Post on 03-Jul-2015
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SOLUCIONANDO ALGUNS PROBLEMAS CLÍNICOS COMUNS COM USO DE
RESINAS COMPOSTAS EM DENTES ANTERIORES:
Uma visão ampla
Ronaldo HIRATA
-Especialista em Dent. Rest. UFPR
-Mestre em Materiais Dentários PUC-RS
-Doutorando em Dent. Rest. UERJ
-Professor de Dent. Rest. UFPR
-Professor de materiais dentários Unicenp-PR
-Professor do Curso de Aperfeiçoamento em Odontologia Estética ABO-PR
JOÃO CARLOS GOMES
KATIA CERVANTE DIAS
RESUMO
Algumas dificuldades existentes na restauração de dentes anteriores se
referem a uma incorreta escolha de resinas com características ópticas favoráveis
e a sua utilização de espessuras inadequadas em regiões extremamente
específicas. Visto a existência de grande variedade de resinas e possibilidades
técnicas, o texto a seguir propõe uma seqüência clínica de abordagem de
reabilitação de dentes anteriores que poderá servir de base para restaurações
simples assim como facetamento com e sem preparo dentário.
Dentro das alternativas restauradoras para problemas estéticos individuais e
generalizados encontram-se as facetas, tanto diretas quanto indiretas. A escolha
pelo tipo de procedimento, assim como a necessidade de preparo dentário, irá
variar conforme a necessidade clínica e a intenção do procedimento.
Este artigo visa discutir as situações clínicas propícias ao facetamento,
comparando as técnicas diretas e indiretas, demonstrando os passos para
execução de ambos os procedimentos. Baseando-se em revisão de literatura e
demonstração de casos clínicos significativos, busca-se um análise crítica de
todas as formas de utilização de facetas.
INTRODUÇÃO
A face, entre as regiões do corpo, é a que mais identifica o ser com o
mundo. De certa forma, seria o espelho que reflete a essência do ser, tanto de
forma estática como dinâmica. Portanto, a procura da harmonia facial emana
simplesmente uma finalidade transcendente, que é a tentativa de integração da
face com o espírito e sendo o próprio reflexo do estado interior, da emoção com a
razão, visando estabelecer um equilíbrio interno que permita ao paciente
reencontrar-se, para que se sinta em harmonia com sua própria imagem e a
realidade que o cerca. Esta responsabilidade profissional deve existir naqueles
que se dispuserem a trabalhar no campo estético.
A busca da harmonia através da reabilitação do sorriso tinha, até hoje,
como preço técnicas complexas e uma considerável perda de estrutura dental.
O paciente e o profissional, hoje, questionam muito sobre a necessidade ou
não de se submeter a desgastes convencionais como uma coroa total ou outros
procedimentos protéticos mais invasivos.
Alertas mais significativos, de origem científica, mostram-nos que em
preparos dentários para prótese existe uma “morbidade dental associada”
(McLEAN, 1989), onde, por volta de 15% de dentes que chamamos vitais têm
sinais radiográficos de problemas periapicais após 10 anos, em média.
(BERGENHOLZT, 1984)
A introdução do ataque ácido ao esmalte por BUONOCORE, em 1955, e
das resinas compostas por BOWEN, no início dos anos 60, tornaram possíveis
soluções restauradoras extremamente conservadoras e reversíveis.
As facetas, por exigirem menor desgaste, requerem apenas uma leve
redução do esmalte vestibular ou em muitos casos, até, nenhum desgaste,
preservam maior quantidade de estrutura dental sadia e a saúde pulpar e
periodontal.
A busca constante da estética natural, juntamente com a evolução
continuada de técnicas adesivas avançadas e formulações poliméricas e
cerâmicas garantiu ao clínico e ao paciente a oportunidade para alcançar
resultados funcionais e estéticas a longo prazo.
Desde que respeitadas as suas limitações, principalmente com relação a
seleção do caso e a sensibilidade da técnica, as facetas são restaurações que
podem proporcionar ou devolver a harmonia do sorriso de forma excepcional.
O aumento da expectativa de vida juntamente com a diminuição do índice
de cáries fez surgir uma demanda para restaurações funcionais e estéticas a
longo prazo. Este trabalho visa contribuir, de alguma forma, com o intuito de
proporcionar a seu paciente uma solução restauradora adequada ao momento que
vivemos, objetivem diminuir dúvidas ou aumentar os conhecimentos a respeito das
técnicas de facetamento, um procedimento extremamente versátil na Odontologia
Restauradora atual.
A reprodução de características dos dentes naturais, mais especificamente
de cor e forma, sempre foi uma das intenções das técnicas e materiais
restauradores.
A partir do uso de micro-retenções mecânicas em estruturas dentais
preparadas com tratamento ácido, BUONOCORE (1955) e o surgimento de
resinas ditas compostas, uma evolução crescente foi presenciada nas
possibilidades clínicas destes materiais. Estas melhorias se apresentavam não só
no campo das características mecânicas como também nas ópticas (DIETSCHI &
DIETSCHI, 1996).
Uma seqüência lógica dispondo das diversas possibilidades de técnicas e
escolha do material restaurador é desejável principalmente como forma de tornar
mais predizível o processo de reconstrução dos dentes anteriores. Este trabalho
possui o objetivo claro de expor uma seqüência clínica de reconstrução de dentes
anteriores, que servirá como base para diversas situações de restauração de
dentes anteriores, descrevendo os materiais e variações técnicas, embasando o
texto em artigos existentes.
UNITERMOS
Resinas Compostas - Materiais
Dentários - Restauração Estética.
KEY-WORDS
Composite Resins - Dental
materials - Aesthetics Restoration.
COR EM RESINAS COMPOSTAS
O fenômeno físico cor, se refere ao comportamento de um corpo frente a
incidência da luz, logo, sem a luz não existem cores, sendo ela a fonte de todas as
cores (ISAAC NEWTON apud HEGENBARTH, 1992).
A cor poderia, simplificando, ser dividida em três dimensões como forma de
facilitar o entendimento do processo e assim possibilitar a aplicação e alguns
conceitos físicos com uso de resinas compostas. Segundo FORSIUS apud
SPROULL (1973) poderia dividir-se a cor em matiz, croma e valor.
Matiz se relaciona com a família de uma cor, ou seja, os grandes grupos de
cor, podendo se encaixar todas as faixas do arco íris, por exemplo. Obviamente se
faz presente o conceito de cores primárias e secundárias mas a discussão destes
aspectos não se faz tão fundamental neste momento. Matiz seria a primeira idéia,
simplificando, a mais genérica, ao se escolher uma cor qualquer. Um exemplo se
faria ao se escolher a cor de um carro para a compra; o primeiro pensamento que
se faz é o da família da cor, como por exemplo se escolher um carro verde.
Em resinas compostas, seguindo a escala universal da VITA (Vident),
utilizadas pela grande maioria das resinas, o matiz está representado pelas letras
A, B, C e D. Antigamente se utilizava uma outra disposição de escala, a qual é
baseada nas iniciais das palavras em inglês, como o antigo Herculite (Kerr) e o
Silux Plus (3M), que eram o U (Universal), Y (Yellow), B (Brown), G (Gray). A
tendência foi a de não mais se utilizar esta forma de classificação pois resultava
em menos possibilidades estéticas.
Seguindo, portanto, a VITA, o matiz A corresponderia ao marrom
(antigamente o universal) que representa a maioria dos pacientes. O matiz B
amarelo com um pouco de marrom, o C cinza com pequena quantidade de
marrom e o D rosa avermelhado com um pouco de marrom. Partindo do princípio
de que só poderiam corresponder a matizes verdadeiros as cores do arco-íris, o
cinza não representaria um matiz verdadeiro; a VITA lançou recentemente uma
escala corrigindo esta falha.
Os matizes, portanto, são descritos nas bisnagas de resinas compostas
sendo facilmente identificadas e se sabe que raramente o dente possui matiz real
rosa, correspondendo talvez a cerca de 5% dos casos, pois o matiz avermelhado
(rosa) é utilizado mais para modificação e caracterização de efeitos e
determinação de nuances. Raramente também, o dente possuirá matiz cinza,
ainda que não possa corresponder a um matiz verdadeiro, mas somente em
dentes com tratamento endodôntico ou que incorporaram pigmentos metálicos. A
maioria dos pacientes possuem matiz marrom (A), principalmente pacientes mais
morenos como os brasileiros e uma porção pouco menor matiz amarelo (B), numa
proporção de 8 para 2 (80% marrom e 20% amarelo). Percebe-se que o conceito
de matiz possui uma identificação simples, principalmente visualizando-se a
porção cervical.
O croma é definido como a saturação de um determinado matiz, ou o
quanto de pigmento foi incorporado a este matiz. Simplificando, seria o quão forte
ou fraca é uma determinada cor, sendo identificado em resinas compostas pela
numeração gradual, seguindo a escala VITA (Vident), de 1 a 4, possuindo
variações que podem abranger faixas até 6, 5 e 7; traduz-se em uma escala
gradual de saturação. Ao se escolher a cor de um carro e tendo sido definido
uma cor verde, o segundo aspecto a se escolher seria o tipo de verde ou o
“croma” ou “saturação”.
A escolha da saturação se dá pelo método comparativo, que representa a
forma inicial de aprendizagem, não existindo a necessidade do uso obrigatório de
escalas de cor visto que, muitas delas, se encontram alteradas. Utiliza-se
comumente a própria resina composta, em uma espessura de pelo menos 2 mm.,
polimerizando-se sobre a superfície dental, em área cervical, onde o matiz e
saturação se encontram mais definidos. Deve-se executar a polimerização da
resina visto que as microparticuladas tornam-se mais claras após o
endurecimento, ao contrário das híbridas que se tornam mais escuras. Antes da
visualização deve-se umedecer a superfície dental e a resina polimerizada.
Como regra geral, a saturação da área cervical se apresenta um tom mais
intenso que o terço médio (ocorre em cerca de 80% dos casos), mas se inicia a
escolha pela cervical, pois a visualização é mais pura.
O valor, ou brilho ou ainda luminosidade, representa a dimensão mais
dinâmica dos corpos, sendo conceituada como a quantidade de preto e branco em
um objeto, ou seja, a escala dos vários tons de cinza. Explica-se assim o porquê
da inexistência de um matiz verdadeiro cinza. Este fenômeno define a vitalidade
de um corpo, provocando sensações de profundidade ou aproximação; erros de
valor comumente resultam em restaurações esbranquiçadas ou acinzentadas (que
representam os erros mais comuns da clínica restauradora).
Em termos práticos, o valor se refere, em restaurações, à quantidade de
opacidade (mais branco) e translucidez (mais cinza), nas resinas compostas. O
maior problema se encontra no fato deste valor não estar discriminado nas
bisnagas dos materiais, o que nos obriga a conhecer o comportamento dinâmico
de cada marca e tipo de resina restauradora.
Basicamente, hoje erramos em clínica, na escolha incorreta das resinas
para lugares incorretos e em espessuras incorretas, que resultam em
restaurações esbranquiçadas ou acinzentadas. MUIA (1982), citou ainda a
existência de uma Quarta dimensão da cor, ou "maverick color", composta pelas
caracterizações dentinárias resultantes de processos dinâmicos internos de
resposta que acabaram por resultar em manchas diversas, espalhadas pelo corpo
da estrutura dentária.
AS RESINAS COMPOSTAS
Mecanicamente as resinas poderiam, de forma simplificada, ser divididas
em micropartículas e híbridas.
As resinas de micropartículas, com partículas de carga de
aproximadamente 0,04 micrômetros de diâmetro (sílica coloidal) e cerca de 50%
de concentração por peso, se caracterizam por serem extremamente políveis,
vítreas e estéticas mas, com a impropriedade quanto a sua fragilidade e pequena
resistência a fratura e desgaste em processo de fadiga. As marcas comerciais
mais comuns seriam Durafill VS (Kulzer), Silux Plus (3M), A 110 (3M) e Renamel
Microfill Cosmedent).
As resinas híbridas se caracterizam por possuírem uma maior quantidade
de carga, sendo pelo menos uma delas a sílica coloidal, chegando a uma
concentração de 70 a 90% (híbridas do tipo flow podem chegar a concentrações
menores), por peso. Comportam-se mecanicamente com mais eficiência, sendo
indicadas para situações de stress oclusal, mas pecam no quesito manutenção do
polimento superficial.
Sabemos porém, que resinas de micropartículas e híbridas podem se
comportar com características de opacidade e translucidez.
Deve-se agora dividir as resinas com relação ao comportamento óptico.
Resinas de micropartículas possuem cargas extremamente pequenas e em
baixa quantidade (VALENTINE, 1987), o que resulta em comportamento de
translucidez, pois os feixes de luz atravessam o corpo da resina entre as
partículas de carga pela matriz orgânica (Figura 1). Exemplos comerciais de
micropartículas convencionais são o Durafill VS (Kulzer), Silux Plus (3M). Resinas
de micropartículas podem também se comportar como corpos opacos, desde que
se incorporem pigmentos brancos como o dióxido de titânio, oferecendo assim
uma barreira para os feixes de luz (Figura 2). Exemplos comerciais destas resinas
são os opacos do Silux Plus (3M).
As híbridas podem se comportar como corpos parcialmente translúcidos
como o Charisma (Kulzer), Z-100 (3M), Z-250 (3M) e Tetric-ceram (Vivadent),
entre outros, sendo explicado pela forma extremamente regular das partículas e
tamanho reduzido. A maioria das resinas híbridas existentes no mercado
representam esta classe de compósitos (Figura 3).
Algumas resinas híbridas, no entanto, demonstram características de
opacidade relativa, justificada pela forma irregular de suas partículas mais
volumosas, e pelo próprio tamanho médio destas partículas, ligeiramente maiores
que a das híbridas translúcidas (Figura 4). Exemplos comerciais destas resinas
seriam o Herculite XRV dentina (Kerr), TPH Spectrum (Dentsply) e Renamel
Hybrid (Cosmedent). Sabe-se que, em essência, a dentina apresenta um aspecto
de opacidade, permitindo somente cerca de 30% de passagem de luz pelo corpo
em comparação ao esmalte que possibilita até 70% desta refração.
Como regra geral, segundo FAHL JR (1999) e BARATIERI (1995), resinas
translúcidas serviriam como um esmalte artificial e as resinas opacas como uma
dentina artificial; partindo-se deste princípio, deveríamos determinar a área de
aplicação de cada tipo de resina composta seguindo características de
comportamento mecânico e óptico, bem como a espessura destas camadas a fim
de potencializar o resultado estético e colocando em uso todas as possibilidades
oferecidas atualmente pelos compósitos (DIETSCHI, 1997; VANINI, 1996).
TABELA DE RESINAS CONFORME CARACTERÍSTICAS ÓPTICAS
Resinas Microparticuladas Convencionais
Translúcidas
• Durafill VS (Kulzer)
• A110 (3M)
• Renamel Microfill (Cosmedent)
Heliofill (Vigodent)
Resinas Microparticuladas Opacas
• Silux Plus opaco (3M)
• A110 dentina (3M)
Heliofill opacos (Heliofill)
Resinas Híbridas Translúcidas
• Z-100 e Z-250 (3M)
• Charisma (Kulzer)
• Tetric-Ceram (Vivadent)
• Glacier (SDI)
• Prodigy, Herculite XRV esmalte e Point 4 (Kerr)
Resinas Híbridas Opacas
• Herculite XRV dentina (Kerr)
• TPH Spectrum (Vivadent)
• Renamel Hybrid (Cosmedent)
Point 4 opacos (Kerr)
Esthet X opacos (Dentsply)
Amelogen (Ultradent)
QUAIS AS ALTERNATIVAS PARA FACETAMENTO DE DENTES
ANTERIORES?
INDICAÇÕES RELATIVAS
Várias são as alternativas de abordagem clínica dos problemas de forma,
posição e alinhamento, simetria e proporção, textura superficial e cor (HEYMANN,
1989). Percebe-se aqui que as facetas podem e são utilizadas para correções ou
leves arranjos harmônicos envolvendo quaisquer dos problemas citados, servindo
como um instrumento versátil de solução de alguns problemas comuns que
ocorrem de forma generalizada ou isolada.
A primeira e a mais simples técnica de facetamento não requer qualquer
espécie de preparo, exigindo simplesmente o condicionamento total do dente. A
resistência e retenção são providas pelos próprios procedimentos adesivos.
Representa a alternativa de escolha em casos em que não existe alterações de
cor profundas, ou dentes cujo posicionamento não exige correção por meio de
desgastes.
Essa técnica representa a base do recontorno cosmético por aposição de
resinas compostas, cujo objetivo principal é o reposicionamento dental, podendo-
se alterar qualquer das regras de HEYMANN já citadas.
FIG.1 e 2 Desgaste da guia canina, exigindo reconstrução pós-ortodôntica
FIG. 3 e 4 Confecção do antagonista em acrílico para dimensionar a quantidade
de aumento passível da guia
FIG. 5 Jateamento com óxido de alumínio (Danville Inc.)
FIG. 6 aplicação do sistema adesivo PQ1 (Ultradent)
FIG. 7 aplicação da resina de corpo A2o Amelogen (Ultradent)
FIG. 8 aplicação de gel hidrossolúvel sobre a restauração final
FIG. 9 guia reconstruída com o sistema Amelogen (Ultradent)
Aqueles casos em que já existe um comprometimento razoável da cor, com
escurecimento médio ou elevado e com tendência a cores frias (azuladas ou
acinzentadas) ou mesmo quentes, porém intensas (marrom e amarelo escuro), a
alternativa para facetamento invariavelmente exigirá um preparo do remanescente
dental, visando uma espessura e campo de trabalho para o profissional que
executará a faceta (o cirurgião-dentista ou o técnico em prótese). Outros casos
que exigirão preparo são dentes com extrema vestibularização, onde para o
correto alinhamento no arco, exige-se um desgaste da superfície vestibular.
Para os dentes escurecidos, o clareamento prévio sempre deve ser
ponderado.
Situações em que se nota problemas generalizados ou complexos, como
colapsos estéticos, com presença de dentes muitos restaurados ou fragmentados
do ponto de vista estético (muitas restaurações e manchas dispersas na
superfície), também são candidatos a facetas com preparo vestibular.
Dentro da premissa de necessidade de algum desgaste dentário, existem
alternativas quanto ao processo de execução propriamente dita da restauração.
Em dependência da escolha da técnica, se direta (realizada pelo próprio
profissional), ou indireta (executada pelo laboratório de prótese), existirão
modificações e diferentes característica de preparo dentário.
TÉCNICA DIRETA X TÉCNICA INDIRETA
As indicações atuais dos procedimentos adesivos são relativas, não existe
mais a possibilidade que ocorria com as técnicas e materiais mais antigos de
indicações e contra-indicações autoritárias e seguras. Hoje quem define a
indicação é o próprio profissional, em vista de cada situação clínica (que é
extremamente particular) e com base em conhecimentos científicos.
Dentro desta abordagem, o limite de indicações das facetas diretas e
indiretas será tênue e variável de caso a caso. Algumas diretrizes e aspectos
relevantes serão relacionados.
Facetas diretas possuem a grande vantagem de ser unicamente
dependente do profissional, um procedimento centralizado; o resultado será,
portanto, diretamente proporcional à técnica e ao conhecimento daquele que
estiver executando, uma faca de dois gumes. Isto permitirá alterações dinâmicas e
no momento da restauração, assim que se perceber problemas no ato da
restauração; o controle da cor e da forma pode ser potencializado.
Outra vantagem do processo direto é o custo do procedimento, que é
relativamente mais baixo do que aqueles que envolvem parte laboratorial. O
número de sessões para execução (sessão única) também mostra ser uma
vantagem importante, apesar desta ser relativamente longa.
A resistência e a estabilidade de cor (aspectos de durabilidade da faceta),
apesar de inferiores em relação às indiretas, são satisfatórias e dependerão do
caso em que as facetas foram indicadas e com foram executadas e ajustadas.
Tempo estimado de vida infelizmente não pode ser calculado devido ao caráter
multifatorial envolvido.
A principal vantagem da natureza da técnica indireta é a fabricação das
peças de forma extra-oral, otimizando os resultados estéticos e o detalhamento de
características e de acabamento.
Avaliações de adaptação marginal apontam para um melhor
acompanhamento de margens em peças laboratoriais posteriormente cimentadas,
em comparação à técnica direta. Fato explicado pela cimentação adesiva com
resinas específicas para este uso, oferecendo um eficiente vedamento marginal,
retenção e resistência à peça.
Casos clínicos em que problemas generalizados são observados, bem
como grande número de restaurações e manchamentos, alterações de forma
observado em vários dentes, são sérios candidatos ao facetamento indireto. Faz-
se exceção naqueles dentes sem alteração de cor, onde se planeja simplesmente
o recontorno cosmético sem preparo da face vestibular, sendo estes candidatos à
facetamento direto pela relação custo/benefício. Em situações isoladas, com a
presença de problemas localizados e isolados, referentes a alguns dentes, talvez
a técnica direta seja mais recomendada pela versatilidade e possibilidade de
reprodução mais fiel dos dentes vizinhos.
Na necessidade de reposição de guia anterior, provavelmente as facetas
indiretas sejam mais indicadas, pela maior resistência mecânica oferecida.
Lembra-se que um correto ajusto dos movimentos excursivos influenciam
diretamente a longevidade e preservação da área incisal.
As facetas diretas, e é uma característica variável de caso a caso, possuem
um caráter de desgaste mais conservador do que as indiretas. Este assunto pode
ser amplamente discutido, mas, como regra geral, os preparos para
procedimentos indiretos exigem um maior campo e desgaste dental.
PREPARO DENTÁRIO PARA FACETAS DIRETAS
Os preparos para facetas diretas são similares aos de procedimento
laboratorial, só não possuem envolvimento incisal, ou raramente requerem este
“englobamento”. Os princípios, portanto, citados para o preparo de facetas
servirão a ambas as técnicas, salientando-se apenas a discussão do aspecto
incisal.
Para LIM (1995), pacientes selecionados para facetas deveriam ter boa
higiene oral, tecido gengival saudável e nenhuma desarmonia oclusal.
Segundo NIXON (1995), pode-se usar a técnica de redução sistemática do
esmalte que permite ao profissional total controle quanto à profundidade dos
desgastes ou técnicas que usam instrumental específico para o preparo dos
dentes. A técnica ideal é aquela com a qual o profissional mais se adapta e
obtenha em seu uso os resultados esperados.
O autor ainda comentou sobre a maior facilidade de visualização do preparo
dental em esmalte se os dentes são preparados a seco: a cada 15 segundos um
spray ar/água é ativado para remover o pó dos cortes dentais e refrescar o dente.
A ausência da água introduz um controle muito maior, impedindo um preparo em
excesso. Caso seja exposta dentina, o spray ar/água deve ser ativado para manter
a saúde pulpar.
MEZZOMO (1994), considerou que os preparos para facetas indiretas
devem:
-Fornecer uma adequada dimensão e espaço para o material (a espessura ideal é
de 0,5mm.);
-Remover convexidades para criar uma via de inserção definida de acordo com o
envolvimento das superfícies. A melhor via de inserção é aquela que requer a
menor redução tecidual e mesmo assim satisfaça às demandas estéticas e
biológicas;
-fornecer espaço adequado para o mascaramento de manchas escuras e para o
agente cimentante;
-Permitir um perfeito assentamento da faceta em toda a extensão e um perfeito
ajuste das margens, através de uma linha de término do preparo definida;
-Facilitar a localização intra-sulcular quando a estética assim o exigir.
SEQÜÊNCIA DO PREPARO
-Execução de sulcos de orientação de profundidade (para facetas diretas)
Para controlar a profundidade do preparo dental vestibular, mantendo-o
primariamente em esmalte para garantir força de união e confiabilidade no
selamento marginal, são usados discos auto-limitantes de corte em profundidade:
0,3mm.; 0,5mm.; 0,7mm.(estes discos fazem parte do kit para laminados de
porcelana Brasseler).
Primeiramente, usa-se o disco de 0,3 mm. ou 0,5 mm. conforme a
profundidade desejada, no terço cervical do dente, preferivelmente a 3 mm. da
junção cemento-esmalte, de mesial a distal do dente.
Após, utiliza-se o disco de 0,5mm. ou 0,7 mm., conforme o caso no terço
médio e depois no terço incisal.
-Preparo gengivo-proximal (para facetas diretas e indiretas)
Para estabelecer a margem da faceta, prepara-se um chanfrado definido
(0,3 a 0,5 mm. de profundidade), 0,5 mm., utilizando-se uma ponta diamantada
tronco-cônica longa de grana média ou fina. Pontas esféricas podem ser utilizadas
para delimitar este término inicialmente.
A redução da face vestibular é realizada após terem sido feitos os sulcos de
orientação e o chanfro gengival com uma broca tronco-cônica de ponta
arredondada. Deve-se evitar uma redução excessiva ou uma reduçào escassa,
preparando apenas até que os cortes de orientação desapareçam. Todos os
ângulos vestibulares devem ser arredondados e polidos, especialmente o ângulo
incisal, quando sobreposto. Esse ângulos criam zonas potenciais de stress, que
tornam a porcelana mais suscetível à fratura.
A face, entre as regiões do corpo, é a que mais identifica o ser com o
mundo. De certa forma, seria o espelho que reflete a essência do ser, tanto de
forma estática como dinâmica. Portanto, a procura da harmonia facial emana
simplesmente uma finalidade transcendente, que é a tentativa de integração da
face com o espírito e sendo o próprio reflexo do estado interior, da emoção com a
razão, visando estabelecer um equilíbrio interno que permita ao paciente
reencontrar-se, para que se sinta em harmonia com sua própria imagem e a
realidade que o cerca. Esta responsabilidade profissional deve existir naqueles
que se dispuserem a trabalhar no campo estético.
A busca da harmonia através da reabilitação do sorriso tinha, até hoje,
como preço técnicas complexas e uma considerável perda de estrutura dental.
O paciente e o profissional, hoje, questionam muito sobre a necessidade ou
não de se submeter a desgastes convencionais como uma coroa total ou outros
procedimentos protéticos mais invasivos.
Alertas mais significativos, de origem científica, mostram-nos que em
preparos dentários para prótese existe uma “morbidade dental associada”
(McLEAN, 1989), onde, por volta de 15% de dentes que chamamos vitais têm
sinais radiográficos de problemas periapicais após 10 anos, em média.
(BERGENHOLZT, 1984)
A introdução do ataque ácido ao esmalte por BUONOCORE, em 1955, e
das resinas compostas por BOWEN, no início dos anos 60, tornaram possíveis
soluções restauradoras extremamente conservadoras e reversíveis.
As facetas, por exigirem menor desgaste, requerem apenas uma leve
redução do esmalte vestibular ou em muitos casos, até, nenhum desgaste,
preservam maior quantidade de estrutura dental sadia e a saúde pulpar e
periodontal.
A busca constante da estética natural, juntamente com a evolução
continuada de técnicas adesivas avançadas e formulações poliméricas e
cerâmicas garantiu ao clínico e ao paciente a oportunidade para alcançar
resultados funcionais e estéticas a longo prazo.
Desde que respeitadas as suas limitações, principalmente com relação a
seleção do caso e a sensibilidade da técnica, as facetas são restaurações que
podem proporcionar ou devolver a harmonia do sorriso de forma excepcional.
O aumento da expectativa de vida juntamente com a diminuição do índice
de cáries fez surgir uma demanda para restaurações funcionais e estéticas a
longo prazo. Este trabalho visa contribuir, de alguma forma, com o intuito de
proporcionar a seu paciente uma solução restauradora adequada ao momento que
vivemos, objetivem diminuir dúvidas ou aumentar os conhecimentos a respeito das
técnicas de facetamento, um procedimento extremamente versátil na Odontologia
Restauradora atual.determinar a extensão do preparo palatino é a oclusão do
paciente. Devemos sempre evitar que os contatos cêntricos se localizem na
interface dente-restauração.
Normalmente, faz-se um desgaste de 1,0mm., um desgate palatino também
de 1,0mm. em 45 graus e um chanfrado palatino de 0,5m.
FIG. 10 e 11 Facetamento com envolvimento incisal em 45 graus. Uso de
porcelana a base de fluorapatita IPS Design (TPD. Marcelo Vieira)
EXECUÇÃO DAS FACETAS DIRETAS
O planejamento restaurador das facetas diretas está em dependência da
finalidade das mesmas. Se o facetamento estiver sendo executado sem a
necessidade de recuperação de cor, em algumas situações o preparo dentário
será dispensado.
Trabalha-se, para estes casos, simplesmente os outros aspectos
normativos da harmonia dental , como textura, forma e posição, simetria e
proporação. Nestes casos, e será uma regra geral, o uso somente de resinas
translúcidas será suficiente, como o Durafill VS (Kulzer), desde que não se altere o
comprimento do dente. Se esta alteração for necessária, o uso de algumas resinas
híbridas com características transparente-esbranquiçadas serão necessárias em
região de borda incisal, como, por exemplo, o XL1 (Point 4/Kerr) ou WE (Esthet
X/Dentsply).
FIG. 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 18: Transformação de caninos em lateral. Necessita-
se somente de um desgaste visando diminuição do volume em vestibular e em
perfil de emergência, seguido do uso somente de resinas híbridas para área
incisal e microparticuladas em vestibular.
Existindo a problemática de escurecimento dental, o preparo se fará
fundamental e o uso das resinas restauradoras será consideravelmente mais difícil
e sensível. Um grau de escurecimento deve ser estabelecido, bem como as
tonalidades do manchamento.
Como forma de simplificar esta apresentação, definiremos dois tipo de
manchamento, suave e severo. Aqueles dentes que apresentarem tonalidades
frias (Acinzentados ou azulados) deverão ser encarados como severos, mesmo
que não tão intensos. Manchamentos em tons quentes (Marrom ou amarelo
escuros) além de responderem melhor ao clareamento, oferecem mais facilidade
para o facetamento.
Um manchamento suave exige preparos mais suaves, e um exemplo de
técnica restauradora seria o uso, com primeira camada, de resinas
microparticuladas opacas (Durafill opacos/Kulzer), e como última camada
micropartículas convencionais (Durafill VS/Kulzer; Renamel Microfill/cosmedent).
Outra alternativa seria o uso de resinas híbridas naturalmente opacas (Point 4
opacos/Kerr, Esthet X opacos/Dentsply; Amelogen O/Ultradent) como camada
inicial e micropartícula convencional mais superficialmente.
FIG. 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29 e 30: Remoção superficial de
manchamento e defeito de formação, com uso do sistema Point 4 (Kerr) utilizando
resinas opacas em corpo (Point4 A3 opaco); incisais (Point 4 T2 e XL1) e
transparentes (Point 4 T1).
Na existência de manchamentos mais severos, uma técnica coerente e
racional deve ser aplicada. Após o preparo, que usualmente é mais agressivo
nestes casos, a primeira camada utilizada deve ter o objetivo fundamental de
bloqueio do escurecimento do preparo, sendo então utilizado normalmente o
facetamento em quatro passos: inicialmente uma fina camada de um opacificador
líquido deve ser pincelado (Kolor+plus opaquers/Kerr, creative colors
opaquers/Cosmedent). O segundo passo é a aplicação de uma resina híbrida de
alta opacidade (Point 4 opacos/Kerr, Esthet X opacos/Dentsply) de forma
homogênea. A terceira camada camada deve estabelecer o grau de cromatização
do dente (saturação), e ao mesmo tempo opacificar mais a faceta; pode-se utilizar
a série opaca da Durafill (Kuzer).
O momento ideal para a utilização de corantes modificadores é antes da
última camada, e cores como vermelho e ocre (Cervical), Violeta (terço médio),
cinza e azul (terço incisal), branco (cristas) podem ser utilizados.
Como última camada utilizaria-se enfim uma resina com grande quantidade
de translucidez, oferecendo profundidade e vitalidade à faceta, como as resinas de
micropartícula Durafill VS (Kulzer).
FIG. 31, 32 e 33 Faceta direta em incisivo central utilizando a técnica de quatro
passos.
O uso de corretas espátulas e, principalmente, bons pincéis para a
manipulação das camadas é fundamental. Este aprendizado deve ser buscado,
influenciando completamente o resultado estético final.
Uma seqüência excelente de acabamento e polimento será abordada a
seguir, sendo extremamente particular, mas esperando que seja de alguma ajuda
aos clínicos.
ACABAMENTO
1- Uso de lâmina 12 de bisturi para excessos grosseiros, principalmente cervicais.
2- Discos devem ser utilizados para acabamento de contorno dental, não como
seqüência de polimento. Os discos recomendados aqui seriam a série vermelha
ou laranja escuro do Sof-Lex Pop-on XT (3M).
3-Utiliza-se pontas diamantadas para acabamento, de forma suave para leves
acabamentos.
4- Uso da borracha mais grossa do sistema utilizado para acabamento e
polimento. Os sistemas mais interessantes são Politips/Vivadent (Cinza e verde) e
Flexi-cups / Cosmedent (azul e rosa). No primeiro sistema seria o cinza; no
segundo, a borracha a ser utilizada seria o azul.
POLIMENTO
1- Uso da borracha mais fina do sistema de borrachas escolhido. Verde se a
escolha for as pontas Vivadent e rosa se for os flexi-cups.
2- Utiliza-se as pastas de óxido de alumínio como o Enamelize (Cosmedent) em
discos para polimento final (Flexi-Buff/Cosmedent ou super-snapp buff
disk/Shofu)
exemplo, fios com ou sem substâncias químicas, que teriam a função de
agir como vasoconstritor ou adstringente. Deve-se escolher se entre a moldagem
com o fio em posição ou com a remoção do mesmo; pela nossa experiência, o
procedimento realizado com o fio bem posicionado é mais favorável na definição
dos bordos da moldagem.
FIG. 34, 35 e 36 Caso de transformação de caninos em lateral mostrando a
utilização de fio retrator (Ultrapak 000/Ultradent) e adstringente
(Viscostat/Ultradent) também em procedimentos diretos.
FIG. 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43 e 44 Facetamento em empress II (TPD. Murilo
Calgaro). Note a adaptação cervical e correto selamento marginal após 3 meses
da cimentação.
FIG. 45, 46 e 47 Facetas em empress II (TPD. Murilo Calgaro) em incisivos
centrais. A cerâmica empress oferece um excelente padrão de condicionamento
exigindo um menor tempo de condicionamento com ácido fluorídrico (20
segundos).
CONCLUSÃO
Um reconhecimento das necessidades individuais dos pacientes, assim
como das ansiedades relacionadas a cada caso é a parte do tratamento estético
mais negligenciada pelos profissionais; uma atenção e cuidado devem ser
voltados à estas particularidades.
Diferentes tipos de tratamento são aplicados em a situações diversas, e,
com o uso de facetas, diferentes técnicas e materiais podem ser utilizados, sendo
fundamental a distinção das características positivas e negativas de cada uma,
para corretamente indicá-las.
O conhecimento das particularidades de técnicas e materiais são premissas
de um tratamento com sucesso, para se partir, posteriormente, para o domínio da
técnica propriamente dito.
A odontologia restauradora oferece, com os procedimentos de facetamento,
a possibilidade de resolução de problemas individuais e generalizados, desde que
o profissional saiba utilizar os conhecimentos com sabedoria, e não somente com
experiência. O caminho da sabedoria se fará com erros e sucessos; o equilíbrio
definirá o crescimento individual.
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