Post on 18-Apr-2015
Recursos, Resíduos e ReciclagemIST 25 de Outubro 2004
Panorama Nacional e a política dos 3 R (Logística Inversa)
João de Quinhones Levy
Classificação dos Resíduos
Resíduos Sólidos Urbanos
Resíduos Hospitalares
Resíduos Industriais
Resíduos Sólidos Urbanos
Resíduos Sólidos Urbanos
Resíduos Sólidos Urbanos
Resíduos Sólidos Urbanos
Resíduos Sólidos UrbanosEMBALAGENS
Resíduos Sólidos Urbanos
Resíduos Sólidos Urbanos
Resíduos Sólidos Urbanos
Resíduos Sólidos Urbanos
Resíduos Sólidos UrbanosRemoção
Os custos de remoção variam consideravelmente, uma vez que esta operação pode ser efectuada, ou directamente pelas autarquias, ou ser delegada por estas a empresas de capitais públicos ou privados.
A partir do valor médio 37,50 €/ton, obtém-se o montante global para a recolha indiferenciada:
• 118,72 milhões de euros por ano.
Resíduos Sólidos Urbanos
Quantidade Potencial Quantidade Retomada
Resíduos Sólidos Urbanos
Resíduos Sólidos Urbanos
Resíduos Sólidos UrbanosTratamento
Os montantes envolvidos no tratamento no ano 2000, incluindo os valores da produção de energia e de composto, acrescidos da quantidade de resíduos encaminhados para as estações de tratamento, são de:
• Tarifa: 86,04 milhões de euros por ano;• Composto: 1,66 milhões de euros por ano;• Energia Eléctrica: 29,46 milhões de euros por
ano.
Resíduos Sólidos Urbanos
TARIFAS
SÃO A CONTRAPARTIDA A PAGAR PELOS UTILIZADORES
PELA PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO.
TAXAS QUANDO SE APROXIMAM DA NOÇÃO DE
IMPOSTO.
OS SISTEMAS DEVEM SER AUTO-SUSTENTÁVEIS.
PRINCÍPIO DO UTILIZADOR-PAGADOR.
AS TARIFAS DEVEM COBRIR:
• CUSTOS DE AMORTIZAÇÃO• JUROS• FISCALIDADE• CUSTOS DE EXPLORAÇÃO
TIPOS DE TARIFAÇÃO (Fonte: Ed. Lavoisier; Lyonnaise des Eaux)
M
n
M
n
M
M
n
M M
M M M
Tarifa sem parcela fixa
Tarifa com parcela fixa acompanhada de um mínimo de consumo
Tarifa com parcela fixa
Preço por m³Único
Preço por m³Regressivo
Preço por m³Progressivo
TARIFAÇÃO
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
FIXA - INDEPENDENTE DA PRODUÇÃO
VARIÁVEL - FUNÇÃO DA PRODUÇÃO - PRECISA DE PESAGENS
METODOLOGIA:
• AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS - I
• CÁLCULO DOS CUSTOS DE EXPLORAÇÃO - Cexp
• AMORTIZAÇÃO ANUAL DOS INVESTIMENTOS - Ia
• CUSTOS ANUAIS DE EXPLORAÇÃO - Cexpa
Ia + Cexpa = 12 c (T + tQ)
T - parcela fixa
tQ - parcela variável
c - contador, ramal, .....
Sistema Tarifário de Resíduos Sólidos Urbanos
Sistema em baixa (remoção e transporte)
Entidade responsável pelo sistema em Baixa
70%
24%
5% 1% Câmaras Municipais
Empresas Privadas
Sistemas Intermunicipais /Multimunicipais
Mista
Sistema em baixa + Sistema em alta Custo por Habitante
Custo por H abitante (€/ hab)
30,86 €/ hab
16,54 €/ hab
30,41 €/ hab
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
Portugal Açores Madeira
Cu
sto
(€/
hab
)
Custo por H abitante (€/ hab)
Sistema em baixa + Sistema em alta Custo por Km2
Custo por Km2
3025,63 €/ Km23356,58 €/ Km2
9082,22 €/ Km2
0,00
2500,00
5000,00
7500,00
10000,00
Portugal Açores Madeira
Cu
sto
(€/
Km
2)
Custo por Km2
Limpeza e varredura do concelho Custo por habitante
Custo por Habitante
20,87 €/ hab
8,13 €/ hab
45,49 €/ hab
0
10
20
30
40
50
Continente RA Açores RA Madeira
€/
hab
Limpeza e varredura do concelho Custo por Km2
Custo por Km2
4.221,52 €/ Km2
1.309,63 €/ Km2
3.515,63 €/ Km2
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
Continente RA Açores RA Madeira
€/K
m2
Sistemas de remoção
Sistemas de Remoção
13%
63%
23%
Porta - a - porta Por Pontos Misto
Capitação média por habitante
Capitação média por habitante
1,99 Kg/hab*dia
1,28 Kg/hab*dia
0,85 Kg/hab*dia
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
Continente RA Açores RA Madeira
Kg/h
ab*d
ia
Estações de transferência
Municípios que são servidos por Estações de Transferência
51%
49%
Sim Não
Estações de transferência
Distância ao local de tratamento (Km)
22%
49%
19%
10%
< 25 Km 25-50 Km 50-75 Km > 75 Km
Estações de transferência
Entidades Gestoras
5% 9%
86%
Autarquias Empresas Privadas Sistemas Intermunicipais / Multimunicipais
Recolha Selectiva
MaterialCusto da recolha selectiva (€/ton)
Valores de contrapartida da
SPV (€/ton)Percentagem
Papel + Cartão 173,49 53,74 31%
Vidro 127,92 29,87 23%
Plástico 504,40 685,22 100%
Metal
Aço 458,44 134,77 29%
Alumínio 1773,33 794,72 45%
Municípios servidos por CT
Municípios servidos por Centrais de Triagem
69%
31%
Servidos Não Servidos
Centrais de triagem
Localização da Central de Triagem
83%
17%
Aterro Sanitário Outra
Custo de triagem
MaterialCusto da Recolha
SelectivaCusto de Triagem
Percentagem
Papel e Cartão 173,49 €/ton
96,34 €/ton
56%
Plástico 504,40 €/ton 19%
Metais ferrosos 458,44 €/ton 21%
Metais não ferrosos 1773,33 €/ton 5%
Infra-estruturas de tratamento e destino final – Continente
RegiõesAterro
SanitárioValorização
OrgânicaIncineraçã
o
Norte 14 2 [1] 1
Centro 7 1 ----
Lisboa e Vale do Tejo
8 2 1
Alentejo 6 ---- ----
Algarve 2 ---- ----
Total 37 5 [1] 2
[1] Estação de compostagem da Lipor não está em funcionamento.
Infra-estruturas de tratamento e destino final – RA Açores
Ilha Infra-estruturas Local Entidade Gestora
São Miguel
Aterro SanitárioCavada das Murtas -
Ponta Delgada
AM da Ilha de S. Miguel (consórcio NORMA, Açores e
HIDURBE)
Aterro SanitárioSão Pedro - Vila do
NordesteCM da Vila do Nordeste
Santa Maria Aterro Sanitário Zamba - Vila do Porto CM da Vila do Porto
São JorgeAterro Sanitário Velas CM de Velas
Lixeira controlada Calheta CM da Calheta
Terceira Aterro SanitárioBiscoito da Achada - Angra do Heroísmo
Serviços Municipalizados de Angra do Heroísmo
Graciosa LixeiraBarro Vermelho – Santa
CruzCM de Santa Cruz da Graciosa
Pico Aterro Sanitário Lajes do Pico AM da Ilha do Pico
Faial Aterro Sanitário Fajã – Praia Norte CM da Horta
Corvo Lixeira Topo de Cima CM Corvo
Flores Lixeira Ponta Ruiva CM Santa Cruz das Flores
Infra-estruturas de tratamento e destino final – RA Madeira
Ilha Infra-estruturas Local Entidade Gestora
Madeira
Aterro SanitárioMeia Serra – Santa Cruz
Direcção Regional de Saneamento Básico
IncineradoraMeia Serra – Santa Cruz
Direcção Regional de Saneamento Básico
CompostagemMeia Serra – Santa Cruz
Direcção Regional de Saneamento Básico
Porto Santo Lixeira controladaFonte da Areia -
MornosCâmara Municipal de
Porto Santo
Custo de cada tipo e tratamento (Sistema em alta)
SistemaAterro
Sanitário (€/ton)
Estação de tratamento e valorização orgânica (€/ton)
Incineração (€/ton)
CompostagemDigestão anaeróbia
Multimunicipal (SM) 19,46 23,32 23,04 23,04
Intermunicipal (SI) 17,02 25,87 ---- 52,68
Diferença (SM-SI) 2,44 (-) 2,55 23,04 (-) 29,64
Tipos de tarifários em f(Q)
Tarifários cobrados juntamente com a factura da água:
• Tarifário Fixo;
• Tarifário Variável;
• Tarifário Fixo + Variável.
Outras formas de tarifário
Existem outros tarifários, mas estes não dependem apenas do consumo de água:
• Frequência da remoção;
• Características do município (dentro de cada área, pode variar em f(Q));
• Sistema de remoção.
Tipos de Tarifários aplicados no Continente
Sem Tarifa26%
Tarifa Fixa22%
Tarifa Variável24%
Tarifa Fixa + Tarifa Variável
20%
Outro8%
Sem Tarifa Tarifa Fixa Tarifa Variável Tarifa Fixa + Tarifa Variável Outro
Tipos de Tarifários aplicados nas Regiões Autónomas
Sem Tarifa33%
Tarifa Fixa38%
Outro19%Tarifa Fixa + Tarifa
Variável10%
Tarifa Variável0%
Sem Tarifa Tarifa Fixa Tarifa Variável Tarifa Fixa + Tarifa Variável Outro
Comparação entre os três tipos de tarifários (f(Q))
Comparação entre os três tarifários (f(Q))
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
1 6 11 16 21 26 31 36 41
Consumo de água (m3/mês)
€/m
3
Fixa Variável Fixa+variável
Características do Município
Características do Município
0,50
0,70
0,90
1,10
1,30
1,50
1,70
1,90
2,10
2,30
2,50
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19
Consumo de água (m3)
Val
or (€
/cont
ador
)
Urbano Rural
Sistemas de Remoção
Sistema de Remoção
3,49 €/família
1,5 €/família
0
1
2
3
4
Porta-a-porta Por pontos
Val
or (€
/fam
ília
)
Valor anual médio pago pelos munícipes às Autarquias
Portugal Média (€/hab)
Continente 1,52
Açores 1,50
Madeira 1,24
Valor anual médio gasto pelas Autarquias
Operação Continente RA Açores RA Madeira
Remoção e tratamento de RSU 30,41 €/hab 16,54 €/hab 30,86 €/hab
Limpeza e varredura do concelho 20,87 €/hab 8,13 €/hab 45,49 €/hab
TOTAL 51,28 €/hab 24,67 €/hab 76,35 €/hab
Défice anual médio das Autarquias por habitante
Parcelas Continente RA Açores RA Madeira
Valor gasto pelas Autarquias
51,28 €/hab 24,67 €/hab 76,35 €/hab
Valor recebido pelas Autarquias
1,52 €/hab 1,50 €/hab 1,24 €/hab
Défice 49,43 €/hab 23,17 €/hab 75,11 €/hab
Conclusão
Custos suportados pelos munícipes: (Sistema em baixa + Sistema em alta + limpeza e varredura do município)
• Continente - 3%;• RA dos Açores - 6%;• RA da Madeira - 1,6%.
Não está incluído o custo da recolha selectiva.
55
(Kokkinaki et al, 1999)
Logística Inversa - Ciclo sobre Desenvolvimento Sustentável - IST Rui Carvalho Oliveira
Aprovisionamentos
Produção
Distribuição
Recolha
Selecção
Destino Final
Reutilização
Refabrico
Reciclagem
Redistribuição
Mercado UTILIZAÇÃOUTILIZAÇÃOORIGINALORIGINAL
OUTRAOUTRAUTILIZAÇÃOUTILIZAÇÃO
Resíduos industriais / Subprodutos
Devoluções comerciais
Devoluções de fim
de utilização
Devoluções de fim de utilização
56
Recuperação / re-utilização de produtos em fim de vida / utilizaçãoRecuperação / re-utilização de produtos em fim de vida / utilização
RecolhaRecolha
Selecção/Selecção/ClassificaçãoClassificação
ReprocessamentoReprocessamento
RedistribuiçãoRedistribuição
ReutilizaçãoReutilização directadirecta
RecuperaçãoRecuperação
Destino final Destino final (deposição, etc.)(deposição, etc.)
reparaçãoreparação
renovaçãorenovação
refabricorefabrico
canibalizaçãocanibalização
reciclagemreciclagem
Logística Inversa - Ciclo sobre Desenvolvimento Sustentável - IST Rui Carvalho Oliveira
57
Diferentes opções de RecuperaçãoDiferentes opções de Recuperação
Logística Inversa - Ciclo sobre Desenvolvimento Sustentável - IST Rui Carvalho Oliveira
NÍVEL DE
DESMONTAGEM
NECESSIDADE DE
QUALIDADE
PRODUTO RESULTANTE
REPARAÇÃO Ao nível doproduto
Colocar o produtoavariado emfuncionamento.
Algumas peças sãoarranjadas ousubstituídas porsobressalentes.
RENOVAÇÃO Ao nível domódulo
Inspeccionar todos osmódulos críticos eactualizar de acordo comum nível de qualidadeespecífico.
Alguns módulosreparados/substituídos;potencial actualização.
REFABRICO Ao nível dapeça
Inspeccionar todos osmódulos e peças eactualizar de acordo como mesmo nível dequalidade do produtonovo.
Usados e novosmódulos/peçascombinadas num novoproduto; potencialactualização.
CANIBALIZAÇÃO Recuperaçãoselectiva depeças
Depende do processo derecuperação que as peçasirão sofrer.
Algumas peçasreutilizadas;restantes produtosreciclados/depositados.
RECICLAGEM Ao nível domaterial
Qualidade alta paraprodução de peçasoriginais; menor paraoutras peças.
Materiais reutilizadospara produzir novaspeças.
R E Q U I S I T O S D EQ U A L I D A D E
Q u a l i d a d e a l t a p a r a p r o d u ç ã o d e a r t i g o so r i g i n a i s; m e n o r p a r a o u t r o s a r t i g o s
M a t e r i a i s r e u t i l i z a d o sp a r a p r o d u z i r n o v o s a r t i g o s
58
Fabricaçãode componentes
Montagem de módulos
Montagemdo produto
Distribuição
Assistênciapós-venda
Matérias
primasUtilizadores
2
13456
7, 8
Reutilização Directa
1. Reutilização directa/Revenda
Gestão da Recuperação de Produtos
5. Canibalização6. Reciclagem
Gestão de Resíduos(destino final)7. Incineração8. Aterro etc.
2. Reparação3. Renovação4. Refabrico
Fluxos directosFluxos inversos
Visão integrada da cadeia de abastecimento (Thierry et al, 1995)Visão integrada da cadeia de abastecimento (Thierry et al, 1995)
Logística Inversa - Ciclo sobre Desenvolvimento Sustentável - IST Rui Carvalho Oliveira
59
Logística Inversa
Factores impulsionadoresFactores impulsionadores
• O aumento da consciência ecológica dos consumidores e de preocupações com o desenvolvimento sustentável;
• A legislação ambiental que obriga as empresas a recolher os seus produtos e a dar-lhes tratamento adequado;
• As vantagens económicas decorrentes da recuperação de valor re-utilização dos produtos.
Logística Inversa - Ciclo sobre Desenvolvimento Sustentável - IST Rui Carvalho Oliveira
60
Logística Inversa
Factores ecológicos:Factores ecológicos:
• Legislação ambiental:Legislação ambiental:
Logística Inversa - Ciclo sobre Desenvolvimento Sustentável - IST Rui Carvalho Oliveira
- Pressão sobre os fabricantes, forçando-os a assumir responsabiliades por todo o ciclo de vida dos produtos (incluindo recuperação em fim de vida) - Pressão sobre a Administração Pública, impondo metas relativamente à recuperação / reciclagem de resíduos.
• Consciência ecológica de consumidores:Consciência ecológica de consumidores:- Pressão sobre fabricantes e reguladores / Administração Pública, levando a que estes se preocupem com os aspectos ambientais.
Serão determinantes para o desenvolvimento da LI na Europa
61
Logística Inversa
Factores económicos:Factores económicos:• Vantagens económicas directas, resultantes da recuperação / re-utilização de produtos / componentes / materiais.
• Vantagens económicas indirectas: uma “imagem verde” é hoje um elemento importante de marketing junto de consumidores com maior consciência ecológica.
Serão hoje determinantes nos EUA.
Logística Inversa - Ciclo sobre Desenvolvimento Sustentável - IST Rui Carvalho Oliveira