Post on 17-Apr-2015
SINOPSE
Economia Internacional I
Versão Provisória1º Draft
Nota introdutória
A presente sinopse deve ser utilizada conjuntamente com um dos livros indicados na bibliografia.
Economia Internacional Objectivo: introduzir abordagem
microeconómica dos problemas de economia internacional
Abordagem teórica com uso de análise gráfica
Meta: dotar os alunos de capacidade de análise e apresentação de problemas básicos de economia internacional
Autarquia ou Comércio entre as Nações? A visão mercantilista: Comércio
como um jogo com resultado zero-sum
Adam Smith: vantagens absolutas e especialização. Um jogo em que todos ganham.
David Ricardo: vantagem comparativa
Um modelo simples com pressupostos simples Cada nação tem recursos fixos,
homogéneos e pleno emprego Cada nação tem uma tecnologia definida
que não se altera Os factores de produção são
perfeitamente móveis dentro do país Os custos de transporte são nulos Há concorrência perfeita nos mercados de
produto e de factores
Produção em autarquia: conceitos básicos A fronteira de possibilidades de
produção e o conjunto de possibilidades de produção
A tecnologia: os coeficientes e a produtividade do factor trabalho
Custo de oportunidade e taxa marginal de transformação
A fronteira de possibilidades de produção A fronteira de possibilidades de
produção representa todas as combinações alternativas do bem X e Y que um país pode produzir.
Para desenhar uma f.p.p. Deve conhecer a dotação de recursos do país e a tecnologia para transformar factores de produção
Consumo em autarquia: conceitos básicos Curvas de indiferença colectivas
versus curvas de indiferença individuais
Distribuição de rendimento e curvas de indiferença
Ponto da felicidade absoluta-bliss point
Propriedades das curvas de indiferença individuais Têm declive negativo São convexas Não se intersectam Curvas mais altas representam
níveis mais elevados de utilidade
Equilíbrio em autarquia
Em autarquia decide o que produz e consome maximizando a sua utilidade sujeito à restrição imposta pela fronteira de possibilidade de produção.
Vantagem Absoluta “Diz-se que o produtor que precisa
de uma menor quantidade de factores para produzir um bem tem vantagem absoluta na produção dum bem” Gregory Mankiw p.53
Vantagem Absoluta “O país A tem vantagem absoluta na
produção do bem X se aLX<bLX, isto é se utiliza menos unidades de trabalho para produzir uma unidade do bem X no país A do que no país B” Beth Yarbrough p.41
Adam Smith e o conceito de vantagem absoluta O país A tem vantagem absoluta na
produção do bem X se aLX<bLX O comércio entre 2 nações é
mutuamente vantajoso se o país A tiver vantagem na produção de X e o país B vantagem na produção de Y
O Modelo de Ricardo: modelo de custo constante O modelo de Ricardo implica que a
fronteira de possibilidades de produção é uma linha recta. O declive da f.p.p. Representa o custo de oportunidade do bem X, dado por aLX/aLY, que é independente das combinações de bens produzidos. Por esta razão, o modelo de Ricardo é referido como um modelo de custo constante. Pg31 Beth Yarbrough
Vantagem Comparativa “ Os economistas utilizam a
expressão vantagem comparativa quando descrevem os custos de oportunidade de dois produtores. Diz-se que o produtor que tem o menor custo de oportunidade na produção de um bem tem uma vantagem comparativa na produção desse bem” Gregory Mankiw p.54
Vantagem comparativa “ O conceito de vantagem comparativa é
uma extensão do conceito de custo de oportunidade. O país A tem vantagem comparativa na produção do bem X se, para produzir uma unidade adicional do bem X em A, é necessário deixar de produzir menos unidades do bem Y do que no país B.” Beth Yarbrough p.38
Termos de troca “ o racio de preços em equilíbrio
quando se realizam trocas, escrito [ Px/Py]TT é denominado termos de troca e deve situar-se entre os racios de preços dos dois países em autarcia ou seja
( Px/Py)A<(Px/Py)TT<(Px/Py)B
Termos de troca Os termos de troca duma nação são
definidos pelo racio do preço do produto de exportação realtivo ao preço do produto importado
(Pexp/Pimp)A (Salvatore)
O potencial do comércio internacional Demonstrar o potencial do comércio
internacional para melhorar o bem estar dos residentes nos países A e B implica demonstrar que em autarquia não produzimos o máximo possível ao nível mundial.
O Modelo de Ricardo: limites O modelo de Ricardo é útil na
demonstração de como o comércio internacional baseado em diferenças de tecnologia e de produtividade do trabalho entre países pode ser mutuamente benéfico.
Contudo, uma conclusão importante do modelo de custo-constante, a especialização total de cada país não é típica da economia internacional.
Dotações de factores e o modelo neo-clássico
Os estudos empíricos revelam que os custos de oportunidade aumentam com o nível do produto e não são constantes.Ao admitirmos esta hipótese necessitamos de outro modelo capaz de explicar a especialização parcial e não total
Modelo neo-clássico
Neste modelo temos dois factores de produção- Trabalho(L) e Capital(K)-que não têm igual produtividade nas duas industrias de bens, X e Y
Uma tecnologia com dois factores Funções de produção e isoquantas Taxa marginal de substituição
técnica Função custo e isocusto Produção a custo mínimo Condição de equilibrio
Em autarcia os residentes do país escolhem do conjunto de possibilidades de produção o par que esteja na mais elevada curva de indiferença atingível.
Em autarcia o conjunto de possibilidades de produção coincide com o conjunto de oportunidades de consumo.
Modelo neo-clássico: vantagem comparativa Neste modelo, o país A tem uma
vantagem comparativa na produção do bem X se o preço relativo de A é menor do que em B:
( Px/Py)A<(Px/Py)B
Gráficamente o país A tem vantagem comparativa no bem X se o declive da recta de preços relativos é menor em A do que em B. Pg75 Beth Yarbrough
Diferenças modelo de custos constantes vs custos crescentes
Modelo custos crescentes a vantagem comparativa é definida comparando preços relativos versus custos de oportunidade
Modelo custos crescentes a determinação da vantagem competitiva faz-se para pontos específicos da função de produção porque o custo de oportunidade varia ao longo da fronteira
Mais fontes de vantagem comparativa Com custos crescentes um país tem
vantagem comparativa na produção de bens cujos preços relativos são menores do que no outro país. Para determinar a origem da vantagem comparativa, é necessário examinar os determinantes dos preços relativos: a) dotação de recursos; b)tecnologia; c)gostos/preferências; d)a combinação dos determinantes acima. P79 Beth Yarbrough
Dotação de Recursos O papel das diferenças nas dotações de factores
dos países na determinação de padrões para os custos de oportunidade foi identificado por Eli Heckscher e Bertil Ohlin
Combinando o conceito de abundância num factor de produção com a ideia de que a produção de diferentes bens se faz com diferentes intensidades no uso dos factores iferiram que um país tem vantagem comparativa na produção do bem que usa intensivamente o factor abundante. P 81 Beth Yarbrough
Abundância em factores de produção O país A é abundante em trabalho
se LA/KA > LB/KB
O bem X é intensivo em trabalho se Akx/alx<aky/aly e bkx/blx<bky/bly
Teorema Heckscher-Ohlin Em comércio livre cada nação
especializa-se e exporta o bem que usa o factor abundante intensivamente devido ao baixo preço desse bem em autarcia. P82 Beth Yarbroough
O teorema de Stolper-Samuelson Mantendo os pressupostos do
modelo neo-clássico, a variação no preço dum bem causa uma variação mais que proporcional no preço do factor de produção usado intensivamente na produção desse bem.
Diferenças modelo custos constantes vs custos crescentes
Modelo custos crescentes a vantagem comparativa é definida comparando preços relativos versus custos de oportunidade.
Modelo custos crescentes a determinação da vantagem competitiva faz-se para pontos específicos da função de produção porque o custo de oportunidade varia ao longo da fronteira de possibilidades de produção.
Diferenças modelo custos constantes vs custos crescentes
Modelo custos constantes o declive da fronteira de produção é constante.
Modelo custos crescentes o declive da fronteira de produção é variável.
Taxas Aduaneiras As medidas usadas para restringir o
comércio são denominadas barreiras ao comércio.
Barreiras ao comércio: taxas aduaneiras, quotas de importação, restrições voluntárias à exportação, standards técnicos.
Razões para aplicar uma taxa aduaneira Desencorajar o consumo Angariar/gerar receitas para o
governo Reduzir o déficit da balança
comercial Proteger a produção doméstica.
Tipos de taxa aduaneira
Taxa especifica Taxa ad-valorem
Medidas do nível geral de taxa aduaneira
Média simples Média ponderada Nível geral de protecção
Mercados e Bem Estar Conceito de excedente do
consumidor Conceito de excedente do produtor Caso de equilíbrio do mercado Ver Introdução à economia de
Gregory Mankiw cap.7 e cap.9
Efeito duma Taxa Aduaneira
Pequeno país
P
QY2 Y4 Y3 Y1
Pw+t
P
Pw
j m n v
Sw+t
Sw
Sd
Dd
Balanço do Bem Estar
Excedente do produtor doméstico +j
Excedente do consumidor doméstico -(j+m+n+r)
Rendimento da taxa governo +n
Excedente total -m-r → perca/deadweight loss
Efeito duma Taxa Aduaneira
Grande paísP
QY1 Y3 Y2 Y0
P1-t
P0 n v
Std+w
Sd+w
Sd
Dd
m
HP1
E
CF S
j
I
Efeitos duma taxa aduaneira Efeito volume de comércio Efeito nos termos de troca A taxa que maximiza o efeito líquido
para o país é denominada taxa aduaneira óptima.
Taxa aduaneira dobre a exportação
Instrumentos para medir protecção não aduaneira Rácio de cobertura das importações; Taxa alfandegária implicita Producer Subsidy Equivalent (PSE) Consumer Subsidy Equivalent (CSE)
Argumentos a favor das restrições ao comércio Não verificação dos presupostos do
mercado de concorrência perfeita: Indústria monopolista Exterioridades ou externalidades Efeitos sobre a distribuição do
rendimento Argumentos não económicos.
Restrições ao comércio livre O caso das indústrias nascentes O caso das distorções domésticas ao
modelo de concorrência perfeita O caso dos efeitos sobre a
distribuição do rendimento Os argumentos não económicos
A defesa das indústrias nascentes Defende a criação de protecção no curto
prazo para uma nova industria incapaz de competir com rivais mais experientes noutros países;
As restrições ao comércio são temporárias e provocam perdas de bem estar no curto prazo que serão compensados quando a industria for capaz de competir sem protecção no mercado mundial.
Contra-Argumentos Dificuldade em seleccionar bons candidatos a
proteger; Não é evidente que o estado é mais eficaz a
identificar vencedores do que os investidores privados;
A remoção da protecção temporária tem-se revelado difícil;
Existem políticas alternativas mais eficientes, como por ex. o subsídio à produção. Se o objectivo é suportar a produção então a política directa mais eficiente é subsidiar a produção e não restringir o comércio livre.
O Caso Das Distorções Domésticas
O efeito duma indústria monopolística
O efeito das externalidades
O argumento da tarifa óptima
A taxa aduaneira óptima é a que maximiza o bem estar do país que a impõe assumindo que o parceiro comercial não responde.
O argumento da tarifa óptima A criação duma taxa aduaneira por
um país grande tem dois efeitos: O efeito sobre o volume de comércio
que é reduzido por via da taxa aduaneira;
O efeito sobre os termos de troca.
O efeito sobre os termos de troca Um grande país tem uma quota do
mercado mundial suficientemente grande para afectar os termos de troca.
A criação duma taxa aduaneira por um grande país reduz a procura no mercado internacional baixando o preço praticado pelos produtores estrangeiros.
O efeito de monopólio O poder de monopólio num mercado
tem como efeito que os preços relativos não reflectem o verdadeiro custo de oportunidade da produção isto é:
Px/Py< Mcx/Mcy
País A
Y
X
LA/aLy
Importa Y
LA/aLyA
Ap
UA
Ac
A
Exporta X
País B
YB
XB
LB/bLy
Exporta Y
LB/bLyA
Ap
UB2
Bc
B
Importa X
B
BP
Mercados e bem estar
Equilíbrio do mercado
QE
S
D
PE
Excedentedo consumidor
Excedentedo produtor
Ganhadores e Perdedores no Comércio Internacional
Exemplo: Mercado do soja/milho
Qw
Sd
Dd
Pr. c/ comercio
Pr. antes do comercio
QdQ
Exp.
Taxa aduaneira sobre Exportações
QX2 X4 X3 X1
P1+t
P1
f g h jDw+t
Dw
Sd
Dd
Taxa aduaneira sobre Exportações
g
Dd+w
Qx
Dd
jk
f h
Sd
t
Dd+w-t
PX
P2
P0
P1
X1 X3 X2 X0
Efeitos duma taxa proibitiva vs subsidio
PY
P1
P0
Sw+t
Sw
Dd
Y0 Y1 Y2 Y
c e
PY
P1
P0
Sd + subsidio
Sw
Y0 Y1 Y2 QY
SdSd
uma taxa proibitiva vs subsidio
PY
P1
P0
Sw+t
Sw
Dd
Y0 Y1 Y2 Y
c e
PY
P1
P0
Sd + subsidio
Sw
Y0 Y1 Y2 QY
SdSd