Post on 26-Mar-2016
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E setembro chegou... Época de renovação, bem-vinda com o início da Prima-vera. Para nós, essa renovação acontece quase que diariamente. Todo dia bus-camos nos reinventar e inovar, para trazer sempre um conteúdo de qualidade para você, leitor. Seja através de matérias, entrevistas e ações.
Falando em inovar, agora toda edição terá um editorial de moda, que dará às novas estações um colorido todo especial. Ainda mais com a novidade: um ensaio é infantil... Maravilhoso, pois criança é símbolo de vida, alegria e pureza.
E dessa vez fomos longe para trazer a você uma entrevista com um dos maiores publicitários do Brasil, João Ciaco, sanjoanense que está à frente do marketing da Fiat em nosso país e na América Latina. João foi um dos escolhidos para representar o Brasil no júri do Festival de Cannes, o maior festival publicitário do mundo. É talento de São João para o mundo.
Preparamos uma matéria especial também sobre os dois anos do Atua na TV, que surgiu como um braço da revista e, hoje, graças à competência e à visão de diversos profissionais, já tem vida própria e está colhendo os frutos do sucesso. Completando a homenagem, nossa capa traz Camila Fernandes, apresentadora desde o início no programa.
E não para por aí. A revista ainda traz dezenas de artigos de colunistas sobre os mais diversos temas, de saúde até história, passando por educação e estilo. Espero que aprecie e curta nossa edição de nº 20, dê sua opinião em nosso site, facebook ou twitter, pois você é nosso principal motivo de existir.
Boa leitura e até nossa próxima edição!
Ângela Loup PessanhaEditora-chefe
’editorial
A Revista Atua (ano 5, número 20, Setembro de 2012) é uma publicação sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial - Rua São João, 237, Centro - São João da Boa Vista-SP. Tel. 19 3634-4300. Sua distribuição é gratuita e dirigida, não po-dendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 4 mil exemplares
Editora-chefeÂngela Loup Pessanha | angela@acesaojoao.com.br
Jornalista responsávelLuiz Gustavo Gasparino - MTb. 47.333 | imprensa@acesaojoao.com.br
RevisãoJoão Sérgio Januzelli de Souza | jscoaching@ig.com.br
Projeto gráficoMateus Ferrari Ananias | mateus@acesaojoao.com.br
Venda de espaços publicitáriosPatricia Maria Rehder Coelho | patricia@acesaojoao.com.br
PublicidadesAlexandre Pelegrino | alexandre@acesaojoao.com.brMateus Ferrari Ananias | mateus@acesaojoao.com.br
Fotos publicitáriasFabiano Barbosa - 35 9134-8176
Fotos sociaisDavis Carvalho - 19 8210-9499
CapaModelo: Camila FernandesCabelo, maquiagem e foto: Fabiano BarbosaVeste: Boutique Navarro - 19 3631-1926Agradecimentos: Raphael Medeiros, Luciany Martins, Luciana Junquei-ra, Farmácia Art’Ervas e TV União
ImpressãoGráfica Ideal (Campinas/SP) - 19 3729-3030
Siga a Revista Atua nas principais redes sociais:
Atua Revista
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@atuarevista
Ops... erramos!
Na edição de junho, a matéria de psicolo-gia com o título “Como lidar com as perdas” (página 36 e 37) foi publicado com vários trechos cortados, fazendo com que o tex-to perdesse o sentido em diversas partes. Devido a essa falha, e a pedido da autora, publicaremos novamente o material na íntegra, inclusive com a mudança na ilustração. Pedimos desculpas a psicóloga Ângela Maineri Corvello pela nossa falha.
No texto do making of da edição de Junho, informamos que o modelo da capa, Vinicius Santos Luz, não é sanjoa-nense. Na verdade, ele nasceu na grande São Paulo, em São Bernardo do Campo. Obrigado à Rafaela Perim, que nos passou a correção via Facebook.
Seus arquivos nas nuvens116
Não me planejei, e agora?108
Revolução de 193298
Carga tributária no Brasil94
Particula de quem?90
Aprendendo com os haitianos86
Atua na TV80
A fuga de Hitler122
Cinema128
Literatura130
Cantores da noite134
Turismo78
Perdas... contingências da vida36
Agito28
Humanos e gatos22
Cuidados com as mãos20
Não descuide do rosto18
O pontencial dos acessórios14
Psoríase, o que é?40
Mal de Alzheimer42
Galera44
Entrevista48
São João Decor58
O Crepuscular do Pacífico60
Segurança pública64Moda primavera / verão12
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’cartas
“Muito legal os editoriais de moda da última edição. As locações onde as fotos foram feitas são muito lin-das! Vocês estão de para-béns pelo belo trabalho!”Juliana Andrade
Dúvida cruel..
O site Ceticismo Aberto foi criado e é mantido por Kentaro Mori. Seu principal objetivo é questionar fenô-menos ditos paranormais, mas ele é aberto às mais diversas opiniões sobre temas do paranormal e da ufo-logia, desde que haja embasamento científico. Embora não passe por atualizações frequentes, o site possui um grande volume de artigos sobre os mais diversos temas.
Olhe lá depois:www.ceticismoaberto.com
Cartas para esta seção
Podem ser enviadas para o emailfalecom@atuarevista.com.br, para o fax 19 3634-4306 ou para a rua São João, 237, Centro, São João da Boa Vista/SP. Por motivo de espaço, as cartas selecionadas para publicação poderão sofrer cortes.
Entrevista
“Achei a escolha de Alencar Burti como entrevista central da edição de Junho da Revista Atua muito boa. Já havia tido a oportunidade de vê-lo em um programa da TV Cultura e o achei um personagem muito interessante, embo-ra não concorde 100% com as opiniões dele. Também gostaria de ressaltar a indicação da Privataria Tucana. Isso mostra a imparcialidade da revista in-dicando um livro que grande parte da mídia finge que não existe. Isso é muito bom para a nossa cidade!”
Igor Alberto
Maçonaria
“A matéria publicada na última edição da Revista Atua, intitulada A história por trás da Ordem, foi uma das melhores que a seção ‘curioso’ da revista já publicou. Temas relacio-nados com a Maçonaria são muito interessantes. Eu acho até que a Atua poderia dedicar uma matéria especial contando um pouco sobre a história da Maçonaria em São João da Boa Vista, uma vez que a história dessa ordem é muito rica e também se funde muitas vezes com a própria história de São João. Abraços!”
Roger de Souza
Semana Assad
“Gostaria de aproveitar esse espaço para parabenizar publicamente os organiza-dores da Semana Assad. São João precisa de eventos como esse, que fomentam a cultura. Mas mais do que isso, precisamos valorizá-los. A Semana Guiomar Novaes, por exemplo, é um evento ímpar, de enorme importância, um dos maiores do esta-do, e nós sanjoanenses não damos a atenção devida a ele. Ou seja, fora a Semana Guiomar Novaes, Semana Assad e a antiga Semana Fernando Furlanetto recebem grandes destaques, e aqui, passam despercebidas. Precisamos mudar isso!”
Manuel de Andrade
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’radar
Boutique Anna Belly
A Boutique Anna Belly é uma loja que se define atual sem deixar de lado sua delicadeza. Em nossas coleções, assumimos o desafio de surpreender as mulheres que gostam de moda com um toque de romance criativo e inovador. A boutique Anna Belly trabalha hoje com moda causal. O telefone da Boutique Anna Belly é (19) 3631-1353. O perfil no facebook é “annabelly” e o e-mail é annabellyboutique@hotmail.com.
Bia Salaar
Beatriz Salaar, ou Bia – como gosta de ser chamada –, inaugura seu espaço em São João da Boa Vista, trazendo para o público feminino de diferentes idades, tamanhos e estilos, a primeira Loja “ponta de estoque multimarca” de moda feminina e calçados. Tem como ponto alto: qualidade, preço e atendimento personalizado. Lá você também encontra produtos de tamanho Plus Size e um preço muito atrativo, o que é a principal característica do sistema de vendas da “ponta de estoque multimarca”. Visite-nos. Bia Salaar está localizada à Praça Roque Fiori, n°.15, no Centro. O telefone é (19) 4129-0293.
Doroti Modas & Acessórios
A Doroti Modas & Acessórios está cheia de novidades. Estamos na época mais florida do ano e as estampas florais são peças chaves da estação. As cores da coleção Primavera/Verão são fortes e vibrantes, mas também se apresentam delicadas e românticas. Aliadas com a leveza dos tecidos e das rendas, deixam a mulher elegante e atraente. Venha nos visitar e conhecer a nova coleção. Os lindos vestidos, moda praia e acessórios que deixarão seu guarda-roupa colo-rido e atual. Doroti Modas & Acessórios está localizada à Rua 14 de julho, 555 – Vila Conrado. Tel: (19) 3623-4343 – em São João da Boa Vista. Novo horário: De segunda à sexta-feira, das 8h40 às 18h, e aos sábados, das 8h40 às 17h30.
Foto: Fabiano Barbosa
Foto: Fabiano Barbosa
Foto: Fabiano Barbosa
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A apresentadora do programa Atua na TV, Camila Fernandes, é o destaque nesta edição de setembro. A jovem de apenas 21 anos é a protagonista de um dos maiores sucessos da TV União, que completou dois anos no último dia 19.
Além da capa, você confere na página 80 uma matéria especial sobre os bastidores do programa. Por isso, aproveite aqui os detalhes de um trabalho magnífico, feito pelo fotógrafo Fabiano Barbosa, para deixar Camila Fernandes mais linda do que já é...
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’moda
O mundo da moda está passando por
reformas e sempre surgem grandes
novidades que prometem fazer suces-
so. Agora, o foco principal é a próxima
estação, que é das coleções primave-
ra/verão 2012-2013.
A principal novidade nas tendências
promete agradar as mulheres, pois as
cores mais fortes continuarão fazendo
parte do guarda roupa feminino. Cores
conhecidas como cítricas (laranja, rosas
e verdes nas tonalidades de neon) e as
neutras (nude, tons de cinza, ocre, bege
e off-white – branco mais escurecido)
dificilmente sairão de moda.
Para Arlete Azevedo, proprietária
da loja Coisas do Brasil, as cores do
momento estão vibrantes e cheias de
excessos, principalmente os tons mais
fortes. “Vermelho, azul,verde-limão,
amarelo ácido, laranja e rosa chegam
como aposta, além de conferir um toque
enérgico ao visual”, salienta.
Quanto as cores neutras, Arlete
ainda acrescenta os tons metalizados
(dourado e prateado), que podem ser
usados de dia e à noite, e dá a dica:
“para quem deseja usar de dia, prefira
uma peça com apenas um acabamento
ou detalhe; já, para a noite, aposte em
ousar e brilhar”, destaca.
A moda ainda irá mudar nas mode-
lagens, aparecendo mais amplas, como,
por exemplo: calças tipo alfaiataria retas
e folgadas, e modelos como boca-de-
-sino, boyfriend e pantalona, em vários
tecidos e de diferentes padronagens.
“As calças sequinhas ou pantalonas virão
estampadas. A saia-lápis também será a
queridinha da estação e os vestidos esta-
rão com a cintura marcada e a saia roda-
da, meio com cara de anos 50, mas extre-
mamente feminino”, ressalta Arlete.
Variações – As saias e vestidos não dei-
xarão de compor o look das brasileiras,
mas os modelos ganharão um pouco
mais de comprimento, continuando
ainda acima do joelho. Alguns mode-
los no meio da panturrilha e outros po-
dem chegar ao tornozelo. As estampas
florais e o cetim também farão parte
dos vestidos, e modelos com um pou-
co de transparência e em tons nude
farão sucesso entre as mulheres.
“As estampas também são apostas,
com diferentes padronagens e carrega-
das de cores quentes. Florais, geométri-
cas ou mesmos em listras, o cetim virá
sempre super colorido”, garante Arlete.
Já a transparência, na opinião de
Arlete, será a protagonista da esta-
ção. “Ela virá também nas camisas
amplas e coloridas. Além da elegân-
cia, dará um toque de frescor ao vi-
sual feminino”, afirma.
Muda ou não muda? – Muita coisa
no inverno ainda permanecerá no
verão, como os tons pastéis e a
moda color block, que estão su-
per em alta. Porém, na primavera/verão
essas tendências aparecem repaginadas.
Arlete Azevedo acredita que, neste
final de ano, haverá uma grande mistu-
ra de tendências. O segredo para apos-
tar em cada uma delas é, em sua opi-
nião, equilibrar. “Procure manter sempre a
harmonia de cores e a coordenação de es-
tampas, pois assim você estará sempre na
moda e extremamente elegante”, finaliza.
O melhor da moda é que você
pode criar a sua própria e inventar uma
mistura de tendências e estilos na hora
de compor seu visual. O que vale mes-
mo é a sua criatividade de reinventar
e criar novas tendências. Não seja es-
cravo da moda, faça a sua. Ouse, crie,
invente e use a sua criatividade.
Saias e vestidos para o verãoTendência trazem cores vivas e estampas carregadas de cores quentes e suaves
Cores - Vermelho, azul, verde-limão, amarelo
ácido, laranja e rosa chegam como grande
aposta da estação, aliados ao fato de conferir um
toque enérgico ao visual.
Foto: Divulgação Checklist
A
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O potencial dos acessóriosSaiba quais modelos estão em alta, quando e como utilizá-los no dia-a-dia
’moda
por Mafê Murad
Os acessórios são os melhores amigos
de uma mulher quando o assunto
é visual. São capazes de enriquecer
looks básicos, indicar estilos e ser ver-
sáteis. Deixam a mulher atualizada e
reforçam a sua personalidade, além de
desempenhar um papel muito impor-
tante na comunicação visual.
As mulheres inteligentes e antena-
das sabem o valor e a importância de
um bom acessório e como utilizá-lo a
seu favor, destacando suas qualidades
e imprimindo seu estilo pessoal. São
ótimos investimentos, pois mesmo
com a mulher engordando ou emagre-
cendo, ainda servirão perfeitamente.
Existem os acessórios que nunca
caem de moda, atemporais e clássicos,
e aqueles que roubam toda a atenção
e seguem sempre as tendências mais
atuais. Portanto, não subestime a im-
portância dos acessórios e não saia de
casa sem pelo menos um deles.
E, na escolha de um, tenha em
mente sua personalidade e seu gosto
pessoal. Mais importante do que se-
guir a moda é sentir-se bem e bonita.
Como dizia Coco Chanel, “a moda pas-
sa e o estilo fica”.
A vez dos “máxis” – Os maxis colares
já foram eternizados desde o verão
passado, mantiveram-se no inverno
e ainda continuam com tudo. Para
combiná-los é fácil: podem ser usa-
dos tanto de dia quanto à noite. O
importante é combinar a roupa com
a mesma cartela de cores do colar ou,
para as mais abusadas, usar cores to-
talmente opostas para dar um ar de
collor blocking (bloco de cores), que
também está super em alta.
Para o verão, também vale a pena
apostar nos maxis brincos, utiliza-
dos com cabelo preso para destacar
o rosto; os anéis ocupando o dedo
todo, como os anéis triplos, de falan-
ge (os que se usa no meio do dedo)
e os anéis articulados; os cintos com
pedras ou couros coloridos; e muitas
tachas, spikes e mistura de materiais.
As cores para os acessórios, sejam
eles colares, brincos, anéis, cintos, bolsas
ou sapatos, vão dos 8 aos 80, mas o mo-
mento são das cores neon e fosfores-
Máxi colar - Usados desde o ano passado
com toda a força, os maxis colares podem
ser utilizados tanto de dia como a noite. O
importante é combinar a roupa com a mesma
cartela do colar, ou ainda para as mais “abusa-
das”, usar cores totalmente opostas - para dar
um ar de color blocking - e que também está
em alta. Na foto ao lado, o modelo Cleópatra,
criado e desenvolvido pela designer de joias
Mafê Murad. Outros modelos podem ser vistos
em seu site, que é o www.mafemurad.com.br.
Foto: www.mafemurad.com.br
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cente, além dos tons pastel e cítrico. O
brilho se expande aos tecidos metálicos.
Como tivemos um inverno colori-
do, os acessórios da estação do frio se-
guem para o verão e a tendência maxi
permanece convicta. Porém, existem
acessórios que podem ser usados
apenas no inverno, como as botas, as
boinas e gorros.
Claro que não há regras rígidas,
pois cada um faz sua própria moda e
veste o que se sentir bem.
Exagero? – A palavra “exagerada” para
os acessórios pode ser relativa. Atual-
mente, a moda está colorida, grandiosa
e divertida, sendo atribuídas a ela pe-
ças autênticas e de personalidade forte.
Para compor seu visual, é preciso
ter atenção aos acessórios para que
eles não ‘briguem’, como, por exem-
plo, usar um maxi colar junto a um
A bolsa é essencial em um look. Difícil ver uma mulher sair de
casa sem ela. Pode ser grande, média, pequena ou até a clutch
(bolsa de mão), e usada da maneira que quiser. Só não vale sair
de mãos abanando sem ela.
Já o chapéu é um acessório difícil para as brasileiras, que ainda
não têm o costume de usá-lo. Ele pode fazer a diferença em um
look, podendo transmitir personalidade, senso de humor, sofis-
ticação e elegância, ou ainda pode destruir a roupa se usado de
uma maneira inadequada. O segredo é ter cautela.
Como é um acessório para proteger a pessoa do vento e do sol,
deve ser usado até às 18 horas. Mas para utilizá-lo, é necessário
ter estilo, ser criativo e se sentir bem.
Chapéus e bolsas
maxi brinco. Não se deve vestir todas
as tendências em um look só.
Hoje em dia, o que pode ser consi-
derado exagero é combinar bolsa, cin-
to e sapato, o que antes era conside-
rado essencial. Vale a pena abusar das
texturas dos couros e das cores, sem
se prender a combinações.
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Não descuide da pele do rostoParte do corpo necessita de cuidados diários para se manter bem tratada e sempre bela
’beleza
Para você que gosta de manter a pele do
rosto impecável e – o mais importante
de tudo – saudável, é preciso sempre fa-
zer uma limpeza para remover as células
mortas. Independente se ela for realizada
em casa ou em uma clínica de estética,
você pode conseguir resultados profis-
sionais, se for feita adequadamente.
A pele do rosto necessita de cuida-
dos diários para se manter bem trata-
da. Algumas dicas, como utilizar sem-
pre produtos específicos para o seu
tipo de pele, remover a maquiagem
antes de dormir e evitar espremer
cravos e espinhas, são essenciais para
quem quer ficar sempre bonita.
Claudete Nascimento Peres, esteti-
cista sanjoanense formada no Centro
Técnico Edna Baldo, em Campinas, des-
taca os benefícios de uma esfoliação
bem feita. “A renovação das células evita
pelos encravados e previne os indesejá-
veis cravos e espinhas. Além de facilitar a
entrada de princípios ativos colocados na
pele após a esfoliação”, diz Claudete.
E para uma esfoliação em casa, ela
passa algumas coordenadas. “Com um
sabonete específico para cada tipo de pele,
você faz uma esfoliação em movimentos
circulares, o que faz remover as células
mortas. Usar um tônico também é impor-
tante, porque normalmente a pele fica um
pouco vermelha e o produto equilibra o pH
da pele. Faça uma máscara e deixe por uns
10 minutos. Ao retirar, use um bom creme
ou gel creme”, explica Claudete.
Com clientes dos 11 aos 85 anos,
homens e mulheres procuram, hoje
em dia, os cuidados estéticos, princi-
palmente pela vaidade. Porém, Clau-
dete ressalta que é importante cons-
cientizar, desde a infância, o cuidado
diário com a pele.
E dicas comuns são importantes.
“Evite passar mão suja na pele; não
cutuque cravos ou espinhas para não
marcar, pois quanto mais manipular-
mos, mais glândulas sebáceas serão
produzidas; tomar muita água, banhos
rápidos e mornos, e, durante o dia, lavar
o rosto com água fria”.
Filtro solar – O uso diário de um bom
filtro solar, pelo menos três vezes ao dia,
é extremamente importante, na opinião
da esteticista. “Mas sempre lave o rosto ao
reaplicá-lo e nunca passe o filtro por cima
do que já está na pele”, afirma.
O mercado da estética oferece,
atualmente, produtos de altíssima
qualidade. Mas, de acordo com Clau-
dete, não passe, por exemplo, creme
de pernas no rosto. “Existem inúmeros
filtros, inclusive para cada tom de pele,
além de cremes para todas as áreas do
corpo. A mulher sai de casa linda, ma-
quiada e cuidada”, ressalta.
Lembre-se – Nada de fazer uma lim-
peza de pele no dia daquele encontro
especial, pois a pele pode ficar mar-
cada e avermelhada. Também não é
indicado fazer limpezas sempre, pois
mexer demais nos cravinhos pode
estimular a atividade das glândulas
sebáceas, ou seja, quanto mais você
tirar, mais irão aparecer. A
Foto: Reprodução Internet
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Cuidados com suas mãosProdutos específicos evitam aparecimento de manchas e envelhecimento precoce
’beleza
Além de cuidar da aparência do corpo
e do rosto, uma atenção especial às
mãos também é de extrema importân-
cia. Se não tratadas com cuidado, po-
dem surgir nelas manchas e denunciar
a idade que, principalmente as mulhe-
res, batalham tanto para esconder.
Vítimas de mudanças bruscas de
temperatura e de agentes agresso-
res que podem afetar a maciez, elas
não podem contar com uma cirurgia
plástica para reparar a ação do tem-
po. Mas alguns tratamentos agem de
maneira certeira para minimizar man-
chas, rugas e flacidez.
“O principal fator do envelheci-
mento e da melanose solar nas mãos
é a exposição ao sol”, relata a der-
matologista Sonia Maria Manfredi
Cossi. O sol é o principal respon-
sável pela destruição das fibras de
colágeno, tornando a pele flácida e
sensível. Quanto mais clara a pele,
mais suscetível a pessoa está de
apresentar alterações.
“A melhor maneira de prevenir as
manchas é utilizar filtro e bloqueador
solar sempre, além de luvas, dependen-
do da intensidade da exposição”, res-
salta Sonia. Emagrecimento intenso
e alimentação pobre em nutrientes
também podem ser associados ao en-
velhecimento das mãos.
Envelhecimento e manchas – Quan-
do o assunto é flacidez, as mãos con-
tam com o avanço da cosmetologia.
Temos cremes hidratantes ativos
que formam uma película protetora,
além de ácidos e despigmentantes
associados a fotoprotetores, todos
altamente absorvidos pela pele.
Procedimentos como preenchi-
mentos, volumizadores, rádio-fre-
quência, CO2 fracionado, pixel, luz
pulsada, peelings químicos, peelin-
gs de cristal ou diamante e hidrata-
ções também ajudam.
Contra as manchas, a médica des-
taca as duas principais fórmulas para
minimizar ou acabar de vez com elas.
“Existem cremes clareadores que dimi-
nuem o excesso das manchas, ou elas
podem ser retiradas através de proces-
sos que utilizam o laser”, afirma Sonia.
Quando se preocupar – A partir dos
25 anos já é possível ver os sinais do
tempo (e do sol) em profissionais que
se expõe mais ao sol, como surfistas,
carteiros ou trabalhadores rurais.
E não há estágios das manchas,
segundo a dermatologista. “A pessoa
pode ter muitas ou poucas manchas.
Tudo isso depende da exposição solar de
cada um”, garante Sonia.
Além de ficarem expostas a ação
dos raios ultravioletas, as mãos são
lavadas várias vezes ao dia com pro-
dutos muitas vezes agressivos. Por
isso, hidratar o corpo também signi-
fica usar cremes nas mãos. Nunca se
esqueça deles, pois, juntamente com
os pés, são as partes consideradas as
mais secas do corpo humano. A
Foto: Reprodução Internet
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AV, DONA GERTRUDES, 38 • CENTRO • 19 3623 3503
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A relação entreseres humanos e gatosAo contrário do que se pensa, o gato não é um ser anti-social
’seu pet
O gato doméstico é considerado por muitos um ser
anti-social, capaz de não se apegar a pessoas, mas
somente ao território. Porém, várias pessoas que pos-
suem o felino em casa não concordam com essa ideia.
Pesquisadores da Universidade de Viena descobri-
ram, há alguns anos, que o tipo de relacionamento
mantido entre homens e gatos pode estar mais próxi-
mo da relação inter-humana do que se pensava.
Segundo o estudo, a ligação desses animais com seus
donos depende diretamente da personalidade, sexo e
idade de ambos, dos sentimentos pontuais e do tem-
po de convivência entre os dois – características essas
verificadas nos relacionamentos entre seres humanos.
A verdade é que a junção entre gatos e donos é ba-
seada em um verdadeiro jogo de interesses. São rela-
ções complexas, em que há contribuições emocionais
de ambos os lados. Constatou-se também que o hu-
mor e a personalidade dos donos afetam a forma como
o gato reage, recolhendo-se ou aproximando-se.
Outros resultados mostraram que, curiosamente, gatos
parecem se dar melhor com mulheres,
independente do sexo do animal.
Idade e personalidade do animal
também influenciam a relação.
Com as informações obtidas, os pesquisadores estão
seguros de que a relação entre dono e gato envolve cer-
tos tipos de interação que fazem um, de fato, entender
o que o outro está sentindo, como antes só tinha sido
verificado entre humanos.
Mudança – O que ocorre entre a segunda e a sétima
semana de vida do gato – período de sociabilização
primária – influi profundamente no comportamento
dele por toda a vida.
É nessa fase que o gato deve aprender a conviver
com o ser humano e com os animais com que terá
contato a vida toda. Gatos podem desenvolver um
bom convívio até com ratos. Após esse período, o gato
apresentará uma grande dificuldade para interagir so-
cialmente com qualquer outro animal a cuja convivên-
cia não tenha sido exposto.
Já se quisermos que o gato seja sociável com estra-
nhos, devemos habituá-lo a diversas pessoas, e não so-
mente a seus proprietários. Felinos que conviveram com
apenas uma pessoa tendem a ser tolerantes com aquela
pessoa específica, enquanto que gatos expostos à convi-
vência com quatro ou mais pessoas tendem a aceitar e
interagir com qualquer estranho.
Sociabilidade - Se o gato
doméstico fosse um animal estrita-
mente anti-social, era de se esperar
que, sem a influência humana, ele
fosse completamente solitário. Mas
não é o que se observa.
A
Foto: Reprodução Internet
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’tendênciasSandália Anabela
nude - La ÚnicaBrinco e anel ágata de fogo
com madeira e olho de tigre Tuca Semi Joias
Vestido Chopper - Rainha Store
Sandália meia-pata brancacom spykes - La Única
Colar em tons de rosa - Pink Biju
Short Chopper - Rainha Store
SapatilhadouradaLuz da Lua - Scarpe
Camisa Bobstore - Chiquita
Calça Le Lis Blanc - Chiquita
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’tendências
T-Shirt Le Lis Blanc - Chiquita
Bracelete colorido - Pink Biju
Esmaltes em cores cítricas - Pink Biju
Clout laranja Luz da Lua - Scarpe
Sandália azul Colcci - Scarpe
Sandália trisse multi Colcci - Scarpe
Jaqueta Chopper - Rainha StoreBrinco ágata azul - Tuca Semi Joias
Bolsa pink Luz da Lua - Scarpe
Sandália colorblocking Schutz - La Única
Sapatilha lima com ca-veira Schutz - La Única
Brinco Raolita pink - Tuca Semi Joias
Shorts Le Lis Blanc - Chiquita
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’agito
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Será que vale apena se reconciliar?É essencial viver esse momento como uma verdadeira separação
’relação
por Rosemeire Zago
Após uma separação conjugal, é comum lembrarmos
mais dos momentos bons e esquecermos as causas que
fizeram o relacionamento não mais existir. Dificilmente al-
guém decide se separar de maneira impulsiva, sem pen-
sar muito. Por isso, dificilmente há o arrependimento.
Mas depois de analisar alguns fatos, obter algumas
respostas, várias pessoas podem chegar à conclusão
de que é melhor voltar a um passado infeliz, mas se-
guro, do que enfrentar um futuro incerto, apesar de,
quase sempre, muito melhor.
Essa voz que lhe diz para ligar, procurar, passar
por cima de suas mágoas e sentimentos, fazendo-o
olhar esse passado com lágrimas nos olhos pode es-
tar apenas representando seu medo de acreditar em si
mesmo e ser capaz de superar essa dor. Negar o que
está acontecendo ou sentindo, com medo de sofrer
demais, não ajudará em nada.
Separar-se não significa não haver mais nenhuma
possibilidade de voltar atrás e reconciliar-se. Significa sim-
plesmente que, por enquanto, a relação acabou e esta é
a única certeza que possui. Algumas vezes acontece que,
depois de uma separação, o casal volte a unir-se, superan- >
Foto: Reprodução Internet
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do as dificuldades e acima de tudo
aprendendo com cada uma delas.
Porém, muitas vezes, por carên-
cia, solidão, algumas pessoas pen-
sam numa reconciliação, esque-
cendo-se dos motivos reais que as
levaram a tomar tal atitude. Viver na
esperança e na expectativa de que
isso aconteça pode ser muito des-
trutivo. Por isso, é preciso tomar cui-
dado com esses momentos de re-
caída, pois se voltar sem deixar que
o tempo lhe traga a certeza de sua
atitude, poderá, em curto espaço de
tempo, estar sofrendo tudo de novo.
É essencial viver esse momento
como uma verdadeira separação,
a fim de que todo o sofrimento te-
nha algum sentido de ter existido e
tenha deixado algum aprendizado,
para que assim, algumas mudanças
possam ocorrer.
Sentimentos – A culpa também é
outro sentimento que pode nos fazer
querer voltar para refazer o que não
fizemos. Algumas pessoas tendem a
assumir toda a carga da responsabi-
lidade para si devido ao sentimento
de inferioridade ou baixa autoestima,
sentindo que não foi capaz de manter
a relação; outras tendem agir ao con-
trário, não se responsabilizando por
nada do que ocorreu.
Nem sempre a busca por culpados
é o melhor caminho. O certo é enten-
der o que aconteceu, evitando apon-
tar o dedo para quem quer que seja.
Foram precisos duas pessoas para co-
meçar a relação e também para termi-
ná-la, por mais que um dos dois não
quisesse que isso ocorresse. Mas não
se deixe esmagar por condenações e
culpas, com a certeza de que cada um
naquele momento fez o melhor que
conseguiu fazer.
Ter uma visão clara do que ocorreu
não é uma conquista imediata, e para
que as primeiras reações emocionais
possam ser compreendidas, levará al-
gum tempo. Não é possível determi-
nar quanto tempo, pois cada pessoa
reage de maneira diferente, principal-
mente devido ao seu histórico de vida.
Dê a si mesmo carinho, atenção,
e ouça cada um de seus sentimen-
tos, sem desprezá-los ou ignorá-los,
para que aos poucos comece a ela-
borar esses sentimentos que deseja
nunca mais sentir, obtendo assim
condições internas para reconstruir
tudo que foi destruído.
Comece a fazer coisas que não
fazia mais. Coma tudo aquilo que
deixou de comer porque o outro
não gostava, reveja amigos que não
vê há anos, vá a lugares que deixou
de ir, procure fazer tudo diferente do
que fazia quando acompanhado, ou
ainda, respeite seu luto, sua dor, e
fique por um tempo só para cuidar
apenas de si mesmo.
Pense em quantas coisas dei-
xou de fazer, pense como pode ser
positivo ter sua liberdade de volta,
quanta coisa poderá realizar e que,
de alguma forma, havia desistido. E
nos momentos de tristeza profunda,
se quiser, escreva tudo que sentir
para que possa colocar para fora,
chore tudo que quiser chorar, mas
tenha certeza de que toda essa dor
irá passar, ainda que fique uma cica-
triz, ela é necessária para lembrar-se
do quanto foi capaz de superar e
aprender. E somente depois de es-
tar de bem consigo mesmo, irá sen-
tir aquela vontade imensa de viver,
mas com alguém que lhe valorize
por tudo que você é.
Com certeza, amor não é sinôni-
mo de sofrimento, lágrimas, tristeza,
solidão, egoísmo. Amor é, acima de
tudo, transparência, troca, crescimen-
to. E se não foi isso que acontecia,
pode ser que aquilo que você cha-
mava de amor só tinha esse nome
porque você não sabia o que era ser
amado de verdade, mas você poderá
descobrir quando encontrar alguém
que, em vez de lhe fazer chorar e so-
frer, lhe faça sorrir e ser simplesmente
feliz. Alguém que em vez de fazer ter
vontade de morrer, lhe faça viver!
Foto: Reprodução Internet
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’psicologia
por Maryá Rehder Ambroso
O ciúme infantil é um tema comumen-
te apontado pelos pais e inevitável na
maioria das famílias. Privilégios e pre-
cedências, em geral, geram inimizade
entre os irmãos. O nascimento de um
ente mais novo, o número de filhos e
a posição na ordem dos nascimentos
são outros geradores de rivalidade.
O ciúme infantil convenciona-se
principalmente no desejo da criança
em ter o amor e a atenção dos pais,
visto que, inconscientemente, os pais
evidenciam o favoritismo e suas prefe-
rências por um dos filhos, o que pode
gerar o sentimento de ciúme, inveja,
rivalidade, hostilidade e competição
entre os irmãos.
Mas como lidar com esse conflito?
O primeiro passo é saber identificar as
manifestações de condutas ciumen-
tas demonstradas pela criança. É cer-
to que existem diferentes modos de
como a criança manifesta e exterioriza
o ciúme, pois cada uma é um ser hu-
mano único provido de suas singula-
ridades, mas tem o comportamento
regressivo como forma mais comum
de manifestação.
Ele se caracteriza pela retoma de
comportamentos que já tinham sido
abandonados pela criança, como por
exemplo, a regressão da linguagem,
chupar o dedo ou a chupeta, fazer
uso de mamadeira, voltar a fazer xixi
na cama, ter medo de dormir sozinha,
entre outros.
Nestes casos, é importante que os
pais reprimam essas ações para que os
filhos não abandonem conquistas que
já haviam sido adquiridas no decorrer
do crescimento. É importante cons-
cientizar a criança de que ela não pre-
cisa voltar a ser um bebê para garantir
atenção, amor e carinho dos pais.
Motivos – Outros aspectos que cono-
tam o ciúme são demonstrações de ir-
ritabilidade, agressividade, nervosismo
e sentimentos ambivalentes, onde, em
algumas vezes, a criança age de uma
maneira dissimulada, em uma combi-
nação de amor e ódio para com o irmão.
A própria desvalorização também
atua como mecanismo passivo do ciú-
me. É onde a criança se anula e pode vir
apresentar reações depressivas e auto-
destrutivas. Frente à manifestação des-
sas condutas, cabe aos pais colocar em
evidência os progressos de cada criança
e as suas qualidades em diferentes áre-
as, sobretudo nas atividades que cons-
tituem as suas especializações, sempre
tomando a própria criança como refe-
rência. Pretende-se, com isto, valorizar
o seu progresso em determinada situa-
ção, aumentando a sua autoestima.
O ciúme passa por várias etapas
do desenvolvimento infantil. O filho
primogênito, o do meio, o caçula, os
gêmeos, o adotado, cada um possui
seus motivos para sentir ciúme e os
desentendimentos entre irmãos fa-
zem parte do crescimento. Trata-se de
uma fase difícil e dolorosa para alguns
pais, mas para as crianças é uma forma
de encarar desafios e vencê-los.
E para que esses conflitos não se
transformem em estágios patológicos, é
essencial que os pais e familiares cum-
pram seus papéis de maneira imparcial,
respeitando as individualidades e valori-
zando cada criança como um ser único
e essencial. Demonstrando a ela que
não há diferenciações entre os filhos, e
Foto: Reprodução Internet
Ciúme entre irmãosSaiba os motivos que levam crianças e adolescentes a ter esse sentimento em casa
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sim amor suficiente para cada um deles.
Caso contrário, pode gerar-se um ciclo
vicioso e traumatizante para a criança.
Portanto, o equilíbrio de elogios e
estímulos é uma excelente alavanca
para fortalecer e ajudar os irmãos a
suportarem suas diferenças. Nesse mo-
mento, é importante deixar de lado as
comparações, utilizar de palavras amo-
rosas, demonstrar afeto, carinho, aten-
ção, enumerar pontos positivos, elogiar
cada um de seus filhos e elaborar ati-
vidades e brincadeiras entre os irmãos,
para que assim, haja cada vez mais har-
monia e amizade entre eles.
Por conseguinte, é fundamental
que os pais ensinem os filhos a transfor-
marem suas vivências de rivalidade em
uma aprendizagem de vida em grupo,
tornando assim a relação familiar solidá-
ria ao bem comum. Porque irmãos são os
melhores amigos que alguém pode ter.
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Perdas... contingências da vidaMais ou menos dolorosas, é necessário enfrentá-las. Como?
’psicologia
por Ângela Maineri CorvelloPsicóloga e Psicoterapeuta
Quando falamos em perda, a primeira
coisa que nos vem à mente é a morte
das pessoas que amamos e o medo
que temos de que isto aconteça. Mas
o assunto é muito mais vasto. Você já
parou para pensar com quantas per-
das lidamos todos os dias, desde que
acordamos até a hora que vamos dor-
mir, e mesmo enquanto dormimos?
Ao longo da vida, passamos por
muitas perdas, algumas tão dolorosas
que não entendemos como consegui-
mos não sucumbir a elas; outras nem
tanto; outras ainda quase nada; ou-
tras nada mesmo. Tudo depende da
importância que tem para nós o que
estamos perdendo. Perdemos por
abandonar e por sermos abando-
nados; por mudar e deixar as coisas
para trás para seguir nosso caminho;
perdemos sonhos, expectativas de
realização; ilusões de liberdade, po-
der e segurança; nosso corpo jovem
que pretendemos imune às rugas...
Em qualquer idade enfrentamos
perdas e elas são sempre difíceis e do-
lorosas. Não se trata de fazer apologia
ao sofrimento, pois ninguém é capaz
de eliminá-lo. E esta é a questão: “isto
não é possível”. O mundo em que vive-
mos implica nesta dialética constante
prazer/desprazer, ganhos/perdas, ale-
gria/tristeza, bom/mau, vida/morte...
Vale também lembrar que estes
pólos não se confundem, não se anu-
lam e nem se compensam. Eles coe-
xistem numa sucessão infindável que
se faz necessária à renovação; ao nos-
so crescimento; desenvolvimento de
força e competência.
O que fazer então? - Muitos tentam
driblar o sofrimento lançando mão de
tentativas mambembes de controle
de si, do outro e das circunstâncias,
num delírio de poder e onipotência,
elegendo fugas como comer, comer,
comer; beber, beber, beber; comprar,
comprar, comprar; jogo, sexo, uso e
abuso de drogas e medicamentos;
cirurgias plásticas, distanciamento
afetivo, individualismo, fumo, redes
sociais (a lista é enorme); tudo numa
busca compulsiva de solução para a
aflição, e de prazer intenso e imediato.
O resultado? Sofrimento, talvez outro,
mas ainda assim sofrimento, pois em
algum lugar em nós aquilo de que
tentamos fugir persiste, sobrevive, ain-
da que aparentemente silencioso.
Algumas das coisas citadas como
fuga, e outras ainda, são também re-
cursos importantes em nossa vida e
fontes de prazer e alegria. A questão
pode não estar na coisa em si, mas
no uso que fazemos dela, pois como
disse Paracelsus, “a diferença entre
o remédio e o veneno é a dose”. Te-
mer a morte e o sofrimento não só
é normal como também nos ajuda a
preservar a vida.
Outra possibilidade diante do >
Foto: Reprodução Internet
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sofrimento é enfrentá-lo.
Nesses anos de vida e ofício, ve-
nho aprendendo por teoria, técnica
e experiência que só enfrentando
também nossas perdas podemos nos
tornar seres humanos plenamente de-
senvolvidos. Aprendi ainda que nossos
ganhos estão também diretamente
ligados à maneira como enfrentamos
estas perdas, e que muitas vezes ten-
tando não perder, diminuímos ou per-
demos a chance de ganhar.
Viver plenamente implica risco e
isto exige coragem, que aliás não é au-
sência de medo como pensam muitos,
e sim capacidade de enfrentá-lo. Do
mesmo modo penso que força e com-
petência não estão na capacidade de
evitar o sofrimento, e sim em conseguir
enfrentá-lo, suportá-lo e atravessá-lo
sem sucumbir. “Isto é possível”.
Sempre saímos de uma experi-
ência como esta mais fortalecidos. A
condição para esta travessia difere de
pessoa para pessoa, já que resulta de
fatores individuais que residem tam-
bém em nossa história de vida.
Para as que encontram mais difi-
culdade, há a possibilidade de bus-
car ajuda de profissionais habilitados
para se fortalecer. Para todos nós, uma
dose de autoconhecimento é muito
importante. Saber da própria história,
dos nossos desejos, clamores internos,
paixões; nossa força e fragilidade; en-
fim, do ser que somos, é fundamental.
Essa consciência nos permite en-
frentar as perdas relativas ao confron-
to com as limitaçoes do nosso poder
e encarar as necessárias renúncias
aos sonhos ideais em favor da nossa
realidade humana e de todo o nosso
potencial criativo. Assim, não ficamos
presos e congelados no passado.
Por isso, amplie na sua vida o espa-
ço para o prazer e para a alegria. Cuide
de sua saúde, faça uma atividade físi-
ca, pois ela ajuda o organismo a pro-
duzir os hormônios reguladores do
humor; tenha uma ocupação que lhe
traga realização e gratificação; curta os
amigos, sorria, cante, ame...
Enfim, volte sua atenção para as
oportunidades de felicidade, pois
elas estão sempre ali, esperando
que você as note, mesmo quando
tudo parece escuro. Siga com a vida,
porque ela segue apesar de você.
Finalizo citando Carlos Drummond
de Andrade: “A cada dia que vivo, mais
me convenço de que o desperdício da
vida está no amor que não damos, nas
forças que não usamos, na prudência
egoísta que nada arrisca, e que, esqui-
vando-nos do sofrimento, perdemos
também a felicidade. A dor é inevitá-
vel, o sofrimento é opcional”.
Obrigada Drummond, e a você,
leitora ou leitor.
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Preocupe-se com a psoríaseDoença não tem suas causas conhecidas; fatores genéticos e psicológicos influenciam
’saúde
por Lígia Nasser Rezende
A Psoríase é uma doença inflamatória da pele, crônica, não
contagiosa e de causas ainda não totalmente esclarecidas.
Sabe-se que fatores genéticos, psicológicos, estresse,
uso de alguns medicamentos, exposição ao frio, resseca-
mento da pele e ingestão de bebida alcoólica podem in-
fluenciar na causa e evolução da doença.
Casos leves ou graves – Os tratamentos variam de acordo
com o tipo clínico. Para casos mais leves e localizados, cre-
mes e pomadas podem ser indicados pelo médico, além
de hidratação da pele e exposição controlada à luz ultra-
violeta, natural ou em cabines próprias para tratamento.
Já em casos mais graves, o tratamento é sistêmico, com
medicamentos de uso oral ou injetável. Geralmente, apresen-
tam efeitos colaterais indesejáveis e, por isso, o uso é restrito.
Para manter a pele sempre hidratada, evite banhos
quentes e prolongados. Além disso, use hidratantes de-
pois de cada banho, pela vida toda. O ressecamento da
pele pode desencadear o aparecimento de novas lesões.
Entre outras dicas, estão: exposição moderada e con-
trolada ao sol (com orientação do dermatologista); se hou-
ver desgaste emocional, procure a ajuda que considerar
necessária para se sentir melhor; e não evite o contato
com outras pessoas, pois a Psoríase não é contagiosa e o
convívio com outras pessoas pode fazer muito bem.
Tipos – Existem diversos tipos de psoríase, cada uma com sua
identificação. Todas podem ser acompanhadas de coceira.
Entre as principais, citamos a “vulgar”, que apresenta
lesões avermelhadas com descamação espessa e esbran-
quiçada; a “gutata” destaca lesões menores, que geral-
mente aparecem após infecções; a eritrodérmica ressalta
lesões mais finas, acometendo quase todo o corpo.
Na “artropática”, lesões podem estar presentes, junto com
inflamação de articulações; a “pustulosa” apresente lesões
com bolhas e vesículas, que não são causadas por infecções.
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Mal de Alzheimer atinge6% dos idosos brasileirosApoio da família e da sociedade é fundamental para a melhora do paciente
’saúde
por Adriano Teixeira de Oliveira
O Mal de Alzheimer é uma doença
neurodegenerativa, que acomete o
córtex cerebral (ocorrendo a mor-
te das células cerebrais, ou seja, os
neurônios), com piora progressiva e
contínua com o passar dos anos. Os
sintomas são muito variáveis e diver-
sificados, mas todos caracterizam o
quadro clínico que denominamos
“Demência”. A doença acomete pesso-
as acima dos 60 anos e, infelizmente,
ainda não tem cura definida.
Não é todo idoso com queixa de
dificuldade de memória que apresen-
ta um quadro da doença. Entre as di-
versas causas e formas de demências,
o Alzheimer é a mais comum, mais
estudada e mais conhecida. No Brasil,
são estimados cerca de 1,5 milhão de
pessoas acometidas do problema.
São três estágios distintos em re-
lação à perda de memória: envelhe-
cimento normal do cérebro (idoso
capaz de se autoadministrar); declínio
cognitivo leve (vive com certas difi-
culdades e tem sua vida pessoal inde-
pendente prejudicada); e demência
(necessita de ajuda de outras pessoas
para suas atividades de vida diárias).
Para se chegar a um diagnóstico, é
necessária uma história clínica adequada
feita pelo médico especialista, além de
testes simples feitos em consultório mé-
dico e o exame neurológico de rotina.
Na dúvida diagnóstica, devem ser feitos
testes neuropsicológicos mais aprimora-
dos, além de exames de imagem (como
tomografia de crânio) e outros subsidi-
ários. Há necessidade ainda de se fazer
um diagnóstico o mais breve possível,
para que se possa iniciar o tratamento
medicamentoso precocemente.
Imprecisões – Existem muitas dúvidas
a respeito da Doença de Alzheimer
ainda não elucidadas pela ciência. Não
se conhece exatamente qual a causa,
mas existem várias teorias, sendo que
as mais importantes são a alteração
no metabolismo da Proteína TAU e o >
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depósito de proteína Beta-Amilóide.
O que se conhece bem é que há
um problema em um neurotransmis-
sor cerebral chamado Acetilcolina e,
na doença de Alzheimer, começa a
haver sua redução, visto que a morte
dos neurônios ocorre em células que
a produzem naturalmente. O Alzhei-
mer é mais suscetível em pessoas com
vida sedentária, com baixo nível de es-
colaridade, com casos da doença na fa-
mília, com predisposição genética e pes-
soas que tenham a Síndrome de Down.
A maior parte dos casos é da forma cha-
mada Esporádica (95%), e os casos gené-
ticos ou hereditários são minoria (5%).
Como cuidar – O tratamento da do-
ença de Alzheimer compreende a
assistência médica, onde é possível
prescrever medicamentos que têm
utilidade para reduzir a velocidade de
progressão da doença, promovendo o
aumento da Acetilcolina, além de ou-
tros para controlar sintomas de agita-
ção, agressividade e insônia.
Compreende também todos os
cuidados inerentes à equipe multidisci-
plinar que deve acompanhar em con-
junto ao doente, como Enfermagem,
Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição,
Terapia Ocupacional, Assistente Social,
Dentista, Educador Físico e Psicóloga.
A dica básica para lidar bem com
o paciente é nunca contrariá-lo, para
evitar atritos e discussões, pois ele
não tem consciência do que está
fazendo. Contorne a situação despis-
tando o assunto ou mudando o foco
da conversa, tentando novamente
em alguns minutos.
Alzheimer é uma doença que pre-
judica não só o paciente, mas toda a
família tem que se mobilizar para cui-
dar de seu familiar. Há uma mudança,
tanto de trabalho como de desgaste
emocional, na rotina dos familiares en-
volvidos, que se tornam “cuidadores”.
Mutação dá nova pista contra mal de Alzheimer
Segundo a Folha de S. Paulo, a descoberta de uma mu-
tação genética (alteração no DNA) que tem o efeito
de proteger contra o Mal de Alzheimer pode ajudar
cientistas na busca de uma droga contra a doença. A
pesquisa foi liderada pela empresa deCODE, da Islân-
dia, que estudou as informações genéticas por meio de
sequeciamento de DNA de 1.795 nativos do país-ilha.
Eles viram que a incidência de Alzheimer era muito
menor entre os portadores de uma mutação específica
que funciona como uma proteção dos neurônios.
A alteração rara foi encontrada nesse gene (batizado
pelos pesquisadores de APP), que contém a receita
para a produção de uma proteína de função ainda mal
conhecida. No estudo da “Nature”, os autores descre-
vem como diferentes alterações nesse gene originam
versões distintas de moléculas amiloides, umas mais
nocivas que outras. Aquelas envolvidas no mal de Al-
zheimer são as beta-amiloides.
Essas moléculas, quando se unem em grandes quantida-
des, formam fibras que sobrecarregam e matam os neurônios
de diferentes áreas do cérebro, ocasionando a perda das capa-
cidades de memória características do paciente de Alzheimer.
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’galera
Como você se define: Uma pessoa bem humorada, amiga e extrovertida.O que mais gosta de fazer: Compras (risos).Perfume: Floratta in Gold.Música: Sertanejo universitário.
Filme: Uma prova de amor.Comida: Mineira.Livro: Nada é por acaso.Medo: Perder as pessoas que amo.Viagem dos sonhos: Conhecer nosso lindo Brasil.Hobby: Ler.Ídolo: Deus.Não vive sem: Minha família.O que precisa para lhe conquistar:Ser verdadeiro, carismático e humilde. Um sonho: Ser feliz.Como pensa estar daqui a 10 anos?Alcançar todos meus objetivos, tanto pessoais quanto profissionais.
Daniela Stremel18 anos - estudante
Como você se define? Apaixonada.O que mais gosta de fazer? Viajar, estar com quem amo e viver.Perfume: Floratta – O Boticário.Música: Better Together - Jack Johnson.Filme: Diário de uma Paixão.
Livro: Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.Comida: Massas e japonesa.Medo: Perder quem eu amo.Viagem dos sonhos: Seychelles e Dubai.Hobby: Fotografar.Ídolo: Meus pais.Não vive sem: Minha família, meus amigos, meu namorado e maquiagem (risos).O que precisa para lhe conquistar?Ter caráter, ser sincero e determinado.Um sonho: Conhecer o mundo.Como pensa estar daqui a 10 anos?Com saúde, realizada profissional e pessoalmente.
Ana Paula Moreira 21 anos - estudante
Como você se define: Uma pessoa sonhadora, que busca os seus objetivos. O que mais gosta de fazer? Comer.Perfume: Acordes - O Boticário.Música: Pagode.
Filme: O livro de Eli.Livro: A Crônica da Casa Assassinada.Comida: Conchiglione (italiana).Medo: Filme de terror.Viagem dos Sonhos: Caribe.Hobby: Musculação.Ídolo: Minha própria pessoa.Não vive sem: Minha família e meus amigos.O que precisa para lhe conquistar: Carisma, educação e caráter.Um sonho: Ter três filhos.Como pensa estar daqui a 10 anos?Estabilizada profissional e financeiramente.
Franciely Costa Borba19 anos - estudante
Como você se define? Geniosa.O que mais gosta de fazer? Assistir a filme, ir ao shopping, fazer churrasco e estar com a família, namorado e amigos.Perfume: 212 Sexy.Música: Cowboy Take me Away – Dixie Chicks e Sertanejo.Filme: Comédia, romance, ação e desenho.
Livro: Nunca desista de seus sonhos; O Monge e o Executivo; A Chave do segredo; Pai Rico Pai Pobre.Comida: As que mais engordam, tipo massa. (risos)Medo: Perder as pessoas que amo.Viagem dos sonhos: Europa (Veneza, Londres, Paris, Barcelona, Berlin, Lisboa, Milão, Roma e Amsterdã).Hobby: Caminhar e assistir a filmes.Ídolo: Meus pais e o Padre Fabio de Mello.Não vive sem: Família.O que precisa para lhe conquistar: Sinceridade, companheirismo e romantismo.Um sonho: Me realizar profissional e pessoalmente.Como pensa estar daqui a 10 anos?Realizada, com saúde, bom emprego, casada e com filhos.
Marcela Zazini Cambaúva26 anos - assistente contábil
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Como você se define? Um cara tranquilo, com alguns picos de estresse. Tudo bem... com muitos picos de estresse.O que mais gosta de fazer? Jogar futebol, tocar violão e ser, por alguns minutos, o barman da festa.Perfume: Ladro (L’acqua di Fiori) e Malbec (O Boticário).Música: Gotta be Somebody (Nickelback).Filme: A Rede Social.
André Luís Santos29 anos - analista de e-marketing
Livro: Pés no Chão e Cabeça nas Estrelas (Dr. Lair Ribeiro).Comida: Massas.Medo: Altura.Viagem dos sonhos: Circuito europeu.Hobby: Violão.Ídolo: Jesus Cristo.Não vive sem: Minha família.O que precisa para lhe conquistar: Cumplicidade.Um sonho: Prosperar e muito no meu ramo de atividade.Como pensa estar daqui a 10 anos? Casado com Aliny Plácido, com alguns “pequenos” para cuidar e traçando novas metas de vida, na certeza de já estar superadas as atuais.
Como você se define? Uma pessoa boa, mas com os pés no chão.O que mais gosta de fazer? Sair com a galera.Perfume: Absolut.Música: Um pouco de todas.Filme: 60 Segundos.Livro: Não gosto.
Bruno Mejiolário Secco23 anos - autônomo
Comida: Lasanha e batata frita.Medo: Fracasso.Viagem dos sonhos: Alemanha.Hobby: Carros.Ídolo: Ayrton Senna.Não vive sem: Sôssego.O que precisa para lhe conquistar: Sinceridade.Um sonho: De não perder as pessoas que sempre me fizeram bem.Como pensa estar daqui a 10 anos? Fazendo o que gosto e sempre trabalhando.
Como você se define? Extrovertido, companheiro, agitado e de bem com a vida.O que mais gosta de fazer? Reunir a galera para um churrasco.Perfume: Malbec.Música: Sertanejo e de tudo um pouco.Filme: O curioso caso de Benjamin Button.Livro: O Segredo.Comida: Da minha mãe (risos).
Raphael Lima23 anos - estagiário de RH Medo: Perder minha família e amigos.
Viagem dos sonhos: Cancun.Hobby: Curtir a vida.Ídolo: Deus.Não vive sem: Companhia dos amigos e família.O que precisa para lhe conquistar: Ser sincera, companheira e de bem com a vida.Um sonho: Ficar rico (risos).Como pensa estar daqui a 10 anos?Bem sucedido na profissão, com uma boa estabilidade financeira e curtindo a vida com a família.
Como você se define? Feliz e vitorioso. Na maioria das vezes sou da maneira que agrada aos outros, pois senão acabo sendo excluído de qualquer grupo social.O que mais gosta de fazer? Estar entre amigos e familiares.Perfume: Ferrari Black.Música: Charlie Brown Jr. - Pontes Indestrutíveis; Rosa de Saron – Chance.
Willian Silva23 anos - estudante
Filme: Piratas do Caribe.Livro: A Minha missão é montar - Adriano Moraes.Comida: Bife à Parmegiana.Medo: Perde pessoas amadas.Viagem dos sonhos: Conhecer mais belezas do Brasil.Hobby: Música.Ídolo: Jesus Cristo.Não vive sem: Pessoas amadas.O que precisa para lhe conquistar: sinceridade, ser fiel, amiga e querer sempre estar ao meu lado.Um sonho: Construir uma família.Como pensa estar daqui a 10 anos? Realizado profissional e pessoalmente e ser um grande médico veterinário.
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’entrevista
“Publicidade brasileira está entre as melhores do mundo”É o que afirma João Ciaco, um dos maiores publicitários do Brasil
por Luiz Gustavo Gasparino e Mateus Ferrari Ananias
Precisaremos de algumas linhas a mais para dizer quem
é e o que faz o sanjoanense João Batista Simon Ciaco:
diretor de marketing da Fiat para o Brasil e Améri-
ca Latina, sendo responsável pelo planejamento es-
tratégico e branding da marca; desenvolvimento e
implantação das estratégias de internet e interativi-
dade em redes sociais; ações de marketing de rela-
cionamento; e implantação, no Brasil, do projeto CRM
(Customer Relationship Management), bem como as
estratégias e iniciativas de comunicação publicitária
e mercadológica da companhia.
João Ciaco é graduado em engenharia e adminis-
tração de empresas, com pós-graduação em marketing
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URGS),
mestre em administração de empresas pela Fundação
Getúlio Vargas (EAESP-SP) e doutor em comunicação e
semiótica pela PUC São Paulo. Além disso, é presidente
da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). Atuou
nos departamentos de marketing e vendas da Unilever
por oito anos. Na sequência, ocupou por cinco anos a
diretoria de marketing da Kodak, de onde saiu em 2001
para ingressar na Fiat. Não é pouco.
Em pesquisa feita pela reportagem em vários tex-
tos e entrevistas, João Ciaco faz questão de citar São
João da Boa Vista por ser, segundo ele, sua referência.
“Hoje tenho a chance de conviver com pessoas de mui-
tas nacionalidades, liderar grupos multiculturais, viajar
por muitos países, falar outras línguas, estar em tantos
lugares. Mas nesta multiplicidade toda é necessário e
fundamental ter sempre uma referência, um ponto de
partida que me relembre sempre quem eu sou. E esta
minha referência é São João”.
Qual a sua ligação com São João da Boa Vista? São João é minha cidade
natal, onde moram meus pais, irmãos,
minha família, onde ainda encontro
bons e antigos amigos, e minha refe-
rência de infância e adolescência. Eu,
que morei em tantos lugares e que
viajo sem parar, quando me pergun-
tam qual é a minha cidade, São João é
sempre a minha resposta.
Quais os principais momentos do seu passado em nossa cidade? Vou
sempre que posso a São João, muito
menos do que gostaria, mas sempre
apareço para rever familiares e amigos.
São muitos os momentos bons da in-
fância e adolescência na cidade, desde
os tempos de colégio no “Ginasinho” e
no Joaquim José, os festivais de músi-
ca, a Semana Guiomar Novais, os car-
navais, as cachoeiras na serra, a fazenda
Cachoeira, o pôr do sol, a Mantiqueira...
Como você analisa o atual momen-to da publicidade e propaganda no Brasil? A publicidade brasileira é cer-
tamente uma das melhores do mun-
do. Podemos constatar isso durante os
festivais de comunicação, nos quais as
agências, os anunciantes e as campa-
nhas do Brasil estão sempre em desta-
que. Basta ver os 79 leões que o Brasil
trouxe este ano de Cannes, número
recorde para a publicidade brasileira.
Vivemos um bom momento, com um
sólido pensamento e boa execução
dos trabalhos de marca, um fortale-
cimento da comunicação do varejo,
maturidade da publicidade online e
estabilidade do modelo brasileiro de
comunicação, com o fortalecimento
da autorregulamentação do setor, ca-
pitaneada pelo Conar (Conselho Na-
cional de Autorregulamentação) e a
hegemonia da liberdade de expressão
comercial que nosso mercado sempre
objetiva. Na perspectiva mais técnica,
acho que o momento é de pensarmos
na integração da comunicação para
usarmos todos os meios de forma
eficaz, gerando soluções de comuni-
cação que atendam a esse mercado
consumidor em constante mudança. >
49
“ Os cursos que formam
profissionais de publicida-
de e propaganda precisam
se atualizar. A verdade é
que, hoje, eles aprendem
esse dinamismo apenas no
dia-a-dia do mercado ”
Foto: Divulgação
50
>
Quais os maiores desafios em criações para as grandes marcas, no mercado atual? A criação não é um trabalho inde-
pendente; ela, para ser eficaz e relevante,
precisa partir de um bom trabalho de
planejamento e ser finalizada com a ade-
quada estratégia de mídia. Assim, inde-
pendentemente do tamanho da empre-
sa e da força da marca, a criação deve
ser sempre realizada em cima de es-
tudos sobre o público-alvo e com ob-
jetivos bem definidos, o que vai per-
mitir o estabelecimento de processos
eficientes de mensuração dos resul-
tados conseguidos pelo movimento
criativo. A inovação é um pilar muito
importante para uma marca atingir
destaque em suas criações. Vivemos
em um mercado de competição acir-
rada em que a inovação e criatividade
são fundamentais para conquistar o
consumidor. O filosofo francês Gilles
Lipovetsky diz que, no mundo atu-
al, “tudo o que é novo apraz”, o que
acredito totalmente. Nosso desafio
em marketing é justamente construir
o novo, a inovação e a novidade nas
nossas rotinas de comunicação. E não
é por acaso que minha tese de douto-
rado busca compreender exatamente
como se constrói esse novo na comu-
nicação contemporânea.
Como foi ser jurado no Festival de Criatividade de Cannes, um dos mais importantes eventos no mundo da publicidade? Participo do Festival de
Cannes há 10 anos como delegado
brasileiro, sendo que no ano passado
também tive a experiência de ser pales-
trante no seminário do evento, mostran-
do ao mundo publicitário o nosso case
brasileiro do Fiat Mio, carro conceito
desenvolvido colaborativamente e em
inovador processo de crowdsourcing.
Esse ano foi a primeira vez que estive
como jurado da competição, em Creati-
ve Effectiveness, uma categoria nova no
Festival. No júri, avaliamos o quanto uma
iniciativa criativa trouxe de resultado
para a marca, produto ou serviço anun-
ciante. A qualidade criativa da comuni-
cação já foi atestada, uma vez que para
participar da categoria é necessário que
esta comunicação já tenha conquistado
Leão ou tenha ficado no shortlist do Fes-
tival no ano anterior. Nosso olhar foi para
as criações que geraram resultados po-
sitivos. Participar deste júri me permitiu
conhecer diferentes trabalhos, vindos
do mundo inteiro, e pude fazer um pa-
ralelo entre o que temos visto no Brasil,
identificando pontos positivos e aque-
les em que ainda precisamos evoluir.
O que você trouxe de aprendizado desse festival para seus futuros pro-jetos? Todo festival é sempre muito
importante para agregar aprendizados.
Como disse anteriormente, pude ver
exemplos de cases que se destacaram
no seu planejamento. O Grand Prix da
categoria, “Axe Excite”, realizado pela
BBH Londres para o desodorante da
Unilever, é um bom exemplo de ação
que gerou bons resultados. A campa-
nha foi veiculada em mais de 100 paí-
ses, desenhando a mulher dos sonhos
como uma mulher angelical. Acredito
que o maior aprendizado é trazer um
olhar novo para a questão da mensura-
ção de resultados não apenas do pon-
to de vista da comunicação, mas para o
negócio efetivamente. Este é um desa-
fio para o marketing brasileiro hoje.
Como você analisa as ações de comu-
Mio - Nas fotos, um dos maiores feitos
da montadora, o Fiat Mio. O veículo
conceito foi concebido a partir das ideias
enviadas pessoas comuns, que eram
analisadas e estudadas por engenheiros
da Fiat. “Vamos criar um novo modo
de se pensar o futuro dos carros”.
Fotos: Divulgação Fiat
51
52
>
nicação das empresas brasileiras em sites de redes sociais? As redes sociais
ganharam muito espaço e consequen-
temente muita importância para todas
as marcas. Muitas empresas já estão uti-
lizando essa ferramenta para estreitar o
relacionamento com os consumidores.
Ainda há muito a se fazer, algumas em-
presas já conseguem resultados positi-
vos com essa interação, mas é preciso
melhorar esse relacionamento e criar
uma estratégia para conversar com
o seu consumidor. As empresas têm
todos os seus processos de intera-
ção com o consumidor desenhados
para a esfera privada, em relações
individualizadas (o que eu gosto de
chamar de “um monólogo a dois”);
com as redes sociais as empresas
estão sendo obrigadas a repensar
todas as suas rotinas, já que a intera-
ção social se processa no âmbito pú-
blico, em relações plurais e coletivas.
Qual trabalho a FIAT tem desenvol-vido para reforçar sua marca nestes sites? A Fiat possui canais no Twitter, Fa-
cebook e YouTube para estreitar o rela-
cionamento com o nosso consumidor.
Nós sabemos da importância dessas
ferramentas e por isso temos uma equi-
pe especializada para cuidar de toda a
estratégia da marca, avaliando o con-
teúdo que vai para essas redes. Nossa
grande preocupação é fazer com que o
consumidor veja as redes sociais como
um canal transparente de comunicação
e relacionamento com a empresa.
Como foi para você fazer parte de um projeto tão audacioso e inovador como o Fiat Mio? Esse projeto é o re-
sultado de um trabalho de integração
e inovação que estamos trabalhando
na Fiat desde 2001. Fomos a primeira
montadora no mundo a convidar a
comunidade virtual para participar da
concepção de um carro conceito, man-
dando sugestões para que compusés-
semos aquilo que seria um protótipo
do carro do futuro. O aprendizado que
tivemos com o Fiat Mio fez com que
esse modelo de interação com consu-
midores permeie atualmente todas as
nossas conversas. Participar desse pro-
jeto foi muito importante e me trouxe
muitos aprendizados. Essa iniciativa foi
um grande passo para a companhia e
para o mercado como um todo.
Qual o retorno que este projeto trou-xe para a Fiat? Foram enviadas 11 mil
ideias, mais de 17 mil participantes em
mais de 160 países. Por congregar opini-
ões tão diversas e gerais, e para permitir
a correta utilização de uma criação co-
letiva, fomos buscar a homologação do
Creative Commons, que permite que
qualquer pessoa, marca ou empresa
venha a utilizar as ideias coletivas origi-
nadas no Fiat Mio.Na edição de 2011 do
Festival de Cannes, apresentamos o case
brasileiro ao mundo, reconhecido pelo
seu sucesso e grande repercussão. Os re-
sultados obtidos com o Fiat Mio aproxi-
maram ainda mais as áreas da Fiat como,
por exemplo, o Centro Estilo e a área de
marketing. O projeto foi fundamental
para pensarmos novas ações inovado-
ras da marca, de uma forma transversal,
e para entendermos que hoje o consu-
midor tem essa vontade de falar com
as marcas, de opinar na concepção de
produtos que um dia eles possam vir a
comprar. Aprendemos que nada se faz
dentro da fábrica sem entender a fundo
os anseios do consumidor.
Os 35 anos de Brasil da Fiat gerou uma
Foto: Divulgação
53
54
grande repercussão entre os consumi-dores. Você considera que essa campa-nha está entre os principais projetos de sua carreira? A comemoração dos
35 anos da Fiat no Brasil foi um marco
na história da companhia. Por meio da
campanha, conseguimos passar o que
está por trás da história de uma empresa
que conquistou seu espaço e hoje é uma
referência para os brasileiros. A confiança
do consumidor foi fundamental para
traçarmos nossa trajetória de inovação
e pioneirismo. Quando falamos que so-
mos movidos por brasileiros, reforçamos
que buscamos entender as peculiarida-
des do nosso país para oferecer produ-
tos adequados. A liderança de mercado,
conquistada por 10 anos, mostra que
temos nos aperfeiçoado nisso.
Como é ser premiado em eventos tão importantes na área da publicidade e propaganda, como o Caboré, em 2010, e o Grand Prix de Comunicação Inte-grada do Prêmio About, em 2005? Con-
quistar prêmios é resultado de um traba-
lho muito sólido de toda uma equipe, em
parceria com as agências. Conseguimos
fortalecer, cada vez mais, a presença da
Fiat no mercado por meio da nossa co-
municação, e conquistar esses prêmios é
um reconhecimento do mercado.
Quando cheguei à Fiat, em 2001, tinha
uma missão muita clara: estruturar nos-
sa área de internet e definir um planeja-
mento estratégico da marca no Brasil de
forma a reescrevê-la, reposicioná-la no
novo cenário digital e dentro da expec-
tativa do novo consumidor automotivo
que se desenhava. O reconhecimento
do mercado me dá a sensação de es-
tarmos no caminho certo, porém ainda
com muitos desafios pela frente.
Como presidente da ABA – Associa-ção Brasileira de Anunciantes –, como você define o atual momento da pu-blicidade no Brasil? Vivemos um bom
momento da publicidade brasileira, um
momento de consolidação e amadu-
recimento, com estruturas fortes, um
modelo de negócios coerente e com re-
sultados mundialmente reconhecidos.
Hoje não temos tantas disparidades em
relação ao que vemos sendo feito na
Europa, nos EUA e no Brasil. É claro que
o momento de cada país, seja econômi-
co ou mesmo as características de sua
sociedade, faz com que o mercado pu-
blicitário apresente algumas diferenças.
Mas nada que coloque o Brasil em outro
patamar no que diz respeito ao desen-
volvimento do mercado publicitário.
Quando falamos em internet, por exem-
plo, acho que o Brasil é uma referência.
O nosso público consumidor tem uma
facilidade muito grande em aderir às
novas ferramentas que aparecem, e o
mercado apropria-se disso. O que preci-
samos buscar ainda é o aperfeiçoamen-
to das ferramentas de mensuração para
mostrarmos a efetividade da comunica-
ção para o negócio. Acredito que este
seja um primeiro passo para alcançar-
mos outro objetivo do marketing hoje,
que é o de reconquistar seu papel de
prestígio dentro das organizações.
Por que o brasileiro é tão criativo? O profissional da nossa área precisa
antecipar tendências, decodificar a rea-
lidade com precisão e entender as rela-
ções que se constroem entre pessoas e
marcas – e o brasileiro sabe bem fazer
isso. A criatividade está em nosso DNA
e um bom exemplo disso é o número
de publicitários brasileiros que atuam
em agências em diferentes países.
Em sua opinião, os cursos de publici-dade e propaganda formam profis-sionais aptos para o mercado atual, dinâmico e multi meios, ou ainda for- >
O Festival de Publicidade de Cannes (ou Cannes Lions International Advertising Festival) foi criado pela
SAWA (Screen Advertising Worlds Agencies), e é realizado anualmente na França. Desde sua primeira edição,
em 1953, se tornou o mais importante prêmio da publicidade mundial. Os prêmios são divididos em
Grand Prix, Leão de Ouro, Leão de Prata e Leão de
Bronze. Cada categoria tem um chefe de júri, com-
posto por publicitários de vários países escolhidos,
sendo estes os que têm maior participação em
inscrição de peças no festival. Em 2005, foi criado o
Titanium Lions, categoria criada para premiar as ideias
mais inovadoras e audaciosas em comunicação.
Festival de Publicidade de Cannes
55
“ A antecipação de tendências e principal-
mente a velocidade da tomada de decisão
definem o contorno dos homens e mulheres
de marketing e comunicação do século XXI.”
Foto: Divulgação
56
mam publicitários focados nas mídias tradicionais? A
maioria dos cursos ainda é
tradicional, mas essa é uma
realidade que vem mudando.
Nos últimos anos, vimos uma
evolução das universidades
para acompanhar o mercado,
mas ainda é preciso uma mu-
dança muito maior. Os cursos
que formam profissionais de
publicidade e propaganda
precisam se atualizar. A verda-
de é que hoje eles aprendem
esse dinamismo apenas no
dia-a-dia do mercado.
Quais as grandes compe-tências você considera que um publicitário deve possuir hoje? O publicitário, além de
criativo, precisa estar conecta-
do a todas as mídias. O grande
diferencial hoje é enxergar tendências.
O mercado está em constante mudan-
ça, pois enquanto estamos criando uma
ação que parece super inovadora, novas
mídias estão sendo estudadas. Por isso
é preciso que o publicitário faça cons-
tantes reciclagens no seu aprendizado.
Conhecer o consumidor também é fun-
damental. Um bom publicitário não fica
entre quatro paredes criando. Precisa
ir às ruas para entender o dia-a-dia do
público com quem ele quer falar. An-
tes bastava conhecer as relações que
os consumidores desenvolviam com as
marcas; hoje, é preciso ir além e enten-
der as relações que se desenham entre
os consumidores, entre as pessoas, in-
dependentemente das marcas.
Se eu puder dar um conselho a um
publicitário que quiser voltar à univer-
sidade para uma pós-graduação, reco-
mendaria que ele estudasse Sociolo-
gia, Psicologia, Filosofia ou Semiótica
para conhecer mais profundamente
como se desenham as relações, as lin-
guagens e os pensamentos na socie-
dade contemporânea.
No ano passado, a Fiat completou seu décimo ano como líder do merca-do automobilístico brasileiro. A que você atribui essa liderança e cresci-mento? Em 2011, a Fiat completou 10
anos de liderança no mercado com
754 mil automóveis e comerciais leves
emplacados. E esse reconhecimento
é um resultado decorrente de lança-
mentos importantes e campanhas
que deram o tom a este momento
único que o Brasil está passando. Em
2011, além do aniversário de 35 anos,
que reforçou a identificação dos bra-
sileiros com a marca, tivemos ações
envolvendo o Novo Fiat Cinquecen-
to, Freemont e Novo Palio. Neste ano
de 2012, estamos buscando nosso
11° ano de liderança do mercado
brasileiro – e esperamos chegar lá.
Antes de transferir-se para a FIAT, você teve uma passa-gem pela Kodak. A concor-data da empresa, em sua opi-nião, talvez tivesse a ver com a “miopia estratégica” em relação ao mercado digital?
Recebi a notícia da concordata
da Kodak com muita tristeza.
A revolução digital modificou
muito o mercado fotográfico.
A crise econômica mundial
foi um fator que contribuiu
para que a empresa chegasse
a esse ponto, mas o fato é que
a Kodak não acompanhou a
evolução do mercado, que
passou por grandes mudan-
ças nos últimos 15 anos. Nos
anos de 1990, a empresa foi
pioneira em projetos de digi-
talização e compartilhamento
de fotos, percebendo uma
mudança no relacionamento do consu-
midor com o produto, mas não foi adian-
te. O mercado estava muito dinâmico e
a Kodak precisava ter tido coragem de ir
além, olhar, conversar e acompanhar as
necessidades do consumidor, mas infe-
lizmente não conseguiu. Não me parece
que seja um caso de miopia, já que a em-
presa sabia claramente o que precisava
ser feito. Mas a mudança do químico
para o digital era praticamente construir
uma nova empresa, baseada em outros
valores e modelos de negócio e de lu-
cratividade totalmente diferentes, o que
eles não conseguiram fazer em tempo.
Vai-se um dos grandes ícones do marke-
ting do século XX e fica a certeza de que
a compreensão clara do consumidor e
das suas relações sociais, a definição de
sólidos modelos de negócio, a antecipa-
ção de tendências e principalmente a ve-
locidade da tomada de decisão definem
o contorno dos homens e mulheres de
marketing e comunicação do século XXI. A
Foto: Divulgação
57
58
’decoração
Estão a todo vapor as obras da 3ª edição
da São João Decor – Mostra de Arqui-
tetura, Decoração e Paisagismo de São
João da Boa Vista e região – que neste
ano terá início no próximo dia 26 de ou-
tubro, com término em 25 de novembro.
Para quem aguardava ansioso o
evento, que já está marcado no ca-
lendário oficial da cidade, em breve
poderá conferir mais de 40 ambientes
criados pelos melhores profissionais
sanjoanenses, do Leste Paulista e Sul
de Minas Gerais, entre outros.
Ao final da 2ª edição, em 2011, che-
gou a ser cogitada a possibilidade do
evento se transferir para Poços de Cal-
das/MG, intercalando o evento às duas
cidades, em anos alternados. Porém, o
grande número de pedidos para que
o evento continuasse na “terrinha” fi-
zeram com que a artista plástica Vânia
Palomo, organizadora da Mostra, mu-
dasse de ideia.
“Chegamos a visitar várias casas em
Poços, mas aqui apareceram três óti-
mas opções. Além disso, profissionais e
pessoas ligadas ao evento destacaram
a importância da Decor continuar na
cidade, principalmente pelo ótimo mo-
mento econômico e o crescimento que
São João atravessa”, destaca Vânia.
E a mansão escolhida para 2012
está localizada em um dos bairros mais
nobres do município: Avenida Durval
Nicolau, no Parque Colinas da Man-
tiqueira, pouco à frente do clube de
mesmo nome. “Quem olha a casa de
fora, não imagina o quão imensa que ela
é por dentro”, ressalta a organizadora.
Com um partido arquitetônico
bem resolvido e agradável, a casa da
Decor 2012 consegue traduzir o que
chamamos de humanização com
muito bom gosto. Segundo Ricardo
Ciacco, arquiteto responsável pelo
evento, a residência tem como princi-
pal característica a valorização do con-
vívio familiar. “É uma casa totalmente
integrada, onde todos os ambientes se
voltam para a área de lazer, que é um
dos destaques”, afirma Ciacco.
Contando com uma privilegiada vis-
ta da Serra da Mantiqueira, Ciacco acre-
dita que todas as tendências da arquite-
tura, design de interiores e paisagismo
estarão reunidas em um só lugar. “A casa
sintetiza de maneira inteligente todas as
Arte dentro e fora de casaTerceira edição da São João Decor vai de 26 de outubro a 25 de novembro, em São João
Foto: Fritz Nagib / Fritz Foto
59
qualidades da real arquitetura contem-
porânea brasileira, características poucas
vezes reunidas em um só lugar”.
O evento – A São João Decor já se tor-
nou um evento de destaque em São
João da Boa Vista, com o objetivo de
reunir bom-gosto, profissionalismo e
as novidades que o mercado oferece.
“Trata-se de um acontecimento or-
ganizado para oferecer aos profissionais
da área uma oportunidade de mostrar
ao público seus trabalhos, alinhados à
criatividade, conforto e às últimas ten-
dências de cada segmento”, relata Vânia.
Nas duas primeiras edições do
evento, mais de seis mil pessoas de
São João da Boa Vista, região e diver-
sas cidades do Estado de São Paulo
e Minas Gerais visitaram as casas: em
2010, no Recanto do Lago (Rua João
Arten) e em 2011, no Centro (rua Ge-
túlio Vargas, na famosa Casa Vittória).
Além dos profissionais, o evento
reúne parcerias com empresas e presta-
dores de serviços nos mais diversos seg-
mentos, proporcionando uma grande
oportunidade de destacar seus produ-
tos e marcas, somando-se ao trabalho
dos expositores e profissionais do setor.
E, finalmente para o público, a São
João Decor é mais do que uma Mos-
tra, e sim uma experiência, de acordo
com Vânia. “É um momento único para
admirar os detalhes e a criatividade
dos ambientes, de conhecer as empre-
sas e os profissionais que estão por trás
de cada projeto e ainda proporcionar
muita inspiração para renovar-se a
cada dia”, conclui Vânia.
Foto: Fritz Nagib / Fritz Foto
A
60
O crepuscular do PacíficoO sanjoanense que ajudou a escrever a história da aviação militar brasileira
’opinião
por Lauro Augusto Bittencourt Borges
Com um sobrenome desse ele poderia
só flanar pelos elegantes salões da cida-
de. Mas ele queria mais. Queria mais al-
tura que as montanhas da Mantiqueira.
No escritório da confortável re-
sidência, localizada no centro da ci-
dade, junto com a simpática esposa
Tereza Ribeiro de Oliveira – Dona Tê –,
Christiano Osório de Oliveira Netto – o
Tiano –, um crepuscular de família tra-
dicionalíssima, me recebe para contar
histórias de um decantado passado.
Ainda molecote, pelas mãos do
instrutor do aeroclube local, Sebastião
Carvalho – que fora motorista da sua tia,
Dona Beloca –, Tiano voou pela primeira
vez nos ares da região. Os passeios aé-
reos com o espirituoso aviador fizeram
que o flerte com os céus virasse paixão.
No início dos anos 40 do século
passado, engajado na Aeronáutica
e servindo no paulistano Campo de
Marte, ele começava a realizar o deva-
neio adolescente. Já no primeiro ano
do preparatório de piloto, Tiano pôde
conduzir solando o pequenino Ster-
man, uma aeronave para calouros. O
sanjoanense conta uma peculiaridade
da sua admissão: “O médico da Base só
aprovou o meu ingresso na carreira mili-
tar depois que operei de uma hérnia”.
Da Paulicéia desvairada para o pam-
pa gaúcho. Com indisfarçável orgulho,
ele me mostra a espada recebida às
margens do Guaíba, que lhe conferiu o
posto de aspirante a oficial e a formatu-
ra como piloto de caça da Força Aérea
Brasileira. Da solenidade marcante em
Porto Alegre, Tiano deixa escapar uma
ponta de mágoa: “Fui o único formando
que não teve ninguém da família presen-
te. Nem minha namorada foi”.
Dona Tê, atenta ao papo, justifica:
“Naquele tempo eu morava em Catanduva
e nós namorávamos por correspondência.
Era uma época em que moça nenhuma
viajava sozinha”. Ela conclui, resignada:
“Ninguém da família quis me levar”.
Nos exercícios de guerra no firma-
Foto: Reprodução Internet
61
mento do Rio Grande do Sul, o jovem
militar já “brincava” com o avião que foi
um bombardeiro clássico na 2ª Guerra
Mundial: o N.A. – cognome de North-
-American. Seguro no manche, ele ma-
nobrava dando rasantes no litoral: “Era
pra fazer barulho e assustar submarinos”.
Em 1945, baseado na unidade de
Santa Cruz no Rio de Janeiro, casou-se
com a amada, numa cerimônia quase
secreta em Aparecida. O comando
aeronáutico não via com bons olhos
o casamento de integrantes de esqua-
drilhas de caça. Dona Tê lembra que
não só os superiores do quartel repro-
vavam as núpcias: “Os parentes não de-
sejavam uma viúva na família, falavam
para esperar o fim da guerra. Jovens e
apaixonados, não ouvimos ninguém.
Sabe o que é gostar, né?”
Sei, Dona Tê, e como sei! No perío-
do fluminense, ajudou a escrever um
capítulo antológico da aviação militar
brasileira. Tiano e mais 32 pilotos do
chamado 2° Grupo de Caça, bem pre-
parados, corajosos e com o natural
êxtase da juventude, ofereceram-se
para uma missão no Pacífico, onde
combateriam as forças japonesas.
Salgado Filho, então ministro da Ae-
ronáutica, ficou sensibilizado com o
gesto de galhardia do grupo dos 33.
E prometeu: “Se o presidente decidir
enviar a FAB para combater no Pacífi-
co, vocês serão os primeiros”.
O destemor do grupo, que voava
nos intrépidos P-40 Warhawk, entrou
para a memória do país depois de re-
tratado na célebre revista O Cruzeiro,
em reportagem assinada pelos consa-
grados jornalistas Jean Manzon e Da-
vid Nasser. O Brasil conheceu a história
na edição de 7 de julho de 1945, na
matéria intitulada Os ‘33’ do Pacífico.
O fim do conflito mundial, meses
depois, frustrou a ida dos “33” para o
teatro de operações no Pacífico, mas
Tiano não demonstra tristeza: “Fica-
mos felizes com o término da guerra”.
No ano seguinte, 1946, o tenente-
-aviador Christiano pediu baixa da ca-
serna e foi para Pirassununga tocar a
propriedade agrícola da família. Tem-
pos depois, brincadeira do destino, o
governo desapropriou uma área vizi-
nha às suas terras para construir a hoje
conhecida Base Aérea daquela cidade.
Entre fotografias, recortes de jor-
nais e relatos orgulhosos das proezas
dos netos e bisnetos, Tiano, 86 bem
vividos, relembra uma recente visita
à Base de Pirassununga. Depois de
questionado pelo Brigadeiro de plan-
tão se teria algum objeto para doar ao
memorial da FAB, ele sapecou com es-
pírito de galhofa: “Tem eu!”
62
’agito
63
64
A vez da segurança públicaConseg sanjoanense é a melhor forma da população protestar , não só contra a violência
’direito
por Nelson de Barros O’Reilly Filho
A Constituição Federal, no Capítulo
da “Segurança Pública”, especifica-
mente no art. 144, dispõe o seguin-
te: a segurança pública, dever do Es-
tado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação
da ordem pública e da incolumi-
dade das pessoas e do patrimônio,
através dos seguintes órgãos: I – po-
lícia federal; II- polícia rodoviária fe-
deral; III – polícia ferroviária federal;
IV – polícias civis; V – polícias milita-
res e corpos de bombeiros militares
(os grifos são nossos).
Ora, é o único caso em que um
dever do Estado é também direito e
responsabilidade de todos! Isto signifi-
ca que o tema “Segurança Pública” não
deve ficar apenas sob o encargo dos
órgãos tradicionalmente conhecidos
no trato da questão, ou seja, Polícia
Civil, Polícia Militar, Promotoria de Jus-
tiça e Poder Judiciário.
Cabem às demais instituições pú-
blicas, às instituições privadas e ao
próprio cidadão responsabilizarem-se
pela “Segurança Pública”.
E como? Ainda que muito relu-
tante, o Poder Público Municipal se
evidencia como uma das entidades
com maior incumbência disso, e
não seria pela Guarda Municipal (às
vezes tão “sonhada”, mas que não
faz parte daqueles cinco incisos e
não pode ser reconhecida como
órgão de “Segurança Pública”, além
do que fica à mercê de uma Pre-
feitura, nada afeta à matéria), mas
pela atuação correta e eficiente de
se inserir nos locais problemáticos,
não deixando que lazer, saúde e as-
sistência social fiquem à cargo da
criminalidade; numa urbanização
adequada, com transporte públi-
co pontual e seguro; numa ilumi-
nação decente; na interação com
os órgãos próprios de “Segurança
Pública”; traçando metas, dando e
recebendo apoio; na expedição de
atos normativos e leis que contri-
buam para o controle preventivo
da violência (como, por exemplo.,
fixar horário e local para comércio
de bebidas alcoólicas, normatizar
o exercício de mototáxi e motoboy
etc.) e fazendo cumprir a lei, me-
diante fiscalização e punição.
As instituições privadas podem (e
devem) também trazer ideias e parti-
cipar dos processos de prevenção e
de trato dos problemas oriundos da
violência e criminalidade, o que acon-
tece até mesmo com as entidades be-
neficentes de acolhimento de crian-
ças, drogaditos, alcoólatras etc.
Enfim, o cidadão pode (e deve)
cuidar da “Segurança Pública”, não
só tomando as cautelas próprias
para não ser vítima de crime (não
deixando portas abertas, carros
destrancados, valores à mostra, que
constituem a prevenção primária),
como também ajudando outrem a
não ser vítima de algum ato ilícito
e, principalmente, participando das
ações e políticas de prevenção.
Aliás, uma das melhores formas de
participação, e que em São João tem
ganhado muito corpo, é se inserir
no CONSEG, que significa ‘Conselho
Comunitário de Segurança’, que não
é municipal, mas órgão do Estado e
diretamente ligado à Secretaria de
Segurança Pública.
Referido Conselho é composto
pelo seu presidente, um cidadão de
escolha dos ‘conseguianos’, direto-
ria escolhida nos mesmos moldes e
pelos membros natos, que são da Po-
lícia Civil (Delegado de Polícia) e da
Polícia Militar (oficial ou graduado).
A Promotoria de Justiça participa de
forma voluntariosa.
Durante as sessões, os presentes
podem se dirigir diretamente à mesa
(composta pelo presidente, pelas po-
lícias e pela promotoria), levando seus
problemas, reivindicações e suges-
tões, que ficam registrados em ata.
Por meio dessa participação po-
pular e de também de outras insti-
tuições (de ensino, religiosas etc.),
chega-se a uma melhor coleta de
dados e consecução de projetos,
isto sim democraticamente, porque
se lida muito mais com prevenção,
deixando para última hipótese o ser-
viço de repressão policial.
Espera-se que a próxima admi-
nistração municipal acorde e se sen-
sibilize com a questão, participando
efetivamente do CONSEG (as reuni-
ões realizam-se à segunda terça-feira
dos meses, no auditório da ACE, e são
abertas ao público em geral).
65
66
Toda criança do mundo deve ser protegida.Contra os rigores do tempo, contra os rigores da vida.
Criança tem que ter um nome, criança tem que ter lar, ter saúde e não ter fome, ter segurança e estudar.
Não é questão de querer, nem questão de concordar, os direitos das crianças todos têm de respeitar. Tem direito a atenção, direito a não ter medos, direito a livros e a pão, direito de ter brinquedos. Mas criança também tem o direito de
sorrir, correr na beira do mar, ter lápis de colorir...
Ver uma estrela cadente, filme que tenha robô, ganhar um lindo presente, ouvir histórias do avô. Descer do escorregador, fazer bolha de sabão; sorvete se faz
calor, brincar de adivinhação. Morango com chantilly, ver mágico de cartola, o canto do bem-te-vi, bola, bola, bola, bola!
Lamber fundo de panela, ser tratada com afeição, ser alegre e tagarela.Poder também dizer não! Carrinhos, jogos, bonecas, montar um jogo de armar,
amarelinha, petecas e uma corda de pular. Um passeio de canoa, pão lambuzado de mel, ficar um pouquinho à toa... Contar estrelas no céu...
Ter tempo pra fazer nada, ter quem penteio os cabelos, ficar um tempo calada... Falar pelos cotovelos. E quando a noite chegar, um bom banho, bem quentinho, sen-sação de bem estar... De preferência, um colinho. Uma caminha macia, uma canção
de ninar, uma história bem bonita, então dormir e sonhar...
Embora eu não seja rei, decreto, neste país, que toda Criançatem direito a ser feliz!
Os direitos da criança
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Camisa xadrez e bermuda – Piccola SocietáMochila Adidas e tenis Puma - Cia do Esporte Kids
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Vestido fustão liso e vestido estampado – Piccola SocietáSapatilha Hobby e sandália Pampili - Cada Passinho
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Pijamas e camisolas – Piccola SocietáSandálias Nike - Cia do Esporte Kids
Moda infantil: Piccola Societá - (19) 3631-6873
Calçados infantis: Cada Passinho - (19) 3631-2755
Cia do Esporte Kids - (19) 3635-2036
Modelos: Gustavinho, Bruno, Lara e MarianaFotos: Falcão Foto & Arte - (19) 3641-1392
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por Francisco José Gallego (Restaurante Barracão)’culinária
Bobó de peixe com camarãoIngredientes• ½ kg. de filé de merluza;• ½ kg. de camarão médio descascado e limpo;• 06 tomates bem vermelhos;• 02 cebolas médias;• 01 vidro de leite de coco;• 01 kg de mandioca amarela;• 01 dente de alho;• 02 folhas de louro;• ½ xícara de chá de óleo de soja;• 01 colher de sobremesa de colorífico;• Sal a gosto;• Suco de 01 limão;• Pimenta do reino a gosto;• ½ xícara de chá de cheiro verde picado;• 02 copos de leite integral de vaca.
Modo de preparoPicar o peixe em pedaços de, mais ou menos, cinco centí-metros. Junte-os com os camarões, tempere com sal, limão
e pimenta do reino, e reserve. Picar os tomates e a cebola em cubinhos.Em outra panela, aqueça o óleo e frite o dente de alho fatiado. Em seguida, adicione o colorífico, o tomate e a ce-bola picados, e aguarde até começar a formar líquido. Em seguida, coloque o cheiro verde e o louro, e, na sequência, adicione o peixe e o camarão.Cozinhe a mandioca, tire a fibra do meio e bata no liqui-dificador com o leite integral e o leite de coco, até ficar um creme. Quando estiver com 15 minutos de cozimento, adicione o creme e mexa durante cinco minutos. Adicione mais cheiro verde e sirva com arroz branco e batata palha. Rende 4 porções.
Um pouco de história...A origem do prato é africana, sendo típico da Bahia, o es-tado mais africano do Brasil. Um prato tão baiano quanto o som de um berimbau. Ele pode ser servido quente, morno ou frio, como prato principal ou como acompanhamento. O atual bobó de camarão, prato de renome, também tem, entre seus ingredientes, mandioca e leite de coco.
Foto: Fabiano Barbosa
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por Milene Mafra (cake designer)’culinária
Cupcake de chocolate, comcobertura de Nutella e Kit-katIngredientes
Massa:• 125 gr. de manteiga;• 125 gr. de farinha;• 125 gr. de açúcar;• 02 ovos;• 01 colherzinha pequena de fermento em pó;• 1/2 xícara de leite;• 01 xícara de chocolate.
Cobertura:• 02 potes grandes de Nutella;• 04 pacotes de chocolate Kit-kat.
Modo de preparoBata a manteiga com o açúcar até formar uma pastinha branca. Coloque os ovos, um a um, e bata bem. O segredo para ter um cupcake fofinho é batê-lo super bem nessa fase. Depois, coloque os outros ingredientes alternados. Forre a assadeira com as forminhas próprias para cupcake e distri-bua a massa até a metade. Rende 12 cupcakes grandes ou 15 mini cupcakes.
Fique de olho!Graças ao destaque que recebe em cenas de filmes hollywoodianos, como O Diabo Veste Prada e Sex and the City, o cupcake virou febre e está ganhando espaço nas fes-tas infantis, chás de bebê e casamentos.
Foto: Fabiano Barbosa
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’agito
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Joias quase desconhecidasÁguas da Prata - aqui ao lado - oferece dezenas de cenários e belezas naturais
’turismo
por Rafael Eduardo Gomes
O Turismo Sustentável pode ser compreendido como um seg-
mento do Turismo que tem apresentado altos índices de cresci-
mento, sendo uma tendência atual em Águas da Prata e região.
Isso implica em uma demanda crescente de turistas para áreas
naturais, em busca de um maior contato com a natureza.
Ecoturismo é a forma de fazer turismo na qual as pessoas
preferem visitar áreas naturais, relativamente intocadas, com-
partilhando com as populações locais seus valores e tradições.
Em 1994, o Instituto Brasileiro de Turismo – EMBRATUR –,
em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, produziu
a primeira conceituação de Ecoturismo oficial no pais: “Seg-
mento da atividade que utiliza, de forma sustentável, o patrimô-
nio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca forma-
ção de uma consciência ambientalista através de interpretação
do ambiente, promovendo o bem estar das populações”.
Buscas – Águas da Prata, São João da Boa Vista e região ofe-
recem cenários e belezas naturais para esta prática de ativi-
dade e aventura, valorizando seu patrimônio natural, históri-
co e cultural. A semente foi plantada e cresce cada vez mais.
As comunidades acreditam no potencial turístico; os
empresários investem nos segmentos, hotéis, pousadas,
restaurantes e comércio; e o poder público se interessa
mais pelo potencial do turismo sustentável, gerando outra
economia, principalmente para Águas da Prata.
Na região – Criada por guias locais em 2004, a Prata Expe-
dições Ecoaventura é a primeira operadora de ecoturismo
e turismo de aventura estabelecida em Águas da Prata e
São João da Boa Vista. Ela trabalha com base nos conceitos
do ecoturismo sustentável, que promovem a conservação
do patrimônio natural e cultural, proporcionando o bem-
-estar das populações envolvidas.
Oferece aos participantes a oportunidade de praticarem
atividades de aventura como: Trekking (caminhadas), Esca-
lada (subida de paredes rochosas), Rapel (descida por cor-
das), Cascading (rapel em cachoeira), Voo Livre (parapente)
e Tirolesa (travessia por cordas), em cenários de rara beleza.
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’especial
Os bastidores do Atua na TVA evolução e os novos desafios do programa, em seus dois anos de história e sucesso
No mês em que completa 2 anos, co-
memorado no dia 19 de setembro, o
programa Atua na TV, uma parceria
entre Associação Comercial e Empre-
sarial de São João da Boa Vista e TV
União, exalta sua evolução em mais
de 90 programas inéditos já transmi-
tidos, com assuntos dos mais variados
temas e entrevistas de excelente nível.
E claro que a Revista Atua não
poderia ficar de fora desta festa.
Além de uma entrevista com a apre-
sentadora Camila Fernandes, a re-
portagem visitou os bastidores de
gravação do programa e acompa-
nhou todo o trabalho de uma equi-
pe unida para apenas um propósito:
deixar o programa ‘redondinho’ e de
qualidade para o público em casa.
A cada dois meses, representantes
da ACE e da TV União realizam reunião
de pauta para definir futuros temas e
assuntos para o programa. A semana
de trabalhos começa na sexta-feira,
onde Camila e sua produtora, Carla
Galli, se reúnem para debater os te-
mas e fazer um pré-contato com os
entrevistados. Na segunda-feira, são
feitas as pesquisas e a produção do
material que será utilizado nas grava-
ções, além da confirmação de presen-
ça dos participantes e a escolha das
roupas e acessórios, com os parceiros
Rainha Store, Scarpe e Pink Biju.
Terças e quartas-feiras são os dias
utilizados para gravações, começando
pela manhã, com a maquiagem e o
penteado, no salão JM. Após a finaliza-
ção da produção visual, começam as
gravações em estúdios, com entrevis-
tas e chamadas do que acontecerá no
programa. Após alinhar com a agenda
da TV, Camila, Carla e um cinegrafista
saem para gravar as matérias externas.
Na quinta-feira, o material bru-
to vai para a edição, com a própria
apresentadora auxiliando o editor
na produção. Sexta-feira são che-
cados os últimos detalhes para
finalizá-lo. O programa inédito vai
ao ar todos os sábados, a partir das
13h30, com reprises em diversos
dias e horários da semana.
Crescimento – Para a apresentado-
ra Camila Fernandes, os 2 anos do
programa mostram uma amadure-
cimento conquistado com muito
esforço e trabalho, não só dela, mas
de toda a equipe. E a percepção
Preparação - Enquanto o cinegrafista
Danilo Freitas (de costas) e David Ribeiro (à
esquerda, que também é apresentador da TV
União) preparam os últimos detalhes para a
gravação, Camila Fernandes discute o tema
que será abordado no programa. Neste dia,
esteve presente no estúdio a professora de An-
tropologia do Unifae, Rosa Helena Carvalho
Serrano, que falou sobre Folclore.
>
Foto: Luiz Gustavo Gasparino
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disso está na procura das empresas
sanjoanenses em querer participar
das gravações, com reportagens ou
como patrocinadores.
“No início, tínhamos que oferecer
matérias para que os comerciantes e
empresários pudessem acreditar no
programa. Hoje, eles investem mais,
pois veem que isso dá certo e o retorno
é muito bom”, garante Camila.
A apresentadora cita que essa
conquista começa com a força do
nome “Atua”. “Todo mundo vê a revista
e comenta. Já são 5 anos de sucesso”,
lembra. Outro fator positivo, segun-
do ela, é a rotatividade do progra-
ma, por ser semanal. “É muito raro
repetirmos os assuntos, isso faz com
que tragamos sempre coisas novas
para o telespectador e faz com que a
empresa acredite no nosso produto”.
Para Camila, as pessoas voltaram
a ter o hábito de assistir à TV regional,
o que faz com que mais empresários
invistam em propaganda, não só no
Atua na TV. “Os programas são muito
bons e a grade está repleta. Sabemos
o que está acontecendo em São João
e na região, quem está na mídia, e o
povo gosta muito disso. E o empresário
precisa apostar na divulgação, para ser
conhecido e lembrado sempre”.
Evolução – Que o Atua na TV evoluiu
em 2 anos todo mundo já sabe. Mas
e a apresentadora? Camila conta que
nunca teve problemas em falar em
público ou com câmeras, mas a jovem
de apenas 21 anos sofreu e muito para
gravar seus primeiros programas.
“O começo é sempre um desafio.
Tudo me deixava muito nervosa, suava
as mãos e ficava sempre presa no que
ia perguntar para o entrevistado. Nada
era natural. Quando assisto ao primeiro
programa hoje digo: ‘meu Deus, que coi-
sa horrorosa’ (risos)”, brinca Camila.
Apesar do ‘sofrimento’, Camila ga-
rante que, atualmente, tudo é mais
rápido. “Gravamos em uma hora o que
antigamente fazíamos em um dia in-
teiro, além das matérias externas, que
também demoravam”, ressalta.
Mas as manias e os macetes que
se adquirem com o tempo surgiram
com o fruto do trabalho diário, mas
também com o apoio de pessoas que
Camila nunca irá se cansar de agra-
decer. “A Carla Galli [produtora da TV
União] me ajudou muito e sempre este-
ve do meu lado. Em tudo o que precisa-
va, ela me ajudava, pois são 8 anos de
experiência em TV que ela tem. No co-
meço, batíamos muito de frente, porque
ela falava uma coisa e eu, teimosa, fazia
o contrário. Hoje, conseguimos alinhar
tudo certinho e o programa sai redondo.
Muito do que conquistei devo à Carla”,
destaca a apresentadora.
Nos dias atuais, o programa é gra-
vado sem correria e stress, como res-
saltou Camila e a reportagem da Atua
pôde conferir na visita aos bastidores
da gravação. “Tudo é muito mais natu-
ral e não fico mais presa às perguntas
dos convidados. A evolução veio, mas
ainda queremos mais”, garante.
O que vem pela frente – “Sei que te-
mos que melhorar sempre”. Nas pala-
vras de Camila Fernandes, o desafio
do futuro é a inovação. “Temos que
ter a preocupação em buscar o que
realmente é interessante e importante
para o programa e para o público que
o assiste. E para acrescentar ainda mais
para o Atua na TV, o desafio é buscar
coisas novas e diferentes, principal-
A hora da gravação - Toda uma equipe de edito-
res, produtores, técnicos e cinegrafistas da TV União são
deslocados para as gravações do programa Atua na TV.
A produtora Carla Galli (de costas, à direita) comanda os
trabalhos de orientação aos envolvidos.
>
Foto: Luiz Gustavo Gasparino
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mente em dar visibilidade a todos os empresários que investem e par-
ticipam do programa”, finaliza.
Luciana Junqueira é vice-presidente da ACE São João e é quem
sempre esteve a frente do programa nesse período. Ela conta que este
“projeto ambicioso” só foi possível graças a parceria entre a ACE, que
apostou na ideia, e TV União que detém know how técnico. “O pro-
grama foi criado para ser atuante e moderno, trazendo sempre novidades
para nossos telespectadores. E sem estas duas
forças trabalhando juntas, não alcançaríamos
tão rápido os resultados que o programa vem co-
lhendo em dois anos”, salienta Luciana.
Para a diretora do programa, a equipe do
Atua na TV sempre esteve disposta a inovar.
“A TV União dá todo o respaldo para a evolução
do programa; a diretoria da ACE apostou em um
projeto inovador, que fez aumentar a grade de
serviços da associação. Assim, atingimos mais
uma vez o papel da instituição, que é dar pos-
sibilidades aos associados estarem sempre se
atualizando e crescendo junto com a cidade”,
conclui Luciana.
Parceiros - E para um programa ter sucesso, é
necessário ter – e manter – parceiros de quali-
dade. Desde o início do programa, em setem-
bro de 2010, várias empresas acompanharam
o trabalho e o crescimento do Atua na TV, in-
vestindo em um produto que sempre trouxe o
retorno esperado. Às vezes até mais.
Foto: Luiz Gustavo Gasparino
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E a reportagem da Atua foi atrás
das empresas que estão desde o início
do programa, anunciando e apoiando
essa evolução. Lembrando que os par-
ceiros podem permanecer por seis
meses, para que também haja uma
rotatividade com as roupas, sapatos
e acessórios utilizados nas gravações.
Vanessa Mantelli Nogueira, pro-
prietária da loja La única, sempre
realizou desfiles de seus sapatos no
programa e garante que o retorno
conquistado é melhor do que qual-
quer outra mídia. “O programa é des-
contraído, mostramos nosso produto
de uma maneira natural e isso cativa
o público que o assiste, fazendo com
que o retorno seja positivo. Sempre
que tem coleção nova, procuramos o
Atua na TV para divulgar”, ressalta.
Já Gabriela de Carvalho Santos Do-
mingues, farmacêutica e proprietária
da Art’Ervas (primeira empresa anun-
ciante do programa, e que continua
até hoje), garante que o retorno para
sua empresa não é só comercial. “Mui-
ta gente liga aqui na farmácia dizendo
que assistiu ao programa, contando
das dicas e pedindo mais explicações.
Isso é ótimo para nós, pois mostra que
a informação que levamos está sendo
útil ao telespectador”, explica.
Para o dono da empresa Zero%,
Alisson Rogério Marques, a mostra de
seus produtos naturais no Atua na
TV tem trazido resultados positivos.
“A propaganda só acrescentou para
minha loja. As pessoas comentam e le-
vam em conta as informações, que são
sempre relevantes e confiantes. Até an-
tigos programas são lembrados, o que
mostra que a população realmente as-
siste ao programa”, destaca.
De acordo com João Luis, cabe-
leireiro na empresa JM, o trabalho
feito em todos os programas nas
“madeixas” da apresentadora tem
trazido um reconhecimento profis-
sional não esperado por ele. “Chega
a ser engraçado, pois muitas mulheres
pedem para montar o cabelo do jeito
que a Camila usa no programa (risos),
além dos elogios que a gente recebe.
Para o profissional, esse retorno faz a
diferença”, ressalta João.
E concluindo, Davis Simões Mes-
quita, sócio-proprietário das empre-
sas Regina Presentes e Cada Passinho,
conta que o formato do Atua na TV é
bem legal, pois “deixa claro” o que se
quer transmitir ao pessoal que está
em casa. “O programa é bem dinâmi-
co e há uma troca de informações bem
interessante. O pessoal das lojas gosta
muito do programa e nosso retorno tem
sido bem bacana”, cita Mesquita. A
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Aprendendo com os haitianos’opinião
Sejamos como eles ao lidar com desafios no trabalho; usemos mais a capacidade natural
por João Sérgio Januzelli de Souza
Lendo sobre a chegada de haitianos em Sampa, penso.
E logo escrevo. Antes, para eles, o Brasil do que Cuba ou
Libéria! Não me preocupam mais clientes para as news
Crackolândias. Ou centros de vodu.
Yes! Temos boas políticas antidrogas, não temos? – e
macumba demais. Foco na capacidade desses haitia-
nos – Novos Baianos revisitados? – de enfrentar as tra-
gédias, como o terremoto de 2010, e sem perderem a
motivação e a alegria.
Motivou-me a fala de um professor do Haiti e falan-
te de três idiomas. Aqui, ele trabalhará na instalação de
cabos elétricos. Sua crença em dias melhores me fez
pensar em “Resiliência”, conceito usado pela psicologia
do trabalho, que veio importado da Física.
Fisicamente, diz o Aurélio: resiliência é a proprieda-
de pela qual a energia armazenada em um corpo de-
formado é devolvida quando cessa a tensão causadora
duma deformação elástica. Lembra-se dos restos do
mal explicado, ou talvez imaginário, disco-voador do
The Roswell UFO Incident, nos EUA? Amassados volta-
riam ao normal!
Da Física e para a Psicologia, father dos burros in-
glês explica: habilidade de voltar rapidamente para o
seu usual estado de saúde ou de espírito depois de
passar por doenças, dificuldades etc.: resiliência de ca-
ráter”. Eis os hatianos!
Então, faça o que escrevo, e faça o que eu procuro
fazer a cada dia e também aconselho. Dica de Coah:
sejamos mais haitiano ao lidar com os desafios no tra-
balho. Usemos mais a capacidade natural – que pode
ser adquirida também, de lidar com os problemas do
dia a dia. Ops? Que tal variáveis?
De acordo com Paulo Sabbag, professor e pesquisa-
dor da Escola de Administração da FGV, resiliência é a
Exemplo - Na foto, um haitiano toca
guitarra em meio aos escombros da
catedral de Port au Prince. A capacidade
de superação dos haitianos e invejável:
após terremoto, um surto de cólera e um
furacão, a populaçao local ainda encontra
bom humor para seguir adiante, em um
dos países mais pobres do mundo.
>
Foto: Reprodução Internet
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habilidade mais importante para se
enfrentar os desafios empresariais e
pessoais e fazer sucesso na carreira
profissional na metade do século
XXI. Ele afirma que ela pode ser ad-
quirida em qualquer momento.
Segundo Deepak Chopra, guru
indiano que curou o câncer no seio
de Olívia Newton-Jonh, em sua obra
As sete leis do Espírito: “até o apa-
rente caos do trânsito é resultado da
criação da consciência cósmica”. É
criação nossa, ok? Então, no trânsi-
to caótico da empresa, ao invés de
buzinaço, palavrão, confrontos des-
necessários, perda de bons colabo-
radores, demissão... resiliência!
Na literatura organizacional, au-
tores tratam o fato como a tomada
de decisão. É comum se ver diante
de cenário contraditório – ou pes-
soas contraditórias? – onde a tensão
do ambiente e desejo de vencer im-
peram. E tal fato deve sim propiciar
energia à pessoa para enfrentar a
adversidade. É somatória de fatores
que oferecem meios para se enfren-
tar e superar as variáveis.
Para isso, existem dicas válidas.
Uma estratégia que eu gosto e pra-
tico nas profissões desafiadoras e
divinas de professor universitário e
Personal & Professional Coach – e
é socrática – é questionar, antes da
explosão, além de contar até mil.
Então, resiliência, pergunte: Se eu
agir sem ser resiliente, o que eu per-
co? E se eu agir com resiliência, o
que ganho?
Realidade ainda nas empresas
brasileiras é a falta de liderança e
sobra de gerentões Magnun 44. “Eu
te mando embora, pro inferno”. E para
você não ser morto em duelo desle-
al, fica dica de livro que ainda não
li, mas pesquisei: Resiliência: como
superar pressões e adversidades no
trabalho, de Ricardo Piovesan, con-
sultor e palestrante. É melhor que
o abuso da regra três, “onde menos
vale mais”, como diria Toquinho,
músico e cantor brasileiro.
E, assim, super amigo(a) leitor(a),
em tempo de cenário caótico nas
organizações, devido a tantas inova-
ções tecnológicas e comportamen-
tais, entre outras, lembre-se de sua
Gestão de Conhecimento. E a inte-
ligência emocional é uma de suas
ferramentas. E resiliência, também!
E, então, sejamos mais, na boa,
haitianos e talvez menos vikings!
E com licença para a paráfrase Gil-
bertiana Gil, porque “o Haiti pode ser
aqui”, não pode? E resiliência e su-
cesso sempre!
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Partícula de quem?Conheça a razão pela qual há quem insista em trocar Higgs por Deus
’ciência
por Dulcidio Braz Jr.
Desde que começou a operar, em setembro de 2008, o
LHC – Large Hadron Collider, que pertence ao CERN (Orga-
nização Europeia para a Pesquisa Nuclear), com sede em
Genebra (Suíça), vem chamando a atenção da mídia espe-
cializada ou não em Ciência.
E é fácil entender a razão desta enorme popularidade:
este acelerador/colisor de prótons e íons, o maior e mais
complexo experimento científico já construído pelo ho-
mem, prometia choques com energia recorde, nunca an-
tes alcançada, e capaz de nos revelar alguns segredos ínti-
mos da matéria. Aceleradores são como microscópios que
espiam as profundezas do átomo. Eles não veem, mas de-
tectam partículas usando diversas técnicas. E, quanto mais
energia, mais “fundo” nas entranhas da matéria podem ir.
A mais esperada tarefa do LHC, dentre muitas ou-
tras, era a de comprovar a existência do Bóson de Hi-
ggs, a partícula subatômica que muita gente ainda
insiste em chamar de “Partícula de Deus”.
Não gosto deste termo e só o reproduzo aqui para ex-
plicar a sua origem equivocada. Leon M. Lederman, laureado
em 1988 com o Nobel de Física, publicou em 1993 um livro
(ainda sem tradução para o português) cujo título original era
The Goddamn Particle (A Partícula Maldita), que contava a his-
tória da Física de Partículas para leigos com ênfase na partícula
de Higgs. O editor achou que o nome não era bom e, pen-
sando em turbinar a venda da obra, sugeriu que o título fosse
trocado por The God Particle (A Partícula de Deus). E assim foi
Foto: Alan Walker / Universidade de Edimburgo
Importância - O Bóson de Higgs é peça fundamental para explicar
a razão pela qual todas as outras partículas subatômicas têm massa.
Em outras palavras, ele nos revela o segredo de onde vem a massa do
Universo onde vivemos. É a última partícula a ser confirmada de um
total de 61previstas no quebra-cabeças do Modelo Padrão de Partículas
Elementares que explica como as partículas interagem para formar
a matéria. Na foto, Peter Higgs no túnel do LHC - Grande Colisor de
Hadrons, no CERN em Genebra, Suíça.
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feito. Estava armada a confusão e uma
avalanche de desinformação.
A coisa vai tão longe que já me
perguntaram se os cientistas do LHC
estão tentando provar a existência
de Deus! Nada a ver!
A Ciência se baseia em experimen-
tos rigorosos e universais. A Religião
está ancorada na fé ou, no máximo,
em experiências pessoais, que não
podem ser compartilhadas de forma
universal. Ciência e Religião são coisas
diferentes, com propósitos diferentes.
Uma não invalida e nem confirma a
outra. Coexistem e têm, cada qual, a
sua importância para as pessoas.
No entanto, o uso da palavra Deus
soou desrespeitoso para alguns religio-
sos que não gostaram nem um pouco.
Enquanto isso, a mídia sensacionalista,
que não quer informar e só pretende
vender mais em cima de polêmicas
baratas, aproveitou-se para criar man-
chetes dúbias. Lamentável sob todos
os aspectos e uma perda tanto para a
Ciência quanto para a Religião.
Por que Bóson de Higgs? – Peter Hi-
ggs, físico britânico ainda vivo, sugeriu
em 1964 uma partícula, um bóson,
que posteriormente levou o seu nome.
Falando de uma forma simples, sem
muito requinte teórico, esta partícula
estaria ligada a um campo universal e
onipresente que, ao interagir com as
outras diversas partículas subatômi-
cas, poderia lhes conferir massa. Assim,
uma partícula com interação nula com
o campo de Higgs não teria massa
enquanto outra partícula com forte
interação com este campo teria massa
significativamente maior. Esse meca-
nismo consegue justificar a enorme e
estranha discrepância entre as massas
das subpartículas atômicas já detecta-
das e cientificamente confirmadas.
Achou abstrato? Também acho.
Afinal, como não vivemos neste mun-
do subatômico, nada disso nos é fa-
miliar. Mas todos temos uma massa
macroscopicamente mensurável atra-
vés de balanças, pois somos feitos de
átomos que por sua vez são constitu-
ídos de subpartículas que “ganharam”
massa por este mecanismo peculiar.
A ideia de Higgs foi bem aceita pela
comunidade científica e passou a fazer
parte do modelo teórico conhecido
como “Modelo Padrão das Partículas
Elementares” (ou Standard Model). A
partir de então, físicos experimentais
de partículas buscam por esta peça
fundamental no contexto do modelo.
Praticamente comprovado – No últi-
mo dia 4 de julho de 2012, cientistas >
92
do CERN divulgaram resultados que
confirmaram a descoberta de um
novo bóson que tem características
compatíveis com o que se esperava
da partícula de Higgs. O resultado tem
certeza estatística de mais de 99,9%.
Como a Ciência não se baseia na fé,
mas em experimentos universais muito
bem controlados, por excesso de zelo,
os cientistas do CERN ainda não confir-
mam que acharam o Bóson de Higgs.
Mas tudo indica que a caçada de quase
cinco décadas terminou. Tanto que Pe-
ter Higgs, que mora na Escócia, estava
presente em Genebra (Suíça), no pro-
nunciamento oficial do CERN, e se emo-
cionou com o resultado divulgado.
Se confirmado este novo bóson,
Peter Higgs será, certamente, laure-
ado com o Nobel de Física. Vamos
aguardar o que já é quase certo.
Flavia de Almeida Dias é sanjoanense e, atualmente, faz doutorado
pelo IFT – Instituto de Física Teórica da UNESP e é pesquisadora do
SPRACE – Centro de Pesquisa e Análise de São Paulo.
Ela participou em agosto de 2012 do 69th Scottish Universities
Summer School in Physics, na Escócia, onde apresentou um tra-
balho de pesquisa original, que foi julgado por uma comissão de
especialistas muito importantes na área de Física de Partículas, den-
tre eles Peter Higgs, do qual a jovem recebeu, no último dia 22 de
agosto, um prêmio pela qualidade dos estudos e da apresentação.
“Fiquei muito honrada em ter sido escolhida para o prêmio de melhor
trabalho em física experimental apresentado na escola, devido à ótima
qualidade de todos os trabalhos expostos”, disse Flávia, que com-
pletou. “O reconhecimento mostra que a qualidade da pesquisa que
fazemos no SPRACE é competitiva com instituições cuja excelência é
reconhecida internacionalmente”.
Sanjoanense recebe prêmio de Higgs
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A evolução da cargatributária no BrasilEm um aumento contínuo, cada vez mais a sociedade transfere recursos para o setor público
’economia
por Gilberto Brandão Marcon
O assunto é novamente a carga tributária, que pode ser
entendida como o percentual total que o governo trans-
fere da sociedade para os seus cofres. Trata-se da soma-
tória da tributação incidente sobre a renda do trabalho,
tais como salários e honorários, em torno dos quais recai
o IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) e o INSS, asso-
ciado à previdência e saúde, assim como as contribuições
sindicais; trata-se de recolhimentos diretos sobre a renda.
Entretanto, não é só isso; além do cidadão já ter par-
te de sua renda destinada a este fim, irá, no momento
que for consumi-la novamente, pagar sobre o consumo
através dos denominados impostos indiretos, ou seja,
quando o consumidor paga por um produto ou servi-
ço, no seu preço estarão incluídas parcelas referentes a
vários recolhimentos. São os denominados impostos in-
diretos, identificados por siglas tais como: PIS, COFINS,
Contribuição Social, IRPJ, IPI, ICMS e ISSQN.
Mas ainda não sendo suficientes para o governo, após
deixar um tanto no ganho da renda, outro tanto no consu-
mo e conseguir poupar o suficiente ou tomar um financia-
mento para constituir seu patrimônio, o cidadão também
continuará a pagar tributos sobre ele: tem imóvel urbano,
o IPTU; tem imóvel rural, o ITR; tem automóvel, paga o
IPVA. Além disso, acresçam-se o ITCMD e o ITBI.
Também paga taxas inerentes às eventuais transferên-
cias patrimoniais. Isto não sendo suficiente, paga, confor-
me o lugar, algumas taxas extras, tais como a de coleta
de lixo, taxa para a limpeza pública, taxa para emitir do-
cumentos, taxa para manter aberta qualquer tipo de ati-
vidade – o tal alvará – e somem-se a isto, eventualmente,
contribuições para iluminação pública.
Ou seja, de modo conclusivo, podemos dizer que a
carga tributária será um percentual onde o total de recur-
sos transferidos para o governo é dividido pelo total de
riquezas produzidas no país no mesmo período identifi-
cado pelo PIB (Produto Interno Bruto); o resultante de tal
divisão será o percentual da carga tributária.
Escalada - O que ocorre é que a tal carga tributária vem
apresentando, ao longo das últimas décadas, um aumen-
95
to contínuo, ou seja, cada vez mais
a sociedade transfere recursos para
o setor público.
Para se ter ideia, a partir de in-
formações fornecidas pelo IBPT
(Instituto Brasileiro de Planejamen-
to Tributário), ao longo do governo
José Sarney a carga flutuou de 20%
até 22,66%, o que transposto para os
dias do ano, tomando o ano de 365
dias, significaria que se trabalhou de
73 a 82 dias no período para arcar
com a transferência de recursos ao
governo, ou seja, algo entre 2,5 me-
ses a aproximadamente pouco me-
nos de 3 meses. Dito de outra forma:
concentrando o pagamento, até o
mês março se trabalharia meramen-
te para arcar com a carga tributária.
A partir do Governo Collor-Ita-
mar, temos um aumento da carga
que flutua entre o mínimo de >
96
24,66% até o máximo de 29,86% , ou
seja, mínimo de 90 dias e máximo de
109. Agora o mínimo é de três meses,
e já avançam meados de abril os dias
trabalhados para sustentar o Estado.
No primeiro governo FHC, a carga
praticamente se estabiliza no pico do
período anterior, o mínimo é 27,40%
e o máximo de 29,04%, ou seja, entre
100 a 107 dias; porém, em seu segun-
do mandato, vai estabelecer um cres-
cimento progressivo, iniciando com
31,51% em 1999 e terminando em
36,44% em 2002, quantificados em
dias de 115 dias para 133, ou seja, do
final de abril para abocanhar recursos
inerentes até meados de maio.
Trabalhistas no poder - Iniciado o go-
verno Lula, a expansão desacelerou-
-se, mas continuou a acontecer. Assim,
a partir em 2003 é de 135 dias, com
36,99%, e terminou seu primeiro man-
dato com 39,73%, portanto 145 dias,
ou seja, de meados de maio para últi-
ma semana desse mês.
Já em seu segundo mandato, a
partir de 2007, inicia-se com um pe-
queno crescimento e parece se es-
tabilizar em torno 40 a 40,5%, o que
implica dizer que aproximadamente
cinco meses de carga tributária. Eleita
Dilma em 2011, parece agora manter-
-se constante num patamar, bastante
alto, porém, com uma tendência ain-
da de pequeno aumento.
Panorama - De modo geral, o que
vemos foi que se considerarmos os
anos 1970 que, segundo o IBPT, ti-
veram uma média de 76 dias corres-
pondendo à carga, que ainda apre-
sentou valores aproximados nos
anos 1980. Foi um profundo acrés-
cimo, já que hoje nos aproximamos
dos 150 dias, e por muito pouco, não
podemos dizer que a carga tributá-
ria dobrou, ou dito de outra forma
que antes pagávamos em torno de
2,5 meses de carga, mas passamos a
recolher praticamente 5 meses.
A pergunta que se faz é a se-
guinte: já que aumentou o seu cus-
to, como tem sido a retribuição do
Estado, através do governo, em be-
nefícios tais como educação, saúde,
transportes e segurança? Algo é cer-
to, a qualidade destes não melhorou,
o que dirá ter dobrado. Seja lá como
for, tivesse se mantido a mesma qua-
lidade, se poderia dizer que dobrou
de preço, se piorou, a situação é mais
dramática, subiu mais do que o dobro.
97
98
’opinião
A Revolução de 1932A vida se renova; e a história se completa...
por Clineida Jacomini
Sobre esse importante movimento de teimosos, cívicos e
idealistas brasileiros de São Paulo ouvi na rádio local, dia 9
de julho p.p.: “Perdemos a guerra, mas ganhamos um fe-
riado!” Esse tom jocoso, ainda que verdadeiro, não condiz
com todo o triste episódio que marcou a nossa região.
Escrevi há tempos (e saiu num jornal chamado Re-
volução 1932, editado pelo também idealista Francisco
Varanda) essa crônica que, por ser histórica e verdadeira,
tomo a liberdade de transcrevê-la nessa revista.
Tenho que escrever sobre a Revolução de 1932, tema
predileto de Francisco Varanda. Porque minha mãe vi-
veu essa epopéia e quer que eu a retrate; pelo que co-
nheço de ouvir falar; especialmente por esse feriado tão
atípico, porquanto é só nosso, dos paulistas.
Nasci em 1945, mas sempre ouvia histórias, pitorescas
umas; tristes outras, sobre a insurreição dos paulistas que
queriam porque queriam uma Constituição, por verem
desrespeitados seus direitos de cidadãos livres.
Em maio, dia 23, morreram na Praça da República,
em São Paulo, quatro jovens: Martins, Miragaia, Dráuzio
e Camargo, MMDC, que reivindicaram isso. Deflagrada
a Revolução, a Fazenda Bela Vista, de minha avó, ficou
bem no meio do fogo cruzado entre paulistas e minei-
ros. Com medo, justificado, minha avó largou tudo para
trás e foi se refugiar em sua outra propriedade, Fazenda
Santa Teresa, na hoje famosa Serra da Paulista (minha
eterna dúvida: tem esse “da” ou não?).
Ela sofreu muito com medo dos soldados que ti-
nham fama de arruaceiros, baixos e ruins. Então, olhan-
do uma cruz que ali havia, coberta pelas flores roxas de
São Miguel, lembrou-se de Cristo, foi se acalmando, mas
no começo não saia do quarto de tanto pavor.
Foto: Reprodução Internet
99
Quando voltou para a Prata, passado
o conflito, não achou uma coberta, das
centenas que tinha, feitas no tear, com
lã pura. Meu pai ficou sem uma troca
de roupa. Teve que comprar às pressas
tudo de novo. Galinhas, porcos, jóias, en-
feites, louças, talheres... tudo foi levado.
Meu pai contava – rindo muito
– que os mineiros, gente simples da
roça, dos fundões das Gerais, nunca
tinham visto privada. Ao depararem
com aquela providencial “pia”, com
cordinha para puxar, lavavam o rosto
e até bebiam daquela água limpinha.
Quando eu era menina, logo que
chegava na Bela Vista, ia ver uma bala
que ficara encravada no guarda-co-
mida de minha avó. Agora só ficou o
buraco, mas ele ainda ali está.
Uns soldados ficavam aquartela-
dos no Sertãozinho, (altos da Prata); os
outros, na estaçãozinha aqui em fren-
te de casa, no Tajá. Meu tio Samuel,
que servia o exército à época, contava
que entre Grama e Sapecado, hoje Di-
vinolândia, se travaram diversas bata-
lhas e a artimanha usada pelos paulis-
tas, a pé de munição, tendo somente
ânimo e coragem, era a de usar matra-
cas, dessas que eram usadas na igreja,
uma tabuinha com ferrinhos que, vira-
da, fazia o som de uma metralhadora,
para fingir que tinham esse tipo de
arma. Isso funcionou várias vezes.
Minha outra avó, Elisa, morava em
Cascavel, hoje Aguaí. Não quis sair
dali, mas, zelosa, mandou suas filhas
moças para o sítio dos Nazários. Di-
zia sempre que tinha sido muito bem
tratada pelos soldados que lhe de-
ram bolachas, doces etc.
Sua filha mais velha, já casada,
minha esperta e eficiente tia Augus-
ta, morando na fazenda São João de
Cima, entre Grama e Poços, também
se viu envolvida entre as duas forças.
Destemida e obstinada em não perder
o que tinha sido tão difícil de ganhar,
guardou tudo, mas tudo mesmo, de-
baixo do assoalho. Retirou as tábuas
e foi pondo roupas, louças, calçados,
mantimentos, cobertores... Os porcos,
aves, vacas, bezerros... amoitou-os to-
dos, no fundo do mangueiro, num lu-
gar de difícil acesso.
Ela mesma, seu marido Neca, filhos,
parentes e vizinhos, por lá se esconde-
ram também, até que o pior passasse.
Quando os soldados chegaram, não
encontraram nada e, por isso, também
não levaram nada do que era dela.
Por que escrevo isso? Para contar
às novas gerações o que foi passado,
mesmo que eu não tenho vivido nes-
sa época; para mostrar que há atitudes
e atitudes; que uma ação gera uma re-
ação; que os pontos de vista diferem
uns dos outros e que tudo é válido
para se tirar lições de vida para a vida.
100
101
Moda infantil: Maria Pititica - (19) 3633-5963
Calçados infantis: Cada Passinho - (19) 3631-2755
Cia do Esporte Kids - (19) 3635-2036
Modelos:Miguel Quebradas Santos PereiraFelipe Mazetto Pella PeresMaria Luiza A. Mafra de AndradeLorena Zanetti Figueiredo CostaValentina Zanetti Figueiredo Costa
Produção de moda: Fabiano Barbosa e Patricia RehderCabelo e maquiagem: Fabiano BarbosaFotos: Fabiano BarbosaLocação: Condomínio Lago do Prata
Agradecimentos:Bruna Zanetti
Eu bem sei que te chamam Pititica linda criança que encanta ao seu jeito de ser...
102
Valentina veste vestido de algodão rosa. Maria Luisa veste jardineira de algodão estampado. Lorena veste vestido de algodão azul – Maria PititicaSapatilha rosa Toke, sapatilha nude Pampili e sandália Pampili - Cada Passinho
103
Miguel veste short peixe de algodão e camiseta de aplicação peixe. Felipe veste short listrado e
camiseta de aplicação balão – Maria PititicaAll Star branco e tenis Nike - Cia do Esporte Kids
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Macacões com aplicação – Maria PititicaSapatilha rosa Pampili, sapatilha Pampili e sandália branca Pampili - Cada Passinho
105
Maria Luiza veste maiô em algodão estampado. Lorena veste biquini estampado. Valentina veste maiô em algodão listrado – Maria Pititica
106
agito
107
108
Parece estranho dizer isso, mas muita
gente que está com o “nome sujo na
praça” não o fez de propósito. Embora
exista um mito de que quando falamos
de inadimplência estamos falando de
consumidores mal intencionados, isso
não corresponde à verdade.
Segundo o temido SCPC – Serviço
Central de Proteção ao Crédito, mais da
metade das pessoas que foram inclusas
no sistema só deixaram de pagar suas
contas devido à perda do emprego ou
problemas graves de saúde na família.
“Existe uma mistificação de que todo
o devedor é mau pagador. Claro que são
casos e casos, mas é sempre importante
lembrar que por trás de uma dívida que
não foi paga pode existir um problema
familiar maior, que levou o consumidor
’seu bolso
Não me planejei, e agora?Fique atento: a inadimplência pode ser uma dor de cabeça para você
à inadimplência”, explica Anselmo Mo-
reira, gerente da Associação Comer-
cial de São João da Boa Vista.
Ele explica ainda que, além do
desemprego e de gastos imprevistos,
muitos deixam de pagar suas contas
por causa de coisas simples, como a
falta de organização de gastos e o não
planejamento do orçamento familiar.
Restrições - O consumidor inadim-
plente passa por uma série de proble-
mas, isso porque as informações sobre
devedores são reunidas em diversos
cadastros. O maior deles é o SCPC, que
possui informações sobre mais de 350
milhões de consumidores.
As informações desses bancos de
dados sobre o crédito incluem dívidas
não pagas, títulos protestados e che-
ques sem fundos. Esses dados são pú-
blicos e usados constantemente por
todo o mercado na hora de conces-
são de algum financiamento. Dessa
maneira, as empresas que acessam os
bancos de dados se protegem dos de-
vedores que não pagaram as dívidas
no prazo combinado.
Dicas - Como você percebeu o fato de
estar com o nome incluído no cadas-
tro pode trazer dificuldades e barreiras.
Pensando nisso, a Revista Atua preparou
um guia básico para orientar você so-
bre como evitar ou contornar a inadim-
plência. Nas próximas páginas, conheça
dicas simples, que podem ajudar a en-
contrar a saida dessa situação.
Só tem um jeito de retirar o seu nome do banco de dados ou lista de devedores:
pagando a dívida. Por isso, a primeira providência é procurar o credor – empresa,
loja, banco, supermercado – para pagar ou negociar a dívida em outras condições.
Você também pode procurar a Associação Comercial e através do Serviço de Reabi-
litação de Crédito negociar sua dívida, eliminando juros e combinando prazos para
baixar a prestação, tudo com o objetivo de facilitar o pagamento. Esse é o meio
mais prático e o que gera menos dor de cabeça para ambas as partes.
Portanto, existe nessa etapa uma grande chance de resolver o caso definitivamente
e da forma mais simples. Não deixe escapar essa possibilidade.
Depois de paga ou renegociada a dívida, a empresa irá providenciar a retirada do
nome do inadimplente do SCPC em até sete dias úteis. Se a renegociação for feita
na Associação Comercial, seu nome é limpo automaticamente. Para buscar mais
informações sobre como limpar seu nome, entre em contato com a Associação
Comercial, através do telefone (19) 3634-4300.
Meu nome jáestá sujo
Ilustração: Boa Vista Serviços
109
110
Entender a movimentação do seu dinheiro é o primeiro cuidado que você preci-
sa tomar para não se endividar. Para saber como organizar o seu orçamento e se
planejar, você precisa anotar o quanto ganha e o quanto gasta.
Existem várias maneiras de fazer isso e o importante é não deixar para depois. Só
assim você consegue prever situações inesperadas, entender para onde está indo
seu dinheiro e, dessa forma, você terá mais controle sobre ele. Imprevistos aconte-
cem, mas o mais importante é estar preparado para eles. A família toda precisa estar
unida para conseguir colocar tudo que entra e tudo que sai no papel.Para evitar
Quando você vê que o mês ficou maior que o salário, seja prático: escolha bem
o que pagar. Comece pelas contas que têm as maiores multas, taxas de juros e/
ou aquelas em que o atraso possa causar transtornos para sua família, como, por
exemplo, a conta de energia elétrica.
Existem dois tipos básicos de despesas: as fixas, como aluguel, mensalidade escolar,
luz; e variáveis, que normalmente referentes a créditos como o cheque especial, carnês
de financiamento e fatura de cartões. Normalmente, essa segunda categoria são as
que possuem maiores taxa de juros e multas em caso de atraso. Por isso, elas devem
estar no topo da prioridade de pagamento. Se não for possível pagar o valor todo,
negocie, evitando a chamada “bola de neve” criada por um atraso atrás do outro.Faltou dinheiro
Entidades se mobilizampara reduzir a inadimplência
Várias instituições financeiras têm realizado ações visando à educação
e orientação do consumidor. Em nossa cidade, a Associação Comercial
realiza um trabalho diferente, buscando negociar as dívidas dos inadim-
plentes, tudo para que ele possa limpar seu nome. A filosofia da entida-
de é mostrar ao consumidor que aquele que cuida do seu nome ganha
muito: é reconhecido como um bom cliente nas lojas e pode ter acesso
a melhores parcelamentos e empréstimos, realiza seus sonhos e vive
mais tranquilo. E esse trabalho já esta colhendo resultados positivos: em
menos de cinco meses dessa ação, já foram recuperados mais de R$ 60
mil em dívidas no comércio local.Ilustração: Reprodução Boa Vista Serviços
Ilustrações: Boa Vista Serviços
111
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Maria Eduarda veste Le Lis Petit para Boutique ChiquitaSapatilha Pampili - Cada Passinho
Debaixo dos
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Moda infantil: Chiquita - (19) 3623-3535
Calçados infantis: Cada Passinho - (19) 3631-2755
Modelo:Maria Eduarda Mourão Galvani
Produção de moda: Fabiano Barbosa e Patricia RehderCabelo e maquiagem: Fabiano BarbosaFotos: Fabiano BarbosaLocação: Estação Ferroviária de São João da Boa VistaAgradecimentos: Raphael de P. Medeiros e Departamento de Culturacaracóis
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115Maria Eduarda veste Le Lis Petit para Boutique Chiquita
Tênis Pampili - Cada Passinho
116
Maria Eduarda veste saia John John Kids e Le Lis Petit para Boutique ChiquitaTiara - Cada Passinho
117Maria Eduarda veste Le Lis Petit para Boutique ChiquitaRasteira Ortopé - Cada Passinho
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Seus arquivos nas nuvensHoje, é possível acessar arquivos e executar tarefas pela internet, em qualquer lugar
por Alexandre Pelegrino
Para se entender melhor o que é esta
tecnologia em uma linguagem que
todos possam compreender, o arma-
zenamento de arquivos em nuvens é
como se fosse um HD virtual que fun-
ciona através da internet, mas não é
necessária instalação de nenhum pro-
grama para acessá-lo.
O termo “computação nas nuvens”
é a possibilidade de acessar arquivos
e executar distintas tarefas pela in-
ternet. Quer dizer, você não precisa
instalar aplicativos no seu computa-
dor para tudo, pois pode acessar di-
ferentes serviços online para fazer o
que precisa, já que os dados não se
encontram em um computador par-
ticular, mas sim em uma rede.
Quando conectado ao serviço on-
line, é possível curtir suas ferramentas
e salvar todo o trabalho que for feito
e acessá-lo depois de qualquer lugar.
E é justamente por isso que seu com-
putador estará nas nuvens, pois você
poderá acessar seus dados a partir
de qualquer computador que tenha
acesso à internet.
Por isso, saber quais serviços são
gratuitos e quais apresentam maior es-
paço disponível é essencial, sobretudo,
porque nem sempre é fácil encontrar
bons serviços e aplicativos estáveis.
Disponibilizamos alguns aplica-
tivos para sua escolha e qual deles
pode suprir suas necessidades: Dro-
pobox, Google Drive, Cloud Drive,
GMail Drive, Ubuntu One, Cloud Expe-
rience, 4Shared, ADrive, Windows Live
SkyDrive, SugarSync, MP3Tunes, Gladi-
net Cloud Desktop, DivShare, Cubby
beta, SteekR, Mozy Remote Backup
FlipDrive, MediaFire e Box.
Vantagens e desvantagens – A suges-
tão de HD virtual evoluiu para uma CPU
virtual. Além de apresentar um ambien-
te para armazenar os arquivos, é pos-
sível abrir diversos formatos, editar os
documentos mesmo sem os softwares
que os criaram, compartilhar o arquivo
entre computadores, tablets e smar-
tphones e mandar o link do arquivo por
e-mail em vez de enviar um anexo.
Como pode perceber, as vanta-
gens que são proporcionadas pela
computação em nuvens são variadas.
Uma delas, talvez a mais importante
para a maior parte das pessoas, é a
não necessidade de ter uma máquina
potente, uma vez que tudo é executa-
do em servidores remotos.
Outro benefício é a possibilidade
de acessar dados, arquivos e aplica-
tivos a partir de qualquer lugar. Basta
uma conexão com a internet.
No entanto, tudo tem seus con-
tras. O armazenamento nas nuvens
ainda gera muitos receios, principal-
mente no que se refere à segurança,
pois muitas pessoas não se sentem à
vontade para armazenar dados com
algum grau de sigilo e relevância. A
proposta é manter informações im-
portantes em um ambiente virtual e
que não há dúvidas de que a com-
putação em nuvens é uma realidade
cada vez mais sólida.
’tecnologia
Foto: Reprodução Internet
119
120
Num período em que ocorreram bons lançamentos, nossas dicas procuram ser bem variadas e diversificadas, visando sempre agradar o maior número de leitores da Revista Atua. Todas as dicas de DVDs também podem ser encontradas em CDs. E-mails com sugestões e críticas serão sempre bem vindos a esta coluna.
por Hélinho Fonseca’dicas
A Soma e o Resto - Um Olhar Sobre a Vida aos 80 Anos é uma oportunidade para o leitor conhecer a visão de Fernando Henrique Cardoso sobre as incríveis mudanças pelas quais passam o Brasil e o mundo.
A soma e o resto
FERNANDO HENRIQUE CARDOSOCivilização Brasileira - 196 Págs.
Diogo Nogueira Ao Vivo em Cuba
Filme / Música - DVD
A. A. A. - ArnaldoAntunes Acústico
Erasmo Carlos - 50 Anos de Estrada
Um olhar sobre a vida
O blog da sanjoanense Stefani Costa reune um acervo de textos escritos por essa jovem escritora. Segundo a definição dela, “os meus textos são vozes de memórias vividas na realidade ou dentro da minha própria ilusão. A intenção não é criticar, e sim apenas observar o que está ao redor de mim”.
Dê uma lida com calma:www.asmaosdojoalheiro.wordpress.com
Marisa Monte - O que você quer saber de verdade
Música - CD
Rita Lee - Reza
Zezé di Camargo e Luciano 20 Anos de Sucesso
Tony Bennett - Duets II
A trama de O Santo Graal e a Linhagem Sagrada parte de um acontecimento perfeitamente
documentado no fim do século XIX. Um padre no sul da França
descobre nas fundações de uma igreja documentos contendo as
revelações sobre a figura de Cristo.
Cristianismo na mira
BAIGNET, LEIGH e H. LINCOLNEd. Nova Fronteira - 410 Págs.
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A fuga de Adolf HitlerNão há evidências sólidas de sua morte, o que pode apontar para uma possível fuga
’curioso
A Segunda Guerra Mundial foi o maior
conflito militar que o mundo já pre-
senciou. A guerra, que começou com
a invasão da Polônia pela Alemanha
nazista, se espalhou e envolveu quase
100 países e cerca de 30 milhões de sol-
dados, que lutaram desde os desertos
africanos às frias costas da Noruega; das
praias francesas, até as densas florestas
tropicais do Oceano Pacífico.
Seu saldo foi amargo: quase 50 mi-
lhões de pessoas morreram, em pou-
co mais de seis anos de conflito. Em
abril de 1945, com Berlim cercada e
ocupada por tropas russas, um dos
principais líderes do conflito, Adolf Hi-
tler, o então führer (que significa algo
como guia) da Alemanha nazista, co-
meteu suicídio junto com sua aman-
te, Eva Braun, dentro de um bunker
(um abrigo subterrâneo à prova de
bombas) que existia abaixo de um
dos prédios da chancelaria. O corpo
foi então queimado e encontrado
por tropas russas. Dias depois, a Ale-
manha se renderia às nações aliadas.
O que muita gente não sabe sobre essa
versão oficial é que ela é repleta de fu-
ros e inconsistências. O principal deles é
que nunca houve confirmação positiva
do corpo encontrado, sendo - talvez
você fique perplexo ao saber - possível
que o maior criminoso de guerra que
o mundo já viu tenha vivido tranquila-
mente até os 73 anos, nas cercanias de
San Carlos de Bariloche, na Argentina.
Ocultação – Para os escritores britâ-
nicos Gerrard Williams e Simon Duns-
tan, autores do livro Grey Wolf: The
Escape of Adolf Hitler (Lobo Branco: A
Fuga de Adolf Hitler - tradução literal),
a forma que conhecemos a história
está intencionalmente errada.
Após consultar inúmeros documentos
e fontes, os autores afirmam que Hitler
fugiu da Alemanha poucos dias antes
da queda de Berlim, à bordo de um
comboio de submarinos, com destino
à Argentina, que na época era “um en-
clave fascista e pró-nazista”, que abri-
gou também Adolf Eichmann, Erich
Priebke e Joseph Mengele, notórios
criminosos de guerra. Mas existem
argumentos para sustentar as afirma-
ções de que o führer tenha fugido?
Evidências – Menos de 24 horas após
a ocupação de Berlim, o exército russo
vasculhou toda a região do bunker e
analisou os restos humanos encontra-
dos na busca pelo führer e de outros >
Queda - Ao lado, imagem do que
restou da chancelaria do Reich, após a
tomada de Berlim pelas forças russas.
Abaixo, Adolf Hitler e Eva Braun, que
teriam fugido e forjado o suicídio para
fugir da captura por forças aliadas.
Fotos: Reprodução Internet
123
124
oficiais nazistas que teriam se suici-
dado. Curiosamente eles declara-
ram não terem encontrado nenhum
cadáver do ditador alemão. Horas
mais tarde, Josef Stalin líder da União
Soviética, denunciou ao mundo que
Hitler havia conseguido fugir.
O próprio estado alemão só conside-
rou Hitler como morto quase 11 anos
depois, em 1956, por presunção de
falecimento. Ou seja, legalmente
para a Alemanha Hitler estava vivo
depois de 1945. E não só vivo – não
era um homem condenado pela
Justiça; não havia ordem de captura
emitida, nem processo judicial.
Ao mesmo tempo, os serviços de inte-
ligência britânico e americano forne-
ceram informações sobre ligações da
Argentina com os nazistas. Alguns deles
chegam a mencionar a possibilidade da
fuga de Hitler para aquele país e divulga-
ram fotos com montagens de possíveis
visuais que o führer poderia ter adotado.
Em 1957, o governo russo deu uma
súbita guinada e afirmou que possuía
a única evidência física da morte de
Hitler no abrigo de Berlim. Era um
fragmento de crânio com um bura-
co de bala, que foi exposto no mu-
seu da guerra por mais de 50 anos,
que acabava com as especulações
sobre a suposta fuga.
Neste mesmo ano a CIA – agência ameri-
cana de inteligência – recebeu relatórios
que faziam referência a um encontro re-
alizado na Colômbia entre Phillip Citro-
en e um homem que lembrava muito
Adolf Hitler, que chegou a ser chaman-
do de der führer pelos presentes.
A especulação sobre a possível fuga
de Hitler saiu dos círculos de inteli-
gência e veio a público somente em
2009, quando um grupo de pesquisa-
dores da Universidade de Connecticut
teve acesso ao crânio e realizou testes
de DNA, comprovando que a única
prova da morte era falsa.
Controvérsias – É importante lembrar
que toda a história que conhecemos
sobre a morte de Hitler e Eva Braun se
baseia em um relatório feito com de-
poimentos orais de oficiais alemães, co-
lhidos pelo historiador britânico Hugh
Trevor Roper, que cinco meses depois
publicou o livro Last Days of Hitler a pe-
dido do serviço secreto britânico.
Muitos pesquisadores questionam a
validade desses depoimentos, apon-
tando inconsistências de datas e locais,
com até meses de diferença. As dúvidas
só aumentam quando se soma a fal-
ta de evidências sobre a presença do
führer em Berlim nos últimos dias. Não
há filmes, nem fotos ou registros de sua
voz, não há corpo, não há nada.
O escritor italiano Carlos di Napoli e o
jornalista argentino Juan Salinas consi-
deram essa ausência de provas como
uma evidência circunstancial de que
Hitler talvez não estivesse em Berlim
durante a queda do Reich, mas sim em
Berchtesgaden, nos Alpes da Baviera.
Sunrise – Berchtesgaden é uma pe-
quena cidade no sul da Alemanha
onde Hitler possuía uma casa de cam-
po, apelidada de “o ninho da águia”.
Nessa região também existia um gran-
de complexo de bunkers e fortalezas,
muito bem guardado por tropas da SS.
Segundo di Napoli, de lá Hitler co-
mandava o exército nazista que já se
encontrava em trapos. Paralelamen-
te, acontecia a Operação Sunrise, uma
série de negociações secretas entre
altos membros do partido, oficiais da
inteligência aliada e a Cruz Vermelha,
visando a rendição da Alemanha.
Fuga – Para Di Napoli, Adolf Hitler
então fugiu de Berchtesgaden em di- >
Documentos - O FBI divulgou
dezenas de páginas de relatórios que
fazem referência a rumores sobre
submarinos e a presença de altos
oficiais nazistas na Argentina nos
anos seguintes à II Guerra. Todos
estão disponíveis para consulta no
website vault.fbi.gov/adolf-hitler
Muitos delas estão completamente
pintadas de preto, a fim de ocultar
informações e nomes considerados
- ainda - secretos.
125
126
reção a uma base de submarinos na
Noruega, e de lá para a Argentina. Essa
versão da fuga encontra respaldo em
diversos fatos. Os principais são me-
morandos da inteligência soviética,
que afirmavam que líderes nazistas
tentariam escapar a bordo de subma-
rinos partido de portos noruegueses.
Essa história se confirma com a deser-
ção do submarino alemão U-977, que
se rendeu na base naval argentina de
Mar Del Plata. Somam-se também os
relatos de habitantes de localidades
no sul da Patagônia, Miramar e Mar
del Sur, que informaram que subma-
rinos aportaram na costa, onde sua
tripulação teria desembarcado e, pos-
teriormente, afundado os barcos.
Nessa fuga, teriam sido torpedeados
por outros submarinos alemães uma
corveta norte-americana e o cruzador
brasileiro Bahia, deixando 336 mortos
e deflagrando a maior tragédia naval
brasileira. No entanto, contra todas as
evidências, ambos os casos foram tra-
tados como acidentes.
No caso do Bahia, a causa do naufrá-
gio é atribuída há uma falha de seus
tripulantes, mas os Estados Unidos
seguem sem reconhecer essa versão,
considerando, inclusive, que os quatro
rádio-operadores americanos abordo
do cruzador foram os últimos norte-
-americanos mortos pelos nazistas.
Conclusão – Embora sua morte seja
plausível e existam muitas provas cir-
cunstanciais que podem apontar para
uma fuga e, até para conivência dos
Estados Unidos e da Inglaterra, nada
se sabe ao certo sobre o destino de
Hitler. Também nada se sabe sobre a
identidade dos dirigentes nazistas de-
sembarcados em costas patagônicas.
Nem o destino das vastas transferências
de dinheiro para a Argentina em forma
de ouro ou ações de empresas criadas
pouco antes da guerra terminar.
Ainda que com as informações dis-
poníveis não pareça sensato acreditar
que Hitler e seus próximos tenham
podido viajar naqueles nos subma-
rinos, ninguém sabe o quê ou quem
desembarcou nas praias de Miramar
ou Mar del Sur.
E são justamente essas dúvidas e as
muitas brechas e erros na história ofi-
cial que mantém vivo o mito da fuga
de Adolf Hitler para a America do Sul.
Rendição - Na foto, U-977 que sob o comando de
Heinz Schaeffere, se rendeu a base naval argentina
de Mar del Plata, em 17 de Agosto de 1945. Atribui-
-se a um submarino semelhante, o U-530, o torpede-
amento em 4 de julho, dois meses após a rendição
alemã, do cruzador brasileiro Bahia. Documentos
dos serviços de inteligência americano fizeram vá-
rias referências a submarinos que teriam aportado
em regiões pouco povoadas da Patagonia.
A
Jornais - A imprensa deu grande repercussão
ao afundamento do Bahia. Declarações informais
colhidas por diversos jornais junto a oficiais da Mari-
nha difundiram a história do torpedeamento, que foi
negada posteriormente de forma oficial.
Foto: Reproduçao /Uboat.net
127
128
’cinema
Procurando NemoFilme em desenho animado, que encantou crianças e adultos, volta às telonas em 3D
por Franco Junior
De volta à caçada! Essa é a sensação
que os fãs do famoso, pequeno e atra-
palhado peixe-palhaço, Nemo, terão.
Isso porque o filme, que foi sucesso de
bilheterias em 2003, está de volta às te-
lonas no mês de outubro.
O longa teve produção da Pixar
Animation Studios, estúdio famoso
também pelo desenvolvimento de ani-
mações como “Toy Story” (1995, 1999 e
2010), “Carros” (2006 e 2011), “Monstros
S.A.” (2001), “Os Incríveis” (2004), entre
outros. Além disso, a distribuição foi
da Walt Disney Pictures, que o creditou
ainda mais como sucesso.
“Procurando Nemo” encantou
crianças e adultos. Com isso, con-
quistou o Oscar de Melhor Longa
Metragem Animado em 2004, além
de ter sido indicado aos de Trilha Sonora, Edição de
Som e Roteiro Original.
História – A animação conta a jornada de um peixe-palha-
ço, super-protetor, chamado Marlin e seu filho Nemo. Os
dois acabam separados na Grande Barreira de Coral, quan-
do Nemo é inesperadamente levado para longe de sua
casa no oceano e vai parar dentro do aquário do consultó-
rio de um dentista.
Apoiado pela amizade com Dory, uma gentil, mas des-
memoriada peixe blue tang do Pacífico, Marlin embarca em
uma perigosa jornada e se vê como o herói de um épico es-
forço para salvar seu filho, que também arma alguns planos
ousados para retornar a salvo para casa.
Apesar de ser um desenho, o filme tem um elenco de
vozes de primeira. Na versão norte-americana, a dublagem
de Nemo foi do ator-mirim Alexander Gould, que além de
participações em séries de TV como “Supernatural” e “Law &
Order”, foi responsável por emprestar a voz ao veado “Bam-
bi”, na animação “Bambi II” (2006).
Já na brasileira, quem dubla o peixinho-palhaço é Gus-
tavo Pereira, ator que fez participações em diversos filmes
da Xuxa e atualmente atua na novela “Avenida Brasil”.
Saindo do papel – Um segundo “Procurando Nemo” é
estudado pelos produtores da Pixar e, provavelmente,
o projeto deve sair do papel e estrear nas telonas em
2016. O que já gera expectativa aos fãs é que a direção
será de Andrew Stanton, mesmo diretor do anterior.
Com isso, os amantes de “Nemo” podem esperar ansio-
sos pela nova animação.
Enquanto 2016 não chega, o jeito é se deliciar nova-
mente com a primeira aventura do peixe-palhaço, que é
dono da segunda maior arrecadação da Pixar – US$ 867
milhões – e assim como já aconteceu com “O Rei Leão” e “A
Bela e a Fera”, será relançada em 3D.
Foto: Divulgação
129
130
’cultura
História - Gogol é a primeira grande
figura do realismo russo. Almas Mortas que,
baseando-se num fato real, uma burla que
consiste em comprar servos mortos para os
hipotecar e obter assim um empréstimo. O
livro é uma visão violentamente satírica da
Rússia anterior à abolição da escravatura.
Almas mortas, de GógolAutor desempenhou papel fundamental no desenvolvimento da prosa russa
por Francisco de Assis Martins Bezerra
Nikolai Vassílievitch Gógol (1809-
1852) é considerado um dos pais da
moderna literatura russa. Dentre os
seus contos mais famosos podemos
apontar “O nariz”, “Diário de um lou-
co” e “O capote”.
Gógol desempenhou um papel
fundamental no desenvolvimento
da prosa russa a partir do século XIX
e influenciou uma geração de es-
critores russos, o que levou Dostoi-
évski a dizer a frase que se tornaria
célebre: “Todos nós saímos do Capo-
te de Gógol”. Segundo Tchekhov, ao
ler o conto “A carruagem”, Gogol era
o “maior artista russo”.
A obra-prima de Gógol que ire-
mos analisar é Almas Mortas. Ele não
chegou a concluir esta novela, mas
a mensagem que deixou nela foi tão
completa e profunda que chega até
nós plenamente atualizada.
As grandes catástrofes humanas
que se abateriam sobre a Rússia, o
deslocamento de grandes massas hu-
manas das mais variadas etnias pelas
suas vastas regiões e a miséria huma-
na em que a servidão não conta, mas
apenas serve aos interesses dos buro-
cratas para o seu prestígio e poder, fo-
ram claramente denunciadas por ele.
Pável Ivánovith Tchítchicov, per-
sonagem principal do livro, era um
burocrata ambicioso, que percorria as
aldeias para comprar almas mortas, ou
seja, camponeses e artesãos já faleci-
dos, mas que continuavam constando
nas listas oficiais como vivos.
Na época, quantas mais almas
de servos possuísse um senhor rural,
mais poder e riqueza ele ostentava.
Era sinal de prestígio, mesmo que a
propriedade estivesse em declínio. E
pagava impostos sobre estes servos
mesmo estes estando mortos.
Assim Tchítchicov, profundo co-
nhecedor da alma humana, comprava
dos senhores rurais decadentes estas
almas mortas e ia construindo sua
própria propriedade rural formada de
pessoas que não mais existiam. Mes-
mo ainda sem possuir terras, ele as
compraria mais tarde, pois não tinha
pressa, e, assim, no futuro, tornar-se-ia
também um grande proprietário rural,
um autêntico pomiêchtchiki. Enfim,
um senhor respeitável.
Sempre que viajamos, em cidades
e regiões que visitamos, quantas pes-
soas interessantes conhecemos. Dos
mais variados e imprevisíveis tipos.
Foto: Reprodução Internet
131
Todas com aspirações e sonhos, em
busca de realizações que as tornem
felizes ou menos tristes.
Conhecemos imensos talentos
desperdiçados, vivenciamos a prática
cotidiana do descaso e da apatia, da
aniquilação de valores e a supremacia
da aparência e da esperteza. Esta ser-
vidão humana que se impõe às vezes
silenciosamente e que cala vozes e
mata sonhos está tão entre nós que
nem a percebemos. As pessoas são
transformadas em almas mortas, bri-
lhantes, queridas e até saudosas, mas
que aparecem apenas nas estatísticas
oficiais. São apenas números.
Quantas almas vagueiam pelas es-
tepes da vida, massa de manobras dos
pequenos senhores rurais modernos,
dos burocratas, dos políticos corrup-
tos, em que o ser humano não conta.
Tais quais na antiga Rússia, as in-
justiças sociais se abatem sobre nós
com a mesma intensidade e é preciso
um esforço imenso de toda a socieda-
de para combatê-las.
Discursos vazios de responsabi-
lidade social, em sua maioria mais
instrumentos de marketing do que
de ação efetiva de mudanças, não
constroem um novo mundo, social-
mente mais justo e com oportunida-
des para todos.
Abismo - As enormes desigualdades
existentes entre as diversas regiões do
nosso país e a criminosa distribuição
de renda que temos exibem os mais
variados tipos de servidão impostos às
pessoas nos nossos tempos, disfarça-
dos e sutis, e que convivem harmonio-
samente conosco em um estado de
letargia, de indiferença e de insensibi-
lidade gritantes, aniquilam toda sorte
de tentativa de romper os grilhões
que matam sonhos e esperanças. Tais
quais servos russos.
Esta novela de Gógol nos apre-
senta o mesmo cenário, as mesmas
situações, apenas ambientados na
velha Rússia czarista.
Aponta para que devemos con-
tinuar lutando por mudanças estru-
turais em nossa sociedade, dando
a cada um e à sua maneira a valiosa
colaboração, quer seja denuncian-
do injustiças, quer seja contribuindo
decisivamente para a melhoria das
condições em que vivemos em seu
sentido mais amplo.
Não podemos nos transformar
em uma grande massa de almas
mortas. Fazemos parte desta imensa
massa humana e nos compete não
deixar os Tchítchicov da vida andan-
do impunemente por aí.
132
Info
rme
Publ
icit
ário
133
134
Cantores sanjoanenses possuem opiniões diferentes sobre o atual espaço musical
Qualidade ou banalizaçãona música da noite?
’música
Nos últimos anos – e cada vez mais –, bares, lanchonetes,
pizzarias e restaurantes de São João da Boa Vista, e de ou-
tras cidades da região, estão abrindo espaço para artistas
musicais, de todos os estilos, mostrarem seus talentos.
Sertanejo universitário, pop-rock, MPB, internacional... há
ritmos e locais de todos os tipos e para todos os gostos. Por
um lado, é a chance de muita gente boa apresentar a quali-
dade que tem na voz e no som. Contudo, aqueles que can-
tam só por “esporte” desvalorizam o trabalho dos verdadei-
ros profissionais, cobrando cachês a “preço de banana”. Sem
contar a falta de qualidade de muitos que aparecem por aí.
O cantor pratense Marquinhos Mistura considera o tra-
balho de cantar na noite como a de um “vendedor de um
produto qualquer”, mesmo não se pagando os valores que
alguns realmente merecem. “Se seu produto for bom e tiver
qualidade, vai vender mais. Assim, o pouco acaba se tornando
muito, ou pelo menos suficiente. Mas tem que trabalhar pra
melhorar cada dia mais e batalhar na venda”, brinca.
Para Mistura, o crescimento exagerado de músicos e
cantores tem um lado positivo. “A concorrência é que faz
a gente trabalhar mais e ter um produto melhor para poder
vender. Aqueles que param no tempo, que brincam de cantar
ou tocar, logo se autoexcluirão do meio”, relata.
A cantora Marcela Picinato destaca que sua motivação
vem do amor pela música e na alegria que leva às pessoas
que procuram por diversão na noite. “Todos têm a chance
de mostrar seu trabalho, mas quem decide se você é bom ou
não é o público que, muito exigente, reclama quando não
gosta e elogia quando merecemos”.
Já Flávia Jorge, também cantora, ressalta que a arte em si
é o que lhe motiva a estar na noite. “Só quem tem a música cor-
rendo nas veias entende a necessidade de estar se expressando
dessa forma”. Porém, ela é mais crítica. “Sinto uma banalização
da música em São João. Existem os que acham que são músicos
e acabam tirando o lugar de muitos que estão há vários anos ba-
talhando por espaço. O que comanda isso é o leilão de cachê, que
é muito desleal. Muitas vezes o dono do bar não
pensa na qualidade dos que estão no palco, e sim
no quanto terá que dispender para pagar”, afirma.
O mercado – Marquinhos acredita que o
mercado em São João e região está em alta
nos dias de hoje, comparando com um tem-
po não muito distante. “Não havia tantos es-
tabelecimentos com música ao vivo. Como já
Dois pontos - Flavia Jorge (foto ao lado)
diz que muitos que se “acham” cantores tiram
o lugar daqueles que há anos batalham
por espaço; já Marquinhos Mistura (foto da
página ao lado) afirma que a concorrência
é positiva, o que faz o cantor trabalhar mais
para ter um “produto bom para vender”. Foto: Arquivo pessoal
135
disse, trabalhando direitinho, sempre
haverá espaço”.
Marcela também diz que não há o
que reclamar. “Querendo, todos podem
trabalhar. São João tem muitos bares e
restaurantes e o pessoal da cidade gosta
de música de qualidade. Tem sido praze-
roso trabalhar aqui e na região”, ressalta.
Flávia já vê o mercado com outros
olhos. “Existe muita gente boa por aí,
mas se os músicos se unissem, seria bem
melhor do que tratar a noite com con-
corrência”, comenta.
O que motiva – Para Marcela, carisma,
alegria e prazer no que faz são adjeti-
vos primordiais neste tipo de trabalho.
“Nossa cidade tem espaço para todos os
estilos e é bom saber que temos tantos
talentos. E quando você trata seu traba-
lho com carinho e dedicação, o retorno
é sempre positivo. É isso que me motiva
ser cada vez melhor”.
Marquinhos Mistura ressalta que
amar sua profissão e fazê-la com ale-
gria e determinação, como qualquer
outro tipo de trabalho, é o ponto para
se dar bem na carreira. “Trabalhando
com amor, com certeza o resultado final
será sempre satisfatório para quem o fez
e para quem o comprou”.
Concluindo, Flávia Jorge salienta
o que precisa ter um cantor da noite,
além de material e saber cantar. “É pre-
ciso paciência, gostar muito do que faz
no palco e ter a música como filosofia de
vida. Se não for assim, o cantor não passa
de um repetidor de canções”, finaliza. A
Foto: Arquivo pessoal
136
Sabor perdido na memóriaSão João já teve fábrica e distribuídora de cervejas artesanais, no início do século XX
’história
por Ana Lucia Finazzi
No início da Idade Média, a fabricação de cerveja era ainda
doméstica e ficava a cargo das mulheres, assim como o
pão. Com o domínio da igreja, na época, os monges mo-
nopolizaram o mercado, diversificando os tipos de cerveja.
Mas a cerveja era também produzida em porões de
prefeituras germânicas e, já em fins do período, começa-
ram a surgir as primeiras cervejarias alemãs, com a cerveja
alcançando uma produção em escala industrial.
No Brasil, a história da cerveja começa no início do século
passado, com D. João VI trazendo na bagagem tonéis da be-
bida, que foi importada até 1888, quando surgiu a primeira
fábrica brasileira: a Manufatura de Cerveja Brahma. Dois anos
depois viria a Antártica. Hoje, estas empresas fundiram-se
para formar a AMBEV (Companhia de Bebidas das Américas).
Cerveja em são joão e região – Na década de 1890, um
imigrante alemão, Emílio Weiss, montava em nossa cidade
uma indústria de cerveja alemã.
No começo do século XX, o também alemão Daniel Ri-
ckhem fabricava a cerveja preta, no prédio anexo à sua casa.
Além da cerveja, produzia “gasosa”, que envasilhava em
garrafas inglesas. A casa ainda existe e fica à rua Saldanha
Marinho, nº. 276, tendo sido construída em fins do século
XIX, pelo empreiteiro construtor Nicolau Rehder para José
Jahnel, serralheiro, formado na Alemanha. Posteriormente
foi vendida para Benedito Kull, sogro de Daniel Rickhem.
Segundo consta, o médico Dr. Alípio Noronha recomenda-
va a seus pacientes em convalescença que tomassem a cerveja
preta do “Seo Daniel”, para recuperarem as energias perdidas.
Algum tempo depois, Antônio Rubbo montou uma
cervejaria no local, onde hoje está a casa que dá lugar à
nova agência do banco Itaú, e que servia São João e região.
Muitos anos depois, seu filho, Amadeu Rubbo, trazia
para nossa cidade o chopp fornecido pela Companhia
Paulista, de Ribeirão Preto. Foi o chopp que contribuiu para
que o popular Bar Rubbo ficasse inesquecível para todos
os que viveram esta época.
História - Abaixo, os rótulo da cerveja “Poker”, distribuída
pela Companhia Cervejaria Paulista e da Cervejaria Anto-
nio Rubo. Ao fundo, a casa de Daniel Rickhem, que resiste
ao tempo. Lá era produzida a cerveja preta “gasosa”.
Fotos: Jaime Splettstoser
137
138
’empresas
Agropesca MarcondesRua Henrique Cabral de Vasconcelos, 1.520 Fone 19 3633 5093
Água VivaAv. João Osório, 543 – Jd. Bela VistaAv. 13 de Maio, 125 – Jd. Santa Edwirges Fone/fax 19 3631 1329 / 19 3631 0474Site www.piscinasaguaviva.com.br
Alkimia ModasRua Saldanha Marinho, 505 – CentroFone 19 3635 1919
ArezzoAv. Dona Gertrudes, 38 – CentroFone 19 3623 3503Site www.arezzo.com.br
Artesanatos DonniPraça Cel. José Pires, 28 – CentroFone 19 3623 3109
Auto BetiRod. SP-342 – S. João / A. da Prata, km 229Fone 19 3622 3811Site www.autobeti.com.br
Bar do RussoRua Quatorze de Julho, 741Vila ConradoFone 19 3623 2107
Beatriz SalazarRua 14 de Julho, 328 – Vl. ConradoFone 19 3056 3810
Boutique Anna BellyAv. Dona Gertrudes, 167 – CentroFone 19 3631 1353
Buffet CristalRua João Pessoa, 222 – Vila OrientalFone 19 3631 5534
Cada PassinhoRua Benedito Araujo, 155 – CentroFone 19 3631 2755
Casa das MeiasRua Gabriel Ferreira, 27 – CentroFone 19 3623 3893
Casa DecoreAv. Dr. Oscar Pirajá Martins, 1286 – Jd. Sto. AndréFone 19 3635 2350
Caulim PorcelanasRua Oscar Jason, 138 – CentroFone 19 3633 2143
Center LuzAv. Durval Nicolau, 523 – Jd. N. São JoãoFone 19 3633 7978
ChiquitaAv. Dona Gertrudes, 72 – CentroFone 19 3623 3535
Cia do EsporteAv. Dona Gertrudes, 66 – CentroFone 19 3623 4238Rua Saldanha Marinho, 465 – CentroFone 19 3633 1660
Cia do Esporte KidsAv. Dona Gertrudes, 114 – CentroFone 19 3635 2036
Coca-Colawww.cocacola.com.br
Comercial São JoãoRua Julio Michelazzo, 15 – N. Sra. De FátimaFone 19 3622 3489
Dent SystemRua Carolina Malheiros, 385Vila ConradoFone 19 3633 1826Site www.dentsystem.com.br
Depósito VanzelaRua Henrique Martarello, 761 – Vila BrasilFone 19 3633 3022Site www.depositovanzela.com.br
Doroti Modas e AcessóriosRua 14 de Julho, 555 – V. ConradoFone 19 3623 4343
Dr. Douglas MorettiRua Conselheiro Antonio Prado,632Fone 19 3623 2466
Dr. Flávio MorattiAv. Dr. Oscar Pirajá Martins, 121 – São LázaroFone 19 3623 2273
Dr. Luiz Ramos JuniorRua Dr. Teófilo R. de Andrade, 308 – Sala 44Fone 19 3623 5021
Dr. Rovilson Ferreira dos SantosRua Dr. Octavio da Silva Bastos, 3458 – Ri-viera de S. JoãoFone 19 3631 8211
Espaço Básico KidsAv. Dona Gertrudes, 247 – CentroFone 19 3652 1340
Fortes Estética & BelezaRua Carlos Chagas, 110 – V. LoyolaFone 19 3633 3563
Farmácia Art´ErvasRua Cel. Ernesto de Oliveira, 99 – CentroFone 19 3623 4112Site www.artervas.com.br
Luis Fernando Misa AriasRua Benedito Araujo, 411 – CentroFone 19 3631 7550 | 9652-5848
Fattore FiatAv. 13 de Maio, 555 – Jd. CanadáFone 19 3634 6655
Fino ConceitoAv. Dr. Durval Nicolau, 676 – Jd. CanadáFone 19 3623 4241
ForguaçuAv. Sen. Marcos Freire, 730 – Vila BrasilFone 19 3633 1848
Germinari SegurosRua Pereira Machado, 337 – CentroFone 19 3623 5432
HavaianasAv. Dona Gertrudes, 327 – CentroFone 19 3623 1985
Junqueira ConsultoriaAv. Durval Nicolau, 765 – Jd. N. São JoãoFone 19 3631 0052
Kids BuffetRua Mato Grosso, 440 – V. FlemingFone 19 3633 4480
Lojas VeneirRua Santa Maria, 684 – DERFone 19 3633 5153Av. Brasilia, 1057 – Jd. LeonorFone 19 3633 3775
Love BrandsRua Getúlio Vargas, 199 – CentroFone 19 3635 1559
Maria PititicaRua Ademar de Barros, 528 – CentroFone 19 3633 5963
Marilene MartinsRua Getúlio Vargas, 738 – CentroFone 19 3631 8836
Milene Mafra Cake DesignerAv. Rubens Grespan, 120 – Pq. das NaçõesFone 19 3056 1886
NucaiSite www.nucai.com.br
Odontologia EspecializadaRua Napoleão Laureano, 602 – Jd. Sto. AndréFone 19 3623 3482
Óticas CarolRua Ademar de Barros, 87 – CentroFone 19 3631 8441
Ótica TolookAv. Dona Gertrudes, 109 – CentroFone 19 3631 4667
Oxigeniu´sCel. Ernesto de Oliveira, 49 – CentroFone 19 3633 3018
PakaloloRua Maria Esther C. de Alvarenga, 1320 – B. AlegreFone 19 3631 3618
PatydúRua Cel. Ernesto de Oliveira, 153 – BarrinhaÁguas da Prata – SPFone 19 3642 2157
Peres MotosAv. João Osório, 431 – CentroFone 19 3634 1400Site www.peresmoto.com.br
Pet Empório da SerraAv. Durval Nicolau, 956 – Jd SantarémFone 19 3631 5515
Piccola SocietáAv. Dona Gertrudes, 182 – CentroFone 19 3631 6873
Ponto AltoRua Henrique C. de Vasconcellos, 270 – DERFone 19 3623 1961Site www.pontoaltoacabamentos.com.br
Pousada do BosqueEstrada S.J. da B. Vista/Sto. Ant .do Jardim, Km 4Fone 19 3623 4963Site www.pousadadobosque.net
Rede PadovanAv. Dona Gertrudes, 166 – CentroFone 19 3623 3303Rua Ademar de Barros, 48 – CentroFone 19 3622 2633Site www.redepadovan.com.br
Regina PresentesPraça Governador Armando S. Oliveira, 65Fone 19 3623 3631
Salão Mania de BelezaRua João Pessoa, 642 – V. LoyolaFone 19 3100 0090
Saúde dos PésRua Cap. Vitor Dias, 64 – CentroFone 19 3633 6372
SenacRua São João, 204 – CentroFone 19 3366 1100Site www.sp.senac.br/saojoaodaboavista
Sequóia EmpreendimentosImobiliáriosAv. João Batista Bernardes, 1150 – Jd. Boa VistaFone 19 3633 3197Site www.sequoia.imb.br
Serralheria EbenezerDr. Oswaldo Oliveira Silveira, 710 - D. Indus-trialFone 19 3056 3180
Shirley PresentesRua Henrique Cabral de Vasconcelos, 1646 – Jd. São NicolauFone 19 3633 3869
Silvia Mello CalçadosRua 14 de Julho, 647 – Vila ConradoFone 19 3623 5419
Skill IdiomasRua Benedito Araujo, 155 – CentroFone 19 3622 3510
Sleep CenterAv. Rodrigues Alves, 416 – RosárioFone 19 3631 0552
Slice TennisRua Gabriel Ferreira, 35 – CentroFone 19 3631 5987
Studio Books Foto & FilmagemRua Henrique C de Vasconcellos, 2220 – DERFone 19 3631 6939
UnifeobRua Gal. Osório, 433 – São LázaroAv. Dr. Octávio Bastos, s/nº - Jd. Nova São JoãoFone 19 3634 3300 / 19 3634 3200Site www.unifeob.edu.br
UniodontoRua General Osório, 132, Sala 2 – CentroFone 19 3631 8751
UnivaciAv. Oscar Pirajá Martins, 951 – Santo AndréFone 19 3633 1122
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