Post on 22-Jan-2018
Gerenci@lR E F L E X Õ E S S O B R E T E M A S L I G A D O S À G E S T Ã O
N E P M A R A N H A O / M A • V O L U M E 4 • N O V E M B R O D E 2 0 1 7
A SOLUÇÃO PARA O DESCARTEIRREGULAR DE RESÍDUOS?
ECOPONTO
CONTEÚDO
03EDITORIALDescarte ou desleixo é a base daabordagem da editora partindo daassertiva que no Brasil o costume éjogar fora onde "eu quiser", não onde"eu puder".
08ECO E PONTO OU...?Que a situação é difícil é fato! Mas, oque está em curso para mitigar a o descarte irregular dos resíduos sólidos? Um caso em observação: Ecopontos em São Luís, Ma. .
04TATEANDO NO ESCUROA falta de dinheiro é motivo citadoquando se trata de implantar planos eações socioambientais. É fato que odinheiro esta curto mas será que nãofata algo mais? Vamos refletir juntos?
10FALA GILSON!Entrevistamos Gilson José ChavesSantos que é um dos coordenadoresdo Ecoponto Renascença. Leia amatéria na íntegra porque estádemais.
02
A palavra DESCARTE, por extensão significa
"ato ou efeito de se jogar fora alguma coisa
que não tem mais serventia ou não se deseja
mais". O que não se deseja mais ou não tem
mais serventia pode simplesmente ser "jogado
fora"? Fora onde? Fora em qualquer lugar,
prática corrente? No Brasil o costume é jogar
fora onde "eu quiser", não onde "eu puder",
como determinam as leis e regulamentos, e,
diga-se antes, a legislação atual é bastante
rigorosa sobre o assunto.
Já a palavra DESLEIXO tem como significado
"falta de cuidado, de atenção, de apuro, falta
de esforço, de ânimo, de atividade". Se
começarmos pela falta de cuidado é fato que
esta pode ser facilmente identificada quando
se trata do descarte de resíduos no Brasil,
evidenciando a falta de apuro entendido como
esmero, cuidado, requinte com o que é para o
uso por todos como rios, córregos, mares,
espaços, reservas, enfim, o que é próprio para
o convívio em sociedade. E por falar em
sociedade é preciso despertar o ânimo de agir
pensando no coletivo e abandonar o "jeitinho"
como maneira hábil, esperta, astuciosa de
conseguir algo, sempre entendido como "se
dar bem" mesmo que o outro seja prejudicado,
"farinha pouca..." e tantas outras expressões
que reforçam o individualismo à crueldade, o
mal costume, o passar por cima do outro,
valer-se da esperteza para conseguir
vantagens às vezes indevidas. À reflexão.
EDITORIAL ROSA GRAÇA LIMA BARRETO DOMINGUES
Descarte oudesleixo?
03
Tateando no escuroDESCARTE OU DESLEIXO?
A gestão de resíduos sólidos no Brasil tateia no escuro
buscando saída viável e sustentável. Os "Planos
Estaduais de Resíduos Sólidos destinados a organizar e
dar as diretrizes gerais de gestão para os municípios
integrantes de cada Unidade Federativa" (portal MMA)
ainda não são realidade em todos os estados. Enquanto
escrevo esta matéria apenas Acre, Maranhão, Pará,
Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São
Paulo constam no portal do Ministério do meio Ambiente
como detentores de planos estaduais de resíduos, ou
seja, mais da metade dos estados sequer têm planos e,
referenciamos aqui a ausência de planos de estados
NÃO SE DEVE FALAR SOBRE O QUE NÃO SE ENTENDE, PONTO!
importantes para a causa da preservação ambiental
como Minas Gerais (com três cidades entre as quinze
mais poluídas do Brasil, sendo Belo Horizonte que está
em terceiro lugar entre as dez cidades que mais poluem,
Betim e Ibirité; Bahia; Ceará; Amazonas; Rondônia;
Tocantins; Mato Grosso do Sul; Mato Grosso; Goiás e
Espírito Santo. E o Brasil também não está "bem na fita"
posicionado na 44ª posição entre os países mais
poluentes do mundo.
No portal do Ministério do Meio Ambiente consta ainda a
informação que o "conteúdo mínimo dos Planos
Estaduais de Resíduos Sólidos está previsto no art. 17,
incisos I a XII, da Lei nº 12.305/2010. Vale ressaltar, que
a PNRS, por meio de seu art. 16, combinado com o art.
55, estabeleceu que a elaboração de Plano Estadual de
Resíduos Sólidos, até 02 de agosto de 2012, é
condição para os Estados terem acesso a recursos da
04
05 Gerenci@l
PRIMEIRO FOINECESSÁRIO CIVILIZAR OHOMEM EM RELAÇÃO AOPRÓPRIO HOMEM. AGORAÉ NECESSÁRIO CIVILIZARO HOMEM EM RELAÇÃO À
NATUREZA E AOSANIMAIS.
VICTOR HUGO, ESCRITOR
DESTAQUE
União, ou por ela controlados,
destinados a empreendimentos e
serviços relacionados à gestão de
resíduos sólidos, ou para serem
beneficiados por incentivos ou
financiamentos de entidades federais
de crédito ou fomento para tal
finalidade". Como? Quer dizer que,
mesmo sendo requisito para acesso a
recursos federais o assunto não
interessa aos estados a ponto de
ocorrer a elaboração do plano de
resíduos? Há algo além disso e o que
será? Bem, na revista anterior o
Secretário do Meio Ambiente e
Recursos Naturais do Maranhão,
Marcelo Coelho explicou parcialmente
a razão porque os municípios não
implantam o plano de gestão de
resíduos ao afirmar: ..."o poder
econômico desses municípios, os
recursos que eles dispõem pra investir
nessa politica pública é zero... e as
políticas sociais do próprio município
que a gente sabe que existem pessoas
carentes, famílias passando fome,
desemprego grande, então, quando o
dinheiro chega para o gestor ele vai
pensar:
Tá faltandodinheiro?
DESCARTE OU DESLEIXO?
- O que é mais grave agora?
"Não adianta você fazer Lei e jogar de cima para baixo, pro município, onde
o prefeito não está conseguindo pagar o combustível de ambulância."
Marcelo Coelho, Secretário do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão
06 Gerenci@l
01 Gerenci@l
DO PONTO DE VISTA DOPLANETA, NÃO EXISTE
JOGAR LIXO FORA:PORQUE NÃO EXISTE
“FORA”.AUTOR DESCONHECIDO
PENSAR
0207
Eco e ponto ou...? DESCARTE OU DESLEIXO?
Numa tarde do mês setembro do corrente recebemos de
um divulgador, no trânsito, o flyer de comunicação da
inauguração de um Ecoponto o que nos despertou
imediata curiosidade. Guardamos o flyer e após duas
entrevistas com autoridades ligadas à responsabilidade
socioambiental, uma posicionada em nível estratégico
outra em nível tático chegou a hora de conhecermos o
que tem a nos dizer aqueles que executam, literalmente,
a política de resíduos sólidos. Escolhemos o Ecoponto
Renascença e para lá nos dirigimos. Fomos recebidos
Que a situação é difícil é fato! Mas, o que está em curso para mitigar ao descarte irregular dos resíduossólidos? Um caso em observação:Ecopontos em São Luís, Ma.
por um jovem muito simpático, sorriso no rosto e falante
que foi logo nos estendendo a mão e dizendo:
- Meu nome é Gilson José Chaves Santos, nome
completo, finalizou.
Uma simpatia incrível, inquieto e visivelmente com
pressa, Gilson foi perguntando, de pronto, o que eu
precisava. Respondi que precisava conversar com o
responsável pelo local.
- Sou eu, aliás, eu e meu amigo ali, disse apontando para
um rapaz com a mesma farda que estava atendendo uma
jovem que chegara naquele momento para entregar
material para descarte.
Me apresentei, falei de que se tratava a minha presença
e perguntei se ele podia me conceder uma entrevista
sobre o funcionamento do Ecoponto.
- Claro, disse ele, me conduzindo para o pequeno
cômodo da administração.
08 Gerenci@l
01 Gerenci@l
A PRIMEIRA LEI DAECOLOGIA É QUE
TUDO ESTÁ LIGADO ATODO O RESTO.
BARRY COMMONER, BIÓLOGO
PENSAR
0209
ENTREVISTAMOS GILSON JOSÉ CHAVES
SANTOS, COORDENADOR DO ECOPONTO
RENASCENÇA.
NEP-MA: Gilson, o que é um ECOPONTO?
GILSON SANTOS: Bem, Ecoponto é um
local autorizado a receber resíduos que
não são recolhidos pela coleta convencional
como por exemplo os resíduos da construção
civil, vidro, madeira, papelão e plástico, além
de material de construção civil e restos de
poda e de capina, alguns recicláveis.
NEP-MA: Qual é o seu trabalho no Ecoponto?
Você é o coordenador? É isso?
GILSON SANTOS: Sim, trabalhamos numa
forma de apoio, somos dois e alternamos o
horário, eu entro às 7:00 e saio às 15:20 e o
meu parceiro entra às 11:00 e sai às 18:00, de
segunda a sábado. Não funcionamos domingos
e feriados.
NEP-MA: Em cada período quem fica é o
responsável pelo Ecopont?
GILSON SANTOS:É sim. Eu e ele somos os
responsáveis pelo Ecoponto Renascença.
NEP-MA: Vocês recebem muitos resíduos?
GILSON SANTOS: Sim. Estamos recebendo
muitos materiais, principalmente recicláveis,
estamos recebendo demais.
NEP-MA: E que destino vocês vão dar para
esses materiais?
GILSON SANTOS: Todo esse material, a parte
reciclável será encaminhado para duas
cooperativas: a ASCAMAR, que é a Associação
FalaGilson!
É DESCARTE OU DESLEIXO?
0110
Gilson Santos, coordenador do EcopontoRenascença, São Luís, Ma
Tudo junto e misturado?DESCARTE OU DESLEIXO?
de Catadores de Material Reciclável, localizada no
Ceprama, no centro da cidade, e a Coopres que é a
Cooperativa de Reciclagem de São Luís, que funciona
nas dependências da Universidade Federal do Maranhão.
NEP-MA: Esse material é separado antes da entrega ou
ele é colocado no caminhão do jeito que está e vai para
entrega nas cooperativas?
GILSON SANTOS: Ele vai separado. O caminhão é da
empresa, é nosso, da SLEA-São Luis Engenharia
Ambiental. Os Ecopontos são da SLEA que é a empresa
Devemos sempre lembrar que "Nós não herdamos a Terra de nossos antecessores, nós a pegamos emprestada de nossas crianças." [Provérbio Índio Norte-Americano]
responsável pela limpeza urbana em São Luís. É uma
empresa terceirizada que presta serviços para a
prefeitura. Um carro da SLEA leva os recicláveis para a
Ascamar e para a Coopres. Esse carro passa em todos os
Ecopontos, são sete Ecopontos atuando no momento. Num
dia ele recolhe os plásticos já entregues, no outro dia
papel ou papelão, no outro dia é metal e assim por diante.
O vidro ainda não vai para as cooperativas. Ele é separado,
os caminhões vêm e levam os vidros, o entulho, restos de
madeiras e de móveis velhos para o aterro sanitário, já os
resíduos das podas vão para o aterro para compostagem,
servem para adubo e para aterro. A compostagem fica no
aterro sanitário.
NEP-MA: Este terreno onde está localizado o Ecoponto
pertence ao município?
GILSON SANTOS: Acredito que sim. Não tenho certeza.
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NEP-MA: E os carroceiros que faziam o
descarte irregular no terreno onde está
localizado este Ecoponto? Vocês recebem
muitas carroças de resíduos ou continuam
descartando os resíduos em terrenos baldios e
locais ermos como era de costume?
GILSON SANTOS: Recebemos muitas
carroçadas de resíduos. Chegamos a receber
de dez a quinze por dia. Acredito que eles
estão mudando a forma de trabalhar.
NEP-MA: Os materiais ainda vêm misturados
nas carroças ou não?
GILSON SANTOS: Vem. Ás vezes o material
vem todo misturado mas como o Ecoponto já
foi muito divulgado na internet, os carroceiros
estão mais informados e estão mudando a
forma de trabalhar porque eles sabem que o
entulho não pode vir misturado a outros
materiais senão não será recebido, então eles
separam antes da entrega. Vem quase tudo
certinho. A gente trabalha mostrando a
maneira correta de fazer, entregando os
folderes para as pessoas virem que o material
deve vir todo separado. Na parte de
reciclagem é comum as pessoas trazerem o
material todo misturado, no caso do vidro eu
percebo que eles já estão se adequando a
pegar um garrafa pet cortar e colocar o vidro
dentro para que o pessoal da coleta não venha
a se cortar, mas o mais importante é a gente
educar as pessoas para fazerem da forma
correta, isso sim é mais importante até que a
coleta.
UmaCarroça deproblemas?
DESCARTE OU DESLEIXO?
"O mais importante é a gente educar as pessoas para fazerem da forma correta, isso sim é mais importante
até que a coleta."Gilson Santos, Coordenador do Ecoponto RenascençaO Ecoponto está gerando uma educação
não é? Finalizou.
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Parceria com os condomínios
DESCARTE OU DESLEIXO?
GILSON SANTOS: Seria ótimo! Bom demais! Talvez
começarmos a fazer a política da boa vizinhança e de
estímulo à reciclagem, visitando os prédios para
conhecer síndicos e moradores que são pessoas que
receberam boa educação as daqui do Renascença e que
sabem, é certo, que distribuir o material para reciclagem
é uma maneira de ajudar o ambiente. São muitos
condomínios aqui, cada prédio daqueles que a gente vê
daqui têm, pelo menos, vinte, trinta ou mais famílias, são
muitos apartamentos e como se fossem trinta casas
NEP-MA: O bairro Renascença onde oEcoponto está instalado é tipicamenteum bairro de condomínios. Vocêspretendem fazer parceria comos síndicos?
em um prédio só. É muito material para reciclagem. No
momento não sabemos ainda a partir de quando a SLEA
vai passar a manter contato com os representantes dos
condomínios mas acredito que sim, deve ser uma
pretensão da empresa. Ela certamente vai adotar um
método e um meio de educar, criar projetos de educação
para a preservação ambiental, que leve aos condomínios
a mensagem de o que é o Ecoponto, como funciona, as
formas de entrega etc. A forma será provavelmente por
meio de visitas. Um bom exemplo seria com a presença
das crianças das escolas municipais, indo de casa em
casa com os professores, entregando material
educacional para a reciclagem, falando sobre como é
bom e importante fazer a reciclagem nos pontos de
coleta, os Ecopontos, principalmente na região onde ele
opera não é? Outra ideia é a criação de um projeto no
qual a SLEA, por meio dos funcionários
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Educando para a práticaDESCARTE OU DESLEIXO?
dos Ecopontos, estes se deslocassem até as
escolas e, uma vez na semana que fosse, cada
Ecoponto um funcionário, explicar aos alunos,
professores e administrativos, o que são os
Ecopontos, o que recebem e o que não recebem,
para as crianças e os demais envolvidos começarem
a entender o que são e como funcionam os pontos
de coleta.
O envolvimento das partes interessadas nas escolas é fundamental para o sucesso de qualquer projeto, ação ou política pública de responsabilidade socioambiental. Sem a educação para a prática nada acontece.
NEP-MA: Voltando à atuação dos carroceiros, no
que se refere à educação para a prática, vocês
fizeram, algum tipo de treinamento, palestra ou
qualquer outra forma de educação, já que é notória
a importância do trabalho correto destes para que
se evite o descarte de resíduos em terrenos baldios
gerando maior risco de doenças e pragas?
GILSON SANTOS: Bem, por enquanto não. Tivemos
cursos fornecidos pela empresa mas para os seus
empregados e sem o envolvimento dos parceiros.
Com certeza no futuro isto será feito com o apoio
dos empregados dos Ecopontos. Já pensou em cada
Ecoponto mais próximo, a empresa fazendo uma
grande evento de capacitação e confraternização
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CONTINUA.
GILSON SANTOS: envolvendo os parceiros de
coleta com o uso de carroças; os funcionários
da empresa realizando palestras, uma festa da
sustentabilidade? Seria bom demais para
todos, para a empresa, para os funcionários,
para os parceiros e para a cidade, não é
mesmo?
Quando inaugura um novo Ecoponto
geralmente o prefeito e a coordenadora do
conselho de limpeza selecionam os carroceiros
que melhor têm se adequado às normas da
empresa e, na oportunidade eles recebem
mais orientações sobre o trabalho, como será
realizado, e todos os representantes da
sociedade recebem orientações sobre como
vai funcionar o trabalho no ponto de coleta.
quais materiais serão recebidos no local. Já
existem carroceiros bem treinados, não todos,
mas alguns que já estão sabendo muito do
próprio trabalho.
NEP-MA: Gilson, você gosta de trabalhar com
materiais recicláveis?
GILSON SANTOS: Gosto. Gosto muito. É muito
bom. Dá uma sensação legal de saber que
estou ajudando o ambiente. Aqui trabalhamos
separando e coordenando a entrega e o
recebimento dos materiais recicláveis e
enviando para as cooperativas e, de algum
modo aprendemos a cada dia coisas novas
sobre reciclagem com a população. A gente
passa o que a gente aprendeu e eles nos
passam o que eles trazem como conhecimento
de casa, para nós, unindo empresa e
comunidade, sociedade. É muito interessante
mesmo. Eu moro no São Bernardo, um bairro
distante, mas às sete horas já estou aqui,
Envolvendo a sociedade
É DESCARTE OU DESLEIXO?
O envolvimento das partes interessadas
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Bem protegido é o idealDESCARTE OU DESLEIXO?
começando o meu trabalho, recebendo material,
fazendo a minha parte, o meu trabalho. Acordo às
cinco.
NEP-MA: Quando vocês entregam às cooperativas o
material coletado estão ajudando a formar renda.
O outro lado é a recepção nas cooperativas. Nem
todos os fornecedores de materiais recicláveis
A entrega dos materiais que podem ser reciclados nos pontos de coleta deve ser feita com todos os materiais separados e organizados por tipo e bem protegidos e acondicionados em sacos e similares.
entregam o material bem acondicionado. Muitas
vezes os materiais são transportados em veículos
abertos, caem pelas ruas ou são entregues soltos.
Estivemos na Ascamar para esta matéria e vimos
muitos materiais jogados por todo o terreno da
cooperativa, sacos plásticos e papéis voando ao
vento, poluindo o ambiente invés de promover a
melhoria, quando deveriam estar protegidos em um
local fechado. Encontramos muitos resíduos
jogados no chão. Como vocês entregam o material
que é coletado, já que o transporte é fornecido por
vocês?
GILSON SANTOS: Em nosso caso isso não acontece.
A gente coleta o material que pode ser reciclado e
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que algumas vezes vêm separados e outras
são entregues em sacolas ou sacos,
misturados. A gente separa e guarda em sacos
próprios. O papelão geralmente vem na forma
de caixas muito grandes e que não cabem nos
sacos, então a gente arruma, amarra, coloca
no caminhão. Garrafas tipo PET, vasilhames de
de água sanitária e outros, colocamos em
sacos e vai tudo ensacado para entrega. Nada
é entregue solto, jogado. O caminhão é
fechado, ele tem quatro portas que fecham,
não vão abertas, não tem como vazar lixo no
ambiente. Os motoristas são treinados para
entregar tudo direito. A entrega também é
feita por tipo de material e num dia papel, no
outro plástico, no outro metal, para não haver
mistura de materiais num incidente no trajeto
que possa vir a acontecer. Hoje mesmo
entregamos plástico e amanhã entregaremos
papel e depois metal. Nós temos um
controle rigoroso de entrega.
NEP-MA: Já devem ter dito à vocês o lado
positivo do trabalho que realizam.
O homem descarta muito lixo na natureza, já
degradou rios, matou e continua matando
animais, derrubando florestas, extinguindo
espécies e poluindo mares. Não prevenindo
pela educação fica mais difícil combater os
efeitos. Você quer deixar uma mensagem final
aos nossos leitores?
GILSON SANTOS: Educação é importante para
que o nosso trabalho tenha impacto. Não
adianta receber todo o material do mundo e
as pessoas, quando não existir um Ecoponto
por perto, jogar os resíduos em qualquer
lugar.
EntregaLimpa
É DESCARTE OU DESLEIXO?
A importância do respeito pelos parceiros na entrega dos coletados
Educação é importante para que o nosso trabalho tenha impacto. Não adianta receber todo o material do mundo e as pessoas, quando não
existir um Ecoponto por perto, jogar os resíduos em qualquer lugar.
[Gilson Santos]
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01 Gerenci@l
NOSSA TAREFA DEVERIASER NOS LIBERTARMOS…AUMENTANDO O NOSSOCÍRCULO DE COMPAIXÃOPARA ENVOLVER TODAS
AS CRIATURAS VIVENTES,TODA A NATUREZA E SUA
BELEZA. ALBERT EINSTEIN, FÍSICO
PENSAR
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REFERÊNCIAS
19
http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80058/PERS/MA%20PERS%20Vol%202_
2012jul.pdf
http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/instrumentos-
da-politica-de-residuos/item/10611
http://www.fragmaq.com.br/blog/saiba-sao-15-cidades-poluidas-brasil/
https://movimentomunicipalista.wordpress.com/tag/cidades-que-mais-poluem/
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2014/05/dez-
cidades-com-o-bar-mais-poluido-do-mundob.html
www.greenpeace.org.br
https://movimentomunicipalista.wordpress.com/tag/cidades-que-mais-poluem/
http://www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/o-isopor-e-reciclavel/
Observação: Todas as fotografias pertencem ao NEP-MA.
Rosa Graça Lima Barreto Domigues
Administradora de Empresas, Pedagoga, MBA em Planejamento, Orçamento e Gestão Pública pela FGV/ISAN
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Está esperando o desfecho do tema de capa?
Não adianta esperar porque ainda não temos a resposta. O
tema exige ampla análise do cenário político e medições
às quais o cidadão não tem acesso ainda, tais como: o
custo-benefício da manutenção dos Ecopontos; as
propostas que estarão contidas nas propostas dos futuros
candidatos a prefeitos da capital e outros vetores
relevantes que continuaremos a pesquisar e acompanhar.
É preciso que se reflita uma "Fossa de Java" até que se
possa responder se a instalação de Ecopontos será
contínua e definitiva ou somente uma ação reativa.
E dai?