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31/07/2014 15h48 - Atualizado em 31/07/2014 16h36
G1 explica: o que são Israel e Palestina?Palestina era local da 'Terra Santa' onde viviam árabes no Império Otomano.Judeus migraram em massa para a região e criaram o Estado de Israel.Do G1, em São Paulo
ISRAALESTINOSIsrael é um estado judeu criado em 1948 na antiga região da Palestina, no Oriente Médio. A ocupação da área foi feita de forma gradual, a partir do primeiro encontro sionista (movimento internacional judeu), em 1897. Nele ficou definido que os judeus retornariam em massa à região da 'Terra Santa', em Jerusalém – de onde foram expulsos pelos romanos no século 3 d.C..
Começou então, no final do século 19 a migração judia para a Palestina,
nome dessa região. Porém, na área que então pertencia ao Império
Otomano, já viviam cerca de 500 mil árabes. À medida que a imigração de
judeus aumentava, foram surgindo os confrontos. No início da 1ª Guerra
Mundial, em 1914, já havia 60 mil judeus vivendo na Palestina.
Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo de imigrantes aumentou
drasticamente, porque milhões de judeus se dirigiam à região fugindo das
perseguições dos nazistas na Europa.
Após uma tentativa frustrada da ONU de resolver o confronto com a criação
de um Estado duplo (árabe e judeu), Israel declarou independência em 14
de maio de 1948. Neste ano, os judeus na Palestina já somavam 600 mil.
Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprova plano para partilha da Palestina, ou seja, a criação de Israel e de um Estado palestino. Até então, a região era uma colônia britânica. A partilha é rejeitada por árabes e palestinos, que prometem lutar contra a formação do Estado judaico.
REAÇÃO
Após a criação de Israel, em 1948, os exércitos do Egito, Jordânia, Síria e Líbano atacaram o país.
Em 1949, Israel vence a guerra árabe-israelense e expande suas fronteiras. Cisjordânia e
Jerusalém Oriental ficam com a Jordânia; Gaza, com o Egito.
1949: Expansão das fronteiras de Israel e avanço de países árabes sobre o restante do território palestino.
Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, a vitória de Israel mudaria o mapa da região. O Estado judeu
derrotou novamente Egito, Jordânia e Síria (estes apoiados por diversos estados árabes) e
conquistou, de uma só vez, Jerusalém Oriental, a Península do Sinai (Egito), as Colinas de Golan
(Síria), a Faixa de Gaza e toda a Cisjordânia – região de maioria árabe e reclamada pela Autoridade
Palestina e pela Jordânia. Entre as guerras envolvendo árabes e israelenses, a de 1967
acentuou as rivalidades por envolver territórios de outros países. A partir daí, Israel assumiu
uma política de colonização de Gaza e da Cisjordânia com judeus, por meio de assentamentos.
Desde então, a disputa pelo território – também considerado sagrado
pelos árabes – transformou a região em uma das mais tensas do Oriente
Médio. De um lado, Israel usa seu poderio militar para manter a ocupação.
Do outro, os palestinos tentam alcançar seu objetivo de criar um Estado
próprio.
Contrário as ocupações do imediato pós guerra, o Conselho de Segurança da ONU compôs a
resolução 242 (1967), que exigia a retirada imediata das áreas ocupadas e que Israel
retornasse às fronteiras pré-1967. Porém o governo israelense jamais cumpriu tal exigência e
nem por isso sofreu represálias
.
Guerra de Yom Kippur, 1973. Desobedecendo às determinações da ONU, que
exigia a devolução dos territórios, Israel manteve suas conquistas. Isso provocou, em 1973, a
Guerra do Yom Kippur (quarta guerra árabe-israelense) e a primeira crise do petróleo. Após a
morte do presidente egípcio Nasser, principal líder nacionalista árabe, em 1970, Anuar Sadat
subiu ao poder. Os esforços de seu governo centraram-se na recuperação dos territórios que
o Egito havia perdido para Israel em 1967. Para atingir esse objetivo, Egito e Síria planejaram
uma nova ofensiva armada, concretizada em 6 de outubro de 1973, dia em que os judeus
comemoravam o Dia do Perdão ou Yom Kippur. No início da Guerra do Yom Kippur, os árabes
estavam em vantagem, mas a imediata ajuda norte-americana mudou os rumos da guerra e
Israel manteve o domínio sobre as áreas ocupadas.
Por que Israel e palestinos estão em constante conflito?
Disputa pela 'Terra Santa' tem raízes históricas. Judeus migraram em massa e criaram Estado de Israel; palestinos
reagiram.IAEL x PALESTINOS1 explica conflito na Faixa de Gaza
Os confrontos entre judeus e palestinos têm origem na ocupação da antiga Palestina a partir do final do século 19. A região então pertencia ao Império Otomano e era habitada por 500 mil árabes.
Os judeus começaram a chegar após decisão do primeiro encontro sionista,
que estimulou a migração em massa para a região, onde deveria ser criado
o Estado de Israel – o que aconteceu em 14 de maio de 1948, quando ali já
viviam 600 mil judeus. Antes disso, porém, os conflitos entre judeus e
árabes já haviam começado e se intensificado à medida que a imigração
judia aumentava.
Em 1947, a ONU tentou acabar com a tensão propondo que o território
fosse dividido em dois, com a criação de um Estado judeu e outro árabe.
Jerusalém seria um "enclave internacional". Os árabes recusaram a
proposta. Nos anos seguintes à declaração unilateral de independência de
Israel houve uma sequência de guerras contra o Estado judeu, que sempre
saiu vencedor.
A Guerra dos Seis Dias, em 1967, mudaria o mapa da região. Israel derrotou
Egito, Jordânia e Síria e conquistou, de uma só vez, Jerusalém Oriental, as
Colinas de Golan e toda a Cisjordânia – região de maioria árabe e reclamada
pela Autoridade Palestina e pela Jordânia.
Jovem palestino atira uma pedra contra soldados israelenses em confronto. (Foto: Abbas Momani/AFP)
Os palestinos reagiram à tomada do território com as intifadas, quando
milhares de jovens saíram às ruas para protestar contra a ocupação
israelense – considerada ilegal pela ONU. Em 1987, na primeira intifada,
crianças que jogavam pedras nos tanques foram mortas por Israel,
provocando a indignação da comunidade internacional.
Porém, com o apoio dos Estados Unidos, Israel segue nos territórios
ocupados, ignorando a resolução da ONU que determina a desocupação das
regiões conquistadas na Guerra dos Seis Dias.
A postura de Israel de não deixar as áreas ocupadas, junto aos
atentados e boicotes por parte de palestinos, os quais não
reconhecem o Estado judeu, impedem que os conflitos terminem –
apesar de haver um processo de negociação de paz que já dura anos.
Em abril deste ano, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que conduz
o processo de paz na região, afirmou que as negociações entre Israel e
palestinos estavam em "momento crítico". "Podemos facilitar, podemos
estimular, podemos dar um pequeno empurrão, mas são as partes que
devem tomar as decisões fudamentais para chegar a um compromisso",
afirmou à época.
Em junho, com o assassinato de três jovens israelenses, a tensão chegou ao
seu ponto máximo e culminou no atual conflito na Faixa de Gaza – o terceiro
desde que o grupo islâmico Hamas assumiu o controle da região, em 2007.
Veículo armado israelense se posiciona na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza (Foto: Gil Cohen-Magen/AFP)
O que são sionismo, judaísmo e antissemitismo?O sionismo foi a principal força por trás da criação do Estado de Israel. O sucesso do movimento frustrou as aspirações nacionais palestinas. O sionismo foi a principal força por trás da criação do Estado de Israel. Idealizado e divulgado pelo jornalista e escritor austro-húngaro Theodor Herzl, esse movimento político defendia o direto dos judeus de terem sua pátria na região que a bíblia chamou de “Terra de Israel”. A teoria de Herzl – que presenciou o antissemitismo na Europa –
era de que, com a existência de um Estado próprio, os judeus poderiam ser fortes, algo "revolucionário" para um povo que tinha sofrido violentas perseguições durante séculos.
Foi no primeiro encontro sionista, realizado em 1897, que se definiu que os
judeus retornariam em massa à "Terra Santa", em Jerusalém – de onde
foram expulsos pelos romanos no século 3 d.C. e único lugar onde
consideravam que se sentiriam em casa.
Começou então a migração judia para a região da Palestina – na época
parte do Império Otomano e onde viviam 500 mil árabes. A ocupação
culminou na declaração de independência em 1948 e na criação do Estado
de Israel. Para os palestinos, o sucesso do sionismo significou a frustração
de suas aspirações nacionais e a vida sob ocupação em uma terra que eles
também consideram sagrada.
Prisioneiro judeu tem os cabelos cortados em campo de concentração nazista. (Foto: AFP)
Religião e ódio
O judaísmo é o nome dado à religião do povo judeu, considerada a mais
antiga entre as principais monoteístas. O hebraico é a língua litúrgica, e a
Torá o livro sagrado. Também há costumes alimentares e culturais
específicos.
O antissemitismo é um movimento extremista que prega o ódios aos
judeus. O movimento foi mais forte na Alemanha, onde durante anos foi
criado o sentimento de que os judeus eram os responsáveis pelos males
ocorridos no país. A ideologia teve seu ponto máximo no nazismo, que
defendia que os judeus eram moral e fisicamente inferiores aos arianos.
Durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), houve o extermínio de judeus
pelos nazistas, o que causou a migração de famílias judias para fora da
Europa. Grande parte delas foi para a Palestina, onde seria criado o Estado
de Israel em 1948.
Judeu ortodoxo reza no Muro das Lamentações, em Jerusalém. (Foto: Reuters)
Palestinos levantam bandeira próximo ao maior assentamento Judaico no subúrbio de Jerusalém.(Foto: Abbas Momani/AFP)
O que é o Hamas?Criado em 1987, grupo islâmico não reconhece Estado judeu.Em 2007, passou a controlar a Faixa de Gaza, território na costa de Israel.
O Hamas é considerado a maior organização islâmica nos territórios palestinos da atualidade. Um de seus criadores foi o xeque Ahmed Yassin, que pregava a destruição de Estado israelense. Seu nome é a sigla em árabe para Movimento de Resistência Islâmica. O grupo surgiu em 1987, após a primeira intifada (revolta popular palestina) contra a ocupação israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Além da faceta militar – com as brigadas Al-Qassam – o grupo que
controla Gaza também é um partido político. Em sua carta de
fundação, o Hamas estabelece dois objetivos: promover a luta armada
contra Israel e realizar programas de bem-estar social.
Em 2006, o grupo islâmico venceu as eleições parlamentares palestinas,
fato não reconhecido pelo opositor Fatah – partido nacionalista fundado em
1959 pelo líder palestino Yasser Arafat e que concorda com a criação de
dois Estados (Israel e Palestina) para a solução do conflito.
Ocorreu, então, o racha dentro da Autoridade Nacional Palestina, após anos
de confrontos internos. A divisão fez com que o Hamas passasse a controlar
a Faixa de Gaza, a partir de 2007, e o Fatah ficasse com o comando da
Cisjordânia.
Israel e Hamas não dialogam – o Estado judeu considera o grupo terrorista.
O Hamas é parte de uma vertente política do Islã que, com as Revoltas
Árabes, está sendo combatida em toda a região – primeiro no Egito (com a
saída da Irmandade Muçulmana), mas também em países do Golfo. Até seu
aliado Irã deixou de apoiá-lo. Por sua longa história de ataques e sua recusa
em renunciar à violência, o Hamas é considerado uma organização
terrorista também pelos Estados Unidos, União Europeia, Canadá e Japão.
Mas para seus apoiadores, como Qatar e Turquia, o Hamas é visto como um
movimento de resistência legítimo. O grupo islâmico não aceita as
condições propostas pela comunidade internacional para ser um ator global
legítimo: reconhecer Israel, aceitar os acordos anteriores e renunciar à
violência.
Integrantes do Hamas tomam o escritório do presidente palestino Mahmoud Abbas, em 2007 (Foto: AP)
Por que há tensão na Faixa de Gaza?Israel impõe duros bloqueios à região controlada pelo Hamas.Grupo islâmico é inimigo declarado do Estado judeu. Com o controle da Faixa de Gaza desde a Guerra dos Seis Dias (1967), Israel entregou o território aos palestinos em 2005, retirando dali suas tropas e cerca de 7 mil colonos. Um ano depois, o grupo militante islâmico Hamas venceu as eleições legislativas palestinas – resultado contestado pelo seu opositor, o Fatah, liderado pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Ao fim da disputa interna, ficou decidido que o Hamas teria o controle da Faixa de Gaza, e o Fatah, da Cisjordânia.
Em 2007, o Hamas assumiu a região, causando reação imediata de Israel,
que impôs um bloqueio à Faixa de Gaza, restringindo a circulação de
mercadorias e de pessoas. A medida se deve ao fato do Hamas ser inimigo
declarado de Israel, que vê a organização islâmica como grupo terrorista
que se recusa a deixar as armas. Para os palestinos que vivem em Gaza, a
situação dos bloqueios israelenses é insustentável. Por isso, até mesmo
para aqueles que não apoiam o Hamas, o disparo de foguetes contra Israel,
que consideram o causador de seus tormentos, é uma resposta aceitável.
Israel, por sua vez, justifica a atual ofensiva militar em Gaza como a forma
mais eficaz de destruir os túneis que existem no território e por onde os
membros do Hamas tentariam se infiltrar no solo israelense.
O atual conflito em Gaza já é o terceiro entre o Hamas e Israel durante os
sete anos de domínio do grupo islâmico na região. Em quase um mês de
ataques, cerca de 1.300 palestinos foram mortos e outros 7.200 ficaram
feridos. Já Israel contabilizou 56 soldados mortos, entre 8 e 30 de julho.
Soldado de Israel faz oração na fronteira com Gaza; ao fundo, fumaça de Ataques. (Foto: Jack Guez/AFP)
Por que Israel e Hamas estão em conflito na Faixa de Gaza?Assassinato de três jovens israelenses foi estopim para ataques.Esse é o 3º conflito desde que Hamas assumiu o controle de Gaza.
A escalada de violência que começou em junho deste ano entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza é o terceiro conflito do tipo desde que o grupo islâmico passou a controlar a região, em 2007.
Desta vez, foi o sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses o
estopim para os novos confrontos. Eles desapareceram em 12 de junho, e
seus corpos foram encontrados com marcas de tiros no dia 30. Israel afirma
que o Hamas foi o responsável pelas mortes – e considera a organização
islâmica um grupo terrorista que não aceita se desarmar.
O Hamas não confirmou nem negou envolvimento nas mortes. Durante as
buscas pelos adolescentes na Cisjordânia, as forças israelenses prenderam
centenas de militantes do grupo islâmico. No dia seguinte à localização dos
corpos dos jovens israelenses, um adolescente palestino foi encontrado
morto em Jerusalém Oriental – a autópsia indicou que ele havia sido
queimado vivo. Israel prendeu seis judeus extremistas, e três deles
confessaram o crime – o que reforçou a tese de assassinato com motivação
política, gerando revolta e protestos na Faixa de Gaza.
A essa altura, Israel já respondia aos foguetes disparados por ativistas
palestinos de Gaza em direção ao país. Em 8 de julho, após intenso
bombardeio contra o sul de Israel, o Estado judeu passou para os ataques
aéreos contra Gaza. O Hamas respondeu com foguetes contra a capital Tel
Aviv, e as forças israelenses decidiram atacar também por terra.
Justificativas
Além das mortes dos adolescentes, Israel justifica seus ataques como
respostas aos foguetes disparados pelo Hamas em direção à Israel e uma
forma defesa. O Estado israelense afirma ainda que o grupo islâmico
esconde militantes e armas em residências da Faixa de Gaza e, por isso,
precisa bombardeá-las, mesmo que isso signifique a morte de civis. Essa
atitude tem refletivo de forma negativa na opinião pública interna e
internacional. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse
ainda que, com ou sem cessar-fogo na região, seu Exército irá completar a
"missão" de destruir os túneis que os militantes palestinos contruíram sob a
fronteira com o Estado judeu.
Do lado palestino, somado à morte do adolescente e às prisões de
integrantes do Hamas, está a insatisfação da população de Gaza, que
considera abusivo o controle de Israel na região. Por causa dos bloqueios, os
moradores dependem do Estado judeu para ter acesso a água, eletricidade,
meios de comunicação e dinheiro.
Estudantes israelenses sequestrados e mortos na Cisjordânia; Israel acusa o Hamas, que não nega nem assume a autoria dos crimes. (Foto: Reuters)
Quem apoia quem no atual conflito na Faixa de Gaza, no contexto do Oriente Médio, e do Ocidente?Ao Hamas resta apenas o apoio do Qatar e da Turquia.Estados Unidos tem em Israel seu principal aliado no Oriente Médio.
Antes da Primavera Árabe de 2011, o mundo muçulmano costumava se unir em bloco em defesa dos palestinos. Porém, com o fim dessa unidade, Qatar e Turquia são os únicos aliados que sobraram ao Hamas – grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza desde 2007. Uma das menores e mais ricas monarquias do mundo, o Qatar financia a construção de edifícios e estradas em Gaza. Além disso, fornece ao Hamas centenas de milhões de dólares por ano. A Turquia já foi aliada de Israel, mas o atual governo é favorável à linha militante do islamismo e se aproximou do Hamas.
Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Jordânia condenam tanto o Hamas
quanto Israel pela morte de civis em Gaza. Irã e Síria, que já apoiaram o
Hamas, romperam com o movimento palestino, pois ele favorece os
rebeldes que lutam contra o ditador sírio Bassar al-Assad.
No Ocidente, os Estados Unidos dizem que é preciso “entender” a
preocupação de Israel em destruir os túneis que o Hamas usa para se
infiltrar em território israelense. O governo americano reconhece Israel
como Estado independente e este, por sua vez, é o principal aliado dos
Estados Unidos no Oriente Médio. Com ajuda americana, Israel permanece
nas áreas ocupadas, desrespeitando resolução da ONU. Ao mesmo tempo,
as negociações de paz na região são tocadas pelo secretário de Estado
americano, John Kerry, com respaldo da União Europeia.
Os países europeus costumam apoiar Israel nos conflitos no Oriente Médio.
Entretanto, a péssima repercussão das muitas mortes de civis na ofensiva
atual fizeram com que as manifestações de apoio ficassem mais raras e
discretas.
Brasil
O Brasil reconhece a existência do Estado Palestino desde 2010. O
governo brasileiro qualificou de “inaceitável” a atual escalada de
violência na Faixa de Gaza e convocou seu embaixador em Israel “para
consulta” – medida diplomática excepcional e tomada quando o governo
quer demonstrar descontentamento e avalia que a situação no outro país é
de extrema gravidade.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro considerou
“desproporcional” o uso da força por Israel e pediu o fim dos ataques.
A reação israelense foi imediata e dura. O porta-voz do ministério das
Relações Exteriores, Yigal Palmor, disse que a decisão de chamar o
embaixador em Tel Aviv para consulta “não contribui para encorajar a
calma e a estabilidade na região”. Segundo o jornal “The Jerusalem Post”,
Palmor afirmou que a medida era “uma demonstração lamentável de como
o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão
diplomático”.
Em nota, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Luiz Alberto
Figueiredo, afirmou que, se existe algum “anão diplomático” o Brasil não é
um deles. “Somos um dos 11 países do mundo que têm relações
diplomáticas com todos os membros da ONU e temos histórico de
cooperação de paz e ações pela paz internacional”.
Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se cumprimentam após reunião; americanos são o principal aliado de Israel. (Foto: Larry Downing/Reuters)