Post on 10-Jul-2015
O Currículo do Ensino Médio
Etapa I - Caderno 3Heber Odahyr de Oliveira Mello
O Currículo do Ensino Médio, seus sujeitos e o Desafio da
Formação Humana Integral
Tópicos
I. Pressupostos e fundamentos para um ensino médio de qualidade
social: sujeitos do ensino médio e formação humana integral
II. Dimensões da formação humana: Trabalho, ciência, tecnologia e
cultura e os sujeitos do ensino médio
III. Uma ação currícular integrada para uma formação humana
integral
IV. A integração curricular a partir das dimensões do trabalho, da
ciência, tecnologia e cultura na prática escolar
3Etapa I - Caderno III
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SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
Objetivo
• Promover a reflexão da prática docente acerca do currículo do
ensino médio;
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Como queremos
nossa Educação !?!?!?!
CONSTRUÇÃO DE CURRÍCULO
Em sentido amplo o currículo escolarabrange todas as experiências escolares(Samuel Rocha Barros); É a totalidade das experiências deaprendizagem planejadas e patrocinadaspela escola (Jameson-Hicks); São todas as experiências dos estudantes,que são aceitas pela escola comoresponsabilidade própria (Ragan); São todas as atividades através das quaiso estudante aprende (Hounston).
O QUE É CURRÍCULO ESCOLAR?
O QUE É CURRÍCULO ESCOLAR?
Em sentido restrito currículo escolar é o conjunto dematérias a serem ministradas em determinado curso ou graude ensino. Neste sentido, o currículo abrange dois outrosconceitos importantes:
Plano de Estudos
Programa de Ensino
• O que poderia ser um ensino médio de qualidade social?
Etapa I - Caderno III 10
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Etapa I - Caderno III 11
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A história do Ensino Médio no Brasil
Formação Acadêmica
Caráter técnico
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Parecer CNE/CEB 05/2011 e Resolução CNE/CEB 02/2012
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Trabalho
Tecnologia Cultura
Ciência
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Etapa I - Caderno III 13
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Perspectivas DCNEM
Trabalhar de forma integrada
Promover a discussão na escola dos fundamentos
propostos
Dialogar com o PPP +
Práticas currículares
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O QUE É CURRÍCULO ESCOLAR?
“[...] o currículo como o projeto que preside as atividades
educativas escolares, define suas intenções e proporciona
guias de ações adequadas e úteis para os professores, que
são diretamente responsáveis por sua execução. Para isso,
o currículo proporciona informações concretas sobre o
que ensinar, quando ensinar, como ensinar e que, como e
quando avaliar”.
(Psicologia e currículo, São Paulo, Ática, 1996, p. 43-5).
O QUE É PPP?
No sentido etimológico, o termo projeto vem do latimprojectu, particípio passado do verbo projicere, quesignifica lançar para diante. Plano, intento, desígnio.Empresa, empreendimento. Redação provisória de lei.Plano geral de edificação (Ferreira, 1975, p.144).
Nessa perspectiva, o Projeto Político-Pedagógico vai alémde um simples agrupamento de planos de ensino e deatividades diversas. O projeto não é algo que é construídoe em seguida arquivado ou encaminhado às autoridadeseducacionais como prova do cumprimento de tarefasburocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos osmomentos, por todos os envolvidos com o processoeducativo da escola.
Assim,
• O planejamento curricular ultrapassa o caráterinstrumental e meramente técnico;
• Tal planejamento deve priorizar a busca daunidade entre: o que se planeja e o que serealiza;
• Deve-se buscar a realidade concreta.
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Seleção dos
conhecimentos
Práticas sociais
historicamente
acumuladas (base do
projeto de sociedade)
Formação Humana
(materialidade
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Currículo
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Ideias importantes sobre Currículo
• uma ressignificação dos saberes e práticas escolares;
• Ressaltando a diversidade de jovens e juventudes;
• Jovens sujeitos das suas próprias ações;
• Mediação entre homem e natureza tendo o trabalhocomo princípio educativo.
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O currículo é um projeto. Não se trata de algo pronto e
acabado, mas de algo a ser construído permanentemente no
dia-a-dia da escola, com a participação ativa de todos os
interessados na atividade educacional, particularmente
daqueles que atuam diretamente no estabelecimento escolar,
como educadores e educandos, mas também dos membros da
comunidade em que se situa a escola.
1
O currículo situa-se entre as intenções, princípios e
orientações gerais e a prática pedagógica. Mais do que
apenas evitar a distância e o hiato entre esses dois polos do
processo educacional - as intenções e as práticas - o currículo
deve estabelecer uma vinculação coerente entre eles, deve
constituir um eficaz instrumento que favoreça a realização das
intenções, princípios e orientações numa ação prática efetiva
com vistas ao desenvolvimento dos educandos.
2
O currículo é abrangente, não compreende apenas as
matérias ou os conteúdos do conhecimento, mas
também sua organização e sequência adequadas, bem como os
métodos que permitem um melhor desenvolvimento dos
mesmos e o próprio processo de avaliação, incluindo questões
como o que, como e quando avaliar.
3
Etapa I - Caderno III 23
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Teoria
Real elevado
ao plano do
pensamento
Ciência
Parte do
conhecimento
sistematizado
Tecnolo
gia
Extensão das
capacidades
humanas
Cultura
Se traduz
como
diferentes
formas de
criação da
sociedade
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Para que cumpra tais funções, o currículo deve levar
em conta as reais condições nas quais vai se
concretizar: as condições do professor, as condições dos
alunos, as condições do ambiente escolar, as condições da
comunidade, as características dos materiais didáticos
disponíveis, etc.
5
O currículo não substitui o professor, mas é um
instrumento a seu serviço. Cabe ao professor orientar
e dirigir o processo de ensino-aprendizagem, inclusive
modificando o próprio currículo de acordo com as
aptidões, os interesses e as características culturais dos
educandos.
6
O currículo não possui neutralidade. Todo o fazer
pedagógico, do planejamento à avaliação, é um fazer político e
é um processo eminentemente coletivo, com vistas à Formação
Integral do aluno.
7
A formação humana integral tem como objetivos:
• Propiciar o desenvolvimento físico, intelectual,social e emocional do educando, tendo emvista a construção da sua autonomiaintelectual e moral;
• Possibilitar o desenvolvimento dascapacidades de comunicação, por meio dasdiferentes linguagens e das formas deexpressão individual e grupal;
• Incentivar o gosto pela aprendizagem, pelainvestigação, pelo conhecimento, pelo novo;
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• Exercitar o pensamento crítico, por meio doaprimoramento do raciocínio lógico, da criatividade, eda superação de desafios;
• Estimular o desenvolvimento psicomotor, as habilidadesfísica, motora e as diferentes destrezas;
• Propiciar o domínio de conhecimentos científicosbásicos, nas diferentes áreas (...);
• Favorecer a sociabilização isto é, a produção daidentidade e da diferenciação cultural, mediante alocalização de si próprio como sujeito, da participaçãoefetiva na sociedade e da localização espaço temporal esociocultural.
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O planejamento curricular ultrapassa o caráter
instrumental e meramente técnico. Dessa forma, ele
adquire a condição de conferir materialidade às ações
politicamente definidas pelos sujeitos da escola, os quais são
representados pelos estudantes, professores, coordenadores
pedagógicos, gestores.
8
Interdisciplinaridade
Integração curricular
• Currículo = coração
da escola
• Educador = tem um
papel fundamental na
sua elaboração
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• Como sair do mundo das ideias ealcançar a transformação da escola?
• Como fica a organização curricular aoconferir estas dimensões constitutivasda prática social (trabalho, ciência,tecnologia e cultura) que devemorganizar o ensino médio?
• Como as DCNEM podem ser capazesde mobilizar uma mudança curricularnas escolas de ensino médio?
Etapa I - Caderno III 32
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Perspectivas do Currículo:
1- Que objetivos educacionais a escola deve procurar atingir?
2- Que experiências educacionais podem ser oferecidas que
tenham probabilidade de alcançar esses propósitos?
3- Como organizar eficientemente essas experiências
educacionais?
4- Como podemos ter a certeza de que esses objetivos estão
sendo buscados?
Estamos diante do desafio de implementar um currículo que:
1. Seja inclusivo eintercultural
2. Supere o ideário dodualismo entre formaçãogeral e formaçãoproporcional
3. Proporcione um caminhoformativo motivador (...)
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4. Articule a formaçãocultural e o trabalhoprodutivo
5. Aproxime as ciênciasnaturais das ciênciashumanas
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Aplicação da Propostado Projeto REM na Escola
Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em
comunhão.
Paulo Freire (1987, p. 52)
Heber Odahyr®
Referências• ANDRADE Jr, H.; SOUZA, M. A.; BROCHIER, J. I. Representação Social da Educação Ambiental e
da Educação em Saúde em Universitários. Psicologia: Reflexão e Crítica. v. 17, n. 1, p. 43-50, 2004.
• ARROYO, Miguel G. As relações sociais na escola e a formação do trabalhador. In: Trabalho,
formação e currículo: para onde vai a escola? São Paulo: Xamã, 1999.
• BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais da Educação Básica/ Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Diretoria de
Currículos e Educação Integral. – Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. Ensino Médio. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12992:diretrizes-para-a-educacao-
basica>. Acessado em: 16 abr. 2014.
• COLL, César. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre, Artmed, 1994.
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Projeto Escola de Fábrica e a constituição identitária de jovens trabalhadores. 154 f. 2008.
Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, 2008.
Disponível em: < http://www2.ufpel.edu.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=524>. Acesso em:
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• FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 1996.
• FREIRE. P. Pedagogia do Oprimido. 38ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
• GRAMSCI, Antônio. Cadernos do cárcere. vol. 2. 6. ed. Tradução: Carlos Nelson Coutinho.
Civilização Brasileira, 2011.
• SAUVÉ, L; ORELLANA, I. A. Formação continuada de professores em Educação Ambiental: a
proposta EDAMAZ. In: SANTOS, J. E; SATO, M. A. Contribuição da Educação Ambiental à
Esperança de Pandora. São Carlos: RIMA, 2001.
• SILVA, M. R. Perspectivas curriculares contemporâneas. Curitiba: IBPEX, 2012.
• SILVA, T. T. Teorias do Currículo. Uma introdução. Porto: Porto Editora, 2000.
• TYLER, Ralph W. Princípios básicos de currículo e ensino. Editora Globo - Edição/Ano: 3ª edição,
1976.