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RELATÓRIO DE ATIVIDADES E CONTAS
2013
FPTA Federação Portuguesa de Tiro com Arco
Instituição de Utilidade Pública Desportiva
RELATÓRIO DE ATIVIDADES E CONTAS 2013 Página 2 de 27
ÍNDICE
CAPÍTULO 1 -‐ SUMÁRIO EXECUTIVO .................................................................................. 4
CAPÍTULO 2 -‐ EVOLUÇÃO ÉPOCA DESPORTIVA 2013 .......................................................... 5 2.1 Clubes ................................................................................................................................ 5 2.2 Arqueiros ........................................................................................................................... 5 2.3 Treinadores ....................................................................................................................... 6 2.4 Árbitros ............................................................................................................................. 7 2.5 Atividade Competitiva ....................................................................................................... 7
CAPÍTULO 3 -‐ ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA FEDERAÇÃO ................................................... 8 3.1 Atividades Federativas ....................................................................................................... 8 3.2 Recursos Humanos ............................................................................................................. 8 3.3 Gastos Gerais da FPTA ....................................................................................................... 9
CAPÍTULO 4 -‐ QUADRO COMPETITIVO NACIONAL ............................................................ 10 4.1 Enquadramento Competitivo ........................................................................................... 10 4.2 Organização e Apoio a Provas .......................................................................................... 10 4.3 Outros Gastos do Quadro Competitivo ............................................................................ 11
CAPÍTULO 5 -‐ DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE ....................................................... 11 5.1 Desenvolvimento da Prática Juvenil ................................................................................. 11 5.2 Criação de Novos Clubes e Desenvolvimento Regional ..................................................... 12 5.3 Promoção da Modalidade ................................................................................................ 12
CAPÍTULO 6 -‐ SELEÇÕES NACIONAIS ................................................................................. 13 6.1 Atividades de Preparação ................................................................................................ 13 6.2 Participação em Competições Internacionais ................................................................... 13 6.3 Programa de Preparação Olímpica ................................................................................... 14
CAPÍTULO 7 -‐ FORMAÇÃO ................................................................................................ 14 7.1 Formação de Treinadores ................................................................................................ 14 7.2 Outras Ações de Formação .............................................................................................. 15
CAPÍTULO 8 -‐ ANÁLISE FINANCEIRA 2013 ......................................................................... 15 8.1 Estrutura de Gastos ......................................................................................................... 15 8.2 Estrutura de Rendimentos Próprios ................................................................................. 15 8.3 Comparticipações do Estado ............................................................................................ 16
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8.4 Situação Financeira .......................................................................................................... 17 8.5 Situação de Tesouraria ..................................................................................................... 17 8.6 Execução Orçamental 2013 .............................................................................................. 18
CAPÍTULO 9 -‐ CONTAS DO EXERCÍCIO 2013 ....................................................................... 19
CAPÍTULO 10 -‐ PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS .............................................. 19
CAPÍTULO 11 -‐ PERSPETIVAS PARA 2014 .......................................................................... 20
CAPÍTULO 12 -‐ ANEXOS .................................................................................................... 21 Anexo I – Demonstrações Financeiras 2013 ............................................................................... 21 Anexo II -‐ Certificação Legal de Contas ...................................................................................... 23 Anexo III – Relatório e Parecer do Fiscal Único .......................................................................... 26
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CAPÍTULO 1 -‐ SUMÁRIO EXECUTIVO O ano de 2013 caracterizou-‐se por uma consolidação do trabalho feito em 2012 de recuperação financeira e desportiva, bem como de restituição da normalidade nas relações com as instituições, sócios e agentes desportivos. No entanto, tal como se verificou nos anos anteriores, manteve-‐se em 2013 a reduzida participação dos clubes na gestão da modalidade, nomeadamente nas candidaturas às eleições para Delegados à Assembleia Geral da FPTA de 2013-‐2014. Para os 28 lugares disponíveis para representantes dos clubes, apenas se apresentaram 9 candidatos a sufrágio. Em termos estruturantes para a atividade da FPTA em 2013, verificou-‐se a renovação do estatuto de Utilidade Pública Desportiva para o período 2013-‐2016, a eleição dos novos Órgãos Federativos que tomaram posse para o quadriénio 2013-‐2016, e ainda a revisão do Regulamento de Arbitragem e do Regulamento de Filiações e Federamentos. No que diz respeito à prática desportiva de Tiro com Arco, registou-‐se na época desportiva de 2012-‐2103 um acréscimo significativo de agentes desportivos federados e atividade competitiva, consolidando a recuperação iniciada em 2012. O número de arqueiros federados aumentou 50% face a 2012 e os clubes 11%, mantendo no entanto uma elevada concentração no distrito de Lisboa. A organização e estrutura de recursos humanos da FPTA para dar suporte aos diversos projetos, apesar de alguns ajustes, mantiveram-‐se no essencial idênticas às verificadas no final de 2012 e conforme previsto para 2013, proporcionando as necessárias condições para uma aposta sustentada no desenvolvimento da prática juvenil e na divulgação do Tiro com Arco através da experimentação. Optou-‐se em 2013 pela consolidação do modelo competitivo adoptado em 2012, tendo o mesmo decorrido da melhor forma em termos desportivos, no entanto verificou-‐se também aqui a reduzida participação dos clubes na organização das provas do campeonato nacional. Conforme previsto, foi estabelecido e iniciou a sua preparação em 2013 o grupo de trabalho das seleções nacionais em permanência para os escalões FITA. Em termos de competição a nível internacional, destacou-‐se a participação de elevadíssimo nível do arqueiro Domingos Repas Vaquinhas no Campeonato do Mundo de Belek, que lhe permitiu integração no nível 3 do Programa de Preparação Olímpica 2012-‐2016. Contrariando a prática instituída até ao final de 2011, em 2013, e à semelhança do já ocorrido em 2012, a FPTA cumpriu escrupulosamente as suas obrigações para com o IPDJ, em termos de candidaturas, apresentação de relatórios e aprovações de contas e orçamentos anuais. O ponto mais crítico a realçar, e que condicionou fortemente a execução orçamental e a gestão da modalidade em 2013 e que deverá continuar a condicionar a atividade da FPTA e o desenvolvimento da modalidade até ao ano de 2015, é a débil situação financeira da FPTA. Esta situação verifica-‐se devido a fatores estruturais, pela excessiva dependência dos Contratos Programa celebrados com o IPDJ e pelas insuficientes receitas próprias da modalidade, mas também devido a fatores conjunturais, nomeadamente a não celebração do Contrato Programa de Desenvolvimento da Prática Desportiva em 2011, facto totalmente imputável à anterior Direção da FPTA. Neste contexto, a FPTA procedeu à devolução ao IPDJ dos duodécimos recebidos em 2011 relativos a este contrato não celebrado, no valor total de 13.374€. Ainda assim, e apesar das dificuldades, foi possível à FPTA durante o ano de 2013 proceder à regularização de parte substancial do elevado passivo acumulado em 2010 e 2011. Para além da devolução dos já referidos 13.374€ ao IPDJ pela não celebração de contratos programa em 2011, e da regularização de uma dívida de 2010 à Segurança Social, no valor de 1.461,56€ (a qual só foi conhecida em novembro de 2013), foi possível alcançar, em termos líquidos, uma diminuição de 10.332,87€ no passivo da FPTA (de 36.231,48€ em 2012 para 25.898,61€ no final de 2013), tendo sido privilegiada a regularização das dívidas ao Estado, bem como das dívidas a atuais e antigos colaboradores e fornecedores da FPTA. A criticidade da situação financeira da FPTA,
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apesar de já não colocar em risco a sua subsistência ou da modalidade, mantém-‐se como fator condicionador da execução das atividades necessárias ao desenvolvimento sustentado da modalidade e da prática desportiva do tiro com arco, embora permita já fazer face aos compromissos existentes em matéria de passivo e de dívidas por regularizar, situação que se espera poder vir a sanar na totalidade em 2014 e 2015. De assinalar ainda que a rigorosa gestão económica e financeira da FPTA ao longo do ano de 2013, permitiu manter a tendência de recuperação e de resultados líquidos positivos que já tinha sido alcançada em 2012, tendo a FPTA registado em 2013 um resultado líquido superior em 30% ao registado no ano anterior (25.689,83€ em 2013 face aos 19.356,09€ de 2012). Esta performance financeira permitiu alcançar, pela primeira vez em muitos anos, uma situação líquida positiva, isto é, os fundos patrimoniais da FPTA são agora, e finalmente, positivos 9.982,18€.
CAPÍTULO 2 -‐ EVOLUÇÃO ÉPOCA DESPORTIVA 2013 Em 2012 foi introduzida uma alteração ao período correspondente à época desportiva, que passou a ser entre agosto e julho do ano seguinte. Devido ao período transitório, a época de 2012 limitou-‐se à época de campo 2012 (assinalado nos gráficos como 2012*), sendo os dados apresentados correspondentes a esta realidade. A época desportiva 2012-‐2013 já diz respeito a um ano completo de atividade desportiva. 2.1 CLUBES Após a inversão da tendência de descida verificada na época desportiva de 2012, verificou-‐se em 2012-‐2013 uma consolidação do aumento do número de clubes, que se situou nos 11%. Apesar de se ter registado um aumento de apenas 2 clubes para um total de 20, longe do número verificado até 2009, constitui mais um passo na recuperação da dimensão desportiva perdida em 2010 e 2011.
A presença geográfica dos clubes mantém-‐se predominantemente no distrito de Lisboa (45%), com um ligeiro aumento face a 2012, seguido de Leiria (15%), Viana do Castelo e Faro (ambos com 10%). No caso de Faro, a filiação de 2 clubes não corresponde a uma participação desportiva significativa em número de arqueiros. Esta excessiva concentração provoca dificuldades acrescidas aos clubes de distritos mais afastados, quer pela necessidade de grandes deslocações para participar em provas, quer na viabilidade dos mesmos as organizarem. 2.2 ARQUEIROS Conforme se ilustra de seguida, após dois anos em que se assistiu a uma redução de 57% do número de atletas federados, na época de 2012 inverteu-‐se essa tendência, e na época desportiva 2012-‐2013 verificou-‐se um incremento significativo de atletas (mais 50%), passando para um total de 189.
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Em linha com o que se verifica nos clubes, no caso dos arqueiros também se assiste a uma grande concentração geográfica no distrito de Lisboa (56%), mas neste caso assistiu-‐se a um ligeiro decréscimo do seu peso relativo na ordem dos 6 pontos percentuais. Para além desta concentração geográfica, em 2012-‐2013 manteve-‐se a concentração significativa em clubes de grande dimensão. Do total de arqueiros federados, cerca de 34% pertencem a dois clubes de Lisboa.
Analisando a divisão dos arqueiros por categorias, mantém-‐se em 2012-‐2013 uma preponderância da divisão recurvo (71%) e do género masculino (83%). Relativamente a 2012, o desequilíbrio da distribuição dos atletas por estes dois eixos agravou-‐se, tendo-‐se verificado um aumento de 7 pontos percentuais da divisão recurvo masculino de 50% para 57% e um decréscimo de 3 pontos percentuais da divisão compound feminino de 6% para 3%.
A divisão por escalões etários dos arqueiros federados mostra uma vez mais o trabalho que é necessário desenvolver junto dos escalões jovens, como base para o crescimento da modalidade. Mesmo assim, em 2012-‐2013 verificou-‐se um aumento de 3 pontos percentuais nos praticantes federados com idade inferior a 21 anos, de 28% para 31%. Nos escalões jovens é de particular destaque o aumento registado nos escalões de idades inferiores a 15 anos, de 6% para 14% do total de arqueiros federados. 2.3 TREINADORES No que diz respeito a treinadores federados, verificou-‐se na época desportiva de 2012-‐2013 um aumento residual de 8% relativamente a 2012, num total de 26 treinadores (16 treinadores de grau I e 10 de grau II), acumulando alguns deles a responsabilidade técnica de mais que um clube. Os treinadores em atividade representaram em 2012-‐2013 apenas 45% do total de 58 treinadores com cédula. Prevê-‐se para 2013-‐2014, e principalmente para 2014-‐2015, um incremento significativo no número de treinadores federados, resultado do investimento que tem sido efetuado desde 2012 pela FPTA na formação de novos treinadores, que concluirão o estágio nos anos de 2014 e 2015.
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2.4 ÁRBITROS Na época desportiva de 2012-‐2013 manteve-‐se praticamente constante o número de árbitros face a 2012, tendo-‐se registado um aumento de 10 para 11. No entanto, em 2012-‐2013 foi eliminada a categoria de controlador de tempo, função que passou a ser assegurada por árbitros, pelo que considerando estas alterações o aumento real de árbitros de 2012 para 2012-‐2013 foi efetivamente de 8 para 11, ou seja, de 38%. Contrariamente às épocas desportivas anteriores, em 2012-‐2013 não houve qualquer impacto do número de árbitros disponíveis no desenrolar das competições nacionais, apesar de um número considerável de árbitros não ter tido disponibilidade para exercer as suas funções. 2.5 ATIVIDADE COMPETITIVA No que diz respeito ao quadro competitivo, verificou-‐se em 2012-‐2013 uma consolidação dos campeonatos nacionais de sala e de campo, tendo-‐se cada um deles constituído por 7 provas nacionais e Final Round, em linha com o verificado em anos anteriores. À semelhança do verificado na época desportiva de 2012, em 2012-‐2013 não se organizaram provas locais. No entanto, foram organizadas duas provas promocionais da modalidade, tendo uma delas sido aberta a todas as outras federações com atividade de Tiro com Arco. O calendário de provas nacionais realizadas na época desportiva de 2012-‐2013 foi o seguinte:
Campeonato de Sala
Campeonato de Campo
Relativamente às provas do campeonato nacional, realizaram-‐se menos duas que o previsto inicialmente devido à falta de clubes suficientes interessados em organizar as provas. De forma a garantir que o número de provas não fosse ainda menor, a FPTA assumiu a organização de duas provas do campeonato nacional de campo.
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No que diz respeito às participações em provas do campeonato nacional, registou-‐se na época desportiva 2012-‐2013 um total de 901 participações, um aumento de 14% face à época desportiva de 2011, mas, ainda assim, uma redução de 15% face a 2010. Comparando com o campeonato nacional de campo de 2012, em 2012-‐2013 registou-‐se um aumento de 9% nas participações em prova. O número médio de 56,3 atletas por prova encontra-‐se 21% acima do verificado em 2011, pela estratégia adoptada de privilegiar a realização de provas mais competitivas com bastantes arqueiros, em detrimento de um maior número de provas com pouca adesão.
CAPÍTULO 3 -‐ ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA FEDERAÇÃO 3.1 ATIVIDADES FEDERATIVAS No início de 2013 foi concedida à FPTA a renovação do estatuto de Utilidade Pública Desportiva para o período 2013-‐2016, que permitirá à Federação continuar a beneficiar dos apoios do IPDJ à sua atividade, bem como o reconhecimento dos resultados desportivos e títulos nacionais atribuídos. Também no início do ano foram eleitos os novos Órgãos Federativos que tomaram posse para o quadriénio 2013-‐2016, e procedeu-‐se à eleição dos delegados à Assembleia Geral para o período 2013-‐2014. Ambos os atos eleitorais foram efetuados no âmbito da revisão dos Estatutos e Regulamento Eleitoral efetuada no final de 2012, sendo as alterações mais significativas a redução da dimensão dos diversos Órgãos Federativos, o aumento dos mandatos dos delegados à Assembleia Geral para 2 anos, e a possibilidade de votos por correspondência. Em termos estruturantes para a atividade da FPTA, foram ainda revistos em 2013 o Regulamento de Arbitragem e o Regulamento de Filiações e Federamentos. 3.2 RECURSOS HUMANOS Após a reorganização interna efetuada durante o ano de 2012, tendo como objetivo a adaptação da estrutura de custos fixos e quadro de recursos humanos à realidade financeira da FPTA e da modalidade, esperava-‐se para 2013 a consolidação da referida estrutura e recursos afetos à federação. No entanto, no início do ano de 2013 procedeu-‐se à substituição do Gestor Desportivo por uma Técnica Administrativa, cujo perfil se revelou mais adequado ao desempenho das funções de gestão administrativa e organização da FPTA. A partir de Fevereiro, a FPTA dispôs assim da seguinte estrutura permanente, de forma a dar resposta aos desafios e objetivos estabelecidos:
i) Técnica Administrativa a tempo parcial, alocada à gestão e organização da FPTA;
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ii) Dois Técnicos Desportivos a tempo parcial, alocados ao quadro competitivo nacional e ao desenvolvimento da modalidade;
iii) Treinador Nacional a tempo parcial, responsável pelas atividades do grupo de trabalho das Seleções Nacionais e coordenador de estágios de treinadores.
Em setembro de 2013, um dos Técnicos Desportivos rescindiu o seu contrato com a FPTA, tendo optado a Direção da FPTA por não o substituir, mas antes contratar um estagiário com funções técnicas, ao abrigo dos programas de incentivo do IEFP. O processo associado ao estágio não ficou concluído a tempo de se iniciar o estágio até ao final do ano de 2013 (veio a iniciar-‐se no início de 2014), pelo que nesse período o apoio técnico foi de caráter mais limitado. Em 2013, a totalidade dos gastos com pessoal da federação foi de 19.470,04€, representando cerca de 33% do total dos gastos da FPTA, excluindo amortizações. Durante o ano de 2013, a FPTA ultrapassou em 5% o valor que se encontrava orçamentado para o total dos Recursos Humanos.
Cada recurso foi alocado à respetiva atividade exercida na FPTA, de acordo com os projetos e programas em curso. Em 2013, a totalidade dos gastos com pessoal diretamente afeto à organização e gestão da federação foi de 6.739,60€, representando cerca de 12% do total dos gastos da FPTA.
3.3 GASTOS GERAIS DA FPTA Na sequência da adoção da contabilidade analítica por parte da FPTA, os gastos gerais foram alocados às atividades respetivas, de acordo com a sua natureza e finalidade, pelo que os gastos referidos neste ponto refletem apenas os fornecimentos e serviços externos necessários à organização e gestão da FPTA. Os gastos associados aos quadros competitivos, desenvolvimento da modalidade, ou seleções nacionais, foram imputados aos respetivos projetos. Como resultado de uma rigorosa gestão financeira, os gastos gerais da FPTA registaram valores abaixo do orçamentado para 2013 (na ordem dos 17%), baixando cerca de 38% face ao registado no ano de 2012. De referir que em 2012 se procedeu à atualização tecnológica dos Sistemas de Informação da FPTA, o que fez elevar os gastos naquele ano. A contenção de gastos iniciada no final de 2011 atingiu assim, plenamente, os seus objetivos durante o ano de 2013, tendo os gastos gerais da FPTA representado apenas 19% dos gastos totais da FPTA (23% em 2012).
Gastos c/ Pessoal afeto à Organização e Gestão da FPTA -‐ 2013 6.739,60 €
RH 2013
Real 19.470,04 €
Orçamentado 18.474,17 €
% REALIZAÇÃO 105%
Total Gastos 2013 58.450,47 €
% RH TOTAL 33%
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CAPÍTULO 4 -‐ QUADRO COMPETITIVO NACIONAL 4.1 ENQUADRAMENTO COMPETITIVO O enquadramento competitivo em 2013 manteve-‐se idêntico ao adoptado em 2012, quando sofreu alterações significativas ao nível do formato das provas e da facilidade de acesso das camadas jovens à competição. Optou-‐se assim pela consolidação do modelo recentemente implementado, que se pretende estável e consistente com a estratégia definida a médio prazo. 4.2 ORGANIZAÇÃO E APOIO A PROVAS Manteve-‐se em 2013 a estrutura do quadro competitivo nacional, baseada na organização, pelos clubes, das provas do campeonato nacional de sala e de campo. Manteve-‐se sob responsabilidade da FPTA a organização das finais dos campeonatos nacionais nas categorias FITA individuais, Equipas e Equipas Mistas. Os campeonatos nacionais decorreram como previsto, e com o apoio técnico e logístico da FPTA. No entanto, houve necessidade de a FPTA assumir a organização direta de algumas das provas nacionais de forma a manter o número de provas previsto, uma vez que não houve clubes suficientes interessados em organizá-‐las. Por este motivo, a FPTA apenas teve capacidade para organizar um troféu de promoção da modalidade em 2013. No seguimento das medidas tomadas em 2012 para a uniformização e redução dos gastos suportados pelos clubes com a organização de provas, em 2013 a FPTA reduziu o custo fixo de arbitragem em cada prova (suportado pelo clube), aumentando a compensação adicional paga aos árbitros pela distância entre a sua residência e o local da prova (reembolsado pela FPTA). Foi estabelecido também um valor fixo para o transporte do equipamento de prova, independente da distância, que na prática se traduz num apoio da FPTA aos clubes situados a maior distância, num esforço para mitigar as assimetrias regionais verificadas na
Ano 2013 Real
Honorários e Trabalhos Especializados 3.690,00 €
Conservação e Reparação 259,69 €
Serviços Bancários e Seguros 1.246,12 €
Ferramentas e Utensílios de desgaste rápido 99,77 €
Material de escritório 596,19 €
Eletricidade e Rendas 881,50 €
Deslocações, Estadas e Despesas de Representação
380,33 €
Equipamento Informático 399,75 € Comunicação 849,16 €
Quotizações 1.203,96 €
Limpeza, Higiene e Conforto 350,67 €
Combustíveis 255,39 €
Outros Gastos 785,50 € 10.998,03 €
Total de Gastos 2013 58.450,47 € % GASTOS GERAIS FPTA -‐ 2013 19%
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modalidade. Em resultado deste enquadramento, os gastos diretamente relacionados com a organização e apoio a provas aumentaram cerca de 22% face a 2012, passando de 4.198,23€ para 5.114,37€, o que representa, em 2013, 9% do total de gastos da FPTA.
4.3 OUTROS GASTOS DO QUADRO COMPETITIVO Nesta rubrica são englobados os gastos inerentes ao desenvolvimento do quadro competitivo nacional, não contemplados diretamente na organização e apoio a provas, nomeadamente os equipamentos de prova propriedade da FPTA e os seguros associados à atividade desportiva. Conforme previsto no orçamento de 2013, dado ter sido em 2012 efetuado um investimento significativo na recuperação dos bastidores da FPTA, já muito desgastados pela sua utilização nas provas e pela ausência de investimento nos dois anos anteriores, foi possível em 2013 uma redução significativa nos gastos com aquisição e manutenção de equipamentos de prova. Nesta rúbrica, a despesa mais relevante deveu-‐se à execução de trabalhos de manutenção nas estruturas de cerca de metade dos bastidores de competição. O rigor na execução orçamental e na otimização dos gastos previstos, bem como o adiamento do trabalho de preparação das seleções nacionais, permitiram reforçar o investimento em equipamentos de suporte ao quadro competitivo que não estavam previstos inicialmente, com a aquisição de uma viatura ligeira de transporte de equipamentos necessários à organização de provas e às ações de promoção do desporto jovem. O investimento em equipamentos para os árbitros e para os treinadores e atletas da seleção nacional foi adiado para 2014, pelo que não houve execução destas rúbricas em 2013. Desta forma, os gastos associados ao quadro competitivo e não imputáveis diretamente à organização ou apoio a provas e novos clubes representaram em 2013 apenas cerca de 13% do total dos gastos da FPTA (7.342,20€). Considerando o investimento efetuado na viatura ligeira para transporte de equipamentos necessários à organização de provas, os outros gastos associados ao quadro competitivo passam a ser de 22.662,20€.
(*) considerando o investimento em aquisição de equipamento de transporte (15.320€)
CAPÍTULO 5 -‐ DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE 5.1 DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA JUVENIL No Desenvolvimento da Prática Desportiva Juvenil, foram possíveis algumas poupanças face aos gastos inicialmente previstos para as ações de divulgação e captação, uma vez que um recurso técnico com alocação parcial a este projeto rescindiu o seu contrato com a FPTA no final de Agosto, tendo apenas sido substituído no início de 2014 (ver número 3.2 do presente relatório). De qualquer forma, e mesmo condicionados pela indisponibilidade de espaço próprio para suporte às ações a desenvolver, devido ao facto do Campo de Tiro com Arco do Jamor se encontrar inutilizado desde 2011, o número de ações de divulgação realizadas foi em linha com o previsto.
Gastos c/ Organização e Apoio a Provas 2013 5.114,37 €
Outros Gastos Quadro Competitivo – 2013 (*) 22.662,20 €
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No que diz respeito ao objetivo de aumento do número de praticantes jovens, pode considerar-‐se que o mesmo foi parcialmente concretizado, na medida em que as diversas ações de divulgação e captação de jovens realizadas ao longo do ano de 2013 foram muito participadas e bem recebidas. Apesar do aumento do número de praticantes jovens ser um trabalho com resultados a médio prazo e não no imediato, foram recebidas ainda em 2013 algumas manifestações de interesse na abertura de novos núcleos em escolas e universidades, e verificou-‐se já um aumento de 3 pontos percentuais nos praticantes federados com idade inferior a 21 anos, de 28% para 31%, onde se destaca o aumento registado nos escalões de idades inferiores a 15 anos, de 6% para 14% do total de arqueiros federados. Relativamente ao objetivo de melhoria da qualidade da prática desportiva juvenil, foram realizadas duas ações de valorização técnica em vez de apenas uma como previsto inicialmente, com grande adesão por parte dos professores do desporto escolar, no Norte e em Lisboa e Vale do Tejo, tendo os objetivos definidos sido atingidos e até superados. Parte das poupanças no Desenvolvimento da Prática Desportiva Juvenil deveram-‐se à realização de apenas um troféu de jovens, em simultâneo com a final do campeonato nacional, permitindo assim a sua realização sem gastos para a FPTA. Os objetivos foram assim parcialmente atingidos, uma vez que estavam previstos dois troféus, e mesmo o troféu realizado em Julho teve uma adesão abaixo da esperada, nomeadamente por parte dos arqueiros do desporto escolar. Durante o ano de 2013, os gastos associados ao desenvolvimento da prática desportiva juvenil representaram 13% do total de gastos da FPTA.
5.2 CRIAÇÃO DE NOVOS CLUBES E DESENVOLVIMENTO REGIONAL O desenvolvimento regional do Tiro com Arco e a criação de novos clubes estão condicionados à existência de treinadores devidamente qualificados, pelo que foi de extrema importância para a sua viabilização o envolvimento dos treinadores com cédula nos programas de apoio e incentivo à criação de novos clubes. Neste âmbito, o programa de apoio à criação de clubes desenvolvido pela FPTA em 2013 centrou-‐se no apoio técnico concedido a quatro clubes da zona norte durante a formação de treinadores dos próprios clubes, disponibilizando um treinador responsável devidamente credenciado que permita o desenvolvimento da atividade de formação e competição nos referidos clubes. Este programa cumpriu os objetivos inicialmente estabelecidos de desenvolver a modalidade nas regiões com menor expressividade da modalidade, com a captação de dois clubes para a FPTA e com a criação de dois novos clubes de Tiro com Arco, mas com efeitos apenas na época desportiva 2013-‐2014. Uma vez que esta iniciativa teve apenas início em meados de 2013, e para um número ainda reduzido de clubes, a verba despendida (560€) foi bastante inferior à verba prevista inicialmente. 5.3 PROMOÇÃO DA MODALIDADE No que diz respeito à promoção da modalidade, não houve investimentos significativos em 2013, tendo antes sido dados alguns passos importantes para preparar a sua efetiva implementação em 2014 e 2015. Desde o último trimestre de 2013 que a FPTA conta com a colaboração ocasional de um responsável de comunicação e marketing, tendo-‐se iniciado a elaboração de um plano de comunicação integrado para o ano de 2014 que permita a definição e materialização da estratégia pretendida para a promoção do Tiro com Arco junto da comunicação social e da população em geral, como forma de atrair novos atletas e clubes.
7.697,02 € Gastos c/ Desenvolvimento Prática Desportiva Juvenil -‐ 2013
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A implementação do plano de comunicação em 2014 dependerá de parcerias e protocolos sem custos diretos para a FPTA para a produção de conteúdos destinados aos diferentes meios, tendo sido estabelecidos em 2013 contactos com uma Escola Profissional da área para esse fim. Em termos de parcerias, a FPTA manteve contactos com vários distribuidores cinematográficos de forma a definir ações concretas para a promoção e divulgação do Tiro com Arco, tendo-‐se concretizado a associação da FPTA à estreia de um filme em Portugal, com diversas ações cruzadas de social media de grande sucesso e visibilidade. Na vertente de comunicação institucional on-‐line, a FPTA manteve a sua presença no facebook e através de website como principais suportes de comunicação, tendo este último sido alvo de uma pequena reformulação. Não foi ainda possível durante o ano de 2013 investir no desenvolvimento de um novo website adequado às necessidades da FPTA e em linha com a sua estratégia de comunicação, algo que se espera poder vir a concretizar no decurso do ano de 2014.
CAPÍTULO 6 -‐ SELEÇÕES NACIONAIS 6.1 ATIVIDADES DE PREPARAÇÃO Conforme previsto, foi estabelecido em 2013 o grupo de trabalho das seleções nacionais em permanência para os escalões FITA (seniores e jovens) para preparação do ciclo 2013-‐2016, com regras estabelecidas para acesso e permanência no mesmo, de forma a permitir um trabalho sustentado a médio prazo de evolução dos atletas. No que diz respeito à preparação dos arqueiros para a competição ao mais alto nível, através de estágios com técnicos internacionais e ações específicas de competição com nível de exigência mais elevado para o grupo de trabalho, o programa foi apenas parcialmente executado, uma vez que os trabalhos com o grupo apenas se iniciaram no final do ano. Os objetivos em termos de grupo de trabalho das seleções nacionais não foram assim integralmente atingidos pelo início tardio dos trabalhos. Em termos de execução do orçamento previsto para esta rubrica, foi de apenas 57%, uma vez que em 2013 não se realizaram treinos do grupo de trabalho, nem provas de preparação no estrangeiro. Contribuiu também para a redução dos gastos com as Seleções Nacionais a integração do Treinador Nacional, a partir de novembro, no Programa de Preparação Olímpica, acumulando com as funções de Treinador Nacional, sem gastos adicionais para a FPTA a partir dessa data. Em contrapartida, as poupanças verificadas permitiram um maior investimento na realização de um estágio com recurso a um especialista nacional em psicologia desportiva. 6.2 PARTICIPAÇÃO EM COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS Em termos de competição a nível internacional, apenas um arqueiro se apurou e participou no Campeonato do Mundo de Belek (Turquia) realizado em setembro/outubro de 2013 na categoria de arco recurvo masculino. Esta participação foi de elevadíssimo nível, tendo o arqueiro Domingos Repas Vaquinhas atingido uma classificação (9º lugar) inédita para arqueiros nacionais, e permitindo-‐lhe assim a integração no nível 3 do Programa de Preparação Olímpica 2012-‐2016 por um período de 12 meses. Os objetivos definidos para a participação nesta competição foram assim largamente excedidos e abrem excelentes perspectivas para o desenvolvimento competitivo a nível internacional do Tiro com Arco nacional.
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Uma vez que apenas um arqueiro se qualificou para o Campeonato do Mundo, a verba despendida nesta prova foi inferior ao previsto inicialmente, dado que apenas participaram na competição dois elementos (arqueiro e treinador nacional) em representação da FPTA. 6.3 PROGRAMA DE PREPARAÇÃO OLÍMPICA Em virtude da integração no nível 3 do Programa de Preparação Olímpica 2012-‐2016, a partir de novembro de 2013 e por um período de 12 meses, do arqueiro Domingos Repas Vaquinhas e do respetivo treinador, foram despendidas em 2013 verbas não orçamentadas relativas à preparação específica do arqueiro e à bolsa do seu treinador. Estas verbas enquadram-‐se no financiamento previsto nos Contratos Programa assinados com o Comité Olímpico de Portugal para o efeito. Durante o ano de 2013, o total dos gastos associados às Seleções Nacionais representou 19% do total de gastos da FPTA.
CAPÍTULO 7 -‐ FORMAÇÃO 7.1 FORMAÇÃO DE TREINADORES No âmbito da implementação do Programa Nacional de Formação de Treinadores (PNFT), a FPTA deu continuidade em 2013 ao grande investimento na qualificação técnica de treinadores de Tiro com Arco iniciado em 2012, dada a ausência de formação verificada nos anos anteriores e o enquadramento da modalidade nos requisitos do PNFT para exercício da função de treinador de desporto. Foi assim concluída a componente letiva dos cursos de Treinadores de Grau I iniciados em 2012, tendo-‐se realizado apenas uma componente geral em Lisboa. Foi realizado também um novo curso no início da época desportiva 2013-‐2014 após adiamento da data inicialmente prevista (Junho). Este novo curso representou um grande investimento da FPTA, uma vez que foi tomada a opção de o realizar apesar do reduzido número de formandos inscritos. Esta decisão justificou-‐se pelo interesse estratégico de desenvolvimento do tiro com arco em três regiões do país com fraca expressão da modalidade. Foram desta forma realizados três cursos de formação de treinadores:
Curso Local Data Nº Particip.
Curso de Treinadores de Grau I – Componente Geral Lisboa Fevereiro 16 Curso de Treinadores de Grau I – Componente Geral Porto Set./Out. 7 Curso de Treinadores de Grau I – Componente Específica Porto/Lisboa Nov./Dez. 7
Em 2013 deu-‐se também início a duas componentes práticas (estágio) do Curso de Treinadores de Grau I, estando prevista a conclusão do primeiro grupo formado ao abrigo do PNFT em março de 2014. Apesar de previsto no plano de 2013, não foi realizado o Curso de Treinadores de Grau II destinado a preparar responsáveis técnicos de clubes, nem a ação prevista no âmbito da formação contínua dos treinadores atuais.
§ Gastos c/ Seleções Nacionais – 2013 11.246,60 €
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7.2 OUTRAS AÇÕES DE FORMAÇÃO O plano de formação de 2013 previa também a qualificação e requalificação de árbitros de forma a promover a sua atualização de conhecimentos e a permitir o regresso de árbitros anteriormente federados na FPTA. Neste âmbito, foram realizados em 2013 os seguintes cursos:
Curso Local Data Nº Particip.
Curso de Formação de Árbitros – Formação Contínua Lisboa Janeiro 6 Curso de Formação de Árbitros Lisboa Junho 9
Apesar de previsto no plano de 2013, não foi realizado o curso de formação de técnicos de segurança, que foi assim adiado para 2014. Durante o ano de 2013, o total dos gastos com Formação (8.752,66€) representaram 15% do total de gastos da FPTA.
CAPÍTULO 8 -‐ ANÁLISE FINANCEIRA 2013 8.1 ESTRUTURA DE GASTOS Analisando em detalhe a estrutura de gastos da FPTA, podemos verificar que, em 2013, os gastos diretamente relacionados com a organização e gestão da federação totalizaram apenas 31% do valor total dos gastos da FPTA, o que vem na senda do já verificado em 2012 e demonstra a continuação da inversão do que se passava em 2011 e anos anteriores, em que o peso destes gastos no total ultrapassava os 80%. Esta realidade representa uma clara inversão na gestão da FPTA, mais virada para a promoção da modalidade, para o desenvolvimento da prática desportiva juvenil, para a formação, para as seleções e, obviamente, para o desenvolvimento da atividade desportiva do tiro com arco em geral, designadamente através da organização de quadros competitivos nacionais de relevância.
(*) Não considera o investimento em aquisição de equipamento de transporte (15.320€)
8.2 ESTRUTURA DE RENDIMENTOS PRÓPRIOS A estrutura de rendimentos próprios da FPTA divide-‐se em 3 categorias: i) Filiações e Federamentos, ii) Rendimentos Desportivos, e iii) Formação.
Rubrica Real %
Organização e Gestão da FPTA 17.737,63 € 31% Quadro Competitivo Nacional 12.456,56 € 21% Desenvolvimento da Modalidade 8.257,02 € 14%
19% Seleções Nacionais 11.246,60 € 15% Formação 8.752,66 €
Total Gastos 2013 58.450,47 € 100%
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Os rendimentos provenientes de filiações e federamentos dizem respeito às inscrições anuais dos clubes e agentes desportivos na FPTA e todas as receitas associadas (seguros desportivos, cartões e segundas vias). Em 2013, estes rendimentos totalizaram 7.583,50€, o que representa cerca de 30% dos rendimentos próprios e 9% do total de rendimentos da FPTA. Os rendimentos desportivos englobam todos os rendimentos diretamente resultantes da atividade desportiva, nomeadamente as taxas cobradas pela inscrição dos arqueiros nos campeonatos de sala e de campo e os rendimentos relacionados com a organização de provas (taxas a pagar pelos clubes organizadores pelos atletas inscritos e transporte de equipamentos e materiais desportivos para as provas). No caso das provas organizadas pela FPTA, consideram-‐se como rendimentos as taxas de inscrição dos arqueiros em provas pagas à FPTA pelos clubes. Os rendimentos desportivos representaram em 2013 cerca de 45% dos rendimentos próprios e 13% do total de rendimentos da FPTA, num valor total de 11.368,70€. Já os rendimentos resultantes das ações de formação realizadas ao longo do ano de 2013 pela FPTA, representaram 15% dos rendimentos próprios da federação (4% do total de rendimentos da FPTA), num total de 3.900€.
8.3 COMPARTICIPAÇÕES DO ESTADO A componente mais significativa dos rendimentos da FPTA, e que permite a subsistência e desenvolvimento da modalidade, é a comparticipação recebida do Estado através do Instituto Português do Desporto e Juventude, e formalizada anualmente através de Contratos Programa. No que diz respeito aos Contratos Programa de 2013, foram apresentadas as seguintes candidaturas:
Programa 1 – Desenvolvimento da Prática Desportiva Programa 2 – Enquadramento Técnico Programa 6 – Formação de Recursos Humanos
Já no decorrer do terceiro trimestre de 2013, e na sequência do excelente resultado obtido pelo arqueiro Domingos Repas Vaquinhas no Campeonato do Mundo de Belek (Turquia), onde atingiu uma classificação (9º lugar) inédita para arqueiros nacionais, foi possível ao atleta a integração no nível 3 do Programa de Preparação Olímpica 2012-‐2016 por um período de 12 meses, o que vem permitir à FPTA receber do Comité Olímpico de Portugal a comparticipação financeira correspondente aos gastos relacionados com a preparação do atleta e com o selecionador nacional. No total, foram atribuídas à FPTA em 2013 comparticipações do Estado no valor de 62.902€, correspondendo a 71% do total de rendimentos obtidos pela federação.
Real % Filiações e Federamentos 7.583,50 € 30% Campeonatos e Provas 11.368,70 € 45% Formação 3.900,00 € 15% Outros Rendimentos 2.589,87 € 10%
Total 25.442,07 € 100%
TOTAL DE RENDIMENTOS FPTA 2013 88.344,07 € % Rendimentos Próprios 29%
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RealDesenvolvimento da Prática Desportiva 53.680,00 €Enquadramento Técnico 6.552,00 €Programa de Preparação Olímpica 2.670,00 €
Total 62.902,00 €
TOTAL DE RENDIMENTOS FPTA 2013 88.344,07 €% Comparticipações do Estado 71%
8.4 SITUAÇÃO FINANCEIRA A situação financeira da FPTA no final de 2013 caracteriza-‐se por um passivo ainda significativo (25.898,61€), resultante de um permanente défice de tesouraria, provocado essencialmente pela ausência de candidaturas a contratos programa do IPDJ em 2011 e por uma estrutura significativa e sobreavaliada de custos fixos, herdada da gestão efetuada nos anos de 2010 e 2011. Tais factos provocaram constrangimentos constantes ao longo dos anos de 2012 e 2013, e só uma rigorosa gestão económica e financeira dos escassos meios e recursos disponíveis da FPTA permitiram assegurar a respetiva subsistência, bem como a continuidade e o desenvolvimento da prática da modalidade. A recorrente falta de capacidade de investimento da FPTA, nomeadamente em equipamento desportivo e nas atividades conducentes ao desenvolvimento da modalidade, levaram a uma gestão financeira apertada por parte da atual Direção, que começou no ano de 2012 e se prolongou ao longo de todo o ano de 2013, tendo sido possível inverter a situação dos resultados líquidos recorrentemente negativos para resultados líquidos positivos pelo segundo ano consecutivo e em crescimento (mais 33% que em 2012, de 19.356,09€ para 25.689,83€) e ainda diminuir o passivo em cerca de 29% (de 36.231,48€ no final de 2012 para 25.898,61€ no final de 2013). Face aos passivos ainda acumulados e à perspetiva de cortes (ou, pelo menos, não incremento) nas comparticipações do Estado para o ano de 2014, a situação financeira da FPTA irá manter-‐se débil, embora mais estável do que em anos anteriores, o que, embora dificulte o desenvolvimento das atividades necessárias à adequada promoção da modalidade, permite perspetivar para 2014 o seu incremento sustentado, bem como a regularização atempada e definitiva das situações passivas acumuladas nos últimos anos. 8.5 SITUAÇÃO DE TESOURARIA No decorrer do ano de 2013, com a situação de envio de documentação e apresentação de contas junto do IPDJ devidamente regularizada e com a apresentação de candidaturas aos contratos programa 2013, foi possível à FPTA honrar os principais compromissos existentes, nomeadamente a liquidação de dívidas em atraso ao estado e aos fornecedores, bem como manter os níveis mínimos de atividade de promoção e competição da modalidade. No entanto, e tal como se perspetiva vir a ocorrer ao longo do próximo ano de 2014, as disponibilidades de tesouraria serão insuficientes para fazer face a toda a gestão corrente da atividade da FPTA, à execução, em larga escala, das atividades destinadas à promoção e competição da modalidade, bem como à regularização das dívidas ainda existentes relativas a anos anteriores.
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8.6 EXECUÇÃO ORÇAMENTAL 2013 No que se refere à execução orçamental de 2013, e tomando como referência o orçamento aprovado na Assembleia-‐Geral da FPTA realizada em 24 de novembro de 2012, constata-‐se que, em termos globais, a execução orçamental se cifrou em cerca de 70%, de acordo com o seguinte detalhe:
FPTA -‐ Execução Orçamental 2013 Resumo de Gastos REAL 2013 Var. Plano 2013 V1
Organização e Gestão da Federação 17.737,63 € -‐11,4% 20.010,00 € Gastos com Pessoal 6.739,60 € -‐0,9% 6.800,00 €
Fornecimentos e Serviços Externos 10.998,03 € -‐16,7% 13.210,00 € Quadro Competitivo Nacional 27.776,57 € 36,1% 20.410,00 €
Organização e Apoio a Provas 5.114,37 € -‐48,1% 9.860,00 €
Outros Gastos e Aquisições (1) 22.662,20 € 114,8% 10.550,00 € Desenvolvimento da Modalidade 8.257,02 € -‐65,5% 23.950,00 €
Desporto Jovem 7.697,02 € -‐55,2% 17.200,00 €
Apoio a Novos Clubes 560,00 € -‐91,7% 6.750,00 € Seleções Nacionais 11.246,60 € -‐53,1% 24.000,00 €
Atividades de Preparação 6.799,76 € -‐43,3% 12.000,00 €
Participação em Competições Internacionais 2.813,10 € -‐76,6% 12.000,00 €
Programa de Preparação Olímpica 1.633,74 € n/a 0,00 €
Formação 8.752,66 € -‐57,0% 20.340,00 € Ações de Formação 8.752,66 € -‐57,0% 20.340,00 €
TOTAL 73.770,47 € -‐32,1% 108.710,00 €
Resumo de Rendimentos REAL 2013 Var. Plano 2013 V1
Filiações e Federamentos 7.583,50 € 4,3% 7.270,00 € Filiação de Associados 2.415,00 € 5,0% 2.300,00 €
Federamento de Agentes Desportivos 5.168,50 € 4,0% 4.970,00 €
Rendimentos Desportivos 11.368,70 € -‐12,5% 12.990,00 € Inscrições em Campeonatos 2.107,70 € -‐29,5% 2.990,00 €
Organização de Provas 9.261,00 € -‐7,4% 10.000,00 €
Outros 2.589,87 € n/a 0,00 € Formação 3.900,00 € -‐74,1% 15.060,00 € SUB-‐TOTAL 25.442,07 € -‐28,0% 35.320,00 € Comparticipações do Estado (2) 49.528,00 € -‐32,5% 73.390,00 € TOTAL 74.970,07 € -‐31,0% 108.710,00 €
Notas:
(1) Inclui a verba de 15.320€ relativa à aquisição de viatura ligeira para transporte de equipamento e material desportivo;
(2) Inclui a devolução de 13.374€ ao IPDJ relativa à regularização respeitante à não candidatura a contratos programa em 2011.
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De destacar, ao nível dos rendimentos próprios, e em relação ao orçamento previsto, a quebra verificada nos rendimentos desportivos (12,5%), ao mesmo tempo que, no que se refere aos rendimentos relacionados com as inscrições anuais dos clubes e agentes desportivos na FPTA, se verificou um aumento na ordem dos 4% em relação ao orçamentado, reflexo da maior adesão de atletas, clubes e demais agentes desportivos à FPTA. Ao nível das comparticipações do Estado, a quebra verificada nas contribuições provenientes dos contratos programa do IPDJ foi na ordem dos 32,5%, consequência, quer dos cortes efetuados pelo IPDJ, quer do facto de se ter devolvido a verba de 13.374€ referente ao incumprimento da FPTA respeitante ao ano de 2011. Ao nível dos gastos com as atividades da FPTA, e obviamente como consequência direta da quebra nas receitas próprias e nas comparticipações do Estado, destaca-‐se uma quebra em relação ao previsto na ordem dos 50% nas atividades relacionadas com o desenvolvimento da modalidade (desporto jovem e apoio à criação de novos clubes), com a preparação das seleções nacionais, com a organização e apoio a provas de competição e com a formação. No quadro dos outros gastos relacionados com o quadro competitivo nacional, a execução acima do previsto no orçamento está diretamente relacionada com a aquisição da viatura ligeira para transporte de equipamento e material desportivo para as provas. Retirando tal efeito, a quebra seria na ordem dos 30%.
CAPÍTULO 9 -‐ CONTAS DO EXERCÍCIO 2013 O exercício de 2013 encerrou com um resultado líquido positivo de 25.689,83 €, que se decompõe da seguinte forma:
CAPÍTULO 10 -‐ PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Propõe-‐se que o resultado líquido positivo de 25.689,83€ seja transferido para a conta de resultados transitados.
Rubrica 2013
Gastos com o Pessoal 19.470,04 € Fornecimentos e Serviços Externos 37.508,20 € Outros Gastos e Perdas 1.472,23 €
Sub-‐total Gastos 58.450,47 €
Amortizações 4.203,80 €
Total Gastos 62.654,27 €
Vendas e Serviços Prestados 23.192,07 € Subsídios à Exploração 62.902,00 € Ganhos em Alienações e Outros Rendimentos
2.250,03 €
Total Rendimentos 88.344,10 €
Resultado Líquido 25.689,83 €
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CAPÍTULO 11 -‐ PERSPETIVAS PARA 2014 Após um ano de 2013 dedicado à continuação dos trabalhos de normalização do funcionamento da FPTA e da atividade desportiva, centrado na contenção e rigor económico e financeiro dos recursos disponíveis e à disposição da FPTA, 2014 será um ano essencialmente dedicado ao desenvolvimento da modalidade, do quadro competitivo nacional e da preparação e desenvolvimento do trabalho das seleções nacionais. Relativamente à atividade competitiva nacional, não se prevê alterações significativas ao formato dos quadros competitivos, sendo o foco principal de atuação o aumento do número de provas e de clubes interessados em organizar as mesmas, a sua dispersão geográfica, e o aumento do número de atletas a disputar o campeonato nacional. Outra das vertentes a desenvolver de forma a potenciar o desenvolvimento do Tiro com Arco é o fomento e o apoio à criação e captação de novos clubes para a FPTA, aumentando a dimensão e abrangência geográfica da modalidade. Em 2014 será reforçado o projeto de apoio à criação de novos clubes, nomeadamente pelo apoio ao acompanhamento e responsabilidade técnica, por treinadores certificados, dos novos clubes ou núcleos de tiro com arco. Este acompanhamento será, em alguns dos casos, efetuado em conjunto com as funções de tutor de estágio do treinador do clube em questão. No que diz respeito ao desenvolvimento do desporto jovem, como base para o crescimento sustentado da modalidade a médio prazo, será reposto em 2014 o enquadramento humano que dará suporte ao projeto, contando assim com a participação do Treinador Nacional e com a alocação parcial de dois técnicos da FPTA. Para a concretização dos objetivos de integração do desporto escolar e melhoria do seu nível técnico, deverá ser reforçada em 2014 a relação com as estruturas centrais, feito o alargamento da abrangência das ações em coordenação com as estruturas regionais do desporto escolar, mas também deverá ser dado particular relevo ao contacto direto com os núcleos em cada escola, sem o qual dificilmente o projeto será bem sucedido. Será dada continuidade ao trabalho de qualificação técnica dos Agentes Desportivos iniciado em 2012, como catalisador da expansão da modalidade e aumento do nível técnico e competitivo da mesma. No âmbito do desenvolvimento da prática competitiva ao mais alto nível, pretende-‐se consolidar em 2014 os grupos de trabalho das Seleções Nacionais e respetivo plano de preparação iniciado em final de 2013, não se prevendo alterações significativas ao rumo traçado. Devido à integração de um atleta no Programa de Preparação Olímpica, será reforçada a sua preparação com a participação num maior número de provas internacionais e com um maior acompanhamento técnico. Em linha com o que se verificou em 2012 e 2013, continuarão em 2014 as dificuldades financeiras da FPTA, embora em menor dimensão, pela necessidade de liquidar o restante passivo gerado em 2011 e ainda não regularizado, e pela redução prevista das comparticipações a receber ao abrigo dos Contratos Programa do IPDJ. Após as profundas reformas de consolidação financeira e de redução de gastos da federação realizadas pela atual direção nos anos de 2012 e 2013, importa agora continuar na senda de um trabalho estruturante, com o objetivo de aumentar as receitas da Federação e da modalidade e de canalizar o maior montante de verbas possível para o desenvolvimento da modalidade, de forma a garantir a sua sustentabilidade e competitividade futura. Lisboa, 26 de fevereiro de 2014 Pela Direção da FPTA, Luís Vieira (Presidente)
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CAPÍTULO 12 -‐ ANEXOS
ANEXO I – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2013
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ANEXO II -‐ CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS
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ANEXO III – RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO
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