Post on 14-Nov-2018
Português
Interpretação de Textos
Professoras
Júnia Andrade
Heliane Miscali
www.ricardoalexandre.com.br
SEFAZ-GO
AULA 0
PDF PDF VÍDEO
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Introdução Olá!
Seja bem-vindo seja bem-vinda ao nosso curso de língua portuguesa para o concurso
da Sefaz-GO!
Quem “conversa” com você é a profa. Júnia Andrade. Eu falo em meu nome e em
nome da profa. Heliane que nos ajudará a reforçar os conteúdos a partir de exercícios decorrentes de algumas partes sensíveis da disciplina.
Como todos sabem, português está longe de ser uma disciplina de fácil domínio e,
neste projeto, vamos ingressar com aulas em PDF e aulas em vídeo para tentar dar uma cobertura objetiva, precisa e eficiente dos assuntos que têm mais chances de
aparecer na prova de vocês.
Para quem não conhece meu trabalho, esclareço que estou na área de português/discursivas para concursos há quase duas décadas.
Sim! Faço parte da turma de professores veteranos para concursos, com conhecimento bastante amplo e seguro acerca de praticamente todas as bancas
atuantes em concursos públicos.
Vamos “falar” do caminho até essa aprovação: como será desenvolvido o nosso curso?
https://www.youtube.com/watch?v=JFlIaCujplc
Neste curso, pretendo seguir o seguinte cronograma e disposição dos
conteúdos:
Aula Data Professor Conteúdo Formato
1 27/3 Júnia Mapa da banca: sinopse dos
assuntos mais cobrados em
provas da área fiscal.
PDF +
vídeo
2 3/4 Heliane Exercícios de ocorrência de
crase
3 10/4 Heliane Exercícios de Pronomes: PDF
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emprego, formas de
tratamento e colocação
4 17/4 Heliane Exercícios de pontuação PDF
5 24/4 Heliane Exercícios de concordância
verbal PDF
6 2/5 Heliane Exercícios de Emprego de
tempos e modos verbais PDF
7 8/5 Heliane Exercícios de coordenação e
subordinação
8 Até 7 dias
após a definição
da
banca
Júnia Análise de 5 (cinco) provas
estratégicas da banca
vídeo
Vou resumir o procedimento que vamos adotar
Como muitos de vocês já devem saber, o foco do meu curso é a prova em
si. Eu não sou de perder muito tempo exclusivamente com o edital, porque nem sempre tudo o que consta nos editais se concretiza nas provas. Então, eu
ataco “com força” o que realmente é objeto das provas.
No momento em que eu escrevo esta aula, ainda não temos uma definição
de qual será a banca do nosso concurso. Então, eu estruturei todo o curso para
seguirmos uma estratégia mais eficaz de preparação:
1º - apresento um mapa geral com o que é mais cobrado nas provas de
português da área fiscal. Haverá um resumo em PDF, mas a complementação total das explicações fica mais clara em vídeo. Por isso, optei pelo formato
misto.
2º - A profa. Heliane Miscali irá reforçar os assuntos mais importantes com
exercícios em PDF para que vocês possam treinar exatamente as partes que
consideramos mais complicadas em prova.
3º - Minha última aula é composta de provas da banca. Em outras palavras, é o seguinte: tão logo esteja definida a banca do concurso, eu farei um estudo
das provas que podem dar mais abrangência para a fixação de conteúdos e, em uma semana, estas provas estarão no portal Ricardo Alexandre.
Lembrando que estas aulas de provas eu gosto de desenvolver em vídeo, pois fazer exercício isolado é um processo e conhecer a dinâmica da prova é outro
bem diferente.
Procedendo dessa forma, não há o que errar, pessoal. O curso fica
dinâmico e mais coerente com a realidade do concurso em si.
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Vamos à aula!?
Nesta aula demonstrativa, eu vou trabalhar com interpretação de texto, para deixar um material bacana para vocês que leem o texto e que assistem
aos vídeos de acompanhamento da aula.
Interpretação de textos: elementos
macroestruturais e microestruturais
Tipos textuais
a. Narrativo: relato de ações que se sucedem no tempo.
b. Descritivo: caracterização de seres, paisagens e objetos. c. Expositivo: explicação imparcial.
d. Argumentativo: opinião do autor do texto/convencimento do leitor. e. Injuntivo: comandos para que se execute algo.
https://www.youtube.com/watch?v=O9OIBsFZsJY
https://www.youtube.com/watch?v=woQSHt8ma6U
Exemplos:
Madalena, ou simplesmente Magdá, como em família tratavam a filha do
Sr. Conselheiro Pinto Marques, estava, havia duas horas, estendida num divã do salão de seu pai, toda vestida de preto, sozinha, muito
aborrecida, a cismar em coisa nenhuma; a cabeça apoiada em um dos braços, cujo cotovelo ficava numa almofada de cetim branco bordada a
ouro; (...)
O Homem – Aloizio Azevedo
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O auge da crise que levou os militares a pedirem a renúncia de Getúlio
Vargas em 1954 foi o atentado contra o principal opositor do governo Vargas, o jornalista Carlos Lacerda, na madrugada do dia 5 de agosto de
1954 na rua Tonelero, 180, em Copacabana (Rio de Janeiro).
Castátrofe
Luiz Vilela
— Vai ser uma catástrofe! — O que eu podia fazer? — Você podia ter falado pra ela não vir. — Eu ia falar uma coisa dessas? — Por que não? — Uma pessoa me telefona falando que quer vir passar uns dias na minha casa: aí eu falo pra ela não vir? — Por que não? — Você falaria? — Claro que eu falaria.
— Pois eu não.
O currículo do novo ensino médio será norteado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), obrigatória e comum a todas
as escolas (da educação infantil ao ensino médio). A BNCC definirá as competências e conhecimentos essenciais que
deverão ser oferecidos a todos os estudantes na parte comum (1.800 horas), abrangendo as 4 áreas do conhecimento e todos
os componentes curriculares do ensino médio definidos na LDB e
nas diretrizes curriculares nacionais de educação básica.
A reforma do Ensino Médio é uma antirreforma no sentido de
que ela acaba fazendo com que a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) – a MP altera pontos da LDB e da Lei
do Fundeb – seja desconstituída naquilo que se refere ao
Ensino Médio e a Educação Profissional.
[A MP] estabelece uma bagunça e faz com que os estudantes
sejam divididos entre aqueles que vão ter acesso a um ensino
propedêutico e aqueles que vão ter acesso a um ensino técnico
de baixa qualidade.
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PREPARANDO O KEFIR DE LEITE 1. Em um recipiente de vidro bem limpo coloque o leite.
2. Adicione os grãos de Kefir – cerca de 2 a 4 colheres (sopa) para cada litro de leite.
3. Cubra com um papel toalha ou um pano estilo voal (gaze ou fralda funcionam bem) e prenda com um elástico e deixe fermentando entre 24 e 48 horas em temperatura ambiente e em local longe de luz. (arrume um lugarzinho no seu armário).
4. Depois de fermentar, coe os grãos de kefir. Armazene o líquido fermentado em um recipiente com tampa.
5. Retorne os grãos para um recipiente limpo com leite para reiniciar o processo.
Elementos de Interpretação
Macroestrutura Microestrutura
Introdução Coesão
Desenvolvimento Flexão verbal e nominal
Conclusão Advérbios/adjetivos restritivos
Elementos de relevância
https://www.youtube.com/watch?v=UFAK3WkdiFY
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Exercícios
CONTRA A MERA “TOLERÂNCIA” DAS DIFERENÇAS
Renan Quinalha
“É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com
esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem-
intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.
“Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que
sem consentir expressamente com aquela conduta.
“Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em
atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem
tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma
“permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.
Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma
do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e
manter este às margens da cultura hegemônica, que traça a tênue
linha divisória entre o normal e o anormal. (...)
01.O propósito comunicativo dominante no texto é A) confrontar os discursos mais recorrentes sobre a tolerância.
B) caracterizar os discursos mais recorrentes sobre a tolerância. C) justificar o discurso mais recorrente sobre a tolerância.
D) problematizar o discurso mais recorrente sobre a tolerância.
02. Em sua totalidade, o texto apresenta-se como A) injuntivo, uma vez que propõe orientações para o enfrentamento do
discurso mais recorrente sobre a intolerância.
B) explicativo, uma vez que justifica pontos de vista a respeito do discurso mais recorrente sobre a tolerância.
C) argumentativo, uma vez que defende ponto de vista a respeito do discurso mais recorrente sobre a tolerância.
D) descritivo, uma vez que caracteriza o discurso mais recorrente a respeito da
tolerância.
03. A perspectiva assumida em relação ao tema do texto revela-se a partir
do
A) título, sinalizada pela preposição “contra”, pelo adjetivo “mera” e pelas
aspas.
B) oitavo parágrafo, sinalizada pelo elemento coesivo “assim” e pela forma
verbal imperativa “problematize”.
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C) primeiro parágrafo, sinalizada pela citação direta “É preciso tolerar a
diversidade”.
D) penúltimo parágrafo, sinalizada, explicitamente, pela conclusão, que se
estende até o parágrafo final.
FCC/TCE-AM- auditor - 2015
Só se pode entender a montagem de uma instituição do porte do
escravismo moderno atentando-se para a articulação entre a criação de colônias no ultramar e seu funcionamento sob a forma de grandes
unidades produtoras voltadas para o mercado externo. A monocultura em larga escala exigia um grande contingente de trabalhadores que
deveriam se submeter a uma rotina espinhosa, sem ter nem lucro nem motivação pessoal. Recriou-se, desse modo, a escravidão em novas
bases, com a utilização de mão de obra compulsória e que exigia − ao
menos teoricamente − trabalhadores de todo alienados de sua origem, liberdade e produção. Tudo deveria escapar à consciência e ao arbítrio
desse produtor direto.
Da parte dos contratantes, a ideologia que se conformava
procurava desenhar o trabalho nos trópicos como um fardo, um sofrimento, uma punição e uma pena para ambos os lados: senhores e
escravos. O discurso proferido pela Igreja e pelos proprietários entendia tal trabalho árduo como uma atividade disciplinadora e
civilizadora. Havia inclusive manuais − verdadeiros modelos de aplicação de sevícias pedagógicas, punitivas e exemplares − que
instruíam, didaticamente, os fazendeiros sobre como submeter os escravizados e transformá-los em trabalhadores obedientes. Um
exemplo regular era o famoso quebra-negro, castigo muito utilizado no Brasil para educar escravos novos ou recém-adquiridos e que, por
meio da chibatada pública e outras sevícias, ensinava os cativos a
sempre olhar para o chão na presença de qualquer autoridade.
Segundo o padre Jorge Benci, que esteve no país no final dos
1600, a razão de submeter os escravos era "para que não se façam insolentes, e para que não busquem traças e modos com que se livrem
da sujeição de seu senhor, fazendo-se rebeldes e indômitos". Servindo-se de um discurso paternalista e também religioso − no
sentido da promessa de redenção futura −, o sistema era explicado a partir da necessidade do uso exclusivo da coação. (Obs.: traças = artifícios,
ardis) (SCHWARCZ, Lilia M. e STARLING, Heloisa M.. Brasil: uma biografia. 1. ed., São Paulo:
Companhia das Letras, 2015, p. 91)
1. Entende-se corretamente do excerto, no contexto indicado:
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(A) A dimensão excessiva do escravismo moderno exigiu tomada de posições
rigorosas por parte não só das metrópoles europeias, mas também das suas colônias no ultramar.
(B) A organização do sistema escravista moderno atendia simultaneamente a duas intenções: à de expansão territorial e à de geração de produtos para o
mercado externo. (C) A condição de despreparo dos trabalhadores braçais que estavam
disponíveis para o mercado contratante de mão de obra fez que fazendeiros se valessem de escravos.
(D) Atribui-se a donos de terra que optaram pela exploração do solo com especialização em um só produto a necessidade de convencer e disciplinar
trabalhadores negros para cada específica monocultura. (E) A falta ou o pouco lucro das lavouras incipientes brasileiras desestimulava
não só o produtor direto, como também aqueles que eram contratados para
ampliar a agricultura.
FCC/TCM-GO- auditor de controle externo - 2015
Prazer sem humilhação
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de
repetir: “A crase não existe para humilhar ninguém”. Entenda-se: há normas gramaticais cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso
escrito, valendo como ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de alguém.
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para humilhar ninguém”, entendendo-se com isso que os artistas
existem para estimular e desenvolver nossa sensibilidade e
inteligência do mundo, e não para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no terreno da música: penso
que todos devem escolher ouvir o que gostam, não aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a pena discutir:
estamos mesmo em condições de escolher livremente as músicas de que gostamos?
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um carro passa com o som altíssimo de graves repetidos praticamente
sem variação, num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí uma escolha? Quem alardeia os infernais decibéis
de seu som motorizado pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece muitos outros ritmos, as canções de
outros países, os compositores de outras épocas, as tendências da música brasileira, os incontáveis estilos musicais já inventados e
frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está vendendo
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na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e enganoso
do “vende porque é bom, é bom porque vende”? Não digo que A é melhor que B, ou que X é superior a todas as
letras do alfabeto; digo que é importante buscar conhecer todas as letras para escolher. Nada contra quem escolhe um “batidão” se já
ouviu música clássica, desde que tenha tido realmente a oportunidade de ouvir e escolher compositores clássicos que lhe digam algo. Não
acho que é preciso escolher, por exemplo, entre os grandes Pixinguinha e Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forró e a
música eletrônica das baladas, entre a música dançante e a que convida a uma audição mais serena; acho apenas que temos o direito
de ouvir tudo isso antes de escolher. A boa música, a boa arte, esteja onde estiver, também não existe para humilhar ninguém.
(João Cláudio Figueira, inédito)
1. O autor da crônica se reporta ao emprego da crase, ao sentido da arte em geral e ao da música clássica em particular. A tese que articula esses três
casos e justifica o título da crônica é a seguinte:
(A) Costumamos ter vergonha daquilo que nos causa prazer, pois nossas escolhas culturais são feitas sem qualquer critério ou disciplina.
(B) A possibilidade de escolha entre os vários níveis de expressão da linguagem e das artes não deve constranger, mas estimular nosso prazer.
(C) Tanto o emprego da crase como a audição de música clássica são reveladores do mau gosto de quem desconsidera o prazer verdadeiro dos
outros. (D) Somente quem se mostra submisso e humilde diante da linguagem culta e
da música clássica está em condições de sentir um verdadeiro prazer. (E) É comum que nos sintamos humilhados quando não conseguimos extrair
prazer de todos os níveis de cultura que se oferecem ao nosso desfrute.
FGV/SMF- Cuiabá – Auditor - 2015
Os porquês da diversidade Das coisas mais marcantes da adolescência,
minha memória traz os tempos de estudo e dúvidas sobre o futuro. De forma contrária às principais críticas que se ouve hoje, meus anos de
Ensino Médio foram, sim, muito significativos para uma formação dita cidadã, e não só voltada aos vestibulares. Hoje trabalhando com
educação, tenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir a partir de práticas consideradas tradicionais e que uma roda de
conversa na escola pode ser tão ou mais revolucionária quanto qualquer aplicativo educacional. Percebo que o que torna o aluno
socialmente engajado é a reflexão constante, a troca de experiências, a diversidade de conhecimentos e opiniões que ele aplica e vê
aplicarem a um objeto de estudo, de forma digital ou analógica. [....] É disso que trata a educação: formar indivíduos engajados uns com os
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outros, socialmente e que saibam conviver. Está aí também a grande
diferença da educação familiar, quando convivemos apenas com nossos pares. A escola nos permite entrar em contato de forma
sistemática com outros mundos, outros olhares, outros saberes, opiniões diferentes das nossas, culturas até então desconhecidas. É o
convívio com professores e colegas que nos dá suporte para refletir sobre nossas posições, sermos questionados sobre opiniões
divergentes e, assim, pensarmos num projeto de vida de forma plena. (Ivan Aguirra, Educatrix, Moderna, ano 5, nº 9 2015.)
1 As memórias do passado, contadas ao início do texto, servem para
(A) contrapor o ensino do passado ao do presente. (B) revelar vivências de grande valor afetivo.
(C) indicar críticas ao Ensino Médio tradicional. (D) introduzir uma reflexão sobre o valor da escola.
(E) apontar para os momentos de dúvida da adolescência.
FGV/Sefaz-RJ – 2010
As categorias da ética A vida humana se caracteriza por ser fundamentalmente ética. Os
conceitos éticos "bom" e "mau" podem ser predicados a todos os atos humanos, e somente a estes. Isso não ocorre com os animais brutos.
Um animal que ataca e come o outro não é considerado maldoso, não há violência entre eles.
Mesmo os atos de caráter técnico podem ser qualificados
eticamente. Esses atos sempre servem para a expansão ou limitação do ser humano. Sob a perspectiva ética, o que importa nas ações
técnicas não é a sua trama lógica, adequada ou eficiente para obter resultados, mas sim a qualificação ética desses resultados.
A eficiência técnica segue regras técnicas, relativas aos meios, e não normas éticas, relativas aos fins. A energia nuclear pode ser
empregada para o bem ou para o mal. Na verdade, ela é investigada, apurada e criada para algum resultado, que lhe confere validade. Não
vale por si mesma, do ponto de vista ético. Pode valer pela sua eventual utilidade, como meio; mas o uso de energia nuclear, para ser
considerado bom ou mau, deve referir-se aos fins humanos a que se destina.
Vê-se, pois, que o plano ético permeia todas as ações humanas. Isso ocorre porque o homem é um ser livre, vocacionado para o
exercício da liberdade, de modo consciente. Sem liberdade não há
ética. A liberdade supõe a operação sobre alternativas; ela se concretiza mediante a escolha, a decisão, a consciência do que se faz.
Isso implica refugir à determinação unilinear necessária, à
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determinação meramente causal. É a afirmação da contingência, da
multiplicidade. Diante da multiplicidade de caminhos a nossa disposição, avaliamos e escolhemos.
(...) O fenômeno ético não é um acontecimento individual, existente
apenas no plano da consciência pessoal. Isso porque o ente singular do homem só se manifesta, como ser autêntico, em suas relações
universais com a sociedade e com a natureza. Esse fenômeno é resultante de relações sociais e históricas, compreendendo também o
mundo das necessidades, da natureza. A ética só existe no seio da comunidade humana.
Os homens ou grupos de homens que controlam a produção e os meios de circulação econômica dos bens possuem maior liberdade do
que aqueles que não têm o poder desse controle. Por aí se vê também
que a liberdade e a ética não se reduzem a fenômenos meramente subjetivos; elas têm sempre dimensões sociais, históricas e objetivas.
Há, assim, um grande esforço, um esforço ético-político para se obter uma distribuição igualitária dos direitos entre os homens, quer
dentro das comunidades, quer entre as comunidades. Na verdade existe uma ética sobre a ética, uma meta-ética. A meta-ética é utópica,
crítica, subversiva e transcende as condições mais imediatas da vida social. No entanto, ela precisa ser possível no mundo dos fatos sociais,
sob pena de se perder como uma utopia de meros sonhos. (Adaptado de
ALVES, Alaôr Caffé. In: www.centrodebate.org) 1 A partir da tese defendida pelo autor, é correto afirmar que:
(A) a ética é condicionante da existência humana e fundamenta qualquer tipo de ação que envolva uma escolha entre “certo” e “errado”.
(B) o conceito de ética aplica-se sobretudo aos seres humanos que praticam atos de natureza técnica e atuam profissionalmente.
(C) a violência entre animais brutos decorre da inexistência de uma noção ética que regule suas relações.
(D) as noções de “bom” e “mau” estão na base das organizações sociais, sejam elas humanas ou não.
(E) o princípio ético que orienta os atos técnicos está menos nos seus resultados e mais na própria concepção desses atos.
2 Com relação aos terceiro e quarto parágrafos, analise as afirmativas a seguir.
i. O objetivo principal do terceiro parágrafo é conceituar regras técnicas e normas éticas.
ii. O plano do terceiro parágrafo inclui uma exemplificação para sustentar a tese anteriormente explicitada.
iii. O início do quarto parágrafo apresenta uma conclusão acerca das ideias apresentadas no terceiro.
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Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
Desejo sucesso a todos vocês!
Profa. Júnia Andrade