RADIAÇÃO SOLAR. O sol emite uma ampla faixa de radiação eletromagnética que inclui o...

Post on 17-Apr-2015

114 views 2 download

Transcript of RADIAÇÃO SOLAR. O sol emite uma ampla faixa de radiação eletromagnética que inclui o...

RADIAÇÃO SOLAR

O sol emite uma ampla faixa de radiação eletromagnética que inclui o infra-vermelho, a

luz visível e o ultravioleta (UV), que se divide em UVA

(com comprimentos de onda variando de 320 a 400 nm), UVB (290 a 320 nm), e UVC

(10 a 290 nm).

Os únicos comprimentos de onda da radiação UV que alcançam a superfície da Terra estão na faixa que

compreende o UVA e UVB. A radiação UVA é cerca de

1.000 vezes menos efetivo que a radiação UVB para

provocar eritema (vermelhidão de pele).

Porém, sua predominância na energia solar que alcança a superfície da Terra (de 10 a

100 vezes mais que UVB) faz com que a radiação UVA

represente um papel muito importante nos efeitos

prejudiciais da exposição ao sol.

Quem reside em maiores altitudes está sujeito a uma exposição maior à radiação

UV. A exposição ao UV também aumenta com a

diminuição da camada de ozônio da estratosfera.

Outros fatores que influenciam a exposição ao

UV incluem calor, vento, umidade, poluentes, presença de nuvens, neve, estação do

tempo, e hora do dia.

As conseqüências desta exposição também são

influenciadas por fatores como o grau de pigmentação da pele, ou seja, a quantidade

de melanina na pele.

O mecanismo de proteção do organismo contra efeitos

nocivos das queimaduras de sol, como câncer de pele, foi esclarecido por Laurie Hill - Universidade do Texas em

Houston (EUA).

A exposição da pele à radiação solar ultravioleta pode induzir

danos aos cromossomos e mutações genéticas,

eventualmente provocando câncer de pele e favorecendo o desenvolvimento de melanoma

(de alta malignidade).

A formação de queimaduras solares é um mecanismo de

defesa contra essas mutações genéticas, levando

à eliminação de células afetadas da pele no processo de descascar. Isso ocorre por apoptose (suicídio celular).

BRONZEAMENTO

A nossa pele é formada por queratinócitos (células existentes nas camadas mais superficiais da pele, que servem de proteção às

camadas mais internas), melanócitos (células produtoras de melanina, o pigmento responsável

pela cor da pele) e vasos sangüíneos e linfáticos, entre

outros componentes.

Na epiderme, a radiação UV pode provocar alterações nos queratinócitos e melanócitos e mudanças funcionais nas

células de Langerhans e linfócitos (células do sistema

imunológico). Até mesmo baixas doses de UVB podem

reduzir a resposta imunológica.

A epiderme exposta com freqüência ao sol torna-se espessa, chegando a ter o

dobro da espessura da pele protegida e é desorganizada, podendo aparecer manchas

claras ou escuras, ou regiões que "descamam".

O melanócito é a célula envolvida na fotoproteção da pele, devido à produção de

melanina, que atua como um fotoprotetor natural. Na

epiderme danificada pelo sol, o número destas células

aumenta.

Elas migram para níveis mais altos da epiderme e

aumentam a produção de melanina, que absorve UV, não deixando que os raios

alcancem o DNA das células.

O eritema, ou queimadura solar, é causado pela

vasodilatação dos vasos sangüíneos da derme. O

eritema chamado de imediato, que ocorre nas primeiras 6 a 12 horas de exposição ao sol, pode ser bloqueado por anti-inflamatórios não-esteróides.

Porém, estes agentes anti-inflamatórios não podem

inibir o eritema tardio, que acontece cerca de 24 horas após exposição ao sol por mecanismos distintos do

eritema imediato.

Bronzeado é o aumento de melanina induzido pela exposição à radiação UV. A pigmentação da pele pode ser

imediata, causada por uma foto-oxidação dos pigmentos de

melanina já existentes, e tardia, causada pelo aumento da

multiplicação dos melanócitos e pelo aumento da produção de melanina por estas células.

A pigmentação protege as células da pele contra os

danos causados em seu DNA pelos raios UV, mas não

protege contra o eritema.

O bronzeado, apesar de bonito, é um estado de alerta

do corpo contra os danos causados pela exposição

excessiva ao sol, que podem provocar o câncer.

Bronzeamento Artificial

provoca Câncer

Os riscos associados com bronzeamento artificial por

lâmpadade UV são, principalmente: Queimadura;

Envelhecimento precoce da pele; Câncer de pele; Danos na retina;

Formação de cataratas; Supressão do sistema imunológico; Danos no

sistema vascular.

As sessões de bronzeamento artificial tem lá o seu charme:

camas confortáveis, som, vídeos no telão, suco de manga no canudinho.

A exposição ao raios ultravioletas, entretanto, é muito prejudicial, sendo

capaz de provocar câncer de pele.

As câmaras de bronzeamento artificial são constituídas por

uma estrutura de acrílico transparente que permite a

passagem da luz gerada por uma série de lâmpadas. O uso de

protetores oculares é imperativo durante as sessões, pois existe

o risco de queimadura da córnea e até cegueira.

Os fabricantes das câmaras de bronzeamento relatam que suas lâmpadas apenas emitem UV-A1,

porém como não existe uma regulamentação rígida que controle

sua fabricação, bem como não existe fiscalização sobre seu uso,

pouco se pode dizer da credibilidade desta fonte de emissão luminosa e

sobre os riscos do desenvolvimento do câncer de pele.

As lâmpadas das câmeras de bronzeamento produzem raios UVA, que, além do

escurecimento da pele, causa envelhecimento precoce da

pele e câncer de pele.

Evidências de laboratório mostram que os raios UVA

das câmeras de bronzeamento causam danos ao DNA das células da pele. Harvard School of Public Health

A Academia Americana de Dermatologia está estudando

uma maneira de proibir o uso de câmeras de bronzeamento. O Bronzeamento Artificial por radiação UV já faz, nos EUA,

parte da lista de agentes arcinogênicos.

Health Sciences & Technology Academy

Muitos óleos bronzeadores e pílulas de bronzeamento que

existem no mercado não aumentam de forma nenhuma a

pigmentação da pele - não passam de fraudes. Muitos são,

ainda, prejudiciais à pele. Anti-Cancer Foundation South Austrália

NOSSA PELE

Uma polegada quadrada de pele contém milhões de

células, bem como muitas terminações nervosas cuja

finalidade específica é transmitir as sensações de

calor, frio e dor.

Além disso, cada polegada quadrada contém inúmeras

glândulas sebáceas, folículos pilosos e glândulas

sudoríparas. Há também uma intrincada rede de vasos

sangüíneos que nutrem essa complexa estrutura.

Além de proteger nossos órgãos vitais, a pele também atua como

regulador da temperatura do corpo. Quando o corpo está frio,

os vasos sangüíneos se contraem diminuindo o fluxo de

sangue através da pele, reduzindo, assim, a perda de

calor e mantendo a temperatura normal do corpo.

Quando a temperatura do corpo aumenta, esta é diminuída com a dilatação vascular e o aumento

do fluxo sangüíneo na superfície da pele. As glândulas

sudoríparas, controladas por um centro de controle de calor no cérebro, também participam

desse processo.

Quando o corpo está quente, suamos e a evaporação do

suor na pele esfria a superfície do corpo e ajuda a manter a temperatura normal

do corpo.

Nesse aspecto, a pele funciona como um órgão escretor,

eliminando resíduos inúteis do corpo como, por exemplo, uréia,

embora essa excreção seja mínima se comparada com os

rins, que realizam a excreção via urina.

A melanina é a responsável pela coloração da pele e

ajuda a protegê-la contra os raios de luz ultravioleta.

Todas as pessoas de todas as raças nascem com o mesmo

número de células de pigmentação (melanócitos).

Todavia, o índice em que as glândulas de melanina são

formadas nessas células e o seu grau de concentração na

epiderme são características hereditárias e os principais

fatores nas diferenças de cor da pele, assim como a exposição à

luz solar. Fonte: QMCWEB