Post on 22-Apr-2015
SimbolismoSimbolismo
≠ Simbolismo
Coexistência
Dissidência
simbolismosimbolismo
Realismo
Naturalismo
Parnasianismo
simbolismosimbolismo
ANTIPOSITIVISTA
ANTINATURALISTA
ANTICIENTIFISTA
RETORNO À ATITUDE DO ESPÍRITO
ASSUMIDA PELOS ROMÊNTICOS
EGOCENTRISMO – “EU”
simbolismosimbolismo
Área Temática: Transcendência/espiritualismo
Condição humana sofrida e oprimida:
O sonho como condicionante para a libertação do homem.
Valores espirituais
simbolismosimbolismo
Tema: Esoterismo, Satanismo, Goticismo.
“Como fantásticos signos, erram demônios malignos.
Na brancura da ossadas gemem as almas penadas.
Lobisomens, feiticeiras gargalham no luar das eiras.
Os uivos dos enforcados uivam nos ventos irados”.
simbolismosimbolismo
Crepusculismo: Sugestões vagas, Indefiníveis, confusas.Leia este fragmento de um poema de Cruz e Souza:
Indefiníveis músicas supremas Harmonias da Cor e do Perfume... Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, Réquiem do Sol que a Dor da luz resume...
simbolismosimbolismo
O Plano Poético
Derrama luz e cânticos e poemasNo verso, torna-o musical e doceComo se o coração nessas supremasEstrofes, puro e diluído fosse.
Faze estrofes assim! E após, na chamaDo amor, de fecundá-las e acendê-las,Derrama em cima lágrimas, derrama,Como as eflorescências das Estrelas.
Busca palavras límpidas e castas,Novas e raras, de clarões ruidosos,Dentre as ondas mais pródigas, mais vastasDos sentimentos mais maravilhosos.
Enche de estranhas vibrações sonorasA tua estrofe, majestosamente...Põe nela todo o incêndio das aurorasPara torná-la emocional e ardente.
Preserva o formalismo e intelectualismo dos parnasianos:
• Rima
• Métrica
• Vocabulário Rico, Nobre, Invulgar.
Derrama luz e cânticos e poemasNo verso, torna-o musical e doceComo se o coração nessas supremasEstrofes, puro e diluído fosse.
Faze estrofes assim! E após, na chamaDo amor, de fecundá-las e acendê-las,Derrama em cima lágrimas, derrama,Como as eflorescências das Estrelas.
• Recusa a materialidade do signo: palavras abstratas, vagas, etéreas.
• A linguagem busca a interioridade do “EU”.
simbolismosimbolismo
O Plano Poético – realidade sensorial
Busca palavras límpidas e castas,Novas e raras, de clarões ruidosos,Dentre as ondas mais pródigas, mais vastasDos sentimentos mais maravilhosos.
Enche de estranhas vibrações sonorasA tua estrofe, majestosamente...Põe nela todo o incêndio das aurorasPara torná-la emocional e ardente.
Derrama luz e cânticos e poemasNo verso, torna-o musical e doce
...
simbolismosimbolismo
O Plano Poético
Como se o coração nessas supremasEstrofes, puro e diluído fosse.
Faze estrofes assim! E após, na chamaDo amor, de fecundá-las e acendê-las,Derrama em cima lágrimas, derrama,Como as eflorescências das Estrelas.
• Recupera-se a
subjetividade romântica.
Recursos Típicos do Simbolismo
Vozes veladas, veludosas vozes
Volúpia dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas
simbolismosimbolismo
ALITERAÇÃO
Recursos Típicos do Simbolismo
“Palpitando os mastros Ao som vermelho da canção de guerra”
“Como a doçura quente de um carinho”
“Mas uma voz de súbito gemendo Sob o silêncio côncavo dos astros”
simbolismosimbolismo
SINESTESIA
Recursos Típicos do Simbolismo
“Sou como um Réu de celestial Sentença, Condenado do Amor, que se recorda Do Amor e sempre no Silêncio borda”
simbolismosimbolismo
INICIAS MAIÚSCULAS
Cruz e Sousa
simbolismosimbolismo
1861 - 1898
Cruz e Souza foi especialista na utilização de imagens ousadas com
efeito de sugestão. Angústia sexual e erotismo misturam-se na exaltação de uma mulher que parece devorar
os homens
A obsessão pela cor branca O erotismo e sua sublimação
O sofrimento da condição negra A espiritualização
ANTÍFONAÓ Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas! Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras
Formas do Amor, constelarmante puras, De Virgens e de Santas vaporosas... Brilhos errantes, mádidas frescuras E dolências de lírios e de rosas ...
Indefiníveis músicas supremas, Harmonias da Cor e do Perfume... Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...
Alphonsus de Guimaraens
simbolismosimbolismo
1870 - 1921
A morte da amada
A religiosidade litúrgica
Morte
A CATEDRALEntre brumas, ao longe, surge a aurora,O hialino orvalho aos poucos se evapora,Agoniza o arrebol.A catedral ebúrnea do meu sonhoAparece na paz do céu risonhoToda branca de sol.
E o sino canta em lúgubres responsos:"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"
O astro glorioso segue a eterna estrada.Uma áurea seta lhe cintila em cadaRefulgente raio de luz.A catedral ebúrnea do meu sonho,Onde os meus olhos tão cansados ponho,Recebe a benção de Jesus.
E o sino clama em lúgubres responsos:"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"