Post on 15-Apr-2017
Relacionamento dos tipos
Uma coisa devemos ter sempre em mente. Para o Eneagrama não há um tipo melhor do que o outro, mas sim pessoas. Pessoas que têm hábitos, que tem padrões de comportamentos e que refletem sua forma de pensar, sentir e agir no seu cotidiano.
O fato de se conhecer esses padrões não habilita ninguém a ser superior aos outros, nem lhe dá o direito de sair classificando e qualificando comportamentos por ai afora.
A sabedoria do Eneagrama ajuda o ser humano a crescer, compreender sua realidade e desenvolver relacionamentos construtivos. Através da tolerância e compaixão com as dificuldades e delimitações dos outros e de nós mesmos, podemos alcançar um estágio melhor de existência. Conhecer nossos padrões de comportamento e nossa personalidade é o inicio de uma caminhada em busca da consciência do Ser que somos, tanto individualmente, como socialmente.
Relacionamentos do Tipo Um
O inequívoco tipo Um é um absolutista que reprime seu lado obscuro do caos, da ambivalência e dos paradoxos. Incapaz de discernir quando deve relaxar diante de uma situação (no Nove), ou sua falta de atenção para os sentimentos alheios (no Dois), o rígido tipo Um, quer impor o que considera mais importante: a aplicação prática e objetiva das regras em tudo. Quando se dispõe a balançar suas asas, consegue ampliar sua capacidade de resposta ao seu meio, satisfazendo as necessidades da situação em vez de impor uma solução perfeita.
Deixando as coisa fluírem, sem querer salvar o mundo da desordem e da imperfeição, ele pode alcançar uma visão mais panorâmica da realidade, sendo mais criativo, otimista, inovador e flexível como o tipo Sete. Estressado, não respeitado, o tipo Um se afunda no mar revolto da angústia e da melancolia, característica do Quatro compulsivo. Só através da serenidade, paciência e tolerância é que pode resgatar seu equilíbrio para tornar-se Guia e referência para sua organização.
Tipo Um trabalhando com Tipo Um Se dois Tipos Perfeccionistas Um estão de acordo com o que está certo
e errado, então podem desenvolver um trabalho altamente produtivo, coordenado, com espírito de time, e focado nos seus objetivos. Se discordarem, começam a se alfinetar sobre o que o outro fez de errado, a criticar, etc. Um quer ser mais perfeito do que o outro.
Quando o Um é chefe, o subordinado Um comunga da energia do outro, porém podem ter problemas sobre pontos de vista ligados à moral e à correção. Enquanto chefe, não sobrecarregue seu subordinado Um, pois ele
naturalmente já é superatarefado. O tipo Um produz melhor quando conscientemente tem a oportunidade de aplicar seus valores, alimentado pelo entusiasmo e pela determinação daquilo que o diferencia, o qualifica. Estará sempre comprometido em fazer as coisas certas (para ele), baseado nos valores do sistema em que está inserido.
Quando o Um é subordinado, trabalha bem na empresa desde que tudo siga como está estabelecido nas normas que regulam o desenvolvimento do trabalho. Os problemas surgem, quando o chefe começa a disputar valores de qualidade e justiça com o subordinado tentando impor seu ponto de vista pessoal, em vez de usar os parâmetros em que está acostumado.
Tipo Um trabalhando com o Dois Este é o relacionamento entre o Perfeccionista e o Altruísta. O tipo
Um se compromete eternamente (sempre) com seus valores - as regras da lei enquanto o Dois se compromete com a igualdade - adaptando as regras conforme as circunstâncias pessoais de momento. O Um é uma pessoa de princípios, enquanto o Dois é flexível e se importa mais com os problemas humanos do que com normas, regras e leis.
Quando o Um é o chefe e o Dois seu funcionário, tudo funciona pelo manual, porém o Dois, como é muito focado em agradar a seu superior, fica rodeando para não ter que usar este mesmo manual. Às vezes ameniza o impacto de uma atitude severa ou grosseira do tipo Um sobre outro funcionário ou cliente. Se você é um chefe tipo Um, lembre-se que nem sempre o Dois trabalha só por dinheiro.
Quer sinceramente que você valorize seu trabalho e tudo o que ele faz por você. Não basta o elogio pelo fato de ele estar seguindo suas regras. Ele quer lhe garantir dedicação incondicional. Sempre lhe defenderá diante dos outros subordinados, superiores ou clientes. No entanto, tome cuidado com suas tiradas ou chamadas de atenção para não ofendê-lo. O Dois é capaz de ir para casa extremamente magoado e este sentimento perdurar por muito tempo. Mais cedo, ou mais tarde, o revide virá.
Se você é um tipo Dois subordinado, trabalhando com um chefe Um, você estará mais ligado nas necessidades pessoais e emocionais dele, do que ele mesmo. Quando ele estiver incomodado com alguma coisa, procure sair da frente de sua linha de fogo para não sobrar para você. No entanto, quando você fizer algo de errado e for criticado por isso, o melhor que tem a fazer é aceitar o erro, admitindo que ele tem razão e que você está aprendendo com seus conselhos.
Quando o Um é subordinado e o Dois é o chefe, o Perfeccionista tenta aplicar as mesmas regras para todo mundo. O Diplomata quer lidar com os seus protegidos. Isto enlouquece o Um subordinado, que quer clareza nos procedimentos e impessoalidade nas avaliações. Para ele é difícil conviver com a impulsividade a inconsistência emocional do tipo Dois.
Se você é um Dois chefe, lembre-se que o tipo Um não anda atrás de carinho e sim de cumprir seu dever. Cuidado ao lhe designar uma tarefa em que deva lidar com pessoas. Muitas vezes, para fazer a coisa certa, correta, ele atropela sobre os outros.
Tipo Um trabalhando com o Três Este é o relacionamento entre o "controle de qualidade" e a "venda".
Quando estão bem, eles se suportam. O Um Perfeccionista mantendo a qualidade dos produtos e o Três Narcisista colocando-os no mercado. Quando não se dão, ficam minando as iniciativas recíprocas. O Um querendo manter padrões exagerados e irrelevantes para o consumidor e o Três fazendo a venda e prometendo aquilo que não pode cumprir.
O Perfeccionista e o Narcisista têm diferenças básicas. O primeiro quer ser eficiente, o segundo quer ser efetivo. Eficiente é aquele quer fazer as coisas certas (Um). Efetivo é aquele que foca nos resultados (Três). Tanto um como o outro são comprometidos com o trabalho, têm muita energia, o que resulta numa relação eletrizante, cada um direcionado para as tarefas dentro de suas próprias perspectivas.
Quando o Um é chefe e Três subordinado. Se você é um Três que trabalha com um Perfeccionista, este se mostrará impressionado com seus olhos faiscando e sua pomposidade. Seja comedido, pois ele irá apreciar seu trabalho quando este for meticuloso e suas decisões forem razoáveis e sistêmicas.
Se você é do tipo Um e trabalha com um funcionário Narcisista, faça ou eleve os padrões, dê muita importância para os objetivos que quer alcançar, prometendo-lhe uma boa recompensa. O Três trabalha muito bem dentro do universo do Um se o retorno tem as características que ele espera. Perceba que seu funcionário não se importa muito com as coisas que não deram certo, pois, não sendo crítico como você, parte logo para buscar novos objetivos.
Quando o Um é funcionário e o Três o chefe. Se você é Um, trabalhando para o chefe Três, este provavelmente vai achar seus relatórios muito detalhados e chatos. A melhor maneira é apresentá-los pelo que é essencial. Tenha em mente os valores de mercado (especialidade dele).
Se você é um chefe Três e trabalha com o Um subordinado, procure explicar-lhe com antecedência e o máximo de detalhe possível as mudanças que quer implementar e as razões que o levaram a isso, sob o risco de deixá-lo completamente perdido em relação às novidades. Ele só voltará a fazer parte do time quando estiver esclarecido e confortavelmente sintonizado com as novas referência e normas geradas pelas mudanças.
Tipo Um trabalhando com o Quatro Tanto o tipo Um Perfeccionista como o Quatro Personalista são
perfeccionistas. O ideal Perfeccionista do tipo Um é o moral, com padrões objetivamente estabelecidos. O tipo Quatro idealiza um mundo estético, romântico, emocional, com padrões subjetivos de qualidade. No trabalho gostam de ver as coisa feitas de forma impecável. Sabem o que está certo e o que tem melhor qualidade. Seus altos padrões críticos, no entanto, os deixam sempre no caminho entre, como as coisas são e como deveriam ser. Ambos podem ter problemas em achar alternativas, enquanto o comprometimento, a paixão e o engajamento são muito fortes por parte deles.
Quando o Um é chefe e o Quatro é subordinado. Para o seu chefe Um as regras têm um estética própria. A forma exprime a função. O Perfeccionista leva tudo de forma restrita, reducionista. O que conta são a limpeza, as regras, os princípios e a ordem. O Quatro volátil pode achar que a
realidade do Um seja terrível para ele. No entanto o Quatro que confia no seu chefe Um pode experimentar sua criatividade e se soltar à vontade, contando que não quebre demais as regras e nem espere atenção especial dele, pois para o tipo Um todo mundo está sujeito às mesmas condições da lei.
Se você é um chefe Um, você poderá surpreender-se com atitudes histriônicas (palhaçadas) e mudanças de humor do seu funcionário Quatro. Nestes momentos, use a sua habilidade para redirecioná-lo para a realidade.
Quando o Um é subordinado e o Quatro é o chefe. Criativo e artístico, o Quatro normalmente tem um administrador ou financeiro do tipo Um trabalhando para ele. Se dão muito bem. O Quatro supre os meios para que o Um possa desenvolver políticas, sistemas, organizar os dados e prevenir para que o primeiro não "jogue água fora da bacia".
Como chefe, o Quatro, às vezes, sente-se criticado pelo Um subordinado. Este, por sua vez, se ressente com os humores e a impulsividade do chefe. O Quatro precisa se lembrar que para o Tipo Um as coisas são técnicas. O Um precisa lembrar-se que para o Quatro as coisas são pessoais. Quando o Um e o Quatro acertam seus interesses em relação a uma tarefa, a sensação de intriga desaparece (embora desavenças ainda existam) e seus padrões de excelência se fundem, gerando qualidade e beleza no que fazem.
Tipo Um trabalhando com o Cinco Algumas vezes o Um é confundido com o Cinco, porque os dois são,
confiáveis, contidos e disciplinados. Podem ser grandes professores e mentores intelectuais. Mas o Um Perfeccionista é compulsivo - sente-se obrigado a mudar, a adaptar-se para ajudar os outros; já o Cinco Racionalista sente-se confortável ao se manter à parte, sem se intrometer. Trabalham bem juntos, quando concordam sobre regras, deveres e procedimentos. Planejam bem sob contingências diversas e o Um não quer cometer erros, enquanto o Cinco não quer atenção sobre coisas negativas. Os problemas aparecem quando o Um vê o Cinco distante e apático sobre uma situação, como se não quisesse assumir a responsabilidade sobre ela. O Cinco, quando o Um se torna moralista e intrometido demais nos seus assuntos.
Quando o Um é chefe e o Cinco é subordinado. O tipo Um adora dizer ao Cinco como deve fazer seu trabalho, porém este gosta de pensar sobre como faze-lo à sua maneira. O Um gosta dos relatórios enquanto o trabalho se desenvolve, o Cinco não divide o que sabe enquanto tudo não esteja pronto.
Se você é um subordinado Cinco, saiba que sua insistência com a privacidade soa como uma "carta fora do baralho", ou como uma auto-indulgência (auto-perdão) para seu chefe. Portanto, preste atenção aos parâmetros e às metas dele, porque o tipo Um é totalmente literal (pão, pão; pedra, pedra), não tem problema nenhum em impor seu ponto de vista.
Sendo um Cinco subordinado, você até pode não seguir as regras, mas esteja consciente disso, arrumando uma boa argumentação.
Quando o Um é o subordinado e o Cinco é o chefe. Como Um subordinado, você talvez gostaria de ter mais clareza sobre as linhas que deve seguir, ou mais retorno sobre o que está sendo feito, do que seu Cinco gerente normalmente lhe dá. Você até o terá, se lhe der o espaço e o tempo necessário para fazê-lo. Mande-lhe um fax, um e-mail, ou até um recado que ele vai analisá-lo e dar-lhe a resposta.
Se você é um Cinco chefe, lembre-se que o Um é muito literal, portanto faça algum esforço para expressar seus valores e o que você quer com o máximo de clareza possível. Assim, o Um tem a certeza de estar fazendo o seu dever sem cometer nenhum deslize moral ou incorreto.
Tipo Um trabalhando com o Seis O relacionamento Um - Seis tem muitas vezes, o ranger dos dentes
como meio de comunicação. Ambos muito críticos, detestam eles mesmos serem criticados. O Perfeccionista Um toma a crítica como se sua correção ou a qualidade de suas coisas estivesse em julgamento. Já o Legalista Seis se pergunta se você está do lado dele ou do inimigo. Os dois, no entanto, usam armas pesadas para rebater essas críticas, às vezes até com coisas de pouca importância.
Tanto um quanto o outro possuem um senso de responsabilidade muito grande com o trabalho e com os amigos, lutam contra as injustiças, a má-fé, o autoritarismo e a falta de princípios. Determinados, quando se agarram a uma posição ou trabalho, vão até o fim.
Quando o Um é o chefe e o Seis é subordinado. Se você é o chefe, segure suas críticas até que seu subordinado Seis se sinta parte do grupo. Quando você precisa achar a causa de um problema, direcione sua atenção para o trabalho, não para a pessoa (o que talvez seja difícil para você).
O Seis subordinado trabalha bem quando entende seus pensamentos e sentimentos com clareza, acreditando que você não tem segundas intenções. Sua consistência lhe dá muita segurança.
Se você é um Seis subordinado que trabalha para um chefe tipo Um, atenção aos detalhes; a preocupação em não cometer enganos agradará muito a ele. A melhor maneira de ser leal é descobrir o que significa "fazer a coisa certa" para ele.
Quando o Um é funcionário e o Seis é o chefe. Se você é Um e trabalha para um tipo Seis, quando o perceber fazendo alguma coisa errada, sua tendência é ir lhe dizer. Claro que você quer ajudar, mas seu supersensível chefe vai achar que você o está reprimindo ou ralhando com ele. Isto o coloca em uma situação embaraçosa, pois ele perceberá as sutilezas das suas atitudes e também a raiva contida (que você não percebe) por trás de suas afirmações. Pensará que você não gosta dele, o que pode lhe trazer problemas.
Se você é um Seis chefe e tem um tipo Um subordinado, leve em consideração que ele é um crítico costumas, sem que tenha consciência disso. Acredita que está apenas ajudando. Procure responder as críticas, não as tomando pessoalmente, mas pelos seus conteúdos.
Tipo Um trabalhando com o Sete A formiga e o gafanhoto são o protótipo de um time Um-Sete. O
Perfeccionista e o Generalista talvez não sentem que têm muito em comum, mas têm. Os dois são entusiasmados com que tem a fazer. O Sete sente a excitação pelas possibilidades que se apresentam e o Um pelas possibilidades de fazer algo de forma impecável. São idealistas, o Um determinado pela perfeição e o Sete querendo o prazer e a felicidade. Os dois são rígidos.
O Um com sua visão estreita e literal da sua verdade, desprezando quem não a possua igualmente. O Sete é implacável com quem não comunga
da sua vibrante energia otimista. Os dois quando compulsivos em seus intentos, perdem a praticidade. O Um muito apegado aos princípios e normas perde a efetividade e o Sete com sua cabeça nas nuvens, fica fora da realidade.
Quando o Um é chefe e o Sete é empregado. Se você é um sete trabalhando para um tipo Um, seu propósito deverá ser manter-se em uma tarefa até o fim, ou pelo tempo suficiente para causar algum impacto. O Um ferve de raiva até explodir com a irresponsabilidade, a pouca atenção aos detalhes, ou ainda com os erros que atrasam os prazos. O Um patrão requer minuciosas especificações dos projetos, relatórios de acompanhamentos, que talvez minem sua paciência, mas que no entanto pode ser útil à você.
Se você é o patrão tipo Um, sabe por experiência que o Sete é anti-autoritário e que vive fazendo piada de tudo o que é sério e pesado. Uma boa relação entre eles é quando o Um patrão aceita as idéias dos Sete e as torna realidade. Quando ajuda-o a ser consistente em um projeto fazendo-o levar até o fim e principalmente considerando-o com seriedade.
Quando o Um é empregado e o Sete é chefe. O Sete se orienta pela perspectiva de prazer no futuro. O Um se sente responsável com suas obrigações de momento. Sob a direção do Sete, o tipo Um, sente dificuldades com as mudanças constantes das premissas básicas, ou das metas estabelecidas. Trabalham bem juntos quando são conscientes que podem se completarem.
Se você é o secretário de um tipo Sete, verá que os clientes e outros empregados são encantados com o charme e carisma do vibrante Sete, porém, é em você que eles buscam uma informação confiável, ou saber em que pé está uma situação, ou até mesmo para que convença o chefe a não mudar as diretrizes que foram estabelecidas. O Sete elogia quando gosta de você.
Um trabalhando com o Oito O Perfeccionista tipo Um é o grande guardião das leis do Eneagrama.
O Estadista, tipo Oito, é um burlador natural dessas leis. Para o Um, a virtude é o paladino do poder. Para o Oito, o poder é a virtude definitiva. Sob o ponto de vista do Oito, cujo foco é levantar polêmica, o moralista Um não passa de um hipócrita. Para o Um, o Oito é apenas um "papudo convencido". Os dois têm a mesma reação quando contrariados, só que o Oito explode de raiva e o Um implode sua raiva. Querem que prevaleça a sua vontade, o seu ponto de vista. Ao tomarem iniciativas, vão até o fim para realizá-las. Gostam de mudar as coisas de como estão e às vezes o fazem de forma persistente e rude, atropelando os outros e machucando-os, sem se dar conta disso.
Quando o Um é chefe e o Oito subordinado. Como chefe, o Um gosta de expor claramente quais a regras e procedimentos a serem seguidos. A observação rígida dessas normas é a forma pela qual o Oito é controlado pelo Um. Como o Sete, o Oito também quebra as regras do Um, mas aquele sai fora se confrontado. O Oito não, enfrenta-o e às vezes aos berros e publicamente, o que coloca o Um em situação difícil, pois espera respeito e consideração por sua posição de chefe.
Se você é o chefe, dê ao seu subordinado Oito toda a corda que ele quiser e espera para ver o que ele fará com ela. Se o seu chefe é o Um, perceba os princípios que estão por trás dos seus desejos. Não subestime sua posição de poder. Você tem muito a aprender com ele.
Quando o Um é subordinado e o Oito é chefe. Se você é o chefe, não se intrometa no espaço do seu subordinado Um. Não faça promessas e as retire depois, ou mude a direção do que foi estabelecido, que ele vai "arrepiar". Seu subordinado Um pode lhe dar o fundamento para você construir um império. Regras, regulamentos e procedimentos são para você como o pano vermelho para um touro no entanto são a base do comportamento do tipo Um. Através dele você poderá sentir a estabilidade, a moderação e as restrições que você precisa para ser efetivo e consistente, em vez de exagerado ou explosivo em seu trabalho.
Se você é o subordinado, use seu talento e paciência para colocar as questões que você considera corretas para o seu chefe. Ele as aceitará quando concordar ou quando servirem para confirmar sua posição de comando. Caso contrário ele as rejeitará.
Um trabalhando com o Nove
O tipo Um Perfeccionista tenta controlar a correnteza do rio, construindo barreiras e canais de escoamento. O Nove Pacifista controla a correnteza, deixando-se levar por ela. Os dois têm uma raiva interna desencadeada pela frustração do desentendimento mútuo. Suas diferenças às vezes são gritantes. O Um é ordeiro, limpo, focado, judicioso e proativo. O Nove deixa estar, é nebuloso, difuso e resignado. Quando estão bem, o Um fornece a ordem pela qual o Nove pode organizar seu caos, enquanto esse fornece àquele a empatia e colaboração para um trabalho de time. Portanto, eles se darão bem em uma empreitada quando o Nove com seu espírito Pacifista catalisa o esforço do grupo e o Um estabelece os princípios e os propósitos que guiam os trabalhos.
Quando o Um é o chefe e o Nove o funcionário. Você precisa compreender que seu subordinado Nove não dá importância, nem se identifica, com trabalho, como você o faz. Tampouco se compromete com a organização à sua maneira. Às vezes chega a relutar em fazer horas extra, sentindo-se explorado, se não for bem pago. Pode até ir ao sindicato reclamar, porém não o fará diretamente a você. Não adianta forçar nada em cima do tipo Nove. Na hora, não reclama, faz de conta que aceita, retira- se e com sua teimosia passiva, acaba fazendo do que quer.
Se você é um subordinado Nove, tente compreender quais os planos do seu chefe Um, perguntando a ele suas vantagens e desvantagens. O Um ficará feliz em explicá-lo.
Quando o Um é subordinado e o Nove chefe. Se você é o Um subordinado, é normal que você sinta que seu chefe não lhe está dando as diretivas corretamente, não se aflija por isso. Tome você a direção que achar correta. Aproveite a oportunidade, em vez de perder tempo criticando ou julgando seu chefe por ele lhe dar muita liberdade. Para seu chefe colaboração significa iniciativa.
Se você é um Nove chefe, talvez se ofenda com as críticas do Um, porém elas podem ser muito úteis para você. Dê-lhe trabalhos em que ele possa ser disciplinado e onde possa criar sistemas organizados para que sirva de referência ou de base para o desenvolvimento de sua organização.
Relacionamentos do Tipo Dois.
O prestativo tipo Dois é uma Altruísta, humanista, que reprime suas
necessidades para estar preferencialmente a serviço dos outros. Incapaz de
discernir quando deve ser rígido e normativo diante de uma situação (no Um),
ou sua falta de praticidade para os objetivos que devem ser alcançados (no
Três), o altruísta tipo Dois, quer ser útil para as pessoas: perceber suas
necessidades e problemas e se dispor a resolvê-lo.
Quando se dispõe a balançar suas asas, consegue ampliar sua capacidade de
resposta ao seu meio, satisfazendo as necessidades da situação de forma
equilibrada. Deixando as coisa fluírem, sem querer salvar o mundo dos seus
problemas pessoais, ele pode alcançar uma visão mais panorâmica da sua
realidade, tornando-se mais criativo, introspectivo e consciente de si mesmo
e das próprias necessidades como o tipo Quatro. Estressado, rejeitado ou mal
agradecido pela ajuda prestada, o tipo Dois se enche de sentimentos de ódio e
vingança, características do tipo Oito compulsivo. Só através da humildade e
da serenidade, é que ele pode resgatar seu equilíbrio para tornar-se um
Parceiro fiel e uma referência confiável para sua organização.
Dois trabalhando com o Dois Uma relação profissional entre dois Altruístas pode ser bem-sucedida quando
um executivo Dois tem um ótimo assistente tipo Dois. Às vezes não se
completam totalmente porque servem a diferentes mestres: o executivo, ao
seu chefe ou cliente, e o subordinado, ao seu chefe. A atenção e a
consideração se dispersam.
Quando o Dois é chefe. Quando o Dois possui o poder realmente, a situação
tem um sabor diferente para o Dois assistente ou subordinado, que se torna a
sombra manipuladora por trás do poder. O Dois executivo sente-se bem sendo
poderoso. Gosta de abundância e é generoso nas suas atribuições. Quando seu
nome está afixado na porta, não se intimida de exercer o comando e a
autoridade.
Se você é um Dois e tem um tipo Dois trabalhando para você, já sabe que sua
relação é especial diferente das dos outros. Sabe também que precisa
agradecê-lo sempre por sua ajuda e atenção.
Quando o Dois é subordinado. Se você é um Dois, com um chefe tipo Dois,
você sabe bem que ele se preocupa com o que os outros pensam dele.
Também sabe que ele não gosta de ser surpreendido com algo embaraçoso.
Portanto, mantenha-o sempre bem informado sobre o trabalho e sobre as
pessoas que o executam. O que o deixa de "cabelo em pé" é quando você
toma uma decisão, ou fala em nome dele, sem que ele saiba e depois é
cobrado por isso. Pode ter certeza de que você arrumou uma encrenca, pois
feriu a tão bem-cuidada imagem que ele quer preservar. Tudo o que você tem
a fazer numa situação dessa é se desculpar, dizer que aprendeu a lição e
prometer que não vai repeti-la. O Dois subordinado não anseia por
reconhecimento público pelo que fez; porém, faz questão de receber o
agradecimento por sua indispensável colaboração dada ao Dois chefe. O chefe
sabe disso, porque sente o mesmo e normalmente a reconhece.
Dois trabalhando com o tipo Três O Altruísta e o Narcisista formam uma parceria de grande potencial. Os dois
tipos gostam de causar boa impressão. São orientados para a execução de
tarefas (o Dois, através das pessoas e o Três, na busca do sucesso). Os dois
focam nos resultados e procuram envolver-se com pessoas capazes e
competentes. Precisam comprovar sua necessidade e utilidade para se
sentirem aceitos. Como são auto-suficientes, às vezes atropelam as pessoas na
busca dos seus objetivos, tornando-se desumanos ou desprezando os que não
os acompanham.
Quando o Dois é o chefe e o Três subordinado. Um tipo Dois executivo faz das
pessoas o alvo de suas atenções. O Três se perde nas relações humanas mais
íntimas. No entanto, eles compreendem muito bem que precisam tocar os
negócios e se o fizerem bem, vão ser respeitados e elogiados pelo que
alcançarem. É uma relação produtiva porque o Dois não estabelece limites
para o Três, desde que ele não esqueça de lhe servir um café.
Se você é o chefe, lembre-se que o Três não é só motivado pelas boas
relações, mas também pela oportunidade de crescer, da recompensa
financeira ou de aproveitar o momento para promover-se.
Se você é o subordinado, lembre-se que o chefe irá gostar do seu esforço e
comprometimento com o trabalho, porém não se perca dentro dele, tornando-
se rígido e impessoal na busca das suas metas. Para o tipo Dois, trabalho é um
negócio de gente.
Quando o Dois é subordinado e o Três é chefe. Uma situação muito comum é
de o atarefado chefe ser humanizado pelas atitudes de seu assistente Dois.
Este filtra as questões pessoais, antecipa a solução dos problemas e detecta
mais rapidamente do que ele quais são as suas necessidades.
Se você é um Três chefe, nunca esqueça que seu funcionário Dois precisa de
agradecimento e de reconhecimento quando ele é necessário. Isto o energiza
para servi-lo muito mais.
Se você é um Dois subordinado, seu poder e influência crescem na medida em
que o chefe vê que você de fato está facilitando seu trabalho e assumindo as
responsabilidades. Ele aos poucos delega cada vez mais a você os trabalhos
importantes e parcelas do seu poder.
O Dois trabalhando com o tipo Quatro Tanto o Dois Altruísta, quanto o Quatro Personalista são carismáticos,
sedutores e orientados para o lado sentimental da vida. Os dois não se
importam de descumprir regras em benefício do aspecto humano e pessoal de
uma situação. Mas enquanto o Dois quer sentir-se indispensável, o Quatro
quer que você faça claramente a distinção entre ele e os demais. O
Personalista acha o Altruísta um tanto superficial, sem densidade emocional e
até sem vida própria. Este acha o outro insuportável, egoísta e
melodramático. Quando estão bem e trabalham unidos, todos são favorecidos.
Quando o Dois é chefe e o Quatro subordinado. O gerente Dois é
entusiasmado e motivador. Se preocupa realmente com o pensamento dos
seus subordinados em relação a ele. O eternamente insatisfeito Quatro, talvez
seja um dos mais difíceis de agradar. O Dois às vezes gasta um tempo enorme
tentando ouvir, aconselhar e desenvolver atitudes práticas para direcionar ou
corrigir as reclamações do tipo Quatro.
Se você é um Dois chefe, lembre-se que o tipo Quatro freqüentemente não
está interessado em ajeitar uma situação (especialidade do Dois) e sim em
achar um motivo para expor sua insatisfação. Não se surpreenda se sua ajuda
nunca é suficiente.
Se você é um Quatro subordinado, seu chefe Dois pode lhe parecer frívolo e
muito maleável com os clientes e até mesmo com os outros subordinados. Seu
comprometimento com a autenticidade não aceita esta postura dele.
Quando o Dois é subordinado e o Quatro é chefe. Quando o Quatro está
empenhado em um grande projeto (artístico ou não), tem sempre um tipo
Dois a seu lado operando e ajudando. Ninguém melhor do que ele para fazer o
Personalista sentir-se especial.
Se você é um Quatro chefe, vê se consegue tirar o olho do seu umbigo e
perceber que o Dois está lhe ajudando bastante. Agradeça, senão corre o risco
de alguma manipulação de vingança.
Se você é um Dois subordinado, tome cuidado para não exceder seu espaço.
Controle sua tentação autoritária sobre tudo e sobre todos para não ferir o
elitista Quatro. Este pode sentir-se desprestigiado e destilar mau humor para
tudo quanto é lado.
Dois trabalhando com o Cinco O Dois Altruísta e o Cinco Racionalista parecem o oposto um do outro. O Cinco
detesta a idéia de ser dependente dos outros. O Dois adora que os outros
dependam dele. No entanto, o que mais enfatizam sobre si mesmos e os
identifica é a autonomia e independência. O Dois gosta de criar uma
aparência de que não precisa de ninguém. O Cinco insiste em não sentir suas
necessidades. Em certo sentido, o Dois, famoso por ajudar todo mundo, é
mais mesquinho do que o Cinco, pois espera a recompensa pelo que fez. Já o
Cinco quer que se dê valor ao que ele faz, não a ele.
Quando o Dois é chefe e o Cinco subordinado. Se você é o Dois chefe, você
deve tomar cuidado para não se intrometer ou recriar o drama de infância do
Cinco: algum parente inconveniente o isolou e criou um muro alto em sua
volta. Quando o chefe Dois tenta penetrar para dentro de sua muralha sendo
meloso ou sentimental com ele, a resposta é seca e árida. Normalmente o
chefe Dois, percebe as condições de trabalho ideal para seu subordinado
Cinco. Designa um escritório ou espaço onde possa estar só e desenvolver suas
tarefas.
Se você é tipo Cinco subordinado, naturalmente vai se colocar para o seu
chefe como conselheiro técnico, científico ou acadêmico. Para você vai existir
sempre um paradoxo. Se deixar que o Dois se torne o embaixador das suas
idéias para o púbico, você não precisará lidar com pessoas, que é sua
preferência. Mas se suas idéias são de grande valor para o Dois e reafirmam
seu poder, ele poderá ficar dependente delas para atuar. Ou seja, para ser
independente das outras pessoas, alguém depende de você. A saída é você ser
interdependente, passando a informação para todos em benefício da empresa.
Quando o Dois é subordinado e o Cinco chefe. Ter um Cinco chefe é o sonho
de qualquer Dois assistente. É a oportunidade de ser pleno e fazer a ponte
entre o chefe e o mundo externo das pessoas.
Se você é um Cinco chefe, não seja avarento nos seus agradecimentos pela
atenção que seu funcionário lhe dá. Se preciso, marque na sua agenda, porém
não esqueça de fazê-lo regularmente.
Se você é um Dois subordinado e gosta do seu trabalho, então é o bode
expiatório daqueles que devem lidar com seu chefe e têm dificuldades.
Papéis, notas, fax são do cotidiano do seu chefe.
Dois trabalhando com o tipo Seis O tipo Dois, Altruísta, e o Seis, Legalista, são bastante parecidos quando se
trata de lidar com os outros. As diferenças ficam por conta da impulsividade
do Dois e da precaução do Seis. O primeiro quer decidir rápido, o Seis quer
pensar sobre sua decisão. O Seis conjectura se o Dois é confiável, o Dois
conjectura se alguma coisa pode ajudar o Seis.
Quando o Dois é o chefe e o Seis é subordinado. Se você é o chefe, com
certeza detesta a rotina. Acredita que ser flexível é a melhor maneira de lidar
com as pessoas. De fato, você tem uma propensão a entortar a retidão das
regras por uma causa salvadora e justa de um amigo. Sua tendência a
promover negócios especiais cai bem para seu subordinado Seis, desde que ele
participe das vantagens mútuas. Se não, com certeza ele conspira para que
nada dê certo. Para um Seis, nada é pior do que ser esnobado por uma
autoridade injusta. Ele lida bem com situações emotivas; no entanto, prefere
que tudo esteja sobre a mesa e que se tomem as decisões de forma racional.
Se você é um subordinado Seis, já sabe que seu chefe não gosta de problemas
que exijam análises complexas, preferindo usar a intuição para resolvê-los.
Você é a pessoa ideal para servir de escudo das pessoas que querem tirar
proveito da impulsividade do chefe, ou para alertá-lo sobre os movimentos de
poder dentro da organização que queiram passá-lo para trás.
Quando o dois é subordinado e o Seis o chefe. Se você é um Dois subordinado,
as coisas devem andar bem para você enquanto o chefe Seis controla o seu
domínio, preocupando-se consigo mesmo ou com seus inimigos; você "tira de
letra" essas coisas ao mesmo tempo em que expande sua influência, tornando-
se indispensável no ambiente. Ele confia em sua aparente devoção a ele. No
entanto, cuidado, o Seis chefe detesta ser manipulado. Se sentir que é um
joguete em suas mão, ele vai querer te "ferrar".
Se você é um Seis chefe, você precisa compreender o quanto seu subordinado
Dois quer ser reconhecido. Isto talvez seja duro para um Seis empolado e
arrogante, que não distribui agradecimentos facilmente. O que o Dois mais
aprecia é sentir-se necessário a você ou ao processo e que a relação com você
seja sólida, mútua e fluente.
O Dois trabalhando com o Sete O Altruísta e o Generalista são os tipos mais agradáveis do Eneagrama. Os dois
são otimistas, cheios de energia e acreditam que seus talentos lhes abrem as
portas do mundo. São meio intocáveis pela tristeza e distantes da
introspecção. O Dois e o Sete são a versão emocional e mental um do outro. O
Dois é ágil em perceber os sentimentos dos outros e o Sete em associar e
coordenar idéias. Mas o Dois toca apenas a superfície dos sentimentos e o
Sete, mesmo intelectual brilhante, é um ingênuo (o Sete torna-se sábio
quando busca as melhores qualidades do Cinco e o Dois se aprofunda nas
emoções, quando busca as melhores qualidades do quatro).
Quando o Dois é o chefe e o Sete o subordinado. Se você é um Dois chefe,
tome precauções para que seu Sete subordinado se comprometa por você com
coisas que não poderá cumprir. Coisas como prazos, qualidade de produto e
adesões, por exemplo. Às vezes ele pode enchê-lo de amabilidades, propor-
lhe grandes idéias e, com jeito inocente, requisitar sua ajuda para pôr em
prática seu maravilhoso plano. Lembre-se, o Dois gosta que dependam dele, e
o Sete gosta de ser tratado como um gênio infantil. Você tira o melhor dele,
quando consegue comprometê-lo em um projeto.
Se você é um Sete que quer se dar bem com um Dois chefe, considere: o Dois
quer ser pessoal, específico e que a abordagem dos problemas traga
resultados práticos. Diferente de você, que é de grandes esquemas e idéias,
ele quer servir a alguém. Você é global, ele é local. Você é futuro, ele é
presente.
Quando o Dois é subordinado e o Sete chefe. Se você é o chefe, terá
problemas se for muito arrogante ou autoritário com seu subordinado Dois.
Também se não lhe der a devida posição em seus planos. Você será vingado.
Sua relação será ótima quando permitir que ele possa humanizar seus planos e
projetos, dando seu toque pessoal, reconhecendo o valor do suporte que está
prestando e, por fim, lhe agradecendo.
Se você é o subordinado, seu grande desafio será atender à multiplicidade de
idéias, planos, saídas, soluções para uma mesma situação ou para os
problemas da empresa que ele jogará para você. Escolha o melhor e faça.
Dois trabalhando com o Oito Os dois tipos fazem o jogo do poder. Gostam de estar no comando. Agem
impulsivamente e têm dificuldades de lidar com a frustração. Não são
chegados a regras ou a qualquer coisa que os amarre. Isso lhes permite serem
ousados, a terem iniciativas próprias e lutarem pelo poder. O Oito Estadista
vence pela força bruta e o Dois Altruísta, manipulando e puxando as cordinhas
a seu favor. Gostam de servir aos outros, o Dois ao seu chefe e o Oito, aos
pobres e oprimidos através do que ele considera a verdade e a justiça. O
primeiro atua através das pessoas, enquanto o segundo diretamente sobre
elas. Sua relação é muito boa quando os dois atuam com objetivos comuns.
Quando o Dois é o chefe e o Oito o subordinado. Se você é o chefe de um tipo
Oito, você sabe que tem um importante aliado que entende o que é o poder.
Ninguém lida com o Oito tão bem quanto o Dois. A razão é simples. O Oito
gosta de atuar nas entrelinhas das normas e regras, com o que o Dois até
concorda, desde que se mantenha fiel a ele.
Se você é um Oito que trabalha para um Dois, lembre-se de que ele só
permitirá passar por cima das normas, se você estiver empenhado e
comprometido em suas tarefas, em que ele também é favorecido
diretamente. Procure não ser excessivamente expansivo, invadindo as áreas
de seu chefe. Ele colocará rédeas em você.
Quando o Dois é subordinado e o Oito é chefe. O Dois gosta de cultuar os
poderosos no poder. O Oito é poderoso. O Dois, por ser mais estratégico com
pessoas do que o Oito, percebe suas reações, lida com elas em termos mais
longos, enquanto esse quer a resposta já.
Se você é um Dois que trabalha para um Oito, você já se acostumou com ele e
trabalha muito, tem responsabilidade e é o seu fiel escudeiro. Sendo assim
você é recompensado pelo poder que ele lhe dá, que no fundo é o que você
quer. Você transmite o poder do chefe com muita confidência.
Se você é o chefe, saiba que seu funcionário Dois é muito mais sensível do que
você às suas próprias fraquezas e vulnerabilidades. Ele pode mantê-lo distante
dos problemas e ensina-lhe a tratar com pessoas, sua especialidade.
Certifique-se de que ele está fazendo o que você quer que ele faça.
Dois trabalhando com o tipo Nove O Pacifista Nove e o Altruísta Dois estão ligados em ajudar um ao outro. Têm
empatia, são agradáveis e se encaixam muito bem. Apesar de seus secos e
estéreis mundos internos, são atenciosos um com o outro, mesmo
indiretamente. O Dois, através do poder, domina os eventos e pessoas com
suas decisões, comprometendo-se em relação aos negócios. O Nove concorda
com as decisões tomadas durante qualquer evento, mas, apesar disso acaba
fazendo sempre o que quer, o que ele acha certo.
Quando o Dois é o chefe e o Nove subordinado. Se você é o chefe, tome
cuidado para não ser muito autoritário e insistente. Para o Nove isto é colocá-
lo no inferno. O bom chefe Dois usa sua sensibilidade para perceber o que o
Nove precisa e lhe oferece as condições necessárias para desenvolver suas
tarefas. Ele se sentirá melhor em um ambiente sem muito movimento, onde
as normas e os hábitos sejam definidos e muito claros.
Se você é um nove subordinado, não confunda a preocupação do seu chefe
Dois com você como um indivíduo e seu interesse no trabalho a ser realizado.
Ele tem a habilidade de se colocar entre as pessoas e o trabalho, fazendo com
que o profissionalismo prevaleça em qualquer caso. A relação entre vocês é
boa quando ele percebe seu comprometimento e você se sentirá bem quando
ele não força uma barra sobre você.
Quando o Dois é subordinado e o Nove é chefe. O Nove se identifica
facilmente com a rotina diária na organização em que trabalha. Vê as coisas
dentro de um contexto de longo tempo, o que o leva a não sentir urgência por
nada. O Dois é mais imediato, querendo as coisas para ontem.
Se você é um Dois trabalhando para um Nove, você deve se sentir meio
frustrado pela demora ou falta de decisão dele. Você pode ajudar
apresentando as opções para ele, as quais vão sendo eliminadas, desde as
mais conflitantes até as mais fáceis.
Se você é um Nove que supervisiona um Dois, lembre-se de que ele é muito
intrometido. Deixar tudo fluir irrita muito o tipo Dois. Portanto, controle as
decisões dele para você não ser atropelado por seu movimento. Dentro de um
relacionamento harmônico, o Dois antecipa ao Nove o que quer fazer, sem
que precise perguntar. Este lhe dá o espaço para atuar.
Relacionamentos do Tipo Três
O vaidoso tipo Três é o Narcisista que constantemente vende uma imagem do
sujeito bem-sucedido, e por isso reprime qualquer ameaça de fracasso seu ou
de um empreendimento em que esteja envolvido. Incapaz de avaliar a
dimensão pessoal e dar valor aos sentimentos humanos em um
empreendimento (no Dois), ou entender seus próprios sentimentos diante de
um problema (no Quatro), o produtivo Três acredita que só será amado se
trabalhar muito e conseguir resultados por aquilo que faz. Quando se dispõe a
balançar suas asas, valorizando as pessoas e a si mesmo como fundamento
para seus relacionamentos, consegue realizar suas tarefas numa dimensão
mais ampla e equilibrada. Deixando as coisas fluírem, sem interferir tanto e
sem ser excessivamente utilitarista, pode alcançar uma visão mais panorâmica
da sua realidade, tornando-se mais criativo, relacionável e consciente de si
mesmo e dos valores pessoais como o tipo Seis. Estressado, rejeitado ou
fracassado um empreendimento, o tipo Três perde sua fleuma, sua agilidade
mental e a diligência, características do tipo Nove compulsivo. Só através da
integridade e da humildade é que ele pode resgatar sua harmonia para servir
e tornar-se um Mestre a ser seguido para a realização com qualidade dos
trabalhos em sua organização.
Três trabalhando com o Tipo Três Tome prumo. O brilhante, energizado e produtivo par de tipo Três Narcisista
faz o seu trabalho com entusiasmo e comprometimento sem ser ambivalente
ou tendo segundas intenções.
Quando você é o Três chefe. A teoria de gerenciamento do tipo Três é muito
simples: nade ou morra afogado. Acha que não deve gastar dinheiro com
treinamento porque, ou as pessoas entendem o que fazem e devem fazer, ou
não entendem e pronto. Espera que você se interesse pelo seu trabalho para
dominá-lo. Às vezes o Três subordinado prospera auto educando-se, ou então
procura todos os cursos direcionados para o seu interesse.
Quando você é o Três subordinado. O Três chefe se orienta por metas. O Três
subordinado quer cumpri-las. Gosta de desafios para que possa competir duro,
intensamente. Quer o "status", que vem com o sucesso. Quer produzir o
máximo e cumprir sua meta para ser incluído entre os premiados com a
viagem ao exterior. Nem tanto para curtir a viagem, mas para ser incluído
entre os vencedores.
O Narcisista normalmente se inspira nas pessoas de sucesso, os outros Três de
dentro da organização. É comum encontrar-se o tipo Três no departamento de
marketing, vendas, em cargos executivos ou de gerência. Ele é atraído por
empresas de comunicação, de serviços e vendas de artigos que dão prestígio.
Competitivo, está sempre querendo fazer melhor do que o outro, ser mais
produtivo, apresentar melhores resultados, enfim, ser Narcisista bem-
sucedido. Acredita que só merece respeito ou deve ser amado aquele que faz
sucesso, quem é importante.
Trabalhando juntos, dois Três talvez tentem tirar vantagens competitivas um
do outro, escondendo informações, excluindo o outro da agenda de reuniões,
limitando o acesso a detalhes da operação, ou prevaricando (corrompendo)
para tirar vantagens. Vencer ou ser vitorioso só é possível quando existe o
perdedor. Cuidado!
Três trabalhando com o Quatro Pipocando dentro do departamento de marketing do tipo Três Narcisista,
você provavelmente encontrará um belo e decorado cubículo, num canto, lá
atrás. É o cenário do Quatro Personalista encarregado do "design" dos
produtos e do marketing da empresa. O especialista Quatro imprime uma
classe e conteúdo artístico ao estilo vendedor do Três.
Quando o Três é o chefe e o Quatro subordinado. O relacionamento entre o
Três e o Quatro geralmente vai bem quando o chefe trata seu subordinado
com deferência especial, única. O problema começa quando, assim que uma
tarefa é completada pelo Quatro (foco de atenção do Três até então), o chefe
passa a dar importância no que vem depois. O Quatro se sente abandonado ou
deixado para trás.
Se você é o chefe, você precisa saber que seu funcionário Quatro lhe acha
cafona, mal-vestido e grosseiro no tratamento com as pessoas. Diferente do
Três, o Quatro não se identifica com o salário, bônus ou promoções (embora
sinta inveja de quem o recebe). Acionar "verdinhas" para motivá-lo é um erro
tático. Resista à tentação de se preocupar com a mudança de humor
constante do Quatro e sua tendência a depressão. O melhor é lhe dar
parâmetros claros e o espaço que ele quiser, que com o tempo, tudo se
equilibra.
Se você é o subordinado, seu Três chefe talvez tenha dificuldade com seu mau
humor. Ele não quer que seus sentimentos interfiram na produtividade. Você
cresce observando seus sentimentos em vez de apenas senti-los.
Quanto o Três é subordinado e o Quatro chefe. Se você é o Três subordinado,
seu chefe gosta muito de sua atenção sobre o que ele considera maçante,
como assuntos financeiros ou relatórios econômicos. Também gosta de ver
que suas tarefas são completadas com eficiência. Cuidado para se entusiasmar
demais em seus rompantes auto promotores. Ele não gosta da
superficialidade, nem da passagem rápida de uma situação a outra.
Se você é o chefe, lembre-se que seu subordinado Três gosta de saber qual é a
tarefa que deve cumprir e o prazo para executá-la. Quer impressionar você
pelas habilidades que tem, principalmente na área de marketing.
Três trabalhando com o Cinco O Cinco Racionalista e o tipo Três Narcisista freqüentemente formam um boa
dupla. O Três externamente, lidando com vendas, marketing, clientes e com a
imagem e o Cinco internamente, encarregando-se com o financeiro,
esboçando contratos, analisando documentos, fazendo pesquisas, subsidiando
a organização com informações.
Quando o Três é o chefe e o Cinco subordinado. Em muitas empresas de alta
tecnologia, o Três chefe toca o departamento de pesquisa cheio de
engenheiros tipo Cinco. Isso permite ao comando projetar para que o grupo
tenha a preocupação técnica da elaboração. Saiba que seu funcionário Cinco
detesta ser desnorteado pelo seu grande entusiasmo, sentindo-se manipulado.
Sua motivação funciona bem melhor com outros Três. Com o Cinco, seu
relacionamento será ideal quando você lhe der espaço para pensar e bolar
suas coisas. Ao se sentir seguro, dará a você informações precisas e claras
sobre os assuntos em pauta.
Se você é um Cinco trabalhando para um Três, você estará ajudando muito
fazendo ele sentir que você faz parte do seu time. Tente expressar seus
argumentos e propostas nos termos das metas estabelecidas por ele, ou pela
organização, em vez de apenas uma fria e objetiva análise da situação.
Quando o Três é subordinado e o Cinco chefe. Se você é um Três trabalhando
com um chefe Cinco, você dará a ele todos os detalhes do que está fazendo;
mostrará que está consciente de tudo, tendo revisado com muito cuidado a
situação. Em nenhum momento queira partir para a próxima meta. Talvez isso
seja difícil para você, que gosta de estabelecer as metas e sair a campo se
atirando a elas. Ele não é assim.
Se você é um Cinco chefe, coloque seu assistente Três no lado de fora de sua
porta para que atue como amortecedor e você terá um esgrimista lutando
para isolar você dos confrontos, dos subordinados e forasteiros. Pode até
isolá-lo demais. Encare a floresta de vez em quando.
Três trabalhando com o Seis A linha que conecta o tipo Três Narcisista com o tipo Seis Legalista está
sempre esticada ora para frente, para o futuro (pelo Três), ora para trás, pela
prudência (pelo Seis). O Três se sente Narcisista, basicamente porque ignora e
evita o fracasso. No entanto os alertas sobre o fracasso nem sempre são ruins.
O Seis sabe disso muito bem porque reflete muito antes de decidir, duvida das
coisas fáceis e mastiga bem, antes de engolir qualquer coisa. O Seis tempera a
ação do Três com o tempo de cozimento adequado.
Quando o Três é o Chefe e o Seis subordinado. Se você é um chefe que tem
um Seis no seu barco, tem também um pentelho que vive achando problemas
e perigos em tudo. Sua tendência é elevar exageradamente o problema antes
de ser paralisado por ele. Como chefe, você pode encorajar o Seis a tomar as
atitudes adequadas para cada momento.
Se você é um Seis subordinado, situe claramente suas preocupações sobre as
conspirações e problemas que você suspeita que possam acontecer.
Conjecturas e palavreado não caem bem para um Três chefe. Não se esqueça
de recomendar ações. Às vezes o Seis acha que detectar o problema já é
suficiente. Não para o Três.
Quando o Três é subordinado e o Seis chefe. O Seis sempre tem um argumento
para exercitar sua autoridade. O falar rapidamente, andar depressa do Três
faz o Seis se sentir sem controle da situação.
Se você é um Três subordinado, a ambivalência e a procrastinação do seu
chefe é frustrante para você, mas você poderá tocar para frente suavemente
se o mantiver informado de todos os seus movimentos. Veja isso como parte
do seu trabalho e não como um impedimento para realizá-lo.
Se você é um Seis chefe deixe claro para o seu assistente Três que parte do
trabalho dele é mantê-lo informado sobre o que está fazendo. Você precisa
ser explícito com o Três para que ele não corra muito na sua frente. O Três
subordinado precisa do reconhecimento público por suas realizações. Sem se
sentir diminuído por isso, elogie e dê crédito ao seu subordinado Três, que
será útil e satisfatório para todos.
Três trabalhando com o Sete Este é o relacionamento entre o marketing (Sete) do Generalista e a venda
(Três) do Narcisista. Os dois tem muita energia, são otimistas e se metem a
fazer tudo. Enquanto o Três quer arregaçar as mangas e pegar no batente, o
Sete necessita de uma constante injeção de entusiasmo de idéias e
possibilidades. O Sete se move pela inspiração. O Três pela transpiração. Os
dois diferem na percepção que tem do mundo. Para o Três, o pensamento é
contínuo, linear: "Se eu faço isso, então acontece aquilo. Se eu dou duro no
trabalho, vou ter os resultados que espero". O Sete tem um pensar
descontínuo, não-linear: "Ao eu fazer isso, qualquer coisa pode acontecer".
Num boa relação, eles se completam com suas abordagens e pontos de vista.
O Três constrói suas torres começando na base. O Sete de cima para baixo.
Quando o Três é o chefe e o Sete subordinado. O Sete subordinado não é tão
motivado pelas metas como é pelo entusiasmo de estar em um projeto. Se
você é um Três chefe, motive seu funcionário com idéias e possibilidades
novas, excitantes e não com o que motivaria você: dever, prestígio,
recompensa. Ele não gosta de prazos rígidos, preferindo mais liberdade para
ser produtivo e consistente.
Se você é um Sete subordinado, você tem a oportunidade de apreender muito
com a objetividade de seu chefe. Observe suas habilidades em decidir as
metas, toque as atividades com praticidade ou buscar sugestões. Com isso
deixará de lado esse seu hábito de só curtir a experiência para ver o que
acontece.
Quando o Três é o subordinado e o Sete chefe. Se você é um Sete chefe, se
dará bem ao estabelecer com clareza as etapas que o seu subordinado Três
deve cumprir. Apenas divagando, como é costume do Sete, sintoniza o Três,
cuja referência são as metas a serem cumpridas, as tarefas a serem realizadas
e os prêmios a serem conquistados.
Se você é um Três subordinado, talvez ache que o seu chefe Sete não termina
nada que começa, principalmente quando envolve problemas. Vê se consegue
fazer seu excelente, objetivo e prático trabalho sem apresentar ao chefe os
problemas e dificuldades inerentes ao seu desenvolvimento.
Três trabalhando com o Oito Os tipos Três e Oito são os mais proativos e fazedores do Eneagrama. Sempre
presente nada os intimida ou impede que assumam responsabilidades ou
tenham atitudes impactantes. O Oito Estadista quer o poder, exercitando-o
através do fazer, curtindo comandar; o tipo Três quer ser eficiente,
competente, Narcisista, focado nos resultados, nas metas que lhe trarão
sucesso. Uma diferença básica entre os dois em relação aos desafios da vida é
que o Três quer vencer o inimigo, quer se sentir vitorioso sobre alguém,
portanto precisa dele. O Oito quer derrotar o inimigo e destruí-lo. Seu prazer
é praticar a política da "terra arrasada, eliminar tudo, não deixar nem para a
semente".
Quando o Três é chefe e o Oito subordinado. Se você é um Três que comanda
um tipo Oito é preciso que você estabeleça com firmeza os critérios, as metas
as serem atingidas. Ele precisa que você seja confiante para que se sinta
confiante também. Aí toma as rédeas da situação e cumpre o que foi
determinado.
Se você é um Oito trabalhando para um tipo Três, seu chefe quer que você
não pense que você é um autônomo. Ele é o chefe. O Oito às vezes deixa a
impressão de que está mais interessado no poder que tem, do que no sucesso
do grupo como um todo.
Quando o Três é o subordinado e o Oito o chefe. Se você é um Oito chefe, dê
ao seu subordinado Três claras instruções sobre o que tem e como deve
cumprir suas tarefas. Às vezes você pode esquecer que o Três faz o jogo do
sucesso (vencer a qualquer custo) e com isso se amarrar em questões como
lealdade, justiça, submissão, os ícones do seu reino de poder. Deixe claro o
que lhe interessa para não haver mal-entendidos.
Se você é um Três que trabalha para um Oito chefe, cuidado para não o
enfrentar, mas também não lhe dê as costas. O Oito gosta que seus
subordinados tenham opiniões próprias, mas que essas opiniões estejam de
acordo com as suas. Não seja muito "pavão" se auto promovendo. Isso irá
parecer vigarice para seu chefe.
Três trabalhando com o Nove O Três Narcisista é competitivo e quer brilhar sobre todo mundo. O Nove
Pacifista detesta competir e quer promover harmonia e alianças com todos no
grupo. O três é proativo, o Nove reativo. A linha que separa os dois balança
entre a ação direta, responsável e objetiva (Três) e o deixa estar, confiando
no sistema, no processo e em seus colegas (Nove).
Quando o Três é chefe e o Nove subordinado. O Três anda e fala mais rápido
do que todo mundo. O Nove é lento e o mais descansado parceiro que você
pode encontrar. Se você é um Três chefe, procure ajudar seu funcionário
Nove se mover estando junto com ele. É quando produz melhor. Ajude-o a
priorizar suas metas e manter-se nelas até o fim. Faça-o sentir-se parte do
time, aceitando suas idéias ponderadas. Mais importante, sua ajuda será
efetiva quando você se opuser à resistência ou à teimosia em continuar
revisando e revisando as questões já decididas ou fechadas, que precisam ir
adiante.
Se você é um Nove subordinado, e quer trabalhar bem com seu chefe Três,
você precisa ser convincente. Diga o que você tem para dizer, esteja pronto
para decidir; ao decidir, mantenha-se firme na sua posição e com entusiasmo
ponha tudo em prática imediatamente.
Quando o Três é subordinado e o Nove o chefe. Se você é o chefe Nove, seu
funcionário Três talvez se sinta arrastado, amarrado por sua falta de direção e
foco. Ele gosta de decisões rápidas e objetivas. O Nove gosta de decisões
emergindo dos seus processos naturais, sem forçar nada. Em vez de ficar
cerceando, esperando outras opiniões, mais algumas comprovações e
relatórios de terceiros, faça um esforço para dar ao Três o que ele precisa
para tocar seu barco. Ele quer movimento.
Se você é um Três subordinado, cuide-se para não fazer seu chefe Nove não se
sentir empurrado ou abarrotado de questões para decidir. O Três,
normalmente é implacável sobre o que deseja. Você não terá problemas
quando quiser fazer algo com que seu chefe concorda. Mas pressionar o Nove
por alguma coisa com que ele não concorda, só vai lhe trazer aflição. O Nove
vai empatar você, só por teimosia.
Relacionamentos do Quatro
O sensível tipo Quatro é bem Personalista e vê o mundo apenas sob o seu
ponto de vista individual, para isso reprime sua sensação de inferioridade,
manifestando uma postura na qual valoriza mais o que falta, do que existe em
qualquer situação. Incapaz de agir com praticidade e ser objetivo em suas
ações (no Três), ou fazer a lógica prevalecer sobre a tempestade das suas
emoções (no Cinco), o artista Quatro acredita que ele ou qualquer pessoa é
aquilo que sente. Quando se dispõe a balançar suas asas, para ser mais prático
e produtivo, avaliando as situações sem misturar com seus sentimentos,
consegue atingir seus objetivos numa dimensão holística e mais equilibrada.
Deixando as coisas fluírem, sem ser excessivamente emocional, pode alcançar
uma visão mais panorâmica da sua realidade, tornando-se mais organizado,
normativo e consciente de si mesmo e dos valores de justiça como o tipo Um.
Estressado, rejeitado e carente de atenção, o tipo Quatro perde seu centro,
sua referência e passa a manipular os outros para seu interesse,
características do tipo Dois compulsivo.
Só através da serenidade e da ação prática é que ele pode resgatar sua
harmonia para servir e tornar-se um Construtor, quer através da sua arte,
embeleza e dá qualidade aos trabalhos da sua organização.
Quatro trabalhando com Quatro Os trabalhos de uma dupla de Quatros Personalistas, dando-se bem ou não,
refletirão um propósito estético e artístico. Tentam sempre fazer algo que
tenha significado e que seja belo. Quando isto acontece, ou seja, os outros
aceitam e elogiam, a primeira reação é de que "finalmente sou
compreendido". Mas porque o Personalista (você) se acostumou a não ser
entendido e porque nutre um senso de inferioridade, não se surpreenda se
seus sentimentos se colocarem numa encruzilhada entre a incompreensão e a
decepção. Aí se revela a fonte da energia (inveja) que move o Quatro para ser
mais original e mais profundo em sua competitividade (tão forte quanto a do
Três). Quer ser melhor do que quem já fez o melhor.
Se você é um Quatro trabalhando para um Quatro, procure estar atento sobre
o que o outro está fazendo antes de tomar qualquer iniciativa.
Quando o Quatro é o chefe. Para se sentir bem, o Quatro chefe quer estar
seguro que você valoriza e aprecia sua visão estética e que você
prazerosamente compartilha dos seu mundo todo especial. Quer também que
você ponha paixão no seu trabalho. Quanto mais você considerar o que você
faz, uma missão, melhor será para você.
Quando o Quatro é o subordinado. O Quatro subordinado floresce e brilha
quando seu senso estético suas qualidades são úteis e bem subordinados pela
organização. Para ele, claro, ainda não é o perfeito (a insatisfação de novo),
mas estar satisfeito e sentindo-se confortável não é a praia do tipo Quatro. O
trabalho primoroso, realizado sob circunstâncias difíceis e adversas, é o mais
recompensador (como o de uma ostra que sente o desconforto de um grão de
areia no seu interior e o transforma em uma pérola).
Quatro trabalhando com Cinco Apesar de suas diferenças aparentes, o Quatro Personalista e o Cinco
Racionalista têm muito mais coisas em comum do que as aparências. Os dois
são introvertidos. Invariavelmente, criam em sua volta o espaço mágico para
defender-se contra os inconvenientes externos e os problemas pessoais dos
outros. Porém, enquanto o Quatro é do grupo emocional e toma tudo como
pessoal, o Cinco é do grupo intelectual e analisa tudo de forma impessoal. O
Quatro sente-se bem quando lida com sentimentos, o Cinco evita os
sentimentos, sentindo-se bem quando pode analisar tudo friamente pela
lógica e a racionalidade.
Quando o Quatro é o chefe e o Cinco subordinado. Se você é um Cinco
subordinado com um Quatro chefe, você precisa delinear seus limites, tanto
emocionais quanto físicos. O Quatro gosta de se intrometer na vida dos
outros, com a certeza de que sabe o que é melhor para você.
Se você é um Quatro, chefe de um Cinco, você se dará bem ao valorizar a
inteligência dele e proteger sua privacidade. Todos os subordinados Cinco se
ressentem com os outros que têm escritórios ou espaços privados. Pode
ocorrer muito ciúme entre vocês, pois da mesma forma que você inveja
inteligência brilhante, ele inveja sua graça e seus sentimentos profundos.
Quando o Quatro é o subordinado e o Cinco chefe. Se você é um Quatro
subordinado, naturalmente quer fazer tudo de forma especial. Quer que as
reuniões tenham café e biscoitos no canto da sala, cadeiras confortáveis,
diferenciadas e de bom gosto para todos, o que levará seu chefe a pensar que
você está comprometendo seu tempo, energia e dinheiro com gastos que o
fará se arrepender mais tarde. Seja o mais criativo que puder sem apertar ou
esgotar os orçamentos do chefe. Faça com que ele perceba que sua intenção
não é ser perdulário e que está sob controle dos limites. Seja especialmente
cuidadoso para não incendiar seu chefe com sua melancolia ou pela
insistência sobre um projeto que ele ache oneroso.
Se você é um Cinco chefe, talvez tenha que contemporizar a impulsividade da
ansiedade emocional do seu subordinado Quatro. Seja previdente. O tipo
Quatro é sensível a julgamentos, no entanto julga com muita facilidade, o que
serve de alerta para a lógica a usar com ele.
Quatro trabalhando com o Seis Com suas antenas sintonizadas no que falta, o Quatro Personalista se dá ao
luxo de antecipar as coisas para achá-las melhor do que a realidade atual. O
Seis Legalista faz o oposto. Preocupa-se com o que acontecerá para achá-las
pior do que a realidade atual. Os dois têm uma espécie de trauma com o
pesado fardo que carregam pela vida na busca do seu significado. Se dão bem
quando o Quatro com medo de ser abandonado, percebe o Seis firme e leal, e
o Seis, com medo de ser "fritado", percebe o Quatro, confiante, autêntico e
verdadeiro.
Quanto o Quatro é o chefe e o Seis subordinado. Se você é um Quatro chefe,
você precisa se sentir especial, mas seu subordinado Seis necessita sentir-se
seguro. Tratando-o de forma especial, com deferência, ele vai achar que está
a perigo. O que o Seis necessita para estar seguro é previsibilidade,
pensamento lógico, transparência emocional, o que não é fácil para você.
Suas mudanças de humor, seus ataques emocionais imprevistos e sentimentos
confusos o fazem desconfiar que você pode estar "armando alguma" para ele.
Se você é o Seis subordinado, saiba que seu chefe Quatro freqüentemente se
acha em uma posição onde a profundidade, a visão criativa e a paixão que
tem são mal-entendidas pelo mundo externo. Sua lealdade e confidência para
ele são muito importantes.
Quando o Quatro é subordinado e o Seis chefe. Se você é um Quatro
subordinado, você e seu chefe parecem ter um temperamento conflitante.
Enquanto você está esperando para que a ação comece, ele está esperanto
para que pare. A chave para trabalhar com o chefe Seis é: vá em frente
baseado na sua intuição e convicção, mas tenha as razões lógicas e as
pesquisas que justifiquem sua decisão. Se a coisa ficar preta, deixe que as
normas e padrões operacionais de rotina prevaleçam sobre o jeito que você
está habituado a tocar. Isso acalma a situação.
Se você é um Seis chefe, perceba que seu funcionário é sensível para coisas
que às vezes você não é. Exemplo, as sutilezas de uma apresentação, o tom
emocional de um argumento, etc. Você pode tirar proveito disto; no entanto
sabe que precisa valorizar e presentear as habilidades de seu subordinado.
Quatro trabalhando com o Sete A melancolia emocional do Quatro, Personalista, contra o otimismo
intelectual do Sete, Generalista formam uma excepcional polaridade. A
inspiração do Sete tem um espírito livre, porém sem profundidade, enquanto
a melancolia do Quatro é intensa, profunda, mas excessivamente
Personalista. No entanto, existe similaridade entre eles. O Sete é a flauta
mágica enquanto o Quatro é o canto da sereia. Os dois se deliciam em ver o
mágico no ordinário e teimam em tirar leite da pedra. Seus relacionamentos
crescem quando um alimenta o talento do outro. Torna-se difícil quando o
Quatro não aceita a superficialidade do Sete e este rejeita a profundidade e
melancolia daquele.
Quando o Quatro é chefe e o Sete subordinado. O Quatro chefe se sentirá
lisonjeado com a imaginação ilimitada de seu subordinado Sete. Porém,
enquanto o Quatro leva seus projetos com seriedade e trabalha duro para
realizá-los (mesmo quando o resultado final seja insatisfatório), o Sete não se
compromete emocionalmente tanto assim. Ao encontrar problemas e
dificuldades numa tarefa, prefere descartá-la para iniciar outra, sem nenhum
drama de consciência. Libere seu subordinado para controlar o "tráfico aéreo"
e encaminhar as situações, porque ele tem sempre muitas saídas para os
problemas que se apresentam.
Se você é um Sete que trabalha para um chefe Quatro, aprenda a resolver
problemas intrincados até a sua solução. Utilize a sabedoria e profundidade
de seu chefe como inspiração. Preste atenção em sua preocupação com a
qualidade e senso artístico.
Quando o Quatro é o subordinado e o Sete chefe. Se você é um Sete chefe
faça de seu Quatro funcionário uma pessoa especial, dando-lhe atenção,
encorajando-o. Ele poderá dar substância e realizar as coisas que você
imagina. Suas idéias serão embaladas em sentimentos e beleza. Cuidado para
não abandonar o Quatro com um projeto e sair para outro como é do seu
costume. Ele se sentirá desprestigiado e pode falar coisas que não deve.
Se você é um Quatro subordinado trabalhando para um Sete, manere sua
tendência de ser fofoqueiro, judicioso ou insistente. O Sete não tolera
críticas, conselhos pessoais, ou reclamações que são comuns em você.
Quatro trabalhando com o Oito O Quatro Personalista e o Oito Estadista representam o grande contraste dos
tipos no Eneagrama. São os mais intensos, mais fortes, mais difíceis de lidar e
mais imperiosos, cada um querendo que tudo seja feito da sua maneira. Eles
se completam quando o Oito consegue trazer o Quatro para o mundo real e o
Quatro quando consegue inspirar o Oito através do olhar para dentro e
reconhecer sua própria realidade.
Quando o Quatro é o chefe e o Oito subordinado. Se você é um Quatro chefe
é preciso que você ponha uma cerca bem visível limitando o seu terreno para
que o Oito entenda que aí é o seu espaço. Não precisa guardá-lo com armas
em punho, porém não baixe a guarda, demonstrando fraqueza ou sentindo-se
vítima quando ele quiser tomar posse. Ele entenderá sua posição se sua
atitude for determinada.
Se você é um Oito subordinado, observe que seu chefe quase sempre tem uma
visão particular, única das coisas. Sua capacidade de ver a realidade pode
ajudar e proteger seu chefe dos ataques do mundo exterior e das explosões
interiores. Ao mesmo tempo há muito que aprender com a emocionalidade e
sinceridade do seu chefe.
Quando o Quatro é subordinado e o Oito e chefe. Se você é um Oito chefe,
querendo controlar, pressionar e impor decisões ao seu Quatro subordinado,
está cometendo um grande erro. Ele se sentirá incompreendido, isolado e
imerso numa tristeza negra. Ache uma maneira de o Quatro colocar seu estilo
pessoal no que fizer. Ele precisa ser o dono de suas próprias idéias criativas.
Se você é um Quatro subordinado, saiba que seu chefe está atento ao poder
que exerce no mundo em sua volta. Um Oito é capaz de interferir
inadvertidamente em seu espaço, às vezes para testar sua ascendência ou
influência sobre você. Se você aceitar sua interferência, ele lhe deixará livre
para continuar como você quer. Se você rejeitar, ou rebater, terá uma guerra
pela frente que drenará muito de sua energia e liberdade para trabalhar.
Quatro trabalhando com o Nove O Personalista e o Pacifista Quatro e Nove também são uma excelente dupla
de opostos que se completam. O que mais o Nove precisa é saber o que quer,
no que o Quatro é especialista. O que mais o Quatro precisa é a
equanimidade, a premissa básica do relacionamento do Nove.
Quando o Quatro é chefe e o Nove subordinado. O Quatro chefe tem uma
clareza de propósitos e uma agenda determinada. Sabe o que deve acontecer.
O Nove normalmente se satisfaz em acompanhar a balada. Sua tendência para
ser muito judicioso pode dar a impressão de estar pressionando o Nove
subordinado. O tipo Nove precisa do momento apropriado e o espaço
concedido para que emita alguma opinião ou se conecte com uma situação.
Tem opiniões preciosas com uma visão universal, que o podem ajudar muito
se você não for arrogante e lhe der a oportunidade.
Se você é o Nove subordinado, você pode ser uma eficiente âncora para seu
chefe Quatro. O Nove tem a grande vantagem de compreender a
subjetividade da realidade do Quatro e traduzi-la objetivamente.
Quando o Quatro é subordinado e o Nove chefe. Se você é o Nove chefe, você
irá querer trabalhar com um time unido e livre de conflitos. Você gosta de
tratar todo mundo igualmente. Mas Quatros gostam de tratamento especial, o
que você precisa levar em consideração, mesmo porque o Nove com boa
empatia trata as pessoas como elas querem ser tratadas.
Se você é um Quatro subordinado, sabe que o Nove tende a ser reativo,
mesmo com chefe. Espera que um problema já venha solucionado. Para um
tipo criativo como o Quatro, é melhor que discuta suas propostas com os
colegas e as apresente ao seu chefe como se as idéias se originassem de uma
necessidade natural para aquele momento.
Relacionamentos do tipo Cinco
O lógico tipo Cinco é Racionalista que vê o mundo sob o ponto de vista dos
fatos e da informação, com isso não vê a necessidade de misturar sentimentos
e emoções com as avaliações que faz dos acontecimentos da vida. Incapaz de
compreender o seu vazio interior, as emoções profundas (no Quatro), ou se
relacionar em grupo, buscando harmonia e afetividade nas trocas
interpessoais (no Seis), o intelectual Cinco acredita que ele ou qualquer
pessoa se vale pela cultura e pelo conhecimento que têm. Quando se dispõe a
balançar suas asas, para ser mais relacionável e emotivo, resgata o respeito e
a consideração das pessoas, saindo do seu isolamento para uma troca mais
livre generosa dos seus conhecimentos com o seu grupo. Ao por em prática e
realizando efetivamente suas idéias e planos, agindo sobre as situações que
planejou, consegue atingir suas metas, sendo mais objetivo em suas tarefas
como faz o tipo Oito. Estressado, contrariado e tendo seu espaço invadido, o
tipo Cinco perde seu centro, sua capacidade de avaliação lógica e passa a
imaginar e fantasiar a realidade somente para seu prazer, características do
tipo Sete compulsivo.
Só através da generosidade, do envolvimento pessoal e da ação prática é que
ele pode resgatar seu equilíbrio para servir e tornar-se o Descobridor das quer
através da sua arte, embeleza e dá qualidade aos trabalhos da sua
organização.
Cinco trabalhando com o Cinco Você encontra uma dupla de Cinco Racionalistas trabalhando juntos em
sintonia, quando um grave problema precisa ser resolvido. Comungam uma
mesma sensação de que energia, tempo e dinheiro tem que ser fortemente
controlados. São voltados para sua energia interior (introjeção), tanto
pessoalmente como em grupo. Isto pode significar que quando um time de
Cincos tem que expressar, publicar ou coordenar o que eles fizeram não é tão
fácil para eles. É difícil acompanhá-los, saber o que querem ou onde estão
durante o desenvolvimento de um processo.
Mesmo com toda a sua frieza emocional, os Cinco juntos são bastante
sensíveis uns aos outros. Freqüentemente eles parecem conhecer
intuitivamente seus hábitos, suas preferências e segredos sem falar muito
entre eles.
Quanto o Cinco é chefe. O Cinco chefe oferece ao Cinco subordinado
exatamente o tipo de respeito e de limites que ele quer para si. Não perde
tempo com futilidade e procura ir direto aos assuntos que interessam. Dá a
informação que julga necessária, porém não se nega a subsidiar o que for
necessário, ensinando o que precisa ser aprendido.
Quando o Cinco é subordinado. O Cinco subordinado não precisa de muita
informação ou que se lhe dê a direção que deve seguir. Sabe o que deve ser
feito e se prontifica a fazer. Raramente se interessa pelo que o colega do lado
está fazendo, porque quer manter sua privacidade. Não invade o espaço do
outro para não ter o seu invadido.
Cinco trabalhando com o Seis Os dois tipos, o Cinco e o Seis entendem bem o significado e a necessidade da
privacidade. O Racionalista Cinco é o guru especializado em uma matéria, à
qual se dedica com exclusividade. O Seis Legalista evita o mundo exterior
fechando-se no seu grupo. Juntos, conspiram um com o outro através das
idéias e confidências. O Seis precisa de um relacionamento em que possa
confiar e o Cinco gosta de ter uma pessoa a quem possa expor seus
pensamentos.
Quando o Cinco é o chefe e o Seis subordinado. O Cinco fechado em seu
escritório com sua frieza costumas é o estopim para a paran&oacuÐute;ia do
tipo Seis. Também não ajuda o Cinco tentar acumular informações para
depois promover reuniões individuais. Se você é um Cinco chefe, compartilhe
o máximo que puder os detalhes do seu trabalho, mesmo que isso vá contra
suas premissas. Lembre-se que a maioria dos Seis aprecia o calor emocional e
a presença física na participação do grupo. Se você é muito isolado, acaba
sendo objeto de suspeita e fofoca. É melhor estar do lado do seu subordinado
Seis.
Se você é o subordinado Seis, cheque tudo sempre que for preciso; no
entanto, dê ao seu chefe o tempo e a privacidade que ele precisa. Às vezes
sua preocupação e agitação emocional muito fortes podem irritar seu chefe
Cinco, que procura sempre ter suas emoções e medos sob controle.
Quando o Cinco é o subordinado e o Seis chefe. Se você é o Seis chefe,
provavelmente admira o desapego emocional de seu subordinado Cinco.
Porém, pode ter algumas restrições quanto a ele guardar as informações só
para si. Estabeleça uma maneira formal de receber os relatórios
periodicamente, com os espaços de tempo necessários para que seu
subordinado possa cumprir o que você quer sem sentir que tenha alguém
pressionando por trás.
Se você é o Cinco subordinado, já sabe a manha de se apresentar de forma
fria, lógica e racional para seu chefe Seis. As dificuldades aparecem quando
suas informações não são completas, porque isso deixa o Seis mais inseguro
ainda em sua posição de chefia. Escreva tudo para ele.
Cinco trabalhando com o Sete A combinação entre o Racionalista e o Generalista é o mesmo que misturar
água e óleo. O Cinco gosta de racionalizar as idéias, o Sete gosta de viajar
nelas. Aquele quer precisão, este precisa da ambigüidade para prosperar. O
Cinco pensa linearmente, extraindo a sua compreensão partindo do específico
para o geral. O Sete constrói uma grande teoria e tenta aplicá-la no
específico, no particular. Para esses dois tipos intelectuais, uma boa idéia
vale tanto quanto a sua realização.
Quando o Cinco é o chefe e o Sete subordinado. Como Cinco chefe você quer
manter o controle, tendo tudo perto de você, o que oprime o imaginário do
seu subordinado Sete. Talvez você ache que o turbilhão de idéias do Sete
apenas lhe deixe exausto e aéreo. Porém, aprenda a levar o tipo Sete a sério,
sem ter que considerar todas as suas idéias seriamente. Ajude-o a manter o
foco em uma apenas para que possa realizá-la; aí então partir para outra.
Se você é um Sete subordinado, seu Cinco chefe precisa sentir que você está
levando a sério o seu trabalho. Use o tempo que for necessário para
apresentar a ele os relatórios e complete com o máximo possível de
informações práticas e objetivas.
Quando o Cinco é subordinado e o Sete chefe. Se você é o subordinado, o seu
entusiasmo venderá ao seu chefe tipo Sete qualquer projeto que tenha algum
mérito. Você se dará bem também quando estiver entusiasmado com as idéias
do seu chefe. Normalmente você se entusiasma com as suas idéias, mas o que
é difícil para você é vibrar com idéias alheias.
Se você é um Sete chefe, você normalmente é uma pessoa alegre,
esparramando sorrisos, mas eventualmente as emoções podem mostrar o
outro lado da moeda. Você, irritado, pode ferir e ser cruel com as pessoas,
especialmente com o sensível tipo Cinco. Como você gosta de espalhar bom
humor e motivar sua audiência, lembre-se que o Cinco prefere contato
pessoal e privacidade.
Cinco trabalhando com o Oito O Estadista Oito é o tipo emocionalmente mais explosivo do Eneagrama. O
Racionalista Cinco é o mais implosivo, controlando seus sentimentos,
mantendo-os em carga baixa de energia. Quanto mais espaço o Oito toma,
mais o Cinco desaparece. Mas o Cinco não é fraco. Seus limites são os mais
rígidos de todos os tipos. Ali só entra quem ele quer.
Quando o Cinco é chefe e o Oito subordinado. Se você é o chefe, já sabe que
o seu subordinado tipo Oito necessita de um forte controle. O Oito gosta de
testar os limites; como subordinado, talvez force contra as regras, seu espaço
ou sua autoridade. Mas você como contornar a situação, estabelecendo
claramente os limites dele e utilizando seu entusiasmo e força física para pôr
em prática as suas idéias.
Se você é o subordinado, não se engane achando que o seu chefe Cinco é
insistente, ou forçador de barra como você. Algumas vezes ele pode estar
preocupado, mas você não o verá fazendo nenhuma pressão sobre ninguém.
Espera que você se reporte a ele de forma particular ou por escrito.
Quando o Cinco é subordinado e o Oito chefe. Se você é um Cinco,
trabalhando para um chefe Oito, sabe que ele gosta de tudo exposto sobre a
mesa. O Cinco gosta de proteger (escondendo) o máximo que puder. Dê ao seu
chefe a impressão de que você tem tudo sob controle. O Oito não precisa de
detalhes, mas da sensação de domínio, de controle sobre os assuntos. Às
vezes ele vai empurrar você para além dos seus limites para ver o que
acontece. Se puder, mantenha-se firme.
Se você é um Oito trabalhando com um Cinco subordinado, tome cuidado para
não minar seu potencial de contribuição para a organização. Seu hábito de
insistir e pressionar com sua forte energia, controlando e comunicando-se com
ele através de palavras ríspidas, ou mesmo aos berros, o deixa prostrado, sem
ação. Permita que ele se reporte a você por e-mail ou com resumos de
relatórios para você ou seu assistente.
Cinco trabalhando com o Nove O Cinco Racionalista é o tipo que mais levanta muros em volta de si, enquanto
o Nove é quem menos o faz no Eneagrama. O tipo Nove Pacifista é
socialmente convencional, interessado em evitar conflitos e rejeição. O Cinco
não é necessariamente sociável (às vezes quer ser) e é sem cerimônias no seu
mundo privado. O Cinco é focado e insistente. O Nove é genérico e nebuloso.
Os dois sentem uma certa desesperança, uma tendência a não acreditarem
em si mesmos ou a valorizar aquilo que fazem. Têm dificuldades de
abstraírem da vida diária as soluções práticas.
Quando o Cinco é o chefe e o Nove subordinado. Em frente ao seu chefe
Cinco, você precisa ser direto, frio e factual. Ele fica nervoso quando tem que
ouvir você falando, falando e não chegando ao "x" da questão. Prepare-se para
falar com ele. Coloque sua posição, enfatize sua contribuição (difícil para
você), comunique sua decisão e saia. É o melhor que você pode fazer para
que ele o aceite.
Se você é um Cinco chefe, naturalmente sabe o que quer, porém não
pretende ficar pajeando os outros, ou sendo "alugado" com conversa fiada. O
Cinco tem iniciativa, mas o Nove precisa de um empurrão. Uma boa forma
para motivar o Nove é envolvê-lo em cooperação com um grupo de atividade
que precise de mediador (é muito bom nisso).
Quando o Cinco é subordinado e o Nove chefe. Se você é um Nove chefe, você
gosta de ter seu pessoal como parte de um time. Seu subordinado Cinco já
gosta de ficar à parte, sem se envolver. No entanto, ele gosta de saber como
o seu trabalho se encaixa no grande plano geral da empresa. Procure
estabelecer as tarefas para ele de forma discreta e particular.
Se você é um Cinco subordinado, talvez você ache que seu chefe Nove é o
ideal. O Cinco é o tipo mais fechado para o qual se pode criar uma demanda,
ou exigir alguma coisa sob pressão. O Nove é o tipo que menos cria demanda e
faz pressão contra alguém. Esta situação é melhor ainda quando você sabe o
que tem que fazer e tem o espaço e o tempo que precisar.
Relacionamentos do tipo Seis
O desconfiado tipo Seis é um Legalista das coisas e das pessoas com as quais
se relaciona e o fazem sentir-se seguro e protegido. Observa as normas e as
leis para orientar suas decisões, não precisando com isso arriscar-se ou sentir-
se inseguro sobre aquilo que faz. Incapaz de confiar nas informações e nos
fatos, vendo o quadro geral das coisas, (no Cinco), ou nas suas próprias idéias
ou "insight" da sua intuição" (no Sete), o intelectual Seis acredita que os
valores estão naquilo que já foi comprovado pela tradição, ou quando a
maioria do grupo as aceita. Quando se dispõe a balançar suas asas, para ser
mais confiável e confiante, resgata a harmonia e a confiança em si e nos
outros tornando-se mais livre em relação a dependência externa para tomar
suas decisões. Ao deixar de projetar negativamente os acontecimentos, achar
inimigos por todos os lados, torna-se mais relaxado e menos parcial como o
tipo Nove.
Estressado, isolado do grupo, ou sua participação recusada, o tipo Seis perde
seu centro, sua capacidade de raciocínio lógico e passa ser duro consigo e com
os outros, irritando-se facilmente e tornando-se frenético, agitado na
execução de suas tarefas características do tipo Três compulsivo. Só através
da tolerância com as pessoas e da coragem de aceitar suas conjecturas, é que
ele pode resgatar seu equilíbrio para servir e tornar-se o Moderador dos
conflitos, promovendo a harmonia que direciona e encaminha os trabalhos da
sua organização.
Tipo Seis trabalhando com o Seis Quando dois Legalistas trabalham juntos, eles suspeitam que existem mais
coisas no ar do que os aviões de carreira. Mas em vez de simplesmente
perguntarem, os dois preferem fustigar sobre as intenções do outro.
Desentendimentos e sinais vermelhos são constantes. Autoridade e
credibilidade (confiança) são os temas principais entre os Seis. Quando os dois
estão do mesmo lado e o assunto é derrotar o inimigo (concorrente),
monopolizar e controlar os desastres ou fazer uma cruzada pela justiça, eles
dão o melhor de si.
Quando o Seis é chefe. O Seis chefe precisa aprender a lidar com a
autoridade, sobre si mesmo e sobre os outros. Procure não ser acusador
quando você se sente desconfiado. No caso de seu subordinado Seis, tente
conversar. Sente com ele e coloque seus temores e deixe que ele faça o
mesmo. Quanto mais você se abrirem, melhor será para todos. Se o seu
subordinado sente que você não confia nele, explique que sua confiança se
constrói tijolo por tijolo e que uma atividade específica se torna confiável,
quando os limites de ação e os prazos forem respeitados.
Quando o Seis é subordinado. Se você é o subordinado, uma maneira de você
se livrar de qualquer dúvida é você aceitar seu chefe como o seu grande
Legalista, ou agir como o "advogado do diabo" para ele (seu maior criador de
problemas), reclamando de tudo. Não se preocupe. O ceticismo do chefe não
vai acreditar em nenhuma das duas soluções. O melhor para você é apreender
a trabalhar sob uma autoridade sem se perder no processo.
Já que suas mentalidades são parecidas, você se dará bem descobrindo quem
são as más pessoas: do governo, da concorrência, ou da própria organização.
Se você se sentir mal com alguma decisão de seu chefe, chegue-se a ele e
converse. Pergunte diretamente sobre seus propósitos e as intenções. Para
que seu chefe confie em você ele precisa certificar-se que você confia nele.
Seis trabalhando com o Sete Juntando um Legalista e um Generalista tem-se uma relação de opostos. Para
o Seis nada é certo. Para o Sete tudo é possível. Este acredita que, por pior
que seja, toda situação tem uma saída. O Seis, por sua vez, suspeita; mesmo
que tudo vá bem para ele, alguma coisa sempre pode sair errada. O Seis é
sério e normalmente temeroso e prudente. O Sete raramente se mostra
temeroso ou leva as coisas com seriedade.
Quando o Seis é o chefe e o Sete subordinado. Como chefe, você deve se
perguntar como pode confiar no seu subordinado Sete que, obviamente
encanta mas não desencanta. Ou seja, fala, mas não faz. Procure dar um
tempo para ele e preste atenção na sua esperteza. Ele pode lhe abrir
horizontes que você não percebe e com a sua ousadia ele pode fazer com que
as coisas aconteçam. Seu truque é dar-lhe as diretrizes e as datas finais para
que ele se discipline e realize o que você quer.
Se você é um Sete subordinado, saiba que seu chefe precisa da previsibilidade
e do controle do curso das ações para confiar nelas. Como você tem muitos
planos, rapidez de raciocínio, podendo usá-los a qualquer momento de acordo
com as circunstâncias ou necessidades, o seu chefe fica inseguro com você. É
preciso cuidado também com o fato de você não respeitar a hierarquia,
tratando todo mundo como colega de trabalho, desrespeitando, assim o seu
cargo com o qual ele precisa para valorizar-se. Para ele é importante que
você termine um primeiro, para começar o outro trabalho.
Quando o Seis é subordinado e o Sete chefe. Com subordinado saiba que sua
constante negação, recusa ou precaução, é como uma ducha de água fria no
seu chefe. Ele gosta das vibrações positivas. Faça suas perguntas e participe,
não de forma cínica ou céptica, mas com entusiasmo e energia. Deixe que ele
o ajude a achar soluções através de novas idéias.
Se você é um Sete chefe, observe que o seu subordinado precisa de uma
autoridade em quem possa confiar. Ele é assim desde criança. Geralmente o
Sete chefe é casual e difuso, não costuma impor autoridade e muitas vezes
decide em conjunto. Com o Seis, é preciso que você assuma sua autoridade e
estabeleça os parâmetros que guiarão suas atividades.
Tipo Seis trabalhando com o Oito Para o Estadista não existe ambivalência no uso do poder. Sem malícia ou
segundas intenções, ara a terra à sua frente para o plantio que quer fazer. O
Seis Legalista por outro lado, prefere a estratégia antes da ação.
Circunspecto, naturalmente precavido, mede as conseqüências antes de agir.
Os dois se consideram realistas, e comungam o mesmo interesse em justiça;
são contra os abusos de autoridade e defendem os marginalizados. Concordam
que mundo está cheio de vigaristas e é preciso tomar cuidado com eles.
Quando o Seis é chefe e o Oito subordinado. Se você é um Seis chefe, o
mundo em que você vive - ponderando sobre motivos, significados - não é o do
seu subordinado Oito. As intensas e intrincadas considerações que você faz
sobre armadilhas de um projeto, ou vulnerabilidades de uma negociação, não
têm muita importância para um tipo Oito. Quando precisar, deixe isso bem
claro para ele. Como ele gosta de confrontar, seja esperto e não o enfrente.
Saiba que ele tentará minar seu espaço para sentir poder sobre você. Sua
melhor saída é dar-lhe uma certa independência e valorizar sua lealdade, que
é uma forte Características dos dois.
Se você é um Oito subordinado, seu chefe quer certificar-se de que você não
é um canhão armado apontando para sua posição de chefe. A estratégia do
chefe Seis é manter o olho sobre o que está acontecendo. Como você é muito
impulsivo e as vezes descuidado com detalhes, ele desconfia da sua
espontaneidade.
Quando o Seis é subordinado e o Oito chefe. O Oito não tem nenhum receio
ou dúvida sobre dizer às pessoas o que elas devem fazer. Tampouco nenhum
sentimento de culpa em castigar ou punir os faltosos. O Seis vive sempre
temeroso de ser aniquilado por seu chefe.
Se você é um Seis subordinado de um chefe Oito, você deve estar na espreita
sobre as intenções ocultas, ou sublimando as palavras dele para se assegurar
que ele não está puxando seu tapete. Não precisa, o Oito é direto.
Se você é um Oito chefe, utilize bem a intuição, a força sutil e o
comprometimento que o Seis tem, para seu benefício, em vez de considerar
suas inseguranças e dúvidas como fraqueza, o que é sua tendência.
Seis trabalhando com o Nove O Pacifista lida com os problemas colocando panos quentes sobre a situação
conflitante. O Seis Legalista, ao contrário busca posições claras: "você está
contra, ou a nosso favor?" Perguntaria o Seis ao Nove. Este, provavelmente,
quer estar dos dois lados. Um pode ajudar muito o outro, buscando o meio-
termo das suas posições: o Seis tem um pouco mais de jogo de cintura; o Nove
se posiciona melhor nas situações. Ambos os tipos, com isso, tornar-se-iam
mais objetivos como o Três, formando o triângulo da realização prática e
objetiva.
Quando o Seis é chefe e o Nove subordinado. O Seis procura as evidências
pelas quais pode ter confiança em seu subordinado Nove. Neste, com seu
hábito preservacionista, pode se confiar, desde que não seja pressionado.
Se você é um Nove que trabalha para um chefe Seis, não se atrase. Esteja
atento aos detalhes, não diga sim quando você quer dizer não e faça aquilo
que você quer fazer em vez de justificar sua submissão para evitar conflitos.
Seja claro com ele.
Se você é um Seis chefe, lembre-se que o tipo Nove precisa sentir-se aceito
antes de poder brilhar. Em vez de ser crítico e espalhar suspeitas, pergunte
ao seu subordinado, quais são as melhores alternativas e que interpretação
ele faz de uma situação. Sobre uma decisão, quem seria mais afetado. O Nove
lhe responderá a tudo isso com propriedades que talvez você não tenha.
Quando o Seis é subordinado e o Nove chefe. O tipo Nove é doce, calmo,
confiante que a organização se autogerência. O Seis é preocupado, está
sempre considerando a situação. É isto que ele espera do seu chefe para que
possa se posicionar dentro da empresa. Suas diferenças vêm à tona, porque o
Nove tenta evitar fatos desagradáveis, que é justamente o que atrai o tipo
Seis.
Se você é o Seis subordinado, expresse suas preocupações sem deixar a
impressão que o céu está desabando. Seria terrível para o Nove lidar com isso.
Se a situação for colocada convenientemente, a solução é mais fácil.
Se você é um Nove chefe, você tem do seu lado uma pessoa que gosta de lidar
com problemas e adversidades. Aproveite e aprenda.
Relacionamentos do tipo Sete
O otimista tipo Sete é um Generalista entusiasmado e cheio de idéias que vão
mudar o mundo para melhorar a vida de todas as pessoas. Sorridente motiva
todos para um futuro melhor, falando muito e propondo saídas para os
problemas que se apresentam. Incapaz de se aprofundar nas coisas, leva a
vida sem se apegar a nada, participando mas não se comprometendo (como o
Seis), ou não se empenhando, quando encontra problemas, para terminar
aquilo que começou" (como o Oito). O Sete intelectual acredita que a vida só
vale a pena ser vivida, quando se é feliz e se sentindo bem. Quando se dispõe
a balançar suas asas, para ser mais prático e produtivo, resgata a harmonia e
a confiança em sua capacidade de realizar aquilo que planejou. Ao deixar de
ver apenas o lado bom das coisas, evitando aquilo que o incomoda, verá a
vida por inteiro (a floresta e não só as árvores frondosas) como o tipo Cinco.
Estressado, com suas idéias sendo rejeitadas, ou tendo que lidar com muitos problemas, o tipo Sete perde seu centro, sua capacidade de planejar e passa ser rígido consigo e com os outros, chamando a atenção de todo mundo, tornando-se normativo, irritadiço e autoritário como o tipo Um compulsivo. Só através da sobriedade e do controle das suas emoções tempestuosas, é que ele pode resgatar seu equilíbrio para servir e tornar-se o Iluminador dos caminhos que indicam para o futuro das pessoas e dos trabalhos da sua organização.
Sete trabalhando com o Sete
Dois Sete Generalistas juntos podem fazer uma dupla extremamente
imaginativa. O entusiasmo é a cola. Não são tradicionalistas, tampouco se
preocupam como as coisas têm sido feitas. Mentes abertas gostam de soluções
novas e por isso as regras do jogo, os planos, as prioridades mudam com muita
facilidade. As pessoas que trabalham com eles necessitam checar
constantemente o desenvolvimento dos projetos para se atualizarem com as
novidades.
Quando o Sete é o chefe. O Sete como chefe, mesmo monopolizando as
decisões, mantém uma aparência anti- autoritária. No entanto, quando o calo
aperta e ele vai para seu ponto de estresse no tipo Um, ele sai atirando
ordens, instruções de correção de rumo, a que faria inveja a qualquer tipo
Um. Um chefe tipo Sete equilibrado e tranqüilo é um líder inspirado na
sabedoria de várias fontes. Tem facilidade de associação de idéias, as junta
para dar sentido a uma interpretação. Se estiver com problemas, pode tornar-
se irresponsável, confuso e mudar de objetivo constantemente.
Quando o Sete é o subordinado. O Sete subordinado pode causar alguns
problemas por ser antiautoritário, sem ter autoridade sobre si mesmo. Distrai-
se com facilidade, não leva as coisas até o fim. Termina alguma coisa e deixa
tudo fora do lugar, não fecha a tampa da caneta, não solta a descarga
completamente, não apaga a luz ao sair, enfim, não coloca o ponto final.
Acha que é dono do seu nariz faz o que quer, mesmo sendo você que paga seu
salário. Precisa constantemente de novas inspirações, auto inspirações, para
estar motivado e motivar os outros. Trabalha bem nos grupos, com criações
coletivas e tem um senso de humor contagiante. Se controlado, seu alto astral
é benéfico para todos.
Sete trabalhando com o Oito O Sete Generalista e o Oito Estadista são a versão mental e física um do
outro. O Sete é conceptual e viaja na imaginação. O Oito é concreto e
desbrava a terra. Os dois são muito convictos em seus domínios. Gostam do
excitamento, de cutucar a onça (o sistema) com vara curta e questionar as
convenções. Os dois também exageram, as vezes, manipulando, fazendo
tempestade em copo d´água, para mudar a situação a seu favor.
Quando o Sete é chefe e o Oito é subordinado. Se você é o chefe, o seu
subordinado se frustra quando você muda os parâmetros, as direções, sem
comunicá-lo com antecedência. Para ele você é frívolo ou está com a intenção
de colocá-lo para escanteio. Esteja atento, pois o Oito pode funcionar como
uma excelente retaguarda para você. Leal e responsável, é o tipo ideal para
concretizar seus planos e lutar por eles, até quando você está desanimado.
Se você é um Oito subordinado, talvez o seu chefe Sete esteja achando que
você o acusa de irresponsável, indeciso, sem se comprometer e muito falador,
não querendo realmente causar impacto com suas ações. Lembre-se, o Sete
tem algo que falta em você: a visão de cima, ampla, das várias possibilidades
de uma situação.
Quando o Sete é subordinado e o Oito chefe. Você, como Oito chefe, possui
uma "mão forte" e é um líder firme. No entanto, não coloque seu funcionário
Sete numa sala ou num canto para poder ter o controle sobre ele. Em vez
disso, pavimente seu caminho com o compromisso da responsabilidade pelos
resultados e lhe dê poder de terminar como quiser.
Se você é um Sete subordinado, seu desafio é amansar seu chefe Oito, não
com bobagens ou piadas, mas abrindo-lhe a mente para as possibilidades,
flexibilidade e imaginação. O Oito necessita que o Sete lhe dê retaguarda,
que não seja seduzido por outros interesses, além do seu trabalho, e para que
esteja pronto para o que der e vier, quando o chefe necessitar.
Sete trabalhando com o Nove O tipo Nove Pacifista permanece numa empresa até se aposentar. Gosta de
uma carreira profissional confortável, de relacionamentos permanentes, onde
seja conhecido e aceito do jeito que é, sem ter que mostrar quem é. O Sete
Generalista, ao contrário, gosta de inovar, de mudanças, da aventura, porque
é isto que o energisa. Às vezes assume um compromisso aqui e ali, depois
segue adiante. Os dois não gostam de conflitos, desarmonias e vibrações
negativas.
Quando o Sete é o chefe e o Nove subordinado. Se você é um Sete,
provavelmente já tem muitas cartas na manga para energizar seu Nove
funcionário. Cuidado para não lotar o Nove, que ele fica confuso. Dê-lhe
tempo para assimilar e agir. Ficará feliz em executar seu trabalho de rotina,
se você se mantiver no curso preestabelecido.
Se você é um Nove subordinado de um tipo Sete, sabe que as mudanças
constantes dele, inevitavelmente, o levam a resignar-se. Porém, a energia e o
bom astral do chefe o motivam para estar junto dele novamente, tocando as
coisas num "seja o que Deus quiser".
Quando o Sete é o subordinado e o Nove chefe. Como Nove chefe, você gosta
que as coisas sejam feitas de forma consistente e com uma rotina imutável.
Você percebe o Sete camaleão, rejeitando os padrões de procedimentos e
sabe também que a melhor maneira de aproveitar seus talentos é dar-lhe o
espaço necessário no grupo para que ele possa se expressar.
Se você é o Sete subordinado, perceba o significado do silêncio do Nove, que
talvez você considere apenas enfadonho. Você pode estar tendo uma vaga
idéia do que seja um Nove sensível que corresponderá ao seu
comprometimento com a mesma moeda em relação a você. Procure prestar
atenção no que seu chefe necessita e trabalhe em função disso. Colaborar
com ele e com o grupo é o gancho para ter sua merecida atenção.
Relacionamentos do tipo Oito
O confrontador tipo Oito é um Estadista e um líder, que naturalmente
comanda as pessoas e as situações nas quais está envolvido. Possui uma
estratégia para cada situação, em que movimenta a tudo e a todos para fazer
o que tem que ser feito. Direto e as vezes rude, torna-se incapaz de ver as
coisas sob vários pontos de vista, ou ser flexível diante dos problemas que
enfrenta (como o Sete). Dificilmente recusa um desafio e quando está diante
de conflitos, raramente preocupa-se com a conciliação (como o Nove).
O Oito instintivo acredita que a vida só tem valor pelo acúmulo pelo poder e
comando que se exerce sobre ela. Quando se dispõe a balançar suas asas,
para ser mais sensível e mais aberto às opções da vida, resgata a harmonia e a
consideração por si mesmo e pelas pessoas com quem convive. Ao deixar de
querer de resolver tudo a sua maneira, impondo seu ponto de vista e o seu
senso de justiça para qualquer situação, passa a prestar mais atenção às
necessidades dos outros e lhes ajuda naquilo que precisam como o tipo Dois.
Estressado ter suas ordens sendo desobedecidas ou contrariadas, o tipo Oito
perde seu centro e sua capacidade de ser prático na solução dos problemas,
tornando-se irritado e deprimido, indo se isolar, rejeitando as pessoas como o
tipo Cinco compulsivo. Só através da compaixão e da generosidade é que
desenvolverá a sensibilidade para poder resgatar o equilíbrio e tornar-se o
Líder verdadeiro, que conduz as pessoas nos trabalhos produtivos da sua
organização.
Tipo Oito trabalhando com o Oito Dois Oitos Estadistas juntos, provavelmente terão colisão. Orientados para o
poder, essa parceria, tanto em sociedade, quanto como chefe-subordinado,
será sempre uma luta para ocupar espaços e assumir comandos. É possível até
que tenham uma relação calorosa e cordial, em condições especiais. Podem,
os dois, ser poderosos aliados, abrindo canais de poder para o bem da
empresa ou em benefício mútuo, porém suas relações também correm riscos
de se degenerar e tornar-se vingativas, grosseiras e até violentas quando eles
não se entendem.
Quando o Oito é o chefe. Espera absoluta fidelidade para seu forte comando,
que é recompensado por generosos pagamentos e postos de autoridades
intermediárias. "Só tem um general neste quartel, e esse sou eu", diria um
Oito chefe a um Oito subordinado. Procure dar ao seu subordinado Oito a
oportunidade de exercer a autoridade em algum trabalho na empresa. Ele
necessita disso para poder ser fiel a você; caso contrário ele estará jogando os
seus companheiros contra você. A situação ideal é quando os dois, chefe e
subordinado, podem crescer juntos, cada um na sua área de atuação.
Quando o Oito é o subordinado. Vai querer estar sempre atento ao que
acontece no seu departamento, com o seu chefe e com a organização. Como
todo Oito que se respeita, vai atrás de tudo o que lhe interessa até conseguir.
Está aberto a tudo e gosta de mostrar sua força e determinação. Você deve
ser firme quando tem que ser, gritar quando precisa, mas, quando desafiar
seu chefe, faça-o com a certeza de vencer, porque senão você estará fora no
momento seguinte.
Oito trabalhando com o Nove Tanto o Oito Estadista quanto o Nove Pacifista são pessoas que têm muito boa
vontade interior. São teimosos também. O Oito pela via ativa, expondo-se, o
Nove, pela via passiva, guardando dentro de si e fazendo aquilo que quer.
Quando o Oito é chefe e o Nove subordinado. O Oito chefe é um potentado
que domina por decreto. Se você é um Nove com hábitos irraigados, achará
que as mudanças impostas pelo seu chefe são puro capricho. O tipo Oito gosta
de testar os outros, levando-os aos seus limites, para ver se eles agüentariam
uma situação de guerra real. Portanto, essa sua distração habitual, tendência
conciliatória de ver os dois lados sem optar por nenhum, deixa seu chefe
desconfiado. Para ele isso é falta de determinação para vencer e derrotar o
inimigo (que você não tem). Tente tomar partido, deliberar um pouco mais.
Se for muito difícil, faça-o da maneira mais simples possível.
Se você é o chefe, você logo perceberá que o Nove não responde ao ser
pressionado. Você terá o melhor dele ao colocá-lo no grupo e fazê-lo
participar com o que tem de melhor: a visão geral. É um ótimo negociador,
que você poderá utilizar nos momentos de conciliar opostos.
Quando o Oito é subordinado e o Nove chefe. Como Oito subordinado, a coisa
que o deixa mais frustrado é a tendência de seu chefe de levar as coisas com
passo de tartaruga. Você, no entanto não deve forçar a barra. As
conseqüências para você seriam piores.
A ambivalência e indecisão atrasariam as coisas mais ainda. Uma dica: não
subestime o poder do Nove. A maioria deles até entrega o poder ao Oito
subordinado, desde que mantenha o controle sobre o passo das coisas.
Se você é um Nove chefe delegue poder ao Oito subordinado. Ele tomará a
decisão para você, fará as escolhas necessárias numa situação e resolverá os
problemas. Para que tudo isso aconteça em seu benefício, você deve
estabelecer diretriz clara até onde ele pode chegar. Faça isso com convicção.
Relacionamentos do tipo Nove
O pacifista Nove é um tipo Pacifista que procura evitar os conflitos, através
de um atitude normativa, razoável e consistente diante da vida. Não gosta de
aborrecimentos, de se incomodar com os problemas, nem de intrometer-se na
vida dos outros. Resignado, acomoda-se facilmente às situações, sem reagir
no primeiro momento, depois vai fazer o que acha certo, porém incapaz de
ser diligente e direto (como o Oito). Dificilmente toma decisões, preferindo
deixar as coisas como estão, para não causar conflitos, perde a oportunidade
de estabelecer a ordem e ser justo (como o Um).
O Nove instintivo acredita que a vida só tem valor quando tudo está em paz e
fluindo no ritmo próprio da natureza. Quando se dispõe a balançar suas asas,
para ser mais diligente e objetivo, resgata a esperança e a consideração por si
mesmo e pelas pessoas com quem convive. Ao combater sua inércia e deixar
seu comodismo para trás, enfrentará os desafios que se apresentam de forma
objetiva e prática como o tipo Três. Estressado e pressionado por muitas
tarefas e obrigações, o tipo Nove perde seu centro e sua aura pacífica,
tornando-se tenso, ansioso indo procurar uma referência nas normas ou na lei
seu senso de direção, como faz tipo Seis compulsivo. Só através da diligência
e da ação prática é que poderá enfrentar sua angustia e recusa pelo novo,
pelo movimento em direção ao futuro. Ai sim poderá contribuir e tornar-se o
Conselheiro, que catalisa e direciona as energias das pessoas para os trabalhos
desenvolvidos na sua organização.
Nove trabalhando com o Nove Os Noves Pacifistas gostam de responder e reagir. Portanto, dos dois, quem
vai perguntar ou agir primeiro? Quem determina o que é prioritário? Os Nove
estão bem quando seguem seu papel de pacifista, Pacifista, com o poder e
autoridade que este lhes confere. Ajudam-se mutuamente sempre que
necessário. Se há problemas, procuram retirar-se para evitar conflitos.
Quando um Nove é o chefe. Ele poderá ser um fantástico chefe, capaz de
criar uma atmosfera de cooperação e entendimento com os mais diversos
departamentos e diferentes personalidades. Criará um clima natural, orgânico
e saudável para a organização, permitindo que muito do que acontece no dia-
a-dia seja de forma espontânea e criativa.
Se você é um chefe Nove de um subordinado Nove, você deve reivindicar para
você a visão dos procedimentos, do que é prioritário, e as decisões que devem
ser tomadas. As normas devem ser estabelecidas para que seus subordinados,
não só os Noves, se sintam confortáveis e no caminho certo.
Quando um Nove é o subordinado. Use suas habilidades para ajudar o seu
chefe Nove a determinar a melhor maneira de você fazer o seu trabalho. Não
force decisões e se adapte à rotina, o que não será difícil para você. Seja
proativo quando puder. Colabore sempre que for necessário e deixe que as
coisas fluam no seu curso natural. Você verá que tudo cairá em seu colo sem
que você precise fazer muito esforço.