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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – SEED/MECUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
Tratamento da Informação para estudo da Degradação Ambiental do Manguezal na região do Rio Tavares da
Ilha Florianópolis - Santa Catarina
Cursistas
Claudine Assumpção LimaMarinilde Tadeu Karat
Tutora: Flávia Althof
Florianópolis, 20/06/2009SUMÁRIO
RESUMORESUMO 33
1. INTRODUÇÃO1. INTRODUÇÃO 44
2. OBJETIVOS2. OBJETIVOS 66
2.1 Objetivo Geral 66
2.2 Objetivos Específicos 66
3. JUSTIFICATIVA3. JUSTIFICATIVA 77
4. REFERENCIAL TEÓRICO4. REFERENCIAL TEÓRICO 88
5. METODOLOGIA5. METODOLOGIA 1111
6. CRONOGRAMA6. CRONOGRAMA 1414
7. RESULTADOS7. RESULTADOS 1515
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 1717
9. REFERÊNCIAS9. REFERÊNCIAS 1919
ANEXOSANEXOS 2121
Resumo
A Reserva Extrativista Marinha de Pirajubaé, Área de Preservação Permanente, em Florianópolis vem sendo alvo constante da destruição humana. O objetivo dessa pesquisa é fazer o diagnóstico de degradação ambiental da região por meio da utilização das mídias de informação e tecnologia com os alunos do 3º ano do Ensino Médio e apresentar propostas para o desenvolvimento sustentável da região, conscientizando a população local, sobre a importância de preservar o manguezal. Para isso é importante conhecer a relação entre comunidade e ecossistema manguezal, através de saídas de campo dos estudantes na investigação do local, entrevistas com moradores, registros fotográficos e filmagem, análise físico-química da água do mangue, visitas à Reserva Ecológica de Carijós, IBAMA, análise de materiais audiovisuais que abordam a temática, pesquisa documental e bibliográfica com fotos antigas da região. Realizado o perfil sócio-econômico da comunidade ribeirinha evidencia-se a presença de uma população de baixa renda, que vivem em casas às margens do rio, sem rede de esgoto e cujos rejeitos domésticos são lançados sem tratamento, diretamente no rio e no mar, poluindo a água e o solo; e deixando, a comunidade e animais expostos a várias doenças. A principal fonte de renda da comunidade é a extração do berbigão, que é usado para consumo próprio. A análise da água do mangue constatou poluição originada por lançamento de esgoto sem tratamento no manguezal. A proposta de continuidade da pesquisa é desenvolver atividades de educação ambiental na comunidade pesquisada com as turmas de 1º ano, apresentando alternativas para saneamento básico.
1. INTRODUÇÃO
Este projeto adota o enfoque educacional Ciência-Tecnologia-Sociedade
(CTS) para contextualizar os conteúdos de biologia e matemática voltados para
o tratamento da informação do estudo da degradação ambiental do manguezal,
na região do Rio Tavares, na Ilha de Santa Catarina; reforçando o Tema
Transversal do Meio Ambiente que se encontra nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs) direcionados ao Ensino Fundamental e Médio.
Este tema propõe compreendermos os manguezais – médias e grandes
áreas baixas que recebem diretamente a influência das marés – que estão
localizados; principalmente, na costa oeste da Ilha de Santa Catarina e são
ecossistemas que detêm alto teor de matéria orgânica, apresentando grande
produtividade e diversidade biológica, como o manguezal do Rio Ratones, o do
Rio Itacorubi, e o manguezal do Saco Grande.
A região do Rio Tavares, da Fazenda do Rio Tavares e do Porto do Rio
Tavares também é conhecida como entre-mares, localiza-se no sudeste da Ilha
de Santa Catarina e tem acesso pela via expressa sul, a 20 km do centro da
cidade. Essa região é mais especificamente conhecida como Reserva
Extrativista Marinha do Pirajubaé, localizada na Baía Sul de Santa Catarina,
área urbana do município de Florianópolis - S.C., próximo ao Aeroporto
Internacional Hercílio Luz.
O manguezal do Rio Tavares é alvo constante da destruição humana e
teve sua área reduzida principalmente pelas obras de implantação da Base
Aérea de Florianópolis e do Aeroporto Hercílio Luz, através de aterros ou de
canais de drenagem artificiais. A rodovia de acesso ao aeroporto também
representou uma diminuição da área de manguezal, além de atuar como um
dique de represamento das águas da maré, que atualmente, em virtude disto,
penetram no manguezal somente pelo canal principal contribuindo para o
comprometimento de parte da are do manguezal. O bairro de Carianos,
próximo do aeroporto, é uma das áreas que foram amplamente aterradas para
assentamentos humanos. Em suas porções leste e sul teve sua área reduzida
através de desmatamentos e drenagens para dar lugar a pastagens. Seus
principais problemas são as ocupações por populações de baixa renda, nos
bairros da Costeira e Rio Tavares, que tendem a vender os lotes para
estabelecimentos comerciais.
Estas localidades da região do Rio Tavares têm suas origens vinculadas
ao florescimento de pequeno núcleo rural, ocorrido nas proximidades da
Igrejinha de São Sebastião de Mato de Dentro, também chamada São
Sebastião do Rio Tavares. São comunidades em evolução turística, onde
predominam residências de famílias de baixa e média renda.
Outros problemas que afetam o mangue é o despejo constante de
efluentes e vazamentos de combustíveis provenientes de postos de gasolina
adjacentes. A comunidade ribeirinha não possui fossas nem tratamento de
esgoto e os bairros próximos também são bem precários neste aspecto. Muitas
casas não têm rede de esgoto e acabam jogando seus rejeitos domésticos no
rio e no mar, contribuindo assim para maior impacto ambiental no ecossistema.
A partir desta realidade, este projeto é uma proposta para que nós
professoras de biologia e matemática possamos fazer acontecer à
interdisciplinaridade e a integração das mídias e tecnologias em sala de aula
com as turmas do 1º ano, de Ensino Médio, do Instituto Estadual de Educação,
no ano de 2009. O projeto já foi aplicado nas turmas de 3o ano, do Ensino
Médio, no ano de 2008, envolvendo apenas a disciplina de biologia.
Os educadores estão passando rapidamente do material impresso (livro
didático) para a televisão e o vídeo; e destes, para o computador e a Internet,
sem que com isso tenhamos aprendido a explorar todas as possibilidades de
uso de cada uma destas mídias.
A proposta da utilização da prática pedagógica com o uso das mídias
tem aumentado no âmbito educacional; assim tem crescido nossa sociedade
da informação. Nós, professores precisamos constantemente reaprender; e
neste reaprender, é necessário saber comunicar-se, no ensinar e no aprender,
no integrar o individual com o coletivo social e a integrar o tecnológico com o
humano. Em virtude dessas mídias o projeto visa aplicação dessas ferramentas
tecnológicas para investigar as questões mencionadas no projeto.
Desse modo, em paralelo ao desenvolvimento das atividades escolares
será proposto uma integração com as atividades voltadas para os recursos das
TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação); tais como: Computador
(softwares: Word, Excel, Power Point, Internet - pesquisa), Câmara digital,
Filmadora, Mídia imprensa (livros, revistas, folders, banners) , vídeo (DVD) e
Blog, que possibilitarão os registros das pesquisas realizadas no projeto pelos
estudantes para que nós professoras façamos a articulação com os conteúdos
a serem desenvolvidos.
Nosso desafio é construir juntamente com os estudantes um conjunto de
atitudes e condutas que se traduzem em contribuições pessoais no combate a
degradação ambiental do ecossistema manguezal na região do Rio Tavares e
oportunizar situações de aprendizagem, em que o computador e os outros
recursos tecnológicos possam ser percebidos como um novo elemento
estrutural na construção coletiva do saber no processo ensino-aprendizagem e
despertando no aluno o prazer da descoberta.
Assim, poderemos criar uma cultura escolar de uso de novas tecnologias
de comunicação e informação, privilegiando a aprendizagem baseada na
construção do conhecimento, pois ao ensinar os alunos a utilizarem a
informática na operacionalização dos componentes curriculares de forma
Interdisciplinar (trabalhar com gráficos e tabelas voltados para a temática do
meio ambiente) estaremos avançando na construção de uma sociedade de
oportunidades, solidariedade e respeito ao meio ambiente.
O objetivo não é mais uma tarefa para os idealistas, mas uma questão
de integração do homem com o meio ambiente pela conservação do equilíbrio
ecológico e, conseqüentemente, a sobrevivência da humanidade.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Diagnosticar a degradação ambiental do ecossistema manguezal na
região do Rio Tavares por meio da aplicação dos recursos de tecnologia e
informação e propor soluções possíveis para o uso sustentável dos seus
recursos naturais.
2.2. Objetivos Específicos
- Caracterizar os fatores bióticos e abióticos do ecossistema manguezal.
- Entender a importância ambiental e social das áreas do manguezal.
- Comparar as diferenças entre fauna, flora, água e solo do bioma
manguezal original, sem alteração antrópica e do bioma manguezal em 2008
afetado pelo impacto ambiental causado pelo uso e abuso dos recursos
naturais.
- Estimular e valorizar a co-autoria dos estudantes, através da criação
de um blog coletivo da turma, específico para o projeto em questão.
- Esclarecer e conscientizar a comunidade local e escolar por meio de
mídias impressas sobre a importância ambiental desse ecossistema e sua
importância social após os alunos interagirem o projeto na escola, mediante a
apresentação deste em salas de Informáticas do IEE e Feiras estudantis.
- Contribuir com a preservação desse patrimônio ecológico através da
educação ambiental na comunidade costeira do manguezal e na comunidade
escolar, pesquisando formas alternativas de saneamento básico para a região
do manguezal estudado.
3. JUSTIFICATIVA
Devido ao fato de estarmos em uma região insular, as regiões costeiras
são as áreas mais degradadas pela ação humana. Por isso, esse projeto tem
por finalidade disseminar a importância da preservação do manguezal na
região do Rio Tavares.
Para haver mangue se faz necessário o encontro da água doce dos rios
e da água salgada do mar formando água salobra. O manguezal é um
ecossistema peculiar e abriga uma fauna e flora extremamente frágil, sendo
alvo da destruição avassaladora do homem. Tendo em vista que é um
ecossistema de extrema importância para o equilíbrio e manutenção da fauna e
flora, pois abriga espécies diversas, algumas seriamente ameaçadas de
extinção, fazendo-se necessário conhecer melhor esse ecossistema para poder
preservá-lo cada vez mais.
Esse ecossistema também é importante economicamente, pois abriga
espécies de peixes, moluscos e crustáceos de grande valor comercial e que
servem de sustento para muitas famílias que vivem às margens do manguezal,
numa situação precária, sem nenhuma forma de saneamento básico e
contribuindo para aumentar a degradação ambiental do ambiente estudado.
É importante traçar um perfil sócio-econômico dessa comunidade
costeira para que se estabeleçam programas de conscientização ambiental e
melhorias na vida dessa população tão carente. É uma oportunidade de
sensibilização dos alunos para as questões ambientais e sociais; e também,
uma oportunidade de proporem soluções e atuarem em projetos sociais e de
conservação ambiental.
Para a concretização desse projeto, buscamos possibilidades midiáticas
e tecnológicas que podem fazer parte do cotidiano escolar. Deste modo,
surgem as possibilidades de desenvolver questionários para o desenvolvimento
do projeto utilizando softwares como o Pacote Office do Windows (Word-
colaboração de textos, Excel – planilhas eletrônicas para montar tabelas e
gráficos e Power Point- apresentação de slides). Além da possibilidade de
pesquisas na internet, os estudantes terão a oportunidade de serem co-autores
e terem suas produções textuais e de imagens valorizadas e divulgadas no
blog produzido pela turma.
Enfim, é importante traçar um perfil sócio-econômico dessa comunidade
costeira possibilitando estratégias aos alunos para a investigação e integração
no uso das TICs.
4. REFERENCIAL TEÓRICO
O foco do projeto foi a Reserva Extrativista Marinha de Pirajubaé,
localizada na Baía Sul da Ilha de Santa Catarina, área urbana do município de
Florianópolis, próxima ao Aeroporto Internacional Hercílio Luz. Possui uma
área total de 1444 ha, das quais 740 ha são de manguezais do Rio Tavares e
704 ha. restantes pertencem ao Baixo do Tipitinga, grande área de
sedimentação do manguezal formada por um banco de areia e lodo.
Neste ponto, o clima do manguezal é subtropical úmido com ventos
quentes, e sua temperatura média é de 20º C, e o solo é típico de mangue,
estando ao nível do mar. O acesso é feito por mar ou via terrestre, pela
Costeira do Pirajubaé e bairro dos Carianos.
O Baixo do Tipitinga é uma importante área de criação de camarão e de
berbigão (Anomalocardia brasiliensis). É exatamente esta espécie de molusco
a fonte de produção extrativista que vem sendo explorada de forma precária
pelos pescadores locais.
Na reserva, o bioma predominante é o manguezal, que tem como
vegetação característica à gramínea de mangue, Spartina alterniflora, também
chamada de capim praturá; a siriúba ou mangue preto, Avicennia schauerian; o
mangue branco, Laguncularia racemosa e o mangue vermelho, Rhizophora
mangle. São representantes da fauna do manguezal da reserva: o molusco
berbigão, Anomalocardia brasiliana, que é destaque por causa de sua extração
na reserva: ocorrem também o camarão rosa, Penaeus paulensis e Penaeus
brasiliensis, e o branco, Penaeus schimitti. Entre os peixes destacam-se a
tainha, Mugil brasiliensis, e o parati Mugil curema. Porém, outros peixes
também são vistos por lá, como a pescadinha, bagres e corvinas. Ocorrem
inúmeras espécies de crustáceos, siris e caranguejos, e outras espécies de
moluscos. O manguezal do Rio Tavares também abriga várias espécies de
aves marinhas e migratórias, que utilizam o manguezal como abrigo.
A exploração sustentável da reserva Extrativista Marinha de Pirajubaé,
localizada na Baía Sul da Ilha de Santa Catarina, por parte dos extrativistas foi
assegurada através do Plano de utilização publicado pela Portaria do IBAMA
(INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS RENOVÁVEIS) número 078/96. Embora a Reserva Extrativista
tenha sido criada em 1992, sua exploração é feita de forma sustentável, os
moradores reclamam que não há fiscalizações, investimentos e controle da
poluição. Segundo o IBAMA (2009), temos que:O molusco berbigão é fonte de renda estável para 100 famílias de pescadores artesanais, a exploração baseia-se em critérios ambientais que garantem a reposição dos estoques e a continuidade da atividade. As famílias beneficiadas com a criação da reserva acumularam, ao longo dos anos, conhecimento e uma rica experiência sobre o manejo de recursos marinhos. Essa tradição gerou uma elevada especificação dos artefatos de pesca e das práticas para a captura e manejo desses recursos.
A foto de arquivo pesquisada pelos alunos do 3º do Ensino Médio no
material impresso é datada em 1938 e revela que a região era pouco habitada,
mas com o passar dos anos a população cresceu, o desmatamento se tornou
intenso e foi iniciada a obra do aterro para a construção da via expressa sul.
As pessoas que viviam naquela região tiveram que ser indenizadas para
saírem daquela localidade, contudo a indenização não proporcionava
condições necessárias para comprar casas em lugares melhores, então muitas
pessoas resolveram ocupar as margens do rio. Esse processo causou a
situação que temos hoje, uma comunidade sem informação, sem saneamento
e estrutura física deficiente.
O manguezal, que já era alvo dos nativos para a obtenção de carvão, foi
ficando cada vez mais vulnerável a ação humana e o desmatamento acarretou
a erosão do estuário. A quantidade de esgoto que é despejada nos mangues é
muito grande, e isso pode contaminar a água e o solo, deixando a comunidade
e também os animais expostos a diversas doenças.
A sugestão do projeto com a utilização e integração das mídias faz com
que os estudantes possam analisar as experiências vivenciadas pelas
comunidades da região do Rio Tavares, buscar leituras indicadas para registrar
fatos relevantes sobre clima, costumes, áreas de preservação ou conservação
ambiental que venham dar retorno à turma e aos moradores ribeirinhos;
portanto,
No trabalho por projeto com o uso das mídias é importante que o professor compreenda como, porque, para que e quando integrar as mídias na prática pedagógica, especialmente em projetos de sala de aula, potencializando ao aluno novas formas de fazer pesquisa, de se comunicar e de representar suas idéias e conhecimentos (PRADO, 2005a).
Deste modo, de forma articulada para sugerir alguns aspectos
pedagógicos aos estudantes voltados para a questão da degradação do
manguezal, foram planejadas atividades e estratégias articuladoras procurando
que os estudantes abordassem o estudo da região e dos moradores.
Mediante as leituras indicadas e sugeridas aos estudantes, podemos
refletir sobre de que modo às tecnologias atuais podem orientar a nossa prática
pedagógica no encaminhamento de um projeto de aprendizagem dos alunos
com o uso integrado de mídias, tendo como foco temas voltados para os PCNs
e conteúdos curriculares que trabalhamos em sala sem perder o foco na
temática da educação ambiental. Assim, comenta Almeida que:
Compreender as potencialidades inerentes a cada tecnologia e suas contribuições ao ensinar e aprender poderá trazer avanços substanciais para a reconstrução da prática pedagógica, no que se refere às possibilidades de transformação que vai além do domínio de tecnologias e traz subjacente uma visão de mundo, de homem, de ciência e de educação. (ALMEIDA, 2006).
O uso de tecnologia para desenvolver diferentes atividades com a
pesquisa que consta neste projeto do tratamento da informação para estudo da
degradação do manguezal na região do Rio Tavares, na Ilha de
Florianópolis/SC. nos faz deparar com um planejamento que deve se iniciar na
organização, produção, publicação e gestão de produtos que se encontram nas
escolas. Afinal, esses objetos virtuais ou concretos, cuja organização exige
cuidados com registros, armazenamento de dados, recuperação de arquivos
para expor, atualizar atividades e se comprometer com questões de
interdisciplinaridade, nos faz refletir de como realizar com os alunos a gestão
desses produtos mediante a pesquisa. É um grande desafio tentar interagir
com atividades e trocas de idéias dos estudantes para esboçar um projeto e
orientá-los na busca de soluções concretas. Portanto, há sempre a
necessidade de buscar ferramentas audiovisuais (T.V., vídeo, pesquisa na
internet, material impresso com fotos, etc.) para complementar a pesquisa
sugerida em sala de aula. Segundo a afirmação do autor Prata,
"A integração das tecnologias como TV, vídeos, computadores e internet ao processo educacional, pode promover mudanças bastante significativas na organização e no cotidiano da escola e na maneira como o ensino e a aprendizagem se processam, se considerarmos os diversos recursos que estas tecnologias nos oferecem (...)." (PRATA, 2002, p. 77).
O uso do blog na educação amplia as possibilidades pedagógicas, estimulando o aluno a escrever e a ler, além de valorizar e divulgar as produções dos estudantes. Outra vantagem do uso do blog é a melhoria na comunicação entre os indivíduos da comunidade escolar: alunos, professores e indo mais além, para fora dos muros da escola, em uma interatividade que possibilita mais conhecimento e maior aprendizagem.
"Quando focamos mais a aprendizagem dos alunos do que o ensino, a publicação da produção deles se torna fundamental"... "A escola sai do seu casulo, do seu 'mundinho', e se torna uma instituição onde a comunidade pode aprender contínua e flexivelmente." (MORAN, 2008).
Enfim, o desenvolvimento do projeto para a criação de ambientes de
aprendizagem com a integração das mídias e tecnologias nos faz refletir sobre
a prática de sala de aula e nos favorece neste processo de construção do
conhecimento do aluno, pois abrimos espaço para debates e discussões de
temáticas interdisciplinares nas aulas, nas escolas e nas feiras estudantis.
5. METODOLOGIA
Inicialmente foi proposto que os alunos fizessem um perfil sócio-
econômico da comunidade do manguezal do Rio Tavares; mais
especificamente, da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé, além de
pesquisa bibliográfica sobre os fatores bióticos e abióticos do ecossistema
manguezal, sua importância e histórico da ocupação humana na região.
A pesquisa documental por meio de fotos antigas do manguezal, na
região do Rio Tavares; e também, pesquisa por meio de material impresso, de
arquivos da Secretaria de Habitação de Saneamento de Florianópolis-SC
trouxe uma percepção da alteração ocorrida na região durante um intervalo de
tempo.
Foi realizada uma visita à Reserva Ecológica de Carijós – Florianópolis-
SC, para conhecer um exemplo de ecossistema de manguezal protegido. As
alunas do 3º Ano do Ensino Médio fizeram entrevista com biólogos e
estagiários da Reserva Ecológica de Carijós, sobre a biologia, ecologia e
importância do ecossistema manguezal.
Sabemos que a educação ambiental se constitui numa forma abrangente
de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos e neste resgate as
alunas para complementarem suas pesquisas também fizeram visitas as
Instituições: FATMA, IBAMA, CEFET, Centro de Ciências Biológicas da UFSC
e ao Instituto Mangue Vivo em Florianópolis-SC, para um aprofundamento do
estudo do manguezal.
As alunas ainda pesquisaram e analisaram material audiovisual que
aborda a temática estudada. Os DVDs selecionados pelas alunas também
foram utilizados na divulgação do trabalho para a escola.
Na elaboração de itens a serem incluídos no questionário de perfil sócio-
econômico da comunidade pesquisada, foi sugerido que o(a)s estudantes
fizessem uma saída de campo com investigação local no manguezal do Rio
Tavares.
As visitas de campo, entrevistas e contato informal com os moradores
revelaram um pouco mais da sua realidade: muitos moradores tiram do
mangue o seu sustento, vivendo do extrativismo. A extração é feita de forma
artesanal, e como o instrumento utilizado para extrair o berbigão, o gancho, é
muito pesado, o trabalho de extração é feito essencialmente pelos homens, as
mulheres ficam com a parte de descascar o molusco.
O fogo para aquecer a água em que os berbigões serão fervidos é feito
em latões com serragem, o berbigão é aquecido para abrir com mais facilidade,
após o resfriamento as mulheres abrem a concha do molusco e o retiram. O
cascalho é usado para aterrar o lugar onde os extrativistas vivem.
Já foram realizados trabalhos com a comunidade para usar a concha na
confecção de artesanato, porém não vingou por falta de incentivo e de mercado
consumidor. A maioria das casas tem água encanada e luz, mas não tem fossa
e os resíduos sólidos e esgoto doméstico é despejado sem nenhum tipo de
tratamento, diretamente no rio, causando poluição da água e do solo. A
comunidade não se organiza para trabalhar em conjunto e não tem interesse
em criar uma cooperativa.
Foi proposto um roteiro para que as alunas utilizassem as mídias ou
ferramentas tecnológicas para:
(a) entrevistas com moradores da comunidade do manguezal do Rio
Tavares, para estabelecer o perfil sócio-econômico;
(b) registros fotográficos e de filmagem do local pesquisado e das
entrevistas;
(c) coleta de água do rio e estuário da região pesquisada;
(d) pesquisas laboratoriais: análise físico-química da água do manguezal
do Rio Tavares;
(e) sistematização dos dados, construção de tabelas e gráficos;
(f) análise dos dados obtidos;
Para a realização desse projeto no ano de 2009, fazemos a proposta da
produção de um blog coletivo da turma, onde deverão ser postadas todas as
atividades e produções dos alunos ao longo do projeto de pesquisa. O uso do
blog permite que todos, alunos, professores e comunidade comentem as
postagens em um processo de interação e construção de conhecimento.
As fotos antigas da região, pesquisadas em arquivos da Secretaria da
Habitação e os vídeos sobre o ecossistema manguezal deverão ser postados
no blog, assim como as entrevistas e registros fotográficos e de filmagem
produzidos pelos alunos. Além disso, os estudantes deverão postar os
resultados das pesquisas laboratoriais e do perfil sócio-econômico da
comunidade ribeirinha. Os professores também deverão interagir no blog,
postando orientações, motivando os estudantes, fazendo correções, indicando
fontes de pesquisa, sugestões de visitas a universidades e outras instituições
de pesquisa e analisando as sugestões e produções dos alunos. O blog
também será um diário do andamento da pesquisa realizada pela turma e um
espaço para debates.
Existe também a possibilidade dos estudantes usarem o blog na
organização das atividades de pesquisa e divulgação do projeto, combinando
as saídas, organizando a divisão das equipes, fazendo cronogramas e
facilitando o contato entre os membros das equipes de alunos e com os
professores.
Na saída de campo, em 2008, os alunos observaram uma íntima relação
de dependência entre a preservação dos recursos naturais e a manutenção de
tais populações ribeirinhas, sendo que a degradação ambiental estabelece uma
relação recíproca com a desarticulação das culturas tradicionais.
De fato, nós provocamos ou intensificamos a maioria dos problemas
ambientais que vivenciamos atualmente, e somos, portanto co-responsáveis.
Enfim, a educação ambiental traz a consciência de que os seres humanos,
para sobreviver, dependem dos outros seres vivos, e da própria Terra.
6. CRONOGRAMA2008
ObservaçãoMeses Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezDesenvolvimentoDe Projeto
X Professora Marinilde
Pesquisa bibliográfica e na internet
X Realizado pelos alunos do 3º ano do Ensino
MédioPesquisa Documental
X Realizado através de material impresso
Visitas X IdemSaída de campo X IdemPesquisas laboratoriais
X Realizado pelos alunos do 3º ano
Entrevistas e registros fotográficos e de filmagem
X Realizado pelos alunos do 3º ano do Ensino
Médio
Análise dos dados coletados
X Realizado pelos alunos do 3º ano do E. Médio
Produção do trabalho escrito
X Realizado c/o software do Office-WORD.
Apresentação do trabalho para a turma
X Multimídia, computador e material
impresso
Divulgação dos resultados na Mostra Regional
X Realizado pelos alunos do 3º ano do Ensino
MédioApresentação na Vivência da Biologia -IEE
X Realizado pelos alunos do 3º ano do Ensino
MédioVisita ao SEPEX-UFSC
X Preparação para a Feira Estadual
Feira Estadual de Ciências
X Não ocorreu devido às enchentes em Santa
Catarina
2009ObservaçãoMeses Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
DesenvolvimentoDe Projeto
X Definido no Curso de Mídias
Pesquisa bibliográfica e na internet
X A ser realizado pelos alunos do 1º ano do
Ensino MédioPesquisa Documental
X A ser realizado pelos alunos do 1º ano
Visitas X IdemSaída de Campo X IdemPesquisas laboratoriais
X A ser realizado pelos alunos do 1º ano
Entrevistas e registros fotográficos e de filmagem
X A ser realizado pelos alunos do 1º ano do
Ensino Médio
Sistematização dos dados e Construção de tabelas e gráficos
X A ser realizado pelos alunos do 1º ano do Ensino Médio no
Excel
Análise dos dados
X A ser realizado pelos alunos do 1º ano
Produção do trabalho escrito
X A ser realizado pelos alunos no Word
Apresentação do trabalho para a turma
X A ser realizado pelos alunos do 1º ano
Apresentação na II Feira de Ciências e Tecnologia - IEE
X A ser realizado pelos alunos do 1º ano do
Ensino Médio
Postagem de registros fotográficos e de filmagem produzidos pelos estudantes, no Blog da turma
X A ser realizado pelos alunos do 1ano do
Ensino Médio
Postagem da produção textual dos estudantes, no Blog da turma.
X A ser realizados pelos alunos do 1 ano do
Ensino Médio
Postagem dos resultados finais da pesquisa no Blog da turma.
X A ser realizado pelos alunos do 1 ano do
Ensino Médio
7. RESULTADOS
A pesquisa estabeleceu um diagnóstico preliminar sobre a degradação
ambiental na região pesquisada indicando como principais impactos ambientais
à contaminação das águas do rio e do mar, contaminação do solo,
desmatamento e erosão.
Os alunos produziram um trabalho escrito com os resultados obtidos na
pesquisa e partiram para algumas análises em materiais impressos para no
final divulgar os resultados aos colegas de turma e da comunidade escolar.
A análise da água comprovou a poluição causada pelos efluentes
despejados sem nenhuma forma de tratamento no manguezal e na baía sul.
Foi constatado, através da análise de fotos antigas de satélite, que já havia
histórico de degradação no manguezal, pois antigamente o mangue preto era
muito usado para fazer carvão. Entretanto, percebemos que o manguezal vem
se recuperando e, se o homem deixar de agir sobre o manguezal ele se
regenera facilmente.
Foi possível, através de entrevistas e conversas informais, conhecer
melhor a comunidade local que é composta por população de baixa renda, com
pouca informação, vivendo em situação precária, com pouca infra-estrutura,
sem tratamento de esgoto e cuja fonte principal de renda é a extração do
berbigão, também utilizado para consumo próprio.
É necessária uma continuidade deste trabalho através do
desenvolvimento de atividades de educação ambiental, pois a preservação só
acontece a partir do momento que a informação é absorvida e compreendida
pela comunidade local.
A outra proposta é o esclarecimento da população local a respeito da
possibilidade de implantação de saneamento básico alternativo, com a
implantação de mini-estações de tratamento e de zona de raízes.
O turismo ecológico também faz parte das sugestões, pois quem não
conhece o mangue não o preserva. A comunidade obteria benefícios com o
turismo ecológico, pois o mesmo visa desenvolver consciência ambiental e
cultural relacionando-os ao lazer. Estaria incluso neste projeto, atrativos
culturais e saídas de campo monitoradas por guias turísticos locais,
capacitados e com conhecimentos sobre determinada região.
Os alunos envolvidos na pesquisa tiveram um ganho na sua formação
como cidadãos críticos, ao tomarem consciência de uma realidade e de
quererem transformá-la.
“o Homem somente participará ativamente da história da sociedade,
da transformação da realidade, se tiver condições de tomar
consciência desta realidade, e mais, da sua capacidade de
transforma-la”. (FREIRE, 1974 apud LIBANEO, 1991)
A turma do 3o ano, do Ensino Médio, no ano de 2008 teve a
oportunidade de apresentar soluções possíveis para melhoria do ambiente e da
vida das pessoas da comunidade pesquisada. O trabalho venceu a Mostra
Regional de Ciências do IEE usando as mídias e tecnologias citadas
anteriormente. Os alunos fizeram uma visita à 7ª SEPEX (SEMANA DE
PESQUISA E EXTENSÃO na UFSC) no ano de 2008, no qual visitaram
estandes que tinham como tema central às questões ambientais e sociais do
manguezal.
Enfim, o projeto foi selecionado para a III Feira Estadual de Ciências e
Tecnologia que ocorreu neste ano de 2009 (abril) e os alunos envolvidos
estavam concorrendo a uma bolsa de iniciação à pesquisa, com possibilidade
de atuarem em projetos sociais e de conservação ambiental.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os alunos responsáveis pela pesquisa foram além das expectativas
iniciais do trabalho proposto, mostrando iniciativa, criatividade e motivação e
foram muito sensibilizados para as questões ambientais e sociais da região
estudada. A motivação e o aprendizado dos alunos envolvidos no projeto foram
muito grande, o que demonstra a importância do aprender pela pesquisa e do
uso de novas tecnologias na educação.
“Mesmo uma pesquisa escrita, se o aluno puder utilizar o
computador, adquire uma nova dimensão e, fundamentalmente, não
muda a proposta inicial.” (MORAN, 2005).
O uso das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) possibilitou
melhor registro das atividades programadas, sistematização e análise dos
dados obtidos através do uso do Pacote Office do Windows (Word e Power
Point), favorecendo a autoria dos alunos que produziram textos do trabalho
final usando processadores de textos e reformulando-os para apresentação em
slides para expor na escola.
O uso de alguns recursos tecnológicos e de mídias facilitou a produção
de folder, banner, camisetas e apresentação do projeto em slides no power
point pela turma, onde a partir deste projeto houve melhorias na divulgação dos
resultados para a comunidade escolar do IEE (Instituto Estadual de Educação),
com a utilização de vídeo, DVD e projetor multimídia.
A produção de um blog coletivo da turma tornará mais dinâmica a
realização e a apresentação das produções dos alunos, além de favorecer o
protagonismo dos estudantes.
O uso da mídia impressa será muito valioso no processo de educação
ambiental a ser feito na comunidade pesquisada, assim como na divulgação
das possibilidades de saneamento alternativo que pode ser implantado na
região estudada. Jornais, folder, panfletos, cartazes, etc. podem tornar a
informação mais acessível à comunidade ribeirinha.“Educar é aprender a comunicar-nos verdadeiramente: a ir tornando-
nos mais transparentes, expressando-nos com todo o corpo, com a
mente, com todas as linguagens, verbais e não-verbais, com todas
as tecnologias disponíveis”. (MORAN, 2007, p.158)
Considerando as questões abordadas e as atividades realizadas pelos
alunos do 3º ano do Ensino Médio ficam em anexo sugestões para formulação
de questionários para complementação deste projeto com as turmas do 1º ano
do Ensino Médio, refletindo sobre a prática pedagógica, a questão da
interdisciplinaridade entre biologia e matemática; assim, identificando aspectos
convergentes no projeto para levantar novos questionamentos para o
tratamento dessas informações no estudo da degradação ambiental do
manguezal na região do Rio Tavares da Ilha Florianópolis - Santa Catarina.
Desta forma, poderemos resgatar a cultura da região ribeirinha,
valorizando cada vez mais seus costumes, sua história local, sua produção
artística e envolvendo a cada dia os alunos na comunidade local e do seu
entorno escolar.
O fato de podermos reconhecer a importância do uso das TICs no
processo educacional, mas ao mesmo tempo de tentar compreender qual é a
melhor forma de lidar com essas inovações favorecem novas propostas de
atividades para a sala de aula envolvendo os alunos e professores.
Deste modo, não podemos esquecer que a sugestão é ampliar a
próxima etapa no trabalho interdisciplinar da biologia com a disciplina de
matemática; assim podendo esta área dar sua contribuição à formação dos
alunos, pois segundo Brasil (1997) “é importante que se desenvolva
metodologias que enfatizem a construção de estratégias, a comprovação e
justificativas de resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho
coletivo e a autonomia advinda da confiança na própria capacidade para
enfrentar problemas.”
Enfim, este é o momento em que a escola e seus gestores estão a cada
dia procurando motivar os professores e alunos na busca da capacitação e
elaboração de projetos envolvendo o uso das TICs.
Finalmente, o trabalho está com a expectativa de ser melhorado agora
em 2009, com a construção de questionários mais completos de entrevistas
com os moradores e com a sistematização dos resultados, construção e
análise de tabelas e gráficos, agora com a participação da disciplina de
Matemática, o que tornaria o trabalho mais rico, ampliando os olhares e
saberes dos alunos envolvidos.
9. REFERÊNCIAS
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CECCA. Unidades de Conservação e Áreas Protegidas da Ilha de Florianópolis-SC. Florianópolis: Editora Insular, 1997.
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CHAVES, Eduardo O. C. e Valdemar W. Setzer. O Uso de Computadores em Escolas: Fundamentos e Críticas. São Paulo: Editora Scipione, 1987.
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ROCCO, Rogério. Legislação Brasileira do Meio Ambiente. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.
VALENTE, J. Armando. Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. UNICAMP/NIED, Campinas, SP, 1993.
ANEXOS
Itens que poderão fazer parte do questionário das entrevistas (para montar
gráficos e tabelas juntamente com a matemática):
Faixa etária
A região oferece boas condições de trabalho, saúde, transporte?
A região tem serviços e infra-estrutura?
A região tem saneamento básico?
Quais são as atividades exercidas pelos membros da família?
Qual é a principal ocupação econômica da família?
Qual é a escolaridade dos indivíduos da comunidade?
Qual é o número de indivíduos por residência?
Quanto tempo vive no local?
Qual o seu local de nascimento?
Por que veio para este local?
Qual é o uso dos Recursos naturais?
A população faz uso de plantas medicinais? Quais?
A população conhece a legislação ambiental?
Existe produção de artesanato na comunidade?
Quais são as atividades de lazer na comunidade?
Qual é a relação da população com o manguezal, sabem da importância
do manguezal?
Qual é a opinião da comunidade sobre o potencial turismo ecológico na
região?
Existem escolas na região?
Leis ambientais:
No Brasil, a Lei 4.771 de 15 de setembro de 1965 estabelece o
manguezal como Área de Preservação Permanente (APP), e a Resolução
CONAMA N.º 369 de 28 de março de 2006 estabelece que as áreas de
mangue não possam sofrer supressão de sua vegetação ou qualquer tipo de
intervenção, salvo em casos de utilidade pública.
Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé – criação
Decreto federal nº 533, de 20 de maio de 1992.
ORIGEM: Presidência da República
FONTE: Pub. D.O.U. Nº 096 de 21/05/92
RESUMO:Cria a Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé, com uma área de
aproximadamente 1.444 ha, que passa a integrar a estrutura do IBAMA. Dá as
coordenadas da Reserva. Estipula ainda que o IBAMA possa fazer convênios
com as organizações legalmente constituídas, tais como cooperativas e
associações existentes na Reserva, para definir as medidas que se fizerem
necessárias à implantação da mesma. Contém mapa da área.
Portaria que aprova o plano de manejo.
Portaria nº 078-N, de 30 de setembro de 1996.
ORIGEM: IBAMA
FONTE: Pub. D.O.U.
RESUMO:Aprova o Plano de Utilização da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé,
constante do anexo à Portaria, que objetiva a exploração auto-sustentável dos
recursos naturais. O Plano proíbe expressamente o desmatamento, a
introdução de vegetais e animais, a caça e a pesca nos rios e canais. Podendo
os extrativistas praticar a captura de peixe, camarão, siri, berbigão e outras
espécies marinhas somente no estuário da Reserva, mediante plano de
manejo. Animais como a ostra, o marisco da lama e o caranguejo poderão ser
retirados do mangue, para consumo dos extrativistas e sua comercialização
poderá ser feita, mediante estudo que assegure a capacidade de produção
sustentável. A fiscalização da Reserva será da competência do IBAMA e dos
extrativistas.