Post on 01-Jan-2016
Universidade Anhanguera-UniderpPolo de Apoio Presencial-Tucuruí
Curso de Graduação em Enfermagem
o Wirlen Arnaud Gonçalves RA: 339255o Valdenora Rodrigues Oliveira RA: 356436o Marinete Duarte Pinheiro RA: 364844o Iracema de Matos Vila Seca RA: 354272
Troca de Bolsa de Colostomia/Ileostomia
Tucuruí-Pará2013
Prof. Esp. Mirna Coelho de Barros
Disciplina: Processo de Cuidar II
A equipe de Enfermagem é um dos pilares para a diferenciação do atendimento prestado aos usuários dos serviços de saúde, e para tanto se faz necessário a busca contínua pela excelência técnica que permita uma prática consistente e segura para o profissional e cliente/usuário.
O objetivo do nosso trabalho é mostrar a forma exata de padronização das técnicas e os procedimentos realizados pela equipe de enfermagem em toda a rede de assistência à saúde, fornecendo conteúdos teóricos necessários, como: conceito, finalidade, principais complicações, materiais necessários, e o passo a passo do procedimento.
Este trabalho visa ser um instrumento que permitirá, ao profissional, organizar suas ações com mais competência, segurança e de forma sistematizada o procedimento de troca da bolsa de colostomia/ileostomia para a realização adequada da técnica.
Introdução
Um paciente com Colostomia/Ileostomia pode usar uma bolsa externa para a coleta de material fecal eliminado, além de coletar o material excretado, a bolsa auxilia a controlar o odor e a protege o estoma e a pele periostomal. A maioria dos sistemas de bolsas descartáveis podem ser usado por 2 a 7 dias. Alguns modelos duram até 14 dias.
A escolha do sistema de bolsa deve levar em consideração qual sistema fornece a melhor selagem adesiva e proteção para pele em cada paciente, individualmente. O tipo de bolsa escolhido depende da localização e da estrutura do orifício, da disponibilidade do suprimentos, do tempo de duração, da consistência do efluente, da preferencia pessoal e do aspecto financeiro.
Os sistemas de bolsas podem ser drenáveis ou com fechos na porção inferior, descartáveis ou reutilizáveis, com adesivo na parte de trás e de duas ou de uma peça.
Conceito
Manter a higienização do estoma;
Proporcionar o conforto;
Bem estar ao paciente;
Reter/coletar os efluentes;
Prevenir possíveis infecções;
e lesões de pele;
Finalidade
Basicamente pode haver Hiperemia as margens da ostomia se for aberto um furo muito grande e deixando a área da pele muito exposta ao contato com conteúdo fecal que ainda sai com uma acidez relativa e irrita a pele circunvizinha.
Por outro lado se ficar muito justa da ostomia o furo pode abrasar a ostomia e causar hemorragia, e pode causar infecção se houver uma boa assepsia além do descolamento precoce se a área não for bem limpa.
Outras complicações comum, incluem obstrução, fistula, perfuração da bolsa, disfunção do bico da válvula , abcessos e crescimento bacteriano na bolsa, possíveis reações alérgicas a adesivos e outros produtos para colostomia/ileostomia
Principais Complicações
Carro de curativo Contendo:
Bandeja;
Bolsa coletora;
Escala de medida do estoma;
Gaze e Algodão;
Sabão de uso habitual;
Protetor de pele;
Tesoura curva;
Soro fisiológico;
Luva de procedimento;
Comadre;
Forro móvel e Máscara;
Materiais Necessários
Reunir todo material na bandeja e colocar no carro de curativo.
Realizar a higienização das mãos conforme orientações da SCIH.
Levar o carro de curativo ao quarto do paciente.
Explicar o procedimento ao paciente.
Promover a privacidade do paciente colocando biombo e/ou fechando a
porta do quarto.
Colocar o paciente em decúbito dorsal ou em pé (caso a bolsa anterior
seja retirado durante o banho pelo próprio paciente).
Calçar as luvas de procedimento.
Colocar as gazes não estéreis e o copo descartável com água morna
sobre o carrinho.
Passo a Passo do Procedimento
Esvaziar a bolsa se houver fezes, em comadre ou vaso sanitário.
Remover a bolsa coletora, descolando uma pequena parte do adesivo na
parte superior. Ancorando a pele com gaze úmida descolar suavemente o
adesivo e a barreira protetora de cima para baixo.
Limpar cuidadosamente com a gaze umedecida na água a pele ao redor
as bordas e o próprio estoma removendo todo resíduo de fezes.
Secar toda área da pele ao redor do estoma.
Aparar os pêlos utilizando a tesoura, se necessário.
Medir o estoma com escala de medição de estoma ou fazer um molde,
colocando o acetato sobre o estoma e desenhando seu contorno.
Remover o plástico protetor da barreira da bolsa, se houver.
Passo a Passo do Procedimento
Desenhar o molde da medida do estoma sobre o papel protetor da
barreira.
Puxar a bolsa afastando-a da barreira e recortar a barreira de acordo
com o desenho do molde.
Retirar o papel que protege a barreira.
Ajustá-la ao estoma, segurando-a pela borda da barreira ou do adesivo,
se houver, com a abertura voltada para baixo ou em sentido diagonal (em
paciente acamado).
Fazer pressão suave sobre a barreira para melhor aderir à pele.
Retirar o papel que protege o adesivo e fazer leve pressão sobre este,
para melhor aderir à pele.
Passo a Passo do Procedimento
Retirar o papel que protege o adesivo e fazer leve pressão sobre este,
para melhor aderir à pele.
Fechar a abertura da bolsa coletora com a presilha, fazendo uma dobra
na extremidade desta sobre a haste interna da presilha.
Retirar as luvas de procedimento.
Recolher o material do quarto e deixar o paciente confortável.
Lavar a bandeja com H2O e sabão, secar com papel toalha e passar
álcool 70%.
Realizar a higienização das mãos.
Checar na prescrição de enfermagem e anotar o procedimento realizado
registrando o aspecto do estoma, da pele e do efluente.
Passo a Passo do Procedimento
Não usar anti-séptico ou solvente na pele ao redor do estoma, porém
pode ser utilizado gazes estéreis e solução fisiológica ou água destilada.
Se preferir pode-se usar máscara facial descartável, para proteção contra
o odor.
Não é necessário material e técnica estéreis.
A bolsa deve ser trocada sempre que houver saturação da barreira
protetora de pele ao redor do estoma, nunca esperar que a bolsa descole
ou apresente vazamento.
A troca de bolsa de colostomia deve ser realizada distante dos horários
das refeições.
O uso de lâmina de barbear tipo gilette para tricotomizar a pele ao redor
de estoma predispõe a formação de foliculite.
Recomendações
A medida do estoma deve ser feita deixando um espaço de 3mm entre o
estoma e a barreira protetora de pele da bolsa coletora.
Barreira protetora de pele em pó deve ser usada em presença de lesão
de pele exsudativa ao redor do estoma (dermatites) para permitir adesão
do dispositivo coletor.
Barreira de pele em pasta pode ser usada para corrigir irregularidade da
pele e em casos nos quais a aderência do dispositivo é dificultada por
complicações da pele ou estoma , ou por localização inadequada.
O suporte de alça (dispositivo que permanece até décimo dia pós-
operatório em ostomia em alça) deve ser acomodado dentro da bolsa
coletora. Atentar para que a barreira não seja colocada sobre o suporte.
Recomendações
A fístula mucosa (boca distal em ostomia em bocas separadas) deve ser
protegida com gaze umedecida, não há necessidade de adaptar bolsa
coletora.
As presilhas de formato convexo para fechamento de bolsa coletora
devem ser colocadas com a concavidade voltada para o corpo do
paciente.
Aspectos a serem observados: formato do estoma, integridade da
mucosa, cor, umidade, protusão e pontos de fixação do estoma à pele;
integridade da pele; e consistência do efluente, volume/quantidade, cor e
odor.
Obs. Colostomias: O sistema deve ser trocado a cada 4 ou 5 dias. Ileostomias: O sistema deve ser trocado a cada 2 ou 3 dias.
Recomendações
Muitos desafios são enfrentados para que possamos agir com eficácia
em nossa profissão. Devemos passar acima de tudo, confiança,
credibilidade e segurança, independente da função que estamos
realizando, devemos estar atentos à cerca dos conhecimentos
adquiridos, e verificar quais os impactos (complicações) de um serviço
inadequado ao nosso paciente.
Podemos perceber que o processo de troca de bolsa de
colostomia/ileostomia não é um processo simples, pois requer muita
atenção levando-se em conta vários aspectos como: o tipo de bolsa, a
localização, a estrutura do orifício, a disponibilidade de suprimentos,
respeitar os horários de troca da bolsa, a privacidade de paciente e
diversas funções afins.
Considerações Finais
BRASÍLIA. Secretaria de Estado de Saúde. Núcleo de Atenção Básica e
Estomizados/GENF/SAS. Cartilha de orientações ao estomizado.
Brasília, 2008.
CARMAGNANI, Maria I. S. et al. Procedimentos de enfermagem: guia
prático. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
COSTA, Camila E. C.; SANTOS, Roseli S. Assistência de Enfermagem
aos Pacientes Portadores de Estomias Intestinais. Batatais, 2006.
MANUAL de procedimentos de enfermagem. São Paulo, 2005.
POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de enfermagem.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
Referências Bibliográficas.