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1 | Info Aviação | Maio de 2012
Revista Info Aviação 14° Edição / Maio 2012
www.infoaviacao.com
Aéreas reduzem rotas de cidades menores
Passageiros reféns das aéreas
Bombardier lança dois novos modelos do Learjet
31 de Maio – Dia do Comissário(a) de Bordo
2 | Info Aviação | Maio de 2012
3 | Info Aviação | Maio de 2012
Morar no mundo e passar só de vez em quando em casa.
É estar longe dos problemas da Terra e sonhar alto
É conhecer novas culturas, lugares, e pessoas.
É acorda no sul e dormir no norte.
Voar sempre mais alto!...e sair da rotina!
É ter estado ontem em Santiago, hoje em Buenos Aires, amanhã em São Paulo, depois de amanhã em casa e
simplesmente sentir saudades daquelas poltronas lotadas de gente, daquelas turbulências onde tudo para e os
olhares arregalados só focam os seus movimentos.
é sorrir pro passageiro na pior das turbulências.
É ter bom senso e passar confiança.
Ser equilibrado, serio e gentil ao mesmo tempo.
Ser médico, psicólogo, pai, neto, amigo, centro de informações.
É saber separa a razão do coração na hora de uma emergência.
E sorrir quando se tem vontade de chorar.
Poder chegar ao final de um voo e receber de volta o sorriso de cada pessoa durante a despedida no
desembarque.
É deixar de lado de fora do avião as nossas particularidades.
É fazer tudo para agradar seu cliente e ao final ouvir que a sua empresa e uma merda mantendo um sorriso
doloroso no rosto.
É ter amor ao que se faz.
É não saber se volta pra casa ao final do dia.
É lidar com o perigo.
E ter um eterno amante: O CÉU
Transformar medo em tranquilidade;
mostrar segurança ao desconhecido;
receber o estranho como um velho amigo;
fazer companhia ao solitário com palavras ou apenas atenção;
trocar tristezas por alegrias;
Irradiar sorrisos sem cobrar nada em troca;
trabalhar sentimentos sem mesmo ser psicóloga ou terapeuta;
Driblar a família, namorado, marido, filhos ou amigos para se ausentar em datas importantes;
é esperar que seja compreendido a cada imprevisto;
Afinal, assim é a aviação... Assim é a nossa profissão!
Hoje estamos aqui, mas muitos estão nos ares, trabalhando para alguém poder partir ou chegar ao seu destino.
Uma vida feita de muitas escalas, idas e vindas, faça chuva ou faça sol, calor ou frio. Seja feriado ou dias
normais, sempre haverá comissários voando pelo céu, sempre haverá histórias alegres ou tristes, sempre haverá
pequenos e grandes gestos, sempre haverá sorrisos em forma de gente. Porque ser comissário é mais do que
uma profissão: É um conjunto de sentimentos, conhecimentos e gestos.
Deus escolhe a dedo os tripulantes porque ele só permite que viva no céu, pertinho dele, pessoas especiais.
Resumindo ser Comissário de Voo é um privilégio!
Se você tem um sonho nunca desista, pois fazer o que gosta e privilégio de poucos.
31 de Maio – Dia do Comissário(a) de Bordo
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5 | Info Aviação | Maio de 2012
6 | Info Aviação | Maio de 2012
Engenharia da Helibras desenvolve pacote para o
EC725 .......................................................... Pg.8
Voos de helicópteros são alvos de protesto
................................................................... Pg.10
Indra testa seu helicóptero não tripulado ‘Pelicano’
na Espanha ................................................ Pg.13
Azul lança academia para formar profissionais da
aviação ...................................................... Pg.18
Passageiros reféns das aéreas ............................. Pg.23
Novo caça indo-russo de quinta geração somente deve
ser certificado em 2019 ...................................... Pg.28
Russian Helicopters apresenta o novo Ka-62 .... Pg.38
Bombardier lança dois novos modelos do Learjet
............................................................................. Pg.45
Helicópteros: entidade defende mais
organização Pg.11 NBAA conhece novas regras para pouso no Brasil
Pg.16
Coreia do Sul pretende adquirir
oito novos helicópteros MH-60R
Seahawk Pg.39
7 | Info Aviação | Maio de 2012
8 | Info Aviação | Maio de 2012
Engenharia da Helibras desenvolve pacote para o EC725
s equipes de Integração
Elétrica da Helibras
realizaram a primeira
entrega de um Datapack para a
fabricação de cablagens
elétricas no âmbito do
programa EC725.
Ele foi desenvolvido a
partir de uma nova
metodologia,
acompanhada de
ferramentas inovadoras
desenvolvidas em
conjunto com a
Eurocopter. Fizeram
parte do processo a
confecção dos diagramas
elétricos projetados em
novos softwares e a
etapa de fabricação e
testes das cablagens em
modernos equipamentos.
O trabalho já foi
auditado e aprovado pela
Eurocopter, resultado do
esforço das equipes
técnicas e de engenharia do Brasil,
cada vez mais capacitadas para
atender às demandas que vão
surgindo por conta da expansão da
empresa.
Em conjunto, as equipes de
Integração Elétrica e de Integração
Mecânica EC725 realizam a
conexão entre os sistemas de
missão das aeronaves do programa
e também aprimoramentos para as
caixas de comando, de relés e
módulos de interconexões, entre
outros itens.
"De uma forma didática, este
trabalho consiste em fazer com que
os diversos equipamentos do
helicóptero 'conversem' entre si,
em conformidade com as normas
aeronáuticas. Além de permitir à
Helibras configurar as aeronaves
de acordo com as especificações
dos clientes, também caminhamos
para desenvolver e instalar novos
equipamentos que venham a ser
solicitados, o que representa um
grande avanço tecnológico para a
empresa", explica Walter Filho,
diretor do Centro de Engenharia da
Helibras.
A
9 | Info Aviação | Maio de 2012
Boeing projeta um novo tipo de winglet para o 737 MAX
Boeing anunciou, dia 2 de
maio, um novo conceito de
design do winglet que será
utilizado pelo 737 MAX. O novo
winglet deverá oferecer economia
de até 1,5% adicionais na queima
de combustível, dependendo da
faixa, além da melhoria de 10% a
12% que será oferecida para o
novo modelo.
"O novo winglet com tecnologia
avançada demonstra o esforço
contínuo da Boeing para melhorar
consumo de combustível e o valor
correspondente ao cliente. Com
esta tecnologia e outras que estão
sendo desenvolvidas para o MAX,
vamos estender nossa liderança",
disse Jim Albaugh, presidente e
CEO da Boeing Commercial
Airplanes. "Incorporando essa
tecnologia avançada na sua
concepção, o 737 MAX vai dar aos
nossos clientes ainda mais
vantagem no ambiente volátil de
hoje do preço dos combustíveis",
completa Albaugh.
Comparado com a tecnologia de
hoje da asa, que fornece até 4% de
vantagem na queima de
combustível a longas distâncias, o
novo winglet proporciona uma
melhoria da queima total de
combustível de até 5,5% nas
mesmas rotas longas.
"O conceito é mais eficiente do
que qualquer outro dispositivo de
asa no mercado de aviões de
corredor único, porque o aumento
da extensão efetiva da asa é
exclusivamente equilibrada entre
as partes superior e inferior do
winglet", disse Michael Teal,
engenheiro chefe do projeto 737
MAX.
Os engenheiros de aerodinâmica
da Boeing utilizaram avançados
fluídos de dinâmica computacional
para combinar atecnologia de
ponta com um duplo conceito de
winglet em um tratamento
avançado para as asas do 737
MAX. O tecnologia avançada do
winglet se encaixa dentro das
restrições atuais nos aeroportos,
proporcionando espaço mais eficaz
e reduzindo o arrasto. Os testes em
túnel de vento do 737 MAX
validarão o novo conceito no
avião.
O projeto do novo winglet foi
incorporado ao projeto do 737
MAX e aos planos do sistema de
produção. "Nós avaliamos o risco
e entendemos como tirar proveito
desta nova tecnologia no MAX
dentro de nossa programação
atual", disse Teal. "Isso nos coloca
no caminho certo para entregar
substanciais economias de
combustível adicionais para nossos
clientes em 2017", completou o
executivo.
Segundo a Boeing, as companhias
aéreas que operarem o 737 MAX
agora ganharão uma economia de
18% no consumo de combustível
em relação ao A320 atual.
Dependendo da rota, os operadores
do 737 MAX terão ainda mais
economias.
"Adicionar o winglet com
tecnologia avança ao 737 MAX dá
consistência ao nosso desempenho
demonstrado na entrega de valor
cada vez maior aos nossos clientes,
em tempo, ao longo da vida do
programa 737", disse Beverly
Wyse, vice-presidente e gerente
geral do programa 737.
Até hoje, a Boeing registra mais de
1.000 pedidos e compromissos de
16 clientes no mundo inteiro para o
737 MAX.
A
10 | Info Aviação | Maio de 2012
Voos de helicópteros são alvos de protesto
erca de cem pessoas
participaram, na Lagoa, de
um protesto contra o
excesso de voos de helicópteros na
cidade. Organizada por 20
associações de moradores, a
manifestação teve como principal
objetivo chamar a atenção do
poder público para a necessidade
de uma maior fiscalização.
Os manifestantes fizeram circular
um abaixo-assinado. Eles planejam
enviar cópias ao Ministério do
Meio Ambiente, ao Ministério
Público estadual e à Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac),
entre outros órgãos. No
documento, é pedida a proibição
de voos turísticos nas
proximidades do Cristo Redentor e
do Pão de Açúcar e a
regulamentação das rotas e da
altitude das aeronaves. Antes do
protesto, cerca de 1.500 pessoas já
haviam assinado a revindicação.
— O barulho dos helicópteros tira
o sossego nas áreas urbanas e afeta
os animais da Floresta da Tijuca,
um parque nacional com
características únicas no mundo.
Vamos ter a a Rio+20 e
convivemos com essa vergonha —
disse a jornalista Liana Fortes,
moradora do Jardim Botânico.
Além das decolagens do heliponto
da Lagoa, os voos que partem do
Mirante Dona Marta e do Pão de
Açúcar foram alvos de críticas. —
Os helicópteros dão rasantes sobre
a comunidade. Quando isso
acontece, as casas tremem e os
sinais de TV desaparecem —
afirmou o presidente da
Associação de Moradores do Santa
Marta, José Mário Hilário dos
Santos.
Durante a manifestação, o
heliponto da Lagoa permaneceu
fechado. A empresa Helisul,
concessionária do terminal de
passageiros do local, não quis fazer
comentários sobre o protesto de.
C
11 | Info Aviação | Maio de 2012
Helicópteros: entidade defende mais organização
Associação de pilotos diz que número de voos na cidade aumentou muito e novas regras no espaço aéreo são necessárias.
epois que 20 associações
de moradores da Zona Sul
se manifestaram contra a
grande quantidade de voos de
aeronaves na região, a Associação
Brasileira de Pilotos de
Helicóptero (Abraphe) reconheceu
que o espaço aéreo da cidade
precisa de novas regras. No
entanto, o diretor-regional da
instituição, comandante Gustavo
Ozolins, considera que impedir
decolagens no heliponto da Lagoa
seria um erro.
— A quantidade de voos de
helicópteros aumentou muito nos
últimos anos com o crescimento
econômico do país. Então, é
preciso atualizar as regras que
organizam o espaço aéreo. Afinal,
a cidade é uma megalópole com
potencial turístico enorme. O
visitante já chega querendo
desfrutar da nossa vista, que é
inigualável — disse Ozolins. O
piloto de helicóptero Vicente Paulo
Cardoso sugere mudanças das
rotas ou da altitude de voos.
— O helicóptero não pode ser
considerado um inimigo. Se um
piloto estiver voando baixo, a
população precisa anotar o prefixo
da aeronave e denunciá-lo à
Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac). É um movimento
perigoso para a segurança dos
passageiros e incômodo para os
moradores — afirmou Cardoso.
Associações de moradores
programaram para hoje uma
manifestação em frente ao
heliponto da Lagoa Rodrigo de
Freitas, cuja concessão de
exploração do terminal de
passageiros é da Helisul. Segundo
Luis Carlos Munhoz da Rocha, que
é representante da empresa e
diretor da agência de táxi aéreo
Helisight, a base tem importância
estratégica para a cidade.
— O heliponto tem ótima
localização, está próximo à rede
hoteleira e conta com estrutura
perfeita para funcionar. O
helicóptero decola sobre a água e
sai pelo Jardim de Alah, evitando o
voo sobre prédios. A base também
serve de apoio para aeroportos
quando a cidade recebe grande
eventos. Além disso, evita que
novos helipontos sejam
construídos. Enquanto o Rio tem
cerca de 20 pontos, São Paulo está
próximo de 300 — disse.
O representante da Helisul afirmou
que a empresa responde por cerca
de 35% do fluxo do heliponto, sem
precisar qual é o número total.
Rocha afirmou ainda que já
conversou com as associações de
moradores do Jardim Botânico e
do Humaitá e pretende instalar
sensores de ruídos em algumas
casas da região para monitorar o
barulho das aeronaves.
D
12 | Info Aviação | Maio de 2012
GOL é primeira brasileira a navegar baseada em performance
GOL é a primeira
companhia aérea brasileira
a utilizar o RNP-AR-
Approach (Performance de
Navegação Requerida), que reduz
o ruído, diminui o tempo de
viagem, economiza combustível e,
consequentemente, a emissão de
gases poluentes na atmosfera.
No dia 5 de maio, a companhia
realizou o voo de validação
operacional e obteve autorização
da ANAC (Agencia Nacional de
Aviação Civil) para operar
procedimentos RNP-AR-Approach
desenhados pelo DECEA
(Departamento de Controle do
Espaço Aéreo) no aeroporto Santos
Dumont, no Rio de Janeiro.
O projeto, de iniciativa do
DECEA, teve inicio em maio de
2011 com a contratação da GE
Aviation PBN Services pela GOL
para consultoria visando a
obtenção de autorização da ANAC
para operar procedimentos RNP-
AR-Approach. Durante o projeto a
GOL cedeu, por duas vezes, uma
aeronave e tripulantes para a
realização de voos-teste dos
procedimentos RNP-AR, que
resultou na homologação de duas
cabeceiras do aeroporto Santos
Dumont.
A Performance de Navegação
Requerida permite a otimização do
espaço aéreo por meio de
trajetórias mais precisas, sem
depender de sinais terrestres de
rádio-navegação. Essa precisão
torna possível o pouso em
condições meteorológicas que,
normalmente, poderiam obrigar
aeronaves a aguardar para pouso,
desviar para outros aeroportos, ou
mesmo a empresa a cancelar voos
antes da partida. A exatidão e
confiabilidade da RNP ajudam,
também, os controladores de
tráfego aéreo a diminuir os atrasos
dos voos e aliviar os
congestionamentos.
"Com o procedimento RNP-AR, o
comandante realiza uma trajetória
de aproximação mais precisa e
constante, diminuindo os mínimos
operacionais (teto) de 1.500 pés
para 300 pés. Isso proporciona
melhor condição para a
visualização da pista, o que garante
um pouso ainda mais seguro e
confortável", explica Adalberto
Bogsan, vice-presidente técnico da
GOL.
A
13 | Info Aviação | Maio de 2012
Indra testa seu helicóptero não tripulado ‘Pelicano’ na Espanha
novo VANTS (veículo
aéreo não tripulado) da
Indra, o helicóptero
Pelicano, realizou um vôo de
demonstração no aeródromo de
Marugán, na província de Segóvia,
na Espanha. Este teste marca o
lançamento do novo sistema de
helicóptero não tripulado da Indra,
que está pronto para entrar em
operação. Os vôos ocorreram
dentro do UNVEX´12 Conferência
e Exposição, a cúpula espanhola de
sistemas não-tripulados, cuja
segunda edição ocorreu na semana
passada em Madri.
A Indra apresentou a sua família
de soluções não tripuladas que
inclui o mini VANTS Mantis Mini,
a última versão de VANTS de asa
rotativa Pelicano e os
equipamentos de comunicação, o
transponder IFF (identificação
amigo ou inimigo) e o terminal de
vídeo remoto para o programa
Atlante, que desenvolve em
conjunto com a empresa Cassidian.
Durante o curso da exibição de
vôo, o Pelicano completou a
missão previamente estabelecida
de forma completamente
autônoma, desde a descolagem à
aterrisagem. O helicóptero enviou
em tempo real a uma estação
terrestre e às telas de
monitoramento instaladas pelos
organizadores do UNVEX´12 as
imagens obtidas pela carga útil,
neste caso um sistema eletro optico
de última geração desenvolvido
pela empresa.
Dadas as condições climáticas
difíceis no aeródromo Marugán ao
longo todo o dia, o sistema
PELICANO, apto para seu empego
tempo a qualquer momento, foi um
dos dois únicos sistemas que
puderam decolar e fazer a exibição
programada com total
normalidade.
Pronto para navios
A capacidade de pouso e
decolagem vertical e a pequena
estrutura do Pelicano, o torna a
solução ideal para infraestruturas
petroleiras e alto mar e um apoio
indispensável em operações
navais, vigilância de controle de
tráfego, controle de fronteiras
marítimas na luta contra atividades
ilegais de imigração, tráfico de
drogas, tráfico de armas, pirataria,
resgate, vigilância dos jogos
esportivos, missões de inteligência
como gestão de emergências –
desastres naturais ou ambientais –
e o reconhecimento de grandes
áreas.
Durante a UNVEX´12 a Indra
apresentou a configuração final do
Sistema Pelicano, incluindo a
aeronave em sua versão naval,
preparada para operar a partir de
convés de vôo de navios da
Marinha, como fragatas de
patrulha BAM ou F80 ou F100-
série ou da patrulha da Guarda
Civil.
O Sistema Pelicano é capaz de
operar por mais de 6 horas
equipado com carga útil para
missões de inteligência, vigilância
e controle de pirataria, como
atualmente é feito pelos navios da
União Europeia enviados à costa
da Somália.
Entre as modificações feitas na
configuração naval é destaque a
integração de um motor de
combustível pesado, em
conformidade com um requisito na
O
14 | Info Aviação | Maio de 2012
maior parte das Armadas por
razões de segurança e logística. A
Indra também desenvolveu um
sistema específico para permitir a
aproximaão e a aterrizagem
totalmente automáticodo
helicóptero para o convés de um
navio, com a máxima segurança,
mesmo nas piores condições
meteorológicas.
O sistema Pelicano é o único de
suas características projetado,
desde o início, para uso naval e
demonstra a alta capacitação
tecnologica da Indra neste campo.
Além das aeronaves, a Indra
apresentou na UNVEX´12 a
estação terrestre do Sistema
Pelicano, com três postos de piloto
e operadores de carga útil e
instalado em um conteiner padrão
militar para facilitar a sua
implantação. A estação de terra
pode controlar duas aeronaves
simultaneamente e está equipada
com os últimos avanços em
tratamento de imagem e ergonomia
para facilitar a realização de
missões de longa duração e a plena
exploração da informação.
O sistema Pelicano, na versão
terrestre, pode ser transportado em
um veículo 4×4 e implantado em
menos de meia hora. Ele é capaz
de atender às necessidades
operacionais de um Sistema Aéreo
Não Tripulado tático de curto
alcance (até 150 km da estação de
controle) e realizar missões de
patrulha para ptoteção de forças
terrestres.
A Indra também lançou uma
versão simplificada do sistema,
equipado com cargas úteis diversas
e adaptadas às necessidades de uso
das forças políciais e dos corpos de
emergência para missões de
vigilância, gestão de emergência e
buscas de sobreviventes. As
diferentes versões do sistema
Pelicano estarão prontas para a sua
progressiva entrada em serviço ao
longo de 2012.
15 | Info Aviação | Maio de 2012
Sala VIP da American no Rio é a melhor da América Latina
Admirals Club, Sala Vip
da American Airlines no
aeroporto do Galeão, no
Rio de Janeiro, é o vencedor do
prêmio regional da edição de 2012
de lounge do ano, da América
Latina e Caribe, promovido pelo
Priority Pass, o maior programa
para acesso em lounges de
aeroportos do mundo. No ano
passado, o espaço já havia sido
agraciado com o prêmio Priority
Pass Highly Commended.
Os associados do Priority Pass são
viajantes internacionais frequentes,
com extensa experiência em
lounges de aeroportos, e, deste
modo, possuem uma abordagem
mais exigente.
Jonathan French, diretor de marcas
da Priority Pass, parabenizou o
Admirals Club do aeroporto do
Galeão por oferecer uma extensão
quase perfeita de um ambiente de
escritório, em um aeroporto. "A
comodidade e a qualidade das
instalações oferecidas pelo clube
foram amplamente apreciadas
pelos nossos membros e temos
orgulho de oferecer esta facilidade
como destaque na carteira do
Priority Pass", disse French.
Para Jim Moses, presidente do
American Airlines Admirals Club,
é uma grande honra o lounge
carioca ter sido selecionados pelo
Priority Pass na América Latina e
Caribe. "Esta distinção representa
um reconhecimento para os nossos
colaboradores do clube do Rio, que
continuamente vão além dos seus
deveres regulares para oferecer um
serviço exemplar ao cliente.
Estamos contentes com os esforços
da American Airlines em manter o
compromisso de proporcionar uma
experiência diferenciada ao
passageiro, com produtos e
serviços de classe mundial",
afirmou Moises.
O
16 | Info Aviação | Maio de 2012
NBAA conhece novas regras para pouso no Brasil
Brasil e as novas regras
para pouso e entrada no
território nacional
estiveram em pauta durante a
NBAA Annual International
Operators Conference (IOC), em
San Diego (EUA) no mês passado.
Robson Saldanha, coordenador do
Flight Center da Swissport no
Brasil, apresentou os novos
procedimentos e explicou ao
público como funciona o sistema
de autorizações de pouso e
overflight criado pela ANAC
(Agência Nacional de Aviação
Civil). Tudo é feito online.
A NBAA (National Business
Aviation Association) é a mais
importante entidade do mundo
para aviação executiva.
De acordo com Ubiratan Lago,
gerente de novos negócios da
empresa, que também esteve em
San Diego, o evento foi também
uma boa oportunidade para falar
do sucesso do Flight Center e de
como o serviço pode orientar as
pessoas interessadas em voar para
o país.
"Percebemos que falta informação
para a aviação executiva e isso vai
aumentar cada vez mais com o
Brasil ganhando visibilidade no
cenário econômico mundial e com
os grandes eventos de 2014 e
2016", diz Ubiratan.
Segundo o executivo, as pessoas
querem saber onde podem pousar e
quando, as lounges disponíveis, o
transporte terrestre, precisam ainda
de reservas de hotel, de carro e
toda assistência para passageiros e
tripulantes. "Cuidamos de tudo
isso", Ubiratan.
No Brasil, o Flight Center
começou a funcionar com apenas
uma pessoa e hoje já conta com
um time de oito, com atendimento
24 horas todos os dias da semana.
A equipe oferece suporte para
pousos e decolagens, limpeza e
lavagem de aeronaves, cuida de
reservas de hotel, transporte
terrestre, entre outros serviços, e
ainda auxilia no briefing da
tripulação.
Fora do Brasil, a Swissport já
conta com uma área voltada para a
aviação executiva, a Swissport
Executive Aviation, com sede em
Zurique, na Suíça, e capacitada a
oferecer tudo que simplifica a
rotina de passageiros e de
tripulantes, recepção de
passageiros e tripulantes,
transporte da aeronave ao terminal,
transporte de bagagem até os
veículos, passando pela imigração,
catering, reabastecimento e
serviços de segurança. Atualmente,
a Swissport Executive Aviation
atua em 188 aeroportos, em 37
países, fazendo o handling de mais
de 2 milhões de aeronaves por ano.
O
17 | Info Aviação | Maio de 2012
18 | Info Aviação | Maio de 2012
Azul lança academia para formar profissionais da aviação
m mais um exemplo de
inovação e compromisso
com a melhoria e o
desenvolvimento do setor aéreo
brasileiro, a Azul lançou, dia 9 de
maio, a ASA, Academia de
Serviços Azul, a qual nasce para
oferecer ao público formação e
profissionalização em diversas
áreas da aviação com condições de
pagamento facilitadas e inéditas
que visam acelerar a formação e
antecipar a entrada de novos
profissionais no mercado de
trabalho. Com isso, a Azul torna-se
a única companhia aérea a oferecer
esse tipo de formação para o
público geral no Brasil.
Os primeiros dois programas da
academia são voltados para pilotos
e comissários e devem ter início,
respectivamente, em 25 de junho e
10 de julho. A primeira turma de
comissários terá 25 alunos e a de
pilotos 20. As inscrições deverão
ser feitas entre os dias 9 e 20 de
maio, no site da Azul, no link da
ASA. Lembrando que, no caso dos
comissários, as inscrições ficarão
abertas até o dia 20 ou até
completar 400 inscritos, e no de
pilotos, até completar 200
inscritos.
"Desde o início da Azul, sempre
quis fazer algo para facilitar o
acesso e acelerar o processo de
formação de profissionais de
aviação no Brasil, pois sempre vi
esta questão como uma
oportunidade a ser explorada num
mercado com condições limitantes
para a entrada de novos alunos,
que muitas vezes não têm como
pagar por esses estudos e acabam
desistindo do curso ou vão fazendo
aos poucos. Essa aprendizagem
fracionada contribui para que a
oferta desses profissionais não
acompanhe a demanda que o
crescimento do setor exige, e isso,
é claro, não é bom para o
desenvolvimento da aviação
brasileira", conta David Neeleman,
fundador da Azul.
O Programa de Formação de
Pilotos, por meio da parceria com
a EJ Escola de Aviação Civil,
prepara o candidato do zero em
apenas 10 meses com aulas
teóricas e práticas ministradas pela
EJ Escola de Aviação Civil em
período integral, de segunda a
sexta, em Itápolis, interior de São
Paulo. "O objetivo da EJ é
proporcionar aos alunos uma
formação direcionada com
qualidade, eficiência e menor
custo", afirma o Cmte. Edmir
Gonçalves, diretor da EJ.
O grande diferencial e vantagem
deste programa é que parte do
E
19 | Info Aviação | Maio de 2012
curso pode ser financiada em até
60 meses por meio de uma linha de
crédito criada especialmente para
isso pelo Santander, o que
possibilitará o acesso à formação
de pessoas que antes não
conseguiam pagar por essa parte
do ensino. Além da possibilidade
de financiar a parte mais cara do
curso, que custa em média R$ 80
mil, o aluno da Academia de
Serviços Azul terá uma taxa de
juros extremamente competitiva e
diferenciada no mercado: a partir
de 1,89% a.m. Para amortizar o
valor, o curso foi divido em três
módulos para serem financiados.
Assim, o aluno contrata o
financiamento por módulos.
"A assinatura de mais essa parceria
é muito importante para o
Santander. Acreditamos que por
meio dela, vamos estimular a
formação de mão de obra
qualificada para um setor com
elevada demanda e que não para de
crescer. Desta forma, contribuímos
para o desenvolvimento de uma
área extremamente estratégica para
a economia brasileira", afirma
André Novaes, superintendente
executivo do Santander
Financiamentos.
Os interessados precisam ter 18
anos completos, concluído o
Ensino Médio e ter Inglês
intermediário. Para ingressar no
programa, o candidato deve se
cadastrar no site site da Azul e
clicar na opção ASA. Os cadastros
serão triados e os selecionados
precisarão participar de um
processo seletivo no qual farão
provas de Português, Matemática,
Geografia, Inglês e testes
psicológicos, que incluem
avaliação comportamental com
atividades dirigidas.
Se aprovado, o candidato fará uma
avaliação médica e, se tudo estiver
certo, poderá ingressar no curso
teórico ministrado pela EJ com
duração de seis semanas. Ao final,
o aluno fará uma prova de
verificação exigida pela ANAC
(Agência Nacional de Aviação
Civil) e, na sequência, uma prova
de habilidade motora. Ambas são
eliminatórias e definirão a
continuidade do aluno no
programa para cursar as demais
etapas, com duração de oito meses
e que pode ser em sua maior parte
financiada. A EJ oferece, ainda,
opção de alojamento na escola
para os alunos que desejarem por
R$ 20,00 por dia, valor que pode
ser acrescentado ao módulo
financiado pelo aluno.
"Além de estruturarmos um
programa que permita uma
formação de qualidade com a
possibilidade de financiamento de
parte do curso, todos os alunos da
Academia de Serviços Azul
poderão participar do processo
seletivo da Azul para concorrerem
a oportunidades de emprego na
companhia", conta John Daly,
diretor da UniAzul, universidade
corporativa da empresa
responsável pela coordenação da
ASA.
A outra formação da academia é o
Curso de Comissários. Ministrado
pela UniAzul, surge com dois
grandes diferenciais em relação ao
mercado: o custo e a inclusão de
grande parte das despesas
adicionais para a formação de um
comissário (uniforme, material
didático, treinamentos práticos e
exame de verificação da ANAC)
no valor do curso. Para ser um
comissário, os alunos investirão a
quantia de R$ 2 mil, que poderá
ser parcelada em até 10 vezes sem
juros.
"Trata-se do curso mais barato do
mercado, cerca de 20% a menos do
que a média hoje praticada, com
uma relação custo-benefício
extremamente vantajosa para o
aluno, pois além de já estar incluso
neste valor grande parte das
despesas comumente cobradas
separadamente, a grade se destaca
por conter matérias
extracurriculares e treinamentos
práticos na selva e no mar",
esclarece Carla Cruz, gerente da
UniAzul.
No caso do Curso de Comissários,
não é dada a possibilidade de
financiamento por meio do
Santander por conta de seu baixo
custo e grande facilidade de
pagamento. Ele tem quatro meses
de duração com aulas de segunda a
quinta durante três horas na sede
da UniAzul, em Barueri-SP.
Os pré-requisitos para cursá-lo são:
ter 18 anos e Ensino Médio
completo. Para se inscrever é só
entrar no site da Azul no link do
ASA, se cadastrar e passar por um
processo seletivo realizado pela
companhia, com provas específicas
de Português, Matemática,
Geografia, testes psicológicos e
avaliação comportamental com
atividades dirigidas. Após a
conclusão do curso e aprovação na
banca da ANAC, o candidato
também poderá participar no
processo seletivo da Azul para
concorrer a possíveis vagas para
trabalhar na companhia.
20 | Info Aviação | Maio de 2012
Gol quer economia até no gelo a bordo
oos na ponte aérea com 1
minuto a menos e
economia de 1% de
combustível. Turbinas
desenvolvidas em parceria com a
fabricante para queimar menos 2%
de querosene de aviação. Criação
de novas bases de tripulantes para
gastar menos com estadias. Estudo
de todos os componentes de um
avião, como assentos mais leves e
até o peso ideal do saco de gelo.
Esses são alguns dos esforços da
Gol Linhas Aéreas para aumentar a
rentabilidade de sua operação.
A estratégia de redução de custos,
presente no dia a dia das empresas
aéreas, ganhou ainda mais
relevância na Gol. Isso aconteceu
após ela ter registrado o segundo
maior prejuízo de sua história, de
R$ 751 milhões em 2011. No
primeiro trimestre deste ano, nova
perda, de R$ 41, 4 milhões.
Em frente a esse cenário, a Gol
está se adequando a um novo
tamanho. A empresa já teve de
dispensar 300 tripulantes de
janeiro a março, após reduzir em
cerca de 10% sua malha de voos
domésticos. A companhia também
divulgou que vai reduzir sua frota
em relação ao patamar de 2011,
quando encerrou o ano com 150
aviões. Até 2013, serão menos 14
aeronaves, incluindo a Webjet,
adquirida em julho do ano passado.
Em 2012, a Gol deve permanecer
com o mesmo patamar de
participação de mercado, de 34%.
A empresa vai reduzir em até 2%
sua oferta.
Em 90 dias, todos os 31 pares de
voos diários da ponte aérea da Gol,
considerando-se ida e volta, ou um
a cada 30 minutos, serão operados
por meio de um novo sistema de
aproximação no Aeroporto Santos
Dumont. A novidade reduz em 1
minuto o tempo de viagem e
economiza 1% de combustível.
"Pode não parecer, mas 1% é uma
grande parcela de economia, que
nos dá um diferencial
competitivo", afirma o diretor de
operações da Gol, Pedro Rodrigo
Scorza,.
De acordo com ele, essa
economia será possível por
meio da utilização de uma
tecnologia de GPS nas
aeronaves, homologada
recentemente pela Agência
Nacional de Aviação Civil
(Anac), a navegação
baseada em performance.
Essa nova tecnologia, com
performance dos cálculos
de rotas melhorada, permite ao
piloto o traçado de trilhas mais
estreitas e precisas, otimizando o
espaço aéreo. O avião pode passar
com mais segurança e exatidão
entre os morros do Rio de Janeiro,
cortando caminho.
Além disso, quando os aviões
estão se aproximando do Santos
Dumont, voam mais baixo.
Segundo Scorza, é nesse momento
que os pilotos acionam a marcha
lenta, que economiza mais
combustível. E essa tecnologia
permite que os aviões permaneçam
mais tempo com os motores nessas
condições.
O prazo de 90 dias para a Gol
operar todos os voos da ponte
aérea com a nova tecnologia
também será o tempo necessário
para comandantes e copilotos
estarem habilitados a pousar no
Santos Dumont com essa nova
aproximação. Voos vindos de
outras cidades também serão
beneficiados.
São 120 comandantes e 120
copilotos especializados em pousar
ou decolar do Santos Dumont. A
rota para o aeroporto carioca
requer um treinamento especial. E
os pilotos que vão operar nesse
novo sistema de aproximação
também precisam de uma espécie
de carteira de habilitação
específica.
A Gol criou duas novas bases de
tripulantes, além de São Paulo. Em
março foi criada a base do Rio de
Janeiro. Em abril, foi a vez de
Porto Alegre. Isso foi feito para
acomodar os tripulantes que
moram em outras cidades, pois a
Gol tinha de pagar hospedagem
para eles, além de outros custos
fixos. "Mais de 50% de nossa
tripulação mora fora de São
Paulo", diz Scorza.
Nos próximos seis meses, os
resultados da criação dessas bases
serão estudados. Dependendo do
nível de economia, a Gol poderá
abrir uma quarta base. Fontes do
setor dizem que a TAM também
esta abrindo novas bases, mas a
companhia não se pronunciou.
V
21 | Info Aviação | Maio de 2012
Cessna lança o Citation Longitude
Jato intercontinental super-médio levará até 10 passageiros e tem alcance de 7.408 km
Cessna Aircraft Company,
representada no Brasil pela
TAM Aviação Executiva,
lançou, durante a EBACE 2012
(European Business Aviation
Convention & Exhibition), que
decorre em Genebra, na Suíça, o
Longitude, o mais novo jato da
família Citation. Trata-se de uma
aeronave intercontinental e que
ficará posicionada no segmento
acima do Citation Ten. Com um
alcance de 7.408 km (4000 nm), o
Longitude será capaz de realizar,
por exemplo, voos diretos entre
São Paulo e Miami, ou Nova
Iorque e Paris, com conforto, alta
tecnologia e a segurança de um
Cessna.
Com uma cabine de 9,4 metros de
comprimento, chão plano sem
ressaltos e que permite ficar
totalmente de pé entre os assentos,
o Longitude pode levar dois
tripulantes e até dez passageiros
que, graças a uma ligação especial
com o compartimento traseiro,
podem acessar a sua bagagem a
qualquer momento, durante o voo.
A alta tecnologia do Citation
Longitude também oferece painéis
touch-screen para cada assento
com controles para iluminação da
cabine, luminosidade da janela,
temperatura, áudio, mapas e
vídeos. Além disso, possui TV por
satélite, Blu-Ray player e conexão
Wi-fi para dispositivos móveis.
Para Leonardo Fiuza, diretor
Comercial da TAM Aviação
Executiva, o Citation Longitude
veio atender um pedido cada vez
maior do mercado: "O cliente
Cessna quer continuar na marca
após o Sovereign, o Citation X e o
Citation Ten. Nada melhor que
uma aeronave com a performance
intercontinental e conforto com
tecnologia de conexão total, de
modo a poder aproveitar da forma
mais eficiente possível as horas
que passa dentro da aeronave".
A
22 | Info Aviação | Maio de 2012
Aéreas reduzem rotas de cidades menores
Anac diz que mercado de aviação é livre e que um dos critérios é ter rentabilidade nos trechos
s companhias aéreas estão
deixando de atender a
cidades de pequeno e
médio portes, reduzindo ainda
mais as opções dos passageiros. A
Gol cancelou voos noturnos para
diversos destinos, e a TAM parou
de voar para Petrolina
(Pernambuco) em abril e neste mês
reduziu as frequências entre
Manaus e Porto Velho. A
companhia também não faz mais a
rota entre Cabo Frio e
Comandatuba.
Reportagem publicada pelo
GLOBO mostrou que os usuários
do transporte aéreo no Brasil estão
cada vez mais nas mãos das
companhias aéreas, que pecam
com frequência na qualidade do
serviço, por falta de uma
fiscalização mais efetiva da
Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac).
O corte se soma à falta de opção de
voos para algumas cidades. Para ir
do Rio a Porto Seguro, por
exemplo, o passageiro tem apenas
duas opções, segundo a Anac: ir
pela Gol, saindo do Galeão, ou
pela regional Trip, partindo do
Santos Dumont.
A Gol argumenta que não parou de
operar nenhum destino, apenas
reduziu o número de frequências.
Já a TAM disse que os clientes de
Petrolina continuam sendo
assistidos por voos operados em
parceria com a Trip e que o trecho
entre Porto Velho e Manaus é
assistido por outros voos da
empresa.
A Anac argumentou que o
mercado de aviação civil brasileiro
é livre e, por isso, as empresas
podem voar para qualquer destino.
Do mesmo modo, têm liberdade
para suspender as operações. O
critério é rentabilidade da rota.
“O principal fator que justifica a
existência de uma determinada rota
é a existência de demanda que
sustente a operação para
atendimento àquela determinada
localidade. Em se tornando
inviável uma determinada
operação, é facultado à empresa
aérea operadora descontinuar
aquela rota”, diz a nota da Anac.
Para o ex-dirigente da Anac
Alexandre de Barros, cabe ao
poder público atuar, no sentido de
determinar se a rota abandonada é
essencial, e tomar medidas para
garantir a continuidade do serviço,
via subsídio:
— Mas essa prática deve ser
aplicada com cuidado. No passado,
programas pouco transparentes de
subsídios canalizaram grande
quantidade de recursos públicos
para rotas que não eram essenciais.
A
23 | Info Aviação | Maio de 2012
Passageiros reféns das aéreas
Falhas na fiscalização da Anac tornam rotina de aeroportos um inferno
trasos nos voos, falta de
informação aos
passageiros, passagens
caras para os padrões
internacionais e multas salgadas na
remarcação dos bilhetes fazem
parte da rotina dos aeroportos. Sem
uma fiscalização eficiente da
Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), os passageiros estão
cada vez mais reféns das
companhias aéreas. Essa realidade
se traduz nas milhares de queixas
encaminhadas aos Juizados
Especiais nos seis aeroportos mais
movimentados do país. Em 2011,
essas Varas receberam 25.117
reclamações e apenas 15,8% foram
solucionadas.
Como faltam representantes das
empresas nos terminais para
deliberar sobre indenização, as
queixas são empurradas para a
Justiça comum. Além das
deficiências no serviço, como a
falta de informação ao usuário
quando há atraso — uma das
principais queixas aos Juizados —,
os passageiros reclamam dos
valores das passagens, acima das
tarifas internacionais.
Segundo o juiz Ricardo Chimenti,
da Corregedoria Nacional de
Justiça, há todo tipo de queixa nos
Juizados Especiais que atuam nos
aeroportos. Desde multas cobradas
para remarcar voos a extravio e
furtos de bagagem. Chimenti diz
que o número de queixas é
significativo, quando se considera
que essas Varas só recebem esses
tipos de causas. Ele destaca que
uma fiscalização mais rigorosa por
parte da Anac poderia gerar menos
processos, pois a maioria é contra
as aéreas:
— Se houvesse fiscalização mais
firme, o serviço não falharia tanto,
e os Juizados não seriam tão
acionados. José Carlos de Oliveira,
especialista em direito
administrativo da Unesp, de
Franca, aponta que a falta de
concorrência se reflete em preços
elevados.
— O mercado livre é o ideal para o
desenvolvimento do setor, mas no
Brasil não dá certo, resultando em
problemas de atendimento,
desrespeito ao consumidor e
ineficiência das companhias —
afirma.
No Galeão, um funcionário do
Tribunal de Justiça do Rio, que
acompanha os processos abertos
por passageiros no aeroporto, faz
duras críticas à Anac:
— Fazemos tudo sozinhos para
melhorar a vida dos passageiros.
Nós procuramos o departamento
jurídico das companhias para
tentar acordo. A Anac podia ajudar
e entrar no circuito. Parece que
vivem em outro mundo.
Agência não pode intervir no
mercado
Jorge Eduardo Leal Medeiros,
professor da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo (USP),
diz ainda que é preciso melhorar a
estrutura aeroportuária e estimular
a concorrência, com a aviação
regional:
— Hoje a questão é como sustentar
os aeroportos menores. É preciso
que o governo, por meio da Anac,
faça um plano de investimento.
Sérgio Guerra, vice-diretor da
FGV Direito Rio, lamenta não
haver mais a preocupação com a
universalização dos serviços
aeroportuários no país.
— Antes da criação da Anac, que
liberou o setor, um dos objetivos
do cálculo de reajuste das tarifas
A
24 | Info Aviação | Maio de 2012
era ampliar o serviço no Brasil.
Mas não mais. Com o mercado na
mão de duas empresas, não houve
redução forte dos preços. E, como
as companhias operam as rotas
economicamente viáveis, o
consumidor é punido — afirma
Guerra.
A Anac argumenta que os preços
são livres no Brasil e, por isso, não
pode intervir no mercado. E
ressalta que as companhias adotam
um sistema de gerenciamento de
receitas que permite preços
distintos em um mesmo voo,
dependendo da antecedência com
que a compra foi feita.
O presidente do Sindicato
Nacional das Empresas Aéreas
(Snea), José Márcio Mollo,
reconhece as falhas. Ele próprio foi
vítima da falta de informação por
parte das empresas. Mollo
aguardava um avião que vinha de
Manaus e chegaria com atraso,
mas o atendente não soube
informar o horário previsto.
— Como, se o avião já estava
voando? A não ser que ele fosse
dar voltinhas — ironiza Mollo,
admitindo que as equipes que
trabalham nos aeroportos precisam
ser mais bem treinadas.
Segundo ele, a fiscalização
brasileira sobre as companhias é
mais rigorosa que em outros
países, principalmente em relação
à assistência ao passageiro em caso
de problema com o voo. Com duas
horas de atraso, as empresas são
obrigadas a oferecer alimentação e
mais de quatro, hospedagem,
independentemente do motivo do
atraso. Isso não existe lá fora,
destaca Mollo. Alexandre de
Barros, ex-dirigente da Anac e
hoje professor da universidade
canadense de Calgary, diz que nos
EUA e no Canadá não se fiscaliza
horário.
Em SP, burocracia para cobrar
direitos
Uma das críticas à Anac é a
desativação de escritórios
regionais e postos de atendimento
nos aeroportos. Hoje há apenas três
(Rio, São Paulo e Brasília), mas o
atendente apenas registra a queixa,
que resulta na abertura de processo
contra a empresa. Em Brasília, o
cardiologista Vitorino Cence conta
já ter tido vários aborrecimentos,
mas que prefere resolver o
problema direto com a companhia.
Ele considera a infraestrutura do
terminal ruim:
— Os banheiros, o
estacionamento. A infraestrutura
precisa melhorar.
No Galeão, o Tribunal de Justiça
está sempre cheio. Os passageiros
aproveitam a sua boa localização,
no embarque do Terminal 1, para
reclamar das companhias aéreas —
o escritório da Anac fica no
subsolo do Terminal 2. Como a
aposentada Mary Machado Franco,
cujo voo de São Paulo para o Rio
foi remarcado de quarta para
quinta-feira.
— Para piorar, na quinta-feira o
voo ainda atrasou. A empresa não
deu acomodação nem almoço. Por
isso, decidi abrir um processo —
conta sua filha, a enfermeira
Monique Machado Franco.
Em Guarulhos, os passageiros
criticam a burocracia para registrar
reclamações no escritório da Anac.
O casal de designers Hiroshi
Homma e Simone Jung, ao chegar
do Peru, constatou uma rachadura
em uma das malas.
— Fomos ao guichê registrar a
reclamação e eles não aceitaram
porque, segundo disseram, a
rachadura não compromete a
segurança da mala. No escritório
da Anac, não conseguimos
formalizar a reclamação, pois era
preciso um número de protocolo.
Demorou tanto que desistimos —
queixa-se Homma.
Fontes ligadas à Anac admitem
que é preciso focar mais na
fiscalização, devido à demanda
maior. A agência pretende criar
representação regional nas
principais capitais do país e
reforçar seus quadro em pelo
menos mais 40%.
A Gol diz que oferece tarifas
competitivas e que é possível
comprar um bilhete na ponte aérea
Rio-São Paulo a partir de R$
97,90, se for adquirido com 28 dias
de antecedência. A TAM não quis
comentar valores.
25 | Info Aviação | Maio de 2012
26 | Info Aviação | Maio de 2012
Secretário de Defesa dos EUA restringe voos dos caças F-22
nsatisfeito com o tratamento
dado pela Força Aérea aos
longos e latentes problemas
com o sistema de oxigênio do
avião de combate mais caro da
história, o secretário de Defesa,
Leon Panetta, ordenou restrições
nos voos dos F-22 e disse para a
Força Aérea acelerar seus esforços
para prevenir os pilotos do Raptor
de colocar a vida em risco com
hipoxia em voo.
Numa coletiva hoje, o porta-voz
George Little, disse que Panetta
ordenou que a Força Aérea
“acelerarasse” a instalação de um
sistema de backup que
automaticamente forneça oxigênio
para um piloto, se houver um
problema com o sistema primário.
O F-22 tem um sistema de backup,
mas o piloto deve ligá-lo. Quando
eles estão sofrendo de hipóxia, os
pilotos acham que é muito difícil
pensar e agir, ou seja, um sistema
de backup manual não pode ser de
muita utilidade.
O secretário também restringiu os
voos dos Raptor para que sejam
realizados perto de seus
aeródromos, para que os pilotos
possam pousar rapidamente caso
eles tenham problemas com seu
sistema de oxigênio. Little e o
capitão da Marinha John Kirby,
disse que Panetta não estabeleceu
um limite específico de quão longe
da base natal os Raptors poderiam
voar, deixando essa decisão para o
julgamento dos pilotos. Mas eles
disseram que a restrição vai
impedir que os F-22s continuem a
voar as missões de defesa aérea
nacionais, a partir de sua base no
Alasca. Outras aeronaves terão de
assumir essas missões, eles
disseram.
Panetta disse também que a Força
Aérea relate a ele regularmente
sobre o progresso em corrigir o
problema com o sistema de
oxigênio do F-22, que causou pelo
menos um acidente fatal.
Um crítico de longa data dos
custos da F-22 e dos problemas de
desenvolvimento, Winslow
Wheeler, não ficou impressionado
com as ações de Panetta.
“As restrições não encerram os
vôos e continuam a expor os
pilotos a possibilidade de que o
problema ‘hipoxia’ não seja apenas
a privação de oxigênio. Toxinas
desconhecidos pode ser algo que
esteja afetando os pilotos e equipes
de terra. Numa entrevista ao
programa “60 Minutes” com dois
pilotos e outras informações
posteriormente disponibilizadas,
deixaram claro que não pode ser
apenas um problema de oxigênio.
Até a natureza real do problema
ser descoberta, os pilotos e as
tripulação de terra permanecem em
risco. A justificativa para uma
manter grande parte da frota no
solo continua sendo clara”, disse
Wheeler, um especialista em
defesa do Projeto de Supervisão do
I
27 | Info Aviação | Maio de 2012
Governo (POGO).” Além disso, o
que fazem os F-22s implantados
no Golfo Pérsico? Esses pilotos
parecem também estar em risco e
as restrições de vôo não resolvem
sua situação.”
A fabricante do Raptor, a
Lockheed Martin, é o orgulho e
alegria da Força Aérea, embora
tenha sido afetada pela
controvérsia em todo o seu longo
processo de desenvolvimento e
curta experiência operacional. O
Raptor é o primeiro caça do mundo
de quinta geração, ostentando uma
baixa assinatura radar – ou stealth
– e pode voar a velocidades
supersônicas sem usar um pós-
combustor. O Raptor é apresentado
como capaz de detectar e matar
qualquer adversário antes que o
inimigo saiba que ele está
próximo.
Mas, como é comum com sistemas
de armas mais avançados, o seu
desenvolvimento e produção
precoce foram atolados em
problemas técnicos, atrasos de
cronograma e custos crescentes.
Seu preço escalado forçou o
Congresso a cortar a produção para
187, uma fração do que a Força
Aérea queria.
Embora a Força Aérea diga que o
“flyaway cost” de cada Raptor seja
de cerca de US$ 178 milhões, o
GAO coloca o preço unitário de
US$ 412 milhões. O programa
total custou mais de US$ 79
bilhões.
Embora esteja em operação desde
Dezembro de 2005, os Raptors
nunca foram enviadas para o
combate e a primeira unidade de F-
22 foi implantada na região do
Golfo Pérsico somente este ano.
O mais recente problema com os
Raptors surgiu dois anos atrás,
quando começaram a surgir
histórias sobre os pilotos sentirem
sintomas de hipóxia – falta de
oxigênio – durante o vôo. A
privação de oxigênio foi
confirmada como a causa de um
acidente fatal que matou o capitão
Jeff Haney no Alasca, em
novembro de 2010, embora a
investigação de acidentes da Força
Aérea tenha culpado o piloto por
não ativar seu sistema de oxigênio
de emergência antes de perder a
consciência.
Outros pilotos se queixaram de
dores de cabeça e outros sintomas
da carência de oxigênio, e a Força
Aérea suspendeu os voos de sua
frota de F-22 por quatro meses do
ano passado, mas retornou os voos
dos Raptors sem ter uma causa
determinada.
A questão tornou-se crítica quando
dois pilotos de Raptor da Guarda
Aérea Nacional da Virginia – o
major Jeremy Gordon e o Capitão
Josh Wilson – foram na rede de
TV CBS e participaram do
programa 60 Minutes, vestidos
com seus trajes de vôo, no dia 6 de
maio, para dizer que eles se
recusaram a voar o F-22 devido a
preocupações com a segurança do
caça.
Recusar-se a pilotar uma aeronave
pode ser motivo para retirar sua
licença para voar e forçar eles a
sair do serviço. Oficiais militares
que aparecem na televisão sem o
consentimento de sua cadeia de
comando para reclamar do seu
equipamento também podem ser
punidos. Mas a Força Aérea
rapidamente concedeu a Gordon e
Wilson com uma proteção aos
denunciantes devido a uma pressão
de membros do Congresso
Little e Kirby não diriam que
Panetta emitiu suas ordens, porque
ele estava insatisfeito com o
tratamento dado pela Força Aérea
ao problema de oxigênio do
Raptor, dizendo que ele agiu por
causa de sua preocupação com a
segurança dos pilotos.
Mas nenhum dos porta-vozes usou
a frase – “plena confiança” na
liderança da Força Aérea, que é
comum nesses casos.
Os dois porta-vozes não poderiam
colocar um tempo para que as
novas restrições sejam mantidas.
Kirby disse que a Força Aérea
informou que o teste do sistema de
backup automático de oxigênio foi
previsto para estar concluído em
novembro e as instalações devem
começar em dezembro, e serão
instalados em 10 aeronaves por
mês. O F-35 possui um sistema de
backup automático de oxigênio.
28 | Info Aviação | Maio de 2012
Novo caça indo-russo de quinta geração somente deve ser
certificado em 2019
Sete anos antes de sua conclusão prevista, o Ministério da Defesa (MoD) da Índia já anunciou um atraso de
dois anos na sua Aeronave de Caça de Quinta Geração (FGFA), que a Índia e a Rússia estão desenvolvendo
em conjunto.
Ministro da Defesa AK
Antony disse que o FGFA
iria ser integrado à Força
Aérea da Índia em 2017. Na
segunda-feira, seu vice, MM
Pallam Raju, disse ao Parlamento:
“O avião de quinta geração está
programado para ser certificado
em 2019, após o que a produção
em série vai começar.”
O FGFA é o carro-chefe da
parceria indo-russa. Ambos os
países afirmam que será o caça
mais avançado do mundo. Mas
entrevistas com os designers
indianos que supervisionam o
projeto sugerem uma inquietação
significativa. Há apreensão do
FGFA significativamente exceder
seu orçamento de US$ 6 bilhões,
porque este número reflete os
gastos com as aeronaves apenas
com o básico. Os sistemas
aviônicos cruciais custariam um
extra.
No lado positivo, os designers
indianos dizem que o projeto
FGFA proporcionaria uma valiosa
experiência em testes e certificação
de uma aeronave de caça pesado
que é maior e mais complexo do
que o avião de combate leve Tejas
(LCA), uma conquista que cria
uma base aeroespacial da Índia.
As forças aérea da Rússia e da
Índia pretendem adquirir cada uma
cerca de 250 FGFAs, a um custo
estimado de US$ 100 milhões por
caça. Que deve ser acrescentado
cerca de US$ 25 bilhões por cada
país para os custos do
desenvolvimento.
O precursor do FGFA já voou. Em
janeiro de 2010, a empresa russa
Sukhoi voou um protótipo de teste
chamado de PAK-FA, sigla de
Perspektivnyi Aviatsionnyi
Kompleks Frontovoi Aviatsy
(literalmente uma prospectiva
aeronave complexa de aviação de
linha de frente). Agora, a
Hindustan Aeronautics Limited
(HAL) fará parceria com a Sukhoi
para transformar o jato PAK-FA
num FGFA, que atenda as
exigências da Força Aérea Indiana
(IAF) em stealth (invisibilidade
perto de radares), super-cruzeiro
(velocidade supersônica de
cruzeiro), link de dados (em tempo
real as ligações digitais com outros
sistemas de batalha) e um radar
imbatível que supere o dos caças
inimigos.
O
29 | Info Aviação | Maio de 2012
Mas a Sukhoi insiste que o PAK-
FA já atende aos requisitos da
Rússia, disse NC Agarwal, chefe
de design da HAL, que liderou as
negociações do FGFA até sua
recente aposentadoria. A HAL está
preocupada que a Rússia poderia
pedir que a Índia pague um extra
para o desenvolvimento,
particularmente os aviônicos que
transformam uma simples máquina
de voar numa plataforma de armas
letais. Isso deixaria o orçamento de
US$ 6 bilhões em frangalhos.
A Força Aérea da Índia quer
claramente um FGFA que seja top
de linha. De acordo com Ashok
Nayak, que falou quando era
presidente da HAL antes de se
aposentar em outubro passado, a
Força Aérea da Índia tinha
especificado 40-45 melhorias que
devem ser feitas para o PAK-FA.
Estas foram formalizadas numa
lista acordada entre a Rússia e a
Índia, numa Atribuição Técnica
Tática.
Um requisito fundamental da
Força Aérea da Índia é um radar
AESA de 360 graus (radar de
varredura eletrônica ativa), ao
invés do radar AESA que a Rússia
desenvolveu. De qualquer maneira,
a Índia deve pagar para Rússia um
extra: seja na taxa de licença para
o radar russo, ou centenas de
milhões, talvez bilhões, para o
desenvolvimento de novo radar
AESA de 360 ??graus.
Nem a IAF deixa claro se o FGFA
deve ser um caça de assento único,
como o PAK-FA, ou um avião
biplace como o Sukhoi Su-30MKI.
Uma seção da IAF prefere um caça
de assento único, enquanto outra
prefere que dois pilotos possam
voar e combater num caça numa
rede complexa. Durante a fase de
projeto preliminar em curso (PDP),
para a qual a Índia pagou US$ 295
milhões, os dois lados determinam
se o desenvolvimento do PAK-FA
num avião biplace
(inevitavelmente mais volumoso)
reduziria a furtividade do FGFA e
chegaria num desempenho
inaceitável.
“O FGFA monoposto é essencial
para a IAF, e vamos transformar o
caça de assento único russo em
nossa versão de um único assento
com uma grande quantidade de
componentes de aviônicos
indianos. A versão de assento
duplo dependerá das conclusões do
PDP”, disse Nayak.
A PDP também requer que a
Sukhoi entregue a documentação
do projeto para HAL, fornecendo-
lhe uma visão detalhada sobre os
processos de projeto do PAK-FA.
Desde que a Índia levou anos para
decidir aderir ao projeto FGFA, a
HAL perdeu inteiramente a fase de
concepção.
O PDP de 18 meses, que termina
este ano, será seguido pela Fase de
Pesquisa e Desenvolvimento, que
poderia levar mais de sete anos,
diz o presidente da HAL. O FGFA
será desenvolvido nos dois países.
Cerca de 100 engenheiros da HAL
já operam a partir de uma
instalação em Bangalore. Outro
contingente se moveria para a
Rússia para trabalhar no
departamento de design da Sukhoi.
“Os nossos meninos vão aprender
o idioma russo, a sua maneira de
trabalhar, suas regras e normas de
projeto de design. Estamos do lado
esquerdo da unidade, enquanto
eles estão do lado direito da
unidade. Os russos dizem que
todas essas coisas fazem parte”,
diz Nayak.
Mas o aprendizado mais valioso,
dizem os executivos da HAL, vai
ocorrer durante a década de voos
de testes do FGFA. “Ao contrário
da fase de projeto básico que
perdemos, nós realmente
ganharemos experiência durante os
testes de vôo. Nesta fase aparecem
dezenas de problemas, e vamos
participar na resolução destes,
incluindo através de alterações de
design”, afirma Agarwal.
Os designers de HAL também
apreciam os desafios específicos
do FGFA. Para alcançar a
capacidade stealth, seus mísseis,
foguetes e cargas de
reconhecimento são escondidos
num compartimento interno sob as
asas. Antes de usar estes, uma
porta se abre, expondo a arma para
o uso.
Os russos acreditam piamente que
a HAL possui recursos úteis,
incluindo a capacidade de projetar
o radar AESA. Também atraente é
a experiência da Índia em
compósitos.
“O programa LCA gerou um alto
nível de especialização em
materiais compósitos no
Laboratório Nacional Aeroespacial
e em algumas equipes conjuntas. O
FGFA exige “maiores módulos” de
compósitos, que podem suportar as
temperaturas de 120-130 graus
centígrados que podem surgir
durante um voo a velocidades de
Mach 1.7″, afirma Agarwal.
Apesar dos imponderáveis
??contínuos, a HAL acredita que o
projeto FGFA fornece genuínas
competências tecnológicas, muito
mais úteis do que uma produção
licenciada. Agarwal disse, “nós
vamos pagar cerca de US$ 6-7
bilhões para a França para ter a
licença para construir o Rafale na
HAL. No projeto FGFA, uma
quantia semelhante traria
conhecimento de design genuíno
que nos ajudará no futuro.”
30 | Info Aviação | Maio de 2012
Bombardier lança os Learjet 70 e 75 na EBACE
Bombardier lançou dia 14
de maio, duas novas
aeronaves, o Learjet 70 e o
Learjet 75 durante a EBACE
(European Business Aviation
Convention & Exhibition), em
Genebra, na Suíça.
Os novos Learjet 70 e Learjet 75
terão os pontos fortes dos lendários
Learjet e aproveitará a tecnologia
do Learjet 85.
Os jatos contarão com um novo e
moderno design, sistema de
gerenciamento de cabine de nova
geração, suíte de aviônicos Vision
Flight Deck no estado da arte,
desempenho superior e custos
baixos de operação. A entrada em
serviço está prevista para o
primeiro semestre de 2013.
"Esses novos jatos representarão a
fusão da herança Learjet,
conhecida pelos clientes e por toda
a indústria," disse Steve Ridolfi,
presidente da Bombardier Business
Aircraft. "Com o corte na borda do
Vision Flight Deck, um interior
totalmente novo, eficiência
aerodinâmica e desempenho
superior, os operadores dos Learjet
70 e Learjet 75 terão uma
experiência de voo mais flexível e
confortável do que nunca", conclui
o executivo.
"Projetado para atender ao cliente
e aos requisitos de desempenho
dos operadores, e o foco extensivo
em grupos de clientes são parte do
projeto e do processo decisório.
Como resultado, nós já temos
encomendas firmes, cartas de
intenção e outros compromissos
para mais de 50 aeronaves",
continuou Ridolfi.
A aeronave terá melhor
desempenho através do aumento
da potência dos motores
Honeywell, oferecendo melhor
desempenho na decolagem e no
tamanho da pista de decolagem em
relação aos seus antecessores. Os
novos sistemas também
contribuirão para o ganho de peso
e a nova inclinação dos winglets
irá melhorar a eficiência
aerodinâmica. A Bombardier
espera obter uma melhoria de até
nove por cento no desempenho de
pista sob condições de calor e de
altitude elevada e até quatro por
cento de melhoria na eficiência de
combustível.
Baseado no design e tecnologia do
interior das aeronaves Learjet 85,
os Learjet 70 e Learjet 75 terão
melhoria do conforto e no estilo
dos assentos, sistema de
gerenciamento de cabine com
monitores touchscreen de áudio e
vídeo; iluminação por LED em
todo o interior da aeronave, maior
espaço para bagagem e uma galley
com espaço otimizado. As
avançadas opções de conectividade
do Learjet 70 e do Learjet 75
A
31 | Info Aviação | Maio de 2012
garantirão os mais elevados níveis
de conveniência.
Uma revolução na aviação
executiva, o Vision Flight Deck é
projetado para oferecer uma
experiência completamente nova
na cabine. Ao combinar as
melhorias nos avanços
tecnológicos com a estética de
design superior, que fornece aos
pilotos o voo do Learjet 70 e do
Learjet 75 em um novo nível de
controle e conforto. O Vision
Flight Deck dos Learjet 70 e 75
contarão com a suíte de aviônicos
Garmin G5000, projetado com
tecnologia de ponta e uma das
interfaces mais intuitivos
disponíveis para a tripulação.
Após a entrada em serviço, a
aeronave será apoiada por um
programa de manutenção para
permitir aos clientes operar em um
intervalo de voo de 600 horas por
meio pela crescente rede de
serviços da Bombardier. Além
disso, os custos operacionais
diretos devem ser reduzidos com o
resultado dos ganhos de eficiência
de desempenho.
O Learjet 70 deverá ter alcance de
2.000 milhas náuticas a uma
velocidade de cruzeiro de Mach
.75, o suficiente para voar sem
escalas de Chicago para a Cidade
do México e de Toluca para
Minneapolis com dois tripulantes e
seis passageiros.
E o Learjet 75 terá alcance
máximo superior a 2.000 milhas
náuticas a uma velocidade de
cruzeiro de até Mach .75, com
quatro passageiros e dois
tripulantes passageiros, o
suficiente para voar sem escalas de
Los Angeles para Toronto e
Mumbai para Bangkok . Além
disso, será capaz de voar por 1.950
milhas náuticas com oito
passageiros.
32 | Info Aviação | Maio de 2012
Relatório diz que caça chinês J-20 tem capacidades iguais aos
melhores caças dos EUA
próxima geração de caça
stealth em
desenvolvimento pelos
militares chineses poderia rivalizar
com os melhores caças da América
do Norte em capacidade stealth,
velocidade e letalidade, segundo
um novo relatório particular
divulgado essa semana.
Os detalhes sobre o caça chinês J-
20 são escassos já que o projeto
está sendo desenvolvido sob
extremo sigilo, mas uma análise
realizada por uma agência de
análises de política e defesa
baseada em Washington, a
Jamestown Foundation, com base
na pouca informação publicamente
disponível, concluiu que o caça
“será um avião furtivo de alto
desempenho, sem dúvida, capaz de
competir na maioria dos
parâmetros cardeais de
desempenho… com os caças F-22
Raptor dos Estados Unidos, e
superior na maioria, se não todos
os parâmetros de desempenho
cardeais contra o caça F-35 Joint
Strike”.
O F-22 Raptor, que custou ao
governo dos EUA cerca de US$ 77
bilhões para 187 aviões da gigante
de defesa Lockheed Martin, nunca
viu a aeronave nas três maiores
operações de combate que os EUA
participou, mas é considerado pela
Força Aérea e pela Lockheed
Martin como um caça stealth
incomparável. O pouco mais
barato F-35, um caça stealth
multimissão que está sendo
desenvolvido pela Lockheed
Martin para a Força Aérea,
Marinha e Fuzileiros Navais, não
pretende se concentrar no combate
ar-ar como o F-22, mas nas
missões ar-solo e deverá trabalhar
em conjunto com o F-22.
O relatório da Jamestown
Foundation, escrito pelo analista
de defesa e proponente do F-22
Carlo Kopp, e foi publicado na
semana passada, poucos dias
depois de toda a frota americana de
F-22s ter os voos restringidos
devido a preocupações com
sistema de oxigênio e um novo
vídeo que surgiu online,
supostamente mostrando um raro
voo de teste de um novo protótipo
do J-20. O relatório apontou que os
aviões chineses não têm o alcance
para fazer ataques sem apoio
contra os EUA continental, mas as
bases militares dos EUA e aliados
na região estão bem dentro da zona
alvo em potencial – incluindo
bases aéreas que já serviram de
casa para os caças F-22. No
entanto, a Força Aérea disse que
atualmente não há F-22s
implantados no exterior. O
relatório também afirma que,
devido ao seu tamanho maior, o J-
20 poderia transportar mais e
maiores cargas do que o F-22.
Embora o Departamento de Defesa
não queira comentar sobre o
relatório da Jamestown
Foundation, em resposta ao vídeo
do J-20, um porta-voz do
Pentágono disse na semana
passada que os EUA têm
“monitorado cuidadosamente a
abrangente e constante
modernização do poderio militar
da China, e as suas implicações
para a região.”
Mas logo em janeiro, logo após um
vôo de teste do que parecia ser o J-
A
33 | Info Aviação | Maio de 2012
20, o secretário de imprensa do
Departamento de Defesa, Geoff
Morrell disse a repórteres: “nós
não sabemos, francamente, muito
sobre as capacidades do avião” e
pediu a observadores para
“abrandar um pouco sobre as
caracterizações do J-20 neste
momento.”
A China ainda está em fase de
desenvolvimento do seu caça, e
assim que o sistema de oxigênio
for resolvido, a Força Aérea dos
EUA vai voltar a ter mais de 160
caças F-22 operacionais. O último
dos 187 aviões ainda estão sendo
entregues pela Lockheed Martin.
À medida que mais informação
vem à tona sobre o secreto J-20, o
porta-voz do Departamento de
Defesa só diz que o Pentágono não
foi pego de surpresa.
“O fato de que a China
desenvolveu um protótipo para
este programa não é surpreendente
e é consistente com a direção que
víamos a China tomar no campo
militar ao longo de vários anos”,
disse o porta-voz.
De acordo com a Lockheed
Martin, que ainda está recebendo
centenas de milhões de dólares dos
contribuintes para atualizar os
atuais F-22, o J-20 “mostra que
outras nações estão buscando
desenvolver a capacidade de
desafiar o F-22 e, por extensão,
nossa capacidade para alcançar a
superioridade aérea num conflito
futuro.
“Tais ameaças emergentes ilustrar
a necessidade de continuar a
reforçar as capacidade do F-22
para que ele permaneça à frente
das ameaças em evolução”, disse
um porta-voz da Lockheed Martin.
Tanto a Força Aérea como a
Lockheed Martin disseram que a
razão dos F-22 de US$ 143
milhões dólares ainda não ter
disparado contra todos os inimigos
– apesar do envolvimento dos
EUA nas operações aéreas na
Líbia, Iraque e Afeganistão – é
porque eles são projetados
especificamente para o domínio
aéreo contra sofisticados sistemas
de armas inimigos como o J-20,
não contra pequenas e mal
armadas forças armadas do terceiro
mundo e de grupos insurgentes.
Os aviões naturalmente inimigos,
portanto, são aqueles que o maior
crítico do programa, o secretário
de Defesa Robert Gates, disse que
em 2009 não existia.
“O F-22 é claramente uma
capacidade que tornamos
necessidade – um nicho, uma
solução bala de prata para um ou
dois possíveis cenários – mais
especificamente a derrota de uma
frota inimiga altamente avançada
em combate”, disse em 2009 o
secretário de Defesa, Robert Gates,
ao defender no Congresso um
financiamento adicional para o
Raptor no orçamento. “[Mas] o F-
22, para ser franco, não faz muito
sentido em qualquer outra parte do
espectro do conflito.”
Antes da decisão ter sido feita para
cortar o programa F-22 em 187
aviões – em vez de mais de 600
que originalmente fazia parte do
negócio – dezenas de apoiadores
no Congresso e governos estaduais
enviaram cartas ao presidente
Obama argumentando que a força
total dos F-22 seria necessária para
enfrentar as próximas gerações de
aeronaves que estão sendo
desenvolvidas pela China e pela
Rússia. Gates, descartou a idéia,
dizendo que os F-22 e os mais
recentes F-35s estariam
ultrapassando muito as forças de
quaisquer adversários pelos
próximos 15 anos pelo menos.
34 | Info Aviação | Maio de 2012
35 | Info Aviação | Maio de 2012
Aeronave não tripulada X-47B próxima do primeiro voo em
Patuxent River
os últimos meses, o
pessoal da Estação Naval
de Patuxent River, em
Maryland, tem notado uma nova
aeronave projetada sem cauda
realizando testes de pista – o
demonstrador do Sistema Aéreo
Não Tripulado de Combate X-47B
(UCAS-D) que se prepara para seu
primeiro voo na nova base de
testes.
“Este verão será cheio de
atividades enquanto as equipes se
preparam para o primeiro vôo do
X-47B em Patuxent River e para
chegada do segundo veículo aéreo
X-47B da Base Aérea de Edwards,
na Califórnia,” disse Matt Funk,
engenheiro de teste líder do X-
47B. “Nos próximos meses, você
pode esperar para ver o X-47B
voando sobre a base e área
circundante ao longo da Baía de
Chesapeake.”
O X-47B é o primeiro veículo não
tripulado projetado para decolar e
pousar em um porta-aviões. Como
parte da demonstração do
programa, o X-47B irá realizar
pousos catrapos e decolagens com
catapulta a partir de Pax para
validar a sua capacidade de efetuar
aproximações de precisão nos
porta-aviões. A base é apenas um
dos poucos locais no mundo onde
a Marinha pode executar testes de
desempenho em catapultas como
se fosse num porta-aviões, mas
numa instalação em terra, e com os
recursos de teste de voo e de
engenharia de apoio que não estão
disponíveis num navio.
“O teste em Pax River é um
componente crítico do programa
de demonstração enquanto nós
lançamos uma nova tecnologia de
um sistema aéreo não tripulado
baseado em porta-aviões”, disse o
capitão Jaime Engdahl, gerente de
programas UCAS junto a Marinha.
“A equipe de teste integrado (ITT),
sob a liderança dos esquadrões
AIR-5.0 [Teste e Avaliação] e VX-
23 [Esquadrão Aéreo de Teste e
Avaliação 23], são membros
importantes da equipe do programa
UCAS da Marinha que vão fazer
este programa ser um sucesso.”
Desde a chegada do primeiro X-
47B no final de 2011, a ITT
UCAS-D vem prepararando a
aeronave para o vôo inicial em Pax
River. Recentemente, os testes de
táxi do X-47B foram realizados
para validar a confiabilidade global
do sistema. A equipe também
realizou testes para determinar a
capacidade da aeronave de
enganchar num cabo de parada
num porta-aviões.
Como uma aeronave tripulada, o
veículo aéreo está previsto para
começar as seis semanas de testes
de vulnerabilidade eletrônica no
Centro Naval de Rádio
Eletromagnético (NERF). Este
teste verifica que não há
perturbação elétrica, sinal, ou
questões relativas a emissões que
causam uma reação indesejada ou
mau funcionamento de um
subsistema ou componente.
Depois de completar os testes
padrões no solo e de verificações
de seus sistemas, o programa prevê
vários marcos importantes em Pax
que começam com o primeiro vôo.
“Estamos todos entusiasmados por
ter um avião novo e inovador aqui
como parte de nosso programa de
testes, mas como sempre a
Marinha coloca segurança em
primeiro lugar”, disse Engdahl.
Funk acrescentou que, enquanto o
design e o projeto dos X-47B são
únicos e atraentes, é fundamental
que os espectadores sigam a
política da base e mantenha uma
distância segura da linha de vôo
durante todas as operações de táxi
e de voo do X-47B.
Engdahl é otimista sobre o
programa planejado de testes de
vôo, incluindo as aeronaves F/A-
18 e King Air de testes de sistemas
e o X-47B.
“O programa está progredindo bem
na preparação para testes de
lançamento da catapulta e pousos
catrapos em terra, levando
finalmente à nossa demonstração
final num porta-aviões em 2013″,
disse Engdahl.
N
36 | Info Aviação | Maio de 2012
Eurolot recebe o primeiro Q400 NextGen
Bombardier anunciou dia
17 de maio, a entrega do
primeiro dos oito aviões
turboélice Q400 NextGen
encomendados pela Eurolot,
empresa sediada em Varsóvia, na
Polônia. A companhia também
possui opções para 12 aviões
adicionais.
A Eurolot foi representada na
cerimônia de entrega por
Bartlomiej Matusewicz, vice-
presidente de operações da
empresa. Diversos funcionários da
Bombardier também estiveram
presentes no evento.
"Este é um evento muito
importante, pois marca para
Eurolot o início de nossa
renovação e substituição da frota,
assim como a aceleração de nossa
expansão com novas rotas
regionais", disse Matusewicz. "O
mercado europeu é extremamente
competitivo, no entanto, a
introdução da aeronave Q400
NextGen, agora temos um
turboélice moderno e
tecnologicamente avançado,
eficiente no consumo de
combustível, confortável, com
significativa flexibilidade
operacional e capacidade de
performance. A aeronave
Bombardier Q400 NextGen nos
permitirá cobrir maiores territórios
e ganhar maior acesso ao mercado,
e estamos felizes por ser a primeira
companhia aérea a introduzir a
aeronave na comunidade
polonesa", completa Matusewicz.
"A Bombardier está fazendo
progressos em muitos mercados
novos ao redor do mundo, e a
introdução da primeira aeronave
Q400 NextGen na Polônia mostra
o nosso alcance global e à
flexibilidade operacional da
aeronave", disse Chet Fuller, vice-
presidente sênior comercial da
Bombardier Commercial Aircraft.
"Estamos orgulhosos em ver
nossos aviões Q400 NextGen com
as cores da Eurolot. Com
velocidade próxima a dos jatos,
fortes credenciais ambientais e
interior maior, sabemos que a
aeronave Q400 NextGen vai ser
uma excelente adição à frota da
companhia aérea", conclui Fuller.
A
37 | Info Aviação | Maio de 2012
Holanda pretende adquirir 11 novos helicópteros CH-47F Chinook
Ministério da Defesa da
Holanda quer mudar seus
planos de aquisição de
Chinook e comprar 11 novos
modelos da versão ‘Foxtrot’.
Numa carta ao Senado Holandês, o
Ministro da Defesa Hans Hillen
está pedindo que o governo
compre os novos modelos CH-
47Fs para substituir sua frota cada
vez mais antiga de CH-47Ds, ao
invés de atualizar os atuais
helicópteros com o padrão do
modelo ‘F’.
Atualmente, a Holanda tem seis
helicópteros CH-47Fs
encomendados, o primeiro dos
quais voou em janeiro de 2011.
Estes helicópteros foram
requisitados para complementar a
frota atual de 11 CH-47Ds, mas
principalmente para apoiar as
operações das forças especiais.
O plano original era depois trazer o
resto da frota até o padrão CH-
47F.
Hillen argumentou que a
substituição dos CH-47Ds com as
novas aeronaves permitirá que as
forças armadas holandesas voem
com os novos modelos até 2045,
enquanto a atualização só lhes
permitiria voar até 2035.
Hillen disse: “Este é realmente um
maior custo de investimento do
que a modificação dos Chinooks
atuais, mas a diferença é mais do
que compensada pela eficiência
operacional e vantagens de custo.”
Ele também apontou a redução do
risco associado com o programa de
modificação, e que toda a frota
CH-47D continuaria disponível
para as Forças Armadas, algo que
não aconteceria com aeronaves no
programa de modificação.
Hillen disse ao Senado que o
projeto custaria € 250 milhões e
permitirá que o Ministério da
Defesa possa vender na frota
existente de CH-47Ds.
A frota de helicópteros Chinook da
Holanda originalmente possuia 13
unidades, mas dois acidentes no
Afeganistão reduziram o número
para os atuais 11. Eles consistem
de sete aeronaves CH-47C
adquiridos do Canadá em 1974 e
posteriormente atualizados para o
padrão ‘Delta’, enquanto a outras
quatro aeronaves CH-47Ds foram
adquiridas em 1995.
O
38 | Info Aviação | Maio de 2012
Russian Helicopters apresenta o novo Ka-62
Russian Helicopters
apresentou o novo
helicóptero multimissão
médio Ka-62 na 5ª Exposição
Internacional de Helicópteros
HeliRussia 2012.
Construído através da utilização de
novas tecnologias e materiais, o
Ka-62 é um projeto de rotor único,
com um rotor de cauda fechada e
com a estrutura das lâminas e
hélice consistindo em mais de 50%
de materiais polímeros compósitos.
O Ka-62 será produzido na
empresa Progress Arsenyev
Aviation no Extremo Oriente da
Rússia. O primeiro vôo está
previsto para agosto de 2013, com
a certificação pela Comissão
Interestadual de Aviação e as
primeiras entregas previstas para
2015. A Russian Helicopters
também planeja receber o
certificado do tipo pela Agência
Europeia da Segurança Aérea
(EASA) para o Ka-62.
A versão apresentada hoje pode ser
equipada com dois motores
Turbomeca Ardiden 3G,
fornecendo 1.680 hp. O design
modular e o FADEC dual channel
tornam o Ardiden 3G altamente
confiável e fácil de usar, com o
benefício do consumo de
combustível excepcionalmente
baixo. O helicóptero vai também
incluir uma cabine no conceito
glass desenvolvida pela empresa
Transas baseada em São
Petersburgo.
Outras características incluem um
rotor de cinco lâminas, um circuito
hidráulico secundário, rodas do
trem de pouso com eficiência
energética, fuselagem reforçada e
pontos de fixação na fuselagem e
assentos com absorção de choque
para a tripulação e passageiros.
O Ka-62 foi concebido para
operações de transporte de carga,
MEDEVAC e busca e salvamento,
e também pode ser utilizado no
setor offshore para as empresas de
petróleo e gás.
A
39 | Info Aviação | Maio de 2012
Coreia do Sul pretende adquirir oito novos helicópteros MH-
60R Seahawk
Agência de Cooperação
de Segurança e Defesa
notificou o Congresso dos
EUA de uma possível Venda
Militar Estrangeira para o Governo
da República da Coreia para oito
helicópteros multimissão MH-60R
Seahawk, peças associadas,
equipamentos, treinamento e apoio
logístico, num custo estimado de
US$ 1 bilhão.
O Governo da República da Coreia
solicitou uma possível venda de
oito helicópteros MH-60R
Seahawk, 18 motores T-700 GE
401C (16 instalados e 2 de
reserva), equipamentos de
comunicação, sistemas de guerra
eletrônica, equipamentos de apoio,
bancadas dos motores de
reposição, peças de reposição e
reparação, ferramentas e
equipamentos de teste, dados
técnicos e publicações, formação
de pessoal e equipamentos de
formação, engenharia contratante,
serviços de apoio logístico e
técnicos, e outros elementos
relacionados à logística e
programas de apoio.
O Governo da República da Coreia
é uma das principais potências
políticas e econômicas na Ásia
Oriental e Pacífico Ocidental e um
parceiro chave dos Estados Unidos
para garantir a paz e a estabilidade
na região. É vital para o interesse
nacional dos EUA ajudar o aliado
coreano no desenvolvimento e
manutenção de uma forte e pronta
capacidade de auto-defesa, o que
contribuirá para um equilíbrio
militar aceitável na área. Esta
venda proposta é coerente com
esses objetivos.
A proposta de venda dos
helicópteros MH-60R SeaHawk irá
melhorar a capacidade da Coréia
do Sul para enfrentar as ameaças
inimigas atuais e futuras de guerra
Anti-Superfície (ASW). A venda
destes helicópteros MH-60R
servem para incrementar a
interoperabilidade com as forças
Navais dos EUA, e adicionar à
estabilidade militar da região. A
Coreia não terá dificuldade em
absorver estes helicópteros em
suas forças armadas.
A proposta de venda do sistema e
apoio não vai alterar o equilíbrio
militar básico na região.
Os principais contratantes serão a
Sikorsky Aircraft Corporation, em
Stratford, Connecticut; a Lockheed
Martin em Owego, New York, e a
General Electric, em Lynn,
Massachusetts. Não há acordos de
compensação propostos em relação
a esta potencial venda.
A
40 | Info Aviação | Maio de 2012
Força Aérea de Omã adquire 8 aeronaves Airbus Military C295
Real Força Aérea de Omã
assinou hoje um contrato
com a Airbus Military para
a aquisição de oito aviões C295,
cinco deles configurado comos
transportes táticos e três como
aeronaves de patrulha marítima
(MPA). Eles serão entregues a
partir do próximo ano.
Bem como ampliando a
capacidade de transporte tático da
Real Força Aérea de Omã nas
condições quentes e empoeiradas,
os aviões também vão aumentar a
capacidade de Omã para patrulhar
as suas águas territoriais e para
conduzir missões contra a
imigração, a pirataria ilegal e o
contrabando.
Omã é o primeiro país do
Conselho de Cooperação do Golfo
a encomndar os C295. É também o
quarto cliente a encomendar o
C295 na região do Oriente Médio e
a primeira na área a encomendar o
C295 para operações de patrulha
marítima.
Dois aviões da Airbus Military
CN235 já são operados pela
Polícia Real de Omã.
“Estamos muito orgulhosos deste
novo contrato com Omã, que
demonstra a satisfação do nosso
cliente com nossas aeronaves”,
disse Domingo Ureña Raso, CEO
da Airbus Military. “Este pedido
destaca nossa liderança neste
segmento com mais de 100
encomendas. Ele confirma a
excelente performance do C295
em ambientes desérticos, onde a
sua robustez e capacidade de lidar
com o calor extremo são críticos.”
Este novo acordo significa que 108
aviões C295s já foram
encomendados, com 85 atualmente
em operação com 13 países.
A
41 | Info Aviação | Maio de 2012
Airbus fecha acordo para o programa de conversão do A330
Airbus, a ST Aerospace e
a EADS EFW finalizaram
o acordo para estabelecer a
colaboração para o lançamento do
programa de conversão do A330
de passageiros para cargueiro
(P2F). Isso segue o memorando de
entendimento anunciado no
Singapore Airshow, em fevereiro
deste ano, estabelecendo bases do
projeto para o A330P2F.
A ST Aerospace vai liderar o
trabalho de desenvolvimento de
engenharia A330P2F em
colaboração com a Airbus e com a
EADS EFW, enquanto a EADS
EFW conduzirá a fase industrial e
realizará atividades de marketing e
vendas, apoiadas pela Airbus. A
maioria das conversões será feita
nas instalações da EADS EFW em
Dresden, na Alemanha, com o
potencial de capacidade adicional
da ST Aerospace.
"A forte demanda das companhias
aéreas por um programa para
converter os A330 utilizados a
partir da configuração de
passageiros em um cargueiro
atrativo é clara", diz Tom
Williams, vice-presidente
executivo de programas da Airbus.
"Juntamente com a ST Aerospace
e nossa empresa irmã EADS EFW
temos a parceria perfeita para
trazer eficiência, confiabilidade e
rentabilidade para nossos
operadores", completou Williams.
O programa A330P2F inclui duas
versões: o A330-200P2F e o
A330-300P2F. Dos dois modelos,
o maior (A330-300P2F) será
particularmente adequado para
integradores e operadoras de
cargas expressas graças à sua alta
capacidade volumétrica de carga
com menor densidade de carga.
Enquanto isso, os A330-200P2F
serão otimizados para maior
densidade de carga e desempenho
de longo alcance. A entrada em
serviço do primeiro A330P2F está
prevista para 2016.
Além de complementar a linha de
produção do A330-200F em
serviço hoje, o programa de
conversão A330P2F também
reforçará e sustentará os valores
familiares residuais dos A330,
estendendo a vida útil das
fuselagens dos A330.
Segundo a Airbus, cerca de 2.700
cargueiros serão necessários nos
próximos 20 anos, e cerca de
metade destes aviões será do
segmento de cargueiro de médio
porte, incluindo 900 conversões.
Neste sentido, tanto os A330-
200P2F e os A330-300P2F
facilitarão a alteração para climas
ambientalmente amigáveis, nova
tecnologia de conversão de
cargueiros, embora reconhecendo
o foco dos operadores sobre o
custo das operações.
A
42 | Info Aviação | Maio de 2012
Peças falsificadas chinesas
encontradas em aviões
militares dos EUA
m grande número de
aparelhos eletrônicos
chineses falsificados está
sendo usados em equipamentos
militares americanos. A
informação foi divulgada em um
relatório do Senado americano.
O documento trata de uma
investigação realizada ao longo de
um ano. Durante esse período, o
Comitê do Senado das Forças
Armadas descobriu que um total
de 1.800 peças falsificadas foram
usadas em aeronaves militares
americanas.
Das mais de 1 milhão de peças
tidas como suspeitas, cerca de 70%
teriam vindo da China, de acordo
com o relatório. O problema foi
atribuído às limitações da rede de
abastecimento de peças existente
nos Estados Unidos e ao fracasso
chinês em conter seu mercado
ilegal.
Segundo o comitê, a falha em uma
peça importante pode ocasionar
riscos e ameaçar a segurança
nacional americana, e, além disso,
acarretar custos elevados para o
Departamento de Defesa.
O documento afirma que os
militares americanos dependem de
uma série de “pequenos e
incrivelmente sofisticados
componentes” encontrados em
sistemas de visão noturna, rádios e
aparelhos de GPS. A falha de uma
única peça poderia colocar um
soldado em risco, disse o relatório.
O comitê do
Senado afirmou
ainda que peças
falsas foram
achadas em
helicópteros SH-
60B utilizados
pela Marinha, em
aviões de carga C-130J e C-27J da
USAF e no avião P-8A Poseidon
da Marinha.
Depois da China, as maiores fontes
de peças falsificadas para aviões
militares são a Grã-Bretanha,
segundo o documento.
Críticas à China
O comitê fez críticas à China por
fracassar em conter fabricantes de
peças ilegais. Os senadores
disseram ainda que a China não
concedeu vistos para os políticos
do comitê que pretendiam realizar
investigações no país.
“Em vez de reconhecer o problema
e de tentar de forma agressiva
interromper a ação dos
falsificadores, o governo chinês
tenta evitar o escrutínio”, afirmou.
Mas os senadores concluíram
ainda que programas do
Departamento de Defesa, como o
Programa de Intercâmbio de Dados
de Indústrias e o Governo (Gidep,
na sigla em inglês), que visa
rastrear peças falsificadas, vem
“deixando a desejar”.
Entre 2009 e 2010, o Gidep
recebeu apenas 217 relatos
relativos a supostas peças
falsificadas, a maioria delas vieram
de apenas seis companhias.
Somente 13 relatos foram
fornecidos por agentes
governamentais.
O documento elogia, no entanto, o
Ato de Autorização de Defesa
Nacional, promulgado pelo
presidente Barack Obama no final
do ano passado para combater a
entrada de peças falsificadas no
país e reduzir a terceirização de
componentes de fornecedores
desconhecidos.
A divulgação do relatório sobre a
China se dá em um momento em
que os Estados Unidos estão
procurando intensificar sua
estratégia de defesa para a região
Ásia-Pacífico.
O Departamento de Defesa
também está se preparando para
cortar cerca de US$ 450 bilhões
(R$ 912 bilhões) de seu orçamento
ao longo da próxima década.
U
43 | Info Aviação | Maio de 2012
Frota de helicópteros Lakota do Exército dos EUA ultrapassa
a marca de 100.000 horas de voo
frota do Exército dos
EUA de 219 helicópteros
UH-72A Lakota
ultrapassou a marca de 100 mil
horas de vôo durante as operações
do dia 10 de maio. A 100.000ª
hora de voo nas aeronaves,
configurado para missões de
treinamento de Força Inimiga, foi
pilotado pelo Oficial Chefe Jason
Lacrosse e o subtenente
Christopher Ezell, da Equipe de
Treinamento de
Controladores/Observadores do
Centro de Preparação Conjunta
Multinacional Falcon, em
Hohenfels, Alemanha, durante um
exercício multinacional de
treinamento.
A frota de helicópteros Lakota do
Exército dos EUA, construídos
pela unidade de negócios da
empresa American Eurocopter, em
Columbus, Mississippi, estão em
operação desde novembro de 2006
com todos os 219 helicópteros até
agora entregues no prazo e dentro
do orçamento. A exigência do
Exército é para 345 Lakotas até
2016. Um adicional de cinco
aeronaves foi entregue à Marinha
dos EUA para treinamento de
pilotos de teste.
A frota de helicópteros Lakota
possui em média uma taxa de
disponibilidade operacional
superior a 90 por cento para locais
com a completa logística
contratada de apoio, abrangendo
18 diferentes unidades militares.
Os locais com logística de apoio
híbrido são igualmente bem
sucedidos com uma taxa de
atendimento de peças de apoio
superior a 95 por cento. Essas
métricas são 10 por cento maior do
que os requisitos contratuais do
programa.
A mais recente evolução da Lakota
entregue é na configuração
Segurança e Suporte (S&S) Pacote
de Equipamentos de Missão para
Batalhão para a Guarda Nacional
do Exército, que está usando
atualmente numerosos pacotes
S&S junto com os Lakotas.
A
44 | Info Aviação | Maio de 2012
Aviação: feira tem "dia russo" e helicóptero com duas hélices
HeliRussia 2012 começa
nesta quinta-feira com um
dia especial dedicado aos
helicópteros russos. De acordo
com os organizadores, cerca de
200 empresas de 18 países
participam do evento. Entre as
aeronaves expostas na feira,
realizada próximo a Moscou, estão
duas novidades: o Ka-62 da
Russian Helicopters e um projeto
do Rumas Group de helicóptero
com duas hélices, que funcionam
uma acima da outra.
Os helicópteros com duas hélices
(rotor coaxial) foram desenhados
pela Kamov, que faz parte da
Russian Helicopters. Eles
eliminam a necessidade do rotor de
cauda para estabilizar a aeronave,
evitando acidentes ocasionados
pelo equipamento. O modelo Ка-
32А11ВС, que também está
presenta na HeliRussia 2012, já
tem 140 unidades produzidas e voa
em 30 países, entre eles o Brasil.
A
45 | Info Aviação | Maio de 2012
Bombardier lança dois novos modelos do Learjet
Bombardier Business Jets
lançou na exposição
internacional Ebace 2012,
em Genebra, Suíça, dois novos
modelos da família de jatos
executivos Learjet, segundo
informações divulgadas pela
companhia. O Learjet 70 e o
Learjet 75 contarão com sistema
de gerenciamento de cabine,
controles Vision Flight Deck de
última geração e novo design
interno. Segundo a companhia, as
aeronaves devem começar a operar
no primeiro semestre de 2013.
"Com um Vision Flight Deck de
ponta, novo design interior,
eficiência e performance
aerodinâmica, os novos Learjet 70
e 75 darão aos operadores uma
experiência de voo mais flexível e
confortável", afirmou o presidente
da companhia, Steve Ridolfi, em
nota.
De acordo com a empresa, as
novas aeronaves terão menor peso
e melhor eficiência aerodinâmica,
com expectativa de melhora geral
de até 9% na performance, além de
uma redução de combustível de
cerca de 4%.
O Learjet 70 terá autonomia de até
3.790 km a uma velocidade de 895
km/h. Para se ter uma ideia, com
seis passageiros e dois tripulantes,
poderá conectar Porto Alegre a
Teresina ou São Paulo a Rio
Branco sem escalas. Já o Learjet
75, com a mesma autonomia e
velocidade do modelo 70, poderá
levar quatro passageiros e dois
tripulantes sem escalas de Brasília
para Bogotá (Colômbia) ou de São
Paulo a Rio Branco. Com oito
passageiros, apresenta autonomia
de vôo de cerca de 3.590 km.
A
46 | Info Aviação | Maio de 2012
Empresa lança jato para realizar voo direto entre SP e Miami
empresa aérea Cessna
apresentou, durante a 12ª
Mostra e Convenção de
Aviação Executiva Europeia
(Ebace), que ocorre em Genebra,
na Suíça, o novo jato Longitude. O
avião, pertencente a família
Citation, tem alcance de 7.408 km,
podendo realizar, por exemplo,
voos diretos entre São paulo e
Miami ou Nova York e Paris e
capacidade para dois tripulantes e
dez passageiros.
Segundo a Cessna, o Longitude
possui 9,4 m de comprimento,
ligação entre os passageiros e
bagagens, TV por satélite, internet
Wi-Fi e controle de temperatura,
entre outros itens.
"O cliente Cessna quer continuar
na marca após o Sovereign, o
Citation X e o Citation Ten. Nada
melhor que uma aeronave com a
performance intercontinental e
conforto com tecnologia de
conexão total", afirmou em nota
Leonardo Fiuzza, diretor
Comercial da TAM Aviação
Executiva, que representa a Cessna
no Brasil.
A Ebace mais importante feira de
aviação executiva da Europa chega
a 12ª edição com a participação de
cerca de 300 empresas, que irão
expor as aeronaves em uma área de
100 mil m², em Genebra, na Suíça.
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