Resíduos industrias

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Reciclagem de Resíduos IndustriasEngenharia Ambiental

Professor: Carlos MaurícioGrupo: Caroline Gomes de Oliveira

Giulio Rodrigues Altoé Thaís Mardegan Louzada

IntroduçãoAs sociedades desenvolvidas precisam

da indústria para produzir energia e bens que mantenham seu estilo de vida.

Exemplos◦ Alimentos◦ Mineração◦ Produção petroquímica e de plásticos◦ Metais e produtos químicos◦ Papel e celulose◦ Manufatura de bens de consumo

Resíduo: Entende-se como resíduos industriais aqueles provenientes dos processos industriais, na forma sólida, líquida ou gasosa ou combinação dessas, e que por suas características físicas, químicas ou microbiológicas não se assemelham aos resíduos domésticos. (NR 25)

Com o aumento do consumo, a indústria se desenvolve e produz mais, gerando cada vez mais resíduos. Os efluentes industriais são uma das grandes questões ambientais da atualidade.

Os principais objetivos do reaproveitamento de resíduos são:◦Aproveitamento energético◦Redução do uso de energia e água◦Diminuição de custos◦Redução do impacto ambiental

LegislaçãoO resíduo industrial é um dos

principais responsáveis pelas agressões fatais ao meio ambiente.

Por este motivo é necessário um controle rigoroso de seu descarte e destinação.

A regulamentação é feita pela NR 25 e por legislação específica do CONAMA.

As principais determinações são:◦As empresas devem buscar a

redução de resíduos;◦O descarte e a destinação dos

resíduos é de interira responsabilidade da empresa que o produz;

◦É proibido descartar qualquer tipo de resíduo potencialmente perigoso diretamente no meio ambiente;

◦A empresa que desrespeitar as determinações estará sujeita às legislações pertinentes em nível federal, estadual e municipal.

Classificação de ResíduosDe maneira mais geral os

resíduos industriais podem ser classificados em:◦Sólidos ou Semi-sólidos◦Líquidos ◦Gasosos

De forma mais específica os resíduos podem ser classificados em:

Classe I - PerigososResíduos que apresentam uma ou mais

dasseguintes características:◦Inflamabilidade◦Corrosividade◦Reatividade◦Toxicidade◦PatogenicidadeEx.: Óleos lubrificantes, lodos de

galvanoplastia, baterias, etc.

Origem dos Resíduos Perigosos

Fonte: AGMA, 2001.

Classe II - Não Perigosos

◦Classe II - A (Não inertes)Apresentam propriedades tais como:• Combustibilidade• Biodegradabilidade• Solubilidade em Água

Ex.: Materiais orgânicos da indústria alimentícia, fiação elétrica, lamas de sistemas de tratamento de água, etc.

◦Classe II - B (Inertes)Quaisquer resíduos que em contato

com a água não sejam solubilizados acima de níveis aceitáveis, de acordo com a norma NBR 10.0004

Ex.: Serragem, entulhos de demolições, sucatas de ferro e aço, plásticos, tijolos, etc.

Como classificar os resíduos?

Quantidade de Resíduos Processada

Perigosos X Não perigosos

Fonte: Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos, 2008.

Quantidade de Resíduos Industriais Recolhidos nos

Municípios Por Região

Fonte: IBGE, 2010

Armazenamento de Resíduos

Os resíduos industrias, independente de sua classificação, devem ser armazenados em local adequado autorizado pelo órgão de controle ambiental, enquanto esperam uma destinação final.

Transporte de ResíduosO transporte deve ser feito por

meio de equipamento adequado de forma que não haja vazamentos ou derramamentos do resíduo.

Transporte interno X Transporte externo

Reciclagem X Reaproveitamento

Reciclagem e reaproveitamento são conceitos diferentes.

Reciclagem: transformação de materiais que podem voltar ao estado original e ser transformado novamente em um produto igual em todas as suas características.

Reaproveitamento: uso de materiais beneficiados (resíduos) como matéria-prima para um novo produto.

Métodos de Reaproveitamento de Resíduos Industriais

Existem inúmeras maneiras de reaproveitar os resíduos dos processos industriais. O reaproveitamento é feito segundo alguns critérios:◦Tipo◦Origem◦Porcentagem de produtos

recuperáveis◦Potencial de efeitos deletérios

Reutilização dos Subprodutos da Indústria Açucareira

Os subprodutos que podem ser reutilizados são:

Bagaço◦46% de fibra; 50% de umidade.◦280kg/tonelada de cana processada.

Torta de filtro◦75% de umidade ◦20 - 40kg/ tonelada de cana processada

Melaço◦praticamente só açúcares◦40-60Kg/tonelada de cana processada

Usos do bagaço:◦Queima em caldeira com o objetivo

de fornecer energia para o processo de fabricação do açúcar.

◦Produção de celulose (100% de aproveitamento do bagaço)

◦Alimentação de gado confinado

◦Aplicação em compósitos para indústria automotiva

Usos da torta de filtro◦É utilizada como fertilizante no

plantio da própria cana nas regiões Sul e Sudeste por conter alto teor de umidade e fósforo.

Torta de filtro Aplicação de torta de filtro no sulco de plantio.Fonte: União dos Produtores de Bioenergia.

Tabela 2. Composição química aproximada de 100gramas de torta de filtro.

Fonte: Paranhos (1987) e Vitti et al. (2006) adaptado pelo autor.

Usos do melaço◦Utilização do melaço desidratado

para alimentação de animais (boa fonte de energia, carboidratos e proteínas)

◦Produção de biopolímeros (curativos, fios cirúrgicos, próteses cardíacas)

◦Produção de álcool etílico

Massa de melaço de cana-de-açúcar.

Reaproveitamento de Resíduos Não Perigosos da Indústria TêxtilA indústria têxtil tem um dos

processos que mais gera poluentesSeus resíduos podem ser perigosos

ou não-perigosos

Resíduos perigosos Resíduos não perigosos

Resíduos não perigosos◦Basicamente sobra de matérias-

primas (tecidos), retalhos, aparas e peças rejeitadas no controle de qualidade.

Resíduos perigosos◦Resíduos citados acima quando

contaminados com óleo de máquina;◦Agentes para preservação do tecidos

(ex.: pentaclorofenol)◦Efluentes dos processos de

tingimento e acabamento (corantes, fosfatos, metais pesados e agentes de complexação)

◦Lodos

Uso dos resíduos não perigosos em caldeiras

◦Objetivo: reaproveitamento energético;

◦Método aplicado em caldeiras que usam óleo combustível ou biomassa e cuja fornalha opere com excesso de ar suficiente para combustão dos resíduos à temperatura mínima de 750ºC;

◦Resíduos passíveis de reaproveitamento

O lodo dos sistemas de tratamento biológico

Os resíduos do beneficiamento do algodão

Resíduos de fios e tecidos Estopas e toalhas utilizados na

limpeza e manutenção de equipamentos

Utilização de pó de mármore para fabricação de tijolo ecológico

O estado do ES é o maior produtor brasileiro – 47%

A lama é proveniente na serraria

Reaproveitamento da Lama Abrasiva◦80% de lama abrasiva + 20% de

cimento

◦Prensa

◦Cura a base de água durante 5 dias + 5 dias para estabilização natural.

Efeitos:

◦Aumento da resistência e durabilidade

Tijolos ecológicos feitos com lama abrasiva.

◦Melhora das propriedades acústicas

◦Redução dos custos

Fonte: www.tjol-eco.com.br, 2009

Reaproveitamento do Óleo Lubrificante

O óleo usado ou contaminado, deve ser recolhido, coletado e ter destinação final que não afete o meio ambiente e apresente a máxima recuperação dos seus componentes.

RerrefinoÓleos recicláveis◦Óleos hidráulicos◦Óleos lubrificantes em geral◦Óleos de corte integrais◦Óleos de têmpera

Muitas vezes, quando não é possível reciclar o óleo, ele é transformado em fluido de corte.

Coleta de resíduosConforme o último levantamento

efetuado pela ANP e o Sindirrefino (2005), o volume total coletado está na casa de 33,47%, e ainda existe uma expectativa de que esse percentual venha a ser elevado para 35,0%, porquanto a legislação já prevê o incremento da atividade industrial.

Fonte: Sindirrefino

A Europa e os EUA recolhem 35% do seu óleo em relação ao consumo geral.

Estima-se que, em todo o mundo anualmente, 40/50% do lubrificante comercializado têm condições de serem reaproveitados.

Fonte: Sindirerrefino

Fonte: Sindirerrefino

Disposição Final dos Resíduos

Determinados resíduos ainda não podem ser reaproveitados.

Nestes casos, os resíduos são tratados e encaminhados para aterros de acordo com sua classificação ou dispostos no ambiente de forma igualmente adequada, dentro de parâmetros de segurança, os quais são determinados por legislação do CONAMA.

Fontes http://www.usp.br/agen/?p=6897 http://www.ruralpecuaria.com.br/2011/01/melaco-na-alimen

tacao-bovina.html http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2012/07/melaco-de-

cana-de-acucar-e-transformado-em-materia-prima-para-utensilios-medicos-3827314.html

http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/arvore/CONTAG01_39_711200516717.html

Sistema FIRJAN. Manual de Gerenciamento de Resíduos: Guia de procedimento, passo a passo. Rio de Janeiro: GMA, 2006.2ª EdiçãoISBM

http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg7/anais/T11_0350_2134.pdf

http://textileindustry.ning.com/forum/topics/brasil-importa-restos-de-roupas-de-outros-paises-porque-nao-recic