no mundo
A área total de florestas no mundo é de aproximadamente 4 bilhões de hectares,
correspondendo a 31% da área terrestre total e uma taxa de 0,6 hectares per capita. Somente
cinco países representam mais de 50% da área florestal mundial – Rússia, Brasil, Canadá, Estados
Unidos e China. Além disso, 10 países não dispõem de áreas florestais e 54 tem áreas florestais em
menos de 10% de seu território (FAO, 2011).
As taxas de desmatamento e de perda de áreas florestais por causas naturais ainda é
bastante alta, entretanto vem decrescendo nos últimos anos. No nível global, a taxa caiu de 16
milhões de hectares por ano na década de 90 para 13 milhões de hectares por ano na última
década. Por outro lado, as taxas de reflorestamento e de expansão natural de áreas de florestas
permitiram que diminuição da perda líquida de áreas florestais (FAO, 2011).
24
A maior parte da diminuição de áreas florestais ocorre em regiões tropicais, enquanto que o
aumento ocorre em zonas temperadas e boreais.
O desenvolvimento de políticas públicas visando à proteção das florestas sofreu progressos
significativos. 76 países desenvolveram ou atualizaram suas legislações nos últimos anos, tornando
possível uma cobertura de 75% da área florestal mundial (FAO, 2011).
A figura abaixo apresenta os remanescentes de áreas florestais.
Figura 7. Mapa mundial de áreas florestais
Fonte: GREENPEACE INTERNATIONAL, 2006
3.2. As florestas no Brasil
O Brasil é um país com 463 milhões de hectares de área florestal, o que representa 54,4%
do seu território. As áreas de florestas naturais brasileiras são extremamente biodiversas, enquanto
as áreas de florestas plantadas são formadas principalmente por espécies dos gêneros Eucalyptus e
Pinus (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).
25
Tabela 1. Áreas estimadas de florestas no Brasil em 2012
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013.
Nosso país abriga uma fauna e flora extremamente diversa e exuberante do planeta.
Estudos indicam que pelo menos 103.870 espécies animais e 43.020 espécies vegetais ocorrem no
Brasil e, em média, 700 novas espécies animais são reconhecidas anualmente (MMA, 2011).
O Brasil abriga seis biomas continentais: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga,
Pampa e Pantanal.
BIOMA
Segundo o IBGE, bioma é um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de
tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas
similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria
(SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).
Figura 8. Biomas brasileiros
26
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
3.2.1. Amazônia
A Amazônia é o maior bioma do Brasil e representa cerca de 30% de todas as florestas
tropicais remanescentes do mundo. Sua importância é reconhecida nacionalmente e
internacionalmente. Isso se deve principalmente à sua larga extensão e enorme diversidade de
ambientes, com mais de 600 tipos diferentes de habitats terrestres e de água doce, o que resulta
numa riquíssima biodiversidade, composta por 2.500 espécies de árvores – ou um-terço de toda a
madeira tropical do mundo – 30 mil espécies de plantas (MMA, s/d(a)), totalizando cerca de 45.000
espécies de plantas e vertebrados (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).
Tabela 2. Área do Bioma Amazônia
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
*Em relação à área do Brasil.
27
As vegetações que mais caracterizam o bioma Amazônia são a floresta ombrófila densa e a
floresta ombrófila aberta. Além dessas florestas, são encontradas tipologias vegetacionais típicas de
savana, campinaranas, formações pioneiras e de refúgio vegetacional. A Amazônia abriga vastos
estoques de madeira comercial e possui uma grande variedade de produtos florestais não
madeireiros, que sustenta diversas comunidades locais (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).
O bioma comporta a bacia amazônica, maior bacia hidrográfica do mundo: cobre cerca de 6
milhões de km2 e tem 1.100 afluentes. O Rio Amazonas, seu principal rio, corta a região e desagua
no Oceano Atlântico, lançando ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo (MMA,
s/d(a)).
3.2.2. Cerrado
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448
km², cerca de 24% do território nacional. Nesse espaço territorial encontram-se as nascentes das
três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata)
(MMA, 2011).
Tabela 3. Área do Bioma Cerrado
Fonte:SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
*Em relação à área do Brasil.
Do ponto de vista da diversidade biológica, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a
savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. Cerca de
200 espécies de mamíferos e 837 espécies de aves são conhecidas. O número de peixes endêmicos
não é conhecido, porém os valores são bastante altos para anfíbios e répteis: 28% e 17%,
respectivamente.
Dessas espécies, mais de 220 têm uso medicinal e 416 podem ser usadas como barreiras
contra o vento, na proteção contra a erosão e na recuperação de solos degradados. Mais de 10
28
tipos de frutos comestíveis são regularmente consumidos pela população local e vendidos nos
centros urbanos, como os frutos do pequi (Caryocar brasiliense) e o buriti (Mauritia flexuosa) (MMA,
s/d(b)).
Contudo, inúmeras espécies de plantas e animais correm risco de extinção. Estima-se que
20% das espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137
espécies de animais que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de extinção. Nas três últimas
décadas, o Cerrado vem sendo degradado pela expansão da fronteira agrícola brasileira. Além
disso, o bioma Cerrado é palco de uma exploração extremamente predatória de seu material
lenhoso para produção de carvão (MMA, s/d(b)).
O Cerrado é classificado como um hotspot de biodiversidade (item 2.4), porém, apesar do
reconhecimento de sua importância biológica o Cerrado é a região que possui a menor
porcentagem de áreas sob proteção integral. O Bioma apresenta 8,21% de seu território legalmente
protegido por unidades de conservação; desse total, 2,85% são unidades de conservação de
proteção integral e 5,36% de unidades de conservação de uso sustentável, incluindo RPPNs (MMA,
s/d(b)).
Além dos aspectos ambientais, o Cerrado tem grande importância social. Muitas populações
sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, geraizeiros, ribeirinhos,
babaçueiras, vazanteiros e quilombolas que também fazem parte do patrimônio histórico e cultural
brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade (MMA, s/d(b)).
3.2.3. Caatinga
O bioma Caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 km², o equivalente a 10% do
território nacional e é o único bioma exclusivamente brasileiro. Sua vegetação é um mosaico de
arbustos espinhosos e florestas sazonalmente secas, e, apesar de ocupar uma região semiárida, é
extremamente heterogênea.
Tabela 4. Área do Bioma Caatinga
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
29
*Em relação à área do Brasil.
Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de
répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas
vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver (MMA,
s/d(c)). A biodiversidade da caatinga ampara diversas atividades econômicas voltadas para fins
agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de
alimentos (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).
Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada, devido
principalmente ao consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins
domésticos e indústrias, ao sobrepastoreio e a conversão para pastagens e agricultura (SERVIÇO
FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).
3.2.4. Pampa
O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 176.496
km². Isto corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro (MMA, s/d(d)).
Tabela 5. Área do bioma Pampa
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
*Em relação à área do Brasil.
A estrutura da vegetação dos campos – se comparada à das florestas e das savanas – é
mais simples e menos exuberante, mas não menos relevante do ponto de vista da biodiversidade e
dos serviços ambientais. Ao contrário: os campos têm uma importante contribuição no sequestro de
carbono e no controle da erosão, além de serem fonte de variabilidade genética para diversas
espécies que estão na base de nossa cadeia alimentar (MMA, s/d(d)).
30
Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora e fauna
próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência. Estimativas
indicam valores em torno de 3000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas, são
mais de 450 espécies. Nas áreas de campo natural, também se destacam as espécies de compostas
e de leguminosas (150 espécies) como a babosa-do-campo, o amendoim-nativo e o trevo-nativo.
Nas áreas de afloramentos rochosos podem ser encontradas muitas espécies de cactáceas. Entre as
várias espécies vegetais típicas do Pampa vale destacar o Algarrobo (Prosopis algorobilla) e o
Nhandavaí (Acacia farnesiana) arbusto cujos remanescentes podem ser encontrados apenas no
Parque Estadual do Espinilho, no município de Barra do Quaraí (MMA, s/d(d)).
Em relação às áreas naturais protegidas no Brasil o Pampa é o bioma que menor tem
representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), representando
apenas 0,4% da área continental brasileira protegida por unidades de conservação. Atualmente,
esse bioma sofre forte pressão sobre seus ecossistemas, com introdução de espécies forrageiras e
com a atividade pecuária (MMA, s/d(d)).
3.2.5. Pantanal
O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta.
Este bioma continental é considerado o de menor extensão territorial no Brasil, entretanto este
dado em nada desmerece a exuberante riqueza que o referente bioma abriga. A sua área
aproximada é 150.355 km², ocupando assim 1,76% da área total do território brasileiro. Em seu
espaço territorial o bioma, que é uma planície aluvial, é influenciado por rios que drenam a bacia do
Alto Paraguai. O Pantanal sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia,
Cerrado e Mata Atlântica. Além disso, sofre influência do bioma Chaco (nome dado ao Pantanal
localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia) (MMA, s/d(e)).
Tabela 6. Área do bioma Pantanal
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
*Em relação à área do Brasil.
31
O bioma Pantanal mantêm 86,77% de sua cobertura vegetal nativa. A vegetação não
florestal (savana [cerrado], savana estéptica [chaco], formações pioneiras e áreas de tensão
ecológica ou contatos florísticos [ecótonos e encraves]) é predominante em 81,70% do bioma.
Desses, 52,60% são cobertos por savana (cerrado) e 17,60% são ocupados por áreas de transição
ecológica ou ecótonos. Os tipos de vegetação florestais (floresta estacional semi-decidual e floresta
estacional decidual) representam 5,07% do Pantanal. A maior parte dos 11,54% do bioma
alterados por ação antrópica é utilizada para a criação extensiva de gado em pastos plantados
(10,92%); apenas 0,26% é usado para lavoura (MMA, s/d(e)).
Uma característica interessante desse bioma é que muitas espécies ameaçadas em outras
regiões do Brasil persistem em populações avantajadas na região, como é o caso do tuiuiú – ave
símbolo do Pantanal. Estudos indicam que o bioma abriga os seguintes números de espécies
catalogadas: 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies
de aves e 132 espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas. Segundo a Embrapa Pantanal, quase
duas mil espécies de plantas já foram identificadas no bioma e classificadas de acordo com seu
potencial, e algumas apresentam vigoroso potencial medicinal (MMA, s/d(e)).
Apesar de sua beleza natural exuberante o bioma vem sendo muito impactado pela ação
humana, principalmente pela atividade agropecuária, especialmente nas áreas de planalto
adjacentes do bioma (MMA, s/d(e)).
Assim como a fauna e flora da região são admiráveis, há de se destacar a rica presença das
comunidades tradicionais como as indígenas, quilombolas, os coletores de iscas ao longo do Rio
Paraguai, comunidade Amolar e Paraguai Mirim, dentre outras. No decorrer dos anos essas
comunidades influenciaram diretamente na formação cultural da população pantaneira.
Apenas 4,4% do Pantanal encontra-se protegido por unidades de conservação, dos quais 2,9%
correspondem a UCs de proteção integral e 1,5% a UCs de uso sustentável (apenas RPPNs, no
Pantanal, até o momento) (MMA, s/d(e)).
4. A MATA ATLÂNTICA
4.1. Importância da Mata Atlântica
Originalmente a Mata Atlântica cobria quase 1,5 milhão km2, 16% do território brasileiro. Ela
também cobria parte do território paraguaio e argentino. Além disso, a Mata Atlântica tinha
conexões com outros biomas sul-americanos, como a Amazônia e os Andes Tropicais (WWF, 2013),
como mostra a Figura 5.
32
Figura 9. Formação original da Mata Atlântica
Fonte: Imagem de satélite da NASA
A grande extensão longitudinal e latitudinal garantiu uma alta variação de condições
climáticas e ecológicas. Por exemplo, em áreas da costa brasileira a taxa pluvial é de mais de 4.000
mm por ano, enquanto que no interior do continente essa taxa fica em torno de 1.000 mm anuais
(WWF, 2013).
Tais condições permitem que a Mata Atlântica seja considerada atualmente como um dos
mais ricos conjuntos de ecossistemas em termos de biodiversidade do planeta e abriga uma enorme
variedade de mamíferos, aves, peixes, insetos, répteis, árvores, fungos e bactérias.
Estima-se que nesse bioma existam cerca de 20.000 espécies vegetais (cerca de 35% das
espécies existentes no Brasil). Essa riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 espécies
na América do Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata Atlântica é altamente
prioritária para a conservação da biodiversidade mundial (MMA, s/d(f)).
33
Em relação à fauna, os levantamentos mais recentes indicam que a Mata Atlântica abriga
1.020 espécies de aves, 340 espécies de anfíbios e 270 de mamíferos (WWF, 2013).
A riqueza pontual é tão significativa que os dois maiores recordes mundiais de diversidade
de árvores foram registrados na Mata Atlântica: 454 espécies em um único hectare do sul da Bahia
e 476 espécies em amostra de mesmo tamanho na região serrana do Espírito Santo
(CONSERVATION INTERNATIONAL DO BRASIL, s/d).
Outra dado que impressiona é a enorme quantidade de espécies endêmicas, ou seja, que
não podem ser encontradas em nenhum outro lugar do planeta. Estima-se que 40% das espécies
vegetais, 20% dos mamíferos, 19% das aves e 26% dos anfíbios sejam endêmicas (WWF, 2013).
Além de sua rica biodiversidade, a Mata Atlântica presta diversos serviços ao homem e
exerce influência direta na vida de mais de 120 milhões de pessoas (75% da população brasileira),
que vive em seu domínio (WWF, 2013). Seus remanescentes regulam o fluxo dos mananciais e
garantem o abastecimento de água para 60% da população e é responsável pelo sequestro de 2
bilhões de toneladas de CO2 (WWF, 2013). Além disso, asseguram a fertilidade do solo, controlam o
clima, protegem escarpas e encostas das serras. Esta região possui ainda belíssimas paisagens,
paraísos tropicais, cuja proteção é essencial para nossa cultura e para o desenvolvimento
econômico, por meio do turismo e do ecoturismo (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
Dois terços da população brasileira, que vivem em áreas de abrangência da Mata
Atlântica, dependem do provimento de água em quantidade e qualidade, do ciclo de chuvas, da
polinização natural provida por remanescentes de vegetação nativa a plantações agrícolas, da
proteção contra desastres naturais e pestes agrícolas, da beleza cênica para recreação e dos
serviços culturais e espirituais. Mas a Mata Atlântica não beneficia somente a população local e
regional. A sociedade global também se favorece da proteção de recursos genéticos, da beleza
cênica, da proteção de espécies endêmicas, e da mitigação das mudanças climáticas (MMA, 2011).
Por fim, a Mata Atlântica abriga uma grande diversidade cultural, constituída por povos
indígenas, como os Guarani, e outras culturas tradicionais representadas pelos caiçaras,
quilombolas, caipiras e o caboclo ribeirinho. Algumas destas populações vivem em unidades de
conservação de uso direto ou indireto (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). Além disso, há também
diversos patrimônios culturais, que podem ser definido como um conjunto de todos os bens,
materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, devem ser considerados de interesse relevante
para a permanência e a identidade da cultura de um povo.
34
4.2. Ecossistemas
Ecossistema pode ser definido como um sistema formado pelos seres vivos e o lugar onde
eles vivem, em perfeito equilíbrio. Exemplo: as plantas retiram nutrientes do solo e energia da luz
do sol; há animais que se alimentam das plantas; esses animais servem de alimento para outros
animais; quando morrem, os seres vivos se decompõem e fornecem nutrientes ao solo, que vão
novamente ser aproveitados pelas plantas – num ciclo de vida em que cada ser tem importância
fundamental (Ministério do Meio Ambiente).
O Bioma Mata Atlântica é composto por diversos ecossistemas. São eles (SERVIÇO
FLORESTAL BRASILEIRO, 2013):
a. Floresta ombrófila densa (floresta pluvial tropical)
A palavra ombrófila tem origem grega e significa "amigo das chuvas", o mesmo que pluvial
de origem latina, e caracteriza uma formação vegetal cujo desenvolvimento depende de regime de
águas pluviais abundantes e constantes. Também conhecida como florestal pluvial tropical; possui
uma vegetação densa em todos os estratos (arbóreo, arbustivo, herbáceo e lianas); ocorre em
regiões onde o período biologicamente seco é praticamente inexistente (SERVIÇO FLORESTAL
BRASILEIRO, 2010).
b. Floresta ombrófila aberta
É uma variação da floresta ombrófila densa, sendo uma formação florestal mais aberta,
onde comumente observam-se combinações de espécies particulares em associações (fasciações ou
fascies); ocorre nas regiões com mais dias secos do que nas regiões onde ocorre Floresta Ombrófila
Densa (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2010).
c. Floresta ombrófila mista (floresta de araucária)
Caracteriza-se como uma floresta ombrófila, porém com predomínio da espécie Araucaria
angustifolia, e por isso é também conhecida como Mata de Araucária; ocorre onde as chuvas são
regularmente distribuídas ao longo do ano e as temperaturas são mais baixas em relação às outras
regiões com formações ombrófilas (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2010).
d. Vegetação com influência marinha ou fluviomarinha (mangue e restinga)
35
A vegetação com influência fluviomarinha ou manguezal é uma formação também
conhecida como floresta de alagados litorâneos. A maior concentração desta vegetação situa-se na
desembocadura de rios e/ou canais onde ocorre o encontro das águas doces com as águas
salgadas (EMBRAPA, 2011a).
A vegetação denominada de influência marinha, também chamada de vegetação de
restinga. É uma vegetação relativamente pouco densa com árvores em torno de 10 a 12 metros de
altura, troncos finos, ramificação geralmente baixa, caules às vezes tortuosos e copas irregulares e
por vezes compreendendo áreas abertas onde se desenvolve uma vegetação conhecida como
campo de restinga com presença marcante de gramíneas (EMBRAPA, 2011b).
e. Floresta estacional decidual
É também denominada Floresta Tropical Caducifólia. Sua vegetação caracteriza-se por duas
estações climáticas bem demarcadas: uma chuvosa seguida de outro longo período biologicamente
seco, onde a maior parte das espécies perde suas folhas (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO,
2010), conforme indicado pelo nome da formação (decidual ou caducifólia).
f. Floresta estacional semidecidual
É também denominada Floresta Tropical Subcaducifólia. Apresenta vegetação condicionada
pela dupla estacionalidade climática: uma tropical com época de intensas chuvas de verão, seguida
por estiagem acentuada e outra subtropical sem período seco, mas com seca fisiológica provocada
pelo intenso frio do inverno, quando parte da vegetação perde suas folhas (SERVIÇO FLORESTAL
BRASILEIRO, 2010). É um ecossistema típico em áreas de transição entre os biomas Mata Atlântica
e Cerrado.
g. Estepe arborizada
Vegetação submetida à dupla estacionalidade, uma fisiológica, provocada pelo frio das
frentes polares e outra seca, mais curta, com déficit hídrico; apresenta composição florística
gramíneo-lenhosa. Ocorre em regiões próximas aos polos ou regiões que apresentem homologia
ecológica (IBGE, 2012).
h. Savana estépica florestada e arborizada (caatinga arbórea)
No Brasil, o termo designa formações vegetais como a Caatinga, Campos de Roraima,
Chaco Sul-Mato-Grossense e Parque de Espinilho da Barra do Rio Quaraí (RS); vegetação tropical
36
de características estépicas (vide Estepe). Ocorre em regiões com clima que se caracteriza por
dupla estacionalidade (IBGE, 2012).
i. Savana florestada (cerradão)
No Brasil, é sinônimo de Cerrado; caracteriza-se por vegetação xeromorfa (adaptada a
regiões com pouca água) que ocorre preferencialmente em regiões de clima estacional, podendo
ocorrer também em clima ombrófilo (IBGE, 2012).
j. Ecótono (zona de transição)
Este contato entre tipos de vegetação com estruturas fisionômicas semelhantes é impossível
de ser detectado no mapeamento por simples fotointerpretação. Também é muito difícil separar ou
identificar este contato, mesmo quando os tipos de vegetação envolvidos apresentam estruturas
fisionômicas diferentes. Também é muito difícil separar ou identificar este contato, mesmo quando
os tipos de vegetação envolvidos apresentam estruturas fisionômicas diferentes (IBGE, 2012).
k. Vegetação secundária
Vegetação que surge após uma intervenção humana para o uso da terra, seja com
finalidade mineradora, agrícola ou pecuária, descaracterizando a vegetação primária. Assim sendo,
essas áreas, quando abandonadas, reagem diferentemente de acordo com o tempo e a forma de
uso da terra, refletindo os parâmetros ecológicos do ambiente (IBGE, 2012).
l. Reflorestamento
Áreas de reflorestamento, usualmente das espécies Eucalyptus e Pinus (IBGE, 2012).
37
Figura 10. Formações vegetais do bioma Mata Atlântica
Fonte: FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2013
4.3. Aspectos históricos e a sua degradação
Durante 500 anos a Mata Atlântica propiciou lucro fácil ao colonizador europeu e seus
descendentes. Ainda no século XVI, ato contínuo ao descobrimento, já foi iniciada a extração
predatória do pau-brasil, marcando o início da destruição da Mata Atlântica. Outras madeiras de
alto valor para a construção civil, naval e mobiliária como, sucupiras, canelas, canjaranas,
jacarandás, araribás, louro, cedro, peroba, e vinhático, também foram intensamente exploradas.
38
Igualmente os animais silvestres rapidamente transformaram-se em souvenirs preciosos
exibidos nos jardins e salões europeus. A este modelo predatório de exploração da natureza somou-
se o sistema de concessão de sesmarias, originando uma combinação altamente destrutiva para a
Mata Atlântica. Destruir, passar a propriedade adiante e receber outra era um excelente negócio
(INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
O Brasil é o único país no mundo a herdar seu nome de uma árvore. Durante muitos
anos, o Pau-Brasil, uma árvore da Mata Atlântica, foi fonte de riqueza para os portugueses, que
extraíam dela um pigmento vermelho, muito utilizado para tingir tecidos. Hoje sua madeira ainda
é utilizada para fabricação de violinos, mas a árvores está ameaçada de extinção (MMA, 2014).
Outras grandes investidas como o ciclo da cana-de-açúcar estimularam a destruição Mata
Atlântica, não apenas para abrir espaço para os canaviais, mas também para alimentar as
construções dos engenhos e as fornalhas da indústria do açúcar. No século XVIII, as jazidas de
ouro atraíram para o interior um grande número de portugueses, levando novos desmatamentos
estendidos até os limites com o Cerrado, para a implantação de agricultura e pecuária. No século
seguinte foi o café que estimulou o desmatamento das florestas da região do Vale do Paraíba. As
florestas remanescentes se tornaram alvo dos carvoeiros para alimentar locomotivas e as novas
fornalhas industriais. Na metade do século XX as matas passaram a ser derrubadas para fornecer
matéria-prima para a indústria de papel e celulose (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
Em São Paulo, nos anos 1940, a construção da via Anchieta dinamizou a implantação do
Polo Petroquímico de Cubatão, sendo esse mais um vetor de pressão negativa. Na década de 1950
veio a construção da Rodovia dos Tamoios, que alavancou o desenvolvimento turístico e as
primeiras pressões de especulação imobiliária no litoral norte, que com a abertura da Rodovia Rio-
Santos (BR 101) na década de 70 vem sofrendo uma verdadeira invasão humana (INSTITUTO
FLORESTAL, 2008). Além disso, em 1974 ocorreu a construção da Rodovia que liga Paraty a
Ubatuba e em 1985 a que liga Bertioga a São Sebastião, contribuindo ainda mais para o turismo na
região.
DEVASTAÇÃO DE FLORESTAS
A devastação das florestas tem causado diversos prejuízos para a humanidade. A redução do habitat
tem levado diversas espécies à extinção. Para ter uma ideia, desde o século 16 o homem já erradicou 322
39
espécies de vertebrados no mundo. Até então, apenas uma em cada 10 milhões de espécies desapareciam
no período de um ano. Esse número aumentou mil vezes. Atualmente 100 em milhão são eliminadas
atualmente, de acordo com um estudo da Universidade de Standford, na Califórnia (ESTADÃO
SUSTENTABILIDADE, 2014).
No Brasil, uma espécie criticamente ameaçada é a onça pintada, restando apenas 250 animais na
Mata Atlântica, o que representa uma redução de 80% nos últimos 15 anos (TURTELLI, 2014). Com a
fragmentação do território, as onças acabam cruzando entre si e enfraquecendo a espécie (ESTADÃO
SUSTENTABILIDADE, 2014).
A onça pintada é uma espécie de topo da cadeia alimentar. De acordo com estudo publicado na
revista Science1, a perda de espécies no topo da cadeia alimentar pode representar um dos maiores
impactos da ação humana nos ecossistemas terrestres, afetando os mais variados aspectos do como o clima,
a perda de hábitats, poluição, sequestro de carbono, espécies invasoras e até mesmo a propagação de
doenças (AGÊNCIA FAPESP, 2011). Segundo Morato, a extinção da onça pintada pode significar o fim da
Mata Atlântica. O felino é predador de herbívoros, como veados e capivaras e sua falta poderá ocasionar um
grande desiquilíbrio ambiental (TURTELLI, 2014). A Figura abaixo estima a posição dos indivíduos da espécie
na Mata Atlântica.
Figura 11. Onde está a onça?
1 O artigo Trophic Downgrading of Planet Earth (doi:10.1126/science.1205106), de James Estes e
outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
40
Fonte: TURTELLI, 2014
A extinção também gera prejuízos econômicos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a redução de 40%
do número de abelhas levou a um prejuízo da ordem de US$ 2 bilhões nos últimos 6 anos (ESTADÃO
SUSTENTABILIDADE, 2014).
O livro “A Ferro e Fogo” (1996), de Warren Dean, aprofunda o tema e conta com detalhe a
história e a devastação da Mata Atlântica Brasileira.
4.4. Trilhas indígenas e caminho dos Tropeiros
Do ponto de vista histórico, o emaranhado de trilhas que havia na Serra do Mar era de
movimentações de indígenas que, sazonalmente, desciam e subiam a Serra. Os caminhos dos
indígenas seguiam o caminha já traçado pelas antas, espécie animal característica da região.
Quando se deu o início da colonização brasileira estas trilhas auxiliaram na expansão territorial
41
portuguesa (RESSURREIÇÃO, 2002) e na comunicação e comércio entre as recém-formadas vilas.
Era primordial a qualquer vila estabelecer relações comerciais para a sua sobrevivência.
Durante os séculos XVII e XVIII, as trilhas serviram para o transporte de ouro, diamantes
das Minas Gerais aos portos do Litoral, como o de Ubatuba e São Sebastião, e que, na volta, as
tropas traziam além dos mantimentos para as Minas, o sal que era artigo escasso na época
(ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).
Posteriormente, as trilhas também serviram o escoamento do café.
Muitas dessas trilhas ainda podem ser percorridas, onde é possível visualizar estruturas e
elementos da época. No Parque Estadual Serra do Mar, há, por exemplo, a Rota Dória e a Trilha
dos Tropeiros, que serão vistas adiante.
4.5. A Mata Atlântica e a situação atual
Do período colonial aos dias de hoje, as florestas da Mata Atlântica no Brasil foram
reduzidas a aproximadamente 11,7% de sua cobertura original. A grande parte dos remanescentes
está isolada em um mosaico juntamente com vegetação secundária, reflorestamento, pastagens a
lavouras. A pressão continua pela expansão urbana e da agricultura, além de outras ameaças
consequências da presença humana como a caça e extração de madeira (WWF, 2013).
Tabela 7. Área do Bioma Mata Atlântica
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
*Em relação à área do Brasil.
Atualmente, a Mata Atlântica conta com 1.010 áreas protegidas, sendo 331 unidades de
proteção integral e 679 unidades de uso sustentável (Ministério do Meio Ambiente, 2014). Além
42
disso, há diversas terras indígenas, algumas inclusive com superposição com unidades de
conservação, o que ajuda também na conservação dos recursos naturais.
Essa quantidade de unidades de conservação no Bioma mostra que as áreas protegidas não
são suficientes para assegurar a resiliência2 do bioma no longo prazo. Uma grande parte dos
fragmentos remanescentes está localizada em terras privadas, portanto são necessárias iniciativas
socioambientais para fomentar a criação de novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural
(RPPNs) e garantir a preservação da Mata Atlântica. Atividades como o turismo e o manejo de
produtos florestais não madeireiros também são importantes opções para a conservação e o uso
sustentável da floresta fora das áreas protegidas (WWF, 2013).
Apesar de pouco representativas na área total do bioma, a criação de áreas protegidos
diminuiu a aceleração da taxa de desmatamento anual da Mata Atlântica, como é possível perceber
no gráfico abaixo.
Gráfico 1. Taxa de desmatamento anual da Mata Atlântica e média exponencial
Fonte: FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2013
4.6. Comunidades indígenas remanescentes – Os Guarani
Os Guarani vêm da família Tupi-Guarani, origem de diversas etnias indígenas presentes na
América Meridional. Uma antiga tese afirma que os Tupi-Guarani formaram, muito antes da
presença inicial dos europeus em território indígena, um só povo que se localizava as margens do
2 Resiliência significa voltar ao estado normal, e é um termo oriundo do latim resiliens. Resiliência
possui diversos significados para a área da psicologia, administração, ecologia e física. Resiliência é a
capacidade de voltar ao seu estado natural, principalmente após alguma situação crítica e fora do comum. No contexto da ecologia, a resiliência é a aptidão de um determinado sistema que lhe permite recuperar o
equilíbrio depois de ter sofrido uma perturbação. Este conceito remete para a capacidade de restauração de
um sistema. A noção de resiliência ambiental ficou conhecida a partir de 1970, graças ao trabalho do famoso ecologista canadiano C. S. Holling (SIGNIFICADOS.COM.BR, s/d).
43
Médio Paraná-Paraguai, de onde, tempos depois, empreenderam uma grande migração que tomaria
três direções: um dos ramos subiria o litoral atingindo a foz do Amazonas; outro ramo estendera-se
para o noroeste; o terceiro desceria os cursos dos rios Tapajós, Madeira e Uaicali (Itanhaém, s/d).
Os Tupi-Guarani do litoral brasileiro ficaram conhecidos, à época da colonização, como
Tupinambá, Tamoio, Tupiniquim, Carijó, Caeté, Tabajara, Potiguara, Guajajara, etc.. No Brasil,
habitam três grupos Guarani de dialetos e fundamentos culturais diferenciados: os Ñandeva (maior
população em território brasileiro); os Mbyá (a maioria das aldeias do litoral de São Paulo, Rio de
Janeiro e Espírito Santo) e os Kaiguá (maior presença no Sul de Mato Grosso do Sul) (ITANHAÉM,
s/d).
No território brasileiro, as rotas de penetração dos Mbyá foram iniciadas pelo Rio Grande do
Sul, vindos da Argentina, viajaram pela costa brasileira e mais tarde formaram os aldeamentos de
Rio Branco (SP); de Boa Esperança (ES) e Boa Vista (SP). Outra rota partiu do Paraguai, atingindo o
estado do Paraná, formando vários aldeamentos (Palmeirinha, Rio das Cobras, etc..), que foram
responsáveis também pela população de alguns aldeamentos em São Paulo e Rio de Janeiro
(ITANHAÉM, s/d).
Atualmente, no bioma da Mata Atlântica no Estado de São Paulo, as terras indígenas somam
42.137,7336 hectares onde vive uma população de aproximadamente 2.260 índios (COMISSÃO
PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013). No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da
etnia Guarani reconhecidas pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-
Mirim, Guarani do Aguapeú, Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e
Tenondé Porã (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013).
Já no Estado de São Paulo vivem, segundo o censo 2010, 41.981 índios (IBGE, 2010). As
terras indígenas estão localizadas em diversas regiões do estado, havendo uma concentração no
litoral e no Vale do Ribeira. A maior população nessas terras é do povo Guarani Mbya e Tupi-
Guarani (Ñandeva) (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013).
Algumas unidades de conservação, entre elas o Parque Estadual Serra do Mar, possuem
sobreposição com algumas terras indígenas, como mostra a tabela abaixo.
Figura 12. Sobreposição Terras Indígenas e Unidades de Conservação
44
Fonte: COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013
Figura 13. Sobreposição com o Parque Estadual Serra do Mar
Fonte: COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013
4.7. A Serra do Mar e sua geomorfologia
Do ponto de vista geológico a região de estudo é predominantemente constituída por rochas
de idade Pré-Cambriana, que estão inseridas no contexto da Faixa Ribeira. É composta por
conjuntos litológicos variados, marcados por uma evolução tectonometamórfica distinta, separados
por zonas de cisalhamento transcorrentes dextrais, definindo uma estruturação regional de direção
NE-SW (STARZYNSKI, 2014).
Do ponto de vista geomorfológico a paisagem física da Serra do Mar pode ser
compartimentada em três grandes domínios de: Planaltos, Escarpas e Planícies Litorâneas. O
Domínio dos Planaltos situa-se nos flancos norte e ocidental da Serra do Mar (onde as altimetrias
alcançam mais de 1.200 m) e limita-se aos setores de relevo inferiores, nos níveis de 800 a 900 m;
os processos denudacionais são predominantes, implicando em ambiente de alta energia. O
45
Domínio das Escarpas consiste em uma faixa de encostas com vertentes abruptas; geralmente suas
formas caracterizam-se por espigões digitados (interflúvios formando promontórios) intercalados a
anfiteatros côncavos e paredões retilíneos. Os processos denudacionais também são
predominantes, implicando igualmente em ambiente de alta energia. O Domínio das Planícies
Litorâneas abrange todo o litoral da área de estudo; esta zona compreende a porção delimitada
pela linha do litoral, que demarca o contato entre as águas e as terras e varia com as amplitudes de
maré, e a linha de costa, e se estende até o sopé da escarpa da Serra do Mar, compreendendo
formações recentes (desde o Pleistoceno), nas quais é predominante o processo de acumulação
(STARZYNSKI, 2014).
A região da Serra do Mar possui solos que se diferenciam em função do compartimento da
paisagem em que se encontram. Geralmente os solos são mais rasos na região da escarpa sobre
granitos, pouco profundos a profundos no planalto sobre gnaisses e mais profundos na planície
litorânea sobre sedimentos predominantemente marinhos e fluviais. Os Cambissolos são os solos
mais comuns, ocorrendo no planalto, escarpa, e nas planícies fluviais; os Latossolos encontram-se
nas baixas vertentes das escarpas, nos coluviões e no planalto; os Argissolos ocorrem no planalto,
em declives variados, na escarpa, em vertentes de relevo forte ondulado e montanhoso; os
Neossolos Litólicos são encontrados em pendentes bem inclinadas do relevo; os Gleissolos
encontram-se nas zonas de inundação dos principais rios, sobre sedimentos fluviais e continentais e
os Organossolos ocorrem em áreas abaciadas, nas depressões da planície litorânea
permanentemente encharcada (STARZYNSKI, 2014).
46
Figura 14. Formação geológica da Serra do Mar
Fonte: SERVIÇO GEOLÓGICO DO PARANÁ, s/d
Figura 15. As etapas de evolução da Serra do Mar
Fonte: SERVIÇO GEOLÓGICO DO PARANÁ, s/d
47
5. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
As Unidades de Conservação (UCs) são espaços territoriais e marinhos detentores de
atributos naturais e culturais de especial relevância para a manutenção do equilíbrio ecológico. São
áreas protegidas, pois têm um papel fundamental na proteção e preservação do meio ambiente.
Algumas categorias de Unidades de Conservação protegem também o patrimônio histórico-
cultural e as práticas e o modo de vida das populações tradicionais, permitindo o uso sustentável
dos recursos naturais (WWF, 2008).
Para a população humana, as UCs contribuem especialmente para (WWF, 2008):
Regulação da quantidade e qualidade de água para consumo;
Fertilidade dos solos e estabilidade das encostas (relevo);
Equilíbrio climático e manutenção da qualidade do ar;
Alimentos saudáveis e diversificados;
Base para produção de medicamentos para doenças atuais e futuras;
Áreas verdes para lazer, educação, cultura e religião;
Fornecer matéria-prima para tudo o que se possa imaginar.
Outro aspecto positivo das UCs é o fato de que elas promovem a geração de renda e
estimulam o desenvolvimento local, apoiando programas de turismo sustentável, criação de
cooperativas de ecoprodutos, entre outros, além de incentivarem atividades de pesquisa científica e
processos educativos (WWF, 2008).
5.1. Unidades de Conservação no mundo
As florestas sempre foram vistas como fontes de riqueza e de sobrevivência para o ser
humano. Desde a Antiguidade diversos povos isolavam áreas para a proteção da natureza com
finalidades diversas, seja por questões culturais, religiosas, esportivas ou políticas (WWF, 2008).
A Rússia, por exemplo, tinha florestas consideradas sagradas. Reservas reais de caça já
aparecem nos registros históricos assírios de 700 AC. Os romanos já se preocupavam em manter
reservas de madeira que visavam à construção de navios, dentre outros produtos. Na Índia,
reservas reais de caça foram estabelecidas no século III (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
Apesar disso, o surgimento do atual modelo de "áreas naturais protegidas" ocorreu nos
EUA, devido ao problema da grande expansão urbana e agrícola sobre as áreas naturais. Em 1872
foi criada a primeira área institucionalmente protegida, o Parque Nacional de Yellowstone (WWF,
2008).
48
Posteriormente, diversos países começaram a criar suas áreas protegidas nos mesmos
moldes: em 1885, o Canadá criou seu primeiro parque nacional, a Nova Zelândia o fez em 1894, e
a África do Sul e a Austrália, em 1898. Na América Latina, o México criou sua primeira área
protegida em 1894; a Argentina, em 1903 e o Chile em 1926 (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
No entanto, cinquenta anos depois da criação da primeira área natural protegida, ainda não
havia uma definição aceita mundialmente sobre os objetivos dos parques nacionais. Assim, em
1933 foi realizada, em Londres, a Convenção para a Preservação da Flora e Fauna. Nessa ocasião,
definiram-se três características dos parques nacionais:
1) Áreas controladas pelo poder público;
2) Áreas para a preservação da fauna e flora, objetos de interesse estético, geológico e
arqueológico, onde a caça é proibida; e
3) Áreas de visitação pública.
Já em 1959, foi elaborada pelas Nações Unidas a primeira lista dos parques nacionais e
reservas equivalentes. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), uma das
mais importantes organizações internacionais dedicadas à conservação dos recursos naturais,
estabeleceu, no ano seguinte, a Comissão de Parques Nacionais e Áreas Protegidas, com o intuito
de promover, monitorar e orientar o manejo destes espaços (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
Em 1992, na Venezuela, ocorreu o 4º Congresso Mundial de Parques Nacionais, onde foi
estabelecido um conjunto de categorias de áreas protegidas, logo depois adotado, em 1994, pela
IUCN e que vigora até os dias de hoje (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d). São elas:
Categoria Ia - Reserva natural estrita: área natural protegida, que possui algum
ecossistema excepcional ou representativo, característica geológicas ou fisiológicas e/ou
espécies disponíveis para pesquisa científica e/ou monitoramento ambiental.
Categoria Ib - Área de vida selvagem: área com suas características naturais pouco ou
nada modificadas, sem habitações permanentes ou significativas, que é protegida e
manejada para preservar sua condição natural.
Categoria II - Parque nacional: área designada para proteger a integridade ecológica de
um ou mais ecossistemas para a presente e as futuras gerações e para fornecer
oportunidades recreativas, educacionais, científicas e espirituais aos visitantes desde que
compatíveis com os objetivos do parque.
Categoria III - Monumento natural: área contendo elementos naturais – eventualmente
associados com componentes culturais – específicos, de valor excepcional ou único,
dada sua raridade, representatividade, qualidades estéticas ou significância cultural.
Categoria IV - Área de manejo de habitat e espécies: área sujeita a ativa intervenção
para o manejo com finalidade de assegurar a manutenção de habitats que garantam as
necessidades de determinadas espécies.
49
Categoria V - Paisagem protegida: área onde a interação entre as pessoas e a natureza
ao longo do tempo produziu uma paisagem de características distintas com valores
estéticos, ecológicos e/ou culturais significativos e, em geral, com alta diversidade
biológica.
Categoria VI – Área protegida para manejo dos recursos naturais: área abrangendo
predominantemente sistemas naturais não modificados, manejados para assegurar
proteção e manutenção da biodiversidade, fornecendo, concomitantemente, um fluxo
sustentável de produtos naturais e serviços que atenda as necessidades das
comunidades.
A IUCN disponibiliza uma ferramenta interativa de todas as unidades de conservação do
mundo e suas principais informações, como localização e espécies nativas. A ferramenta é gratuita
e está disponível no link http://www.protectedplanet.net/.
5.2. Unidades de Conservação no Brasil
No Brasil, a primeira área protegida foi criada em 1911, pelo então Presidente da República,
Hermes da Fonseca. A Reserva Florestal do Acre, como foi chamada, foi instituída com o propósito
de conter a devastação desordenada das matas, que estava produzindo efeitos sensíveis e
desastrosos, entre eles alterações climáticas (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
No entanto, a criação do primeiro Parque Nacional ocorreu apenas em 1937. O Parque
Nacional de Itatiaia fica localizado entre os estados de MG e RJ e foi criado com o objetivo de
incentivar a pesquisa científica e oferecer lazer às populações urbanas. Logo em seguida, em 1939,
foram criados os Parques de Iguaçu e Serra dos Órgãos (WWF, 2008).
Em 1965 o Brasil teve um grande avanço em sua legislação e instituiu, pela lei n° 4.771, o
Novo Código Florestal Brasileiro (WWF, 2008). O Código previa a definição de espaços a serem
protegidos, como as áreas de preservação permanente (APP) a reserva legal.
As APPs constituem áreas protegidas, cobertas por vegetação nativa ou reflorestada, com a
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, além de proteger o solo e assegurar o bem-estar
das populações humanas. Ela não pode ser explorada.
Já a reserva legal é uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural
necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos
ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. A
Reserva Legal não se confunde com as Áreas de Preservação Permanente, uma vez que nela é
permitida a exploração econômica de forma sustentável.
50
O Brasil continuou avançando em sua legislação ambiental e em 1981 instituiu a sua Política
Nacional de Meio Ambiente. Em 1988 foi promulgada a Constituição Federal Brasileira, que
assegura a todos, em seu artigo 225, um “meio ambiente ecologicamente equilibrado” e impõe ao
Poder Público o dever de defendê-lo e preservá-lo. Assim, um dos instrumentos que ela aponta
para o cumprimento desse dever é a “definição de espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos”, ou seja, indica que o Poder Público deve criar áreas protegidas e
garantir que elas contribuam para a existência de um “meio ambiente ecologicamente equilibrado”
(INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
A partir dessa base constitucional, o país concebeu um Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC), ou seja, um conjunto de unidades de conservação (UC) federais, estaduais e
municipais. O processo de elaboração e negociação desse Sistema durou mais de dez anos e foi
institucionalizado apenas em 2000, pela Lei nº 9.985/2000 (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
O SNUC é composto por 12 categorias de UC, cujos objetivos específicos se diferenciam
quanto à forma de proteção e usos permitidos: aquelas que precisam de maiores cuidados, pela sua
fragilidade e particularidades, e aquelas que podem ser utilizadas de forma sustentável e
conservadas ao mesmo tempo (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
Assim, as 12 categorias estão divididas em dois grupos: unidades de proteção integral e
unidades de uso sustentável. As Unidades Proteção Integral visam à preservação da natureza em
áreas com pouca ou nenhuma atividade humana e admitem apenas o uso indireto dos seus
recursos naturais. Já as de Uso Sustentável têm como objetivo a harmonia entre conservação da
natureza e utilização de seus recursos em benefício da comunidade local. A exploração do ambiente
é permitida desde que, como o próprio nome indica, seja feita de forma sustentável (WWF, 2008).
As tabelas abaixo apresentam todas as unidades, seus objetivos e usos.
Tabela 8. Unidades de Proteção Integral
Categoria Objetivo Uso
Estações
Ecológicas Preservar e pesquisar.
Pesquisas científicas, visitação pública com
objetivos educacionais.
Reservas
Biológicas
(REBIO)
Preservar a biota (seres vivos) e
demais atributos naturais, sem
interferência humana direta ou
modificações ambientais.
Pesquisas científicas, visitação pública com
objetivos educacionais.
Parque
Nacional
(PARNA)
Preservar ecossistemas naturais de
grande relevância ecológica e beleza
cênica.
Pesquisas científicas, desenvolvimento de
atividades de educação e interpretação
ambiental, recreação em contato com a
51
natureza e turismo ecológico.
Monumentos
Naturais
Preservar sítios naturais raros,
singulares ou de grande beleza
cênica.
Visitação pública.
Refúgios de
Vida Silvestre
Proteger ambientes naturais e
assegurar a existência ou
reprodução da flora ou fauna.
Pesquisa científica e visitação pública.
Fonte: WWF, s/d
Tabela 9. Unidades de Uso Sustentável
Categoria Característica Objetivo Uso
Área de
Proteção
Ambiental (APA)
Área extensa, pública ou
privada, com atributos
importantes para a
qualidade de vida das
populações humanas locais.
Proteger a biodiversidade,
disciplinar o processo de
ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso
dos recursos naturais.
São estabelecidas
normas e restrições
para a utilização de uma
propriedade privada
localizada em uma APA.
Área de
Relevante
Interesse
Ecológico (ARIE)
Área de pequena extensão,
pública ou privada, com
pouca ou nenhuma
ocupação humana, com
características naturais
extraordinárias.
Manter os ecossistemas
naturais e regular o uso
admissível dessas áreas.
Respeitados os limites
constitucionais, podem
ser estabelecidas
normas e restrições
para utilização de uma
propriedade privada
localizada em uma
ARIE.
Floresta
Nacional
(FLONA)
Área de posse e domínio
público com cobertura
vegetal de espécies
predominantemente
nativas.
Uso múltiplo sustentável
dos recursos florestais
para a pesquisa científica,
com ênfase em métodos
para exploração
sustentável de florestas
nativas.
Visitação, pesquisa
científica e manutenção
de populações
tradicionais.
Reserva
Extrativista
(RESEX)
Área de domínio público
com uso concedido às
populações extrativistas
tradicionais.
Proteger os meios de vida
e a cultura das populações
extrativistas tradicionais, e
assegurar o uso
sustentável dos recursos
naturais.
Extrativismo vegetal,
agricultura de
subsistência e criação
de animais de pequeno
porte. Visitação pode
ser permitida.
52
Reserva de
Fauna (REFAU)
Área natural de posse e
domínio público, com
populações animais
adequadas para estudos
sobre o manejo econômico
sustentável.
Preservar populações
animais de espécies
nativas, terrestres ou
aquáticas, residentes ou
migratórias.
Pesquisa científica.
Reserva de
Desenvolvimento
Sustentável
(RDS)
Área natural, de domínio
público, que abriga
populações tradicionais,
cuja existência baseia-se
em sistemas sustentáveis
de exploração dos recursos
naturais.
Preservar a natureza e
assegurar as condições
necessárias para a
reprodução e melhoria dos
modos e da qualidade de
vida das populações
tradicionais.
Exploração sustentável
de componentes do
ecossistema. Visitação e
pesquisas científicas
podem ser permitidas.
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural (RPPN)
Área privada, gravada com
perpetuidade.
Conservar a diversidade
biológica.
Pesquisa científica,
atividades de educação
ambiental e turismo.
Fonte: WWF, s/d
Atualmente, o Brasil tem 1860 unidades de conservação em área continental e 151 em área
marinha, conforme a tabela abaixo.
Tabela 10. Unidades de conservação brasileiras por bioma
53
Fonte: MMA, 2014b
Tabela 11. Número e a área das unidades de conservação que estão em acordo com o SNUC por tipo (proteção integral e uso sustentável), categoria e esfera (federal, estadual e municipal).
Fonte: (MMA, 2014b)
http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80112/CNUC_Biomas_Out14.pdf
De acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, somente no Estado de
São Paulo há 205 unidades de conservação. A Lista completa pode ser vista no anexo 3.
Em 2012, a lei conhecida como novo Código Florestal foi sancionada (Lei nº 12.651, de 25
de maio de 2012), trazendo alterações que apresentam inúmeras implicações para o
54
encaminhamento das questões que vinculam uso do solo e proteção/recuperação da vegetação
nativa em todo o território brasileiro (GUYOT e CAVALCANTI, 2014).
As figuras abaixo detalham as categorias de APP e de Reserva Legal.
Figura 16. Categorias possíveis de APP dentro de uma propriedade
Fonte: GUYOT e CAVALCANTI,2014
http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80112/CNUC_Categorias_Out14.pdf
55
Figura 17. Reserva legal
Fonte: GUYOT e CAVALCANTI, 2014
http://www.copersucar.com.br/pdf/cartillha_-_codigo_florestal.pdf
6. O PARQUE ESTADUAL SERRA DO MAR
6.1. A criação do parque
O Parque Estadual Serra do Mar (PESM) é a maior área de proteção integral do litoral
brasileiro e o maior parque de toda a Mata Atlântica. Criado em 1977, o parque possui uma
extensão de 332 mil hectares, abrangendo parte de 25 municípios paulistas, desde a divisa com o
Rio de Janeiro até o litoral sul do Estado de São Paulo (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,
2013).
Figura 18. Núcleos do Parque Estadual Serra do Mar
56
O Parque Estadual Serra do Mar foi criado através do Decreto n° 10.251/1977, na época da
construção da BR 101 – Rodovia Rio Santos, que abriu o litoral ao desenvolvimento do turismo
(Fundação Florestal, 2007) e ampliado em 2010 pelo Decreto nº. 56.572/2010 (ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2010).
Segundo o Decreto n° 10.251, “o Parque Estadual Serra do Mar foi criado com a finalidade
de assegurar integral proteção à flora, à fauna, às belezas naturais, bem como para garantir sua
utilização a objetivos educacionais, recreativos e científicos e caracteriza-se por ser uma Unidade de
Conservação de Proteção Integral”. Algumas comunidades tradicionais também foram incluídas nos
seus limites para evitar sua expulsão gradual ou violenta, como ocorreu em outras regiões da Mata
Atlântica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2007).
6.2. A importância do Parque Estadual Serra do Mar
Atualmente, o Parque é considerado um polo de concentração das atenções de toda
comunidade científica, ONG’s, governos, empresas privadas e demais setores da sociedade, em
função da preocupação com a preservação da Mata Atlântica e da necessidade de aprofundamento
dos conhecimentos sobre a fauna e a flora regionais. A região apresenta ainda características
histórico-culturais valiosas, mantidas pelas comunidades tradicionais e também por meio de
registros dos diversos momentos da ocupação humana na Serra do Mar (INSTITUTO FLORESTAL,
2008).
A contribuição do Parque é clara para a sustentabilidade da vida, especialmente nos núcleos
urbanos localizados em seu entorno. Ele presta diversos serviços ecossistêmicos para a sociedade.
Suas florestas, além da constituição de belezas cênicas e paisagens notáveis, preservam nascentes
e cabeceiras de rios formadores das bacias hidrográficas do Paraíba do Sul e Tietê, e mananciais
57
que abastecem diversos municípios por onde passa como Baixada Santista, Litoral Norte e Litoral
Sul, beneficiando milhões de habitantes (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
Contribuem também amenizando o clima, oferecendo a estabilização das encostas dando
melhor proteção aos moradores de áreas críticas, propiciando espaços para recreação, lazer e
visitação pública e a proteção e a conservação da sua rica biodiversidade (INSTITUTO FLORESTAL,
2008), composta por 468 espécies de aves (SCHUNCK, 2015), 111 de mamíferos, 144 de anfíbios e
46 de répteis (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Específico em relação a aves, das 468 espécies de aves, 142 são endêmicas da Mata
Atlântica (Bencke et al., 2006), 39 espécies estão ameaçadas no estado de São Paulo (São Paulo,
2014), 12 espécies estão ameaçadas a nível nacional (MMA, 2014) e 52 espécies ameaçadas
globalmente (IUCN, 2012). Em relação à lista das aves do PESM elaborada em 2006 (Buzzetti,
2006), 14 espécies foram retiradas por falta de documentação ou por estar fora da sua área de
ocorrência, 109 espécies foram adicionadas por serem registros recentes ou por não terem sido
compiladas anteriormente e 359 espécies permaneceram sem alterações. A avifauna do PESM está
dividida atualmente da seguinte maneira entre os dez núcleos administrativos: Curucutu (365),
Bertioga (353), Padre Dória (314), Picinguaba (308), Caraguatatuba (296), Cunha (274), Santa
Virgínia (256), Itutinga-Pilões (230), Itariru (165) e São Sebastião (162). (SCHUNCK, 2015). A lista
completa de todas as aves pode ser vista no anexo 4.
Segundo dados do Governo do Estado de São Paulo/Secretaria do Meio Ambiente/SMA, o
Parque contribui para a conservação de 19% do total de espécies de vertebrados de todo o país e
46% de toda a Mata Atlântica, além de proteger 39% de anfíbios, 40% de mamíferos e 23% de
répteis do bioma (Mata Atlântica) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Além disso, das 200 espécies exclusivas ou endêmicas da Mata Atlântica, 131 ocorrem no
PESM e 42 estão ameaçadas de extinção, como a jacutinga, o macuco, o papagaio-de-cara-roxa, o
papagaio-chaua, a sabiá-cica e o gavião-pombo-grande (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Por outro lado, a localização do PESM o torna vulnerável em função, principalmente, das
pressões de urbanização e das atividades econômicas, decorrentes da mais populosa região do
país, a cidade São Paulo e seu entorno (Grande São Paulo), bem como da Baixada Santista, pólo
industrial de Cubatão e o Litoral Norte, com altas taxas de crescimento populacional. Dentre os
principais impactos estão: implantação de pastagens, reflorestamentos, extrações ilegais,
agricultura, moradias e infraestrutura de base, como rodovias, linhas de transmissão, dutos,
ferrovias, torres, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
58
6.3. Núcleos, macrorregiões e municípios abrangidos
Devido a sua imensa área e as diversas pressões que sofre, o parque é gerenciado por meio
de núcleos administrativos. Esses núcleos configuram um mosaico de situações diversas,
caracterizadas em função do uso do solo, das várias regiões abrangidas e dos programas de
manejo desenvolvidos ou potenciais, demandando uma atuação diferenciada da administração,
considerando ainda o domínio das terras, que são públicas ou estão em diversos estágios de
regularização fundiária (Plano de Manejo). Atualmente o parque conta com 10 núcleos, distribuídos
tanto em áreas litorâneas, como de planalto.
6.3.1. Macrorregiões do Estado de São Paulo
As principais macrorregiões onde eles estão presentes são: Região Metropolitana de São
Paulo, Região Metropolitana da Baixada Santista, Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral
Norte, além do Vale do Ribeira. Os municípios abrangidos pelo PESM dentro de casa região estão
destacados em negrito e itálico.
Região Metropolitana de São Paulo
A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é composta por 39 municípios. Foi instituída
pela Lei Complementar Federal nº 14, de 1973, e disciplinada pela Lei Complementar Estadual nº
94, de 1974. No entanto, sua existência legal e política dependia da aprovação de uma lei estadual
específica, de acordo com as regras da Constituição Federal de 1988, que atribuiu aos Estados a
responsabilidade pela criação das regiões metropolitanas (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,
s/d(a)).
O Projeto de Lei Complementar nº 6, de 2005, aprovada no dia 13 de junho de 2011, pela
Assembleia Legislativa, criou a RMSP preenchendo definitivamente o vazio institucional existente na
mais importante concentração urbana do país. A nova lei busca promover o planejamento regional
para o desenvolvimento socioeconômico e a melhoria da qualidade de vida, a proteção do meio
ambiente, a integração do planejamento e da execução de funções públicas de interesse comum e
a redução das desigualdades sociais e regionais (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, s/d(a)).
A RMSP é o maior pólo de riqueza nacional. O Produto Interno Bruto (PIB) atingiu em 2011
R$ 760.044,16, o que corresponde a cerca de 56% do total do Estado (SEADE, 2014). Os
municípios que compõem a RMSP são: Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar,
Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco
59
Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapevi, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba,
Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá,
Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana de Parnaíba, Santo
André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, São Paulo,
Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,
s/d(a)).
Tabela 12. Dados da Região Metropolitana de São Paulo
Território e População Ano RMSP Estado
Área (Em km2) 2014 7.946,84 248.223,21
População 2014 20.284.891 42.673.386
Densidade Demográfica (Habitantes/km2) 2014 2.552,57 171,92
Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População –
2010/2014 2014 0,78% a.a. 0,87% a.a.
Grau de Urbanização 2014 98,86% 96,21%
Habitação e Infraestrutura Urbana Ano RMSP Estado
Coleta de Lixo – Nível de Atendimento 2010 99,67% 99,66%
Abastecimento de Água – Nível de Atendimento 2010 98,29% 97,91%
Esgoto Sanitário – Nível de Atendimento 2010 87,98% 89,75%
Economia Ano RMSP Estado
PIB (Em milhões de reais correntes) 2011 760.044,16 1.349.465,14
PIB per Capita (Em reais correntes) 2011 38.348,15 32.454,91
Participação no PIB do Estado 2011 56,32% -
Fonte: SEADE, 2014
Região Metropolitana da Baixada Santista
A Região Metropolitana da Baixada Santista foi criada mediante Lei Complementar Estadual
815, em 30 de julho de 1996, tornando-se a primeira região metropolitana brasileira sem status de
capital estadual (ANPM, 2014).
A região abrange 2.419,93 quilômetros quadrados (corresponde a menos de 1% da
superfície do estado de São Paulo). É a 15ª região metropolitana mais populosa do Brasil, com uma
60
população de cerca de 1.731.403 de moradores fixos (SEADE, 2014). Nos períodos de férias, acolhe
igual número de pessoas, que se instalam na quase totalidade em seus municípios.
A região atingiu um PIB de R$ 52.364,70 em 2011, o que corresponde a 4% do total do
Estado (SEADE, 2014). Os municípios abrangidos pela região são: Bertioga, Cubatão, Guarujá,
Itanhaém, Monguagá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.
Tabela 13. Dados da Região Metropolitana da Baixada Santista
Território e População Ano RM Baixada
Santista Estado
Área (Em km2) 2014 2.419,93 248.223,21
População 2014 1.731.403 42.673.386
Densidade Demográfica (Habitantes/km2) 2014 715,48 171,92
Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População –
2010/2014 2014 1,02% a.a. 0,87% a.a.
Grau de Urbanização 2014 99,81% 96,21%
Habitação e Infraestrutura Urbana Ano RM Baixada
Santista Estado
Coleta de Lixo – Nível de Atendimento 2010 99,42% 99,66%
Abastecimento de Água – Nível de Atendimento 2010 96,59% 97,91%
Esgoto Sanitário – Nível de Atendimento 2010 75,14% 89,75%
Economia Ano RM Baixada
Santista Estado
PIB (Em milhões de reais correntes) 2011 52.364,70 1.349.465,14
PIB per Capita (Em reais correntes) 2011 31.183,51 32.454,91
Participação no PIB do Estado 2011 3,88% -
Fonte: SEADE, 2014
Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte
A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte foi criada pela lei complementar
estadual 1166, de 9 de janeiro de 2012. É uma das quatro regiões metropolitanas do estado
brasileiro de São Paulo. É formada pela união de 39 municípios agrupados em cinco sub-regiões
(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, s/d (b)). São elas (EMPLASA, s/d):
1. Caçapava, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna, Santa Branca e São
José dos Campos.
61
2. Campos do Jordão, Lagoinha, Natividade da Serra, Pindamonhangaba, Redenção da
Serra, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luiz do Paraitinga, Taubaté
e Tremembé.
3. Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Cunha, Guaratinguetá, Lorena, Piquete, Potim e
Roseira.
4. Arapeí, Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras.
5. Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.
A região possui uma área de 16.192,77 km², uma população de 2,3 milhões de habitantes,
que corresponde a 5,5% do Estado de São Paulo. A região está estrategicamente situada entre as
duas Regiões Metropolitanas mais importantes do País: São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso,
destaca-se nacionalmente por intensa e diversificada atividade econômica. Como forma um
quadrilátero entre as cidades de Santos, Campinas, São Paulo e São José dos Campos, a chamada
Macrometrópole Paulista abriga dois terços da população paulista. A região concentra 82,7% do PIB
estadual e, aproximadamente, 27,7% do nacional (EMPLASA, s/d).
A produção industrial é altamente desenvolvida, predominando os setores automobilístico,
aeronáutico, aeroespacial e bélico nos municípios localizados no eixo da Rodovia Presidente Dutra,
as atividades portuárias e petroleiras no Litoral Norte e o turismo na Serra da Mantiqueira, litoral e
cidades históricas (EMPLASA, s/d).
A região caracteriza-se, ainda, por importantes reservas naturais, como as Serras da
Mantiqueira, da Bocaina e do Mar e pelas fazendas de valores histórico e arquitetônico. Além do
mais, é o segundo maior produtor de leite do País – atividade que sustenta grande parte da
população rural dos pequenos municípios. Na agricultura, a produção tradicional é a cultura de
arroz nas várzeas do Rio Paraíba (EMPLASA, s/d).
Tabela 14. Dados da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte
Território e População Ano RM Vale do Paraíba e
Litoral Norte Estado
Área (Em km2) 2014 16.192,77 248.223,21
População 2014 2.358.600 42.673.386
Densidade Demográfica (Habitantes/km2) 2014 145,66 171,92
Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População –
2010/2014 2014 1,05% a.a. 0,87% a.a.
Grau de Urbanização 2014 94,39% 96,21%
Fonte: SEADE, 2014
62
Vale do Ribeira
O Vale do Ribeira está localizado no sul do estado de São Paulo e norte do estado do
Paraná, abrangendo a Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape e o Complexo Estuarino Lagunar
de Iguape-Cananéia-Paranaguá. Possui uma área de 2.830.666 hectares distribuídos integralmente
em 31 municípios (22 paulistas e 9 paranaenses) e parcialmente em outros 21 municípios no
Paraná e 18 em São Paulo (QUILOMBOS DO RIBEIRA, 2011). Sua população é de 481.224
habitantes, de acordo com o Censo do IBGE de 2000.
As cidades do Estado de São Paulo são: Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Cajati,
Cananéia, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itaoca, Itapirapuã Paulista, Itariri,
Jacupiranga, Juquiá, Juquitiba, Miracatu, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Registro, Ribeira,
São Lourenço da Serra, Sete Barras, Tapiraí. Já os do Estado do Paraná são: Adrianópolis,
Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu, Rio Branco do Sul e Tunas do Paraná.
A região destaca-se pelo alto grau de preservação de suas matas e por grande diversidade
ecológica, possuindo áreas preservadas de Mata Atlântica, Restingas e Manguezais. Em contraste a
este valioso patrimônio ambiental, o Vale do Ribeira é historicamente uma das regiões mais pobres
dos estados de São Paulo e Paraná. Seus municípios possuem índices de desenvolvimento humano
inferiores às respectivas médias estaduais, assim como os graus de escolaridade, emprego e renda
de suas populações menores do que os de outras populações paulistas e paranaenses (QUILOMBOS
DO RIBEIRA, 2011).
Os principais ciclos econômicos que se instalaram no Vale do Ribeira ao longo da história
foram a exploração aurífera, a partir do século 17, e de outros minérios até décadas recentes, e as
culturas do arroz, do café, do chá e da banana. Estes ciclos transformaram o Vale do Ribeira em
fornecedor de recursos naturais de baixo custo, explorados sem qualquer respeito ao patrimônio
ambiental e cultural e sem geração de benefícios para a população residente. A principal cultura
atualmente é a da banana, seguida da carne bovina, do tomate e da tangerina (QUILOMBOS DO
RIBEIRA, 2011).
6.3.2. Municípios abrangidos
O PESM abrange 25 municípios paulistas, como pode ser visto nas tabelas abaixo.
63
Tabela 15. Municípios abrangidos pelo PESM por núcleo
Núcleo Municípios abrangidos
Bertioga Bertioga e Biritiba Mirim
Caraguatatuba Caraguatatuba, Paraibuna, Natividade da Serra
Cunha Cunha e Ubatuba
Curucutu Juquitiba, São Paulo, Itanhaém, Mongaguá e São Vicente
Padre Dória Salesópolis, Paraibuna e Biritiba-Mirim
Itariru Peruíbe, Pedro de Toledo, Juquitiba
Itutinga Pilões Mogi das Cruzes, São Bernardo do Campo, Santo André,
São Paulo, Cubatão, Santos, Praia Grande
Picinguaba Ubatuba
Santa Virgínia São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra, Cunha,
Ubatuba e Caraguatatuba.
São Sebastião São Sebastião
Fonte: (INSTITUTO FLORESTAL, 2008)
Tabela 16. Áreas aproximadas dos municípios abrangidas pelo PESM
Município
Área aproximada dos
municípios Abrangidos pelo
PESM (ha)
% da Área Total
do Município
Bertioga 24.060 50%
Biritiba Mirim 5.702 14%
Caraguatatuba 35.947 78%
Cubatão 7.389 50%
Cunha 11.042 8%
Itanhaém 21.095 37%
Juquitiba 2.942 5%
Mogi das Cruzes 287 0,4%
Mongaguá 3.773 28%
Natividade da
Serra 8.522 10%
Paraibuna 4.866 7%
Pedro de Toledo 41.607 66%
Peruíbe 6.697 21%
Praia Grande 4.532 31%
Salesópolis 8.084 19%
64
Santo André 414 2%
Santos 12.694 47%
São Bernardo do
Campo 11.691 28%
São Luiz do
Paraitinga 7.728 11%
São Paulo 6.934 2%
São Sebastião 28.393 59%
São Vicente 8.408 58%
Ubatuba 54.271 80%
Fonte: (INSTITUTO FLORESTAL, 2008)
6.4. Plano de Manejo
O plano de manejo é um documento elaborado a partir de diversos estudos, incluindo
diagnósticos do meio físico, biológico e social, sua elaboração é essencial para guiar a gestão de
uma UC. Ele estabelece as normas, restrições para o uso, ações a serem desenvolvidas e manejo
dos recursos naturais da UC, seu entorno e, quando for o caso, os corredores ecológicos a ela
associados. Estes planos podem também incluir a implantação de estruturas físicas dentro da UC,
visando minimizar os impactos negativos, garantir a manutenção dos processos ecológicos e
prevenir a simplificação dos sistemas naturais (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
Uma das ferramentas mais importantes do plano de manejo é o zoneamento da UC, que a
organiza espacialmente em zonas sob diferentes graus de proteção e regras de uso. O plano de
manejo também inclui medidas para promover a integração da UC à vida econômica e social das
comunidades vizinhas, o que é essencial para que implementação da UC seja mais eficiente. É
também neste documento que as regras para visitação são elaboradas (INSTITUTO FLORESTAL,
2008).
O Plano de Manejo do PESM foi aprovado em 2006. Caracteriza-se por ser um plano
inovador, pela sua característica de documento estratégico, elaborado a partir de uma abordagem
que procurou selecionar temas, atividades e ações que fossem consideradas prioritárias para a
utilização dos recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis, identificando as áreas de
concentração de esforços necessários às soluções (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
Ele foi elaborado por meio de um processo multidisciplinar, participativo e contou com o
levantamento e a análise de dados primários e secundários de fauna, flora, pressões e ameaças
65
causadas pela ocupação humana, turismo, educação ambiental, patrimônio cultural, recursos
hídricos, gestão administrativa e gestão financeira do Parque (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
Para conhecer o Plano de Manejo do PESM, acesse o link: http://fflorestal.sp.gov.br/planos-
de-manejo/planos-de-manejo-planos-concluidos/
7. NÚCLEOS
7.1. Núcleo Bertioga
7.1.1. História
Em 2010, o Núcleo Bertioga surgiu ao ser destacado da área do Núcleo Itutinga Pilões, o
que foi considerado como um marco para a conservação da Mata Atlântica na região, uma vez que
o Núcleo era grande demais e a gestão raramente atuava em Bertioga.
Atulamente, o Núcleo Bertioga compreende uma área de 29.945 mil hectares, incluindo a
área da planície de Bertioga, que corresponde ao trecho litorâneo paulista mais preservado de Mata
Atlântica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Adjacente ao Núcleo Bertioga, encontra-se outra unidade de conservação – o Parque
Estadual da Restinga de Bertioga - criada também em 2010 e que abriga rica diversidade de
ambientes, como dunas, praias, rios, florestas, mangues e uma variada vegetação de restinga, nos
quais vivem animais raros e ameaçados de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Ambos as
unidades possuem o mesmo gestor, potencializando a preservação na região.
O Núcleo Bertioga abrange dois municípios paulistas: Bertioga e Biritiba Mirim. Seu nome é
o mesmo da cidade de Bertioga, que antes da chegada de Portugueses, era chamada pelos índios
de “Buriquioca” que na língua Tupi tem como significado Morada dos Macacos Buriquis
(buriqui/muriqui - Brachyteles arachnoides: macaco grande; oca: morada) (BERTIOGASP, 2014).
A História de Bertioga
A história de Bertioga começa oficialmente a partir de 1532, quando Martin Afonso de
Souza, nomeado por Portugal, Governador Geral da Costa, aportou seus navios na entrada do Canal
de Bertioga, palco de árduas lutas de portugueses e seus aliados tupiniquins contra os tupinambás.
Ao chegar no Brasil, fundou a Capitania de São Vicente (a qual pertencia Bertioga), com sede onde
hoje é a nova cidade de Santos. Sua missão na Capitania era defender as missões portuguesas dos
66
ataques dos índios e colonizar a região. Naquela época introduziu a cana-de-açúcar como meio
sustentável para que a Capitania prosperasse (JORNAL DA BAIXADA, s/d).
Nessa mesma ocasião, os índios tupinambás (aliados aos franceses) que dominavam a
região de Ubatuba, não queriam a presença dos colonizadores portugueses, uma vez que Martin
Afonso já veio a mando da Coroa Portuguesa. Por outro lado, os portugueses contavam com o
auxílio dos índios tupiniquins, fixados na região de Bertioga à Itanhaém. As duas tribos eram
inimigas mortais (JORNAL DA BAIXADA, s/d).
Neste mesmo ano, João Ramalho teria vindo à cidade a fim de verificar a possibilidade de
estabelecer no local uma fortificação para defender São Vicente dos ataques tamoios. Assim como
em vários pontos da costa brasileira, aqui foram construídas as paliçadas de um fortim. Essa
paliçada primitiva daria origem ao que é hoje o cartão postal de Bertioga: o Forte São João. A
fortaleza, considerada a mais antiga ainda erguida no Brasil, é um patrimônio histórico, tombado
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1940 (BERTIOGASP, s/d).
Uma das figuras mais importantes para a história de Bertioga foi, sem dúvida, o artilheiro
alemão Hans Staden, que deixou gravado várias observações a respeito da terra, fauna, flora e
civilizações indígenas locais. Hans Staden fez duas viagens ao Brasil. Na primeira, em 1547, foi
nomeado condestável do Forte São Felipe que, juntamente com o Forte São João de Bertioga, era
responsável pela defesa da Vila de São Vicente. Capturado pelos tupinambás, permaneceu
prisioneiro entre eles por cerca de nove meses. Foi também de Bertioga que, em 1565, Estácio de
Sá e sua esquadra saíram para fundar a cidade do Rio de Janeiro (BERTIOGASP, s/d).
Bertioga foi, até 1943, região livre e soberana. A história da dominação santista tem início
em 1944, quando o então governador do Estado, Ademar de Barros, decretou a anexação de todo
litoral norte a Santos. Em 1946, a prefeitura de Santos elevou Bertioga à condição de subprefeitura.
No fim da década de 70, o desenvolvimento da região intensificou-se, devido à abertura das
estradas Mogi-Bertioga e Rio-Santos. Em 1991, realizou-se o plebiscito que confirmaria a autonomia
do Distrito, transformando-o num dos mais novos municípios paulistas. Realizada a primeira eleição
em 1992, Bertioga consolidava sua autonomia, elegendo seu primeiro prefeito (BERTIOGASP, s/d).
7.1.2. Patrimônio Cultural
A Trilha do Itapanhaú era um caminho histórico que ligava o Planalto (Mogi das Cruzes) ao
Litoral (Bertioga). A trilha ainda conserva vestígios do traçado original, como trechos do caminho
construído com pedras, além da Casa de Pedra, antigo casarão sede de uma fazenda inglesa que
foi erguido em 1805 e restaurado no ano de 1916 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
67
7.1.3. Comunidades tradicionais
No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da etnia Guarani reconhecidas
pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-Mirim, Guarani do Aguapeú,
Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e Tenondé Porã.
No Núcleo Bertioga há a Terra Indígena Ribeirão Silveira, que abrange também os
municípios de Bertioga, São Sebastião e Salesópolis com uma área de 8.500 hectares (COMISSÃO
PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) e também tem superposição de terras com o Núcleo São
Sebastião. Essa aldeia conta com aproximadamente 400 membros do povo guarani que mantêm a
tradição viva através da dança, da música, do artesanato e da agricultura (SECRETARIA DE
CULTURA E TURISMO, s/d).
7.1.4. Ecossistema
O Núcleo Bertioga está inserido no bioma Mata Atlântica e tem como ecossistemas Floresta
Ombrófila Densa de Terras Baixas e Floresta Ombrófila Densa Submontana e Montana (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
7.1.5. Fauna e Flora
O Núcleo apresenta uma fauna característica da Mata Atlântica, com a presença de animais
como a Onça-Parda, Anta, Lontra, Cateto, Queixada, Gambá, Paca, Macuco, Jacutinga, Caracoleiro,
Araponga, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Em relação à flora, a região tem uma grande quantidade plantas epífitas, ou seja, espécies
que costumam usar as árvores ou rochas como suporte para obter mais luz, umidade e nutrição e
são características do continente americano, principalmente nas regiões tropicais, como as
bromélias e orquídeas.
LONTRA (Lontra longicaudis)
As lontras são animais de médio porte. Atingem de 53,0 cm 80,0 cm de comprimento. Possuem
corpo alongado, com uma pelagem densa formada por uma camada interna de pelos mais finos e
macios e outra externa de pelos mais longos e rígidos, com uma coloração predominantemente
marrom e na região da garganta um pouco mais clara. Possuem uma longa cauda, que utiliza de
leme quando estão na água. São animais solitários e com hábitos predominantemente diurnos,
68
porém podem ser vistos durante a noite. São semiaquáticos, abrigando-se em tocas feitas por eles
as margens dos rios. Alimentam-se de peixes, crustáceos, moluscos e ocasionalmente de
mamíferos e aves. Distribuem-se do México ao Uruguai. No Brasil habitam quase todo território
nacional, onde as condições dos corpos d’água são propicias para a espécie (ViaRondon, 2011).
CACHORRO-DO-MATO (Cerdocyon thous)
Animais de médio porte da mesma família dos cães domésticos (Canidae) chegando a atingir de
60 cm a 70 cm de comprimento na fase adulta. Sua pelagem varia do cinzento ao castanho, com
faixas de pêlos pretos da nuca até a cauda. Possui hábitos noturnos e costumam andar em pares
ou em grupos familiar na hora da caça. Alimentam-se de frutos, pequenos vertebrados, insetos,
peixes, crustáceos e carniça. No Brasil habitam os biomas Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e
Pantanal (ViaRondon, 2011).
JAGUATIRICA (Leopardus pardalis mitis)
A jaguatirica tende a ser a espécie de felino de pequeno-médio porte dominante nas áreas de
cobertura vegetal mais densa, especialmente nas úmidas. O gradiente altitudinal vai desde o nível
do mar até 3.800 m. É um táxon de porte médio, com corpo esbelto, cabeça e patas grandes e
cauda pouco curta, caracterizada pela presença de rosetas abertas que coalescem, formando
bandas longitudinais, numa pelagem de fundo amarelo-ocráceo. O comprimento médio da cabeça
e do corpo varia entre 67 e 101,5 cm, enquanto o da cauda é de 30 a 44,5 cm e o peso médio fica
em torno entre 8 a 15,1 kg.
O período de gestação varia entre 70 e 85 dias, após o qual nascem de 1 a 4 filhotes. O potencial
reprodutivo máximo de uma fêmea de sete anos, em vida livre, é de 5 a 7 filhotes. São solitários
e noturnos. A área do macho engloba, normalmente, a área de duas a três fêmeas. Carnívora,
possui um consumo médio de presas na natureza é de cerca de 700 g (OLIVEIRA et al., 2008).
PACA (Cuniculus paca)
A paca (Cuniculus paca) é considerada uma espécie Guarda-chuva e Cinegéticas para o Parque
Estadual Serra do Mar (TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011). É um animal de hábitos
noturnos, terrestres, territoriais e de comportamento solitários. Habita áreas florestadas e tocas
feitas em barrancos ou rochas. Vivem sempre próximo a cursos d´água, podendo imergir em
busca de refugio contra predadores. Possuem hábito alimentar herbívoro e é dieta a base de
frutos e brotos (Reis, Peracchi, Pedro, & Lima, 2011). Essa espécie não consta da lista Nacional
nem da global de espécies ameaçadas, porém é considerada quase ameaçada regionalmente no
estado de São Paulo (IUCN, 2011); (MMA, 2008); (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTAL DO
ESTADO DE SÃO PAULO, 2009); (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
GAMBÁ (Didelphis aurita)
Também chamado de saruê, são animais de médio porte apresentando de 35,5 cm a 45 cm de
comprimento. Pelagem de coloração negra ou grisalha onde na região da face apresenta uma
coloração mais esbranquiçada. As fêmeas dessa espécie possuem marsúpio, uma bolsa situada na
parte ventral do animal, onde os embriões completam o desenvolvimento, agarrados a um mamilo
para a sucção do leite materno. Possuem hábitos noturnos e solitários. Essa espécie adapta-se
muito bem a vários ambientes vivendo até mesmo em grandes centros urbanos. Alimentam-se de
pequenos mamíferos, invertebrados, aves, répteis, sementes e frutos (ViaRondon, 2011).
69
BROMÉLIAS
As bromélias têm grande importância na manutenção da biodiversidade da fauna na Mata
Atlântica, já que a disposição de suas folhas em roseta forma um reservatório onde se acumulam
água e matéria orgânica, criando microhabitats para muitos organismos (STEINER et al., 2006).
Vários animais como Bicho-preguiça (Bradypus variegatus), Bugio (Alouatta guariba), Quatis
(Nasua nasua), além de diversas espécies de aves, se utilizam dos vasos de bromélias como
bebedouro, como recurso alimentar, ou ainda, como fonte de alimento, por funcionarem como
habitat e área de reprodução de insetos e pererecas, os quais são procurados aí por predadores
como as serpentes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Uma espécie típica de bromélia encontrada no núcleo é a Bromélia-zebra (Aechmea sp.)
No núcleo também é possível observar espécies pioneiras indicadoras, como o Manacá da
serra (Tibouchina mutabilis Cogn. - Melastomataceae), Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul. –
Urticaceae). As espécies pioneiras são aquelas que iniciam o processo de regeneração natural da
floresta quando a cobertura florestal sofreu algum tipo de interferência (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
MANACÁ DA SERRA (Tibouchina mutabilis)
O manacá da serra é uma planta pioneira e tolerante à luminosidade direta. Tem como
característica flores com cores diversas e que mudam de coloração, indo do branco ao roxo
passando pelo rosa, e que costuma florir entre os meses de Novembro e Fevereiro. Pode atingir
até 12 metros de altura, com diâmetro de seu tronco de 30 centímetros. Suas folhas são rijas e a
frutificação costuma a ocorrer em fevereiro-Março. Normalmente a dispersão das sementes ocorre
pelo vento (anemocoria). O manacá da serra é muito utilizado para paisagismo. Além disso,
fornece madeira para a construção civil (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DE SÃO PAULO, s/d).
EMBAÚBA (Cecropia pachystachya Trécul)
A embaúba é uma espécie pioneira, ou seja, aquelas que iniciam o processo de regeneração
natural da floresta quando a cobertura florestal sofreu algum tipo de interferência, pois sua
semente necessita de elevada luminosidade para germinar.
Seu tamanho é de 4 a 7 m de altura com tronco de até 25 cm de diâmetro. Possui folhas de
superfície superior áspera e inferior com “pêlos” microscópicos, o que dá uma aparência de
penugem esbranquiçada; sua raiz é escora. A floração ocorre em setembro e outubro, com
polinização realizada por abelhas. Já a frutificação é em junho e a dispersão é realizada por
animais (zoocórica), como o Bicho-preguiça, Macaco-bugio, Morcegos e Aves, encontrados no
núcleo. As formigas utilizam seu caule oco como abrigo e sua seiva como alimento. Em troca,
afugentam predadores herbívoros (mamíferos e aves) que consomem suas folhas e frutos
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
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Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.
Jaó-Do-Sul (Crypturellus noctivagus)
Jacutinga (Aburria jacutinga)
Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)
Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)
Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)
Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)
Bacurau-Tesoura-Gigante (Hydropsalis forcipata)
Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)
Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)
Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus)
Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista)
Saí-De-Pernas-Pretas (Dacnis nigripes)
Pixoxó (Sporophila frontalis)
Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris)
Cais-Cais (Euphonia chalybea)
Fonte: SCHUNCK, 2015
- MAMÍFEROS
● Jaguatirica (Leopardus pardalis)
● Paca (Cuniculus paca)
● Muriqui (Brachyteles arachnoides)
● Sussuarana (Puma concolor)
● Lontra (Lontra longicaudis)
● Macaco-prego-preto (Cebus nigritus)
● Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita)
● Cateto (Pecari tajacu)
● Queixada (Tayassu pecari)
● Anta (Tapirus terrestres)
● Gambá (Didelphis sp)
● Quati (Nasua nasua)
● Bugio (Alouatta guariba)
● Tatu (Dasypus novemcinctus)
● Veado mateiro (Mazama americana)
● Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS
● Sapinho-de-riacho (Cycloramphus cf. boraceiensis)
● Rã-de-corredeira (Hylodes phyllodes)
● Sapo-cururuzinho (Rhinella ornata)
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● Rãzinha (Physalaemus sp.);
● Sapinho-de-riacho na forma jovem (Cycloramphus cf. boraceiensis);
● Sapo-cururu (Rhinella cf. schneideri)
● Jararaca (Bothropoides jararaca)
● Lagarto-camaleão (Enyalius perditus)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
FLORA:
● Manacá da Serra (Tibouchina mutabilis)
● Embaúba (Cecropia pachystachya)
● Palmito-juçara (Euterpe edulis)
● Figueira-mata-pau (Ficus guaranitica Chodat. – Moraceae),
● Samambaiaçu (Cyathea atrovirens)
● Samambaia-xaxim (Dicksonia sellowiana – Dicksoniaceae)
● Bromélia-zebra (Aechmea sp.)
● Helicônia (Heliconia velloziana)
● Lianas herbáceas (Philodendron sp. – Araceae)
● Samambaia (Thelypteris subg. Meniscium (Thelypteridaceae - Pterophyta)
● Samambaia-do-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) – Gleicheniaceae)
● Calatéia (Calathea sp. – Marantaceae)
● Gravatá (Nidulariun sp. – Bromeliaceae)
● Licopodium (Lycopodium cernuum Linn. – Lycopodiaceae)
● Jucá (Caesalpinia ferrea Mart. Ex Tul. Var. ferrea – Fabaeae)
● Palmeira-indaiá (Attalea dubia (Mart.) Burret – Arecaceae)
● Brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret – Arecaceae)
● Erva-de-anta (Psychotria nuda (Cham. and Schltdl.) Wawra – Rubiaceae)
● Camboatá (Cupania sp.)
● Guaricanga (Geonoma elegans Mart. – Arecaceae)
● Bicuíba (Virola bicuhyba– Myristicaceae)
● Jatobá (Hymenaea courbaril)
● Espécies de Orchidaceae e Bromeliaceae
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- FUNGOS
● Elevada riqueza de organismos decompositores do grupo dos Basidiomycota.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.1.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Bertioga presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do
entorno:
● Regulação da qualidade do ar e do clima;
● Proteção dos morros e encostas;
● Proteção dos solos;
● Bem-estar, lazer e turismo;
72
● Polinização;
● Recursos hídricos.
O Núcleo ajuda a preservar importantes mananciais de água que formam, juntamente com
outros rios, a Bacia Hidrográfica da Baixada Santista. Assim, todo abastecimento de água de
Bertioga tem origem no PESM. Alguns rios que nascem no Núcleo são: Rio Itapanhaú, principal rio
do município em volume de água, Rio Guaratuba e Rio Itaguaré.
Além disso, a Usina hidrelétrica Itatinga, de propriedade da CODESP (Companhia Docas de
Santos), localizada no sopé da Serra do Mar, produz, com água do rio Itatinga, energia elétrica
suficiente para abastecer praticamente todo o porto de Santos.
7.1.7. Atrativos
O Núcleo Bertioga conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas
naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilha do Itapanhaú
A Trilha do Itapanhaú abrangia uma parte do caminho histórico entre o Planalto (Mogi das
Cruzes) e o Litoral (Bertioga), sendo utilizado para práticas mercantis até a década de 80, quando
foi construída a estrada Mogi-Bertioga (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Sua denominação tem origem indígena, tupi guarani, significando em sua toponímia
“Caminho das Pedras”. Na trilha em meio a Mata Atlântica é possível os vestígios da pavimentação
ainda de pedra. Entre os diversos atrativos, destaca-se (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013):
● Cachoeira Véu de Noiva: com enormes paredes de rocha em meio à mata atlântica a
Cachoeira do Véu de Noiva tem aproximadamente 70 metros de altura e se projeta em
uma fantástica queda rumo ao profundo vale do rio Itapanhaú;
● Poço do Rio Itapanhaú: quando a trilha atinge o fundo do vale, o rio Itapanhaú forma
um profundo poço de águas verdes e cristalinas, cercado por uma exuberante Mata
Atlântica. O poço é uma parada ideal para um lanchinho contemplativo e refrescante
banho nas águas do rio;
● Poço do Bóia-Cross: o Rio Itapanhaú se alarga formando um gigantesco poço com
águas calmas e cristalinas. Cercado por rochas e uma bela floresta fechada, densa e
com rica biodiversidade é o ponto de partida para aventureiros que decidem conhecer
mais intimamente o traçado do rio através do Bóia-cross;
73
● Casa de Pedra: antigo casarão sede de uma fazenda inglesa que foi construído em
1805 e restaurado no ano de 1916. Atualmente serve de moradia para uma família e
pertence a uma empresa de mineração.
Percurso: 11.367 metros
Tempo estimado: 05h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Torre 47
A trilha começa na ponte da Banana, que foi construída em 1929, e que passa em cima do
Rio Jacareguava e segue pelo linhão de transmissão de energia, até a torre 47, que dá nome para
trilha e cachoeira.
Percurso: 4.4800 metros
Tempo estimado: 04h00min (ida e volta)
Nível de dificuldade: moderado
Outros atrativos em Bertioga
Bertioga tem mais de uma dezena de trilhas ecológicas, algumas fáceis, outras nem tanto,
mas a maioria delas proporcionando banhos em rios e cachoeiras, além do contato com a
biodiversidade da Mata Atlântica. As trilhas só podem ser utilizadas por agências credenciadas e
com o acompanhamento de um monitor treinado e autorizado pela Prefeitura (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Trilha da Prainha Branca
Também é conhecida como Vila dos Pescadores, fica do outro lado do canal de Bertioga, na
Ilha de Santo Amaro (Guarujá) e é tombada pelo Condephaat. No final da Rodovia Guarujá –
Bertioga há uma trilha que dá acesso às ruínas da Ermida de Santo Antônio do Guaíbê e da
Armação das Baleias. Depois é só subir o morro em direção à Vila, durante a caminhada pode-se
ter contato com a biodiversidade da Mata Atlântica e uma visão maravilhosa do mar aberto. Na
Prainha Branca, lugar de águas calmas e límpidas, é possível se banhar além de ter contato com a
vida dos pescadores e seus equipamentos artesanais. Até hoje, muitos pescadores da comunidade
74
fazem da pesca artesanal, o seu sustento e fabricam canoas feita com troncos de árvores
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 3.000 metros
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: regular
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013.
7.1.8. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área 29.945 mil hectares
Bioma Mata Atlântica
Município da sede Bertioga
Municípios Abrangidos Bertioga e Biritiba Mirim
Endereço da sede Sede administrativa: Rua Gonçalo da Costa, 140 - Centro - Bertioga-SP
CEP 11250-000
Escritório urbano Sede administrativa: Rua Gonçalo da Costa, 140 - Centro - Bertioga-SP
CEP 11250-000
Bases e outras funções Ainda não há
Telefones (13) 3317-2094
Sinal de celular da sede s/n
Sinal de celular da base s/n
E-mail da UC pe.restigabertioga@fflorestal.sp.gov.br
Nome do Gestor Carlos Sergio dos Santos
Esportes Radicais
Capacidade de hospedagem
Valor da hospedagem na UC
Centro de visitantes
Capacidade do auditório
Capacidade do refeitório
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Lanchonete
Quiosques pic nic
Camping na UC
Facilidades no entorno imediato Pousadas e Restaurantes
Tipo de Acesso Rodoviário
Distância de SP 122,2 km
Distância cidade mais próxima(s) Santos 63 km; Mogi das Cruzes 65 km; Guarujá 40 km
Cobrança de Ingresso e valor
Amplitude Altitudinal 20 a 70m
Amplitude de Temperaturas 10° a 34°C
Bases e outras funções
Base de Proteção/Uso Público
Endereço
Telefone
Capacidade de Hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de funcionamento de Segunda a Sexta-feira, das 8:00 às 17:00
Telefones para informação (13) 3317 2094
E-mail perestingabertioga@fflorestal.sp.gov.br
Gestor (a) Carlos Sergio dos Santos
Endereço Rua Gonçalo da Costa, 140 - centro - Bertioga SP
CEP. 11250-000
Visitação
Dias e horário de funcionamento
Endereço
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Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento
da trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que
se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta;
Símbolo
77
7.2. Núcleo Caraguatatuba
7.2.1. História
Os primeiros estudos para a criação da Reserva Florestal de Caraguatatuba datam de 1939,
mas a efetivação da Reserva como Unidade de Conservação aconteceu apenas em 1956, por meio
do Decreto Estadual nº 26.393. No entanto, a configuração da Reserva como Parque Estadual de
Caraguatatuba ocorreu em 14/05/1962 com a promulgação do Decreto Estadual nº 6.884. Em
1977, o parque foi então incorporado ao Parque Estadual Serra do Mar, criado nesse mesmo ano
pelo Decreto n° 10.251 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra Mar, 35.947 mil hectares estão
localizados no Núcleo Caraguatatuba. Os remanescentes de Mata Atlântica presentes nesse núcleo
são formados por exuberantes paisagens, como os mananciais da represa de Paraibuna, os incríveis
cenários vistos a partir da Rodovia dos Tamoios e da Estrada do Rio Pardo, matas de encosta, rios e
cachoeiras (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)).
O Núcleo Caraguatatuba abrange 3 municípios paulistas: Caraguatatuba, Natividade da
Serra e Paraibuna. Seu nome, assim como da cidade de Caraguatatuba remonta a planta caraguatá
(Bromelia pinguin), espécie da família Bromeliaceae, que na língua indígena quer dizer planta
espinhosa, pois apresenta longas folhas com fortes espinhos nas bordas e de colorido vermelho-
arroxeado quando em flor e tuba, que em tupi significa “muito”, ou seja, região onde havia muito
caraguatá.
As fibras contidas no fruto dessa planta serviam para o preparo de roupas, cintos e bolsas.
Os frutos são apreciados crus, cozidos ou assados e era importante na alimentação dos índios.
Quando ocupam grandes áreas, formam barreiras que servem de esconderijos para ninhos de
jacarés e refúgios de cobras, tatus, porcos e tamanduás. Na medicina popular, seus frutos, são
utilizados para xaropes contra tosse, gripe e pneumonia.
História de Caraguatatuba e a catástrofe de 67
Os primeiros sinais de povoamento surgiram após 1534, quando o rei Dom João III de
Portugal dividiu o Brasil em 15 Capitanias Hereditárias e as entregou em regime de hereditariedade
a nobres, militares e navegadores ligados à da Corte. O objetivo do reino português era facilitar a
administração e acelerar a colonização das recém-ocupadas terras brasileiras (SECRETARIA
MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d).
78
Foi criada então a Capitania de Santo Amaro, que se estendia da foz do Rio Juqueriquerê,
em Caraguatatuba, até Bertioga. Mas Caraguatatuba surgiu apenas no século 17, por meio da
concessão de Sesmarias -- um instituto jurídico criado pelo Império de Portugal para distribuição de
terras a particulares para a produção de alimentos. Foi exatamente naquele ponto que a cidade
começou a nascer entre 1664 e 1665. Mas o pequeno povoado foi assolado por diversos surtos,
entre eles o mais mortífero ocorreu em 1693 - a varíola, que dizimou boa parte da população
(SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d).
O novo povoado foi elevado à condição de Vila de Santo Antônio de Caraguatatuba em
1770. No século 19, o presidente da Província de São Paulo, Manuel da Fonseca Lima e Silva,
ordenou que a vila passasse a ser denominada Freguesia. Caraguatatuba recebeu sua emancipação
política e administrativa em 1857. A população ainda teve de superar um surto de malária, em
1884, e outro de gripe espanhola, em 1918 (SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE
CARAGUATATUBA, s/d).
O ressurgimento e, posteriormente, o crescimento do povoado só veio com a chegada de
famílias de estrangeiros, que se instalaram na Fazenda dos Ingleses. A propriedade se estabeleceu
em 1927 e trouxe benefícios como o aumento da população, a formação de trabalhadores agrícolas
e artesãos, o surgimento do comércio e o crescimento substancial da arrecadação municipal
(SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d).
O progressismo da Freguesia de Santo Antônio de Caraguatatuba forçou o Governo do
Estado de São Paulo a reconhecê-la como Estância Balneária em 1947. Sua comarca foi instalada
poucos anos depois, em 1965 (SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d).
Em 1967 ocorreu uma nova catástrofe, uma espécie de dilúvio dos morros. Após vários dias
de chuvas constantes, o solo acabou enfraquecido e saturado, provocando deslizamentos de terras.
Centenas de casas foram soterradas e os rios ganharam fortes correntezas arrastando não somente
casas, mas árvores, pontes, entre outros.
Na ocasião, o governador do Estado decretou alerta máximo, uma vez que a cidade ficou
ilhada, e o Exército teve de prestar auxílio para os sobreviventes. Não se sabe ao certo quantas
foram as vítimas desse episódio, que destruiu a cidade, fazendo-a a partir daí renascer, por meio
daqueles que sobreviveram e acreditaram no recomeço.
Como medida de emergência plantou-se o pinus devido à facilidade de crescimento e por
reter grande quantidade de água do solo e, também, por conta do estado possuir na época um
grande banco de sementes da árvore. O pinus faz parte do grupo de espécies de pinheiros com
área de distribuição no Canadá e Estados Unidos da América. Possui grande porte com altura entre
79
18 m e 30 m. É conhecido por ser uma espécie agressiva, pois captura uma grande quantidade de
água e minerais do solo.
7.2.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Caraguatatuba é possível observar alguns patrimônios culturais. São eles:
Trilha dos Tropeiros
Os registros históricos do uso da trilha remontam ao século XIX, quando era uma estrada
com calçamento de pedra utilizada para atividades de comércio entre o litoral e o planalto. Todavia,
há indícios que o traçado era utilizado anteriormente pelos índios para atividades de caça. Essa
afirmação baseia-se em relatos de que, na década de 1960, foram encontrados objetos
arqueológicos, como pontas de lanças, por antigos moradores. Outro fato relatado é que a trilha,
além de utilizada para o comércio, faria parte de diversos caminhos alternativos usados para o
tráfico de escravos, dentre os quais o mais importante era a Rota Dória. Seu traçado inicial foi
bastante alterado pela Catástrofe de 1967, quando grande parte do percurso original
(aproximadamente 80%) foi soterrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
● Forno de carvão da sede: O forno de carvão não está localizado no traçado da trilha e
sim na sede do núcleo, após a hospedaria, próximo à saída da trilha dos Tropeiros. É
considerado no Plano de Manejo como um bem prioritário para conservação, dentro
da Zona Histórico-Cultural Arqueológica. Insere-se no histórico da segunda metade do
século XIX, quando houve a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (São Paulo
Railway) que levou à transformação do padrão de ocupação do litoral (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
● Estruturas remanescentes da trilha construída e percorrida pelos escravos que
conectava o litoral ao planalto, com estruturas de arrimo. Na trilha já foram
encontrados ferraduras, com aproximadamente 100 anos, que eram usadas pelas
tropas de mulas que carregavam a carga para troca ou para venda no Vale do
Paraíba; e telhas de barro moldadas nas coxas de escravos. Com o processo de
industrialização resultado em produtos perfeitos, as telhas que saiam com defeito
eram apelidadas de “feitas nas coxas”. E até hoje tudo que apresenta defeito é
chamado de feito nas coxas.
Trilha do Poção
● Forno de carvão: O forno de carvão localiza-se na trilha, próximo à sede do núcleo. É
considerado pelo Plano de Manejo como bem cultural de baixa significância em estado
crítico de conservação. Insere-se no histórico da segunda metade do século XIX,
80
quando houve a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (São Paulo Railway)
que levou à transformação do padrão de ocupação do litoral (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
PAU JACARÉ (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr.)
A apresentação do bem cultural (forno de carvão) relaciona-se à explicação sobre a
árvore mais utilizada, na época, para a produção do carvão. Esta árvore é uma das primeiras a se
instalar numa área em regeneração natural e, por isso mesmo, é muito abundante e frequente
nos fragmentos de Mata Atlântica nos estágios inicial, médio e até no bordo dos fragmentos mais
preservados. A espécie é adaptada às condições ambientais severas, como maior insolação, menor
disponibilidade de água e nutrientes, solo geralmente compactado. Além disso, produz uma
grande quantidade de sementes e possui uma taxa de crescimento elevada, atingindo cerca de 5m
aos 2 anos. Todavia, tem ciclo de vida curto, de 20 a 40 anos e por isso é denominada pioneira.
Por ser uma madeira mole é utilizada para acabamentos internos, armação de móveis, miolos de
portas, confecção de brinquedos e embalagem. Porém, sua utilização mais frequente é como
lenha e carvão. Suas flores têm também valor melífero, por isso pode ser utilizada em apicultura
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.2.3. Comunidades tradicionais
Não há comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e caiçaras) no Núcleo
Caraguatatuba e no seu entorno. Há apenas moradores locais.
7.2.4. Ecossistema e Geomorfologia
O núcleo Caraguatatuba está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como
ecossistemas Florestas Deciduais Densa e Áreas Degradadas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O
núcleo possui relevo montanhoso, sendo cortado por vales profundos e encostas íngremes que tem
como pontos máximos de altitude os Picos do Ouriço (1.297m), da Pedra Verde (1.297m), da Pedra
Preta (1.213m) e a Pedra da Onça (1.297m) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.2.5. Fauna e Flora
O núcleo apresenta uma grande diversidade de fauna e flora. Apesar de seu símbolo ser a
onça-pintada, atualmente é muito difícil encontrá-la. Atualmente, os principais animais vistos são:
anta, paca, lontra, muriqui, queixada, jaguatirica, onça parda, macaco-prego, cateto, macuco,
caracoleiro, sabiá-cica, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Em relação à flora, as principais
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espécies vegetais encontradas no núcleo são: palmito juçara, samambaiaçu, bromélias, orquídeas,
caraguatá, jequitibá, figueira, canela, embaúba e pinus (exótica) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
ONÇA-PARDA (Puma concolor)
Os pumas são felinos de grande porte, seu tamanho pode chegar a 1,95 m e podem alcançar 70
kg. Possui coloração branca nas patas e em algumas regiões do peito e pescoço. Sua cauda é
comprida e fina, escurecendo gradativamente até chegar a uma ponta preta. Habita florestas
densas e bordas de florestas, mas também campos e cerrado, sempre próximo a regiões com
água em abundância. É encontrada em todo o Brasil. É um animal carnívoro e possui alimentação
bastante variada, desde pequenos vertebrados até os de médio porte, como veados e porcos
(ICMBio). O período de gestação é de aproximadamente 95 dias. As fêmeas têm de um a seis
filhotes por ninhada. Possui uma enorme importância na natureza, pois realiza controle
populacional das espécies de roedores e marsupiais, evitando que suas populações cresçam de
forma descontrolada (ICMBio). Vive solitário, é noturno e terrestre (ViaRondon, 2011).
MACACO – BUGIO (Alouatta guariba)
Primata que mede entre 42 e 63 cm (cabeça e corpo), com sua cauda variando de 48 a 69 cm que
auxilia na locomoção e na alimentação. Possui barba espessa, os machos adultos são
avermelhados e pesam entre 5 e 9 kg e as fêmeas adultas são marrons, menores que os machos
e pesam entre 4 e 7 kg. O bugio é pouco ativo e raramente desce ao solo. Tudo que necessita
para viver é obtido nas copas das árvores, inclusive a água, que é retirada de troncos ocos, vasos
de bromélias, musgos e outras plantas epífitas. Alimenta-se de folhas de embaúba, presentes no
núcleo , tapiá, frutos de jerivá, sementes, flores, caules, cascas de diversas outras espécies de
árvores e liquens, facilmente encontradas no Núcleo. É fácil identifica-lo pela sua vocalização
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
CATETO (Tayassu tajacu)
O cateto é considerado uma espécie guarda-chuva e cinegética da Mata Atlântica. Também
conhecido como porco do mato, mede de 82 a 100 cm de comprimento total e pesa entre 17 e 30
kg. Seus pêlos são longos e grossos, a coloração geral é preto-acinzentada com reflexos
esbranquiçados, por terem as pontas dos pêlos brancas; o filhote é mais claro que o adulto. A
fêmea tem 4 pares de mamas, mas apenas 2 são funcionais. Alimenta-se principalmente de frutos
silvestres caídos no chão, folhas, brotos, talos, raízes, pequenos animais vertebrados, como rãs,
ratos e cobras pequenas e invertebrados como minhocas, larvas etc. Tem hábito diurno e
crepuscular. Chega a viver até 20 anos. Só ocorrem em áreas bem preservadas de florestas e de
relativa extensão. O cateto assim como o queixada, são os únicos representantes de porcos do
mato brasileiros.
Por ser um animal de médio porte torna-se alvo fácil dos caçadores e está desaparecendo em
muitos lugares. Os desmatamentos vêm reduzindo seu hábitat o que causa escassez de alimento e
conseqüentemente o extermínio da espécie. O hábitat reduzido também facilita a ação dos
caçadores, já que eles não têm para onde fugir ou se esconder. A espécie está ficando rara
(INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d (a)).
TATU-GALINHA (Dasypus novemcinctus)
82
O tatu-galinha é um animal de pequeno porte, podendo atingir de 39,5 cm a 57,3 cm de
comprimento e sua cauda pode chegar de 29 a 45 cm. Apresenta uma carapaça dura com
coloração marrom escura com escudos amarelados. Possui o hábito de viver em tocas, que
chegam até 6 metros de profundidade. Preferencialmente tem hábitos noturnos, mas também
pode ser vistos durante o dia. Alimenta-se de invertebrados, plantas, pequenos vertebrados, ovos
e carniças. Habita desde o Sul dos Estados Unidos atravessando a América Central até o noroeste
da Argentina e do Uruguai. Nos biomas brasileiros ocorrem na Amazônia, caatinga, cerrado, Mata
Atlântica, Pantanal e Campos Sulinos (ViaRondon, 2011).
IRARA (Eira barbara)
A irara é um animal de médio porte, seu comprimento varia de 56 cm a 68 cm. A cor da pelagem
é marrom escura no corpo, escurecendo em direção à cauda, e a cabeça e o pescoço tendem a
apresentar um marrom mais claro. Alimenta-se de pequenos vertebrados, frutos, cana-de-açúcar e
mel. Localizam-se desde sul do México até o norte da Argentina. Distribui-se em quase todo o
Brasil, pelos biomas Amazônia, cerrado, caatinga, Pantanal e Mata Atlântica. São animais que
normalmente são solitários com hábitos diurnos, são muito ágeis, ótimos corredores e nadadores
e com bastante habilidade em escalar em árvores a procura de aves ou abelhas silvestres
(ViaRondon, 2011).
EMBAÚBA (Cecropia pachystachya Trécul)
A embaúba é uma espécie pioneira, ou seja, aquelas que iniciam o processo de regeneração
natural da floresta quando a cobertura florestal sofreu algum tipo de interferência, pois sua
semente necessita de elevada luminosidade para germinar.
Seu tamanho é de 4 a 7 m de altura com tronco de até 25 cm de diâmetro. Possui folhas de
superfície superior áspera e inferior com “pêlos” microscópicos, o que dá uma aparência de
penugem esbranquiçada; sua raiz é escora. A floração ocorre em setembro e outubro, com
polinização realizada por abelhas. Já a frutificação é em junho e a dispersão é realizada por
animais (zoocórica), como o Bicho-preguiça, Macaco-bugio, Morcegos e Aves, encontrados no
núcleo. As formigas utilizam seu caule oco como abrigo e sua seiva como alimento. Em troca,
afugentam predadores herbívoros (mamíferos e aves) que consomem suas folhas e frutos
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
JEQUITIBÁ-ROSA (Cariniana legalis (Mart.). Kuntze)
Nas trilhas do núcleo é possível observar jequibás-rosa com, em média de 500 anos. Essa espécie
pode atingir de 30 a 50 m de altura, e por este motivo possui raiz pivotante, raiz com um eixo
principal alongado e que penetra mais profundamente no solo. Sua copa globosa tem a forma de
um guarda-chuva. O caule é lenhoso e reto, com diâmetro de 70 a 100 cm. Suas folhas são
simples, membranáceas, glabras (lisas), de formato elíptico-lanceolado e semicaducas (algumas
caem). A floração ocorre durante os meses de dezembro a fevereiro. Suas flores são bissexuadas,
de cor amarela, e ocorrem em inflorescência dispostas em forma panícula terminal densa. A
polinização se faz por abelhas (melitofilia). O fruto do tipo seco é uma caixinha lenhosa, com uma
abertura deiscente. Devido à semelhança com o covo, uma armadilha para peixe utilizada pelos
índios Tupi-Guarani (ibá=fruto e iqui=armadilha), esta árvore leva esse nome. A frutificação
acontece no período de agosto a setembro, e sua semente alada é dispersa por anemocoria
(vento). Seu crescimento é de moderado a rápido, chegando a atingir até 3 m em 2 anos.
É uma das maiores espécies arbóreas brasileiras, e pelo fato de ocorrer sempre em ambiente
florestado é classificada como espécie secundária tardia, por esta razão pode ser utilizada como
espécie indicadora de mata secundária em estágios médio a avançado de regeneração, ou ainda
83
de mata primária. O “gigante das florestas” como é merecidamente cognominado, pode
ultrapassar 500 anos de idade.
Atualmente, esta espécie encontra-se em risco de extinção, devido principalmente à utilização de
sua madeira de lei e pela diminuição dos ambientes florestais, uma vez que o Jequitibá-rosa além
de pouco abundante em seu ambiente natural, necessita das condições ambientais dos
ecossistemas florestais para se desenvolver (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.
Jacutinga (Aburria jacutinga)
Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)
Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)
Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)
Peixe-Frito-Pavonino (Dromococcyx pavoninus)
Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)
Beija-Flor-De-Topete (Stephanoxis lalandi)
Sabiá-Cica (Triclaria malachitacea)
Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)
Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
Entufado (Merulaxis ater)
Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)
Chibante (Laniisoma elegans)
Anambezinho (Iodopleura pipra)
Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus)
Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista)
Maria-Pequena (Phylloscartes sylviolus)
Papa-Moscas-Estrela (Hemitriccus furcatus)
Vite-Vite (Hylophilus thoracicus)
Pixoxó (Sporophila frontalis)
Fonte: SCHUNCK, 2015
- MAMÍFEROS:
Bugio (Alouatta guariba)
Macaco-prego (Cebus nigritus)
Anta (Tapirus terrestris)
Jaguatirica (Leopardus pardalis)
Onça-parda (Puma concolor)
Queixada (Tayassu pecari)
Cateto (Pecari tajacu)
Lontra (Lontra longicaudis)
Paca (Cuniculus paca)
Cutia (Dasyprocta azarae)
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Caxinguelê (Guerlinguetus ingrami)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- RÉPTEIS E ANFÍBIOS
Adenomera cf. marmorata
Bufo ornatus
Cycloramphus boraceiensis
Sapinho-da-bromélia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)
Eleutherodactylus binotatus
Eleutherodactylus bolbodactylus
Eleutherodactylus guentheri
Eleutherodactylus parvus
Enyalius cf. iheringi
Flectonotus fissilis
Hyla albosignata
Hyla hylax
Hyla semilineata
Hyla sp. 2
Hylodes asper
Hylodes phyllodes
Phasmahyla sp.
Proceratophrys appendiculata
Scinax sp. 3
Scinax sp. (gr. perpusillus)
Canina (Spilotes pullatus)
Rã-das-pedras (Thoropa miliaris)
Bufo ictericus
Hyla faber
Hyla sp. 1
Imantodes cenchoa
Scinax angrensis
Eleutherodactylus cf. guentheri (esverdeado)
Eleutherodactylus sp. 1
Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
Palmeira-juçara (Euterpe edulis)
Gravatá (Nidulariun sp. – Bromeliaceae)
Bambu (Olyra sp. - Poaceae)
Embaúba (Cecropia pachystachya)
Figueira-mata-pau (Ficus insipida Willd. - Moraceae)
Quaresmeira (Tibouchina granulosa Cogn.)
Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis – Cogn.)
Canela (Licania armeniaca (Ness) Kosterm.)
Canela-sassafrás (Aniba firmula (Nees and Mart) Mez)
Araçarana (Marlierea sp.)
Caroba (Jacaranda micrantha Cham. – Bignoniaceae)
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Pariparoba (Piper umbellatum L. - Piperaceae)
Ingá (Inga striata (Benth.) – Fabaceae).
Guapuruvu (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake - Fabaceae)
Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.)
Cedro (Cedrela fissilis Vell. – Meliaceae)
Figueira (Ficus insipida Willd. – Moraceae)
Jequitibá-rosa (Cariniana legalis)
Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
Pau-brasil (Caesalpinia echinata)
Bromelia (gênero)
Orchidaceae (família)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.2.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Caraguatatuba presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do
entorno:
● Regulação da qualidade do ar;
● Proteção dos morros e encostas;
● Proteção dos solos;
● Bem-estar, lazer e turismo;
● Polinização;
● Recursos hídricos.
Um importante papel exercido pela Mata Atlântica é a proteção de encostas das serras
contra deslizamentos provocados por eventos climáticos extremos. Como exemplo, podemos citar
um estudo de caso realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, que fez uma análise das regiões
mais atingidas pelas enchentes de 2011 e que demonstrou que apenas 8% dos deslizamentos
ocorreram em áreas de vegetação nativa bem conservada, ou seja, pouco antropizadas (MMA,
2014).
Um caso real para o núcleo é a “Catástrofe de 67”. Em 1967, Caraguatatuba foi assolada
por uma forte tromba d´água que se abateu sobre a Serra do Mar descendo as encostas,
destruindo tudo por onde passava, arrastando centenas de árvores e fazendo vítimas fatais. Apesar
do grande volume de chuva, a “Catástrofe de 67” não foi apenas um fenômeno climatológico.
Colaborou também com a tragédia a falta de planejamento quando da ocupação irregular e
remoção de vegetação das encostas da Serra do Mar, incentivadas por investimentos como o da
Fazenda dos Ingleses, que provocaram, após intensas chuvas, a maior catástrofe ambiental da
História do Brasil. As mesmas chuvas inviabilizaram o funcionamento da Fazenda dos Ingleses que
encerrou suas atividades logo após a tromba d'água (MUSEU NÁUTICO, 2013). Talvez se a
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vegetação não tivesse sido removida, os desastres provocados pela intensa chuva poderiam ter sido
menores.
Além disso, a Mata Atlântica preservada pelo Núcleo Caraguatatuba também fornece outro
serviço fundamental para a população. O Núcleo é percorrido por rios que formam as Bacias do Rio
Juqueriquere, maior bacia do litoral norte e com trechos navegáveis; do Rio Santo Antônio; do Rio
Mococa e do Rio Guaxinduba. Esses rios abastecem todo município de Caraguatatuba, fornecendo
água para mais de 100 mil habitantes.
No planalto (Natividade da Serra), o núcleo também abriga nascentes que contribuem para
os mananciais da represa de Paraibuna, considerado “Berço do Rio Paraíba do Sul”. Juntamente
com o Rio Piraitinga, dão origem ao Rio Paraíba (PREFEITURA DE PARAIBÚNA, s/d). A bacia do rio
Paraíba do Sul, porção do Estado de São Paulo, constitui-se como grande produtor dos serviços
ambientais para os três estados – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Denominado como rio
Federal, é o principal curso d’água da região, abastecendo cerca 12 milhões de pessoas entre os
estados de São Paulo e Rio de Janeiro e fornecendo água para 86% da população do município de
Rio de Janeiro.
7.2.7. Pesquisas
Algums pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPESP são:
14/07853-1: Análise de Uso Público do Parque estadual Serra do Mar - Núcleo:
Caraguatatuba
14/00648-3: Estudo sobre impactos causados pelos cães domésticos
semidomiciliados presentes na área de Mata Atlântica do município de
Caraguatatuba e a correlação entre a variabilidade genética dos carrapatos dos cães
e do ambiente silvestre
13/04398-9: Efeito da deposição atmosférica na ecofisiologia do uso de nitrogênio
em espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa, Caraguatatuba, SP
12/51509-8: Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da
Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e
Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)
07/04073-1: Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de
anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo
O detalhe delas está no anexo 05.
87
7.2.8. Atrativos
O Núcleo Caraguatatuba conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e
piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilha dos Tropeiros:
A trilha dos Tropeiros é um caminho histórico, de grande valor cultural, utilizado no século
XIX para transporte de carga entre o litoral e o planalto e para o tráfico de escravos. Seu traçado
inicial foi bastante alterado pela Catástrofe de 1967, quando grande parte do percurso original
(aproximadamente 80%) foi soterrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
No trajeto, os visitantes encontram cachoeiras, árvores centenárias como Jequitibás de até
300 anos, pegadas e tocas de mamíferos, além de algumas espécies de aves, anfíbios e répteis,
muros de pedras da época das tropas que por ali trafegavam e fornos de carvão (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 8.000 metros
Tempo estimado: 5h30min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha do Jequitibá
Historicamente, o uso inicial da trilha está relacionado ao trabalho de controle de endemias
realizado pela SUCEN. A trilha, em formato de ferradura, tem seu início e fim junto à área de lazer
da sede do núcleo, que se localiza logo atrás do centro de visitantes. Uma trilha em meio a Mata
Atlântica, praticamente plana com pequenos aclives e declives, margeando, em determinados
momentos, o Rio Santo Antônio (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O nome da trilha deve-se à existência de um grande Jequitibá em seu percurso. Porém, em
1991, durante um temporal, o Jequitibá tombou e assim permanece até hoje ao lado da trilha. A
trilha também possui como atrativo uma piscina natural de águas calmas e cristalinas ideal para o
banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.200 metros
Tempo estimado: 00h50min
Nível de dificuldade: muito fácil
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Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha do Poção
O uso inicial da trilha está relacionado ao trabalho de controle de endemias realizado pela
SUCEN. Atualmente consiste em uma caminhada em meio à Mata Atlântica, com moderados aclives
e declives. Em alguns trechos existe a necessidade de transposição de rios e caminhadas sobre
lajes de pedra. A trilha possui dois atrativos, a Cachoeira Pedra Redonda e Cachoeira da Esmeralda,
sendo essa última de grande beleza cênica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Cutias, esquilos, tamanduás, tucanos, tiês-sangue e surucuás estão entre as espécies de
animais possíveis de serem avistados. Sobre a flora, destacam-se árvores como jequitibás,
figueiras-brancas e canelas. A trilha termina na cachoeira Pedra Redonda, onde os visitantes podem
tomar banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 7.056 metros
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Noturna
Na trilha a audição fica mais aguçada e os sons da floresta se tornam mais claros: o sopro
do vento nas árvores, o barulho dos rios e dos animais. Entre as espécies que mais chamam a
atenção e podem ser avistadas algumas espécies noturnas como as corujas. Trata-se da mesma
Trilha do Jequitibá, porém realizada no período noturno.
Percurso: 1.200 metros
Tempo estimado: 01h00min
Nível de dificuldade: muito fácil
Outras trilhas e pontos de interesse
Trilha Pirassununga
A partir do km 14 da Estrada do rio Pardo, dá acesso a mirantes, cachoeiras e um viaduto
abandonado na década de 70 utilizado atualmente para a prática de rapel (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
s/d(a)).
89
Percurso: 3.300 m
Nível de dificuldade: baixa
Fonte: (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a))
Estrada do Rio Pardo
Estrada que liga Caraguatatuba a Salesópolis, por acesso de terra, sendo 40 km no Parque,
com proposta de requalificação como Estrada Parque, margeada por mata nativa. Contêm trilhas,
mirantes, piscinas naturais, cachoeiras e locais para esportes radicais. Restrita a mountain bike e
veículos tracionados (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)).
Percurso: 70.000 m
Tempo estimado: 03h00min
Nível de dificuldade: xxxxx
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)
Estrada do Tucano
Estrada de terra, com acesso pela Rodovia dos Tamoios (km 62). Trecho antropizado entre
belos cenários da represa, vegetação nativa e cachoeiras. Outrora circundava o lago da CESP
(Centrais Elétricas de São Paulo) passando pela Fazenda Pavoeiro.
Percurso: 5.000 m
Nível de dificuldade: baixa
Estrada do Pavoeiro
Estrada de terra, ao alto da serra, em Paraibuna, que possui belas paisagens cênicas até
alcançar a Fazenda Pavoeiro e as margens da represa (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)). Travessia
realizada com veículo.
Percurso: 20.000 m
Nível de dificuldade: baixa
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)
90
Represa de Paraibuna
Limitante com o Parque, ideal para a prática de esportes náuticos tais como canoagem,
iatismo, mergulho, pesca esportiva, natação, entre outros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)).
Mococa
Partindo de Natividade da Serra, é parte do antigo caminho de tropeiros para o litoral, por
meio de um caminho sinuoso e compactado pela floresta de encosta, onde o visitante chega a um
mirante para observação de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e o arquipélago de Ilhabela.
Percurso: 9.000 m
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: alta
7.2.9. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área 35.947 mil hectares
Bioma Mata Atlântica
Município da sede Caraguatatuba
Municípios Abrangidos Caraguatatuba, Natividade da Serra e Paraibuna
Endereço da sede Rua do Horto Florestal, nº1200 – Rio do Ouro/ Caraguatatuba –SP CEP 11675-736
Escritório urbano
Bases e outras funções Base Graví de Proteção e Uso Público (Natividade da Serra)
Telefones (12) 3882-3166 / (12) 3882-5999
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC pesm.caragua@fflorestal.sp.gov.br
Nome do Gestor Miguel Nema Neto
Esportes Radicais Não
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Capacidade de
hospedagem 12 pessoas (somente pesquisadores)
Valor da hospedagem
na UC R$17,00
Centro de visitantes Sim
Capacidade do
auditório 60 pessoas
Capacidade do
refeitório
Lanchonete
Quiosques pic nic 09 quiosques
Camping na UC
Facilidades no entorno
imediato
Tipo de Acesso Asfalto
Distância de SP 200 km
Distância cidade mais
próxima(s)
Ubatuba: 55,4 km
São Sebastião: 25,2 km
Paraibuna: 50,2 km
São José dos Campos: 87,4 km
Cobrança de Ingresso e
valor
Inteira R$9,00 Meia R$4,50 Acima de 60 e menores de 12 anos - Isentos
Amplitude Altitudinal 1.297 Pedra da Onça
Amplitude de
Temperaturas
Bases e outras funções
Base Graví- Proteção e Uso Público (Natividade da Serra)
Endereço Estrada do Pouso Alto, s/n - Bairro Rio Negro - Natividade da Serra/SP
Telefone
Capacidade de
Hospedagem
Base de Uso Público
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Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para
informação (12) 3882-3166 / (12) 3882-5999
E-mail pesm.caragua@fflorestal.sp.gov.br e nucleocaragua@hotmail.com.br
Gestor (a) Miguel Nema Neto
Endereço Rua do Horto Florestal, nº1200 – Rio do Ouro/ Caraguatatuba –SP CEP 11675-730
Visitação
Dias e horário de
funcionamento
Dias e horário de funcionamento das trilhas (Jequitibá, Poção e Tropeiros) de
terça-feira a domingo e feriados, das 8h às 17h.
Trilha Noturna: das 19h às 21:30h. Segunda-feira fechado para manutenção das
trilhas. Mediante agendamento prévio de 1 dia.
Trilha dos Tropeiros: Finais de semana e feriados mediante agendamento prévio
de 03 dias.
O acesso às trilhas do período diurno é permitido somente até às 16h.
Endereço Rua do Horto Florestal, nº1200 – Rio do Ouro/ Caraguatatuba –SP CEP 11675-730
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento
da trilha;
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Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que
se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta;
É proibido fumar nas trilhas;
É proibido comer ou beber nas trilhas.
Símbolo
A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino do continente americano. Possui o corpo robusto,
compacto e musculoso. Sua pelagem varia do amarelo-claro ao castanho-ocreáceo e é
caracterizada por manchas pretas em forma de rosetas de diferentes tamanhos. Estas rosetas são
como sua “impressão digital”, pois cada indivíduo possui um padrão único de pelagem.
A onça-pintada exerce importante função ecológica, principalmente por regular o tamanho das
populações de suas espécies presas como, capivaras e jacarés. Dessa forma, a onça-pintada é
considerada uma espécie guarda chuva, pois suas exigências ecológicas englobam todas as
exigências das demais espécies que ocorrem no seu ambiente.
É um animal que exige extensas áreas preservadas para sobreviver e se reproduzir. A extensa
conversão de seu habitat natural para atividades agropecuárias forçou a sua inclusão na lista de
espécies ameaçadas de extinção pelo IBAMA e “quase ameaçada” pela IUCN (INSTITUTO ONÇA
PINTADA, 2009).
7.3. Núcleo Cunha
7.3.1. História
Em 1974 foi criada a Reserva Florestal de Cunha. Em 1977, com a criação do Parque
Estadual Serra do Mar pelo Decreto 10.251, a reserva foi incorporada, formando então o Núcleo
Cunha (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 13,3 mil estão localizados
no Núcleo Cunha (Fundação Florestal, 2013). Localizado no extremo norte do Parque Estadual, seu
território abriga uma das áreas com maior biodiversidade do Parque, onde podem ser encontrados
remanescentes de matas nebulares, características de áreas com grande altitude (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, s/d(b)).
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O Núcleo Cunha, como o próprio nome diz, abrange o município paulista de Cunha, além do
de Ubatuba. Sua sede é em Cunha, localizada a 250 km da capital paulista e conhecida atualmente
pelas tradições da cultura caipira e importante centro produtor de cerâmica artesanal.
Origem e evolução de Cunha
A Estância Climática de Cunha tem suas origens por volta de 1695. Nessa época, muitos
aventureiros subiam a serra pela trilha dos Guaianás com destino ao Sertão de Minas Gerais, em
busca de ouro e pedras preciosas. Com isso, Cunha era parada obrigatória para descanso e
reabastecimento das tropas. Já em 1730, os viajantes que se fixaram na região construíram um
povoado onde a família portuguesa Falcão ergueu uma capela chamada Sagrada Família, dando
nome ao povoado de Freguesia do Falcão (Estância Climática de Cunha).
No início do século XVIII, muito ouro que vinha de Minais Gerais para embarcar em Paraty,
rumo a Portugal, era desviado. Devido à necessidade de se criar um posto para vigiar o local, surgiu
a Barreira do Taboão, localizada entre a Freguesia do Falcão e Paraty. Com o declínio do ciclo do
ouro, muitos desbravadores acabaram ficando na região. Em 15 de setembro de 1785 o povoado é
elevado à vila, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Conceição de Cunha, em homenagem ao
capitão general Francisco da Cunha Menezes, governador da Província de São Paulo. A autonomia
política veio em 1858, ano em que foi elevada à categoria de cidade, e em 1883 tornou-se comarca
(ESTÂNCIA CLIMÁTICA DE CUNHA, s/d).
Em 1932, Cunha foi palco de batalha na Revolução Constitucionalista, movimento contrário
ao Governo Vargas. Um batalhão da marinha composto de 400 praças subiu a Serra do Mar com a
intenção de chegar a São Paulo pelo Vale do Paraíba. Os combates no município duraram três
meses e nesse período a cidade conheceu seu herói e mártir, o lavrador Paulo Virgínio, que foi
morto por não revelar a posição das tropas paulistas. Em homenagem a esse ilustre cidadão, foi
construído um monumento às margens da estrada Cunha-Paraty (ESTÂNCIA CLIMÁTICA DE
CUNHA, s/d).
Tempos depois, com a paz já pairando sobre a região, o potencial turístico do município
começou a ganhar corpo apoiado principalmente em seus atrativos naturais. No dia 28 de outubro
de 1948 foi promulgada pelo governador de São Paulo a lei nº. 182 que converteu a cidade de
Cunha em Estância Climática, título dado a cidades que apresentam atrativos como o clima ameno
entre montanhas, cachoeiras e muito verde, onde visitantes podem usufruir da prática de esportes
de aventura. Atualmente, apenas 12 municípios paulistas possuem esse título (CIDADES
PAULISTAS, s/d).
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7.3.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Cunha, muitas das trilhas existentes funcionavam como antigos caminhos para a
extração e transporte de madeira e de carvão, nos tempos em que a área ainda pertencia aos
fazendeiros da região. Assim, em alguns locais é possível visualizar antigos fornos de carvão de
vegetal.
O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido
através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para
aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na
história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo,
utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a
retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar sua
estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por parte
dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com finalidade de
combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV, s/d).
7.3.3. Comunidades tradicionais
Não há comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e caiçaras) no Núcleo Cunha e no
seu entorno. Há apenas moradores locais com predomínio da cultura caipira.
CULTURA CAIPIRA
Segundo Camara Cascudo – caipira seria uma corruptela de “caapora”, palavra de origem tupi que
significa “morador do mato”. Outras definições, mais recentes, consideram caipira, matuto ou
capiau, o homem ligado ao campo que possui uma identidade e cultura própria – o que de fato
era verdade, até meados do século 20, quando os meios de transporte e comunicação de massa
interferiram nos costumes locais e regionais, padronizando-os a partir de modelos urbanos
(BrasilCultura, 2010).
A cultura caipira representa a adaptação do colonizador europeu ao Brasil e seu modo de ser,
pensar e agir no território brasileiro. O modo de vida caipira inclui o fogão a lenha, o café feito no
coador de pano, o leite quente ordenhado da vaca, biscoito de polvilho, pães de queijo, broas,
bolos de fubá, geleias e licores de frutas típicas (pequi e jenipapo) e, é claro, na famosa cachaça –
que se transformou numa espécie de bebida típica do Brasil (BrasilCultura, 2010).
Nas casas simples, todos têm direito a um “dedo de prosa” para ouvir um “causo”, passar as horas
na janela, sentar na soleira da porta, pitar um cigarro de palha. Até meados do século 20, essas
casas eram feitas de pau-a-pique – madeira trançada e barro batido – e cobertas de palha ou
sapé (BrasilCultura, 2010).
O caipira formou sua cultura através de uma mistura: herdou a religiosidade dos portugueses, a
familiaridade com o mato, a arte das ervas e o ritmo do bate-pé com os índios. A autêntica música
caipira, a “moda de viola”, retratava a vida do homem no campo, a lida na roça, o contato com a
natureza, a melancolia e a solidão do caboclo. Na literatura, o caipira é retratado por Monteiro
Lobato em seu personagem Jeca Tatu, do livro “Urupês” (BrasilCultura, 2010).
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7.3.4. Clima, Ecossistema e Geomorfologia
Apesar de abrigar um território que abrange os municípios de Ubatuba e Cunha, um dos
principais diferenciais do Núcleo Cunha é o seu clima de montanha. Em Cunha, sede do Núcleo, a
altitude chega a 1500 m, o que influencia o clima e o ecossistema da região.
O clima é o temperado seco, com variações de temperatura de –3 a 15 º C no inverno e de
15 a 25 º C no verão (ESTÂNCIA CLIMÁTICA DE CUNHA, s/d). Já o ecossistema é formado
predominantemente de Floresta Ombrófila Densa Montana (ou Floresta Sempre-verde do Planalto),
com alguns estratos de Floresta de Neblina (Floresta da Crista da Serra do Mar), esta última pouco
conhecida e típica de altitudes mais elevadas.
7.3.5. Fauna e Flora
O núcleo Cunha abriga diversas espécies de animais, muitas delas em risco de extinção.
Algumas espécies características são jacuguaçu, pica-pau-rei, jaguatirica, onça parda, lontra, sagui,
paca, cateto, queixada, anta, lontra, dentre outros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). No núcleo há
também espécies endêmicas, ou seja, espécies que habitam uma área geográfica única e bem
definida. Um exemplo é o, Brachycephalus, pequeno sapo de cor amarelo brilhante ou alaranjado.
Em relação à flora, o núcleo Cunha protege importantes remanescentes de matas
nebulares, a mais de mil metros de altitudes, com árvores de grande porte, como araucária, cedro,
peroba, ipê e canela que abrigam uma enorme quantidade de bromélias, orquídeas e samambaias
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
ARAUCÁRIA (Araucaria angustifólia)
A araucária é característica do bioma Mata Atlântica em regiões de altitudes mais elevadas e clima
mais ameno. Elas podem atingir até 50 metros de altura e possuem uma madeira leve, macia,
pouco durável quando exposta ao tempo. Todavia, sua madeira foi largamente explorada durante
o período das guerras e para a produção de forros, molduras, ripas, brinquedos, estrutura de
móveis, palitos de fósforos, lápis, carretéis, utensílios domésticos, etc. Produz sementes
comestíveis conhecidas como “pinhão”, muito utilizadas na alimentação. Cunha é o município de
São Paulo com a maior produção de pinhão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
A araucária também interage intensamente com a fauna, que constitui um elemento muito
importante para a dispersão das sementes. Entre estes animais destacam-se os roedores e as
aves. Alberts (1992 apud IPEF, s/d) cita, entre os roedores, as cotias, as pacas, os ouriços, os
camundongos e os esquilos. Entre as aves são citados o papagaio-de-peito-roxo (Solórzano,1999
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apud IPEF, s/d), a gralha azul e os tucanos (Bustamante, 1948 apud IPEF, s/d).
Atualmente a redução das matas de pinhais, ou floresta de araucárias, e a exploração predatória
forçaram a inclusão da Araucaria angustifolia nas listas das espécies de plantas ameaçadas de
extinção do IBAMA e da IUCN (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
MURIQUI (Brachyteles arachnoides)
Já o macaco muriqui, também conhecido como mono-carvoeiro é uma espécie endêmica da Mata
Atlântica. Considerado o maior primata das Américas, tem um peso corporal médio de 15 kg
(macho adulto) e 12 kg (fêmea adulta), pelagem espessa de coloração amarelada, cauda longa
prênsil, com terço final desnudo, servindo de superfície táctil e prensora. São animais herbívoros,
ou seja, se alimentam de uma grande diversidade de itens vegetais: frutos, folhas (maduras e
novas), flores de árvores, lianas e epífitas, de acordo com sua disponibilidade sazonal e vivem em
grupos grandes de vários machos e fêmeas, podendo formar grupos com mais de 50 indivíduos.
Infelizmente, embora reconhecido pela UNESCO como identificador de qualidade ambiental, o
Muriqui está entre as 35 espécies mais criticamente ameaçadas da Terra (PROGRAMA MURIQUI,
s/d).
PICA-PAU-REI (Campephilus robustus)
Considerado o maior pica-pau do Brasil, medindo cerca de 36 centímetros de comprimento, com
peso médio de 200 gramas. De rara beleza, possui a cabeça e o pescoço vermelhos, dorso creme,
asas e cauda negras. O peito e o ventre são brancos, inteiramente barrados de finas faixas
horizontais negras. O macho tem uma pequena mancha auricular preta e branca, enquanto a
fêmea possui uma grande estria malar branca, vilada de negro. Assim como as demais espécies de
pica-pau, possui um canto territorial, diversos tipos de chamados e uma música instrumental, o
“tamborilar”. Ela é executada através de repetidos golpes do bico sobre a superfície de troncos
secos ou ocos, substrato escolhido de maneira a proporcionar boa ampliação da sonoridade e
alcance do ruído. Possui dieta insetívora, forrageando em árvores infestadas pelos mais variados
tipos de insetos e larvas. Martelam o tronco com força, perfurando a casca, e capturam as presas
com a língua pegajosa de ponta afiada. A língua móvel é também adequada para lamber o sumo
de frutas moles (WikiAves, s/d (a)).
QUEIXADA (Tayassu pecari)
Estes porcos-do-mato são conhecidos popularmente como queixadas, devido à mandíbula branca.
O nome do gênero, Tayassu, tem origem no idioma tupi e significa “dentes grandes”. Os
queixadas estão ameaçados de extinção da lista da IUCN (IUCN, 2011) e na lista regional do
Estado de São Paulo (MMA, 2008). Além disso, é uma espécie guarda-chuva e cinegética
(TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011).
Por serem animais de porte relativamente grande, e viverem em bandos que podem passar de
100 indivíduos, a manutenção de populações de queixadas em vida livre exige grandes áreas
naturais conservadas. Vive em regiões de florestas densas. São animais onívoros, ou seja, se
alimentam de uma grande variedade de itens, como sementes, insetos, fungos e principalmente
frutos. Tem uma enorme importância na natureza, pois pelas fezes espalha sementes de várias
plantas e participa da cadeia alimentar, servindo de alimento para espécies carnívoras (ICMBio,
s/d).
CUTIA (Dasyprocta azarae)
A cutia mede de 50 a 60cm e pesa de 1 a 3 kg. A cauda é rudimentar como na capivara. A
coloração geral é marrom-avermelhada, sendo o lado ventral mais claro. A região próxima à cauda
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é mais avermelhada. Os membros dianteiros são curtos e têm cinco dedos providos de fortes
unhas. Os posteriores são longos e tem três dedos também com fortes unhas. O membro
posterior alongado auxilia a cutia a pular. É um animal herbívoro, alimentando-se de frutos, tais
como bacupari (Rheedia gardneriana), cambucá, palmito, ingá entre outros, e talos de palmito
jovem. Este animal pode estocar um grande número de frutos, enterrando-os para alimentação
posterior, assim acaba por esquecer parte deles, que, desta forma, acabam germinando, o que faz
desse animal um ótimo dispersor da floresta.
A cutia vive em regiões com floresta densa, ou em matas ralas. Ocorre também no cerrado. É
mais ativa durante as horas crepusculares, apesar de poder ser vista durante o dia em regiões
onde não sofre perseguições. Procura como abrigo tocas que constrói em barrancos, ocos de
árvores caídas e sob raízes. Vive praticamente solitária e quando pressente algum perigo costuma
ficar parada, tentando passar despercebida. Ao comer, a cutia costuma segurar o alimento com as
patas dianteiras, ficando sentada sobre as patas traseiras. Este hábito de usar os membros na
alimentação é bastante comum entre os roedores (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA A CONSERVAÇÃO
DA BIODIVERSIDADE, s/d (b).
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.
Jacutinga (Aburria jacutinga)
Urubu-De-Cabeça-Amarela (Cathartes burrovianus)
Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)
Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
Beija-Flor-De-Topete (Stephanoxis lalandi)
Seriema (Cariama cristata)
Choquinha-Da-Serra (Drymophila genei)
Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri)
Tovaca-De-Rabo-Vermelho (Chamaeza ruficauda)
Arapaçu-De-Cerrado (Lepidocolaptes angustirostris)
Pi-Puí (Synallaxis cinerascens)
Fruxu (Neopelma chrysolophum)
Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)
Saudade (Tijuca atra)
Caneleirinho-De-Chapéu-Preto (Piprites pileata)
Estalinho (Phylloscartes difficilis)
Catraca (Hemitriccus obsoletus)
Tucão (Elaenia obscura)
Papa-Moscas-De-Costas-Cinzentas (Polystictus superciliaris)
Tesoura-Cinzenta (Muscipipra vetula)
Gralha-Do-Campo (Cyanocorax cristatellus)
Caminheiro-De-Barriga-Acanelada (Anthus hellmayri)
Bico-Grosso (Saltator maxillosus)
Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus)
Peito-Pinhão (Poospiza thoracica)
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Quete (Poospiza lateralis)
Pixoxó (Sporophila frontalis)
Negrinho-Do-Mato (Amaurospiza moesta)
Fonte: SCHUNCK, 2015
- MAMÍFEROS
Jaguatirica (Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758))
Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771))
Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818))
Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (É. Geoffroy, 1806))
Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))
Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita (É. Geoffroy, 1812))
Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758))
Queixada (Tayassu pecari (Linnaeus, 1795))
Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758))
Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))
Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))
Dados secundários
Cuíca-de-quatro-olhos (Philander frenatus (Olfers, 1818))
Sauá ou Guigó (Callicebus nigrifrons (Spix, 1823))
Morcego (Tadarida brasiliensis (I. Geoffroy, 1824))
Morcego-borboleta (Myotis levis (I. Geoffroy, 1824))
Morcego-vermelho (Myotis ruber (É. Geoffroy, 1806))
Rato-do-mato, rato-do-chão (Akodon serrensis (Thomas, 1902))
Rato-do-mato (Delomys dorsalis (Hensel, 1873))
Rato-do-mato (Oligoryzomys nigripes (Olfers, 1818))
Rato-da-árvore (Rhipidomys mastacalis (Lund, 1840))
Rato-do-mato (Trinomys iheringi (Thomas, 1911))
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS
Adenomera cf. marmorata
Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca)
Sapinho-pingo-douro (Brachycephalus sp).
Bufo ictericus
Sapinho-da-bromélia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)
Eleutherodactylus binotatus
Eleutherodactylus cf.parvus
Eleutherodactylus guentheri
Eleutherodactylus parvus
Eleutherodactylus sp.
Enyalius cf. iheringi
Flectonotus fissilis
Hyla albosignata
Hyla faber
Hyla hylax
100
Hylodes phyllodes
Paratelmatobius poecylogaster
Physalaemus sp. (gr. olfersii)
Proceratophrys appendiculata
Scinax sp. (gr. perpusillus)
Fonte: INSTITUO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
Araucária (Araucaria angustifólia)
Cedro (Cedrela fissilis Vell.)
Palmito (Euterpe edulis Mart.)
Bambu (Chusquea sp.)
Samambaia-de-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) Underw.)
Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul)
Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.f. Macbr.)
Taquara (Chusquea sp.)
Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis (Vell.) Cogn.)
Canela (Ocotea sp.)
Canela-sassafrás (Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer)
Quaresmeiras (Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.)
Guapuruvú (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake)
Jatobá (Hymenaea courbaril L.)
Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
Guaricangas (Geonoma elegans Mart.)
Bromélias;
Orquídeas;
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.3.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Cunha presta diversos serviços, principalmente para a sua comunidade do
entorno. Os principais são:
● Regulação da qualidade do ar;
● Polinização;
● Proteção dos morros e encostas;
● Proteção dos solos;
● Bem-estar, lazer e turismo;
● Recursos hídricos.
As florestas preservadas do Núcleo Cunha abrigam importantes mananciais para o
abastecimento de água das cidades do Vale do Paraíba e até mesmo do Rio de Janeiro. O núcleo é
cortado por diversos rios, como Rio Paraibuna, Rio Bonito e Rio Ipiranga.
101
O Rio Paraibuna é considerado “Berço do Rio Paraíba do Sul”, pois juntamente com o Rio
Piraitinga, dão origem ao Rio Paraíba do Sul. Além do fornecimento de água, desempenha outro
importante papel: ao chegar na cidade de Paraibuna, suas águas são aproveitadas para gerar
energia elétrica (PREFEITURA DE PARAIBÚNA, s/d).
7.3.7. Pesquisas
Simulador de chuvas
No Núcleo Cunha há um experimento chamado Simulador de Chuva. O simulador é um
equipamento preparado para produzir chuva e simular uma situação em que é possível comparar o
que ocorre quando há precipitação, simultaneamente, sobre superfície de solo com algum tipo de
cobertura vegetal e quando essa cobertura vegetal não existe.
Quando a vegetação é suprimida, o solo fica desprotegido e mais impermeável. Assim, a
água da chuva não consegue penetrar e acaba escorrendo e levando consigo sedimentos do solo.
Esse processo causa dois fenômenos: erosão e assoreamento.
A erosão é o processo de desagregação de partículas do solo normalmente causado por
chuva e ventos. O homem vem acelerando esse processo através da supressão da vegetação e do
uso incorreto do solo. Muitos desses sedimentos acabam indo parar dentro de corpos d´água,
causando o assoreamento dos rios. Como consequência do assoreamento, há uma redução no
volume de água do rio, que também se tornam turvas e impedem a entrada de luz, impossibilitando
a renovação do oxigênio que os peixes e outros organismos precisam para sobreviver. Além disso,
os rios tornam-se mais rasos, podendo provocar alagamentos em épocas de chuva.
Laboratório de Hidrologia Walter Emerich
Local onde são realizadas pesquisas hidrológicas sobre a Mata Atlântica.
Pesquisas acadêmicas
Algumas pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPES foram:
12/51509-8: Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da
Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e
Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)
102
07/04073-1: Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de
anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo
00/12405-5: Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta Atlântica do
núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP
97/11798-9: Estudo das anomalias apresentadas no balanço hídrico de duas
microbacias monitoradas no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Cunha - SP
O descritivo delas estão no anexo 5.
7.3.8. Atrativos
O Núcleo Cunha conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas
naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilha do Rio Paraibuna
A trilha acompanha a margem esquerda do Rio Paraibuna, por entre araucárias e palmeiras.
Autoguiada, seus principais atrativos são poços e cachoeiras para banho e contemplação, entre elas
a Cachoeira do Paredão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
A caminhada é tranquila e o visitante pode desfrutar o visual de corredeiras e de quedas
d’águas, como a do Paredão, que está localizada após uma descida de pedras que o deixará de
frente para ela. Na região há também um poço profundo bastante utilizado para banho (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.700 metros
Tempo estimado: 01h
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(b)
Trilha do Rio Bonito
Circuito circular, marcada pelo ambiente de floresta e pela presença do Rio Bonito, que dá
nome à trilha. Proporciona o contato com águas cristalinas, cachoeiras e poços para banho que
compensam o esforço físico feito pelos visitantes nos trechos iniciais do percurso. Destaca-se a
Cachoeira da Laje, ideal para banho, relaxamento e contemplação da natureza (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
103
A trilha cruza uma área de Mata Atlântica bem preservada com diversos tipos de palmeiras e
percorre um trecho que margeia o Rio Bonito com sua água pura e transparente, podendo
visualizar facilmente o fundo com areia e pedras. Como um espelho, o curso d’água reflete a
floresta, criando um belo visual (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 7.600 metros
Tempo estimado: 04h30min
Nível de dificuldade: dificuldade alta
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(b)
Trilha das Cachoeiras
A trilha margeia os rios Paraibuna e Ipiranga com vários pontos de contemplação da Mata
Atlântica de altitude, muito bem preservada e belas cachoeiras, como a do Ipiranguinha com quatro
quedas d’água e poços ótimos para banho. Apesar de sua extensão, 14,4 quilômetros (ida e volta),
existe a possibilidade de percorrer parte desse caminho de carro (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Durante o percurso de aproximadamente seis horas para quem o faz a pé, o visitante
poderá observar pegadas de diversos animais, como gatos-do-mato e até mesmo de onças-pardas
(suçuarana). Aves como nhambu, macuco, jacu, e alguns tipos de gaviões, além de macacos-prego
e bugios, estão entre as espécies mais facilmente avistadas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Na trilha é possível observar a preservação de importantes áreas remanescentes da Mata
Atlântica, cachoeiras e águas cristalinas dos rios Paraibuna e Ipiranga, como destaque para a
cachoeira do Ipiranguinha, com 4 quedas d’água e poços ótimos para banho (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 14.400 metros
Tempo estimado: de 4h a 6h
Nível de dificuldade: média
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(b)
Trilha Mirante:
A Trilha Mirante percorre as margens do Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e
piscinas naturais de águas cristalinas. Permite um convívio grande com a biodiversidade, sendo
possível observar araucárias, palmitos, canelas, mata ciliar e diversas espécies da fauna, como o
sapinho-pingo-douro, jararacas, saíras, macucos, tucano-de-bico-verde, etc. A trilha possui altíssimo
104
potencial para a prática de observação de aves por apresentar avifauna muito rica, com espécies
raras, endêmicas, visualmente vistosas e ameaçadas de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
No caminho há o Mirante, onde é possível observar o Oceano Atlântico com a Ilha das
Couves, além das Vilas do Puruba e do Cambucá, no munícipio de Ubatuba. É possível também
tomar banho na cachoeirinha do Mirante, piscina natural de fácil acesso, com águas calmas e
cristalinas, rodeadas de rochas e florestas. Seu poço raso apresenta dimensões aproximadas de
8,50 metros de comprimento por 5 metros de largura, apresentando condições ideais para um
refrescante banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Antigamente, uma parcela da extensão da trilha servia como caminho para a extração,
transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de antigas
fazendas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 8.022 metros
Tempo estimado: 4h30min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha do Espigão:
A trilha permite um convívio com a biodiversidade, tangenciando num trecho as margens do
Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais para por fim transpor um espigão
com paisagismo destacado (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Antigamente, uma parcela da extensão da trilha era um caminho que serviu para a
extração, transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de
antigas fazendas. Assim, é possível observar antigos fornos de carvão da época (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 11.398 metros
Tempo estimado: 4h30min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Tranquilo:
A trilha permite um convívio com a biodiversidade, tangenciando num trecho as margens do
Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
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Antigamente, uma parcela da extensão da trilha era um caminho que serviu para a
extração, transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de
antigas fazendas. Assim, é possível observar antigos fornos de carvão da época (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.522 metros
Tempo estimado: 1h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Adaptada do Tranquilo:
A trilha permite um convívio com a biodiversidade, tangenciando num trecho as margens do
Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Antigamente, uma parcela da extensão da trilha era um caminho que serviu para a
extração, transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de
antigas fazendas. Assim, é possível observar antigos fornos de carvão da época (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 739 metros
Tempo estimado: 1h00min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.3.9. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área 14.000 hectares
Bioma Mata Atlântica
Município da sede Estância Climática de Cunha
Municípios Abrangidos Cunha – Ubatuba
Endereço da sede Estrada do Paraibuna km 20, Bairro Paraibuna, Cunha – SP
Escritório urbano Praça Midair José Teodoro, nº 101. Bairro do Falcão, Cunha SP. CEP
12.530-000
106
Bases e outras funções
Telefones (12) 3111-2353 / (12) 3111-1818
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC pesm.cunha@fflorestal.sp.gov.br
Nome do Gestor Luane Reni Mattos Fenille
Esportes Radicais Não
Capacidade de hospedagem 20 vagas
Valor da hospedagem na UC R$ 17,00
Centro de visitantes Sim
Capacidade do auditório 50 pessoas
Capacidade do refeitório 30
Lanchonete Não
Quiosques pic nic Não
Camping na UC Não
Facilidades no entorno
imediato
Pousadas, restaurantes, pesqueiros, barracas de artesanato e comidas
típicas da região.
Tipo de Acesso Terra
Distância de SP 250 km
Distância cidade mais
próxima(s) 30 km
Cobrança de Ingresso e valor Não
Amplitude Altitudinal 1000 a 1500
Amplitude de Temperaturas 10ºC a 22ºC
Bases e outras funções
Base da Barra
Endereço Estrada do Caçador Novo, s/n - Bairro da Barra - Cunha/SP
107
Telefone
Capacidade de hospedagem
Base de Uso Público
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 7h30min às 17h.
Telefones para informação (12) 3111-2353 / (12) 3111-1818
E-mail pesm.cunha@fflorestal.sp.gov.br
Gestor (a) Luane Reni Mattos Fenille
Endereço Praça Midair José Teodoro, nº101 - Bairro do Areião/ Cunha –SP CEP
12530-000
Visitação
Dias e horário de
funcionamento De segunda-feira a domingo das 8h às 17h.
Endereço Estrada do Paraibuna km 20, Bairro Sertão do Paraibuna / Cunha – SP
Normas de Visitação e Segurança do PESM – Núcleo Cunha
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
108
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento
da trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que
se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta;
Símbolo
A araucária (Araucaria angustifolia) é característica do bioma Mata Atlântica em regiões
de altitudes mais elevadas e clima mais ameno. Elas podem atingir até 50 metros de altura e
possuem uma madeira leve, macia, pouco durável quando exposta ao tempo. Todavia, sua
madeira foi largamente explorada durante o período das guerras e para a produção de forros,
molduras, ripas, brinquedos, estrutura de móveis, palitos de fósforos, lápis, carretéis, utensílios
domésticos, etc. Produz sementes comestíveis conhecidas como “pinhão”, muito utilizadas na
alimentação. Cunha é o município com a maior produção de pinhão no Estado de São Paulo.
Atualmente a redução das matas de pinhais, ou floresta de araucárias, e a exploração
predatória forçaram a inclusão da Araucaria angustifolia nas listas das espécies de plantas
ameaçadas de extinção do IBAMA e da IUCN (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.4. Núcleo Curucutu
7.4.1. História
O Núcleo Curucutu tem seu histórico alicerçado na preservação do manancial que atende a
metrópole paulista. O núcleo foi criado em 1958 quando a antiga Fazenda Curucutu, produtora de
carvão vegetal, foi desapropriada pelo Estado pelo decreto Nº 36.544/60 e transformada em
Reserva Florestal com uma área de 12.029 ha sob os cuidados do então Serviço Florestal do
Estado, através da Seção de Reservas da Capital, a qual além de garantir a integridade física da
área, desenvolvia pesquisas objetivando a recuperação da área desflorestada com espécie de
rápido crescimento “experimentalmente”, onde a partir de 1963 foram produzidas e cultivadas
aproximadamente 63.000 árvores de Pinus elliottii (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Em 1977, como a criação do Parque Estadual Serra do Mar pelo Decreto 10.251, a reserva
florestal foi incorporada, dando origem então ao Núcleo Curucutu (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
109
Apesar da exploração de madeira para a carvoaria nas décadas de 1940 e 1950, o Núcleo
não tem ocupação humana intensa e se localiza em um dos trechos menos conhecidos e estudados
da Mata Atlântica de São Paulo (INSTITUO KAIRÓS, 2012, p. 28).
Atualmente, dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 37.518 mil
estão localizados no Núcleo Curucutu, que abrange parte dos municípios de Juquitiba, Itanhaém,
Monguagá e São Paulo. Tem como característica o clima de serra, mar de morros e paisagem
característica dos campos nebulares, assim chamados por terem a influência direta e frequente da
neblina formada pela ascensão do ar pela Serra do Mar (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)).
Segundo as lendas locais, o nome Curucutu pode ter origem indígena. Acredita-se que,
durante a migração dos índios guaranis em busca de lugares altos, ao alcançarem estes campos, no
alto da Serra, depararam com enorme quantidade de corujas e batizaram a região com algo
relacionado ao local, ou seja, Curucutu - espécie de coruja (MUNICÍPIO DE ITANHAEM, 2014). Há
ainda quem fale na lenda indígena do “protetor das matas”. Além disso, na região também a uma
Aldeia Indígena chamada Krukutu. No entanto, não é possível afirmar isso atualmente e o nome do
Núcleo é atribuído ao nome da antiga Fazenda do local.
7.4.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Curucutu há importantes patrimônios culturais, como:
Fornos de carvão utilizados no processo exploratório da década de 40 (INSTITUTO
FLORESTAL, 2008);
O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido
através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para
aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na
história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo,
utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a
retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar
sua estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por
parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com
finalidade de combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV, s/d).
Trilha do Mirante: capela datada de 04/08/1963, onde até hoje são realizadas missas.
Trilha de Santo Amaro – Itanhaém: caminho utilizado para a instalação da linha de
telégrafo entre São Paulo e Itanhaém e que provavelmente trata-se de uma antiga trilha
indígena (ITANHAÉM, 2013);
110
Estrada do Telégrafo: a construção da linha do telégrafo foi viabilizada através do
traçado da antiga trilha do Mambu, também denominada Estrada da Conceição, pois se
acredita que era um antigo caminho de ligação de São Paulo a Itanhaém (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Aldeias indígenas: no Núcleo Curucutu há duas terras indígenas: Tenondé Porã
(COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) e Rio Branco (ITANHAÉM, 2013).
7.4.3. Comunidades tradicionais
No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da etnia Guarani reconhecidas
pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-Mirim, Guarani do Aguapeú,
Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e Tenondé Porã.
No Núcleo Curucutu há duas terras indígenas: Tenondé Porã e Rio Branco. Além disso, há a
Aldeia Krukutu, não situada na área do PESM, mas não muito distante e a Aldeia Indígena Aguapeú,
situada no munícipio de Monguaguá, onde o PESM também abrange uma área. Muitas das trilhas
do Núcleo eram utilizadas como passagem, entre as aldeias do planalto (Tenondé Porã e Krukutu) e
do litoral (Rio Branco – Itanhaém) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Aldeia Tenondé Porã
A aldeia Tenondé Porã está localizada em Parelheiros, zona sul do município de São Paulo,
em uma das rotas históricas da Migração Guarani. Esta aldeia também é chamada de Morro da
saudade ou Aldeia barragem. Ocupa um território de 26 hectares, demarcado como Reserva
Indígena na década de 80 e homologado pelo Decreto Federal n° 94.223, de 15 de abril de 1987
(SMA/ CEA, 2010).
Sua criação aconteceu em 1965 por famílias vindas de outras aldeias – Aldeia Palmeirinha
do Paraná, do Vale do Ribeira e do Litoral Paulista. Com mais de 100 famílias e aproximadamente
900 pessoas, entre as quais a maioria são crianças, é a mais populosa aldeia paulista (SMA/ CEA,
2010).
A Aldeia mantém suas tradições, como a dança, o canto e a reza. Preocupados com o
processo de manutenção e resgate cultural, a aldeia possui duas escolas, uma Municipal de
Educação Infantil, Centro de Educação da Criança Indígena – CECI – e outra estadual. Nas duas
escolas lecionam professores indígenas (SMA/ CEA, 2010).
111
Aldeia Rio Branco
Já a aldeia Rio Branco, passa pelos municípios de Itanhaém, São Vicente, São Paulo, com
uma superfície de 2.856,10 hectares (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) e com cerca de
120 indígenas que vivem de extrativismo, o palmito Juçara, artesanato que vendem na cidade,
alguma agricultura de subsistência e caça (ITANHAÉM, 2013).
Aldeia Krukutu
A aldeia Krukutu fica apenas no município de São Paulo, com uma superfície de 25,88
hectares (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013). Ela foi homologada pelo Decreto Federal
n° 94222/87. De acordo com Ladeira (2008), a aldeia originou-se como um prolongamento da
aldeia Morro de Saudade, em decorrência de sua dependência econômica, ritual e vínculos
familiares. A formação dos assentamentos familiares ocorre em locais que tenham condições para a
manutenção do modo de ser indígena (SMA/ CEA, 2010).
Atualmente, na aldeia vivem cerca de 138 pessoas distribuídas em 29 famílias nucleares
(GRANADO, 2005). Existem duas escolas, uma CECI e outra estadual de ensino fundamental básico
(primeiro ciclo). Em ambas são trabalhadas questões da cultura e da língua indígena (SMA/ CEA,
2010).
Aldeia Indígena Aguapeú
A Terra Indígena do Aguapeú está localizada no município de Mongaguá. É formada por
índios Guarani Mbya e Tupi-Guarani (Ñandeva). Possui uma dimensão de 4.372,26 hectares e uma
população de 109 índios (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013).
Nessa aldeia, a miscigenação não é permitida e assim eles mantêm viva a cultura indígena
herdada de seus ancestrais e garantem sua linhagem. A aldeia Aguapeú é uma das poucas da
região onde não há mistura de raças. Reservados, os guaranis tem pouco contato com a população
da Cidade e sobrevivem da venda do artesanato produzido pelas índias. As peças — brincos,
colares, chocalhos, bibelôs — são feito com sementes e bambus colhidos na própria mata ou
comprados na Cidade (DIÁRIO DO LITORAL, 2007).
112
7.4.4. Ecossistema, Fauna e Flora
O núcleo Curucutu está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como ecossistemas
áreas que vão desde Floresta Ombrófila Densa Submontana localizadas nos municípios de São
Paulo, Itanhém e Mongaguá, até áreas com Campo Alto Montano e Floresta Ombrófila Densa Alto
Montano no município de São Paulo (MALAGOLI, 2013).
O núcleo é marcado pelos campos nebulares, ou seja, influência direta e frequente da
neblina formada pela ascensão do ar pela Serra do Mar. Sua paisagem típica é formada de
gramíneas e samambaias. O Núcleo Curucutu é o único núcleo do PESM com a presença desse
ecossistema. Além disso, no núcleo há uma diversidade de outras espécies, como bromélias,
orquídeas, palmito-juçara, guapuruvu, quaresmeira, araçá piranga, jequitibá, cambuci, canela,
cidreira silvestre, dentre outras (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)).
Já em relação às espécies da fauna, as principais são: coruja jurucutu, símbolo do núcleo,
anta, paca, cateto, cutia, lontra, onça parda, macaco-prego, muriqui, tucano do bico-verde, tucano-
do-bico-preto, chibante, pica-pau-rei, gralha-azul, dentre outros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
BROMÉLIAS
As bromélias têm grande importância na manutenção da biodiversidade da fauna na Mata
Atlântica, já que a disposição de suas folhas em roseta forma um reservatório onde se acumulam
água e matéria orgânica, criando microhabitats para muitos organismos (STEINER et al., 2006).
Vários animais como Bicho-preguiça (Bradypus variegatus), Bugio (Alouatta guariba), Quatis
(Nasua nasua), além de diversas espécies de aves, se utilizam dos vasos de bromélias como
bebedouro, como recurso alimentar, ou ainda, como fonte de alimento, por funcionarem como
habitat e área de reprodução de insetos e anuros, os quais são procurados aí por predadores
como as serpentes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Elas são plantas epífitas, ou seja, costumam
usar as árvores ou rochas como suporte para obter mais luz, umidade e nutrição e são
características do continente americano, principalmente nas regiões tropicais.
MACACO-PREGO (Cebus nigritus)
O macaco-prego é um primata de médio porte, chegando de 35 cm à 49 cm de comprimento. Sua
pelagem pode ser de marrom-amarelado até quase preta. Seus membros e a cabeça apresentam
pelos com uma coloração preta. Essa espécie é considerada uma das mais inteligentes espécies de
macacos. Possui mãos muito manipulativas e ágeis onde, utilizam ferramentas na natureza a fim
de facilitar a exploração dos recursos. O macaco-prego possui hábitos diurnos e arborícolas,
vivendo mais na parte central do dossel, sendo animais que costumam viver em bandos de 6 a 35
indivíduos. Alimentam-se de Frutos sementes, brotos e também pequenos invertebrados. No Brasil
são encontrados nos biomas: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (ViaRondon, 2011).
MURIQUI (Brachyteles arachnoides)
Já o macaco Muriqui é uma espécie endêmica da Mata Atlântica. Considerado o maior primata das
113
Américas, tem um peso corporal médio de 15 kg (macho adulto) e 12 kg (fêmea adulta), pelagem
espessa de coloração amarelada, cauda longa prênsil, com terço final desnudo, servindo de
superfície táctil e prensora. São animais herbívoros, ou seja, se alimentam de uma grande
diversidade de itens vegetais: frutos, folhas (maduras e novas), flores de árvores, lianas e epífitas,
de acordo com sua disponibilidade sazonal e vivem em grupos grandes de vários machos e
fêmeas, podendo formar grupos com mais de 50 indivíduos. Infelizmente, embora reconhecido
pela UNESCO como identificador de qualidade ambiental, o Muriqui está entre as 35 espécies mais
criticamente ameaçadas da Terra (PROGRAMA MURIQUI, s/d).
ANTA (Tapirus terretris)
A anta é um mamífero de grande porte, cujo corpo mede de 1,70 a 2,00 m e pode pesar até 300
kg. É o maior mamífero brasileiro. Sua coloração é marrom escura e o focinho tem uma pequena
tromba móvel. Nas patas anteriores possui quatro dedos e nas patas posteriores três dedos.
Frequenta diversos ambientes florestais, desde que se sinta segura nessas áreas. Tem hábitos
solitários e geralmente é vista durante a noite. São animais herbívoros, considerados importante
dispersora de sementes nas florestas, como as sementes de palmito juçara (ICMBio, s/d).
Além disso, o Núcleo Curucutu recebe todos os anos dezenas de espécies de aves
migratórias, mas uma merece atenção especial, é a guaracava-de-crista-branca (Elaenia chilensis)
(SCHUNK, 2014).
GUARACAVA-DE-CRISTA-BRANCA (Elaenia chilensis)
Espécie de ave migratória que se reproduz no Chile e migra por uma boa parte da
América do Sul depois de criar os filhotes. Durante a migração estas aves sobem pela faixa leste
do Brasil até o nordeste brasileiro, entram pela caatinga, passam pelo cerrado, pelo Sul da
Amazônia até chegar nos Andes, de onde retornam para o Sul até atingir as áreas de reprodução
no Chile, completando o ciclo anual. Desde 2009 estas aves são registradas e estudadas no Núcleo
Curucutu pelo pesquisador Fabio Schunck e sua equipe, que faz seu doutorado na USP com as
aves desta região. Já foram anilhadas 140 guaracavas, mas nenhuma destas aves ainda foi
recuperada no Núcleo ou em outra região, mas as chances vão aumentando a cada ano e a cada
ave anilhada. As guaracavas são muito pontuais, elas passam pelo Núcleo Curucutu sempre na
primeira semana de março, isso já se repete por seis anos consecutivos. Estas aves também usam
as ilhas litorâneas durante sua migração, sendo um dos itens da dieta da jararaca-ilhoa, espécie
de serpente arborícola e endêmica da ilha da Queimada Grande, litoral Sul de São Paulo. O
anilhamento de aves silvestres é uma ferramenta fundamental para se estudar rotas migratórias,
além de características biológicas das espécies, como seu tempo de vida. Este tipo de estudo,
assim como as matas nebulares da parte alta do Núcleo Curucutu são de extrema importância
para conservação desta espécie migratória que passa pelo PESM todos os anos (SCHUNK, s/d).
Em relação aos anfíbios, o Núcleo Curucutu é o núcleo do PESM que possui a maior riqueza
de espécies, atualmente com 66 espécies. Este amplo conhecimento foi obtido a partir de um
estudo sistemático e de longo prazo, realizado desde 2005 até os dias de hoje, totalizando mais de
114
nove anos de trabalhos de campo e laboratório. Sua fauna de anfíbios é muito peculiar com
espécies associadas aos campos de altitude, às matas nebulares, matas de encosta e também às
matas de baixada. Dentre as espécies que ocupam os campos naturais (Campos de Altitude) e sua
transição com as matas nebulares, destacam-se a perereca-das-folhagens (Phyllomedusa distincta),
a rãzinha-assobiadora (Leptodactylus furnarius), a rãzinha-piadeira (Adenomera aff. marmorata) e a
rãzinha-de-barriga-colorida (Paratelmatobius cardosoi), que costumam habitar alguns ambientes no
entorno da sede do núcleo. Já nas matas nebulares e de encosta, destacam-se o sapinho-pingo-de-
ouro (Brachycephalus ephippium), o sapinho-de-bromélia (Dendrophryniscus brevipollicatus), a rã-
de-vidro (Vitreorana uranoscopa), a perereca-flautinha (Aplastodiscus aff. albosignatus), a rã-de-
corredeira (Cycloramphus dubius) e a rãzinha-de-corredeira (Hylodes phyllodes). O Núcleo Curucutu
apresenta espécies raras e com distribuição restrita ao estado de São Paulo. Este fato ressalta o seu
papel fundamental na conservação dos anfíbios da Serra do Mar, graças à grande diversidade de
fisionomias vegetais e ambientes aquáticos presentes em seus limites (MALAGOLI, 2013).
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.
Jaó-Do-Sul (Crypturellus noctivagus)
Jacutinga (Aburria jacutinga)
Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)
Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)
Narcejão (Gallinago undulata)
Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)
Mocho-Diabo (Asio stygius)
Bacurau-Tesoura-Gigante (Hydropsalis forcipata)
Apuim-De-Costas-Pretas (Touit melanonotus)
Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)
Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
Choquinha-De-Asa-Ferrugem (Dysithamnus xanthopterus)
Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri)
Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)
Chibante (Laniisoma elegans)
Sabiá-Pimenta (Carpornis melanocephala)
Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus)
Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista)
Estalinho (Phylloscartes difficilis)
Guaracava-De-Crista-Branca (Elaenia chilensis)
Tucão (Elaenia obscura)
Tesoura-Cinzenta (Muscipipra vetula)
115
Caminheiro-De-Barriga-Acanelada (Anthus hellmayri)
Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus)
Pixoxó (Sporophila frontalis)
Negrinho-Do-Mato (Amaurospiza moesta)
Cais-Cais (Euphonia chalybea)
Fonte: SCHUNCK, 2015
- MAMÍFEROS
Jaguatirica (Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758))
Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771))
Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (Geoffroy, 1806))
Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))
Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758))
Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))
Dados secundários
Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818))
Cuíca-cauda-de-rato (Metachirus nudicaudatus (Desmarest, 1817))
Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758))
Morcego (Tadarida brasiliensis (I. Geoffroy, 1824))
Morcego-beija-flor (Anoura caudifer (É. Geoffroy, 1818))
Morcego (Anoura geoffroyi Gray 1838)
Morcego-das- frutas (Artibeus cinereus (Gervais, 1855))
Morcego-das- frutas (Artibeus obscurus (Schinz, 1823))
Morcego (Lonchorhina aurita (Tomes, 1863))
Morcego-das- frutas (Sturnira lilium (É. Goffroy, 1810))
Morcego (Sturnira tildae (de la Torre, 1959))
Morcego-borboleta (Myotis nigricans (Schinz, 1821))
Rato-do-chão (Akodon cursor (Winge, 1887))
Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS
Adenomera cf. marmorata
Sapinho-de-brómelia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)
Eleutherodactylus cf. guentheri
Eleutherodactylus guentheri
Eleutherodactylus sp. 1
Eleutherodactylus sp. 3
Cágado-da-serra (Hydromedusa maximilianii)
Hyla hylax
Hyla sp. 3
Scinax sp. (gr. perpusillus)
Thamnodynastes cf. nattereri
Bufo cf. margaritifer
Bufo ornatus
Eleutherodactylus binotatus
116
Flectonotus fissilis
Proceratophrys melanopogon
Scinax cf. perpusillus
Scinax littoralis
Bufo ictericus
Cycloramphus boraceiensis
Eleutherodactylus sp. 2
Hyla hylax
Hyla sp. 2
Hylodes phyllodes
Micrurus corallinus
Eleutherodactylus sp. 4
Flectonotus sp.?
Hyla sp. 1
Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
Canela (Ocotea curucutuensis Baitello)
Manacá (Tibouchina sellowiana (Cham.) Cogn.)
Jacatirão (Miconia cinnamomifolia (DC.) Naud.)
Palmito-juçara (Euterpe edulis)
Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
Araçá (Psidium cattleianum Sabine)
Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul)
Caqui (Diospyros kaki Thunb.)
Herbáceas, notadamente das famílias Poaceae, Cyperaceae e Asteraceae
Bambu (Merostachys spp.)
Guaricanga (Geonoma elegans Mart.)
Araçá-piranga (Eugenia leitonii D. Legram sp. Inéd.)
Micônias (Miconia sp.)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.4.5. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Curucutu presta diversos serviços, principalmente para a sua comunidade do
entorno:
● Regulação da qualidade do ar;
● Proteção dos morros e encostas;
● Proteção dos solos;
● Polinização;
● Bem-estar, lazer e turismo;
● Recursos hídricos.
117
O Núcleo Curucutu abriga as nascentes dos rios Capivari e Embu-Guaçu, que são
importantes contribuintes do sistema Guarapiranga, um dos principais mananciais da Região
Metropolitana de São Paulo.
A bacia Guarapiranga foi construída originalmente para atender às necessidades de
produção de energia elétrica na Usina Hidroelétrica de Parnaíba. Sua área é extensa, com cerca de
630 km². Engloba partes dos territórios de diferentes municípios, como Embu-Guaçu, Itapecerica da
Serra, São Lourenço da Serra, Juquitiba, Embu e São Paulo (SABESP, 2008).
O Sistema Guarapiranga é o segundo maior em produção de água, com uma produção
média de 14m³/s, que por seu lado, atende a cerca de 3,7 milhões de consumidores (cerca de 20%
da população da Região Metropolitana de São Paulo). Além da água produzida dentro da sua bacia
hidrográfica, o Sistema Guarapiranga também conta com a contribuição das águas dos rios Capivari
e Monos (capacidade de 3,2 m³/s), afluente do rio Capivari, e da Represa Billings, através do braço
Taquacetuba (capacidade de 4m³/s) (SABESP, 2008).
O processo de crescimento descontrolado da mancha urbana sobre os mananciais da
Represa Guarapiranga coloca em risco a capacidade de abastecimento deste importante manancial
da metrópole de São Paulo, pois além de promover a degradação da cobertura vegetal, a
impermeabilização do solo, favorece o lançamento de esgotos e dejetos urbanos na represa e a
contaminação de córregos e das águas subterrâneas que drenam para o seu corpo d’água,
comprometendo a qualidade e a quantidade de água disponível (SABESP, 2008).
A proteção e a recuperação das áreas degradadas deste manancial, bem como o controle
mais efetivo da expansão de diferentes formas de uso e ocupação do solo na sua bacia hidrográfica
são peças fundamentais para o futuro do abastecimento hídrico da Região Metropolitana de São
Paulo (SABESP, 2008).
7.4.6. Pesquisas
Dentre os projetos existentes no PESM, Núcleo Curucutu, destacam-se:
Pesquisador Leo Malagoli - Projeto "Diversidade e distribuição dos anfíbios anuros
em diferentes fisionomias do Núcleo Curucutu do Parque Estadual Serra do Mar,
SP" e "Diversidade filogenética, funcional e conservação dos anfíbios da Serra do
Mar, sudoeste do Brasil";
Pesquisador Fabio Schunck com Projeto "Levantamento de aves do Parque
Estadual Serra do Mar, Núcleo Curucutú, São Paulo - SP";
118
Pesquisadora Lilian Borjorne de Almeida com o Projeto “Uso da paisagem por
onças-pardas (Puma concolor) em fragmentos de Mata Atlântica e Cerrado na
Região Metropolitana de São Paulo”;
Pesquisadora Silara Fatima Batista com o Projeto "Diversidade e distribuição de
serpentes no mosaico de fisionomias do Núcleo Curucutu - Parque Estadual Serra
do Mar" (em análise pelo Cotec).
Outras pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPES foram:
04/15531-2: Reconstrução da paleovegetação e do paleoclima em regiões do litoral
Sul do Estado de São Paulo (Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo de Curucutu
e Ilha do Cardoso) no Quaternário tardio
06/00017-7: Climate changes and vegetation dynamics during the late pleistocene in
the Parque Estadual da Serra do mar-nucleo curucutu, São Paulo State, southeastern
Brazil, inferred from pollen and carbon..
03/03297-2: Estudo multi/interdisciplinar de reconstrução da vegetação e clima na
região do Parque Estadual da Serra do mar-nucleo curucutu, São Paulo, SP no
quaternário tardio
07/00705-3: Reconstrução da vegetação no Parque Estadual da Serra do Mar -
Núcleo Curucutu, desde o Holoceno Médio
98/00178-2: Parâmetros geomorfológicos na determinação da fragilidade ambiental
no Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar.
O descritivo delas pode ser visto no anexo 5.
7.4.7. Atrativos
O Núcleo Curucutu conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas
naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilhas abertas a visitação
Trilha do Mirante:
A trilha do Mirante percorre o divisor de águas entre a Bacia do Rio Capivari. Ao percorrê-la
é possível observar à diversidade de paisagens de mar de morros e encostas da Serra do Mar
119
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)). Durante a caminhada, o visitante poderá presenciar e sentir
diferenças e mudanças climáticas como nevoadas, umidade variando, calor, mormaço, entre outros
(TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011a).
A trilha atinge o cume da serra, limite entre os municípios de São Paulo e Itanhaém onde,
em dias de baixa nebulosidade (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)), é possível apreciar parte do litoral
sul do Estado, como as praias de Mongaguá, Itanhaém e Praia Grande, além da Laje de Santos –
formação rochosa que integra o Parque Estadual Marinho Laje de Santos (única Unidade de
Conservação marinha de proteção integral marinha do Estado de São Paulo) e a Ilha da Queimada
Grande, também conhecida como Ilha das Cobras (TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011a).
Há relatos de que a trilha do Mirante existe desde os tempos anteriores a criação do núcleo,
quando ainda havia a Fazenda Curucutu. Na época, a região era utilizada para a produção
madeireira de pinus e as pessoas visitavam o caminho que dava acesso ao mirante, bem como a
capela existente nas mediações (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 2.654 metros
Tempo estimado: 2h00min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)
Trilha do Mambu/Trilha da Travessia
Trilha histórico cultural que atravessa a Serra. Denominada por equivoco como Trilha do
Telégrafo, pois se tratava de um antigo caminho dos indígenas da etnia Guarani que ligava o
planalto ao litoral e que viabilizou a construção da linha do telégrafo. A antiga Trilha do Mambu,
também era chamada de Estrada da Conceição, pois se acredita que era um antigo caminho de
ligação de São Paulo a Itanhaém (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Durante a trilha é possível observar vegetação em diferentes níveis, desde áreas mais
abertas e com plantação de pinus, até áreas com vegetação mais densa. A fauna é bem diversa,
marcada por rastros e presença de pacas, antas, bugios, macacos-prego, veado-mateiro e onça-
parda (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 7.600 metros
Tempo estimado: 04h30min
Nível de dificuldade: dificuldade alta
120
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)
Trilha da Bica
Acredita-se que a Trilha da Bica existe desde os tempos anteriores a criação do núcleo,
quando ainda havia a Fazenda Curucutu. Na época, a região era utilizada para a produção
madeireira de pinus e as pessoas visitavam o caminho que dava acesso ao mirante, bem como a
capela existente nas mediações (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Durante o percurso é possível observar a flora, passando por estágios mais iniciais de
vegetação e com presença de pinus reflorestado que era utilizado antigamente para a produção de
madeira, até áreas mais conservadas. Possui uma parada em uma bica d´água, ideal para os
visitantes se refrescarem. A trilha pode ser feita por crianças e idosos (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
Percurso: 1.102 metros
Tempo estimado: 01h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)
Outras trilhas (não abertas à visitação)
Trilha da Cachoeira da Usina Capivari
Antigamente, o percurso da trilha era inicialmente o acesso até a usina Capivari.
Atualmente, em uma de suas áreas foi criada a Terra Indígena Tenondé Porã. A trilha margeia o rio
Capivari com vários pontos de contemplação da Mata Atlântica de altitude, até a Cachoeira da Usina
com uma queda d’água de 80 metros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 8.716 metros
Tempo estimado: 06h00min
Nível de dificuldade: moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha da Santa Margarida (Corredeiras do Rio Mambu)
Extensão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013)
121
Trilha do Degrau (Cachoeira do Rio Mambu)
Extensão aproximada 8.000 metros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.4.8. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área 37.518 hectares
Bioma Mata Atlântica
Município da sede São Paulo e Itanhaém
Municípios Abrangidos Itanhaém, São Paulo Juquitiba e Mongaguá
Endereço da sede
Município da Sede Administrativa: Itanhaém (Rua Dom Sebastião Leme,
135 - Jardim Ivoty – Itanhaém/SP);
Município da Sede de Uso Público: São Paulo (Estrada Bela Vista, 7090 -
Emburá do Alto, Parelheiros/SP).
Escritório urbano
Bases e outras funções Base de Proteção Juquitiba (inativa)
Telefones (11) 5975-2000 / (13) 3422-5657 / (13) 3426-9223
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC pesm.curucutu@fflorestal.sp.gov.br
Nome do Gestor Marcelo José Gonçalves
Esportes Radicais Não
Capacidade de hospedagem Não
Valor da hospedagem na UC Não
Centro de visitantes Sim
Capacidade do auditório 46 pessoas
Capacidade do refeitório Não possui
Lanchonete Não
122
Quiosques pic nic 1 galpão amplo que serve como área para lanche
Camping na UC Não
Facilidades no entorno imediato Não Há
Tipo de Acesso Asfalto, Terra, 19 km
Distância de SP 70 km
Distância cidade mais próxima(s) 24 km – Embu Guaçu; 22 km – Parelheiros
Cobrança de Ingresso e valor Não
Amplitude Altitudinal 756 m
Amplitude de Temperaturas Média de 20°C
Bases e outras funções
Base de Proteção Juquitiba – atualmente inativa
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Base de Proteção
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para informação (11) 5975-2000 / (13) 3422-5657 / (13) 3426-9223
E-mail pesm.curucutu@fflorestal.sp.gov.br
Gestor (a) Marcelo José Gonçalves
Endereço Rua Dom Sebastião Leme, nº135, Jardim Ivoty/ Itanhaém –SP CEP
11740-000
123
Visitação
Dias e horário de funcionamento De terça-feira a domingo, das 8h30 às 17h.
Endereço Estrada Bela Vista, nº7090 - Emburá do Alto –SP
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto
(pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da
trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se
camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não
os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta;
Símbolo
O nome do núcleo é devido a antiga Fazenda Curucutu, onde hoje o núcleo estpa localizado.
Antigamente, nome era atribuído a uma espécie de coruja, que se tornou o seu símbolo.
124
7.5. Núcleo Itariru
7.5.1. História
Conformada como Reserva Florestal de Itariru, em 1977 foi incluída no Parque Estadual
Serra do Mar criado pelo Decreto 10.251, formando o Núcleo Itariru. Em 2010, com a ampliação do
PESM, algumas glebas foram incluídas no Núcleo Itariru, totalizando 4 mil ha, sendo duas delas no
município de Miracatu, que anteriormente não fazia parte do Parque.
Atualmente, dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 53.927 mil
estão localizados no Núcleo Itariru, que abrange parte dos municípios de Itariri, Juquitiba, Peruíbe,
Miracatu e Pedro de Toledo. Localizado no Vale do Ribeira, configura-se como uma das regiões de
Mata Atlântica mais conservadas do país (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(d)).
O Núcleo Itariru apresenta uma vegetação exuberante e protege as únicas manchas de
floresta de várzea de todo o Parque. As matas de várzea constituem ambientes frágeis, cuja origem
e funcionamento estão ligados à deposição de sedimentos geologicamente recentes, caracteriza-se
pela vazão constante dos rios, ou seja, pela entrada e saída de água das marés fluviais. Essas
mesmas condições propiciaram a formação de solos com bons níveis de nutrientes e estoques
biológicos.
O nome Itariru significa “Pedra Preciosa”. Em tupi-guarani, “ita” quer dizer pedra, firme,
forte, resistente. No município de Peruíbe também há um rio chamado Itariru.
Cidades abrangidas pelo Núcleo
Itariri
Localizada na antiga região do Rio do Azeite, cujo povoamento foi iniciado em 1865, Itariri
teve como marco inicial a construção de uma estação da Estrada de Ferro Sorocabana, trecho
Santos–Juquiá, inaugurada apenas em 1914. No ano seguinte, recebeu um grande número de
imigrantes japoneses. Com o loteamento de terras vizinhas à estação, em 1922, e a construção da
capela de São Benedito, em 1925, teve início o desenvolvimento mais efetivo do povoado. Foi
elevado a distrito do município de Itanhaém em 30 de novembro de 1938 e adquiriu autonomia
municipal em 24 de dezembro de 1948. O vocábulo Itariri provém do tupi, ita, “pedra”, riri, “ostra”
(BATTISTELLA, 2012).
125
Juquitiba
A fundação do bairro de São Lourenço por Manoel Jesuíno Godinho, em 1887, deu início ao
município de Juquitiba (“terras de muitas águas”, em tupi-guarani). Passou a ser conhecido,
posteriormente, como Capela Nova da Bela Vista do Rio Juquiá e, em 27 de dezembro de 1907, foi
elevado à categoria de distrito do município de Itapecerica da Serra, com sede no povoado de Bela
Vista de Juquiá. Apenas em 28 de fevereiro de 1964, obteve autonomia político-administrativa
(BATTISTELLA, 2012).
Pedro de Toledo
O núcleo inicial do futuro município foi marcado pela Parada Carvalho, pertencente à
Estrada de Ferro Sorocabana, construída em 1912, no trecho que ligava Santos a Juquiá, no litoral
sul. A estação fazia limite com a propriedade de Manoel Francisco de Carvalho, um dos primeiros
moradores locais. Passou a ser chamada de Parada Vasconcelos, em homenagem a outro pioneiro,
o Coronel Raimundo Vasconcelos e, posteriormente, Parada Alecrim, devido ao arbusto bastante
comum na região (BATTISTELLA, 2012).
O povoado, que se desenvolveu em torno da estação, tornou-se distrito no município de
Iguape, em 13 de dezembro de 1929, com o nome de Alecrim, e se dedicava basicamente à
agricultura, em especial, ao cultivo da banana. Seu nome foi alterado para Pedro de Toledo em 20
de setembro de 1937. Transferido para o município de Prainha (atual Miracatu), em 30 de
novembro de 1938, obteve autonomia político-administrativa em 24 de dezembro de 1948
(BATTISTELLA, 2012).
Miracatu
O antigo povoado de Prainha, localizado na margem esquerda do Rio São Lourenço, deve
seu nome a uma pequena praia onde paravam canoeiros para descansar e fazer refeições durante a
viagem. Sua origem estaria ligada ao núcleo formado nas terras do francês Pierre Laragnoit, que,
em 1871, doou dois alqueires para a construção da igreja Nossa Senhora das Dores de Prainha. Em
6 de abril de 1872, o povoado foi elevado a freguesia do município de Iguape. Em 30 de novembro
de 1938, tornou-se município autônomo que, em 30 de novembro de 1944, teve sua denominação
alterada para Miracatu (em tupi, “gente boa”) (BATTISTELLA, 2012).
O transporte na região era basicamente fluvial, e os dois principais rios navegáveis eram o
São Lourenço e o Ribeira de Iguape. Grande número de canoas e depois de vapores de tonelagem
126
regular cruzavam essesrios ligando o Porto de Iguape, escoadouro das riquezas de toda a região, à
vila de Prainha. A navegação fluvial perdeu sua importância a partir de 1914, quando foi
inaugurado o ramal Santos–Juquiá da Estrada de Ferro Sorocabana e o Porto de Iguape, aos
poucos, foi substituído pelo Porto de Santos. A partir do início do século XX, a região recebeu
grande contingente de imigrantes japoneses que desenvolveram a cultura do arroz e da banana
(BATTISTELLA, 2012).
Peruíbe
A origem de Peruíbe está vinculada à história de São Vicente e, em especial, à trajetória dos
jesuítas pelo litoral do Estado de São Paulo. No século XVI, uma missão jesuítica estabeleceu-se no
local que recebeu o nome de Aldeamento de São João Batista, ou São João da Aldeia, cujo objetivo,
além de converter e pacificar os índios Carijós e Tamoios, que viviam ao sul da capitania de
Itanhaém, era o de servir como pouso a viajantes. Situava-se em uma região estratégica na defesa
contra investidas de corsários (BATTISTELLA, 2012).
No final do século XVIII, com a expulsão dos padres jesuítas, a aldeia passou a ser
administrada pelos franciscanos e o núcleo de Peruíbe entrou em declínio. Só retomou o
desenvolvimento como cidade balneária em meados do século XX, quando foi transformada por lei,
em 18 de fevereiro de 1959, em distrito e município, com território desmembrado de Itanhaém
(BATTISTELLA, 2012).
Peruíbe, em tupi-guarani, significa “no rio dos tubarões”. Consta, porém, de alguns
documentos que esse nome estaria associado ao modo como José de Anchieta se referia ao lugar,
chamando-o de Tapirema do Peru, por suas semelhanças com a região peruana, onde os jesuítas
haviam enfrentado dificuldades no exercício da catequese (BATTISTELLA, 2012).
7.5.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Itariru, na trilha da Cachoeira da Usina, é possível observar as ruínas de uma
antiga hidroelétrica construída em 1939 por imigrantes suíços, bem como fornos de carvão da
mesma época.
O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido
através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para
aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na
história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo,
127
utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a
retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar
sua estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por
parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com
finalidade de combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV).
7.5.3. Comunidades tradicionais
No entorno do Núcleo Itariru sobrevivem índios Guarani que ainda preservam costumes
tradicionais, como roças de mandioca, a produção de farinha e o artesanato de cipó e palha.
TI Bananal (Peruíbe)
● Localização: município de Peruíbe
● Bioma: Mata Atlântica
● Aldeia: Bananal
● Povo: Tupi-Guarani (Ñandeva)
● População: 31 índios (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013)
● Situação fundiária: homologada em 1994, com registro no CRI
● Dimensão: 480,4737 hectares
TI Piaçaguera
● Localização: município de Peruíbe
● Bioma: Mata Atlântica
● Aldeias: Piaçaguera, Tanyguá, Nhamandu-mirim, Kuaray Mirim e Tabaçure Koypy (ISA,
2012)
● Povo: Tupi-Guarani (Ñandeva)
● População: 254 índios (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013)
● Situação fundiária: declarada em 2011 e em fase de demarcação física
● Dimensão: 2.795 hectares
TI Itariri (Serra do Itatins)
● Localização: município de Itariri
● Bioma: Mata Atlântica
● Aldeias: Rio do Azeite e Capoeirão
● Povos: Tupi-Guarani (Ñandeva)
● População: 66 índios COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO
128
● Situação fundiária: homologada em 1987, com registro no SPU e CRI
● Dimensão: 1.212 hectares
7.5.4. Ecossistema, Fauna e Flora
O núcleo Itariru está inserido dento do bioma Mata Atlântica e abrange tanto áreas
próximas ao litoral, quanto áreas com altitudes mais elevadas, tendo uma amplitude altitudinal de
20 à 780 metros. Como consequência, o Núcleo tem como ecossistemas vegetação formada pela
Floresta Ombrófila Densa Montana (ou Floresta Sempre-verde do Planalto), com alguns estratos de
Floresta de Neblina (Floresta da Crista da Serra do Mar). Esta vegetação é muito pouco conhecida e
muitas vezes encontrada em altitudes mais elevadas, com probabilidade de estender dentro do
Núcleo (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O núcleo Itariru possui uma das áreas mais preservadas do Parque Estadual Serra do Mar,
com as únicas manchas de floresta de várzea de todo o parque. Algumas espécies vegetais típicas
do núcleo são: jequitibá, palmito juçara, guapuruvu, angico, canela branca, jatobá, ipês, palmeiras
e bromélias. Em relação à fauna, as principais espécies encontradas são o bicho preguiça, anta,
jacu, sagui, gambá, tucano do bico verde, araçari banana (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
BICHO PREGUIÇA (Bradypus variegatus)
O bicho preguiça é a espécie símbolo do núcleo. Essas espécies medem, em média, 60 cm
e chegam a pesar até 5 kg. Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo,
responsável pelos seus movimentos extremamente lentos e por seus hábitos de dormir por
aproximadamente 15 horas ao dia. Preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa,
onde se penduram usando as garras que, embora possam parecer assustadoras, praticamente não
servem para nenhuma defesa, devido à lentidão dos seus movimentos. Graças a essa lentidão, à
sua coloração e ao fato de permanecerem na copa de árvores muito altas, é muito difícil enxergar
as preguiças na mata. Mesmo assim, elas têm predadores naturais como onças e serpentes. Os
Bichos Preguiça são animais com hábitos noturnos e alimentam-se de folhas novas de um número
restrito de árvores como a embaúba. Dela são consumidas as folhas, flores e frutos. Grande parte
da agua necessária para sua sobrevivência é obtida a partir da digestão, tornando o hábito de
beber água inexistente (UNIVERSITY OF MICHIGAN, 2011).
PALMITO JUÇARA (Euterpe edulis Mart.)
O palmito juçara serve de alimento para um grande número de espécies de aves e
mamíferos, como a anta, o tucano do bico verde e o muriqui, sendo considerada uma espécie
chave para a Mata Atlântica. Sua palmeira atinge até 25 m de comprimento, possuindo tronco reto
e fino, com diâmetro de até os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido,
recoberto pelas bainhas das folhas palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores
pequenas de cor creme, polinizadas por insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação
ocorre de abril a novembro - fruto carnoso, esférico e roxo-escuro. Pelo sabor e alto valor
129
comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as
plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse
incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
CACHORRO-DO-MATO (Cerdocyon thous)
Animais de médio porte da mesma família dos cães domésticos (Canidae) chegando a
atingir de 60 cm a 70 cm de comprimento na fase adulta. Sua pelagem varia do cinzento ao
castanho, com faixas de pêlos pretos da nuca até a cauda. Possui hábitos noturnos e costumam
andar em pares ou em grupos familiar na hora da caça. Alimentam-se de frutos, pequenos
vertebrados, insetos, peixes, crustáceos e carniça. No Brasil habitam os biomas Amazônia,
Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal (ViaRondon, 2011).
MÃO-PELADA (Procyon cancrivorus)
São animais mamíferos, de hábitos noturnos (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d(e)) e de pequeno porte, com tamanho variando de
40cm a 1m de comprimento. Possuem a pelagem densa e curta e a coloração de seu corpo varia
de marrom escuro ao grisalho. Apresentam uma pelagem mais escura na região dos olhos, o que
lembra uma “máscara” e vários anéis escuros na cauda. O termo “Mão-pelada” refere-se ao fato
de suas mãos serem desprovidas de pelos. Além disso, possuem muita agilidade nas mãos para
capturarem seus alimentos. Possuem uma dieta carnívora e habitam desde a América central, até
Uruguai, nordeste da Argentina e Brasil. No território nacional ocorrem em todos os biomas:
Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Campos Sulinos (ViaRondon, 2011).
ESQUILO (Guerlinguetus ingrami)
Também conhecido como caxinguelê ou serelepe, é um animal de pequeno porte. Possui
uma cauda tão longa que ultrapassa o tamanho do corpo, sua pelagem é longa densa e crespa,
com uma coloração cinza-amarelada. Os esquilos têm o hábito arborícola (vivem em árvores) e
terrestre, são ótimos escaladores. Alimentam-se de pequenos frutos e sementes e habitam o
sudeste do estado de Minas Gerais, parte sudeste do estado da Bahia até o estado do Rio Grande
do Sul (ViaRondon, 2011).
SAMAMBAIAÇU (Dicksonia sellowiana)
A samambaiaçu é uma espécie de samambaia característica da Floresta Ombrófila Mista,
na Mata Atlântica. Também é conhecida como xaxim, xaxim imperial, xaxim bugio, samabaiaçu-
imperial e feto arborescente. Foi muito explorada até o ano 2000 para a confecção de vasos para
a jardinagem, motivo que levou essa espécie endêmica da Mata Atlântica a lista oficial do IBAMA
como espécie ameaçada de extinção. Caracteriza-se por ser uma planta grande, podendo chegar a
até 4m de altura. É resistente ao frio e possui crescimento lento (OLIVEIRA et al., 2013).
As samambaias são plantas vasculares que se reproduzem por meio de esporos. Quando
adultas são formadas por um caule, um rizoma e por folhas, denominadas de frondes. Essas
plantas são as mais antigas existentes, predominam no planeta terra por cerca de 345 milhões de
anos (OLIVEIRA et al., 2013).
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
130
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.
Jacutinga (Aburria jacutinga)
Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)
Bacurau-Tesoura (Hydropsalis torquata)
Beija-Flor-De-Bochecha-Azul (Heliothryx auritus)
Barbudo-Rajado (Malacoptila striata)
Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)
Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
Choquinha-De-Peito-Pintado (Dysithamnus stictothorax)
Chocão-Carijó (Hypoedaleus guttatus)
Pintadinho (Drymophila squamata)
Assanhadinho (Myiobius barbatus)
Tiririzinho-Do-Mato (Hemitriccus orbitatus)
Sabiá-Pimenta (Carpornis melanocephala)
Gralha-Azul (Cyanocorax caeruleus)
Fonte: SCHUNCK, 2015
- MAMÍFEROS
● Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))
● Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))
● Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))
● Serelepe (Guerlinguetus ingrami)
Dados secundários
● Onça parda (Puma concolor (Linnaeus, 1771)
● Veado-mateiro (Mazama americana)
● Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)
● Mão-pelada (Procyon cancrivorus)
● Gato-do-mato (Leopardus sp.)
● Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus)
● Bicho-preguiça (Bradypus variegatus)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E REPTÉIS
● Adenomera cf. marmorata
● Jararacuçu (Bothrops jararacuçu)
● Bufo ornatus
● Crossodactylus caramaschii
● Cycloramphus boraceiensis
● Eleutherodactylus binotatus
● Eleutherodactylus bolbodactylus
● Eleutherodactylus parvus
● Eleutherodactylus guentheri
● Hyla hylax
● Hylodes dactylocinus
● Hylodes sp. 1 (gr. heyeri)
131
● Scinax cf. perpusillus
● Siphlophis pulcher
● Zachaenus parvulus
Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
● Ingás (Inga sessilis (Vell.) Mart. e Inga edulis Mart.)
● Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr.)
● Micônias (Miconia sp.)
● Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul)
● Palmito-juçara (Euterpe edulis)
● Samambaiaçus (Dicksonia sellowiana Hook. e Nephelea sternbergii Lem.)
● Tapiá (Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg.)
● Guapuruvú (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake)
● Figueiras (Ficus sp.)
● Bicuíba (Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb.)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.5.5. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Itariru presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do entorno:
● Regulação da qualidade do ar;
● Proteção dos morros e encostas;
● Proteção dos solos;
● Bem-estar, lazer e turismo;
● Recursos hídricos.
No Núcleo Itariru há o Rio São Lourencinho, importante afluente da Bacia Ribeira de Iguape,
que além de ser importante para o abastecimento hídrico da região, possui potencial para o
ecoturismo.
O rio Ribeira de Iguape localiza-se na região sul do Estado de São Paulo. Nasce no Estado
do Paraná e apresenta um desenvolvimento aproximadamente paralelo à orla marítima,
confrontando-se, ao norte e a leste, com as bacias dos rios Paranapanema e Tietê,
respectivamente, e, ao sul, com a bacia do rio Iguaçu (SECRETARIA DE SANEAMENTO E RECURSOS
HÍDRICOS, 2007).
A bacia do Ribeira do Iguape abrange uma área total de 24.980 km2, dos quais 15.480 km2
(62%) pertencem ao Estado de São Paulo, abrangendo 23 municípios e 9.500 km2 (38%) ao
Estado do Paraná, com 5 municípios. O principal tributário do Ribeira é o rio Juquiá, cuja foz está
localizada 10 km a montante de Registro, abrangendo uma área de contribuição de 5.280 km2. A
vazão mínima (Q7,10) é de 153 m3/s, enquanto que a vazão média total da bacia é de 508 m3/s,
132
que corresponde a cerca de 17% da vazão média total do Estado de São Paulo (SECRETARIA DE
SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS, 2007).
7.5.6. Pesquisas
As pesquisas cadastradas no Núcleo Itariru são:
TÍTULO PESQUISADOR INSTITUIÇÃO ANO
Análise filogenética e biogeográfica
e revisão sistemática de Goniosomatinae (Arachnida,
Opiliones, Gonyleptidade).
Marcio Bernardino da Silva
Usp Instituto de Biociências
Depto de Zoologia 2001
Em direção ao turismo sustentável: o caso do Parque Estadual Serra do
Mar Yara Margarida Evans
Institute of Geography and Earth Sciences UK
2001
Estudo taxonômico do gênero Schefflera J. R. Forst & G. Forst
(Araliaceae) na região sudeste do Brasil.
Pedro Fiaschi IB-USP Depto de Botânica 2001
Histórias do Parque Estadual Serra
do Mar – Conflitos entre moradores, funcionários e
proprietários na visão dos protagonistas.
Ana Mendonça Poletto
Faculdade de Comunicação Social
Cásper Líbero 2002
Uso da estrutura genética e do
mapeamento da diversidade genética de espécies em extinção
de Passiflora (Passifloreaceae) no planejamento da conservação in
situ e ex situ
Giancarlo Conde Xavier
Oliveira Esalq /USP 2002
Matrizes demonstrativas de árvores nativas
Ricardo Ribeiro Rodrigues
Esalq /USP 2002
Filogeografia, sistemática e
distribuição espacial de um bagre na Mata Atlântica, Trichomycterus
zonatus (Eigenmann, 1918) (Siruliformes: Trichomycteridae)
Sérgio Maia Queiroz
Lima UFRJ – Depto de Genética 2005
A estrutura das comunidades de
peixes na bacia do rio Itanhaém no Litoral Sul Paulista
Fábio Cop Ferreira Unesp Rio Claro 2005
O efeito do mesohabitat, da
estação do ano e da ordem do riacho sobre a distribuição de
insetos aquáticos em riachos da
Serra do Mar, Estado de SP.
Pitágoras C. Bispo Unesp Assis 2005
Os peixes ornamentais do sul de
São Paulo Walter Barrella
PUC SP – Depto de
Ciências do Ambiente 2005
Estrutura e desenvolvimento de sementes de Paullinia L.
(Sapindaceae)
Sandra Heliany Obando Polo
Unicamp – Instituto de Biologia – Departamento
de Botânica 2005
Estudo do Uso e Ocupação do Solo no Núcleo Pedro de Toledo Parque
Estadual Serra do Mar.
Iara Fonseca de Sousa
UNESP – São Vicente 2005
133
Estudo da Viabilidade de implantação do ecoturismo no
Núcleo Pedro de Toledo Parque Estadual da Serra Mar.
Léo Eduardo de Campos Ferreira
UNESP – São Vicente 2005
O gênero Loxosceles (Araneae,
Sicariidae) no Brasil. Rute Maria Gonçalves
de Andrade Instituto Butantan 2006
Ecologia e Taxonomia de insetos aquáticos de riachos
Pitagoras C. Bispo Unesp Assis 2006
Avaliação de populações de
minhocas (Annelida: Oligochaeta) em sistemas agrícolas e naturais, e
seu potencial como bioindicadoras ambientais.
George Gardner Brown
Embrapa 2006
Percepção ambiental, perfil
socioeconômico e uso e ocupação
do solo pela comunidade residente no núcleo Pedro de Toledo –
Parque Estadual Serra do Mar – SP.
Iara Fonseca de Sousa,
Léo Eduardo Campos Ferreira,
Christiano Magini, Denis Moledo de Sousa
Abessa.
UNESP – São vicente 2006
Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de
anta (Tapirus Terrestris) da Mata
Atlântica de São Paulo.
Alexandra Sanches UNESP Rio Claro 2007
Efeitos do Plano de Manejo do
Parque Estadual Serra do Mar sobre as estratégias de ocupação
do Bananal, Guanhanhã e Rio do
Ouro; município de Peruíbe/SP.
Mariany Martinez dos
Santos UNESP São Vicente 2007
Políticas Públicas e construção dos
bairros Bananal, Guanhanhã e Rio
do Ouro no Parque Estadual Serra do Mar; município de Peruíbe/SP.
Mariany Martinez dos
Santos UNESP São Vicente 2007
Diversidade de Fungos conidiais na serapilheira de plantas do Estado
de São Paulo. Priscila da Silva Instituto de Botânica 2008
Onças da Região do Vale do Ribeira e do Alto Paranapanema.
RENOVADO EM 2013.
Beatriz de Mello
Beisiegel CENAP - ICMBio 2008
Trilha nos Parques Estaduais Waldir Joel de Andrade IF 2009
Anarcadiaceae R. Brown. Nom. na
flora Fanerogâmica do Estado de SP
Cintia Luiza da Silva Luz
IB USP Depto de Botânica 2009
De onde vêm os pássaros
apreendidos no comércio legal? Juliana Machado
Ferreira USP IB Depto de genética
e biologia evolutiva 2009
Reconhecimento da avifauna do
Estado de São Paulo. Luiz Fernando de
Andrade Figueiredo CEO – Centro de Estudos
Ornitológicos 2009
Dados espaciais como uma
ferramenta para resolução de conflitos fundiários em Peruíbe.
Ana Flora Sarti de Oliveira, Denis Moledo
de Souza Abessa,
Rogério Hartung Toppa
UNESP – São Vicente 2009
Estudos Florísticos e Sistemáticos
em Acanthaceae no Brasil Cíntia Kameyama Instituto de Botânica 2010
Extinção ecológica de grandes herbívoros e diversidade de plantas
em um gradiente de defaunação na Mata Atlântica
Gabriela Schmaedecke Unesp Rio claro – Depto
de Ecologia 2010
134
Ecologia e biogeografia do gênero Brachycephalus Fitzinger 1971
(Anura: Brachycephalidae) Thais Helena Condez
Unesp Rio Claro – Depto
de Zoologia 2010
Taxonomia e biogeografia de Urticinae (senso amplo) do Brasil e
países limítrofes, evidenciando os centros de endemismo e zonas a
proteger.
Sergio Romaniuc Neto Instituto de Botânica 2010
Diversidade e distribuição de insetos aquáticos do sudeste do
Sudeste do Brasil Jorge Luiz Nessimian UFRJ 2010
Análise da dinâmica espacial de ocupação de áreas do Parque
Estadual Serra do Mar Núcleo Itariru (Peruíbe e Pedro de Toledo,
SP) e áreas contíguas.
Ana Flora Sarti de
Oliveira UNESP
São Vicente 2010
Influência dos fatores climáticos e geomorfológicos nas bacias
hidrográficas da Serra do Mar: a história natural impressa no DNA
dos peixes continentais.
Sérgio Maia Queiroz Lima
Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (UFRN)
2011
Modelagem preditiva de comunidades de insetos aquáticos
em riachos da Mata Atlântica, do
Estado de São Paulo, utilizando abordagens tradicionais e redes
neurais.
Pitágoras da Conceição
Bispo Unesp Assis 2011
Busca por pontos de ocorrência de
Harpia harpyja no litoral sul do
Estado de São Paulo Bruno de Almeida Lima 2012
Pomar de Sementes – implantação
de ensaio de conservação genética
de espécies arbóreas nativas na Floresta Ombrófila Densa, no PESM
N. Picinguaba.
Miguel Luiz Menezes
Freitas IF 2012
Estrutura e dinâmica de comunidades em rios e riachos
costeiros da Mata Atlântica – Bacia do Rio Itanhaém
Antônio Fernando
Monteiro Camargo UNESP Rio Claro 2013
Enriquecimento botânico da
Palmeira Juçara nas matas nativas do Vale do Itariri.
Sandro Vinicius Ortega
Nicodemo e Daniel Kurupira Turi
Ibiosfera 2013
Plano Diretor Como Ferramenta
Efetiva na Preservação da Espécie Puma Concolor.
Kátia Mazzei
Instituto Florestal
2013
Conhecimento Ecológico Local das populações rurais do Núcleo Itariru,
Parque Estadual Serra do Mar. Nicole Katin Tulane University 2013
Entrevistas e observação participante nas unidades de
conservação do Estado de São
Paulo
Nicole Katin Tulane University 2014
Diversidade Filogenética, funcional
e conservação dos anfíbios da Serra do Mar, sudeste do Brasil.
Leo Ramos Malagoli Unesp Rio Claro 2014
“Diversidade alfa, beta, funcional e
filogenética de Opiliões na Mata
André do Amaral
Nogueira 2014
135
Atlântica: Padrões e relação com fatores ecológicos e históricos”. Educação ambiental em Áreas
Protegidas do estado de São Paulo e sua contribuição à prática
docente
Maria Luísa Bonazzi
Palmieri (IF/SMA) e Vânia Galindo Massabni
(ESALQ/USP)
IF E ESALQ 2014
Delimitação taxonômica de espécies de Tabernaemontana L.
(Apocynaceae, Rauvolfioidea, Tabernaemontaneae).
Natali Gomes Bordon IB
UNICAMP 2014
7.5.7. Atrativos
O Núcleo Itariru conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas
naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilha da Cachoeira da Usina
A trilha leva o visitante às ruínas de uma pequena central hidroelétrica construída por
imigrantes suíços no ano de 1939 e à Cachoeira da Usina ou das Antas que é uma bela sequencia
de quedas d’água, com cerca de 12 metros, formando uma piscina natural com vegetação de
entorno bem preservada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(d)).
No percurso é possível observar as ruínas da usina, como a antiga Casa das Máquinas e
fornos de carvão utilizados durante a ocupação pelos imigrantes suíços (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
Percurso: 6.400 metros
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(d)
Trilha Zé Bedeu
A trilha recebe esse nome devido a um morador local que vive na região há 30 anos, o Zé
Bedeu, que atua de forma voluntária na conservação e fiscalização da área. Apresenta um trajeto
curto, de fácil acesso, em meio à Mata Atlântica e termina na cachoeira Zé Bedeu, que possui 10
metros de altura e forma uma piscina natural propícia para banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.200 metros
Tempo estimado: 00h30min
136
Nível de dificuldade: fácil
Observação: 12 km pela estrada, saindo da Sede, sentido o bairro Piririca - tempo do
deslocamento de carro 01h00min.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha do Ribeirão Grande
Por entre rios e pedras a estrada de acesso ao Bairro com o mesmo nome a trilha leva a
uma grande formação rochosa com uma queda d’água de cerca de 6 metros formando piscinas
naturais próprias ao banho. Dista cerca de 12 km da sede administrativa do Núcleo (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, s/d(d)).
Percurso: 1.000 metros
Tempo estimado: 00h20min
Nível de dificuldade: muito fácil
Observação: 6,0 km pela estrada (sentido bairro Ribeirão Grande), saindo da sede –
tempo estimado de deslocamento de carro de 00h30min.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Sensorial do Itariru
Conformado por um conjunto de ambientes como um jardim, uma pequena trilha em terra e
uma sala sensorial com pontos tangíveis que informam sobre árvores, plantas, pedras, restos de
madeira, papel, areia, folhas secas e outros materiais, que estimulam os diferentes sentidos, por
meio de aromas e tato em diversos objetos, utilizando diferentes materiais oriundos do meio
ambiente (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
A trilha deverá ser desenvolvida para atender escolas ou instituições que trabalhem com
pessoas de necessidades especiais de aprendizado (deficientes motores, visuais, auditivos, mentais
e analfabetos), essas trilhas são criadas com o objetivo de proporcionar um passeio educativo e
seguro (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 70 metros
Tempo estimado: 00h30min
Nível de dificuldade: muito fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
137
Viveiro de Mudas Nativas
Viveiro de mudas nativas da Mata Atlântica, com 384 m2 e mais de 20 espécies diferentes
de mudas. Possui capacidade para 20 mil mudas, onde é possível aprender a diferenciar algumas
espécies vegetais características do bioma Mata Atlântica, sobre a produção de mudas, as técnicas
de semeaduras, preparo da terra e etapas do plantio. As mudas produzidas são utilizadas para
recuperação de áreas no Núcleo e para trabalho de Educação ambiental com escolas locais.
7.5.8. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área 53.927 mil hectares
Bioma Mata Atlântica
Município da sede Pedro de Toledo
Municípios Abrangidos Peruíbe, Itariri, Miracatu e Pedro de Toledo
Endereço da sede Estrada do Caracol n.º 410 – bairro Caracol – Pedro de Toledo – CEP
11790-000
Escritório urbano
Bases e outras funções Base de Proteção Pedra Lisa
Telefones (13) 3419.2792
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC pesm.itariru@fflorestal.sp.gov.br
Nome do Gestor Joaquim do Marco Neto
Esportes Radicais Não
Capacidade de hospedagem Não
Valor da hospedagem na UC Não
Centro de visitantes
Não. Não possui o centro de visitantes efetivo, mas conta com uma
estrutura similar (sede administrativa) onde se encontra materiais
informativos sobre o parque. Neste ambiente que é realizada a recepção
dos visitantes e demais reuniões com colaboradores e parceiros.
Capacidade do auditório Auditório para 35 pessoas na Sede Administrativa
138
Capacidade do refeitório Não possui
Lanchonete Não
Quiosques pic nic Não
Camping na UC Não
Facilidades no entorno imediato Pousadas
Tipo de Acesso Asfalto
Distância de SP 170 km
Distância cidade mais próxima(s) 1,5 km – Pedro de Toledo
Cobrança de Ingresso e valor Não
Amplitude Altitudinal 20 à 780 metros
Amplitude de Temperaturas Mínima de 13ºC e máxima de 30ºC
Bases e outras funções
Base de Proteção Pedra Lisa
Endereço Estrada da Siderúrgica, s/n - Pedro de Toledo/SP
Telefone
Capacidade de hospedagem
Base de Proteção
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para informação (13) 3419 2792 / (13) 3419 2631
139
E-mail pesm.itariru@fflorestal.sp.gov.br
Gestor (a) Joaquim de Marco Neto
Endereço Estrada do Caracol, nº410 - bairro Caracol/ Pedro de Toledo –SP CEP
11790-000
Visitação
Dias e horário de funcionamento Diariamente das 8h às 17h. Somente mediante agendamento prévio.
Endereço Estrada do Caracol, nº410 - bairro Caracol/ Pedro de Toledo -SP CEP
11790-000
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto
(pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da
trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se
camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não
os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta.
Símbolo
O bicho-preguiça (Bradypus variegatus) medem, em média, 60 cm e chegam a pesar até 5 kg.
Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus
movimentos extremamente lentos e por seus hábitos de dormir por aproximadamente 15 horas ao
140
dia. Preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa, onde se penduram usando as
garras que, embora possam parecer assustadoras, praticamente não servem para nenhuma
defesa, devido à lentidão dos seus movimentos. Graças a essa lentidão, à sua coloração e ao fato
de permanecerem na copa de árvores muito altas, é muito difícil enxergar as preguiças na mata.
Mesmo assim, elas têm predadores naturais como onças e serpentes. As preguiças alimentam-se
de folhas novas de um número restrito de árvores como a embaúba. Dela são consumidas as
folhas, flores e frutos. Grande parte da agua necessária para sua sobrevivência é obtida a partir
da digestão, tornando o hábito de beber água inexistente (UNIVERSITY OF MICHIGAN, 2011).
7.6. Núcleo Itutinga Pilões
7.6.1. História
Localizado junto à antiga Reserva Estadual da Serra do Mar, criada por meio de diversos
Decretos Estaduais s/nº de 23/03/1960; 6.933 de 02/02/1935, Decretos-leis nº. 12.753 de
12/06/1942; 15.634 de 09/02/1946; Decretos nº. 34.083 de 28/11/1958 e 46.865 s/nº de
25/06/1968. Nos anos de 1935, 1942, 1946 e 1958 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Atualmente, a sede administrativa do núcleo localiza-se na base de Pilões que antigamente
envolvia, além da Reserva da Serra do Mar, as Reservas de Rio Branco - Cubatão (criada pelo
Decreto Estadual nº. 6.933 de 02/02/1935) e São Vicente (criada por meio do Decreto Estadual nº.
30.773 de 28/01/1958). Essas Reservas foram incorporadas ao Parque Estadual Serra do Mar por
meio do Decreto Estadual nº. 10.251 em 1977 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 43,8 mil estão localizados
no Núcleo Itutinga Pilões, o que representa 13,43% da sua área total. Atualmente, abrange os
municípios de Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos, Cubatão, São Bernardo do Campo,
Santo André e Mogi das Cruzes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O Núcleo sofre constantes pressões com o crescimento urbano-industrial da Grande São
Paulo e da Baixada Santista, duas grandes regiões metropolitanas de grande importância para a
economia nacional (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Assim, como parte do apoio à Fiscalização, Proteção e Programa de Uso Público, dentro do
PESM Núcleo Itutinga Pilões, conta-se com a SEDE Itutinga Pilões de Cubatão e suas 02 bases de
Apoio: Base Tibiriçá e Guariuma, instaladas em São Bernardo do Campo e Praia Grande,
respectivamente.
Atualmente, ainda operamos de forma tímida na Base Tibiriçá (SBC), com poucas visitações
e alguns programas de Educação Ambiental. A Base Guariúma (PG) está em fase de finalização das
141
instalações e estrutura (centro de visitantes, refeitório, receptivo, sanitários) para que se possa dar
início às visitas.
A história da região
Cubatão teve sua formação em 1532 e foi onde as primeiras Sesmarias do Brasil foram
doadas. A Sesmaria que hoje é a atual região do Núcleo Itutinga Pilões era conhecida como
“Sesmaria de Antônio Rodrigues de Almeida”, de 1556 (MATTOSO, 2012).
Em 1653 os Jesuítas dominam as regiões das Sesmarias e tinham como objetivo
desenvolver essas regiões, estimulando o crescimento demográfico e da economia local em prol da
região portuária da Baixada para o Planalto. Uma das maneiras era a cobrança por uso de qualquer
transporte dentro de suas áreas. O acesso principal dava-se pelo Rio Cubatão, ligando o município a
Santos (MATTOSO, 2012).
Foi em 1759 o ano de expulsão dos Jesuítas no Brasil. As terras da Região passaram a ser
administradas pelo Poder do Estado. E em 1792, o português Bernardo José Maria de Lorena ficou
responsável por construir o caminho de Cubatão a São Paulo. O caminho escolhido é a “Calçada do
Lorena” (MATTOSO, 2012). O aumento do movimento de cargas praticamente obrigou as
autoridades a estudarem novos caminhos. A saturação da Calçada do Lorena levou o Brigadeiro
Rafael Tobias de Aguiar, em 1841, a defender a ideia de uma nova estrada. Em 1846, o Imperador
D. Pedro II inaugurou a Estrada da Maioridade, posteriormente conhecida como Caminho do Mar
(FERREIRA et al., 2008).
A construção da Calçada do Lorena e do Caminho do Mar propiciou uma melhoria
considerável no trânsito de mercadorias. Isso, consequentemente, refletiu no aumento das
exportações e importações. Todas as atividades refletiam em Cubatão (FERREIRA et al., 2008). A
Região da Vila de Itutinga-Pilões, conhecida como “Cubatão de Cima” a partir dos anos de 1800
também possuía caminhos que davam acesso a São Paulo, só que eram de difícil viabilidade.
A Região passou por desenvolvimentos em 1881 quando a Companhia inglesa The City of
Santos Improvements Company Ltda. foi contratada para operar na captação de água no Rio das
Pedras, em Itutinga Pilões (MATTOSO, 2012).
Em 1947, as plantações de Eucalipto tomam espaço nas áreas do Itutinga para fornecer a
celulose para a Cia Santista de Papel (de 1931), contudo o fracasso é certo devido às condições do
solo e das formigas (MATTOSO, 2012).
142
Com o surgimento de novas companhias de Eletricidade e desenvolvimento intensificado no
centro da Cidade, a Vila passou a ser produtora de Banana, Laranjas e Tangerinas. A Vila teve um
desenvolvimento considerável e passou a ter cadeia e inclusive um hospital próprio (MATTOSO,
2012).
A Ferrovia Pilões, que ligava os moradores à Usina de Itutinga e também à cidade é
desativada devido a trombas d´água. A vila passa a resumir-se em apenas sítios. Assim, em 1977 é
criado o Parque Estadual Serra do Mar com o objetivo de cuidar e preservar o que ainda existe de
Mata Atlântica (MATTOSO, 2012).
SIGNIFICADOS DO NOME CUBATÃO
Há várias origens e significados para o nome Cubatão. Segundo o historiador Francisco Martins
dos Santos, o nome da cidade deriva do tupi Cui-pai-ta-ã, contraído em Cui-pai-tã e transformado
por assimilação em Cubatão. Para ele, a palavra significa “rio que cai do alto”. Outro estudioso,
José de Souza Bernardino, considera que o significado seja “pequeno morro”, mas não cita a
origem da palavra. Já o historiador João Mendes de Almeida, defende a teoria de que o nome
Cubatão significa “empinado em escadaria” e provém da palavra Gu-bi-itã. O termo defendido por
um dos grandes cronistas do século XVIII, frei Gaspar da Madre de Deus, é que Cubatão era a
designação comum de portos fluviais. A região possuía muitos portos devido à existência de vários
rios. Para o estudioso cubatense Joaquim Miguel Couto, a palavra vem de Cu-ba-tã, ou seja, “rio
de pé de serra” (FERREIRA et al., 2008).
SIGNIFICADO NO NOME ITUTINGA
Do tupi “i”, água; “tu”, rumorejante, que faz barulho; “tinga”, branco. Significado: “água branca
rumorejante” ou “água branca que cai do alto”.
7.6.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Itutinga Pilões é possível encontrar diversas evidências de patrimônios culturais
com valor significativo para a história da região e do Brasil. São eles:
a) Ruínas da Vila de Itutinga:
Na sede do núcleo é possível observar as ruínas da antiga Vila de Itutinga, como o
antigo hospital, construído da na década de 20 que atendia moradores da vila e da região.
143
b) Calçada de Lorena e Caminhos dos Mar
A Calçada do Lorena foi a primeira estrada pavimentada com macadames (blocos de pedra)
do Brasil e que serviu de ligação entre o planalto e a baixada. Construída em 1792, a mando do
governador Bernardo José Maria de Lorena, a estrada foi aberta para substituir o caminho
anteriormente utilizado para acessar o litoral, ou seja, a trilha do vale do rio Mogi. Tal medida foi
tomada por conta dos ataques dos Tamoios (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
A estrada foi construída pelo Corpo Real de Engenheiros vindo de Portugal. Os profissionais
escolheram um local por onde não passava nenhum curso d´água para instalar a calçada. Ademais,
a estrada, toda em pedra, foi construída em “zig-zag” para diminuir o declive e, ao contrário do
sistema atual, o escoamento da chuva se dava pelo meio da estrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
O caminho era majoritariamente utilizado para o transporte do café que era produzido no
interior do Brasil para o Porto de Santos. Além disso, Dom Pedro passou pela Calçada do Lorena
para proclamar a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822 (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
A calçada foi usada por aproximadamente 50 anos. O aumento do movimento de cargas
praticamente obrigou as autoridades a estudarem novos caminhos. A saturação da Calçada do
Lorena levou o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, em 1841, a defender a ideia de uma nova
estrada (FERREIRA et al., 2008).
Assim, em 1846, o Imperador D. Pedro II inaugurou a Estrada da Maioridade, que recebeu
este nome em homenagem à maioridade do segundo imperador. A estrada recebia manutenção por
parte dos presidentes da província. Em 1864, José Vergueiro era o responsável pelas reformas e,
em sua homenagem, a via passou a ser denominada Estrada do Vergueiro. O traçado deste
caminho abrangia desde o planalto, a Serra do Mar, até a margem esquerda do rio Cubatão. O seu
intenso uso, no século XIX, resultou em sua denominação mais popular, ou seja, Caminho do Mar
(FERREIRA et al., 2008). Posteriormente, foi construída a ferrovia, o que acabou por inutilizar
parcialmente a Estrada Velha de Santos (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Em 1922, Washington Luiz, então governador do Estado de São Paulo, entregava ao público
os Ranchos do Caminho do Mar, ou seja, seis monumentos construídos como homenagem aos 100
anos da Independência do Brasil: Cruzeiro Quinhentista, Pontilhão da Serra, Belvedere Circular,
Padrão de Lorena, Rancho da Maioridade, e Pouso de Paranapiacaba. Esses monumentos,
juntamente com alguns outros, como o monumento do Pico, as ruínas do Pouso, a Calçada do
Lorena e a Casa de Visitas Alto da Serra foram tombadas como patrimônio Histórico Cultural pelo
144
CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do
Estado de São Paulo) em 1972 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Assim, os principais atrativos da Calçada do Lorena e da estrada Caminhos do Mar são:
Atrativos da Calçada do Lorena
● Monumento do Pico: Construído por ordem do Prefeito de São Paulo, Firmino de
Moraes Pinto. Localiza-se onde, em 1792, foi inaugurado o marco que homenageava o
governador Lorena e que continha as placas de pedra colocadas no Padrão do Lorena,
no Km 47,2. Marca o início do trecho de serra da antiga calçada (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013);
● Pouso Circular ou Belvedere Circular: situa-se no Km 45 do caminho do Mar. Trata-se
de uma construção simples de alvenaria de pedra, mas com grande requinte
arquitetônico. Marca o primeiro encontro da Calçada do Lorena com a estrada
Caminhos do Mar (FERREIRA et al., 2008);
● Rancho da Maioridade: parada de descanso e reabastecimento durante a viagem entre
São Paulo e Santos. O prédio relembra a antiga Estrada da Maioridade, reproduzindo
símbolos da autoridade de D. Pedro II, como as armas do Império com seu escudo e
esfera armilar. Na curva onde se encontra é preservado o piso em macadame da
estrada original (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013);
● Padrão Lorena: Marca um dos três pontos de cruzamento da estrada caminhos do mar
com a Calçada do Lorena. É formado por um paredão de pedra, escadarias, um belo
painel de azulejos e um arco de abrigo que possui em seu topo a esfera armilar o
símbolo da família real brasileira (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013);
● Pontilhão da Raiz da Serra: Localizado na planície, após o fim da serra. Foi construído
junto com o fim da pavimentação com asfalto da estrada, com o propósito de
homenageá-la. Não é de fato uma ponte, mas somente as "paredes" da ponte
disposta no chão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Atrativos do Caminhos do Mar:
● Cruzeiro Quinhentista: construído no ponto de encontro entre o Caminho do Mar e a
Calçada do Lorena, o Cruzeiro Quinentinsta apresenta no seu corpo centrak, além das
datas 1500 e 1922, os nomes dos colonizadores e jesuítas que utilizaram os primitivos
acessos do Planalto Paulista ao mar: Tibiriçá, Anchieta, Mem de Sá, Nóbrega,
Leonardo Nunes, Martim Afonso e João Ramalho (FERREIRA et al., 2008).
● Pouso Paranapiacaba: Se localiza na estrada do caminho do mar, com uma vista
deslumbrante a bela casa de pedra representa a época moderna, a era rodoviária. Há
um painel de azulejos retratando um mapa rodoviário do estado de São Paulo, com
estradas que nem ao menos existiam, demonstrando a visão de futuro de seus
idealizadores (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013);
145
● Ruínas do Pouso: Uma casa em ruínas que se encontra na estrada do caminhos do
mar, especula-se que era a casa dos engenheiros responsáveis pela construção da
estrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013);
● Centro de interpretação Henry Borden: complexo Henry Borden, localizado no sopé da
Serra do Mar, em Cubatão, é composto por duas usinas de alta queda (720 m),
denominadas de Externa e Subterrânea. Nesse ponto a estrada da serra do mar cruza
com os dutos da usina (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
c) Estrada de Ferro Santos Jundiaí
A São Paulo Railway foi a primeira estrada de ferro construída em solo paulista. Por
iniciativa de Irineu Evangelista de Souza, o barão de Mauá, foram realizados estudos de viabilidade
que confirmaram a exequibilidade de um empreendimento ligando Santos à Jundiaí, passando pela
Serra do Mar. O empresário obteve o direito de explorar a linha férrea em 1856 (Junior, 2010).
A inauguração da linha férrea ocorre em fevereiro de 1867, pouco mais de sete anos depois
de iniciada a sua construção. O sucesso da empreitada foi imediato, tanto no transporte de cargas,
quanto no transporte de passageiros. A ferrovia passou por inúmeras reformas e em 1946 a SPR foi
nacionalizada, noventa anos depois da assinatura do contrato que permitiu o seu funcionamento
(SOUKEF JUNIOR, 2010).
Atualmente, boa parte da antiga via permanente da São Paulo Railway está em mau estado,
assim como a maioria de suas estações, armazém, oficinas, depósitos, vilas, etc., por terem sido
alvo de modificações descaracterizadoras, ou pelo descaso ou abandono, correndo, portanto, risco
de desaparecimento, como por exemplo o caso dos imóveis remanescentes nos pátios ferroviários
de Santos e Jundiaí (SOUKEF JUNIOR, 2010).
d) Vila de Paranapiacaba
A Vila de Paranapiacaba e seu entorno constituem uma porção de território de grande
importância histórica e ambiental. Registra um período que mostra a influência da cultura inglesa.
As origens da ocupação da Vila de Paranapiacaba estão associadas à construção da ferrovia, a São
Paulo Railway, a partir de 1860. Para a realização das referidas obras, foi necessária a construção
de alojamentos provisórios destinados ao abrigo dos operários, os quais se instalaram ao longo do
leito de implantação da linha férrea (PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ, s/d).
Depois da inauguração da ferrovia, em 1867, houve a necessidade de se fixar parte deles no
local para cuidar da manutenção do sistema. Assim, construiu-se a Estação Alta da Serra, que
146
também foi o primeiro nome dado ao lugarejo. Por causa da sua localização, último ponto antes da
descida da serra, a vila começou a ganhar importância. Também nesta época foi fundada, em torno
da estação São Bernardo, a futura cidade de Santo André, à qual a vila de Paranapiacaba pertence
hoje (CIDADES HISTÓRICAS BRASILEIRAS, s/d).
Paranapiacaba teve seu patrimônio cultural, tecnológico e ambiental reconhecido em 1987
pelo tombamento do CONDEPHAAT, em 2002 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional), e em 2003 na esfera municipal, pelo Comdephaapasa (PREFEITURA DE SANTO
ANDRÉ, s/d).
7.6.3. Comunidades tradicionais
Não há comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e caiçaras) no Núcleo
Itutinga Pilões e no seu entorno. Há apenas moradores locais.
7.6.4. Ecossistema e Geomorfologia
O Núcleo Itutinga Pilões abrange territórios de municípios tanto litorâneos, quanto do
planalto, possuindo uma amplitude altitudinal que varia de 30 a 800 m. Como consequência, seu
ecossistema varia desde Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas até Floresta Ombrófila Densa
Submontana e Montana (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O Núcleo apresenta alguns trechos com vegetação em mau estado de conservação,
possivelmente ocasionado pela ocupação urbana e industrial da região metropolitana de São Paulo
e da Baixada Santista (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.6.5. Fauna e Flora
O Núcleo Itutinga Pilões possui diversas espécies características da fauna e da flora de Mata
Atlântica, sendo que muitas delas estão ameaçadas de extinção.
As espécies da fauna mais típicas no núcleo são: tucano do bico verde, araçari-poca,
papagaio-da-cara-roxa, entufado, araponga, onça parda, macaco-prego, anta, cutia, cateto. Em
relação à flora são: Palmito juçara, guaricana, quaresmeira, figueira, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
PALMITO JUÇARA (Euterpe edulis Mart.)
O palmito juçara serve de alimento para um grande número de espécies de aves e
147
mamíferos, como a anta, o tucano do bico verde e o muriqui, sendo considerada uma espécie
chave para a Mata Atlântica. Sua palmeira atinge até 25 m de comprimento, possuindo tronco reto
e fino, com diâmetro de até os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido,
recoberto pelas bainhas das folhas palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores
pequenas de cor creme, polinizadas por insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação
ocorre de abril a novembro - fruto carnoso, esférico e roxo-escuro. Pelo sabor e alto valor
comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as
plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse
incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
TUCANO DE BICO VERDE (Ramphastos dicolorus)
O tucano do bico verde tem cerca de 48 centímetros de tamanho, sendo que boa parte
corresponde ao bico, pesa em torno de 320 g a 400, com papo amarelo e bico verde. O serrilhado
do bico é bem desenvolvido e realçado pela cor vermelha sanguínea. Vive em áreas florestadas,
desde o litoral até as zonas montanhosas, incluindo as florestas de planalto. Habita a copa de
florestas altas, principalmente em áreas montanhosas da Mata Atlântica, em seu interior e nas
bordas (Wikiaves, s/d (c)).
CUTIA (Dasyprocta azarae)
A cutia mede de 50 a 60cm e pesa de 1 a 3 kg. A cauda é rudimentar como na capivara.
A coloração geral é marrom-avermelhada, sendo o lado ventral mais claro. A região próxima à
cauda é mais avermelhada. Os membros dianteiros são curtos e têm cinco dedos providos de
fortes unhas. Os posteriores são longos e tem três dedos também com fortes unhas. O membro
posterior alongado auxilia a cutia a pular. É um animal herbívoro, alimentando-se de frutos, tais
como bacupari (Rheedia gardneriana), cambucá, palmito, ingá entre outros, e talos de palmito
jovem. Este animal pode estocar um grande número de frutos, enterrando-os para alimentação
posterior, assim acaba por esquecer parte deles, que, desta forma, acabam germinando, o que faz
desse animal um ótimo dispersor da floresta.
A cutia vive em regiões com floresta densa, ou em matas ralas. Ocorre também no
cerrado. É mais ativa durante as horas crepusculares, apesar de poder ser vista durante o dia em
regiões onde não sofre perseguições. Procura como abrigo tocas que constrói em barrancos, ocos
de árvores caídas e sob raízes. Vive praticamente solitária e quando pressente algum perigo
costuma ficar parada, tentando passar despercebida. Ao comer, a cutia costuma segurar o
alimento com as patas dianteiras, ficando sentada sobre as patas traseiras. Este hábito de usar os
membros na alimentação é bastante comum entre os roedores (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA A
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d(b)).
GAMBÁ (Didelphis aurita)
Também chamado de saruê, são animais de médio porte apresentando de 35,5 cm a 45
cm de comprimento. Pelagem de coloração negra ou grisalha onde na região da face apresenta
uma coloração mais esbranquiçada. As fêmeas dessa espécie possuem marsúpio, uma bolsa
situada na parte ventral do animal, onde os embriões completam o desenvolvimento, agarrados a
um mamilo para a sucção do leite materno. Possuem hábitos noturnos e solitários. Essa espécie
adapta-se muito bem a vários ambientes vivendo até mesmo em grandes centros urbanos.
Alimentam-se de pequenos mamíferos, invertebrados, aves, répteis, sementes e frutos
(ViaRondon, 2011).
148
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.
Macuco (Tinamus solitarius)
Caracoleiro (Chondrohierax uncinatus)
Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)
Beija-Flor-Rajado (Ramphodon naevius)
Rabo-Branco-Rubro (Phaethornis ruber)
Araçari-Banana (Pteroglossus bailloni)
Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
Choquinha-De-Peito-Pintado (Dysithamnus stictothorax)
Cuspidor-De-Máscara-Preta (Conopophaga melanops)
Entufado (Merulaxis ater)
Arapaçu-De-Garganta-Branca (Xiphocolaptes albicollis)
Chibante (Laniisoma elegans)
Garrinchão-De-Bico-Grande (Cantorchilus longirostris)
Pula-Pula-Ribeirinho (Myiothlypis rivularis)
Catirumbava (Orthogonys chloricterus)
Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus)
Pixoxó (Sporophila frontalis)
Papa-Capim-De-Costas-Cinzas (Sporophila ardesiaca)
Gaturamo-Bandeira (Chlorophonia cyanea)
Fonte: SCHUNK, 2015
- MAMÍFEROS
Sussuarana (Puma concolor)
Macaco-preto-preto (Cebus nigritus)
Anta (Tapirus terrestres)
Cutia (Dasyprocta azarae)
Preguiça (Bradypus variegatus)
Veado-mateiro (Mazama americana)
Dados secundários
Cateto (Pecari tajacu)
Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)
Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)
Quati (Nasua nasua)
Gambá (Didelphis sp.)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS
Adenomera cf. marmorata
Dendrophryniscus cf. brevipollicatus
Eleutherodactylus cf. guentheri
149
Eleutherodactylus guentheri
Eleutherodactylus sp. 1
Eleutherodactylus sp. 3
Cágado-da-serra (Hydromedusa maximilianii)
Hyla hylax
Hyla sp. 3
Scinax sp. (gr. perpusillus)
Thamnodynastes cf. nattereri
Bufo cf. margaritifer
Bufo ornatus
Eleutherodactylus binotatus
Flectonotus fissilis
Proceratophrys melanopogon
Scinax cf. perpusillus
Scinax littoralis
Bufo ictericus
Cycloramphus boraceiensis
Eleutherodactylus sp. 2
Hyla hylax
Hyla sp. 2
Hylodes phyllodes
Micrurus corallinus
Eleutherodactylus sp. 4
Flectonotus sp.?
Hyla sp. 1
Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca)
Eleutherodactylus parvus
Enyalius cf. iheringi
Hyla bischofii
Scinax fuscovarius
Scinax sp. 1
Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
Embaúba (Cecropia pachystachya)
Araribá (Centrolobium robustum)
Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
Bromélia (Vriesa sp.)
Micônias (Miconia sp.)
Manacá (Tibouchina sellowiana (Cham.) Cogn.)
Manacá-da-serra (Tibouchina granulosa)
Pariparoba (Piper umbellatum– Piperaceae)
Palmito-juçara (Euterpe edulis)
Helicônias (Heliconia spp. – Heliconiaceae)
Trapoeraba (Piper sp.)
Tapiá (Alchornea triplinervia – Euphorbiaceae)
150
Caninha-do-brejo (Costus spiralis – Zingiberaceae)
Morango silvestre (Rubus rosaefolius – Rosaceae)
Maracujá (Passiflora edulis– Passifloraceae)
Brejaúva (Astrocaryum sp.)
Jambolão (Syzygium cumini)
Mangue-do-mato (Clusia criuva Clusiaceae)
Jacatirão (Miconia sp. Melastomataceae)
Carqueja (Baccharis trimera Asteraceae)
Assa-peixe (Vernonia ferruginea Asteraceae)
Ingá (Inga edulis - Fabaceae-Mimosoidae)
Ingá-macaco (Inga sessilis - Fabaceae-Mimosoidae)
Cambará (Piptocarpha axillaris– Asteraceae)
Macuqueiro (Bathysa meridionalis)
Pixirica (Miconia sp.)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.6.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Itutinga Pilões presta diversos serviços, principalmente para a sua comunidade do
entorno. Os principais são:
● Regulação da qualidade do ar e do clima;
● Polinização;
● Proteção dos morros e encostas;
● Proteção dos solos;
● Bem-estar, lazer e turismo;
● Produção de energia pela Usina Henry Borden;
● Recursos hídricos e abastecimento hídrico.
O Núcleo está inserido em uma área de grande ocupação urbana e industrial da região
metropolitana de São Paulo e Baixada Santista. A região é marcada pela poluição atmosférica,
principalmente na região de Cubatão e pela poluição hídrica. Assim, dois importantes serviços
ecossistêmicos que merecem ser destacados são: regulação da qualidade do ar e recursos hídricos.
Em relação aos recursos hídricos, o Núcleo preserva importantes rios, como o Rio
Passariúva, Rio Pilões e o Rio Cubatão, responsáveis pelo abastecimento de água de 80% da
Baixada Santista, além dos mananciais da Represa Billings.
151
Represa Billings
Com o crescimento da população e do parque industrial de São Paulo e dos municípios
vizinhos na década de 20, o engenheiro ASA White Kenney Billings começa a estudar a implantação
do “Projeto Serra”, cujo objetivo era aproveitar o desnível de 720 m da Serra do Mar para a
geração de energia elétrica em Cubatão (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010).
A Serra do Mar é uma barreira geográfica naturalmente intransponível para os rios. Assim,
para aproveitar o grande desnível provocado pela Serra para a geração de energia elétrica é
necessário reverter o fluxo dos rios e represar suas águas. Com esse intuito, as águas do Rio
Grande e Rio das Pedras foram represadas, originando o Reservatório Rio das Pedras. Para atingir
então Cubatão, foi construída a Usina Henry Borden (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/
COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010).
Para aumentar a capacidade da Usina Henry Borden e atender a demanda por energia
elétrica do pólo industrial perto do Porto de Santos, foi a autorizado a construção do Reservatório
Billings em 1925. O Reservatório Rio das Pedras é ligado a Represa Billings através do Canal
Summit Control, hoje localizado na Base São Bernardo do Núcleo Itutinga Pilões (SECRETARIA DO
MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010).
Na década de 50, o reservatório passou a servir de manancial para o abastecimento público
da região do ABC, atendendo a demanda de água da população, que estava crescendo
(SECRETARIA DE GESTÃO AMBIENTAL DA PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2013).
Atualmente, a Represa Billings possui um volume aproximado de 1,2 bilhões de metros
cúbicos de água, sendo o maior reservatório de água da Região Metropolitana de São Paulo. Seu
espelho d´água tem 12.750 hectares, aproximadamente 100 km² e abastece cerca de 1,2 milhões
de pessoas. No entanto, estima-se que a represa teria capacidade para fornecer água para
aproximadamente 4,5 milhões, o que não ocorre devido à poluição em alguns trechos, resultante da
falta de planejamento urbano e da intensa ocupação irregular ocorrida principalmente nas décadas
de 60 e 80 (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL,
2010).
Apesar de ser uma área protegida desde a década de 70, a Billings vem sofrendo com o
processo acelerado de expansão urbana e ocupação irregular, que levou ao lançamento de
efluentes domésticos, industriais e agrícolas diretamente nos corpos d´água, ao descarte
inadequado de lixo e à perda da cobertura vegetal, devido ao desmatamento indiscriminado,
152
comprometendo a quantidade e a qualidade do manancial (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/
COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010).
7.6.7. Pesquisas
Uma pesquisa realizada no núcleo com bolsa FAPES foi:
13/20035-3: O contexto territorial e ambiental no Programa de Uso Público do
Parque Estadual da Serra do Mar
O descritivo dela estão no anexo 5.
7.6.8. Atrativos
O Núcleo Itutinga Pilões conta com diversos atrativos naturais, como trilhas,
cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
A. Caminho do Mar e Trilha Calçada do Lorena:
O histórico Caminho do Mar é uma grande atração do Núcleo Itutinga Pilões. São vários
roteiros estruturados a partir da Estrada Velha de Santos, observando a floresta e suas cachoeiras,
a Calçada do Lorena, o conjunto de monumentos construídos em 1922, em comemoração ao
centenário da Independência do Brasil, tombados pelo Condephaat em 1972 (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Para maiores informações, consultar item sobre patrimônio histórico cultura.
Trilha Calçada do Lorena
Percurso: 2.427 metros
Tempo estimado: 1h30min
Nível de dificuldade: fácil a moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Caminhos do Mar
Para escolher o melhor roteiro, acesse o site: http://www.caminhosdomar.org.br/
153
Percurso: 16.000 metros
Tempo estimado: 06h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: GUIA DO LITORAL, 2009
B. Trilhas da Sede Itutinga-Pilões
Trilha do Rio Pilões
Beirando às águas do Rio Pilões é possível observar as belezas da flora e da fauna local. É a
trilha mais usada para educação ambiental. Iniciamente a trilha tinha 1.200 metros, mas com as
chuvas de 2013, parte da trilha foi destruída.
Percurso: 600 metros
Tempo estimado: 00h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
Trilha da Usina
Por dentro de densa floresta, margeando o Rio Vubatão, chega-se às ruínas da antiga usina
da antiga Usina da Companhia Santista de Papel e Celulose, construída em 1919.
Atualmente a trilha está em manutenção, sem previsão de reabertura.
Percurso: 9.000 metros
Tempo estimado: 06h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
Trilha do Rio Passaeúva
Acesso às águas claras e límpidas da cachoeira do Passareúva (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
s/d(e)).
Ao realizar a trilha, o visitante estará em uma espécie de “tríplice fronteira” ao cruzar o Rio
Pilões: de um lado fica o município de Cubatão, do outro o município de São Vicente e a cachoeira
do Passareúva está localizada no município de São Bernardo do Campo (TRILHAS DE SÃO PAULO,
2011b).
154
O trajeto é repleto de belezas naturais, em um trecho da Floresta atlântica de encosta, rico
em espécies nativas como as palmeiras juçara, embaúbas e samambaias, além de macacos-prego e
tucanos (TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011b).
Percurso: 3.000 metros
Tempo estimado: 03h00min
Nível de dificuldade: baixo
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e) e TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011b
C. Trilhas da Vila de Paranapiacaba
Trilha do Rio Mogi:
Com inicio na histórica localidade de Paranapiacaba, a trilha do Rio Mogi se caracteriza por
ter um traçado misto e ao mesmo tempo interessante, pois se inicia por uma longa descida da
Serra do Mar, cuja declividade constante e moderada se estende em meio a uma preservada Mata
Atlântica. No momento em que a trilha encontra-se com o Rio Mogi, ela se desdobra por um
profundo vale, estendendo-se pelo interior do leito largo e rochoso, ora por pedras, ora por dentro
das cristalinas águas do rio (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Antigamente a trilha era um caminho indígena utilizado para ligar o planalto à baixada e
também caminho da colonização. Entrou em desuso em 1564 quando Mem de Sá, governador
geral, mandou fechar o trajeto em função dos sucessivos ataques dos Tamoios. Passados trezentos
anos de desuso do caminho do vale do rio Mogi, o local volta a adquirir importância como caminho
de acesso à baixada. Encomendado pelo Barão de Mauá, Edson Fox realizou um estudo para
encontrar o local mais apropriado para a construção da ferrovia que ligaria o interior do estado ao
Porto de Santos. Fox apenas descobriu o que os índios já sabiam: o vale do rio Mogi era o melhor
lugar com a melhor topografia para subir a Serra do Mar (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Como atrativos, possui diversos poços ideais para o banho, como o Poço do Rio Mogi I e II,
com águas cristalinas de cor azul esverdeada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 10.520 metros
Tempo estimado: 06h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
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Trilha da Cachoeira Escondida
A trilha permite o acesso a um mirante, que oferece uma visão fantástica da Serra do Mar e
da baixada santista.
Percurso: 7.000 metros (apenas ida)
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
Trilha da Cachoeira da Fumaça
A trilha leva a um mirante com visual da Serra do Mar e de onde se chega a uma cachoeira
que possui 4 quedas d'águas, com piscinas naturais e mirante ao final da Trilha.
Percurso: 9.000 metros (apenas ida)
Tempo estimado: xxhxxmin
Nível de dificuldade: difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
Trilha do Poço Formoso
Próximo a Vila e as ferrovias de Paranapiacaba. Neste passeio é possível observar paisagens
fantásticas das Serra, tendo como a maior atração uma refrescante piscina natural.
Percurso: 4.000 metros
Tempo estimado: 03h30min
Nível de dificuldade: moderada
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
D. Trilhas da Base São Bernardo do Campo
Trilha da Barragem
À beira da Represa Billings, observando bromélias e orquídeas, cruzando riachos até chegar
à barragem e à represa, refúgio de garças, socós e Martins-pescadores.
Percurso: 2.000 metros
Tempo estimado: 02h30min
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Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
Trilha da Ferradura
Trilha mais comum da base. O seu percurso é circular e é possível perceber a
declividade/aclividade. A trilha foi alvo de Enriquecimento Florestal com a finalidade de se aumentar
a biodiversidade nela existente. A Trilha não possui cachoeira. Não é para crianças.
Percurso: 1.500 metros
Tempo estimado: 00h50min
Nível de dificuldade: fácil
Um pequeno trecho da Trilha da Ferradura pode ser feito para público infantil ou com
mobilidade reduzida sem perder o contato junto ao ambiente de Mata Atlântica. Neste trecho é
possível desenvolver atividades de percepção do meio natural e explanação de espécies da flora da
Mata Atlântica.
Percurso: xxxx metros
Tempo estimado: 00h15min
Nível de dificuldade: trilha muito fácil
E. Trilhas da Base Guariúma
Trilha do Guariúma
Localizada na Praia Grande, a trilha do Guariuma é caracterizada por estar próxima a um
ponto de captação de água da Sabesp e ao bairro do Jardim Melvi. A trilha se desenvolve em um
traçado praticamente plano em meio a uma mata preservada. Ao longo de sua extensão, a trilha
acompanha o conduto que é proveniente da adutora da Sabesp responsável pela captação de água
potável (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Na trilha há cachoeira do Melvi, que se projeta em queda livre do alto de uma parede
rochosa de aproximadamente 20 metros de altura e em sua base, em meio às rochas, forma-se um
majestoso poço de águas cristalinas e geladas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). É possível tomar
banho apenas nos poços de águas cristalianas, abaixo da captação de água.
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Percurso: 1.728 metros
Tempo estimado: 01h00min
Nível de dificuldade: muito fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Lambari
Localizada na Praia Grande, a trilha do Lambari se localiza na área de captação de água
para abastecimento da Sabesp, rodeada por Mata Atlântica, com serrapilheira bem conservada. É
uma trilha de fácil acesso, sem muitos aclives e declives (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Ao final da trilha encontra-se um rio represado pela SABESP – captação Lambaria, formando
um poço em meio às rochas, exclusivamente para o abastecimento da população, com 19 metros
de largura (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.326 metros
Tempo estimado: 01h00min
Nível de dificuldade: muito fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Laranjal
Localizada na Praia Grande, a trilha do Laranjal se localiza na área de captação de água
para abastecimento da Sabesp. A trilha possui a mesma característica de um leito de estrada,
praticamente plana e com a mata bem preservada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
No percurso é possível tomar um banho na Cachoeira do Laranjal, que na sua parte baixa
apresenta uma queda em uma laje de pedra de 30 metros de largura, com um poço profundo de
águas cristalinas e esverdeadas, com um comprimento de 10 metros (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
Percurso: 2.706 metros
Tempo estimado: 01h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
158
Trilha Serraria
Localizada na Praia Grande, a Trilha Serraria é rodeada por uma mata bem preservada,
acompanhando os dutos de captação de água para abastecimento da Sabesp (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
No caminho há o poço Serraria, ponto ideal para um banho em meio a Mata Atlântica, raso
e bem seguro, tem 10m de largura por 25 de comprimento e a Cachoeira Serraria, que possui
aproximadamente 30 metros de altura em uma laje de pedra (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.452 metros
Tempo estimado: 1h00min
Nível de dificuldade: muito fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Soldado
Localizada na Praia Grande, a Trilha Soldado é rodeada por uma mata bem preservada,
acompanhando os dutos de captação de água para abastecimento da Sabesp. No caminho há a
captação Soldado, local de captação de água para a SABESP (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.386 metros
Tempo estimado: 01h00min
Nível de dificuldade: muito fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.6.9. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área 43.800 hectares
Bioma Mata Atlântica
Município da sede Cubatão
Municípios Abrangidos São Bernardo do Campo, Cubatão, São Vicente, Santos, Praia Grande,
Santo André, Mogi das Cruzes e São Paulo
Endereço da sede Estrada Elias Zarzur, Km 8 s/nº. Bairro Água Fria. Cubatão -SP
Escritório urbano
159
Bases e outras funções
Bases de Apoio:Base Tibiriçá no Bairro do Riacho Grande em São
Bernardo do Campo e; Base Guariúma, instalado no Jardim Melvi na Praia
Grande.
Estas bases servem de apoio à Fiscalização, Proteção, Educação Ambiental
e Eventos.
Telefones (13) 3361 8250 / (13) 3377 9154
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC pesm.itutingapiloes@fflorestal.sp.gov.br
Nome do Gestor Patrícia Cristiane Camargo Rodrigues
Esportes Radicais Não
Capacidade de hospedagem Não
Valor da hospedagem na UC Não
Centro de visitantes Sim
Capacidade do auditório 60 pessoas
Capacidade do refeitório Não
Lanchonete Não
Quiosques pic nic Não
Camping na UC Não
Facilidades no entorno
imediato Não
Tipo de Acesso Asfalto, terra
Distância de SP 57 km
Distância cidade mais próxima(s)
Centro da Cidade de Cubatão: 8km; São Vicente: 10km; Santos 8km; Praia Grande - 27km
Cobrança de Ingresso e valor Não
Amplitude Altitudinal 30 a 800 metros
Amplitude de Temperaturas 10° a 34° C
Bases e outras funções
Base de Proteção e Uso Público Guariuma
160
Endereço Rua Wilson de Oliveira, nº 20.029 - Bairro Jardim Melvi - Praia Grande -
SP
Telefone Não há.
Capacidade de hospedagem
Base de Proteção e Uso Público São Bernardo (Tibiriçá)
Endereço Rodovia Anchieta, KM 35,5 - sentido São Paulo->Litoral.
Bairro Riacho Grande - São Bernardo do Campo
Telefone (11) 4359 9191
Área de atuação Planalto (São Bernardo do Campo, Santo André, Paranapiacaba, São Paulo
e Mogi das Cruzes).
Capacidade de hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para informação (13) 3377-9154 / (13) 3361-8250
E-mail pesm.itutingapiloes@gmail.com
Gestor (a)
Endereço Estrada Elias Zarzur, Km 8, s/nº - Água Fria - Cubatão - –SP
Visitação
Dias e horário de
funcionamento
De terça-feira a sexta-feira das 9h às 17h, somente mediante
agendamento prévio. Aos sábados das 9h até às 12h.
Não atendemos aos domingos.
Endereço Estrada Elias Zarzur, Km 8 s/nº - Cubatão -SP.
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
161
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento
da trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que
se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta.
Símbolo
O tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicoloru) tem cerca de 48 cm e pesa em torno de 320 g.
Além de seu bico verde, apresenta uma coloração amarelada no papo. Sua alimentação é baseada
principalmente de frutos do palmito juçara, embaúba, artrópodes e pequenos vertebrados. É
responsável pela dispersão dessas espécies vegetais e com a exploração ilegal do palmito juçara
houve um decréscimo na população do tucano-de-bico-verde.
Com a destruição de seu habitat natural, tem se tornado cada vez mais raro em sua área de
ocorrência original (Wikiaves, s/d (c)).
7.7. Núcleo Padre Dória
7.7.1. História
O Núcleo Padre Dória foi instituído no Parque Estadual Serra do Mar em 2014. Possui
uma área de aproximadamente 19.320 hectares, sendo 3.630 hectares oriundos do Núcleo
Caraguatatuba e 15.690 hectares do Núcleo São Sebastião. Assim, ele compreende toda a parte de
planalto dos núcleos citados, abrangendo os municípios de Salesópolis, Paraibuna e Biritiba-Mirim
(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2014).
O nome do Núcleo Padre Dória é em homenagem ao Padre Manuel de Faria Dória,
responsável pela construção da Estrada Dória, que liga as regiões do Vale do Paraíba e Grande São
Paulo ao Litoral Norte Paulista, além de ser o fundador da cidade de Salesópolis (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2014).
162
Padre Manuel de Faria Dória
O Padre Manoel de Faria Dória nasceu na Vila de São Sebastião, Litoral Norte Paulista, no ano de
1781, filho do Capitão Amaro Alvares e Maria Barbosa do Amaral. Foi vigário de São Sebastião
entre os anos de 1816 e 1837, tendo sido inscrito, nas ordens diocesanas no ano de 1816. Foi
também deputado provincial por quatro legislaturas entre os anos de 1835 a 1842, ano de sua
morte. Foi o responsável pela abertura e construção da Estrada Nova entre São José do
Parahytinga e São Sebastião, estrada que mais tarde levou seu nome (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA
DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).
A Estância Turística de Salesópolis é o berço do lendário e histórico Rio Tietê, um dos mais
importantes rios do Estado de São Paulo. Localiza-se a 96 km da Capital, na Serra do Mar. Tem
clima ameno (18°C) e muita tranquilidade, pois preserva as características de cidade do interior.
98% do seu território é abrangido pela Lei de Proteção aos Mananciais, que trata da proteção e
recuperação de condições ambientais específicas com o intuito de garantir a produção de água
necessária para o abastecimento e consumo das gerações atuais e futuras.
O nome da cidade quer dizer “Terra de Sales”, uma homenagem ao presidente da República Dr.
Manuel Ferraz de Campos Sales. Antigamente, o nome do município era São José do Parahytinga.
A cidade surgiu entre os séculos XVI e XVII no cruzamento das poucas que serviam de rotas
comerciais e que ligavam o Litoral Norte Paulista ao Alto do Tietê e Vale do Paraíba (ESTÂNCIA
TURÍSTICA DE SALESÓPOLIS, s/d).
7.7.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Padre Dória passa a Rota Dória, trilha do século XVIII que ligava o litoral ao
planalto. Muitas das rotas existentes eram traçados abertos pelos índios que subiam e desciam a
Serra e que posteriormente foram utilizadas no período de colonização do Brasil (ASSOCIAÇÃO LAR
TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).
Com a Estrada Doria não foi diferente. Era uma antiga trilha indígena, que depois passou a
ser a Rota do Sal ligando as Minas Gerais ao Porto de São Sebastião na época da mineração. Tal
rota era assim conhecida devido ao movimento de tropas que transportavam ouro para ser
exportado no porto e que, na volta, traziam além dos mantimentos para as Minas, o sal que era
artigo escasso na época (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL, 2013).
Em 1832, essa antiga rota ganhou um traçado definitivo sendo oficializada graças ao
trabalho do Padre Dória, com o objetivo de intensificar o comércio entre o porto de São Sebastião,
163
o Vale do Paraíba e parte do Alto Tietê. A Estrada está ligada também ao desenvolvimento do
núcleo populacional que deu origem a Salesópolis e a um dos períodos de auge do Porto de São
Sebastião, quando servia como porto de escoamento de artigos de grandes ciclos econômicos como
o ouro e o café. Em 1842, com a morte do Padre Dória, a estrada foi fechada por um de seus
inimigos políticos, o Padre Pinto (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL, 2013).
A partir de 1850, com a lei Eusébio de Queiroz o tráfico de escravos ficava proibido. No
entanto, alguns lugares resistiram à legislação e, oito anos após o fechamento da Estrada, ela volta
a ser muito utilizada como uma rota clandestina que serve ao tráfico negreiro. Com isso, São José
do Parahytinga (Salesópolis), entra no contexto do tráfico negreiro como o principal ponto de venda
desses escravizados no Alto da Serra. Acredita-se que após a Lei Eusébio de Queiroz passaram mais
de 25.000 escravos pela Rota (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL, 2013).
Várias praias de São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba eram portas de entrada para o
desembarque de negros escravizados que subiam a Serra por diversas trilhas, tendo a antiga
Estrada Dória como espinha dorsal dessa Rota Clandestina. Essas trilhas convergiam para um
antigo Casarão localizado à margem do Rio Parahytinga há menos de uma légua da sede da Vila de
São José do Parahytinga, conhecido atualmente como Casarão Senzala que, na época, foi um
importante entreposto comercial do tráfico de diversos gêneros, mas principalmente de escravos,
servindo a fazendeiros de diversos pontos do Estado, principalmente os localizados no Vale do
Paraíba, mas sendo identificados também outros pontos do Estado, como em Fazendas na região
de Jundiaí (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).
Atualmente, a Rota Dória reúne diversos bens históricos, culturais, religiosos, ambientais e
turísticos nos municípios por onde passa. Parte dela passa pelo Parque Estadual Serra do Mar,
saindo do município de Salesópolis até o sítio arqueológico São Francisco, localizado no Núcleo São
Sebastião (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).
Os possíveis percursos e ativos são (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E
EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013):
● De Salesópolis – Marco Zero na Igreja Matriz, percorrendo os Municípios de Paraibuna,
Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, temos: o Casarão Senzala, Casarão do Café,
Cruz do Dória, em Salesópolis, Capela de São Lourenço, além de equipamentos como
o Parque Estadual Serra do Mar, Sítio Arqueológico São Francisco, barcos e paisagens.
● De Salesópolis – Marco Zero na Igreja Matriz a Aparecida do Norte, como rota cultural
e religiosa, percorrendo antigos trechos da Rota Dória pelo Vale do Paraíba e com
164
destino a Basílica de Aparecida, marcadamente roteiro de romarias, herança de uma
cultura religiosa, centrada na figura de Nossa Senhora Aparecida, Virgem Negra;
● De Salesópolis – Marco Zero na Igreja Matriz ao Pateo do Colégio em São Paulo,
percorrendo o traçado, passando pela Aldeia Indígena Lobo Velho em Suzano e
atingindo o destino do Padre Dória quando Deputado Provincial na busca de interesses
da região.
7.7.3. Comunidades tradicionais
No Núcleo não há presença de comunidades tradicionais, como as indígenas, quilombolas
ou caiçaras.
7.7.4. Ecossistema
O Núcleo Padre Dória está inserido no ecossistema de Floresta Ombrófila Densa,
representativa do domínio mata atlântica com ampla diversidade de tipos de vegetação
originalmente contínuos e integrados sobre uma variedade de compartimentos morfológicos de
relevos e variações climáticas.
A atividade de reflorestamento dos Municípios do entorno vieram crescendo e invadindo os
fragmentos florestais de forma que hoje observa-se um mosaico intrincado entre espécies regionais
de floresta madura, espécies regionais cobrindo áreas em estágio inicial de regeneração, espécies
exóticas plantadas e espécies exóticas que invadiram a região pela exposição do solo.
7.7.5. Fauna e Flora
O Núcleo abriga diversas espécies animais e vegetais, diversas delas ameaçadas de
extinção. Em relação a fauna, algumas espécies características do núcleo são jaguatirica, esquilo
(serelepe), sagui da cara branca e as aves tangará, tie-sangue e araponga. Já as espécies vegetais
mais características são: cambuci, araçá, angico, manacá, chá de bugre.
CAMBUCI (Campomanesia phae)
Como espécie característica do Núcleo, podemos citar o cambuci (Campomanesia phae). A história
da Rota Dória se entrelaça à dessa árvore nativa, endêmica da Serra do Mar paulista, com
consumo tradicional secular dos seus frutos pelos índios, bandeirantes e caipiras, além da fauna
brasileira. O cambucizeiro atinge cerca de 8m de altura, sua frutificação ocorre de abril a junho.
Seu fruto varia entre o verde e o verde-amarelado, o sabor é ácido e é rico em vitamina c, além
de possuir agentes antioxidantes e adstringentes, que combatem radicais livres, retardam o
envelhecimento e fortalecem o sistema imunológico.
165
O fruto pode ser utilizado para a produção de geleias, sorvetes, sucos, licores e molhos para
carnes e peixes. Faz-se ainda chá da casca do fruto e das folhas das árvores, além de extraírem-
se óleos essenciais que bem poderiam ser empregados na indústria de cosméticos, de alimentos e
farmacológica. O homem também utiliza sua madeira para a fabricação de cabos de ferramentas e
instrumentos agrícolas.
Sua interação com a fauna é grande. Seu fruto serve de alimento para diversas espécies de aves e
mamíferos. Os principais disseminadores da espécie são as pacas, as antas e os veados. Ao se
alimentarem, espalham suas sementes pelos locais em que circulam.
Até os dias atuais o cambuci permeia a Rota Dória e tem grande importância cultural, social e
ambiental da preservação de espécies animais que dele se alimentam.
Fonte: ANDRADE e LEMOS, 2011
TANGARÁ (Chiroxiphia caudata)
Ave que possui cerca de 13 centímetros e apresenta dimorfismo sexual. Os machos têm
plumagem azul-celeste, cauda preta com duas penas centrais mais longas que as outras e, no alto
da cabeça, uma brilhante coroa vermelha. Os mais jovens são verde-oliva, já as fêmeas são
verde-escuras, cauda mais longa que a dos machos, o que as torna ligeiramente maiores que
estes. São, também, mais silenciosas.
Entre os seus principais hábitos, está a típica dança pré-nupcial, onde os machos se revelam
verdadeiros acrobatas, enfileirando-se vários deles num galho e exibindo-se ante a fêmea, um de
cada vez. Depois de executarem o rito, cada um volta ao fim da fila e espera a vez de exibir-se
novamente. São onívoros, alimentando-se de bagas e pequenos artrópodes e apreciam a Michelia
champaca (Magnólia-amarela) e fruta do sabiá
Fonte: WikiAves, s/d (e)
JAGUATIRICA (Leopardus pardalis mitis)
A jaguatirica tende a ser a espécie de felino de pequeno-médio porte dominante nas áreas de
cobertura vegetal mais densa, especialmente nas úmidas. O gradiente altitudinal vai desde o nível
do mar até 3.800 m. É um táxon de porte médio, com corpo esbelto, cabeça e patas grandes e
cauda pouco curta, caracterizada pela presença de rosetas abertas que coalescem, formando
bandas longitudinais, numa pelagem de fundo amarelo-ocráceo. O comprimento médio da cabeça
e do corpo varia entre 67 e 101,5 cm, enquanto o da cauda é de 30 a 44,5 cm e o peso médio fica
em torno entre 8 a 15,1 kg.
O período de gestação varia entre 70 e 85 dias, após o qual nascem de 1 a 4 filhotes. O potencial
reprodutivo máximo de uma fêmea de sete anos, em vida livre, é de 5 a 7 filhotes. São solitários
e noturnos. A área do macho engloba, normalmente, a área de duas a três fêmeas. Carnívora,
possui um consumo médio de presas na natureza é de cerca de 700 g
Fonte: OLIVEIRA et al., 2008
CAPIVARA (Hydrochoerus hydrochaeris)
A capivara é um animal de grande porte. Considerado o maior roedor do mundo, atingindo altura
média de 50 cm. Sua pelagem é grossa de coloração marrom-avermelhada. Possui hábitos
semiaquáticos, sendo uma excelente nadadora, podendo permanecer submersas por vários
minutos. As capivaras são ativas a qualquer hora do dia. Alimenta-se de gramíneas (capim) e
plantas aquáticas. Ocorrem na Bolívia, Colômbia, Venezuela, Guianas, Paraguai e Brasil, em todos
os estados, em geral próximo a lagos e rios (ViaRondon, 2011)
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TAMANDUÁ-MIRIM (Myrmecophaga tedradactyla)
O tamanduá-mirim apresenta atividade predominantemente noturna, e quando não estão ativos
costumam descansar nos ocos das árvores e nas tocas dos tatus. Possui um hábito, que quando
atacado assume uma postura ereta, deixando suas garras dianteiras livres para se defender.
Possui porte médio, variando de 47 cm a 77 cm de comprimento. Apresenta uma pelagem curta e
densa e uma coloração amarela pálida, com duas listras pretas que avançam da região escapular
do animal, lembrando um colete. Alimenta-se de formigas e cupins. Vive na América do Sul, a
leste a leste dos Andes da Venezuela até o norte da Argentina. Sul do Brasil e norte do Uruguai.
Onde no Brasil ocorrem em todos os biomas (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,
Pantanal e Campos Sulinos) (ViaRondon, 2011)
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- Aves: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no
anexo 4.
Jacutinga (Aburria jacutinga)
Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)
Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)
Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)
Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)
Bacurau-Tesoura-Gigante (Hydropsalis forcipata)
Beija-Flor-De-Topete (Stephanoxis lalandi)
Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri)
Juruva-Verde (Baryphthengus ruficapillus)
Araçari-Poca (Selenidera maculirostris)
Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)
Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
Choca-De-Chapéu-Vermelho (Thamnophilus ruficapillus)
Matracão (Batara cinerea)
Fruxu (Neopelma chrysolophum)
Araponga-Do-Horto (Oxyruncus cristatus)
Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)
Chibante (Laniisoma elegans)
Papinho-Amarelo (Piprites chloris)
Estalinho (Phylloscartes difficilis)
João-Pobre (Serpophaga nigricans)
Tesoura-Cinzenta (Muscipipra vetula)
Tico-Tico-Do-Mato (Arremon semitorquatus)
Pula-Pula-Ribeirinho (Myiothlypis rivularis)
Sanhaçu-Pardo (Orchesticus abeillei)
Saí-De-Pernas-Pretas (Dacnis nigripes)
Tico-Tico-Do-Banhado (Donacospiza albifrons)
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Pixoxó (Sporophila frontalis)
Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris)
Cais-Cais (Euphonia chalybea)
Fonte: SCHUNCK, 2015
- Mamíferos:
● Bugio (Alouatta guariba)
● Macaco-prego (Cebus nigritus)
● Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)
● Anta (Tapirus terrestris)
● Jaguatirica (Leopardus pardalis)
● Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus)
● Onça-parda (Puma concolor)
● Queixada (Tayassu pecari)
● Cateto (Pecari tajacu)
● Lontra (Lontra longicaudis)
● Quati (Nasua nasua)
● Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita)
● Preguiça-comum (Bradypus variegates)
● Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)
● Paca (Cuniculus paca)
● Cutia (Dasyprocta azarae)
Fonte: GUAPURUVU, s/d
- ANFIBIOS E REPTEIS:
● Cobra-coral-verdadeira (gênero: Micrurus)
● Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca)
● Jararacuçu (Bothrops jararacuçu)
● Cobra-cipó (gênero: Chironius)
● Caninana (Spilotes pullatus)
- PEIXES:
● Lambari (Astyanax eigenmanniorum)
● Saguiru (Cyphocharax modestus)
● Acará (Geophagus brasiliensis)
● Peixe Cadela (Oligosarcus sp.)
● Turvina (Gymnotus carapo)
● Traira (Hoplias malabaricus)
● Trairão (Hoplias lacerdae)
● Cascudo (Hypostomus sp)
● Bagre (Rhamdia quelen)
● Tilapia (Oreochromis niloticus)
● Mandi (Pimelodella meeki)
● Tamboatá (Hoplosternum littorale)
FLORA:
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● Angico (Parapiptadenea sp. Fabaceae)
● Araçá (Myrcia citrifolia Myrtacea)
● Araçá piranga (Eugenia leitonii Myrtaceae)
● Araucária (Araucaria angustifolia)
● Aroeira pimenteira (Schinus terebinthifolius Anacardiaceae)
● Caetê (Heliconia sp. Heliconiaceae)
● Cambuizinho (Myrcia selloi Myrtaceae)
● Canafistula (Peltophorum dubium Fabaceae)
● Canela (Ocotea sp. Lauraceae)
● Canela guaicá (Ocotea Puberula Lauraceae)
● Capixingui (Croton floribundus Euphorbiaceae)
● Capororoca (Rapanea umbellata Myrsinaceae)
● Caraguatá (Bromelia sp. Bromeliaceae)
● Cedro (Cedrela fissilis Meliaceae)
● Chá (Camellia sinensis Theaceae)
● Cha de bugre (Cordia sellowiana Boraginaceae)
● Clusia (Clusia sp. Clusiaceae)
● Crindiúva (Trema micrantha Cannabaceae)
● Cuvantã (Cupania vernalis Sapindaceae)
● Embauba (Cecropia glaziovi Cecropiaceae)
● Espinheiro (Maytenus ilicifolia Celastraceae)
● Eucalipto (Eucalyptus sp.* Myrtaceae)
● Fumão (Bathysa meridionalis Rubiaceae)
● Guabiroba (Campomanesia pubescens Myrtaceae)
● Guabiroba (Campomanesia pubescens Myrtaceae)
● Helicônia (Heliconia velloziana Heliconiaceae)
● Ingá (Inga sessilis Mimosaceae)
● Jaboticaba do mato (Plinia sp. Myrtaceae)
● Jacatirão (Leandra sp. Melastomataceae)
● Japecanga (Smilax brasiliensis Liliaceae)
● Jerivá (Syagrus romanzoffiana Arecaceae)
● limão bravo (Siparuna guianensis Siparunaceae)
● Lirio-do brejo (Hedychium coronarium* Zingiberaceae)
● Mamica de porca (Zanthoxylum riedelianum Rutaceae)
● Manacá (Tibouchina mutabilis Melastomataceae)
● Moranguinho (Fragaria vesca Rosaceae)
● Nespera (Eriobothrya japonica* Rosaceae)
● Orelha de onça (Tibouchina grandiflora Melastomataceae)
● Palmito (Euterpe edulis Arecaceae)
● Pente de macaco (Amphilophium crucigerum Bignoniaceae)
● Piper (Piper sp. Piperaceae)
● Psichotria (Psichotria sp. Rubiaceae)
● Pteridium (Pteridium sp. Dennstaedtiaceae)
● Quaresmeira (Tibouchina grandulosa Melastomataceae)
● Quina de São Paulo (Solanum pseudoquina Solanaceae)
● Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana Dicksoniaceae)
● Sangra d'agua (Croton urucurana Euphorbiaceae)
● Tapiá (Alchornea sidifolia Euphorbiaceae)
169
● Taquara (NI Graminae)
● Terminalia (Terminalia sp. Combretaceae)
● Vinhático (Plathymenia sp. Mimosaceae)
● Xilopia (Xilopia sp. Annonaceae)
Fonte:material enviado pela gestora,
7.7.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Padre Dória presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do
entorno:
● Regulação da qualidade do ar e do clima;
● Proteção dos morros e encostas;
● Proteção dos solos;
● Bem-estar, lazer e turismo;
● Recursos hídricos e abastecimento.
O Núcleo Padre Dória tem um papel fundamental na preservação dos recursos hídricos,
contribuindo para dois importantes sistemas: Sistema do Rio Claro e Sistema Produtor de Água do
Alto Tietê - SPAAT. O Rio Tietê nasce a uma altitude de 1.030 metros da Serra do Mar, no
município de Salesópolis. Ao contrário de muitos rios, que descem para o litoral e desaguam no
mar, o Rio Tietê não consegue vencer os picos da Serra do Mar e atravessa a Região Metropolitana
de São Paulo, seguindo para o interior do Estado, desaguando posteriormente no rio Paraná, num
percurso de quase 1.136 km, cortando o estado de leste a oeste (DAEE, s/d).
Possui importância histórica e econômica diretamente relacionada às conquistas territoriais,
realizadas pelos Bandeirantes que desbravavam os sertões, fundando povoados e cidades ao longo
de suas margens (DAEE, s/d).
O Rio banha 62 municípios ribeirinhos e sua bacia compreende seis sub-bacias
hidrográficas: Alto Tietê, onde está inserida a Região Metropolitana de São Paulo; Piracicaba;
Sorocaba/Médio Tietê; Tietê/Jacaré; Tietê/Batalha e Baixo Tietê (DAEE, s/d).
Suas nascentes fornecem água de boa qualidade para a população. No entanto, quando o
rio começa a avançar próxima a região metropolitana de São Paulo (RMSP) a situação muda
bastante. As características geográficas e o processo de ocupação territorial da RMSP levaram a
quando crítico de degradação das águas em virtude do processo de urbanização desordenado e do
despejo de efluentes domésticos e industriais tratamento adequado, comprometendo o uso de seus
mananciais e reduzindo a disponibilidade hídrica por habitantes da bacia (SMA/ CEA, 2010).
Atualmente, a disponibilidade hídrica da bacia equivale somente a 50% da demanda,
fazendo que essa região seja uma das mais críticas do estado. Assim, a demanda – disponibilidade
170
de água da Bacia já apresenta índices comparáveis às áreas mais secas do Nordeste brasileiro e é
necessário um complexo sistema para importar águas de outras bacias para que as necessidades da
população da RMSP sejam supridas (SMA/ CEA, 2010).
A quantidade de água disponível para consumo por habitante em determinada região ou
bacia hidrográfica é medida pela disponibilidade hídrica. Segundo a ONU, a disponibilidade hídrica
no mundo é classificada da seguinte forma (Secretaria do Meio Ambiente/Coordenadoria de
Educação Ambiental, 2010):
● Abundante > 20.000 m³/hab.ano
● Adequada (ou correta) > 2.500 m³/ hab.ano
● Podre < 2.500 m³/ hab.ano
● Crítica < 1.500 m³/ hab.ano
No Brasil, a quantidade de água disponível por habitante é dividida de forma muito
heterogênea entre as regiões, sendo que em alguns locais a disponibilidade hídrica, adotando a
classificação da ONU, é muito abaixo da situação crítica, como acontece com a RMSP (SMA/ CEA,
2010).
REGIÃO
DISPONIBILIDADE HÍDRICA
RELATIVA
(m³/hab.ano)
Brasil 35.000*
Estado de São Paulo 2.468*
Pernambuco 1.118*
Bacia Hidrográfica do Piracicaba 408* ou 400**
Bacia Hidrográfica do Alto Tietê 201* ou 60**
Fonte: *Água Doces do Brasil, 2002 apud SMA/ CEA, 2010 e **SMA CRHi, 2009 apud SMA/ CEA,
2010.
Já o sistema produtor do Rio Claro é composto do reservatório do ribeirão do Campo,
implantado no Ribeirão do Campo, que propicia a regularização das afluências. Tendo como
afluentes principais o rio Clarinho, Rio São João, rio do Alferes e rio do Campo. As águas
descarregadas pelo reservatório e as contribuições intermediárias da bacia do ribeirão do Campo e
do rio Claro são parcialmente captadas em um local denominado Poço Preto e transferidas para a
Estação de Tratamento de Água de Casa Grande. As águas remanescentes do rio Claro são
complementadas com a transposição de cerca de 0,50 m3/s do rio Guaratuba da vertente Marítima
que, juntamente com as contribuições intermediárias, são parcialmente captadas no local
denominado km 76 e transferidas para a Estação de Tratamento de Água de Casa Grande. As águas
171
remanescentes do rio Claro descarregam no rio Tietê, no reservatório de Ponte Nova, pertencente
ao sistema produtor do Alto Tietê (COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO TIETÊ, 2009)
Os Sistemas Produtores do Alto Tietê e do Rio Claro controlam uma área de drenagem de
919 km2 com uma vazão média de longo termo de 19,9 m3/s, resultando em uma vazão específica
de 21,7 l/s.km2. A vazão mínima média mensal é de 5,9 m3/s enquanto a vazão média mensal
associada a uma garantida de 95 % é de 8,8 m3/s. Portanto, o limite máximo de produção dos
Sistemas Produtores do Alto Tietê e do Rio Claro é de 19,9 m3/s (COMITÊ DA BACIA
HIDROGRÁFICA DO ALTO TIETÊ, 2009).
7.7.7. Pesquisas
A Estação Biológica de Boracéia - EBB, criada pelo Decreto Lei nº 23198/1954, é uma
Unidade de conservação pertencente à Universidade de São Paulo – USP. Administrada pelo Museu
de Zoologia está localizada dentro do Núcleo Padre Dória. A região de localização da estação é
considerada um "hotspot" mundial por apresentar mais de 70% da sua cobertura vegetal original
destruída e com altas porcentagens de espécies endêmicas. A EBB sempre atraiu, mesmo antes de
sua implementação, a atenção de inúmeros pesquisadores, tanto da área zoológica quanto da
botânica.
Um histórico das atividades ali realizadas, até o ano de 1957, pode ser encontrado em
Travassos-Filho e Camargo (1958). Os autores enfocam as coletas noturnas de insetos
especialmente de "diptera" e "lepidoptera".
Uma lista das espécies de mariposas Arctiidae com registro de ocorrência na Estação
Biológica de Boracéia (EBB) é apresentada. Esta listagem foi obtida através da observação de
material depositado em quatro coleções científicas brasileiras. A riqueza registrada na EBB foi de
237 espécies, sendo uma das maiores já encontradas em apenas um sítio de coleta no Brasil.
http://www.biotaneotropica.org.br/v7n3/pt/abstract?inventory+bn03107032007
Estação Biológica de Boraceia - www.mz.usp.br
7.7.8. Projetos Socioambientais
A Rota Gastronômica do Cambuci, uma iniciativa da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde
da Cidade de São Paulo e Associação Holística de Participação Comunitária Ecológica - AHPCE com
participação atual dos Núcleos Padre Dória e Caraguatatuba, tem como objetivo resgatar o cultivo e
o consumo dessa fruta nativa da Mata Atlântica e endêmica na região, promovendo o
172
desenvolvimento socioambiental e econômico sustentável das comunidades do entorno. Engloba
em um único projeto aspectos históricos, culturais, de preservação ambiental, turísticos e de
geração de renda. Tem potencial para se constituir como uma alternativa econômica sustentável
para os municípios envolvidos através de Arranjos Produtivos Locais.
7.7.9. Atrativos
O Núcleo Padre Dória conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e
piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilha da Rota Dória
Antiga rota que ligava São Sebastião ao Alto do Tietê e Vale do Paraíba, oficializada pelo
Padre Dória, cujo objetivo era intensificar o comércio de ouro e sal e, posteriormente, tornou-se
uma rota clandestina para o tráfico de escravos. No caminho é possível atravessar diversas
estruturas da época da escravidão, como Casarão Senzala, Casarão do Café, Cruz do Dória, em
Salesópolis, Capela de São Lourenço, terminando no Sítio Arqueológico São Francisco, localizado no
Núcleo São Sebastião.
Como espinha dorsal na Serra do Mar, temos a Estrada do Rio Pardo, que dá acesso ao
litoral Norte, passando pelos Núcleos de Caraguatatuba e São Sebastião, num percurso de
aproximadamente 49 km dentro da área do PESM, contando com cenário contemplativo e muitas
trilhas, cachoeiras e rios, além do aspecto histórico, arqueológico e cultural.
Percurso: 95 km de carro
Tempo estimado: 12h00min
Nível de dificuldade: médio
Caminhadas por PICADAS pelo Rio Claro (opcional) e pela TRILHA DO SAL, também
conhecido como Rota Dória. No século XVIII até meados do século XX a troca de mercadorias entre
a região de Mogi das Cruzes e o Vale do Paraíba com o Litoral Norte era feita por trilha que cortava
a Mata Atlântica. Parte dessa trilha margeava o Rio Clarinho e parte passava pela Serra do Mar. Até
hoje estão conservados os sulcos feitos pelos cascos dos burros que, carregados, levavam para o
litoral, café, açúcar, farinha, etc e subiam com produtos manufaturados recebidos dos navios que
vinham do além mar. A trilha percorrida pelas tropas de burros recebeu, por causa dessa ligação
com o litoral, o nome de Trilha do Sal. Ao longo da trilha existem cachoeiras e até o local de uma
173
antiga Fazenda de Café da qual se pode ver vestígios. Durante determinado período foi muito
utilizada para o contrabando de Escravizados que vinham por Ilhabela, eram comercializados em
Salesópolis, antiga São José do Paraitinga e tinha como destino o Vale do Paraíba e São Paulo de
Piratininga.
Trilha da Cachoeira do Poço Bonito
Percurso: 4.420metros
Tempo estimado: 09h00min
Nível de dificuldade: média
Trilha da Cachoeira do Guardião
Percurso: 1.000 metros
Tempo estimado: 05h00min
Nível de dificuldade: fácil
Trilha da Cachoeira do Balcão
Nesta trilha é possível observar as ruínas de uma antiga fazenda instalada no meio da rota
do sal, que segundo a lenda local, hoje ainda é escavada por aventureiros em busca de um tesouro.
No local é possível observar as escavações feitas no entorno das grandes palmeiras e resquícios de
plantações de chá (planta oriental trazida por europeus para produção de diferentes infusões),
Camellia sinensis. Esta planta também foi largamente difundida na região do vale do Anhangabaú
em São Paulo e que acabou por dar nome ao viaduto que ali está - viaduto do chá.
Percurso: 4.000 metros
Tempo estimado: 08h00min
Nível de dificuldade: média
7.7.10. Outros pontos de interesse
Estudos de Interesse Arqueológicos: Fazenda Rio Claro, Cruz do Dória, vestígios da estrada
colonial construída pelo Padre Dória.
174
7.7.11. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área 19.320 hectares
Bioma Mata Atlântica
Município da sede Salesópolis
Municípios Abrangidos Paraibuna, Salesópolis e Biritiba Mirim
Endereço da sede
Escritório urbano
Bases e outras funções Base 1 - Estrada Rodrigues de Campos, km 3, bairro dos Pintos. Função:
apoio às trilhas do Balcão, Poço Bonito e Guardião
Telefones
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC anawuo@fflorestal.sp.gov.br
Nome do Gestor Ana Lucia de Moraes Wuo
Esportes Radicais
Capacidade de hospedagem
Valor da hospedagem na UC
Centro de visitantes
Capacidade do auditório
Capacidade do refeitório
Lanchonete
Quiosques pic nic
Camping na UC
Facilidades no entorno
imediato
Tipo de Acesso Estradas de terra
Distância de SP Varia de acordo com o local a ser visitado dentro do Núcleo Padre Dória, de
90 a 110 km.
175
Distância cidade mais
próxima(s)
Salesópolis: 12 km;
Mogi das Cruzes: 52 km;
São José dos Campos: 60 km.
Cobrança de Ingresso e valor
Amplitude Altitudinal Varia de 900 a 1.200
Amplitude de Temperaturas Mínima 15º, máxima 22º e média 19ºC.
Índice pluviométrico - media de 1.300mm.
Bases e outras funções
Base 1
Endereço Estrada Rodrigues de Campos, km 3, bairro dos Pintos. Função: apoio as
trilhas do Balcão, Poço Bonito e Guardião
Telefone
Capacidade de hospedagem
Base de Uso Público
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento
Telefones para informação
Gestor (a) Ana Lúcia Moraes Wuo
Endereço (11) 97204-6316
Visitação
Dias e horário de
funcionamento
Endereço
176
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento
da trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que
se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta;
Símbolo
Homenagem ao Padre Manuel de Faria Dória, responsável pela construção da Estrada
Dória, que liga as regiões do Vale do Paraíba ao Litoral Norte Paulista, além de ser o fundador da
cidade de Salesópolis.
Poesia de More Ventura
Resultado da sua experiência na visita a ROTA DORIA
dias 30 e 31 de julho 2011.
Do rio e Do ria
Duas rotas surgem, nos anais de nossa historia
a do rio Tietê, e a do padre Doria
Pelas mãos do Padre Nosso, surge a primeira
pelas mãos do padre deles, vem a derradeira
177
seus vestígios em terra, aos poucos vão aparecendo
uma no seu leito estreito, outra capinando o despeito
Ambas surgem, de cristalinas fontes
ligando distantes regiões, feito grandes pontes
Formando duas, rotas de alegria
atando os distantes, pela mercadoria
Uma é o ventre, donde nasce a metrópolis
A Outra traz riqueza, e justiça a Salesópolis
Mas se paralelas, as duas vem do nascimento
No meio do caminho, se bifurcam em lamento
Uma asfixiada, em seu leito de cimento
A outra assassinada, pelo trafico ciumento
Mas como após centenas, de km em movimento
O Tietê renasce, do seu lixo lamacento
Após séculos de mato, e esquecimento
A Rota Doria, ressuscita perante o olho atento
Revelando a luta do padre, do africano e seu rebento
Por um Brasil sem dor, com justiça a contento
Que reúna suas rotas em unificado leito
límpido, transparente com paixão e amor no peito.
De dó não Rio de Dó não Ria
Mas sim aprendo
Do Rio e Do-Ria !
More Ventura
7.8. Núcleo Picinguaba
7.8.1. História
O Núcleo Picinguaba corresponde ao extremo norte do PESM situado no município de
Ubatuba e contém 47.500 hectares, abrangendo cerca de 80% do território municipal,
predominantemente da altitude de 100m até os picos mais altos da Serra do Mar que formam os
divisores de água. Em 1979 a antiga Fazenda Picinguaba, área de domínio do governo do Estado,
contendo cerca de 7.800 hectares, foi incorporada ao PESM, de modo a incluir trecho na divisa com
o município de Paraty atingindo o nível do mar, onde foi possível implantar as estruturas
administrativas a partir de 1984 e a Base de Visitação da Praia da Fazenda, em 1990 (NAVARRO,
2013).
Dessa forma foram incorporados ao PESM restingas, manguezais, praias e costões rochosos
que se tornaram parte do cenário protegido pela Unidade de Conservação, assim como os
territórios utilizados historicamente por comunidades tradicionais (caiçaras e quilombolas)
habitantes da região do distrito municipal de Picinguaba há cerca de 200 a 300 anos. Entre os
178
territórios tradicionais situados no Núcleo Picinguaba destacam-se a Terra Indígena Boa Vista
(demarcada em 1987), no bairro do Promirim, o Quilombo do Cambury (reconhecido em 2005) e o
Quilombo da Fazenda (em fase de reconhecimento), situados nos bairros de mesmo nome
(NAVARRO, 2013).
Em 2007 foram incorporados cerca de 13.300 hectares à área de domínio público do Estado,
com a desapropriação da Fazenda Sesmarias da Cachoeira Grande, situada no Sertão do
Puruba/Cambucá, onde está em fase de implantação uma nova base de visitação pública
(NAVARRO, 2013).
O Núcleo Picinguaba contém paisagens diversificadas, desde a costa marinha, protegendo
cinco belíssimas praias (Brava da Almada, Fazenda, Picinguaba, Cambury e Brava do Cambury) até
as escarpas da Serra do Mar, onde se encontram os picos do Corcovado, Pedra do Espelho, Corisco,
Cuscuzeiro e Papagaio, todos com mais de mil metros de altitude, que demarcam as divisas com os
municípios de Caraguatatuba, São Luiz do Paraitinga, Cunha e Paraty, este último já no Estado do
Rio de Janeiro (NAVARRO, 2013).
Cerca de 20% do território do Núcleo Picinguaba em seu extremo mais ao norte está
sobreposto com o Parque Nacional da Serra da Bocaina, criado em 1971. A área costeira do Núcleo
é contígua à Área de Proteção Ambiental (APA) Marinha do Litoral Norte, criada em 2008. E ainda,
faz divisa com a APA Cairuçú e a Reserva Estadual da Juatinga, situadas em Paraty. Dessa forma,
juntamente com os outros Núcleos do PESM e o Parque Estadual da Ilha Anchieta (Ubatuba),
compõe extenso corredor ecológico com cerca de 250.000ha, transformado em Mosaico Bocaina
(Decreto Federal MMA nº 349/2006) em 2006, abrangendo assim: 9 municípios, 18 Unidades de
Conservação, 5 Terras Indígenas e 4 Terras Quilombolas, do sul fluminense e norte paulista
(NAVARRO, 2013).
Origem do nome
Os povos que viviam nessa região entre 6 a 10 mil anos atrás utilizavam esse ponto como área de
pesca e coleta. A fartura de alimento permitia a adaptação tecnológica, como a produção de
utensílios e ferramentas a partir de rochas polidas. Posteriormente, a vila que dá nome ao Parque,
foi formada a partir do trânsito de embarcações e dos movimentos de comerciantes que viajavam
de Paraty-RJ para Santos e paravam na região para realizar trocas e se alimentarem. A vila se
formou antes mesmo do município de Ubatuba e foi considerada durante muito tempo, como um
distrito.
O nome Picinguaba possui um significado amplo que remete a geografia da região ("enseada -
lugar de parada"), pois a reentrância da costa com abertura para o mar forma uma grande baía e
as barras de rios são consideradas refúgios/berçários para peixes que se reproduzem e se
alimentam nesses locais. Por fim, poderíamos dizer que o nome remete a um sentido de "lugar
179
próspero que atrai e serve de refúgio muitos peixes".
A História de Ubatuba
Os índios Tupinambás foram os primeiros habitantes da região de Ubatuba. Eram excelentes
canoeiros e viviam em paz com os índios vizinhos de São Vicente, os Tupiniquins, até a chegada
dos portugueses e franceses, que tentaram escravizar os índios, com o intuito de colonização
(FUNDART, s/d(a)).
Naquela época Ubatuba era conhecida como Aldeia de Iperoig e passou a categoria de Vila
somente em 1554. Travou-se uma batalha diplomática fundamental para se decidir o futuro do
Brasil, pois os portugueses e franceses disputavam essa região (FUNDART, s/d(a)).
Incitados pelos europeus, Tupinambás e Tupiniquins passam a guerrear, até reconhecerem
sua dependência dos estrangeiros. Formam, então, a "Confederação dos Tamoios" (o termo
Tamoios significa “o mais antigo, o dono da terra”, portanto a Confederação era a união dos índios,
verdadeiros donos da terra) para combater os portugueses. Para evitar o conflito, os portugueses
convocaram, em 1563, uma dupla de negociadores, os Jesuítas Manoel da Nóbrega e José de
Anchieta (FUNDART, s/d(a)).
Nesse mesmo ano, o Padre Anchieta promove junto aos índios, a chamada Paz de Iperoig,
que impediu os silvícolas de destruir as Vilas de São Paulo e São Vicente. Em 14 de setembro de
1563 foi assinado o tratado que para algumas tribos significou sua aniquilação. Os franceses foram
expulsos e os índios pacificados. Eles partiram de São Vicente para a Aldeia de Iperoig e sua missão
de paz foi lenta e difícil (FUNDART, s/d(a)).
Anchieta ficou prisioneiro durante aproximadamente quatro meses, enquanto Manoel da
Nóbrega voltava à Aldeia de São Paulo para concluir o Tratado da Paz de Iperoig – o primeiro
tratado de paz das Américas. Com a paz firmada, o Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador
Corrêa de Sá e Benevides, tomou providências para colonizar a região, enviando os primeiros
moradores para garantir a posse da terra para a Coroa Portuguesa (UBATUBASP, s/d).
Nessa época, os portugueses instalaram engenhos de cana, serrarias, fornos de olaria,
fazendas e pequenas indústrias. Com o porto para escoamento da produção, a cidade começa a
prosperar, até que em 1787, quando as embarcações passam a se dirigir ao porto de Santos, por
ordem do presidente da Província de São Paulo. Com isso, Ubatuba entra em franca decadência.
Isso dura até 1808, quando ocorre a reabertura dos portos ao comércio estrangeiro. Recupera-se o
180
porto local e ele passa a ser o mais movimentado de todo o Estado, escoando a produção do Vale
do Paraíba e Minas Gerais (UBATUBASP, s/d).
Na cidade erguem-se inúmeros casarões que atestam os fartos recursos dos comerciantes
locais. Mais tarde a maioria deles é demolia em nome do progresso. A cidade entra em nova crise
com a construção da estrada de ferro D. Pedro II, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, desviando
as exportações do porto de Ubatuba. A cidade isola-se novamente e só se recupera em 1952, com
a construção da rodovia ligando Ubatuba a Taubaté, a SP 125, e mais tarde a rodovia BR 101, ou
Rio-Santos. Hoje, ambas contribuem para alimentar o fluxo turístico na cidade, que chega a receber
por volta de 800 mil há 1.000 milhão de visitantes a cada temporada (UBATUBASP, s/d).
7.8.2. Patrimônio Cultural
Na trilha do Jatobá há importantes patrimônios histórico-culturais, como a Casa da Farinha e
a antiga roda d´água. A Casa de Farinha localiza-se no sertão da Fazenda Picinguaba, ao norte da
rodovia, e faz parte de um conjunto de ruínas de uma antiga usina de açúcar e álcool construída no
final do século passado por imigrantes italianos. Abandonada a usina, aproveitou-se a roda d'água
para movimentar os aviamentos de uma casa de farinha construída na década de 50, a qual foi
recuperada em 1986. Atualmente, é utilizada pela comunidade quilombola para a produção de
farinha de mandioca (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Além disso, a Vila de Picinguaba foi tombada como patrimônio histórico e cultural em 1983.
Trata-se de uma vila de pescadores que preserva a cultura caiçara, as antigas canoas e a edificação
da época (GERALDES, 2001).
Há também a Toca da Josefa, local onde a escrava Josefa teria se refugiado. Acredita-se
que a Josefa era uma escrava fugida da região de Paraty, sendo umas das primeiras escravas a
ocupar a Fazenda Cambory, local onde hoje está a comunidade quilombola (GERALDES, 2001).
7.8.3. Comunidades tradicionais
No Núcleo Picinguaba há a presença de comunidades indígenas, caiçaras e quilombolas.
Indígenas
A aldeia Boa Vista é habitada pelo povo indígena Guarani, que, além de ocupar terras em
outras regiões do Estado de São Paulo, possui comunidades no Espírito Santo, Rio de Janeiro,
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. O povo Guarani também está
presente na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e na Bolívia. A aldeia, onde residem 30 famílias,
181
está localizada na Terra Indígena Boa Vista do Sertão do Promirim, no município de Ubatuba. Essa
terra indígena já se encontra demarcada pelo Decreto Presidencial N.º 94.220/87, que garantiu aos
Guarani 920,66 hectares (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(a)).
A terra indígena está localizada em área de Mata Atlântica, o que é fundamental para os
Guarani. Na visão Guarani, um bom Tekoa (expressão Guarani para denominar o local onde é
possível realizar o modo de ser Guarani) deve estar próximo da floresta. Na busca por áreas que
tenham tais características, nas últimas décadas os Guarani têm retornado para seus antigos
territórios na faixa litorânea (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(a)).
A aldeia Boa Vista é um exemplo desse processo. Ela se formou em meados dos anos 1960,
quando três famílias, vindas da aldeia de Rio Silveira, chegaram à região e ali se estabeleceram. Na
época, a única ligação da aldeia com Ubatuba era uma pequena trilha, a quatro horas de
caminhada (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(a)). Hoje a aldeia conta com 156 índios,
sendo possível visita-los e comprar o seu artesanato (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO,
2013).
Caiçaras
A Vila de Picinciguaba é marcada pela cultura caiçara, exemplo vivo da combinação
índio/colono, terra/mar – que se estabeleceram nos costões rochosos, restingas, mangues e
encostas da Mata Atlântica. A palavra caa-içara é de origem tupi-guarani. Separadas, as duas
palavras sugerem uma definição: caa significa galhos, paus, “mato”, enquanto que içara significa
armadilha, ou seja, armadilha de galhos (FUNDART, s/d(b)).
Com poucos contatos com o “mundo de fora”, os caiçaras evoluíram aproveitando os
recursos naturais à sua volta, que resultou numa grande intimidade com o ambiente. Assim,
sobrevivem principalmente da pesca e da agricultura, cujos limites são exclusivamente familiares.
Além disso, ainda combinam atividades de coleta, extrativismo e artesanato (FUNDART, s/d(b)).
A associação do peixe com a farinha de mandioca é um dos aspectos mais gerais da dieta
deste povo, que se vê hoje dividido entre a necessidade de dinheiro expressa pela intensa relação
com a cultura urbana e o receio de perder sua identidade de grupo de pescadores artesanais
situados em áreas preservadas (FUNDART, s/d(b)).
Os caiçaras são, originalmente, um povo de religião católica, herança esta gerada pelo
colono português. Há várias festas relacionadas ao catolicismo, porém a mais famosa acontece no
mês de maio em homenagem à Cruz (Santa Cruz). É necessário que se realize no “claro”, isto é, na
lua cheia, para que todos possam comparecer. A cada ano é escolhido o festeiro – figura central na
182
organização da festa – que, por sua vez, escolhe outros responsáveis. Durante três dias, a
comunidade estará ocupada na realização da Festa de Santa Cruz (FUNDART, s/d(b)).
Atualmente várias comunidades caiçaras fazem parte de Igrejas Pentecostais e Associações,
dado o forte grau de contato das últimas décadas. Igrejas da Assembléia do Reino de Deus e
Congregação de Cristo estão se tornando comuns e se espalhando rapidamente, o que faz com que
o Catolicismo tradicional, suas festas e rituais vão se tornando cada vez mais raros e, também, são
responsáveis por alguns conflitos entre comunidades (FUNDART, s/d(b)).
Quilombolas
No Núcleo Picinguaba há duas comunidades quilombolas: Cambury e Fazenda.
O Quilombo da Fazenda fazia parte da antiga “Fazenda Picinguaba”, que remonta o final do
século XIX, período em que faleceu Maria Alves de Paiva, proprietária da Fazenda. Em 1884 ela
falece e em testamento declara o desejo que seus escravos sejam libertos e que possam habitar em
certas áreas da Fazenda (QUILOMBO DA FAZENDA PICINGUABA, 2010).
A Fazenda Picinguaba possuiu vários proprietários até que no ano de 1943 seu novo dono
Saint Claire adquire parte da Fazenda e nomeia o Sr. Leopoldo Braga o administrador da Fazenda
Picinguaba. Leopoldo recebe a autorização de trazer 12 famílias para trabalharem através de
usufruto, sendo proibidas de vender a arrendar suas terras (QUILOMBO DA FAZENDA PICINGUABA,
2010).
Em 1951, a Fazenda Picinguaba foi hipotecada pela Caixa Econômica do Estado de São
Paulo e perdurou esse domínio até 1974, por isso, a Fazenda Picinguaba também é conhecida como
Fazenda da Caixa. Em 1975, o trecho entre Ubatuba e Paraty (RJ) da rodovia Rio-Santos - BR 101 -
foi construído e no ano de 1979 a Fazenda é anexada ao Parque Estadual Serra do Mar. No ano de
2005, a Fazenda Picinguaba recebeu o reconhecimento da Fundação Palmares como sendo um
remanescente de quilombo (QUILOMBO DA FAZENDA PICINGUABA, 2010).
Já o Quilombo do Cambury abrigou, no início de sua ocupação, vários núcleos de escravos
fugidos de fazendas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Segundo relatos dos moradores da
comunidade, um grupo de negros, liderado por uma escrava chamada Josefa, que vieram fugidos
de fazendas da região de Paraty, no Rio de Janeiro, teria sido um dos primeiros a ocupar a área.
Muitos moradores se referem à escrava Josefa como uma "parenta" distante e o lugar onde ela
teria se refugiado até hoje se mantém na comunidade como um marco histórico: a Toca da Josefa
(Comissão Pró-Índio de São Paulo).
183
Nessa região também havia uma fazenda denominada Cambory, que não fugia ao padrão
das outras fazendas do litoral norte dessa época (séculos XVIII e XIX): grandes propriedades que
tiveram, num primeiro momento, engenhos de cana-de-açúcar e posteriormente produziram café
para exportação com mão-de-obra escrava. E, a partir da metade do século XIX, entraram em
decadência, tendo suas terras divididas e doadas, vendidas ou mesmo abandonadas (COMISSÃO
PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)).
Ao que tudo indica, a Fazenda Cambory foi ocupada, por compra e doação, por núcleos de
escravos que nela trabalhavam. Este núcleo de escravos agregava-se a outros núcleos, vindos de
outras regiões (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)).
O quilombo permaneceu relativamente isolado até a década de 1970 quando uma série de
acontecimentos ameaçou sua permanência em suas terras e trouxe mudanças para seu modo de
vida. Por um lado, houve a construção da BR 101 que atraiu para a região grileiros, especuladores e
empresas que usaram de todo tipo de violência e subterfúgios para expulsar as comunidades
tradicionais da região, como as dos Quilombos do Camburi e da Caçandoca (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO
DE SÃO PAULO, s/d(b)).
A comunidade foi alvo de diversos processos de grilagem e compras ilegais de posse,
derivados da especulação imobiliária. No início da década de 1970, 80% do território do Quilombo
do Camburi estava sob o domínio e posse de dois grandes compradores de terra, Francisco Munhoz
e José Bento de Carvalho, que expulsaram os antigos moradores. Estes se deslocaram para as
áreas mais íngremes, de mais difícil acesso, ou se mudaram para outras cidades do litoral paulista,
como Santos (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)).
Por outro lado, ocorreu a criação do Parque Nacional da Serra da Bocaina (em 1972) e do
Parque Estadual Serra do Mar/Núcleo Picinguaba (em 1977). Atualmente 60% do bairro são
reconhecidos como Quilombo, onde é possível conhecer os projetos comunitários e realizar roteiros
especiais de visita (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)).
A inclusão das comunidades tradicionais nos limites do PESM - Núcleo Picinguaba, teve, na
época, o objetivo de "proteger" as mesmas da fortíssima especulação imobiliária que gerou
inúmeros conflitos fundiários no litoral, principalmente partir da construção da rodovia Rio/Santos,
em 1974. Durante sua construção, a região foi palco de inúmeros conflitos de terra onde, muitas
vezes, os caiçaras foram bastante prejudicados, pois muitos venderam suas áreas por preços
aviltantes, ou até mesmo foram expulsos por "grileiros" das mais diversas maneiras. A proteção do
seu território pelo Parque, embora tenha criado sérias limitações para a abertura de roças ou
extrativismo, limitou também, embora não completamente, a especulação imobiliária nesta região.
184
7.8.4. Geomorfologia e Ecossistema
O Núcleo Picinguaba possui desde áreas litorâneas, até áreas de Pico, como o Pico
do Corcovado, tendo, portanto, uma altitude que varia da cota zero a 1600m, no ponto de divisa
entre Ubatuba, Paraty e Cunha. Esse relevo repercute na formação dos seus ecossistemas, que são
formados por Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana (também denominadas Floresta da
Encosta da Serra do Mar), apresentando vários trechos degradados possivelmente decorrentes da
antiga exploração madeireira, pela existência de roças e pela extração de palmito (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Além dessas formações, o Núcleo apresenta a maior porção da Floresta de Terras
Baixas (também conhecida como Floresta Alta do Litoral, Floresta de Planície ou Restinga Alta) no
Parque da Serra do Mar, ecossistema bastante ameaçado pela especulação imobiliária do litoral
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.8.5. Fauna e Flora
O Núcleo Picinguaba abriga uma grande diversidade de fauna e flora. Possui
espécies típicas da Mata Atlântica, como tucano de bico verde, guaiamu, jacu, saracura, lagarto,
palmito juçara; bem como ecossistemas e espécies características de ambiente litorâneo, como o
jundu (restinga de praia), os manguezais e o uçá.
GUAIAMU (Cardisoma guanhumi)
O Guaiamu é um grande caranguejo terrestre de ampla distribuição no litoral brasileiro. É um
importante recurso econômico, uma espécie bastante consumida, sendo comercializada
frequentemente em feiras ou em beiras de estrada próximas a manguezais. Geralmente são
coletados utilizando-se armadilhas, chamadas de “ratoeiras”, feitas com latas de óleo de cozinha.
Algumas populações nativas têm mostrado uma redução preocupante, em especial nas regiões
Norte e Nordeste, sobretudo secundário à degradação ambiental. É incluída na lista oficial de
espécies sobre-exploradas do Ministério do Meio Ambiente (2004).
É um dos maiores crustáceos terrestres, sua carapaça podendo atingir 11 cm de largura, mais de
30 cm de envergadura incluindo as pernas, e pesar 500 gramas. Possui carapaça oval, alta, com
olhos pedunculados. As pernas são longas e robustas, dispostas lateralmente. Garras bem
desenvolvidas, assimétricas, em especial nos machos adultos. Seu aspecto geral lembra um pouco
os Uçás, mas não possuem muitos pêlos nas pernas, e a coloração é distinta. Há uma variação no
padrão de coloração da carapaça destes animais, influenciada pela sua maturidade. A cor é
determinada por diferentes combinações de efeitos da presença de pigmentos na carapaça e
cromatóforos da epiderme. Em animais juvenis são observadas ambas as fontes de coloração, na
fase de transição os pigmentos da carapaça são mais expressivos, e nos adultos a coloração é
devida exclusivamente aos cromatóforos da epiderme.
São onívoros funcionais, tendendo a herbivorismo. Coleta frutas e folhas mortas no solo próximo à
185
sua toca, num raio de aproximadamente 2 metros. Sua alimentação principal é constituída por
folhas de árvores do mangue. Consomem também animais mortos (inclusive outros caranguejos),
insetos e outros pequenos animais. Geralmente carregam estes alimentos para dentro da sua
toca, onde se alimentam, ou deixam estocados para comer depois. Já foram vistos caranguejos
entrando na toca de outros animais para roubar comida.
Fonte: PLANETA INVERTEBRADOS, 2013
UÇÁ (Ucides cordatus)
O Uçá é um caranguejo de grandes dimensões que vive nos manguezais, comestível, também
chamados de “caranguejo-verdadeiro”, “caranguejo-do-mangue”, “uçaúna” ou simplesmente
“caranguejo”. É uma importante fonte de subsistência das populações litorâneas, pois trata-se de
ser o caranguejo de maior interesse comercial dos manguezais brasileiros. São vendidos em beiras
de estrada, geralmente amarrados a cordões. Algumas populações nativas têm mostrado uma
redução preocupante. Está incluído na lista oficial de espécies sobre-exploradas do ministério do
meio ambiente (2004). A coleta deste caranguejo é supervisionada pelo IBAMA, determinando
dimensões mínimas e época adequada para a coleta. As pessoas que coletam os caranguejos no
mangue são chamadas de “catadores” ou “tiradores”. A captura geralmente é feita manualmente,
durante a maré baixa, eventualmente com o auxílio de um gancho artesanal.
É um caranguejo de grandes dimensões, sua carapaça pode atingir 10 cm de largura. Possui
carapaça oval, alta, com olhos pedunculados. As pernas são longas e robustas, dispostas
lateralmente, com muitos pêlos, especialmente na face ventral. Garras bem desenvolvidas, com
espinhos curtos de extremidade negra na face interna. A carapaça tem cor variável, dependendo
da época do ano. A coloração básica é em tons de marrom, mas por volta de outubro ocorre a
muda nupcial, quando os animais adquirem uma coloração azul celeste intensa. Suas pernas
mostram um tom lilás ou roxo desde a fase jovem, embora possam adquirir tonalidade ferruginosa
ou marrom-escura pouco antes da muda.
São animais onívoros, mas essencialmente herbívoros, se alimentam de folhas do mangue em
decomposição. É considerada uma espécie-chave dos manguezais como reciclador de nutrientes,
sendo responsável pelo consumo e degradação de mais da metade das folhas mortas produzidas
nestes ambientes. Em cativeiro, devem ser alimentados idealmente com folhas de mangue
(Rhizophora, Laguncularia, etc.).
Fonte: PLANETA INVERTEBRADOS, 2013
RESTINGA
Segundo a Resolução CONAMA n°07 de 23 de Julho de 1996, “entende-se por vegetação de
restinga o conjunto de comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e
fluvio-marinha. Estas comunidades, distribuídas em mosaicos, ocorrem em áreas de grande
diversidade ecológica, sendo consideradas edáficas por dependerem mais da natureza, do solo e
do clima”.
Ecologicamente, as restingas são ecossistemas costeiros, fisicamente determinados pelas
condições edáficas (solo arenoso) e pela influência marinha, possuindo origem sedimentar recente
(início do período Quartenário), sendo que as espécies que ali vivem (fauna e flora) possuem
mecanismos para suportar os fatores físicos dominantes como: salinidade, extremos de
temperatura, forte presença de ventos, escassez de água, solo instável, insolação forte e direta,
entre outros.
A vegetação das restingas é formada principalmente por plantas herbáceas com caules longos e
flexíveis que se transformam em árvores cada vez mais altas ao se afastarem do mar. Algumas
espécies características são: Sumaré, alfa-goela, açucena, aroeirinha, jurema, caixeta, canela,
186
argelim, etc.
A fauna é bastante diversificada, sendo formados principalmente por caranguejos, sabiás,
pererecas, aves migratórias, etc.
Fonte: CORTE, 2009
MANGUE
O manguezal é caracterizado pela transição entre os ambientes marinho e terrestre, típico de
regiões tropicais e subtropicais (SCHAEFFER-NOVELLI, 1995). Os mangues são formados pelo
encontro do estuário de rios com os mares; portanto, quando o relevo é quase plano, como no
caso de Picinguaba, se favorece a entrada das marés, justificando a característica salobra da água
(ANASTÁCIO e SILVA, 2010).
A vegetação é adaptada a este ambiente caracterizado pela salinidade, porém não é muito
variada, sendo verificada a ocorrência majoritária das espécies Rhizophora mangle (mangue
vermelho), Laguncularia racemosa (mangue branco - Figura 3), e Avicennia sp (mangue preto)
(COSTA et al., 2004). Estas árvores que se fixam no solo dos mangues possuem pneumatóforos,
que são como raízes projetadas para fora da água, para poderem absorver o oxigênio
(ANASTÁCIO e SILVA, 2010).
Os mangues são considerados um verdadeiro berçário para as espécies que conseguem se
adaptar às suas condições, e possuem uma grande variedade de microorganismos, microalgas,
moluscos e crustáceos. Por possuírem uma grande quantidade de matéria orgânica e abrigos
(raízes e plantas), estas espécies encontram um ótimo local para a sua reprodução (RAMOS, 2002
apud COPQUE et al., 2010; ANASTÁCIO e SILVA, 2010).
MANGUE VERMELHO (Rizophora mangle)
Também conhecido como mangue verdadeiro, mangue sapateiro, mangue preto, mangue de
pensão, quarapaíba e apareíba, tem como característica mais peculiar o seu sistema de
sustentação, com raízes-escoras (rizóforos) que partem do troco e as raízes adventícias que
partem dos galhos. Os frutos germinam ainda presos à árovore-mãe e dão origem a propágulos
em forma de lança. Em geral, as plantas desse gênero toleram salinidade de até 55ppm, porem
crescem melhor quando esses valores se aproximam ou são menores do que 35ppm (salinidade
da água do mar) (FRUEHAUF, 2005).
Além disso, no Núcleo está situada a Base Cambucá, local que funciona como um
observatório de aves.
Ubatuba é referência em observação de aves. Em um dia de observação pode-se avistar
tranquilamente 120 espécies. Segundo o trabalho de Carlos Rizzo, só em 2011, foram catalogadas
560 espécies de aves em Ubatuba.
O Brasil tem 230 espécies de aves endêmicas, sendo que destas, 60 estão em Ubatuba.
O Cambucá é um dos locais mais prováveis de encontro do tiê-de-coroa, que está entre as
50 espécies mais raras do mundo.
Dentre os roteiros de Birdwatching em Ubatuba têm-se a Fazenda Capricórnio, Fazenda
Angelim (ao lado da Capricórnio), Fazenda Folha Seca que é referência mundial em observação de
187
beija-flor e a trilha do Lago do Cambucá, no PESM.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no
anexo 4.
● Tesourão (Fregata magnificens)
● Atobá-Pardo (Sula leucogaster)
● Águia-Pescadora (Pandion haliaetus)
● Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)
● Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)
● Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
● Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)
● Batuiruçu-De-Axila-Preta (Pluvialis squatarola)
● Batuíra-De-Bando (Charadrius semipalmatus)
● Batuíra-De-Coleira (Charadrius collaris)
● Maçarico-Rasteirinho (Calidris pusilla)
● Gaivotão (Larus dominicanus)
● Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)
● Ariramba-De-Cauda-Ruiva (Galbula ruficauda)
● Barbudo-Rajado (Malacoptila striata)
● Apuim-De-Costas-Pretas (Touit melanonotus)
● Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)
● Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
● Pintadinho (Drymophila squamata)
● Entufado (Merulaxis ater)
● Tapaculo-Pintado (Psilorhamphus guttatus)
● Vira-Folha-De-Peito-Vermelho (Sclerurus macconnelli)
● Chibante (Laniisoma elegans)
● Anambezinho (Iodopleura pipra)
● Caneleiro-Bordado (Pachyramphus marginatus)
● Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus)
● Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista)
● Papa-Moscas-Estrela (Hemitriccus furcatus)
● Piolhinho-Serrano (Phyllomyias griseocapilla)
● Maria-Cabeçuda (Ramphotrigon megacephalum)
● Japacanim (Donacobius atricapilla)
● Saíra-Sapucaia (Tangara peruviana)
● Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus)
● Pixoxó (Sporophila frontalis)
● Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris)
● Cigarra-Do-Coqueiro (Tiaris fuliginosus)
Fonte: SCHUNCK, 2015
188
- MAMÍFEROS
● Jaguatirica (Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758))
● Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771))
● Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818))
● Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (É. Geoffroy, 1806))
● Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))
● Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758))
● Queixada (Tayassu pecari (Linnaeus, 1795))
● Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758))
● Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))
● Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))
Dados secundários
● Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus (Schreber, 1775))
● Furão (Galictis cuja (Molina, 1782))
● Marmosa, Guaiquica, Catita (Marmosops incanus (Lund, 1840))
● Catita, Cuíca-de-três-listras (Monodelphis americana (Müller, 1776))
● Rato-do-mato (Euryoryzomys russatus (Wagner, 1887))
● Rato-da-Árvore (Oecomys catherinae (Thomas, 1909))
● Rato-do-mato-laranja (Rhagomys rufescens (Thomas, 1886))
● Rato-de-espinho (Kannabateomys amblyonyx (Wagner, 1845))
● Rato-de-espinho (Trinomys dimidiatus (Günther, 1877))
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS
● Jararacuçu (Bothrops jararacuçu)
● Dendrophryniscus cf. leucomystax
● Eleutherodactylus binotatus
● Eleutherodactylus bolbodactylus
● Eleutherodactylus guentheri
● Eleutherodactylus parvus
● Hyla albomarginata
● Hyla albosignata
● Hylodes phyllodes
● Scinax angrensis
● Scinax sp. (gr. perpusillus)
● Adenomera cf. marmorata
● Bufo ornatus
● Cycloramphus boraceiensis
● Sapinho-de-brómelia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)
● Micrurus corallinus
● Proceratophrys appendiculata
● Scinax sp. (gr. catharinae)
Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
● Embiruçu (Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns)
● Bicuíba (Virola bicuíba (Schott ex Spreng.) Warb.)
189
● Ingá (Inga vera Willd.)
● Cedro (Cedrela fissilis Vell.)
● Jatobá (Hymenaea courbaril L.)
● Jequitibá (Cariniana legalis (Mart.) Kuntze)
● Chichá (Sterculia chicha A. St.-Hil. ex Turpin).
● Palmito-juçara (Euterpe edulis)
● Brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret.)
● Araçarana (Calyptranthes clusiifolia (Miq.) O. Berg)
● Trombeta-dos-anjos (Datura arbórea L.)
● Figueira (Ficus insipida Willd.)
● Embaúbas (Cecropia pachystachya Trécul e Cecropia hololeuca Miq.)
● Samambaia-de-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) Underw.)
● Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis (Vell.) Cogn.)
● Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
● Canelas (Nectandra sp. Roe. ex Rottb. e Ocotea odorifera Rohwer)
● Mulungus (Erythrina speciosa Andrews)
● Tapiá (Alchornea triplinervia (Spreng.) müll. Arg.)
● Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.8.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Picinguaba presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do
entorno:
● Regulação da qualidade do ar;
● Proteção dos morros e encostas;
● Proteção da paisagem cultura, testemunho da pré-urbanização do litoral, das
comunidades caiçaras e quilombolas;
● Proteção dos solos;
● Bem-estar, lazer e turismo;
● Recursos hídricos.
Em relação aos recursos hídricos, o Núcleo Picinguaba preserva importantes rios que são
utilizados tanto para o abastecimento de água da cidade de Ubatuba, como para atividades
recreativas e de lazer.
Um exemplo é a Bacia do Rio Grande. Ela é formada por diversos rios que nascem na Serra
do Mar, como por exemplo, o Rio Puruba, Rio Quiririm, Rio Grande, Rio Pruminim, dentre outros
(MAGALHÃES, s/d). A Bacia ocupa uma área de 703 km², extensão de 13 km, desaguando na Praia
do Cruzeiro e sendo responsável pelo abastecimento de água de 88% da população do município
de Ubatuba (MINNITI et al., 2014).
190
Atualmente, a Bacia do Rio Grande está em uma situação bem crítica por conta de diversos
fatores, como a falta de saneamento da população que vive próxima aos rios, desmatamento,
construção irregular de casas e a presença de um pequeno porto (MINNITI et al., 2014).
Além disso, o Núcleo Picinguaba abrange territórios litorâneos com belas praias e um
enorme potencial de turismo e lazer. A praia da Fazenda foi utilizada como cenários de várias
produções cinematográficas, bem como de novelas e minissérie da Globo, tais como "A Muralha", a
"Casa das Sete Mulheres", o filme "Desmundo", de Alain Fresnot, além de uma novela global das 7.
É uma das únicas praias do litoral brasileiro cuja paisagem remete a época do descobrimento.
7.8.7. Pesquisas
Para o desenvolvimento da pesquisa no PESM - Núcleo Picinguaba é necessário encaminhar
o projeto para cadastramento no Instituto Florestal (IF). O IF é responsável pela gestão da
pesquisa científica nas UC’s Estaduais integrantes do Sistema Estadual de Florestas (SIEFLOR).
O projeto é recebido, cadastrado e avaliado pela Comissão Técnico-científica (COTEC) do
Instituto Florestal. Todos os projetos de pesquisa na Unidade devem ser aprovados pelo COTEC -
perante parecer técnico elaborado pelo Núcleo Picinguaba, juntamente com a cópia da licença
SISBIO/ICMBio.
Normas de Pesquisa
A visita para pesquisa é realizada mediante agendamento e através do ofício de
solicitação de pesquisa enviado via e-mail;
Durante a estadia e trabalhos de campo é obrigatório o uso do crachá, tanto o
pesquisador e o ajudante de campo.
No final da visita é preenchido relatório parcial de pesquisa e acrescentado às
coordenadas da área de estudo.
Banco de Dados – NP
Projetos aprovados: 78
Concluídos: 352
Aguardando aprovação: 15
Cancelados: 37
S/COTEC: 6
Total: 488
Antes de 2000: 11%
191
Depois de 2000: 90%
Principais Instituições
Demais Universidades: 25%
Parcerias Internacionais: 2%
Instituto Florestal: 2%
UFSCar: 3%
UFRJ: 5%
USP: 28%
UNICAMP: 21%
ÁREA DE ESTUDO
Botânica: 169
Fauna (Zoologia): 130
Socioambiental: 22
Uso público: 24
Geografia: 17
Historico cultural: 16
Demais áreas: 98
Algumas pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPES foram:
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áreas de pesca e uso de recursos naturais
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Ombrófila Densa sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no
Estado de São Paulo
06/61759-0 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo:
comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família
Myrtaceae
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Ombrófila Densa do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo
192
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cobertura de floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo
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Ubatuba, SP
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Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, ubatuba,sp
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etnobiologia, modelos de subsistência e territorialidade
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(Ulvophyceae, Chlorophyta) em diferentes biomas brasileiros
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ombrófilas densas de terras baixas e montana situadas nos núcleos de Picinguaba
e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar
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Atlântica do estado de São Paulo
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Calophyllum brasiliense Camb. (Clusiaceae)
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Estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo: comparação entre estratos e
influência de borda natural
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Núcleo Picinguaba: composição, fenologia e biologia da polinização
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uma Floresta de Restinga do Parque Estadual da Serra do Mar - SP, Núcleo
Picinguaba
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tropical de Mata Atlântica do Estado de São Paulo
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Atlântica do estado de São Paulo
193
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e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)
12/50466-3 O dilema das decisões sobre populações humanas em parques:jogo
compartilhado entre técnicos e residentes no Núcleo Picinguaba
08/53648-0 Alternativas de subsistência da comunidade caicara/quilombola do
sertão da fazenda, no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar,
Ubatuba-SP
07/02947-4 Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação
da biomassa arbórea em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual
da Serra do Mar, SP
08/09350-6 Análise morfológica e cromossômica de duas populações da palmeira
clonal Geonoma elegans Mart. em diferentes altitudes no Núcleo Picinguaba,
Parque Estadual da Serra do Mar - SP
10/09146-0 Dinâmica do carbono e nitrogênio do solo sob restinga na Ilha do
Cardoso e Núcleo Picinguaba no Estado de São Paulo
07/50561-8 Caracterização química do solo em Floresta Ombrófila Densa do
Parque Estadual da Serra do Mar
05/59168-1 Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila densa
dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar
09/03676-0 Estrutura genética e variação altitudinal em uma espécie da Mata
Atlântica
03/04154-0 Etnoictiologia em Picinguaba e Ilhabela, litoral de São Paulo
01/12454-9 Análise citogenética em algumas espécies de opiliões (Opiliones
Laniatores, Gonyleptidae) da Mata Atlântica (Parque Estadual da Serra do Mar,
núcleo de Picinguaba, Ubatuba, SP, Alto da Serra..
06/59536-3 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em
uma microbacia com plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de
São Paulo
06/51488-0 Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na microbacia do
ribeirão do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia
06/52519-6 Florística e estrutura da comunidade arbórea da Floresta Ombrófila
Densa Submontana do Núcleo Picinguaga - PESM, Ubatuba, SP
06/54292-9 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em
uma microbacia de primeira ordem com cobertura de pastagem no litoral norte do
Estado de São Paulo
194
08/08344-2 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo:
comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família
Myrtaceae
08/08346-5 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo:
comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família
Myrtaceae
99/06902-7 Mapeamento das áreas suscetíveis a prática agroecológica no Núcleo
Picinguaba (Parque Estadual da Serra do Mar), através do geoprocessamento
como subsídio a atividades econômicas sustentáveis
00/00011-2 Ecologia da polinização de duas espécies de bromélias de Mata
Atlântica no Estado de São Paulo
96/08000-2 Fenologia de vegetação de duna da praia da fazenda, Parque Estadual
da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP
96/06757-9 Morfo-anatomia de espécies de Marantaceae do Núcleo Picinguaba,
Parque Estadual da Serra do Mar - Ubatuba - SP
97/11592-1 Proposta de um plano de educação ambiental com ênfase na questão
dos resíduos sólidos, para a comunidade caiçara do bairro de camburi, localizado
no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba..
10/51494-5 Biologia reprodutiva e polinização de espécies de Melastomataceae em
duas áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil
94/03387-0 Ecologia do tiê-sangue Ramphocelus bresilius (aves, Thraupidae) no
Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP
07/57284-0 Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de
Mata Atlântica no Nordeste do Estado de São Paulo
08/52279-0 Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com
cobertura florestal no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia
06/57135-1 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila
Densa nos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar
06/57790-0 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila
Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do
Mar, Estado de São Paulo, Brasil
06/60183-8 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila
Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do
Mar, Estado de São Paulo, Brasil
09/15175-5 Ciclagem do fósforo em Floresta Ombrófila Densa dos núcleos de
Picinguaba e Santa Virginia -SP
195
Os descritivos delas estão no anexo 5.
7.8.8. Projetos socioambientais
“Manejo Florestal Comunitário da Juçara e Cambuci”
O projeto “Manejo Florestal Comunitário da Juçara e Cambuci”, consiste na continuidade das
experiências desenvolvidas pelo Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica - IPEMA e
uma rede de parcerias com objetivo de fortalecer os arranjos produtivos da sociobiodiversidade na
Mata Atlântica, por meio da promoção do manejo sustentável da palmeira juçara e outras espécies
nativas (MANEJO COMUNITÁRIO DA JUÇARA E DO CAMBUCI, s/d).
O projeto está sendo realizado na Comunidade Tradicional Caiçara do Sertão do
Ubatumirim. A comunidade tem seu território em sobreposição com áreas de interior e entorno de
duas Unidades de Conservação (UC) de Proteção Integral: o Parque Estadual Serra do Mar (PESM)
e o Parque Nacional da Serra Bocaína (PNSB). A maior produção de banana e mandioca do
município vem desta comunidade, sendo também área onde está concentrado o maior estoque da
palmeira juçara e de cambuci, mantido devido ao uso tradicional dos recursos do território. Além da
preservação dos estoques existentes destas duas espécies, o plantio visando o manejo sustentável
tem contribuído na geração de renda e permanência desta população em seu território (MANEJO
COMUNITÁRIO DA JUÇARA E DO CAMBUCI, s/d).
A consolidação da cadeia produtiva da polpa de juçara (Euterpe edulis) e do Cambuci
(Campomanesia phae), aliada ao repovoamento e conservação destas espécies, ambas ameaçadas
de extinção, assim como de outras espécies nativas e de uso tradicional, irá contribuir para
promover o manejo sustentável do Bioma, fortalecendo a organização social e produtiva de uma
comunidade tradicional (MANEJO COMUNITÁRIO DA JUÇARA E DO CAMBUCI, s/d).
Vale ainda ressaltar, que essa forma de extrativismo só ocorre no interior da UC, devido ao
zoneamento específico que permite o uso de recursos naturais no interior do Parque através da
Zona Histórico-Cultural Antropológica, prevista no Plano de Manejo.
7.8.9. Atrativos
O Núcleo Picinguaba conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras
e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
196
Trilha do Picadão da Barra
Passeio de barco ou caminhada passando pela praia e restinga chegando ao manguezal, na
barra dos Rios Fazenda e Picinguaba.
Percurso: 2.500 metros
Tempo estimado: 02h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)
Trilha do Corisco/Rasa/Jatobá
Percurso que pode ser efetuado em vários trechos a partir da Casa de Farinha e alcançando
o Pico do Cuscuzeiro a 1.240 metros de altitude com mirante para Ubatuba e Paraty. A área onde
se localiza a Trilha do Jatobá era uma fazenda, onde havia a produção de açúcar, álcool, farinha.
Atualmente, o local é o bairro Sertão da Fazenda, que abriga a comunidade do Quilombo da
Fazenda. A visitação inclui o contato com a comunidade quilombola, roda de conversa, a visita à
Casa de Farinha, à roda d´água construída por imigrantes italianos (patrimônio histórico-cultural do
final do século XIX) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 20.000 metros
Tempo estimado: xxhxxmin
Nível de dificuldade: xxxxxxxxxxx
Trilha do Cubatão
A trilha por entre a planície e a mata de encosta, com culturas de subsistência e poço
natural do Rio Picinguaba. Atualmente a trilha está desativada.
Percurso: 3.300 metros
Tempo estimado: xxhxxmin
Nível de dificuldade: xxxx
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
197
Trilha do Camburi/Trindade
A trilha atravessa a divisa entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ) interligando duas vilas caiçaras,
por entre mirantes, brejos e tocas em mata costeira, trechos em costão rochoso e trechos do
Parque Nacional da Serra da Bocaina, com pontos mais altos que atingem 300m de altitude.
É recomendável roupa de banho por baixo da roupa, protetor solar e repelente e obrigatório
o uso de calça comprida até o pé e tênis/sapato fechado. Há também necessidade de transporte
para o retorno (condição própria).
Percurso: 6.000 metros
Tempo estimado: 04h30min
Nível de dificuldade: difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)
Trilha da Toca da Josefa
Atividade de turismo de aventura em caminho acidentado até chegar à toca a 850 metros
de altitude, na Toca da Josefa, com lindo mirante para o Cambury, passando por cachoeiras e
remansos em meio à floresta. Boas possibilidades de avistamento de aves e mamíferos silvestres.
A toca foi utilizada por uma escrava chamada Josefa, que fugiu de Fazenda e se refugiou no
local, dando origem à história do quilombo do Cambury.
Percurso: 4.500 metros
Tempo estimado: 00h00min
Nível de dificuldade: moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)
Trilha Cunha - Puruba
Travessia interligando o Planalto, as Encostas e a Planície Litorânea no Núcleo Picinguaba.
Atualmente, a trilha não está cadastrada nos atrativos da Unidade, sendo realizada somente para
fim de fiscalização.
A trilha inicia no Núcleo Cunha, percorrendo trechos de mata de altitude e fazendo ligação
com o Núcleo Picinguaba. Esse trecho é um dos mais importantes do PESM, refúgio de grandes
primatas, felinos e várias outras espécies, onde se pode encontrar vários vestígios e pegadas
desses animais.
198
Percurso: 24.000 metros
Tempo estimado: 00h00min
Nível de dificuldade: difícil
Fonte: (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013)
Trilha dos Três Poços
A trilha indica ter sido um caminho primitivo para o transporte de madeira e carvão
anteriormente à construção da BR 101. Percorre trechos de Mata Atlântica bem preservada, às
margens do Rio do Cedro que apresenta três quedas d´água , a Cachoeira dos Poços, que formam
poços cristalinos propícios para banho. Além disso, o trajeto abrange o interior da comunidade
Quilombola com possibilidade de aquisição de artesanato local e a Praia Brava do Camburi, com
ondas fortes e grande beleza cênica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 2.912 metros
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Brava do Camburi - surfistas
O traçado da trilha Brava do Camburi Surfistas sai da rodovia BR 101, no Km 04, na beira da
estrada, onde há acesso para a praia. Esse caminho é utilizado pelos surfistas que descem a pé até
a praia. Não há elementos históricos associados a esse caminho e pode-se relacioná-lo ao período
posterior à construção da estrada, que data da década de 1970 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Já a Praia Brava do Camburi, com ondas fortes e grande beleza cênica, faz parte do antigo
percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba e outras praias sucessivamente
até se chegar a Ubatuba. O caminho era utilizado para trocas mercantis e atividades culturais; era o
principal acesso ao Camburi antes da construção da estrada BR 101 (1971) (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 996 metros
Tempo estimado: 00h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
199
Trilha Brava do Camburi – via Camburi
Trilha histórica anterior à construção da estrada BR 101. Acredita-se que o percurso data de
mais de 100 anos e era utilizado para comércio de produtos como peixes, bananas e farinha, além
de atividades culturais como a Festa de Reis (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
A trilha passa por mata costeira e praia Grossa alcançando a vila caiçara e quilombola que
mantém atividades de uma casa de farinha artesanal, pesca e passeios de barco. Por fim, chega-se
na Praia Brava do Camburi, que possui ondas fortes e grande beleza cênica e faz parte do antigo
percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba e outras praias sucessivamente
até se chegar a Ubatuba (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 3.062 metros
Tempo estimado: 01h30min
Nível de dificuldade: fácil a moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Brava da Almada
A trilha da Brava da Almada era usada pela comunidade tradicional para atividades
mercantis, como a venda de peixe, farinha, marisco, etc., entre a Almada e Picinguaba. A trilha
inicia no costão rochoso da praia da Fazenda e percorre trechos de mata de encosta e da praia das
Conchas até atingir a praia dos pescadores (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 6.596 metros
Tempo estimado: 05h00min
Nível de dificuldade: moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Lago do Cambucá
A área era uma antiga fazenda que foi desapropriada com a implantação do Parque
Estadual Serra do Mar. No local está situado o Centro de Observação de Aves, possui um grande
lago com beleza paisagística excepcional, onde são avistadas e registradas as paradas de aves
migratórias (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.526 metros
Tempo estimado: 01h30min
200
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)
Trilha do Pico do Corcovado - Picinguaba
A Trilha do Corcovado é compartilhada entre os Núcleos Santa Virgínia e Picinguaba.
Partindo do Bairro da Vargem Grande (município de Natividade da Serra) tem seu traçado bem
suave acompanhando o rio e sua transição do relevo de morro para os contrafortes da serra do
mar. A Pedra do Corcovado com altitude de 1.168 metros é o grande atrativo, de onde se avista
toda a baía de Ubatuba e a encosta da Serra do Mar. No caminho também há poços para banho
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O traçado da Trilha é bastante antigo, sendo um caminho histórico usado para duas
finalidades: acesso entre o local onde hoje se localiza o Bairro do Corcovado no Sertão da Praia
Dura em Ubatuba e a região de Vargem Grande em Natividade da Serra para realização de trocas
mercantis (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 11.120 metros
Tempo estimado: 12h00min
Nível de dificuldade: muito difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)
Outros pontos de interesse
Praia da Fazenda
Praia plana e de águas mansas, ideal para ir com crianças e para caminhar. A Praia da
Fazenda faz parte do antigo percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba e
outras praias sucessivamente até se chegar a Ubatuba. O caminho era utilizado para trocas
mercantis e atividades socioculturais; era o principal acesso entre Picinguaba e Almada antes da
construção da estrada BR 101 (1971) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
Praia de Picinguaba
Vila de pescadores situada em uma pequena e calma baía (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
201
Praia Brava da Almada
Vila de pescadores situada em uma pequena e calma baía. A Praia Brava da Almada está
posicionada à margem do antigo percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba
e outras praias sucessivamente até se chegar a Ubatuba. O caminho era utilizado para trocas
mercantis e atividades socioculturais; era o principal acesso entre Picinguaba e Almada antes da
construção da estrada BR 101 (1971) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
Praia e Vila de Cambury
Vila caiçara e quilombola, que mantém casa de farinha artesanal, pesca de cerco e passeios
de barco (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
Casa de Farinha
Movida à roda d´água, estruturas que, junto com o moinho de fubá foram recuperadas das
ruínas de uma antiga fábrica de açúcar e álcool, construída por italianos no início do século
passado. Está localizada no Sertão da Fazenda (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
Aldeia Boa Vista
Terra indígena demarcada pela FUNAI, em sobreposição ao Parque (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, s/d(f)).
Vila de Picinguaba
Antiga aldeia de pescadores tombada como patrimônio histórico e cultural em 1983, de
onde se pode sair para passeios de barco (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
Sítios arqueológicos
Rochas á beira-mar com registros que atestam a ocupação humana há mais de 6 mil anos
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
202
Quilombo de Cambury
60% do bairro foi reconhecido como quilombo, onde é possível conhecer os projetos
comunitários e roteiros especiais de visita (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
7.8.10. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área 47.900 hectares
Bioma Mata Atlântica
Município da sede Ubatuba
Municípios Abrangidos Ubatuba
Endereço da sede Rodovia BR 101 km 08, Bairro de Picinguaba, CP 157, CEP: 11.680-000,
Ubatuba/SP
Escritório urbano
Bases e outras funções
Telefones (12) 3832-1397 / (12) 3833-6552 / (12) 3832-9011
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC pesm.picinguaba@fflorestal.sp.gov.br
Nome do Gestor Danilo Santos da Silva
Esportes Radicais Não
Capacidade de hospedagem 44 leitos
Valor da hospedagem na UC R$ 17,00/pessoa
Centro de visitantes 120 Praia da Fazenda e 50 Base Centro
Capacidade do auditório 120 pessoas
Capacidade do refeitório 80 pessoas
Lanchonete Sim, terceirizada Quilombo Fazenda
Quiosques pic nic Não
203
Camping na UC Caracol, Praia da Fazenda, posse particular; Ipê, Cambury, posse
particular.
Facilidades no entorno imediato
3 pousadas na Vila de Picinguaba, 2 restaurantes; 3 pousadas e 6
restaurantes no entorno (Almada e Ubatumirim); rodovia asfaltada, ônibus
diversos horários
Tipo de Acesso Asfalto
Distância de SP 270 km
Distância cidade mais
próxima(s) 40km centro Ubatuba e 30km centro de Paraty
Cobrança de Ingresso e valor
Valor geral: R$ 6.
Isentos de pagamentos: Menores de 12 e maiores de 60 anos de idade;
Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; Escolas públicas de
primeiro e segundo graus e ensino técnico em visita com finalidade
educativa, autorizado pela Unidade; Frequentadores rotineiros e moradores
do entorno, mediante apresentação de comprovante de residência, e/ou
cadastro autorizado pelo responsável da Unidade; Cobrança de meia
entrada: Estudantes legalmente identificados; Professores da rede pública
estadual e das redes municipais de ensino.
Amplitude Altitudinal Cota zero a 1260m de altitude
Amplitude de Temperaturas 15° a 35° C
Bases e outras funções
Base Cambucá
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Base de Uso Público
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Base de Uso Público
Endereço
Telefone
Área
204
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para informação (12) 3845-1155 / (12) 3833 – 6552
E-mail pesm.picinguaba@fflorestal.sp.gov.br
Endereço Rodovia BR 101 – Km 08 – Picinguaba - Ubatuba/SP
Centro de Visitantes
Dias e horário de
funcionamento Diariamente das 8h às 17h.
Telefones para informação: (12) 99707-2426 / (12) 3833-6552.
Para realização de trilhas no parque é necessário agendamento prévio.
Agendamento agendamento.picinguaba@gmail.com
Endereço Rodovia BR, nº101, km 11 – Picinguaba – Ubatuba / SP
Escritório Regional
Dias e horário de
funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para informação (12) 3832-1397 / (12) 3832-6552
E-mail pesm.picinguaba@fflorestal.sp.gov.br
Endereço Rua Dr. Esteves da Silva, n º 510 – Centro – Ubatuba / SP – CEP: 11680-
000
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota) e calça comprida até os pés para a realização de todas
as trilhas. No caso do passeio fluvial é permitido o uso de roupas mais leves, como chinelos e bermudas,
porém é obrigatório o uso de coletes salva vidas, que são fornecidos pelo parque.
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
205
Devido às condições climáticas, todas as atividades podem sofrer alterações sem aviso prévio.
A maioria das atividades requer meio de transporte como van, ônibus, etc. Fique atendo ao agendar com o
transporte a Km a ser percorrida para acessar os locais a serem visitados, conforme previsto e sua
programação (o parque não dispõe de veículos para apoiar ao visitante).
Recomenda-se a saída para as atividades pela manhã, podendo ser feita a partir das 08h, com término às
17h, podendo se estender até às 18h no horário de verão.
O número máximo de visitantes por trilha foi definido visando à segurança do visitante, a qualidade da
vivência na trilha e a redução dos impactos ambientais. Desta forma, o Núcleo Picinguaba não permitirá a
entrada de pessoas acima da capacidade estabelecida por trilha.
Nenhuma trilha deve ser percorrida no Núcleo Picinguaba sem o acompanhamento de monitor cadastrado.
Itens como repelente, protetor solar e capa de chuva são fundamentais para uma visita agradável ao Parque.
Sugere-se que o visitante traga lanche, cantil ou garrafa para água, lanterna, roupa extra e, em caso de
alérgicos, medicamentos pessoais.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da
trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se
camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta.
Os serviços realizados em parceria com as comunidades locais devem ser remunerados em dinheiro
diretamente aos prestadores cadastrados.
Sem autorização prévia é proibida qualquer tipo de coleta – animal, vegetal e mineral, mesmo que apenas
partes deles (sementes, flores, galhos, folhas, frutos, conchas, carapaças, etc.) com ou sem vida. Para
grupos que tenham interesse em realizar coleta / manipulação, enviar ofício incluindo projeto de pesquisa
(disciplina, justificativa, projeto de trabalho, objetivos da coleta, área de coleta, quantidade de exemplares)
para solicitar autorização a esta administração. O responsável pela atividade deve portar a autorização no ato
de sua visita a Unidade.
Ônibus e/ou vans necessitam de uma senha expedida pela COMTUR (Companhia de Turismo de Ubatuba)
para circularem no município de Ubatuba. Informações no telefone (12) 3833-9887.
Enviar relatórios, apostilas, resumos e/ou resultados obtidos referentes às atividades realizadas no Núcleo
Picinguaba.
206
Símbolo
7.9. Núcleo Santa Virgínia
7.9.1. História
O Núcleo Santa Virgínia foi criado em 02 de maio de 1989 através das desapropriações das
antigas fazendas Ponte Alta e Santa Virgínia, cujo nome foi mantido durante a criação do núcleo
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 17.500 mil estão localizados
no Núcleo Santa Virgínia, incluindo os municípios de São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra,
Cunha, Ubatuba e Caraguatatuba, em uma região denominada Vale do Paraíba (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
O maior atributo do núcleo é proteger parte da maior porção de florestas intactas do Vale
do Paraíba. A vegetação denominada Mata Atlântica é composta por Floresta Ombrófila Densa
Montana e Floresta Ombrófila Alto Montana, onde ainda existem várias espécies da flora e da fauna
ameaçadas de extinção. Além disso, o relevo acidentado da região favorece a formação de
cachoeiras, tornando- o Núcleo o principal atrativo natural das cidades de São Luiz do Paraitinga e
de Natividade da Serra (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Vale do Paraíba
O Vale do Paraíba é uma região socioeconômica que abrange cidades do estado de São Paulo e
Rio de Janeiro. Recebe esse nome, pois é cortado pela Bacia do Rio Paraíba do Sul, que fornece
água para ambos os estados.
A região também tem uma enorme importância histórica. A colonização do Brasil passa pelo Vale
do Paraíba, onde nasceram as principais bandeiras compostas por exploradores que saiam desta
região em busca de novas terras, índios, pedras preciosas e ouro. O Vale do Paraíba foi, no
passado, a região mais rica do país em função do ciclo do café, gerando muita riqueza e
prosperidade, principalmente com a fundação de vários municípios importantes no cenário
nacional como Bananal, Guaratinguetá, São José dos Campos, Taubaté, Aparecida do Norte e
Jacareí, entre outros. Com o declínio do café, o Vale foi tomado pela pecuária de leite, que até os
anos de 1970, foi conhecido como a maior bacia leiteira do Brasil. Tanto o café, quanto a pecuária
leiteira, gerou um passivo ambiental muito grande na região, restando apenas algumas áreas com
cobertura florestal nativa, distribuídas nas encostas da Serra da Mantiqueira, Serra do Mar e Serra
207
da Bocaina (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
São Luís do Paraitinga
As primeiras sesmarias nos sertões do Rio Paraitinga foram concedidas em 1688, mas somente no
século seguinte ocorreu a fundação do povoado, que deu origem ao município de São Luís do
Paraitinga. O centro surgiu como entreposto de tropeiros e sua primeira atividade econômica foi a
agricultura de subsistência: feijão, mandioca, milho e cana-de-açúcar.
Em meados do século XVIII, moradores locais, por meio do sargento mor Manoel Antônio de
Carvalho (considerado seu fundador) conseguiram, do governador D. Luís Antônio Mourão, licença
para fundar a nova povoação, que recebeu o nome de São Luís e Santo Antônio do Paraitinga, nas
terras de Taubaté. A capela existente, construída em louvor a Nossa Senhora dos Prazeres, mudou
depois para São Luís. Em 2 de maio de 1769, criou-se a freguesia de São Luís do Paraitinga na vila
de Taubaté. Tornou-se vila em 9 de janeiro de 1773, e recebeu foros de cidade em 30 de abril de
1857 (BATISTELLA, 2012).
A economia do município permaneceu, durante um longo período, restrita à cultura de cereais, até
que se iniciassem as plantações de café e algodão. No século XX, mais precisamente a partir da
década de 30, a pecuária leiteira começou a se sobressair, tornando-se a principal atividade
econômica, ao lado da agricultura de subsistência, que voltou a ganhar importância com a queda
da produção cafeeira (BATISTELLA, 2012).
A cidade abriga o maior conjunto arquitetônico tombado do Estado de São Paulo e é famosa pelo
intenso calendário cultural, tais como a Festa do Divino, a Folia de Reis, o carnaval, as congadas e
os festivais de marchinhas, músicas juninas, da cachaça, gastronômico e pelas manifestações do
tradicional modo de vida caipira (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)).
Em 2010, a cidade foi devastada por uma enchente. Com o grande volume de chuvas, o Rio
Piraitinga subiu cerca de 12 m, derrubando grande parte da cidade e provocando o maior desastre
da região (PREFEITURA MUNICIPAL E SÃO LUIZ DO PARAITINGA, s/d).
Esta catástrofe promoveu uma reflexão do governo Estadual ao qual vem criando vários projetos,
como: pagamento por serviços ambientais, proteção das nascentes, manejo sustentável da
pastagem e certificação orgânica e restauração florestal. Varias iniciativas da sociedade civil
também estão sendo desenvolvidas no sentido de recuperar a paisagem, promovendo o
desenvolvimento da agricultura orgânica, restauração florestal, diagnósticos participativas,
mapeamento e planejamento de micro bacias hidrográficas e o manejo sustentável do palmito
Juçara para fabricação de polpa.
Natividade da Serra: história e economia
Em 1853, o Coronel José Lopes Figueira de Toledo fundou a capela do Rio do Peixe. Em 24 de
abril de 1858, foi criada a freguesia pertencente ao município de Paraibuna, com a denominação
de Natividade de Nossa Senhora do Rio do Peixe. Em 18 de abril de 1863, tornou-se vila com o
nome de Vila da Natividade. Em 3 de julho de 1934, foi reconduzida à categoria de distrito,
incorporado ao município de Paraibuna. Obteve autonomia político-administrativa em 5 de julho
de 1935 e, em 30 de novembro de 1944, recebeu sua atual denominação (BATISTELLA, 2012).
Em Natividade da Serra havia muitos escravos, que foram levados pelo fundador da cidade,
208
Coronel José Lopes Figueira de Toledo. O maior número de escravos trabalhava no bairro do
Porto, hoje propriedade da família de Norberto Jacinto. A produção das fazendas do município era
de cana de açúcar, feijão, milho, arroz, na época tinha muito engenhos que fabricavam rapadura,
pois, não existia açúcar. Por volta de 1870 começou a plantação de café, as fazendas que
plantavam café vendiam a produção nas grandes cidades da região e no século 19 começou a
exploração pecuária leiteira e gado de corte. Hoje a agricultura esta no índice baixo devido à
construção da represa Paraibuna/ Paraitinga. Atualmente é o plantio de eucalipto para utilização
na fabrica de celulose que vem se destacando (NATIVIDADE DA SERRA, 2008).
7.9.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Santa Virgínia, há diversos patrimônios culturais materiais. Na Trilha Pirapitinga,
ainda é possível visualizar antigos fornos de carvão de vegetal utilizados quando a área ainda
pertencia as Fazendas Ponte Alta e Santa Virgínia.
O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido
através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para
aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na
história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo,
utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a
retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar
sua estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por
parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com
finalidade de combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV, s/d).
Além dos fornos de carvão, há outros patrimônios que merecem destaque (GUIMARÃES,
2013):
1. Trilhas do Açúcar e do Café;
2. Antiga sede da Fazenda Ponte Alta;
3. Capela da Fazenda Ponte Alta;
4. Estrada Catuçaba - Alto da Serra;
5. Sítio arqueológico na estrada de Santa Virgínia;
6. Trechos de panos de calçamento de pedra;
7. Alicerces em pedra e vestígios dispersos por Catuçaba;
8. Evidências de estruturas de madeira e alvenaria de concreto no cruzamento da antiga
estrada para Catuçaba; e
9. Estruturas escavadas em encosta com cobertura de tijolos em abóboda na Trilha do
Ipiranga.
209
7.9.3. Comunidades tradicionais
No Núcleo não há presença de comunidades tradicionais, como as índigenas, quilombolas
ou caiçaras. No entanto, em São Luiz do Paraitinga e Cunha há a presença de comunidades
caipiras.
Cultura caipira
Segundo Camara Cascudo – caipira seria uma corruptela de “caapora”, palavra de origem tupi que
significa “morador do mato”. Outras definições, mais recentes, consideram caipira, matuto ou
capiau, o homem ligado ao campo que possui uma identidade e cultura própria – o que de fato
era verdade, até meados do século 20, quando os meios de transporte e comunicação de massa
interferiram nos costumes locais e regionais, padronizando-os a partir de modelos urbanos.
A cultura caipira representa a adaptação do colonizador europeu ao Brasil e seu modo de ser,
pensar e agir no território brasileiro. O modo de vida caipira inclui o fogão a lenha, o café feito no
coador de pano, o leite quente ordenhado da vaca, biscoito de polvilho, pães de queijo, broas,
bolos de fubá, geleias e licores de frutas típicas (pequi e jenipapo) e, é claro, na famosa cachaça –
que se transformou numa espécie de bebida típica do Brasil.
Nas casas simples, todos têm direito a um “dedo de prosa” para ouvir um “causo”, passar as horas
na janela, sentar na soleira da porta, pitar um cigarro de palha. Até meados do século 20, essas
casas eram feitas de pau-a-pique – madeira trançada e barro batido – e cobertas de palha ou
sapé.
O caipira formou sua cultura através de uma mistura: herdou a religiosidade dos portugueses, a
familiaridade com o mato, a arte das ervas e o ritmo do bate-pé com os índios. A autêntica música
caipira, a “moda de viola”, retratava a vida do homem no campo, a lida na roça, o contato com a
natureza, a melancolia e a solidão do caboclo. Na literatura, o caipira é retratado por Monteiro
Lobato em seu personagem Jeca Tatu, do livro “Urupês”.
Fonte: BrasilCultura, 2010
7.9.4. Ecossistema
O núcleo Santa Virgínia está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como
ecossistemas vegetação formada por Floresta Ombrófila Densa Montana e Alto Montana; e Áreas
Reflorestadas com espécies exóticas. Sob a forma de mosaicos, onde 60% das áreas são compostas
por florestas primitivas ou poucas antropizadas, sendo o restante formado por campo limpo, campo
sujo, capoeira, capoeirão, floresta secundária e reflorestamento de Eucalyptus saligna (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
210
7.9.5. Fauna e Flora
O núcleo apresenta uma grande diversidade de fauna e flora. As espécies da fauna
características do núcleo são: onça parda, lontra, muriqui, sagui-da-serra-escuro, cateto, queixada,
anta, paca e cutia (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Além delas, há a uma espécie endêmica e
ameaçada de extinção, o peixe Pirapitinga-do-Sul (Brycon opalinus), cujo habitat é as águas do Rio
Paraibuna.
Em relação à flora, o Núcleo Santa Virgínia é a área do Parque Estadual Serra do Mar com a
maior densidade de palmito. Além dele, outras espécies facilmente encontradas são: canela, cedro,
guatambu, canela parda, canela amarela, sassafraz, grumixama, guapuruvu e varias espécies de
bromélias, orquídeas e samambaias (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
ONÇA-PARDA (Puma concolor)
Os pumas são felinos de grande porte, seu tamanho pode chegar a 1,95 m e podem alcançar 70
kg. Possui coloração branca nas patas e em algumas regiões do peito e pescoço. Sua cauda é
comprida e fina, escurecendo gradativamente até chegar a uma ponta preta. Habita florestas
densas e bordas de florestas, mas também campos e cerrado, sempre próximo a regiões com
água em abundância. É encontrada em todo o Brasil. É um animal carnívoro e possui alimentação
bastante variada, desde pequenos vertebrados até os de médio porte, como veados e porcos. O
período de gestação é de aproximadamente 95 dias. As fêmeas têm de um a seis filhotes por
ninhada. Possui uma enorme importância na natureza, pois realiza controle populacional das
espécies de roedores e marsupiais, evitando que suas populações cresçam de forma descontrolada
(ICMBio, s/d). Vive solitário, é noturno e terrestre (ViaRondon, 2011).
PIRAPITINGA-DO-SUL (Brycon opalinus)
A Pirapitinga-do-Sul pertence a família Characidae. É um peixe de porte médio, endêmico da Bacia
do Rio Paraíba do Sul (NARAHARA et al., 2002). Caracteriza-se por possuir um corpo alongado,
escamas de tamanho médio e uma nadadeira anal relativamente longa. A boca possui três séries
de dentes em sua mandíbula superior, e uma série na inferior. Atinge um cumprimento máximo de
aproximadamente 30 cm. Alimenta-se de frutas caídas da floresta marginal, bem como de insetos
(CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAPETINGA, s/d).
Atualmente é uma espécie bastante rara e está incluída na lista de espécies de peixes brasileiras
ameaçadas de extinção. Os principais fatores que ameaçam a espécie são: desmatamento,
construção de hidrelétricas, poluição e introdução de espécies exóticas (NARAHARA et al., 2002).
PALMITO JUÇARA (Euterpe edulis Mart.)
O palmito juçara atinge até 25 m de comprimento. Seu tronco é reto e fino, com diâmetro de até
os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido, recoberto pelas bainhas das folhas
palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores pequenas de cor creme, polinizadas por
insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação ocorre de abril a novembro - fruto
carnoso, esférico e roxo-escuro.
A dispersão é realizada por animais, dentre eles várias espécies de aves e mamíferos, que utilizam
211
seus frutos como recurso alimentar, por exemplo, o Tucano-de-bico-verde que é comumente
avistado nesta região se alimentando dos frutos dessas palmeiras. Pelo sabor e alto valor
comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as
plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse
incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
CANELA-GUAICÁ (Ocotea puberula (Rich.) Nees)
Nomes populares: Canela-guaicá, canela, canela-amarela, canela-babosa, canela-branca, canela-
coté, canela-de-corvo, canela-gosmenta, canela-guaiacá, canela-guiacá, canela-parda, canela-
pimenta, canela-pinha, canela-sebo, guaiacá, guaicá, inhumirim, louro, louro-abacate, louro-
bacato, louro-pimenta, louro-vermelho.
Comportando-se como espécie pioneira, ou seja, uma das primeiras espécies a inicializar o
processo de regeneração natural, chegando a dominar um determinado estágio da regeneração.
Todavia é mais adequadamente classificada como espécie secundária inicial, pois se encontra
presente também nas fases intermediárias e avançadas da sucessão secundária.
Espécie com ampla distribuição geográfica, ocorrendo do México até a Argentina, em diferentes
formações florestais. No Brasil, sua extensão de ocorrência é de 6.897.181,724km2, com uma área
de ocupação de 1.736km².
O estado de conservação desta espécie, segundo a lista das espécies ameaçadas de extinção
(IUCN, 2011) é de baixo risco (LR). Na lista oficial do Estado de São Paulo, não se encontra em
nenhuma categoria de ameaça.
Árvore perenifólia (sempre verde), de 10 a 15m de altura e 20 a 60cm de diâmetro, podendo
atingir até 25m de altura e 90cm de diâmetro na fase adulta. Floresce de janeiro a novembro,
sendo as flores desta espécie visitadas por diversos insetos pequenos como abelhas, formigas,
vespas, mariposas, borboletas, moscas, mosquitos e percevejos, dentre outros; mas o inseto
frequentemente observado polinizando suas flores é a abelha.
Frutifica de maio a fevereiro. Seus frutos são muito apreciados pelas aves, que são atraídas pela
coloração vermelha da cúpula que envolve a semente. Produzem anualmente grande quantidade
de sementes que são amplamente disseminadas pela avifauna, seus principais dispersores.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
LONTRA (Lontra longicaudis)
As lontras são animais de médio porte. Atingem de 53,0 cm 80,0 cm de comprimento. Possuem
corpo alongado, com uma pelagem densa formada por uma camada interna de pelos mais finos e
macios e outra externa de pelos mais longos e rígidos, com uma coloração predominantemente
marrom e na região da garganta um pouco mais clara. Possuem uma longa cauda, que utiliza de
leme quando estão na água. São animais solitários e com hábitos predominantemente diurnos,
porém podem ser vistos durante a noite. São semiaquáticos, abrigando-se em tocas feitas por eles
as margens dos rios. Alimentam-se de peixes, crustáceos, moluscos e ocasionalmente de
mamíferos e aves. Distribuem-se do México ao Uruguai. No Brasil habitam quase todo território
nacional, onde as condições dos corpos d’água são propicias para a espécie (ViaRondon, 2011).
CATETO (Tayassu tajacu)
O cateto é considerado uma espécie guarda-chuva e cinegética da Mata Atlântica. Também
conhecido como porco do mato, mede de 82 a 100 cm de comprimento total e pesa entre 17 e 30
kg. Seus pêlos são longos e grossos, a coloração geral é preto-acinzentada com reflexos
esbranquiçados, por terem as pontas dos pêlos brancas; o filhote é mais claro que o adulto. A
212
fêmea tem 4 pares de mamas, mas apenas 2 são funcionais. Alimenta-se principalmente de frutos
silvestres caídos no chão, folhas, brotos, talos, raízes, pequenos animais vertebrados, como rãs,
ratos e cobras pequenas e invertebrados como minhocas, larvas etc. Tem hábito diurno e
crepuscular. Chega a viver até 20 anos. Só ocorrem em áreas bem preservadas de florestas e de
relativa extensão. O cateto assim como o queixada, são os únicos representantes de porcos do
mato brasileiros.
Por ser um animal de médio porte torna-se alvo fácil dos caçadores e está desaparecendo em
muitos lugares. Os desmatamentos vêm reduzindo seu hábitat o que causa escassez de alimento e
conseqüentemente o extermínio da espécie. O hábitat reduzido também facilita a ação dos
caçadores, já que eles não têm para onde fugir ou se esconder. A espécie está ficando rara.
Fonte: INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d (c)
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.
Inhambu-Chintã (Crypturellus tataupa)
Jacutinga (Aburria jacutinga)
Tauató-Pintado (Accipiter poliogaster)
Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)
Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)
Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)
Murucututu-De-Barriga-Amarela (Pulsatrix koeniswaldiana)
Falcão-Relógio (Micrastur semitorquatus)
Apuim-De-Costas-Pretas (Touit melanonotus)
Choquinha-De-Asa-Ferrugem (Dysithamnus xanthopterus)
Papo-Branco (Biatas nigropectus)
Trovoada-De-Bertoni (Drymophila rubricollis)
Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri)
Tapaculo-Pintado (Psilorhamphus guttatus)
Fruxu (Neopelma chrysolophum)
Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)
Chibante (Laniisoma elegans)
Tropeiro-Da-Serra (Lipaugus lanioides)
Corocoxó (Carpornis cucullata)
Borboletinha-Do-Mato (Phylloscartes ventralis)
Olho-Falso (Hemitriccus diops)
Maria-Preta-De-Bico-Azulado (Knipolegus cyanirostris)
Catirumbava (Orthogonys chloricterus)
Pixoxó (Sporophila frontalis)
Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris)
Cais-Cais (Euphonia chalybea)
Fonte: SCHUNCK, 2015
213
- MAMÍFEROS
Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771))
Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818))
Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (É. Geoffroy, 1806))
Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))
Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita (É. Geoffroy, 1812))
Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758))
Queixada (Tayassu pecari (Linnaeus, 1795))
Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758))
Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))
Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS
● Sapinho-pingo-douro (Brachycephalus sp.)
● Brachycephalus vertebralis
● Bufo ictericus
● Cycloramphus boraceiensis
● Sapinho-de-brómelia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)
● Eleutherodactylus binotatus
● Eleutherodactylus bolbodactylus
● Eleutherodactylus guentheri
● Eleutherodactylus parvus
● Erythrolamprus aesculapii
● Hyla albosignata
● Hyla hylax
● hyla minuta
● Hyla sp. (listrada)
● Hylodes asper
● Hylodes phyllodes
● Physalaemus sp.
● Scinax sp. (gr. perpusillus)
● Scinax sp. (gr.rizibilis)
Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
● Palmito-juçara (Euterpe edulis)
● Samambaiaçus (Dicksonia sellowiana Hook. e Nephelea sternbergii (Sternb.) R.M.
Tryon)
● Canjerana (Cabralea canjerana (Vell.) Mart.)
● Maria-mole (Dendropanax cuneatum (DC.) Decne & Planch.)
● Jatobá (Hymenaea courbaril L.)
● Araçarana (Psidium cattleyanum Sabine)
● Figueira (Ficus insipida Willd.)
● Canela (Ocotea puberula (Rich.) Nees.)
● Cedro (Cedrela fissilis Vell.)
● Guatambu (Aspidosperma olivaceum Müll. Arg.)
214
● Canela noz-moscada (Cryptocarya moschata Nees.)
● Canela-sassafrás (Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer)
● Grumixama (Eugenia brasiliensis Lam.)
● Caeté (Heliconia sp.)
● Guaricanga (Geonoma elegans Mart.)
● Tapiá (Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg.),
● Guapuruvú (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake),
● Quaresmeira (Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.)
● Brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott.) Burret.)
● Embaúbas (Cecropia pachystachya Trécul)
● Bromélia (Nidularium sp.)
● Orquídeas
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.9.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Santa Virginia presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do
entorno:
● Regulação da qualidade do ar;
● Proteção dos morros e encostas;
● Proteção dos solos;
● Polinização;
● Bem-estar, lazer e turismo;
● Recursos hídricos.
Um importante papel exercido pela Mata Atlântica é a proteção do solo e de encostas das
serras contra deslizamentos provocados por eventos climáticos extremos. Um estudo de caso
realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, que fez uma análise das regiões mais atingidas pelas
enchentes de 2011, demonstrou que apenas 8% dos deslizamentos ocorreram em áreas de
vegetação nativa bem conservada, ou seja, pouco antropizadas (MMA, 2014a).
Em 2010, a cidade de São Luiz de Paraitinga foi devastada por uma grande enchente. Com
o excesso de chuvas na região, o Rio Paraitinga subiu 12 acima do normal, inundando grande parte
da cidade, provocando enormes danos. Centenas de pessoas ficaram desalojadas e grande parte do
patrimônio desabou. O que aconteceu na região foi uma somatória de fatores. Um deles é a
ocupação desordenada da região, que teve início na segunda metade do século XVIII (BERGAMO,
2010).
O desenvolvimento dos diferentes ciclos das monoculturas do café, do gado e do eucalipto e
outras formas culturais predatórias do meio ambiente rural como o uso intensivo das várzeas para
as produções de alimentos impactaram negativamente o meio ambiente com a destruição intensa
215
da vegetação nativa e de matas ciliares, além do intenso pisoteamento do solo pelo gado,
provocando uma maior impermeabilização (ALVES et al., 2011).
Esses fatores ocasionaram processos erosivos e assoreamentos de córregos e rios à
montante da cidade de São Luiz do Paraitinga e mesmo na sua área urbana, o que tem provocado
um número cada vez maior de enchentes na região (ALVES et al., 2011). Apenas em 2009, o rio
Paraitinga transbordou seis vezes (BERGAMO, 2010). Assim fica claro o papel o papel da vegetação
na proteção do solo e das encostas.
Vale ressaltar que além das agressões do homem, há também fatores naturais cíclicos, que
estão relacionadas com a própria história de formação geográfica da Serra do Mar e da Serra da
Mantiqueira, que envolveram os seus levantamentos pela separação das placas tecnônicas que
uniam a América do Sul à África e os deslizamentos naturais das encostas, etc. (ALVES et al.,
2011).
Além dessa proteção, as florestas preservadas do Núcleo Santa Virgínia preservam também
importantes mananciais para o abastecimento de água das cidades do Vale do Paraíba e até mesmo
do Rio de Janeiro. O núcleo é percorrido diversos rios como Rio Paraibuna, Rio Ipiranga, Ribeirão
Grande, Palmital, Rio da Anta, Rio dos Martins. Eles pertencem a Bacia do Rio Paraíba do Sul
(ALVES et al., 2011).
O Rio Paraibuna é considerado “Berço do Rio Paraíba do Sul”, pois juntamente com o Rio
Piraitinga, dão origem ao Rio Paraíba (PREFEITURA DE PARAIBUNA, s/d). A bacia do rio Paraíba do
Sul, porção do Estado de São Paulo, constitui-se como grande produtor dos serviços ambientais
para os três estados – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Denominado como rio Federal, é o
principal curso d’água da região, abastecendo cerca 12 milhões de pessoas entre os estados de São
Paulo e Rio de Janeiro e fornecendo água para 86% da população do município de Rio de Janeiro e
Baixada Fluminense (FUNDAÇÃO FLORESTAL,2013).
7.9.7. Pesquisas
Atualmente o Núcleo Santa Virgínia é reconhecido mundialmente por abrigar importantes
pesquisas realizadas por universidades Federais, Estaduais, Municipais, Instituição de Ensino,
Institutos de Pesquisas, EMBRAPA, etc.
Por possuir um mosaico de vegetação nativa em vários estágios sucessionais no Bioma Mata
Atlântica e, além de estar situado no Planalto Paraibuna/ Paraitinga em altitudes que variam entre
860 a 1.700 metros, a UC ainda guarda grande diversidade biológica da fauna e flora silvestre,
apresentando significativo numero de espécies endêmicas e ameaçadas. Após 25 anos de existência
216
o Núcleo apresenta diversos projetos de pesquisas já realizados e em andamento, produzindo um
volume respeitado de publicações acadêmicas, artigos científicos, dissertações e teses.
Algumas pesquisas com bolsa Fapesp realizadas no Núcleo foram:
11/15892-9 "Estrutura e diversidade da família Lauraceae na Mata Atlântica do Parque
Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil"
03/12595-7 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrofila Densa
dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque
13/24929-9 Comunidade de aves como indicadora da qualidade florestal
12/03554-4 Estudo da biomassa radicular em uma área de pastagem em regeneração
natural no Parque Estadual da Serra do Mar- Núcleo Santa Virgínia
08/57174-2 Ciclagem de carbono, nitrogênio e enxofre na serapilheira em Floresta
Ombrófila Densa sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no Estado de
São Paulo
07/52482-8 Ciclagem de carbono, nitrogênio e nutrientes de solo em Floresta Ombrófila
Densa do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo
01/06023-5 Distribuição da comunidade de palmeiras no gradiente altitudinal da Floresta
Atlântica na região Nordeste do estado de São Paulo
06/55136-0 Processos hidrológicos e transporte de nitrogênio em bacias com cobertura de
floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo
92/04627-0 Avaliação diagnóstica da vegetação no Núcleo Santa Virgínia, como subsídio a
elaboração de modelos de reflorestamento
03/09052-1 Biologia alimentar e reprodutiva da piratininga do sul, Brycon cf. opalinus
(Cuvier, 1819) e a diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra
do Mar
10/50811-7 Composição florística e estrutura da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos
Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil
11/50384-4 O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em florestas ombrófilas
densas de terras baixas e montana situadas nos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia do
Parque Estadual da Serra do Mar
12/50425-5 Características florais e reprodutivas de espécies de Melastomataceae em um
gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil
13/19377-7 A efetividade do maior corredor de mata atlântica em manter conectadas
populações de mamíferos de grande porte, como a Anta (Tapirus terrestris)
217
05/53955-1 Os gêneros physcia (schreber) Michaux e pyxine fries (ascomicetes
liquenizados, physciaceae) no Estado de São Paulo, de São Paulo, Brasil
08/58901-5 Alteraçãoes nos fluxos de CO2 do solo e na ciclagem de carbono após
aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica
03/05696-1 Biologia alimentar e reprodutiva da pirapitinga do sul, Brycon cf. opalinus
(Cuvier, 1819) e a diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra
do Mar
12/51509-8 Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta
Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia,
do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)
05/51011-6 Biologia da polinização e reprodução de espécies arbóreas da família
Fabaceae, polinizadas por abelhas, de Floresta Atlântica no Sudeste do Brasil
07/02947-4 Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação da
biomassa arbórea em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual da Serra do
Mar, SP
05/59168-1 Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila densa dos
núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar
09/03667-0 Demografia de queixada (Tayassu pecari) analisada através de DNA fecal no
Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, SP
06/57010-4 Produtividade primária líquida em diferentes fitofisionomias do Parque
Estadual da Serra do Mar, SP
06/59536-3 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma
microbacia com plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de São Paulo
06/50014-4 Dinâmica e estrutura populacional de quatro espécies arbóreas no Núcleo
Picinguaba e Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, SP
06/51488-0 Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na microbacia do ribeirão
do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia
05/57549-8 Perdas de nitrogênio pela emissão de gases e sua relação com a
decomposição da liteira e biomassa de raízes na floresta de Mata Atlântica
06/54292-9 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma
microbacia de primeira ordem com cobertura de pastagem no litoral norte do Estado de São
Paulo
14/01245-0 Avaliação da influência da exclusão experimental de vertebrados insetívoros
na decomposição de folhas de três espécies sob diferentes coberturas do solo no Parque
Estadual da Serra do Mar - núcleo santa virgína
218
09/15175-5 Ciclagem do fósforo em Floresta Ombrófila Densa dos núcleos de Picinguaba
e Santa Virginia -SP
07/04073-1 Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta
(Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo
00/12405-5 Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta Atlântica do
núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP
93/03717-8 A sucessão secundária em floresta na encosta Atlântica - SP
10/13593-1 O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em uma Floresta
Ombrófila Densa situada no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia
10/13592-5 Ciclagem de nutrientes em áreas de pastagem sob regeneração natural no
Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Santa Virgínia
10/51494-5 Biologia reprodutiva e polinização de espécies de Melastomataceae em duas
áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil
07/57285-6 Estrutura e funcionamento de um trecho de Floresta Ombrófila Densa
Montana com bambus do Núcleo Santa Virgínia/PESM, SP
11/09241-5 Manejo de frutos de Euterpe edulis Martius e uso múltiplo da Mata Atlântica
em Ubatuba e São Luís do Paraitinga (SP) como estratégia de conservação
10/19951-7 "comparação entre dossel e subosque de uma área de Floresta Ombrófila
Densa montanta (Mata Atlântica), Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia,
São Paulo, Brasil"
10/52705-0 Dinâmica do nitrogênio e carbono em rios da bacia do alto Paraíba do Sul,
Estado de São Paulo
07/58666-3 Diversidade, composição florística e biologia reprodutiva da comunidade de
plantas esfingófilas de Floresta Ombrófila Densa Montana - Mata Atlântica, no sudoeste
brasileiro
07/57284-0 Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de Mata
Atlântica no Nordeste do Estado de São Paulo
08/50748-3 Distribuição espacial de insetos predadores em riachos da região norte da
Serra do Mar, Estado de São Paulo
08/52279-0 Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com cobertura
florestal no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia
08/52280-9 Alterações nos fluxos de gases do solo e na ciclagem de carbono e nitrogênio
após aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica
06/57135-1 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa
nos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar
219
06/57790-0 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa
dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São
Paulo, Brasil
06/60183-8 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa
dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São
Paulo, Brasil
12/25493-7 Políporos (Basidiomycota) do Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da
Serra do Mar, SP, Brasil
"Modelos de sustentabilidade de caça de subsistência na Serra do Mar, Mata
Atlântica"
Priority areas for the conservation of Atlantic forest large mammals
Functional Extinction of Birds Drives Rapid Evolutionary Changes in Seed Size
EXTINÇÃO ECOLÓGICA DE GRANDES HERBÍVOROS E DIVERSIDADE DE PLANTAS EM UM
GRADIENTE DE DEFAUNAÇÃO NA MATA ATLÂNTICA
"Density and Spatial Distribution of Buffy-tufted-ear
Marmosets (Callithrix aurita) in a Continuous Atlantic Forest"
How to not inflate population estimates? Spatial density distribution of white-lipped
peccaries in a continuous Atlantic forest
Mamíferos não voadores do Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, São
Paulo, Brasil
Caracterização do perfil e da qualidade da experiência do praticante de rafting no Parque
Estadual Serra do Mar − Núcleo Santa Virgínia
Efeitos da defaunação na herbivoria, pisoteio de plântulas, remoção e predação de
sementes na Floresta Atlântica
O descritivo delas encontra-se no anexo 5.
7.9.8. Atrativos
O Núcleo Santa Virgínia conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, mirantes
cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
220
Trilhas da Sede (São Luiz do Paraitinga)
Trilha do Pirapitinga
A Trilha do Pirapitinga era uma antiga estrada que serviu para o transporte de madeira e
carvão quando a área do Núcleo ainda pertencia às antigas fazendas de Ponte Alta e Santa Virgínia.
O caminho margeia os Rios Paraibuna e Ipiranga e a trilha recebe esse nome devido à presença da
espécie endêmica e ameaçada em extinção do peixe pirapitinga-do-sul (Brycon opalinus) no Rio
Paraibuna (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O percurso conta com diversos atrativos: cachoeiras – Cachoeira das Andorinhas, Cachoeira
do Salto Grande, Cachoeira do Saltinho; poço do Peixe Grande; fornos de carvão; e a foz do Rio
Ipiranga com o Paraibuna, ou seja, o encontro entre os dois rios (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 5.700 metros
Tempo estimado: 3h00min
Nível de dificuldade: fácil a moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)
Trilha do Poço do Pito
A trilha percorre uma bela paisagem ao longo do Rio Paraibuna em floresta secundária,
passando pela Pedra do Lageado e chegando até a cachoeira do mesmo nome. É possível observar
o peixe Pirapitinga-do-Sul (Brycon opalinus) espécie endêmica ameaçada de extinção, que promove
saltos para apanhar insetos e frutas silvestres (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 8.000 metros
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: fácil a moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)
Trilha Ipiranga
Caminhada por uma trilha/estrada às margens do Rio Ipiranga com grande possibilidade de
observação de aves e mamíferos e com parada na cachoeira de mesmo nome (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 16.000 metros
Tempo estimado: 04h00min
221
Nível de dificuldade: fácil a moderado
Atrativos: Caminhada por uma trilha/estrada às margens do Rio Ipiranga com grande
possibilidade de observação de aves e mamíferos e com parada na cachoeira de mesmo nome.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)
Rafting Rio Paraibuna
Atividade de turismo de aventura no Rio Paraibuna, passando por cachoeiras e remansos
em meio à floresta. É realizada em botes de borracha com guias credenciados e certificados. No
percurso há diversas cachoeiras e saltos: Cachoeira do Saltinho, Cachoeiras do Salto Grande, Ponte
de Pedra, Foz do Rio Ipiranga no Rio Paraibuna, Corredeira Gamela de Pedra, Cachoeira do
Itapavão e Cachoeira do Surf (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 9.0019metros
Tempo estimado: 05h00min
Nível de dificuldade: nível III e IV
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Olho D´água
Em formato de circuito esta é uma caminhada agradável que passa por nascentes de água
cristalina em meio a uma preservada Mata Atlântica. Trata-se de uma trilha alternativa a do
Pirapitinga, com menor extensão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O caminho preserva uma rica biodiversidade e tem como um dos seus atrativos a Cachoeira
Salto Grande (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.545 metros
Tempo estimado: 01h00min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
222
Trilhas da Base Natividade da Serra / Base Vargem Grande
Trilha do Pico do Corcovado
Por dentro da mata de altitude ou nebular em ótimo estado de conservação, alcança-se o
topo do Pico do Corcovado, um dos pontos mais altos do Parque Estadual Serra do Mar, com
1.168m de altitude, de onde se avista o litoral de Ubatuba e o Vale do Paraíba (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
No caminho é possível se refrescar no poço Lageado, local onde o Ribeirão Grande encontra
uma laje de pedra que proporciona a formação de um lindíssimo poço de águas frias e cristalinas e
meio à mata e na Cachoeira do Rio Calçado, da Laje da Pedra e do Rio Furado (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 17.000 metros
Tempo estimado: 08h00min
Nível de dificuldade: difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)
Trilha da Cachoeira da Boneca
Trilha de fácil acesso margeando o Rio Grande sob Floresta Atlântica Montana, ótima para
observação de pássaros e fauna, possui cachoeiras e corredeiras perfeitas para banho.
Percurso: 12.000 m
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)
Trilha do Garcês
Trilha que percorre bom trecho de mata primária, passando pelo Rio Grande, Cachoeira do
Jacu e do Garcês. Boas possibilidades de visualização de aves e mamíferos silvestres (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 6.000 metros
Tempo estimado: 03h00min
Nível de dificuldade: dificuldade baixa
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)
223
Trilhas da Base Catuçaba (São Luiz do Paraitinga)
Trilha Palmital
Trilha de longa duração que parte da base Catuçaba, localizada no Bairro do Sertãozinho no
município de São Luiz do Paraitinga e chega na base Puruba, no mesmo município. A trilha passa
por várias fisionomias florestais e pela cachoeira do Rio Palmital, ótima paisagem da região.
Percurso: 16.000 metros
Tempo estimado: 08h00min
Nível de dificuldade: difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha do Mirante
Trilha com desnível acentuado de 350 metros em uma distancia de 1km, percorre parte dos
altos da Serra do Mar no divisor das bacias hidrográficas dos rios Paraibuna e Paraitinga.
Percurso: 1.000 metros
Tempo estimado: 02h00min
Nível de dificuldade: dificuldade moderada a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.9.9. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área 17.500 hectares
Bioma Mata Atlântica
Município da sede São Luiz do Paraitinga
Municípios
Abrangidos São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra, Cunha, Ubatuba e Caraguatatuba
Endereço da sede Rodovia Dr. Oswaldo Cruz, km 78 mais 800 metros
Escritório urbano Ainda não implantado
224
Bases e outras
funções
O núcleo possui 05 bases de fiscalização e pesquisa: Base Itamambuca, Base Puruba,
Base Catuçaba e Base Sede em São Luiz do Paraitinga e Base Vargem Grande, em
Natividade da Serra.
Telefones (12)3671-9159 / (12)3671-9266 / (12) 3833-1230
Sinal de celular
da sede
Sinal de celular
da base
E-mail da UC pesm.santavirginia@fflorestal.sp.gov.br ou núcleosv@ig.com.br
Nome do Gestor João Paulo Villani
Esportes Radicais Rafting no Rio Paraibuna (percurso 10 Km)
Empresas autorizadas: Cia. de Rafting e Paraitinga Turismo
Capacidade de
hospedagem
Somente para Pesquisadores com projetos aprovados pela COTEC/Intituto Florestal e
Fundação Florestal.
30 leitos
Valor da
hospedagem na
UC
R$ 19,00
Capacidade de
sala de
conferencia
40 Pessoas
Centro de
visitantes Não possui
Capacidade do
refeitório 40 Pessoas
Lanchonete Não
Quiosques pic nic Não
Camping na UC Não
Facilidades no
entorno imediato
Existem cinco pousadas na Zona de Amortecimento ou entorno: Eco Pousada Canteiros
(11- 95152875), Reserva Guainumbi (19-97082983), Eco Pousada Canaã da Serra (11-
70489400), Hotel Faz.Catuçaba (12-36716158) e Pousada das 7 Cachoeiras, em
Catuçaba (11- 50722143/12- 36716201)
Tipo de Acesso
Para o Setor “Sede” o acesso é em asfalto até o km 78 mais 800m da Rodovia Dr.
Oswaldo Cruz. Deste ponto, segue por 3km em estrada de terra bem conservada até o
estacionamento.
Para o Setor “Vargem Grande” seguir por asfalto até o km 66 ou ponte sobre o rio
Paraibuna.Deste ponto segue por 14km até a Vila rural da Vargem Grande. Do vilarejo
rural segue por 03 km até a Base Vargem Grande.
Distância de SP 200 km
Distância cidade
mais próxima(s) 16km de Ubatuba, São Luís do Paraitinga 35 km, Natividade da Serra 110km
225
Cobrança de
Ingresso e valor Não
Amplitude
Altitudinal 860m a 1650m
Amplitude de
Temperaturas Máxima 35º; Média 21º; Mínima -3º
Bases e outras funções
Base de Proteção Catuçaba
Endereço
Rodovia Oswaldo Cruz km 47 - Bairro Catuçaba - São Luiz do Paraitinga/SP
Entrar no km 47 da rodovia Oswaldo Cruz até o distrito de Catuçaba. Seguir pela estrada
do Pinga por 2 km e entrar a direita para o bairro Sertãozinho 6 km até o final da
estrada. Existem placas indicativas.
Telefone (12) 3671-9159 / (12) 3671-9266 / (12) 3833-1230
Capacidade de
hospedagem
Base de Proteção Vargem Grande
Endereço
Rodovia Oswaldo Cruz km 66 - Vila Vargem Grande - Natividade da Serra/SP
Seguir pela Rodovia Oswaldo Cruz até o km 66. Após passar a ponte do Rio Paraibuna,
entrar a direita e percorrer 14,5 km até a vila da Vargem Grande. Ao cruzar a ponte do
Rio Grande dentro da Vila, entrar a esquerda por 3 km até o final da estrada.
Telefone
Capacidade de
hospedagem
Base de Uso Público
Endereço Rodovia Oswaldo Cruz km 78,5 - São Luiz do Paraitinga/SP
Telefone (12) 3671-9159 / (12) 3671-9266 / (12) 3833-1230
Área
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para
informação (12) 3671-9159 / (12) 3671-9266 / (12) 3833-1230
E-mail pesm.santavirginia@fflorestal.sp.gov.br
Gestor (a) João Paulo Villani
226
Endereço Rodovia Dr. Oswaldo cruz, km 78 – Alto da Serra / São Luis do Paraitinga –SP CEP
12140-000. Km 78,5. Caixa postal 13.
Visitação
Dias e horário de
funcionamento Terça-feira a domingo das 8h às 17h.
Endereço Rodovia Dr. Oswaldo cruz, km 78. São Luiz do Paraitinga - SP
CEP 12140-000. Km 78,5.
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da
trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se
camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia. Cuide dos locais por onde passa;;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie. Deixe tudo no seu devido lugar;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta.
Voce será responsável pela sua segurança;
Não faça fogueiras;
Respeite os animais e plantas;
Seja cordial com outros visitantes e população local;
Não é permitido trazer animais domésticos como: cão, gato, ave e animais exóticos.
Normas para o rafting
227
Antes de iniciar a atividade de rafting o usuário deverá assinar o Termo de responsabilidade do Usuário,
apresentado pelas operadoras autorizadas, preencher a ficha médica e efetuar o pagamento diretamente para
operadora;
Obedecer às orientações dadas pelos condutores e ou funcionários da Unidade de Conservação;
Zelar pela infraestrutura disponibilizada, preservando o meio ambiente local;
Utilizar obrigatoriamente todos os equipamentos necessários na prática do rafting, especialmente aqueles
descritos na Norma ABNT NBR 15.370;
Os menores de 18 anos deverão apresentar o Termo de Responsábilidade, assinado pelos pais ou responsável
legal.
Os praticantes autônomos deverão respeitar as Normas NBR 15.370 e 15.285 efetuar o pagamento na
Unidade de Conservação, preencher o Termo de Responsabilidade apresentado pela Fundação Florestal, a
ficha médica e agendar com antecedência as descidas junto a Unidade de Conservação.
Símbolo
O palmito juçara (Euterpe edulis Mart.) atinge até 25 m de comprimento. Seu tronco é reto e fino,
com diâmetro de até os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido, recoberto
pelas bainhas das folhas palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores pequenas de cor
creme, polinizadas por insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação ocorre de abril a
novembro - fruto carnoso, esférico e roxo-escuro.
A dispersão é realizada por animais, dentre eles várias espécies de aves e mamíferos, que utilizam
seus frutos como recurso alimentar, por exemplo, o Tucano-de-bico-verde que é comumente
avistado nesta região se alimentando dos frutos dessas palmeiras. Pelo sabor e alto valor
comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as
plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse
incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção (Fundação Florestal, 2013)
7.10. Núcleo São Sebastião
7.10.1. História
O Núcleo São Sebastião foi criado em 31 de março de 1998 e abrange aproximadamente
26.268 mil hectares do Parque Estadual Serra do Mar, incluindo o município de São Sebastião. O
núcleo protege a serra, mananciais de água e a floresta, que abriga uma alta diversidade de
espécies de aves e de anfíbios (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)).
Em dezembro de 2010, ocorreu à ampliação do PESM e as áreas mais importantes incluídas
localizam-se justamente no Núcleo São Sebastião: a Praia Brava e todo o costão rochoso até
Maresias, bem como a totalidade das penínsulas situadas entre as praias de Maresias, Paúba e
Santiago, Toc Toc Grande e Toc Toc Pequeno. Com isso, o Parque ganhou uma significativa
228
extensão de costões rochosos, importantes nichos ecológicos para a alimentação e abrigo de
espécies marinhas.
Seu nome é o mesmo da cidade de São Sebastião, que tem o santo como padroeiro da
cidade.
São Sebastião
O nome São Sebastião deriva do grego sebastós, que significa divino. Originário de Narbonne e
cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo
imperador romano Diocleciano. De acordo com a tradição oral, Sebastião era um soldado que teria
se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração
dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e
Maximiliano, que o designaram capitão da sua guarda pessoal conhecida na época de Guarda
Pretoriana.
São Sebastião nunca deixou de ser um cristão convicto e ativo. Secretamente, Sebastião
conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo, até mesmo o governador de Roma, Cromácio,
e seu filho, Tibúrcio, foram convertidos por ele. Por volta de 286, Sebastião foi denunciado, pois
estava contrariando o seu dever de oficial da lei. O imperador o julgou como traidor e ordenou a
sua execução por meio de flechas. Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não
havia falecido. Encontrado e socorrido por uma viúva chamada Irene (futura Santa Irene) que
retirou as flechas do peito de Sebastião e o tratou.
Assim que se recuperou, se apresentou novamente diante do Imperador, censurando-o pelas
injustiças cometidas contra os cristãos. Novamente foi condenado e açoitado até a morte. O fato
ocorreu no dia 20 de janeiro de 288. São Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e
santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média.
Fonte: SANTO PROTETOR, s/d
A História do município de São Sebastião
São Sebastião é a cidade mais antiga do Litoral Norte. Antes da colonização portuguesa, a
região era ocupada por índios Tupinambás ao norte e Tupiniquins ao sul, sendo a serra de
Boiçucanga uma divisa natural das terras das tribos. O município recebeu este nome em
homenagem ao santo do dia em que passou ao largo da Ilha de São Sebastião - hoje Ilhabela - a
expedição de Américo Vespúcio: 20 de janeiro de 1502 (SÃO SEBASTIÃO, s/d).
A ocupação portuguesa ocorre com o início da História do Brasil, após a divisão do território
em Capitanias Hereditárias. Diogo de Unhate, Diogo Dias, João de Abreu, Gonçalo Pedroso e
Francisco de Escobar Ortiz foram os sesmeiros que iniciaram a povoação, desenvolvendo o local
com agricultura e pesca. Nesta época a região contava com dezenas de engenhos de cana de
açúcar, responsáveis por um maior desenvolvimento econômico e a caracterização como núcleo
229
habitacional e político. Isto possibilitou a emancipação político-administrativa de São Sebastião em
16 de março de 1636, motivada também pela necessidade de proteger a região dos ataques dos
piratas e corsários ingleses, franceses e holandeses (SÃO SEBASTIÃO, s/d).
A criação do porto motivou ainda mais o desenvolvimento econômico da região, que era
baseado nas culturas da cana de açúcar, café e fumo. Também era utilizado para o transporte do
ouro de Minas Gerais. Na metade do século passado a região tinha 106 fazendas, onde 2.185
escravos produziram 86 mil arrobas de café no ano de 1854 (SÃO SEBASTIÃO, s/d).
A economia entra em declínio com a abolição da escravatura e abertura da ferrovia Santos-
São Paulo, o que aumentou a saída de mercadorias pelo porto de Santos. É quando passam a
predominar a pesca artesanal e a agricultura de subsistência, com pequenas roças de mandioca,
feijão e milho, característica das comunidades caiçaras isoladas mesmo nos dias de hoje. Nos anos
40, implanta-se a infraestrutura portuária e nos anos 60 chega o terminal marítimo de petróleo, da
Petrobras, fatores decisivos para a retomada do desenvolvimento econômico (SÃO SEBASTIÃO,
s/d).
7.10.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo São Sebastião está localizado o sítio arqueológico mais importante do Parque
Estadual Serra do Mar – o Sítio São Francisco (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)). Os vestígios
arqueológicos datam no final do século XVIII e início do século XIX, mas foram descobertos apenas
em 1991 e em 2007 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O Sítio é composto por elementos que evidenciam uma antiga unidade produtiva. Foram
encontrados vestígios de edificações, sistema de captação de água, estradas, bolsões de cultura
agrícola e áreas de descarte de material, dentre outros. Várias fazendas encontradas no litoral norte
são caracterizadas, por influência direta portuguesa, por grandes construções que uniam as
dependências de morada e as fabris sob o mesmo teto (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Entre as ruínas, foram identificados diversos elementos. Alguns deles são (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013):
● Casa Grande: apresenta técnicas de construção similares às encontradas nas grandes
construções da faixa litorânea brasileira, do século XVI ao XIX, com o emprego de
estruturas de alvenaria de pedra, barro e cal e pau-a-pique. Os restos arquitetônicos
da casa contêm elementos que indicam preocupação estética, como cornijas, jardins e
floreiras. Ademais, também foi observada a utilização de materiais construtivos
nobres, como a ardósia.
230
● Alpendre: há indícios da existência de alpendre central, que dava acesso às outras
dependências e que, na época, era essencial pela necessidade de “um espaço aberto
para receber visitantes”, resguardando deste modo a intimidade familiar.
● Seteiras: ambiente para a reclusão da família. Tal estrutura proporciona às famílias um
cenário de segregação.
● Forno circular: espaço destinado para o preparo das “quitandas”, quitutes assados; ou
à chamada “cozinha suja”, cômodo de serviço destinado às atividades mais rústicas de
preparo de alimentos.
● Cozinha: cozinha contígua com fornalhas que possivelmente alimentavam suportes
apoiados em balcão, onde foi encontrado fragmento metálico relacionado ao apoio das
panelas, as bocas do fogão.
● Capela: representa a atenção dada à religiosidade na época
● Grande pátio: espaço destinado aos eventos da fazenda, recepção de visitantes
ilustres, à celebração de um evento familiar ou ainda, à passagem de ordens à
criadagem.
● Fornalhas: local onde era depositado os tachos de cobre com o caldo de cana.
● Senzala: há ruínas que indicam uma suposta senzala, local onde os escravos ficavam
alojados Além das ruínas, foram identificadas assinaturas etnográficas produzidas
pelos escravos, que eram representações de sua cultura e religião.
7.10.3. Comunidades tradicionais
No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da etnia Guarani reconhecidas
pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-Mirim, Guarani do Aguapeú,
Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e Tenondé Porã.
No Núcleo São Sebastião há a superposição com a Terra Indígena Ribeirão Silveira, que
abrange os municípios de Bertioga, São Sebastião e Salesópolis em área declarada de 7.551,6
hectares e 948,4 hectares de área homologada (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013).
Conta com aproximadamente 350 membros do povo guarani de origem Guarani Mbya e Tupi-
Guarani (Ñandeva) que mantêm a tradição viva através da dança, da música, do artesanato e da
agricultura (SECRETARIA DE CULTURA E TURISMO, s/d).
A Terra Indígena Ribeirão Silveira representa um local de importância histórica, material e
simbólica para os Guarani. Os relatos apontam o reconhecimento da área como antiga região de
perambulação e habitação para os ascendentes dos Guarani que estão em Ribeirão Silveira. Esse
território reconhecido pelos Guarani tem uma perspectiva sócioregional que ultrapassa seus limites
territoriais e é revelada pela categoria guára, expressão que significa um conjunto de aldeias unidas
por laços de parentesco e reciprocidade (FUNAI, s/d).
231
Na aldeia há intensa circulação de palmiteiros, caçadores e os posseiros que ainda não
foram retirados. A região limítrofe a terra indígena sofre com a expansão urbana e pressões de
projetos de desenvolvimento com objetivo de criar novas cidades e destinos turísticos ao longo da
costa. Empreendimentos de grande porte, tais como pré sal e oleoduto Petrobrás, localizam-se nas
proximidades da área (FUNAI, s/d).
Hoje, a coleta e a roça têm uma grande importância para a sobrevivência, assim como a
venda de artesanatos. A agricultura constitui-se em uma das principais atividades da tradição
Guarani de modo geral, seja no plantio de espécies convencionais voltadas à sua alimentação e
comercialização de excedentes, como, e principalmente, pela presença de vários cultivos agrícolas
tradicionais do grupo, por exemplo, milho, amendoim, feijão, batata, cana-de-açúcar, etc., cujas
sementes, quando da mudança das famílias para outro território, são sempre carregadas consigo
para que possam, nessas novas áreas, plantá-las em suas roças. A criação de animais, também
localizada nos quintais das casas, na porção sudoeste do território indígena delimitado, ocorre em
escala bastante reduzida, e destina-se exclusivamente ao consumo alimentar dos Guarani,
destacando-se, neste caso, basicamente a criação de frangos e patos para consumo de sua carne e,
principalmente, ovos. A pesca é realizada ao longo dos dois rios principais (Rio Vermelho e Ribeirão
Silveira). Para sua execução, os Guarani utilizam redes, covos ou anzóis. Os peixes mais comuns
são a traíra, o bagre e o cará (FUNAI, s/d).
7.10.4. Ecossistema
O núcleo São Sebastião está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como
ecossistemas (Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas, Submontana, Montana), Restinga e
Manguezal (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.10.5. Fauna e Flora
O núcleo São Sebastião apresenta uma fauna e flora com uma grande diversidade de
espécies. A flora é rica em epífitas, ou seja, espécies que costumam usar as árvores ou rochas
como suporte para obter mais luz, umidade e nutrição, como orquídeas e bromélias.
As bromélias têm grande importância na manutenção da biodiversidade da fauna na Mata
Atlântica, já que a disposição de suas folhas em roseta forma um reservatório onde se acumulam
água e matéria orgânica, criando microhabitats para muitos organismos (Steiner, Zillikens,
Marcondes, Harter-Marques, & Lopes, 2006). Vários animais como Bicho-preguiça (Bradypus
variegatus), Bugio (Alouatta guariba), Quatis (Nasua nasua), além de diversas espécies de aves,
232
se utilizam dos vasos de bromélias como bebedouro, como recurso alimentar, ou ainda, como
fonte de alimento, por funcionarem como habitat e área de reprodução de insetos e pererecas, os
quais são procurados aí por predadores como as serpentes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Além de espécies epífitas é possível encontrar outras espécies como Guapuruvu, Pau-Jacaré,
Embaúba, Jerivá, Palmito – Juçara, Jequitibá-rosa, Jatobá, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
PAU-JACARÉ (Piptadenia gonoacantha)
Esta árvore é uma espécie pioneira, pois é uma das primeiras a se instalar numa área em
regeneração natural e, por isso mesmo, é muito abundante e frequente nos fragmentos de Mata
Atlântica nos estágios inicial, médio e até no bordo dos fragmentos mais preservados (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
JEQUITIBÁ-ROSA (Cariniana legalis)
Esta espécie encontra-se em risco de extinção, devido principalmente à utilização de sua
madeira de lei e pela diminuição dos ambientes florestais, uma vez que o Jequitibá-rosa além de
pouco abundante em seu ambiente natural, necessita das condições ambientais dos ecossistemas
florestais para se desenvolver. Na medicina popular, sua casca tem propriedades medicinais e
terapêuticas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
EMBAÚBA (Cecropia hololeuca)
Essa árvore apresenta um rápido crescimento e produz folhas e frutos avidamente
procurados por animais, os quais dispersam suas sementes. Sua semente necessita de muita
luminosidade para quebrar a dormência e germinar. Por estes motivos é muito comum em bordas
de florestas, matas secundárias em diferentes estágios de regeneração e em clareiras, sendo
caracterizada como espécie indicadora de alguma alteração na mata (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
A fauna é marcada pela presença de espécies como: cateto, macaco-prego, cutia, paca,
anta, bicho-preguiça, bugio, quati, sapinho-de-bromélia, jararaca; além de diversas aves, desde as
menos exigentes, como como o sabiá-laranjeira, macuco, jacuaçu e tangará, até as espécies de
hábitos mais florestais como o flautim, o gavião-de-cabeça-cinza, o tucano-de-bico-verde, o
chorozinho-de-asa-vermelha e, o endêmico da Mata Atlântica, cuiú-cuiú (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
QUATI (Hydrochoerus hydrochaeris)
Animais de pequeno porte podem medir cerca de 40 cm a 65 cm de comprimento Pode
possuir coloração alaranjada, avermelhada, acinzentada ou marrom escura, e suas patas possuem
uma coloração quase preta. São essencialmente diurnos e podem viver em grupos de mais de 30
indivíduos. Alimentam-se de invertebrados (insetos e minhocas), bromélias, frutos, e pequenos
233
vertebrados. São exclusivos da América do Sul. No Brasil habita em diversos biomas como:
Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Campos Sulinos (ViaRondon, 2011)
BUGIO (Cuniculus paca)
Primata que mede entre 42 e 63 cm (cabeça e corpo), com sua cauda variando de 48 a
69 cm que auxilia na locomoção e na alimentação. Possui barba espessa, os machos adultos são
avermelhados e pesam entre 5 e 9 kg e as fêmeas adultas são marrons, menores que os machos
e pesam entre 4 e 7 kg. O bugio é pouco ativo e raramente desce ao solo. Tudo que necessita
para viver é obtido nas copas das árvores, inclusive a água, que é retirada de troncos ocos, vasos
de bromélias, musgos e outras plantas epífitas. Alimenta-se de folhas de embaúba, tapiá, frutos
de jerivá, sementes, flores, caules, cascas de diversas outras espécies de árvores e liquens,
facilmente encontradas no Núcleo. É fácil identifica-lo pela sua vocalização (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
PACA (Cuniculus paca)
Habita áreas florestadas e tocas feitas em barrancos ou rochas. Vivem sempre próximo a
cursos d´água, podendo imergir em busca de refugio contra predadores. Possuem hábito
alimentar herbívoro e é dieta a base de frutos e brotos (REIS et al., 2011). Essa espécie não
consta da lista Nacional nem da global de espécies ameaçadas, porém é considerada quase
ameaçada regionalmente no estado de São Paulo (MMA, 2008; SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE
DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2009; IUCN, 2011; FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013) e considerada
uma espécie guarda-chuva e Cinegéticas (TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011) para o
Parque Estadual Serra do Mar .
MACUCO (Tinamus solitarius)
O macuco é um Tinamiforme da família Tinamidae. Nome de origem tupi-guarani:
“Mogoico-erê”. É o maior representante dos tinamídeos na Mata Atlântica. É espécie cinegética
(caçada). Atinge até 52 cm e entre 1,5 a 2,0 Kg de peso médio. As fêmeas geralmente são
maiores e mais pesadas que os machos. Possui coloração geral acinzentada com matiz verde-
oliva, e desenho críptico nas penas traseiras (retrizes). Alimenta-se de sementes, bagas, frutas
(ex: merindiba, coquinhos de palmiteiro), insetos e vermes (WikiAves, s/d(f)).
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.
Jaó-Do-Sul (Crypturellus noctivagus)
Jacutinga (Aburria jacutinga)
Gavião-De-Cabeça-Cinza (Leptodon cayanensis)
Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
Saracura-Lisa (Amaurolimnas concolor)
Beija-Flor-De-Garganta-Verde (Amazilia fimbriata)
Juruva-Verde (Baryphthengus ruficapillus)
Pica-Pau-Bufador (Piculus flavigula)
234
Sabiá-Cica (Triclaria malachitacea)
Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)
Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
Entufado (Merulaxis ater)
Trepador-Sobrancelha (Cichlocolaptes leucophrus)
Araponga-Do-Horto (Oxyruncus cristatus)
Araponga (Procnias nudicollis)
Tiririzinho-Do-Mato (Hemitriccus orbitatus)
Garrinchão-De-Bico-Grande (Cantorchilus longirostris)
Tiê-Galo (Lanio cristatus)
Saí-Verde (Chlorophanes spiza)
Ferro-Velho (Euphonia pectoralis)
Fonte: SCHUNCK, 2015
- MAMÍFEROS
Cateto (Pecari tajecu)
Macaco-prego (Cebus sp)
Cutia (Dasyprocta azarae)
Paca (Cuniculus paca)
Anta (Tapirus terrestris)
Dados secundários
Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita (É. Geoffroy, 1812)
Bugio (Alouatta guariba)
Quati (Nasua nasua)
Rato d´água (Nectomys squamipes – Cricetidae)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS
Adenomera cf. marmorata
Jararacuçu (Bothrops jararacuçu)
Bufo ornatus
Cycloramphus boraceiensis
Sapinho-da-bromélia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)
Eleutherodactylus binotatus
Eleutherodactylus guentheri
Eleutherodactylus parvus
Eleutherodactylus sp.
Enyalius cf. iheringi
Hyla minuta
Rã-de-corredeira (Hylodes asper)
Hylodes phyllodes
Proceratophrys appendiculata
Scinax sp. (gr. perpusillus)
Spilotes pullatus
Rã-das-pedras (Thoropa miliaris)
Bufo ictericus
235
Eletherodactylus binotatus
Proceratophrys melanopogon
Bufo cf. margaritifer
Hyla faber
Hyla sp. 3
Myersiella microps
Physalaemus sp.
Scinax sp. 1
Scinax sp. 2
Eleutherodactylus sp. 2
Eluetherodactylus parvus
Hyla hylax
Hyla sp. 1
Tropidophis paucisquamis
Fonte: INSTITUO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
Guapuruvu (Schizolobium parahyba)
Pau-Jacaré (Piptadenia gonoacantha)
Embaúba (Cecropia hololeuca)
Jerivá (Syagrus romanzoff)
Paineiras (Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna - Bombacaceae)
Figueiras (Ficus insipida Willd. – Moraceae)
Plantas epífitas: Bromeliaceae, Orchidaceae, musgos e líquenes
Palmito – Juçara (Euterpe edulis)
Pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae)
Caapeba (Piper sp – Piperaceae)
Helicônia (Heliconia velloziana Emygdio – Heliconiaceae)
Guaricanga (Geonoma elegans Mart. – Arecaceae)
Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
Samambaiaçu-do-brejo (Blechnum brasiliensis – Blechnaceae)
Samambaia-de-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) - Gleicheniaceae)
Brejauva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret – Arecaceae)
Quaresmeiras (Tibouchina sp. – Melasomataceae)
Araçá-piranga (Eugenia leitonii Legrand sp. inéd. – Myttaceae)
Jatobá (Hymenaea courbaril L. var. stirbocarpa)
Jequitibá-rosa (Cariniana legalis)
Erva de anta (Psychotria nuda)
Bocuva (Virola oleifera (Schott) A.C. Smith – Miristicaceae)
Mirinduva (Lafoensia glyptocarpa Koehne - Lythraceae)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.10.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo São Sebastião presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do
entorno:
236
● Regulação da qualidade do ar;
● Proteção dos morros e encostas;
● Proteção dos solos;
● Polinização;
● Bem-estar, lazer e turismo;
● Recursos hídricos.
O Núcleo São Sebastião abriga importantes mananciais de água que garantem a qualidade
ambiental da região. A região faz parte da Bacia Hidrográfica do Litoral Norte, formada por vários
cursos d´água que partem de diversas altitudes da Serra do Mar em direção ao Oceano Atlântico.
Alguns rios que nascem no Núcleo são: Rio São Sebastião, Juqueriquere, São Franciso, Ribeirão
Grande, Paúba, Maresias, Rio Grande, Camburi, Saí, Juqueí, Una, Rio Grande e o Ribeirão do Itu em
Boiçucanga, Rio Cristina, Pouso Alto e Rio Verde em Barra do Una.
Além disso, o Núcleo ajuda a proteger a paisagem da Serra do Mar, da Praia Brava e dos
pontões que emolduram as praias de Maresias, Paúba, Santiago, Toc Toc Grande e Toc Toc
Pequeno.
7.10.7. Atrativos
O Núcleo São Sebastião conta com diversos atrativos naturais, como trilhas,
cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilha São Francisco:
Trilha histórico-cultural em meio à Mata Atlântica que leva ao mais importante sítio
arqueológico do Parque Estadual Serra do Mar, o Sítio São Francisco (Fundação Florestal). Os
vestígios arqueológicos datam no final do século XVIII e início do século XIX, mas foram
descobertos apenas em 1991 e em 2007 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O Sítio é composto por elementos que evidenciam uma antiga unidade produtiva. Foram
encontrados vestígios de edificações, sistema de captação de água, estradas, bolsões de cultura
agrícola e áreas de descarte de material, dentre outros. Várias fazendas encontradas no litoral norte
são caracterizadas, por influência direta portuguesa, por grandes construções que uniam as
dependências de morada e as fabris sob o mesmo teto (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Entre as ruínas, foram identificadas a Casa Grande, alpendre, seteiras, forno circular,
cozinha, capela, grande pátio, elementos de decoração, fornalhas, área de captação de água, área
de controle e vigilância, senzala e mirante (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
237
Percurso: 2.207 metros
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)
Trilha Praia Brava
A trilha era um antigo caminho de moradores locais que moravam na Praia Brava e
trabalhavam na fazenda de café de Boiçucanga no século XIX. Como o tempo, o traçado original foi
alterado com a instalação do Oleoduto da Petrobrás (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Durante o caminho, há diversos atrativos, como alguns mirantes: no primeiro é possível
avistar a Praia de Boiçucanga e a Praia de Cambury, além da cadeia de montanhas da Serra do
Mar. Já no segundo, o Mirante da Praia Brava, é possível avistar a Praia Brava e seus ecossistemas,
como a mata de encosta e o costão rochoso; a cachoeira da Praia Brava, pequena cachoeira com
quatro metros de altura, no canto direito da praia, em meio à Mata Atlântica, sendo propícia para
um banho de água doce e por fim a Praia Brava. A Praia Brava começou a ser chamada assim pelos
surfistas e aventureiros em virtude de suas ondas fortes e perigosas. Também é conhecida como a
“praia das pranchas quebradas” (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Não é indicada para crianças (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 3.000 metros
Tempo estimado: 03h00min
Nível de dificuldade: moderado à difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)
Trilha Cachoeira da Ribeira do Itu
A trilha é um caminho supostamente aberto pelos indígenas, que moravam no litoral e
buscavam acessar o planalto e posteriormente utilizado pelos caiçaras. O caminho era um dos
principais acessos à Caraguatatuba (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Atualmente, a trilha consiste em uma longa caminhada em meio a Mata Atlântica
conservada com diversos poços para banho, como o Poço das Antas, piscina natural de águas
verdes e cristalinas com aproximadamente 13 metros de largura e oito de comprimento é propício
para um mergulho; Poço dos Macacos, piscina natural azul-esverdeada de aproximadamente trinta
metros de comprimento por nove metros de largura; Poço da Serpente, formado por uma cachoeira
238
de aproximadamente sete metros de altura e um razoável volume de águas cristalinas e geladas e a
Cachoeira Samambaiaçu, queda d´água de aproximadamente vinte metros de altura (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
No entanto, a intenção do Núcleo São Sebastião, no momento, é priorizar a divulgação da
trilha do Ribeirão do Itu em sua porção inicial (partindo de Boiçucanga) até a 3ª queda (Serpente).
O motivo é o trabalho de monitoria focado nesse trecho, permitindo maior controle sobre a
visitação. Quando houver condições de monitorarmos a trilha como um todo, passaremos a destinar
a visitação por todo o percurso.
O percurso inicial conta com travessias de rios e boa parte são trechos de subida. Possui
atrativos como grandes árvores, presença de bromélias, orquídeas e lianas e ótimas estruturas para
banho, como hidromassagens e escorregador naturais e quedas de diversos tamanhos. No local não
é permitido acessar com bebidas alcoólicas, acampar, acender fogueira e levar animais domésticos.
Todo resíduo gerado, deve ser levado de volta pelo visitante e destinado em local correto. Há
estacionamento no local.
Além disso, embora a cachoeira da Pedra Lisa (1ª queda) não esteja em área do Parque, é
a maior queda do Rio Ribeirão do Itu e a mais visitada pelos turistas, sendo utilizada como um
atrativo para o uso público do Núcleo. Possui uma queda de 50m e uma "hidromassagem", com
quedas menores que formam pequenos poços naturais.
Percurso inicial
Percurso: 1.600 metros
Tempo estimado: 02h00min
Nível de dificuldade: fácil a moderado
Percurso completo
Percurso: 9.670 metros
Tempo estimado: 05h30min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)
239
Trilha do Jatobá
A trilha oferece uma caminhada na Mata Atlântica, onde é possível observar diversas
espécies características, como o palmito juçara, jatobá, jequitibá, bromélias e orquídeas. Além
disso, a trilha possui duas cachoeiras com piscina para banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Localizada ao final da trilha, a Cachoeira do Jatobá é formada por uma queda positiva em
corredeira, com aproximadamente 7 metros, rodeada de muita mata em bom estado de
conservação. O pequeno poço de águas cristalinas é convite ideal para um banho refrescante
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Já a pequena cachoeira do Jatobazinho é caracterizada pelo seu curioso formato em “V”.
Localizada imediatamente ao lado da trilha, em meio a uma preservada Mata Atlântica, seu
caminho é totalmente feito de pedras (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.625 metros
Tempo estimado: 01h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)
O Jatobá é uma planta com crescimento lento e mais frequente em matas de vegetação primária
em bom estado de conservação. Podem atingir até 20 m de altura, suas flores brancas florescem
no verão e são polinizadas por diferentes animais. A frutificação inicia-se com 8 a 15 anos de
idade, normalmente na primavera e suas sementes são normalmente dispersas por morcegos.
Por ser uma das dez espécies de árvores consideradas madeiras de lei, essa espécie encontra-se
em perigo de extinção. Estudos realizados indicam um grande potencial para sequestrar carbono
da atmosfera, fornecendo assim um importante serviço ecossistêmico.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Sertão do Camburi
O passeio consiste em 2 km de trilha com quatro cachoeiras de tamanhos variados ao longo
do percurso. É conhecida por suas belezas naturais e mata conservada. Oferece ótimas opções para
banhos. No local não é permitido acessar com bebidas alcoólicas, acampar, acender fogueira e levar
animais domésticos. Todo resíduo gerado, deve ser levado de volta pelo visitante e destinado em
local correto. Há estacionamento no local. Não é monitorada pela equipe de uso público do Núcleo
São Sebastião.
240
Percurso: 2.000 metros
Tempo estimado: 02h00min
Nível de dificuldade: baixa
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)
Estrada da Limeira
A estrada da Limeira, mais conhecida como estrada da Petrobrás, liga o bairro do Jaraguá
em São Sebastião até a estrada do Rio Pardo ou Intermediária.O percurso, de 24km, pode ser
percorrido por bicicleta (modelo mountain bike), motocicleta ou veículos de passeio (melhor 4x4) e
é opção de interligação da cidade de São Sebastião Salesópolis (litoral norte ao planalto), com
altitudes de até 900 m.
Durante o percurso é possível também passar por fazendas e sítios antigos com criação de
gado e outros desativados com seus campos verdes. Serve como acesso para os veículos de
manutenção do oleoduto que liga o porto de São Sebastião às refinarias do Estado de São Paulo.
Os atrativos naturais são diversos, desde mirantes onde se avistam algumas praias, como
Maresias e também o canal de São Sebastião e Ilhabela e rios / riachos de diferentes proporções,
que oferecem cenários dos mais interessantes da Mata Atlântica, com sua fauna e flora
característica da região da Serra do Mar.
Já no início da estrada de terra, com acesso pela praia da Enseada e passando pelo bairro
do Jaraguá, a vegetação é predominante e o visual preservado impressiona. São árvores de grande
porte espalhadas pelo caminho, misturadas com orquídeas, bromélias e outras diversas espécies
interessantes. O trajeto, desde o princípio, oferece subidas íngremes que são constantes durante
boa parte do trajeto.
Percurso: 24.000 metros
Tempo estimado:
Carro: 01h30min a 02h00min
Bicicleta: 05h00min
Nível de dificuldade: alto para bicicleta
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)
241
7.10.8. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área 26.286 mil hectares
Bioma Mata Atlântica
Município da sede São Sebastião
Municípios Abrangidos São Sebastião
Endereço da sede Praça Simeão Faustino, 17
Escritório urbano
Bases e outras funções
Telefones (12) 3863-1707 / (12) 3863-1575
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC pesm.saosebastiao@fflorestal.sp.gov.br
Nome do Gestor Ricardo Laerte Romero
Esportes Radicais Não
Capacidade de
hospedagem Não
Valor da hospedagem
na UC Não
Centro de visitantes Sim
Capacidade do auditório Não
Capacidade do
refeitório Não
Lanchonete Não
Quiosques pic nic Não
Camping na UC Não
Facilidades no entorno
imediato
Sim. O Núcleo São Sebastião estende-se paralelamente à orla marítima, onde se
concentra toda a zona urbana do município.
Tipo de Acesso Asfalto
Distância de SP 175 km
242
Distância cidade mais
próxima(s) 45 km do centro de São Sebastião
Cobrança de Ingresso e
valor Não
Amplitude Altitudinal 0m a 453m
Amplitude de
Temperaturas Máxima 38º; Média 22º; Mínima 8º
Bases e outras funções
Base de Proteção
Endereço
Telefone
Capacidade de
hospedagem
Base de Uso Público
Endereço
Telefone
Capacidade de
hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para
informação (13) 3419 2792 / (13) 3419 2631
Gestor (a)
Endereço
Visitação
Dias e horário de
funcionamento
Endereço
243
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da
trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se
camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
É proibido fumar nas trilhas;
É proibido o uso de bebidas alcoolicas.
Símbolo
Gavinha
244
8. ANEXOS
Anexo 1 – PEGADA ECOLÓGICA
A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do
consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. É uma ferramenta que permite
comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade regenerativa da
Terra, ou sua biocapacidade – área efetivamente disponível para a produção dos recursos naturais
e a absorção das emissões de CO2.
Ela é expressa em hectares globais (gha) que representa um hectare de produtividade
média mundial para terras e águas produtivas em um ano.
A pegada ecológica leva em consideração em sua metodologia seis componentes:
● Área construída: Representa a extensão de áreas cobertas por infraestrutura humana,
inclusive transportes, habitação, estruturas industriais e reservatórios para a geração de
energia hidrelétrica.
● Área de cultivo: Representa a extensão de áreas de cultivo usadas para a produção de
alimentos e fibras para consumo humano, ração para o gado, oleaginosas e borracha.
● Pesqueiros: Calculada a partir da estimativa de produção primária necessária para
sustentar os peixes e mariscos capturados, com base em dados de captura relativos a
espécies marinhas e de água doce.
● Área florestal: Representa a extensão de áreas florestais necessárias para o fornecimento
de produtos madeireiros, celulose e lenha.
● Pastagem: Representa a extensão de áreas de pastagem utilizadas para a criação de gado
de corte e leiteiro e para a produção de couro e produtos de lã.
● Carbono: Representa a extensão de áreas florestais capaz de sequestrar emissões de CO2
derivadas da queima de combustíveis fósseis, excluindo-se a parcela absorvida pelos
oceanos que provoca a acidificação.
A pegada ecológica mundial vem crescendo anualmente, como os estudos realizados pela
Global Footprint Network vêm demonstrando. Atualmente, seria necessário 1,5 planeta Terra para
atender o consumo humano, sendo que a maior parte é associada às áreas florestais necessárias
para o sequestro das emissões de carbono (55%) (WWF, 2012a).
245
Fonte: WWF, 2012a
A Global Footprint Network também disponibiliza uma ferramenta, na qual é possível o
cálculo da pegada de carbono de pessoas físicas em:
http://www.footprintnetwork.org/en/index.php/GFN/page/calculators/
Uma análise comumente realizada é a associação da pegada ecológica de um determinado
país e seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Assim, é possível determinar a habilidade do
país de atingir padrões adequados de saúde, de educação e econômicos respeitando a
biocapacidade planetária.
Uma pequena pegada ecológica associada a um alto IDH são as condições mínimas para o
desenvolvimento humano sustentável. A área destacada em azul no gráfico demonstra que este
ainda é um cenário pouco atingido pelos países atualmente.
246
Fonte: GLOBAL FOOTPRINT NETWORK, 2012
No Brasil, o dado mais relevante é o forte declínio sofrido pela biocapacidade ao longo dos
anos devido ao empobrecimento dos serviços ecológicos e degradação dos ecossistemas. Ainda
assim, o Brasil encontra-se em uma importante posição no cenário mundial, como um dos maiores
credores ecológicos do planeta (WWF, 2012b).
Para se manter nesta posição de credor ecológico, o Brasil precisa reverter este quadro de
declínio de sua biocapacidade com ações de conservação e de produção ecoeficiente, buscando
diminuir a Pegada Ecológica de sua população por meio do consumo consciente e da manutenção
da estabilidade populacional (WWF, 2012b).
247
Fonte: WWF, 2012b
A Pegada Ecológica média do Estado de São Paulo é de 3,52 hectares globais per capta
(gha/cap) e de sua capital, a cidade de São Paulo, 4,38 gha/cap. Isso significa que, se todas as
pessoas do planeta consumissem de forma semelhante aos paulistas, seriam necessários quase dois
planetas para sustentar esse estilo de vida. Se vivessem como os paulistanos, quase dois planetas e
meio (WWF, 2012b).
A Pegada Ecológica da cidade de São Paulo é 49% maior que a brasileira, 25% maior do
que a do Estado de São Paulo. O Estado de São Paulo apresenta, por sua vez, uma Pegada
Ecológica 20% maior que a média brasileira, que é de 2,93 hectares globais por pessoa (WWF,
2012b).
Fonte: WWF, 2012b
248
ANEXO 2 - OUTRAS ESPÉCIES
GATO MORISCO (Puma yagouaroundi)
O gato mourisco é considerado uma espécie guarda-chuva para o Parque Estadual Serra do Mar
(TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011). Possui cerca de 60 cm de comprimento de corpo, 45 cm de
cauda e pesa de 6 a 9 Kg. Habita áreas de mata primária, secundária, de preferência na mata ciliar dos rios,
lagos e banhados. O gato-mourisco alimenta-se de roedores, lebres, macacos, cotias, quatis e até pequenos
veados. O gato mourisco é um animal de hábitos diurno e noturno, terrestre, podendo subir em árvore. Sua
dieta inclui também de aves, répteis, anfíbios e peixes. Costuma andar sozinho, podendo ser visto aos casais
somente durante a época de reprodução, comportamento típico dos felinos (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d(d)).
Estudos científicos recentes revelam que a espécie tornou-se muito rara e a destruição de hábitats é
a principal causa de ameaça de extinção (IUCN, 2011). A perda de habitats tem um impacto negativo sobre a
sua probabilidade de ocorrência (MICHALSKI e PERES, 2005). Além disso, o pouco conhecimento sobre a
biologia desta espécie limita a possibilidade de estratégias de conservação eficazes. É uma das espécies de
felinos com maior deficiência de dados, tanto relacionados com a biologia da espécie e padrão de distribuição
geográfica, quanto com a sua atual situação de densidade populacional (SUNQUIST e SUNQUIST, 2002).
SARUCUÁ (Trogon surrucura)
Espécie de ave colorida. Também chamada de dorminhoco porque permanece muito tempo
empoleirado sobre o mesmo galho procurando alimento. Os machos têm as cores mais intensas, com a
cabeça azul e as pálpebras amarelas. Nas fêmeas estas regiões são cinza. Possuem plumagem macia, pernas
curtas, bico grosso e curto e cauda longa, graduada e de ponta quadrada. Vivem em ambientes florestais.
Alimentam-se de insetos, aranhas e frutos como o da embaúba. Constrói seu ninho em ocos de árvores com
até 17 cm de profundidade e em média 10 cm de diâmetro e põe quatro ovos brancos. Tem uma grande
importância na Natureza, pois são dispersores de sementes e auxiliam no controle da população de insetos e
aranhas (ICMBio, s/d).
CUIÚ-CUIÚ (Pionopsitta pileata)
249
Emite um som barulhento e semelhante ao da Maitaca-verde. Há dimorfismo sexual. Ambos sexos
apresentam plumagem verde uniforme, mas somente os machos tem a testa, o loro e a corôa vermelha. A
fêmea apresenta a fronte com faixa levemente azulada. Ambos possuem a borda superior das asas, em azul
escuro. Alimenta-se de grande variedade de frutas silvestres, como a candeia, um dos alimentos prediletos
desta espécie, a goiaba e o caqui. O casal vive unido e permanece assim a vida inteira, como outros
psitacídeos faz seu ninho no oco de árvores, aonde a fêmea põe de 3 a 4 ovos e os choca por 24 dias, o
macho cuida de sua alimentação durante todo o período de incubação (Wikiaves, s/d(g)).
ONÇA-PINTADA (Panthera onca)
A onça-pintada é um animal de grande porte com o comprimento de seu corpo atingindo de 188,2 a
207,2 cm. Sua coloração é amarelada na cabeça, dorso, patas e cauda e esbranquiçada no peito e no ventre;
é acompanhada por pintas pretas nas regiões da cabeça, pescoço e patas, rosetas com pontos no interior na
região dos ombros, costas e flancos. Possui hábitos solitários (exceto no período reprodutivo e de cuidado
com os filhotes), noturnos e terrestres, apesar de escalar árvores e nadarem muito bem. Basicamente
carnívora, sua alimentação é composta de animais de médio a grande porte como: anta, capivara, cateto,
tatu, entre outros. Ocorrem em todos biomas brasileiros como: Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata
Atlântica e Campos
Sulinos. Espécie ameaçada (ViaRondon, 2011).
250
251
ANEXO 3. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO
Código UC Nome do Órgão
Gestor Nome da UC
Esfera Administrativa
Categoria de Manejo
Categoria IUCN
Bioma declarado
Municípios Abrangidos Estados
Abrangidos
0000.00.0011
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ÁREA DE
PROTEÇÃO AMBIENTAL SERRA DA MANTIQUEIRA
Federal Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Aiuruoca (MG), Alagoa (MG), Bocaina de Minas (MG), Baependi (MG), Delfim Moreira (MG), Itamonte (MG), Itanhandu (MG), Liberdade (MG), Marmelópolis (MG), Passa Quatro (MG), Passa Vinte (MG),
Piranguçu (MG), Pouso Alto (MG), Virgínia (MG), Wenceslau Braz (MG), Itatiaia (RJ), Resende (RJ), Campos do Jordão (SP), Cruzeiro (SP), Guaratinguetá (SP), Lorena (SP), Lavrinhas (SP), Pindamonhangaba (SP), Piquete (SP), Queluz (SP), Santo Antônio do Pinhal (SP), São Bento do Sapucaí (SP)
MG, RJ, SP
0000.00.0014
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE CANANÉIA-IGUAPÉ-PERUÍBE
Federal Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Ilha Comprida (SP), Peruíbe (SP), Miracatu (SP), Itariri (SP), Iguape (SP), Cananéia (SP)
SP
0000.00.0025
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ILHAS E VÁRZEAS DO RIO PARANÁ
Federal Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Bataiporã (MS), Eldorado (MS), Iguatemi (MS), Itaquiraí (MS), Ivinhema (MS), Japorã (MS), Jateí (MS), Mundo Novo (MS), Naviraí (MS), Nova Andradina (MS), Novo Horizonte do Sul (MS), Taquarussu (MS), Altânia (PR), Diamante do Norte (PR), Guaíra (PR), Icaraíma (PR), Ivaté (PR), Marilena (PR), Nova Londrina (PR), Porto Rico (PR), Querência do Norte (PR), Santa Cruz de Monte Castelo (PR), São Jorge do Patrocínio (PR), São Pedro do Paraná (PR), Terra Roxa (PR), Vila Alta (PR), Rosana (SP)
MS, PR, SP
0000.00.0030
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA VASSUNUNGA
Federal
Área de Relevante Interesse Ecológico
Category IV
Mata Atlântica
Santa Rita do Passa Quatro (SP) SP
252
0000.00.0032
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ÁREA DE
RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA PÉ-DE-GIGANTE
Federal
Área de Relevante Interesse Ecológico
Category IV
Mata Atlântica
Santa Rita do Passa Quatro (SP) SP
0000.00.0036
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA ILHA AMEIXAL
Federal
Área de Relevante Interesse Ecológico
Category IV
Mata Atlântica
Peruíbe (SP) SP
0000.00.0037
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ÁREA DE RELEVANTE
INTERESSE ECOLÓGICO ILHAS QUEIMADA GRANDE E QUEIMADA PEQUENA
Federal
Área de Relevante Interesse Ecológico
Category IV
Marinho Peruíbe (SP) SP
0000.00.0040
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA MATA DE SANTA GENEBRA
Federal
Área de Relevante Interesse Ecológico
Category IV
Cerrado Paulínia (SP) SP
0000.00.0041
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA MATÃO DE COSMÓPOLIS
Federal
Área de Relevante Interesse Ecológico
Category IV
Cerrado Artur Nogueira (SP), Cosmópolis (SP) SP
0000.00.0064
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ESTAÇÃO ECOLÓGICA TUPINAMBÁS
Federal Estação Ecológica
Category Ia
Marinho São Sebastião (SP), Ubatuba (SP) SP
0000.00.0071
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DOS TUPINIQUINS
Federal Estação Ecológica
Category Ia
Marinho Cananéia (SP), Itanhaém (SP), Peruíbe (SP)
SP
0000.00.0073
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ESTAÇÃO ECOLÓGICA MICO LEÃO PRETO
Federal Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Euclides da Cunha Paulista (SP), Marabá Paulista (SP), Presidente Epitácio (SP), Teodoro Sampaio (SP)
SP
253
0000.00.0079
Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
FLORESTA NACIONAL DE CAPÃO BONITO
Federal Floresta Category
VI Mata Atlântica
Buri (SP), Capâo Bonito (SP) SP
0000.00.0094
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
FLORESTA NACIONAL DE IPANEMA
Federal Floresta Category
VI Mata Atlântica
Araçoiaba da Serra (SP), Capela do Alto (SP), Iperó (SP)
SP
0000.00.0098
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
FLORESTA NACIONAL DE LORENA
Federal Floresta Category
VI Mata Atlântica
Lorena (SP) SP
0000.00.0142
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
PARQUE NACIONAL DA SERRA DA BOCAINA
Federal Parque Category
II Mata Atlântica
Angra dos Reis (RJ), Parati (RJ), Areias (SP), Cunha (SP), São José do Barreiro (SP), Ubatuba (SP)
RJ, SP
0000.00.0234
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA EXTRATIVISTA MANDIRA
Federal Reserva Extrativista
Category VI
Mata Atlântica
Cananéia (SP) SP
0000.35.0798
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Bertioga (SP), Biritiba-Mirim (SP), Caraguatatuba (SP), Cubatão (SP), Cunha (SP), Itanhaém (SP), Juquitiba (SP), Moji das Cruzes (SP), Mongaguá (SP), Natividade da Serra (SP), Paraibuna (SP), Pedro de Toledo (SP), Peruíbe (SP), Praia Grande (SP), Salesópolis (SP), Santo André (SP), Santos (SP), São Bernardo do Campo (SP), São Luís do Paraitinga (SP), São Paulo (SP), São Sebastião (SP), São Vicente (SP), Ubatuba (SP)
SP
0000.35.0800
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DE CAMPOS DO JORDÃO
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Campos do Jordão (SP) SP
0000.35.0801
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DO JURUPARÁ
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Piedade (SP), Ibiúna (SP) SP
254
0000.35.0807
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE PAULO DE FARIA
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Paulo de Faria (SP) SP
0000.35.0808
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA JATAÍ
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Cerrado Luís Antônio (SP) SP
0000.35.0810
Fundação para Conservação e a
Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL
CARLOS BOTELHO
Estadual Parque Category
II Mata
Atlântica Capâo Bonito (SP), Sete Barras (SP), São
Miguel Arcanjo (SP) SP
0000.35.0812
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE RIBEIRÃO PRETO
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Ribeirão Preto (SP) SP
0000.35.0816
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DO MORRO DO DIABO
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Teodoro Sampaio (SP) SP
0000.35.0817
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA CHAÚAS
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Iguape (SP) SP
0000.35.0818
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE SÃO CARLOS
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Brotas (SP) SP
0000.35.0819
Fundação para Conservação e a
Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA
IBICATU Estadual
Estação
Ecológica Category
Ia Mata
Atlântica Piracicaba (SP) SP
0000.35.0820
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA BANANAL
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Bananal (SP) SP
255
0000.35.0821
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA ITABERÁ
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Itaberá (SP) SP
0000.35.0823
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DE PORTO FERREIRA
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Porto Ferreira (SP) SP
0000.35.0825
Fundação para Conservação e a
Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DAS
FURNAS DO BOM JESUS
Estadual Parque Category
II Mata
Atlântica Pedregulho (SP) SP
0000.35.0826
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL TURÍSTICO DO ALTO DO RIBEIRA
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Iporanga (SP), Apiaí (SP) SP
0000.35.0831
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DO JUQUERY
Estadual Parque Category
II Cerrado Franco da Rocha (SP), Caieiras (SP) SP
0000.35.0833
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL XIXOVÁ-JAPUÍ
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
São Vicente (SP), Praia Grande (SP) SP
0000.35.0834
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL MARINHO DA LAJE DE SANTOS
Estadual Parque Category
II Marinho Santos (SP) SP
0000.35.0836
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DOS MANANCIAIS DE CAMPOS DO JORDÃO
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Campos do Jordão (SP) SP
0000.35.0841
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DA ILHA DO CARDOSO
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Cananéia (SP) SP
256
0000.35.0844
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DA CANTAREIRA
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
São Paulo (SP), Mairiporã (SP), Guarulhos (SP), Caieiras (SP)
SP
0000.35.0845
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DO AGUAPEÍ
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
São João do Pau D'Alho (SP), Nova Independência (SP), Monte Castelo (SP), Junqueirópolis (SP), Guaraçaí (SP), Castilho (SP)
SP
0000.35.0852
Fundação para Conservação e a
Produção Florestal do Estado de São Paulo
FLORESTA ESTADUAL EDMUNDO
NAVARRO DE ANDRADE
Estadual Floresta Category
VI Mata
Atlântica Rio Claro (SP), Santa Gertrudes (SP) SP
0000.35.0853
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DE VASSUNUNGA
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Santa Rita do Passa Quatro (SP) SP
0000.35.0854
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DA CAMPINA DO ENCANTADO
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Pariquera-Açu (SP) SP
0000.35.0855
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DE ILHABELA
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Ilhabela (SP) SP
0000.35.0856
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DA ILHA ANCHIETA
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Ubatuba (SP) SP
0000.35.0857
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DOS CAETETUS
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Cerrado Alvinlândia (SP), Gália (SP) SP
0000.35.0859
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DO JARAGUÁ
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
São Paulo (SP), Osasco (SP) SP
257
0000.35.0862
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA JURÉIA-ITATINS
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Iguape (SP), Itariri (SP), Miracatu (SP), Peruíbe (SP)
SP
0000.35.0863
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA VALINHOS
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Valinhos (SP) SP
0000.35.0870
Fundação para Conservação e a
Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DO RIO PEIXE
Estadual Parque Category
II Mata
Atlântica Dracena (SP), Ouro Verde (SP), Piquerobi
(SP), Presidente Venceslau (SP) SP
0000.35.0909
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE BAURU
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Bauru (SP) SP
0000.35.0910
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ITAPETI
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Moji das Cruzes (SP) SP
0000.35.0911
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE XITUÉ
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Ribeirão Grande (SP) SP
0000.35.0913
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DA ARA
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Valinhos (SP), Campinas (SP) SP
0000.00.1044
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SITIO PALMITAL
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Cerrado Itápolis (SP) SP
0000.00.1045
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO DO JACU
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Caraguatatuba (SP) SP
258
0000.00.1046
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA
PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO DO CANTONEIRO
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Monteiro Lobato (SP) SP
0000.00.1047
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO CURUCUTU
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
São Paulo (SP) SP
0000.00.1048
Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA
PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO CAPUAVINHA
Federal
Reserva
Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Mairiporã (SP) SP
0000.00.1049
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MEANDROS II
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Ibiúna (SP) SP
0000.00.1050
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL RESERVA ECOLÓGICA AMADEU BOTELHO
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Jaú (SP) SP
0000.00.1051
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL PARQUE FLORESTAL SÃO MARCELO
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Moji-Mirim (SP) SP
0000.00.1052
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO PITHON
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Araçariguama (SP) SP
259
0000.00.1053
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA
PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MORRO DO CURUSSU MIRIM
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Ubatuba (SP) SP
0000.00.1054
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA SILVO AGRO-PASTORIL GONÇALVES
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Tapiraí (SP) SP
0000.00.1055
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FLORESTA NEGRA, PARQUE NATURAL PARA ESTUDOS, PESQUISA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Araçoiaba da Serra (SP) SP
0000.00.1056
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA SAN MICHELE
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
São José dos Campos (SP) SP
0000.00.1058
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA RELÓGIO QUEIMADO
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Cafelândia (SP) SP
0000.00.1059
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MEANDROS
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Ibiúna (SP) SP
260
0000.00.1060
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA
PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MEANDROS III
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Ibiúna (SP) SP
0000.00.1061
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA HORII
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Guapiara (SP) SP
0000.00.1062
Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA BELA AURORA
Federal
Reserva
Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Cruzeiro (SP) SP
0000.00.1063
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL ESTÂNCIA JATOBÁ
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Jaguariúna (SP) SP
0000.00.1064
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL CENTRO DE VIVÊNCIA COM A NATUREZA - CVN
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Araçoiaba da Serra (SP) SP
0000.00.1065
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL RESERVA RIZZIERI
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
São Sebastião (SP) SP
0000.00.1066
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL PARQUE DOS PÁSSAROS
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Cerrado Bragança Paulista (SP) SP
261
0000.00.1067
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA
PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA PALMIRA
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Cerrado Serra Azul (SP) SP
0000.00.1068
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO RYAN
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Itapevi (SP) SP
0000.00.1069
Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA
PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO SABIUNA
Federal
Reserva
Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Joanópolis (SP) SP
0000.00.1070
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL TOQUE TOQUE PEQUENO
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
São Sebastião (SP) SP
0000.00.1071
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL VOTURUNA II
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Santana de Parnaíba (SP) SP
0000.00.1072
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL VOTURUNA V
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Pirapora do Bom Jesus (SP) SP
0000.00.1073
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA SERRINHA
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Bragança Paulista (SP) SP
0000.00.1074
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL ECOWORLD
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Atibaia (SP) SP
262
0000.00.1075
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA
PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL CARBOCLORO S/A
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Cubatão (SP) SP
0000.00.1076
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO PRIMAVERA
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
São Luís do Paraitinga (SP) SP
0000.00.1521
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ÁREA DE
PROTEÇÃO AMBIENTAL BACIA DO PARAÍBA DO SUL
Federal Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Aparecida (SP) SP
0950.35.1570
Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de Campinas
AREA DE PROTEçãO AMBIENTAL DE CAMPINAS
Municipal Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Campinas (SP) SP
0000.35.1672
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA DO BARREIRO RICO
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Anhembi (SP) SP
0000.35.1675
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL CAVERNA DO DIABO
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Iporanga (SP), Eldorado (SP), Cajati (SP), Barra do Turvo (SP)
SP
0000.35.1676
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL INTERVALES
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Ribeirão Grande (SP) SP
0000.35.1677
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DO ITINGUÇU
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Peruíbe (SP), Iguape (SP) SP
263
0000.35.1678
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL LAGAMAR DE CANANEIA
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Cananéia (SP), Jacupiranga (SP) SP
0000.35.1679
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DO PRELADO
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Iguape (SP) SP
0000.35.1681
Fundação para Conservação e a
Produção Florestal do Estado de São Paulo
REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE DAS ILHAS DO
ABRIGO E GUARARITAMA
Estadual Refúgio de Vida
Silvestre
Category
III Mata
Atlântica Peruíbe (SP) SP
0000.35.1685
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RESERVA EXTRATIVISTA ILHA DO TUMBA
Estadual Reserva Extrativista
Category VI
Marinho Cananéia (SP) SP
0000.35.1686
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RESERVA EXTRATIVISTA TAQUARI
Estadual Reserva Extrativista
Category VI
Mata Atlântica
Cananéia (SP) SP
0000.35.1687
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RDS DA BARRA DO UNA
Estadual
Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Category VI
Mata Atlântica
Peruíbe (SP) SP
0000.35.1688
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RDS BARREIRO ANHEMAS
Estadual
Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Category VI
Mata Atlântica
Barra do Turvo (SP) SP
0000.35.1689
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RDS DO DESPRAIADO
Estadual
Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Category VI
Mata Atlântica
Iguape (SP) SP
0000.35.1690
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RDS LAVRAS Estadual
Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Category VI
Mata Atlântica
Cajati (SP) SP
264
0000.35.1691
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RDS DOS PINHEIRINHOS
Estadual
Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Category VI
Mata Atlântica
Barra do Turvo (SP) SP
0000.35.1692
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RDS QUILOMBOS DE BARRA DO TURVO
Estadual
Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Category VI
Mata Atlântica
Barra do Turvo (SP) SP
0000.35.1693
Fundação para Conservação e a
Produção Florestal do Estado de São Paulo
RDS
ITAPANHAPIMA Estadual
Reserva de Desenvolvim
ento Sustentável
Category
VI Mata
Atlântica Cananéia (SP) SP
0000.35.1695
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA CABREUVA Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Cabreúva (SP), Indaiatuba (SP), Itu (SP), Salto (SP)
SP
0000.35.1696
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA CAJAMAR Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Cajamar (SP) SP
0000.35.1697
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA CAJATI Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Campos do Jordão (SP) SP
0000.35.1698
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA CAMPOS DO JORDÃO
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Campos do Jordão (SP) SP
0000.35.1700
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA CORUMBATAí, BOTUCATU E TEJUPá PERIMETRO CORUMBATAí
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Analândia (SP), Barra Bonita (SP), Brotas (SP), Corumbataí (SP), Dois Córregos (SP), Ipeúna (SP), Itirapina (SP), Mineiros do Tietê (SP), Rio Claro (SP), Santa Maria da Serra (SP), São Carlos (SP), São Pedro (SP)
SP
0000.35.1701
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA IBITINGA Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Ibitinga (SP) SP
265
0000.35.1702
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA ILHA COMPRIDA
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Ilha Comprida (SP) SP
0000.35.1703
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA ITUPARARANGA
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Alumínio (SP), Cotia (SP), Ibiúna (SP), Mairinque (SP), Piedade (SP), São Roque (SP), Vargem Grande Paulista (SP), Votorantim (SP)
SP
0000.35.1704
Fundação para Conservação e a
Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA JUNDIAí Estadual Área de Proteção Ambiental
Category
V Mata
Atlântica Campo Limpo Paulista (SP), Itupeva (SP),
Jarinu (SP), Jundiaí (SP) SP
0000.35.1706
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA MORRO DE SãO BENTO
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Ribeirão Preto (SP) SP
0000.35.1707
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA PARQUE E FAZENDA DO CARMO
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
São Paulo (SP) SP
0000.35.1708
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA PIRACICABA JUQUERí-MIRIM AREA II
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Amparo (SP), Analândia (SP), Bragança Paulista (SP), Campinas (SP), Charqueada (SP), Corumbataí (SP), Holambra (SP), Ipeúna (SP), Itirapina (SP), Jaguariúna (SP), Joanópolis (SP), Mairiporã (SP), Monte Alegre do Sul (SP), Morungaba (SP), Nazaré Paulista (SP), Pedra Bela (SP), Pedreira (SP), Pinhalzinho (SP), Piracaia (SP), Rio Claro (SP), Santo Antônio de Posse (SP), Serra Negra (SP), Socorro (SP), Tuiuti (SP), Vargem (SP)
SP
0000.35.1709
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA PLANALTO DO TURVO
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Barra do Turvo (SP), Cajati (SP) SP
0000.35.1710
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA QUILOMBOS DO MéDIO RIBEIRA
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Barra do Turvo (SP), Eldorado (SP), Iporanga (SP)
SP
266
0000.35.1711
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA REPRESA BAIRRO DA USINA
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Atibaia (SP) SP
0000.35.1712
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA RIO BATALHA
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Agudos (SP), Avaí (SP), Balbinos (SP), Bauru (SP), Duartina (SP), Gália (SP), Pirajuí (SP), Piratininga (SP), Presidente Alves (SP), Reginópolis (SP), Uru (SP)
SP
0000.35.1713
Fundação para Conservação e a
Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA RIO PARDINHO E RIO VERMELHO
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category
V Mata
Atlântica Barra do Turvo (SP) SP
0000.35.1715
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA SAPUCAí MIRIM
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Santo Antônio do Pinhal (SP), São Bento do Sapucaí (SP)
SP
0000.35.1716
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA SERRA DO MAR
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Apiaí (SP), Capâo Bonito (SP), Eldorado (SP), Guapiara (SP), Ibiúna (SP), Iporanga (SP), Juquitiba (SP), Juquiá (SP), Miracatu (SP), Pedro de Toledo (SP), Pilar do Sul (SP), Sete Barras (SP), Tapiraí (SP)
SP
0000.35.1717
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA SILVEIRAS Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Silveiras (SP) SP
0000.35.1718
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA SISTEMA CANTAREIRA
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Atibaia (SP), Bragança Paulista (SP), Joanópolis (SP), Mairiporã (SP), Nazaré Paulista (SP), Piracaia (SP), Vargem (SP)
SP
0000.35.1719
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA TIETê Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Tietê (SP) SP
0000.35.1720
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA VáRZEA DO RIO TIETê
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Barueri (SP), Biritiba-Mirim (SP), Carapicuíba (SP), Guarulhos (SP), Itaquaquecetuba (SP), Moji das Cruzes (SP), Osasco (SP), Poá (SP), Salesópolis (SP), Santana de Parnaíba (SP), Suzano (SP), São Paulo (SP)
SP
267
0000.35.1721
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA MARINHA DO LITORAL NORTE
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Marinho Caraguatatuba (SP), Ilhabela (SP), São Sebastião (SP), Ubatuba (SP)
SP
0000.35.1722
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ARIE DE SãO SEBASTIãO
Estadual
Área de Relevante Interesse Ecológico
Category IV
Marinho Caraguatatuba (SP), Ilhabela (SP), São Sebastião (SP), Ubatuba (SP)
SP
0000.35.1723
Fundação para Conservação e a
Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA MARINHA DO LITORAL CENTRO
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category
V Marinho
Bertioga (SP), Guarujá (SP), Itanhaém (SP), Mongaguá (SP), Peruíbe (SP), Praia Grande (SP), Santos (SP), São Vicente (SP)
SP
0000.35.1724
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA MARINHA DO LITORAL SUL
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Marinho Cananéia (SP), Iguape (SP), Ilha Comprida (SP)
SP
0000.35.1725
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
ARIE DO GUARá Estadual
Área de Relevante Interesse Ecológico
Category IV
Marinho Ilha Comprida (SP) SP
3030.35.1942 Prefeitura Municipal de Mirassol - SP
PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA GROTA DE MIRASSOL
Municipal Parque Category
II Mata Atlântica
Mirassol (SP) SP
5030.35.1959
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL MUNICIPAL DO CAPIVARI-MONOS
Municipal Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
São Paulo (SP) SP
5030.35.1961
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP
ÁREA DE PROTEçãO AMBIENTAL BORORé-COLôNIA
Municipal Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
São Paulo (SP) SP
5030.35.1962
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP
PARQUE NATURAL MUNICIPAL FAZENDA DO
Municipal Parque Category
II Mata Atlântica
São Paulo (SP) SP
268
CARMO
0000.35.1964
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL RESTINGA DE BERTIOGA
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Bertioga (SP) SP
0000.35.1965
Fundação para Conservação e a
Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DE ITAPETINGA
Estadual Parque Category
II Mata
Atlântica Atibaia (SP), Bom Jesus dos Perdões (SP),
Mairiporã (SP), Nazaré Paulista (SP) SP
0000.35.1966
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DE ITABERABA
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Arujá (SP), Guarulhos (SP), Nazaré Paulista (SP), Santa Isabel (SP)
SP
0000.35.1967
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
MONUMENTO NATURAL ESTADUAL DA PEDRA GRANDE
Estadual Monumento Natural
Category III
Mata Atlântica
Atibaia (SP), Bom Jesus dos Perdões (SP), Mairiporã (SP), Nazaré Paulista (SP)
SP
0000.35.1968
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
MONUMENTO NATURAL ESTADUAL DA PEDRA DO BAú
Estadual Monumento Natural
Category III
Mata Atlântica
São Bento do Sapucaí (SP) SP
0000.35.1969
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DO RIO TURVO
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Barra do Turvo (SP), Cajati (SP), Jacupiranga (SP)
SP
5030.35.1971
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP
PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA CRATERA DE COLôNIA
Municipal Parque Category
II Mata Atlântica
São Paulo (SP) SP
0000.35.1972
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA CORUMBATAÍ BOTUCATU TEJUPA PERIMETRO BOTUCATU
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Cerrado
Angatuba (SP), Avaré (SP), Barra Bonita (SP), Bofete (SP), Botucatu (SP), Guareí (SP), Itatinga (SP), Pardinho (SP), Porangaba (SP)
SP
269
0000.35.1973
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
APA
CORUMBATAÍ BOTUCATU TEJUPÁ PERIMETRO TEJUPá
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Cerrado Fartura (SP), Piraju (SP), Sarutaiá (SP), Taguaí (SP), Tejupá (SP), Timburi (SP)
SP
0000.35.1974
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA PIRACICABA JUQUERI MIRIM ÁREA I
Estadual Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Amparo (SP), Analândia (SP), Bragança Paulista (SP), Campinas (SP), Charqueada (SP), Corumbataí (SP), Holambra (SP), Ipeúna (SP), Itirapina (SP), Jaguariúna (SP), Joanópolis (SP), Mairiporã (SP), Monte Alegre do Sul (SP), Morungaba (SP), Nazaré Paulista (SP), Pedra Bela (SP), Pedreira (SP), Pinhalzinho (SP), Piracaia (SP), Rio Claro (SP), Santo Antônio de Posse (SP), Serra Negra (SP), Socorro (SP), Tuiuti (SP), Vargem (SP)
SP
0000.35.2015
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RPPN PARAÍSO Estadual
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Mairiporã (SP) SP
0000.35.2017
Fundação para Conservação e a
Produção Florestal do Estado de São Paulo
RPPN TOCA DA
PACA Estadual
Reserva Particular do
Patrimônio Natural
Category
IV Mata
Atlântica Guatapará (SP) SP
0000.35.2019
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RPPN MAHAYANA
Estadual
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Moji das Cruzes (SP) SP
0000.35.2020
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RPPN SAO JUDAS TADEU
Estadual
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Juquitiba (SP) SP
4850.35.2063 Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santos - SP
ÁREA DE PROTEçãO AMBIENTAL SANTOS CONTINENTE
Municipal Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Santos (SP) SP
0000.00.2083 Instituto Chico Mendes de Conservação da
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO
Federal Reserva Particular do Patrimônio
Category IV
Cerrado Barretos (SP) SP
270
Biodiversidade NATURAL CAVA
II Natural
0000.00.2148
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL PARQUE DAS NASCENTES
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Bragança Paulista (SP) SP
0000.00.2201
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO
NATURAL RIO DOS PILÕES
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Santa Isabel (SP) SP
0000.00.2224
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL TRILHA COROADOS - FB
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Presidente Alves (SP) SP
0000.00.2230
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO
NATURAL VALE DO CORISCO
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Itararé (SP) SP
0000.00.2236
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL VISTA BONITA
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Sandovalina (SP) SP
0000.00.2237
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL VOTURUNA
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Santana de Parnaíba (SP) SP
2590.35.2246 Prefeitura de Jundiaí - SP
RESERVA BIOLóGICA MUNICIPAL DA SERRA DO JAPI
Municipal Reserva Biológica
Category Ia
Mata Atlântica
Jundiaí (SP) SP
0000.35.2262
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RPPN O PRIMATA
Estadual
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
São José dos Campos (SP) SP
271
0000.35.2317
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RPPN MOSQUITO
Estadual
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Narandiba (SP) SP
0000.35.2318
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RPPN SERRA DO ITATINS
Estadual
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Iguape (SP) SP
0000.35.2325
Fundação para Conservação e a
Produção Florestal do Estado de São Paulo
RPPN POUSADA CAMPOS DA BOCAINA
Estadual
Reserva Particular do
Patrimônio Natural
Category
IV Mata
Atlântica São José do Barreiro (SP) SP
0000.35.2326
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RPPN FAZENDA RENOPOLIS
Estadual
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Santo Antônio do Pinhal (SP) SP
0000.35.2559
Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
PARQUE ESTADUAL ALBERTO LöFGREN
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
São Paulo (SP) SP
5030.35.2562
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMONIO NATURAL MUTINGA
Municipal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
São Paulo (SP) SP
4780.35.2580
Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André - SP
PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO PEDROSO
Municipal Parque Category
II Mata Atlântica
Santo André (SP) SP
4990.35.2587
Secretaria de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de São José dos Campos - SP
PARQUE NATURAL MUNICIPAL AUGUSTO RUSCHI
Municipal Parque Category
II Mata Atlântica
São José dos Campos (SP) SP
272
0000.35.2589
Departamento de Descentralização do Desenvolvimento/Agencia Paulista de Tecnologia das Agronegócios/Secretaria de Agricultura e Abastecimento/Governo do Estado de São Paulo
RESERVA BIOLóGICA DE ANDRADINA
Estadual Reserva Biológica
Category Ia
Mata Atlântica
Andradina (SP) SP
0000.35.2605
Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
ESTAçãO ECOLóGICA DE MARíLIA
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Marília (SP) SP
0000.35.2606
Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
ESTAçãO ECOLóGICA DE AVARé
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Cerrado Avaré (SP) SP
0000.35.2617
Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
ESTAçãO ECOLóGICA DE MOGI-GUAçU
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Mogi Guaçu (SP) SP
0000.35.2618
Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
FLORESTA ESTADUAL PEDERNEIRAS
Estadual Floresta Category
VI Mata Atlântica
Pederneiras (SP) SP
0950.35.2631
Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de Campinas
PARQUE NATURAL MUNICIPAL DOS JATOBáS
Municipal Parque Category
II Cerrado Campinas (SP) SP
0000.35.2635
Fundação para
Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RPPN FLORESTA DAS AGUAS PERENES
Estadual
Reserva
Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Brotas (SP), Ribeirão Bonito (SP) SP
0950.35.2637
Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de Campinas
PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO CAMPO GRANDE
Municipal Parque Category
II Mata Atlântica
Campinas (SP) SP
273
0950.35.2638
Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de Campinas
ÁREA DE PROTEçãO AMBIENTAL DO CAMPO GRANDE
Municipal Área de Proteção Ambiental
Category V
Mata Atlântica
Campinas (SP) SP
0750.35.2662 Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Botucatu
PARQUE NATURAL MUNICIPAL CACHOEIRA DA MARTA
Municipal Parque Category
II Mata Atlântica
Botucatu (SP) SP
0000.35.2666
Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE
ITAPEVA Estadual
Estação Ecológica
Category Ia
Cerrado Itapeva (SP) SP
0000.35.2669
Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
ESTAçãO ECOLóGICA DE PARANAPANEMA
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Paranapanema (SP) SP
0000.35.2672
Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da UNESP - Câmpus São
José do Rio Preto
ESTAçãO ECOLóGICA DO NOROESTE PAULISTA
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
Mirassol (SP), São José do Rio Preto (SP) SP
0000.35.2697
Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
ESTAçãO ECOLóGICA DE SANTA MARIA
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Mata Atlântica
São Simão (SP) SP
0000.35.2698
Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
FLORESTA ESTADUAL SERRA D'ÁGUA
Estadual Floresta Category
VI Mata Atlântica
Campinas (SP) SP
0000.35.2699
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
ESTAçãO ECOLóGICA DE SANTA BáRBARA
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Cerrado Águas de Santa Bárbara (SP) SP
0000.35.2700
Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
FLORESTA ESTADUAL DE GUARULHOS
Estadual Floresta Category
VI Mata Atlântica
Guarulhos (SP) SP
274
0000.35.2701
Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ITIRAPINA
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Cerrado Brotas (SP), Itirapina (SP) SP
0000.35.2720
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RPPN SITIO KON TIKI
Estadual
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Santa Rita do Passa Quatro (SP) SP
3800.35.2723 Secretaria de Governo - Prefeitura de
Pindamonhangaba
PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO
TRABIJU
Municipal Parque Category
II Mata Atlântica
Pindamonhangaba (SP) SP
0000.00.2741
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL CRUZ PRETA
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Ibiúna (SP) SP
5220.35.2750 Secretaria de Meio Ambiente - Prefeitura de Sorocaba
PARQUE NATURAL MUNICIPAL CORREDORES DE BIODIVERSIDADE
Municipal Parque Category
II Mata Atlântica
Sorocaba (SP) SP
1050.35.2776
Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca da Estância Balneária de Caraguatatuba
PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO JUQUERIQUERê
Municipal Parque Category
II Mata Atlântica
Caraguatatuba (SP) SP
0000.35.2795
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RPPN RESERVA DO DADINHO
Estadual
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Atibaia (SP) SP
4730.35.2799 Prefeitura do Município de Santana de Parnaíba - SP
RESERVA BIOLóGICA TAMBORé
Municipal Reserva Biológica
Category Ia
Mata Atlântica
Santana de Parnaíba (SP) SP
275
3560.35.2836
Diretoria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente - Paraibuna / SP
PARQUE
NATURAL MUNICIPAL "DOUTOR RUI CALAZANS DE ARAÚJO"
Municipal Parque Category
II Mata Atlântica
Paraibuna (SP) SP
0000.35.2839
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
PARQUE ESTADUAL NASCENTES DO PARANAPANEMA
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
Capâo Bonito (SP) SP
1340.35.2840 Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Cruzeiro / SP
MONUMENTO
NATURAL MUNICIPAL DO PICO DO ITAGUARÉ
Municipal Monumento Natural
Category III
Mata Atlântica
Cruzeiro (SP) SP
4780.35.2857
Secretaria de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense - SP
PARQUE NATURAL MUNICIPAL NASCENTES DE PARANAPIACABA
Municipal Parque Category
II Mata Atlântica
Santo André (SP) SP
0000.35.2867 Instituto de Botância de São Paulo
PARQUE ESTADUAL DAS FONTES DO
IPIRANGA
Estadual Parque Category
II Mata Atlântica
São Paulo (SP) SP
0000.35.2875
Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
RPPN SITIO MANACA
Estadual
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Guaratinguetá (SP) SP
0000.35.2935
Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
ESTAçãO ECOLóGICA DE ASSIS
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Cerrado Assis (SP) SP
0000.35.2936
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
ESTAçãO ECOLóGICA DE ANGATUBA
Estadual Estação Ecológica
Category Ia
Cerrado Angatuba (SP), Guareí (SP) SP
0000.35.2937
Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP
FLORESTA ESTADUAL DE ASSIS
Estadual Floresta Category
VI Cerrado Assis (SP) SP
276
4870.35.2955
Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo - Secretaria de Gestão Ambiental / SP
PARQUE
NATURAL MUNICIPAL ESTORIL - VIRGíLIO SIMIONATO
Municipal Parque Category
II Mata Atlântica
São Bernardo do Campo (SP) SP
0000.00.3093
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL RIO VERMELHO
Federal
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
Bananal (SP) SP
0000.00.3094
Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
RESERVA
PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL ÁGUAS CLARAS
Federal
Reserva
Particular do Patrimônio Natural
Category IV
Mata Atlântica
São Luís do Paraitinga (SP) SP
Fonte: MMA, 2014
277
Anexo 4. Lista de Aves do Parque Estadual da Serra do Mar
O trabalhado abaixo foi elaborado por Fábio Schunck, pesquisador especializado em aves.
A lista atual do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) possui 468 espécies de aves, sendo
142 endêmicas da Mata Atlântica (Bencke et al., 2006), 39 espécies ameaçadas no estado de São
Paulo (São Paulo, 2014), 12 espécies ameaçadas a nível nacional (MMA, 2014) e 52 espécies
ameaçadas globalmente (IUCN, 2012). Em relação a lista das aves do PESM elaborada em 2006
(Buzzetti, 2006), 14 espécies foram retiradas por falta de documentação ou por estar fora da sua
área de ocorrência, 109 espécies foram adicionadas por serem registros recentes ou por não terem
sido compiladas anteriormente e 359 espécies permaneceram sem alterações.
A avifauna do PESM está dividida atualmente da seguinte maneira entre os dez núcleos
administrativos: Curucutu (365), Bertioga (353), Padre Dória (314), Picinguaba (308),
Caraguatatuba (296), Cunha (274), Santa Virgínia (256), Itutinga-Pilões (230), Itariru (165) e São
Sebastião (162). Esta lista atual foi elaborada com registros exclusivos feitos dentro dos limites
desta UC, os registros disponíveis para o seu entorno, mesmo que direto, não foram considerados.
Foram consultadas as seguintes fontes: Pinto, 1938; 1944; Wiilis & Oniki, 1981; 1985; 1993; 2003;
Wege & Long, 1995; Whitney & Pacheco, 1995; Höfling & Lencioni-Neto, 1992; Goerck, 1999;
Marques, 2004; Bencke et al., 2006; Buzzetti, 2006; Agnello, 2007; Gussoni, 2007; Cavarzere,
2010, Cavarzere et al., 2010, Ambiens, 2013; Silveira, 2013; CEO, 2014 e Minns et al., 2009, além
de informações disponíveis nas bases digitais online wikiaves (www.wikiaves.co.br) e xeno-canto
(www.xeno-canto.org). Foram utilizados dados não publicados do pesquisador Fabio Schunck para
diferentes Núcleos do PESM, principalmente o Núcleo Curucutu, onde ele realiza um estudo
ornitológico desde 2007.
Os dados atribuídos ao Núcleo Bertioga, são em sua maioria, informações disponíveis para a
Estação Biológica de Boracéia, que situa-se na parte alta da Serra do Mar, uma região que abrange
tanto o Núcleo Padre Dória como uma parte do Núcleo Bertioga localizada no Planalto.
278
Tabela 1. Lista de aves do Parque Estadual da Serra do Mar, SP.
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F
Crypturellus noctivagus jaó-do-sul Yellow-legged Tinamou F X X VU NT
Crypturellus tataupa inhambu-chintã Tataupa Tinamou F
Anseriformes
Anhimidae
Anhima cornuta anhuma Horned Screamer AL X
Anatidae
Dendrocygna bicolor marreca-caneleira Fulvous Whistling-Duck AL
Dendrocygna viduata irerê White-faced Whistling-Duck AL
Dendrocygna autumnalis asa-branca Black-bellied Whistling-Duck AL
Cairina moschata pato-do-mato Muscovy Duck AL
Amazonetta brasiliensis pé-vermelho Brazilian Teal AL
Netta erythrophthalma paturi-preta Southern Pochard AL
Nomonyx dominica marreca-de-bico-roxo Masked Duck AL
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F
Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN
Odontophoridae
Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X
Podicipediformes
Podicipedidae
Tachybaptus dominicus mergulhão-pequeno Least Grebe AL
Podilymbus podiceps mergulhão-caçador Pied-billed Grebe AL
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P
Sulidae
Sula leucogaster atobá-pardo Brown Booby P
279
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL
Anhingidae
Anhinga anhinga biguatinga Anhinga AL
Pelecaniformes
Ardeidae
Tigrisoma lineatum socó-boi Rufescent Tiger-Heron AL
Nycticorax nycticorax savacu Black-crowned Night-Heron AL
Butorides striata socozinho Striated Heron AL
Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL
Ardea cocoi garça-moura Cocoi Heron AL
Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL
Syrigma sibilatrix maria-faceira Whistling Heron C,AL
Pilherodius pileatus garça-real Capped Heron C,AL
Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL
Egretta caerulea garça-azul Little Blue Heron AL
Threskiornithidae
Mesembrinibis cayennensis coró-coró Green Ibis F,AL
Theristicus caudatus curicaca Buff-necked Ibis C,A
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL
Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela Lesser Yellow-headed Vulture F,C,A,AL
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL
Accipitriformes
Pandionidae
Pandion haliaetus águia-pescadora Osprey AL
Accipitridae
Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A
Chondrohierax uncinatus caracoleiro Hook-billed Kite F,C,A,AL
Elanoides forficatus gavião-tesoura Swallow-tailed Kite F,C,A
Elanus leucurus gavião-peneira White-tailed Kite C,A
Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F
Accipiter poliogaster tauató-pintado Gray-bellied Hawk F NT
Accipiter superciliosus gavião-miudinho Tiny Hawk F
Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F
Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande Bicolored Hawk F
280
Ictinia plumbea sovi Plumbeous Kite F,C,A
Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro Snail Kite AL
Geranospiza caerulescens gavião-pernilongo Crane Hawk F,AL
Heterospizias meridionalis gavião-caboclo Savanna Hawk F,C,A,AL
Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU
Urubitinga urubitinga gavião-preto Great Black-Hawk F,AL
Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A
Parabuteo leucorrhous gavião-de-sobre-branco White-rumped Hawk F
Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco White-tailed Hawk F,C,A
Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT
Buteo nitidus gavião-pedrês Gray Hawk F,C,A
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X
Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X
Gruiformes
Aramidae
Aramus guarauna carão Limpkin AL
Rallidae
Aramides cajaneus saracura-três-potes Gray-necked Wood-Rail AL
Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X
Amaurolimnas concolor saracura-lisa Uniform Crake F,AL
Laterallus melanophaius sanã-parda Rufous-sided Crake AL
Laterallus leucopyrrhus sanã-vermelha Red-and-white Crake AL
Porzana albicollis sanã-carijó Ash-throated Crake AL
Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL
Gallinula galeata frango-d'água-comum Common Gallinule AL
Porphyrio martinicus frango-d'água-azul Purple Gallinule AL
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL
Pluvialis squatarola batuiruçu-de-axila-preta Black-bellied Plover AL,P
Charadrius semipalmatus batuíra-de-bando Semipalmated Plover AL,P
Charadrius collaris batuíra-de-coleira Collared Plover AL,P
Scolopacidae
Gallinago undulata narcejão Giant Snipe AL
Bartramia longicauda maçarico-do-campo Upland Sandpiper C,AL
Actitis macularius maçarico-pintado Spotted Sandpiper AL,P
Tringa solitaria maçarico-solitário Solitary Sandpiper AL,P
281
Tringa melanoleuca maçarico-grande-de-perna-amarela Greater Yellowlegs AL,P
Calidris alba maçarico-branco Sanderling AL,P
Calidris pusilla maçarico-rasteirinho Semipalmated Sandpiper AL,P NT
Calidris fuscicollis maçarico-de-sobre-branco White-rumped Sandpiper AL,P
Jacanidae
Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL
Laridae
Larus dominicanus gaivotão Kelp Gull P
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A
Claravis pretiosa pararu-azul Blue Ground-Dove F
Columba livia pombo-doméstico Rock Pigeon C,A
Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A
Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F
Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F
Zenaida auriculata pomba-de-bando Eared Dove C,A
Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F
Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A
Coccyzus melacoryphus papa-lagarta-acanelado Dark-billed Cuckoo F
Coccyzus americanus papa-lagarta-de-asa-vermelha Yellow-billed Cuckoo F
Coccyzus euleri papa-lagarta-de-euler Pearly-breasted Cuckoo F
Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A
Guira guira anu-branco Guira Cuckoo C,A
Tapera naevia saci Striped Cuckoo F
Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino Pavonine Cuckoo F
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata coruja-da-igreja American Barn Owl F,A
Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A
Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X
Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X
282
Bubo virginianus jacurutu Great Horned Owl F X
Strix hylophila coruja-listrada Rusty-barred Owl F X NT
Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F
Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X
Glaucidium brasilianum caburé Ferruginous Pygmy-Owl F,A
Athene cunicularia coruja-buraqueira Burrowing Owl C,A
Aegolius harrisii caburé-acanelado Buff-fronted Owl F,A
Asio clamator coruja-orelhuda Striped Owl F,A
Asio stygius mocho-diabo Stygian Owl F,A
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F
Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A
Hydropsalis torquata bacurau-tesoura Scissor-tailed Nightjar C
Hydropsalis forcipata bacurau-tesoura-gigante Long-trained Nightjar C X
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C
Cypseloides senex taperuçu-velho Great Dusky Swift F
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A
Panyptila cayennensis andorinhão-estofador Lesser Swallow-tailed Swift F,C,A
Trochilidae
Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT
Glaucis hirsutus balança-rabo-de-bico-torto Rufous-breasted Hermit F
Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X
Phaethornis ruber rabo-branco-rubro Reddish Hermit F
Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado Planalto Hermit F,C,A
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A
Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza Sombre Hummingbird F X
Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X
Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta White-vented Violetear F,C
283
Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta Black-throated Mango F,C,A
Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X
Lophornis magnificus topetinho-vermelho Frilled Coquette F,C,A X
Lophornis chalybeus topetinho-verde Festive Coquette F NT
Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X
Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X
Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A
Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde Glittering-throated Emerald F,C,A
Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul Sapphire-spangled Emerald F,C,A
Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X
Heliothryx auritus beija-flor-de-bochecha-azul Black-eared Fairy F
Calliphlox amethystina estrelinha-ametista Amethyst Woodstar F,C,A
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F
Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X
Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde Amazon Kingfisher F,AL
Chloroceryle aenea martinho American Pygmy Kingfisher F,AL
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL
Chloroceryle inda martim-pescador-da-mata Green-and-rufous Kingfisher F,AL
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X
Galbuliformes
Galbulidae
Galbula ruficauda ariramba-de-cauda-ruiva Rufous-tailed Jacamar F,A
Bucconidae
Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha Buff-bellied Puffbird F X
Nystalus chacuru joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A
Malacoptila striata barbudo-rajado Crescent-chested Puffbird F X NT
Piciformes
Ramphastidae
284
Ramphastos toco tucanuçu Toco Toucan F,C,A
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X
Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X
Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT
Picidae
Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A
Picumnus temminckii pica-pau-anão-de-coleira Ochre-collared Piculet F,A X
Melanerpes candidus pica-pau-branco White Woodpecker C,A
Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X
Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F
Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT
Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado Green-barred Woodpecker F
Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A
Campephilus robustus pica-pau-rei Robust Woodpecker F X
Cariamiformes
Cariamidae
Cariama cristata seriema Red-legged Seriema C,A
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A
Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A
Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C
Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F
Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F
Falco sparverius quiriquiri American Kestrel C,A
Falco femoralis falcão-de-coleira Aplomado Falcon C,A
Psittaciformes
Psittacidae
Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã White-eyed Parakeet F,A
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X
Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A
Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X
Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X
285
Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F
Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X
Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU
Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X
Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F
Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X Herpsilochmus
rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F
Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho Rufous-capped Antshrike F,A Thamnophilus
caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X
Batara cinerea matracão Giant Antshrike F
Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X
Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X
Biatas nigropectus papo-branco White-bearded Antshrike F X X VU
Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X
Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X
Drymophila rubricollis trovoada-de-bertoni Bertoni's Antbird F X
Drymophila genei choquinha-da-serra Rufous-tailed Antbird F X
Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT
Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X
Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X
Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X
Grallariidae
Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F
Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X
Rhinocryptidae
Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT
286
Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X
Psilorhamphus guttatus tapaculo-pintado Spotted Bamboowren F X NT
Formicariidae
Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F
Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F
Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X
Chamaeza ruficauda tovaca-de-rabo-vermelho Rufous-tailed Antthrush F X
Scleruridae
Sclerurus macconnelli vira-folha-de-peito-vermelho Tawny-throated Leaftosser F X VU
Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X Campylorhamphus
falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X Lepidocolaptes
angustirostris arapaçu-de-cerrado Narrow-billed Woodcreeper F,C,A
Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F
Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F
Xenopidae
Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F
Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F
Furnariidae
Furnarius figulus casaca-de-couro-da-lama Wing-banded Hornero C,A,AL
Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL
Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X
Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X
Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT
Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F
Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X
Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F
287
Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X
Leptasthenura setaria grimpeiro Araucaria Tit-Spinetail F X NT Phacellodomus
erythrophthalmus joão-botina-da-mata Orange-eyed Thornbird F,A X Phacellodomus
ferrugineigula joão-botina-do-brejo Orange-breasted Thornbird F,AL X
Anumbius annumbi cochicho Firewood-Gatherer C,A,AL
Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL
Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X
Synallaxis cinerascens pi-puí Gray-bellied Spinetail F
Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A
Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X
Pipridae
Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X
Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F
Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X
Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU
Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F
Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta Black-tailed Flycatcher F
Tityridae
Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X
Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X
Iodopleura pipra anambezinho Buff-throated Purpletuft F,A X X EN NT
Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda Black-crowned Tityra F,A
Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A
Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F
Pachyramphus rufus caneleiro-cinzento Cinereous Becard F,A
Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A Pachyramphus
polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A
Pachyramphus marginatus caneleiro-bordado Black-capped Becard F,A
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A
Cotingidae
288
Lipaugus lanioides tropeiro-da-serra Cinnamon-vented Piha F X X NT
Tijuca atra saudade Black-and-gold Cotinga F X NT
Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU
Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X
Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT
Carpornis melanocephala sabiá-pimenta Black-headed Berryeater F X X VU VU
Phibalura flavirostris tesourinha-da-mata Swallow-tailed Cotinga F,A NT
Pipritidae
Piprites chloris papinho-amarelo Wing-barred Piprites F
Piprites pileata caneleirinho-de-chapéu-preto Black-capped Piprites F X X VU
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F
Platyrinchus leucoryphus patinho-gigante Russet-winged Spadebill F X X VU
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X Leptopogon
amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F
Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT
Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT
Phylloscartes difficilis estalinho Serra do Mar Tyrannulet F X NT
Phylloscartes sylviolus maria-pequena Bay-ringed Tyrannulet F X NT
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A
Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X
Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio Common Tody-Flycatcher F,A
Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A
Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X
Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X
Hemitriccus obsoletus catraca Brown-breasted Pygmy-Tyrant F X
Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT
Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha Hangnest Tody-Tyrant F,A X
Hemitriccus furcatus papa-moscas-estrela Fork-tailed Pygmy-Tyrant F X X VU VU
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A
Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F
Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless- F,A
289
Tyrannulet
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A
Elaenia chilensis guaracava-de-crista-branca Chilean Elaenia F
Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto Small-billed Elaenia F,A
Elaenia mesoleuca tuque Olivaceous Elaenia F
Elaenia obscura tucão Highland Elaenia F
Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta Gray Elaenia F
Capsiempis flaveola marianinha-amarela Yellow Tyrannulet F,A
Phyllomyias virescens piolhinho-verdoso Greenish Tyrannulet F X
Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A
Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT
Polystictus superciliaris papa-moscas-de-costas-cinzentas Gray-backed Tachuri C
Serpophaga nigricans joão-pobre Sooty Tyrannulet F,AL
Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A
Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F
Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A Ramphotrigon
megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F
Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A
Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A
Sirystes sibilator gritador Sirystes F
Rhytipterna simplex vissiá Grayish Mourner F
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL
Philohydor lictor bentevizinho-do-brejo Lesser Kiskadee F,A,AL
Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A
Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A
Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A
Tyrannus savana tesourinha Fork-tailed Flycatcher C,A
Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A
Conopias trivirgatus bem-te-vi-pequeno Three-striped Flycatcher F,A
Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A
Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A
Pyrocephalus rubinus príncipe Vermilion Flycatcher C,A
Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL
290
Arundinicola leucocephala freirinha White-headed Marsh Tyrant AL
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu Fuscous Flycatcher F,A
Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A
Contopus cooperi piui-boreal Olive-sided Flycatcher F,A NT
Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A
Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A
Knipolegus lophotes maria-preta-de-penacho Crested Black-Tyrant F,A
Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X
Satrapa icterophrys suiriri-pequeno Yellow-browed Tyrant C,A,AL
Xolmis cinereus primavera Gray Monjita C,A
Xolmis velatus noivinha-branca White-rumped Monjita C,A
Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A
Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X
Hylophilus thoracicus vite-vite Lemon-chested Greenlet F
Corvidae
Cyanocorax caeruleus gralha-azul Azure Jay F,A X NT
Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo Curl-crested Jay F,C,A
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL
Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL
Progne tapera andorinha-do-campo Brown-chested Martin F,C,A
Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL
Tachycineta albiventer andorinha-do-rio White-winged Swallow AL
Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco White-rumped Swallow AL
Riparia riparia andorinha-do-barranco Bank Swallow C,A
Petrochelidon pyrrhonota andorinha-de-dorso-acanelado Cliff Swallow C,A
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A
Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A
Donacobiidae
Donacobius atricapilla japacanim Black-capped Donacobius AL
Polioptilidae
291
Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F
Turdidae
Catharus swainsoni sabiá-de-óculos Swainson's Thrush F
Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F
Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A
Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A
Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F
Mimidae
Mimus saturninus sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird C,A
Motacillidae
Anthus lutescens caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit C,A
Anthus hellmayri caminheiro-de-barriga-acanelada Hellmayr's Pipit C
Passerellidae
Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A
Arremon semitorquatus tico-tico-do-mato Half-collared Sparrow F X
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL
Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F
Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X
Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F
Icteridae
Psarocolius decumanus japu Crested Oropendola F,A
Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A
Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A
Gnorimopsar chopi graúna Chopi Blackbird C,A
Agelasticus cyanopus carretão Unicolored Blackbird AL
Chrysomus ruficapillus garibaldi Chestnut-capped Blackbird AL
Molothrus oryzivorus iraúna-grande Giant Cowbird C,A
Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A
Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul White-browed Blackbird C,A
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A
292
Saltator maxillosus bico-grosso Thick-billed Saltator F X
Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X
Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT
Thlypopsis sordida saí-canário Orange-headed Tanager F
Pyrrhocoma ruficeps cabecinha-castanha Chestnut-headed Tanager F X
Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X
Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X
Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A
Lanio cucullatus tico-tico-rei Red-crested Finch F,A
Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F
Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X
Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X
Tangara cyanoventris saíra-douradinha Gilt-edged Tanager F X
Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A
Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A
Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X
Tangara peruviana saíra-sapucaia Black-backed Tanager F,A X X VU VU
Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A Stephanophorus
diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A
Cissopis leverianus tietinga Magpie Tanager F
Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo Cinnamon Tanager C,AL
Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A
Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A
Dacnis nigripes saí-de-pernas-pretas Black-legged Dacnis F,A X X NT
Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A
Chlorophanes spiza saí-verde Green Honeycreeper F,A
Hemithraupis guira saíra-de-papo-preto Guira Tanager F,A
Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X
Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A
Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X
Donacospiza albifrons tico-tico-do-banhado Long-tailed Reed Finch C,AL X
Poospiza thoracica peito-pinhão Bay-chested Warbling-Finch F,A X
Poospiza lateralis quete Buff-throated Warbling-Finch F,A
Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A
Emberizoides herbicola canário-do-campo Wedge-tailed Grass-Finch C,A
293
Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A
Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU
Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira Temminck's Seedeater F X X VU VU
Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A
Sporophila ardesiaca papa-capim-de-costas-cinzas Dubois's Seedeater C,A X
Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A
Sporophila leucoptera chorão White-bellied Seedeater C,A
Sporophila angolensis curió Chestnut-bellied Seed-Finch C,A X
Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F
Cardinalidae
Piranga flava sanhaçu-de-fogo Hepatic Tanager F,A
Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F
Amaurospiza moesta negrinho-do-mato Blackish-blue Seedeater F,A X X NT
Cyanoloxia glaucocaerulea azulinho Glaucous-blue Grosbeak F,A
Cyanoloxia brissonii azulão Ultramarine Grosbeak F,A X
Fringillidae
Sporagra magellanica pintassilgo Hooded Siskin D,A,C
Euphonia chlorotica fim-fim Purple-throated Euphonia F,A
Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A
Euphonia chalybea cais-cais Green-throated Euphonia F X X NT
Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F
Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X
Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F
Estrildidae
Estrilda astrild bico-de-lacre Common Waxbill C,A
Passeridae Passer domesticus pardal House Sparrow C,A
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
294
Tabela 2. Lista completa de aves do Núcleo Bertioga
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente
típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F
Crypturellus noctivagus jaó-do-sul Yellow-legged Tinamou F X X VU NT
Anseriformes
Anatidae
Dendrocygna autumnalis asa-branca Black-bellied Whistling-Duck AL
Cairina moschata pato-do-mato Muscovy Duck AL
Amazonetta brasiliensis pé-vermelho Brazilian Teal AL
Nomonyx dominica marreca-de-bico-roxo Masked Duck AL
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F
Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN
Odontophoridae
Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X
Podicipediformes
Podicipedidae
Podilymbus podiceps mergulhão-caçador Pied-billed Grebe AL
Suliformes
Fregatidae
295
Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL
Anhingidae
Anhinga anhinga biguatinga Anhinga AL
Pelecaniformes
Ardeidae
Tigrisoma lineatum socó-boi Rufescent Tiger-Heron AL
Butorides striata socozinho Striated Heron AL
Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL
Ardea cocoi garça-moura Cocoi Heron AL
Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL
Pilherodius pileatus garça-real Capped Heron C,AL
Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL
Threskiornithidae
Theristicus caudatus curicaca Buff-necked Ibis C,A
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A
Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F
Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F
Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande Bicolored Hawk F
Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro Snail Kite AL
Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU
Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A
Parabuteo leucorrhous gavião-de-sobre-branco White-rumped Hawk F
Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco White-tailed Hawk F,C,A
Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X
Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X
Gruiformes
Aramidae
Aramus guarauna carão Limpkin AL
296
Rallidae
Aramides cajaneus saracura-três-potes Gray-necked Wood-Rail AL
Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X
Laterallus melanophaius sanã-parda Rufous-sided Crake AL
Porzana albicollis sanã-carijó Ash-throated Crake AL
Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail F X X NT
Gallinula galeata frango-d'água-comum Common Gallinule AL
Porphyrio martinicus frango-d'água-azul Purple Gallinule AL
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL
Charadrius semipalmatus batuíra-de-bando Semipalmated Plover AL,P
Charadrius collaris batuíra-de-coleira Collared Plover AL,P
Scolopacidae
Actitis macularius maçarico-pintado Spotted Sandpiper AL,P
Calidris alba maçarico-branco Sanderling F
Calidris fuscicollis maçarico-de-sobre-branco White-rumped Sandpiper AL,P
Jacanidae
Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL
Laridae
Larus dominicanus gaivotão Kelp Gull P
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A
Columba livia pombo-doméstico Rock Pigeon C,A
Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F X X VU NT
Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F
Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F
Zenaida auriculata pomba-de-bando Eared Dove C,A
Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F
Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A
Coccyzus americanus papa-lagarta-de-asa-vermelha Yellow-billed Cuckoo F
Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani CA
Guira guira anu-branco Guira Cuckoo AL
297
Tapera naevia saci Striped Cuckoo AL
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata coruja-da-igreja American Barn Owl FA
Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F
Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X X EN EN
Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F
Strix hylophila coruja-listrada Rusty-barred Owl F X NT
Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F
Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X
Glaucidium brasilianum caburé Ferruginous Pygmy-Owl F,A
Athene cunicularia coruja-buraqueira Burrowing Owl C,A
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F
Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A
Hydropsalis torquata bacurau-tesoura Scissor-tailed Nightjar C
Hydropsalis forcipata bacurau-tesoura-gigante Long-trained Nightjar C X
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift AL
Trochilidae
Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT
Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A
Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X
Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta White-vented Violetear F,C
Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta Black-throated Mango F,C,A
Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X
Lophornis magnificus topetinho-vermelho Frilled Coquette AL
298
Lophornis chalybeus topetinho-verde Festive Coquette F NT
Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X
Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X
Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A
Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde Glittering-throated Emerald F,C,A
Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul Sapphire-spangled Emerald F,C,A
Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X
Calliphlox amethystina estrelinha-ametista Amethyst Woodstar AL
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F
Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X
Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde Amazon Kingfisher F,AL
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X
Galbuliformes
Bucconidae
Nystalus chacuru joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X
Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X
Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT
Picidae
Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A
Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X
Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F
Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT
299
Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado Green-barred Woodpecker F
Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A
Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A
Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C
Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F
Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F
Psittaciformes
Psittacidae
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X
Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A
Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X
Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X
Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F
Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X
Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X
Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X
Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F
Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X
Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren P
Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho Rufous-capped Antshrike F,A
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X
Batara cinerea matracão Giant Antshrike F
Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X
Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X
Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X
300
Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT
Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X
Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X
Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X
Grallariidae
Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F
Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X
Rhinocryptidae
Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT
Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X
Formicariidae
Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F
Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F
Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X
Scleruridae
Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X
Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X
Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper AL
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F
Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F
Xenopidae
Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F
Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F
Furnariidae
Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL
Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X
Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X
Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT
Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X
301
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F
Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X
Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F
Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X
Phacellodomus ferrugineigula joão-botina-do-brejo Orange-breasted Thornbird F,AL X
Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL
Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail FA X
Synallaxis cinerascens pi-puí Gray-bellied Spinetail F
Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A
Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X
Pipridae
Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X
Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F
Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X
Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill P
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU
Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F
Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta Black-tailed Flycatcher F
Tityridae
Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X
Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X
Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda Black-crowned Tityra F,A
Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A
Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F
Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A
Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A
Pachyramphus marginatus caneleiro-bordado Black-capped Becard F,A
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A
Cotingidae
Tijuca atra saudade Black-and-gold Cotinga F X NT
Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU
Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X
Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT
Phibalura flavirostris tesourinha-da-mata Swallow-tailed Cotinga AL
302
Pipritidae
Piprites chloris papinho-amarelo Wing-barred Piprites F
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F
Platyrinchus leucoryphus patinho-gigante Russet-winged Spadebill F X X VU
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F
Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT
Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet AL
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher FA
Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher FA X
Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher AL
Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant AL
Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant C,AL
Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant AL
Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha Hangnest Tody-Tyrant AL
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher AL
Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F
Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A
Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto Small-billed Elaenia F,A
Elaenia mesoleuca tuque Olivaceous Elaenia F
Elaenia obscura tucão Highland Elaenia F
Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta Gray Elaenia F
Phyllomyias virescens piolhinho-verdoso Greenish Tyrannulet F X
Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A
Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT
Serpophaga nigricans joão-pobre Sooty Tyrannulet F,AL
Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A
Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F
Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A
Ramphotrigon megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F
Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A
Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A
303
Sirystes sibilator gritador Sirystes F
Rhytipterna simplex vissiá Grayish Mourner F
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL
Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A
Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A
Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A
Tyrannus savana tesourinha Fork-tailed Flycatcher C,A
Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A
Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A
Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher AL
Pyrocephalus rubinus príncipe Vermilion Flycatcher C,A
Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL
Arundinicola leucocephala freirinha White-headed Marsh Tyrant AL
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu Fuscous Flycatcher F,A
Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A
Contopus cooperi piui-boreal Olive-sided Flycatcher F,A NT
Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A
Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A
Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X
Satrapa icterophrys suiriri-pequeno Yellow-browed Tyrant AL
Xolmis velatus noivinha-branca White-rumped Monjita C,A
Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A
Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL
Progne tapera andorinha-do-campo Brown-chested Martin C,AL
Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL
Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco White-rumped Swallow AL
Riparia riparia andorinha-do-barranco Bank Swallow C,A
Petrochelidon pyrrhonota andorinha-de-dorso-acanelado Cliff Swallow C,A
304
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A
Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A
Donacobiidae
Donacobius atricapilla japacanim Black-capped Donacobius AL
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F
Turdidae
Catharus swainsoni sabiá-de-óculos Swainson's Thrush F
Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F
Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A
Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A
Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F
Mimidae
Mimus saturninus sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird AL
Motacillidae
Anthus lutescens caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit C,A
Passerellidae
Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A
Arremon semitorquatus tico-tico-do-mato Half-collared Sparrow F X
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL
Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F
Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler C,AL
Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F
Icteridae
Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A
Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A
Agelasticus cyanopus carretão Unicolored Blackbird AL
Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A
Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak C,A
305
Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT
Pyrrhocoma ruficeps cabecinha-castanha Chestnut-headed Tanager F X
Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F,C,A,AL
Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,C,A,AL
Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A
Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F,A
Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,C,A
Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X
Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A
Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A
Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X
Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A
Cissopis leverianus tietinga Magpie Tanager F
Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo Cinnamon Tanager C,AL
Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A
Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager C,A
Dacnis nigripes saí-de-pernas-pretas Black-legged Dacnis F,A X X NT
Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A
Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X
Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A
Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X
Donacospiza albifrons tico-tico-do-banhado Long-tailed Reed Finch C,AL X
Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A
Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A
Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU
Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira Temminck's Seedeater F X X VU VU
Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A
Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A
Sporophila angolensis curió Chestnut-bellied Seed-Finch C,A X
Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F
Cardinalidae
Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F
Cyanoloxia glaucocaerulea azulinho Glaucous-blue Grosbeak F,A
Cyanoloxia brissonii azulão Ultramarine Grosbeak F,A X
Fringillidae
Sporagra magellanica pintassilgo Hooded Siskin D,A,C
306
Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A
Euphonia chalybea cais-cais Green-throated Euphonia F X X NT
Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F
Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X
Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F
Estrildidae
Estrilda astrild bico-de-lacre Common Waxbill C,A
Passeridae
Passer domesticus pardal House Sparrow C,A
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
Tabela 3. Lista completa de aves do Núcleo Caraguatatuba
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente
típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F
Crypturellus tataupa inhambu-chintã Tataupa Tinamou F
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F
Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN
Odontophoridae
Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X
307
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL
Pelecaniformes
Ardeidae
Tigrisoma lineatum socó-boi Rufescent Tiger-Heron AL
Butorides striata socozinho Striated Heron AL
Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL
Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL
Syrigma sibilatrix maria-faceira Whistling Heron C,AL
Pilherodius pileatus garça-real Capped Heron C,AL
Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL
Cathartiformes
Pandionidae
Pandion haliaetus águia-pescadora Osprey AL
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A
Chondrohierax uncinatus caracoleiro Hook-billed Kite F,C,A,AL Elanoides forficatus gavião-tesoura Swallow-tailed Kite F,C,A,AL
Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F
Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F
Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande Bicolored Hawk F
Geranospiza caerulescens gavião-pernilongo Crane Hawk F,AL
Heterospizias meridionalis gavião-caboclo Savanna Hawk F,C,A,AL
Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU
Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A
Parabuteo leucorrhous gavião-de-sobre-branco White-rumped Hawk F
Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco White-tailed Hawk F,C,A
Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X
Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X
Charadriiformes
308
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL
Scolopacidae
Actitis macularius maçarico-pintado Spotted Sandpiper AL,P
Gruiformes
Rallidae
Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X
Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A
Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A
Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F
Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A
Coccyzus americanus papa-lagarta-de-asa-vermelha Yellow-billed Cuckoo F
Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A
Guira guira anu-branco Guira Cuckoo C,A
Tapera naevia saci Striped Cuckoo F
Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino Pavonine Cuckoo F
Strigiformes
Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A
Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X
Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X
Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X
Athene cunicularia coruja-buraqueira Burrowing Owl C,A
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F
Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A
Apodiformes
Apodidae
309
Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A
Trochilidae
Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT
Glaucis hirsutus balança-rabo-de-bico-torto Rufous-breasted Hermit F
Phaethornis ruber rabo-branco-rubro Reddish Hermit F
Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado Planalto Hermit F,C,A
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A
Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza Sombre Hummingbird F X
Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X
Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X
Lophornis chalybeus topetinho-verde Festive Coquette F NT
Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X
Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X
Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A
Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde Glittering-throated Emerald F,C,A
Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F
Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X
Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F
Coraciiformes
Alcedinidae
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X
Galbuliformes
Bucconidae
Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha Buff-bellied Puffbird F X
Malacoptila striata barbudo-rajado Crescent-chested Puffbird F X NT
Piciformes
310
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X
Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X
Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT
Picidae
Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A
Picumnus temminckii pica-pau-anão-de-coleira Ochre-collared Piculet F,A X
Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X
Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F
Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT
Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A
Campephilus robustus pica-pau-rei Robust Woodpecker F X
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A
Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A
Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C
Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F
Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F
Falco sparverius quiriquiri American Kestrel C,A
Psittaciformes
Psittacidae
Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã White-eyed Parakeet F,A
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X
Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A
Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X
Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X
Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F
Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X
Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU
Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT
311
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X
Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F
Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X
Batara cinerea matracão Giant Antshrike F
Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X
Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X
Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X
Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X
Drymophila genei choquinha-da-serra Rufous-tailed Antbird F X
Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT
Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X
Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X
Grallariidae
Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F
Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X
Rhinocryptidae
Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT
Psilorhamphus guttatus tapaculo-pintado Spotted Bamboowren F X NT
Formicariidae
Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F
Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F
Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X
Chamaeza ruficauda tovaca-de-rabo-vermelho Rufous-tailed Antthrush F X
Scleruridae
Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X
Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X
Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F
312
Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F
Xenopidae
Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F
Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F
Furnariidae
Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL
Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X
Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X
Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT
Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F
Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X
Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F
Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X
Phacellodomus erythrophthalmus joão-botina-da-mata Orange-eyed Thornbird F,A X
Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL
Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X
Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A
Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X
Pipridae
Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F
Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X
Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU
Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F
Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta Black-tailed Flycatcher F
Tityridae
Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X
Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X
Iodopleura pipra anambezinho Buff-throated Purpletuft F,A X X EN NT
Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A
Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A
313
Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A
Pachyramphus marginatus caneleiro-bordado Black-capped Becard F,A
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A
Cotingidae
Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU
Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X
Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT
Pipritidae
Piprites chloris papinho-amarelo Wing-barred Piprites F
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F
Platyrinchus leucoryphus patinho-gigante Russet-winged Spadebill F X X VU
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F
Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT
Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT
Phylloscartes difficilis estalinho Serra do Mar Tyrannulet F X NT
Phylloscartes sylviolus maria-pequena Bay-ringed Tyrannulet F X NT
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A
Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X
Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio Common Tody-Flycatcher F,A
Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A
Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X
Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X
Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT
Hemitriccus furcatus papa-moscas-estrela Fork-tailed Pygmy-Tyrant F X X VU VU
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A
Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F
Elaenia obscura tucão Highland Elaenia F
Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta Gray Elaenia F
Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A
Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT
Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F
Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X
Ramphotrigon megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F
314
Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A
Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A
Sirystes sibilator gritador Sirystes F
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL
Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A
Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A
Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A
Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A
Conopias trivirgatus bem-te-vi-pequeno Three-striped Flycatcher F,A
Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A
Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A
Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL
Arundinicola leucocephala freirinha White-headed Marsh Tyrant AL
Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A
Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A
Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A
Knipolegus lophotes maria-preta-de-penacho Crested Black-Tyrant F,A
Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X
Xolmis velatus noivinha-branca White-rumped Monjita C,A
Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A
Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X
Hylophilus thoracicus vite-vite Lemon-chested Greenlet F
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL
Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL
Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL
Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco White-rumped Swallow AL
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A
Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A
315
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F
Turdidae
Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F
Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A
Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A
Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F
Motacillidae
Anthus lutescens caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit C,A
Passerellidae
Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL
Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F
Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X
Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F
Icteridae
Psarocolius decumanus japu Crested Oropendola F,A
Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A
Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A
Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul White-browed Blackbird C,A
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A
Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X
Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT
Thlypopsis sordida saí-canário Orange-headed Tanager F
Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X
Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X
Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A
Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F
Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X
Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X
Tangara cyanoventris saíra-douradinha Gilt-edged Tanager F X
316
Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A
Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A
Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X
Tangara peruviana saíra-sapucaia Black-backed Tanager F,A X X VU VU
Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A
Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A
Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A
Hemithraupis guira saíra-de-papo-preto Guira Tanager F,A
Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X
Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A
Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X
Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A
Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU
Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A
Sporophila leucoptera chorão White-bellied Seedeater C,A
Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F
Cardinalidae
Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F
Fringillidae
Euphonia chlorotica fim-fim Purple-throated Euphonia F,A
Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A
Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F
Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X
Passeridae
Passer domesticus pardal House Sparrow C,A
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
317
Tabela 4. Lista completa de aves do Núcleo Cunha
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente
típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F
Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN
Odontophoridae
Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X
Suliformes
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL
Pelecaniformes
Ardeidae
Butorides striata socozinho Striated Heron AL
Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL
Ardea cocoi garça-moura Cocoi Heron AL
Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL
Syrigma sibilatrix maria-faceira Whistling Heron C,AL
Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL
Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela Lesser Yellow-headed Vulture F,C,A,AL
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A
Chondrohierax uncinatus caracoleiro Hook-billed Kite F,C,A,AL
Elanoides forficatus gavião-tesoura Swallow-tailed Kite F,C,A
318
Elanus leucurus gavião-peneira White-tailed Kite C,A
Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F
Ictinia plumbea sovi Plumbeous Kite F,C,A
Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A
Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco White-tailed Hawk F,C,A
Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X
Gruiformes
Rallidae
Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X
Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A
Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A
Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F
Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F
Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F
Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A
Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A
Guira guira anu-branco Guira Cuckoo C,A
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata coruja-da-igreja American Barn Owl F,A
Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A
Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X
Strix hylophila coruja-listrada Rusty-barred Owl F X NT
Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F
Athene cunicularia coruja-buraqueira Burrowing Owl C,A
319
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F
Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A
Trochilidae
Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X
Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado Planalto Hermit F,C,A
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A
Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X
Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta White-vented Violetear F,C
Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X
Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X
Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F
Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X
Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X
Galbuliformes
320
Bucconidae
Nystalus chacuru joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos toco tucanuçu Toco Toucan F,C,A
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X
Picidae
Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A
Melanerpes candidus pica-pau-branco White Woodpecker C,A
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X
Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT
Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A
Campephilus robustus pica-pau-rei Robust Woodpecker F X
Cariamiformes
Cariamidae
Cariama cristata seriema Red-legged Seriema C,A
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A
Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A
Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C
Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F
Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F
Falco sparverius quiriquiri American Kestrel C,A
Psittaciformes
Psittacidae
Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã White-eyed Parakeet F,A
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X
Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A
Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X
Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X
Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F
Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT
Passeriformes
321
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F
Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X
Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F
Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho Rufous-capped Antshrike F,A
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X
Batara cinerea matracão Giant Antshrike F
Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X
Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X
Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X
Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X
Drymophila rubricollis trovoada-de-bertoni Bertoni's Antbird F X
Drymophila genei choquinha-da-serra Rufous-tailed Antbird F X
Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT
Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X
Grallariidae
Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F
Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X
Rhinocryptidae
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT
Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X
Formicariidae
Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F
Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F
Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X
Chamaeza ruficauda tovaca-de-rabo-vermelho Rufous-tailed Antthrush F X
Scleruridae
Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X
322
Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X
Lepidocolaptes angustirostris arapaçu-de-cerrado Narrow-billed Woodcreeper F,C,A
Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F
Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F
Xenopidae
Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F
Furnariidae
Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL
Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X
Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X
Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F
Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X
Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F
Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X
Leptasthenura setaria grimpeiro Araucaria Tit-Spinetail F X NT
Phacellodomus ferrugineigula joão-botina-do-brejo Orange-breasted Thornbird F,AL X
Anumbius annumbi cochicho Firewood-Gatherer C,A,AL
Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL
Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X
Synallaxis cinerascens pi-puí Gray-bellied Spinetail F
Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A
Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X
Pipridae
Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X
Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X
Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU
Tityridae
Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X
Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A
323
Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A
Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A
Cotingidae
Tijuca atra saudade Black-and-gold Cotinga F X NT
Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU
Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X
Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT
Phibalura flavirostris tesourinha-da-mata Swallow-tailed Cotinga F,A NT
Pipritidae
Piprites pileata caneleirinho-de-chapéu-preto Black-capped Piprites F X X VU
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F
Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT
Phylloscartes difficilis estalinho Serra do Mar Tyrannulet F X NT
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A
Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X
Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A
Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X
Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X
Hemitriccus obsoletus catraca Brown-breasted Pygmy-Tyrant F X
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A
Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F
Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A
Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto Small-billed Elaenia F,A
Elaenia mesoleuca tuque Olivaceous Elaenia F
Elaenia obscura tucão Highland Elaenia F
Phyllomyias virescens piolhinho-verdoso Greenish Tyrannulet F X
Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A
Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT
Polystictus superciliaris papa-moscas-de-costas- Gray-backed Tachuri C
324
cinzentas
Serpophaga nigricans joão-pobre Sooty Tyrannulet F,AL
Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A
Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F
Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A
Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A
Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL
Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A
Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A
Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A
Tyrannus savana tesourinha Fork-tailed Flycatcher C,A
Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A
Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A
Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A
Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL
Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A
Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A
Knipolegus lophotes maria-preta-de-penacho Crested Black-Tyrant F,A
Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X
Xolmis cinereus primavera Gray Monjita C,A
Xolmis velatus noivinha-branca White-rumped Monjita C,A
Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A
Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X
Corvidae
Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo Curl-crested Jay F,C,A
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL
Progne tapera andorinha-do-campo Brown-chested Martin F,C,A
325
Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco White-rumped Swallow AL
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A
Turdidae
Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F
Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A
Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A
Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F
Mimidae
Mimus saturninus sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird C,A
Motacillidae
Anthus hellmayri caminheiro-de-barriga-acanelada Hellmayr's Pipit C
Passerellidae
Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL
Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F
Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X
Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F
Icteridae
Psarocolius decumanus japu Crested Oropendola F,A
Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A
Gnorimopsar chopi graúna Chopi Blackbird C,A
Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A
Saltator maxillosus bico-grosso Thick-billed Saltator F X
Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X
Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT
Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X
Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F
Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X
326
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A
Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A
Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X
Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A
Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A
Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo Cinnamon Tanager C,AL
Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A
Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A
Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X
Poospiza thoracica peito-pinhão Bay-chested Warbling-Finch F,A X
Poospiza lateralis quete Buff-throated Warbling-Finch F,A
Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A
Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU
Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A
Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A
Sporophila angolensis curió Chestnut-bellied Seed-Finch C,A X
Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F
Cardinalidae
Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F
Amaurospiza moesta negrinho-do-mato Blackish-blue Seedeater F,A X X NT
Fringillidae
Sporagra magellanica pintassilgo Hooded Siskin D,A,C
Euphonia chlorotica fim-fim Purple-throated Euphonia F,A
Euphonia chalybea cais-cais Green-throated Euphonia F X X NT
Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
327
Tabela 5. Lista completa de aves do Núcleo Curucutu
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente
típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F
Crypturellus noctivagus jaó-do-sul Yellow-legged Tinamou F X X VU NT
Anseriformes
Anatidae
Amazonetta brasiliensis pé-vermelho Brazilian Teal AL
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F
Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN
Odontophoridae
Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL
Anhingidae
Anhinga anhinga biguatinga Anhinga AL
Pelecaniformes
Ardeidae
Tigrisoma lineatum socó-boi Rufescent Tiger-Heron AL
Nycticorax nycticorax savacu Black-crowned Night-Heron AL
Butorides striata socozinho Striated Heron AL
Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL
Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL
Syrigma sibilatrix maria-faceira Whistling Heron C,AL
Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL
Egretta caerulea garça-azul Little Blue Heron AL
328
Threskiornithidae
Mesembrinibis cayennensis coró-coró Green Ibis F,AL
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A
Chondrohierax uncinatus caracoleiro Hook-billed Kite F,C,A,AL
Elanoides forficatus gavião-tesoura Swallow-tailed Kite F,C,A
Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F
Accipiter poliogaster tauató-pintado Gray-bellied Hawk F NT
Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F
Ictinia plumbea sovi Plumbeous Kite F,C,A
Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro Snail Kite AL
Heterospizias meridionalis gavião-caboclo Savanna Hawk F,C,A,AL
Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU
Urubitinga urubitinga gavião-preto Great Black-Hawk F,AL
Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A
Parabuteo leucorrhous gavião-de-sobre-branco White-rumped Hawk F
Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco White-tailed Hawk F,C,A
Buteo nitidus gavião-pedrês Gray Hawk F,C,A
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X
Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X
Gruiformes
Aramidae
Aramus guarauna carão Limpkin AL
Rallidae
Aramides cajaneus saracura-três-potes Gray-necked Wood-Rail AL
Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X
Laterallus melanophaius sanã-parda Rufous-sided Crake AL
Porzana albicollis sanã-carijó Ash-throated Crake AL
Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL
Gallinula galeata frango-d'água-comum Common Gallinule AL
Porphyrio martinicus frango-d'água-azul Purple Gallinule AL
Charadriiformes
329
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL
Scolopacidae
Gallinago undulata narcejão Giant Snipe AL
Jacanidae
Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A
Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A
Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F
Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F
Zenaida auriculata pomba-de-bando Eared Dove C,A
Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F
Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A
Coccyzus melacoryphus papa-lagarta-acanelado Dark-billed Cuckoo F
Coccyzus euleri papa-lagarta-de-euler Pearly-breasted Cuckoo F
Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A
Guira guira anu-branco Guira Cuckoo C,A
Tapera naevia saci Striped Cuckoo F
Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino Pavonine Cuckoo F
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata coruja-da-igreja American Barn Owl F,A
Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A
Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X
Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X
Bubo virginianus jacurutu Great Horned Owl F X
Strix hylophila coruja-listrada Rusty-barred Owl F X NT
Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F
Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X
Aegolius harrisii caburé-acanelado Buff-fronted Owl F,A
Asio clamator coruja-orelhuda Striped Owl F,A
330
Asio stygius mocho-diabo Stygian Owl F,A
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F
Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A
Hydropsalis torquata bacurau-tesoura Scissor-tailed Nightjar C
Hydropsalis forcipata bacurau-tesoura-gigante Long-trained Nightjar C X
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A
Trochilidae
Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT
Glaucis hirsutus balança-rabo-de-bico-torto Rufous-breasted Hermit F
Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X
Phaethornis ruber rabo-branco-rubro Reddish Hermit F
Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado Planalto Hermit F,C,A
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A
Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza Sombre Hummingbird F X
Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X
Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta White-vented Violetear F,C
Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta Black-throated Mango F,C,A
Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X
Lophornis chalybeus topetinho-verde Festive Coquette F NT
Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X
Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X
Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A
Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde Glittering-throated Emerald F,C,A
Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul Sapphire-spangled Emerald F,C,A
Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X
331
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F
Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X
Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde Amazon Kingfisher F,AL
Chloroceryle aenea martinho American Pygmy Kingfisher F,AL
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X
Galbuliformes
Bucconidae
Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha Buff-bellied Puffbird F X
Nystalus chacuru joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A
Malacoptila striata barbudo-rajado Crescent-chested Puffbird F X NT
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos toco tucanuçu Toco Toucan F,C,A
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X
Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X
Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT
Picidae
Picumnus temminckii pica-pau-anão-de-coleira Ochre-collared Piculet F,A X
Melanerpes candidus pica-pau-branco White Woodpecker C,A
Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X
Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F
Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT
Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado Green-barred Woodpecker F
Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A
Campephilus robustus pica-pau-rei Robust Woodpecker F X
332
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A
Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A
Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C
Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F
Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F
Falco sparverius quiriquiri American Kestrel C,A
Falco femoralis falcão-de-coleira Aplomado Falcon C,A
Psittaciformes
Psittacidae
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X
Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A
Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X
Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X
Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F
Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X
Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU
Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X
Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F
Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X
Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X
Batara cinerea matracão Giant Antshrike F
Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X
Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X
Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X
Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X
Drymophila rubricollis trovoada-de-bertoni Bertoni's Antbird F X
Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT
333
Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X
Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X
Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X
Grallariidae
Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F
Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X
Rhinocryptidae
Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT
Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X
Formicariidae
Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F
Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F
Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X
Scleruridae
Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X
Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X
Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F
Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F
Xenopidae
Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F
Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F
Furnariidae
Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL
Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X
Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X
Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT
Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X
334
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F
Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X
Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F
Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X
Phacellodomus ferrugineigula joão-botina-do-brejo Orange-breasted Thornbird F,AL X
Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL
Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X
Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A
Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X
Pipridae
Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X
Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F
Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X
Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU
Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F
Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta Black-tailed Flycatcher F
Tityridae
Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X
Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X
Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda Black-crowned Tityra F,A
Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A
Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F
Pachyramphus rufus caneleiro-cinzento Cinereous Becard F,A
Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A
Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A
Pachyramphus marginatus caneleiro-bordado Black-capped Becard F,A
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A
Cotingidae
Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU
Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X
Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT
Carpornis melanocephala sabiá-pimenta Black-headed Berryeater F X X VU VU
Phibalura flavirostris tesourinha-da-mata Swallow-tailed Cotinga F,A NT
335
Pipritidae
Piprites chloris papinho-amarelo Wing-barred Piprites F
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F
Platyrinchus leucoryphus patinho-gigante Russet-winged Spadebill F X X VU
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F
Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT
Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT
Phylloscartes difficilis estalinho Serra do Mar Tyrannulet F X NT
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A
Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X
Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio Common Tody-Flycatcher F,A
Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A
Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X
Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X
Hemitriccus obsoletus catraca Brown-breasted Pygmy-Tyrant F X
Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT
Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha Hangnest Tody-Tyrant F,A X
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A
Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F
Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A
Elaenia chilensis guaracava-de-crista-branca Chilean Elaenia F
Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto Small-billed Elaenia F,A
Elaenia mesoleuca tuque Olivaceous Elaenia F
Elaenia obscura tucão Highland Elaenia F
Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta Gray Elaenia F
Phyllomyias virescens piolhinho-verdoso Greenish Tyrannulet F X
Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A
Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT
Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A
Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F
Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A
336
Ramphotrigon megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F
Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A
Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A
Sirystes sibilator gritador Sirystes F
Rhytipterna simplex vissiá Grayish Mourner F
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A
Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A
Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A
Tyrannus savana tesourinha Fork-tailed Flycatcher C,A
Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A
Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A
Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A
Pyrocephalus rubinus príncipe Vermilion Flycatcher C,A
Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL
Arundinicola leucocephala freirinha White-headed Marsh Tyrant AL
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu Fuscous Flycatcher F,A
Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A
Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A
Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A
Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X
Satrapa icterophrys suiriri-pequeno Yellow-browed Tyrant C,A,AL
Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A
Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X
Corvidae
Cyanocorax caeruleus gralha-azul Azure Jay F,A X NT
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL
Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL
Progne tapera andorinha-do-campo Brown-chested Martin F,C,A
Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL
337
Tachycineta albiventer andorinha-do-rio White-winged Swallow AL
Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco White-rumped Swallow AL
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A
Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F
Turdidae
Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F
Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A
Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A
Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F
Motacillidae
Anthus lutescens caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit C,A
Anthus hellmayri caminheiro-de-barriga-acanelada Hellmayr's Pipit C
Passerellidae
Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL
Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F
Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X
Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F
Icteridae
Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A
Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A
Gnorimopsar chopi graúna Chopi Blackbird C,A
Chrysomus ruficapillus garibaldi Chestnut-capped Blackbird AL
Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A
Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X
Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT
338
Thlypopsis sordida saí-canário Orange-headed Tanager F
Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X
Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X
Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A
Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F
Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X
Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X
Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A
Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A
Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X
Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A
Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A
Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo Cinnamon Tanager C,AL
Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A
Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A
Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A
Chlorophanes spiza saí-verde Green Honeycreeper F,A
Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X
Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A
Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X
Donacospiza albifrons tico-tico-do-banhado Long-tailed Reed Finch C,AL X
Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A
Emberizoides herbicola canário-do-campo Wedge-tailed Grass-Finch C,A
Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A
Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU
Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira Temminck's Seedeater F X X VU VU
Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A
Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A
Sporophila angolensis curió Chestnut-bellied Seed-Finch C,A X
Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F
Cardinalidae
Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F
Amaurospiza moesta negrinho-do-mato Blackish-blue Seedeater F,A X X NT
Cyanoloxia glaucocaerulea azulinho Glaucous-blue Grosbeak F,A
Fringillidae
Sporagra magellanica pintassilgo Hooded Siskin D,A,C
339
Euphonia chlorotica fim-fim Purple-throated Euphonia F,A
Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A
Euphonia chalybea cais-cais Green-throated Euphonia F X X NT
Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F
Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X
Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F
Estrildidae
Estrilda astrild bico-de-lacre Common Waxbill C,A
Passeridae
Passer domesticus pardal House Sparrow C,A
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
Tabela 6. Lista completa de aves do Núcleo Itariru
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente
típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN
Tinamiformes
Tinamidae
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F
Anseriformes
Anatidae
Dendrocygna viduata irerê White-faced Whistling-Duck AL
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F
Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN
340
Pelecaniformes
Ardeidae
Tigrisoma lineatum socó-boi Rufescent Tiger-Heron AL
Ardea cocoi garça-moura Cocoi Heron AL
Cathartiformes
Cathartidae
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL
Accipitriformes
Accipitridae
Heterospizias meridionalis gavião-caboclo Savanna Hawk F,C,A,AL
Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A
Gruiformes
Rallidae
Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X
Amaurolimnas concolor saracura-lisa Uniform Crake F,AL
Laterallus melanophaius sanã-parda Rufous-sided Crake AL
Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL
Gallinula galeata frango-d'água-comum Common Gallinule AL
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL
Scolopacidae
Tringa solitaria maçarico-solitário Solitary Sandpiper AL,P
Jacanidae
Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A
Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A
Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A
Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A
Strigiformes
Strigidae
Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X
Caprimulgiformes
341
Caprimulgidae
Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A
Hydropsalis torquata bacurau-tesoura Scissor-tailed Nightjar C
Apodiformes
Apodidae
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A
Trochilidae
Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT
Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X
Heliothryx auritus beija-flor-de-bochecha-azul Black-eared Fairy F
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL
Galbuliformes
Bucconidae
Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha Buff-bellied Puffbird F X
Malacoptila striata barbudo-rajado Crescent-chested Puffbird F X NT
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X
Picidae
Picumnus temminckii pica-pau-anão-de-coleira Ochre-collared Piculet F,A X
Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A
Falconiformes
Falconidae
342
Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A
Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A
Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F
Psittaciformes
Psittacidae
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X
Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A
Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X
Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X
Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU
Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X
Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F
Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X
Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X
Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X
Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X
Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X
Grallariidae
Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F
Rhinocryptidae
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT
Formicariidae
Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F
Dendrocolaptidae
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X
343
Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F
Xenopidae
Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F
Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F
Furnariidae
Furnarius figulus casaca-de-couro-da-lama Wing-banded Hornero C,A,AL
Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL
Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X
Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X
Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F
Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X
Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL
Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X
Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A
Pipridae
Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F
Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X
Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X
Onychorhynchidae
Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F
Tityridae
Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X
Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda Black-crowned Tityra F,A
Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A
Cotingidae
Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT
Carpornis melanocephala sabiá-pimenta Black-headed Berryeater F X X VU VU
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F
344
Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A
Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X
Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X
Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A
Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A
Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X
Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A
Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A
Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A
Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A
Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A
Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A
Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A
Corvidae
Cyanocorax caeruleus gralha-azul Azure Jay F,A X NT
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL
Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A
Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL
Tachycineta albiventer andorinha-do-rio White-winged Swallow AL
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A
Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F
Turdidae
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A
345
Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A
Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F
Mimidae
Mimus saturninus sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird C,A
Motacillidae
Anthus lutescens caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit C,A
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL
Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F
Icteridae
Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A
Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X
Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT
Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X
Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X
Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A
Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F
Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X
Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X
Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A
Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A
Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X
Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A
Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A
Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A
Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X
Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A
Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A
Cardinalidae
Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F
346
Fringillidae
Euphonia chlorotica fim-fim Purple-throated Euphonia F,A
Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A
Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X
Estrildidae
Estrilda astrild bico-de-lacre Common Waxbill C,A
Passeridae
Passer domesticus pardal House Sparrow C,A
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
Tabela 7. Lista completa de aves do Núcleo Itutinga Pilões
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente
típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F
Anseriformes
Anatidae
Dendrocygna bicolor marreca-caneleira Fulvous Whistling-Duck AL
Amazonetta brasiliensis pé-vermelho Brazilian Teal AL
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F
Odontophoridae
347
Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X
Podicipediformes
Podicipedidae
Tachybaptus dominicus mergulhão-pequeno Least Grebe AL
Podilymbus podiceps mergulhão-caçador Pied-billed Grebe AL
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL
Pelecaniformes
Ardeidae
Nycticorax nycticorax savacu Black-crowned Night-Heron AL
Butorides striata socozinho Striated Heron AL
Ardea cocoi garça-moura Cocoi Heron AL
Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL
Pilherodius pileatus garça-real Capped Heron C,AL
Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL
Cathartiformes
Cathartidae
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A
Chondrohierax uncinatus caracoleiro Hook-billed Kite F,C,A,AL
Elanus leucurus gavião-peneira White-tailed Kite C,A
Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F
Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU
Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A
Gruiformes
Aramidae
Aramus guarauna carão Limpkin AL
Rallidae
Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X
Laterallus leucopyrrhus sanã-vermelha Red-and-white Crake AL
Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL
Gallinula galeata frango-d'água-comum Common Gallinule AL
Porphyrio martinicus frango-d'água-azul Purple Gallinule AL
348
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL
Jacanidae
Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL
Columbiformes
Columbidae
Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A
Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F
Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F
Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F
Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A
Strigiformes
Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A
Glaucidium brasilianum caburé Ferruginous Pygmy-Owl F,A
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A
Trochilidae
Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT
Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X
Phaethornis ruber rabo-branco-rubro Reddish Hermit F
Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado Planalto Hermit F,C,A
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A
Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza Sombre Hummingbird F X
Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X
Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X
349
Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A
Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul Sapphire-spangled Emerald F,C,A
Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X
Calliphlox amethystina estrelinha-ametista Amethyst Woodstar F,C,A
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F
Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X
Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde Amazon Kingfisher F,AL
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X
Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X
Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT
Picidae
Picumnus temminckii pica-pau-anão-de-coleira Ochre-collared Piculet F,A X
Melanerpes candidus pica-pau-branco White Woodpecker C,A
Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X
Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F
Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado Green-barred Woodpecker F
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A
Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C
Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F
Falco sparverius quiriquiri American Kestrel C,A
Psittaciformes
Psittacidae
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X
350
Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A
Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X
Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X
Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X
Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F
Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X
Batara cinerea matracão Giant Antshrike F
Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X
Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X
Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X
Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT
Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X
Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X
Grallariidae
Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F
Rhinocryptidae
Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT
Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X
Formicariidae
Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X
Scleruridae
Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X
351
Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F
Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F
Xenopidae
Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F
Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F
Furnariidae
Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL
Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X
Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X
Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT
Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F
Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X
Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F
Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X
Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X
Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A
Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X
Pipridae
Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F
Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X
Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU
Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F
Tityridae
Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X
Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X
Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A
Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F
Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A
Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A
Cotingidae
Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU
352
Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A
Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X
Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A
Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X
Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A
Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F
Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A
Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A
Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A
Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F
Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A
Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A
Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A
Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A
Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A
Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A
Pyrocephalus rubinus príncipe Vermilion Flycatcher C,A
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu Fuscous Flycatcher F,A
Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A
Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A
Xolmis velatus noivinha-branca White-rumped Monjita C,A
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A
Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X
353
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL
Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL
Progne tapera andorinha-do-campo Brown-chested Martin F,C,A
Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A
Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F
Turdidae
Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F
Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A
Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A
Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F
Passerellidae
Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL
Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F
Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X
Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F
Icteridae
Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A
Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A
Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X
Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT
Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X
Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X
354
Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A
Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F
Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X
Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X
Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A
Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A
Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X
Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A
Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A
Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A
Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A
Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A
Chlorophanes spiza saí-verde Green Honeycreeper F,A
Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X
Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A
Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X
Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A
Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU
Sporophila ardesiaca papa-capim-de-costas-cinzas Dubois's Seedeater C,A X
Cardinalidae
Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F
Fringillidae
Euphonia chlorotica fim-fim Purple-throated Euphonia F,A
Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A
Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X
Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
355
Tabela 8. Lista completa de aves do Núcleo Padre Dória
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente
típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F
Anseriformes
Anatidae
Nomonyx dominica marreca-de-bico-roxo Masked Duck AL
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F
Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN
Odontophoridae
Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X
Podicipediformes
Podicipedidae
Podilymbus podiceps mergulhão-caçador Pied-billed Grebe AL
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL
Anhingidae
Anhinga anhinga biguatinga Anhinga AL
Pelecaniformes
Ardeidae
Butorides striata socozinho Striated Heron AL
Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL
Ardea cocoi garça-moura Cocoi Heron AL
Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL
356
Threskiornithidae
Theristicus caudatus curicaca Buff-necked Ibis C,A
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A
Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F
Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F
Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande Bicolored Hawk F
Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU
Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A
Parabuteo leucorrhous gavião-de-sobre-branco White-rumped Hawk F
Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco White-tailed Hawk F,C,A
Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X
Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X
Gruiformes
Rallidae
Aramides cajaneus saracura-três-potes Gray-necked Wood-Rail AL
Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X
Porzana albicollis sanã-carijó Ash-throated Crake AL
Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL
Scolopacidae
Actitis macularius maçarico-pintado Spotted Sandpiper AL,P
Jacanidae
Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A
Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A
Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F
357
Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F
Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A
Coccyzus americanus papa-lagarta-de-asa-vermelha Yellow-billed Cuckoo F
Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A
Guira guira anu-branco Guira Cuckoo C,A
Tapera naevia saci Striped Cuckoo F
Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino Pavonine Cuckoo F
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata coruja-da-igreja American Barn Owl F,A
Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A
Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X
Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X
Strix hylophila coruja-listrada Rusty-barred Owl F X NT
Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F
Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X
Glaucidium brasilianum caburé Ferruginous Pygmy-Owl F,A
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F
Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A
Hydropsalis torquata bacurau-tesoura Scissor-tailed Nightjar C
Hydropsalis forcipata bacurau-tesoura-gigante Long-trained Nightjar C X
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A
Trochilidae
358
Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT
Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado Planalto Hermit F,C,A
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A
Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X
Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta White-vented Violetear F,C
Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X
Lophornis magnificus topetinho-vermelho Frilled Coquette F,C,A X
Lophornis chalybeus topetinho-verde Festive Coquette F NT
Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X
Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X
Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A
Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde Glittering-throated Emerald F,C,A
Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul Sapphire-spangled Emerald F,C,A
Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X
Calliphlox amethystina estrelinha-ametista Amethyst Woodstar F,C,A
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F
Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X
Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde Amazon Kingfisher F,AL
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X
Galbuliformes
Bucconidae
Nystalus chacuru joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X
Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X
359
Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT
Picidae
Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A
Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X
Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT
Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado Green-barred Woodpecker F
Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A
Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A
Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C
Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F
Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F
Psittaciformes
Psittacidae
Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã White-eyed Parakeet F,A
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X
Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A
Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X
Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X
Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F
Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X
Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU
Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F
Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X
Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho Rufous-capped Antshrike F,A
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X
360
Batara cinerea matracão Giant Antshrike F
Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X
Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X
Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X
Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT
Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X
Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X
Furnariida
Grallariidae
Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F
Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X
Rhinocryptidae
Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT
Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X
Formicariidae
Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F
Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F
Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X
Chamaeza ruficauda tovaca-de-rabo-vermelho Rufous-tailed Antthrush F X
Scleruridae
Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X
Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X
Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F
Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F
Xenopidae
Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F
Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F
Furnariidae
Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL
361
Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X
Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X
Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT
Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F
Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X
Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F
Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X
Phacellodomus erythrophthalmus joão-botina-da-mata Orange-eyed Thornbird F,A X
Phacellodomus ferrugineigula joão-botina-do-brejo Orange-breasted Thornbird F,AL X
Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL
Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X
Synallaxis cinerascens pi-puí Gray-bellied Spinetail F
Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A
Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X
Pipridae
Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X
Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F
Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X
Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU
Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta Black-tailed Flycatcher F
Tityridae
Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X
Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X
Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A
Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F
Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A
Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A
Cotingidae
Tijuca atra saudade Black-and-gold Cotinga F X NT
Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU
362
Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X
Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT
Phibalura flavirostris tesourinha-da-mata Swallow-tailed Cotinga F,A NT
Pipritidae
Piprites chloris papinho-amarelo Wing-barred Piprites F
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F
Platyrinchus leucoryphus patinho-gigante Russet-winged Spadebill F X X VU
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F
Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT
Phylloscartes difficilis estalinho Serra do Mar Tyrannulet F X NT
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A
Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X
Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A
Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X
Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X
Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT
Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha Hangnest Tody-Tyrant F,A X
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A
Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F
Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A
Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto Small-billed Elaenia F,A
Elaenia mesoleuca tuque Olivaceous Elaenia F
Elaenia obscura tucão Highland Elaenia F
Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta Gray Elaenia F
Phyllomyias virescens piolhinho-verdoso Greenish Tyrannulet F X
Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A
Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT
Serpophaga nigricans joão-pobre Sooty Tyrannulet F,AL
Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A
Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F
Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A
363
Ramphotrigon megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F
Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A
Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A
Sirystes sibilator gritador Sirystes F
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL
Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A
Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A
Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A
Tyrannus savana tesourinha Fork-tailed Flycatcher C,A
Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A
Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A
Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu Fuscous Flycatcher F,A
Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A
Contopus cooperi piui-boreal Olive-sided Flycatcher F,A NT
Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A
Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A
Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X
Satrapa icterophrys suiriri-pequeno Yellow-browed Tyrant C,A,AL
Xolmis velatus noivinha-branca White-rumped Monjita C,A
Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A
Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL
Progne tapera andorinha-do-campo Brown-chested Martin F,C,A
Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL
Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco White-rumped Swallow AL
Riparia riparia andorinha-do-barranco Bank Swallow C,A
Petrochelidon pyrrhonota andorinha-de-dorso-acanelado Cliff Swallow C,A
Troglodytidae
364
Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F
Turdidae
Catharus swainsoni sabiá-de-óculos Swainson's Thrush F
Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F
Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A
Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A
Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F
Mimidae
Mimus saturninus sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird C,A
Passerellidae
Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A
Arremon semitorquatus tico-tico-do-mato Half-collared Sparrow F X
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL
Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F
Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X
Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F
Icteridae
Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A
Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A
Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X
Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT
Pyrrhocoma ruficeps cabecinha-castanha Chestnut-headed Tanager F X
Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X
Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A
Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F
Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X
Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X
Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X
365
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A
Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A
Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X
Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A
Cissopis leverianus tietinga Magpie Tanager F
Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo Cinnamon Tanager C,AL
Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A
Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A
Dacnis nigripes saí-de-pernas-pretas Black-legged Dacnis F,A X X NT
Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A
Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X
Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A
Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X
Donacospiza albifrons tico-tico-do-banhado Long-tailed Reed Finch C,AL X
Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A
Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A
Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU
Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira Temminck's Seedeater F X X VU VU
Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A
Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A
Sporophila angolensis curió Chestnut-bellied Seed-Finch C,A X
Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F
Cardinalidae
Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F
Cyanoloxia brissonii azulão Ultramarine Grosbeak F,A X
Fringillidae
Sporagra magellanica pintassilgo Hooded Siskin D,A,C
Euphonia chalybea cais-cais Green-throated Euphonia F X X NT
Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F
Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X
Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F
Passeridae
Passer domesticus pardal House Sparrow C,A
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
366
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
Tabela 9. Lista completa de aves do Núcleo Picinguaba
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente
típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F
Anseriformes
Anatidae
Dendrocygna viduata irerê White-faced Whistling-Duck AL
Cairina moschata pato-do-mato Muscovy Duck AL
Amazonetta brasiliensis pé-vermelho Brazilian Teal AL
Netta erythrophthalma paturi-preta Southern Pochard AL
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F
Odontophoridae
Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X
Podicipediformes
Podicipedidae
Tachybaptus dominicus mergulhão-pequeno Least Grebe AL
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P
Sulidae
Sula leucogaster atobá-pardo Brown Booby P
Pelecaniformes
367
Ardeidae
Nycticorax nycticorax savacu Black-crowned Night-Heron AL
Butorides striata socozinho Striated Heron AL
Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL
Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL
Syrigma sibilatrix maria-faceira Whistling Heron C,AL
Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL
Accipitriformes
Pandionidae
Pandion haliaetus águia-pescadora Osprey AL
Accipitridae
Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A
Elanoides forficatus gavião-tesoura Swallow-tailed Kite F,C,A
Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F
Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F
Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU
Urubitinga urubitinga gavião-preto Great Black-Hawk F,AL
Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A
Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X
Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X
Gruiformes
Rallidae
Aramides cajaneus saracura-três-potes Gray-necked Wood-Rail AL
Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X
Laterallus melanophaius sanã-parda Rufous-sided Crake AL
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL
Pluvialis squatarola batuiruçu-de-axila-preta Black-bellied Plover AL,P
Charadrius semipalmatus batuíra-de-bando Semipalmated Plover AL,P
Charadrius collaris batuíra-de-coleira Collared Plover AL,P
Scolopacidae
368
Bartramia longicauda maçarico-do-campo Upland Sandpiper C,AL
Tringa melanoleuca maçarico-grande-de-perna-amarela Greater Yellowlegs AL,P
Calidris alba maçarico-branco Sanderling AL,P
Calidris pusilla maçarico-rasteirinho Semipalmated Sandpiper AL,P NT
Jacanidae
Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL
Laridae
Larus dominicanus gaivotão Kelp Gull P
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A
Claravis pretiosa pararu-azul Blue Ground-Dove F
Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A
Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F
Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F
Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F
Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A
Coccyzus melacoryphus papa-lagarta-acanelado Dark-billed Cuckoo F
Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A
Guira guira anu-branco Guira Cuckoo C,A
Tapera naevia saci Striped Cuckoo F
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata coruja-da-igreja American Barn Owl F,A
Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A
Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X
Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X
Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F
Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
369
Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F
Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides senex taperuçu-velho Great Dusky Swift F
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A
Panyptila cayennensis andorinhão-estofador Lesser Swallow-tailed Swift F,C,A
Trochilidae
Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT
Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X
Phaethornis ruber rabo-branco-rubro Reddish Hermit F
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X
Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X
Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta Black-throated Mango F,C,A
Lophornis chalybeus topetinho-verde Festive Coquette F NT
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X
Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A
Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A
Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F
Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X
Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde Amazon Kingfisher F,AL
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL
Chloroceryle inda martim-pescador-da-mata Green-and-rufous Kingfisher F,AL
Momotidae
370
Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X
Galbuliformes
Galbulidae
Galbula ruficauda ariramba-de-cauda-ruiva Rufous-tailed Jacamar F,A
Bucconidae
Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha Buff-bellied Puffbird F X
Malacoptila striata barbudo-rajado Crescent-chested Puffbird F X NT
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos toco tucanuçu Toco Toucan F,C,A
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X
Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X
Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT
Picidae
Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A
Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X
Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F
Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT
Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado Green-barred Woodpecker F
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A
Campephilus robustus pica-pau-rei Robust Woodpecker F X
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A
Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A
Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C
Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F
Psittaciformes
Psittacidae
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X
Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A
Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X
Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X
Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F
371
Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X
Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU
Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X
Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F
Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X
Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F
Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho Rufous-capped Antshrike F,A
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X
Batara cinerea matracão Giant Antshrike F
Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X
Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X
Biatas nigropectus papo-branco White-bearded Antshrike F X X VU
Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X
Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X
Drymophila genei choquinha-da-serra Rufous-tailed Antbird F X
Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT
Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X
Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X
Grallariidae
Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F
Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X
Rhinocryptidae
Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT
Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X
Psilorhamphus guttatus tapaculo-pintado Spotted Bamboowren F X NT
Formicariidae
Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F
372
Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F
Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X
Scleruridae
Sclerurus macconnelli vira-folha-de-peito-vermelho Tawny-throated Leaftosser F X VU
Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X
Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X
Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F
Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F
Xenopidae
Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F
Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F
Furnariidae
Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL
Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X
Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X
Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F
Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X
Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F
Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X
Phacellodomus erythrophthalmus joão-botina-da-mata Orange-eyed Thornbird F,A X
Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL
Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X
Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A
Pipridae
Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F
Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X
Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X
Oxyruncidae
373
Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F
Onychorhynchidae
Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F
Tityridae
Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X
Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X
Iodopleura pipra anambezinho Buff-throated Purpletuft F,A X X EN NT
Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda Black-crowned Tityra F,A
Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A
Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F
Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A
Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A
Pachyramphus marginatus caneleiro-bordado Black-capped Becard F,A
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A
Cotingidae
Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU
Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X
Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F
Platyrinchus leucoryphus patinho-gigante Russet-winged Spadebill F X X VU
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F
Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT
Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT
Phylloscartes sylviolus maria-pequena Bay-ringed Tyrannulet F X NT
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A
Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X
Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A
Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X
Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X
Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT
Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha Hangnest Tody-Tyrant F,A X
Hemitriccus furcatus papa-moscas-estrela Fork-tailed Pygmy-Tyrant F X X VU VU
374
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A
Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F
Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A
Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta Gray Elaenia F
Capsiempis flaveola marianinha-amarela Yellow Tyrannulet F,A
Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A
Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT
Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F
Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A
Ramphotrigon megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F
Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A
Rhytipterna simplex vissiá Grayish Mourner F
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL
Philohydor lictor bentevizinho-do-brejo Lesser Kiskadee F,A,AL
Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A
Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A
Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A
Tyrannus savana tesourinha Fork-tailed Flycatcher C,A
Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A
Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A
Pyrocephalus rubinus príncipe Vermilion Flycatcher C,A
Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu Fuscous Flycatcher F,A
Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A
Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A
Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A
Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X
Satrapa icterophrys suiriri-pequeno Yellow-browed Tyrant C,A,AL
Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X
Vireonidae
375
Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A
Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A
Hylophilus thoracicus vite-vite Lemon-chested Greenlet F
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL
Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL
Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A
Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A
Donacobiidae
Donacobius atricapilla japacanim Black-capped Donacobius AL
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F
Turdidae
Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F
Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A
Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A
Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F
Passerellidae
Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL
Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F
Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F
Icteridae
Psarocolius decumanus japu Crested Oropendola F,A
Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A
Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A
Chrysomus ruficapillus garibaldi Chestnut-capped Blackbird AL
Molothrus oryzivorus iraúna-grande Giant Cowbird C,A
Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X
376
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A
Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X
Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X
Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X
Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A
Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F
Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X
Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X
Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A
Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X
Tangara peruviana saíra-sapucaia Black-backed Tanager F,A X X VU VU
Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A
Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A
Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A
Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A
Chlorophanes spiza saí-verde Green Honeycreeper F,A
Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X
Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A
Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X
Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A
Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A
Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU
Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira Temminck's Seedeater F X X VU VU
Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A
Sporophila leucoptera chorão White-bellied Seedeater C,A
Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F
Cardinalidae
Piranga flava sanhaçu-de-fogo Hepatic Tanager F,A
Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F
Fringillidae
Sporagra magellanica pintassilgo Hooded Siskin D,A,C
Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A
Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F
377
Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X
Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F
Estrildidae
Estrilda astrild bico-de-lacre Common Waxbill C,A
Passeridae
Passer domesticus pardal House Sparrow C,A
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
Tabela 10. Lista completa de aves do Núcleo Santa Virgínia
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente
típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F
Crypturellus tataupa inhambu-chintã Tataupa Tinamou F
Anseriformes
Anhimidae
Anhima cornuta anhuma Horned Screamer AL X
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F
Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN
Odontophoridae
Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X
378
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A
Chondrohierax uncinatus caracoleiro Hook-billed Kite F,C,A,AL
Elanoides forficatus gavião-tesoura Swallow-tailed Kite F,C,A
Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F
Accipiter poliogaster tauató-pintado Gray-bellied Hawk F NT
Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande Bicolored Hawk F
Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU
Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A
Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X
Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X
Gruiformes
Rallidae
Aramides cajaneus saracura-três-potes Gray-necked Wood-Rail AL
Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X
Laterallus leucopyrrhus sanã-vermelha Red-and-white Crake AL
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL
Scolopacidae
Tringa solitaria maçarico-solitário Solitary Sandpiper AL,P
Columbiformes
Columbidae
Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A
Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F
Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F
Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A
379
Coccyzus melacoryphus papa-lagarta-acanelado Dark-billed Cuckoo F
Coccyzus euleri papa-lagarta-de-euler Pearly-breasted Cuckoo F
Strigiformes
Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A
Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X
Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F
Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A
Apodiformes
Apodidae
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A
Trochilidae
Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X
Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza Sombre Hummingbird F X
Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X
Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X
Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X
Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F
Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X
Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F
Coraciiformes
Alcedinidae
380
Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL
Galbuliformes
Bucconidae
Nystalus chacuru joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos toco tucanuçu Toco Toucan F,C,A
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X
Picidae
Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X
Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT
Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A
Campephilus robustus pica-pau-rei Robust Woodpecker F X
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A
Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A
Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C
Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F
Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F
Psittaciformes
Psittacidae
Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã White-eyed Parakeet F,A
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X
Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A
Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X
Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X
Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X
381
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F
Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X
Batara cinerea matracão Giant Antshrike F
Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X
Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X
Biatas nigropectus papo-branco White-bearded Antshrike F X X VU
Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X
Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X
Drymophila rubricollis trovoada-de-bertoni Bertoni's Antbird F X
Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT
Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X
Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X
Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X
Grallariidae
Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F
Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X
Rhinocryptidae
Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT
Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X
Psilorhamphus guttatus tapaculo-pintado Spotted Bamboowren F X NT
Formicariidae
Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F
Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F
Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X
Scleruridae
Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X
Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X
Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X
382
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F
Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F
Xenopidae
Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F
Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F
Furnariidae
Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X
Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X
Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F
Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X
Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F
Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X
Leptasthenura setaria grimpeiro Araucaria Tit-Spinetail F X NT Phacellodomus
erythrophthalmus joão-botina-da-mata Orange-eyed Thornbird F,A X
Phacellodomus ferrugineigula joão-botina-do-brejo Orange-breasted Thornbird F,AL X
Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X
Synallaxis cinerascens pi-puí Gray-bellied Spinetail F
Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A
Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X
Pipridae
Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X
Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F
Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X
Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU
Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta Black-tailed Flycatcher F
Tityridae
Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X
Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X
Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F
Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A
383
Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A
Cotingidae
Lipaugus lanioides tropeiro-da-serra Cinnamon-vented Piha F X X NT
Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU
Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X
Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT
Pipritidae
Piprites pileata caneleirinho-de-chapéu-preto Black-capped Piprites F X X VU
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F
Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT
Phylloscartes difficilis estalinho Serra do Mar Tyrannulet F X NT
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A
Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X
Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A
Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X
Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X
Hemitriccus obsoletus catraca Brown-breasted Pygmy-Tyrant F X
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A
Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F
Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A
Elaenia mesoleuca tuque Olivaceous Elaenia F
Capsiempis flaveola marianinha-amarela Yellow Tyrannulet F,A
Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A
Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT
Serpophaga nigricans joão-pobre Sooty Tyrannulet F,AL
Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F
Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A
Ramphotrigon megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F
Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A
Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A
384
Sirystes sibilator gritador Sirystes F
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL
Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A
Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A
Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A
Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A
Conopias trivirgatus bem-te-vi-pequeno Three-striped Flycatcher F,A
Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A
Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A
Pyrocephalus rubinus príncipe Vermilion Flycatcher C,A
Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A
Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A
Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X
Satrapa icterophrys suiriri-pequeno Yellow-browed Tyrant C,A,AL
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A
Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X
Corvidae
Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo Curl-crested Jay F,C,A
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL
Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A
Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A
Turdidae
Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F
Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A
Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A
Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F
Passerellidae
385
Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A
Arremon semitorquatus tico-tico-do-mato Half-collared Sparrow F X
Parulidae
Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F
Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X
Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F
Icteridae
Psarocolius decumanus japu Crested Oropendola F,A
Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A
Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A
Gnorimopsar chopi graúna Chopi Blackbird C,A
Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A
Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X
Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT
Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X
Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X
Lanio cucullatus tico-tico-rei Red-crested Finch F,A
Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F
Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X
Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X
Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A
Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A
Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X
Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A
Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A
Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A
Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A
Dacnis nigripes saí-de-pernas-pretas Black-legged Dacnis F,A X X NT
Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A
Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X
Poospiza thoracica peito-pinhão Bay-chested Warbling-Finch F,A X
386
Poospiza lateralis quete Buff-throated Warbling-Finch F,A
Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A
Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A
Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU
Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira Temminck's Seedeater F X X VU VU
Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A
Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A
Sporophila angolensis curió Chestnut-bellied Seed-Finch C,A X
Cardinalidae
Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F
Amaurospiza moesta negrinho-do-mato Blackish-blue Seedeater F,A X X NT
Fringillidae
Euphonia chalybea cais-cais Green-throated Euphonia F X X NT
Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F
Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X
Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
Tabela 11. Lista completa de aves do Núcleo São Sebastião
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente
típico Endêmic
a São Paulo Brasil IUCN
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT
Crypturellus noctivagus jaó-do-sul Yellow-legged Tinamou F X X VU NT
387
Crypturellus tataupa inhambu-chintã Tataupa Tinamou F
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F
Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN
Odontophoridae
Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P
Cathartiformes
Cathartidae
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A
Accipiter superciliosus gavião-miudinho Tiny Hawk F
Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X
Gruiformes
Rallidae
Amaurolimnas concolor saracura-lisa Uniform Crake F,AL
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL
Columbiformes
Columbidae
Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F
Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A
Tapera naevia saci Striped Cuckoo F
Strigiformes
Strigidae
Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X
Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F
388
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A
Trochilidae
Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT
Phaethornis ruber rabo-branco-rubro Reddish Hermit F
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X
Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza Sombre Hummingbird F X
Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X
Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde Glittering-throated Emerald F,C,A
Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F
Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X
Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F
Coraciiformes
Alcedinidae
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X
Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X
Picidae
Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A
Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X
Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F
Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT
Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A
389
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A
Psittaciformes
Psittacidae
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X
Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A
Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X
Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F
Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X
Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU
Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X
Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F
Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X
Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X
Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X
Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X
Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT
Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X
Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X
Grallariidae
Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X
Rhinocryptidae
Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT
Formicariidae
390
Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F
Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F
Scleruridae
Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X
Furnariidae
Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X
Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F
Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X
Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F
Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X
Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X
Pipridae
Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X
Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F
Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F
Onychorhynchidae
Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F
Tityridae
Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X
Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A
Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A
Cotingidae
Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU
Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X
Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F
391
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F
Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT
Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A
Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X
Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio Common Tody-Flycatcher F,A
Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A
Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F
Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A
Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT
Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A
Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F
Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X
Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A
Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A
Conopias trivirgatus bem-te-vi-pequeno Three-striped Flycatcher F,A
Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A
Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X
Corvidae
Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo Curl-crested Jay F,C,A
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL
Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A
Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A
Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A
392
Turdidae
Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A
Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F
Passerellidae
Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A
Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F
Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A
Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X
Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X
Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X
Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A
Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F
Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X
Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X
Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A
Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A
Tangara peruviana saíra-sapucaia Black-backed Tanager F,A X X VU VU
Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A
Chlorophanes spiza saí-verde Green Honeycreeper F,A
Cardinalidae
Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F
Fringillidae
Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A
Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F
Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
393
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
394
4.1. Observações
4.1.1. Espécies retiradas da lista atual do Parque Estadual da Serra do Mar
a) Penelope superciliaris
Espécie citada no Plano de Manejo como registro de campo (fora do contexto da AER) para a
localidade Rio Preto, Itanhaém, que fica fora do limite atual do PESM e possui um tipo específico de
vegetação encontrado apenas no entorno desta UC. Esta espécie possui ocorrência para as matas
secas do interior do estado e regiões litorâneas, principalmente nas restingas (Guix, 1997 apud
SCHUNK, 2015; Willis & Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015). Marques (2004 apud SCHUNK, 2015) fez
um levantamento intensivo de Cracídeos em alguns núcleos da região Norte do PESM e não
conseguiu confirmar a presença de P. superciliaris em campo.
Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie nos limites do Núcleo
Curucutu, localizado próximo do Rio Preto e em outros núcleos do PESM.
Obs: Faltam estudos atuais na região do Rio Preto para avaliar o status de ocorrência desta e de
outras espécies.
b) Spizaetus ornatus
Espécie citada no Plano de Manejo como resultado de entrevista com funcionário do Núcleo Cunha.
Segundo Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015), esta espécie possui ocorrência rara para as
“matas grandes do litoral”, ocorrendo no interior do estado ao longo dos rios. Existe um registro
não documentado citado em um relatório de 1996 para o Núcleo Caraguatatuba, para a localidade
“região de maiores altitudes” (Gussoni, 2007 apud SCHUNK, 2015). Atualmente, os únicos registros
desta espécie estão localizados exclusivamente na Serra de Paranapiacaba, região de Intervales e
Petar, salvo um único registro fotográfico disponível no site wikiaves (www.wikiaves.com.br) para o
município de São Sebastião, porem sem a localidade específica.
Justificativa: Ausência de registros documentados para o PESM.
c) Claravis godefrida (atual Claravis geoffroyi)
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura e entrevista com funcionário do Núcleo
Cunha. Esta espécie só possui 4 registros para a Serra do Mar de São Paulo, sendo 3 sem
documentação, são eles;
1. Um exemplar coletado pelo Hempel em 1898 em Alto da Serra, atual Reserva Biológica do
Alto da Serra de Paranapiacaba, que apesar da proximidade e do limite direto com o Núcleo
Itutinga-Pilões do PESM, está fora desta UC.
2. Observação pessoal e não documentada de “um par” feita na Estação Biológica de Boracéia
(EBB) em 1987 e citada no trabalho de Wege & Long (1995 apud SCHUNK, 2015), e no
395
trabalho de Bencke et al. (2006 apud SCHUNK, 2015) para a IBA SP04, Parque Estadual da
Serra do Mar (entre Santos e São Sebastião).
3. Registro não documentado do pesquisador Douglas Stotz para a estação Biológica de
Boracéia, compilado por Cavarzere et al. (2010 apud SCHUNK, 2015).
4. Registro citado por Goerck (1999 apud SCHUNK, 2015) para a região baixa (entre 0 e 100m
de altitude em relação ao nível do Mar) da trilha do Pico do Corcovado, Ubatuba. Este
registro também é citado por Bencke et al. (2006 apud SCHUNK, 2015) para a IBA SP02,
Parque Estadual da Serra do Mar (entre Caraguatatuba e Picinguaba).
Justificativa: Ausência de registros documentados dentro dos limites do PESM.
Obs: Espécie considerada extinta da natureza na última versão da lista de animais ameaçados do
Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2014 apud SCHUNK, 2015).
d) Dromococcyx phasianellus
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do trabalho original
feito por Höfling & Lencioni-Neto (1992 apud SCHUNK, 2015) na estrada da Petrobrás, que
atualmente atravessa 3 núcleos do PESM. Esta espécie só é citada neste único trabalho para a
Serra do Mar, que coincidentemente não apresenta a espécie irmã Dromococcyx pavoninus, que
possui ocorrência frequente para o PESM, inclusive registrada em campo durante os levantamentos
do Plano de Manejo.
Justificativa: Ausência de registros documentados para a Serra do Mar de São Paulo.
e) Nyctibius aethereus
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente por Goerck (1999 apud
SCHUNK, 2015), para a região baixa (entre 0 e 100m de altitude em relação ao nível do Mar) da
trilha do Pico do Corcovado, Ubatuba. Existe um outro registro feito pela equipe do CEO-Centro de
Estudos Ornitológicos para a Estação Biológica de Boracéia, porém, este registro foi revisado
posteriormente pelos responsáveis e chegou-se a conclusão que a voz escutada na época, era um
chamado de uma coruja comum na região. O registro foi anulado, mas acabou entrando nesta
compilação feita por Cavarzere et al. (2010 apud SCHUNK, 2015). Willis & Oniki (2003 apud
SCHUNK, 2015) citam sua ocorrência para as “Matas do Litoral e Sul”, mas não apresentam
registros para a região da Serra do Mar.
Justificativa: Ausência de registros documentados para a Serra do Mar de São Paulo.
f) Polytmus guainumbi
396
Esta espécie aparece na lista principal das aves do Plano de Manejo (anexo 1), mas sem nenhuma
indicação se foi registro Primário ou Secundário, e a mesma não aparece na lista das espécies
registradas em campo (anexo 2).
Segundo Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015), este beija-flor tem uma ocorrência voltada ao
interior do estado de São Paulo, porém, alguns registros isolados chegam próximo da Serra do Mar,
provavelmente em função do desmatamento. Existe um registro disponível no site wikiaves, feito
em Ubatuba, mas sem a localidade específica.
Justificativa: Falta de registros documentados para o PESM.
g) Amazona brasiliensis
Esta espécie, assim como Penelope superciliaris, foi incluída no Plano de Manejo com base nos
registros feitos em campo (fora do contexto da AER) para a localidade Rio Preto, Itanhaém, que
fica fora do limite atual do PESM e possui um tipo específico de vegetação encontrado apenas no
entorno desta UC. Este papagaio é comum no Rio Preto, mas ocupa uma região com uma
fisionomia específica, que não é representada dentro do Núcleo Curucutu do PESM, que fica
próximo a este rio. Existe um registro de A. brasiliensis citado por Agnello (2007 apud SCHUNK,
2015) para a região alta (700m) do Núcleo Itutinga-Pilões , entre as pistas das rodovias Anchieta e
Imigrantes, uma região totalmente fora do habitat atual deste papagaio no estado, sendo
desconsiderado pela falta de documentação.
Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie nas áreas do Núcleo
Curucutu, localizado próximo do Rio Preto e em outros núcleos do PESM.
h) Amazona rhodocorytha
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do livro do Willis (Willis
& Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015), que coloca um registro do Paulo Martuscelli (com. pess.) para
a trilha do Corisco, Picinguaba, como “invasor do Norte”. Esta é a única fonte que considera esta
espécie para o estado de São Paulo, porém sem fornecer registros documentados. Silveira & Uezu
(2011 apud SCHUNK, 2015) esclarecem este registro através do seguinte texto: “O registro dessa
espécie foi realizado no estado do Rio de Janeiro (23º17´24.20”S e 44º 38´30.21” W; P.
Martuscelli, com. pess.) e erroneamente “transferido” para São Paulo por ser algo próximo da divisa
(~20 km) entre os dois estados. Não foi registrado em São Paulo”.
Justificativa: Ausência de registros documentados para o estado de São Paulo.
i) Amazona amazonica
Esta espécie, assim como Penelope superciliaris e Amazona brasiliensis, foi incluída no Plano de
Manejo com base nos registros feitos em campo (fora do contexto da AER) para a localidade Rio
397
Preto, Itanhaém, que fica fora do limite atual do PESM e possui um tipo específico de vegetação
encontrado apenas no entorno desta UC. Existe um registro de A. amazonica citado por Agnello
(2007 apud SCHUNK, 2015) para a região alta (700m) do Núcleo Itutinga-Pilões, entre as pistas das
rodovias Anchieta e Imigrantes, sendo desconsiderado pela falta de documentação. Willis & Oniki
(2003 apud SCHUNK, 2015) citam uma população para Peruíbe e no site wikiaves existem algumas
fotos ao longo de alguns municípios do litoral, porém sem as localidades específicas.
Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie no Núcleo Curucutu,
localizado próximo do Rio Preto e em outros núcleos do PESM.
j) Amazona farinosa
Esta espécie foi citada no Plano de Manejo como registro de campo feito na Trilha da Restinga, no
Núcleo São Sebastião, porém, na tabela dos dados de campo (anexo 2), consta uma sigla (DP)
indicando que o registro foi obtido fora do contexto da AER. No relatório de aves do Plano de
Manejo, consta o seguinte texto sobre este e outros registros: “Cabe ainda ressaltar neste Sítio a
presença de várias espécies de interesse para conservação na Floresta de Terras Baixas que ocupa
a Planície Litorânea entre Bertioga e Barra do Una, mas que em sua grande maioria está fora dos
limites do PESM. Entre as espécies mais importantes, destaca-se o papagaio-moleiro Amazona
farinosa, com apenas mais uma localidade de ocorrência conhecida no estado de São Paulo, a
Ilhabela (Olmos, 1996 apud SCHUNK, 2015), além do sabiá-cica Triclaria malachitacea, e do jaó-do-
litoral Crypturellus noctivagus, esta última com poucos registros para o estado de São Paulo”.
Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie nas áreas do Núcleo São
Sebastião, assim como outras áreas do PESM.
k) Phylloscartes eximius
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura. Só existem três citações desta espécie
para a Serra do Mar Paulista, sendo apenas uma aparentemente documentada, são elas;
5. Registro atribuído a Alto da Serra, atual Reserva Biológica do Alto de Paranapiacaba, que
apesar da proximidade e do limite direto com o PESM, está fora desta UC. A mesma
informação está disponível em Cory, 1918; Pinto, 1944 e Willis & Oniki, 2003 (apud
SCHUNK, 2015).
6. Registro não documentado do pesquisador Douglas Stotz para a Estação Biológica de
Boracéia, compilado por Cavarzere et al. (2010 apud SCHUNK, 2015).
7. Registro citado por Goerck (1999 apud SCHUNK, 2015) para a região média (entre 100 e
950m de altitude em relação ao nível do Mar) da trilha do Pico do Corcovado, Ubatuba. Este
registro também é citado por Bencke et al. (2006 apud SCHUNK, 2015) para a IBA SP02,
398
Parque Estadual da Serra do Mar (entre Caraguatatuba e Picinguaba), porém com a
seguinte observação “registro requer confirmação”.
Esta espécie apresenta uma ocorrência atual voltada ao interior do estado, estando atualmente
restrita a Serra da Cantareira e Mantiqueira (Willis & Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015).
Justificativa: Ausência de registros documentados para o PESM, principalmente nos Núcleos
Padre Dória, Picinguaba e Itutinga-Pilões.
l) Tolmomyias flaviventris
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, porém não foram encontradas
referências bibliográficas com registros deste tiranídeo em São Paulo. Willis & Oniki (2003 apud
SCHUNK, 2015) citam esta espécie apenas como “extralimite” e Silveira & Uezu (2011 apud
SCHUNK, 2015) informam que seu limite geográfico é o Sul do Rio de Janeiro e que não existem
registros documentados para São Paulo. No levantamento de campo realizado no PESM por
Ambiens (2013 apud SCHUNK, 2015), esta espécie é citada para os Núcleos Cunha, Caraguatatuba,
São Sebastião, Bertioga, Itutinga-Pilões e Curucutu, porém pela falta de documentação
apresentada, estes registros foram desconsiderados. Na base de dados do site wikiaves, esta
espécie ainda não foi registrada em São Paulo.
Justificativa: Ausência de registros documentados para o estado de São Paulo.
m) Myiarchus tuberculifer
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do trabalho original
dos pesquisadores Höfling & Lencioni-Neto (1992 apud SCHUNK, 2015), que é a única fonte que
cita esta espécie para São Paulo. Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015) e Silveira & Uezu (2011
apud SCHUNK, 2015) não citam esta espécie para o estado. Na base de dados do site wikiaves,
esta espécie ainda não foi registrada em São Paulo.
Justificativa: Falta de registros documentados para o estado de São Paulo.
n) Dendroica striata
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do livro do Willis (Willis
& Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015), que cita a presença deste migrante em Ubatuba (cantando até
14/06/1976) e Bertioga.
Justificativa: Ausência de registros documentados desta espécie para o PESM.
399
4.1.2. Justificativas para uso dos dados online
Uso dos dados da base digital wikiaves (www.wikiaves.com.br) e xeno-canto (www.xeno-
canto.org). Os registros disponíveis nestas bases digitais online foram usados como fonte
secundária e complementar para caracterizar a avifauna do PESM e de seus respectivos Núcleos,
sendo que apenas os registros confiáveis foram considerados, muitas vezes sobe a consulta ao
próprio autor do registro em questão.
400
Anexo 5 – Pesquisas acadêmicas realizadas nos Núcleos
1. Núcleo Caraguatatuba
Processo Título (Português) Beneficiário Instituição Pesquisador
responsável
Linha de
fomento
Grande área
do conhecimento
Início Término Pesquisador responsável
no exterior
14/07853-1
Análise de Uso Público do Parque estadual Serra do Mar - Núcleo: Caraguatatuba
Danielle Almeida de Carvalho
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus Experimental do Litoral Paulista
Davis Gruber Sansolo
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Humanas 01/06/2014 31/05/2015
As áreas de preservação sofrem pressões do território, e o Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) núcleo Caraguatatuba encontra-se em meio a um contexto territorial complexo. No plano de manejo do PESM, o programa de uso público visa levar a conscientização ambiental aos visitantes do parque, através do sub-programa de visitação e turismo sustentável e educação ambiental. A ampliação da malha urbana da cidade de Caraguatatuba que ocorre desde a década de 1950, continua levando ao adensamento da população na zona urbana e a verticalização do município. Atualmente, o contexto regional da cidade inclui a instalação de projetos e usinas da Petrobras, trazendo maior complexidade nas relações sociais, econômicas e ambientais em Caraguatatuba. O projeto visa analisar se o programa de uso público do PESM núcleo Caraguatatuba abrange a complexidade territorial a fim de conscientizar os visitantes com conteúdos amplos que integrem a ecodinâmica e território. (AU)
401
14/00648-3
Estudo sobre impactos causados pelos cães domésticos semidomiciliados presentes na área de Mata Atlântica do município de Caraguatatuba e a correlação entre a variabilidade genética dos carrapatos dos cães e do ambiente silvestre
Gislene Fátima da Silva Rocha Fournier
Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ)
Ricardo Augusto Dias
Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências da Saúde 01/06/2014 30/04/2017
Muito tem se falado do impacto causado pela atividade antrópica. Porém, pouco se sabe a respeito dos impactos que animais domésticos, que invadem os ambientes florestais juntamente com os humanos, têm causado frente à fauna silvestre. O estreitamento entre a relação de animais domésticos e animais silvestres pode, além de propiciar o aumento da competição por habitat selvagens e antropizados, resultar em transmissão de doenças de um grupo para o outro. Cães domésticos têm sido observados em áreas florestadas do Parque Estadual Serra do Mar - Núcleo Caraguatatuba. Ainda não se sabe qual o verdadeiro papel destes animais na epidemiologia de zoonoses e parasitismo por carrapatos de animais silvestres. Este estudo propõe a coleta sistemática de exemplares de carrapatos da espécie A. ovale em cães e em pequenos mamíferos capturados em seis transectos, abrangendo desde áreas degradadas até áreas bem preservadas do Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Caraguatatuba. Os exemplares de carrapatos coletados serão submetidos individualmente a um ensaio de fluxo gênico pela avaliação de marcadores repetitivos do DNA genômico conhecidos como microssatélites e a PCR convencional para diagnóstico de hemoparasitas patogênicos das famílias Rickettsiaceae; Anaplasmataceae e Babesiidae. Os resultados serão analisados, comparados e sobrepostos com dados coletados por rádios transmissores que serão colocados nos cães que vivem no entorno do parque e que tem livre acesso à mata. Os tamanhos das infrapopulações de carrapatos serão comparados também com características da vegetação e uso
402
do solo nos referidos locais. Espera-se desvendar quais são os reais impactos causados pelos cães na vida silvestre e se estes são mais abrangentes que o comprovado pelas pesquisas atuais. Os cães domésticos podem estar tomando o lugar dos predadores não só por suas ações de caça como também por participarem diretamente no aumento e manutenção do ciclo epidemiológico de diversos ectoparasitas transmissores de patógenos (AU)
13/04398-9
Efeito da deposição atmosférica na ecofisiologia do uso de nitrogênio em espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa, Caraguatatuba, SP
Janaina Gomes da Silva
Secretaria do Meio Ambiente (São Paulo - Estado). Instituto de Botânica
Marcos Pereira Marinho Aidar
Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Biológicas 01/06/2013 29/02/2016
A deposição de nitrogênio (N) gerada por emissões de origem antropogênica promove a entrada novo de nitrogênio reativo e pode provocar mudanças significativas no ciclo N e na biodiversidade nos ecossistemas. A severidade dos impactos da deposição atmosférica N depende de inúmeros fatores e uma forma de entender quais são os efeitos gerados é através de estudos empíricos tendo como foco o estudo de características estruturais ou funcionais de um ecossistema que podem ser afetadas por alterações na acidificação e eutrofização geradas pela deposição de N. Apesar de uma vasta literatura sobre os impactos da deposição de nitrogênio nos ecossistemas terrestres, há pouca informação em relação às regiões tropicais. Para os próximos anos há previsões de aumento na deposição de N em diversos ecossistemas, entre eles a Mata Atlântica. Na Mata Atlântica foi possível estabelecer que as espécies apresentam um continnum de estratégias do uso de N de acordo com as estratégias de regeneração (Pioneira, Secundária inicial e Secundária tardia). Esse modelo de uso de N poderá se tornar uma ferramenta para a avaliação dos efeitos potenciais causados pelo
403
aumento da deposição de nitrogênio, já que as características e estratégias de uso do nitrogênio preconizadas pelo modelo são diretamente influenciadas pela sua disponibilidade no ambiente e pelas preferências das espécies. O presente projeto tem como objetivos principais: Caracterizar a ocorrência de deposição atmosférica de N na área de estudos; e definir um protocolo de avaliação do impacto da deposição atmosférica com base no modelo de uso de N em espécies arbóreas na área de Floresta Ombrófila Submontana do Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo de Caraguatatuba, SP. (AU)
12/51509-8
Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)
Carlos Alfredo Joly
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular
Ciências Biológicas 01/12/2013 31/05/2017
404
07/04073-1
Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo
Alexandra Sanches
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Mauro Galetti Rodrigues
Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Ciências Biológicas 01/05/2008 30/04/2012
As populações de mamíferos, especialmente as espécies de médio e grande porte, vêm sofrendo significativas reduções, como resultado da caça, perdas de habitat e fragmentação induzida pelo desenvolvimento econômico humano. A disrupção de ambientes contínuos (fragmentação, rodovias e áreas agrícolas) pode ter sérias conseqüências no fluxo gênico das espécies de mamíferos. A anta (Tapirus terrestris) é um dos mamíferos de grande porte mais visados para a caça e vem sofrendo drástica redução populacional mesmo em florestas contínuas da Mata Atlântica. Em São Paulo, duas grandes áreas devem conter as maiores populações desse megaherbívoro, a Serra do Mar e a Serra de Paranapiacaba. Esse projeto propõe a análise genética não-invasiva com marcadores microssatélites utilizando amostras fecais da anta desses dois corredores: o Corredor da Serra do Mar (Núcleos Santa Virgínia, Cunha, Picinguaba e Caraguatatuba) e o da Serra de Paranapiacaba (Parque Estadual do Alto do Ribeira, PE Intervales, PE Carlos Botelho e PE Jacupiranga) e áreas de ligação entre esses corredores (PE Jurupará e EE Jureia-Itatins). Este estudo complementa parte do projeto "Trophic cascades in a defaunated landscape: the Atlantic rainforest perspective" submetido ao programa BIOTA da FAPESP e com os resultados obtidos, pretende-se auxiliar nas estimativas de número mínimo populacional e diversidade genética dessas populações, além de mapear os indivíduos através das áreas e verificar o padrão de movimentação e fluxo gênico desse importante megaherbívoro. Os dados genéticos serão complementados com dados de
405
paisagem, buscando relacionar os efeitos da estrutura da paisagem sobre a distribuição e movimento desses animais. O presente projeto já foi iniciado com a prospecção dos marcadores microssatélites. De 67.064 pb seqüenciados foram identificados 18 microsatélites entre mono, di e tetranucleotídeos, dos quais foi possível desenhar primers para 16. Está sendo iniciada a caracterização dos loci isolados quanto ao polimorfismo. Esta investigação genética pode fornecer informações valiosíssimas, pois não existe informação a respeito da diversidade genética desses organismos que exercem a importante função como dispersores de sementes, mas que são considerados vulneráveis e sofrem uma enorme pressão de caça. Estudos sobre biologia, ecologia e monitoramento da variabilidade genética das populações de antas são de extrema importância, pois toda informação científica tem um papel estratégico não somente no manejo e conservação das espécies, como também na sustentabilidade do ecossistema estudado. (AU)
2. Núcleo Cunha
Processo Título (Português) Beneficiário Instituição Pesquisador responsável
Linha de fomento
Grande área do conhecimento
Início Término
Convênio/Acordo de cooperação com a FAPESP
Pesquisador responsável no exterior
406
12/51509-8
Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)
Carlos Alfredo Joly
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular
Ciências Biológicas 01/12/2013 31/05/2017
07/04073-1
Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo
Alexandra Sanches
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Mauro Galetti Rodrigues
Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Ciências Biológicas 01/05/2008 30/04/2012
As populações de mamíferos, especialmente as espécies de médio e grande porte, vêm sofrendo significativas reduções, como resultado da caça, perdas de habitat e fragmentação induzida pelo desenvolvimento econômico humano. A disrupção de ambientes contínuos (fragmentação, rodovias e áreas agrícolas) pode ter sérias conseqüências no fluxo gênico das espécies de mamíferos. A anta (Tapirus terrestris) é um dos mamíferos de grande porte mais visados para a caça e vem sofrendo drástica redução populacional mesmo em florestas contínuas da Mata Atlântica. Em São Paulo, duas grandes áreas devem conter as maiores populações desse megaherbívoro, a Serra do Mar e a Serra de Paranapiacaba. Esse projeto propõe a análise genética não-invasiva com marcadores microssatélites utilizando amostras fecais da anta desses dois corredores: o Corredor da Serra do Mar (Núcleos Santa Virgínia, Cunha, Picinguaba e Caraguatatuba) e o da Serra de Paranapiacaba (Parque Estadual do Alto do Ribeira, PE Intervales, PE Carlos Botelho e PE Jacupiranga) e áreas de ligação entre esses
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corredores (PE Jurupará e EE Jureia-Itatins). Este estudo complementa parte do projeto "Trophic cascades in a defaunated landscape: the Atlantic rainforest perspective" submetido ao programa BIOTA da FAPESP e com os resultados obtidos, pretende-se auxiliar nas estimativas de número mínimo populacional e diversidade genética dessas populações, além de mapear os indivíduos através das áreas e verificar o padrão de movimentação e fluxo gênico desse importante megaherbívoro. Os dados genéticos serão complementados com dados de paisagem, buscando relacionar os efeitos da estrutura da paisagem sobre a distribuição e movimento desses animais. O presente projeto já foi iniciado com a prospecção dos marcadores microssatélites. De 67.064 pb seqüenciados foram identificados 18 microsatélites entre mono, di e tetranucleotídeos, dos quais foi possível desenhar primers para 16. Está sendo iniciada a caracterização dos loci isolados quanto ao polimorfismo. Esta investigação genética pode fornecer informações valiosíssimas, pois não existe informação a respeito da diversidade genética desses organismos que exercem a importante função como dispersores de sementes, mas que são considerados vulneráveis e sofrem uma enorme pressão de caça. Estudos sobre biologia, ecologia e monitoramento da variabilidade genética das populações de antas são de
408
extrema importância, pois toda informação científica tem um papel estratégico não somente no manejo e conservação das espécies, como também na sustentabilidade do ecossistema estudado. (AU)
00/12405-5
Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta Atlântica do núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP
Renato Matos Marques
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Nivar Gobbi
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas 01/02/2001 31/12/2001
97/11798-9
Estudo das anomalias apresentadas no balanço hídrico de duas microbacias monitoradas no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Cunha - SP
Carlos de Assis Dias
Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)
Antonio Carlos Colangelo
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Exatas e da Terra
01/03/1998 31/12/1999
409
3. Núcleo Curucutu
Processo Título (Português) Beneficiário Instituição Pesquisador responsável
Linha de fomento
Grande área do conhecimento
Início Término Convênio/Acordo de cooperação com a FAPESP
Pesquisador responsável no exterior
04/15531-2
Reconstrução da paleovegetação e do paleoclima em regiões do litoral Sul do Estado de São Paulo (Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo de Curucutu e Ilha do Cardoso) no Quaternário tardio
Luiz Carlos Ruiz Pessenda
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Carlos Ruiz Pessenda
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Exatas e da Terra
01/09/2005 31/08/2008
06/00017-7
Climate changes and vegetation dynamics during the late pleistocene in the Parque Estadual da Serra do mar-nucleo curucutu, São Paulo State, southeastern Brazil, inferred from pollen and carbon..
Luiz Carlos Ruiz Pessenda
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Carlos Ruiz Pessenda
Auxílio à Pesquisa - Reunião - Exterior
Ciências Exatas e da Terra
03/04/2006 07/04/2006
410
03/03297-2
Estudo multi/interdisciplinar de reconstrução da vegetação e clima na região do Parque Estadual da Serra do mar-nucleo curucutu, São Paulo, SP no quaternário tardio
Milene Mofatto
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Carlos Ruiz Pessenda
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Exatas e da Terra
01/08/2003 31/07/2005
Este estudo será desenvolvido numa Reserva Florestal do Parque Estadual da Serra do Mar, no núcleo de Curucutu, São Paulo, SP, com o objetivo principal de estudar a dinâmica dos processos de expansão e regressão dos campos e florestas desde o Pleistoceno tardio, em áreas do ecótono campo - floresta natural. Para isso serão empregados os isótopos do carbono (C-12, C-13 e C-14) da matéria orgânica do solo e das plantas. Para otimizar-se as interpretações paleoambientais e reforçar-se as inferências paleoclimáticas, pretende-se associar a análise antracológica aos fragmentos de carvão que possam ser encontrados soterrados no solo e caracterizar o conteúdo polínico de uma pequena turfeira. Com essa interação de técnicas e pesquisadores pretende-se também colaborar nos estudos de reconstrução das trocas vegetacionais e climáticas ocorridas durante o Pleistoceno tardio e Holoceno na região sudeste do Brasil. (AU)
07/00705-3
Reconstrução da vegetação no Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Curucutu, desde o Holoceno Médio
Mariah Izar Francisquini Correia
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Carlos Ruiz Pessenda
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Exatas e da Terra
01/06/2007 31/12/2008
Esta pesquisa está inserida no projeto "Reconstrução da vegetação e clima desde o Holoceno médio no Brasil", em preparação no Laboratório de C-14 do CENA, além de ser uma extensão do Mestrado de Mofatto M., 2005, que envolveu as mudanças ambientais dos últimos 30.000 anos na região do Núcleo de Curucutu. O objetivo desta Iniciação Científica é o de avaliar as mudanças paleoambientais ocorridas a partir de ~ 6000-5000 anos em alta resolução, através de trocas da vegetação ocorridas a cada ~300 anos. Serão feitas análises isotópicas de carbono (12C, 13C e 14C) e palinológicas do material coletado em uma turfeira, na Reserva Florestal do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Curucutu, São Paulo, SP. Pretende-se reconstituir as variações ambientais que ocorreram na região com resolução de centenas de anos e verificar suas relações e influências com o clima e vegetação atual. Outro objetivo é que a candidata entenda e aplique as técnicas utilizadas neste tipo de trabalho, bem como aprenda a analisar e interpretar os dados, associando-os com variações climáticas. (AU)
98/00178-2
Parâmetros geomorfológicos na determinação da fragilidade ambiental no Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar
Silvia Maria Bellato Nogueira
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE)
Iandara Alves Mendes
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Exatas e da Terra
01/08/1998 31/07/2000
A partir da metodologia Ecodinâmica proposta per TRICART (1977), será avaliada a fragilidade dos terrenos e sua capacidade de suporte à visitação pública, de forma a estabelecer um diagnóstico físico-ambiental de núcleo Curucutu (do Parque Estadual da Serra do Mar, em São Paulo). Tal procedimento servirá não só para avaliar as condições das trilhas já implantadas, como sugerir locais mais propícios a implantação de novas trilhas. A análise será apresentada na forma de uma coleção cartográfica digital, indicando na forma de um zoneamento ambiental, as áreas aptas à visitação pública. (AU)
411
4. Núcleo Itutinga Pilões
Processo Título (Português) Instituição Pesquisador responsável
Linha de fomento
Grande área do conhecimento
Início Término Convênio/Acordo de cooperação com a FAPESP
Resumo (Português)
13/20035-3
O contexto territorial e ambiental no Programa de Uso Público do Parque Estadual da Serra do Mar
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus Experimental do Litoral Paulista
Davis Gruber Sansolo
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Humanas
01/04/2014 31/03/2016
O Parque Estadual da Serra do Mar, localizado nas bordas do planalto atlântico, ocupa a região costeira do Estado de São Paulo. É hoje a maior unidade de conservação contínua do Estado que protege a Mata Atlântica e seus ecossistemas associados. Está inserido em um contexto territorial de extrema complexidade. Em seu território estão presentes diversas infraestruturas de transporte rodoviário, de transmissão de energia, dutos de transporte de hidrocarbonetos e frentes de expansão urbanas que representam macro vetores de pressão sobre o meio ambiente. Soma-se a esses vetores o turismo, a caça e a extração de palmito. Esse projeto de pesquisa pretende analisar como o contexto territorial em questão está contemplado no Programa de Uso Público do Parque Estadual da Serra do Mar. Pretende-se analisar o Programa de Uso Público ao longo da história de implantação e gestão do Parque, destacando a situação atual, por meio da análise dos conteúdos presentes nos materiais impressos, nos discursos dos monitores ambientais, nos materiais e estruturas expostas no interior do Parque, bem como a percepção dos usuários do Parque em três de seus nove Núcleos Administrativos: Itutinga-Pilões, Caraguatatuba e Picinguaba. Dessa forma pretende-se contribuir com futuros projetos de conservação do PESM, fornecendo subsídios ao planejamento do Uso Público do Parque e de planejamento e gestão governamental com vistas à melhoria das condições socioambientais dos municípios do litoral paulista e propor uma metodologia de avaliação da eficiência de projetos de conservação de UCs no que tange ao Uso Público dessas áreas protegidas. (AU)
412
5. Núcleo Picinguaba
Processo Título (Português) Beneficiário Instituição Pesquisador responsável
Pesquisadores principais
Linha de fomento
Grande área do conhecimento
Início Término
Convênio/Acordo de cooperação com a FAPESP
Resumo (Português)
03/12595-7
Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrofila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque
Carlos Alfredo Joly
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Luiz Antonio Martinelli, Marlies Sazima, Reinaldo Monteiro
Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Temático
Ciências Biológicas
01/06/2005 30/11/2010
O objetivo deste projeto é determinar quais são as características intrínsecas realmente relevantes para compreendermos o papel de cada espécie/grupo funcional na determinação da composição florística, da estrutura e do funcionamento das distintas fisionomias da Floresta Ombrófila Densa da região nordeste do Estado de São Paulo: Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Simultaneamente, com os dados de funcionamento desse ecossistema, poderemos determinar o papel, como fonte de emissão ou sumidouro de CO2, da Floresta Ombrófila Densa do Domínio Atlântico na variabilidade climática interanual e nos cenários de mudanças climáticas globais. Estes dados permitirão a comparação com os resultados que vêm sendo obtidos pelo Projeto LBS (Large Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazônia) na Floresta Ombrófila Densa da Bacia Amazônica. (AU)
413
13/24929-9
Comunidade de aves como indicadora da qualidade florestal
Alex Augusto de Abreu Bovo
Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ)
Katia Maria Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/03/2014 31/07/2015
Fragmentation and loss of habitat have caused major impacts on biodiversity. Along this factors, changes in the composition of the food chain also interfere with the dynamics of ecosystems, causing loss of species and ecological functions. The aim of this study is to functionally characterize bird assemblages in forest remnants embedded in matrix and anthropic areas inserted in a continuous Atlantic Forest vegetation. For this, we used data collected through points into eight fragments located in the Rio Corumbataí and three areas of continuous forest of the Serra do Mar - Serra de Paranapiacaba (Carlos Botelho State Park and the Serra do Mar State Park - Picinguaba and Santa Virginia) , and secondary data . To characterize these areas will be used to functional diversity (FD) for the assemblage of birds, which takes into account specific peculiarities, enabling a more detailed analysis of these assemblages . A theoretical framework from secondary data substantiate the search for patterns of changes in the composition of assemblies according to the degree of degradation / defaunation of this fragments. It is hoped that this proposal to identify functional changes in the assemblies, as well as crossing this information with landscape metrics in order to identify which characteristics influence the functional composition of birds in agricultural landscapes. These findings may help to develop strategies for biodiversity conservation. (AU)
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01/05263-2
Etnoecologia do mar e da terra na costa paulista da Mata Atlântica: áreas de pesca e uso de recursos naturais
Alpina Begossi
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Disciplinares (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM)
Alpina Begossi
Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Temático
Ciências Biológicas
01/03/2003 28/02/2007
O objetivo geral do presente estudo é continuar o levantamento sobre o uso dos recursos naturais por habitantes da costa paulista da Mata Atlântica, em particular, pescadores artesanais caiçaras. Visamos continuar o mapeamento das áreas usadas na pesca artesanal, bem como analisar a flora e o pescado utilizados para diversos fins (consumo e medicina, por exemplo). Visamos ainda incluir estudos etnoecológicos, enfocando o conhecimento local sobre habitat, alimentação e nomenclatura do pescado. Escolhemos três áreas representativas da costa paulista, relevantes sobre o aspecto de manejo e conservação dos recursos naturais, bem como complementares às áreas estudadas em projetos anteriores: região próxima a Bertioga (sul), Ilhabela (centro) e Ubatuba (Picinguaba-Puruba, norte). Ou seja, estas três manchas ou spots serão estudos de caso visando a busca de padrões gerais na interação caiçaras-recursos naturais para a situação costeira de São Paulo. Os resultados esperados incluem, além de publicações em periódicos científicos, dois livros: um sobre etnoictiologia e outro sobre etnobotânica da costa paulista. (AU)
08/57174-2
Ciclagem de carbono, nitrogênio e enxofre na serapilheira em Floresta Ombrófila Densa sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no Estado de São Paulo
Plínio Barbosa de Camargo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Plínio Barbosa de Camargo
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/10/2009 30/09/2011
O Parque Estadual da Serra do Mar, devido a sua grande amplitude altitudinal, abriga fisionomias variadas da Floresta Ombrófila Densa ou Mata Atlântica. Devido à escassez de informações sobre a estrutura e o funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica ao longo de um gradiente de altitudes, este trabalho tem como objetivo avaliar a contribuição do estoque de C, N e S na serapilheira acumulada sobre o solo na distribuição dessas fisionomias. Este projeto de pesquisa trará informações importantes ao Projeto BIOTA "Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar" (processo FAPESP n° 03/12595-7), como também o conhecimento da dinâmica dos principais elementos na serapilheira, da Mata Atlântica. Áreas com diferentes altitudes foram selecionadas para a realização deste estudo, como: Mata de Restinga (5 a 20 m), Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (50 a 100 m), Floresta Ombrófila Densa Submontana (300 a 600 m) e Floresta Ombrófila Densa Montana (ao redor de 1.000 m). As coletas da serapilheira acumulada sobre a superfície do solo serão realizadas uma vez ao mês perfazendo um período de 12 meses, sendo feito o acompanhamento da massa depositada e à caracterização química das mesmas (teores de carbono, nitrogênio e enxofre), em todas as áreas de estudo nas quatro fisionomias. Os
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dados dos estoques e teores dos elementos citados serão relacionados aos dados de solos das áreas das diferentes altitudes (processo FAPESP n° 07/52482-8). (AU)
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06/61759-0
Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo: comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família Myrtaceae
Leonor Patricia Cerdeira Morellato
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Leonor Patricia Cerdeira Morellato
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/08/2007 30/06/2010
Os estudos fenológicos são importantes para a compreensão da dinâmica dos ecossistemas florestais e da reprodução das plantas e regeneração, além de terem grande importância ecológica pois permitem estabelecer a época em que os recursos (como folhas, flores, frutos e sementes) estão disponíveis aos animais na comunidade. Poucos estudos fenológicos abordam a comparação entre tipos de vegetação e estratos ou o efeito de borda em florestas tropicais, em particular na floresta atlântica, ou avaliam a importância da fenologia de famílias mais representativas, como Myrtaceae, entre diferentes tipos de vegetação atlântica. A família Myrtaceae é uma das mais importantes na floresta atlântica, porém, sabemos pouco dos mecanismos regulatórios dos ritmos periódicos de crescimento e de reprodução de suas espécies neste bioma tão complexo e ameaçado. O objetivo geral deste estudo será avaliar a fenologia reprodutiva e vegetativa de espécies de floresta pluvial atlântica, com três objetivos principais. (A) Entender a variação na fenologia reprodutiva e vegetativa de espécies de floresta atlântica de encosta entre estratos e entre o interior da floresta e a borda natural formada pelo rio da Fazenda, desenvolvido no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, nordeste do estado de São Paulo; (B) entender como varia a fenologia e a fhigivoria de espécies de Myrtaceae em três tipologias de floresta atlântica (duna, restinga e planície) no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, sudeste do estado de São Paulo; e (C) comparar os padrões fenológicos de Myrtaceae nas duas áreas procurando entender como varia a fenologia da família Myrtaceae na floresta atlântica. O projeto busca responder às seguintes questões específicas: No Núcleo Picinguaba: 1) O padrão fenológico difere entre espécies do sub-bosque e dossel? 2) A fenologia nos estratos está relacionada aos fatores climáticos? 3) O padrão fenológico das espécies difere entre a borda natural e o interior da floresta? e 4) Para avaliar o efeito de borda, não só na perspectiva da comunidade, serão desenvolvidos estudos de caso com espécies pré-selecionadas respondendo à questão: a produção de flores e frutos, a freqüência de polinização e o sucesso reprodutivo difere entre a borda e o interior da floresta? - na Ilha do Cardoso: 5) A floração e frutificação variam nas espécies de Myrtaceae entre os diferentes tipos de vegetação? 6) A fenologia está relacionada a fatores climáticos ou pode ser resultado de limitações filogenéticas? 7) A frutificação ocorre de forma seqüencial ou agrupada nas espécies estudadas e pode
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ser relacionada aos agentes dispersores? 8) O tamanho do fruto está relacionado ao tempo total necessário para o seu desenvolvimento, influenciando dessa forma a frutificação? 9) Avaliar as predições da hipótese filogenética para os padrões de floração e frutificação das espécies de Myrtaceae ocorrentes em floresta atlântica do sudeste do Brasil, onde o clima parece não impor restrições ao comportamento fenológico das espécies. As fenofases botão, antese, fruto imaturo e maduro, brotamento e queda de folhas estão sendo acompanhadas mensalmente (dois anos de observações). Núcleo Picinguaba: em uma área da floresta de encosta foram demarcados 15 transectos de 60 m de comprimento por 5 m de largura, sendo oito no interior da floresta e sete nas margens do rio da Fazenda (representando a borda da floresta), sendo amostrados todos os indivíduos adultos. A partir do segundo ano de observações fenológicas, será feita a contagem total de flores e frutos, para estimar a produção total, e serão realizados os estudos de caso, em que serão comparados os visitantes florais, os sistemas reprodutivos e o sucesso reprodutivo de espécies selecionadas na borda e interior da floresta. Ilha do Cardoso: em cada ambiente foram demarcadas 10 transecções de 25 metros de comprimento e 2 metros de largura. Essas transecções estão distantes 10 metros da trilha de pesquisa (pré-existente) e seguem em direção ao interior da mata (perpendicularmente à trilha). O critério de inclusão das plantas varia entre os ambientes devido às suas características da vegetação. Em ambas as áreas a fenologia reprodutiva e vegetativa está sendo avaliada mensalmente em cada indivíduo através do método do percentual de intensidade de Fournier (1974). A correlação de Spearman será aplicada para testar a relação da fenologia com os fatores climáticos. A sazonalidade das fenofases será testada por meio da análise estatística circular, em que os padrões sazonais serão comparados entre a borda e o interior da floresta e também entre os estratos. O teste de Mann-Whitney verificará se há diferença na produção de flores e frutos na comunidade entre os estratos e borda e interior da floresta. (AU)
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07/52482-8
Ciclagem de carbono, nitrogênio e nutrientes de solo em Floresta Ombrófila Densa do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo
Marisa de Cassia Piccolo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Marisa de Cassia Piccolo
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/08/2007 31/01/2010
A Mata Atlântica originalmente ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, sendo que apenas cerca de 7,6% de sua extensão original não foi modificada. Ainda podem ser encontradas manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no Sudeste do Brasil. Devido à escassez de informações sobre a estrutura e o funcionamento da floresta ombrófila densa atlântica ao longo de um gradiente longitudinal, este projeto de pesquisa tem como objetivo o acompanhamento da dinâmica do C, N e demais nutrientes nos solos das áreas de mata de restinga (5 a 20m de altitude), floresta ombrófila densa das terras baixas (50 a 100m), floresta ombrófila densa submontana (300 a 600m de altitude) e floresta ombrófila densa montana (ao redor de 1.000m de altitude). O estudo será realizado no núcleo de Santa Virgínia e de Picinguaba (23° 17' a 23° 24' S e 45° 03' a 45° 11' O) com a caracterização do solo por meio da classificação pedológica, análises químicas e físicas, estoques dos elementos e variação isotópica de C (13C/12C) e de N (15N/14N). (AU)
05/01354-4
A comunidade de plantas esfingófilas da floresta ombrófila densa do Núcleo Picinguaba: composição, fenologia e biologia da polinização
Marlies Sazima
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Marlies Sazima
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/09/2005 31/10/2007
As características reprodutivas de comunidades vegetais são importantes para o entendimento da sua dinâmica. Neste contexto, diversos grupos funcionais relacionados a diferentes síndromes de polinização podem ser distinguidos. A guilda de espécies esfingófilas, isto é, as plantas polinizadas por esfingídeos, será avaliada no presente estudo em uma área de Mata Atlântica do sudeste do Brasil. O estudo abordará três aspectos principais: 1) composição de espécies esfingófilas e sua importância na comunidade, 2) fenologia reprodutiva e sua sincronia nas diferentes espécies, visando avaliar a distribuição temporal de recursos florais aos polinizadores e 3) biologia da polinização das espécies-chave desta guilda. Além disso, correlações entre os parâmetros da morfologia floral destas espécies e dimensões dos aparatos bucais (probóscides) dos esfingídeos serão feitas no intuito de avaliar possíveis tendências à especificidade ou generalização na relação planta-polinizador. Outro fator a ser considerado é o sucesso reprodutivo de algumas espécies estritamente esfingófilas em relação ao tamanho da rede de interações na qual estão inseridas. Isto poderá ser avaliado através do número de esfingídeos incidentes na época da floração e as espécies vegetais que compartilham os polinizadores, informação baseada no número de tipos polínicos retirados das probóscides dos esfingídeos. Tendo em vista a escassez de informações sobre espécies esfingófilas, este estudo é fundamental
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para o entendimento da estrutura e organização desta comunidade vegetal. (AU)
06/55136-0
Processos hidrológicos e transporte de nitrogênio em bacias com cobertura de floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo
Jorge Marcos de Moraes
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Jorge Marcos de Moraes
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/10/2006 30/09/2010
A Mata Atlântica é um ecossistema reconhecidamente ameaçado e hoje é considerada como um dos biomas prioritários para execução de políticas de conservação. Sua área florestal, reduzida atualmente a menos de 8% de sua cobertura original, necessita atenção especial em termos de compreensão do seu funcionamento como subsídio para sua melhor conservação. Apesar do crescente interesse nos estudos ambientais nessa região, os processos hidrológicos e biogeoquúnicos são pouco estudados em todas as escalas, incluindo mudanças da cobertura vegetal de floresta para pasto, muito comum nessa região. A presente proposta tem o objetivo de realizar um estudo integrado da hidrologia e da dinâmica do nitrogênio, em duas bacias pareadas, uma com cobertura florestal e outra com cobertura de pastagem. O estudo será realizado em duas bacias a serem instrumentadas, a com cobertura florestal localizada no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo de Santa Virgínia e a com pastagem em região vizinha. O estudo é parte integrante do projeto temático "Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar" (processo FAPESP: 03/12595-7). (AU)
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92/01390-9
Forrageamento ótimo: pesca e dieta em comunidades de pescadores da região de Ubatuba - II parte
Alpina Begossi
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Disciplinares (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM)
Alpina Begossi
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/10/1992 30/09/1993
Modelos de ecologia evolutiva, como os modelos de forrageamento ótimo, têm sido úteis para analisar hábitos alimentares e a procura de alimento de populações humanas. Pequenas comunidades pesqueiras apresentam vantagens para estudo, já que grande parte da proteína animal é obtida no local. Este estudo faz parte de um projeto mais geral sobre comunidades de pescadores do litoral sudeste do Brasil, e a região de estudos inclui as comunidades de Puruba e Picinguaba, além da Ilha da Vitória, situadas na região de Ubatuba (SP). O trabalho foi iniciado em 1991, quando foram entrevistados 230 moradores da região. Os objetivos incluem estudar as estratégias de pesca (tecnologia, locais de pesca e espécies de peixes) e os hábitos alimentares (peixes consumidos e evitados) das comunidades. Em visitas bimestrais, serão coletados dados sobre viagens de pesca (nos pontos de desembarque) e sobre a dieta das famílias, em particular da praia do Puruba. Os resultados serão comparados aos obtidos em outras comunidades de pescadores. (AU)
93/03604-9
Estudos fenológicos em Floresta Atlântica, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP
Leonor Patricia Cerdeira Morellato
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Leonor Patricia Cerdeira Morellato
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/02/1994 30/04/1996
Este projeto visa estudar a fenologia de espécie arbórea em uma área de floresta atlântica (Parque Estadual da Serra do Mar/ Núcleo Picinguaba, Ubatuba SP), comparar as variações no comportamento fenológico das espécies em diferentes subtipos de vegetação atlântica e fazer uma revisão dos padrões/fenológicos das florestas rio Sudeste do Brasil. Durante o projeto também será iniciada a formação de um banco de dados fenológicos para espécies arbóreas de floresta atlântica do estado de São Paulo. (AU)
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93/04286-0
Ecologia do tiê-sangue, Ramphocelus bresilius (aves:thraupidae),no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, ubatuba,sp
Miguel Petrere Junior
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Miguel Petrere Junior
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/05/1994 29/02/1996
O tié-sangue é uma ave endêmica de um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo, o Complexo da Mata Atlântica. Já foi considerado como espécie ameaçada de extinção, mas como pouco se sabe acerca do tamanho e da estrutura de sua população, seu verdadeiro status permanece desconhecido. Assim, o presente trabalho tem como objetivos: estimar o tamanho da população de na área; verificar como se caracteriza a sua população em função de sua distribuição etária e proporção sexual; verificar se a população realiza movimentos sazonais; determinar o território e/ou área de vida da espécie; verificar como se estruturam os grupos coespecíficos e se há alguma variação sazonal na sua estrutura; determinar qual a freqüência de participação de R bresilius em bandos mistos, com que espécies comumente se associa e com que freqüência. Além disso, pretende-se também fornecer dados complementares sobre a alimentação e reprodução da espécie, principalmente quanto aos itens alimentares consumidos e estratégias de captura e a duração de seu período reprodutivo. O trabalho será realizado numa área da Planície Litorânea da Praia da Fazenda, Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar. Serão demarcadas trilhas de 50 em 50m em uma área entre a praia e a Rodovia Rio-Santos (ao longo de uma extensão de aproximadamente 800m), em que se pode perceber claramente o gradiente de vegetação (desde vegetação da beira da praia até a mata alta). Estas trilhas são perpendiculares a estrada de acesso a praia, possuem uma extensão de 400m e serão marcadas de 50 em 50m. Este sistema de trilhas facilitará o monitoramento da população da área, através de censos visuais e observações regulares, permitindo também o mapeamento do território e área de vida da espécie. As aves serão capturadas (redes-de-neblina) e marcadas com anilhas metálicas e coloridas de modo que possam ser acompanhadas a distância. Inicialmente será realizado um anilhamento intensivo da população. Capturas complementares para anilhamentos regulares e para auxilio da determinação do sexo e idade poderão ser realizados. (AU)
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94/06258-7
Uso de recursos por comunidade de caiçaras da Mata Atlântica: etnobiologia, modelos de subsistência e territorialidade
Alpina Begossi
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Disciplinares (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM)
Alpina Begossi
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/06/1995 31/05/1997
Este estudo representa a continuação de pesquisas realizadas sobre caiçaras da Mata Atlântica, na área de ecologia humana, iniciadas em 1986. Os objetivos são entender e analisar, usando conceitos e modelos de ecologia, o uso de recursos naturais por caiçaras. Atenção especial é dada à etnoictiologia e etnobotânica. Modelos, como forrageamento ótimo, são usados para analisar dieta e pesca, e territorialidade para analisar divisão de áreas de pesca. Serão estudadas as comunidades da Ilha dos Búzios, Praia do Bonete, Puruba, Almada, Ubatumirim, Picinguaba e Cambori (Lit. Norte de S.P.) e Aventureiro (Ilha Grande, R.J.). A metodologia incluirá entrevistas, coleta de material botânico e marinho, bem como observações sistemáticas sobre dieta e pesca. (AU)
08/10740-3
Levantamento taxonômico e distribuição ecológica de Trentepohliales (Ulvophyceae, Chlorophyta) em diferentes biomas brasileiros
Luis Henrique Zanini Branco
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São José do Rio Preto. Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE)
Luis Henrique Zanini Branco
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/06/2009 31/05/2012
Os membros da ordem Trentepohliales são estritamente terrestres, crescendo em solo, rochas, troncos, folhas, frutos, folhas e vários tipos de construções artificiais. A ordem consiste de uma única família, Trentepohliaceae, e o número de gêneros é ainda conflitante entre os autores, alguns considerando a família com cinco gêneros (Trentpohlia, Printzina, Phycopeltis, Cephaleuros e Stomatochroon) e outros com seis (incluindo Physolinum, além dos gêneros citados). Esse grupo de algas de verdes é o mais abundantes em ambientes terrestres e está entre os menos conhecidos e estudados, principalmente em regiões tropicais. Devido a sua morfologia relativamente simples, as Trentepohliales formam um grupo taxonomicamente difícil, e sua grande plasticidade morfológica está relacionada a fatores ambientais, tornando confusa a distinção de espécies e gêneros. O presente estudo pretende contribuir com o conhecimento taxonômico do grupo, através do levantamento florístico em cinco biomas brasileiros: Cerrado (Parque Nacional da Serra da Canastra e Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros) e Floresta Ombrófila Densa (Parque Estadual da Serra do Mar/Núcleo Picinguaba e Parque Nacional de Itatiaia), Floresta Ombrófila Mista (Parque Estadual de Campos do Jordão) e Restinga (Parque Estadual da Serra do Mar/Núcleo Picinguaba), além de fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual, presentes na região noroeste do estado de São Paulo. Objetiva-se, adicionalmente ao levantamento taxonômico, a ampliação geográfica do registro das espécies e caracterização ecológica do habitat onde se desenvolvem. O material a ser coletado será utilizado para detalhamento da taxonomia interna do grupo, com a aplicação de estudos moleculares, além dos
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morfológicos clássicos. Os crescimentos de Trentepohliales serão procurados visualmente ao longo da maior área possível no interior de cada bioma considerando-se a viabilidade de execução do trabalho e coletados qualitativamente em troncos, folhas e pedras. Nos locais de coleta serão também tomados dados físicos e químicos para a caracterização do micro-habitats das espécies. Este projeto conta com a participação de uma estudante de doutorado e de especialistas mundiais na taxonomia do grupo. (AU)
11/50384-4
O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em florestas ombrófilas densas de terras baixas e montana situadas nos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar
Luiz Antonio Martinelli
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular
Ciências Biológicas
01/06/2011 30/11/2013
A Floresta Tropical Atlântica ocorre ao longo do litoral brasileiro e, em função de sua extensão e variações nas condições microclimáticas e edáficas, é caracterizada por possuir uma elevada diversidade, seja em termos de estrutura ou de composição florística. Dentre as diversas famílias botânicas presentes neste ecossistema, a família Leguminosas apresenta grande importância, tanto pela sua abundância e ampla distribuição, como por desempenhar um papel importante no ciclo do nitrogênio (N) terrestre, fato este provavelmente relacionado a uma maior capacidade de assimilação de N por estas espécies, sejam elas noduladoras ou não. Levantamentos realizados em diferentes fonmações vegetais da Floresta Tropical Atlântica ao longo de um gradiente attitudinal indicam diferenças significativas na disponibilidade de N nos solos em diferentes altitudes, sugerindo funcionamento distinto quanto a dinâmica do N e funcionamento do ecossistema como um todo. Desta forma, o objetivo deste trabalho será investigar o papel das leguminosas potencialmente fixadoras de nitrogênio em florestas tropicais com condições diversas quanto ao ciclo do N. Em um dos sítios (Floresta Atlântica Ombrófila Montana), apesar dos altos
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conteúdos de N no solo, os fluxos para a atmosfera e pelo deflúvio sâo baixos. Por outro lado, na Floresta Atlântica Ombrófila de Terras Baixas, apesar dos menores conteúdos de N no solo, os fluxos para a atmosfera e pelo deflúvio sâo maiores. Para se atingir esse objetivo serão determinados os conteúdos de N, carbono (C), fósforo (P) e cálcio (Ca), além da composição isotópica do N e do C, nas folhas, troncos e serapilheira das leguminosas pertencentes à família das Fabaceaes em uma parcela situada na floresta Montana e em duas parcelas situadas na floresta de Terras Baixas. (AU)
06/60185-0
Ciclagem de nitrogênio e fluxo de gases em floresta tropical de Mata Atlântica do estado de São Paulo
Janaina Braga do Carmo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Janaina Braga do Carmo
Auxílio à Pesquisa - Programa Primeiros Projetos
Ciências Biológicas
01/05/2007 30/04/2008
CNPq - Programa Primeiros Projetos
Diante da grande importância, produtividade e extensão da Mata Atlântica, o presente estudo apresenta como objetivo principal investigar se as perdas de nitrogênio (N) pela emissão de gases é um componente importante no ciclo do N na mata Atlântica e se há uma variação nesses fluxos em relação as diferentes altitudes e verificar como outros parâmetros que regulam estes fluxos (taxas de mineralização e nitrificação no solo, qualidade da liteira e sua produção, umidade e produção de raízes) interferem e se correlacionam com a dinâmica do N nas diferentes altitudes. Este objetivo foi estabelecido visando dar suporte ao projeto temático "Mudanças de uso da Terra e Composição Florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e santa Virgínia do parque Estadual da serra do Mar". As coletas de amostras de solo para a análise de Nitrogênio mineral serão realizadas mensalmente assim como as amostras de liteira. A coleta de gases do solo será realizada no período seco e chuvoso, juntamente com a coleta das raízes do solo. A amostragem contemplará todas as faciações da Floresta Ombrófila Densa sendo elas: Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas; Floresta Ombrófila Densa Submontana; Floresta Ombrófila Densa Montana e Floresta Ombrófila Densa Altimontana. O projeto em questão espera responder como é o ciclo do N neste ecossistema e como isto se reflete na sua formação bem como estimar a magnitude das perdas de N na forma gasosa. (AU)
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05/53390-4
Efito da saturação hídrica no solo na taxa de assimilação de CO2 de Calophyllum brasiliense Camb. (Clusiaceae)
Viviane Camila de Oliveira
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/08/2005 28/02/2007
05/54267-1
Fenologia de espécies de Floresta Atlântica, Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo: comparação entre estratos e influência de borda natural
Eliana Gressler
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Leonor Patricia Cerdeira Morellato
Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Biológicas
01/11/2005 31/10/2009
04/14354-0
A comunidade de plantas esfingófilas da Floresta Ombrófila Densa do Núcleo Picinguaba: composição, fenologia e biologia da polinização
Rubem Samuel de Avila Jr.
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Marlies Sazima
Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Biológicas
01/06/2005 31/05/2008
08/57314-9
Variação sazonal no incremento diamétrico de indivíduos arbóreos em uma Floresta de Restinga do Parque Estadual da Serra do Mar - SP, Núcleo Picinguaba
Fernanda Fischer Ballione
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas
01/12/2008 31/12/2009
06/53412-0
Formas inorgânicas de nitrogênio em diferentes áreas de floresta tropical de Mata Atlântica do Estado de São Paulo
Grasiele Fernanda Bueno
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas
01/10/2006 30/09/2007
05/56837-0
Ciclagem de nitrogênio e fluxo de gases em floresta tropical de Mata Atlântica do estado de São Paulo
Janaina Braga do Carmo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Ciências Biológicas
01/01/2006 04/06/2008
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12/51509-8
Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)
Carlos Alfredo Joly
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular
Ciências Biológicas
01/12/2013 31/05/2017
Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia, do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. Nome do Sítio PELD: Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa Atlântica SIGLA DO SÍTIO (quatro letras no máximo): FGAF (Functional Gradient of Atlantic Forest) O projeto de criar o sitio PELD – Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa Atlântica, abrangendo áreas de Mata Atlântica dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar, visa consolidar a infra-estrutura e as linhas de pesquisa implantadas na região através dos Programas BIOTA e Mudanças Climáticas da FAPESP. O objetivo é responder às seguintes perguntas: a) na transição da região tropical para a região subtropical a topografia e a face de exposição da vertente são componentes mais importantes do que a altitude na composição florística do estrato arbóreo da Floresta Ombrófila Densa Atlântica? b) a Floresta Ombrófila Densa Atlântica é um sumidouro ou uma fonte de emissão de CO2? c) De que forma varia o tempo de residência do carbono na vegetação e no solo ao longo de um gradiente altitudinal de FODA, e como este parâmetro é afetado pelas mudanças climáticas globais? d) a deposição de compostos nitrogenados oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em Caraguatatuba, afeta de forma diferenciada o crescimento de espécies arbóreas, de forma a médio e longo prazo alterar a composição florística da Floresta Ombrófila Densa Atlântica na área de influência da UTGCA? E) Dados de dinâmica populacional, tais como de taxas de crescimento anuais e fenologfa, em diferentes altitudes na FOD Atlântica, permitiriam determinar formas de manejo do fruto do Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), como forma de aumentar a renda de populações no entorno de Unidades de Conservação? O sitio de pesquisa está localizado em 4 Núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar? Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia. A vertente Picinguaba-Santa Virgínia-Cunha se justifica pela necessidade de cobrirmos todas as fitofisionomias que compõem a Floresta Ombrófila Densa Atlântica: Floresta de Restinga (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa Submontana (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa Montana (Santa Virgínia) e Floresta Ombrófila Densa Alto Montana (Cunha). A inclusão das
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áreas no Núcleo Caraguatatuba se justifica peio objetivo de monitorar, a médio e longo prazo, os possíveis impactos da UTGCA na Floresta Ombrófila Densa Atlântica. Considerando que o projeto se desenvolverá sobre uma base de conhecimento acumulada nos últimos 10 anos, nos próximos 4 anos será possível alcançarmos os seguintes objetivos: a) na questão relacionada à biodiversidade, estrutura e dinâmica do componente arbóreo da Floresta Ombrófila Densa Arbórea será possível determinar quais os principais fatores abióticos que determinam o limite de ocorrência das espécies. Desta forma será possível rever a classificação de Veloso et al (1991), adaptando-a para um recorte regional; b) na questão relacionada ao papel de FODA como sumidouro ou fonte de emissão de CO2, teremos uma série temporal de 5 anos contínuos de medição, o suficiente para determinação de tendências valores do balanço líquido; c) na questão relacionada ao tempo de residência do carbono na vegetação e solo teremos uma linha de base estabelecida de forma a médio prazo podermos determinar as tendências e os valores, complementando o item acima; d) na questão relacionada ao impacto da deposição de compostos oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em Caraguatatuba, além da linha de base já poderemos indicar tendências; e) Na questão relacionada ao manejo do fruto de Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), integrando nossos dados aos já existentes e/ou que estão sendo gerados por outros projetos na região, estaremos em condições de determinar cotas de coleta de frutos em cada fitofisionomia da FODA. METODOLOGIA 1) Parcelas Permanentes & Florística e Fitossociologia No estudo do componente florístico fitossociológico serão utilizadas as 18 Parcelas Permanentes já instaladas na região, prevendo-se a instalação de xx novas parcelas para inclusão de parcelas nas cotas 1.200 e 1.500 m bem como de parcelas onde a floresta está em regeneração e o histórico de perturbação seja conhecido. A implantação das Parcelas Permanentes, plaqueamento, mapeamento e medição de indivíduos com DAP ≥ 4,8 cm, segue o protocolo RAINFOR adaptado por Joly et al (2012). 2) Balanço do CO2 A Torre Micrometeorológica de Fluxo, que estuda as interações floresta-atmosfera no que tange a trocas de CO2 e água, foi implantada no Núcleo Santa Virgínia/PESM entre 2007 e 2008, pelo Projeto Temático BIOTA Gradiente Funcional. O sítio experimental está estabelecido na microbacia do Ribeirão Casa de Pedra (RCP), com área de ~2,5 km2,
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altitude de 900 a 1000 m, definida entre 23º17' a 23º24'S, e 4Sº03' a 45º11' W. 3) Tempo de Residência do carbono Medições da dinâmica de madeira em parcelas permanentes serão usadas para estimar o tempo de residência de C no compartimento chamado de Madeira Morta, ou ?coarse wood debris - CWD?. Amostragem de tronco e raízes das árvores serão utilizadas para análise radiocarbônica da celulose. A quantificação da produção anual de raízes finas será feita através de coletores com diâmetro de 14cm e profundidade de 30cm. O conteúdo de radiocarbono na serapilheira, nas raízes mortas e na matéria orgânica do solo será usado para determinar o tempo de residência do carbono nestes compartimentos do ecossistema. Finalmente, o teor de 14C no CO2 respirado da superfície do solo e em incubações será usado para estimar a idade média de carbono respirado do ecossistema. 4? Impactos da deposição de compostos nitrogenados da UTGCA Serão utilizados amostradores passivos para deposição de N via NO2, HNO3, NH4, e mostradores ativos (aerossóis) para NO3- e NH4+. Alterações no solo serão monitoradas com coletas e análises químicas sistemáticas a cada 6 meses. Serão selecionadas espécies arbóreas que ocorram tanto nas proximidades da UTGCA (Núcleo Caraguatatuba) como fora de sua área de influência (Núcleo Picinguaba) para o acompanhamento de possíveis alterações no metabolismo do nitrogênio. O Crescimento de indivíduos destas espécies nas duas áreas, controle e sob impacto da UTGCA, será acompanhado com bandas dendrométricas para o monitoramento de possíveis alterações nas taxas de crescimento. Através de equações o incremento no diâmetro poderá ser transformado em carbono, e a comparação entre as áreas permitirá determinar se o incremento de nitrogênio no solo, por deposição dos compostos emitidos pela UTGCA, altera a taxa de fixação de carbono. 5? Manejo sustentável do fruto de Euterpe edulis Mart. (Arecaeae) Atualmente o principal Produto Florestal Não Madeireiro da Floresta Ombrófila Densa Atlântica é o palmito da palmeira juçara (Euterpe edulis Mart.), cuja extração provoca a morte da palmeira e causa sérias alterações ambientais. No entanto, esta palmeira oferece outro recurso econômico de grande valor e de menor impacto ambiental, que é a polpa do fruto, similar em aparência e valor nutricional ao açaí extraído da espécie amazônica, o Euterpe oleracea Mart. O Plano de Manejo do Núcleo Picinguaba do PESM define áreas com possibilidade de usos especiais,
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denominadas Zonas Histórico-Culturais Antropológicas (ZHCA), devido à presença das comunidades tradicionais. A exploração do fruto de juçara já vem acontecendo em ZHCA no entorno do Núcleo Picinguaba, em áreas de florestas de terras baixas e submontana desde 2005 e em Zonas de Amortecimento no entorno do Núcleo Santa Virginia. O objetivo deste subprojeto é gerar, através de censos anuais e estudos fenológicos um conjunto de dados sólidos que permitam a determinação de cotas de extração de frutos que contribuam com a renda das populações tradicionais, sem afetar a regeneração e manutenção da população da espécie. (AU)
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12/50466-3
O dilema das decisões sobre populações humanas em parques:jogo compartilhado entre técnicos e residentes no Núcleo Picinguaba
Eliane Simoes
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Disciplinares (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM)
Eliane Simoes
Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Interdisciplinar 01/11/2012 31/07/2014
08/53648-0
Alternativas de subsistência da comunidade caicara/quilombola do sertão da fazenda, no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar, Ubatuba-SP
Fábio Frattini Marchetti
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Maria Christina de Mello Amorozo
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas
01/08/2008 30/11/2009
07/02947-4
Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação da biomassa arbórea em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, SP
Marcos Augusto da Silva Scaranello
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Plínio Barbosa de Camargo
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas
01/07/2007 31/12/2007
08/09350-6
Análise morfológica e cromossômica de duas populações da palmeira clonal Geonoma elegans Mart. em diferentes altitudes no Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar - SP
Bianca Netto Rodrigues
Universidade de Taubaté (UNITAU). Instituto Básico de Biociências (IBB)
Simey Thury Vieira Fisch
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas
01/03/2009 31/12/2010
431
10/09146-0
Dinâmica do carbono e nitrogênio do solo sob restinga na Ilha do Cardoso e Núcleo Picinguaba no Estado de São Paulo
Lucas de Camargo Reis
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Plínio Barbosa de Camargo
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas
01/08/2010 31/07/2012
07/50561-8
Caracterização química do solo em Floresta Ombrófila Densa do Parque Estadual da Serra do Mar
Carla Alberoni Rosada
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Marisa de Cassia Piccolo
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas
01/04/2007 31/12/2007
05/59168-1
Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar
Enio Egon Sosinski Junior
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Ciências Biológicas
01/04/2006 31/03/2009
09/03676-0
Estrutura genética e variação altitudinal em uma espécie da Mata Atlântica
Rafael Flora Ramos
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Vera Nisaka Solferini
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/08/2009 28/02/2011
03/04154-0
Etnoictiologia em Picinguaba e Ilhabela, litoral de São Paulo
Rodrigo Vieira Lima
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Disciplinares (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM)
Alpina Begossi
Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Ciências Biológicas
01/06/2003 31/01/2004
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01/12454-9
Análise citogenética em algumas espécies de opiliões (Opiliones Laniatores, Gonyleptidae) da Mata Atlântica (Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo de Picinguaba, Ubatuba, SP, Alto da Serra..
Rosângela Martins de Oliveira
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Doralice Maria Cella
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas
01/01/2002 31/12/2002
06/59536-3
Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma microbacia com plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de São Paulo
Rodrigo Trevisan
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Jorge Marcos de Moraes
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/03/2007 28/02/2009
06/51488-0
Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na microbacia do ribeirão do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia
Juliano Daniel Groppo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Biológicas
01/07/2006 30/06/2010
06/52519-6
Florística e estrutura da comunidade arbórea da Floresta Ombrófila Densa Submontana do Núcleo Picinguaga - PESM, Ubatuba, SP
Mariana Cruz Rodrigues de Campos
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/09/2006 31/01/2008
06/54292-9
Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma microbacia de primeira ordem com cobertura de pastagem no litoral norte do Estado de
Luiz Felippe Salemi
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/09/2006 31/08/2008
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São Paulo
08/08344-2
Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo: comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família Myrtaceae
Claudio Bernardo
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Leonor Patricia Cerdeira Morellato
Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Ciências Biológicas
01/09/2008 30/06/2009
08/08346-5
Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo: comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família Myrtaceae
Vanessa Graziele Staggemeier
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Leonor Patricia Cerdeira Morellato
Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Ciências Biológicas
01/09/2008 28/02/2010
99/06902-7
Mapeamento das áreas suscetíveis a prática agroecológica no Núcleo Picinguaba (Parque Estadual da Serra do Mar), através do geoprocessamento como subsídio a atividades econômicas sustentáveis
Luciene Cristina Risso
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Centro de Estudos Ambientais (CEA)
Marcos César Ferreira
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/11/1999 31/10/2001
00/00011-2
Ecologia da polinização de duas espécies de bromélias de Mata Atlântica no Estado de São Paulo
Maria Bernadete Ferreira Canela
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Marlies Sazima
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/04/2000 28/02/2002
434
96/08000-2
Fenologia de vegetação de duna da praia da fazenda, Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP
Eliane Cristina Romera
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Leonor Patricia Cerdeira Morellato
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/02/1997 31/01/1999
96/06757-9
Morfo-anatomia de espécies de Marantaceae do Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar - Ubatuba - SP
Vera Lis Cruz Rodrigues Uliana
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Vera Lucia Scatena
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/11/1996 31/10/1998
97/11592-1
Proposta de um plano de educação ambiental com ênfase na questão dos resíduos sólidos, para a comunidade caiçara do bairro de camburi, localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba..
Alexandra Marselha Siqueira Pitolli
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Luiz Marcelo de Carvalho
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Humanas
01/01/1998 31/12/1998
10/51494-5
Biologia reprodutiva e polinização de espécies de Melastomataceae em duas áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil
Vinicius Lourenço Garcia de Brito
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Marlies Sazima
Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Biológicas
01/10/2010 31/07/2014
94/03387-0
Ecologia do tiê-sangue Ramphocelus bresilius (aves, Thraupidae) no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP
Sáuria Lúcia Rocha de Castro
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Miguel Petrere Junior
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/04/1995 30/09/1995
07/57284-0
Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de Mata Atlântica no Nordeste do Estado
Larissa Giorgeti Veiga
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/03/2008 28/02/2010
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de São Paulo
08/52279-0
Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com cobertura florestal no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia
Elizabethe de Campos Ravagnani
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/08/2008 31/03/2010
06/57135-1
Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa nos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar
Jose Ataliba Mantelli Aboin Gomes
Secretaria de Agricultura e Abastecimento (São Paulo - Estado). Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Instituto Agronômico (IAC)
Carlos Alfredo Joly
Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Ciências Biológicas
01/10/2006 30/09/2008
06/57790-0
Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil
Daiana Aparecida Correa
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Ciências Biológicas
01/10/2006 31/07/2007
06/60183-8
Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil
Simoni Cristiane Grilo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Ciências Biológicas
01/12/2006 30/11/2008
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09/15175-5
Ciclagem do fósforo em Floresta Ombrófila Densa dos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia -SP
Denise Teresinha Gonçalves Bizuti
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Marisa de Cassia Piccolo
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Agrárias
01/03/2010 28/02/2011
6. Núcleo Santa Virgínia
Processo Título (Português)
Beneficiário Instituição Pesquisador responsável
Linha de fomento
Grande área do conhecimento
Início Término
Convênio/Acordo de cooperação com a FAPESP
Resumo
11/15892-9
"Estrutura e diversidade da família Lauraceae na Mata Atlântica do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil"
Vitor de Andrade Kamimura
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Marco Antonio de Assis
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/08/2012
28/02/2014
The study of the floristic composition and phytosociological structure is an important tool for characterizing plant communities, and a proper analysis of patterns of distribution and richness of their species. In São Paulo withdrawals from the arboreal component of the Tropical Rain Forest were the targets of many jobs in the last decade. However, despite a large volume of data produced for training forestry, contained little more specific and detailed analysis of the contribution floristic and structural importance of its most significant families as Myrtaceae, Fabaceae, Rubiaceae and Lauraceae. Thus, this study fits into the context of a broader project to evaluate the floristic composition, structure and functioning of the dense rain forest of the Atlantic
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Picinguaba and Santa Virginia State Park of Serra do Mar (FAPESP / Biota 10/50811 -7 and 03/12595-7), has as main objective the analysis of the floristic composition and structure of the family Lauraceae an altitudinal gradient in the dense rain forest in São Paulo state. This will be compiled survey data from fifteen (15 hectares) made for the tree component of the State Park of Serra do Mar in different faces, considering the richness, diversity and structural importance of family in the community. It is intended to examine also the spatial distribution of its species, as well as the relations of floristic similarity of family over this altitudinal gradient by means of multivariate analysis. (AU)
03/12595-7
Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrofila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque
Carlos Alfredo Joly
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Temático
Ciências Biológicas
01/06/2005
30/11/2010
O objetivo deste projeto é determinar quais são as características intrínsecas realmente relevantes para compreendermos o papel de cada espécie/grupo funcional na determinação da composição florística, da estrutura e do funcionamento das distintas fisionomias da Floresta Ombrófila Densa da região nordeste do Estado de São Paulo: Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Simultaneamente, com os dados de funcionamento desse ecossistema, poderemos determinar o papel, como fonte de emissão ou sumidouro de CO2, da Floresta Ombrófila Densa do Domínio Atlântico na variabilidade climática
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interanual e nos cenários de mudanças climáticas globais. Estes dados permitirão a comparação com os resultados que vêm sendo obtidos pelo Projeto LBS (Large Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazônia) na Floresta Ombrófila Densa da Bacia Amazônica. (AU)
13/24929-9
Comunidade de aves como indicadora da qualidade florestal
Alex Augusto de Abreu Bovo
Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ)
Katia Maria Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/03/2014
31/07/2015
Fragmentation and loss of habitat have caused major impacts on biodiversity. Along this factors, changes in the composition of the food chain also interfere with the dynamics of ecosystems, causing loss of species and ecological functions. The aim of this study is to functionally characterize bird assemblages in forest remnants embedded in matrix and anthropic areas inserted in a continuous Atlantic Forest vegetation. For this, we used data collected through points into eight fragments located in the Rio Corumbataí and three areas of continuous forest of the Serra do Mar - Serra de Paranapiacaba (Carlos Botelho State Park and the Serra do Mar State Park - Picinguaba and Santa Virginia) , and secondary data . To characterize these areas will be used to functional diversity (FD) for the assemblage of birds, which takes into account specific peculiarities, enabling a more detailed analysis of these assemblages . A theoretical framework from secondary data substantiate the search for patterns of changes in the composition of assemblies
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according to the degree of degradation / defaunation of this fragments. It is hoped that this proposal to identify functional changes in the assemblies, as well as crossing this information with landscape metrics in order to identify which characteristics influence the functional composition of birds in agricultural landscapes. These findings may help to develop strategies for biodiversity conservation. (AU)
12/03554-4
Estudo da biomassa radicular em uma área de pastagem em regeneração natural no Parque Estadual da Serra do Mar- Núcleo Santa Virgínia
Juliana Antonio
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas
01/06/2012
30/11/2013
Considered one of the most diverse ecosystems on the planet, the Atlantic Forest is currently fragmented and reduced to only 8% of its original coverage. Some of the factors responsible for this degradation were the different Brazilian economic cycles, in which forest areas were cleared and used for several activities such as the establishment of pastures. Such disturbances can cause local changes in the biogeochemistry, limiting the recovery of natural forest and affecting both the vegetation above soil as the root system. The roots are important for the structure and function of forest ecosystems, participating on cycling, accumulation, and uptake of nutrients in the soil, and can be used as an important tool for understanding the processes of regeneration of degraded areas. Thus, this work aims to study possible variations in root biomass and characterize as the roots from plants of C4 or C3 cycles in a pasture area that is in natural
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regeneration process, localized at Santa Virginia nucleus in Serra do Mar State Park. In order to do that, roots will be weighed and its mass values will be determined as well as the carbon isotope composition (d13C) using the technique of isotopic analysis. (AU)
08/57174-2
Ciclagem de carbono, nitrogênio e enxofre na serapilheira em Floresta Ombrófila Densa sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no Estado de São Paulo
Plínio Barbosa de Camargo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Plínio Barbosa de Camargo
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/10/2009
30/09/2011
O Parque Estadual da Serra do Mar, devido a sua grande amplitude altitudinal, abriga fisionomias variadas da Floresta Ombrófila Densa ou Mata Atlântica. Devido à escassez de informações sobre a estrutura e o funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica ao longo de um gradiente de altitudes, este trabalho tem como objetivo avaliar a contribuição do estoque de C, N e S na serapilheira acumulada sobre o solo na distribuição dessas fisionomias. Este projeto de pesquisa trará informações importantes ao Projeto BIOTA "Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar" (processo FAPESP n° 03/12595-7), como também o conhecimento da dinâmica dos principais elementos na serapilheira, da Mata Atlântica. Áreas com diferentes altitudes foram selecionadas para a realização deste estudo, como: Mata de Restinga (5 a 20 m), Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (50 a 100 m), Floresta Ombrófila Densa Submontana
441
(300 a 600 m) e Floresta Ombrófila Densa Montana (ao redor de 1.000 m). As coletas da serapilheira acumulada sobre a superfície do solo serão realizadas uma vez ao mês perfazendo um período de 12 meses, sendo feito o acompanhamento da massa depositada e à caracterização química das mesmas (teores de carbono, nitrogênio e enxofre), em todas as áreas de estudo nas quatro fisionomias. Os dados dos estoques e teores dos elementos citados serão relacionados aos dados de solos das áreas das diferentes altitudes (processo FAPESP n° 07/52482-8). (AU)
07/52482-8
Ciclagem de carbono, nitrogênio e nutrientes de solo em Floresta Ombrófila Densa do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo
Marisa de Cassia Piccolo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Marisa de Cassia Piccolo
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/08/2007
31/01/2010
A Mata Atlântica originalmente ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, sendo que apenas cerca de 7,6% de sua extensão original não foi modificada. Ainda podem ser encontradas manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no Sudeste do Brasil. Devido à escassez de informações sobre a estrutura e o funcionamento da floresta ombrófila densa atlântica ao longo de um gradiente longitudinal, este projeto de pesquisa tem como objetivo o acompanhamento da dinâmica do C, N e demais nutrientes nos solos das áreas de mata de restinga (5 a 20m de altitude), floresta ombrófila densa das terras baixas (50 a 100m), floresta ombrófila densa submontana (300 a 600m de altitude) e floresta ombrófila densa montana (ao redor de 1.000m de altitude). O estudo será realizado no
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núcleo de Santa Virgínia e de Picinguaba (23° 17' a 23° 24' S e 45° 03' a 45° 11' O) com a caracterização do solo por meio da classificação pedológica, análises químicas e físicas, estoques dos elementos e variação isotópica de C (13C/12C) e de N (15N/14N). (AU)
01/06023-5
Distribuição da comunidade de palmeiras no gradiente altitudinal da Floresta Atlântica na região Nordeste do estado de São Paulo
Simey Thury Vieira Fisch
Universidade de Taubaté (UNITAU). Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Simey Thury Vieira Fisch
Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular
Ciências Agrárias
01/04/2002
31/03/2005
Embora a Floresta Atlântica esteja melhor preservada em áreas montanhosas, as alterações que o gradiente altitudinal provoca na vegetação vêm sendo pouco enfocadas nos estudos realizados nesse bioma. A elevação tem sido apontada como responsável pelo declínio da diversidade de palmeiras e pela abundância de uma ou poucas espécies em altitudes intermediárias. Baseado nestas premissas, este projeto tem por objetivo principal correlacionar a ocorrência de palmeiras com o fator altitude na Floresta Atlântica do nordeste do Estado de São Paulo. Os estudos serão desenvolvidos nas Unidades de Conservação do Parque Estadual da Serra do Mar (Núcleo Picinguaba, Núcleo Santa Virgínia/Natividade da Serra e Estação Ecológica do Bananal), cujas formações florestais ocorrem em altitudes que variam de O a 1900 m. Nestes locais serão realizadas amostragens a cada 200 m de altitude (0 m - nível do mar, 200, 400, 600, 800, ~940, 1200, 1400 e ~1600 m). Serão feitas avaliações morfométricas, coletadas as palmeiras existentes e o meio
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físico de cada unidade amostral será caracterizado. O projeto contará com uma equipe multidisciplinar da Universidade de Taubaté (acadêmicos e professores) e com a colaboração de pesquisadores de Instituições de Pesquisa (Inst. Florestal (SP), Inst. de Botânica (SP), Museu Prof. Mello Leitão (ES), Inst. Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RJ). (AU)
06/55136-0
Processos hidrológicos e transporte de nitrogênio em bacias com cobertura de floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo
Jorge Marcos de Moraes
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Jorge Marcos de Moraes
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/10/2006
30/09/2010
A Mata Atlântica é um ecossistema reconhecidamente ameaçado e hoje é considerada como um dos biomas prioritários para execução de políticas de conservação. Sua área florestal, reduzida atualmente a menos de 8% de sua cobertura original, necessita atenção especial em termos de compreensão do seu funcionamento como subsídio para sua melhor conservação. Apesar do crescente interesse nos estudos ambientais nessa região, os processos hidrológicos e biogeoquúnicos são pouco estudados em todas as escalas, incluindo mudanças da cobertura vegetal de floresta para pasto, muito comum nessa região. A presente proposta tem o objetivo de realizar um estudo integrado da hidrologia e da dinâmica do nitrogênio, em duas bacias pareadas, uma com cobertura florestal e outra com cobertura de pastagem. O estudo será realizado em duas bacias a serem instrumentadas, a com cobertura florestal localizada no Parque Estadual da Serra
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do Mar, núcleo de Santa Virgínia e a com pastagem em região vizinha. O estudo é parte integrante do projeto temático "Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar" (processo FAPESP: 03/12595-7). (AU)
92/04627-0
Avaliação diagnóstica da vegetação no Núcleo Santa Virgínia, como subsídio a elaboração de modelos de reflorestamento
Waldir Mantovani
Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IB)
Waldir Mantovani
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/03/1993
28/02/1995
Este projeto visa realizar uma avaliação diagnóstica da vegetação no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, SP, através do método de parcelas. Será feita a caracterização das principais fitofisionomias que compõem a vegetação. As informações obtidas servirão de base para futuros estudos visando a obtenção de modelos de recomposição florestal e de subsídio à elaboração do plano de manejo desta unidade de conservação. (AU)
03/09052-1
Biologia alimentar e reprodutiva da piratininga do sul, Brycon cf. opalinus (Cuvier, 1819) e a diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar
Francisco Manoel de Souza Braga
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Francisco Manoel de Souza Braga
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/05/2004
30/04/2005
A área de estudo abrange três rios (Paraibuna, Ipiranga e Grande) da bacia do Paraibuna no Núcleo Santa Virgínia/Natividade da Serra (Parque Estadual da Serra do Mar). Apesar das atividades de pesca e do turismo estes rios estão relativamente preservados com uma ictiofauna pouco conhecida. Uma das espécies endêmicas da área é a pirapitinga do sul, Brycon opalinus, gênero que se mostra suscetível a mudanças ambientais devido à ampla relação com a mata ribeirinha que disponibiliza frutos, sementes e insetos. Além disto, existe a dependência de alta qualidade
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da água e acesso às várzeas para a migração sazonal de reprodução. A dispersão de sementes pode ser muito freqüente para estes peixes, tendo então importância para a dinâmica das populações vegetais ribeirinhas. A determinação dos locais de reprodução, fecundidade e modo reprodutivo são muito importantes para o manejo da área e a conservação dessas espécies. A bacia do Paraibuna origina o rio Paraíba do Sul (confluência do rio Paraibuna e Paraitinga). Atualmente, este rio está muito alterado e suas populações íctiicas em declino. A piabanha, Brycon insignis, peixe antes comum em suas águas, hoje está praticamente extinta no Estado de São Paulo e muito rara em alguns afluentes no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é abordar a reprodução e a dieta alimentar da pirapitinga do sul (Brycon opalinus), assim como a diversidade de peixes. A reprodução e a. dieta alimentar serão caracterizadas sazonalmente e localmente, sendo possível determinar as áreas de maior intensidade reprodutiva, a fecundidade e o modo reprodutivo, assim como, determinar os itens alimentares e as relações tróficas com os ambientes aquáticos e terrestres. Na área do estudo serão determinados também os possíveis impactos causados pelas atividades turísticas nas populações de peixes, enfocando principalmente a pirapitinga do sul. (AU)
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10/50811-7
Composição florística e estrutura da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil
Carlos Alfredo Joly
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular
Ciências Biológicas
01/10/2010
31/03/2013
Os resultados obtidos pelo Projeto Temático BIOTA Gradiente Funcional (FAPESP 03/12595-7) evidenciaram a necessidade de um estudo florístico-fitossociológico em altitudes intermediárias entre a Floresta Ombrófila Densa Submontana e a Floresta Ombrófila Densa Montana dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do PESM, bem como a necessidade de ampliar o espectro fisionômoico incluindo a Floresta Ombrófila Densa Alto Montana. O objetivo deste Auxílio à Pesquisa é complementar estes dados de forma a permitir uma análise mais detalhada e completa das fisionomias da Floresta Ombrófila Densa Atlântica, visando determinar as adaptações necessárias ao sistema de classificação da vegetação proposto por Veloso et al. (1991). A composição florística e a estrutura da Floresta Ombrófila Densa Atlântica será estudada a 600, 800 e 1.200 metros de altitude, completando o gradiente previamente estudado (Joly et al. 2008). Para tanto serão utilizadas 4 parcelas independentes de 0,25 ha subdivididas em subparcelas contíguas de 10 x 10m, totalizando 1 ha por altitude. Desta forma cada parcela de 0,25 ha será tratada como replicata amostral, ampliando o rol de ferramentas estatísticas que poderão ser utilizadas para análise dos dados. Todos os indivíduos com DAP (diâmetro à altura
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do peito) igual ou superior a 4,8 cm (PAP - perímetro à altura do peito ≥ 15,0 cm). Para os indivíduos perfilados serão incluídos aqueles que apresentarem pelo menos um dos perfilos dentro do critério de inclusão. A análise dos dados e a estimativa dos parâmetros fitossociológicos serão feitas através do programa FITOPAC, e análises mais refinadas serão feitas para comparação de todo gradiente altitudinal (de 0 - Floresta de Restinga a 1.200 m - Floresta Ombrófila Densa Alto Montana). (AU)
11/50384-4
O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em florestas ombrófilas densas de terras baixas e montana situadas nos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar
Luiz Antonio Martinelli
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular
Ciências Biológicas
01/06/2011
30/11/2013
A Floresta Tropical Atlântica ocorre ao longo do litoral brasileiro e, em função de sua extensão e variações nas condições microclimáticas e edáficas, é caracterizada por possuir uma elevada diversidade, seja em termos de estrutura ou de composição florística. Dentre as diversas famílias botânicas presentes neste ecossistema, a família Leguminosas apresenta grande importância, tanto pela sua abundância e ampla distribuição, como por desempenhar um papel importante no ciclo do nitrogênio (N) terrestre, fato este provavelmente relacionado a uma maior capacidade de assimilação de N por estas espécies, sejam elas noduladoras ou não. Levantamentos realizados em diferentes fonmações vegetais da Floresta Tropical Atlântica ao longo de um gradiente attitudinal indicam diferenças significativas na
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disponibilidade de N nos solos em diferentes altitudes, sugerindo funcionamento distinto quanto a dinâmica do N e funcionamento do ecossistema como um todo. Desta forma, o objetivo deste trabalho será investigar o papel das leguminosas potencialmente fixadoras de nitrogênio em florestas tropicais com condições diversas quanto ao ciclo do N. Em um dos sítios (Floresta Atlântica Ombrófila Montana), apesar dos altos conteúdos de N no solo, os fluxos para a atmosfera e pelo deflúvio sâo baixos. Por outro lado, na Floresta Atlântica Ombrófila de Terras Baixas, apesar dos menores conteúdos de N no solo, os fluxos para a atmosfera e pelo deflúvio sâo maiores. Para se atingir esse objetivo serão determinados os conteúdos de N, carbono (C), fósforo (P) e cálcio (Ca), além da composição isotópica do N e do C, nas folhas, troncos e serapilheira das leguminosas pertencentes à família das Fabaceaes em uma parcela situada na floresta Montana e em duas parcelas situadas na floresta de Terras Baixas. (AU)
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12/50425-5
Características florais e reprodutivas de espécies de Melastomataceae em um gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil
Marlies Sazima
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Marlies Sazima Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/08/2012
31/07/2014
Poucos estudos têm sido realizados nas montanhas das florestas úmidas abordando os sistemas de reprodução de plantas. Em altitudes elevadas, as condições ambientais podem reduzir a quantidade de polinizadores, principalmente de abelhas, e consequentemente a transferência de grãos de pólen aos estigmas de flores co-específicas (limitação de pólen), reduzindo as possibilidades de polinização cruzada. Estes fatores podem influenciar características das plantas como a cor das flores e a genética das populações. Este projeto pretende estudar as variações nas cores das flores de espécies da família Melastomataceae ocorrentes em dois pontos de um gradiente altitudinal: Núcleo Santa Virgínia (Floresta Montana) e Núcleo Picinguaba (Floresta de terras baixas) do Parque Estadual da Serra do Mar, Ubatuba, SP. Serão feitas visitas mensais durante um ano para a coleta dos espectros de reflectância das flores da cada uma das espécies de Melastomataceae encontradas nos dois locais. Estes dados serão posteriormente analisados através de métodos comparativos que considerem o componente filogenético. Pretende-se complementar o estudo de caso com Tibouchina pulchra Cogn. (Melastomataceae) envolvendo a diversidade genética de populações de adultos e da prole nos dois pontos do gradiente. Neste
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estudo, serão analisados os materiais genéticos de 105 indivíduos adultos de cada uma das duas áreas (total 210). Dentre eles, 28 serão escolhidos para coleta e germinação de 20 sementes provenientes de dois frutos de cada indivíduo (totalizando 560 indivíduos). Adultos e proles serão genotipados para que seja conduzida uma análise de diversidade em diferentes níveis (população, indivíduo e fruto) nas duas localidades. (AU)
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13/19377-7
A efetividade do maior corredor de mata atlântica em manter conectadas populações de mamíferos de grande porte, como a Anta (Tapirus terrestris)
Pedro Manoel Galetti Junior
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Pedro Manoel Galetti Junior
Auxílio à Pesquisa - Regular
Ciências Biológicas
01/03/2014
29/02/2016
O presente projeto da continuidade a um estudo recentemente concluído, apoiado pela Fapesp para os membros da equipe proponente (2007/03392-6, Biota-Temático para MGR e 2007/04073-1, bolsa pós-doc para AS), tendo sido bem avaliado na avaliação do relatório final, encorajando sua continuidade. As populações de mamíferos, especialmente as espécies de grande porte, vêm sofrendo significativas reduções, como resultado da caça, perdas de habitat e fragmentação induzida pelo desenvolvimento econômico humano. Estas alterações ambientais podem descontinuar funcionalmente os habitats podendo gerar sérias consequências no fluxo gênico das espécies. A manutenção da conectividade funcional e, portanto, do fluxo gênico é a estratégia conservacionista primordial para a persistência de populações de espécies animais e vegetais em longo prazo. Alguns estudos tem relatado a existência de estruturações genéticas mesmo dentro de habitats contínuos, que deveriam funcionar como corredores ecológicos facilitando o fluxo gênico entre populações. Estes resultados alertam que outras características, não somente a descontinuidade do habitat, podem promover uma barreira ao fluxo gênico, como por exemplo, o efeito de borda, heterogeneidade do habitat ao longo do contínuo,
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a pressão de caça, além de aspectos comportamentais e a história evolutiva da própria espécie. Porém, estes estudos foram realizados com espécies de pequeno porte, são raros os estudos sobre fluxo gênico com espécies de grande porte em habitats contínuos, sendo a grande maioria é realizada em áreas fragmentadas. A Serra do Mar, o maior contínuo de Mata Atlântica representa uma área controle ideal para a análise da extensão natural da estrutura genética de populações, da capacidade e comportamento de dispersão da espécie, além da efetividade em manter funcionalmente conectadas populações naturais de diferentes organismos. Em um estudo anterior, identificamos uma diferenciação genética significativa entre duas populações de um mamífero de grande porte, a anta (Tapirus terrestris), situadas em extremos opostos deste corredor, Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar (SV) e Parque Estadual de Carlos Botelho (CB). A estruturação pode ser resultante do isolamento pela distância, em que a dispersão restrita e a deriva genética local criam um padrão clinal com o aumento da diferenciação genética com a distância geográfica. Porém, como este estudo foi realizado com apenas duas áreas dentro do corredor da Serra do Mar, este resultado revela a necessidade de ampliação das áreas de amostragem ao longo do contínuo, de modo a
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permitir testar o isolamento pela distância, bem como uma minuciosa pesquisa de fatores adicionais que possam estar envolvidos com os padrões encontrados, como as características da paisagem, aspectos comportamentais da espécie ou fatores históricos de colonização da área. Sendo assim, o presente projeto propõe a análise da distribuição da variabilidade genética das populações de T. terrestris ao longo do corredor da Serra do Mar. Para tanto, serão utilizadas amostras não-invasivas como fonte de DNA (fezes), marcadores microssatélites para a identificação individual e para detectar o padrão contemporâneo de distribuição da diversidade genética. Novas áreas ao longo deste corredor já estão sendo amostradas por um aluno de mestrado e de pós-doutorado (Bolsa PDJ CNPq 50565/2013-9). Estes resultados serão contrastados com a análise de marcadores de DNA mitocondrial (citocromo b, citocromo c oxidase ou RNA 12S) com a finalidade de incluir um fator histórico neste estudo populacional. Mesmo a anta estando presente em todo o corredor da Serra do Mar, dados sobre as características da paisagem serão adicionados aos dados genéticos, especialmente a pressão de caça, presença de rodovias e proximidade de centros urbanos, buscando explicar os padrões encontrados. (AU)
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05/53955-1
Os gêneros physcia (schreber) Michaux e pyxine fries (ascomicetes liquenizados, physciaceae) no Estado de São Paulo, de São Paulo, Brasil
Patrícia Jungbluth
Secretaria do Meio Ambiente (São Paulo - Estado). Instituto de Botânica
Marcelo Pinto Marcelli
Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Biológicas
01/04/2006
31/01/2010
08/58901-5
Alteraçãoes nos fluxos de CO2 do solo e na ciclagem de carbono após aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica
Daniel Luis Garrido Monaro
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas
01/06/2009
30/11/2010
03/05696-1
Biologia alimentar e reprodutiva da pirapitinga do sul, Brycon cf. opalinus (Cuvier, 1819) e a diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar
Leandro Muller Gomiero
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Francisco Manoel de Souza Braga
Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Ciências Biológicas
01/12/2003
30/11/2006
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12/51509-8
Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)
Carlos Alfredo Joly
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular
Ciências Biológicas
01/12/2013
31/05/2017
Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia, do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. Nome do Sítio PELD: Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa Atlântica SIGLA DO SÍTIO (quatro letras no máximo): FGAF (Functional Gradient of Atlantic Forest) O projeto de criar o sitio PELD – Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa Atlântica, abrangendo áreas de Mata Atlântica dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar, visa consolidar a infra-estrutura e as linhas de pesquisa implantadas na região através dos Programas BIOTA e Mudanças Climáticas da FAPESP. O objetivo é responder às seguintes perguntas: a) na transição da região tropical para a região subtropical a topografia e a face de exposição da vertente são componentes mais importantes do que a altitude na composição florística do estrato arbóreo da Floresta Ombrófila Densa Atlântica? b) a Floresta Ombrófila Densa Atlântica é um sumidouro ou uma fonte de emissão de CO2? c) De que forma varia o tempo de residência do carbono na vegetação e no solo ao longo de um gradiente altitudinal de FODA, e como este parâmetro é afetado pelas mudanças climáticas
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globais? d) a deposição de compostos nitrogenados oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em Caraguatatuba, afeta de forma diferenciada o crescimento de espécies arbóreas, de forma a médio e longo prazo alterar a composição florística da Floresta Ombrófila Densa Atlântica na área de influência da UTGCA? E) Dados de dinâmica populacional, tais como de taxas de crescimento anuais e fenologfa, em diferentes altitudes na FOD Atlântica, permitiriam determinar formas de manejo do fruto do Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), como forma de aumentar a renda de populações no entorno de Unidades de Conservação? O sitio de pesquisa está localizado em 4 Núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar? Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia. A vertente Picinguaba-Santa Virgínia-Cunha se justifica pela necessidade de cobrirmos todas as fitofisionomias que compõem a Floresta Ombrófila Densa Atlântica: Floresta de Restinga (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa Submontana (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa Montana (Santa Virgínia) e Floresta Ombrófila Densa Alto Montana (Cunha). A inclusão das áreas no Núcleo Caraguatatuba se justifica peio objetivo de monitorar, a
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médio e longo prazo, os possíveis impactos da UTGCA na Floresta Ombrófila Densa Atlântica. Considerando que o projeto se desenvolverá sobre uma base de conhecimento acumulada nos últimos 10 anos, nos próximos 4 anos será possível alcançarmos os seguintes objetivos: a) na questão relacionada à biodiversidade, estrutura e dinâmica do componente arbóreo da Floresta Ombrófila Densa Arbórea será possível determinar quais os principais fatores abióticos que determinam o limite de ocorrência das espécies. Desta forma será possível rever a classificação de Veloso et al (1991), adaptando-a para um recorte regional; b) na questão relacionada ao papel de FODA como sumidouro ou fonte de emissão de CO2, teremos uma série temporal de 5 anos contínuos de medição, o suficiente para determinação de tendências valores do balanço líquido; c) na questão relacionada ao tempo de residência do carbono na vegetação e solo teremos uma linha de base estabelecida de forma a médio prazo podermos determinar as tendências e os valores, complementando o item acima; d) na questão relacionada ao impacto da deposição de compostos oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em Caraguatatuba, além da linha de base já poderemos indicar tendências; e) Na questão relacionada ao
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manejo do fruto de Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), integrando nossos dados aos já existentes e/ou que estão sendo gerados por outros projetos na região, estaremos em condições de determinar cotas de coleta de frutos em cada fitofisionomia da FODA. METODOLOGIA 1) Parcelas Permanentes & Florística e Fitossociologia No estudo do componente florístico fitossociológico serão utilizadas as 18 Parcelas Permanentes já instaladas na região, prevendo-se a instalação de xx novas parcelas para inclusão de parcelas nas cotas 1.200 e 1.500 m bem como de parcelas onde a floresta está em regeneração e o histórico de perturbação seja conhecido. A implantação das Parcelas Permanentes, plaqueamento, mapeamento e medição de indivíduos com DAP ≥ 4,8 cm, segue o protocolo RAINFOR adaptado por Joly et al (2012). 2) Balanço do CO2 A Torre Micrometeorológica de Fluxo, que estuda as interações floresta-atmosfera no que tange a trocas de CO2 e água, foi implantada no Núcleo Santa Virgínia/PESM entre 2007 e 2008, pelo Projeto Temático BIOTA Gradiente Funcional. O sítio experimental está estabelecido na microbacia do Ribeirão Casa de Pedra (RCP), com área de ~2,5 km2, altitude de 900 a 1000 m, definida entre 23º17' a 23º24'S, e 4Sº03' a 45º11' W. 3) Tempo de Residência do
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carbono Medições da dinâmica de madeira em parcelas permanentes serão usadas para estimar o tempo de residência de C no compartimento chamado de Madeira Morta, ou ?coarse wood debris - CWD?. Amostragem de tronco e raízes das árvores serão utilizadas para análise radiocarbônica da celulose. A quantificação da produção anual de raízes finas será feita através de coletores com diâmetro de 14cm e profundidade de 30cm. O conteúdo de radiocarbono na serapilheira, nas raízes mortas e na matéria orgânica do solo será usado para determinar o tempo de residência do carbono nestes compartimentos do ecossistema. Finalmente, o teor de 14C no CO2 respirado da superfície do solo e em incubações será usado para estimar a idade média de carbono respirado do ecossistema. 4? Impactos da deposição de compostos nitrogenados da UTGCA Serão utilizados amostradores passivos para deposição de N via NO2, HNO3, NH4, e mostradores ativos (aerossóis) para NO3- e NH4+. Alterações no solo serão monitoradas com coletas e análises químicas sistemáticas a cada 6 meses. Serão selecionadas espécies arbóreas que ocorram tanto nas proximidades da UTGCA (Núcleo Caraguatatuba) como fora de sua área de influência (Núcleo Picinguaba) para o acompanhamento de
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possíveis alterações no metabolismo do nitrogênio. O Crescimento de indivíduos destas espécies nas duas áreas, controle e sob impacto da UTGCA, será acompanhado com bandas dendrométricas para o monitoramento de possíveis alterações nas taxas de crescimento. Através de equações o incremento no diâmetro poderá ser transformado em carbono, e a comparação entre as áreas permitirá determinar se o incremento de nitrogênio no solo, por deposição dos compostos emitidos pela UTGCA, altera a taxa de fixação de carbono. 5? Manejo sustentável do fruto de Euterpe edulis Mart. (Arecaeae) Atualmente o principal Produto Florestal Não Madeireiro da Floresta Ombrófila Densa Atlântica é o palmito da palmeira juçara (Euterpe edulis Mart.), cuja extração provoca a morte da palmeira e causa sérias alterações ambientais. No entanto, esta palmeira oferece outro recurso econômico de grande valor e de menor impacto ambiental, que é a polpa do fruto, similar em aparência e valor nutricional ao açaí extraído da espécie amazônica, o Euterpe oleracea Mart. O Plano de Manejo do Núcleo Picinguaba do PESM define áreas com possibilidade de usos especiais, denominadas Zonas Histórico-Culturais Antropológicas (ZHCA), devido à presença das comunidades tradicionais. A exploração do fruto de juçara já vem
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acontecendo em ZHCA no entorno do Núcleo Picinguaba, em áreas de florestas de terras baixas e submontana desde 2005 e em Zonas de Amortecimento no entorno do Núcleo Santa Virginia. O objetivo deste subprojeto é gerar, através de censos anuais e estudos fenológicos um conjunto de dados sólidos que permitam a determinação de cotas de extração de frutos que contribuam com a renda das populações tradicionais, sem afetar a regeneração e manutenção da população da espécie. (AU)
05/51011-6
Biologia da polinização e reprodução de espécies arbóreas da família Fabaceae, polinizadas por
Mardiore Tanara Pinheiro dos Santos
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Marlies Sazima Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Ciências Biológicas
01/09/2005
31/08/2007
462
abelhas, de Floresta Atlântica no Sudeste do Brasil
07/02947-4
Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação da biomassa arbórea em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, SP
Marcos Augusto da Silva Scaranello
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Plínio Barbosa de Camargo
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas
01/07/2007
31/12/2007
05/59168-1
Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar
Enio Egon Sosinski Junior
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Ciências Biológicas
01/04/2006
31/03/2009
09/03667-0
Demografia de queixada (Tayassu pecari) analisada através de DNA fecal no Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, SP
Ana Carolina Dalla Vecchia
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Pedro Manoel Galetti Junior
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/08/2009
31/01/2010
06/57010-4
Produtividade primária líquida em diferentes fitofisionomias do Parque Estadual da Serra do Mar, SP
Cristina Aledi Felsemburgh
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Plínio Barbosa de Camargo
Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Biológicas
01/12/2006
31/03/2008
06/59536-3
Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em
Rodrigo Trevisan
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Jorge Marcos de Moraes
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/03/2007
28/02/2009
463
uma microbacia com plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de São Paulo
06/50014-4
Dinâmica e estrutura populacional de quatro espécies arbóreas no Núcleo Picinguaba e Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, SP
Carolina Bernucci Virillo
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Flavio Antonio Maës dos Santos
Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Biológicas
01/07/2006
03/02/2010
06/51488-0
Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na microbacia do ribeirão do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia
Juliano Daniel Groppo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Biológicas
01/07/2006
30/06/2010
05/57549-8
Perdas de nitrogênio pela emissão de gases e sua relação com a decomposição da liteira e biomassa de raízes na floresta de Mata Atlântica
Eráclito Rodrigues de Sousa Neto
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/03/2006
29/02/2008
06/54292-9
Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma microbacia de primeira ordem com cobertura de pastagem no
Luiz Felippe Salemi
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/09/2006
31/08/2008
464
litoral norte do Estado de São Paulo
14/01245-0
Avaliação da influência da exclusão experimental de vertebrados insetívoros na decomposição de folhas de três espécies sob diferentes coberturas do solo no Parque Estadual da Serra do Mar - núcleo santa virgína
Gabriela Garcia Medeiros
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/07/2014
31/03/2016
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
The diversity of the Atlantic Forest is threatened constantly due to habitat loss caused by the destruction and alteration of natural environments . Many studies have shown that specialists mammals and birds ( eg insectivores ) are very sensitive to fragmentation of the environment , tend to disappear in open areas , and in the loss or deletion experiment, of these animals, causing the increase of the density of arthropods and rates of herbivory and causing a top-down effect that will even influences the cycling of nutrients. This project aims to investigate how the decomposition rates are modified by experimental exclusion of insectivorous vertebrates in an area with different soil covers in the Tropical Rainforest. Exclusion vertebrates plots and control plots will be allocated in areas with different soil covers to evaluate how the top-down effect and its possible changes in nutrient cycling occurs .Thus , it is intended to generate knowledge about the reflections caused by forest fragmentation on ecosystem functions such as decomposition, and provide information that may assist in conservation practices and management . (AU)
465
09/15175-5
Ciclagem do fósforo em Floresta Ombrófila Densa dos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia -SP
Denise Teresinha Gonçalves Bizuti
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Marisa de Cassia Piccolo
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Agrárias
01/03/2010
28/02/2011
07/04073-1
Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo
Alexandra Sanches
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Mauro Galetti Rodrigues
Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Ciências Biológicas
01/05/2008
30/04/2012
Mammal populations, especially of medium and large-sized species, have been suffering significant reductions as a result of hunting, habitat loss and fragmentation induced by human economical development. The disruption of continuous environments, such as fragmentation, highways and agricultural areas, may cause serious consequences in the gene flow of mammalian species. Tapir (Tapirus terrestris) is one of the most aimed large-sized mammals for hunting and has suffered a drastic population reduction even in the continuous forests of the Atlantic rainforest. Two large areas of Atlantic Forest in São Paulo state (Southeast Brazil) probably contain the largest populations of this megaherbivore, Serra do Mar and Serra de Paranapiacaba. This project will investigate tapirs through non-invasive genetic analysis of faecal samples in two corridors: Serra do Mar Corridor (Santa Virgínia, Cunha, Picinguaba, Pedro de Toledo e Caraguatatuba Stations) and Serra de Paranapiacaba Corridor (Parque Estadual do Alto do Ribeira, PE Intervales, PE Carlos Botelho e PE Jacupiranga), besides the areas linking these two
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corridors (PE Jurupará e EE Jureia-Itatins), with the use of microsatellites markers. This study complements part of the Biota project entitled "Trophic cascades in a defaunated landscape: the Atlantic rainforest perspective" and results are intended for helping in the estimates of population minimun number and genetics diversity of these populations, besides mapping the individuals in the areas, verifying the movement pattern and gene flow of this important megaherbivore. Genetic data will be supplemented with landscape data aiming to verify the effects of the landscape structure on the distribution and movement of these animals. This project has already been initiated with the isolation of microsatellites markers. A total of 67,064 pb was sequenced and 18 microsatellites were identified, for 16 was possible the designing of primers. The loci characterization has been iniciated. This genetic investigation may provide valuable information since there is no data concerning the genetic diversity of T. terrestris that have an important function as seed dispersers and are considered vulnerable and suffer a great hunting pressure. Studies on biology, ecology and monitoring of the genetic variability of populations of these organisms are very important, because all scientific information has a
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strategic role not only in the management and conservation of the species, but also in the sustainability of the ecosystem studied. (AU)
00/12405-5
Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta Atlântica do núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP
Renato Matos Marques
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Nivar Gobbi
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas
01/02/2001
31/12/2001
93/03717-8
A sucessão secundária em floresta na encosta Atlântica - SP
Marcelo Tabarelli
Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IB)
Waldir Mantovani
Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Biológicas
01/04/1994
30/09/1997
468
10/13593-1
O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em uma Floresta Ombrófila Densa situada no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia
Sílvia Rafaela Machado Lins
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/03/2011
28/02/2013
The Atlantic Tropical Forest occurred mainly along the Brazilian coast line. Due to large variations in climatic conditions and north-south latitudes this forest is characterized by a high biodiversity. Among the several botanical families present in this biome, the Fabaceae family has a significant ecological role not only due its abundance and wide distribution, but as well as for having an important role in the terrestrial nitrogen cycle. The N input in a reactive form determines the functioning and also influence the structure of an ecosystem. Studies conducted by our group have shown that Atlantic tropical forests located in lower altitudes has a more open nitrogen cycle, while, the same forest located at higher altitude (1000m) has a more closed nitrogen cycle, although their soils are richer than soils at lower altitudes. Interestingly enough, the number of trees of the Fabaceae family is higher at higher altitudes than at lower altitudes. This seems paradoxical because the existence of these trees would indicate a larger input of nitrogen leading to a more open nitrogen cycle. Under this scenario the main objective of this project is to investigate the role of Fabaceaes on the nitrogen and other nutrients cycles in two Atlantic forests, with distinct characteristics of the nitrogen cycle. One with a open nitrogen cycle located a
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at 100m of altitude and another with a closed nitrogen cycle located at 1000 m of altitude. (AU)
10/13592-5
Ciclagem de nutrientes em áreas de pastagem sob regeneração natural no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Santa Virgínia
Juliana Gonçalez Gragnani
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/03/2011
31/05/2011
10/51494-5
Biologia reprodutiva e polinização de espécies de Melastomataceae em duas áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil
Vinicius Lourenço Garcia de Brito
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Marlies Sazima Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Biológicas
01/10/2010
31/07/2014
07/57285-6
Estrutura e funcionamento de um trecho de Floresta Ombrófila Densa Montana com bambus do Núcleo Santa Virgínia/PESM, SP
Maira de Campos Padgurschi
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/03/2008
28/02/2010
470
11/09241-5
Manejo de frutos de Euterpe edulis Martius e uso múltiplo da Mata Atlântica em Ubatuba e São Luís do Paraitinga (SP) como estratégia de conservação
Saulo Eduardo Xavier Franco de Souza
Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ)
Edson José Vidal da Silva
Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Agrárias
01/10/2011
31/08/2014
Tropical forests satisfy multiple demands on products and services. Some species are crucial to subsistence and market economy of many communities along the Atlantic forests domain, such as juçara palm (Euterpe edulis). This species was decimated through high economic demand of its palm heart and the consequent predatory exploration, which in turn, stimulated the search for a less destructive use of this palm, considered very important for ecological functioning of the forests where it occurs. Recently, sustainable management focused on E. edulis fruits has been promoted in community based initiatives in "Serra do Mar", bringing optimistic perspectives for sustainable multiple use in these areas. The purpose here is to investigate the multiple use management as a catalyst of community "empowerment" and biodiversity conservation. Thus, some questions are to answered: 1) How does the tree community of different managed areas vary and which are the species most valued by local people? 2) How does E. edulis fruit management and multiple use area characterized in the study area? 3) How does E. edulis fruit harvesting affect its population dynamics and individual vital rates? What are the harvesting limits and management strategies recommended? 4) Which are the best techniques to restore populations of this species? 5)
471
How scientists and local managers could contribute to apply adaptive participative management? For these, areas inside and next to "Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) - Núcleos Picinguaba and Santa Virgínia" will be focused. There live rural producers, "caiçaras" and "quilombola" communities. The sampling of forest survey will be systematic stratified, while interviews with local people and participant observation will allow calculate the use value of each cited species. Multiple use management potential in the study areas will be assessed through ecological sustainability indicators. The impacts of E. edulis fruit management will be assessed by monitoring managed and non managed populations in permanent plots, and by constructing transition matrices to estimate sustainable harvesting limits for the species. Five techniques to restore populations will be tested in the field. Finally, the main complementary aspects between local and scientific knowledge will be identified, as will the main tools to apply the concept of adaptive participative management of E. edulis in the different focal communities. (AU)
472
10/19951-7
"comparação entre dossel e subosque de uma área de Floresta Ombrófila Densa montanta (Mata Atlântica), Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia, São Paulo, Brasil"
Carolina Biscola Jardim
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)
Marco Antonio de Assis
Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Ciências Biológicas
01/03/2011
29/02/2012
Floristic and phytosociological studies are important for recognition of species, patterns of distribution and richness for the tree canopy and understory. Specifically in the State of São Paulo studies considering the lower strata and comparing it with the community of the canopy, are still not sufficient to understand certain patterns of richness and similarity. This study is part of a broader project, "Floristic composition and structure of the Atlantic Rain Forest on State Park of Serra do Mar, Sao Paulo Brazil (FAPESP / Biota 10/50811-7), which aims analyze the floristic composition and structure of this forest. Accordingly, this study aims to survey phytosociological understory component in an area of 0.4 ha in a Tropical Rainforest Montana, situated about 600 m in the Núcleo Santa Virginia State Park of Serra do Mar. For this, all will be sampled tree species that present PAP less than 15 cm (H e 1.5 m PAP <15 cm). In addition, we intend to analyze the results compared with the composition and structure of the upper stratum in the same area sampled. We beleve that there are possible species selectivity of the canopy, reflecting on the community structure of understory and that this component varies in species richness, density and frequency when compared to the upper stratum, contributing significantly to local species diversity. (AU)
473
10/52705-0
Dinâmica do nitrogênio e carbono em rios da bacia do alto Paraíba do Sul, Estado de São Paulo
Elizabethe de Campos Ravagnani
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Biológicas
01/05/2011
30/09/2014
07/58666-3
Diversidade, composição florística e biologia reprodutiva da comunidade de plantas esfingófilas de Floresta Ombrófila Densa Montana - Mata Atlântica, no sudoeste brasileiro
Felipe Wanderley de Amorim
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Marlies Sazima Bolsas no Brasil - Doutorado
Ciências Biológicas
01/03/2008
31/07/2012
07/57284-0
Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de Mata Atlântica no Nordeste do Estado de São Paulo
Larissa Giorgeti Veiga
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo Joly
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/03/2008
28/02/2010
08/50748-3
Distribuição espacial de insetos predadores em riachos da região norte da Serra do Mar, Estado de São Paulo
Gabriel Cestari Vilardi
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Susana Trivinho Strixino
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/08/2008
31/01/2010
08/52279-0
Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com cobertura florestal no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia
Elizabethe de Campos Ravagnani
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/08/2008
31/03/2010
474
08/52280-9
Alterações nos fluxos de gases do solo e na ciclagem de carbono e nitrogênio após aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica
Luiz Felipe Borges Martins
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/09/2008
31/08/2010
06/57135-1
Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa nos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar
Jose Ataliba Mantelli Aboin Gomes
Secretaria de Agricultura e Abastecimento (São Paulo - Estado). Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Instituto Agronômico (IAC)
Carlos Alfredo Joly
Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Ciências Biológicas
01/10/2006
30/09/2008
06/57790-0
Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil
Daiana Aparecida Correa
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Ciências Biológicas
01/10/2006
31/07/2007
06/60183-8
Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil
Simoni Cristiane Grilo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio Martinelli
Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Ciências Biológicas
01/12/2006
30/11/2008
475
12/25493-7
Políporos (Basidiomycota) do Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, SP, Brasil
Ricardo Matheus Pires
Secretaria do Meio Ambiente (São Paulo - Estado). Instituto de Botânica
Adriana de Mello Gugliotta
Bolsas no Brasil - Mestrado
Ciências Biológicas
01/06/2013
31/05/2015
The term polypore is used to describe fungi whose fertile part of basidiomata, typically located on the surface facing toward ground, characterized by the presence of basidia tubes internally coated by forming a pore himenial surface. The representatives of this group are mostly degrading lignin, presenting the basidiomata leathery woody, often perennial. Its main result of their ecological function as decomposers activity, constituting one of the key links in the cycling of nutrients. Despite the fundamental ecological importance of these fungi, the diversity of the group in Brazil is still poorly known. This situation remains in the state of São Paulo, where there are still large gaps in knowledge, even in the most studied biome yet, the Atlantic Forest. It is also worth mentioning that among the various inventories in the state, none addresses the diversity of the Parque Estadual da Serra do Mar, one of the main areas of preserved Atlantic Forest in the state. In order to contribute to an improvement in this framework, we propose the lifting of the Center Santa políporos Virginia State Park of Serra do Mar. The specimens will be identified by morphological and molecular analysis. For phylogenetic analyzes will be used ITS region, LSU and SSU. The DNA is extracted from the basidiomata fragments and regions of interest are amplified by means of PCR
476
reactions. The specimens collected and identified shall be deposited in the Collection of the Herbarium of Fungi Collection Maria P. Eneyda K. Fidalgo (SP) and the sequences obtained shall be deposited in GenBank. (AU)
Modelos de sustentabilidade de caça de subsistência na Serra do Mar, Mata Atlântica
Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Centro de Energia Nuclear na Agricultura
Rodrigo de Almeida Nobre
Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em Ecologia Aplicada
2007
Uma das principais dúvidas do pensamento moderno da conservação ambiental é se áreas naturais podem ser conservadas, se for dado direito de exploração dos recursos naturais dessas áreas a grupos de pessoas. Parte da comunidade científica considera negativa, aos propósitos de conservação, a permanência de populações humanas em áreas protegidas. Verifica-se que mesmo modelos de utilização do espaço e dos recursos naturais voltados essencialmente para a subsistência e com pequena demanda comercial, reduzem mais o habitat de várias espécies e apresentam níveis de exploração que podem extinguir populações silvestres. Outra parte da comunidade científica considera que, em regiões tropicais, essa postura restritiva, autoritária e dependente de fiscalização repressiva, não tem sido eficaz. Esta postura discrimina populaçõe tradicionais e as impede de reproduzir seu modo de vida, desenvolvendo
477
nestas uma postura anticonservacionista, que as leva à práticas predatórias do meio ambiente como meio de garantir sua subsistência e não cair na marginalidade ou na indigência. Diante de tais circunstâncias, o presente estudo objetivou conhecer as condições demográficas atuais das espécies silvestres alvos de caça, das características da atividade de caça praticada e dos possíveis limites sustentáveis da utilização da fauna existente para subsistência na porção norte do Parque Estadual da Serra Mar (PESM), em São Paulo. As amostragens foram realizadas entre os meses de junho de 2002 e julho de 2005. As densidades dos vertebrados cinegéticos foram calculadas utilizando o método de transecções lineares, e estimaram-se os tamanhos populacionais e a produtividade passível de caça sustentável. Compararam-se estes dados aos valores de pressão de caça (monitoramento e questionários) e ao consumo protéico da comunidade local para discussão da sustentabilidade da atividade atual. Os resultados indicaram que vários fatores comprometem a sustentabilidade da atividade de caça de subsistência na Serra do Mar. As densidades das populações humanas são altas e, consequentemente, acarretam níveis de pressão de caça e necessidade de ingestão protéica acima dos valores toleráveis pela
478
produtividade da comunidade de vertebrados cinegéticos estimados pelo modelo. Com a meta de conservar as espécies ameaçadas pela atividade de caça e, concomitantemente, os recursos utilizados pela população humana local, recomenda-se a intensificação da fiscalização a fim de coibir a atividade de caça, ao menos temporariamente, até que pesquisas futuras possam determinar melhoras nas condições demográficas das espécies silvestres, estabelecendo limites sustentáveis de uso mais elevados, permitindo o estreitamento das relações entre as populações humanas e as Unidades de Conservação, maximizando a eficiência dos propósitos de preservação da diversidade biológica.
479
Priority areas for the conservation of Atlantic forest large mammals
a Laboratório de Biologia da Conservação, Departamento de Ecologia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), C.P. 199, 13506-900 Rio Claro, SP, Brazil b Department of Biological Sciences, 371 Serra Mall, Stanford University, Stanford, CA 94305, USA c Pontifícia Universidade Católica (PUC), Belo Horizonte, MG, Brazil d School of Environmental Sciences, University of East Anglia, Norwich, United Kingdom
Mauro Galetti a,b,*, Henrique C. Giacomini a, Rafael S. Bueno a, Christine S.S. Bernardo a, Renato M. Marques a, Ricardo S. Bovendorp a, Carla E. Steffler a, Paulo Rubim a, Sabrina K. Gobbo a, Camila I. Donatti a,b, Rodrigo A. Begotti a, Fernanda Meirelles a, Rodrigo de A. Nobre a, Adriano G. Chiarello c, Carlos A. Peres d
2008
Large mammal faunas in tropical forest landscapes are widely affected by habitat fragmentation and hunting, yet the environmental determinants of their patterns of abundance remain poorly understood at large spatial scales. We analysed population abundance and biomass of 31 species of medium to large-bodied mammal species at 38 Atlantic forest sites (including three islands, 26 forest fragments and six continuous forest sites) as related to forest type, level of hunting pressure and forest fragment size using ANCOVAs. We also derived a novel measure of mammal conservation importance for each site based on a ‘‘Mammalian Conservation Priority index” (MPi) which incorporates information on species richness, population abundance, body size distribution, conservation status, and forest patch area. Mammal abundance was affected by hunting pressure, whereas mammalian biomass of which was largely driven by ungulates, was significantly influenced by both forest type and hunting pressure. The MPi index, when separated into its two main components (i.e. site forest area and species-based conservation index Ci), ordered sites along a gradient of management priorities that balances species-focused and habitatfocused conservation actions. Areas with the highest conservation priority were located in semi-deciduous forest fragments, followed by
480
lowland forests. Many of these fragments, which are often embedded within large private landholdings including biofuel and citrus or coffee crops, cattle ranches and pulpwood plantations, could be used not only to comply with environmental legislation, but also enhance the prospects for biodiversity conservation, and reduce edge effects and hunting.
481
Functional Extinction of Birds Drives Rapid Evolutionary Changes in Seed Size
1Departamento de Ecologia, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo , Brazil. 2Instituto de Ecología, A. C. Red de Biología Evolutiva, Carretera Antigua a Coatepec 351, Xalapa, Veracruz, 91070, Mexico. 3Instituto de Biodiversidade e Florestas, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, Pará, 68035-110, Brazil. 4Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro, Seropédica, Rio de Janeiro, 23.897-000, Brazil. 5Laboratório de Genética & Biodiversidade, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, 74001-970, Brazil. 6Departamento de Ecologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, 05508-90, Brazil. 7Departamento de Ciências Florestais, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz,” Universidade de São Paulo, Piracicaba, São Paulo, 13418-900, Brazil. 8Integrative Ecology Group, Estación Biológica de Doñana, EBD-CSIC, Sevilla, E-41092, Spain.
Mauro Galetti,1* Roger Guevara,2 Marina C. Côrtes,1 Rodrigo Fadini,3 Sandro Von Matter,4 Abraão B. Leite,1 Fábio Labecca,1 Thiago Ribeiro,1 Carolina S. Carvalho,5 Rosane G. Collevatti,5 Mathias M. Pires,6 Paulo R. Guimarães Jr.,6 Pedro H. Brancalion,7 Milton C. Ribeiro,1 Pedro Jordano8
Local extinctions have cascading effects on ecosystem functions, yet little is known about the potential for the rapid evolutionary change of species in human-modified scenarios. We show that the functional extinction of large-gape seed dispersers in the Brazilian Atlantic forest is associated with the consistent reduction of the seed size of a keystone palm species. Among 22 palm populations, areas deprived of large avian frugivores for several decades present smaller seeds than nondefaunated forests, with negative consequences for palm regeneration. Coalescence and phenotypic selection models indicate that seed size reduction most likely occurred within the past 100 years, associated with human-driven fragmentation. The fast-paced defaunation of large vertebrates is most likely causing unprecedented changes in the evolutionary trajectories and community composition of tropical forests.
482
EXTINÇÃO ECOLÓGICA DE GRANDES HERBÍVOROS E DIVERSIDADE DE PLANTAS EM UM GRADIENTE DE DEFAUNAÇÃO NA MATA ATLÂNTICA
Dissertação apresentada ao Instituto de Biociências do Câmpus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Meste em Ciências Biológicas (Zoologia).
GABRIELA SCHMAEDECKE
2013
O impacto humano sobre os ecossistemas tropicais tem um amplo efeito sobre a população dos grandes vertebrados. A ausência dos grandes mamíferos causa uma falta de seus processos fundamentais sobre comunidades de plantas como a herbivoria, o pisoteio, a predação e a dispersão de sementes. A perda de espécies resulta em perda de funções ecológicas o que altera o próprio funcionamento do ecossistema. Essa dissertação está organizada em dois capítulos: Primeiro (Capítulo I: A defaunação seletiva de mamíferos altera sua diversidade funcional em florestas atlânticas contínuas) nós analisamos como mudanças na riqueza e abundância de espécies de mamíferos de médio e grande porte afetam a diversidade funcional em Florestas Atlânticas tropicais brasileiras. Encontramos que, apesar das quatro áreas estudadas fazerem parte do mesmo contínuo de Floresta Atlântica, a riqueza e a abundância de espécies não são similares entre elas, e em uma das quatro áreas encontramos diversidade funcional alterada, o que revela a existência de comunidades de grandes mamíferos distintas nas áreas. Segundo (Capítulo II: Consequências da extinção de herbívoros sobre a diversidade de plantas em um gradiente de defaunação) nós investigamos se a ausência de grandes mamíferos altera a
483
riqueza, densidade e beta diversidade de plântulas em florestas tropicais, a Floresta Atlântica Brasileira. Nós concluímos que apesar do fato de as quatro áreas fazerem parte de um mesmo contínuo de Floresta Atlântica, nós encontramos que em áreas com queixada, a presença dos grandes mamíferos herbívoros (parcelas abertas) causou uma tendência tanto no declínio na densidade de plântulas quanto no aumento da beta diversidade, como esperávamos, mas não encontramos um padrão para seu efeito sobre a riqueza de plântulas. Nas áreas sem queixada, a presença dos grandes mamíferos herbívoros (parcelas abertas) não causou mudanças na riqueza e na beta diversidade das plântulas, como esperávamos, mas não encontramos um padrão pra seu efeito sobre a densidade de plântulas. A extinção dos grandes mamíferos pode resultar em consequências preocupantes sobre comunidades de plantas, sendo o queixada, Tayassu pecari, o maior modificador de comunidades de plantas, o que torna a conservação do queixada fundamental para um melhor funcionamento do ecossistema. O conhecimento das consequências da extinção de espécies de mamíferos particulares permitirá um entendimento melhor de cada parte da teia alimentar dos mamíferos tropicais, e por sua vez, um melhor delineamento das estratégias de
484
conservação.
485
Density and Spatial Distribution of Buffy-tufted-ear Marmosets (Callithrix aurita) in a Continuous Atlantic Forest
Darren Norris & Fabiana Rocha-Mendes & Renato Marques & Rodrigo de Almeida Nobre & Mauro Galetti
The continued degradation of forest habitats and isolation of fragmented populations means that the conservation of endemic marmosets in the Brazilian Atlantic forest depends on human interventions including legal protection. Population monitoring is required to ensure effective management and appropriate allocation of conservation resources; however, deriving estimates of population metrics such as density within heterogeneous environments is challenging.We aimed to quantify the population density and spatial distribution of buffy-tufted-ear marmosets (Callithrix aurita) in the northern region of Serra-do-Mar State Park. We incorporated habitat suitability as quantified by a niche modeling algorithm (MAXENT) to refine density estimates obtained via distance methods. We used 6 environmental predictors to model the distribution of Callithrix aurita and used the resulting MAXENT niche model to identify environmental conditions that represent suitable habitat for this species. We used 877.7 km of line transect surveys and distance methods to derive estimates of 2.19 groups or 7.55 individuals/km2 from direct observations (n=40), providing an overall population estimate of 1892 (95% CI=1155–3068) individuals in 250.7 km2 of Atlantic forest. Our refined density estimate, obtained by
486
combining distance methods and a niche model, yielded a result of 1386 individuals. Suitable habitat was not uniformly distributed across the study area and was most strongly associated with altitude and the type of vegetation cover. We provide a review of previous surveys and find this is the largest known population of Callithrix aurita. Our refinement of density estimates provides a simple and informative addition to the primatologist’s toolbox.
How to not inflate population estimates? Spatial density distribution of white-lipped peccaries in a continuous Atlantic forest
1 Laborat ´ orio de Biologia da Conservação, Departamento de Ecologia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rio Claro, SP, Brazil 2 Neotropical Institute: Research and Conservation, Curitiba, PR, Brazil 3 Departamento de Ciências Florestais, Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brazil 4 Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia, São Luiz de Paraitinga, SP, Brazil
D. Norris1, F. Rocha-Mendes1,2, S. Frosini de Barros Ferraz3, J. P. Villani4 & M. Galetti1
In a world with poor biological inventorying and rapid land-use change, predicting the spatial distribution of species is fundamental for the effective management and conservation of threatened taxa. However, on a regional scale, predicting the distribution of rare terrestrial mammals is often unreliable and/or impractical, especially in tropical forests. We apply a recently developed analytic process that integrates density estimation (kernel smoothing), niche-analysis and geostatistics (regression-kriging) to model the occupancy and density distribution of a threatened population of white-lipped peccaries Tayassu pecari in a Brazilian Atlantic forest. Locations (n=45) within a protected area of the Serra-do-Mar state park were obtained from diurnal line transect census (233 km),
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camera-trapping (751 camera-trap days) and surveys (4626 km) conducted by park rangers. Niche modelling (environmental niche-factor analysis and MAXENT) revealed a restricted niche compared with the available habitat as defined by seven environmental variables. From the occupancy model obtained from regression-kriging, we found that 72% of a 170km2 protected area is likely to be used by peccaries. We demonstrate that the distribution of large mammals can be restricted within continuous areas of Atlantic forest and therefore population estimates based on the size of protected areas can be overestimated. Our findings suggest that the generation of realized density distributions should become the norm rather than the exception to enable conservation managers and researchers to extrapolate abundance and density estimates across continuous habitats and protected areas.
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Mamíferos não voadores do Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil
1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Área de Zoologia. Universidade Estadual Paulista (UNESP). http://www.rc.unesp.br/ib/zoologia/posgrad/index.html 2 Laboratório de Biologia da Conservação, Departamento de Ecologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP). Caixa Postal 199, CEP 13506-900 Rio Claro, São Paulo, Brasil. http://web.me.com/galetti/Labic/Welcome.html 3 Instituto Neotropical: Pesquisa e Conservação,CP 19009, CEP 81531-980, Curitiba, PR, Brasil. http://www.institutoneotropical.org 4 autor para correspondência, frm@institutoneotropical.org
Fabiana Rocha-Mendes1,2,3,4 Carolina Lima Neves1,2 Rodrigo de Almeida Nobre2 Renato Matos Marques2 Gledson Vigiano Bianconi3 Mauro Galetti1,2
Este estudo apresenta dados de riqueza de espécies de mamíferos não voadores da porção norte do Parque Estadual da Serra do Mar, chamada de núcleo Santa Virgínia (NSV), estado de São Paulo, sudeste do Brasil. A listagem de espécies foi elaborada (período de 2002 a 2009) por meio de ca. 660 km de transecções lineares, 25.512 horas de armadilha fotográfica, 394 armadilhas-de-pegada.dia, registros ocasionais e relatos de moradores da região (entrevistas) para mamíferos de médio e grande porte, e 7.440 armadilhas.noite para pequenos mamíferos. Foram registradas 58 espécies de 81-100 de possível ocorrência dada suas potenciais distribuições. Dezoito espécies fazem parte da lista nacional da fauna ameaçada de extinção e 27 da lista estadual. A elevada riqueza de mamíferos não voadores com suas espécies ameaçadas, indica a importância do NSV para conservação da mastofauna regional.
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Caracterização do perfil e da qualidade da experiência do praticante de rafting no Parque Estadual Serra do Mar − Núcleo Santa Virgínia
1Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPG-CA) Universidade de Taubaté, Taubaté, SP, Brasil 2Instituto Florestal, (IF) Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil *Autor correspondente: e-mail: maria.cocco@unitau.br, pereira.paula.geografia@gmail.com, flaviomalta@terra.com.br, mjesusrobim@gmail.com
Ana Paula Pereira1; Maria Dolores Alves Cocco1*; Flávio José Nery Conde Malta1; Maria de Jesus Robim2
O presente estudo visa subsidiar ações voltadas à implementação do rafting no Parque Estadual Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia (PESM-NSV). Teve como principal objetivo conhecer o perfil e o nível de satisfação dos praticantes de rafting no Núcleo Santa Virgínia. Para a coleta de dados foram utilizados questionários com perguntas fechadas e abertas, para identificação do perfil socioeconômico dos visitantes, informações sobre a viagem, motivações, preferências e nível de satisfação em relação às atividades desenvolvidas, bem como percepções sobre a experiência e mínimo impacto. Os dados foram analisados e tabulados e, posteriormente, realizou-se a análise de correspondência, para verificar a relação entre as variáveis ‘satisfação’ e ‘idade’, utilizando o aplicativo estatístico MINITAB. Dos 47 entrevistados, a maioria era do sexo masculino (66%), sendo 55,5% da faixa etária compreendida entre 19 e 30 anos, e 49% dos participantes do estudo possuíam nível superior completo. Em geral, os entrevistados apresentaram-se satisfeitos. Entretanto, ressaltaram alguns aspectos da gestão do rafting que poderiam ser melhorados, tais como diminuição de custos para realizar a atividade, e divulgação e melhoria da infraestrutura, principalmente, na área de desembarque no final do percurso. Conclui-se que os
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praticantes do rafting apresentam um perfil elitizado, com alta escolaridade, e demanda por serviços e produtos de qualidade.
Efeitos da defaunação na herbivoria, pisoteio de plântulas, remoção e predação de sementes na Floresta Atlântica
Tese apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Ciências Biológicas – Zoologia
Fabiana Rocha Mendes
2010
Existe um gradiente de cenários cuja composição, abundância e biomassa de animais podem estar praticamente intactas ou encontrar-se em seu maior grau de comprometimento (“síndrome de floresta vazia”). Em diversos níveis de defaunação, processos ecológicos podem ser interrompidos pela falta de interações, modificando a dinâmica do ambiente. Visto que a Floresta Atlântica ainda possui razoáveis extensões e diferentes situações no que diz respeito à composição mastofaunística, ela é um cenário interessante para o estudo da defaunação e suas implicações. Assim, o presente estudo caracterizou a comunidade de mamíferos em duas áreas geograficamente próximas desse bioma e avaliou os efeitos da defaunação sobre parâmetros e processos de estruturação de comunidades vegetais. Os resultados indicaram uma mastofauna semelhante em
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riqueza, mas com discrepância na abundância e biomassa das espécies. Diferenças nas abundâncias de alguns táxons, com destaque para o queixada (Tayassu pecari), tiveram efeitos significativos sobre a diversidade, biomassa e pisoteio de plântulas. A intensidade de pisoteio apresentou relação negativa com a defaunação, enquanto que a biomassa e a diversidade de plântulas foram maiores na área com menor biomassa animal. Embora tenha sido detectada a ação do queixada em aspectos da dinâmica populacional do palmito (Euterpe edulis), dentro do espaço e tempo amostral, não foram percebidas consequências drásticas em relação à abundância desse ungulado sobre as comunidades dessa palmeira. De maneira semelhante, a dispersão de sementes de indai-açu (Attalea dubia) não parece ser diretamente afetada pela abundância de mamíferos herbívoros, visto que o seu principal agente dispersor, o serelepe (Sciurus aestuans), não demonstra sofrer com a pressão de caça no bioma. Mesmo em pequena escala temporal (dois anos de avaliação), percebe-se o efeito da defaunação em parâmetros da vegetação. O conjunto de dados apresentados confirma a existência de estreita relação entre os mamíferos e os diversos aspectos da comunidade vegetal, contribuindo para o
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conhecimento dos efeitos da perda de espécie animais sobre a dinâmica da Floresta Atlântica.
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