Post on 22-Jul-2016
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Seu Carlos e dona Leonila: “Prefiro
viver onde estou, é o que me deixa Feliz”
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Ano 9 • nº2048
Abril/2015
Maetinga - BA
O senhor Carlos mais conhecido como
Carlinhos, tem 36 anos é casado a 14 anos
com a senhora Leonila de 30 anos, vivem
juntos na comunidade Alagoinha 1 que fica
a 9 km da cidade de Maetinga. Juntos
construíram uma vida digna e tiveram dois
filhos Igor, de 11 anos e Naomi, de 3 anos,
crianças lindas que estudam e alegram a
casa.
Quando criança o senhor Carlos não teve
muitos incentivos para permanecer em sua
terra, devido às dificuldades que a falta
d'água e os recursos financeiros causavam,
ele e seus pais tiveram que sair de sua terra
em busca de melhores condições de vida na
cidade de São Paulo. Aos 11 anos Carlinho
teve que começar a trabalhar como ajudante de pedreiro, para ajudar nas despesas de casa, mesmo perdendo parte
da infância, para Carlos começar trabalhar cedo foi um aprendizado, pois aprendeu uma nova profissão e se tornou a
pessoa que é hoje, permaneceu em São Paulo durante 10 anos e assim retornou para sua casa na Bahia, conheceu a
senhora Leonila e se casaram.
Dona Leonila também não teve muitos incentivos na casa dos seus pais, pois apenas cuidava da casa com sua
mãe. Quando ela se casou tinha 16 anos, só então começou a trabalhar com terra, hoje em dia ela cuida da casa, dos
filhos e do marido, faz hortas no quintal, cuida da terra ajuda no que pode para manter a casa sempre limpa e
harmoniosa, ele não gostava de mexer na terra, mas depois que casou ela foi aprendendo, “sei lá hoje eu gosto” diz
dona Leonila.
A vida deles nunca “foi fácil” segundo dona Leonila, porém encontraram uma forma bem propicia de manter as
despesas e a mesa sempre farta. Desde que se casaram o casal criam porcos para engorda e venda, além de ter
sempre uma roça farta de produtos e variedades de alimentos que ajudam no consumo diário da família. “A gente,
toda vida, procurou fazer algo pra se manter porque não dar pra trabalhar pros outros direto, ai tem que arrumar um
jeito pra ganhar livre um salário, tem dia que você vende, ganha 10 reais, 20, outro dia você tira 30, de 10 em 10 você
ganha a vida e tira um salário. Eu comecei trabalhando com 2,3,4, poucos porcos, comprava no meio da rua de
qualquer raça, de qualquer jeito e foi assim que comecei meu negócio”. Segundo Carlos.
Seu Carlos, Igor, Dona Leonila e NaomiUnidos formam uma família feliz que vive no semiárido
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Bahia
Ele alimentam os animais duas vezes ao dia, com milho, e
dão de beber. Com a pouca água na propriedade, o casal não
conseguiam manter muitos animais, tinham sonho de ampliar o
seu negócio, mas não era possível devido a escassez da água.
“Não tinha água pra crescer, eu tinha que comprar água de carro
pipa pra colocar nas caixas de 16 mil e 5 mil litros de água, ai eu
criava em chiqueiro perto de casa, era uma estrutura pequeninha
que não cabia muitos animas, porém mesmo assim sempre tirei o
sustento da casa pela venda dos porcos. Compro da mão de um
boiadeiro que vem do Paraná e revendo pras comerciantes dos
municípios vizinhos” segundo Carlos. Na casa deles além dos
porcos, tem galinhas, frutas, mandioca, milho, verduras,
hortaliças tudo pra compor uma alimentação saudável, e quando sobra eles ainda vendem, “a gente vende, as vezes
só dar pro gasto, mas quando vende livra de comprar o que já tá bom” segundo dona Leonila. O lucro que eles tiram
da fazenda é mais de um salário por mês, e com esse dinheiro a família consegue se manter.
Hoje o casal possui em sua propriedade uma cisterna com capacidade de 52 mil litros de água, que
conquistaram por meio do Programa Uma Terra e Duas Água (P1+2), com essa ajuda eles puderam ampliar o seu
negócio, construíram o chiqueiro em outra localidade com mais baias e uma
estrutura para comportar mais porcos, de várias raças e tamanho “foi um
benefício ótimo essa caixa eles deram 1.000,00 reais de benefício, e se não
tivesse dado nada eu faria uma chiqueiro porque valia a pena por causa da
caixa, porque hoje eu uso 50 cm de água, ela abaixo ai a chuva chega e ele vem
pra boca de novo, ai ela abaixa de novo,
mas vem a chuva então a gente tira a
renda pela água” diz Carlinhos.
A f amí l i a e spe ra que esse
investimento traga grandes retornos para o seu lar, pois fazem tudo que podem
para manter os animais sempre saudáveis e bem alimentos, e assim conquistar
novos clientes para ampliar o mercado e vender mais e mais. Querem também
com o benefício que receberam investir em quintais produtivos, pois o casal já
participou de diversos cursos de capacitações das associações, do programa
P1+2, entre outros, mas nunca puderam colocar em pratica já que os recursos hídricos eram poucos. “Sempre gostei
do que eu faço, temos o negócio nas mãos e vontade de trabalhar,
agora é só conquistar novos clientes e tentar tirar meu salário da
minha terra, porque eu prefiro viver onde estou, é o que me deixa
Feliz, e não em outra cidade”. Segundo Carlos.
Ele alimentam os animais duas vezes ao dia, com milho, e
dão de beber. Com a pouca água na propriedade, o casal não
conseguiam manter muitos animais, tinham sonho de ampliar o
seu negócio, mas não era possível devido a escassez da água.
“Não tinha água pra crescer, eu tinha que comprar água de carro
pipa pra colocar nas caixas de 16 mil e 5 mil litros de água, ai eu
criava em chiqueiro perto de casa, era uma estrutura pequeninha
que não cabia muitos animas, porém mesmo assim sempre tirei o
sustento da casa pela venda dos porcos. Compro da mão de um
boiadeiro que vem do Paraná e revendo pras comerciantes dos
municípios vizinhos” segundo Carlos. Na casa deles além dos
porcos, tem galinhas, frutas, mandioca, milho, verduras,
hortaliças tudo pra compor uma alimentação saudável, e quando sobra eles ainda vendem, “a gente vende, as vezes
só dar pro gasto, mas quando vende livra de comprar o que já tá bom” segundo dona Leonila. O lucro que eles tiram
da fazenda é mais de um salário por mês, e com esse dinheiro a família consegue se manter.
Hoje o casal possui em sua propriedade uma cisterna com capacidade de 52 mil litros de água, que
conquistaram por meio do Programa Uma Terra e Duas Água (P1+2), com essa ajuda eles puderam ampliar o seu
negócio, construíram o chiqueiro em outra localidade com mais baias e uma
estrutura para comportar mais porcos, de várias raças e tamanho “foi um
benefício ótimo essa caixa eles deram 1.000,00 reais de benefício, e se não
tivesse dado nada eu faria uma chiqueiro porque valia a pena por causa da
caixa, porque hoje eu uso 50 cm de água, ela abaixo ai a chuva chega e ele vem
pra boca de novo, ai ela abaixa de novo,
mas vem a chuva então a gente tira a
renda pela água” diz Carlinhos.
A f amí l i a e spe ra que esse
investimento traga grandes retornos para o seu lar, pois fazem tudo que podem
para manter os animais sempre saudáveis e bem alimentos, e assim conquistar
novos clientes para ampliar o mercado e vender mais e mais. Querem também
com o benefício que receberam investir em quintais produtivos, pois o casal já
participou de diversos cursos de capacitações das associações, do programa
P1+2, entre outros, mas nunca puderam colocar em pratica já que os recursos hídricos eram poucos. “Sempre gostei
do que eu faço, temos o negócio nas mãos e vontade de trabalhar,
agora é só conquistar novos clientes e tentar tirar meu salário da
minha terra, porque eu prefiro viver onde estou, é o que me deixa
Feliz, e não em outra cidade”. Segundo Carlos.
Realização Apoio
Novo lugar de criação de porcos
Criação de porcos
Hortaliças nos quintal produtivo
Momento da venda dos porcos