Post on 16-Jul-2020
1. Qual será o veículo para o
desenvolvimento deste subprojeto?
PARTES
Universidade Federal da Bahia
2. O que nos motivou a desenvolver esta
pesquisa?
3. Como definiremos as áreas prioritárias
para conservação de anfíbios?
4. Resultados previstos: áreas prioritárias
5. Há congruência entre as áreas prioritárias
do MMA e nossas áreas prioritárias?
Por: Marcelo Felgueiras Napoli
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
SUBPROJETO 1: Vicariância, endemismos e conservação dos
anfíbios do estado da Bahia
6. Métodos alternativos à Análise de
Parcimônia de Endemicidade - PAE
Por:
Marcelo Felgueiras Napoli
PARTE 1:
Universidade Federal da Bahia
Qual será o veículo para o
desenvolvimento deste
subprojeto de pesquisa?Ceratophrys joazeirensis
Corythomantis greeningi
Vicariância, endemismos e conservação
dos anfíbios do estado da Bahia
Veículo para o desenvolvimento deste subprojeto
• Veículo: Dissertação de Mestrado junto ao Programa de Pós-Graduação em
Ecologia e Biomonitoramento da UFBA.
• Título da Dissertação: Vicariância, endemismos e conservação dos anfíbios do
estado da Bahia
• Período de desenvolvimento: 2015-2016.
• Autor da Dissertação: Dinéia Pires Santos
• Orientador: Marcelo Felgueiras Napoli
• Coorientador: Ariane Lima Xavier
• Pesquisadores: Líderes de Grupos de Pesquisa da Rede
Artigo Publicado: SANTOS, D.P.; LÍDERES DE GRUPOS DE
PESQUISA DA REDE; NAPOLI, Marcelo Felgueiras (2017)
Vicariance, endemism, and amphibian conservation of the
reach and threatened landscapes of the Bahia state in Brazil.
RESULTADO ESPERADO:
Por:
Marcelo Felgueiras Napoli
PARTE 2:
Universidade Federal da Bahia
O que nos motivou a
desenvolver esta pesquisa?
Ceratophrys joazeirensis
Corythomantis greeningi
Vicariância, endemismos e conservação
dos anfíbios do estado da Bahia
Perguntas, objetivos e justificativas
Pergunta principal (motivação inicial): As áreas prioritárias para conservação da
biota brasileira, definidas pelo MMA no ano de 2007, são coincidentes com as
áreas prioritárias para conservação dos anfíbios no estado da Bahia?
1
2 Objetivos:
(1) identificar ‘hot spots’ de anfíbios no estado da Bahia nos principais domínios
ou biomas do estado: Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado; e
(2) verificar se as áreas prioritárias definidas pelo MMA (2007) coincidem com os
‘hot spots’ para a conservação dos anfíbios.
3 Justificativas:
(i) Não há para o estado da Bahia publicação que verse especificamente sobre a
determinação de áreas prioritárias para conservação que considere
simultaneamente estudos que identifiquem áreas de endemismo ou de elementos
bióticos, distribuição geográfica das espécies a partir de banco de dados ‘robusto’ e
outras variáveis de interesse, simultaneamente.
(iii) Definição de áreas prioritárias pelo MMA desprovida de métodos robustos de
delimitação destas áreas, por vezes calcado em opiniões pessoais subjetivas
oriundas de estudos não metódicos ou não delineados para este fim (Camardelli &
Napoli, 2012)
Por:
Marcelo Felgueiras Napoli
PARTE 3:
Universidade Federal da Bahia
Como definiremos as áreas
prioritárias para conservação
de anfíbios?Ceratophrys joazeirensis
Corythomantis greeningi
Vicariância, endemismos e conservação
dos anfíbios do estado da Bahia
Material e Métodos p.1
Subprojeto 1: Vicariância, endemismos e conservação dos
anfíbios do Estado da Bahia
- Determinação de áreas prioritárias para a conservação de
anfíbios.
Subprojeto 2: Taxonomia integrativa de
anfíbios como subsídio para sua
conservação.
- Em anfíbios, a existência de complexos de
espécies gera um dos maiores problemas
na taxonomia. Estes complexos,
usualmente espécies crípticas,
subestimam a riqueza de espécies de uma
determinada região, gerando equívocos
em decisões relacionadas à conservação;
- Morfologia, Padrões de colorido,
Bioacústica, Genética molecular.
Subprojeto 3: O efeito das
mudanças climáticas sobre os
anfíbios.
- Estudo da amplitude da tolerância
térmica em girinos de anuros;
- Na Bahia ainda não foi realizado
nenhum estudo visando
determinar a Tmax. e Tmin. de
anfíbios e o seu risco de extinção
perante as mudanças climáticas.
Material e Métodos p.2
Fonte de dados:
1.1 – Coleções Zoológicas: MZFS, MZUESC, MZUFBA [demais coleções de referência
da rede]. Adicionalmente: MNRJ, MZUSP, UNB, UFG.
1.2 – Listas de espécies complementares (detalhadas) elaboradas pelos membros
da rede;
1.3 – Dados secundários: monografias, artigos, dissertações, teses [somente após
leitura crítica dos dados].
1
2 Indicadores (parâmetros utilizados para obtenção de ‘hot spots’):
2.1 – Endemismos
2.2 – Riqueza de espécies + complementariedade
2.3 – Espécies ameaçadas
2.4 – Espécies raras
2.5 – Espécies com distribuição geográfica muito restrita
3 Métodos analíticos:
3.1 – Endemismos: Análise de Parcimônia de Endemicidade – PAE (*Mas, ver adiante)
3.2 – Espécies ameaçadas: categorias de ameaça da IUCN (2001)
3.3 – Áreas prioritárias: Somatório (não ponderado) de indicadores
3.4 – Ordem de priorização: Grau de importância de cada área + DESEMPATE POR
Análise de complementariedade (Humphries et al., 1991)
Material e Métodos p.3
Delineamento: Síntese – EXEMPLO (CAMARDELLI & NAPOLI, 2012)
Unidades Geográficas Operacionais (OGUS): quadrados 1º latitude x 1º
longitude (Morrone & Escalante, 2002). *MAS... VER OPÇÕES AO FINAL
1
Material e Métodos p.4
Análise de Parcimônia de Endemicidade: PAE (Rosen, 1988; Morrone,
1994) – ETAPAS. = ÁREAS DE ENDEMISMO DEFINIDAS POR DUAS OU MAIS ESPÉCIES
EXCLUSIVAS (SINAPOMORFIAS)
(1) Seleção de unidades geográficas operacionais (OGUs); OK (etapa anterior)(2) Construção de matriz de espécies vs. OGUs;
(3) Análise de parcimônia da matriz de dados;
(4) Identificação das OGUs ou grupos de OGUs com ao menos duas espécies
endêmicas (EXCLUSIVAS);
(5) Mapeamento de localidades onde espécies endêmicas ocorrem em cada
OGU ou grupo de OGUs para delinear os limites de cada área de endemismo.
2
Matriz de dados binários: 0, ausência; 1, presença
Sp.1 Sp.2 Sp.3 Sp.4 Sp.5 Sp.6 Sp.7 Sp.8 Sp.n
Q1 1 0 1 1 1 1 1 0
Q2 0 1 1 0 0 1 1 0
Q3 0 1 1 0 0 0 1 0
Q4 0 0 1 1 0 0 0 1
Qn
Material e Métodos p.5
Quadrados ou
Localidades
Presença de
anfíbios
endêmicos
Riqueza alta/
muito alta
Espécies
ameaçadas
Espécies restritas:
uma localidade∑ Importância
Local 1 (Q2-Q4) 1 1 1 1 4 EA
Local 2 (Q25, Q27) 1 1 1 1 4 EA
Local 3 (Q33-Q36) 1 1 0 1 3 MA
Ordem de prioridadeQuadrados ou
Localidades
Grau de
importânciaQuadrados
No. de espécies
complementares% acumulativa
1 Local 1 EA Q2-Q4 53 51,5
2 Local 3 MA Q33-Q36 16 67,0
3 Local 2 EAQ25, Q27
7 73,8
Definição de Áreas Prioritárias
(i) Ranqueamento de áreas de baixa importância a importância extremamente
alta + Desempate por (ii) Espécies complementares.
Exemplo 1: Priorização por Grau de Importância
Exemplo 2: Priorização pela complementariedade de Humphries et al. (1991)
3
Por:
Marcelo Felgueiras Napoli
PARTE 4:
Universidade Federal da Bahia
Resultados previstos: as áreas
prioritáriasCeratophrys joazeirensis
Corythomantis greeningi
Vicariância, endemismos e conservação
dos anfíbios do estado da Bahia
Resultados: Áreas de Endemismo p.1S
EM
IÁR
IDO
CA
AT
ING
A
Número de espécies
endêmicas suportando
a área de endemismo
EXEMPLO
(Camardelli & Napoli, 2012)
Resultados: Riqueza de Espécies p.2
Histogramas de distribuição das Unidades
Geográficas Operacionais (quadrados) pela
riqueza de espécies de anfíbios.
(a) Semiárido Nordestino Brasileiro
(b) Bioma Caatinga
• Riqueza baixa, 8–10 spp.
• Riqueza média, 11–20 spp.
• Riqueza alta, 21–30 spp.
• Riqueza muito alta, 31–40 spp.
Resultados similares para os dois polígonos
Resultados: Áreas Prioritárias – Grau de Importância +
Complementariedade p.3
Priority
orderPriority areas Quadrats
Areas of
endemism
Restricted
species
Threatened
species
High or
very high
species
richness
SumDegree of
importance
Number
of
species
Residual
complement
1 Jibóia-Timbó 34, 37 1 1 1 1 4 EH 53 50
2 Maranguape 1 1 1 1 1 4 EH 23 80
3 Chapada Diamantina 36, 39 1 1 0 1 3 VH 34 69
4 Caruaru 14 1 0 0 1 2 VH 29 74
5 Middle Jequitinhonha 47 1 0 1 0 2 VH 16 87
6 Maracás 38 0 1 0 1 2 VH 33 70
7 Serra de Baturité 2 0 1 1 0 2 VH 19 84
8 Northern Minas Gerais 43 1 0 0 0 1 H 20 83
9 Upper Jequitinhonha 49 1 0 0 0 1 H 17 86
10 Lower Jequitinhonha 46 1 0 0 0 1 H 16 87
11 Serras do Sudoeste baiano 41 0 0 0 1 1 H 25 78
12 Serra do Araripe 12 0 0 0 1 1 H 24 79
13 Morro do Chapéu 30 0 0 0 1 1 H 23 80
14 Juazeiro 24 0 0 0 0 0 M 14 89
15Agreste
Alagoano/Pernambucano21 0 0 0 0 0 M 13 90
Priority areas for amphibian conservation at the Caatinga biome and Semi-arid region. Categories of importance
were defined upon four parameters of same weight (0, absence; 1, presence): EH, extremely high (∑ = 4); VH, very
high (∑ = 3 or 2); H, high (∑ = 1); M, medium (∑ = 0). Areas of high and very high species richness: 21–40 species
per quadrat (Fig. 3). Threatened species according to IUCN (2001). The priority order within each category of
importance was based on cumulative percentage obtained from the Complementarity Analysis (Table 4), and the
residual complement is the difference between the total number of species entered in the analysis (n = 103) and the
number of species present in an area.
Resultados: Áreas Prioritárias – Complementariedade p.4
Priority
orderPriority areas
Degree of
importanceQuadrats
Number of
complementary
species
Accumulative
percentage
1 Jibóia-Timbó EH 34, 37 53 51,5
2 Chapada Diamantina VH 36, 39 16 67,0
3 Caruaru VH 14 7 73,8
4 Northern Minas Gerais H 43 6 79,6
5 Middle Jequitinhonha VH 47 6 85,4
6 Maracás VH 38 3 88,3
7 Upper Jequitinhonha H 49 3 91,3
8 Maranguape EH 1 2 93,2
9 Lower Jequitinhonha H 46 2 95,1
10 Serras do Sudoeste baiano H 41 1 96,1
11 Serra do Araripe H 12 1 97,1
12 Serra de Baturité VH 2 1 98,1
13 Juazeiro M 24 1 99,0
14 Agreste Alagoano/Pernambucano M 21 1 100
15 Morro do Chapéu H 30 0 100
Priority areas for amphibian conservation at the Caatinga biome and Semi-arid Region using
as the unique ordination criterion the Analysis of Complementarity of Humphries et al.
(1991). Categories of importance are defined in Table 3.
Por:
Marcelo Felgueiras Napoli
PARTE 5:
Universidade Federal da Bahia
Há congruência entre as áreas
prioritárias do MMA e as
áreas prioritárias para o estado
da Bahia?
Ceratophrys joazeirensis
Corythomantis greeningi
Vicariância, endemismos e conservação
dos anfíbios do estado da Bahia
Resultados: Distribuição de UC’s/área prioritária
Distribuição das unidades de conservação (UC’s) propostas pelo Ministério
do Meio Ambiente (MMA, 2007) para a região semiárida e bioma Caatinga.
CU, unidade de conservação; CUIP, unidade de conservação de proteção integral
já instalada; CUSU, unidade de conservação de uso sustentável já instalada. Não
foram consideradas RPPN’s.
RESPOSTA:
SIM, há congruência,
MAS... as áreas
prioritárias para
conservação de anfíbios
não estão
homogeneamente
protegidas pelas áreas
prioritárias propostas pelo
MMA (2007).
EXEMPLO
Napoli & Camardelli (2012)
Por:
Marcelo Felgueiras Napoli
PARTE 6:
Universidade Federal da Bahia
ENDEMISMOS: Métodos
alternativos à Análise de
Parcimônia de Endemicidade -
PAE
Ceratophrys joazeirensis
Corythomantis greeningi
Vicariância, endemismos e conservação
dos anfíbios do estado da Bahia
ENDEMISMOS: Métodos alternativos à PAE
1. Interpolação Geográfica de Endemismo - Geographical Interpolation of Endemism - GIE
i. Baseada em método de
interpolação espacial (kernel)
[Ubirajara et al. 2015 – Plos
One];
ii. Não utiliza grade de células
[quadrados].
Exemplo: UBIRAJARA et al. (2015)
ENDEMISMOS: Métodos alternativos
2. Análise de Endemicidade (NDM ou VNDM)
i. Baseada na congruência
entre distribuição de
espécies.
ii. Utiliza grade de células
[quadrados] = PAE.
iii. Dois índices: Ei (espécies:
0-1) e EIA (áreas – soma
dos EI’s)
Exemplo: UBIRAJARA et al. (2015)
ENDEMISMOS: Métodos alternativos
3. Análise de Elementos BióticosExemplo: Restingas do Brasil (Costa leste brasileira) - Xavier, Guedes &
Napoli (Plos One, 2018)
i. Elementos bióticos são grupos de táxons cujas distribuições
geográficas são significativamente mais similares entre si do que às
distribuições de outros grupos de táxons.
ii. Em termos espaciais, um elemento biótico é equivalente à
extensão espacial da distribuição de todas as espécies incluídas no
agrupamento (BI).
iii. Vantagem em relação à PAE: elementos bióticos podem ser
reconhecidos mesmo nos casos em que parte dos táxons originados
por vicariância tenham dispersado através das barreiras
responsáveis pela separação das áreas de endemismo.
iv. Pressuposto: vicariância - postula que a diversificação resulta da
fragmentação da biota ancestral pelo surgimento de barreiras.
v. Por consequência, espera-se que (PREVISÕES):
i. distribuição de táxons de mesma origem geográfica seja mais
similar entre si do que entre a distribuição de táxons de
origens geográficas distintas;
ii. táxons intimamente aparentados resultantes do processo de
vicariância pertençam a elementos bióticos distintos.