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Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa
II – A ação humana e os valores
1. A ação humana – análise e compreensão do agir
1.1. A rede conceptual da ação
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Regência nº 2
1º Período
10º A
Supervisora: Dr.ª Lídia PiresOrientadora Cooperante: Dr.ª Blandina Lopes
Professora Estagiária: Rafaela Francisca Cardoso
Porto, 2015
Dados de Identificação
Professora Estagiária: Rafaela Francisca Cardoso
Disciplina: Filosofia Ano de Escolaridade: 10º Turma:
Tema: II A ação humana e os valores
Módulo: 1. A ação humana – análise e compreensão do agir
Unidade: 1.1. A rede conceptual da ação
Subunidade: 1.1.1. A especificidade da ação humana
Sumário: Continuação do tema: a especificidade da ação humana –
A rede conceptual da ação.
Análise de texto.
Elaboração de uma ficha de trabalho.
Data: 19/11/2015 Duração: 50 minutos Regência nº: 2 Lição nº: 27 e 28
Objetivos:
Gerais:
Compreender como se desenvolve a rede conceptual da
ação;
Delinear qual a sua importância no processo de análise e
compreensão do agir.
Específicos:
Definir e distinguir: agir, fazer e acontecer;
Clarificar o sentido dos conceitos que constituem a rede
conceptual da ação.
Conteúdos
Programáticos
Objetivos/Competências Conceitos
Nucleares
Recursos/Estratégias Avaliação Tempo
II – A ação humana e os
valores.
1. A ação humana –
análise e compreensão
do agir.
1.1. A rede conceptual
da ação.
1.1.1. A especificidade
da ação humana.
Breve sistematização
da aula anterior sobre a
complexidade do agir,
por forma, a suscitar
um encadeamento à
presente aula;
Consideração relativa à
diferença entre
liberdade e
necessidade;
Explicitar e clarificar o
sentido dos conceitos
que constituem a rede
conceptual da ação;
Agente;
Agir;
Ação;
Causa;
Condicionantes
da ação;
Consciência;
Decisão;
Voluntária;
Lição + Sumário
Método dialógico;
Quadro;
Apresentação digital
com recurso ao
programa Microsoft
PowerPoint, onde o
mesmo contempla
um esquema síntese;
Apelo à intervenção
dos alunos em vários
momentos da aula;
Pontualidade;
Material;
Interação com os
colegas;
Comportamento;
Participação
pertinente (autónoma
e apropriada);
10 min
20 min
Articular os conceitos
anteriormente
explicitados relativos à
rede conceptual da
ação;
Deliberação;
Desejo;
Determinismo;
Fazer;
Intenção;
Livre –
arbítrio;
Motivo;
Vontade.
Trabalho de texto:
leitura e análise.
Elaboração de uma
atividade.
Adequação e
articulação dos
conceitos previamente
adquiridos.
10 min
10 min
Fundamentação Científica
As aulas lecionadas inserem-se no tema 1. A ação humana – Análise e compreensão
do agir, mais especificamente no ponto 1.1. A rede conceptual da ação. Este ponto do
programa relativo à ação humana é considerado um dos temas da Filosofia com mais
relevância, isto deve-se ao facto de, depois de possuirmos conhecimento, o Homem tem
como dever transportar esse conhecimento para um agir mais sustentado ao longo da sua
vida, através das suas escolhas, bem como de todo o caminho que procura cimentar.
No entanto, a ação humana não se fica pela importância que tem no Homem, tendo
um efeito enorme no mundo em geral, entendamos, o Homem como produto do meio que
o envolve e, sendo ainda, criador desse mesmo meio a sua ação produz efeito, seja ele
imediato ou não, na realidade de todos nós. É então emergente que as nossas ações sejam
pensadas e, dessa forma, ponderadas.
Neste sentido há na ação humana um conjunto de elementos que se ligam, e por isso,
se relacionam, formando a rede conceptual da ação. Esta rede, que como o nome indica,
trata-se de um encadeamento de conceitos, com a sua significação individual mas que se
entrecruzam e ganham sentido, em todo o processo relativo à ação. São eles: agente,
intenção, motivo, meios, fins, deliberação e decisão.
Se consideramos as ações humanas como conscientes e voluntárias, ou seja, livres,
racionais, intencionais e responsáveis, falta-nos compreender como tudo isto se estrutura,
isto é, a forma como a ação se desenrola e o significado que lhe atribuímos.
Nesta medida, o conceito de Agente, traduz aquele que concretiza ou põe em prática a
ação, sendo o poder do agente o fator de decisão de fazer ou não fazer determinada coisa.
Quanto ao conceito de Motivo, representa tudo aquilo que nos leva a realizar determinada
ação, geralmente responde à pergunta: “porque fizeste isto?”, identificando-se com a razão
que a legitima.
Já o conceito de Intenção, está intimamente ligado ao de motivo, de tal forma, que
uma ação só é realizada intencionalmente quando realizada por algum motivo. Mas,
apesar da sua proximidade, distinguem-se claramente, na medida em que, respondem a
perguntas diferentes: a intenção responde à pergunta: “que quer fazer aquele que age?”,
enquanto que o motivo responde à pergunta: “porque é que o fazes?”, exemplo disto é: se
tomo a decisão de doar dinheiro a uma instituição de caridade, a minha intenção será, com
toda a certeza, ajudar aqueles que precisam, mas o motivo que está por detrás da minha
ação pode ser o dever de ajudar o outro ou a simples pena que sinto pelos que mais
precisam. Assim, o agente tem sempre uma intenção e essa intenção existe quando
baseada em razões, ao enumerar as minhas razões estou apresentar os meus motivos.
Os Meios são os procedimentos ou instrumentos que utilizamos para realizarmos
aquilo que projetámos mediante a escolha e quando os meios são inadequados, a ação fica
comprometida. Sendo eles (os meios) a combinação entre o que a vontade quer e as
possibilidades circunstanciais ou contextuais em que se encontra o agente. Os Fins, por
sua vez, correspondem à finalidade de determinada ação, ou seja, a direção da ação.
Numa fase posterior temos a Deliberação, antes de tomarmos qualquer decisão
costumamos refletir, ver os prós e contras, ponderar, representando as vantagens e
desvantagens de possíveis escolhas que iremos tomar, a este momento de reflexão, damos
o nome de deliberação.
Após essa deliberação, tão saudável para posteriormente isso proporcionar (boas)
Decisões, que é o momento da escolha , da eleição de uma entre várias possibilidades.
Podemos assim, considerar classicamente, a decisão como o culminar da deliberação. Em
toda a rede conceptual não podemos descorar da responsabilidade, esta requer: um sujeito
responsável (o autor da ação) e o objeto de responsabilidade (os atos pelos quais alguém é
responsável, logo, pelos quais terá de responder), ou seja, imputa as ações no seu
autor/agente.
Podemos então responder à questão “o que é então a rede conceptual da ação?” da
seguinte forma: é um conjunto de conceitos interligados que definem a ação, mas afinal
que conceitos são estes? Os que acabámos de explicitar e analisar, os mesmos que dão
forma ao modo como a ação de desenrola, efetiva e ganha o significado que lhe
atribuímos.
A aprendizagem significativa dos conteúdos relativos à ação humana e a tudo
quanto esta implica exige muito do ser humano para que haja uma convivência saudável e
regrada. Este ponto programático é igualmente, e particularmente, fundamental enquanto
tema de conexão com o ponto programático seguinte (a dar em futuras aulas): a questão
dos valores, na medida em que, se atendermos bem a todo o contexto que o processo da
ação nos exige podemos atender aos valores e à preferência dos mesmo, de uma outra
forma, desejavelmente mais comedida e de um olhar racional, que nunca esquecendo o
nosso lado sensível, como os sentimentos, tenha sempre uma perspetiva dotada de razão e,
por sua vez, de significação.
É porque os seres humanos têm possibilidade de ser livres que a ação nos remete
para a atividade consciente, intencional e voluntária do sujeito/agente. Afinal, este cria
projetos, interagindo com o mundo e, por sua vez, alterando-o. Tudo isto exige escolhas,
escolhas estas que devem, sempre, resultar de uma prévia deliberação e de uma decisão e
esta deve ter uma intenção e um motivo para agir.
Fundamentação Pedagógico-Didática
As aulas lecionadas inserem-se no tema 1. A ação humana – Análise e compreensão do
agir, mais especificamente no ponto 1.1. A rede conceptual da ação. Tendo em conta um
sentido de continuidade da aula anterior, começaremos por fazer uma breve síntese em volta
do conceito da ação, onde recorreremos à participação dos estudantes por forma a consolidar
conhecimentos, bem como para criar um fio condutor para a presente aula. Passamos, em
diante, à introdução do tema da aula: A rede conceptual da ação.
Posteriormente, e dando agora inicio à explicitação dos conteúdos relativos à presente
aula, passamos à mostra dos conteúdos, com recurso a PowerPoint e seguindo slide a slide,
onde em cada um decorrerá a devida explicitação dos elementos integrantes da rede
conceptual da ação, com recurso a exemplos para uma maior compreensão dos nossos
estudantes.
O PowerPoint é uma das ferramentas mais utilizadas, atualmente, em contexto de sala
de aula, não só porque é mais difundida, mas porque nela podemos inserir imagens,
animações, esquemas, mapas conceptuais, etc., os quais quando em conformidade com a
matéria a lecionar são uma mais valia para os estudantes, na medida em que, promovem a
interação dos alunos e, consequentemente, o seu proveito da aula será maior. A escolha deste
recurso prende-se com a matéria a lecionar ser na base de conceitos, deste modo, as
características de cada elemento da rede conceptual da ação estando expostas em suporte
digital permitem ao professor uma maior versatilidade na exposição dos mesmos.
Quando terminada a análise e explicitação do PowerPoint, será pedido aos estudantes
que abram o manual adotado, para conjuntamente com o professor lerem e analisarem o texto
de Paul Ricoueur, intitulado por “Qual é a rede conceptual da ação?”. Tendo em conta a
importância do recurso a trabalho de texto e por forma a desenvolver capacidades
fundamentais nos estudantes, como a interpretação e a relação entre ideias anteriormente
assimiladas, considera-se um trabalho fundamental na Filosofia, bem como em todo o
processo ensino-aprendizagem.
Num último momento, os estudantes procederão à realização de uma ficha de trabalho,
onde se pretende aferir a compreensão dos mesmos relativamente aos conteúdos da presente
aula.
Bibliografia
Almeida, A. (2003). Dicionário Escolar de Filosofia. Lisboa: Plátano Editora.
Almeida, A. (2007). Arte de Pensar 10º ano – Vol. 1. Lisboa: Didática Editora.
Almeida, A., Murcho, D. (2014). 50 Lições de Filosofia 10.º Ano. Didática Editora.
Borges, J.F., Paiva, M., &Tavares, O. (2014). Contextos Filosofia 1Oº Ano. Porto: Porto
Editora.
Ricoeur, P. (2014). O discurso da ação. Lisboa: Edições 70.
Anexos
ANEXO I – PowerPoint (slides)
ANEXO II – Texto do manual adotado a analisar
ANEXO III – Ficha de Trabalho – Proposta de solução
ANEXO IV – Grelha de avaliação
ANEXO III – Ficha de Trabalho - Proposta de solução
Ficha de Trabalho – Filosofia – 10º anoA rede conceptual da ação
1. Define rede conceptual da ação?
A rede conceptual da ação é um conjunto de elementos inerentes à ação humana,
elementos estes que se interligam e, no seu conjunto, formam aquilo a que chamamos
rede conceptual da ação.
2. Estabelece a correspondência entre os conceitos da coluna esquerda e os da
coluna direita.
1. Ação D)
2. Decisão C)
3. Agente A)
4. Motivo E)
5. Deliberação B)
6. Projeto F)
A. Sujeito
B. Ponderação
C. Escolha racional
D. Ato humano
E. Razão
F. Intenção
3. Das seguintes afirmações, indica as verdadeiras (v) e as falsas (f). Justifica.
1. Ação é tudo aquilo que o homem faz. F
2. A decisão resulta de uma deliberação. V
3. O motivo é a razão que esclarece a ação. V
4. Quando o homem age conscientemente realiza uma ação. V
5. Uma ação deliberada é uma ação premeditada. V
6. O sujeito é agente, mesmo quando espirra ou tosse. F
7. A ação exige que o sujeito tenha uma intenção ou um projeto. V
8. O motivo responde à questão “porquê”. V
Bom Trabalho!
ANEXO IV – Grelha de observação
Grelha de observação
Grelha de avaliação dos alunos.
Ser e Saber Estar Saber e Saber Fazer
Alunos Pontualidade MaterialComportamento adequado à sala
de aula
Realiza as atividades propostas
Participa ativamente nas
atividades propostas
Cuidado na argumentação
Qualidade e pertinência nas
respostas solicitadas
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.