Post on 21-Mar-2016
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Revista Atelier das Artes 6º Edição
Editor Atelier das Artes
atelierdasartes@live.com.pt
Revista Trimestral
6ª Edição Fevereiro 2012
Correcção e Elaboração textos:
Sofia Ramalho
Débora Rodrigues
Administração
Hugo Tadeu
Carolina Tadeu
Sofia Caixeirinho
Design Gráfico e Montagem
Carolina Tadeu
Elaboração de Passo a Passo
Sofia Ramalho
Teresa Violante
Sara Castelo de Carvalho
Convidados Especiais
Carlos Neves
Aline de Carvalho
Propriedade Fórum – Atelier das Artes
Foto: Carlos Neves
Edito
rial
Foto: Carlos Neves
Estamos de regresso com mais uma Edição da Revista - Atelier das Artes. Uma Edi-
ção em que o Romantismo e o Amor são a palavra de ordem, não estivéssemos nós
na época mais romântica do ano.
Neste Edição terão oportunidade de conhecer um pouco mais da Vila do Amor -
Óbidos, que faz anualmente, por esta altura, o Festival mais doce do País: o Festi-
val do Chocolate. O itinerário começa pela Vila, passando pelo Festival e termina
com as iguarias típicas desta região, uma bela proposta para o Jantar do Dia dos
Namorados para surpreender a sua cara-metade.
Os já habituais Passos-a-passos também têm lugar de destaque, onde mais uma
vez, são apresentados trabalhos de fácil execução e muito mimosos para oferecer a
aquela pessoa especial.
Mais uma vez são entrevistados artistas de renome, onde as suas artes se desta-
cam pela diferença e pelo espectacular. Um mundo de fantasia por onde vale a pe-
na vaguear.
Esperamos que esta Edição seja mais um sucesso e que gostem dela tanto como
nós.
Até á próxima.
AArtes
Arte - Casca de Ovo
Eva
Mini Álbum
Pirografia
Especial Brasil
( Débora Rodrigues)
( Carolina Tadeu)
( Sofia Ramalho)
(Débora Rodrigues)
Eva
Eco
nomi
a
Atelier das Artes 10 6
As novas leis do mercado de trabalho
Para esta edição da revista Atelier das Artes reservámos um tema bastante actual. As novas
reformas das leis do trabalho. Devido à crise económica e financeira, e a solicitações da
própria Troika, urge tomar-se medidas de flexibilização laboral.
Durante todo este ano serão implementadas novas medidas que prometem alterar a vida
laboral de todos os portugueses, prevendo-se que estejam em vigor durante, pelo menos
os próximos, 2 anos.
As medidas são:
Redução do número de folgas e a possibilidade de se trabalhar ao Sábado, sendo estas
remuneradas e não compensadas em dias de folgas. Esta medida terá que ser acorda-
da entre a entidade empregadora e o trabalhador;
Trabalhar em dias feriados passa a ser remunerado a metade do valor estipulado actu-
almente;
As pontes feitas nos feriados podem valer um desconto no ordenado e/ou nos dias de
férias do trabalhador;
Passa a existir um banco de horas do trabalhador, que não pode exceder as 150 horas
anuais;
As horas para além do horário de trabalho, não serão pagas, mas poderão ser com-
pensadas em diminuição do tempo de trabalho diário;
Cidadãos no desemprego que aceitem trabalhos onde a remuneração é menor de que
o valor do subsídio de desemprego, passam a ganhar 50 por cento deste subsídio para
além do seu salário mensal, nos primeiros 6 meses, e 25 por cento nos seguintes;
O valor máximo do subsídio de desemprego desce de 1257 euros para 1048 euros e o
período máximo de atribuição passa para 18 meses. No entanto, existe uma excepção
para desempregados com mais de 50 anos. De forma a minorar os custos associados
ao desemprego das pessoas mais velhas, os subsídios foram alargados até 26 meses;
Os trabalhadores independentes, isto é, a recibos verdes, passam a usufruir de subsí-
dio de desemprego sempre que se encontrem desempregados após passarem 80 por
cento ou mais de recibos a uma entidade;
Os casais desempregados e famílias monoparentais beneficiarão de um aumento de 10
por cento sobre os seus subsídios;
Economia
Economia
7 6º Edição
No segundo semestre deste ano, para os candidatos, acederem a subsídios de de-
semprego, necessitam de ter descontado pelo menos 12 meses;
Abolição de 4 feriados (2 civis e 2 religiosos);
A medida que está a gerar mais controvérsia é a possibilidade das entidades patro-
nais poderem despedir um trabalhador se este mostrar redução contínua da sua pro-
dutividade e da qualidade do seu trabalho. Esta medida será acompanhada de instru-
mentos de ajuda ao trabalhador de forma a melhorar o seu desempenho no local de
trabalho;
O trabalhador será responsabilizado e sancionado por todos os danos intencionais que
confira ao seu material laboral;
A antiguidade no posto de trabalho deixa de ser tida em conta na hora quando há
despedimento;
Segundo o governo, de forma a alinhar Portugal com a média europeia, nos novos
contratos, as indemnizações por despedimento passam, a partir de Novembro, de 20
dias por ano de trabalho para 8 a 12 dias;
Finalizando, para 2013 prevê-se uma redução de 3 dias ao período de férias.
Investigação: Débora Rodrigues
Para: Atelier das Artes
Atelier das Artes 10 8
Eva
* Folha de EVA vermelha com flores ou cora-
ções
* Folha de EVA vermelha
* Folha de EVA preta
* Folha de EVA branca
* Folha de EVA cor á escolha
* Enchimento
* Tesoura
* Lápis
* Cola para EVA
* Caneta preta
Material necessário:
Como Fazer:
Fazer os moldes do
coração, pernas, braços e
olhos e passá-los para a
EVA.
Cortar todas peças. Colocar a parte de fora
do coração com o estam-
pado virado para cima.
Virar esta peça, ficando a
parte lisa para cima, e colar
os bracinhos.
Centralizar o coração
mais pequeno, colocando
-o por cima do coração
maior e colar.
No fim dos bracinhos cola-
dos, colar o outro coração
com o estampado virado
para cima e deixar uma
pequena abertura no fun-
do.
Passo a Passo executado por :
Sofia Ramalho
Em: Artes da Sofy
6º Edição 10 9
Aproveitar e fazer a boca do
nosso coração com caneta
preta.
Passo a Passo
Montar os olhos e colá-
los.
Colocar enchimento no
coração mas de modo a
que a EVA não vinque
nem rebente de lado. No
final, colar essa abertura.
Escrever uma mensagem
a gosto.
Colar a mensagem na
ponta dos bracinhos. Colar as pernas como in-
dica a figura.
Colar o coração em cima
das pernas.
E por fim temos o nosso
coração pronto.
Foto: Sofia Ramalho
Eva
Atelier das Artes 10 12
Molde
6º Edição 10 13
Entrevista
Atelier das Artes 10 14
Os trabalhos que apresentamos nesta edição são
da autoria de:
Carlos Neves
Arte - em casca de ovo
AArtes: Conte-nos como foi que en-
trou para este mundo do Artesanato.
Carlos Neves: Entrei para o mundo do ar-
tesanato devido à situação económica do
país. Fui electricista durante 20 anos, por
conta própria e devido à falta de trabalho
tive de abandonar o ofício e dedicar á es-
cultura em ovos, que até então era um me-
ro hobby.
AArtes: Quando e como começou o in-
teresse pela por esta arte?
Carolos Neves: Aprendi esta arte na Rho-
desia, agora Zimbabwe, com uma vizinha
que esculpia em ovos de avestruz á nava-
lha. Agora possuo máquinas que dão para
desenvolver outro tipo de trabalhos. As
avestruzes têm poucos anos em Portugal,
cerca de 10 a 12 anos. Assim, antigamen-
te, eram os amigos que sabiam que fazia
este tipo de trabalhos, que me traziam tais
ovos para eu esculpir.
AArtes: Enquanto profissional/artista
como se definiria?
Carlos Neves: Defino-me como um dos
100 de todo o mundo, dos 25 que se dedi-
cam a isto a tempo inteiro, e dos 10 me-
lhores! Como uma artista conhecida me diz
“a minha arte ofusca a dos outros”.
AArtes: A sua dedicação a esta arte
tem correspondido com as expectati-
vas?
Carlos Neves: É complicado esta arte cor-
responder às expectativas. É difícil entrar
no mercado e cativar clientes. Com isto,
posso dizer que não tem correspondido às
minhas expectativas.
AArtes: Os seus trabalhos são previa-
mente pensados ou vai tomando forma
á medida que avança?
Carlos Neves: Uns trabalhos são pensa-
dos, e outros vão tomando formas e con-
tornos à medida que os vou trabalhando.
AArtes: Que tipo de material utiliza nas
suas peças?
Carlos Neves: Uso tudo o que é casca de
ovo, embora esta técnica possa ser utiliza-
da noutros materiais.
Conv
idad
o E
spec
ial
Foto Carlos Neves
15 6º Edição
Arte em casca de ovo AArtes: Em media quanto tempo leva
para fazer uma peça?
Carlos Neves: Cada peça tem o seu tem-
po e depende bastante dos tipos de materi-
ais. Posso levar 45 minutos em ovo de gali-
nha, ou vários meses em ovo de avestruz.
Posso também parar e depois voltar a pe-
gar na peça, por achar que lhe falta algo.
AArtes: Acredita no artesanato como
fonte de rendimento ou de prazer e te-
rapia?
Carlos Neves: Acredito e sei que dá como
fonte de rendimento e de terapia. Fonte de
rendimento como algo óbvio. Quando se
está a esculpir numa casca de ovo tudo que
nos rodeia desaparece. Ou se está absorvi-
do na tarefa ou não. Na Austrália, quem faz
este tipo de artesanato são as senhoras de
idade e em lares. Pelo que dizem, até se
esquecem que têm dores, pois estão tão
concentradas que não dão pelos males que
sofrem.
AArtes: Trabalha num atelier? Descre-
va o ambiente em que desenvolve as
suas obras de arte.
Carlos Neves: Não tenho atelier, como
costumo dizer ainda não passei a fase da
garagem. Mas estou só, num ambiente es-
curo, onde a única luz que tenho direcciona
-se sobre o meu trabalho, e não dá para
ter nada que me desperte os sentidos do
que estou a fazer. Não posso embalar ao
som de música, posso distrair-me e lá se
vai o trabalho. O grau de concentração é
muito elevado, trabalha-se com espessuras
de 1,25 mm a 0,035 mm, não dá para
emendar ou reconstruir. Mas é uma reali-
zação em cada corte que dou, e procura-se
sempre mais e mais, daí as longas horas
sem se dar pelo passar do tempo. Só, por
vezes, quando a vista começa a cansar, é
que noto que é tempo de fazer uma pausa.
AArtes: Quais são as principais carac-
terísticas focadas pelos seus clientes
quando lhe pedem a realização de um
trabalho?
Carlos Neves: O que está em "moda"
são os Presépios e o Santo António. Muito
sinceramente, são peças que não me sedu-
zem, mas são as mais procuradas. Umas
dão-me gozo fazer, outras não tanto.
Quando me pedem alguma peça, - nunca
me pediram nada de especial-, pode ser
alto-relevo, baixo-relevo, corte puro, eu
depois vejo o que ficará melhor.
AArtes: Na sua família existem outros
artesãos?
Carlos Neves: Por enquanto não tenho
seguidores na família, nem nesta arte, nem
noutra.
AArtes: Como faz para conseguir ven-
der os seus trabalhos ?
Carlos Neves: Vendo os meus trabalhos
em feiras e na internet.
Foto Carlos Neves
Entrevista AArtes: Qual é a sua formação? Fre-
quentou algum curso específico ou fa-
culdade?
Carlos Neves: Tenho o 9º ano português
e o 12º ano inglês. Resumindo, quando re-
gressei de África, recuei nos estudos.
AArtes: Na sua opinião o que deveria
ser feito para que as pessoas aderis-
sem mais à compra de peças artesa-
nais e por quem?
Carlos Neves: O artesanato em Portugal
está mal e vai continuar mal até as pessoas
aderirem mais às compras.
Nesta pergunta vou ser muito crítico. Pura
e simplesmente os órgãos que nos tutelam
não funcionam.
Podemos fazer tudo menos artesanato
mas, logo que façamos descontos, mais
tarde ou mais cedo é-nos atribuída uma
carteira profissional como artesãos. Contra
mim falo.
Não reconheço nessas entidades pessoas
capazes e com saber suficiente para avaliar
o meu trabalho e me poder atribuir uma
carteira profissional.
Toda a gente organiza "feiras de artesana-
to" embora muitas delas, considere que só
se encontra autênticas contrafacções arte-
sanais oriundas da China, revenda, etc
Confundem artesanato com artigos regional
ou tradicional, embora possam estar alia-
dos, de artesanais têm poucos. Por exem-
plo: na área da cortiça conheço 1 ou 2 se-
nhores que fazem carros, castelos, e algu-
mas coisas mais, com cortiça. Quem anda
em feira de artesanato com chapéus de
chuva, malas, malinhas, etc, como Artesa-
nato??? Isto não é artigo artesanal.
E digo mais. As feiras de artesanato estão
mal porque fizeram delas feira de artesana-
to, regionais, artes decorativas contempo-
râneas, etc… No meu entender, façam fei-
ras, sim, para todos, mas separadas, assim
quem vai comprar sabe para onde vai e o
que vai encontrar.
Ou é feira de artesanato ou, pura e sim-
plesmente, não o é. E deixo outra questão:
quem regula as feiras?
Enquanto isto acontecer, caminhar-se-á de
mal para pior. Tem de haver uma grande
filtragem, senão, não estou a ver como se-
rá o futuro.
AArtes: Para terminar, tem algo a
acrescentar a esta entrevista?
Carlos Neves: Bem hajam mais entrevis-
tas, e bem divulgadas, para que todos sai-
bam com que linhas se traçam os caminhos
do artesanato.
Entrevista Realizada por:
Soledade Lopes
Para: Atelier das Artes
Atelier das Artes 10 16
Foto: Carlos Neves
Entrevista Realizada por:
Soledade Lopes
Para: Atelier das Artes
Foto: Soledade Lopes
Foto: Carlos Neves
Foto: Soledade Lopes
6º Edição 10 11 Foto: Carlos Neves
Foto: Carlos Neves
Porque são os pequenos gestos que fazem a
diferença.
http://abelhita-pequenosgestos.blogspot.com/
Telefone: 91 735 73 10
email: pequenosgestos.abelhita@gmail.com
Vencedora Desafio
Super Blog
Blog: http://cantinho-da-cor-
artesdecorativas.blogspot.com
Traga a ideia e deixe o resto comigo
Trabalho executado por : Bárbara dIAS
Em: BD Artes Decorativas
Blog: http://bdartesdecorativas.blogspot.com
Criações da Mina
Blog: http://criacoesdamina.blogspot.com/
E-mail: criacoesdamina.bijuteria@gmail.com
Trabalho executado por:
Maria João Cerqueira
Em: Cantinho da Cor
Trabalho executado por:
Sofia Caixeirinho
Em: Atelier Arco Íris
Trabalho executado por: Bárbara
Dias
Em: BD Artes Decorativas
Trabalho executado por:
Teresa Violante
Em: TEARTES
Galeria de Trabalhos
Trabalho executado por:
Sílvia Marques
Em: SM Bijuteria
Atelier das Artes 10 22
Trabalho executado por: Marina
Ribeiro
Em: Criaçoes de Mina
Trabalho executado por:
Cláudia Sofia
Em: Oasis Das Contas
Trabalho executado por: Bárbara
Dias
Em: BD Artes Decorativas
Trabalho executado por:
Maria João Cerqueira
Em: Cantinho da Cor
Galeria de Trabalhos
23 6º Edição
Trabalho executado por:
Teresa Violante
Em: TEARTES
Trabalho executado por:
Samantha Gomes
Em: Samy Art’s
Trabalho executado por: Marina
Ribeiro
Em: Criaçoes de Mina
Não se sabe ao certo, quando e onde surgiu, ou mesmo quem inventou a Arte Reborn, ao
redor do mundo ouve-se diferentes versões e várias pessoas que declaram-se “criadoras”
desta arte. O que na verdade se sabe é que desde os primórdios da humanidade o homem
já tentava reproduzir a sua própria imagem e semelhança, e a partir daí também surgiu a
ideia de fabricar bonecas cada vez mais realísticas.
A restauração ou repintura de bonecas sempre existiu, inclusive no pós- guerra, onde as
mães restauravam os brinquedos dos seus filhos. Agora não podemos afirmar que este se-
ria o “princípio” da Autêntica Arte Reborn, já que a restauração de bonecas utilizavam-se
materiais e técnicas bem diferentes.
Recentemente, por volta do final dos anos 80, lançou-se no mercado bonecas bebé fabrica-
das em vinil com formas e aspectos muito parecidos com bebés recém-nascidos reais.
Alguém em algum lugar teve a brilhante ideia de desmontar uma dessas bonecas, prova-
velmente, uma da marca espanhola Berjusa ou Berenguer, pintando-a por dentro e por fo-
ra, recriando assim uma aparência com detalhes e tom de pele muito mais real e natural.
A partir dos anos 90, com a chegada da internet, as imagens desses bebés ganharam o
mundo e passaram a conquistar milhares de admiradores e coleccionadores que chegaram
a pagar pequenas fortunas em leilões por esses bebés.
A constante busca de aperfeiçoamento e realismo gerou um enorme seguimento voltado
para a Arte Reborn, hoje existem os chamados moldes ou kit Reborn fabricados exclusiva-
mente para essa arte, não sendo mais necessário desmontar e nem remover a tinta e aces-
sórios de fábrica.
Um dos mais renomados fabricante de kits reborns, Pat Secrist da Secrist doll Co., passou a
usar o termo “Famosos , pois refazer (re-doing) o bebê já não era mais preciso, utilizando
o kit em “branco” fabricado por ele. Mas é muito comum ouvir-se ambos os termos quando
se refere à Arte.
Com o crescimento e expansão da arte Reborn através da Internet, muitas pessoas se inte-
ressaram em aprender sobre como criar um bebé quase real. Infelizmente a Arte Reborn foi
e vem sendo destorcida por alguns. Técnicas falsas de pintura foram expostas de forma
que ensinasse a forma do mais “fácil e simples” em criar um bebe quase real.
O resultado a muito que se encontra em sites de comercialização livre, é o que podemos
chamar de bonecas “maquiadas”, justamente por pessoas que aprenderam técnicas com-
pletamente fora do padrão e da integridade da Arte Reborn e que em muitas vezes estão
longe de serem chamados de Autênticos Bebés Reborn, causando frustração e decepção
para alguns coleccionadores que os adquirem.
Por esse motivo, com o crescimento e a expansão da Arte Reborn, deve crescer também a
exigência do público consumidor para que a Arte Reborn continue sendo vista com respeito
e admiração das pessoas no mundo inteiro.
Arte Reborn
Atelier das Artes 10 24
AArtes: Conte-nos como foi que en-
trou para este mundo do Artesanato.
Aline de Carvalho: Aos 10 anos aprendi a
fazer croché e a pintar em panos de pratos
com a minha mãe, depois interessei-me
por pintura em telas, mas sempre para
passar o tempo, mas quando conheci a arte
reborn apaixonei-me perdidamente.
AArtes: Quando e como começou o
interesse por esta arte?
Aline de Carvalho: Fez dois anos, desco-
bri a arte pela internet e conheci pessoas
ligadas ao meio reborn, como estava relaci-
onado com pintura e bebés, as minhas
grandes paixões, fiquei fascinada.
AArtes: Enquanto profissional/artista
como se definiria?
Aline de Carvalho: Apenas uma curiosa,
satisfeita pelo trabalho que desenvolvo e
do encanto que um bebé reborn provoca
nas pessoas.
AArtes: A sua dedicação a esta arte
tem correspondido com as expectati-
vas?
Aline de Carvalho: Acredito que sim, pois
estou agradecida por
esta gerar sonhos.
AArtes: Os seus trabalhos são previa-
mente pensados ou vai tomando forma
há medida que avança?
Aline de Carvalho: Os bebés são idealiza-
dos pelas futuras mães, que os imaginam e
lhes passam a dar vida, escolhendo a cor
dos olhos, a cor dos cabelos, o tom de pe-
le, manchas entre outros detalhes, mas
existe também as réplicas que são feitas a
partir de fotos de bebés de verdade e são
eternizadas através dos bebés reborn, que
tem o peso e o tamanho de um bebé de
verdade.
AArtes: Que tipo de material utiliza nas
suas peças?
Aline de Carvalho: É tudo importado, uso
diversos tipos de materiais, por exemplo:
tintas, vernizes, cabelos semelhantes ao de
um recém-nascido, olhos de acrílico ou vi-
dro, vinil e imãs, entre outros.
Entrevista Os Trabalhos que apresentamos nesta edição são
da autoria de:
Aline de Carvalho
Arte Reborn
Atelier das Artes 10 26
AArtes: Em media quanto tempo leva
para fazer uma peça?
Aline de Carvalho: Depende de cada be-
bé, mas geralmente leva entre 20 a 30 di-
as, a parte mais demorada é o implante do
cabelo, pois é colocado fio a fio para dar
um ar de realismo igual a uma cabeça de
um bebé de verdade.
AArtes: Acredita no artesanato como
fonte de rendimento ou de prazer e te-
rapia?
Aline de Carvalho: Particularmente acre-
dito que é um mistura de tudo, já que o ar-
tesanato é uma riqueza que temos em di-
versas culturas que deve ser cultivada e
valorizada diariamente, usamos como tera-
pia e que se torna prazerosa a partir do re-
sultado alcançado.
AArtes: Trabalha num ateliê? Descreva
o ambiente em que desenvolve as suas
obras de arte.
Aline de Carvalho: O meu ateliê é a mi-
nha casa, o meu cantinho, onde desenvolvo
os bebés que são feitos com muito cuidado
e carinho para as suas futuras mães.
AArtes: Quais são as principais carac-
terísticas focadas pelos seus clientes
quando lhe pedem a realização de um
trabalho?
Aline de Carvalho: Todas as mães salien-
tam as veias nos bebés, as manchas de
nascença, o peso do bebé, os cabelos, to-
dos querem pentear os bebés e querem os
bebés em tempo recorde.
AArtes: Na sua família existem outros
artesãos?
Aline de Carvalho: A minha mãe ensinava
a todos os filhos um pouco de tudo, ela
acreditava que tínhamos que saber de tudo
na vida, costurar, cozinhar, pintar, bordar
etc.
AArtes: Como faz para conseguir ven-
der os seus trabalhos ?
Aline de Carvalho: Uso a internet como
ferramenta de trabalho é a divulgação prin-
cipal e os correios que levam os bebés até
às suas futuras mães.
AArtes: Qual é a sua formação? Fre-
quentou algum curso específico ou fa-
culdade?
Aline de Carvalho: Sou assistente social,
formada pela universidade Tiradentes e es-
pecializada nas artes por curiosidade.
AArtes: Na sua opinião o que deveria
ser feito para que as pessoas aderis-
sem mais à compra de peças artesa-
nais e por quem?
Aline de Carvalho: Acredito que o artesa-
nato é uma grande riqueza pelos seus de-
talhes, mas esta pode delimitar um público
restrito que conhece a sua grandiosidade,
infelizmente falta que as autoridades com-
petentes, reconheçam a valorização das su-
as culturas e incentivem também como
fonte de rendimento.
AArtes: Para terminar, tem algo a
acrescentar a esta entrevista?
Aline de Carvalho: Quero agradecer a to-
dos pelo carinho e a oportunidade de ser
convidada para participar com uma entre-
vista e mostrar um pouco do meu artesa-
nato com a arte da técnica reborn.
Especial Brasil
Entrevista Realizada por:
Carolina Tadeu
Para: Atelier das Artes - Especial Brasil
27 6º Edição
Morada. Rua Paiã 2-B, Odivelas
2675-495 Odivelas
Telefone: 210 158 763
http://www.atelierarcoiris.blogspot.com/
email: atelier-arcoiris@hotmail.com
http://www.4pontosdecor.com/
Vencedora Concurso
De Natal
Trabalho executado por : Ana Augusto
Em: 4 Pontos de Cor
Blog: http://www.4pontosdecor.com/
Blog: http://te-artes.blogspot.com/
Pirografia - Passo a Passo Material necessário: * Pirógrafo.
Peça a ser trabalhada (neste
caso um porta-chaves de ma-
deira em forma de coração).
* Argola para porta-chaves
* Desenho pretendido
Papel químico.
* Lápis de cor (daqueles que
os miúdos usam na escola).
* Verniz
* Pincel
Como Fazer:
Atelier das Artes 10 34
Transferir o desenho com pa-
pel químico ou desenhar à
mão livre .
Contornar o desenho com
o pirógrafo.
Insistir mais, onde se pre-
tende cor mais intensa
(mais queimado) ou traços
mais largos.
Mudar de ponteira para pe-
quenos detalhes ou dese-
nhos diferentes (trabalhar
com as diversas ponteiras
do pirógrafo, consoante o
gosto ou o desenho que se
pretende).
Colorir as partes pretendi-
das com os lápis de cor,
consoante o gos to
(opcional).
Finalizada a peça, passar
verniz com o pincel, deixar
secar.
Terminar colocando a ar-
gola no porta-chaves.
Passo a Passo executada por :
Teresa Violante
Em: TEARTES
NOTA: A pintura com os lápis de cor é opcional, ao natu-
ral, só com o colorido dos diversos tons de queimado,
também fica muito bonito.
Teresa Violante
Galeria de Trabalhos
Atelier das Artes 10 36
Trabalho executado por:
Teresa Violante
Em: TEARTES
Trabalho executado por:
Maria João Cerqueira
Em: Cantinho da Cor
Trabalho executado por: Marina
Ribeiro
Em: Criaçoes de Mina
Trabalho executado por:
Sara Castelo de Carvalho
Em: Os pequenos gestos da Abelhita
Trabalho executado por:
Samantha Gomes
Em: Samy Art’s
Trabalho executado por:
Sílvia Marques
Em: SM Bijuteria
Galeria de Trabalhos
Trabalho executado por: Bárbara
Dias
Em: BD Artes Decorativas
Trabalho executado por: Marina
Ribeiro
Em: Criaçoes de Mina
37 6º Edição
Trabalho executado por:
Teresa Violante
Em: TEARTES
Trabalho executado por: Marina
Ribeiro
Em: Criaçoes de Mina
Trabalho executado por:
Sara Castelo de Carvalho
Em: Os pequenos gestos da Abelhita
Mini Álbum Material necessário:
Como Fazer:
* Base de corte; Bisturi; Dobradeira;
Tesoura; Régua de corte; Cola para
Scrapbooking (Do Crafts); Fita cola du-
pla face; Cortador de cantos; Fitas dec-
orativas; Pérolas; Botões; Cartão
prensado; Cartolina para Scrapbooking
(Papermania) ; Folhas de papel decora-
tivo para Scrapbooking (Papermania);
Almofadas de relevo (Stix2); Pré-
cortados Sixxiz, Mariane Design;
Pounches Martha Stewart; Flores para
Repetir o processo para
fazer a segunda capa do
mini álbum, ou seja a
contracapa.
Começar por cortar a
folha de cartão prensado
em tamanho A6. Esta
representa uma das ca-
pas do álbum.
Escolher um ou dois pa-
péis decorativos a gosto,
para a capa e cortar na
mesma medida e cola-se
um em cada verso do
cartão.
Para fazer as folhas interio-
res, ou seja, as páginas do
nosso mini álbum, utiliza-se
papel decorativo de 220
gramas, em tamanho A5.
Dobra-se ao meio, transfor-
mando-o num bloco A6.
Com a fita-cola de dupla
face cola-se os dois lados
para reforçar a página.
Com a ajuda da guilhoti-
na, cortar um pedacinho
da folha de forma a uni-
formiza-la e a que esta
fiquei ligeiramente mais
pequena que a capa.
Passo a Passo executado por :
Sara Castelo de Carvalho
Em: Os pequenos gestos da Abelhita
Atelier das Artes 10 38
Passo a Passo
Depois deste fechado, faz-
se uma dobra conforme
ilustrado na imagem, cri-
ando duas alturas.
Cortam-se os lados do
envelope, para desta
forma abrir as bolsas do
álbum.
Cola-se o envelope, agora
as bolsas do álbum, à pági-
na que já tinha sido criada.
Usam-se envelopes para
criar bolsas nas páginas do
álbum. Começa por fechar-
se o envelope, pela marca
que se encontra na figura,
de modo a torna-lo o mais
pequeno possível.
Decorando a gosto com
fitas e pré cortados.
De forma a reforçar o
envelope e a decorar o
mesmo, cola-se na parte
frontal das duas frentes
um papel decorativo a
gosto e acerta-se as
pontas com a guilhotina.
Ficando assim com duas
bolsas para colocar foto-
grafias, ou mensagens.
Utilizam-se os furadores deco-
rativos para decorar as pági-
nas e a capa. (Repetimos este pro-
cesso de criação de páginas e bolsas
quantas vezes necessárias, ou seja, quan-
tas páginas desejar que o álbum tenha.
De forma a criar diversidade no álbum
pode fazer-se algumas páginas sem bol-
sas, apenas com o espaço para colar uma
fotografia ou escrever uma mensagem.)
Utilizam-se os cortado-
res Sizzix e Mariane De-
signs para fazer umas
etiquetas tag, previa-
mente moldadas, con-
forme a imagem.
39 6º Edição
Mini Álbum
Passa-se à decoração da
capa do álbum, com a aju-
da de um pounche pode
fazer-se algumas flores.
Utiliza-se a fita-cola de
dupla face para ajudar a
decorar a capa com as
folhas perfuradas.
E com a ajuda de flores, pérolas, fitas, pré-cortados e papéis decorativos decora-se a gos-
to a capa, as páginas e a contracapa.
Para finalizar este mini álbum,
atam-se umas fitinhas de cetim
nas argolas para lhe dar um ar
mais amistoso.
Agora passa-se à perfuração
das capas e das páginas para
colocar as argolas. Com um
furador faz-se os primeiros
furos nos locais que pretende-
mos e de seguida, com a aju-
da de um lápis, marcam-se
todas as páginas e a contra -
capa, para que os furos fi-
quem todos no mesmo nível.
Depois da capa e contra
capa, e todas as pági-
nas estarem furadas,
colocam-se as argolas.
Numa das etiquetas tag
colam-se, no início do
mini álbum, as almofa-
das de relevo com uma
mensagem.
Atelier das Artes 10 40
A vantagem destes mini álbuns é que pode ir-se adicionando e retirando páginas, e construindo bol-
sas segundo a sua necessidade e a utilidade mais desejada.
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Vencedora Concurso
Patchwork Embutido http://artesebijuxdadiana.blogspot.com/
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Óbidos Óbidos é uma vila do distrito de Leiria, que
se situa na região Centro Oeste. É sede de
município com 142,17 km² de área e 10
875 habitantes (de acordo com os dados
de 2001) e está subdividido em 9 freguesi-
as.
Este nome tem origem no termo latino
oppidum, significando «cidadela», «cidade
fortificada». Os Romanos e Visigodos mar-
caram presença nesta vila. Nas suas proxi-
midades ergue-se a povoação romana de
Eburobrittium.
Em 1148 é tomada aos Mouros, e recebido
a primeira carta de foral (que visava esta-
belecer um Concelho e regulamentar limi-
tes e privilégios) em 1195, sob o reinado
de D. Sancho I.
D. Dinis ofereceu Óbidos a sua esposa D.
Isabel como prenda de casamento e esta
Vila ficou a pertencer assim a Casa das Ra-
inhas. Acolheu inúmeras rainhas de Portu-
gal, designadamente Urraca de Castela,
Rainha Santa Isabel, Filipa de Lencastre,
Leonor de Aragão, Leonor de Portugal, e
muitas outras, deixando todas elas, benefí-
cios á Vila.
Em 1527, viviam 161 habitantes na vila, o
que corresponderia a cerca de 1/10 da po-
pulação do município. A área amuralhada
era já nessa época idêntica à actual, ou se-
ja: 14,5 hectares.
Esta Vila, com o terramoto de 1755, sofreu
alterações no aspecto do casco e no seu
traçado árabe e medieval. Foi também pal-
co das lutas da Guerra Peninsular e da Re-
volta do 25 de Abril ficando ligada ao movi-
mento heróico dos capitães de Abril.
Foi de Óbidos que nasceu o concelho das
Caldas da Rainha, anteriormente chamado
de Caldas de Óbidos.
A 16 de Fevereiro de 2007, o castelo da
cidade recebeu o diploma de candidata co-
mo uma das sete maravilhas de Portugal.
Esta Vila é muito rica em Monumentos,
destacando-se o Castelo que é talvez o
mais conhecido de todo o país. De origem
árabe, foi ampliado e reparado várias vezes
depois da conquista pelos cristãos. Com o
terramoto de 1755 ficou muito danificado,
e no século XX, já em ruínas, foi recupera-
do para instalar a primeira Pousada do es-
tado Português em edifício histórico.
Figura 1: Mapa de Óbidos
Figura 2: Castelo de Óbidos
43 6º Edição
Óbidos
Atelier das Artes 10 44
A Igreja de São Batista também é um pon-
to de referência na Vila. Em 1309 foi cons-
truída pela Rainha Santa Isabel como le-
prosaria e com uma capelinha em homena-
gem a S. Vicente. Foi aumentada e remo-
delada ao longo dos séculos e em 1636 é
tornada sede da paróquia de S. João Batis-
ta do Mocharro (outrora sediada fora das
muralhas).
A Porta da Vila, a entrada principal foi
construída pelo Rei D. João IV como forma
de agradecimento a Nossa Senhora pela
protecção dada na Restauração da Inde-
pendência em 1640.
A Porta do Vale ou Senhora da Graça é a
porta de acesso á Vila pelo lado Nascente.
No seu interior está uma capela oratória
em homenagem á Nossa Senhora da Gra-
ça, restaurada no ano de 1727 em cumpri-
mento de uma promessa da filha de um
magistrado que morreu de amores contra-
riados por um jovem obidense.
A Rua Direita, a Rua Principal de Óbidos
liga a porta da Vila ao Paço dos Alcaides.
A Igreja de São Pedro foi construída na
época Medieval e da sua construção inicial
apenas conserva os vestígios do antigo
portal gótico na fachada.
Figura 3: Igreja de São Batista
Figura 4: Porta da Vila
Figura 5: Porta do Vale
Figura 6: Rua Direita
45 6º Edição
Regiões e Costumes Nesta igreja foi sepultada a pintora Josefa
de Óbidos (1630-1684) e o Padre Francisco
Rafael da Silveira Malhão (1794-1860).
A Capela de São Martinho encontra-se de-
fronte á Igreja de São Pedro. Foi instituída
em 1331 pelo Padre Fernandes, beneficiado
da Sé de Lisboa.
A Igreja de Santa Maria é a Igreja matriz
de Óbidos e o principal templo desta Vila.
Não se conhece a data exacta da sua cons-
trução mas sabe-se que pertenceu às vá-
rias religiões que por ali passaram. No sé-
culo XV foi totalmente reformado pela Rai-
nha D. Leonor e as obras arrastaram-se
até ao século XVI. Supõe-se que foi forte-
mente atingida pelo terramoto de 1535,
pois em 1570 estava quase em ruínas. Foi
aí, que a Rainha D. Catarina e o Prior D.
Rodrigo Sanchez dão início a mais obras de
remodelação. Um século mais tarde é a vez
do Prior Doutor Francisco de Azevedo Ca-
minha fazer obras de remodelação, mudan-
do completamente o estilo artístico da
Igreja.
A Igreja de São Tiago foi mandada cons-
truir por D. Sancho I, em 1186, e era a
Igreja de uso da Família Real quando visi-
tavam Óbidos que a enriqueciam com
obras de arte. Com o terramoto de 1755 foi
completamente destruída e reconstruída
em 1772.
A Ermida de Nossa Senhora do Carmo situa
-se fora das muralhas e não se sabe quan-
do foi construída. Diz-se que foi um Monu-
mento em homenagem a Júpiter e foi sede
de paroquia de São João Batista.
Figura 7: igreja de São Pedro
Figura 8: Capela de São Martinho
Figura 9: Igreja de Santa Maria
Figura 10: Igreja de São Tiago
Atelier das Artes 10 46
Óbidos Com o terramoto de 1755 teve que sofrer
obras de remodelação em meados do sécu-
lo XX por acção da Direcção Geral dos Edifí-
cios e dos Monumentos Nacionais.
O Santuário do Senhor Jesus da Pedra tam-
bém é um ponto de referência da Vila de
Óbidos. Inaugurado em 1747, está situado
na estrada das Caldas da Rainha. Arquitec-
tado pelo Capitão Rodrigo Franco, tem a
particularidade de unir um volume cilíndrico
com um polígono hexagonal, um jogo de
simetrias faz deste templo único no nosso
país e um local de grande devoção.
De todos os Templos que Óbidos tem para
nos mostrar, falta falar ainda da Ermida de
Nossa Senhora de Monserrate, situada em
Arrabalde, é um pequeno monumento com
um portal barroco, destaca-se pelo seu re-
vestimento de azulejos da primeira metade
do seculo XVII.
E para finalizar a visita pelos templos da
Vila, temos ainda o Pelourinho, símbolo do
poder Municipal, situado por cima do chafa-
riz da Praça Santa Maria; o Telheiro, situa-
do junto ao Pelourinho nesta Praça que ser-
viu de mercado até ao início do século XX;
e o Aqueduto, mandado construir pela Rai-
nha D. Catarina de Áustria e totalmente
custeado por ela.
Óbidos destaca-se também pela variedade
de eventos que organiza ao longo do ano,
como por exemplo: Óbidos Vila Natal, Fes-
tival do Chocolate, a Semana Santa, Maio
Barroco, a Temporada de Cravo, Junho das
Artes, o Mercado Medieval, a Semana In-
ternacional de Piano e o Festival de Ópera.
Figura 11: Ermida de Nossa Senhora do Carmo
Figura 12: Santuário do Senhor Jesus da
Pedra
Figura 13: Ermida de Nossa
Senhora de Monserrate
Figura 14: Pelourinho e Telheiro
47 6º Edição
Regiões e Costumes
Figura 16: Festival do Chocolate
Iremos dar destaque ao Mercado Medieval
e ao Festival do Chocolate.
O Mercado Medieval começou no ano de
2002 e transforma-se por completo na épo-
ca medieval, recuando no tempo torna-se
no maior palco da história. O espaço envol-
vente “obriga” a que os visitantes se insi-
ram nas actividades e se envolvam na his-
tória.
O Festival do Chocolate é o maior evento
organizado pela Vila e a palavra de ordem
é sem dúvida: chocolate
Com o sucesso do evento, as actividades
são cada vez mais e consequentemente a
melhor e maior qualidade é visível para
quem visita o evento todos os anos.
Já conta com vários concursos: Concurso
Internacional de Receitas de Chocolate,
Concurso Chocolatier Português do Ano,
Concurso Montras em Chocolate e o Con-
curso Ourives de Chocolate.
O ponto obrigatório do Festival é sem dúvi-
da a Exposição das Esculturas onde se po-
de ver as maiores obras de arte esculpidas
em chocolate.
Conta também
com Passagens de Modelos de chocolate,
demonstrações de vários chefs portugueses
de cozinha e Cursos de chocolateria.
Sem dúvida um óptimo pretexto para visi-
tar Óbidos!
Para além desta arte, Óbidos destaca-se
por outro tipo de arte: as verguinhas. Arte-
sanato de origem italiana que se foi per-
dendo ao longo dos anos, até que Bordalo
Pinheiro, numa das suas viagens o trouxe
de volta a Portugal. A Oficina das Artes, ou
como é mais conhecida – a Oficina do Bar-
ro ensina há 20 anos esta arte aos obiden-
ses.
Óbidos conta com uma rede de Museus e
Galerias onde podem ver toda a sua arte: o
Museu Principal, o Museu Paroquial, o Mu-
seu Abílio de Mattos e Silva, a Galeria No-
vaOgiva e a Galeria da Casa do Pelourinho.
Figuras 15: Mercado Medieval
Figura 17: Escultura em chocolate
Investigação: Sofia Ramalho
Para: Atelier das Artes
Atelier das Artes 10 48
Óbidos - Gastronomia Carneiro Assado
Ingredientes:
1 carneiro médio
125 gr de margarina
100 gr de toucinho
4 cebolas
4 dentes de alho
2 folhas de louro
1 ramo de salsa
2,5 dl de vinho branco
1 colher de chá de colorau
500 gr de batatas para assar
sal
pimenta
Preparação:
Para o tempero do carneiro, picam-se duas cebolas, os alhos e o toucinho, juntam-se 50 gr
de margarina, colorau, 1 dl de vinho branco e tempera-se com sal grosso e pimenta.
Arranja-se o carneiro e barra-se com a mistura anterior.
Forra-se uma assadeira com as restantes cebolas cortadas em rodelas, e sobre elas coloca-
se o carneiro, o ramo da salsa e o louro. Deixa-se repousar assim durante 24 horas num
local fresco.
No dia seguinte, dá-se uma fervura nas batatas com casca, temperadas de sal, durante
poucos minutos. Quando terminada, escoa-se a água e deixa-se arrefecer um pouco e reti-
ra-se a pele às batatas.
Quando for para confeccionar o carneiro, este rega-se com o restante vinho e dispõem-se à
volta as batatas.
Espalha-se o resto da margarina cortada em cubos sobre o carneiro e as batatas.
Leva-se a assar no forno, regando, de vez em quando, com o molho que se vai formando.
49 6º Edição
Regiões e Costumes Trouxas-de-ovos
Ingredientes:
1 L de água
1 kg de açúcar
11 gemas
1 ovo
Preparação:
Leve ao lume a água e o açúcar até obter uma calda em ponto de fio (para verificar o ponto
de fio, deve colocar uma gota da calda no polegar e outra no indicador, ao unir e afastar os
dedos, a calda deve formar um fio).
Bate-se conjuntamente as gemas e o ovo.
Ao preparado inicial, vão adicionando-se colheres de sopa da gemada anterior.
Uma a uma, deixam-se ferver em lume brando até ficarem bem passadas.
Retire com uma escumadeira.
Repita o processo até terminar as gemas.
Apare as trouxas de modo a ficarem quadradas, meta dentro de cada quadrado as aparas e
enrole.
Para finalizar regue as trouxas com a restante calda.
Vencedora Concurso
De Fotografia
Óbidos - Gastronomia Lampreia de Ovos
Ingredientes:
300 gr de açúcar
6 gemas
1 dl de água
50 gr de amêndoa pelada e laminada
Fios de ovos
Drageias de chocolate ou fruta cristalizada (para enfeite)
Preparação:
Leve ao lume a água e o açúcar e deixe ferver até obter ponto pérola (para verificar o pon-
to pérola, examina-se se na extremidade do fio, que escorre da colher, se forma uma bola).
Retire do lume, espere que arrefeça um pouco e junte, aos poucos, às gemas previamente
batidas, mexendo rapidamente e sem parar.
Em seguida, junte a amêndoa e leve de novo ao lume para engrossar um pouco.
Numa travessa, disponha os fios de ovos, com a forma de lampreia e cubra-os com o cre-
me de ovos preparado.
Enfeite com fios de ovos e com frutas cristalizadas e/ou drageias de chocolate.
Atelier das Artes 10 50
http://bijutariasilviamarques.blogspot.com/
Vencedora Concurso
De Fotografia
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Em: Sonhos e Fadas
Blog: http://www.sonhosefadas.blogspot.com/
www.sonhosefadas.blogspot.com
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10
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Telefone: 962588099
Loja de Artes Decorativas, pintura a óleo, pastel
seco, Biscuit, tecidos, chacotas, madeiras
Rua Padre João Pinto, 7-C
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Telefone: 917564995
Um espaço dedicado à
mulher moderna
Vencedora Desafio Digital
(Photoshop)
Postal executada por : Débora Rodrigues
Em: Deh Artes
http://misturartes.blogspot.com
emai: rita-jordao@hotmail.com
Agradecemos a todas as pessoas que gentilmente Colabo-
raram connosco nesta 6ta. Edição da
Revista Atelier das Artes
Carlos Neves
Arte - Em casca de Ovo
Blog
Aline Carvalho
Arte - Reborn
Contactos:
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Teresa Violante
TEARTES
Blog
Sara Castelo de Carvalho
Os Pequenos Gestos da
Abelhita
Blog:
Sofia Ramalho
Artes da Sofy
Blog:
Debora Rodrigues
Deh Artes
Blog:
53 6º Edição
Agradecimentos