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Região Vinhateira do Alto Douro Classificado pela UNESCO como Património da Humanidade Trabalho individual realizado por Albertina Lima N.º 1 – TAV . 1º Ano
Turismo
ESCOLA SECUNDÁRIA SEBASTIÃO DA GAMA Região Vinhateira do Alto Douro
Turismo - Albertina Maria Seroido Branco Lima – N.º 1 – TAV – 1º Ano
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ÍNDICE
1. Introdução ................................................................................................................................ 02
2. Património Mundial da UNESCO .............................................................................................. 03
a. Concelhos abrangidos pela UNESCO ......................................................................... 04
3. Divisão geográfica .................................................................................................................... 05
4. Tipos de vinho do Porto ........................................................................................................... 07
a. A Vinha ....................................................................................................................... 10
5. Conclusão ................................................................................................................................. 12
6. Webgrafia consultada .............................................................................................................. 13
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Este trabalho tem como finalidade referenciar a região vinhateira do Alto Douro, a qual
foi classificada como Património da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas
para a Cultura, Ciência e Educação – UNESCO, tendo esta organização como objetivo
identificar e preservar locais de importância cultural ou natural de excelência,
classificando-os como património comum da humanidade.
Nele serão descritas as diversas regiões demarcadas, onde é produzido o Vinho do
Porto, sendo ainda aludido os diversos tipos de vinho e as suas classificações.
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Em 14 de dezembro de 2001, a UNESCO classificou a região vinhateira do Alto Douro
como Património da Humanidade.
Esta região, com mais de 26 mil hectares, também conhecida como Alto Douro
Vinhateiro, fica situada a nordeste de Portugal, é banhada pelo Rio Douro e produz
vinho há mais de 2.000 anos, tendo sido a primeira região vitícola demarcada do
mundo, em 1756, quando Marquês de Pombal resolveu promover e preservar,
controlando a produção do já então célebre Vinho do Porto.
Era então criada, por Marquês de Pombal, a Companhia
Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro ou Real
Companhia Velha, que detinha o exclusivo da produção e
distribuição dos vinhos da região demarcada do Douro, a
qual era demarcada por, inicialmente 201 marcos de
granito e cinco anos depois, em 1761, com mais 134
marcos, perfazendo o total de 335. Mais tarde, a 10 de
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maio de 1907, a região demarcada estende-se para o Douro Superior, ao abrigo do
decreto assinado por João Franco. Contudo, ao longo do século XX, a Região
Demarcada do Douro tem sido objeto de vários modelos de regulação, tendo sido
instituída em 1995, a Comissão Interprofissional da Região Demarcada do Douro
(CIRDD), sendo a principal regulamentação o sistema de distribuição do Benefício, que
se traduz na quantidade de mosto autorizado para fazer o vinho do Porto, de acordo
com as características e qualidade das videiras.
A sua paisagem, de rara beleza, é caracterizada
por atividades associadas à produção do vinho.
Representa um magnífico exemplo de uma
tradicional região produtora de vinho da
europa, onde socalco a socalco é referenciada
uma escultura inédita, criando-se deste modo
um ecossistema de valor único, preservado da
erosão, devido às características de
aproveitamento do terreno, onde o resultado
são milhares de hectares de vinha, sendo ainda
hoje a viticultura, realizada quase totalmente à
mão, devido à natureza do solo que impede a utilização de máquinas.
CONCELHOS ABRANGIDOS PELA UNESCO
Desta zona distinguida pela UNESCO, fazem parte os seguintes (treze) concelhos, os
quais se estendem ao longo das encostas do Rio Douro e dos seus afluentes, Varosa,
Corgo, Távora, Torto e Pinhão:
Alijó
Armamar
Carrazeda de Ansiães
Lamego
Mesão Frio
Peso da Régua
Sabrosa
Santa Marta de Penaguião
São João da Pesqueira
Tabuaço
Torre de Moncorvo
Vila Nova de Foz Côa
Vila Real
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A Região Demarcada do Douro divide-se em 3 zonas:
Baixo-Corgo – Representando 51% da área ocupada por vinha, inserida na margem
direita do Rio Douro, desde Barqueiros ao Rio Corgo (Régua) e na margem esquerda,
desde a freguesia de Barrô até ao Rio Temi-Lobos, nas proximidades da Vila de
Armamar;
Cima-Corgo – Com 36 % da área ocupada por vinha da região demarcada, estende-se
desde as fronteiras da região Baixo-Corgo e vai até ao meridiano que passa no Cachão
da Valeira;
Douro Superior – Representado a área mais pequena, com aproximadamente 13%,
desde as fronteiras da região Cima-Corgo, prolongando-se até à fronteira espanhola.
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Em cada zona da região demarcada, existem quintas que se distinguem pela sua
importância, ao nível da produção de mostos de grande qualidade, pela sua história,
beleza e localização:
Baixo-Corgo
o Quinta do Côtto
o Quinta do Vale Abraão
o Quinta da Pacheca
Cima-Corgo
o Quinta do Panascal
o Quinta do Bom Retiro
o Quinta das Carvalhas
o Quinta da Boavista
o Quinta do Infantado
o Quinta do Porto
o Quinta de La Rosa
o Quinta da Foz
o Quinta do Noval
o Quinta da Roeda
o Quinta dos Malvedos
Douro Superior
o Quinta de Vargellas
o Quinta do Vesúvio
o Quinta Vale do Meão
o Quinta da Ervamoira
Quinta da Pacheca
Quinta do Infantado
Quinta do Vesúvio
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O Vinho do Porto é um vinho licoroso, produzido na Região Demarcada do Douro.
O processo de fabrico, baseado na tradição, inclui:
A paragem da fermentação do mosto pela adição de aguardente vínica -
benefício ou aguardentação (adição de aguardente ao mosto em fermentação);
A lotação de vinhos (elaboração de um lote através da mistura de dois ou mais vinhos);
O envelhecimento (O processo de envelhecimento de um Vinho do Porto pode durar diversas
dezenas de anos e é orientado de forma diferente conforme o tipo de vinho que se pretende obter).
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Devido às suas características
particulares, o Vinho do Porto
distingue-se dos vinhos comuns,
apresentando uma enorme diversidade
de tipos, com uma riqueza e
intensidade de aromas e sabores
incomparáveis, numa vasta gama de
doçuras e cores, apresentando um teor
alcoólico elevado (compreendido entre
os 19 e os 22% vol.).
A identificação dos diferentes tipos de Vinho do Porto, rege-se por um conjunto de
qualificações:
A cor que pode variar entre o retinto e o alourado-claro, sendo ainda possíveis
todas as tonalidades intermédias (tinto, tinto-alourado, alourado e alourado-
claro). Os Vinhos do Porto Branco apresentam tonalidades diversas (branco
pálido, branco palha e branco dourado), intimamente relacionadas com a
tecnologia de produção. Quando envelhecidos em casco, durante muito anos,
os vinhos brancos adquirem, por oxidação natural, uma tonalidade alourada-
claro semelhante à dos vinhos tintos muito velhos.
A doçura que pode ser muito doce, doce, meio-seco, ou extra seco.
A doçura do vinho constitui uma opção de fabrico, condicionada pelo momento
de interrupção da fermentação.
O envelhecimento, podendo ainda ser dividido em duas categorias consoante o
tipo:
o Estilo Ruby – Envelhecimento em garrafa. Procuram-se nestes vinhos,
suster a evolução da sua cor tinta, mais ou menos intensa, e manter o
aroma frutado e vigor dos vinhos jovens. Neste tipo de vinhos, por
ordem crescente de qualidade, inserem-se as categorias:
Ruby
Reserva
Late Bottled Vintage (LBV) - Vinho que resulta apenas de
colheitas de boas qualidades, passando entre 4 a 6 anos em
cascos antes de ser engarrafado
Vintage - Nem todas as vindimas os podem gerar, uma vez que
são resultado de uma reunião de excecionais condições
climáticas, permitindo maturações ideais para a criação máxima
das vinhas do Douro
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Os vinhos das melhores categorias, principalmente o Vintage, e em
menor grau o LBV, poderão ser guardados, pois envelhecem bem em
garrafa. São especialmente aconselhados os LBV e os Vintage. Chegam
ao mercado geralmente com a idade de três anos.
o Estilo Tawny – Envelhecimento em madeira. Adquirido por lotação de
vinhos de grau de maturação variável, conduzido através do
envelhecimento em cascos ou tonéis. São vinhos em que a cor
apresenta evolução, devendo integrar-se nas sub-classes de cor tinto-
alourado, alourado ou alourado-claro. Os aromas lembram os frutos
secos e a madeira; quanto mais velho é o vinho, mais estas
características se acentuam. As categorias existentes são:
Tawny
Tawny Reserva
Tawny com Indicação de Idade (10 anos, 20 anos, 30 anos e 40
anos)
Colheita (data da colheita)
São vinhos de lotes de vários anos, exceto os Colheita, que se
assemelham a um Tawny com Indicação de Idade com o mesmo tempo
de envelhecimento. Quando são engarrafados estão prontos para serem
consumidos. Aconselham-se os vinhos das categorias Tawny com
Indicação de Idade e Colheita. Envelhecem geralmente 5 anos em cascos
de carvalho antes de serem engarrafados.
O Vinho do Porto Branco apresenta-se em variados estilos, associados a períodos de envelhecimento, mais ou menos prolongados, e diferentes graus de doçura (seco, doce ou muito doce), que resultam do modo como é conduzida a sua elaboração.
Aos vinhos tradicionais, juntaram-se os vinhos de aroma floral e complexo com um teor alcoólico mínimo de 16,5% (Vinho do Porto Branco Leve Seco) capazes de responder à procura de vinhos menos ricos em álcool. Este vinho chega ao mercado depois de três anos de estágio.
O Vinho do Porto Rosé, é um vinho de cor rosada, obtido por maceração (contacto prolongado do mosto com as
partes sólidas da uva com vista à extracção de compostos
responsáveis pela cor e aromas) pouco intensa de uvas tintas, não existindo fenómenos de oxidação durante a sua conservação. São vinhos para serem consumidos novos, com boa exuberância aromática, com notas de cereja, framboesa e morango. Na boca são suaves e agradáveis. Devem ser apreciados frescos ou com gelo, podendo ainda ser servidos em diversos cocktails.
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A VINHA
A produção de uvas destinadas ao Vinho do Porto é controlada e definida através de diversos parâmetros:
Altitude Sub-região Exposição ao sol Tipo de terreno, entre outros.
Destes parâmetros, resulta uma pontuação e classificação das vinhas por letras, sendo anualmente definida a quantidade de Vinho do Porto a produzir, e quais as letras que são permitidas, assim como o quantitativo máximo por hectare. A esta licença chama-se «benefício» e é controlada pela Casa do Douro.
O clima é seco, continental, protegido da influência marítima pela Serra do Marão. A pluviosidade e a temperatura são muito irregulares, com amplitudes anuais enormes, chegando a atingir 45º no verão e temperaturas negativas nos meses de janeiro e fevereiro, concentrando-se as chuvas nos meses de inverno.
Os solos xistosos são relativamente pobres e ácidos, com alguma retenção da água para ceder às plantas no período quente.
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A cultura da vinha evoluiu ao longo dos tempos, passando-se de terraços estreitos com muros de pedra, do período pré-filoxérico, para terraços mais largos, em declive, que permitem trabalhar a vinha com animais.
Atualmente os terrenos são armados em patamares de quatro metros de largura, com taludes em terra,
permitindo a mecanização da vinha. Nos últimos vinte anos
foi também ensaiada a implantação de vinha, com maior declive, com o objetivo de aumentar o número de plantas por hectare, permitindo a mecanização integral por tração direta, conseguindo-se assim uma maior rentabilidade.
As castas mais importantes usadas no vinho do Porto tinto são:
Touriga Nacional Touriga Francesa Tinta Roriz Tinta Barroca Tinto Cão Tinta Amarela.
Nos brancos, utiliza-se:
Malvasia Fina Codega Rabigato.
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Com a realização deste trabalho pude constatar a importância, a nível mundial, da
Região Demarcada do Douro e a produção do Vinho de Porto, desde a antiguidade e
até aos nossos dias.
Pude ainda caracterizar a viticultura da região do Douro e avaliar a importância do
Vinho do Porto no comércio externo.
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http://www.douro-turismo.pt/patrimonio-mundial.php
http://whc.unesco.org/en/list/1046
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B3nio_Mundial
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