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description
i
MAX MAURO LOZER DOS REIS
Avaliação do desempenho de um ciclo de refrigeração por absorção visando maximizar
o coeficiente de desempenho do sistema.
CAMPINAS – SP 2014
ii
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA QUIMICA
MAX MAURO LOZER DOS REIS
Avaliação do desempenho de um ciclo de refrigeração por absorção visando maximizar
o coeficiente de desempenho do sistema.
Trabalho apresentado à Faculdade de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para composição da nota da disciplina IQ404 - Análise e Otimização de Ciclos Termodinâmicos.
Professor: Dr. José Vicente Hallak d’Angelo
CAMPINAS – SP
2014
iii
Lista de Figuras
Figura 4.1 – Diagrama de processo do sistema no Aspen Hysys© ................................................ 2
Figura 5.1 – Variação do COP em função da razão entre as pressões alta e baixa. ....................... 4
Figura 5.2 – Variação do Fluxo de calor no regenerador e absorvedor em função das razões de
pressão. ....................................................................................................................................... 5
Figura 5.3 – Variação do Fluxo de massa total e temperatura de evaporação em função da
razão entre as pressões alta e baixa. ............................................................................................. 5
Figura 5.4 – Variação do Potência necessária na bomba em função da razão entre as pressões
alta e baixa. ................................................................................................................................. 6
Figura 5.5 – Variação do COP do sistema em função da razão entre as pressões. ........................ 7
Figura 5.6 – Variação do Fluxo de calor no regenerador e absorvedor em função da razão
entre as pressões. ........................................................................................................................ 7
Figura 5.7 – Variação do COP do sistema em função da razão da composição da mistura. .......... 8
Figura 5.8 – Variação do fluxo de calor no regenerador e da potência necessária na bomba em
função da razão da composição da mistura. ................................................................................. 9
Figura 5.9 – Variação dos COPs em função da razão entre as pressões alta e baixa. ...................10
Figura 5.10 – Variação do Fluxo de calor no regenerador em função da variação das pressões
alta e baixa. ................................................................................................................................10
Figura 5.11 – Variação do Fluxo de massa em função da razão entre as pressões alta e baixa. ....11
Figura 5.12 – Variação da carga térmica do evaporador em função da razão entre as pressões
alta e baixa. ................................................................................................................................11
Figura 5.13 – Variação dos COPs em função da variação da razão entre as pressões alta e
baixa utilizando várias combinações de fluidos. .........................................................................12
Figura 5.14 – Variação dos Qreg em função da variação das pressões alta e baixa utilizando
várias combinações de fluidos. ...................................................................................................12
Figura 5.15 – Variação da vazão mássica em função da razão das pressões alta e baixa
utilizando várias combinações de fluidos. ..................................................................................13
Figura 5.13 – Variação do COP do distema em função da razão entre as composições da
mistura. ......................................................................................................................................14
Figura 5.14 – Variação do fluxo de calor no regenerador em função da razão entre as
composições da mistura. ............................................................................................................14
iv
Figura 5.15 – Variação da Potência de compressão necessária em função da razão entre as
composições da mistura. ............................................................................................................15
v
Lista de Tabelas
Tabela 1 – Condições iniciais da simulação do ciclo de absorção. .......................................... 2
Tabela 2 – Pares de fluidos simulados e fração mássica considerada. ..................................... 2
Tabela 3 – Condições consideradas otimizadas. ................................................................... 16
vi
Sumário
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
2 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................ 1
3 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................. 1
4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 2
5 RESULTADOS ..................................................................................................................... 3
5.1 Variação da pressão baixa do ciclo com NH3 – H2O ...................................................... 3
5.2 Variação da pressão alta do ciclo com NH3 – H2O ......................................................... 6
5.3 Variação da composição da mistura NH3 – H2O............................................................. 7
5.4 Comparação dos resultados entre os pares de mistura NH3 – H2O ; NH3 – DMF;
R134a – DMF. ........................................................................................................................ 9
5.4.1 Variação da pressão baixa do ciclo ..................................................................... 9
5.4.2 Variação da pressão alta do ciclo .......................................................................11
5.4.3 Variação da composição da mistura ...................................................................13
6 CONCLUSÕES E COMENTÁRIOS .................................................................................17
1
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho da disciplina IQ404 consiste em avaliar o desempenho de um ciclo de
refrigeração por absorção, visando obter condições otimizadas de operação que permitam
maximizar o coeficiente de desempenho do ciclo. Será avaliada a influência das variáveis
operacionais do ciclo (pressão alta, pressão baixa, composição da corrente de alimentação da
coluna de destilação), bem como o par refrigerante/absorvente a ser utilizado no ciclo de
refrigeração, sobre o coeficiente de desempenho do ciclo.
2 OBJETIVO GERAL
Obter condições otimizadas das variáveis operacionais de um ciclo de refrigeração por
absorção por meio de uma análise termodinâmica desse ciclo, com o objetivo de obter uma
capacidade de refrigeração no evaporador do ciclo de refrigeração fixada em 1 tonelada de
refrigeração, ou seja, 12.000Btu/h. Por condição otimizada entende-se maior coeficiente de
desempenho no ciclo de refrigeração.
3 ESTUDO DE CASO
Uma máquina de refrigeração a absorção emprega amônia como refrigerante e água
como absorvente. O calor fornecido ao regenerador provém de uma serpentina, na qual circula
vapor de água condensando à pressão atmosférica. A temperatura do regenerador é 175 °F.
Com a água de arrefecimento a 60 °F, as temperaturas no condensador e no absorvedor são de
70 °F. A amônia evapora no evaporador a 10 °F. Admitindo que a operação seja adiabática,
exceto quando se fornece ou se rejeita calor intencionalmente e desprezando a queda de
pressão devida ao atrito do fluido (exceto na válvula de expansão).
2
4 METODOLOGIA
O ciclo de refrigeração por absorção foi modelado no simulador Aspen Hysys©,
conforme é apresentado na Figura 4.1 a partir das condições da Tabela 1.
Figura 4.1 – Diagrama de processo do sistema no Aspen Hysys©
Tabela 1 – Condições iniciais da simulação do ciclo de absorção.
�� = ���� = ����� = ��[psia] 128,8
�� = �� = �� = �� [����] 38,51
�����[Btu/hr] 12000,0
Após esta etapa, o mesmo simulador foi utilizado para variar alguns parâmetros e
verificar a resposta do sistema as mudanças para três pares de fluidos diferentes, como
mostrado na Tabela 2.
Tabela 2 – Pares de fluidos simulados e fração mássica considerada.
���çã� �á����� R1 R2
0,49 0,51
Pares de fluidos
��� ���
��� DMF
R134a DMF
3
A primeira simulação foi efetuada de modo que todos os parâmetros foram mantidos
inalterados, variando apenas a pressão baixa do ciclo entre 5 psia e 115 psia.
Em seguida, novamente mantendo todos os outros parâmetros inalterados, a pressão alta
do ciclo foi variada entre 100 psia e 200 psia.
Por fim, as pressões alta e baixa do ciclo foram mantidas nos valores iniciais, conforme
já apresentados na Tabela 1, e a variação desta vez ocorreu na fração mássica dos fluidos
envolvidos na saída do absorvedor do sistema de refrigeração.
Os resultados das simulações foram exportados para o Microsoft Excel e os gráficos
foram plotados para serem analisados.
5 RESULTADOS
5.1 Curvas de comportamento do sistema através da variação da pressão baixa do ciclo com NH3 – H2O
A Figura 5.1 mostra a variação do desempenho do sistema em função do adimensional
obtido entre a razão da pressão alta e da pressão baixa, que será a partir daqui chamado de �,
ou seja:
� =
�����
������
(5.1)
É valido ressaltar que neste caso a pressão alta manteve-se constante e igual a 128,8
psia, enquanto que a pressão baixa variou entre 5 e 115,0 psia. Além disso, o COPs/b refere-
se ao desempenho obtido quando a potência de compressão necessária no sistema não esta
incluída no cálculo e o COPc/b trata-se do desempenho quando essa potência é considerada
no cálculo.
4
Figura 5.1 – Variação do COP em função da razão entre as pressões alta e baixa.
É possível verificar a forte influência na variação de � no desempenho do ciclo de
refrigeração por absorção, caindo rapidamente à medida que essa diferença é aumentada.
Comparando os desempenhos com a inclusão da bomba e sem a sua inclusão, verifica-se que
os resultados não apresentam diferenças significativas, por seu pequeno gasto energético, e
por isso a potência de compressão da bomba geralmente é desprezada nas analises de
desempenho.
Além disso, para manter a carga térmica de 12000 Btus no evaporador, fez-se
necessário fluxo de calor no regenerador e absorvedor crescente, conforme mostrado na
Figura 5.2, à medida que � aumenta. Esse fato é um importante parâmetro para escolha do
sistema para uma determinada aplicação, pois a fonte de calor disponível para o regenerador é
um fator importante para o bom funcionamento do sistema.
0,2
0,26
0,32
0,38
0,44
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
CO
P
�COPs/b COPc/b
5
Figura 5.2 – Variação do Fluxo de calor no regenerador e absorvedor em função das razões de pressão.
Outros dois fatores de grande importância estão relacionados na Figura 5.3. A
temperatura do evaporador é um parâmetro que está associado às finalidades práticas. Para
valores de � muito elevados, 25,8, a temperatura de evaporação chegou a -63ºF,
correspondente a -52,78°C, o que para certas aplicações é desnecessário. Além disso, o fluxo
mássico de refrigerante aumenta bastante, o que implica no aumento do porte de todo o
sistema, resultando aumento do custo da instalação. Em consequência desses fatores, uma
avaliação sobre a aplicação do equipamento pode mostrar os valores de � praticáveis para
determinadas necessidades, evitando gastos desnecessários e resultando maior desempenho do
ciclo, o que pode ser percebido pela comparação da Figura 5.1 e Figura 5.3.
Figura 5.3 – Variação do Fluxo de massa total e temperatura de evaporação em função da razão entre as pressões alta e baixa.
5
10
15
20
25
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0
Q [
Btu
/hr]
�Qreg Qabs
-70
-50
-30
-10
10
30
50
70
125
130
135
140
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0
Tem
pe
ratu
ra [
°F]
m [
lb/h
r]
�Fluxo mássico Temperatura
6
A potência de compressão necessária na bomba também foi analisada a partir da Figura
5.4. Apesar de ser um parâmetro com menor importância devido seu consumo de energia
geralmente ser muito baixo em sistemas de absorção, é possível notar a rápida variação na
potência à medida que � é elevada. Essa variação torna-se quase imperceptível a partir de
valores de � maior que 5.
Figura 5.4 – Variação do Potência necessária na bomba em função da razão entre as pressões alta e baixa.
5.2 Curvas de comportamento do sistema através da variação da pressão alta do ciclo com NH3 – H2O
Nesta seção as simulações foram efetuadas mantendo a pressão baixa constante e igual a
38,51 psia e a pressão alta foi variada entre 100,0 e 200,0 psia. Os resultados foram plotados
também em função da razão entre as pressões �.
Verifica-se que as razões de pressões são mais sensíveis quando se altera a pressão
baixa. Nota-se também a tendência decrescente do desempenho do sistema com o aumento da
�.
0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0
W [
Btu
/hr]
�
7
Figura 5.5 – Variação do COP do sistema em função da razão entre as pressões.
O fluxo de calor no regenerador e absorvedor tendem a aumentar com o aumento de �
quando a pressão alta é variada, isso pode ser conferido na Figura 5.6.
Figura 5.6 – Variação do Fluxo de calor no regenerador e absorvedor em função da razão entre as pressões.
5.3 Variação da composição da mistura NH3 – H2O
Nas simulações seguintes as pressões e carga térmica no evaporador foram mantidas
constantes e iguais a 38,51 psia a pressão baixa; 128,8 psia a pressão alta e 12000 Btu,
respectivamente. No entanto a composição de amônia na saída do absorvedor foi
0,25
0,27
0,29
0,31
0,33
0,35
2,5 3,5 4,5 5,5
CO
P
�
9
12
15
18
2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5
Q [
Btu
/hr]
�Qabs Qreg
8
gradativamente alterada de modo a verificar o comportamento dos parâmetros do sistema. Em
seguida os gráficos foram plotados em função da razão entre as frações do refrigerante e
absorvente ou, fazendo uma relação com a Tabela 2, a razão entre os refrigerantes R1 e R2.
ξ =
NH3
H2O=
�1
�2
(5.2)
Verifica-se através da Figura 5.7 que o COP é totalmente dependente da composição de
amônia e água na saída do absorvedor. À medida que a quantidade de amônia em sua saída
aumenta, o desempenho do sistema se comporta da mesma forma. O valor limite para esta
razão é 50% de amônia e 50% de água, pois para menores composições de amônia na saída do
absorvedor o desempenho do sistema cai drasticamente. Além disso, há valores limites para
essas composições para que o simulador obtivesse a convergência, os quais serão mostrados
mais adiante.
Figura 5.7 – Variação do COP do sistema em função da razão da composição da mistura.
A variação da composição da mistura influi bastante no desempenho do sistema,
necessitando maior fluxo de calor no regenerador. Como mostrado na Figura 5.8, para valores
de razão menor que 1, o fluxo de calor necessário no regenerador para alcançar a mesma
carga térmica no evaporador aumenta bastante e da mesma forma acontece com a solicitação
de potência da bomba.
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0,5 1,5 2,5 3,5
CO
P
�COPc/b COPs/b
9
Figura 5.8 – Variação do fluxo de calor no regenerador e da potência necessária na bomba em função da razão da composição da mistura.
5.4 Comparação dos resultados entre os pares de mistura NH3 – H2O ; NH3 – DMF; R134a – DMF.
5.4.1 Variação da pressão baixa do ciclo
Neste caso a comparação foi realizada pela variação das pressões e composições para
três pares de fluidos refrigerantes, sendo possível uma análise qualitativa do quão bom será
cada um desses pares.
Verifica-se a partir da Figura 5.9 que o desempenho torna-se decrescente com o
aumento de � em todos os casos. Entretanto, comparando o COP para os três pares de
refrigerante/absorvente nota-se que aquele contendo R134a – H2O foi o que apresentou o
menor desempenho e o par NH3 – DMF apresentou o maior desempenho entre as alternativas.
Além disso, o seu desempenho é menos sensível a variação da pressão, apresentando uma
curva de decaimento menos inclinada.
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,110
15
20
25
30
35
0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Wb
om
ba
[B
tu/h
r]
Qre
g [B
tu/h
r]
�Qreg Wbomb
10
Figura 5.9 – Variação dos COPs em função da razão entre as pressões alta e baixa.
Através da Figura 5.10 é possível notar outras características quanto à utilização dos
fluidos. São necessários fluxos de calor cada vez maiores no regenerador em todos os casos à
medida que � aumenta, mas para o R134a – DMF esse fluxo é relativamente muito maior.
Figura 5.10 – Variação do Fluxo de calor no regenerador em função da variação das pressões alta e baixa.
Analisando agora a vazão mássica de fluido refrigerante do sistema a partir da Figura
5.11, é notável a desproporção, necessitando o par R134a – DMF de 70 vezes mais vazão de
fluido quando comparado ao NH3 – DMF. Isso implicaria em componentes de maior porte,
elevando muito os custos do sistema. Com relação ao par NH3 – H2O verifica-se também a
necessidade de maior fluxo mássico, mas com proporções menores em relação a NH3 - DMF.
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
CO
P
�NH3 - H2O NH3 - DMF R134a - DMF
8
28
48
68
88
108
128
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0
Q [
Btu
/hr]
�Qreg[NH3 - H2O] Qreg[NH3 - DMF]
11
Figura 5.11 – Variação do Fluxo de massa em função da razão entre as pressões alta e baixa.
A Figura 5.12 compara se a demanda de carga térmica no evaporador do sistema foi
atendida. É valido observar que esse parâmetro foi inserido nas simulações como sendo uma
das condições de entrada a ser atendida, no entanto o par R134a – DMF, além de todos os
problemas já apresentados anteriormente, não consegue suprir essa demanda.
Figura 5.12 – Variação da carga térmica do evaporador em função da razão entre as pressões alta e baixa.
5.4.2 Variação da pressão alta do ciclo
À medida que a pressão alta é variada nota-se a redução no desempenho do sistema com
o crescimento da diferença de pressão alta e baixa �, conforme Figura 5.13. Além disso, nos
4355
4356
4357
4358
4359
4360
50
70
90
110
130
150
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
m [
R1
34a
-D
MF]
[lb
/hr]
m [
lb/h
r]
�m[NH3 - H2O] m[NH3 - DMF] m[R134a - DMF]
3,2
3,6
4
4,4
4,8
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
Car
ga
térm
ica
[B
tu/h
r]
�T [NH3 - H2O] T [NH3 - DMF] T [R134a - DMF]
12
limites de pressões simulados, o valor de � que se obteve o maior COP foi de 2,6 em todos os
casos. Mais uma vez o sistema utilizando o par de refrigerante NH3 – DMF apresentou
desempenho mais satisfatório em relação aos outros casos.
Figura 5.13 – Variação dos COPs em função da variação da razão entre as pressões alta e baixa utilizando várias combinações de fluidos.
Como já mostrado anteriormente a variação da pressão impacta diretamente no fluxo de
calor necessário no regenerador para satisfazer a carga térmica necessária no evaporador.
Variando a pressão alta esse comportamento mostrou-se similar, conforme mostra Figura
5.13. O par de refrigerante R134a – DMF necessita de um fluxo de calor muito superior aos
outros dois casos.
Figura 5.14 – Variação dos Qreg em função da variação das pressões alta e baixa utilizando várias combinações de fluidos.
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5
CO
P
�NH3 - H2O NH3 - DMF R134a - DMF
40
60
80
100
10
12
14
16
18
2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5
Qre
g[B
tu/h
r] -
[R1
34
a -
DM
F]
Qre
g ]B
tu/h
r]
�NH3 - H2O NH3 - DMF R134a - DMF
13
Comparando a vazão mássica necessária entre os pares de refrigerante/absorvente, mais
uma vez o par com R134a – DMF mostrou-se pior que os outros fluidos. O par contendo NH3
– DMF necessitou de menos vazão mássica para obter o mesmo resultado de carga térmica,
como pode ser conferido a partir da Figura 5.15. Este comportamento é mais vantajoso em
relação aos outros devido à redução no porte de todo o sistema.
Figura 5.15 – Variação da vazão mássica em função da razão das pressões alta e baixa utilizando várias combinações de fluidos.
5.4.3 Variação da composição da mistura
A composição da mistura afeta fortemente o desempenho do sistema e isso pode ser
conferido na Figura 5.16. Observa-se que o par R134a – DMF continua apresentando o menor
COP entre as alternativas, seguido pelo NH3 – H2O. Nas simulações a convergência do
programa ficou limitada em alguns casos. Por exemplo, para composição da amônia na saída
do absorvedor maior que 80% ou menor que 40%, o programa não converge. No caso do
R134a – DMF o limite superior foi de 95% de R134a e o inferior de 50%. O par contendo
NH3 – DMF foi o que apresentou maiores limites de convergência nas simulações, sendo a
maior composição de 95% de amônia e a menor de 15%.
Outra vantagem apresentada pelo par NH3 – DMF é detectada também na Figura 5.16.
Para valores de � menores que 1, o desempenho do sistema cai abruptamente, entretanto, para
valores maiores que 1 o COP não apresenta variações tão significativas.
4300
4320
4340
4360
4380
4400
45
70
95
120
145
2,5 3,5 4,5 5,5
m[R
134
a -
DM
F] [
lb/h
r]
m [
lb/h
r]
�NH3 - H2O NH3 - DMF
14
Figura 5.16 – Variação do COP do distema em função da razão entre as composições da mistura.
O fluxo de calor necessário no regenerador também é bastante afetado quando a razão
da composição da mistura é menor que 1, isso pode ser percebido através da Figura 5.17. A
demanda de fluxo de calor aumenta rapidamente nessa situação e para razões maiores que 1
essa demanda permanece praticamente constante.
Figura 5.17 – Variação do fluxo de calor no regenerador em função da razão entre as composições da mistura.
O mesmo comportamento conforme descrito acima é verificado para a potência de
compressão da bomba, e pode ser conferido através da Figura 5.18.
0,07
0,12
0,17
0,22
0,27
0,32
0,37
0,42
0,47
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00
CO
P
�COP [NH3 - H2O] COP [NH3 - DMF]
3
7
11
15
19
23
27
31
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00
Qre
g [
Btu
/hr]
�COP [NH3 - H2O] COP [NH3 - DMF]
15
Figura 5.18 – Variação da Potência de compressão necessária em função da razão entre as composições da mistura.
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00
W [
Btu
/hr]
�COP [NH3 - H2O] COP [NH3 - DMF]
16
6 CONDIÇÕES PERACIONAIS CONSIDERADAS OTIMIZADAS
Tabela 3 – Condições consideradas otimizadas.
Fluido refrigerantes ��� DMF
Fração mássica [ % ] 0,50 0,50
Pressão de trabalho [ Psia ] Palta Pbaixa
128,8 85,0
Temperatura de evaporação [ ºC ] 8,78
Carga térmica do evaporador [ Btu ] 12000,0
COP 0,4705
17
7 CONCLUSÕES E COMENTÁRIOS
A partir das simulações realizadas foi possível comparar o sistema de refrigeração de
absorção funcionando entre vários níveis de pressão e com diferentes pares de
refrigerante/absorvente. Além disso, foi observada a influência da composição da mistura na
saída do absorvedor sobre os parâmetros do sistema.
Em todos os casos o sistema mostrou-se bastante sensível as diferenças de pressões
entre o sistema de baixa e alta pressão, não sendo uma boa alternativa uma diferença muito
elevada, pois impacta diretamente no COP do sistema, além da necessidade de trocadores de
calor, bomba, absorvedor, regenerador e válvula de expansão com porte cada vez maior,
fazendo com o que o custo inicial do sistema se eleve muito, impactando no custo x benefício
do sistema proposto.
O par de fluido NH3 – DMF apresentou melhor desempenho que os outros pares, além
de ser menos sensível as variações propostas nas simulações. O pior comportamento foi
verificado para o R134a – DMF, pois além de não atingir a carga térmica considerada nas
simulações apresentou COP muito reduzido e vazões mássicas bastante elevadas em relação
aos outros sistemas. Por esses fatos, esse par de refrigerante não é uma boa opção em sistemas
de refrigeração por absorção.
A composição da mistura na saída do absorvedor é de grande importância para o bom
desempenho do ciclo. Verificou-se que para valores de � menor que 1 os parâmetros do
sistema cai bruscamente, inclusive o COP, sendo aconselhável projetar sistemas à evitar esse
acontecimento. Para valores de � superior a 4 os parâmetros tornam-se praticamente
constantes, interessando que os valores de � estejam entre 1 e 4.
Do ponto de vista a otimizar o sistema de modo a obter o maior desempenho, variando a
pressão baixa do ciclo e verificando a razão entre pressões de �=1,2, foi o ponto de maior
desempenho entre as simulações, aproximadamente 0,49, utilizando o par de refrigerante NH3 –
DMF com razão entre refrigerante/absorvente igual a 1. Entretanto, a temperatura de
evaporação correspondente nessa situação é de 20°C, não atendendo a maioria das solicitações
de um circuito de refrigeração devido à alta temperatura. Imaginando-se então um sistema de
absorção para refrigeração de ambiente com uma demanda de carga térmica de 12000 Btus e
fazendo um pequeno acréscimo na razão de pressões para �=1,5 a temperatura de evaporação
resultante gira em torno de 9°C, permitindo o conforto térmico do ambiente e obtendo um COP
de 0,47.