SOCIOLOGIA – GESTÃO DE RECUSOS HUMANOS 2010/2011 – FCSH TEORIA GERAL DA GESTÃO IDALBERTO...

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SOCIOLOGIA – GESTÃO DE RECUSOS HUMANOS 2010/2011 – FCSH

TEORIA GERAL DA GESTÃOIDALBERTO CHIAVENATO

2ª EDIÇÃO/1979 – Cap. 15 – parte 7(comparada com a 7ª edição/2004 – Cap. 13 – parte 7 – versão compacta)

TEORIA COMPORTAMENTAL DA GESTÃO

Lurdes Marques – Nº 23003, Maria Alves – Nº 28050, Solange Martinho – Nº 20310

Professor Doutor Luís Rodrigues

Idalberto Chiavenato

Nasceu em 1936, no interior do estado de São Paulo. É um dos autores nacionais mais conhecidos e respeitados na área de Administração de Empresas e Recursos Humanos. Seus livros são utilizados por administradores no Brasil, países da América Latina, Portugal, Espanha e países africanos de língua portuguesa. O Professor Chiavenato actua como Conselheiro no Conselho Regional de Administração do Estado de São Paulo e é Presidente do Instituto Chiavenato de Educação.

O que é a “Teoria Comportamental”

A abordagem comportamental da ciência administrativa propõe o

abandono das posições normativas e descritivas e a adopção de uma posição humanística, mantendo portanto, a ênfase nas pessoas.

As origens da Teoria Comportamental

Os defensores do behaviorismo atacavam duramente a Teoria

Clássica, em função de seu excessivo mecanicismo,

argumentando que o homem deveria pensar e criar mais.

Novas proposições sobre a motivação humana

Para explicar o comportamento organizacional, esta teoria fundamenta-se no comportamento individual das pessoas, portanto a organização, deve preocupar-se

não somente com a satisfação das necessidades básicas dos seus

empregados.

Esta teoria têm mostrado que o ser humano é dotado de uma natureza múltipla e com

características específicas, das quais algumas são:

As características humanas

O que é a “Teoria das Necessidades”

A teoria das necessidades, é uma divisão hierárquica proposta por

Abraham Maslow, em que as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das

necessidades de nível mais alto.

Pirâmide da Teoria das Necessidades/Motivação

Necessidade de Auto-Realização

Necessidade de Auto-Estima

Necessidade Sociais

Necessidade de Segurança

Necessidade Fisiológicas

Secundárias

Primárias

AUTO-REALIZAÇÃO

São as necessidades humanas mais elevadas e que estão no topo da hierarquia. São as

necessidades de cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de continuamente auto desenvolver-se. Essa tendência geralmente expressa-se através do impulso de a pessoa

tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser.

AUTO-ESTIMA

São as necessidades relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo

se vê e se avalia. Envolve a auto apreciação, auto confiança, a

necessidade de aprovação social e de respeito, de status e de prestígio, e

de consideração.

SOCIAIS

Surgem no comportamento, quando as necessidades mais baixas

(fisiológicas e de segurança) se encontram relativamente satisfeitas. Dentre as necessidades sociais, estão as de associação, de participação, de

aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade,

de afecto e amor.

SEGURANÇA

Constituem o segundo nível de necessidades humanas. São as

necessidades de segurança ou de estabilidade, a busca de

protecção contra a ameaça ou privação, a fuga ao perigo.

FISIOLÓGICAS

Constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas, mas

de vital importância. Neste nível estão as necessidades de

alimentação, de sono, de repouso, de abrigo, ou desejo sexual.

O que é a “Teoria dos Dois Factores”

Esta teoria tenta explicar o comportamento e as orientações das pessoas em situação de trabalho, ou

seja, dentro de uma organização.

TEORIA DOS DOIS FACTORES DE HERZBERG

• Trabalho em si

• Realização de algo importante

• Exercício de Responsabilidade

• Possibilidade de aprendizagem e crescimento

Factores Motivacionais

ou Satisfaciente

s

• Estilo de Liderança

• Relações Pessoais

• Salário

• Política de administração de recursos humanos

• Condições físicas e segurança no trabalho

Factores Higiénicos ou Insatisfacient

es

Satisfação e Insatisfação – HERZBERG

Factores motivacionais

Factores higiénicos

Ausência de factores

motivacionais

Presença de factores

motivacionais

Ausência de factores

higiénicos

Presença de factores

higiénicos

Satisfação

Insatisfação

Não satisfação

Não insatisfação

TEORIA DOS DOIS FACTORES DE HERZBERG

Frustrações podem ser derivadas de:

Insucesso na profissão Desprazer no trabalho Baixo status Sensação de iniquidade Baixa interacção e

relacionamento com colegas, chefia e subordinados

Tipo de trabalho e ambiente de mal estruturados

Políticas da empresa imprevisíveis

Confinamento do local de trabalho

Remuneração inadequada

Satisfações podem ser derivadas de:

Sucesso na profissão Prazer no trabalho Interacção facilitada pelo

arranjo físico Prestígio na profissão Elevada interacção e

relacionamento com colegas, chefia e subordinados

Tipo de trabalho e ambiente bem estruturados

Políticas estáveis e previsíveis da empresa

Remuneração adequada para a satisfação das necessidades básicas

Segundo Herzberg, o enriquecimento de tarefas traz efeitos altamente desejáveis, como o

aumento da motivação, aumento de produtividade, redução do absenteísmo (faltas e atrasos ao serviço) e redução da rotatividade de

pessoal (demissões de empregados). Este enriquecimento de tarefas consiste em uma

constante substituição de tarefas mais simples e elementares do cargo por tarefas mais complexas, a fim de acompanhar o crescimento individual de

cada empregado, oferecendo-lhe condições de desafio e de satisfação profissional no cargo.

“Enriquecimento do cargo” (– o que é???)

Outras atribuições

mais complexas

adicionadas

Atribuições básicas do cargo

Outras atribuições incorporad

as

Atribuições básicas do

cargo

Outras atribuições

incorporad

as

Enriquecimento

horizontal do cargo

Enriquecimento vertical

do cargo

Enriquecimento do cargosentido Vertical e Horizontal

Efeitos possíveis do enriquecimento do cargo

Aumento da motivação

Aumento da produtividade Redução do

absentismo Redução do

“turnover”

Aumento da ansiedade

Aumento do conflito

Sentimento de exploração

Redução das relações

interpessoais

Enriquecimento do cargo

Efeitos desejáveis

Efeitos indesejáveis

Necessidades de Auto-Realização

Necessidades de Auto-Estima

Necessidades Sociais

Necessidades de Segurança

Necessidades Fisiológicas

Moti

vacio

nais

Hig

ién

icos

O trabalho em siResponsabilidade

ProgressoCrescimento

RealizaçãoReconhecimento

Status

Relações interpessoaisSupervisão - Colegas e

subordinados

Supervisão TécnicaPolíticas administrativas e empresariais

Segurança no cargo

Condições físicas de trabalhoSalário

Vida pessoal

MODELO DA HIERARQUIA DE NECESSIDADES DE MASLOW

MODELO DE FACTORES DE HIGIENE-MOTIVAÇÃO DE

HERZBERG

O que é a “Teoria X e Y”

Esta teoria compara os dois pólos das teorias da gestão, ou seja, entre a

Tradicional (excessivamente mecanicista e pragmática) – (X) e por outro lado as concepções Modernas a respeito do

comportamento humano (Y).

TEORIA X de McGregor

A teoria X caracteriza-se por ter um estilo autocrático que pretende que

as pessoas façam exactamente aquilo que a organização deseja.

TEORIA Y de McGregor

A Teoria Y desenvolve um estilo de gestão muito aberto e dinâmico, extremamente democrático, através do qual gerir é um

processo de criar oportunidades, autonomizar potenciais, remover obstáculos, encorajar o

crescimento individual e proporcionar orientação quanto a objectivos.

As pessoas são preguiçosas e indolentes

As pessoas evitam o trabalho

As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras

As pessoas precisam ser controladas e dirigidas

As pessoas são ingénuas e sem iniciativa

As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer

O trabalho é uma actividade tão natural, como brincar ou descansar

As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios

As pessoas podem ser auto motivadas e auto dirigidas

As pessoas são criativas e competentes

Pressupostos da Teoria X

Pressupostos da Teoria Y

Rensis Likert1903 – 1981

SISTEMAS DE GESTÃO

O que é a “Teoria de Likert”

Likert, propõe uma classificação de Sistemas de Gestão, definindo quatro perfis organizacionais, caracterizados

através de quatro variáveis: 1. processo decisorial,

2. sistema de comunicação, 3. relacionamento interpessoal

4. sistema de recompensas e punições, cada um com as suas vantagens e

desvantagens, e tipos de empresas onde eles são mais frequentes.

Quatro perfis decisorial da Teoria de Likert

SISTEMAS DE GESTÃO

AUTORITÁRIO (coercivo)

1

AUTORITÁRIO (benevolente)

2

CONSULTIVO3

PARTICIPATIVO4

Autoritário Coercivo (1)

Geralmente é encontrado em empresas que utilizam mão-de-obra intensiva e

tecnologia rudimentar, nos quais o pessoal empregado é de nível extremamente

baixo, como ocorre na área de produção das empresas de construção civil ou

industrial.

Autoritário Benevolente (2)

Frequentemente encontrado em empresas industriais que utilizam tecnologia mais

desenvolvida e mão-de-obra mais especializada, mas mantendo ainda

alguma forma de coerção para não perder o controlo sobre o comportamento das

pessoas.

Consultivo (3)

É usualmente empregue em empresas de serviço – bancos e financeiras – e em

certas áreas administrativas de empresas industriais mais organizadas e avançadas

em termos de relações com os empregados.

Participativo (4)

É pouco encontrado na prática – tem sido localizado em empresas que utilizam sofisticadas tecnologias e nas quais o

pessoal é extremamente especializado e desenvolvido, e os profissionais desenvolvem uma actividade

extremamente complexa.

DECORRÊNCIAS DOS SISTEMAS 1 E 4

Variáveis causais:

•Estrutural - Organizacional•Controles•Políticas•Liderança

Variáveis intervenientes:

Atitudes, motivações e percepções de todos os membros

Variáveis resultantes:

•Produtividade•Lucros•Custos

MODELO DE ORGANIZAÇÃO DE LIKERT

Chester Barnard1886 – 1961

ORGANIZAÇÃO COMO UM SISTEMA SOCIAL COOPERATIVO

O que é o “Sistema Social Cooperativo”

Para este teórico as pessoas não actuam isoladamente, mas através de interacções

com outras pessoas para poderem alcançar da melhor maneira os seus

objectivos, elas influenciam-se mutuamente nas relações sociais.

INDIVÍDUO

Alcance de objectivos organizacionais

(Ex.: lucro, maior produtividade e crescimento da

organização, redução de custos etc.)

EFICÁCIA

Alcance de objectivos organizacionais

(Ex.: promoção pessoal, carreira, maior salário e benefícios, segurança pessoal, prestigio etc.)

EFICIÊNCIA

BARNARD – Eficácia e Eficiência

Distinção entre “Eficácia e Eficiência”

A pessoa precisa ser eficaz (alcançar objectivos organizacionais) e precisa

ser eficiente (alcançar objectivos pessoais para sobreviver no sistema).

Herbert Simon1916 – 2001

PROCESSO DECISORIAL

O que é o “Processo Decisorial”

A Teoria Comportamental concebe e organização como um sistema de decisões,

ou seja, todas as pessoas dentro de uma organização, em todas as áreas de

actividades, em todos os níveis hierárquicos e em todas as situações estão

continuamente a tomar decisões relacionadas ou não com o seu trabalho.

ETAPAS DO PROCESSO DECISORIAL

2Análise e definição

do problema

1Percepção da

situação

3Definição dos

objectivos

4Procura de

alternativas para a solução

5Avaliação e Comparação

dessas alternativas

6Escolha das

alternativas mais adequadas

7Implementação da alternativa

escolhida

AUTORIDADE DO SUPERIOR

Aceitar Não aceitar

Decisão do

subordinado

Sim, quando:

Há vantagens em aceitar

Há desvantagens em não aceitar

Não, quando:

Há desvantagens em aceitar

Há vantagens em não aceitar

A ACEITAÇÃO DA AUTORIDADE

As diferenças entre a Teoria Clássica e a Teoria da aceitação da autoridade de Barnard

Chefe

A teoria da autoridade

formal enfatiza o papel do

chefe

Subordinado

A teoria da aceitação

da autoridade enfatiza o papel do

subordinado

Personalidade e Organização

Chris ArgyrisPsicólogo e Gestor

1923 – 2010

Conflito entre os Objectivos Organizacionais e os Objectivos Individuais

Um dos temas preferidos pelos behavioristas é o conflito entre os objectivos que as

organizações procuram atingir e os objectivos que individualmente cada participante

pretende alcançar. A interdependência entre as necessidades do

indivíduo e as da organização são imensas: a vida e os objectivos de ambos estão

inseparavelmente entrelaçados. O importante é que o alcance do objectivo de uma das partes nunca venha a prejudicar ou a

tolher o alcance do objectivo de outra. Ambas as partes devem contribuir mutuamente para o alcance de seus

respectivos objectivos.

APRECIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA COMPORTAMENTAL

Ênfase nas Pessoas; Abordagem mais Descritiva e menos

Prescritiva; Profunda Reformulação na Filosofia

Administrativa; Dimensões Bipolares da Teoria

Comportamental; A Relatividade das Teorias de Motivação; Profunda Influência das Ciências do

Comportamento Sobre a Gestão; A Organização como um Sistema de

Decisões; Análise Organizacional a partir do

Comportamento.

Bibliografia

TEORIA GERAL DA GESTÃOIDALBERTO CHIAVENATO

2ª EDIÇÃO/1979 – Cap. 15 – parte 7

(comparada com a 7ª edição/2004 – Cap. 13 – parte 7 – versão compacta)

Nota: as informações sobre os diversos autores da teorias aqui citadas foram colhidas em diversos sites sobre Gestão