Post on 07-Apr-2016
Saiba como interpretar imagens no Enem
Desconsiderando gráficos, vetores, estruturas químicas, figuras geométricas
e outros recursos visuais comuns também em vestibulares tradicionais,
cerca de 20% das questões da edição do ano passado tinham fotos, charges, tiras, pinturas ou peças publicitárias. Em boa
parte dessas perguntas, a figura era mais do que um elemento gráfico, tornando-se
uma peça-chave para a resposta certa.
Imagens também são textos, pois dizem alguma coisa. Portanto, a
compreensão das figuras também parte de alguns princípios usados
na leitura de palavras.
— Na leitura de um texto escrito, é preciso prestar atenção ao
conjunto, saber quem é o autor, a data da publicação e o período em que foi feito. Para ler uma figura, também devemos considerar o
todo, se é colorida ou em preto e branco, o tipo de traço, se é
simples ou mais rebuscada —
Confira algumas dicas para não se atrapalhar na hora de ler as figuras do Enem.
Fotos> Fotografias registram um momento. Podem ser de
um fato que estava acontecendo ou mesmo apresentar os personagens de forma posada.
> Se a imagem traz pessoas, busque pistas nas expressões dos rostos para ter informações sobre seu estado de espírito. Confira também as roupas,
para ter uma ideia da época e de quem são as pessoas — alguns profissionais usam uniformes ou
vestimentas características.
> Frequentemente, as fotos trazem dizeres, seja em cartazes ou placas
— não os ignore. Em fotos de lugares, busque pistas na
paisagem. Às vezes, é possível identificar períodos históricos ou
épocas do ano.
Pinturas> Os períodos artísticos têm grande
vínculo com fatores históricos e sociais da época em que se consolidam. Por isso, para interpretar uma pintura, é importante situá-la no tempo e no
espaço, sugere a professora de desenho Luiza Abrantes:
— O estudante precisa saber de quando é a obra e ter noção de quem é o autor para,
então, ver onde ela está inserida. Uma obra dos anos 1920 é uma coisa. Uma dos anos
1960 é outra.> Ao identificar a época, o estudante deve buscar referências do período. No início do
século 20, por exemplo, surgiram as vanguardas europeias, influenciadas pela
máquina e pela guerra.
Charges> Charges costumam estar relacionadas a
acontecimentos do cotidiano contemporâneo. Em geral, trazem algum
tipo de crítica social, em tom humorístico.> O estudante que não está bem
informado sobre fatos recentes corre o risco de não entender uma charge por
desconhecer o tema central dela.
Peças publicitárias> Propagandas são criadas com um objetivo claro: vender um produto ou uma ideia para alguém. Procure identificar o que está sendo
vendido e qual é o público-alvo da peça publicitária.
— É necessário ter em mente que o objetivo de uma propaganda é convencer. A publicidade
sempre serve para abordar funções da linguagens em uma prova — diz Luísa Canella.
Tiras> Também com forte foco no humor, as tiras trazem mais elementos por apresentarem uma transição de ações, já que estão organizadas em alguns quadrinhos. Podem ser menos vinculadas a fatos recentes e costumam abordar
assuntos mais atemporais.— Conhecer um pouco a obra de um autor ajuda na
compreensão, porque o estudante fica familiarizado com o estilo. Quino (criador da personagem Mafalda), por
exemplo, tem temáticas recorrentes —> Além do desenho, é fundamental o candidato ficar atento
aos diálogos: — É importante lembrar que os elementos gráficos raramente mostram a resposta isoladamente, mas,
sim, em conjunção com o que está escrito —
Tipos de variações linguísticas
Estamos inseridos em um sociedade dinâmica, a qual se transforma com o
passar do tempo e acaba transformando o modo pelo qual as pessoas estabelecem seus relacionamentos interpessoais. Um
bom exemplo de tais mudanças é a linguagem dos internautas, que em meio a tantas abreviações e neologismos termina por criar um universo específico, no qual somente os interlocutores são capazes de decifrar o vocabulário por eles utilizado.
Partindo dessa prerrogativa, ocupemo-nos em discorrer acerca dos tipos de variações
que as línguas apresentam, os quais dependem de fatores específicos, tais como
condição social, faixa etária, diferenças existentes entre uma região e outra, enfim...
Assim sendo, constatemos algumas elucidações e casos representativos de tais
variações. Entre elas, destacamos:
Variações diafásicas
Representam as variações que se estabelecem em função do contexto
comunicativo, ou seja, a ocasião é que determina a maneira como nos dirigimos ao nosso interlocutor, se
deve ser formal ou informal.
Variações diatópicas São as variações ocorridas em razão das
diferenças regionais, como, por exemplo, a palavra “abóbora”, que pode adquirir acepções semânticas (relacionadas ao significado) em algumas regiões que se
divergem umas das outras, como é o caso de “jerimum”, por exemplo.
Variações diastráticas
São aquelas variações que ocorrem em virtude da convivência entre os grupos sociais. Como exemplo podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfistas,
da classe médica, entre outras.