Post on 25-May-2015
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Tarefa 2 – sessão 7
AS BIBLIOTECAS ESCOLARES
Versus RELATÓRIOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA da IGE
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Análise reflexiva
Esta análise reflexiva e comentário crítico à presença de referências a respeito das BE,
abrange uma amostra constituída por 3 Relatórios de Avaliação Externa, sendo um de
2006/2007, um de 2007/2008 e um de 2008/2009.
Para evitar susceptibilidades de apreciação, apenas se refere que os relatórios
seleccionados, são todos da área da Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale
do Tejo. Esta minha selecção teve a ver com o facto de pretender conhecer melhor as
comunidades educativas vizinhas e o meio local envolvente ao meu agrupamento.
Para efeitos de diferenciação da fonte de recolha dos dados informativos, optou-se por
identificar Relatório A, Relatório B e Relatório C respectivamente, pois desta forma
evita-se susceptibilidades na análise.
Na análise realizada aos relatórios, constatou-se que:
Contexto e Caracterização Geral da EscolaContexto e Caracterização Geral da Escola
No que diz respeito ao contexto físico e social, apenas é mencionado no
Relatório A, a existência de Biblioteca escolar a funcionar num dos sete
pavilhões;
Na descrição física e dos recursos não se faz referência à clarificação do espaço
da BE (dimensões e condições físicas);
No texto da caracterização da população docente, não há diferenciação entre
prof docentes e profs bibliotecárias existentes;
Relativamente à caracterização do Pessoal discente, também não se faz alusão
a pessoal de apoio à BE;
Parece que quando não se referem estes dados é provavelmente porque ainda não se
apropriaram do conceito/valor da BE. Talvez se a missão da BE for bem definida e se se
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departamentos, comunidade educativa,… se torne mais visível o seu papel.
Resultados Resultados
Não há menção ao impacto da BE nos resultados nem referência a
projectos em articulação com a BE ou que pode dinamizar e apoiar;
Tal como o modelo propõe, poderá potencializar-se o valor da BE e/ou rentabilizar a
BE como por exemplo, na promoção do ensino em contexto de competências de
informação (A.2.2.) .
O impacto da BE nas competências tecnológicas e de informação dos alunos (A.2.4.) e
o impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da
leitura e das literacias (B.3) será sempre importante referenciar.
Prestação dos serviçosPrestação dos serviços
Em dois relatórios não se verificam referências à Biblioteca Escolar e ao trabalho por
ela e nela desenvolvido. Refere-se a articulação curricular e entre departamentos, mas
não a articulação com a BE.
As metas do Projecto Educativo são referidas num só relatório mas sem ligação à BE.
Relativamente à abrangência do currículo e valorização dos saberes e da
aprendizagem, apenas um relatório salienta “as actividades desenvolvidas na BE/CRE)
que proporcionam aos alunos experiências diversificadas em várias áreas do saber.”
(Relatório A- p.8)
Organização e gestão escolarOrganização e gestão escolar
No relatório A. relativo a 2008/2009, destaca-se o papel da BE do seguinte modo: “ De
realçar, quanto à área de projecto, a contribuição da biblioteca Escolar/centro de
recursos educativos no apoio aos projectos desenvolvidos tendo como base o tema
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______________________________________________________________________aglutinador “ Os direitos humanos”.” Por esta referência se denota que a BE trabalha
em articulação e com a finalidade de atingir as metas do projecto educativo.
Liderança capacidade de auto-regulação e melhoria de escolaLiderança capacidade de auto-regulação e melhoria de escola
Apenas um dos relatórios se refere à implicação da BE “ O Agrupamento desenvolve
alguns projectos tais como o Plano Nacional de Leitura, a Rede Nacional de Bibliotecas
escolares…” (Relatório B, parágrafo 1, página.5) embora noutro relatório exista
referência a “ um movimento de abertura à inovação centrado nas tecnologias da
informação e comunicação” mas não se faz uma alusão directa à BE.
Capacidade de auto-regulação e melhoria da escolaCapacidade de auto-regulação e melhoria da escola
Não existe qualquer referência, na área das parcerias, ao trabalho colaborativo
da Biblioteca Escolar e/com a Biblioteca.
Do exposto resulta repensar seriamente na postura do professor bibliotecário e na sua
responsabilização pelo facto do trabalho desenvolvido na e com a escola não
transparecer, não ter a visibilidade que lhe é merecida.
Avaliação Avaliação
Apenas no Relatório C (2008/2009) se faz alusão: “A identificação dos alunos com o
agrupamento tem sido fomentada com as actividades de enriquecimento curricular e
com os projectos que oferece, nomeadamente …as actividades da biblioteca/centro de
recursos”
Gestão dos recursos materiais e financeirosGestão dos recursos materiais e financeiros
No ponto 3.3. dos Relatórios da IGE, finalmente surge aí a referência à BE com maior
desenvoltura, da seguinte forma:
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______________________________________________________________________Relatório A: “de realçar as salas de tecnologias de informação e comunicação, a
biblioteca/centro de recursos Educativos “ (p.9)
Relatório B: “Todas as escolas do 1º ciclo têm pólos de Centro de Recursos
educativos/BE a funcionar, apesar de apresentarem algum desgaste e necessitarem de
constante manutenção” destacando-se o esforço da Direcção na manutenção dos
equipamentos. Salienta-se que “BE bem equipada e os alunos são acompanhados por
docentes e funcionários que lhes prestam o apoio necessário”.
Relativamente a recursos financeiros também não há referência em nenhum dos relatórios a verbas destinadas à BE .
Conclusão: Na consulta dos relatórios, denota-se que o sucesso educativo dos
alunos não passa pelo contributo da BE.
Outras questões prementes verificadas são a falta de referência do
enquadramento das actividades de forma articulada com a BE, não existindo a
preocupação de indagar como é feita a utilização da BE e sua rentabilização em termos
de sucesso educativo, assim como, não existe referência a boas práticas na BE.
A visão de uma BE valorizada não está referenciada com solidez nos relatórios, tendo
em conta, que as referências pontuais revelam uma imagem bastante redutora do
potencial da BE.
Isto poderá significar que o verdadeiro papel da BE ainda não foi assumido. Para o
alcançar, terá que se divulgar o Modelo de Auto-Avaliação junto da comunidade
escolar, mas antes de tudo promover e divulgar a missão da BE e fomentar a
apropriação da BE e o envolvimento activo crescente das parcerias, colaboradores e
utilizadores através de uma articulação efectiva e persistente.
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