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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓ-
RIA - EMESCAM
MARISE CUPERTINO LESSA FERREIRA
SOBRECARGA DE TRABALHO EM CUIDADORES DE IDOSOS RESTRITOS
AO LAR
VITÓRIA
2016
MARISE CUPERTINO LESSA FERREIRA
SOBRECARGA DE TABALHO EM CUIDADORES DE IDOSOS RESTRITOS
AO LAR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na forma de Artigo à Es-
cola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória –
EMESCAM como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel
em Enfermagem.
Orientadora: Profª. Ma. Gracielle Pampolim
Co-Orientadora: Profª. Ma. Vanezia Gonçalves da Silva
VITÓRIA
2016
MARISE CUPERTINO LESSA FERREIRA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na forma de Artigo à Escola Superior de Ciências
da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM como requisito parcial para obtenção
do grau de Bacharel em Enfermagem.
Aprovada em ____ de __________ de 2016.
BANCA EXAMINADORA
Fisioterapeuta. Ma. Gracielle Pampolim
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
– EMESCAM
Orientadora
Enfermeira. Ma. Vanézia Gonçalves da Silva
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
– EMESCAM
Co-orientadora
Enfermeira. Dra. Solange Rodrigues da Costa
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
– EMESCAM
Fisioterapeuta. Ma. Fabiola dos Santos Dornellas Oliveira
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
– EMESCAM
Enfermeira Especialista. Kariny Gobbi Bena
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
– EMESCAM
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus pela concretização deste sonho. Aos meus pais que foram meus exemplos de
amor, honestidade, luta dedicação e determinação. A minha mãe mesmo não estando presente
sei que compartilha essa realização, porque mesmo que eu não a veja posso sentir sua presença
em minhas vitórias.
Meu amado e querido esposo Pablo que sempre me apoiou para concluir essa longa caminhada,
que fez dos meus sonhos os seus próprios objetivos e a minha filha Isabela que suportaram
minha ausência e respeitaram minhas angustias. As minhas irmãs e a minha sobrinha Marcelly
e amigos, que sempre estiveram ao meu lado. À professora Gracielle pela dedicação em suas
orientações prestadas na elaboração deste trabalho, me incentivando e colaborando no desen-
volvimento das minhas ideias. À professora Vanézia pelo apoio, carinho e por sempre ter me
ajudado desde o PRÓ-PET saúde. E agradeço também Solange, Fabíola e Kariny por todo co-
nhecimento agregado. MUITO OBRIGADA!!!!
RESUMO
Objetivo: Verificar a presença de sobrecarga de trabalho nos cuidadores de idosos assistidos
por uma Unidade de Saúde da Família (USF) do município de Vitória/ES e a relação entre a
sobrecarga do cuidador e as características sociodemográficas dos idosos. Materiais e Méto-
dos: Estudo transversal de abordagem quantitativa, com 165 cuidadores de idosos restritos ao
lar, de ambos os sexos. A presença de sobrecarga de trabalho dos cuidadores foi avaliada através
da escala Zarit Burden Interview (ZBI) composto por 22 itens que avaliam as condições de saúde,
psicológicas, emocionais, sociais e financeiras que podem vir a ser afetadas em razão dos cuidados
prestados ao idoso. Resultados: Verificou-se que 32,7% dos cuidadores de idosos entrevistados
apresentam sobrecarga. Ao analisar as características sociodemográficas dos idosos com rela-
ção a presença ou ausência de sobrecarga dos cuidadores, verificou-se que 45% dos cuidadores
de idosos do sexo masculino apresentaram sobrecarga, contra apenas 29% do sexo feminino,
no que se refere a etnia, 28% dos cuidadores de idosos brancos e 56% dos cuidadores de idosos
que se consideram negros apresentaram sobrecarga, os cuidadores de idosos analfabetos mos-
traram-se mais sobrecarregados quando comparado ao restante da população. A análise da cor-
relação de Spearman evidenciou uma correlação fraca, negativa e estatisticamente significativa
entre a idade do idoso e a pontuação da ZARIT. Conclusão: Constatou-se a prevalência de
32,7% de sobrecarga entre os cuidadores de idosos restritos ao lar, e verificou-se que quanto
menor for idade dos idosos, maior foi o nível de sobrecarga dos cuidadores.
Descritores (Palavras chaves): Cuidadores, Envelhecimento; Idoso.
ABSTRACT
Objective: To verify the presence of caregivers burden of homebound elderly assisted by a
Family Health Unit (FHU) in the city of Vitória/ES and the relationship between caregiver
burden and sociodemographic characteristics of the elderly. Methods: Cross-sectional study
with a quantitative approach, with 165 caregivers of homebound elderly, both sexes. The pres-
ence of caregiver burden was assessed using Zarit Burden Interview (ZBI) consists of 22 items
that assess the health, psychological, emotional, social and financial that may be affected be-
cause of the care to the elderly. Results: It was found that 32.7% of respondents elderly' care-
givers have overload. By analyzing the sociodemographic characteristics of the elderly regard-
ing the presence or absence of caregiver burden, it was found that 45% caregivers of male
elderly showed overhead, against only 29% female, with regard to ethnicity, 28% white elderly
caregivers and 56% of black elderly caregivers caregivers showed overhead, illiterate elderly
caregivers were more overwhelmed when compared to the rest of the population. The analysis
of Spearman correlation showed a weak, negative and statistically significant correlation be-
tween the age of the elderly and the score of Zarit. Conclusion: It was found a prevalence of
32.7% overload among home bound elderly caregivers, and it was found that the lower age of
the elderly the greater the level of caregiver burden.
Keywords: Caregivers, Aging, Elderly.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 7
2 MÉTODO .......................................................................................................................... 8
3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS .................................................................................. 10
4 DISCUSSÃO E ANÁLISE DA CORRELAÇÃO DOS DADOS ................................... 12
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 16
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 17
ANEXOS ............................................................................................................................ 20
ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ................. 20
ANEXO B - FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS ................................................ 21
7
1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento populacional é uma realidade mundial que vem afetando cada vez mais os
países em desenvolvimento 1.No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
registrou, em 2010, uma importante aceleração do processo de envelhecimento, onde a expec-
tativa de vida da população saltou de 48,0 anos, em 1960, para 73,4 anos, em 2010, e continua
crescendo continuamente 2.
Caracterizado por um processo normal, gradual e irreversível, o envelhecimento traz consigo
uma progressiva redução das capacidades funcionais do organismo 3, 4 , que resultam em redu-
ção da independência funcional e possível afastamento social do idoso – por vezes restringindo-
o unicamente ao convívio familiar – podendo ou não estar associado a doenças crônicas. Este
processo faz com que o idoso necessite de apoio e ajuda de terceiros para realização das suas
atividades de vida diária, sendo o provedor deste apoio, nos dias atuais, denominado como
cuidador5.
No entanto o ato de cuidar da pessoa idosa deve incluir um conjunto de atividades desenvolvi-
das pela família, comunidade e profissionais de saúde, que se reverte em um ambiente caracte-
rizado pela preocupação com a integralidade, singularidade, valorização e respeito ao outro.
Todas essas ações devem ser conduzidas para a identificação das necessidades do idoso, bem
como para suporte e apoio ao cuidador evitando a sobrecarga de trabalho 6.
A sobrecarga de trabalho ocorre quando existe um desequilíbrio da relação funcional entre as
exigências do trabalho; e capacidades biológicas e psicológicas do trabalhador, por isso avaliar
a carga de trabalho é uma forma de evitar possíveis agravos na saúde do trabalhador, ou seja,
daquele que cuida 7.
Desta forma definiu-se como objetivo deste estudo verificar a presença de sobrecarga de traba-
lho nos cuidadores de idosos e a relação entre essa sobrecarga e as características sociodemo-
gráficas dos idosos, assistidos por uma Unidade de Saúde da Família (USF) do município de
Vitória/ES
8
2 MÉTODO
Trata-se de uma análise secundária do banco de dados do estudo denominado “Perfil sócio
demográfico e de saúde dos idosos restritos ao lar e acamados de uma unidade de saúde da
família do Município de Vitória- ES”, coletados a partir da pesquisa emanada do Programa
Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde e Programa de Ensino pelo Tra-
balho para a Saúde (PRO-PET Saúde), vinculado à Escola Superior de Ciências da Santa Casa
de Misericórdia de Vitória (EMESCAM). Caracteriza-se por um estudo transversal de aborda-
gem quantitativa com amostra de conveniência de 165 cuidadores e coleta de dados realizada
no período de abril a novembro de 2014.
Amostragem
A região escolhida para estudo, restringiu-se ao território coberto pela Unidade de Saúde Dr
José Moysés que em fevereiro de 2014 possuía cinco equipes de saúde da família, responsáveis
por 23.080 indivíduos cadastrados, e destes, 4.832 eram idosos dos quais 298 eram restritos ao
lar. Foi considerado restrito ao lar o idoso incapaz de sair de casa sem acompanhante 8, e para
classificação destes utilizou-se os dados obtidos na Ficha A e o auxílio dos Agentes Comunitá-
rios de Saúde (ACS).
Participaram da pesquisa 165 cuidadores de idosos, estes idosos tinham idade igual ou superior
a 60 anos, restritos ao lar, de ambos os sexos, que responderam ao questionário, que autorizaram
sua participação na pesquisa através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
(ANEXO A).
Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da EMESCAM sob o protocolo
número 567.990. Todos os dispostos na Resolução 466/12 foram respeitados.
Variáveis Estudadas
Os dados foram obtidos por meio de entrevista face a face, realizadas na residência dos idosos
por acadêmicos participantes do PET dos cursos de fisioterapia, enfermagem e medicina da
EMESCAM, previamente treinados pela pesquisadora principal, e acompanhados por agentes
comunitários de saúde (ACS).
Foram consideradas as seguintes variáveis: idade, sexo, cor e escolaridade para caracterização
dos idosos. A presença de sobrecarga de cuidadores foi avaliada através da escala Zarit Burden
9
Interview (ZBI) (ANEXO B) composto por 22 itens que avaliam as condições de saúde, psicológi-
cas, emocionais, sociais e financeiras que podem vir a ser afetadas em razão dos cuidados prestados
ao idoso. Esta escala foi traduzida e validada para a população brasileira em 2002 por Marcia Sca-
zufca.9.
A pontuação de cada item varia entre 0 e 4, e o score total da escala, entre 0 e 88 pontos, onde
pontuações elevadas indicam altos níveis de sobrecarga. O ponto de corte utilizado para classifi-
cação dos cuidadores foram: score ≤ 21 para ausência de sobrecarga e ≥ 22 para presença de
sobrecarga 9.
Análise Estatística
A normalidade dos dados foi verificada utilizando o teste de Kolgomorov-Smirnov. Uma vez
identificado a não parametricidade dos dados contínuos, foi aplicado o teste de Correlação de
Spearman para determinar a correlação entre o nível de sobrecarga do cuidador com a idade do
idoso e com a quantidade de filhos deste. Para interpretação da magnitude da correlação foi
utilizada a seguinte classificação dos coeficientes de correlação: correlação fraca (< 0,4); cor-
relação moderada (≥ 0,4 a < 0,5); e correlação forte (≥ 0,5).
O Teste Chi-quadrado de Pearson ou Exato de Fischer (quando uma ou mais frequência espe-
rada foi inferior a 5) foram aplicados para comparar as variáveis categóricas do perfil do idoso
com a presença ou ausência de sobrecarga nos cuidadores. A análise inferencial foi conduzida
utilizando o software SPSS (IBM 22). Adotou-se nível de significância de p < 0,05, com seu
Intervalo de Confiança de 95%, para todas as análises.
10
3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS
No presente estudo foram entrevistados 165 cuidadores de idosos restritos ao lar assistidos pela
ESF. Verificou-se que a sobrecarga esteve presente em 54 dos entrevistados, o que nos revela
uma prevalência de 32,7% de sobrecarga de cuidadores.
Ao se analisar as características sociodemográficas dos idosos com relação a presença ou au-
sência de sobrecarga dos cuidadores, observada na Tabela 1, verificou-se que 45% dos cuida-
dores de idosos do sexo masculino apresentaram sobrecarga, contra apenas 29% dos cuidadores
de idosos do sexo feminino, mostrando uma tendência à significância estatística com p = 0,08.
Quanto à faixa etária dos idosos (> 80 anos), 40% dos cuidadores idosos apresentaram sobre-
carga, contra apenas 29% dos cuidadores de idosos (80 anos ou mais), entretanto, sem signifi-
cância estatística (p = 0,47). No que se refere a etnia os idosos que autodeclaram brancos, ape-
nas 28% dos seus cuidadores apresentaram sobrecarga, contra 53% dos cuidadores daqueles
idosos que se consideram negros ou pardos, esta variável mostrou-se estatisticamente signifi-
cante, com p = 0,03.
Com relação a escolaridade, os cuidadores de idosos analfabetos mostraram-se mais sobrecar-
regados quando comparado ao restante da população (47%), porém, não foi encontrado signi-
ficância estatística para esta variável. E no que diz respeito a presença de filhos, foi encontrado
um índice de sobrecarga nos cuidadores de (41%), idosos que declararam não ter filhos, porém,
sem significância estatística entre os grupos (p = 0,35).
11
Tabela 1 – Distribuição das variáveis sócio demográficas dos idosos com relação a sobrecarga de
seus cuidadores - USF Dr José Moysés - Vitória/ES.
Variáveis dos Ido-
sos
Universo
Amos-
tral
(n= 165)
Ausência de Sobre-
carga de Cuidadores
(n= 111)
Presença de Sobre-
carga de Cuidadores
(n= 54) p-Valor
Sexo
n (total) n (%) n (%)
Masculino 39 21 55 17 45 0,08
Feminino 126 89 71 37 29
Idade (>80)
Sim 113 80 71 33 29 0,47
Não 52 31 60 21 40
Cor(1)
Branco 128 92 72 36 28
0,03* Negros ou Par-
dos 32 15 47 17 53
Amarelo 2 1 50 1 50
Escolaridade(2)
Analfabeto 34 18 53 16 47
0,23
Até 4 anos 40 30 75 10 25
5 a 8 anos 33 21 64 12 36
9 a 11 anos 25 17 68 8 32
> 11 anos 12 10 83 2 17
Filhos
Sim 142 98 69 44 31 0,35
Não 22 13 59 9 41
* p < 0,05 (1) Três (3) das linhas da tabela não foram preenchidas com a cor da pessoa entrevistada; e (2) Vinte (20) das linhas da tabela não foram preenchidas com o tempo de estudo da pessoa. Conside-
rou-se “analfabeta” a pessoa que tinha zero ano de escolaridade.
A análise da correlação de Spearman evidenciou uma correlação fraca, negativa e estatistica-
mente significante entre a idade do idoso e a pontuação da ZARIT, ou seja, quanto menor foi a
idade do idoso, maior foi a sobrecarga do cuidador. Não foi encontrado correlação entre a
sobrecarga de cuidadores e a quantidade de filhos dos idosos.
Tabela 2 – Distribuição da Correlação de Spearman entre a sobrecarga do cuidador
relacionada com a idade e a quantidade de filhos dos idosos restritos ao lar adscritos
à USF Dr José Moysés - Vitória/ES.
Idade do Idoso Quantidade de Filhos do
Idoso
ZARIT Total -0,272* 0,083
* p < 0,001
12
4 DISCUSSÃO E ANÁLISE DA CORRELAÇÃO DOS DADOS
Ao aplicar a escala de Zarit verificou-se que a sobrecarga esteve presente em 32,7% dos cuida-
dores de idosos apresentado uma baixa sobrecarga quando comparados com os outros estudos.
A maioria dos estudos encontrados que apresentam presença de sobrecarga dos cuidadores, são
pesquisas realizadas com idosos com demência ou sequela, ou seja, diferente do presente estudo
que trata de idosos restritos ao lar, como por exemplo; estudo realizado em João Pessoa-PB
com cuidadores de idosos com sequela de acidente vascular encefálico (AVE) que identificou
a prevalência alta de sobrecarga dos cuidadores é alta, com 77,2%. Portanto quanto mais de-
pendente e frágil for o idoso, mais ele terá necessidade de cuidados, o que sobrecarrega os
cuidadores podendo comprometer a qualidade do cuidado e interferir nas relações familiares 10.
Nesse estudo os cuidadores avaliados representam predominância da presença dos cuidadores
formais, ou seja, que trabalham em regime de plantão. Trata-se de profissionais, que receberam
treinamento específico para a função e realiza objetivando retorno financeiro, mantendo, dessa
forma, vínculo empregatício. Já o cuidador informal é algum membro da família, esposo (a),
filho (a), irmão (ã), geralmente familiar que tem melhor relacionamento ou afinidade com pes-
soa idosa e também é o que apresenta maior disponibilidade de tempo 11.
Na literatura, o perfil do cuidador de idosos é caracterizado por mulheres, de idade mais avan-
çada, com baixo grau de escolaridade e renda, e que realiza o cuidado por longo tempo e, na
maioria das vezes de forma integral assumindo também os cuidados domésticos. Ao longo de
décadas a mulher vem exercendo o papel de cuidadora, e por vezes essa função pode colaborar
para o desenvolvimento de problemas na sua saúde, como desequilíbrio físico e psicossocial,
sucedendo ao aparecimento da chamada sobrecarga do cuidador 12.
Outro fator que pode justificar os bons resultados desse estudo é o trabalho que a equipe de
saúde desenvolve com as famílias. O excesso de carga de trabalho, pode ser amenizado com
ações advindas da Estratégia de Saúde da Família, que tem como funções: acompanhar de perto
a realidade de cada família; tomar providências para evitar o aparecimento de doenças; atuar
para solucionar os casos em que a doença já existe; e prover orientações para garantir uma vida
com qualidade e saúde tanto para o idoso como para o cuidador 13,14,15.
Em relação a faixa etária dos idosos (> 80 anos), 40 % dos cuidadores de idosos apresentaram
sobrecarga de trabalho, pois à medida que aumenta a idade cronológica as pessoas se tornam
13
menos ativas, suas capacidades físicas e psicológicas diminuem e se tornam mais sedentários
16. Sendo comprovado também pela análise estatística, pois ao relacionar a idade do idoso com
a pontuação de Zarit, revelou que quanto menor foi a idade do idoso, maior foi a sobrecarga do
cuidador vale ressaltar que foi a única variável que foi estaticamente significativa.
Ao analisarmos as características sociodemográficas do idosos relacionados a sobrecarga de
cuidadores, verificou-se que 45% dos cuidadores que cuidam de idosos do sexo masculino apre-
sentaram sobrecarga. O que corrobora os achados o estudo 17, que os idosos que mais sobrecar-
regam seus cuidadores são indivíduos com idade de 65 a 80 anos, do sexo masculino, solteiro
e com baixo nível de escolaridade.
Os homens apresentam maiores dificuldades para aceitar a necessidade de ser cuidado e a con-
dição de dependência, colaborando para o surgimento de sobrecarga entre os cuidadores. Tam-
bém preocupam menos com a sua saúde o que os tornam mais vulneráveis a doenças crônicas
que estão ligadas ao comprometimento da autonomia 17,18.
Quanto a etnia dos idosos, que se consideram negros ou pardos verificou que 53% dos seus
cuidadores apresentaram sobrecarga. O Brasil é um país formado por várias etnias e culturas,
essa mistura causa prejuízos à saúde da população pois não existem abordagens significativas
para determinado problema de cada grupo étnicocultural.
Dentre os inúmeros problemas de saúde que atingem a etnia negra brasileira, destaca-se a hi-
pertensão arterial e os fatores de risco cardiovasculares. Além disso, o acesso a serviços de
saúde para os negros na maioria das vezes é difícil, tornando o diagnóstico e a terapêutica pre-
cária. É uma população discriminada socialmente e mais vulnerável a doenças, portanto a mai-
oria deles quando atingem a terceira idade apresentam problemas de saúde que podem resultar
em aumento na sobrecarga dos cuidadores 19.
Além disso a sobrecarga do cuidador pode estar também relacionada com falta de discernimento
do cuidador quanto a necessidade total, mínima, máxima ou apenas supervisão durante a ativi-
dade realizada pelo idoso, pois muitas vezes o idoso possui condições físicas e cognitivas para
realizar determinada atividade (vestir-se, ensaboar-se, enxugar-se, etc.), mas o medo e falta de
conhecimento do cuidador priva o idoso da manutenção e/ou melhoria funcional 20.
Neste contexto a Estratégia de Saúde da Família representa um espaço privilegiado para atenção
ao idoso e ao cuidador, pois o retorno ao modelo de cuidados domiciliares demanda programas
de orientação, informação e apoio de profissionais capacitados nas questões de saúde do idoso.
14
Compete ao profissional de enfermagem orientar o cuidador, sobre as doenças, os medicamen-
tos, a dieta e exercícios físicos que deveriam ser realizados com os idosos para desenvolver e
manter sua autonomia. É necessário que os profissionais de saúde repensem o tipo de aborda-
gem utilizada nas orientações e nas estratégias adotadas para que ocorra uma maior interação
entre enfermeiro/cuidador domiciliar e diminua a sobrecarga de trabalho do cuidador 13,14,15.
As recomendações da equipe de saúde são de extrema importância, pois a maioria dos cuida-
dores esquecem certas orientações, confundem doses, horários e nomes de remédios; resistem
a mudar de comportamento ou de hábitos de vida. Uma medida importante é adaptação do
ambiente doméstico e tornando-o mais adequado, por meio da eliminação dos famosos tapeti-
nhos, a colocação de barras de apoio, corrimãos, pisos anti-derrapantes, rampas dentre outros,
pequenas atitudes que ajudam garantir a segurança da pessoa idosa 21.
No que se refere ao grau de escolaridade dos idosos, que se autodeclaram analfabetos sobrecar-
regam mais os seus cuidadores quando comparados com o resto da população. Os baixos níveis
de escolaridade associados a fatores socioeconômicos e culturais contribuem para o apareci-
mento de doença, dificultando a obtenção de informações e a conscientização sobre a impor-
tância dos cuidados com a saúde e a necessidade de tratamento e a prática de hábitos saudáveis
22.
Ao analisar o arranjo familiar o maior índice de sobrecarga (41%) foi encontrado nos cuidado-
res de idosos que declararam não ter filhos. A quantidade de pessoas que habita um mesmo
domicílio pode influenciar nos cuidados e também servir como rede de apoio. Porém, nem
sempre as famílias numerosas realizam revezamento entre seus membros para realizarem os
cuidados dos idosos 23.
Cabe ressaltar que o envelhecimento populacional é um fato real em nossa sociedade, envelhe-
cer não é problema. Deve ser entendido como triunfo e uma grande conquista da humanidade.
Está faltando dar dignidade a esses anos que foram ganhos, muitas pessoas idosas precisarão
de cuidadores para continuar a viver em suas casas e na comunidade com condições dignas,
respeito e solidariedade 21.
15
Cuidador é alguém que
... “cuida a partir dos objetivos estabelecidos por instituições especializadas ou res-
ponsáveis diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, edu-
cação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida. É a pessoa, da família ou da co-
munidade, que presta cuidados à outra pessoa de qualquer idade, que esteja necessi-
tando de cuidados por estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem remuneração” 13 p.8)
Vale destacar que a função do cuidador é ajudar e assistir a pessoa idosa, fazendo pela pessoa
somente as atividades que ela não consiga fazer sozinha e incentivado ao máximo o auto cui-
dado 11.
16
5 CONCLUSÃO
Levando em conta os dados coletados no presente estudo, constatou-se a prevalência de 32,7%
de sobrecarga entre os cuidadores de idosos restritos ao lar, e verificou-se que quanto menor
for idade dos idosos, maior foi o nível de sobrecarga dos cuidadores.
A pesquisa mostrou que a presença de um cuidador no âmbito familiar, tem se tornado frequente
devido ao número crescente de idosos que necessitam de algum tipo de cuidado, o envelheci-
mento deve ser entendido como um processo fisiológico do ser humano e não uma doença.
Não foram encontrados estudos nacionais com a mesma porcentagem de sobrecarga, por isso
considera que os achados neste estudo são fundamentais para novas pesquisas e futuras inter-
venções.
Sendo assim, é importante que os cuidadores de idosos tenham garantidas, além da assistência
à saúde, condições ideais para o desenvolvimento do autocuidado, de modo que estes não sejam
conduzidos a um “ciclo de negligência”, que, por sua vez, poderá levá-los a uma condição de
dependência semelhante à do idoso e, desse modo, a necessidade de um novo cuidador para
ambos 24.
17
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18
12 Anjos KF, Boery RNSO, Pereira R Santos VC, Boery EN, Casotti CA. Perfil de cuidadores
familiares de idosos no domicílio. J. res.: fundam. Care [online]. 2014 [acesso em 2016 Mai
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file/Karla_Anjos/publication/262540293_Perfil_de_cuidadores_familiares_de_idosos_no_do-
miclio/links/0a85e537f540b3bba5000000.pdf.
13 Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na
Saúde Ministério da Saúde. Guia prático do cuidador[online]. Brasília, DF. 2008. 64 p. [acesso
em 2016 Abr 27]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/ bvs/publicacoes/guia_pra-
tico_cuidador.pdf.
14 Brasil. Política nacional de atenção básica – PNAB. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2012.
15 Martins JJ, Albuquerque GL, Nascimento ERP, Barra DCC, Souza WGA, Pacheco NSP.
Necessidades de educação em saúde dos cuidadores de pessoas idosas no domicílio. Texto Con-
texto Enferm [online]. 2007 [acesso em 2016 Mai 04];16(2): 254-62. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/tce/v16n2/a07v16n2.
16 Matsudo SM, Matsudo VKR, Barros Neto TL. Impacto do envelhecimento nas variáveis
antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão física. Rev. Bras. Ciên. e Mov [online].
2000 [acesso em 2016 Mai 23];8(4):21-32. Disponível em: http://www.life-
group.com.br/fe10.pdf.
17 Costa TF, Costa KNFM, Martins KP, Fernandes MGM, Brito SS. Sobrecarga de cuidadores
familiares de idosos com acidente vascular encefálico. Esc. Anna Nery [online]. 2015 [acesso
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elo.br/pdf/ean/v19n2/1414-8145-ean-19-02-0350.pdf.
18 Baptista BO, Beuter M, Girardon-Perlini NMO, Brondani CM, Budó MLD, Santos NO. A
sobrecarga do familiar cuidador no âmbito domiciliar: uma revisão integrativa da literatura.
Rev Gaúcha Enferm [online]. 2012 [acesso em 2016 jun 08];33(1):147-56. Disponível em:
http://seer.ufrgs.br/index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/20048/17011.
19 Torres AMT. Gênero, Raça/Etnia e Saúde: Interfaces dos Saberes e Práticas da Enfermagem.
In: 42ª Jornada Maranhense de Enfermagem e 72ª Edição da Semana Brasileira de Enferma-
gem[online]. [Acesso em Jun08]38-55. Disponível em: http://www.abennacional.org. br/seca-
oma/anaissben/mesa_redonda/02.pdf.
20 Pereira RA, Santos EB, Fhon JRS, Marques S, Rodrigues RAP. Sobrecarga dos cuidadores
de idosos com acidente vascular cerebral. Rev. esc. enferm. USP[online].2011[acesso em 2016
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342013000100023.
21 Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Bá-
sica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa [online]. Brasília, DF.2007. 192 p. [acesso em
2016 abril 27]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf.
19
22 Meireles VC, Matsuda ML, Coimbra JAH, Mathias TAF. Características dos Idosos em
Área de Abrangência do Programa Saúde da Família na Região Noroeste do Paraná: contribui-
ções para a gestão do cuidado em enfermagem. Saúde e Sociedade [online]. 2007 [acesso em
2016 Mai 31]; 16(1):69-80. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/ v16n1/07/pdf.
23 Amendola F, Oliveira MAC, Alvarenga MRM. Influência do apoio social na qualidade de
vida do cuidador familiar de pessoas com dependência. Rev. esc. Enferm. USP [oline]2011
[acesso em 2016 jun 24];45(4). Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar-
ttext&pid=S0080-62342011000400013
24 Loureiro LSN, Fernandes MGM, Nóbrega MML, Rodrigues RAP. Sobrecarga em cuidado-
res familiares de idosos: associação com características do idoso e demanda de cuidado. Rev.
bras. Enferm [online].2014 [acesso em 2016 jun 24];67(2). Disponível em: http://www.sci-
elo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672014000200227.
20
ANEXOS
ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
O (a) senhor (a) está sendo convidado a participar de uma pesquisa cujo tema referente é “Perfil
sócio-demográfico e de saúde dos idosos acamados e restritos ao lar”. O projeto será executado
pela equipe do Programa de Educação pelo Trabalho – Saúde. O objetivo geral do estudo é
traçar o perfil sócio-demográfico e de saúde dos idosos restritos ao lar e acamados pertencentes
ao território da Unidade de Saúde da Família José Moysés.
As informações obtidas serão utilizadas para fins científicos, apresentação em eventos e/ou pu-
blicação em periódicos e/ou livro.
O (a) senhor (a) não é obrigado a participar, podendo vir a desistir a qualquer momento, sem se
justificar ou se preocupar que isso venha a trazer algum prejuízo para sua relação com os pes-
quisadores e com o serviço de saúde. Sua privacidade será mantida em absoluto sigilo, ou seja,
seu nome ou qualquer outro dado que permita sua identificação não serão divulgados. A sua
participação não lhe acarretará nenhum risco, tendo como benefício o conhecimento adquirido
sobre o assunto abordado e à contribuição para o crescimento científico, o que ajudará no pla-
nejamento de ações para melhora da qualidade da assistência realizada pela equipe da Estratégia
de Saúde da Família.
O (a) senhor (a) poderá assistir à exposição feita pelos pesquisadores durante a apresentação do
trabalho.
Eu____________________________________, portador do RG ____________ declaro ter
sido informado e orientado quanto ao teor da pesquisa acima descrita. Estou ciente sobre o
objetivo da pesquisa e que não há nenhum valor econômico envolvido, a pagar ou receber, pela
minha participação. Portanto, manifesto o meu livre consentimento em participar como volun-
tário do projeto de pesquisa aqui mencionado.
_____________________________
Assinatura do entrevistado
________________________
Assinatura e RG do responsável pelo entrevistado
Pesquisadora Responsável: _____________________________
Vitória, _____________________, 2013.
Pesquisadora Responsável: Vanezia Gonçalves da Silva
E-mail: vanezia.silva@emescam.com.br
Prédio Central, Av. Nossa Senhora da Penha, 2190, Vitória, 29045-402, ES. Tel. (27) 3334-
3573, CI- 1344562- SPTC, CPF- 08026031733 Tel: 27- 99279399.
21
ANEXO B - FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS
AVALIAÇÃO DA SOBRECARGA DOS CUIDADORES
Sempre Frequentement
e
Algumas
vezes
Raramente Nunca
1. O(a) Sr(a) sente que NOME DO
IDOSO(A) pede mais ajuda do que ele(a)
necessita?
2. O(a) Sr(a) sente que por causa do tempo
que o (a) Sr(a) gasta com NOME DO
IDOSO(A) não tem tempo suficiente para si
mesmo(a)?
3. O(a) Sr(a) se sente estressado(a) entre
cuidar de NOME DO IDOSO(A) e suas
outras responsabilidades com a família e o
trabalho?
4. O(a) Sr(a) sente envergonhado(a) com o
comportamento de NOME DO
IDOSO(A)?
5. O(a) Sr(a) sente irritado(a) quando
NOME DO IDOSO(A) está por perto?
6. O(a) Sr(a) sente que NOME DO
IDOSO(A) afeta negativamente seus
relacionamentos com outros membros da
família ou amigos?
7. O(a) Sr(a) sente receio pelo futuro de
NOME DO IDOSO(A)?
8. O(a) Sr(a) sente que de NOME DO
IDOSO(A) depende do(a) Sr(a)?
9. O(a) Sr(a) se sente tenso(a) quando
NOME DO IDOSO(A) está por perto?
10. O(a) Sr(a) sente que sua saúde foi
afetada por causa do seu envolvimento com
NOME DO IDOSO(A)?
11. O(a) Sr(a) sente que Não tem tanta
privacidade como gostaria por causa de
NOME DO IDOSO(A)?
12. O(a) Sr(a) sente que sua vida social tem
sido prejudicada em razão de ter de cuidar
de NOME DO IDOSO(A)?
13. O(a) Sr(a) não se sente à vontade em
receber visitas em casa por causa de NOME
DO IDOSO(A)?
14. O(a) Sr(a) sente que NOME DO
IDOSO(A) espera que o(a) Sr(a) cuide
22
dele(a) como se fosse a única pessoa de
quem ele(a) pode depender?
15. O(a) Sr(a) sente que não tem dinheiro
suficiente para cuidar de NOME DO
IDOSO(A) somando-se às suas outras
despesas?
16. O(a) Sr(a) sente que será incapaz de
cuidar de NOME DO IDOSO(A) por muito
mais tempo?
17. O(a) Sr(a) sente que perdeu o controle
de sua vida desde a doença de NOME DO
IDOSO(A)?
18. O(a) Sr(a) gostaria de simplesmente
deixar que outra pessoa cuidasse de NOME
DO IDOSO(A)?
19. O(a) Sr(a) se sente em dúvida sobre o
que fazer por NOME DO IDOSO(A)?
20. O(a) Sr(a) sente que deveria estar
fazendo mais por NOME DO IDOSO(A)?
21. O(a) Sr(a) sente que poderia cuidar
melhor de NOME DO IDOSO(A)?
22. De uma maneira geral, quanto o(a) Sr(a)
se sente sobrecarregado por cuidar de
NOME DO IDOSO(A)?