Post on 14-Apr-2017
Resumo,Resenha e
Resenha crítica
Marco André Mendesmarcoandre@gmail.com
RESUMO
Resumo:
- Apresentação sintética e seletiva das ideias- Progressão e articulação das ideias- Principais ideias do autor no texto
Objetivo do resumo:
Dar uma visão rápida ao leitor, para que ele possa decidir sobre a conveniência da leitura
do texto inteiro.
Características do resumo:
- Redigido em linguagem objetiva- Sem repetição de frases inteiras do original- Respeita a ordem apresentada
- Não apresenta juízo de valor
Como elaborar um resumo:
- Compreenda as partes essenciais do texto- Responda: do que o texto trata? - Descubra o significado das palavras difíceis- Identifique o sentido de frases complexas- Estabeleça a progressão do texto - Verifique a correlação das partes do texto
RESENHA INFORMATIVA
Resenha informativa ou descritiva:
- apenas expõe o conteúdo do texto- o enfoque está na obra- não aprofunda a análise do texto- limita-se a narrar a estrutura do mesmo
RESENHA CRÍTICA
Texto de opinião que procura fazer uma avaliação elogiosa, construtiva ou
negativa de um objeto sociocultural.
Exemplos: show, DVD, filme, espetáculo, livro, palestra, pregação, etc.
Resenha crítica tem duas partes:
1- um pequeno resumo ou visão geral do autor do objeto avaliado. 2- uma crítica, com critério e impessoalidade
Resenha crítica:
- expõe o conteúdo - análise profunda do pensamento do autor- relação do conteúdo texto com a produção da área- explicita juízo de valor sobre a qualidade do objeto
Requisitos básicos:
a) Conhecimento completo da obrab) Competência na matériac) Capacidade de juízo de valord) Fidelidade ao pensamento do autor
Objetivo de uma resenha de texto
Elaborar comentários sobre um texto para publicação ou divulgação
Estrutura
1- Cabeçalho
a) dados bibliográficos completos da obrab) informações técnicas da obra: - Título - autor ou diretor - editora e cidade - filme: duração - livro: número de páginas
Estrutura
2- Introdução
- Exposição sintética do conteúdo do texto- Apresentação de sua estrutura
Estrutura
3- Desenvolvimento
- Análise temática- Apresenta ideias principais, argumentos
Estrutura
4- Conclusão
- Comentário sobre o texto- Faz-se uma avaliação da obra
Aspectos a serem analisados:
a) Qual a contribuição da obra para a área?b) Qual sua coerência interna?c) Qual a originalidade do texto? d) Qual o alcance do texto?e) Qual a relevância do texto? f) A conclusão está apoiada em argumentos ou fatos?
Indicações do Resenhista
a) A quem é dirigida a obra? b) Exige conhecimento mais aprofundado do assunto? c) A linguagem é acessível?
EXERCITANDO
1001 discos para ouvir antes de morrer
Livro compensa pela ampla seleção, que vai do glam ao synth-pop
O nome do livro não é dos mais surpreendentes. 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer, catatau de 960 páginas,
entra na esteira de publicações que elegem os melhores filmes para assistir e lugares para conhecer antes de bater as botas.
Apesar do nome inspirar certa desconfiança, a proposta é honesta:
reunir 90 críticos e jornalistas musicais para peneirar os lançamentos essenciais da
música nos últimos 50 anos.
O livro foi lançado no Brasil pela Sextante, em tradução para o português de Portugal, e
tem edição geral de Robert Dimery.
O tratamento gráfico é vistoso, bem caprichado. A capa é ilustrada
com uma foto de Sid Vicious - ex-baixista dos Sex Pistols - em um de seus arroubos de estrelismo, e as
páginas internas são recheadas por imagens de discos e de artistas
fazendo poses.
A divisão do livro é feita por décadas, e cada início de capítulo traz pequenas pílulas de
contextualização história, informando alguns dos principais acontecimentos daqueles
anos.
Assim como toda lista de melhores filmes sempre trará Cidadão Kane no topo, espere muitas obviedades, como uma overdose
de Beatles, Radiohead e a presença de brasileiros como Caetano Veloso e Mutantes.
Mas num geral, a coletânea é coerente e equilibrada, lembrando o trabalho de gente
como o Einsturzende Neubaten e Missy Elliot, por exemplo.
Baseado em fatos reais, O Pianista, filme escrito e dirigido pelo cineasta Roman
Polanski, narra a história de um pianista polonês judeu que, contando com a sorte, por meio de uma série de coincidências e
com muita obstinação, consegue sobreviver ao massacre de seu povo pelos alemães, nos guetos e nas ruas de Varsóvia, durante a 2ª
Grande Guerra.
O que faz dessa película especial está na abordagem peculiar de situar a crueldade de determinadas cenas. Momentos em que a condição de
violência e humilhação a qual o povo judeu fora submetido. Retratada de
forma tão direta e crua.
Tamanha crueldade filmada por Polanski parece não está em um
contexto cinematográfico. Como se não tivesse sido preparada. A cena é seca,
surpreendente, naturalizada, sem propósito, conforme o fora concebida e
implementada pelos nazistas.
Em um primeiro momento, a abordagem coletiva, engloba o drama geral para a
população de judeus; nos dois terços finais, o diretor desloca o centro para um drama individual, em que se assiste abismado um
ser humano se tornar um farrapo, representado pelo ator Adrien Brody. O personagem busca sobreviver àquela
insensata perseguição.
Entretanto, o personagem central assume uma posição dúbia: mesmo indignado, abandona lutas coletivas de
resistência. Tenta sua saída e de sua família, no entanto os seus morrem nos campos de
concentração.
Não há como culpar as opções individuais em meio ao caos. Polanski não instaura um relativismo de isenção
absoluta. Deixa dúvidas sobre as possibilidades de julgar as opções subjetivas
em meio a tamanho conflito social.
O conflito entre a arte e a guerra surge de forma esplêndida. O pianista utiliza sua
notoriedade artística para estabelecer uma rede de solidariedades que o ajudaram
enquanto foi possível.
Há duas cenas centrais, no que se refere ao papel da arte: um momento em que o ator
protagonista toca imaginariamente um piano, já que deveria se manter em silêncio.
A segunda quando ao tocar piano para o oficial alemão, como se sua arte estivesse no último recôndito de dignidade. A arte, em
última instância, revela-se o baluarte da dignidade humana.
O ponto central na abordagem do diretor consiste no fato de que, mesmo com um
final esperado (o “herói” se salva). As questões que permeiam o filme não
encontram respostas lineares e fáceis, instando a sociedade a pensar nos caminhos possíveis para evitar os conflitos de guerra, que acabam por instaurar a irracionalidade,
tornar as pessoas não em humanos, mas em bichos em busca da sobrevivência.
Enfim, O Pianista, aborda a coragem de reler feridas já tão remexidas, com originalidade,
profundidade e veemência. Esse filme constitui um alerta e um épico de esperança para que a humanidade não se esqueça que
em uma guerra são pessoas comuns que perdem suas vidas. Humanos inocentes dos
ardis de poderosos e seus projetos de controle mundial.
TAREFAS
Fazer um resumo do texto:
O Paradigma: tornando-nos mais semelhantes a Cristo
John Stott
http://ultimato.com.br/sites/john-stott/2012/11/01/o-paradigma-tornando-
nos-mais-semelhantes-a-cristo/
Fazer um resenha crítica do filme:
Deus não está morto
https://www.youtube.com/watch?v=z6iEv0yEJL4