Post on 14-Feb-2019
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
GILMA MARIA CARNEIRO DE PAULA
A IMPORTÂNCIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
CASTRO
2008
Unidade Didática elaborada como subsídio ao Projeto
de Intervenção Pedagógica a ser implementado no
Colégio Estadual Antonio e Marcos Cavanis,
conforme prevê o Programa de Desenvolvimento
Educacional.
Professora Orientadora: Ms. Gislene Lozznitz Bida.
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 4
ABERTURA........................................................................................................ 5
MAS, POR QUE TORNAR A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA?................... 6
A ESCOLHA DO TEMA...................................................................................... 6
A AULA E OS INTERESSES DOS ALUNOS..................................................... 7
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA X APRENDIZAGEM MECÂNICA............... 9
DESPERTAR MOTIVOS PARA APRENDER................................................... 10
ESTILOS DE APRENDIZAGEM....................................................................... 14
AULAS FAVORÁVEIS À APRENDIZAGEM..................................................... 18
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 20
REFERÊNCIAS................................................................................................ 21
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APRESENTAÇÃO
Esta Unidade Didática tem por finalidade ressaltar a importância da
aprendizagem significativa, evidenciando aspectos da prática pedagógica
que podem ser aperfeiçoados para favorecer o ensino significativo. É, portanto,
um material dirigido a todos os professores que buscam tornar mais eficiente o
ensinar e o aprender.
A nota de abertura expõe o problema que originou o Projeto de
Intervenção e faz uma reflexão sobre nossa participação como educadores no
conjunto de ações capazes de contribuir para a construção uma nação mais
autônoma.
Passamos a um olhar mais atento para os nossos alunos, quem são eles
e o que acontece quando chegam à escola.
A partir daí, abordamos a parceria necessária entre professores e alunos
nessa caminhada rumo à aprendizagem significativa. Para essa reflexão,
utilizamos as contribuições de autores que estudam o tema, intercalando com
espaços interativos onde o professor terá oportunidade para registrar suas
experiências acerca do tema e das provocações que são feitas no decorrer do
documento. Aliás, sendo um material em construção, a participação de todos é
fundamental!
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ABERTURA
Professor(a):
Você tem se perguntado por que, apesar da sua dedicação, seus alunos
não aprendem? Pensa que isso só acontece com você e se questiona:
- “Não sei ensinar?”
- “Esses alunos não entendem minhas explicações?”
- “Como fazer esses alunos tão desinteressados se ‘ligarem’ no que
quero ensinar?”
Pois é por essas e por outras indagações sobre as questões referentes
ao ensino e à aprendizagem que apresentamos este estudo.
Muitos autores têm se dedicado a estudar e explicar o que acontece nos
ambientes de aula desde a chegada dos alunos até o momento que
demonstram ter aprendido ou não o que lhes foi ensinado. Vamos conhecer um
pouquinho o que eles já descobriram?
Este material poderá ser muito útil. Foi elaborado pensando em você
que é a pessoa indispensável para fazer a mediação entre os alunos e o
conhecimento. Sem o seu trabalho os alunos não sairão do senso comum e,
assim, ficarão impossibilitados de buscar novos horizontes do saber para se
tornarem cidadãos conscientes.
Ser professor atualmente o desafia a entender um pouco melhor quem
são seus alunos enquanto pessoas com sonhos, aspirações e até
desesperanças, pois dessa maneira planejará atividades nas quais eles se
sintam convocados a “fazer aulas” (ANASTASIOU, 2006, p. 14) com você.
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MAS, POR QUE TORNAR A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA?
Tornar a aprendizagem significativa é a razão de ser da
atividade escolar. O tempo que dedicamos ao ensino precisa ser mais bem
aproveitado. Basta de ouvirmos tantas críticas à escola pública mediante os
resultados obtidos pelos nossos alunos em avaliações que vão desde testes
simples para ingresso no mercado de trabalho até provões como o ENEM e/ou
vestibulares.
Embora existam críticas a tais modelos de aferição da aprendizagem,
eles servem de alerta a todos nós que somos educadores comprometidos com
uma educação de qualidade, pois quando esta é precária, gera indivíduos sem
autonomia, com baixa auto-estima, incapazes de gerenciar a própria vida,
impotentes diante do desrespeito aos seus direitos fundamentais e, em
conseqüência, incapazes de assumir posição como cidadãos conscientes,
ficando à mercê dos desmandos daqueles que galgaram lideranças, mas nem
sempre comprometidos com o bem estar coletivo. Por isso, é nossa tarefa
contribuirmos para que o conhecimento seja compartilhado como maior número
possível de pessoas, porque ele (o conhecimento) é a melhor ferramenta que a
pessoa pode adquirir para atuar com dignidade na sociedade.
A ESCOLHA DO TEMA
Chamou-nos a atenção o número expressivo de reprovações que
ocorrem, principalmente, em turmas de 1ª. série do Ensino Médio. Então, após
realizar um levantamento de dados nos relatórios finais dos três últimos anos
relativo a estas turmas, no Colégio Estadual Antonio e Marcos Cavanis, no
município de Castro, constatamos que em 2005, a taxa de reprovação foi de
15,4% e de aprovação pelo Conselho de Classe foi de 8%. Em 2006, a
reprovação foi de 23,3% e a aprovação pelo Conselho de Classe foi de 14,1%
e em 2007, a reprovação foi de 13,3% e a aprovação pelo Conselho de Classe
foi de 6,9%.
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Assim, o percentual de alunos que não obtiveram média mínima para
aprovação, somando-se os reprovados e os aprovados pelo Conselho de
Classe, foi de 23,4% em 2005, 37,4% em 2006 e 20,2% em 2007.
Embora a média não seja o único indicativo de que a
aprendizagem não ocorreu, podemos considerar que é um dado relevante para
expressar que o ensino deixou a desejar. Estes alunos não aprenderam e/ou
aprenderam muito pouco em relação aos conteúdos mínimos que deveriam ter
dominado para prosseguirem seus estudos com louvor. Consideramos ainda
que essa realidade se repete, às vezes, com números ainda mais elevados em
muitos outros estabelecimentos de ensino no Estado do Paraná.
Como a aprendizagem precária não ocorre somente nessa série este
trabalho pretende servir a todos os professores independentemente da (s) série
(s) onde atuam.
A AULA E OS INTERESSES DOS ALUNOS
Na busca de alternativas para reverter esta situação e tornar o ensino
significativo, favorecendo a real aprendizagem, consultamos vários autores e
inicialmente optamos por refletir sobre quem são nossos alunos.
Em se tratando de alunos matriculados na primeira
série do Ensino Médio, de modo geral, são adolescentes entre 14
e 16 anos, que “são jovens que vivenciam a paixão, o sentimento, a emoção, o
entusiasmo, o movimento. Anseiam por liberdade para imaginar, conhecer,
tudo ver, experimentar, sentir. O pensar e o fazer, o emocional e o intelectual,
estão entrelaçados, de maneira que estão inteiros em cada coisa que fazem”.
(GASPARIN, 2001, p. 8).
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Aliás, isso você já reparou, não é mesmo? É só parar um pouquinho e
ouvir as suas conversas e veremos que é bem assim mesmo que eles são.
GASPARIN (2001, p.8) nos lembra que ao ingressarem na instituição
escolar, são obrigados a deixarem para trás o seu cotidiano em vista da
estrutura regrada da escola que é um local onde, na maioria das vezes, não há
espaço para a emoção e os sentimentos. Esse choque entre o dia-a-dia juvenil
e o enquadramento escolar não é nada motivador porque limita a criatividade e
o espírito crítico. As formas de perceber e viver o conteúdo que envolve a
escola e o mundo exterior são muito diferentes. Enquanto na vida prática, “os
conhecimentos se manifestam de maneira espontânea”, “na escola os
conhecimentos são sistematizados, pré-definidos e valem por si mesmos, por
isso devem ser aprendidos, independentemente do interesse dos alunos”
(GASPARIN, 2001, p. 8).
Aí entra o papel fundamental do professor que é desafiado a motivá-los
para a aprendizagem. Então, como levá-los a se interessarem pelos conteúdos
escolares?
GASPARIN (2001, p.8), sugere:
a) Descobrir aquilo que é aprendizagem significativa para os alunos,
pois se interessarão por aquilo que, de alguma maneira, os afetar
diretamente.
b) Envolver, através de técnicas variadas de ensino-aprendizagem,
os educandos na reconstrução ativa do conhecimento sistematizado;
c) Trabalhar com os alunos (e não pelos alunos);
d) Adotar, como forma de trabalho, o método dialético:
prática
através de um diálogo com os alunos, qual a vivência
conteúdo, antes que este que lhes seja ensinado em aula. O segundo
passo
conteúdo, buscando identificar as razões pelas quais ele merece ou
precisa ser aprendido. Em seguida, transforma
em questões problematizadoras, levando em conta as suas
dimensões científica, conceitual, cultural, histórica, social, política,
ética, etc. Então, o conteúdo formal, abstrato é apresentado e
contrastado com a vivência cotidiana desse me
fim de que os alunos elaborem uma síntese e assumam uma nova
postura mental, reunificando o cotidiano com o científico numa nova
totalidade concreta. A terceira fase
intenções dos alunos sobre a possível ap
aprendido e quais ações se propõem a realizar para que iss
aconteça.
Baseando-se na citação acima, como você descobre os interesses
dos alunos?
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APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA X APRENDIZ
Observemos que GASPARIN
significativa” utilizada por AUSUBEL
que afirmou ocorrer a aprendizagem
em conceitos já presentes
isso, o fator mais importante que influencia na aprendizagem consiste
aluno já sabe. É a partir desse ponto de apoio
aprendizagem dos novos conceitos.
já conhece com os novos conhecimentos.
c) Trabalhar com os alunos (e não pelos alunos);
d) Adotar, como forma de trabalho, o método dialético:
prática, onde o primeiro passo – a prática – consiste em conhecer,
através de um diálogo com os alunos, qual a vivência
conteúdo, antes que este que lhes seja ensinado em aula. O segundo
passo – a teoria – inicia-se por uma breve discussão sobre o
conteúdo, buscando identificar as razões pelas quais ele merece ou
precisa ser aprendido. Em seguida, transforma-se esse conhecimento
em questões problematizadoras, levando em conta as suas
dimensões científica, conceitual, cultural, histórica, social, política,
ética, etc. Então, o conteúdo formal, abstrato é apresentado e
contrastado com a vivência cotidiana desse mesmo conhecimento, a
fim de que os alunos elaborem uma síntese e assumam uma nova
postura mental, reunificando o cotidiano com o científico numa nova
totalidade concreta. A terceira fase – a prática –
intenções dos alunos sobre a possível aplicação do conteúdo
aprendido e quais ações se propõem a realizar para que iss
aconteça.
se na citação acima, como você descobre os interesses
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APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA X APRENDIZAGEM MECÂNICA
vemos que GASPARIN cita a expressão “aprendizagem
utilizada por AUSUBEL (1976), um psicólogo norte
que afirmou ocorrer a aprendizagem quando uma nova informação ancora
já presentes nas experiências de aprendizado anteriores e, por
fator mais importante que influencia na aprendizagem consiste
aluno já sabe. É a partir desse ponto de apoio, que deve decorrer a
aprendizagem dos novos conceitos. Cabe à escola articular aquilo que o sujeito
já conhece com os novos conhecimentos. Para tanto, o professor deve
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d) Adotar, como forma de trabalho, o método dialético: prática-teoria-
consiste em conhecer,
através de um diálogo com os alunos, qual a vivência cotidiana do
conteúdo, antes que este que lhes seja ensinado em aula. O segundo
se por uma breve discussão sobre o
conteúdo, buscando identificar as razões pelas quais ele merece ou
esse conhecimento
em questões problematizadoras, levando em conta as suas
dimensões científica, conceitual, cultural, histórica, social, política,
ética, etc. Então, o conteúdo formal, abstrato é apresentado e
smo conhecimento, a
fim de que os alunos elaborem uma síntese e assumam uma nova
postura mental, reunificando o cotidiano com o científico numa nova
se expressa nas
licação do conteúdo
aprendido e quais ações se propõem a realizar para que isso
se na citação acima, como você descobre os interesses
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AGEM MECÂNICA
aprendizagem
(1976), um psicólogo norte-americano,
ação ancora-se
nas experiências de aprendizado anteriores e, por
fator mais importante que influencia na aprendizagem consiste no que o
que deve decorrer a
Cabe à escola articular aquilo que o sujeito
Para tanto, o professor deve
procurar uma imagem, um símbolo, um conceito, uma
proposição, que seja
quais são os conceitos mais abrangentes
tem e que servirão de ligação com os novos conhecim
esses ‘conceitos mais abrangentes’
revisão e a construção de esquemas sobre os conteúdos escolares.
Quando a aprendizagem significati
aprendizagem mecânica
significativo para ele, é armazenado
esquecê-lo em seguida. É o caso de estudantes
esquecem tudo o que lhes foi ensinado. Aqui podem
alguns não se dispõem a aprender dessa maneira (mecânica) e, por isso,
acabam não aprendendo de man
até mais de uma vez e para os q
contemplem oportunidades de aprendizagem significativa.
mecânica que leva muitos alunos e até professores a acreditarem que o ensino
se efetivou. Esse engano ocorre quando o estudante
avaliações o conteúdo tal qual foi transmitido pelo professor.
educandos são aprovados para a série seguinte sem ter aprendido realmente.
Que experiência (s) você tem sobre a aprendizagem mecânica?
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DESPERTAR MOTIVOS PARA APRENDER
Para esclarecer mais um pouco as questões que envolvem a
aprendizagem significativa, rec
33): “A aprendizagem somente ocorre se quatro condições
procurar uma imagem, um símbolo, um conceito, uma
proposição, que sejam significativos para o aluno.
Assim, é importante identificar em cada disciplina
quais são os conceitos mais abrangentes
de ligação com os novos conhecimentos. Para identificar
esses ‘conceitos mais abrangentes’ o professor pode utilizar a comparação, a
revisão e a construção de esquemas sobre os conteúdos escolares.
aprendizagem significativa não se efetiva, o aluno utiliza a
aprendizagem mecânica, isto é, ‘decora’ o conteúdo, qu
é armazenado de maneira isolada, podendo inclusive
o em seguida. É o caso de estudantes que depois de fazer
esquecem tudo o que lhes foi ensinado. Aqui podemos observar também que
não se dispõem a aprender dessa maneira (mecânica) e, por isso,
acabam não aprendendo de maneira alguma. Esses são aqueles
até mais de uma vez e para os quais é indispensável utilizar estratégias que
contemplem oportunidades de aprendizagem significativa. E é a aprendizagem
mecânica que leva muitos alunos e até professores a acreditarem que o ensino
sse engano ocorre quando o estudante consegue reproduzir nas
avaliações o conteúdo tal qual foi transmitido pelo professor. Por isso,
são aprovados para a série seguinte sem ter aprendido realmente.
Que experiência (s) você tem sobre a aprendizagem mecânica?
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DESPERTAR MOTIVOS PARA APRENDER
Para esclarecer mais um pouco as questões que envolvem a
aprendizagem significativa, recorremos à contribuição de SANTOS
33): “A aprendizagem somente ocorre se quatro condições
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procurar uma imagem, um símbolo, um conceito, uma
para o aluno.
Assim, é importante identificar em cada disciplina
quais são os conceitos mais abrangentes que o aluno já
entos. Para identificar
pode utilizar a comparação, a
revisão e a construção de esquemas sobre os conteúdos escolares.
não se efetiva, o aluno utiliza a
que não sendo
de maneira isolada, podendo inclusive
de fazer a prova,
os observar também que
não se dispõem a aprender dessa maneira (mecânica) e, por isso,
eira alguma. Esses são aqueles que reprovam
uais é indispensável utilizar estratégias que
a aprendizagem
mecânica que leva muitos alunos e até professores a acreditarem que o ensino
e reproduzir nas
Por isso, muitos
são aprovados para a série seguinte sem ter aprendido realmente.
Que experiência (s) você tem sobre a aprendizagem mecânica?
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Para esclarecer mais um pouco as questões que envolvem a
orremos à contribuição de SANTOS (2008, p.
básicas forem
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atendidas: a motivação, o interesse, a habilidade de compartilhar experiências
e a habilidade de interagir com os diferentes contextos”.
Sendo assim, o desafio que se estabelece para os educadores é:
despertar motivos para a aprendizagem, tornar as aulas interessantes para os
adolescentes, trabalhar com conteúdos relevantes para que possam ser
compartilhados em outras experiências (além da escola) e tornar a sala de aula
um ambiente altamente estimulante para a aprendizagem.
Aulas atraentes exigem mudança na postura do professor. Como propõe
SANTOS (2008, p 64): “PARE DE DAR AULAS!”. Ele cita ainda Paulo Afonso
Caruso Ronca (1996) que faz a seguinte indagação: “Se o papel do professor é
dar aulas, enquanto ele dá aula, o aluno faz o quê?” Esses questionamentos
são necessários diante do atual contexto do mundo em constante
transformação, pois não é mais admissível o professor passar a aula toda
falando e os alunos ouvindo-o, passivamente.
Essa opinião é compartilhada também por ANASTASIOU (2006, p. 14)
que ao refletir sobre pressupostos para as estratégias de trabalho em aula,
sugere que a atuação do professor seja transformada de dar aulas pela ação
conjunta de fazer aulas. Significa que alunos devem deixar de assistir aulas e,
junto com o professor, fazer aulas, pois é preciso superar a aula tradicional
com exposição de tópicos que não tem sido satisfatória para a apreensão do
conteúdo. A aula expositiva é importante, entretanto não é suficiente porque
cumpre apenas a primeira etapa do ensino, que é a apresentação do
conhecimento. Para dar sentido ao que está sendo ensinado, é necessário
organizar “atividades com as quais o aluno possa generalizar, diferenciar,
abstrair e simbolizar os conceitos trabalhados.” (ANASTASIOU, 2006, p. 22).
ZABALA (1998) diferencia na aprendizagem as características de
quatro tipos de conteúdos: - os factuais: conhecimentos de fatos,
acontecimentos, [...] cuja aprendizagem é verificada pela reprodução
literal; - os procedimentais: conjunto de ações ordenadas e com um
fim, incluindo regras, técnicas, [...] verificados pela exercitação
múltipla e tornados conscientes pela reflexão sobre a própria
atividade; - os atitudinais: podem ser agrupados em valores, atitudes
e normas, verificados por sua interiorização e aceitação, o que
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implica conhecimento, avaliação, análise e elaboração; - e a
aprendizagem de conceitos (conjunto de fatos, objetos ou símbolos) e
princípios (leis e regras [...]): possibilita elaboração e construção
pessoal, nas interpretações e transferências para novas situações
( apud ANASTASIOU, 2006, p. 17).
Como podemos perceber, para que os alunos
aprendam de fato, teremos que nos dispor ao constante
afinar da nossa sensibilidade para envolvê-los no processo
ensino/aprendizagem e, assim, estabelecermos uma
parceria produtiva. É urgente percebermos que a necessidade de interação
está presente em todos os ambientes. Em nossas famílias, as crianças e
adolescentes, de modo geral, participam das conversas, opinam e são
atendidos. As emissoras de tevê também já perceberam que a audiência
aumenta quando os telespectadores são ouvidos, apresentam suas sugestões
na programação ou, até mesmo, no enredo das novelas. Se a interatividade é
uma realidade em nossa vida cotidiana, em sala de aula não poderia ser
diferente. Por isso, é tão importante apresentar um conteúdo de maneira que o
aluno perceba algum sentido naquilo que deverá aprender, pois somente assim
ele demonstrará interesse e participará da aula. Precisamos colocar em prática
o que já sabemos há muito tempo: o aluno é o sujeito da aprendizagem.
Então, se o professor deverá provocar a aprendizagem,
também o planejamento da aula deverá levar em conta que o mais importante
é elaborar perguntas que instiguem o aluno a vivenciar a busca, a exercitar as
várias possibilidades de resposta. Afinal, esse é o exercício que conduz à
aprendizagem significativa. É necessário fazer como recomenda SANTOS
(2008, p. 65): “provocar a sede” de aprender, problematizando o conteúdo,
tornando-o interessante e não tirar o sabor da descoberta dando respostas
prontas. Todos sabem que a primeira condição para ser professor é dominar
com segurança o conteúdo a ser trabalhado, pois somente assim será possível
planejar aulas realmente interessantes, instigantes, que provoquem a turma a
13
buscar respostas. Ocorre, às vezes, de quem sabe pouco, levar o conteúdo
bem esmiuçado para não correr o risco de algum aluno fazer perguntas. Só
que o tiro sai pela culatra, como se diz, porque os alunos copiam o texto do
quadro, copiam as respostas e pronto, não têm mais nada para fazer. Então, é
um dos momentos que a indisciplina aparece. Portanto, é imprescindível
estudar bem o conteúdo, apresentar textos curtos e fazer questionamentos. O
desafio aos alunos pode ser feito com uma pergunta bem elaborada, um
recorte de jornal, uma fotografia, uma cena de um filme, um vídeo ou uma
pequena história.
É importante também cuidar da relação com os alunos para que se
sintam apoiados na busca dos novos conhecimentos e com sua auto-estima
elevada, pois esta é uma condição primordial para a aprendizagem. Além
disso, lembrar de promover a interação também entre os alunos através da
troca de idéias e opiniões, lembrando que este fator favorece o
desenvolvimento mental.
Propiciar um ambiente favorável à aprendizagem também é acolher o
erro como parte do processo do aprender, porque o conhecimento é construído
superando erros.
Nesta caminhada, estimular e reconhecer as tentativas que o
aluno faz para resolver as tarefas, pois quando o professor exige que o aluno
acerte na primeira tentativa, está desconsiderando que cada pessoa tem ritmos
de aprendizagem diferentes e talvez se esqueça da sua própria caminhada de
aprendizagens ao longo da vida, seja em conteúdos escolares ou mesmo da
vida cotidiana. Algo altamente prejudicial, que parece fazer parte do imaginário
14
do professor, é pensar que quando o aluno erra, ele (o professor) é culpado e
por isso, reage agressivamente, ou então, considera que o aluno não prestou
atenção às suas explicações porque é um mal educado. Apesar de existirem
situações onde o aluno, de fato, não prestou atenção, é mais prudente não
generalizar para evitar que a sala de aula seja transformada num ambiente
hostil, como se os alunos fossem nossos inimigos.
ESTILOS DE APRENDIZAGEM
Outra questão decisiva para que a aprendizagem ocorra de
forma mais eficiente, conforme SANTOS (2008, p. 42), é observar que todos
nós possuímos “três maneiras de processar as informações e fixá-las na
memória que são: a visual (aprendizagem pela visão), a auditiva
(aprendizagem pela audição) e a sinestésica (aprender
interagindo/fazendo/sentindo)”. A respeito disso, você já observou que alguns
vendedores fazem várias perguntas quando começam a conversar com o
cliente? De acordo com LIMA (2008), para obter sucesso os vendedores
devem desenvolver duas qualidades. Uma delas é a sensibilidade para
perceber com qual tipo de cliente estão lidando porque dependendo das
expressões utilizadas pela pessoa, eles devem recorrer à segunda qualidade
que é a flexibilidade para se adaptar às circunstâncias e se comunicar
eficazmente com cada tipo de cliente. Se perceberem que é ‘visual’, devem
utilizar as mesmas expressões e argumentos visuais que a pessoa usa e
mostrar imagens ou o próprio produto para convencê-lo, pois precisa “ver para
crer”. No caso do cliente ‘auditivo’, a imagem não é tão importante, vai preferir
ouvir detalhadamente os argumentos relacionados aos benefícios que o
produto irá lhe trazer do que propriamente ver o produto. Para vender ao
cliente ‘sinestésico’, o vendedor deve procurar facilitar o acesso desta pessoa
ao produto, fazê-lo tocar o produto, experimentá-lo ou senti-lo em suas mãos. A
propósito, qual tipo de cliente você é? Depois dessa comparação ficou mais
fácil entender a necessidade da utilização de métodos e estratégias de ensino
que atendam aos três estilos? Afinal, não podemos deixar de considerar que
os alunos precisam ter iguais oportunidades para aprender da maneira que é
mais efetiva para eles.
Antes de seguirmos adiante, relembre de um
os alunos se interessaram, participaram e foi um conteúdo que aprenderam
bem. E, além disso, você ficou muito satisfeito (a) com o resultado. Então,
escreva abaixo qual foi a principal razão desse bom êxito
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Aprofundando um pouco mais o assunto,
afirma que uma forma de democratizar o acesso à aprendizagem é favorecê
por meio dos três canais, ou seja, utilizando “apelos visuais como cartazes,
fotos, esquemas, vídeos, slides” para os preferencialmente visuais; “leituras em
voz alta, música e bom encadeamento do discurso oral” para os mais auditivos
e “dramatizações, experiências, trabalhos corporais e que envolvam emoção”
para os sinestésicos. Para
preferências para aprender com mais facilidade, observe o quadro elab
por Santos (2008, p. 42)
associadas às modalidades de aprendizagem:
Modalidade visual
os alunos precisam ter iguais oportunidades para aprender da maneira que é
Antes de seguirmos adiante, relembre de uma aula que foi um sucesso,
os alunos se interessaram, participaram e foi um conteúdo que aprenderam
bem. E, além disso, você ficou muito satisfeito (a) com o resultado. Então,
escreva abaixo qual foi a principal razão desse bom êxito:
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Aprofundando um pouco mais o assunto, SANTOS (2008, p. 44)
afirma que uma forma de democratizar o acesso à aprendizagem é favorecê
por meio dos três canais, ou seja, utilizando “apelos visuais como cartazes,
esquemas, vídeos, slides” para os preferencialmente visuais; “leituras em
voz alta, música e bom encadeamento do discurso oral” para os mais auditivos
e “dramatizações, experiências, trabalhos corporais e que envolvam emoção”
. Para auxiliar seus alunos a identificar
preferências para aprender com mais facilidade, observe o quadro elab
por Santos (2008, p. 42) onde cita algumas características geralmente
associadas às modalidades de aprendizagem:
Modalidade auditiva Modalidade s
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os alunos precisam ter iguais oportunidades para aprender da maneira que é
aula que foi um sucesso,
os alunos se interessaram, participaram e foi um conteúdo que aprenderam
bem. E, além disso, você ficou muito satisfeito (a) com o resultado. Então,
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SANTOS (2008, p. 44)
afirma que uma forma de democratizar o acesso à aprendizagem é favorecê-la
por meio dos três canais, ou seja, utilizando “apelos visuais como cartazes,
esquemas, vídeos, slides” para os preferencialmente visuais; “leituras em
voz alta, música e bom encadeamento do discurso oral” para os mais auditivos
e “dramatizações, experiências, trabalhos corporais e que envolvam emoção”
seus alunos a identificarem essas
preferências para aprender com mais facilidade, observe o quadro elaborado
algumas características geralmente
Modalidade sinestésica
16
A mente vagueia durante
atividades mentais.
Distrai-se facilmente. Mexe o lápis ou o pé
enquanto pensa, estuda ou
faz provas.
Tem problemas em seguir ou
relembrar instruções verbais.
Perde o interesse
rapidamente em
apresentações visuais.
Adora manusear objetos.
Prefere observar a
efetivamente participar de
atividades e discussões de
grupo.
Gosta de atividades auditivas. Utiliza bastante gestos com
as mãos e linguagem
corporal.
Gosta de ler silenciosamente. É ativo em situações
de discussões em grupo.
Toca as pessoas enquanto
fala com elas.
É cuidadoso e organizado Prefere leitura em voz alta à
leitura silenciosa.
Tende a não gostar de ler.
Presta atenção a detalhes. Escuta música enquanto
estuda ou faz tarefa de casa.
Aprecia atividades manuais.
Tem letra legível e bem
cuidada.
Tem letra descuidada e
freqüentemente ilegível.
Aprecia atividades de
resolução de problemas.
É um bom orador. Memoriza facilmente
seqüências e listas.
É desorganizado.
Memoriza facilmente vendo
retratos e diagramas.
Memoriza nomes facilmente. É um mal orador.
Pode ter memória fotográfica. Geralmente tem memória
auditiva.
Geralmente tem problemas
em memorizar nomes, listas,
etc.
Tende a ser racional. Tende a ser fechado com
relação às emoções.
Tende a ter facilidade para
expressar emoções.
Você consegue identificar seus alunos dentro dessas características?
Mesmo em turmas numerosas é possível observar como os alunos aprendem.
Para isso, é necessário levar em conta o envolvimento e a participação durante
as aulas, nas atividades desenvolvidas em sala e/ou em casa e o resultado das
avaliações.
Registre abaixo suas
com seus alunos. Descreva o que tem observado sobre o jeito de
aprender deles. Em qual dos estilos se enquadra a maioria? Para qual
desses estilos você acha mais fácil ensinar? E o mais difícil? Por quê?
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Esse olhar mais atento para as expressões dos
constatar que houve momentos que
parecia não prestar a atenção durante a explicação, às vezes ficava até
desenhando, e depois, você não sabia como, ele demonstrav
Você pensava: será que ‘colou’? Sofreu à toa, não é? Este aluno prefere
aprender ouvindo, só isso. Não era por ‘mal educado’. E aquele aluno que
sufoca, fica a toda hora indo até a mesa, toca o seu braço, quer que olhe para
ele, quer pegar o seu material (até mesmo sem au
explicando e ele já está trocando idéia com o colega (dá para perceber que é
sobre o assunto), mas como irrita! E ainda diz: ‘Fica frio (a) professor (a)’. Ele é
simplesmente um ‘sinestésico’. Ainda tem aquele outro tipo que
explica e ele demonstra que não entendeu nada. Os ‘auditivos’ até fazem
piadinha com ele, perguntam se quer que desenhe, mas é isso mesmo, ele
quer ver um desenho, uma imagem, uma foto. Ele precisa ver para aprender.
Imagine como fica a aprendizagem
que dar aula é só falar.
as aulas, nas atividades desenvolvidas em sala e/ou em casa e o resultado das
Registre abaixo suas impressões sobre essa questão.
com seus alunos. Descreva o que tem observado sobre o jeito de
aprender deles. Em qual dos estilos se enquadra a maioria? Para qual
desses estilos você acha mais fácil ensinar? E o mais difícil? Por quê?
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Esse olhar mais atento para as expressões dos seus alunos permite
constatar que houve momentos que você ficou magoado (a) porque
parecia não prestar a atenção durante a explicação, às vezes ficava até
desenhando, e depois, você não sabia como, ele demonstrava ter aprendido.
á que ‘colou’? Sofreu à toa, não é? Este aluno prefere
aprender ouvindo, só isso. Não era por ‘mal educado’. E aquele aluno que
sufoca, fica a toda hora indo até a mesa, toca o seu braço, quer que olhe para
ele, quer pegar o seu material (até mesmo sem autorização), você está
explicando e ele já está trocando idéia com o colega (dá para perceber que é
sobre o assunto), mas como irrita! E ainda diz: ‘Fica frio (a) professor (a)’. Ele é
simplesmente um ‘sinestésico’. Ainda tem aquele outro tipo que
demonstra que não entendeu nada. Os ‘auditivos’ até fazem
piadinha com ele, perguntam se quer que desenhe, mas é isso mesmo, ele
quer ver um desenho, uma imagem, uma foto. Ele precisa ver para aprender.
agine como fica a aprendizagem deste aluno ‘visual’ quando você acredita
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as aulas, nas atividades desenvolvidas em sala e/ou em casa e o resultado das
impressões sobre essa questão. Converse
com seus alunos. Descreva o que tem observado sobre o jeito de
aprender deles. Em qual dos estilos se enquadra a maioria? Para qual
desses estilos você acha mais fácil ensinar? E o mais difícil? Por quê?
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seus alunos permite
você ficou magoado (a) porque um aluno
parecia não prestar a atenção durante a explicação, às vezes ficava até
a ter aprendido.
á que ‘colou’? Sofreu à toa, não é? Este aluno prefere
aprender ouvindo, só isso. Não era por ‘mal educado’. E aquele aluno que
sufoca, fica a toda hora indo até a mesa, toca o seu braço, quer que olhe para
torização), você está
explicando e ele já está trocando idéia com o colega (dá para perceber que é
sobre o assunto), mas como irrita! E ainda diz: ‘Fica frio (a) professor (a)’. Ele é
simplesmente um ‘sinestésico’. Ainda tem aquele outro tipo que você explica,
demonstra que não entendeu nada. Os ‘auditivos’ até fazem
piadinha com ele, perguntam se quer que desenhe, mas é isso mesmo, ele
quer ver um desenho, uma imagem, uma foto. Ele precisa ver para aprender.
deste aluno ‘visual’ quando você acredita
Puxa! Quem sabe não está aí mais uma dica importante para ser
levada em consideração du
Provavelmente você já tinha ouvido falar nestes estilos de
aprendizagem. Então, escreva como o planejamento pode ser pensado
para atender os diversos ‘tipos’ de alunos:
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AULAS FAVORÁVEIS À APREN
Vejamos mais uma contribuição de
apresenta as sete atitudes recomendadas nos ambientes de aula:
1. Dar sentido ao conteúdo: significado contextual e emocional.
2. Especificar: após contextualizar o educando precisa ser levado a perceber as características específicas do que está sendo estudado.
3. Compreender: é quando se dá a construção do conceitgarante a possibilidade de utilização do conhecimento em diversos contextos.
4. Definir: significa esclarecer um conceito. O aluno deve definir com suas palavras, de forma que o conceito lhe seja claro.
5. Argumentar: após definir, o aluno precisa rvários conceitos e isso ocorre por meio do texto falado, escrito, verbal e não verbal.
6. Discutir: nesse passo, o aluno deve formular uma cadeia de raciocínio pela argumentação.
7. Levar para a vida: o sétimo e último passo da (re)conhecimento é a transformação. O fim último da aprendizagem significativa é a intervenção na realidade. Sem esse propósito, qualquer aprendizagem é inócua. (SANTOS, 2008, p. 73
E, finalmente, VASCONCELLOS
refere-se a três momentos fundamentais da aula:
Puxa! Quem sabe não está aí mais uma dica importante para ser
deração durante o planejamento das suas aulas.
Provavelmente você já tinha ouvido falar nestes estilos de
aprendizagem. Então, escreva como o planejamento pode ser pensado
para atender os diversos ‘tipos’ de alunos:
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AULAS FAVORÁVEIS À APRENDIZAGEM
Vejamos mais uma contribuição de SANTOS (2008, P. 73), ele
apresenta as sete atitudes recomendadas nos ambientes de aula:
1. Dar sentido ao conteúdo: toda aprendizagem parte de um significado contextual e emocional.
2. Especificar: após contextualizar o educando precisa ser levado a perceber as características específicas do que está sendo estudado.
3. Compreender: é quando se dá a construção do conceitgarante a possibilidade de utilização do conhecimento em diversos contextos.
4. Definir: significa esclarecer um conceito. O aluno deve definir com suas palavras, de forma que o conceito lhe seja claro.
5. Argumentar: após definir, o aluno precisa relacionar logicamente vários conceitos e isso ocorre por meio do texto falado, escrito, verbal e não verbal.
6. Discutir: nesse passo, o aluno deve formular uma cadeia de raciocínio pela argumentação.
7. Levar para a vida: o sétimo e último passo da (re)conhecimento é a transformação. O fim último da aprendizagem significativa é a intervenção na realidade. Sem esse propósito, qualquer aprendizagem é inócua. (SANTOS, 2008, p. 73
E, finalmente, VASCONCELLOS (apud ANASTASIOU, 2006,
se a três momentos fundamentais da aula: a mobilização para o
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Puxa! Quem sabe não está aí mais uma dica importante para ser
o planejamento das suas aulas.
Provavelmente você já tinha ouvido falar nestes estilos de
aprendizagem. Então, escreva como o planejamento pode ser pensado
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SANTOS (2008, P. 73), ele
apresenta as sete atitudes recomendadas nos ambientes de aula:
toda aprendizagem parte de um
2. Especificar: após contextualizar o educando precisa ser levado a perceber as características específicas do que está sendo estudado.
3. Compreender: é quando se dá a construção do conceito, que garante a possibilidade de utilização do conhecimento em diversos
4. Definir: significa esclarecer um conceito. O aluno deve definir com suas palavras, de forma que o conceito lhe seja claro.
elacionar logicamente vários conceitos e isso ocorre por meio do texto falado, escrito, verbal
6. Discutir: nesse passo, o aluno deve formular uma cadeia de
7. Levar para a vida: o sétimo e último passo da (re) construção do conhecimento é a transformação. O fim último da aprendizagem significativa é a intervenção na realidade. Sem esse propósito, qualquer aprendizagem é inócua. (SANTOS, 2008, p. 73-74).
ANASTASIOU, 2006, p. 31-33)
a mobilização para o
conhecimento, a construção do conhecimento
conhecimento. Nesta metodologia também parte
realidade social e a provocação para
momento do confronto com o conhecimento sistematizado que deverá conduzir
o aluno à reflexão, bem como a superação da sua visão inicial sobre o objeto
do conhecimento e, finalmente, a consolidação de conceitos, ainda que
provisória, pois as sínteses poderão ser continuamente retomadas e
superadas.
Apresente em poucas palavras o que você considera decisivo
para que ocorra a aprendizagem significativa em sala de aula
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constatamos serem muitos os estudiosos e defensores da
aprendizagem significativa.
conhecimento, a construção do conhecimento e a elaboração da síntese do
. Nesta metodologia também parte-se da prática que é a
realidade social e a provocação para a aprendizagem; em seguida vem o
momento do confronto com o conhecimento sistematizado que deverá conduzir
o aluno à reflexão, bem como a superação da sua visão inicial sobre o objeto
do conhecimento e, finalmente, a consolidação de conceitos, ainda que
ovisória, pois as sínteses poderão ser continuamente retomadas e
em poucas palavras o que você considera decisivo
para que ocorra a aprendizagem significativa em sala de aula
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
onstatamos serem muitos os estudiosos e defensores da
endizagem significativa.
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a elaboração da síntese do
se da prática que é a
a aprendizagem; em seguida vem o
momento do confronto com o conhecimento sistematizado que deverá conduzir
o aluno à reflexão, bem como a superação da sua visão inicial sobre o objeto
do conhecimento e, finalmente, a consolidação de conceitos, ainda que
ovisória, pois as sínteses poderão ser continuamente retomadas e
em poucas palavras o que você considera decisivo
para que ocorra a aprendizagem significativa em sala de aula:
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onstatamos serem muitos os estudiosos e defensores da
Nas obras aqui referenciadas eles apresentam sugestões de
estratégias pedagógicas perfeitamente viáveis, mas que exigem uma postura
diferenciada dos educadore
“...as estratégias por si não resolvem e não alteram magicamente o processo.”
No entanto, elas são instrumentos valiosos para os professores realmente
comprometidos com a educação de qualidade. Estes buscam recursos que
tornem as aulas ambientes facilitadores da aprendizagem, desafiando
operações mentais dos alunos e favorecendo a “construção da autonomia do
aluno e a construção do con
ibidem). Ressaltamos que, se aceitarmos que e
mestres, o desafio de buscar constantemente novos caminhos é uma atitude
inerente à função, abrimos a grande possibilidade de sermos mais eficientes
em nossa arte de ensinar proporcionando mais progresso pessoal e social para
nossos alunos e, conseqüentemente, mais realização para todos nós. Afinal,
nossa maior satisfação é ver nossos alunos aprenderem, serem autônomos e
até mesmo nos superarem como pessoas e cidadãos.
Conscientes de não ter esgotado o assunto devido à sua complexidade,
esperamos que o material tenha provocado reflexões importantes a todos os
professores que buscam melhorar a prática pedagógica para que seus alunos
aprendam realmente.
A discussão do tema permanece em aberto, acolhendo outras reflexões,
bem como relato de experiências que muito contribuirão para a elaboração do
Artigo Científico que é o trabalho conclusivo do PDE (Programa de
Desenvolvimento Educacional).
obras aqui referenciadas eles apresentam sugestões de
estratégias pedagógicas perfeitamente viáveis, mas que exigem uma postura
diferenciada dos educadores, pois como destaca ANASTASIOU
“...as estratégias por si não resolvem e não alteram magicamente o processo.”
No entanto, elas são instrumentos valiosos para os professores realmente
comprometidos com a educação de qualidade. Estes buscam recursos que
tornem as aulas ambientes facilitadores da aprendizagem, desafiando
operações mentais dos alunos e favorecendo a “construção da autonomia do
aluno e a construção do conhecimento”, como lembra ANASTASIOU
). Ressaltamos que, se aceitarmos que em nossa atuação como
mestres, o desafio de buscar constantemente novos caminhos é uma atitude
inerente à função, abrimos a grande possibilidade de sermos mais eficientes
em nossa arte de ensinar proporcionando mais progresso pessoal e social para
unos e, conseqüentemente, mais realização para todos nós. Afinal,
nossa maior satisfação é ver nossos alunos aprenderem, serem autônomos e
até mesmo nos superarem como pessoas e cidadãos.
Conscientes de não ter esgotado o assunto devido à sua complexidade,
esperamos que o material tenha provocado reflexões importantes a todos os
professores que buscam melhorar a prática pedagógica para que seus alunos
A discussão do tema permanece em aberto, acolhendo outras reflexões,
experiências que muito contribuirão para a elaboração do
Artigo Científico que é o trabalho conclusivo do PDE (Programa de
Desenvolvimento Educacional).
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obras aqui referenciadas eles apresentam sugestões de
estratégias pedagógicas perfeitamente viáveis, mas que exigem uma postura
omo destaca ANASTASIOU (2006, p. 55)
“...as estratégias por si não resolvem e não alteram magicamente o processo.”
No entanto, elas são instrumentos valiosos para os professores realmente
comprometidos com a educação de qualidade. Estes buscam recursos que
tornem as aulas ambientes facilitadores da aprendizagem, desafiando
operações mentais dos alunos e favorecendo a “construção da autonomia do
hecimento”, como lembra ANASTASIOU (idem,
m nossa atuação como
mestres, o desafio de buscar constantemente novos caminhos é uma atitude
inerente à função, abrimos a grande possibilidade de sermos mais eficientes
em nossa arte de ensinar proporcionando mais progresso pessoal e social para
unos e, conseqüentemente, mais realização para todos nós. Afinal,
nossa maior satisfação é ver nossos alunos aprenderem, serem autônomos e
Conscientes de não ter esgotado o assunto devido à sua complexidade,
esperamos que o material tenha provocado reflexões importantes a todos os
professores que buscam melhorar a prática pedagógica para que seus alunos
A discussão do tema permanece em aberto, acolhendo outras reflexões,
experiências que muito contribuirão para a elaboração do
Artigo Científico que é o trabalho conclusivo do PDE (Programa de
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REFERÊNCIAS
ANASTASIOU, L. das G. C.; ALVES, L. P.(orgs.). Processos de ensinagem
na universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em sala de
aula. 6. Ed. – Joinville, SC: UNIVILLE, 2006.
GASPARIN, J. L. Motivar para aprendizagem significativa. Jornal Mundo
Jovem. Porto Alegre, n. 314, p. 8, mar. 2001.
____________. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 4. ed. rev.
e ampl. – Campinas, SP: Autores Associados, 2007.
SANTOS, J. C. F. dos. Aprendizagem Significativa: modalidades de
aprendizagem e o papel do professor. Porto Alegre: Mediação, 2008.
VASCONCELOS, C. dos S. Construção do conhecimento em sala de aula.
São Paulo: Libertad, 1994 (Cadernos Pedagógicos do Libertad, 2).
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
LIMA, A. O vendedor bem sucedido – Argumentos diferentes para clientes
distintos (11/07/2008). Disponível em:
http://www.via6.com/topico.php?cid=5416&tid=19240. Acesso em 15/11/08.