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7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
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CADERNOS DE ADMINISTRAO PBLICA 48
RUTH S HEEFFER
INTRODUO OS
TESTES PSICOLGICOS
2.
Edio
Prefcio de BENEDICTO SILV
FUND O G TLIO V RG S
SERViO
DE
PUBLICAES
RIO
DE
JANEIRO
GB
BRASIL
968
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
2/168
Direitos reservados da Fundao Getlio Vargas
-
Praia
do Botafogo,
186 - Rio de Janeiro GB ZC-02 - Brasil.
La edio 1962
2.
a
edio
1968
() Copyright da Fundao Getlio Vargas
:l,
C
,
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, -- .2.._j
BI3L1: TCS,\
DA
i
FUND O C::T ') V.\RGAS '
DATA ,
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I
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DO VOLUME
I
~ E G I S T R A D ~
POR
...._ .....
_ ' - ' : ~ ~ 0 - .
FUNDAO
GETLIO
VARGAS
- Servio
de Publicaes
-
Dire
tor,
Leosthenes
Christino; Assistente
da
Direo, Ary M. Caldeira;
coordenao tcnica de
Denis
Cordeiro Policani; capa
de
S< rgi:l Fragoso;
composto e impresso
na Grfica Editra Livro
S A.,
em linotipo
378
baskerville 10/10, sbre papel bouffant creme,
nacional,
com linhas
d'gua, 8'0 m
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APRESENTA O
D
1 -
EDiO
i escassez em nosso idioma de literatura sbre testes
psicolgicos e a procura das smulas que elaboramos para
os cursos que
ministramos
no
nstituto
de Seleo e Orien
tao Profissional sbre Testes e Medidas encorajaram-nos
a publicar sse despretensioso trabalho.
Nessa
ntroduo
aos Testes Psicolgicos pretendemos
apenas despertar o intersse e fornecer subsdios aos estu
dantes que se iniciam na Psicologia j que descrevemos
de maneira sumria os testes mais usados no nosso meio.
Outrossim considerando que se trata de uma publicao
da Escola BTasileira de Administrao Pblica procura
mos
nos limitar -
com
algumas
TaTas
excees - aos
testes que
podem
ser utilizados nesse campo. Os que dese
jaTem conhecimentos especializados teTo que Te OTTeT a
outros trabalhos e paTa sses interessados indicamos uma
bibliogTafia bsica por assunto no final de cada captulo.
Outra escusa devida pela autOTa pelo fato de
ter
apresentado o
ttulo
de alguns testes no seu original em
ingls. Todavia no se trata
de mera
preferncia nossa
mas
de acato ao uso generalizado no
meio
especializado.
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VI
CADERNOS DE ADMINISTRAO PBLICA
Agradecemos aos colegas
do
Instituto
de
Seleo e
Orientao Profissional,
Leonilda
d Anniballe Braga, Che-
fe
da Seo
de
Aptides
Artsticas,
qne escreveu
o
capi-
tulo IV, e a Reginaldo Milori, que
f
a reviso dos ori-
ginais. Aos alunos
do
curso de
Fonnao
de Auxiliares de
Psicotcnica, qlle
atravs de
seus trabalhos prticos, nos
proporcionaram 1 aliosa co/abOTao. estendemos s mes-
1nos agradecimentos.
A
AUTORA
Rio de
Janeiro 1.0
de fevereiro de
1960.
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PREF IO
Quu. ltdo
se
d i f u n d ~ l
l
110tcin
das
primeims
explosries
ntmicas uma sensao de estarrecimento empolgou
o
mundo. O
homem
sentiu-se arrebatado
e em
pgnico dian
te da fra devastadora que havia libemdo. Como arcos
manejados
por atletas possantes a imaginao
e
a razo
distenderam-se ao mximo para
ajudar o homem
a com-
preender o
que
havia acontecido e como a humanidade
entrara na Era Atmica. No captulo inicial da monografia
sbre o estado da administrao p.blica. observa Dwight
lTaldo
que aquela sensao de espanto
e
terror em inspi
rada sobretudo pela cincia fsica
e
pela engenharia s
quais se atribua todo o mrito da faanhn estupendn. Jun
tamente com
os
relatrios sbre os principias gerais de
f
sica pertinentes sua concepo, combinao
e
transforma
o pelos fsicos
em
uma experincia nuclear bem sucedi
da o govrno dos Estados Unidos anunciou tambm a par
ticipao da engenharia humana ou engenharia social
quer
dizer,
administrao.
Cem
efeito
wn
sistema administrn
tivo especiaL a que fm dado o nome enigmtico de Ma-
nhattan Engineer
District,
havia sido criado como subdi
viso do govrno. A fim de
levar
a cabo
seu
misterioso
objetivo
o
Manhattan Engineer
District despendeu dois
bilhes
de
dlares. E despendeu-cs to Tacionalmente em
condies to sigilosas que
pouqussimos
americanos S l -
bermn de
. lla
existncia e quase todos os seus empregCl-
1
WALDO,
Dwight.
The
srudy
oi
public administration.
New York,
Raudcm
House,
Inc
.
1955.
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VIII CADERNOS DE ADMINISTRAAO
PBLICA
dos ignoravam o propsito daquela unidade administrativa.
No obstante
o
Manhattan Engineer
District reuniu
mi-
lhares de homens altamente
e
diversamente preparados
numerosos
e
raros materiais utenslios
e
objetos buscan
do-os em tda parte da Terra. Estabeleceu extensas facili
dades
e
criou subsistemas administrativos atravs
do
con
tinente ligando-os pelos laos mais intrincados aos siste
mas administrativos conhecidos
s
emprsas particulares
e
s universidades.
O
bom
xito do
Manhattan
Engineer
District tornou-se pblico
e
notrio: seu propsito que era
a provocao
de
exploses baseadas na fisso nuclear para
fins militares havia sido realizado
em
tda a linha.
Vista
como engenho
de
destruio a bomba atmica
que pulveriza carboniza desintegra gasifica e consome
indiscriminadamente guerreiros sacerdotes ancios bebs
criminosos templos hospitais prostbulos padarias mu
seus escolas
apenas uma demonstrao / mais da estu
pidez humana.
Vista
porm como estgio pragmtico
de
uma
extensa cadeia
de
descobertas
e
avanos cientficos
que
culminaram
na transformao da matria
em
energia
exatamente
como Einstein havia predito
talvez
a prova
mais significativa da hegemonia
humana no
planta.
chamado Projeto Manhattan constituiu
um
milagre de tra
balho
em
grupo e introduziu na histria
da
cincia a Era
Nuclear.
A maioria das pessoas considerou e ainda considera a
bomba atmica como um triunfo da cincia fsica exclusi
vamente. Poucos atentaram para
o
papel
do
Manhattan
Engineer
District
Mas argumenta Dwight Waldo: no poderamos admi
tir
outro ponto de vista isto o de que a bomba atmica
haja sido
uma
realizao da cincia fsica tanto quanto
d engenharia humana ou seja da administrao?
Por geniais que fssenL
os
fsicos szinhos no teriam
conseguido levar a cabo a proeza de construir a bomba
atmica. administrador participou
intensamente
em
todo
o
processo.
Ao
recrutar
e
selecionar
os
prprios cientistas
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INTRODUAO
AOS TESTES PSICOLGICOS
IX
ao
equip-los, ao dar-lhes base fsica de ao, instalaes,
laboratrios, ao proporcionar-lhes ajuda secretarial, ao
adquirir, transportar
e
pr sua disposio as matrias
-primas necessrias,
ao manter o
sistema
em
atividade, ao
coordenar as aes dos diferentes grupos empenhados no
projeto, o administrador estava de fato participando ativa
mente no processo; em verdade, estava dirigindo a cons
truo das primeiras bombas atmicas. Todo o bom
xito
da experincia foi levado a crdito dos fsicos. Mas,
in
discutvel que os administradores fizeram jus a uma parte
considervel das honras conferidas.
administrador moderno dispe
de um
arsenal pro
digioso
de
instrumentos dispositivos e recursos, corpreos
e
incorpreos, para desempenhar a contento sua tarefa.
o-
mente isto explica o
bom
funcionamento
de
emprsas gi
gantescas, que empregam milhares
de
trabalhadores e
mantm fbricas, filiais, sucursais, escritrios
e
represen
tantes em diferentes partes de
um
pas, ou em diferentes
pases do mundo. Felizmente para a sociedade, os progres
sos havidos no campo das tcnicas administrativas, se no
so reconhecidamente to espetaculares quanto as con
quistas das cincias fsicas e matemticas, tm sido pelo
menos
suficientemente
amplos para habilitar o homem a
enfrentar os complexos industriais, comerciais, bancrios e
sobretudo, as tentaculares unidades administrativas gover
namentais dos tempos modernos.
Uma lista dos principais instrumentos
e
meios
de
ao
com
que conta hoje o administrador incluiria, alm das
tcnicas tradicionais
de
pesquisa, previso, planejamento,
direo, coordenao e contrle, identificadas e trabalhadas
por Fayol, Taylor e seus continuadores, muitos recursos
novos alguns at esotricos), como o recrutamento positi
vo,
o
oramento
de
execuo performance
budget),
a
cio
berntica, a automao, a diluio
do
trabalho, as Relaes
Humanas, as Relaes Pblicas, o assessoramento exausti
vo, a anlise administrativa etc., etc.
Dentre os recursos disponveis no arsenal
do
adminis
trador figuram,
em
lugar de destaque, os mtodos e tcni-
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X CADERNOS DE ADMINISTRAO PBLICA
cas
de
TecTutamento
e
seleo
de
pessoal.
dentre
sses
mtodos
e tcnicas, cumpTe salientaT os testes psicolgicos.
Ruth
Scheeffer
psicotcnica
do
Instituto
de
Seleo
e
Ori
entao Profissional
ISOP)
da Fundao Getlio Vargas,
revendo
notas de
aula preparadas para
um
curso no refe
rido Instituto
deu-lhes
forma definitiva e
comps
o
pre
sente trabalho -
Introduo
aos Testes Psicolgicos.
Diz
o
ProJessor Mira y
Lpez
que hoje
s
seleciona
mal quem
Jaz
tabula rasa dos recursos psicotcnicos dis
lJonveis.
Quer
se trate
de
selecionar recepcionistas, diTi
gentes
de
gmndes
empTsas, geTentes
de
fbTica,
chauffeurs
l lotao, pilotos
de
pTovas, atuTios, gelogos ou deTma
rologistas -
h
meios
profissionais seguTOs, compTovados,
especficos para
descobri? os
mell10Tes candidatos. As
ba.-
terias
de testes psicolgicos, muitas das quais ainda em
etapa
de
expeTimentao, outras
pTovvelmente mantidas
em segrdo, permitem a busca e descobeTta do
right man
for the right
place na grande maioria dos casos.
Durante a Primeira
Guena
Mundial sUTgiu o proble
ma da seleo dos pilotos militares.
Supunha-se
ento,
empiTicamente que os pilotos de avio de bombardeio e de
caa deviam ser, antes de tudo homens de excepcional bra
L lra Jsica. Acreditava-se que o sangue frio em face do pe
rigo
e
a
temeridade
na penetrao dos campos
inimigos
constitussem as qualidades capitais dos pilotos de guerTa.
A observao
do comportamento
dos homens,
exame dos
resultados dos ataques
e
combates aTeos
e
a
elevada taxa
de
acidentes comeaTam a suscitar
dvidas no
espTito dos
comandantes sbre os requisitos desejveis nos pilotos
de
guerra.
Na
ltima Jase da guerra foi elaborado um primei
ro instrumento
de
seleo
de
pilotos, que estm a longe
de
possuir os
refinamentos
necessrios.
Quando as
nuvens da Segunda
Guerra Mundial
tolda
ram os horizontes inteTnacionais, os mtodos
de
seleo
de
pilotos
de guena
ainda eram
insignificantes
e primitivos.
Mesmo
antes da participao dos Estados Unidos na guerra
como pas beligemnte o Presidente
Roosevelt
havia
deter-
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lNTRODUAO AOS TESTES
PSICOLGICOS
X
minado
a fabricao
de
60.000 avies.
Com
a
entrada
dos
Estados Unidos na guerra
aqule objetivo
inicial foi con
sidervelmente
elevado;
e
antes
do
esmagamento
do
eixo
Roma -
Berlim
- Tquio crca
de
300.000 aeroplanos
haviam sado das fbricas americanas.
Devendo o
pas
com-
bater
em
duas
frentes,
a necessidade de pilotos navegado-
res e artilheiros
assumiu fantsicas propores.
Grupos de
cientistas
sociais foram ento convocados
para
preparar
pilotos. Ainda
em
1941
o
Aviation
Psychology Program of
the
Army
Air
Forces foi criado para
perseguir o duplo
objetivo de descobrir as caractersticas humanas
que
po
dem
t.ransformar
um
jovem
ern
bom
pilto
e
engendrar
uma
srie de testes psicolgicos para medir tais caracte
rsticas. Graas aos trabalhos e.-raustivos
daquele
grupo de
cientistas
sociais
em
que pTedominavam os
psiclogos foi
possrel
desenvolveT
baterias de testes psicolgicos que ga
rantirarn fTa aTea americana pilotos de guerra
nave-
gadoTes e artilheiTos
em
nmeTO e qualidade suficiente
para fazer face s tremendas responsabilidades da poca.
}.;'o
Lil ro
The
Proper Study
of
Mankind,
Stuart
Chase
dedica
um captulo ao
trabalho realizado pela Aviation
Psycholog,\ Program para desenhar a profissiografia do
pilto.
Jlediewte a utili.zao de mtodos cientficos primeiro
analisando a
tarefa
do pilto depois elaborand
testes
psicolgicos depois testando administrativamente os testes,
finalmente validando-os luz dos
resultados
reais o gru
po de psiclogos
resolveu
aqule
agnico
problema
de
adnnistrao
de pessoal. Dsse esfro
resultou
uma con
tribuio de valor indiscvtrel para a administrao
cientfica . . .
As pesquisas
e
experincias levadas a
efeito
pela Avia-
tion
Psychology
Program
revelaram
aspectos curiosos e
inesperados do compOTtamento
do
pilto de guerra.
Em
pTi-
meiro
lugar a suposio de
que
a coragem jsica lhe era
indispensvel
joi
totalmente
injinnada
pelos jatos.
Apenas
~ ; dos bons pilotos
que
participaram em combates areos
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XII
CADERNOS DE ADMINISTRAO
PBLICA
ou em
misses
de
bombardeio
podiam ser considerados va-
lentes;
85 confessaram
que se
sentiram medrosos e ner-
vosos
quando
pal'ticiparam da
primeira
escaramua; 40
confessaram
que
tinham
mdo
todo o tempo durante t-
das as misses e combates areos.
As
qualidades pl'incipais dos pilotos
bem
sucedidos
descobertas
e
verificadas pelos psicotcnicos
eram
as se-
guintes: reaes rpidas, boa coordenao, aguda discrimi-
nao visual de objetos e de
movimentos
mecnicos,
bom
preparo intelectual e entusiasmo pelo
mister
de voar.
Os
melhores pilotos, os verdadeiros ases,
eram jovens
de 18 a
2
anos de idade, e casados; os piores
encontravam-
se entre os solteiros, pauco instrudos e
maiores
de 25
anos. A taxa de
acidentes
entre
O s
pilotos aprovados na
bateria de testes com notas apenas
suficientes
para lhes
garantir classificao the lowest stanne), era mais de
duas
vzes
maior
do
que a dos aprovados
com
as
notas
altas. Ficou provado que o preparo intelectual era Um fator
positivo,
mas
apenas
Um
entre
muitos.
Os pases que j esto vivendo na Era Espacial enfren-
tam agora, talvez o mais complexo
problema de
seleo at
hoje
surgido na histria da psicotcnica: o da seleo dos
cosmonautas.
Que qualidades
mentais
morais e fsicas
deve
passuir
um indivduo
para ser enviado
ao
espao
dentro de uma
cpsula,
circunavegar
a Terra velocidade de quase
30.000
km
por hora,
metido
em
um
uniforme
horripilante
e agir
num meio ambiente em
que o ser
humano
experimenta
a
estranha
sensao de imponderabilidade
wightlessness) ?
de se supar que as pragressos conquistados nas
m-
todos
de
seleo dos pilotas
de guerra hajam
oferecido
sub-
sdias para a soluo do problema de selecionar casma-
nautas. Os sucessos obtidas na casmonutica pela
URSS
e
pelas Estados Unidas
sugerem
a concluso
de
que
sse
problema de seleo tambm j se encontra em vias de
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lNTRODU O
OS TESTES PSICOLGICOS X
ser resolvido. No se conhecem ainda os testes engendra
dos. Quaisquer que sejam porm
certo que saram
de
laboratrios de psicologia aplicada tcnica.
Conquanto no pretenda oferecer novidades a seus co
legas profissionais brasileiros a
presente
contribuio
de
Ruth
Scheeffer constitui
notvel soma
de
esforos leitu
Tas viglias canseiras
e
meditaes da autora no campo
de
sua especializao. Dedicando-se psicotcnica h vrios
anos pde Ruth Scheeffer acumular como professra
e
profissional
um
acervo
de conhecimentos e experincias
que a situam
entre
os primeiros especialistas
do ramo
no
Brasil.
Com esta contribuio
de
Ruth Scheeffer os Cadernos
de dministrao Pblica incorporam substncia nova
tornam-se mais ricos como repositrio idneo
e
atualizado
de informaes e
ensinamento
sbre administrao cient
fica
e
dilatam para
o
Brasil
as
fronteiras da psicotcnica
pondo disposio dos
administradores de
pessoal
de em-
prsas pblicas
e
particulares recursos organizados sbre
o l iSO. o
alcance
e
a fidedignidade dos testes psicolgicos.
Graa a ela daqui por diante certos problemas
de
orientao
e
seleo profissional sero mais fcilmente
equacionados e solucionados no Brasil num perodo da
histria
do
Pas
em que
a necessidade de tcnicos
em
geral
assume
propores dramticas.
Rio de junho de 962
BENEDICTO
SILV
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SUMR O
APRESENTAO
v
PREFCIO
VII
1. PRINCPIOS GERAIS 3
2.
Conceito de testes psicolgicos. Desenvolvimento histrico.
Usos.
Classificao.
Etapas
do
processo de elaborao. Tipos
de itens empregados
na
elaborao dos testes objetivos. Apli
cao
e
apurao
dos resultados.
A
AVALIAO
DA
INTELIGNCIA
GERAL
NATUREZA
DA
INTELIGNCIA.
Definio
e
componen
tes d..
inteligncia. Hereditariedade e ambiente.
Caracters
ticas da inteligncia. O nvel intelectual e as
diferenas edu
cacionais e profissionais.
TESTES DE NVEL
MENTAL.
A escala de Binet.
Revises
da escala de Bine1-Simon. O teste
Wechsler-Bellevue.
O
teste
Wechsler-Bellevue para crian93s WISC). O teste Barcelona
Thurstone-Mira).
Os testes
Otis.
O
teste
Goodenough para
avaliao
da inteligncia infantil. O teste
analtico
de
Meilli.
Os cubos de Kohs. O Kuhlmann-Anderson.
As matrizes
pro
gressivas
e
Raven.
Teste
de inteligncia no-verbal
I.N.V.
15
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
13/168
XVI
CADERNOS
DE
ADMINISTRAO
PBLICA
3.
TESTES
CIADAS
DE
APTIDES
INTELECTUAIS DIFEREN-
Origem
dos testes
de
aptides intelectuais diferenciadas.
O
"Army Central
Classification
Test"
(AGCT).
Bateria
Mo
rey-Otero. O "Differential Aptitudes Tests" (DAT). Outros
testes
de
aptides intelectuais
diferenciadas.
4.
AS APTIDES
ARTSTICAS
TESTES
VERIFICA-
47
DORES 64
5 .
AS
APTIDES
ESPECFICAS DAS ARTES,
DA
FORMA
E DA CR. Testes
de julgamento
esttico. Teste
de julga
mento
esttico de Meier.
O "Mc Adory Art Test". O "Gra
ves
Design
Judgment
Test".
Os
testes
de execuo. Os
"Tests
of Fundamental
Abilities
in Visual
Art".
O "Knauber Art
Ability Test". Outros testes.
AS
APTIDES
ESPECFICAS
MUSICAIS. O
"Seashore
of
Musical
Talents". O "Kwalwasser-Dykema
Music Tests".
O
"WING
Standardizes Tests of
Musical
Intelligence".
O
"Dreke
Musical Memory
Test". O
"Musical
Aptitude Test".
O
"Conrad
lnstrument-Talent
Test".
Testes
de
conhecimento
e execuo musicais.
TESTES
PSICOMOTORES
Conceito de psicomotricidade. Testes psicomotores. O "O'Con
nor
Finger
Dexterity Test".
O
"O'Connor Tweezer Dexterity
Test". O "Minnesota Rate of Manipulation". Teste
de
ha
bilidade
mecnica
de
Mac
QU3rie. A
bateria
de
Walther.
A bateria
ISOP.
O teste
ABC.
85
6.
A
AVALIAO DAS CARACTERSTICAS
DA
PERSO-
NALIDADE
94
CONCEITO
E ESTRUTURA DA PERSONALIDADE.
De
finio de
personalidade. Teoria dos traos da personalidade.
Teorias tipo
lgicas.
Mtodos
de investigao da personali
dade.
INVENTRIOS DE PERSONALIDADE. O "Minnesota
Multiphasic Personality lnventory".
O
inventrio de
peTsona
lidade
Bernreuter.
O
inventrio
de
ajustamento
Bel .
A
es
cala de temperamento Thurstone.
7. TCNICAS PROJETIVAS E
EXPRESSIVAS
117
Conceito
gera .
Tcnicas
projetivas: o psicodiagnstico de
Rorschach. O "Thematic
Apperception Test". Outros testes
projectivos. Tcnicas, expressivas:
O
Psicodiagnstico Mioci
ntico.
8. A INVESTIGACO DE
INTERESSE
E
AT ITUDES
140
Conceito geral
de
intersse.
O
inventrio de
intersse Thurs-
tone.
Estudo
de valres
Allport-Vernon. O
inventrio de
in
ter"ses vocacionais Strong.
O
registro
dt>preferncia
Kuder.
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14/168
INTRODUO OS TESTES
PSIC OLGICOS
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15/168
1
PRINCIPIOS
GER IS
CONCEITO DE
TESTES
PSICOLGICOS
Os sres
humanos diferem
entre si com respeito s suas
caractersticas
psicolgicas. Os
testes ou medidas
psicol
gicas so os instrumentos usados pelos profissionais
da
psi
cologia
para
a
investigao
e
avaliao
dessas
diferenas
individuais.
De
acrdo com Pichot o
teste
psicolgico
pode
ser definido
como
uma situao padronizada que ser-
ve
de
estmulo
a um
comportamento por
parte do
exami-
nando; sse
comportamento
avaliado
por
comparao es
tatstica
com o de
outros
indivduos submetidos
mesma
situao. permitindo
assim sua
classificao
quantitativa
e
qualitativa. Dessa
forma.
num
teste de nvel intelectuaL
certos
problemas servem
de
estmulo
capacidade
de ra-
ciocnio do
examinando. que apresenta
nessa situao
de-
terminado rendimento;
a comparao estatstica
dsse ren-
dimento
com o
de
outros indivduos no mesmo teste nos
permite classific-lo. do ponto de vista intelectual.
Os testes psicolgicos visam no
somente
a conhecer
um
ou mais
aspectos
da
personalidade total
mas
em lti-
ma
anlise
predizer
o
comportamento humano
na
base
do
que
foi
revelado na situao
do teste.
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16/168
4 CADERNOS
DE
ADMINISTRAAO PBLICA
DESENVOLVIMENTO
HISTRICO
DOS
TESTES PSICOLGICOS
histrico dos
testes
psicolgicos
est
intimamente
ligado
ao aparecimento e
evoluo
da psicologia experi
mental
que
teve lugar nos meados do sculo XIX. Um
exame retrospectivo nos revela
que
os testes surgiram
como
conseqncia
da
necessidade
de instrumentos de pes
quisa cientificamente vlidos e objetivos a fim de serem
utilizados
no campo da psicologia
experimental.
A fundao do primeiro laboratrio de Psicologia Ex
perimental pelo psiclogo alemo Wundt em 1879 marcou
o incio das experincias cientficas
visando
principalmen
te
a investigar as sensaes auditivas e visuais a psicofsi
ca tempos de reao
e outros
que atestam
a ligao ini
cial
estreita
entre a Psicologia e a Fisiologia.
No
perodo
seguinte
sofreu
a Psicologia Experimental
a influncia da Biologia
quando
tentou
Galton aplicar
05
princpios
do evolucionismo
de
Darwin
seleo adapta
o e ao estudo do ser humano. Em conexo com os seus
estudos
sbre a hereditariedade e a
genialidade
elaborou
Galton alguns testes psicolgicos a
fim
de
determinar
o
grau
de semelhana
entre
parentes.
stes
testes
tentavam
medir principalmente a discriminao sensitiva e capacida
des motoras do
indivduo.
Deve-se tambm a Galton a in
troduo dos mtodos estatsticos para a anlise das dife
renas
individuais.
Cattell norte-americano que havia sido aluno de
Wundt
fundou no seu pas
na
Universidade de
Colmbia.
o
primeir0 laboratrio
de Psicologia Experimental. n t r ~
os trabalhos realizados neste laboratrio assinala-se a ela
borao de testes psicolgicos embora muito elementares
aplicados aos alunos da referida Universidade.
Em
1895
Kraepelin
e
seus
discpulos
tentaram
isolar
e medir a memria a associao e as funes motoras
por
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
17/168
INTRODUO AOS TESTES
PSICOLGICOS
5
meio de testes psicolgicos.
Eram
sses
testes tambm
assaz
rudimentares e de pouco \'alor cientfico.
Em
1900
Stern,
no
seu livro
sicologia
Individual
es
tudava
as diferenas raciais
culturais,
sociais profissionais
sexuais etc.
procurando
investigar as
causas
dessas dife
renas e como
se manifestavam. Inclua
tambm conceitos
a
respeito
de tipos psicolgicos e a investigao dos mes
mos atravs
da
anlise grafolgica conformao fa
cial etc. introduzindo, inclusive o conceito de
quociente
intelectual.
emprgo sistemtico
de
testes
para
a
apurao das
diferenas
individuais
relativas capacidade
intelectual
foi realizado
na
Frana,
por
A. Binet. Encarregado de fazer
uma
pesquisa
sbre as causas
do retardamento escolar
dos
alunos das escolas francesas,
empregou
Binet,
pela
pri
meira vez testes de nvel mental. Os testes de Binet, foram
aperfeioados pelo americano
Terman,
que
introduziu
mtodo
de apurao do
quociente intelectual.
Outras mo
dificaes
foram
feitas
no teste
de Binet, estendendo-se a
escala
para
crianas de
2 anos a
fim de
avaliar
o
desen
\'olvimento mental das crianas em idade pr-escolar pela
observao
das
suas atividades.
Surgiram,
em
seguida, as escalas de maturidade
de
Gesell com a finalidade de avaliar o desenvolvimento dos
processos de maturao, na primeira infncia. Em 1917.
apareceu o primeiro teste
de
nvel mental
em forma de
execuo denominado Pintner-Patersen.
Os primeiros testes de inteligncia em
forma coletiva
surgiram por
ocasio da Primeira Guerra Mundial, em
1914.
Foram
les os testes
Army Alpha
e
Army
Beta ,
elaborados com a finalidade de classificar intelectualmente
os convocados para o
exrcito norte-americano.
A aplica
o dsses testes em grande nmero de pessoas
permitiu
a
construo de
normas e padres estatsticos para
vrios
grupos e a classificao das profisses de
acrdo
com o
nvel mental.
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
18/168
t
CADERNOS
DE
ADMINISTRAO
PBLICA
Os
estudos
sbre os
componentes
especficos da inteli
'gncia determinaram o aparecimento
de testes
relativos
s
diferentes aptides intelectuais,
Surgiram assim
provas de
~ l p t i d o
verbal,
espacial,
abstrata,
etc.
Ao
meSmo
tempo
foram elaboradas
provas
para a investigao de outras ha
bilidades, tais como psicomotricidade.
aptido artstica. ha
bilidade manuaL aptido
mecnica outras.
Os testes de personalidade
sL;rgiram
posteriormente
aos
de nvel mental.
O
primeiro
teste
dessa natureza fo
um questionrio
elaborado
por \roodworth. em 1914. para
a seleo dos convocados do exrcito
norte-americano.
Vie
ram
depois
os
testes de personalidade
do
tipo projetivo.
tais como o'Psicodiagnstico
Rorschlch.
Thematic Apper
ception Test
e outros,
Nas ltimas dcadas
o progl'bSO
llC,
claol'ao dos tes
tes
psicolgicos tem sido
contnuo,
O
Anurio de Mensu
rado Mental ( MeIJtal Measurer;lCnl Yearbook )
de
1940, acusou a
publicao de
1.500
testes at
aqule ano. O
mesmo anurio, publicado em
1949,
continha
a
lista de
700
novos testes, Atu:almente
apresenta
c0rca de
3,000
testes
publicados,
USOS DOS
TESTES
PSICOLGICOS
Os testes
'psicolgicos
tm
sido aplicados
em todos
os
campos
da
Psicologia, com
finalidades
prticas
e
tericas
.Especificamente os
testes tm
sido utilizados. de maneio
sistemtica. nas seguintes tiviclacles psicolgicas:
1) - Diagn:itico clnico (psicolgico e psiquitrico \
com
o
intuito de investigar
e
identificar distrbios emo
cionais,
neuroses
e psicoses, Preferentemente so usados,
para sse fim, testes de persona1c1Hle
do
tipo projeti\'o ou
expressivo:
2 -
Orientao
Educacional \ :;ando o melhor co
nhecimento das caractersticas e capacidades dos escola
res,
a
fim
de facilitar
seu
ajustamento
e
aproveitar
ade-
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
19/168
= ~ r R O D U A O AOS TESTES PSICOLGICOS
7
quadanien:e suas potencialidades. Os testes de aptido in
telectual e as provas de
intersses
ocupam. em geral.
um
lugar de
estaque na atividade orientacional
escolar.
3
Orientao profissional
-
05 tEstes
de
aptides,
intersss E personalidade
fornecem
dados a
respeito
das
possibilidades
e tendncias vocacionais do indivduo, faci
litando-lhe
uma
escolha profissional adequada
s suas ca
racteriscas
pessoais.
4
Seleo de
pessoal
-
Os em
pregadores
na
inds
tria
e nu
comrcio,
em instituies
pblicas
e privadas, uti
lizam
os testes para escolher o.
car:ddatos mais
adequ.
dos s
diversas
funes.
5) - Pesquisas - Posslvelmen:e. o ~ testes t
sido
os instru:1'Jentos de pesquisa mais utilizados pelos psiclo-
gos. desde ad\ ento da
psicologia
cientfici1.
Ou:yos:oim. so usados em outros C,mpos do conhe
cimento humano,
tais
como nas pesquisas mdicas, antro
polgicas
e 30ciolgicas.
CLASSIFlG,CAO
DOS
TESTES PSICOLc JGICOS
Ha ci:fE'rentes tipos
de testes
que so geralmente des
critos
em trmos do
relatiyo contraste dicotomia que
existe en:c'e les.
Teste5 cie lpis e papel en: opusicJ.o t testes
ele
execuo - : \os testes de lpis e papel. \ erbais ou no
-yerbais.
as respostas
so dadas pelo examinando
por
escri
to, numa
flha de
papel, enquanto que os testes
de
execuo
envolyem a realizao de uma taref8. Jor
meio
de mate
rial ou
8i)2relhos
apropriados.
Testc
em
oposio a
inventrios
Os inventrios
envolvenl c1:11 autojulgamento por parte do
examinando,
enquanto
que nos testes ste
julgamento
feito
pelo exa
minador.
Outra caracterstica dos inventrios
que no
so
julgados
base
de
respostas
certas
ou
erradas,
como
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
20/168
8 CADERNOS DE ADMINISTRAO PBLICA
acontece na maioria
dos testes. As provas de personalida-
de e de intersses so, em geral, elaborados
em forma
de
inventrios.
Teste objetivo em
oposio a
teste
projeti\ o - O teste
objetivo
consiste
em
questionrio ou
inventrio, nos quais
h
um
estmulo determinado. Nos testes projetivos o est-
mulo vago e indeterminado e sua
interpretao est
ba-
seada no conceito de que o examinando
projetar, nas
res-
postas dadas ao
estmulo apresentado
pelo teste, suas ca
ractersticas pessoais.
Testes individuais em oposio a testes coletivos -
Conforme
o
nome
indica, os
primeiros
so
aplicados indi-
vidualmente,
ao passo
que
os
segundos
podem
ser
aplica
dos
em
grupos.
H vantagens
e
desvantagens inerentes
a
stes
dois tipos
de
testes.
Vantagens dos testes individuais:
a)
Podem ser
aplicados a
anormais
ou
crianas rnenores
de 4 anos.
b)
Em
geral
so
menos
dispendiosos
quanto
ao
material
usado.
c)
Permitem
melhor
observao
da conduta
do exami-
nando
Vantagens
dos testes coletivos:
a
Proporcionam economia de tempo:
podem
ser aplica
dos em grandes grupos.
b) No
exigem grande
prtica por
parte
do
aplicador.
c) No sofrem a influncia do estado de esprito do
exa-
minador.
d) Oferecem maior facilidade de apurao.
ETAPAS DO PROCESSO DE ELABORAO DOS TESTES
1)
- Anlise da aptido ou do trao psicolgico
que
se
pretende medir por
meio
do
teste
-
Pode ser feita atravs
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
21/168
INTRODUO
AOS
TESTES PSICOLGICOS
de consulta
bibliografia existente sbre
o
assunto
ou
pela
observao direta.
No caso de construo de
bateria
de
testes
para determinada
profisso necessria a anlise
dessa
profisso
-
anlise
profissiogrfica.
Consiste
na
in
vestigao dos fatres intelectuais, aptides especficas, ca
ractersticas de personalidade, intersses, exigidos
para
o
exerccio
de
determinada atividade
profissional.
Tambm
necessrio
o conhecimento
das
condies de
trabalho.
treinamento conveniente, vantagens e desvantagens ofere
cidas.
2 - Escolha de um critrio por meio do
qual
o teste
possa
ser
validado
-
Uma
vez
escolhido o
trao
psicol
gico que se deseja medir, necessrio
que se
selecionem
evidncias contra as quais
o teste possa
ser
validado.
Entre
os vrios critrios
utilizados
os mais comuns so: sucesso
escolar; eficincia na profisso; produo no comrcio e
na
indstria,
principalmente); avaliao
ratings) reali
zada
por
pessoas que conheam bem o trao que se deseja
medir;
satisfao
pessoal,
usado principalmente nas medi
das de intersse; sucesso profissional;
outros
testes j exis
tentes
e
considerados
vlidos.
3 - Construo do teste - Consiste
na elaborao
dos itens
verbais
ou no-verbais, ou
na
construo de
apa
relhos ou de outros materiais no caso de testes de execuo.
4 -
Reviso
dos
itens
-
Aplicam-se
os
itens elabora
dos a um
pequeno
grupo
em
experincia inicial. Obtidos
os
resultados, corrigem-se
as
irrelevncias
dos itens, a fim
de
assegurar-se
a
consistncia
interna
do
teste,
bem
como
seu coeficiente de fidedignidade. sse coeficiente expressa
o grau de concordncia que o teste apresenta
para
com le
prprio, e no deve ser inferior a .85.
5 -
Validao
- A
validao necessana
a fim de
se
verificar
se o teste est medindo
realmente
o
trao
psi
colgico ou
aptido que
se deseja. Pode-se considerar
um
teste vlido quando houver um bom coeficiente de
correla
o
entre
o
critrio
adotado
e os escores obtidos.
Super
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
22/168
10
CADERNOS DE
ADMINISTRAAO
PBLICA
apresenta a
seguinte
classificao
para
os
coeficientes de
correlao
relativos validade dos testes:
Acima
de
.80 alta correlao
.50
a
.80
correlao
substancial
.30
a .50
alguma correlao
.20
a
.30
ligeira
correlao
.00
a
.20
prticamente nenhuma correlao
6 - Padronizao -
Consiste
na
aplicao
do teste
a
um
ou
vrios grupos considerados
significativos
e repre
sentativos
a
fim
de
se
obterem.
as
normas de
comparao.
A. padronizao deve ser feita
levando-se
em conta as dife
renas regionais. culturais
e
profissionais.
7 -
Anlise
fatorial - Constitui a etapa
final
do pro
cesso de elaborao
de um teste. ste submetido
ao
pro
cesso estatstico
denominado
anlise fatorial
com
a
fina
lidade de se verificar os
seus vrios
componentes.
TiPOS
DE
ITENS EMPREGADOS NA ELABORAO DOS
TESTES
OBJETIVOS
Os tipos de itens mais comumente
usados
na
elabora
o
dos
testes
do
tipo objetivo de
lpis
e
papel:
1
Certo
ou errado
2
Lacuna
3 Escolha mltipla
4
Emparelhamento
de
itens
5
Analogias
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
23/168
mTRODuO
AOS TESTES
PSICOLGICOS
Convm
notar que
sses tipos de
itens
tambm podem
ser
utilizados
com
muitas
vantagens
na
elaborao dos tes
tes
ou
provas
de conhecimento
e
de
escolaridade. Entre ou
tras
vantagens apresentam
as
seguintes:
1) -
facilita
a
correo;
2i - facilita o julgamento referente s notas,
evitand0
a
jnfluncia de elementos estranhos;
3) - depo
sita mais 'nfase no
conhecimento
objetivo
dos
fatos; 4) -
permite a
ayaliao
mais ampla do conhecimento; 5) -
permite
:Taior
economia
no tempo de 8plicao e
apurao.
OferE'ce
tambm
algumas des\ antagens entre
as
quais
podemos citar: 1) -
elaborao
demorada; 2) -
d mar
gem
adi inhao ;
3)
reduz
a
capacidade
de compo
sio. de
exposio de fatos, de
organizao de idias e
de
express\' C ~ l estilo
literrio
indi,idu81.
R e g ; ~ para a construo de itens:
1 Os enunciados
devem
ser
positivos.
pois
os nega
tivos. e r . ~ geral, causam confuso.
:2) Evitar o uso de
palau3s
ele significado ambguo
ou
YClgO.
A
linguagem
usada
de e
ser clara
e objetivCl.
3 \ l::corporar
apenas uma
idia
em
c8da item.
-} Ey;,:u generalizao
demasiada.
;)) Procurar no
recorrer
ao
uso
de palavras-ch8-
ves . qtie
\'enh8m favorecer
a adiYinhao.
6
E 'i:ar itens que p o s s p ~
, ' ir a
dar respostas
a ou
tros
iten'.
';)
instrues devem SE'r
cl8ras.
8
:\ ('5
testes compostos
l itens cerio ou
errado
o
nmero
de
itens
certos
deve
ser
equivalente ao de Hens
errados.
stes
no devem.
porm,
ser alternados.
9)
l\os
itens
de
escolha
mltipla
deve haver,
no
m
nimo, 4
ou
5
respostas
a
serem
escolhidas, e as resposS
erradas
no
devem ser
absurdas.
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
24/168
12
CADERNOS
DE
ADMINISTRAO
PBLICA
A fim de evitar o efeito da adivinhao existem fr-
mulas de correo que podem ser utilizadas com vantagem.
Por exemplo:
s
C
ou
n I
n
E
T
E-O)
n I
S escore
C respostas certas
E respostas
erradas
O omisses
n
nmero
de respostas alternativas apresentadas
em cada
item
aconselhvel,
mas
no
obrigatrio,
dispor
os
itens
em
ordem
de
dificuldade
crescente.
APLICAO DOS
TESTES
E APURAO
DOS RESULTADOS
Os
testes
psicolgicos so instrumentos de mensura-
o. Portanto necessrio que haja o mximo de preciso
na
tcnica
de aplicao e na
apurao
dos
resultados.
Dada
a
importncia
dessa
funo
imprescindvel que
o
exami-
nador respeite determinadas regras, no processo de apli-
cao das provas. O examinador deve:
1 Ler
atentamente
o manual do
teste que pretende
aplicar.
2
Conhecer as instrues para a aplicao.
3 Assegurar condies de
trabalho
favorveis: espa-
o,
assento
confortvel,
silncio,
luz suficiente,
etc.
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
25/168
INTRODUO AOS
TESTES
PSICOLGICOS 13
4
Antecipar
e
evitar
possveis distraes.
5
Providenciar
material.
6 Estimular
a
ateno
do
orientando
com
uma pa-
lestra introdutria.
7
Providenciar
nmero suficiente de supervisres.
necessrio
um supervisor
para cada 25 examinandos.
8 Assegurar a necessria identificao dos exami-
nandos.
9
Distribuir
os
testes
com as
respectivas flhas de
resposta.
10
Ler em
voz
alta
clara e lentamente as instrues
do teste. Dar explicaes extras quando necessrio.
11 Efetuar contagem rigorosa do tempo de aplicao,
em minutos e segundos.
12
Registrar qualquer
anormalidade ocorrida
duran-
te
a aplicao.
13
No
permitir
qualquer interrupo durante
a apli-
cao da prova.
14
Interromper
a
execuo da prova
ao terminar
tempo marcado no permitindo a completao de mais
item algum.
15
Contagem rigorosa
dos pontos, com a
necessria
reviso.
de preferncia
feita
por outra
pessoa.
Outro
aspecto
importante da
aplicao
das provas
a
seqncia das
mesmas.
aconselhvel iniciar a aplicao
com uma
prova
mais leve, de preferncia
um
questionrio
de atitudes ou de intersse vocacional, a
ttulo
de motiva-
o,
sem que
sobrevenha a fadiga. A
segunda
e a
terceira
provas
podem ser de
aptido
ou de nvel
mental que
en-
volvam maior grau de
dificuldade.
Convm encerrar
a
aplicao
com
uma prova
mais
fcil, a
fim de
deixar uma
impresso agradvel.
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
26/168
CADERNOS DE ADMINISTRAO PBLIC
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1949.
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
27/168
2 A
V LI O
DA INTELIGNCIA GERAL
NATUREZA DA INTELIGNCIA
DEFINIO
E
COMPONENTES
DA
INTELIGNCIA
A inteligncia tem sido definida pelos psiclogos de
maneira
variada.
Em parte, as
definies esto baseada
nas concepes tericas sbre a atividade intelectual.
Nos
fins
do sculo passado, o conceito
sensrio-motor
da inteligncia refletia-se nas
tentativas de sua
avaliao
atravs de testes de discriminao
sensorial. Acreditava-se.
naquela
poca,
que
o estudo dsse aspecto forneceria
3
chave
para a determinao do
grau
de inteligncia.
No incio do sculo atual, os trabalhos de Alfred Binet
chamaram a ateno
para
um conceito
diferente
de inteli
gncia, que
dava
nfase s atividades mais complexas e
altamente
organizadas,
tais
como:
memria,
associao,
jul
gamento e ateno. No
teste que
le elaborou, incluiu al-
guns itens
pretendendo medir
sses vrios componentes.
embora os resultados finais fssem
englobados
num escore
nico. De acrdo
com
Binet, a inteligncia visa,
sobretudo.
ao
ajustamento
contnuo do indivduo ao seu ambiente.
como resultado da organizao mental, que envolve vrias
funes: compreenso,
juzo
crtico, inveno, direo.
O
americano Thorndike
fazia
distino
entre
dois n-
veis de capacidade
intelectual:
a um menos profundo.
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
28/168
] 6
CADERNOS DE
ADMINISTRAO
PBLICA
constitudo de meras
associaes de idias,
formao de
conexes e aquisio
de informao
e
hbitos; b) outro,
mais
profundo, indicando
a
capacidade de
raciocnio abs
trato, de
generalizao, inferncia de relaes, raciocnio
indutivo
e dedutivo. De
acrdo
com os seus
componentes.
subdividia a
inteligncia
em
trs
tipos: social, concreta e
abstrata. Ao primeiro, correspondia a
habilidade
de com
preender
e
lidar
com pessoas; ao segundo, a
de operar
com
coisas,
instrumentos
de mecnica ou
cientficos; ao
tercei
ro, a de
compreender
ou
jogar
com smbolos verbais, abs
tratos e numricos.
Os psiclogos
da
escola
gestaltista consideravam
a in
teligncia
como o
resultado de uma reao
global do
indi
vduo em seu ambiente.
Referiam-se
capacidade intelec
tual - por
exemplo,
a percepo
de
um
detalhe,
- como
sendo uma reao a uma situao total, principalmente
uma
relao entre meios e fins.
Bastante divulgada a
teoria
dos ingls Spearman
que
considerava
na
atividade mental
dois aspectos
distintos:
o
fator
G
geral)
e o
fator
S
especial).
Thurstone
submeteu
a
inteligncia
a
uma anlise
fato
rial e conseguiu isolar oito componentes: 1 raciocnio
numrico; 2 viso espacial; 3 rapidez de percepo; 4
memria;
5
relao verbal; 6 fluncia verbal;
7 dedu
o; 8 induo.
Mais
tarde,
o
United
States Employement Service
obte
ve
onze
fatres
integrantes
da
atividade intelectual,
atra
vs
de anlise
semelhante
realizada
por
Thurstone.
Inclua
entre
sses elementos, as aptides psicomotoras, subdividin
do a rapidez
de percepo em
dois fatres distintos: a
per
cepo de smbolos e a
percepo
espacial. Guilford, em
pesquisa recente, obteve
o
nmero total de
28
fatres
componentes.
provvel que
esta
lista
se amplie no futuro.
HEREDITARIEDADE
E
AMBIENTE
H muito
perdura uma
controvrsia sbre
os
fatres
preponderantes na determinao da
inteligncia: h
aqu-
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
29/168
INTRODUO
AOS
TESTES
PSICOLGICOS 7
les que defendem a influncia primordial da hereditarie
dade
e os
que
se
batem pela supremacia dos
fatres
ambi
entais
_ Os geneticistas, desde
Galton, so adeptos da teoria
de
que
o
maior
ou
menor grau
de capacidade
intelectual
decorre dos genes hereditrios _ Os ambientistas,
por sua
vez, vm tentando
provar que
a inteligncia se desenvolve
sob a
ao
do ambiente _
Os
resultados das pesquisas,
at
o
momento,
no
confirmam,
integralmente,
qualquer dsses
pontos de vista, havendo, entretanto, certa evidncia de que
a
hereditariedade desempenha
o
principal papel.
CARACTERSTICAS DA INTELIGNCIA
O
grau
de inteligncia do indivduo,
tal como
medido
pelos testes,
tende
a ser constante. Todavia, muito
comum
haver certa
discrepncia nos resultados obtidos _ Dois fa
tres podem ser os responsveis pela
variao:
1 diferena
nos valres
atribudos
ao quociente intelectual,
resultante
do
critrio
adotado
para sua mensurao
nas
diversas pro-
vas exemplo:
o quociente
intelectual
mdio
do teste Otis
Primrio
inferior
ao do
Binet-Terman)
; 2
influncia per
turbadora
de
fatres extra-intelectuais, tais como conflitos
de natureza emocional,
situao
de
desajustamento, neuro
se ou mesmo
enfermidade
de origem orgnica, cujo efeito
negativo no
rendimento intelectual
do indivduo pode
ser
de tal maneira intenso, que chega a
invalidar
os
resultados
dos testes.
O NVEL INTELECTUAL E AS DIFERENAS EDUCACIONAIS
E
PROFISSIONAIS
Tm
sido efetuados estudos a fim de se investigar a
relao entre o grau de nvel mental e os vrios aspectos
da vida escolar.
Pesquisas
realizadas com estudantes das
escolas
secundrias norte-americanas, demonstraram haver
uma relao entre
a
inteligncia
e a
escolha
do
currculo
escolar: os alunos do
curso secundrio do
tipo
acadmico
apresentavam nvel mental mais
elevado
do
que os de curso
comercial; stes,
por sua
vez,
superavam,
em
inteligncia,
os alunos de cursos industriais. Constatou-se
tambm que
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
30/168
18
CADERNOS
DE
ADMINISTRAAO PBLICA
os
alunos
dotados
de inteligncia
superior tendem a se de
dicar a
profisses
liberais
seguidas
das profisses alta
mente tcnicas
ou
administrativas. Nos
Estados
Unidos
verificou-se ser
necessrio
que o
indivduo
tenha um quo
ciente intelectual mnimo igual a
9 para
a completao
do curso secundrio e
11
para a do curso
superior.
Em nosso pas tcnicos do SENAC realizaram
uma
pes
quisa
na
qual
foi
aplicado
o
teste
Meilli
a um
grupo
de
alunos de curso comercial de nvel secundrio verificando
se
existir uma
correlao insignificante entre os resultados
obtidos
e as
notas escolares.
Atribuiu-se
sse
fato
ao siste
ma pouco fidedigno empregado
na
avaliao dos trabalhos
escolares nos quais h principalmente um excesso de me
morizao em
detrimento
de
outras
atividades mentais.
Por outro lado um estudo feito
por
sse grupo num
grande
estabelecimento
de administrao comercial do Rio de Ja
neiro demonstrou haver uma correlao entre o nvel men
tal
do indivduo e o seu sucesso
na
hierarquia administra
tiva.
No
h
dvida porm
de
que
a
possibilidade
de
se
guir
determinadas profisses bem como o respectivo
su
cesso
dependem em
grande escala das
aptides intelec
tuais do indivduo. Isto porque
aquelas
exigem no s grau
maior ou menor de
inteligncia
como tambm o predom
nio de um ou outro de seus
componentes.
necessrio notar
entretanto
que
a
relao entre
o sucesso
profissional
e o
Q. I.
tende a diminuir quando se trata
de
profisses que
requerem
contato
humano e nas
quais as
caractersticas
de
personalidade desempenham papel preponderante. Entre
essas profisses podemos citar o magistrio
primrio
e se
cundrio
no qual
um nvel mental acima do mnimo exigi
do no parece contribuir para o sucesso em seu
exerccio.
Pesquisas realizadas nos EUA revelaram que os profess
res melhor sucedidos nas
suas atividades
profissionais no
eram os que
apresentavam
o nvel mental mais
elevado.
Evidentemente sse fato no pode
ser
estendido a profis
ses
cuja
atividade
essencial
seja
a
de
pesquisa
e a
de ela
borao cientfica.
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
31/168
INTRODUO
AOS TESTES PSICOLGICOS
9
TESTES
DE NVEL MENTAL
A
ESCALA
DE BINET
aparecimento do teste de nvel mental de Binet re
presenta uma etapa de extraordinrio valor
no
campo da
psicologia aplicada.
At
ento,
os
psiclogos
haviam
reali
zado uma srie de
tentativas para
a
avaliao das
diferen
as individuais, porm, sem
resultado
satisfatrio. Foi o
psiclogo francs Alfred Binet, o primeiro a
encontrar
o
caminho certo
para
a
verificao
de uma
das
mais impor
tantes diferenas individuais: a de nvel mental.
Vejamos,
rpidamente, o
desenvolvimento, no tempo, das atividades
de Binet, das quais resultaram a criao de seu
teste:
1896 - Binet e
seu
colaborador
Henry
publicam o
resultado dos
estudos que
realizaram sbre
as
seguintes
funes: memria, natureza da imagem mental, imagina
o
ateno, compreenso, sugestionabilidade, apreciao
esttica,
sentimentos
morais,
julgamento
visual,
habilidade
motora. Acreditavam les que o conhecimento
do
grau
dessas funes no
indivduo
daria
uma
idia geral
de sua
pessoa, permitindo distingui-lo de outros do
seu
meio
am
biente. Nesses estudos
encontram-se
os fundamentos do
teste de Binet.
1904 -
Designado pelo
Ministro de
Educao
da Fran
a para elaborar meios para
a
identificao de
crianas
incapazes
de aprendizagem
escolar
Binet iniciou,
com
a
colaborao
de
Simon,
a construo de
um
instrumento de
mensurao da
inteligncia,
procurando
isol-la
o mais
pos
svel, de outros
fatres.
1905 -
publicada, no
L'anne
Psychologique ,
a
Escala
Binet-Simon -
denominada dessa
forma porque os
itens estavam
organizados
em ordem de dificuldade. Ba
seava-se
no principio de que era possvel se
identificar
as
diferenas de aptido intelectual por meio
das
diferenas
dos
nveis de desenvolvimento, apresentados pela mdia
das
crianas
das
vrias
idades.
Assim,
se conhecermos
os
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
32/168
~
CADERNOS DE ADl\flNISTRAQAO PUBLICA
nveis de
capacidade
intelectual de representantes tpicos
e
normais das vrias
idades,
poderemos averiguar
se
uma
determinada
criana
apresenta
desenvolvimento
intelectual
acelerado,
retardado, ou simplesmente mdio.
Constava
sse
primeiro
teste
de 30 itens
sobrepostos em
ordem
de
dificuldade
e agrupados por idade.
1908 -
Binet
e
Simon publicam uma
nova forma, aper
feioada, do seu
teste.
O
nmero de itens
foi
aumentado
para
59
e era aplicvel em crianas de 3 a 13 anos. O pro
cesso
de
padronizao e
de amostragem
foi
melhorado.
Outrossim, foi introduzido o conceito
de
id de mental que
pode ser
definido como o
conjunto das possibilidades
ge
rais da mdia das crianas, em
determinada
idade.
1911 -
Foi realizada nova reviso na
escala
que nesta
poca j
era conhecida e
divulgada em inmeros pases.
Nesse mesmo ano, d-se a morte
de
Binet.
Convm
notar
que o conceito de quociente intelectual
Q.1.)
s foi
introduzido em
1912, pelo psiclogo
alemo
Stern.
Podemos definir
o
Q.
1.
como
a
representao
num
rica do nvel mental
do
indivduo
ou
como
o
quociente
entre
idade
mental I. M.)
e a
sua idade
cronolgica ou
real 1.C .) .
REVISES
DA ESCALA DE
B:NET-SIMON
As inmeras
revises
do teste
de Binet revelam
a signi
ficativa preocupao
dos psiclogos
com
o
aperfeioamento
dste
valioso
instrumento
de
medida.
Entre
outras,
pode
mos citar as
revises de Goddard
1911),
de
Yerkes 1915
e 1923) e as
de Kuhlmann
1912, 1922, 1939).
As mais
fa
mosas
so,
sem dvida,
as
revises realizadas na Univer
sidade
de Stanford, nos
EUA
em 1916 e 1937.
Reviso
de
Stanford
de 1916 -
Foi realizada por Lewis
Terman
e seus
colaboradores,
com a
finalidade
de
propor
cionar um
instrumento
de mensurao
do
nvel
mental,
adequadamente padronizado
e adaptado populao
norte
americana. Foi denominado
teste Stanford-Binet
ou
Bi
net-Terman
.
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
33/168
INTRODUO AOS
TESTES PSICOLGICOS 21
Contedo
- 9
itens
para crianas
de
3 a 14 anos,
in
cluindo
tambm
um
grupo
de
itens para serem utilizados
com pessoas adultas.
Dsses 9 itens,
54 foram adaptados
da
escala de
Binet
de
1911, 5
de escalas
anteriores
de Binet,
4
de
outros testes
americanos
e 27 itens eram novos e ela
borados
por Terman.
Padronizao - Foram examinados, no processo
de
padronizao do teste, aproximadamente 2.300
indivduos,
incluindo crianas normais, deficientes, superdotadas e
adul
tos. O princpio geral
usado para
a padronizao foi fazer
coincidir,
no nvel
considerado
intelectualmente mdio,
a
idade
cronolgica
I.
C.)
com
a
idade
mental
I .
M.),
re
sultado um Q.
I.
igual a 100.
Assim
uma criana de 5 anos,
dotada de
nvel mental mdio, obteria no teste uma idade
mental
de
5 anos, e o
seu
Q. 1
seria
igual a 100.
Validade
- Obteve-se o coeficiente de validade .48
com o critrio adotado -
classificao
dos professres e
rendimento escolar.
Fidedignidade
- .80 a .95,
considerado
altamente
satis
fatrio.
Mtodo de apurao - Para cada
idade
h 6 itens,
equivalentes a 2 meses cada. Recebe-se 2
meses
de idade
mental para cada
item
acertado. No
h
itens especficos
para 11 anos, porque os autores tiveram dificuldade em
ela bor-Ios de maneira a diferenciar 1 de
11
anos.
Expli
ca-se pelo decrscimo na marcha do
desenvolvimento
inte
lectual
nesta
idade:
h uma
parada,
etapa
preparatria
para a
puberdade.
Para a idade de
12
anos h 8 itens de
3 meses cada. Para a idade
de
14 anos
h
6 itens de 4 meses
cada. No h itens especficos para
13
e
15
anos.
OhtpIn
Sp
)
rpsllltadn fimd
rnlT1
a seguinte operao:
1. M .
Idade
Mental
Q.1.
1. C.
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
34/168
22 CADERNOS DE ADMINISTRAO PBLICA
QUADRO I
TABELA
DE
TERMAN
PARA
CLASSIFICAO DOS
Q I
Superior
a
140
- Inteligncia genial
De 120
a 140 - Inteligncia muito superior
De 110
a
120
- Inteligncia superior
De
90 a
110
- Inteligncia normal
ou
mdia
De
80 a
90
- Inteligncia rude - raramente classificada
como
debilidade
mental
De
70 a
80
- Inteligncia deficiente -
no
limite de normalida-
de
-
classificada s
vzes como
rudeza
e
mais
a
mido
como
debilidade
mental
Inferior
a 70 -
Debilidade
mental
Nvel
intelectual
de adultos
-
Considerando
que
o
n
vel intelectual no se desenvolve continuamente
na
idade
adulta, foi necessrio abandonar o critrio
de
comparao
entre idade mental e cronolgica, para a avaliao
intelec
tual dsse grupo. Os adultos
estudados
por Terman reve
laram uma
idade
mental
mdia de 16
anos,
sendo
portanto
considerado sse o nvel mximo.
Crtica - Entre as criticas feitas ao teste
Stanord
-Binet
encontram-se
as seguintes:
1 foi
considerado ina
dequado para a avaliao da
inteligncia
de adulto e me
lhor para crianas
de
5 a
1
anos; 2 a
padronizao
foi jul
gada deficiente, visto
que
crca
de
1.000 crianas
includas
na
amostra
eram
da Califrnia,
tornando-a
assim
pouco
representativa
da
populao norte-americana; 3
muito
carregada
de
material verbal.
Reviso
de
Stanford
e
1937 - Realizada tambm por
Terman,
com
a colaborao
e
Merrill e publicada no livro
Measuring lntelligence .
Difere
da escala
anterior
em
de
talhes mas no nas concepes
bsicas.
Apresenta as se
guintes modificaes: 1 possui
duas formas
equivalentes
(L e M ; 2 os itens considerados insatisfatrios foram eli
minados
e includos
novos itens,
perfazendo um total
de
129; 3 a escala foi estendida at o
nvel
de dois anos; 4
foi aperfeioado o processo
de padronizao,
mormente
para os nveis
inferiores
a 5
anos
e
superiores
a 14; 5
foram
adicionados grupos de
testes para 11 e 13 anos; 6
foi
includo
maior nmero
de
material
no-verbal.
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
35/168
INTRODUAO
AOS
TESTES PSICOLGICOS 3
o
teste Binet-Terman , sem dvida, o mais
usado
para avaliao da
inteligncia infantil,
bem
como
para
a
determinao
do
nvel de deficincia mental. A indicao
da
idade
mental representa
um
dos
recursos mais teis
e
importantes
e
que
tornam
sse
teste
insubstituvel,
tanto
no
campo clnico como
na educao. No obstante, tem
sido
alvo
de algumas
crticas: 1) ainda se encontra demasiada
mente carregado de
fatres verbais, como prova a
alta
cor
relao do
subteste verbal
com o escore
total;
2
encontra
se
tambm carregado
de fatres
relacionados
com aprendi
zagem escolar e aquisio
cultural;
3) pouco indicado
para
adultos de nvel cultural elevado,
por apresentar
nesses
casos pouco
poder
discriminatrio.
o TESTE WECHSLER-BELLEVUE
Fundamentos Tericos No seu livro
The Measure-
ment of
dult ntelligence
\ echsler define a inteligncia
como agregado ou capacidade global do indivduo de
agir
com finalidade, de pensar racionalmente e de
lidar
efetiva
mente
com o
seu meio ambiente .
global
porque
carac
teriza a atividade
total
do indivduo; um agregado por
que
composta de elementos ou habilidades que apesar
de
no
serem inteiramente
independentes, so
qualitativa
mente
diven:as.
Avalia-se
a
inteligncia pela mensurao
dessas habilidades. A inteligncia no , porm,
idntica
mera
soma
dessas habilidades. O
produto final de um ato
inteligente
no
apenas uma
funo
de
nmeros
de habi
lidades
ou de sua
qualidade,
mas
inclui
tambm
a
maneira
pela
qual
estas
so
combinadas,
isto ,
sua
configurao.
Alm do mais,
outros
fatres que no so
propriamente
de
natureza
intelectual, como
por
exemplo, incentivos, est
mulos, motivaes,
desempenham uma
funo no
ato in
telectual. Finalmente, enquanto
que tipos diferentes
de
atividade
inteligente
exigem
vrios
graus
de
habilidade
intelectual, ) excesso de
uma certa
habilidade, adiciona
relativamente
pouco eficincia da
atividade
total.
Apesar da inteligncia no
ser
a
mera soma das habi
lidades intelectuais, a nica maneira de avali-la quantita-
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
36/168
2 1 CADERNOS DE ADMINISTRAO pBLICA
tivamente atravs da
mensurao dos
vrios aspectos des
sas habilidades.
Acreditava
Wechsler que,
alm dos
com
ponentes g
e s de
Spearman,
havia
uma
srie de fato
res
extra-intelectuais
chamados
por
le de
fatores
X Z.
que desempenhavam
uma
importante
funo
numa ativi
dade intelectual. At ento,
havia-se feito
o possvel
;J3rL1
isolar
sses fatores, quando se tratava da
elaborao
de um
teste
de nvel mental. Wechsler, ao contrrio.
insistia
que,
se
na vida
real
sses fatores extra-intelectuais faziam parte
de uma atividade intelectual, era
evidente que deveriam
tambm
ser
includos nas escalas de
nvel
mental. Tratan
do-se, principalmente.
e adultos,
um teste
de nvel mental
tanto
menos vlido
quanto
menos mede
os
fatres
X
e
Z.
O teste de echsler pretende medir no somente o
aspecto
global
da atividade
intelectual
mas, inclusive. os fatres
X e
Z
no-intelectuais mas
definitivamente
includos
na
atividade
mental.
Tratando-se
da
mensurao
da intelir;n
cia
do adulto
torna-se menos possvel a
apurao do grau
integral
de inteligncia. atravs de
um teste
de
nvel ment::ll
que no focalize os mltiplos aspectos e a complexidade de
que se compe.
Razes
para a
elaborao
de uma
escala
de nvel mer..
tal
especfica
para
adultos
apresentadas por \\ echsler:
1.0) -
Os
testes individuais de inteligncia elaborado
anteriormente
(quase todos de tipo B-inet. . no
haviam
sido padronizados em nmero suficiente de adultos para
oferecerem
evidncias
vlidas.
2. ) -
O
conceito
de
Quociente
Intelectual
(Q.
I.)
,
obtido
atravs da frmula
Idade Mental
nao poderia
Idade
Cronolgic;l
ser
adotado
para
adultos.
porquanto pressupunham
uma
constncia de
relJes
entre
a idade
cronolgica
e o
desen
volvimento mental que no existe depois dos 15 ou 16 anos.
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
37/168
INTRODUO
AOS TESTES PSICOLGICOS 25
3.) - Os
testes de inteligncia tipo Binet haviam
sido
elaborados
para crianas e validados
em critrios
de escola
ridade
e sucesso escolar;
como
tal
no poderiam corres
ponder
ao
grau
de capacidade
intelectual da
idade
adulta.
4.) - Nos
testes acima
mencionados,
como haviam
sido elaborados para crianas, os
itens
no
estimulavam
nem motivavam as pessoas de idade
adulta,
que os consi
deravam tolos e
infantis.
5. ) - Dava-se maior nfase rapidez do que exa
tido
da
execuo, o
que tornava
os
testes at ento
usados
inadequados
para a mensurao do
nvel
mental do adulto,
pois
neste
h
um
decrscimo de rapidez, com
maior
preo
cupao com o
fator exatido.
6.) - \\'echsler adotou o critrio estatstico
de
po nt
sc le calculando
e classificando o
Q. r
do
indivduo por
meio do
sistema de
rro
Provvel,
conforme se
observa
no
Quadro
lI.
Classificao
.
-
-
Deficiente
Marginal
Rude
Normal
Normal
brilhante
+
Superior
,
Muito
superior
c
Classificao
Deficiente
Marginal
Rude
Norm"
Nnrm,, hrilh;1I1lr
Superior
Muito superior
QUADRO II
Limites em trmos de
sigmas
3
E
P.
ou
abaixo
2
a
3 E P.
1
a
2
E
P.
a
+
1
E
P.
1 a
2
E.
P
2
a
3
E.
P.
Por
cento includo
-
~ ~ ~
2.15
6.72
16.13
50.00
16.13
6.72
3 a E. P.
ou
acima
2.15
Q.I .
Por
cento
includo
65 ou
abaixo
2.2
66
a
79
6 .7
1 0 a
90
16.1
' l I
110
50.0
111
11
In.
120
127
6 7
128
e
a ln la
2.2
C l a s ~ i f i c a c o
da inteligncia de acrdo com Q.
1.
(de
Wechsler)
(de 10
a 60
anos)
7/26/2019 Sheeffer Introduo Aos Testes Psicolgicos
38/168
26 CADERNOS DE ADMINISTRAAO PBLICA
o Q. I.
obtido pode
ser transformado em percentil, sen
do
esta ltima
classificao a
mais comumente usada atual
mente para
a
determinao
do
nvel
mental.
QUADRO
III
Percentil
Q.I.
I
Perce-ntil
I
Q.I.
I
. -- -
- - - - - - _ . _ - - _ . _ - - - - - ~
\
------._--- -f
1
59
1
68
5
73
._1
__
7
77
._-------,--_._----
10
81
60 105
15 85 65
106
20
89
70
108
,25
91
7
110
30
94
80
112
35 96
8 115
40
98
90
118
45
99.7 95 123
50
101.4
97 125
55
103 99
130
Ranks
de Percentil
para Q.
I de 10 a
60
anos
de acrdo
com a
Escala Wechsler Belle'Vue)
Contedo do teste - A construo
de um teste de
inte
ligncia implica
um
conceito sbre a
natureza
da inteli
gncia.
Um
especialista
que
a considera,
principalmente,
como a
capacidade de raciocinar com
smbolos
abstratos,
empregar
ste
tipo de itens
na elaborao de um teste
de
nvel
mental. Os que consideram como a
habilidade
de
execuo prtica, usaro testes
de
execuo. A concepo
da inteligncia como uma atividade mltipla, levou David
Wechsler escolha
de uma srie de
itens
de natureza di
versa, que avaliassem todos os possveis aspectos da inte
ligncia. Os
itens foram elaborados priori
e, depois
das
primeiras
apuraes,
foram conservados
apenas
aqules
que discriminayam de uma maneira definitiva as
pessoas
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INTRODUO AOS
TESTES PSICOLGICOS
27
de mais alto
nvel mental
das que possussem um
nvel
menos
alto. Inmeros tens
foram
retirados,
aps
vrias
experincias,
por
no serem considerados
suficientemente
vlidos
e
fidedignos.
Compe-se o teste \\ echsler Bellevue de
11
subtestes,
assim
distribudos:
l.0)
Informao
2. )
Compreenso
3. )
Aritmtica
V e r b
a i s
4.0)
Nmeros
5.)
Semelhanas
6. ) Vocabulrio
7.)
Completao de
figurlS
8. )
Arrumao
de figuras
E x e c u
o 9. )
Reunio de objetos
lO. )
Mosaicos
11. )
Smbolos
numencos
H normas para adultos
de
16 a 60 anos e
para
crianas
e adolescentes de 10 a 15 anos, separadamente.
Descrio dos tens:
Informaes
-
Muito
usado
em testes
de intelign
cia, apesar de ser criticado pelo fato de pressupor
certa
aquisio cultural. Entretanto havia sido empregado
com
muito
boa correlao no Army Alpha. No Wechsler
Bellevue
as
perguntas nem
sempre envolvem
cultura
pois abordam assuntos que
qualquer
cidado de inte
ligncia normal conhece. (Como por exemplo: qual
a altura mdia da
mulher
brasileira?) Correlaciona
0 72
com o escore total.
H
um
total
de 25
perguntas
s quais
dado valor
positivo
ou negativo. No se conta tempo.
Compreenso - Usado anteriormente
em
testes cole
tivos.
composto de
10 perguntas tais
como:
por
que se
paga
impostos? ou
por
que
os
sapatos
so
feitos
de couro?
As
respostas
so valoradas com 0,
+
1 ou
+
2 pontos. No
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CADERNOS
DE
ADMINISTRAO
PBLICA
se conta tempo. A natureza das respostas permite diag
nstico clnico a
respeito
da personalidade.
Aritmtica
- O
raciocnio
aritmtico sempre
foi
con
siderado
como prova de inteligncia.
Correlaciona
altamen
te com provas
de capacidade
intelectual. de fcil elabo
rao e
atraente para
os adultos. Tende a decrescer
com
a idade. Os itens so
compostos
de 10 pequenos problemas
que
o
examinando
deve
responder dentro de um tempo
limite. Crdito dado
rapidez.
A correlao com o es
core
total de 0 67
Memria Numrica
-
Havia
sido
usada,
anteriormente.
por Binet. Consiste na
repetio de sries numricas (que
aumentam
gradativamente) em ordem direta e inversa.
Contm
fraco
fator
g
e, pelo fato
de
envolver os
fatres
memria e ateno,
no discrimina entre
os
nveis
mais
altos de capacidade intelectual. A correlao com o escore
total do teste
de
0 51
Semelhana -
Consiste
em
indicar
a semelhana
en
tre
diversas
coisas
tais
como,
madeira
e lcool,
poema
e
esttua, vo e
semente,
etc.
So
ao
todo
12 itens.
con
siderado o melhor teste de
tda
a
bateria.
Inclui grande
dose de
fator
g
raciocnio
de relaes e processos lgicos
de
pensamento. A
correlao
com o escore total de 0 73
Arrumao de figuras - Usada anteriormente
por
Decroly e nos testes Army.
Consiste
numa srie de qua
drinhos
que
devem
ser
arrumados pelo
examinando
a fim
de
formar
uma
histria. Referem-se
a
situaes
humanas
e
exigem
uma compreenso
global
da situao.
De todo >
os subtestes talvez o
que
mais sofre influncias culturais.
H vrias arrumaes possveis para
as
diversas sries e
em caso
de uma apresentao
pouco comum convm man
dar
o
examinando
explicar a
histria.
Os crdit
acrdo
com a arrllmnn f o prnpo
de execuo.
Completao
de figuras
- T-irado
do
teste
Healy.
Mede a
percepo
bsica do indivduo, implicando reconhe-
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INTRODUAO AOS TESTES PSICOLGICOS ~
cimento
visual
e capacidade de observao e de identifica
o de
formas
familiares.
Consiste
em 15 figuras cada
qual
sem
uma
parte.
H.
por
exemplo,
a
figura de
um
homem sem a
metade
do bigode e de um navio no qual
falta a
chamin.
Indica a
habilidade
do indivduo diferen
ciar as partes essenciais das
no
essenciais. H um
tempo
limite
de
15 segundos
para cada
figura.
Mosaico -
Originou-se
dos cubos de Kohs. o
sub
teste
que
maior valor discriminativo apresenta, quando
usado individualmente.
Apresent