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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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www.radiofontedeaguaviva.net
Revista da Associação Católica Fonte de Água Viva – ACFAV – Edição 8
EDIÇÃO
ESPECIAL SANTA
TERESINHA
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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Sumário Uma Edição Especial ................................................................................................................. 4
Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face (1873 – 1897)........................................... 5
Veja Datas Importantes da Vida de Santa Teresinha ................................................................ 17
Alençon (1873-1877) ....................................................................................................... 17
Lisieux (1877-1888) ......................................................................................................... 17
Carmelo (1888-1897)....................................................................................................... 20
Fatos póstumos ............................................................................................................... 23
Pensamentos e Frases de Santa Teresinha .............................................................................. 25
Torne-se Um Sócio Evangelizador ........................................................................................... 33
Novena das Rosas ................................................................................................................... 35
Orações a Santa Teresinha ...................................................................................................... 37
EXPEDIENTE
A Revista Fonte de Água Viva é uma publicação da Associação Católica Fonte de Água
Viva (ACFAV).
Contatos: Site : www.radiofontedeaguaviva.net – e-mail: acfav@hotmail.com
Colaboraram nesta edição: Edmilson Aparecido; Pe. Zezinho,sc; Rosemary Pereira
Mota.
Agradecimentos: Rádio Fonte de Água Viva; CNBB; Congregação dos Padres
Dehonianos, Basílica Santa Teresinha.
É permitida a reprodução dos artigos aqui contidos, favor citar autor e fonte.
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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Editorial
Uma Edição Especial
Estamos dedicando esta edição a uma das Santas mais
populares de todo o mundo: Santa Teresinha do Menino
Jesus.
Ao longo dessa edição você conhecera a história desta
menina que mesmo sem sair do convento onde morou
conseguiu Evangelizar o mundo inteiro. Também
conhecerá seus pensamentos e ensinamentos que nos
leva até uma verdadeira experiência com Deus.
Pedimos que você nos ajude a levarmos essa edição ao
maior número de pessoas. Assim como Santa Teresinha
que sonhava em ser missionária, que você possa ser um
verdadeiro missionário, uma verdadeira missionária,
levando essa mensagem de paz e amor a todas as
pessoas do mundo.
Santa Teresinha – Rogai Por Nós!
A Redação
Cantinho do Leitor
Este espaço é seu querido(a) leitor(a), participe enviando criticas,
elogios e sugestões.
Revista Fonte de Água Viva
e-mail: acfav@hotmail.com
Site: www.radiofontedeaguaviva.net
Facebook: www.facebook.com/associacaocatolicafontedeaguaviva
Contamos com sua Participação!!!
OBS: Nesta Edição Não Publicaremos as Cartas e e-mails recebidos
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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Vida de Santa Teresinha - Biografia
Santa Teresinha do Menino Jesus e da
Sagrada Face (1873 – 1897)
Maria Francisca Teresa Martin nasceu em
Alençon, França, no dia 2 de janeiro de 1873,
cercada de grande afeto e educada pelos pais,
Zélia e Luís Martin, segundo sólidos valores
cristãos. Foi batizada dois dias depois do
nascimento, tendo como madrinha a irmã mais
velha, Maria (1860-1940), que depois se
tornaria irmã Maria do Sagrado Coração.
Teresa era a caçula de cinco irmãs, todas as
quais se dedicaram à vida religiosa. Além de
Maria, havia Paulina (1861-1951)
futuramente, madre Inês de Jesus; Leônia
(1863-1941) depois irmã Maria Francisca
Teresa; e Celina (1869-1959) mais tarde irmã
Genoveva da Sagrada Face. O casal Martin
teve outros quatro filhos, que morreram ainda
na infância. Chegou-se a temer que Teresa
tivesse o mesmo fim pois, desde o início da
vida, a pequena sofria com crises de enterite.
Não tendo a Sra. Zélia Martin como alimentar
a caçula, confiou-a a uma ama de leite que morava numa aldeia distante cerca de duas
horas de Alençon. Ali Teresa permaneceu de março de 1873 a abril de 1874, quando
retornou a casa.
Depois desse percalço, Teresa teve uma infância extremamente feliz. Todos os escritos
de sua mãe dão conta de que ela era uma criança alegre, esperta, carinhosa e obstinada.
E assim permaneceu até os quatro anos, ocasião em que sua mãe morreu de câncer (em
28 de agosto de 1877). Antes desse evento, diz Teresa, “tudo me sorria na terra.
Deparava com flores a cada passo que desse, e minha boa índole contribuía também
para me tornar a vida agradável. Ia, porém, começar um novo período para minha alma.
Devia passar pelo cadinho da provação e sofrer desde a minha infância, a fim de que
pudesse ser oferecida mais cedo a Jesus. Assim como as flores da primavera começam a
germinar debaixo da neve e desabrocham aos primeiros raios de sol, assim também a
florinha (...) teve que passar pelo inverno da provação” (Santa Teresa do Menino Jesus e
da Sagrada Face. História de uma alma: manuscritos autobiográficos. 2ª. ed., São Paulo:
Paulus, 2008. p. 45). Sem a Sra. Martin, cujo sofrimento durante a doença permanecera
vivo na mente de Teresa por muitos anos, a caçula da família escolheu a irmã Paulina
como sua “segunda mãe”.
Santa Teresinha e Sua Irmã Celina
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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Após a morte da esposa, o Sr. Martin
decide mudar-se para a cidade de
Lisieux, por insistência de seu cunhado,
Isidoro Guérin. Instalados na casa
conhecida como “Os Buissonnets”,
tinham contato frequente com os tios
maternos de Teresa, que ajudaram em
sua educação, e com as primas Joana e
Maria. Nesse período (entre os quatro e
os 14 anos), Teresinha identifica, após a
infância extremamente feliz, o segundo
e mais doloroso momento de sua vida
especialmente depois do ingresso de
Paulina no Carmelo, em outubro de
1882. A menina antes extrovertida
torna-se tímida, passa a chorar com
facilidade e diz só sentir-se bem em
família.
Os Buissonnets
Com oito anos e meio, Teresa, que até
essa idade havia estudado em casa, com
as irmãs Maria e Paulina, entrou para
um pensionato mantido por monjas
beneditinas na Abadia de Notre-Dame-
du-Pré, em Lisieux, onde estudou até os
13 anos. Esse período foi muito difícil
para a pequena Teresa, que considera os
cinco anos que passou na abadia os
mais tristes de sua vida. Não porque
tivesse dificuldade com os estudos (ao
contrário, era quase sempre a primeira
da turma, embora tenha entrado em
classe de alunas mais velhas que ela,
graças à boa educação que tivera em
casa), mas porque se sentia deslocada,
não gostava de brincar da forma como
as outras crianças brincavam, “parecia-
lhe [...] muito desagradável viver entre
flores de toda espécie, com raízes às
vezes um tanto grosseiras [...]” (op. cit.,
p. 66). Depois que deixou a abadia,
continuou sua educação tomando aulas
semanais com uma professora
particular, Sra. Papineau.
Teresa tinha nove anos quando sua
“segunda mãe” entrou para o Carmelo,
fato que lhe deixou desolada e que
intensificou a dor da ainda não
cicatrizada ferida pela perda da mãe.
Com esse acontecimento, diz ter
compreendido “num instante” o que era
a vida: sofrimento e separação contínua.
Diz ela: “derramei lágrimas bem
amargas, pois ainda não compreendia o
gozo do sacrifício” (op. cit., p. 72). No
entanto, quando sua doce “mãe” lhe
explicou como era a vida no Carmelo,
Teresa quis seguir o mesmo caminho,
não por Paulina, “mas por Jesus tão
somente” (op. cit., p.73).
Compreendendo que aquele era um
chamado divino, Paulina levou a irmã
para visitar a madre priora do Carmelo,
Maria de Gonzaga, que acreditou na
sinceridade do desejo e na vocação de
Teresa, mas advertiu-lhe que seria
preciso aguardar até os 16 anos.
Frágil emocional e fisicamente, aos 10
anos de idade a “rainhazinha” do Sr.
Martin é acometida de uma doença de
diagnóstico incerto. Certa noite, após
um passeio com o tio em que ele lhe
falou sobre sua mãe, Teresa começou a
ter tremores, anorexia, alucinações, que
se agravaram até que ficou sem poder
falar. Os médicos não conseguiam nem
mesmo fazer um diagnóstico de sua
enfermidade. No entanto, ela foi
instantamente curada após um sorriso
de uma imagem de Maria Santíssima, a
quem a família invocava sob o título de
Nossa Senhora das Vitórias, que se
encontrava em seu quarto – daí a
origem da devoção à “Virgem do
Sorriso”. Formidavelmente, tudo isso
aconteceu num dia 13 de maio, porém o
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ano era 1883 – mais de 30 anos antes da
primeira aparição de Nossa Senhora em
Fátima (em 1917).
Nossa Senhora do Sorriso
Em 8 de maio de 1884, Teresa faz sua
primeira comunhão, motivo de grande
júbilo para toda a família. O
acontecimento foi comparado por ela a
um beijo de amor, ou, mais ainda, a
uma fusão de amor com Jesus. No dia
14 de junho do mesmo ano, recebeu o
sacramento da Confirmação, tendo sido
sua madrinha a irmã Leônia. “Nesse
dia”, diz ela, “recebi a força de sofrer,
pois logo em seguida devia começar o
martírio de minha alma...” (op. cit., p.
95). A Florzinha branca, que já havia
muito pensava em seguir o caminho da
irmã Paulina, acalentava cada vez mais
o sonho de ser carmelita. Mas antes dela
foi a vez da irmã mais velha, Maria,
entrar para o Carmelo (para o mesmo
convento onde se encontrava Paulina),
em 15 de outubro de 1886.
Por volta de um ano após sua primeira
comunhão, e por cerca de um ano e
meio, Teresa foi atormentada pela
“doença dos escrúpulos”, pela qual tudo
se lhe afigurava pecado, e tudo parecia
ser impeditivo para receber a Eucaristia.
“É preciso passar por tal martírio para o
compreender. [...] Todos os meus
pensamentos e as mais simples
atividades se tornavam para mim
motivo de perturbação” (op. cit., p.
100). Teresa só sentia algum alívio
quando contava os seus pensamentos à
irmã Maria, que a acalmava e orientava.
Depois que Maria entrou para o
Carmelo, a caçula passou a dirigir-se
sobre essa questão aos seus quatro
irmãos falecidos: “Foi aos quatro
anjinhos, meus predecessores lá no alto,
que me dirigi com a ideia de que suas
almas inocentes, por não terem jamais
conhecido inquietações nem temores,
deviam compadecer-se de sua pobre
maninha que sofria aqui na terra [...]
(op. cit., pp. 109-110). Diz ela que a
resposta não se fez esperar e que a paz
logo lhe inundou a alma com sua
“deliciosa exuberância” (op. cit., p.
110).
Ainda antes dos 14 anos, uma de suas
principais leituras foi o livro A imitação
de Cristo, que de tanto ler sabia quase
de cor. Ao lado da Sagrada Escritura,
foi na Imitação de Cristo que a santa
dizia encontrar “alimento sólido e todo
puro” para a sua espiritualidade (op.
cit., p. 197). Por volta de 17 ou 18 anos,
encontrou luzes e sustento espiritual nas
obras de São João da Cruz. Mas foi sem
dúvida nos Evangelhos que encontrou
“tudo quanto minha pobre alminha
necessita. Nele sempre encontro novas
luzes, sentidos ocultos e misteriosos...
Compreendo, e sei por experiência, que
o reino de Deus está dentro de nós.
Jesus não precisa de livros nem de
doutores para instruir as almas. Ele, o
Doutor dos doutores, ensina sem ruído
de palavras [...] É quem me orienta,
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inspirando-me o que devo dizer ou
fazer” (op. cit., p. 197).
A graça da Maturidade
Espiritual
Teresa, assumidamente mimada e
demasiadamente sensível (a ponto de
admitir que se havia tornado “realmente
insuportável” em razão dessa
peculiaridade – op. cit., p. 111), diz que
“recebeu a graça de sair da infância”
após um acontecimento familiar que
determinou uma guinada em sua vida.
Esse evento acontece no Natal de 1886
e enseja o que ela considera a graça da
conversão completa. Seguindo um
antigo costume da família, ao chegar da
missa da meia-noite foi pegar seus
sapatos na lareira, os quais,
previsivelmente, estariam com
presentes. O pai, que sempre gostara de
ver a filha dar gritos de alegria naquelas
ocasiões, estava fisicamente cansado e,
sem saber que a menina o ouvia, acabou
por dizer palavras que a feriram:
“Afinal, que sorte ser este o último
ano!...” referindo-se ao fato de que, no
ano seguinte, o pequeno ritual seria
dispensado, já estando a caçula com 14
anos.
A emotiva Teresa, que subia as escadas
da casa, ficou com lágrimas nos olhos e,
disfarçando, continuou seu trajeto.
Apenas a irmã Celina percebeu o que se
passara. Teresa então sufocou as
lágrimas e, contrariando seu
comportamento habitual, refez-se e
desceu rapidamente as escadas. É que
num átimo Jesus lhe transformara o
coração fazendo-a amadurecer
instantaneamente. Diz ela que o Bom
Deus operou um pequeno milagre para
fazê-la crescer de uma vez (op. cit., p.
112) e transformar a menina mimada e
sensível em pessoa forte e corajosa,
“vindo a justificar-se a observação que
me fora feita: „Tanto choras em tua
infância que não te sobrarão lágrimas
para chorar mais tarde!‟” (op. cit., p.
112). De fato, ali, diz ela, Jesus quis
mostrar-lhe que devia livrar-se dos
defeitos da infância, e daquele momento
em diante estancou-se a fonte de suas
lágrimas (op. cit., p. 112).
Santa Teresinha aos 15 anos
Nessa noite de Natal Teresa identifica o
início do terceiro período de sua vida, o
mais belo de todos e o mais repleto de
graças do céu. A partir daí, passou a
sentir de forma ineditamente intensa o
desejo de trabalhar pela conversão dos
pecadores, de ser pescadora de almas:
“Senti, numa palavra, a caridade
penetrar-me no coração, a necessidade
de esquecer-me a mim mesma, para dar
prazer e, desde então, fui feliz! (op. cit.,
p. 113). Certo domingo, olhando
condoída uma gravura de Nosso Senhor
na cruz, e meditando sobre suas
palavras – “Tenho sede” – sentiu
intenso desejo de dar de beber ao seu
Bem-Amado e sentiu-se ela própria
sedenta de almas (nesse momento, ainda
não as de sacerdotes, como ocorreria
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mais tarde, mas as de grandes
pecadores).
No ano seguinte (1887), ocorre um
episódio marcante para a espiritualidade
de Teresa. O execrado Henrique
Pranzini, que havia assassinado duas
mulheres e uma criança em Paris, fora
condenado à morte. Nos meses de julho
a agosto Teresa rezou intensamente pela
salvação da alma do criminoso, que não
demonstrava remorso, e pediu a Nosso
Senhor um sinal de arrependimento do
assassino. No fim de agosto, leu
exultante nos jornais que no momento
em que o pescoço de Pranzini foi
colocado na guilhotina, ele agarrou um
crucifixo que lhe dera um sacerdote e
beijou três vezes as sagradas chagas.
Era o sinal que ela havia pedido e que
indicava a aprovação divina de seu
desejo de ser pescadora de almas: “Não
foi diante das chagas de Jesus, vendo
correr seu sangue divino, que a sede de
almas me calou no coração?” (op. cit.,
p. 115). Teresa considerou Pranzini o
seu “primeiro filho” – ela que, mais
tarde, já no Carmelo, diria a Nosso
Senhor: vós o sabeis, não tenho outros
tesouros senão as almas que vos
aprouvestes unir à minha” (op. cit., p.
277).
A Superação dos Obstáculos
Para Entrar no Carmelo
Teresa resolveu contar ao pai seu desejo
de entrar para o Carmelo no dia de
Pentecostes, 29 de maio de 1887.
Apesar da tristeza por vislumbrar a
separação de sua “rainhazinha”, o pai
logo entendeu que essa era a vontade do
Senhor, dizendo “que o Bom Deus lhe
fazia grande honra em lhe pedir assim
suas filhas” (op. cit., p. 124) – outras
duas (Maria e Paulina) já estavam no
convento.
Uma série de provações se seguiu à
determinação de Teresa de entrar para o
Carmelo. Logo de início, o tio materno,
que ajudava o Sr. Martin na criação das
filhas, proibiu Teresa de falar de sua
vocação antes dos 17 anos. A menina
ficou profundamente triste, mas
resolveu, 15 dias depois, falar
novamente com o tio. Nos três dias que
antecederam a nova conversa, passou
por uma “profunda noite da alma...
Como Jesus no jardim da agonia, sentia-
me só, não encontrando consolo nem na
terra, nem nos céus” (op. cit., p. 126).
Mas no dia seguinte, um sábado – dia
consagrado a Nossa Senhora –,
conversando novamente com o tio,
deparou com uma outra pessoa, que
mostrou entender sua vocação e afirmou
que a ela não faria oposição.
Santa Teresinha aos 13 anos
Por pouco tempo durou sua alegria, pois
numa visita à irmã Paulina soube que o
superior eclesiástico do Carmelo de
Lisieux, padre Delatroëtte, só lhe
permitiria entrar para o claustro aos 21
anos. Dirigiu-se então com o pai e a
irmã Celina ao padre, mas novamente
teve seus desejos frustrados. Como, por
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fim, o superior lhe afirmou que era
apenas um delegado do bispo de
Bayeux e Lisieux, Dom Hugonin (1823-
1898), Teresa decidiu conversar com o
prelado, com o firme intuito de
demonstrar-lhe a firmeza de sua
vocação; mas nesse encontro também
não obteve resposta favorável.
Sagrada Face de Jesus
Numa peregrinação a Roma, com o pai
e a irmã Celina, feita por ocasião do
áureo jubileu sacerdotal do Papa Leão
XIII, teve uma audiência com o Sumo
Pontífice. Depois de lhe beijar os pés,
com os olhos marejados e a voz
trêmula, pediu ao Santo Padre uma
grande graça: a permissão de entrar para
o Carmelo aos 15 anos de idade.
Informado pelo vigário geral de D.
Hugonin, monsenhor Révérony, de que
o assunto estava sendo examinado pelos
superiores do Carmelo, Leão XIII disse
a Teresa: “Vamos lá... Vamos lá...
Entrareis, se o Bom Deus o quiser!”
(op. cit., p. 153).
E o Bom Deus o quis. Finalmente, após
inúmeros obstáculos, foi autorizada a
entrada de Teresa para o Carmelo pelo
bispo de Bayeux, no dia 28 de
dezembro de 1887. Porém a priora do
Carmelo de Lisieux, madre Maria de
Gonzaga, determinou que o ingresso se
desse somente depois da Quaresma.
Assim, em 9 de abril de 1888, quando
era celebrada a festa da Anunciação, a
Florzinha branca finalmente realizou o
seu sonho. A escolha de seu nome
religioso foi considerada por Teresa
uma delicadeza do Menino Jesus. Desde
cedo, ela se oferecera para ser um
brinquedo nas mãos do Menino:
“Dissera-lhe que se utilizasse de mim,
não como brinquedo de valor, que as
crianças se contentam em olhar, sem
coragem de pegar nele, mas como
bolinha sem nenhum valor, que poderia
jogar ao chão, bater com o pé, furar,
largar num canto, ou também apertar ao
coração, quando fosse de seu agrado”
(op. cit., p. 155). Ao meditar sobre qual
seria o seu nome ao entrar para o
Carmelo, ocorrera-lhe, como num sonho
acordada, a lembrança de Jesus
pequenino, e pensou que seria muito
feliz se se chamasse Teresa do Menino
Jesus (op. cit., p. 84). Sem saber de seus
desejos, madre Maria de Gonzaga teve a
idéia de chamá-la exatamente assim,
para sua enorme alegria.
A Vida no Carmelo
Logo depois que entrou para o claustro,
Teresa fez, em 28 de maio de 1888, uma
confissão geral, “como nunca fizera
anteriormente”, com o padre Pichon,
que, ao final, asseverou: “Na presença
do Bom Deus, da Santíssima Virgem e
de todos os Santos, declaro que jamais
cometestes um só pecado mortal” (op.
cit., p. 168). E assim aquela que recebeu
tão grande graça de Nosso Senhor
iniciou sua caminhada no Carmelo,
sempre perseguindo o caminho da
perfeição e da santidade em meio à vida
de oração e trabalhos diários.
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No dia 10 de janeiro de 1889, Teresa
recebeu o hábito da Ordem e escreveu
pela primeira vez num santinho: “Irmã
Teresa do Menino Jesus e da Sagrada
Face”. Se a devoção ao Menino Jesus
vinha da infância, a devoção à Sagrada
Face iniciou-se por meio de sua irmã
madre Inês de Jesus, já no início da vida
religiosa de Teresa. No Carmelo, diz-
nos a santa que as lágrimas e o sangue
de Jesus se tornaram seu orvalho, e seu
sol era a sua adorável Face, velada de
pranto (op. cit., p. 170). Dessa forma,
conseguiu aproximar-se de Jesus
contemplando os sofrimentos expostos
na sua Sagrada Face e adentrou os
“mistérios de amor” nela escondidos,
compreendendo enfim “o que vinha a
ser a verdadeira glória” (op. cit., p.
171).
Santa Teresinha no Carmelo
Nos dias que antecederam a cerimônia,
Teresa andava triste porque tudo
indicava que seu pai não poderia estar
presente – desde o ano anterior ele
apresentava sintomas da arteriosclerose
cerebral que lhe provocou paralisia e
tirou-lhe a sanidade mental, e que
acabou por levá-lo à morte. Porém o Sr.
Martin se recuperou
surpreendentemente e pôde participar,
“formoso e imponente” (op. cit., p.
174), da solenidade, ocasião em que
Teresa o abraçou pela última vez. Além
de lhe conceder essa graça, Jesus quis
agradá-la de tal forma que a presenteou
com neve nesse dia glorioso – desde a
infância, Teresa ficava extasiada com a
neve (“quiçá por ser florzinha de
inverno”, dizia ela (op. cit., p. 173), e
sempre desejara que no dia de sua
tomada de hábito a natureza estivesse,
como ela, “enfeitada de branco” (op.
cit., pp. 173-174).
O que fora fazer no Carmelo, a Pequena
Flor o disse antes de emitir os sagrados
votos, no dia 8 de setembro de 1890, na
festa da Natividade da Virgem Maria:
“Declarei-o aos pés de Jesus-Hóstia no
exame que precedeu minha profissão:
„Vim para salvar as almas e,
principalmente, para rezar pelos
sacerdotes‟” (op. cit., p. 167). De fato,
desde a viagem a Roma decidira-se
firmemente a rezar especialmente pelas
almas dessas pessoas tão especiais que
se dedicam com tanto afinco ao reino de
Deus.
Na véspera de sua profissão, Teresa fora
atormentada por dúvidas sobre sua
vocação, o “demônio insuflava-me a
certeza de que [a vida no Carmelo] não
era feita para mim” (op. cit., p. 182).
Porém uma conversa com sua mestra
fez com que se pacificasse: “Ela,
felizmente, viu mais claro do que eu, e
tranquilizou-me por completo. Aliás, o
ato de humildade que eu acabava de
praticar afugentara o demônio, que
talvez me não julgasse com ânimo de
confessar minha tentação. Tão logo
acabei de falar, dissiparam-se minhas
dúvidas (op. cit., p. 183). Assim, no dia
da profissão diz ter-se sentido
“inundada por um caudal de paz...”,
aduzindo que sua união com Jesus “não
se efetuou entre trovões e relâmpagos,
isto é, entre graças extraordinárias, mas
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no meio de uma ligeira brisa” (op. cit.,
p. 183).
No dia 24 de setembro de 1890 ocorreu
a cerimônia de sua tomada de véu, à
qual já não pôde comparecer o Sr.
Martin. Um mês após a tomada de
hábito de Teresa, seu pai fora internado
na casa de saúde do Bom Salvador, em
Caen, onde permaneceu por três anos.
Tendo retornado a Lisieux em 1892, foi
levado ao Carmelo para uma última
visita às filhas, mas estava tão
debilitado que mal podia falar. No
momento de separar-se delas, só
conseguiu dizer: “Até ao céu!” O Sr.
Martin faleceu em 29 de julho de 1894,
após uma longa e dolorosa doença que
roubou a dignidade do querido “rei” de
Teresa (a qual, apenas no Carmelo,
numa conversa com a irmã Maria, foi
compreender a visão que tivera, aos seis
ou sete anos, das provações por que
passaria o pai).
Após a morte do Sr. Martin, a filha
Celina, que até o fim cuidou do pai,
junto com os tios maternos, entra
também para o Carmelo, onde já se
encontravam três das outras irmãs
(Leônia entrou definitivamente para a
Ordem da Visitação de Santa Maria, em
Caen, em 1899, tendo recebido o nome
de irmã Francisca Teresa). Aliás, a
entrada de Celina no Carmelo foi o sinal
que Teresinha pedira a Deus de que seu
pai havia ido diretamente para o céu.
No dia 9 de junho de 1895, na festa da
Santíssima Trindade, Teresa se oferece
como vítima de holocausto ao Amor
misericordioso de Deus, para salvação
das almas. Ela, que considerava grandes
e generosas as almas que se ofereciam
como vítimas à justiça divina, preferiu
oferecer-se ao amor do Pai, que “de
todas as partes é desconhecido,
rejeitado. Os corações a quem o desejais
prodigalizar voltam-se para as criaturas,
pedindo-lhes felicidade em troca de seu
miserável afeto, em vez de se atirarem a
vossos braços e aceitarem vosso amor
infinito [...] Se vossa justiça, que só
abrange a terra, tende a desobrigar-se,
quanto mais não deseja vosso amor
misericordioso abrasar as almas, porque
vossa misericórdia sobe até os céus”
(op. cit., p. 198).
No início de 1895, por determinação de
madre Inês de Jesus, Teresa dá início
aos escritos que futuramente comporão
o livro História de uma alma, que
resume a vida e a doutrina da Santa das
Rosas. A obra, publicada um ano após
sua morte, já foi traduzida em 58
idiomas e é responsável por várias
histórias de conversão em todo o
mundo.
Em fins de 1895, Teresa recebe uma
grande graça. Ela, que sempre desejou
ter um irmão sacerdote, pensava que se
os seus irmãozinhos tivessem
sobrevivido esse sonho se poderia
realizar. “Eis como Jesus não só me
concedeu a graça que almejava, mas
uniu-me pelos vínculos da alma a dois
de seus apóstolos, que se tornaram meus
irmãos (op. cit., p. 273). No dia 17 de
outubro, madre Inês de Jesus lhe confia
a tarefa de ser irmã espiritual de um
jovem seminarista da diocese de
Bayeux (que veio a ser o padre
Maurício Bartalomeu Bellière), por cuja
alma deveria zelar de modo especial
com orações e sacrifícios. Depois, em
30 de maio de 1896, a então superiora
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madre Maria de Gonzaga perguntou-lhe
se não queria tomar a seu encargo os
interesses espirituais de um missionário,
Adolfo Roulland, seminarista da
Sociedade das Missões Estrangeiras de
Paris, que fora ordenado em 28 de junho
1896. “Pois bem, eis como me pus em
união espiritual com os apóstolos que
Jesus me dera na qualidade de irmãos”,
disse a Florzinha de Jesus (op. cit., p.
276).
Nas várias ocupações que assumiu no
Carmelo - rouparia, refeitório, sacristia,
instrução de noviças (como auxiliar de
madre Maria de Gonzaga) -, Teresa
sempre procurou fazer suas tarefas com
humildade e obediência. Esforçava-se
por manter distância de Paulina e Maria,
limitando-se às conversas na hora do
recreio, já que “não foi para viver com
minhas irmãs que vim ao Carmelo, mas
unicamente para atender ao chamado de
Jesus” (op. cit., p. 235). Em meio a sua
rotina, nutria o desejo de ser
missionária. Mesmo já doente, dirigiu-
se à superiora madre Maria de Gonzaga
assim dizendo: “Bem o sabeis, minha
querida madre, vossa aspiração
apostólica encontra em minha alma um
eco muito fiel. Permiti-me que vos
conte porque desejei e ainda desejo,
caso a Santíssima Virgem me cure,
abandonar, em favor de uma terra
estranha, o delicioso oásis onde vivo tão
ditosa sob o vosso maternal olhar. [...]
dissestes-me [...] que eu tinha tal
vocação, e que o único obstáculo seria
minha saúde” (op. cit., 237). Mas não
foi da vontade de Deus que Teresa
partisse em missão. Entretanto, Ele, que
sempre atendeu sobejamente os desejos
da Santa, fez que, após sua morte, ela
fosse declarada Padroeira Universal das
Missões, sem nunca ter saído do
Carmelo, ratificando o valor da oração e
do sacrifício para a salvação das almas.
Diz-nos o papa Bento XVI: “todo
cristão, mesmo se é forçado a viver na
solidão, pode ser um missionário
autêntico através da oração”.
Padecimento e Morte
Desde o início de 1896, Teresa, que ao
longo de sua vida no Carmelo já
experimentara diversos momentos de
aridez espiritual, passou pela grande
provação da tentação contra a fé. Com a
alma invadida por “densas trevas”, o
pensamento do céu, tão doce para ela, já
não era senão motivo de luta e tormento
(op. cit., 231). Assim explica o estado
em que se encontrava: “De repente, [...]
os nevoeiros que me cercam ficam mais
compactos, penetram-me na alma,
envolvem-na de tal sorte que já me não
é possível reconhecer a imagem tão
doce de minha Pátria [o céu]. Lá se foi
tudo! Quando quero repousar meu
coração, fatigado das trevas que o
rodeiam, com a evocação do país
luminoso pelo qual aspiro, meu
tormento redobra. Parece-me que as
trevas, tomando a voz dos pecadores,
me dizem escarnecendo-se de mim:
„Sonhas com a luz, uma pátria
embalsamada dos mais suaves
perfumes. Sonhas com a posse eterna do
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
14
Criador de todas essas maravilhas. Crês
que um dia sairás dos nevoeiros que te
cercam! Avante, avante! Alegra-te com
a morte. Dar-te-á não o que esperas,
mas uma noite mais profunda ainda, a
noite do nada” (op. cit., p. 232).
Porém, ao invés de esmorecer, ela, que
já apresentava sintomas da tuberculose
que ocasionaria sua morte , empenhava-
se com mais fervor ainda aos atos de fé:
“Ah! Que Jesus me perdoe se lhe fiz
agravo. Sabe porém que eu, embora não
esteja em gozo da fé, procuro pelo
menos praticar as obras
correspondentes. Acho que, de um ano
pra cá, fiz mais atos de fé do que em
toda a minha vida. A cada nova ocasião
de combate, quando o inimigo vem
provocar-me, comporto-me com
valentia [...] Corro [...] para o lado de
Jesus, digo-lhe que estou disposta a
derramar até a derradeira gota de sangue
para professar que existe um céu” (op.
cit., p. 233).
Quando, na Sexta-feira Santa, verificou
que vomitara sangue, e apercebendo-se
de que aquilo provavelmente era sinal
de proximidade da morte, foi tomada de
grande alegria, pela esperança de em
breve estar com seu amado Jesus. “Era
como que um murmúrio suave e
distante a anunciar-me a chegada do
Esposo”, diz ela (op. cit., p. 230).
Porém ainda havia um longo caminho
de sofrimentos a percorrer, ponteado
por dores e incômodos intensos, febre,
tosse, uma série de hemoptises que se
inicia em 6 de julho e dura até 5 de
agosto.
Em 8 de julho de 1897, com o
agravamento da doença, Teresa passou
à enfermaria do convento e foi somente
aí que parou de escrever os textos que
futuramente comporiam o Manuscrito C
de História de uma alma, dirigido à
madre Maria de Gonzaga). Próximo a
ela foi instalada a estátua da Virgem do
Sorriso, que desde a infância a
acompanhava. No dia 17 de julho,
sentindo aproximar-se a morte, fez a
célebre declaração: “Sinto sobretudo
que minha missão vai começar, minha
missão de fazer amar o Bom Deus como
eu o amo, de indicar às almas minha
pequena trilha. Se o Bom Deus atender
meus desejos, meu céu se passará na
terra, até o fim do mundo. Sim, quero
passar meu céu a fazer o bem na terra”
(op. cit., p. 285).
Em 28 de julho, agrava-se bastante seu
estado de saúde, e dois dias depois
Teresa recebe a Unção dos Enfermos e
o Viático. Após uma inesperada
melhora, volta a sofrer atrozmente.
Durante esse período, chegou a dizer:
“Que seria de mim se o Bom Deus me
não desse força? Não se faz ideia do que
é sofrer assim. [...] Que grande graça
possuir a fé! Não fosse minha fé, matar-
me-ia, sem hesitar um só instante” (op.
cit., 286). Em todo esse tempo de
agonia, Teresa mantém surpreendente
senso de humor. A irmã Maria da
Eucaristia, que assistia a doente, chegou
a escrever aos pais, dizendo-lhes:
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
15
“Quanto ao moral, sempre a mesma
coisa, a jovialidade personificada,
fazendo rir a todos quantos dela se
acercam. Momentos há em que a gente
pagaria para ter vez de ficar junto a
ela...” (op. cit., p. 287). Teresa comunga
pela última vez em 19 de agosto.
Nos dois últimos dias antes de morrer, a
Santa que faria chover rosas sobre toda
a humanidade entrou em agonia.
Próximo da hora de sua morte, relata
sua irmã Paulina (madre Inês de Jesus):
“[...] percebi pela súbita lividez que o
derradeiro transe se aproximava. [...]
Horrível estertor lancinou-lhe o peito
por mais de duas horas. O rosto estava
congestionado, as mãos arroxeadas.
Tinha os pés gelados, e tremia de todos
os membros. Copioso suor orvalhava-
lhe a fronte em gotas enormes,
destilando-lhe pelas faces. Sentia uma
ofegação cada vez maior, e para
respirar, soltava de vez em quando
gritinhos involuntários” (op. cit., p.
293). Na hora do Ângelus, fixou o olhar
na imagem da Virgem do Sorriso e
segurou firmemente o crucifixo do qual
não se separava e para o qual, pouco
antes de morrer, olhou, dizendo: “Meu
Deus, eu vos amo, eu vos amo.”
Depois dessas últimas palavras, seu
semblante voltou à expressão de saúde
ao olhar para um ponto abaixo da
estátua da Virgem do Sorriso; ela
parecia estar em êxtase. Logo em
seguida, fechou os olhos e faleceu,
aproximadamente às 19h20min do dia
30 de setembro de 1897. Teresa foi
enterrada no mesmo cemitério de
Lisieux em que estavam sepultados seus
pais, mas em março de 1923 seu corpo
retornou ao Carmelo de Lisieux.
A Glória nos Céus e a Chuva de
Rosas Sobre a Terra
Logo após a sua morte, inúmeros foram
os milagres atribuídos à antes
desconhecida carmelita descalça. No
processo de beatificação de Teresa,
foram apresentadas à então Sagrada
Congregação dos Ritos (hoje
Congregação para as Causas dos
Santos) duas curas prodigiosas. A
primeira foi a da irmã Luísa de São
Germano, da Congregação das Filhas da
Cruz, que padecia de grave úlcera
hemorrágica no estômago; a segunda,
do seminarista Charles Anne, que estava
com tuberculose pulmonar cavitária.
Ambos foram instantaneamente curados
após recorrer à intercessão de Santa
Teresinha. Analisadas com todo o rigor
estabelecido pela Igreja para atestar a
autenticidade de um milagre, as curas
foram declaradas inexplicáveis e
prodigiosas.
Os milagres se sucederam em todo o
mundo. Ensejando a rápida abertura do
processo de canonização da Beata,
foram expostos ao exame da Sagrada
Congregação dois novos casos: a cura
de Gabriela Trimusi e de Maria
Pellemans, apresentados
respectivamente pela diocese de Parma
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
16
(Itália) e de Malines (Bélgica). A irmã
Gabriela Trimusi, da Congregação das
Filhas dos Sagrados Corações, em
Parma, foi curada de uma artrossinovite
crônica que lhe provocava enormes
dores nos joelhos e de uma espondilite
que lhe atacava a espinha dorsal. A
doença já durava anos, e não respondera
a nenhum dos tratamentos tentados.
Curou-se após uma novena em honra da
Bem-Aventurada. Maria Pellemans
sofria de turberculose pulmonar, tendo
mais tarde manifestado também enterite
e gastrite da mesma origem tuberculosa.
Curou-se após uma peregrinação ao
túmulo da então Beata Teresa do
Menino Jesus, cuja intercessão invocou.
Teresa foi beatificada em 29 de abril de
1923 e canonizada em 17 de maio de
1925, pelo Papa Pio XI, que a
proclamou padroeira universal das
missões, ao lado de São Francisco
Xavier, em 14 de dezembro de 1927.
Pio XI tinha grande devoção a Santa
Teresinha, que dizia ser “a estrela de
seu pontificado”. Em 3 de maio de
1944, o papa Pio XII proclamou-a
padroeira secundária da França, ao lado
de Santa Joana d‟Arc. Pela carta
apostólica Divini Amoris Scientia, de 19
de outubro de 1997, o Papa João Paulo
II proclamou-a doutora da Igreja
Universal, incluindo-a num rol
reservado a apenas 33 outros santos da
Igreja, dos quais somente três são
mulheres (as outras duas são Santa
Teresa d‟Ávila e Santa Catarina de
Sena). No fim desse ano, em 13 de
dezembro, a urna com suas relíquias foi
trazida ao Brasil pelas mãos do cardeal
primaz Dom Lucas Moreira Neves.
A festa em honra de Santa Teresinha foi
incluída no calendário de festividades
da Igreja Católica em 1927. A
celebração era então feita no dia 3 de
outubro. Em 1969, o Papa Paulo VI
transferiu-a para 1º de outubro (isso
porque no dia 30 de setembro, data em
que morreu a santa, celebra-se o dia de
São Jerônimo, que traduziu a Bíblia do
grego para o latim). Em nossa basílica,
celebramos o trânsito de Santa
Teresinha para o céu no dia 30 de
setembro, e no dia 1º de outubro ocorre
a grande festa em que os fiéis
demonstram sua gratidão à santa em
meio a uma alegre chuva de rosas. Salve
Santa Teresinha! – “a maior santa dos
tempos modernos”, no dizer do papa
Pio X.
Fonte: Basílica Santa Teresinha -
http://basilicasantateresinha.org.br/
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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Cronologia de Santa Teresinha
Veja Datas Importantes da Vida de Santa Teresinha
Alençon (1873-1877)
2/1/1873 Nascimento de Maria Francisca Teresa Martin, à rua Sainte-
Blaise (São Brás), 36 (hoje 42).
4/1/1873
Batismo na igreja de Nossa Senhora (pelo Pe. Lucien Dumaine).
Padrinhos: a irmã mais velha, Marie (13 anos) e Paul Albert
Boul (13 anos).
14/1/1873 Primeiro sorriso à mãe.
15 ou 16/3/1873 Partida para Semallé (Orne) a fim de ser amamentada por Rosa
Taillé.
2/4/1874 Retorno definitivo de Teresa para casa.
29/3/1875 Viagem com a mãe a Mans para visitar a tia (Irmã Maria
Dositéia) no mosteiro da Visitação
16/7/1876 Primeiro retrato. Faz beicinhos para o fotógrafo.
24/12/1876 Zélia Martin consulta-se com Dr. Notta, em Lisieux. Fica
sabendo que não é possível operar o tumor no seio.
03/4/1877 Aos quatro anos, afirma: "Serei religiosa em um claustro".
4/4/1877 Primeiro escrito de Teresa: um bilhete a Luisa Madalena, amiga
da irmã Paulina.
18 a 23/6/1877 Peregrinação da Sra. Martin, Maria, Paulina e Leônia a Lourdes
28/8/1877 Morre da Sra. Martin
29/8/1877 Enterro da Sra. Martin. Teresa escolhe Paulina como sua
segunda mãe.
Lisieux (1877-1888)
15/11/1877 Chegada de Teresa e suas irmãs a Lisieux, aos cuidados dos tios
Celina e Isidoro Guérin
16/11/1877 Instalação nos Buissonnets
30/11/1877 O Sr. Luís Martin chega aos Buissonnets
8/8/1878 Teresa vê o mar pela primeira vez, em Trouville
Verão de 1879 (ou
em 1880) Teresa tem uma visão profética da provação de seu pai
Fim de 1879 (ou
começo de 1880) Primeira confissão de Teresa
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
18
13/5/1880 Primeira comunhão de Celina
1º/12/1880 Primeira carta (que se conserva) escrita por Teresa (sozinha).
Destinava-se à irmã Paulina.
3/10/1881 Matrícula de Teresa na abadia das beneditinas como semi-
interna.
12/1/1882 Inscrição na Obra da Santa Infância
16/2/1882 Paulina decide ingressar no Carmelo. Teresa também se sente
chamada.
2/10/1882 Paulina entra para o Carmelo de Lisieux.
Dezembro de 1882 Teresa sente dores de cabeça constantes, sofre de insônia e
aparecem-lhe bolhas pelo corpo.
25/3/1883
Enquanto o Sr. Martin, Maria e Leônia estão em Paris para a
Semana Santa, Teresa adoece na casa dos Guérin. Tem
tremores nervosos e alucinações.
06/4/1883 Tomada de hábito de Paulina (Irmã Inês de Jesus). Teresa pôde
abraçar a irmã no locutório.
7/4/1883 Recaída, nos Buissonnets.
13/5/1883 Pentecostes. Sorriso da Virgem cura instantaneamente Teresa.
Agosto de 1883 Férias em Alençon
22/8/1883 Primeiro encontro com o Padre Pichon em Alençon
Fevereiro-maio de
1884
Cartas da irmã Paulina com a finalidade de preparar Teresa para
a primeira comunhão
5 a 8/5/1884 Retiro preparatório.
7/5/1884 Confissão geral.
08/5/1884 Primeira Eucaristia na Abadia das Beneditinas. Profissão de
Irmã Inês de Jesus no Carmelo.
22/5/1884 (Ascensão) Teresa comunga pela segunda vez.
14/6/1884 Teresa é crismada na abadia por Dom Hugonin, bispo de
Bayeux, tendo a irmã Leônia como madrinha.
Agosto de 1884 Férias em Saint-Ouen-le-Pin, na casa da tia Celina Guérin.
25/9/1884 Inscrição na Confraria do Santo Rosário
14/12/1884 Teresa é nomeada Conselheira da Associação dos Santos Anjos,
na Abadia.
26/4/1885 Inscreve-se na Confraria da Sagrada Face de Tours.
3-10/5/1885 Férias em Deauville.
17 a 21/5/1885 Retiro preparatório de renovação. Início da crise de escrúpulos,
que durara cerca de um ano e meio.
Julho de 1885 Férias em Saint-Ouen-le-Pin.
22/8 a começo de
outubro de 1885 Viagem do Sr. Martin a Constantinopla.
Fim de setembro
de 1885 Férias em Trouville.
Outubro de 1885 Teresa retorna sozinha (sem Celina) para a abadia.
15/10/1885 Inscreve-se no Apostolado da Oração
2/2/1886 Recepção como aspirante das Filhas de Maria.
Fevereiro-março
de 1886 Teresa deixa a abadia e passa a ter lições com a Sra. Papineau.
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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Começo de julho
de 1886 Teresa passa três dias em Trouville.
Por volta de 5 de
outubro de 1886 Viagem de alguns dias a Alençon com o pai e as irmãs.
15/10/1886 Entrada de Maria no Carmelo de Lisieux (Irmã Maria do
Sagrado Coração de Jesus)
Fim de outubro de
1886 Teresa fica livre da crise de escrúpulos.
1º/12/1886 Leônia volta para casa.
25/12/1886 Aos treze anos, depois da missa da meia-noite, Teresa recebe a
graça da “conversão”, nos Buissonnets.
19/3/1887 Tomada de hábito de Maria.
1º/5/1887 O Sr. Martin tem um ataque de paralisia. Leitura das
conferências de Arminjon.
29/5/1887 Pentescostes. Teresa obtém autorização do pai para ingressar no
Carmelo aos quinze anos de idade.
31/5/1887 Teresa é admitida como Filha de Maria na Abadia.
20-26/6/1887 Férias em Trouville.
Primavera-verão
de 1887 Conversas espirituais com Celina no mirante dos Buissonnets.
Julho de 1887 A imagem do Crucificado desvenda a vocação apostólica de
Teresa.
13/7/1887 O assassino Pranzini é condenado à morte. Teresa reza e se
sacrifica pela conversão dele.
16/07/1887 Entrada de Leônia na Visitação de Caen.
1º/9/1887 Teresa lê a notícia da execução de Pranzini e de sua conversão
31/10/1887 Visita a Dom Hugonin, em Bayeux, para solicitar autorização
de ingressar no Carmelo.
4/11/1887 Teresa viaja para Paris com o Sr. Martin e Celina e depois ruma
para Roma, passando por Mião, Veneza e Loreto.
20/11/1887 Em audiência com Leão XIII, Teresa solicita sua anuência para
entrar no Carmelo.
2/12/1887 Teresa regressa a Lisieux.
28/12/1887 Resposta favorável de Dom Hugonin à priora do Carmelo,
Madre Maria de Gonzaga, para admissão de Teresa.
1º/1/1888 Resposta positiva, mas a Madre Superiora decide que a entrada
de Teresa se dê depois da Quaresma.
09/4/1888 Festa da Anunciação. Entrada de Teresa no Carmelo de Lisieux.
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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Carmelo (1888-1897)
9/4/1888 a
10/1/1889 Postulantado. Ocupação: rouparia.
22/5/1888 Profissão da Irmã Maria do Sagrado Coração.
28/5/1888 Confissão geral ao Pe. Pichon. Libertação de sofrimentos
espirituais.
23/6/1888 Sr. Martin vai para o Havre.
12/8/1888 Novo ataque do Sr. Martin, nos Buissonnets.
fim de outubro de
1888 Teresa é admitida pelo Capítulo Conventual à tomada de hábito.
31/10/1888 Grave recaída do Sr. Martin no Havre.
5-10/1/1889 Retiro para tomada de hábito.
10/01/1889 Tomada de hábito. Última festa para o Sr. Martin. Teresa
acrescenta "da Santa Face" ao seu nome religioso.
10/1/1889 a
24/9/1890
Noviciado Ocupação: refeitório (com irmã Inês de Jesus) –
serviço de vassoura.
12/2/1889 O Sr. Martin é internado no Hospital Bon Salvador de Caen.
Julho de 1889 Teresa recebe uma graça marial no eremitério de Santa
Madalena e "semana de quietude".
Janeiro 1890 Retardamento da profissão de Teresa. Ela lê Les fondements de
la vie spirituelle, do Pe. Surin.
1889 Ao longo do ano, descobre os textos relativos ao “servo que
sofre” (Isaías). Leitura das obras de São João da Cruz.
28/8 a 8/9/1890 Retiro para profissão. Secura espiritual.
2/9/1890 Exame canônico na capela. Bênção de Leão XIII.
7/9/1890 Teresa duvida de sua vocação.
8/9/1890 Profissão de Teresa. Sente-se "inundada de um rio de paz".
24/9/1890 Tomada de véu, sem a presença do Sr. Martin.
10/2/1891 Designada segunda sacristã, com a irmã Santo Estanislau.
Abril-julho 1891 Oração por Jacinto Loyson.
07 a 15/10/1891 Retiro pregado pelo padre franciscano Aleixo Prou. Teresa é
lançada "nas ondas da confiança e do amor".
5/12/1891 Morte da madre Genoveva, fundadora do Carmelo de Lisieux.
Fim de dezembro
de 1891 Epidemia de influenza.
10/5/1892 Retorno do Sr. Martin a Lisieux.
12/5/1892 Última visita do Sr. Martin no locutório do Carmelo.
2/2/1893 Teresa compõe sua primeira poesia, O orvalho divino.
20/2/1893 Eleição de Madre Inês como Priora. Teresa torna-se auxiliar da
mestra de noviças, Madre Maria de Gonzaga.
Junho de 1893 Teresa pinta um afresco no oratório.
24/6/1893 Leônia entra pela segunda vez na Visitação de Caen.
Setembro de 1893 Teresa fica no noviciado. Ocorre sua nomeação como segunda
porteira.
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21
2/1/1894 Teresa atinge a maioridade.
21/1/1894 Primeira “recreação piedosa”. Interpreta o papel de Joana d´Arc.
Primavera 1894 Começa a sofrer da garganta.
16/6/1894 Entrada da irmã Maria da Trindade, que é confiada a Teresa.
29/07/1894 Morte do Sr. Martin.
Agosto 1894 Teresa muda de cela.
14/9/1894 Entrada de Celina no Carmelo. Ela é confiada a Teresa.
Dezembro 1894 Recebe da Madre Inês de Jesus a ordem de escrever suas
memórias.
1895 Ano da redação do Manuscrito A.
5/2/1895 Tomada de hábito de Celina (Irmã Genoveva)
26/2/1895 Teresa compõe a poesia “Viver de amor”.
abril 1895 Confidencia a Irmã Teresa de Santo Agostinho: "Morrerei em
breve".
9/6/1895 (Festa da Santíssima Trindade) Recebe, durante a missa, a
inspiração de oferecer-se ao Amor Misericordioso.
11/6/1895
Faz, com Celina, a oblação do Amor, diante da Virgem do
Sorriso. (Pouco depois, ao começar sua via-sacra, vivencia
intensa experiência do amor de Deus.)
20/7/1895 Leônia sai da Visitação.
15/8/1895 Entrada de Maria Guérin no Carmelo.
17/10/1895 Teresa é designada, por Madre Inês, irmã espiritual do Pe.
Maurício Bellière, seminarista e aspirante a missionário.
20/1/1896 Teresa entrega a Madre Inês o Manuscrito A.
24/2/1896 Profissão da Irmã Genoveva.
17/3/1896 Tomada de véu da Irmã Genoveva. Tomada de hábito de Maria
Guérin (Irmã Maria da Eucaristia).
21/3/1896
Difícil eleição (sete dias) de Madre Maria de Gonzaga ao
priorado. Teresa é confirmada no cargo de mestra auxiliar no
noviciado. Outros ofícios: sacristia, pintura, rouparia (com
Maria de São José).
2 a 3/3/1896 Noite de Quinta para Sexta-feira Santa: primeira hemoptise, na
cela.
3/4/1896 Segunda hemoptise.
05/4/1896 Entrada na "noite da fé" (provação da fé), que durará até sua
morte.
10/5/1896 Sonho com a Venerável Ana de Jesus.
30/5/1896 Madre Maria de Gonzaga confia a Teresa um segundo irmão
espiritual: Padre Roulland, das Missões Estrangeiras.
3/7/1896 Primeira missa do Padre Roulland no Carmelo. Conversa com
Teresa no locutório.
7-18/9/1896 Retiro individual.
08/9/1896 Redação do Manuscrito B.
13-16/9/1896 Carta à Irmã Maria do Sagrado Coração (Manuscrito B, 1ª
parte).
Novembro de
1896
Leitura da vida de Teófanes Vénard. Novena a esse mártir para
conseguir a partida como missionária para a Indochina. Recaída
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
22
do pulmão.
25/3/1897 Profissão da Irmã Maria da Eucaristia.
Início de abril
1897 (Fim da Quaresma) Fica gravemente enferma.
6/4/1897 Início das “Últimas Conversas”.
3/6/1897 Redação do Manuscrito C, por ordem de Madre Maria de
Gonzaga.
8/7/1897 Teresa desce para a enfermaria. Hemoptises até 5 de agosto.
Manuscrito C inacabado.
30/7/1897 Unção dos enfermos.
19/8/1897 Última comunhão.
30/8/1897 Última fotografia no claustro
14/9/1897 Desfolha uma rosa sobre o crucifixo.
29/9/1897 Agonia. Confissão ao Pe. Faucon.
30/9/1897 Morte de Teresa, diante da comunidade reunida, por volta das
19h20min.
4/10/1897 Sepultamento no Cemitério de Lisieux.
Acesse: www.aiec.br
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
23
Fatos póstumos
7/3/1898 Dom Hugonin permite a impressão de História de uma alma.
2/5/1898 Morte de Dom Hugonin.
26/5/1898 Reine Fauquet, menina cega de quatro anos de idade, é curada sobre o túmulo de
Teresa.
30/9/1898 Impressão de 2.000 exemplares de História de uma alma.
28/1/1899 Leônia entra definitivamente para a Visitação de Caen.
Páscoa de 1899 Esgotada a primeira edição de História de uma alma.
Outubro de 1899 Esgotada metade da segunda edição (com tiragem de 4.000 exemplares).
1899-1902 Relatos de graças e curas. Chegam peregrinos para rezar na sepultura da Irmã
Teresa no cemitério de Lisieux.
19/4/1902 Reeleição de Madre Inês de Jesus como priora (ficará em exercício até a morte, por
vontade de Pio XI, descontada uma interrupção de 18 meses (1908-1909).
17/12/1904 Morte da Madre Maria de Gonzaga
14/4/1905 Morte da Irmã Maria da Eucaristia, de tuberculose.
9/7/1906 Luís Veuillot, no l´Univers, difunde que o Carmelo trata de introduzir a causa da
Irmã Teresa no Tribunal de Roma.
15/10/1907 Dom Lemonnier, novo bispo de Bayeux, pede que as carmelitas anotem suas
recordações a respeito da Irmã Teresa.
Janeiro de 1909 Padre Rodrigues (OCD, Roma) e Mons. de Teil (Paris) são nomeados,
respectivamente, postulador e vice-postulador da causa de beatificação de Teresa.
5/3/1910 Rescrito de Roma para o processo dos escritos.
Julho de 1910 Desde um ano atrás, o Carmelo recebeu 9.741 cartas da França e do exterior
3/8/1910 Instituição do tribunal diocesano para o processo do Ordinário.
12/8/1910 Primeira sessão do processo, no Carmelo.
6/9/1910 No cemitério de Lisieux, exumação dos restos mortais da Irmã Teresa, e
transladação para novo sepulcro.
10/6/1912 Pio X assina o Decreto de Introdução da Causa (declarara, em particular, a um bispo
missionário que a Irmã Teresa era “a maior santa dos tempos modernos”.
Julho de 1914 Média de 200 cartas por dia.
10/12/1914 Em Roma, decreto de aprovação dos escritos da Irmã Teresa.
17/3/1915 Em Bayeux, início do Processo Apostólico.
9-10/8/1917 Segunda exumação e reconhecimento canônico dos restos mortais da Irmã Teresa
no cemitério de Lisieux.
9/2/1918 Pelo correio do dia, 512 cartas.
14/8/1921 Bento XV promulga o Decreto sobre a heroicidade das Virtudes da Venerável Serva
de Deus e profere uma alocução sobre a infância espiritual.
29/4/1923
Beatificação da Irmã Teresa do Menino Jesus por Pio XI. O Carmelo recebe entre
800 e 1.000 cartas por dia. Relíquias são trasladadas do cemitério de Lisieux para o
Carmelo.
17/5/1925 Solene Canonização na Basílica de São Pedro, em Roma. Homilia de Pio XI em
presença de 60.000 pessoas. À noite, na Praça de São Pedro, 500.000 peregrinos.
Janeiro de 1927 Publicação das “Últimas conversas”.
13/7/1927 A festa litúrgica de Santa Teresinha é ampliada para a Igreja Universal.
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
24
14/12/1927 Proclamada Padroeira Universal das Missões, ao lado de São Francisco Xavier, por
Pio XI.
30/9/1929 Lançamento da primeira pedra da Basílica de Lisieux.
11/7/1937 Inauguração e bênção da Basílica de Lisieux pelo legado do Papa, Cardeal Pacelli,
futuro Pio XII. Mensagem de Pio XI, retransmitida pelo rádio.
24/7/1941 Fundação da Missão de França. Seu seminário é instalado em Lisieux.
3/5/1944 Nomeada Padroeira secundária da França, juntamente com Santa Joana d'Arc, por
Pio XII.
Junho de 1944 Lisieux é parcialmente destruída pelos bombardeios dos aliados. A abadia (escola de
Teresa) desaparece.
1947 50º aniversário da morte de Santa Teresinha. Sua urna é transportada por quase
todas as dioceses da França.
Setembro de 1948 Primeira edição das Cartas.
11/7/1954 Solene consagração da Basílica de Lisieux.
1956
Publicação da edição fac-similar dos Manuscritos autobiográficos (reconstituição de
História de uma alma segundo os textos originais), pelo Padre Francisco de Santa
Maria.
Julho de 1971 Publicação dos “Derniers entretiens” (primeiro volume da Edição do Centenário).
Julho de 1972 Publicação da “Correspondance générale” (Edição do Centenário).
1973 Celebração do centenário de nascimento de Teresa Martin.
17/5/1975 Celebração do cinquentenário de canonização da santa.
30/9/1997 Primeiro centenário da morte.
19/10/1997 Solene proclamação de Santa Teresinha como Doutora da Igreja, pelo Papa João
Paulo II.
13/12/1997 A urna com suas relíquias chega ao Brasil para peregrinar por várias dioceses,
trazida pelo Cardeal Primaz Dom Lucas Moreira Neves.
30/9/1998 Primeiro Centenário da Publicação de "História de uma Alma".
Junho e julho de 2010 Relíquias de Santa Teresinha visitam a África do Sul
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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Pensamentos de Santa Teresinha
Pensamentos e Frases de Santa Teresinha
Amor - caridade
“Pratica-se mais caridade prestando obséquios a quem nos é menos simpático. Oh!
como ajeitamos mal os nossos negócios (espirituais) nesta terra! É preciso, portanto,
não faltar à caridade com o próximo.”
“O nosso Amado devia ter enlouquecido para vir à terra em busca dos pecadores com o
fim de fazer deles os seus amigos, os seus íntimos, os seus semelhantes. Ele que era
perfeitamente feliz com as outras duas Pessoas da Trindade, dignas de adoração.”
“Nós não poderemos nunca fazer por Ele as loucuras que Ele fez por nós, e as nossas
ações não merecerão nunca esse nome, porque não passam de ações muito razoáveis e
muito aquém do que o nosso amor quereria realizar.”
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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“Tenho um caráter tal que o temor me
deita para trás, ao passo que o amor não
só me faz correr, mas voar.”
“Como é doce o caminho do amor! É
certo que se pode cair, que se podem
cometer infidelidades, mas o amor,
fazendo tudo de um sabor, bem
depressa consome tudo o que possa
desgostar Jesus, não deixando senão
uma humilde e profunda paz no fundo
do coração.”
“Apanhar um alfinete por amor pode
converter uma alma. Que grande
mistério! Só Jesus pode dar um valor
tão grande às nossas ações. Amemo-Lo,
pois, com todas as nossas forças.”
“Vede que pensar coisas belas e santas,
fazer livros, escrever vidas de santos
não tem valor algum em comparação
com a simples ação de responder
imediatamente quando vos batem à
porta.”
“A caridade deu-me a chave de minha
vocação.“
“Compreendi que o amor abrange todas
as vocações, alcançando todos os
tempos e todos os lugares...”
“Minha vocação é o amor!”
“Muitas vezes, sem que nós o saibamos,
devemos as graças e luzes que
recebemos a uma alma escondida,
porque Deus quer que os santos
comuniquem a graça uns aos outros por
meio da oração, para que no céu se
amem com um grande amor, com um
amor ainda maior que o amor da
família, mesmo da família mais ideal da
terra. Quantas vezes não tenho pensado
se não deverei todas as graças que tenho
recebido às orações de uma alma que
pedia por mim a Deus e a quem só
conhecerei no céu!”
“A caridade não deve consistir em
simples sentimentos, mas em obras”
“A caridade é o caminho excelente, que
conduz seguramente a Deus.”
“... Pensar em uma pessoa que se ama é
rezar por ela.”
“Ó Trindade, vós sois prisioneira de
meu amor!”
“Ó meu Deus, Trindade Bem-
aventurada! Eu vos desejo amar e vos
fazer amada...”
“Parece-me que agora nada me impede
de levantar vôo, pois não tenho mais
grandes desejos a não ser o de amar até
morrer de amor.”
“Sinto que quando sou caridosa é só
Jesus que age em mim.”
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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Sacrifício - mortificação
“Muitas almas dizem: „Mas eu não
tenho forças para cumprir tal sacrifício‟.
Que elas façam, então, o que eu fiz: um
grande esforço. Deus jamais recusa esta
primeira graça que nos dá coragem de
agir; depois disso o coração se fortifica
e vai-se de vitória em vitória.”
“Não tenho outro modo de mostrar-Te o
meu amor senão lançando-Te flores,
isto é, não deixando escapar nenhum
pequeno sacrifício, nem um só olhar,
nem uma só palavra, aproveitando até
as menores coisas e fazendo-as por
amor...”
“Minhas mortificações consistiam em
refrear minha vontade, sempre prestes a
se impor.”
Obras
“Se todas as almas fracas e imperfeitas
sentissem o que sente a mais pequena
de todas as almas, a alma da vossa
Teresinha, nem uma só perderia a
esperança de chegar ao cume da
montanha do amor, pois Jesus não pede
grandes obras, mas somente abandono e
agradecimento.”
“Jesus não olha tanto para a grandeza
das obras, nem sequer para a sua
dificuldade, mas para o amor com que
se fazem.”
"Os mais belos pensamentos nada são
sem as obras".
Nossa Senhora
“Às vezes surpreendo-me dizendo:
„Querida Santíssima Virgem, parece-me
que sou mais ditosa do que Tu, porque
eu te tenho por Mãe, ao passo que Tu
não tens uma Santíssima Virgem a
quem amar... É verdade que Tu és a
Mãe de Jesus, mas esse Jesus, Tu no-Lo
deste por inteiro a nós, e Ele, da cruz, te
deu a nós por Mãe.´”
“Maria, se eu fosse a rainha do céu e tu
fosses Teresa, eu quereria ser Teresa
para que tu fosses a Rainha do céu”.
"A Santíssima Virgem demonstrou-me
que nunca deixou de proteger-me. Logo
quando a invoco, quando me vem uma
incerteza, um aperto, imediatamente
recorro a ela, e sempre cuida de meus
interesses como a mais terna das Mães."
"Sabe-se muito vem que a Santíssima
Virgem é a Rainha do Céu e da Terra,
porém ela é muito mais Mãe que
Rainha".
"Eu nunca aconselho nada a ninguém
sem antes recomendar-me à Virgem
Santíssima. Ela é que faz que as
palavras que digo tenham eficácia nos
que as ouvem."
“Prestai atenção ao que faz Maria;
imitai-a... e esse Deus de bondade
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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recompensará vossa fé.”
Sofrimento
"Quando se quer atingir um fim, deve-
se procurar os seus meios. Jesus me fez
compreender que era pela cruz que Ele
queria me dar almas e minha atração
pelo sofrimento cresceu na medida em
que o sofrimento aumentou".
"O sofrimento me estendeu os braços e
neles me joguei com amor".
"Vejo que só o sofrimento pode gerar
almas".
"Quero sofrer por amor e mesmo
alegrar-me por amor".
"Meu Deus, por vosso amor aceito tudo:
se quiserdes, quero mesmo sofrer até
morrer de aflição".
"O sofrimento se torna a maior das
alegrias quando a gente o busca como o
mais precioso dos tesouros".
"Se um suspiro pode salvar uma alma,
que não podem fazer os sofrimentos
como os nossos? Não recusemos nada a
Jesus!"
"Aproveitemos de nosso único
momento de sofrimento! Só vejamos
cada instante... um instante é um
tesouro!"
“Não foi sofrendo e morrendo que Jesus
resgatou o mundo?”
“O sofrimento unido ao amor é a única
coisa que me parece desejável no vale
das lágrimas.”
“Bem ao contrário de me lamentar,
alegro-me porque o Bom Deus me
permite sofrer ainda mais por seu
amor.”
"Sobre a prensa do sofrimento Te
provarei meu amor. Não quero outra
alegria senão me imolar cada dia."
“Jesus, sem dúvida, mudará minha
natureza no céu, do contrário sentirei
saudades do sofrimento e do vale de
lágrimas.”
“Jamais teria acreditado que fosse
possível sofrer tanto! Jamais! Jamais!
Não posso explicar isso senão pelos
desejos ardentes que tenho tido de
salvar almas.”
“O Bom Deus me dá coragem na
proporção dos meus sofrimentos. Sinto
que, no momento, não poderia suportar
mais, mas não tenho medo, pois se Ele
os aumentar, aumentará, ao mesmo
tempo, minha coragem.”
“A vida é apenas um sonho, em breve
acordaremos e que alegria!... quanto
mais nossos sofrimentos são grandes,
tanto mais nossa glória será infinita.”
“Acho que nesses momentos de grandes
tristezas tem-se a necessidade de olhar
para o céu em lugar de chorar...”
“Sofro apenas cada instante. É porque
se pensa no passado e no futuro que a
gente se desencoraja e se desespera.”
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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Morte
“Não é a morte que me virá buscar: é
Nosso Senhor.”
“Como dizem que todas as almas são
tentadas pelo demônio na hora da
morte, penso que passarei também por
isso. Mas talvez não: sou pequenina
demais, e como os pequeninos ele não
pode...”
"Depois de minha morte, farei cair uma
chuva de rosas."
"Eu não morro, entro na vida."
"Não prefiro nem morrer nem viver... O
que o Bom Deus prefere e escolhe para
mim, eis o que me agrada mais.”
Variedade das almas – Salvação das
almas
“Tudo o que tenho, tudo o que ganho é
para a Igreja e as almas.”
“Senhor, Tu sabes que não tenho outros
tesouros senão as almas que quiseste
unir à minha.”
“A nossa missão é esquecermo-nos de
nós mesmos. Somos tão pouca coisa! E
não obstante, Jesus quer que a salvação
das almas dependa de nossos sacrifícios
e do nosso amor. Ele mendiga-nos
almas. Compreendamos o seu olhar.
São tão poucos os que sabem
compreendê-lo!”
“Dignou-se Jesus esclarecer-me a
respeito deste mistério. Pôs-me diante
dos olhos o livro da natureza, e
compreendi que todas as flores por Ele
criadas são formosas, que o esplendor
da rosa e a brancura do lírio não
eliminam a fragrância da violetinha nem
a encantadora simplicidade da bonina...
Fiquei entendendo que se todas as
florzinhas quisessem ser rosas, perderia
a natureza sua gala primaveril.”
“Quis Ele [Deus] criar os grandes
santos, que podem ser comparados aos
lírios e às rosas, mas criou também os
mais pequenos, e estes devem
contentar-se em serem boninas ou
violetas, cujo destino é deleitar os olhos
do Bom Deus.”
“Assim como o sol clareia ao mesmo
tempo os cedros e cada pequena flor,
como se na terra só ela existisse, assim
também Nosso Senhor se ocupa em
particular de cada alma [...] e como na
natureza todas as estações se dispõem
de molde a fazer desabrochar na data
prevista a mais singela margarida, assim
também todas as coisas estão
proporcionadas ao bem de cada alma.”
Céu
“Jesus irá fazer todas as minhas
vontades lá no céu porque eu nunca fiz
as minhas vontades aqui na terra.”
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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“Quando eu chegar ao céu, quantas
graças vou pedir para vocês!
Atormentarei tanto a Nosso Senhor que,
se Ele a princípio pensar em me recusar,
minha insistência vai obrigá-lo a
atender meus desejos.”
Santa Teresinha Doutora da Igreja
“A vida não é triste. Ao contrário, é
muito alegre. Se você dissesse que o
exílio é triste, então se compreenderia...
Comete-se um erro chamando vida ao
que deve acabar. Só as coisas do céu
merecem ser chamadas assim.
Compreendendo isso, vê-se que a vida
não é triste, mas alegre, muito alegre.”
“Quando eu estiver no céu, será preciso
encher muitas vezes minhas mãozinhas
de orações e de sacrifícios para atirá-
los, como chuva de graças sobre as
almas.”
“Quero passar meu céu fazendo o bem à
terra.”
“Formei uma idéia tão elevada do céu
que às vezes me pergunto como é que
Deus se arranjará, depois da minha
morte, para me surpreender. A minha
esperança é tão grande e é para mim
motivo de tanta alegria – não pelo
sentimento, mas pela fé – que precisarei
de alguma coisa que supere todo o
entendimento para me saciar
plenamente.”
“Pressinto sobretudo que a minha
missão vai começar: a minha missão de
fazer amar a Deus como eu o amo, de
dar às almas o meu pequeno caminho.
Se Deus escutar os meus desejos,
passarei o meu céu na terra até o fim do
mundo. Sim, quero passar o meu céu
fazendo o bem na terra.”
Perfeição - santidade
“Às vezes, quando leio certos tratados
espirituais em que se apresenta a
perfeição rodeada de mil estorvos e mil
obstáculos, cercada de uma multidão de
ilusões, o meu pobre espírito cansa-se
logo; fecho o douto livro que me faz
doer a cabeça e me seca o coração, e
tomo nas mãos a Sagrada Escritura.
Então tudo me parece luminoso, uma só
palavra abre à minha alma horizontes
infinitos, a perfeição me parece fácil:
vejo que basta reconhecermos o nosso
nada e abandonarmo-nos como uma
criança nos braços de Deus.”
“Compreendi que na busca da perfeição
há muitos graus, e que cada alma é livre
de corresponder aos convites do Senhor
e de fazer pouco ou muito por Ele,
numa palavra, de escolher entre os
sacrifícios que Ele nos apresenta. Então,
como nos dias da minha infância,
exclamei: „Meu Deus, eu escolho
tudo‟.”
“A santidade não consiste em dizer
coisas belas, nem sequer em pensá-las
ou senti-las... Consiste em sofrer, e em
sofrer toda espécie de sofrimentos: „A
santidade deve ser conquistada na ponta
da espada‟.”
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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“Consiste a perfeição em fazer Sua
vontade, em ser o que Ele quer que
sejamos.”
“Sim, tudo está bem, quando só se
busca a vontade de Jesus.”
“Deus não poderia me inspirar desejos
irrealizáveis; portanto, posso, apesar da
minha pequenez, aspirar à santidade."
“Acho que a perfeição é fácil de se
praticar, porque compreendi que basta
pegar Jesus pelo coração...”
“Quisera eu encontrar também um
elevador que me elevasse até Jesus,
porque sou demasiado pequena para
subir a dura escada da perfeição.”
Bondade e misericórdia de Deus
“Deus deu-me a sua misericórdia
infinita e, através dela, contemplo e
adoro as demais perfeições divinas...
Então todas elas se apresentam aos
meus olhos radiantes de amor.”
"O Bom Deus me fez compreender que
existem almas que sua misericórdia não
se cansa de esperar..."
"Como a bondade e o amor
misericordioso de Jesus são pouco
conhecidos!..."
"Deus é mais terno que uma mãe."
"O Senhor é tão bom para comigo, que
me é impossível temê-lo."
"Por uma graça fielmente recebida, Ele
me concedia uma multidão de outras."
Oração
“Para mim, a oração é um impulso do
coração, um simples olhar dirigido ao
céu, um grito de agradecimento e de
amor, tanto no meio da tribulação como
no meio da alegria. Em uma palavra, é
algo grande, algo sobrenatural que me
dilata a alma e me une a Jesus."
“Para sermos escutados, não temos que
ler num livro uma bela fórmula
composta para um caso particular. [...]
Fora do Ofício Divino, que sou muito
indigna de recitar, não tenho ânimo de
sujeitar-me a procurar nos livros belas
orações. Faz-me doer a cabeça, são
tantas! [...] umas mais bonitas que as
outras... Não poderia recitá-las todas e,
não sabendo qual delas escolher, faço
como crianças que não sabem ler. Digo,
muito simplesmente, ao Bom Deus o
que lhe quero dizer, sem usar belas
frases, e Ele sempre me entende...”
"Como é grande o poder da oração! É
como uma rainha que em todo o
momento tem acesso direto ao rei e
pode conseguir tudo o que lhe pede."
Pobreza e infância espiritual
“Compreendo, e sei por experiência,
que o reino de Deus está dentro de nós.
Jesus não precisa de livros nem de
doutores para instruir as almas. Ele, o
Doutor dos doutores, ensina sem ruído
de palavras.”
“Ser pequeno é não desanimar com as
faltas próprias, pois as crianças caem
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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com frequência, mas são demasiado
pequenas para machucar-se
seriamente.”
“Quando Ele nos vê profundamente
convencidas do nosso nada, estende-nos
a mão, mas se continuamos a tratar de
coisas grandes – mesmo que sob
pretexto de zelo –, Jesus deixa-nos sós.”
"É muito doce a gente se sentir fraco e
pequeno!"
"É preciso abandonar o futuro nas mãos
do Bom Deus..."
"Não me inquieto, absolutamente, com
o futuro..."
"Não consigo crescer, devo suportar-me
como sou, com todas as minhas
imperfeições."
"Meu caminho é o caminho da infância
espiritual, o caminho da confiança e da
entrega absoluta."
"Espero tudo do Bom Deus, como uma
criancinha espera tudo de seu pai."
“Os grandes santos trabalharam para a
glória de Deus; eu, porém, que sou uma
alma bem pequenina, trabalho só para o
seu prazer...”
"Como estou longe de ser conduzida
pela via do temor, sei sempre encontrar
o meio de ser feliz e aproveitar de
minhas misérias."
Vaidade – Perigos do mundo
"Em vez de me causar mal, levar-me à
vaidade, os dons que Deus me
prodigalizou (sem que Lhe tenha
pedido) me levam para Ele."
"Eu vos suplico, ó meu Deus, enviar-me
uma humilhação cada vez que eu tentar
me elevar acima dos outros."
“É tão fácil extraviar-se pelos caminhos
floridos do mundo [...] Mas se o meu
coração não se tivesse elevado para
Deus desde o primeiro despertar, se o
mundo me tivesse sorrido desde a
minha entrada na vida, que teria sido de
mim?”
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Conquistando Corações Para Deus
Torne-se Um Sócio Evangelizador Você sabia que pode se tornar um Evangelizador sem sair de sua casa?
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Corações Para Deus.
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Novenas
Novena das Rosas
(Pode-se rezar essa novena em qualquer época, mas é proveitoso fazê-lo do dia 9 ao dia
17 de qualquer mês, para participar da comunhão de orações dos que se dedicam a essa
devoção.)
Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, eu vos agradeço todos os favores, todas
as graças com que enriquecestes a alma de vossa serva Teresa do Menino Jesus durante
os 24 anos que passou na terra, e, pelos méritos de tão querida Santinha, concedei-me a
graça que ardentemente vos peço (pedir a graça...), se for conforme a vossa santíssima
vontade e para salvação de minha alma.
Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez vossa
promessa de que ninguém vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de
que alcançarei a graça pedida.
Glória ao Pai... (24 vezes)
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!
Ave-Maria... Pai Nosso...
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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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Orações
Orações a Santa Teresinha
Ladainha de Santa Teresinha
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus, Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus, Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.
São José, rogai por nós.
Santa Teresa de Ávila, rogai por nós.
São João da Cruz, rogai por nós.
São Rafael Kalinowski, rogai por nós.
Santa Elisabeth da Trindade, rogai por nós.
Santa Teresa dos Andes, rogai por nós.
Santa Teresa Margaret Redi, rogai por nós.
Beata Edith Stein, rogai por nós.
Beata Maria Sacrário de São Luiz Gonzaga, rogai por nós.
Beata Maria das Maravilhas de Jesus, rogai por nós.
Santa Teresinha, estrela luminosa do Carmelo, rogai por nós.
Santa Teresinha, Padroeira das Missões, rogai por nós.
Santa Teresinha, Doutora da Pequena Via, rogai por nós.
Santa Teresinha, Padroeira da França, rogai por nós.
Santa Teresinha, Filigrana do Espírito Santo, rogai por nós.
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
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Santa Teresinha, do amor filial, rogai por nós.
Santa Teresinha, perfeição de fé, rogai por nós.
Santa Teresinha, pequena fortaleza de Deus, rogai por nós.
Santa Teresinha, vocação para o amor, rogai por nós.
Santa Teresinha, asceta e mística, rogai por nós.
Santa Teresinha, amor no coração da Igreja, rogai por nós.
Confiança obstinada, rogai por nós.
Confiança invencível, rogai por nós.
Confiança heróica, rogai por nós.
Confiança na própria fraqueza, rogai por nós.
Desejo de santidade, rogai por nós.
Desejo de amor, rogai por nós.
Desejo de virtudes, rogai por nós.
Desejo de renúncia, rogai por nós.
Desejo de retidão, rogai por nós.
Desejo de fidelidade, rogai por nós.
Desejo de perfeição, rogai por nós.
Alma simples, rogai por nós.
Alma sublime, rogai por nós.
Alma cândida, rogai por nós.
Alma missionária, rogai por nós.
Alma penitente, rogai por nós.
Alma pequenina, rogai por nós.
Alma paciente, rogai por nós.
Alma humilde, rogai por nós.
Alma pacífica, rogai por nós.
Alma suave, rogai por nós.
Alma que escolheu tudo, rogai por nós.
Alma dos pequenos sacrifícios, rogai por nós.
Alma doce na noite da provação, rogai por nós.
Apóstola da Misericórdia, rogai por nós.
Apóstola da Confiança e do Abandono, rogai por nós.
Apóstola da Simplicidade de Coração, rogai por nós.
Anjo dos Enfermos e Prisioneiros, rogai por nós.
Pequena Irmã dos Pobres em Espírito, rogai por nós.
Irmã Universal, rogai por nós.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
Rogai por nós, Santa Teresa do Menino Jesus da Santa Face, para que sejamos dignos
das promessas de Cristo.
Oremos... Ó Deus, que sois glorificado em vossos santos e santas, ouví-nos por
intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus, que nos ensinou o Pequeno Caminho
da confiança e do abandono em vossa Misericórdia. Por Cristo Nosso Senhor, Amém.
Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8
39
Oração pelos missionários
Ó Santa Teresinha,
sois exemplo de simplicidade e de
humildade
e sempre vos colocastes nas mãos do
Pai.
Intercedei junto a Deus para que os
homens compreendam o vosso
caminho,
que leva ao Céu,
para que, vencendo o egoísmo e o
orgulho,
possam construir um mundo melhor
e conquistem os povos para o Reino de
Cristo pelo amor, justiça e paz.
Fazei com que os homens
compreendam a mensagem do
Evangelho
e sejam atraídos a viverem o ideal
cristão do amor
pelo espírito de desapego e doação.
Santa Teresinha do Menino Jesus,
padroeira das missões,
rogai por nós e protegei os missionários.
Amém.
Oração de Santa Teresinha pelos
sacerdotes
Ó Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote,
conservai os vossos sacerdotes sob a
proteção do Vosso Coração
Amabilíssimo, onde nada de mal lhes
possa suceder.
Conservai puros e desapegados dos
bens da terra os seus corações, que
foram selados com o caráter sublime do
Vosso Glorioso Sacerdócio.
Fazei-nos crer no seu amor e fidelidade
para Convosco e preservai-os do
contágio do mundo.
Dai-lhes também, juntamente com o
poder que têm de transubstanciar o pão
e o vinho em Vosso Corpo e Sangue, o
poder de transformar os corações dos
homens.
Abençoai os seus trabalhos com
copiosos frutos e concedei-lhes um dia a
coroa da vida eterna.
Amém!
Para alcançar graças por intercessão
de Santa Teresinha
Santa Teresinha do Menino Jesus,
que na vossa curta existência
fostes um espelho de angélica pureza,
de amor forte
e de tão generosa entrega nas mãos de
Deus,
agora que gozais do prêmio de vossas
virtudes,
volvei um olhar de compaixão sobre
mim,
que plenamente confio em vós.
Fazei vossas as minhas intenções,
dizei por mim uma palavra àquela
Virgem Imaculada
de que fostes a florzinha privilegiada,
à Rainha do Céu que vos sorriu na
manhã da vida.
Rogai-lhe, a Ela que é tão poderosa,
sobre o Coração de Jesus,
que me obtenha a graça por que nesta
hora tanto anseio,
e que a acompanhe de uma bênção que
me fortifique
durante a vida,
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me defenda na hora da morte
e me leve à eternidade feliz.
Amém.
Prece à Santa das Rosas
Santa das Rosas,
trilhastes a Pequena Via da humildade
e da submissão à vontade de Deus.
Ensinai-nos, ó Santa Mestra, Doutora da
Igreja,
o caminho da santidade
que nasce da escuta da Palavra de Deus,
da realização de coisas simples e sem
importância
aos olhos do mundo.
Nós vos pedimos que continueis a
cumprir vossa promessa
de fazer chover rosas de graças e
bênçãos sobre o mundo.
Ansiamos por rosas, muitas rosas do
vosso jardim.
Reparti conosco as graças que recebeis
de Deus Pai.
Intercedei por nós junto a Ele.
Por vossas preces, venha o Senhor
em socorro de nossas necessidades.
(Faz-se o pedido)
Velai, ó Flor do Carmelo, por nossas
famílias:
que em nossos lares haja paz,
compreensão e diálogo.
Velai por nossa pátria,
para que tenhamos governantes
íntegros,
afinados com os anseios do povo
sofrido.
Velai por nós,
para que o espírito missionário
impregne todas as nossas ações.
Amém.
Oração de Santa Teresinha
A Vós, Santa Teresinha
Através das Vossas súplicas e do Vosso
exemplo de santidade,
Intercedeis para que fiquemos sempre
mais perto do Senhor Jesus,
E fazeis com que as vossas preces,
sempre tão agradáveis ao Menino Jesus,
Descortine nossa visão, para que
possamos contemplar a face do Justo
Senhor
E para que, assim, sejamos abençoados
em nossa caminhada de fé.
Assiste-nos, meiga e afetuosa eleita,
para que o Senhor Jesus,
Estendendo sobre nós a resignação dos
justos,
Faça prosperar em nossas almas a
virtude do amor.
Rogamos, ainda, que pela força do
nosso clamor,
Sejamos amparados pelo teu obsequioso
auxílio
Que o Senhor Jesus, com a vossa
insigne intervenção,
Mantenha-se a controlar nossas alegrias
e aflições,
Dando-nos o firme impulso para a nossa
vocação missionária.
Amém.
Pequena novena
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Deus, nosso Pai, sempre acolheis
aqueles que, neste mundo, vos servem
fielmente. Queremos invocar Santa
Teresinha do Menino Jesus por causa do
grande amor que ela vos devotou. Sua
confiança filial fazia-a esperar "que tu
farias tua vontade no céu, pois ela tinha
cumprido sempre a tua na terra".
Suplico-vos acolher a prece que vos
dirijo com fé, confiando-me à
intercessão de Santa Teresinha.
Pai Nosso...
Senhor Jesus, Filho Único de Deus e
nosso Salvador, lembrai-vos que Santa
Teresinha consumiu sua vida aqui na
terra pela salvação das almas, e quis
"passar seu Céu a fazer o bem sobre a
terra": porque foi vossa esposa bem-
amada e apaixonada por vossa Glória,
nós a invocamos. Eu me entrego a vós,
a fim de obter as graças que imploro,
confiando-me à intercessão da Santa das
Rosas.
Ave Maria...
Espírito Santo, fonte de toda graça e de
todo amor, é por vossa ação que Santa
Teresinha viveu coberta de avisos
divinos e a eles respondeu com perfeita
fidelidade. Agora que ela intercede por
nós, e não deseja nenhum repouso até o
fim dos tempos, nós a invocamos. Peço-
vos inspirar e escutar minha prece, a fim
de que seja concedido o pedido feito por
intercessão da Padroeira das Missões.
Ó Santa Teresa do Menino Jesus, vê a
confiança que coloco em ti e acolhe
minhas intenções. Intercede por mim
junto à Virgem Maria, que veio te sorrir
no momento da provação. Olha,
também, por todos aqueles que te
rogam: eu me uno a eles como a irmãos.
Através das graças que desejamos, se tal
for a vontade do Senhor, dá-nos sermos
fortificados na Fé, Esperança e Amor no
caminho da vida, e sermos ajudados na
hora da morte, a fim de vivermos neste
mundo a paz do Pai, e conhecer na
eternidade a alegria de sermos todos
filhos de Deus.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito
Santo!
Como era no princípio, agora e sempre.
Amém.
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