Post on 17-Oct-2020
3A desembargadora
Tereza Cristina daCunha Peixoto como líder do setor da
mineração,Fernando Coura,
em evento defim de ano
DiaDEm reunião nesta sexta, último diaútil do ano, o conselho de represen-tantes dos sindicatos da Fiemg de-ve deliberar sobre a proposta demudanças no regimento interno pa-ra permitir a reeleição de Olavo Ma-chado a um terceiro mandato napresidência. As novas eleições naentidade ocorrem em 2017. E a cam-panha já começou quente, rachan-do a base empresarial.
FacaafiadaNo ano passado em relação a 2013, igualmente um anonão eleitoral, a queda já havia sido de 40%, computada ainflação. Considerando o biênio 2015 e 2016, a Secomcortou em torno de R$ 43 milhões em seus gastos parapromover a gestão estadual.
ÉatendênciaUma das contrapartidas derrubadas no projeto de renego-ciação das dívidas dos Estados com a União era uma forteredução dos gastos com publicidade dos governos esta-duais, que deveriam cair à metade do valor médio dosúltimos três anos. A exigência acabou vetada na CâmaraFederal. Mas, ainda pode voltar à pauta. E sua aprovaçãono Senado já indicou uma tendência: por força do quadrofiscal, o bolo de verbas para publicidade oficial deve mur-char em todo o país, cada vez mais, pelo menos nos próxi-mos dois anos.
MedindoforçasO grupo que detém o poder na Fie-mg há 15 anos acredita ter maioriapara aprovar a reeleição, ou não searriscaria a levá-la ao conselho:uma derrota na instância máxima daentidade seria desastrosa para os di-rigentes atuais. Mas, a oposição li-derada por Flávio Roscoe está articu-lando apoios para barrar a propos-ta. A decisão no conselho será umaprévia da sucessão na poderosa enti-dade das indústrias mineiras.
PanodefundoA mais acirrada eleição na históriada Fiemg tem como pano de fundoum quadro dramático: a indústriamineira já acumula perdas de 35%de receitas após três anos sucessi-vos de queda do faturamento. A cri-se no setor não tem precedente. Evem dizimando o parque industrialdo Estado.
FazasuaparteCom as finanças estaduais em situação de calamidade, aSecom também foi chamada a fazer o seu ajuste. Os inves-timentos totais em publicidade do governo mineiro de-vem fechar este ano em queda de 26,45%, ou cerca de R$21 milhões a menos. Nas palavras do secretário MarcusGimenez, não faria sentido todo o governo reduzir custose a comunicação ficar de fora do esforço fiscal.
PadrãocontinentalA crise brasileira não é tão nacional ouexcepcional como muitos pensam. Ela re-pete um padrão continental. A Argentinaestá em recessão profunda, idem o Equa-dor. A Venezuela derrete. Até a pujanteColômbia dá sinais de desaceleração. Noconjunto, a América do Sul vai encolhereste ano, com suas principais economiasno buraco ou caminhando para ele.
RiscodequebraA diminuição da publicidade oficial vem agravar a situa-ção já insustentável de empresas do mercado de comuni-cação. Às vésperas do Natal, mais de uma centena depessoas, incluindo dezenas de jornalistas, foi demitidaem tradicional veículo mineiro. Nesse setor, o risco é dequebradeira.
FlexibilizandoKalil não aboliu totalmente as indicações políticas na PBH: vem recebendo suges-tões de aliados para nomeação dos administradores regionais. O deputado Iran Bar-bosa, por exemplo, está indicando o de Venda Nova.
FOTO E LEGENDA ANNA CASTELO BRANCO/REDE FOTONOVELA
RAQUEL FARIAraquelfaria@otempo.com.br
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FimdeummodeloOs países sul-americanos mais críticospossuem características comuns: econo-mia baseada em commodities, históricopolítico turbulento e elevada concentra-ção de renda. As semelhanças sugeremcausas mais profundas para as crises quevem devastando o continente. Talvez omodelo secular de desenvolvimento ado-tado nessa parte do planeta tenha chega-do ao fim, já anacrônico e ineficiente de-mais frente ao resto do mundo.
8O TEMPO Belo HorizonteQUINTA-FEIRA, 29 DE DEZEMBRO DE 2016