Post on 31-Jan-2016
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RESUMO
A chamada recessão econômica vem afetando o Brasil em grande escala,
dentre os setores afetados estão as Engenharias. Principalmente a Engenharia civil,
pois a mesma acompanha a fase econômica do País. Esta fase está levando os
profissionais da área buscarem outras formas de se manterem no mercado muita das
vezes até rebaixam seus salários para não perdem a oportunidade de se manterem
empregados, outros buscam alternativas em concursos que não são em suas áreas,
levando o País a ter um défice grande de profissionais de Engenharia.
Nas faculdades os alunos desiludidos abandonam o curso de Engenharia na
esperança de encontrarem alguma profissão que estão em alta no momento, outros
abandonam por falta de preparo estudantil, ou seja, base escolar fraca, não dando
condições de avançarem no curso de Engenharia.
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SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................................................1
INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
OBJETIVO................................................................................................................3
1.1 Participação do CREA/ CONFEA......................................................................3
1.2 Prova de Registro de Classe............................................................................4
1.3 Resolução 218 e 1010(CONFEA)......................................................................5
1.4 Atual Situação da Engenharia..........................................................................6
1.4.1 No Brasil..........................................................................................................6
1.4.2 No Distrito Federal.........................................................................................6
1.5 Evasão nos cursos de Engenharia..................................................................7
1.5.1 MEC e universidades estudam planos para combater evasão (artigo
publicado pela editora IG educação)...................................................................11
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................13
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho consiste na apresentação dos resultados de uma pesquisa
sobre a um contexto geral da realidade vivenciada neste presente momento pela
Engenharia no Brasil.
OBJETIVO
Identificar a visão do aluno de engenharia sobre o CREA/ CONFEA; Discorrer
sobre uma possível prova de registro de classe; Escrever as discorrer sobre as
mudanças ocorridas na Resolução 218 e 1010(CONFEA); Verificar como anda a atual
situação da engenharia no Brasil e Distrito Federal; Identificar qual a principal motivo
que leva as faculdades a terem um índice alto de Evasão dos cursos de engenharia
1.1 Participação do CREA/ CONFEA
Os Conselhos regionais de Engenharia e Agronomia (CREA) são entidades
pertencentes à esfera estadual e constituem a manifestação regional do Conselho
Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), sendo responsáveis pela fiscalização
do exercício das profissões da área tecnológica em âmbito regional.
O CREA exerce o papel de primeira e segunda instância, verificando, orientando
e fiscalizando o exercício profissional com a missão de defender a sociedade da prática
ilegal das atividades abrangidas pelo sistema CONFEA/CREA.
É extremamente importante que o profissional de engenharia seja registado no
CREA, pois este registro comprova que o mesmo frequentou uma instituição de ensino
superior dentro dos padrões aceitáveis para obtenção do seu registro. Esse registro
possibilita ao profissional a capacidade de ser um responsável técnico pelo trabalho em
que estiver desenvolvendo, a comprovação será através de um documento chamado
ART(Anotação de Responsabilidade Técnica).
A importância de haver um conselho de engenharia ou de outras áreas é muito
grande, pois com esses conselhos tanto os profissionais e o mercado entram em um
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equilíbrio em relação a regulamentação da profissão, legislações que os amparam,
mais não só o profissional mais também os clientes que saberão qual órgão recorrer
em caso de qualquer incidência com um dos profissionais habilitados.
Essa ideia supracitada seria uma importante relação entre órgão, profissionais e
cientes, mais não é isso que está acontecendo. O órgão CREA/ CONFEA, não estão
divulgando para o mercado a importância de se procurar um profissional registrado e
habilitado e não fiscaliza o mercado como deveria na integra, com isso os profissionais
que se dedicaram para se capacitar e que realmente fazem jus a profissão que
exercem ficam prejudicados pois existem várias irregularidades que não estão sendo
devidamente fiscalizados e punidos por exercer atividade não regulamentada.
1.2 Prova de Registro de Classe
Os engenheiros deveriam passar por um exame de ordem para exercer a
profissão? Pergunta essa formulada por uma enquete exibida no site techné PINI.
Essa enquete encheu de duvidadas, opiniões contra e a favor de um exame
para ingresso no CREA/ CONFEA. Há vários anos essa especulação vem tomando
uma proporção cada vez maior e ganhando seu espaço, sendo ela admirada e
rejeitada.
A admiração que o “tal exame” vem ganhando apresenta sua opinião, dizendo
que seria muito bom que a profissão do engenheiro seja regulamentada por um exame
que obrigaria o aluno realmente a estudar em sua graduação e não ir levando o seu
curso de qualquer maneira sabendo ele que só precisa acabar para pegar o diploma e
então já ser um “engenheiro”.
Mas ao contrário da opinião supracitada alguns comentam que esse exame não
seria uma coisa boa, pois existem vários engravatados dentro do CREA/ CONFEA, que
nunca tiveram experiência em nenhuma área de atuação e que se escondem para a
profissão, e perguntam: “Como seriamos avaliados por pessoas deste tipo? ”.
Em minha opinião deveria sim existir um exame para acesso ao registro do
CREA/ CONFEA, pois essa seria uma chance de nivelamento profissional para todos 4
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os formandos de engenharia, demostrando a capacidade de instrução e o nível de
ensino da universidade em que se formou. Consequentemente as instituições de
ensino se mostraria mais interessadas em capacitar seu corpo de professores levando
mais a sério a formação profissional e intelectual dos seus alunos.
1.3 Resolução 218 e 1010(CONFEA)
Essa resolução é um avanço, ou seja, um marco, na qualificação e a
credibilidade das profissões da área tecnológica.
Trata de uma nova concepção para concessão de atribuição dos profissionais
abrigados no sistema CREA/CONFEA, aprovado em agosto de 2005 e entrou em vigor
em 2007, para substituir a resolução 2018 de 1973 e outras que já não acompanhavam
os surgimentos de novos campos e obrigações de novos profissionais.
A resolução 1010 permite a concessão de atribuição de profissionais em função
de conhecimento adquirido ao longo de sua formação acadêmica, ou seja, a partir do
conhecimento em que profissional adquiri conhecimento de uma determinada área de
sua formação profissional ou curso de graduação. Ele poderá estender seu
conhecimento em curso de pós-graduação, mestrado ou doutorado.
Essa resolução incentiva e valoriza a educação continuada. A diferença entre a
antiga e a nova resolução, constitui uma mudança de paradigma pela 218 ao ingresso,
era concedida as atribuições profissionais de acordo com o seu título profissional com
as devidas restrições, pela resolução 1010.
As atribuições serão concedidas pela sua formação profissional e pelas
competências, não há mais posição de restrições adquiridas.
Na prática a resolução 1010 trouxe de positivo as atribuições que serão
concedidas aos profissionais que tenham competência e que tiveram formação
profissional adequada. Isso significa que um profissional será contratado para executar
um serviço para o qual ele foi preparado e para o qual adquiriu conhecimento e
habilidade, ou seja, para o profissional significa maior flexibilidade no eu processo de
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formação com a possibilidade de agregar conhecimento contínuo em sua capacitação
profissional.
1.4 Atual Situação da Engenharia
1.4.1 No Brasil
A engenharia e todos os seguimentos, tem seu crescimento diretamente
atrelado à economia do país.
O Brasil está em um período de recessão econômica. O PIB não cresce (pelo
contrário, a previsão é de retração), o real está desvalorizado e a taxa de juros não
para de subir. Para completar, a previsão dos economistas sobre o IPCA, a inflação
oficial, já beira os 8,2%, muito acima dos 6,5% definido como teto para o ano de 2015,
segundo Marcel Guimaraes, economista.
Com isso todas as empreses do ramo passa por alguma dificuldade seja ela a
menor que seja, com isso as obriga a diminuir as compras de estoque, pois não tem
demanda de obras para fazer giro de estoque, o resultado de tudo isso é o grande
índice de demissões.
Por isso tem sido comum encontrar grandes engenheiros sendo rebaixado para
garantir um salário muito abaixo do piso da categoria. Em vários estados, engenheiros
estão ocupando vagas de técnicos de edificações, mesmo sendo um erro profissional,
pois a situação do cenário brasileiro se encontra em défice de serviços e empregos na
construção civil.
1.4.2 No Distrito Federal
O Brasil vem enfrentando uma crise que provoca uma grande onda de
demissões na Construção Civil do DF.
“De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal
(Sinduscon-DF), estão entre os principais fatores a recessão econômica do país, a
lentidão na aprovação de novos projetos e o atraso nos pagamentos das obras
contratadas do Programa Minha Casa Minha Vida, do Programa de Aceleração do
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Crescimento (PAC) e do GDF”, diz o portal SINGEDF. A falta de obras está obrigando
as construtoras diminuir o quadro de funcionários.
Segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da
Construção e do Mobiliário de Brasília (STICMB), de janeiro a março de 2015, quase
10 mil trabalhadores foram demitidos na Construção Civil, somente no Distrito Federal.
Em 2014, foram 45 mil homologações.
Foi perguntado para o Engenheiro civil, RENATO FONSECA, formado
recentemente pela Universidade Paulista, trabalha atualmente na empresa COST
PLANEJAMENTO E CONSTRUCÕES, qual seria a maior dificuldade encontrada no
mercado atual no distrito federal para novos empreendedores no ramo da construção?
Foi respondido pelo mesmo:
- A maior dificuldade encontrada está sendo a competição com os empreiteiros,
que além de não pagarem impostos pelos serviços executados, jogam os valores muito
abaixo do mercado, com isso os clientes aproveitando do preço e com a mente ligada
nesta crise não pensam duas vezes antes de aceitar os valores e a falta de garantia
desses serviços.
1.5 Evasão nos cursos de Engenharia
Em 2011, o Brasil deixou de colocar 60,3 mil engenheiros no mercado
de trabalho. Esse foi o número de matriculados em cursos de Engenharia que
abandonou as aulas ao longo da graduação. A alta taxa de evasão, de 56%, tem
aumentado nos últimos anos e é um dos fatores que contribuem para o déficit de
profissionais no país, principalmente no setor público.
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Gráfico 1 – Taxa de vasão do curso de Engenharia no Brasil, até 2011.
Fonte: portal da industria
O professor do curso de Mecânica do Campus São Paulo, Roaldo Tonhon Filho,
autor do livro “Ensino superior & mercado de trabalho - engenheiros no Brasil’, aborda
a falta de qualidade no ensino superior, especificamente nos cursos tecnológicos, e a
grande dificuldade encontrada pelos candidatos nos respectivos cursos, pois falta
preparação antes da faculdade.
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Gráfico 2 - Causas da evasão e porcentagens dos alunos evadidos do curso de Engenharia de Alimentos, entre 2010 a 2013.
Fonte: UTFPR/Câmpus Medianeira, 2014.
Gráfico 3 - Causas da evasão e porcentagens dos alunos evadidos do curso de Engenharia Ambiental, entre 2010 a 2013.
Fonte: UTFPR/Câmpus Medianeira, 2014.
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Gráfico 4 - Causas da evasão e porcentagens dos alunos evadidos do curso de Engenharia de Produção, entre 2010 e 2013
Fonte: UTFPR/Câmpus Medianeira, 2014.
Gráfico 5 - Causas da evasão e porcentagens dos alunos evadidos do curso de Engenharia Elétrica, entre 2010 a 2013
Fonte: UTFPR/Câmpus Medianeira, 2014.
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Todos os gráficos apresentados não se distinguem em relação ao maior ponto
de evasão dos cursos de engenharia. Simplesmente as dificuldades em disciplinas de
ciências exatas são as maiores causas de desistência dos cursos de engenharia.
O professor doutor da USP, Fernando Micali, explica por que evasão é grande
nos cursos de engenharia. Segundo ele, “é preciso falar a linguagem das novas
gerações’’. O professor critica o sistema das escolas em aprovação e reprovação,
nesta pauta ele pergunta - “Se há demanda, onde está o problema: no aluno ou na
escola? ”.
Segundo o especialista, que atualmente se dedica ao desenvolvimento de
softwares para ajudar na retenção dos alunos por parte das escolas, o primeiro passo é
entender para quem se está ensinando. “A geração atual tem o seguinte perfil: não
utiliza manual, prefere a tentativa e erro; tem dificuldade em planejar, prefere o
improviso; é multiprocessada e totalmente familiarizada com a tecnologia; tem
necessidade de ter voz ativa e repudia o autoritarismo. Quem não perceber isso, não
obtém o diálogo. Então, o grande desafio, hoje, é estabelecer uma comunicação para
essas inteligências múltiplas. Caso contrário, como escreveu Rubem Alves, em seu
livro Histórias de quem gosta de ensinar, o professor estará agindo como um Gepetto
ao contrário: transformando gente em boneco de madeira”, diz Fernando Micali.
1.5.1 MEC e universidades estudam planos para combater evasão (artigo
publicado pela editora IG educação)
Independentemente do tipo de universidade, os números são considerados altos
pela pasta. Em 2010, último dado do MEC, o índice nas públicas era de 13,2%. Nas
privadas, 15,6%.
Uma das medidas, consideradas das mais importantes, é oferecer apoio aos
estudantes no início dos cursos. Mais do que simples decepção com a carreira
escolhida, a falta de condições – financeiras ou acadêmicas – para acompanhar o ritmo
das aulas leva os universitários a desistirem do ensino superior.
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“As causas são múltiplas. O importante é não deixar que um aluno pare de
estudar por falta de condições. Precisamos ampliar a assistência e também criar
programas de monitoria, especialmente no primeiro ano, quando muitos têm
dificuldades nas disciplinas básicas”, afirma o ex-secretário de Educação Superior, Luiz
Cláudio Costa, que recém assumiu a presidência do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais (Inep).
Na Universidade de Brasília (UnB), o acordo feito com o MEC para garantir a
expansão da instituição pelo Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais
(Reuni) incluiu a realização de um estudo minucioso sobre evasão. O pacto
estabelecido com o ministério é ousado, como ressalta a diretora de Acompanhamento
e Integração Acadêmica, Cláudia Garcia. Até 2017, a taxa de conclusão de cursos tem
de chegar a 90%.
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BIBLIOGRAFIA
CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPE. 4.ed. 1996. Recife. Anais eletrônico.
Recife: UFPE, 1996. em: < https://www.ufpe.br/propesq/images/conic/2011/ANAIS.swf >.
Acesso em 11 nov 15.
ARTIGO SOBRE ENGENHEIROS RECEM FORMADOS, PROVA DE ORDEM,<
http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/119/artigo287424-1.aspx, > acesso 18 out 15.
ARTIGO SOBRE CRISE ECONÔMICA BRASILEIRA,
<http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/negocios/crise-
economica-brasileira-tambem-ja-atinge-empresas-de-arquitetura-e-347868-1.aspx > ACESSO
19 out 15.
TONHON, R. F, Ensino Superior & Mercado de Trabalho Engenheiros no Brasil -
Engenheiro Metalurgista formado pela FEI<http://www.cimentoitambe.com.br/reter-alunos-de-
engenharia-e-mais-dificil-do-que-captar/> ACESSO EM 09 nov 15.
DISTRITO FEDERAL. Inep. Ministério da Educação e Cultura. Índice da Educação Brasileira. Brasilia, 2013.
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