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CEEBJACAM – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA
JOVENS E ADULTOS DE CAMPO MOURÃO – PR.
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011- 2012
CAMPO MOURÃO
2012
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011- 2012
“Sonhamos com uma escola que, sendo séria,
jamais vire sisuda. A seriedade não precisa ser
pesada. Quanto mais leve é a seriedade, mais
eficaz e convincente é ela. Sonhamos com uma
escola que, porque séria, se dedique ao ensino
de forma competente, mas, dedicada, séria e
competente ao ensino, seja uma escola
geradora de alegria.” (Paulo Freire)
CAMPO MOURÃO
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SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇÃO ................................................................................... 07
2 HISTÓRICO ..................................................................................... 07
3 ESPAÇO FÍSICO E MATERIAIS DE APOIO PEDAGÓGICO ............. 08
4 OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ...................... 09
4.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................... 09
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................. 09
5 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR .................. 10
6 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR DA
EDUCAÇÃO BÁSICA DE JOVENS ADULTOS E IDOSOS ................ 11
7 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO ................................. 12
8 ATO SITUACIONAL .......................................................................... 14
8.1 POSSIBILIDADES E NECESSIDADES DE AVANÇOS DA
PRÁTICA PEDAGÓGICA .................................................................
14
8.2 HORA-ATIVIDADE ......................................................................... 15
8.3 REUNIÕES PEDAGÓGICAS ............................................................ 16
8.4 CURSOS DE CAPACITAÇÃO E SEMANA PEDAGÓGICA ............... 16
8.5 DIVERSIDADE ................................................................................ 17
8.6 NOME SOCIAL DO ALUNO ............................................................. 17
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8.7 INCLUSÃO ....................................................................................... 18
8.8 ADAPTAÇÕES CURRICULARES ...................................................... 19
8.9 PDDE–ESCOLA - PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA . 19
9 ATO CONCEITUAL .......................................................................... 20
9.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO .......................................................... 20
9.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM .............................................................. 21
9.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO ................................................................. 21
9.4 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ........................................................ 22
9.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA ............................................................ 23
9.6 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR ............................................. 23
9.7 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ........................................................ 24
9.8 CONCEPÇÃO DE PPC ........................................................................ 25
9.9 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO .................................................. 26
9.10 CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA ............................................................... 27
9.11 CONCEPÇÃO DE ESCOLA .............................................................. 27
9.12 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA ..................................................... 28
9.13 CONCEPÇÃO DE ENSINO/APRENDIZAGEM ................................. 29
9.14 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ........................................................ 30
9.15 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA ......................................................... 30
9.16 CONCEPÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO ................................................ 31
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9.17 CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA ................................. 32
9.18 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO .................. 32
10 ATO OPERACIONAL ........................................................................ 34
10.1 REDIMENSIONAMENT0 DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO .................................................................................. 34
10.2 TIPO DE GESTÃO ............................................................................ 35
10.3 ÓRGÃOS COLEGIADOS ................................................................... 36
10.3.1 ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES, ALUNOS E
FUNCIONÁRIOS APACEEBJA ........................................................... 36
10.3.2 CONSELHO DE AVALIAÇÃO .......................................................... 36
10.3.3 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ......................................................... 37
10.3.4 CONSELHO ESCOLAR .................................................................... 37
10.4 AGENTE EDUCACIONAL I E II ...................................................... 39
10.5 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO ...................................................... 40
10.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS ........................................................... 41
10.7 SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I ......................... 42
10.8 AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR ........................................ 43
10.8.1 OBJETIVOS ...................................................................................... 44
10.8.2 O QUE AVALIAR ................................................................................ 44
10.8.3 COMO AVALIAR ............................................................................. 44
10.9 PAPEL DA EQUIPE PEDAGÓGICA ..................................................... 45
10.10 ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS NOVOS E EGRESSOS ......... 45
10.11 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA 2011-2012 ...................................... 47
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10.12 PLANO DE GESTÃO ........................................................................ 49
10.12.1 OBJETIVOS GERAIS ........................................................................ 49
10.12.2 AÇÕES REALIZADAS ..................................................................... 49
10.12.3 PROPOSTAS DE AÇÕES .................................................................. 51
10.12.4 MELHORIAS AINDA DESEJADAS NA INSTALAÇÃO FÍSICA ....... 51
10.12.5 AÇÕES PEDAGÓGICAS EXECUTADAS .......................................... 52
10.12.6 AÇÕES PEDAGÓGICAS AINDA DESEJADAS ................................. 53
10.12.7 AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO GESTOR ................................... 53
11 REFERÊNCIAS ................................................................................ 53
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1- IDENTIFICAÇÃO
ESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos de
Campo Mourão.
ENDEREÇO: Av. Irmãos Pereira nº 2.111 CEP: 87300-010 JURISDICIONADO:
Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão – Pr.
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná – Secretaria de Estado
da Educação (SEED) e Ministério da Educação e Cultura (MEC).
TELEFONE/FAX: 44 – 3525 1570 E – mail: ceebja.cm@gmail.com
SITE: wwwcpmceebjacampomourao.seed.pr.gov.br
PORTE DA INSTITUIÇÃO: 03
GESTORAS: Direção Geral: Professora Lilian Cristina de Souza Guimarães.
Direção Auxiliar: Professora Pedagoga Ana Maria de Oliveira Braga
Professora Pedagoga Rosimary Aparecida Stortti
2- HISTÓRICO
Foi fundado em 1995 e iniciou suas atividades em 1996. O presente
Estabelecimento tem como Ato de Criação a Resolução Nº 4.806/95 de 21/01/1996 e
Ato de Reconhecimento a Resolução Nº 2982/01 de 30/01/2002, bem como Ato de
Renovação do Reconhecimento do curso Resolução Nº 2684/2010. Iniciou-se com o
nome de CES, logo depois, CESCAM, na sequência CEAD e atualmente denomina-se
CEEBJACAM. Desde a sua fundação teve como diretores: Wanderley Maran – 1996 –
2000; Maria Alice Poli – 2001; Jacir Ferreira da Conceição – 2002 – 2005; Lilian
Cristina de Souza Guimarães – 2006 – 2011.
O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens, Adultos e Idosos de Campo
Mourão, é uma entidade mantida pelo Governo do Estado do Paraná, com CNPJ
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76416965/0001-21, oferece duas modalidades de ensino: Fundamental – FASE I e II e
Ensino Médio. Atende alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) com
Deficiências Auditiva, Visual, Mental e Física, em todos as modalidades ofertadas, com
profissionais habilitados nas áreas específicas. A comunidade escolar é composta de
alunos que não tiveram oportunidade ou, não haviam despertado para a necessidade de
escolarização, devido ao ingresso antecipado no mundo do trabalho, a evasão ou a
repetência escolar. A clientela é advinda de várias comunidades que pertencem ao
município e à região da Comcam. Caracteriza-se por uma grande diversidade social;
vários segmentos; sendo sua maioria a prevalência de baixa renda. Apresentam um
histórico de exclusão social, onde buscam na escola o resgate de sua auto-estima e
melhores condições para engajarem-se no mundo do trabalho e nas relações sociais.
Atende em 2011, aproximadamente 1044 alunos. A forma de atendimento de acordo
com a Proposta Pedagógica Curricular é possibilitada pela Organização Coletiva e
Organização Individual, ficando a critério do aluno a escolha de sua conveniência.
Funciona em três turnos de atendimento, possibilitando ao aluno um aproveitamento
mais efetivo de seu tempo e disponibilidade.
Atende também as APEDS (Ações Pedagógicas Descentralizadas) sendo que
três delas estão localizadas no município de Campo Mourão, nas instalações do Centro
de Sócio Educação (CENSE), no Colégio Estadual Alvorada, no distrito de Piquirivaí, e
nas cidades de Iretama, Roncador, Luiziana e Guarani (Distrito de Mamborê), sendo
estas ofertadas em Organização Coletiva.
Contabiliza em todo o seu quadro de funcionários de 113 profissionais,
envolvendo Direção, Agente Administrado I e II, professores e equipe pedagógica.
3 - ESPAÇO FÍSICO E MATERIAIS DE APOIO PEDAGÓGICO
O Ceebjacam em seu espaço físico possui 17 salas de aula para atendimento das
diversas disciplinas da matriz curricular, 2 salas para laboratório, sendo 1 de informática
e outra ciências/Biologia/Física, 1 cozinha, 1 refeitório de porte pequeno, 7 banheiros
em funcionamento, 1 sala de professores, 1 sala de direção, 1 sala de direção auxiliar e
equipe pedagógica, 1 sala para coordenação de APEDS, 1 sala para secretaria, 1
biblioteca, 1 sala para reuniões e atendimento aos alunos, 2 almoxarifados, 2 espaços
para rol e recepção.
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Possui recursos tecnológicos audiovisuais, os quais são: 18 televisores, 16 de
19'', 01 de 21'' e 01 de 14'' com entrada USB, 02 aparelhos de DVD, 01 retroprojetor, 30
microcomputadores, 01 Notebook, 03 microssystens, 02 câmeras fotográficas digital, 01
Data – Show, 01 telão e 01 caixa acústica portátil.
4- OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
4.1- OBJETIVO GERAL
O Projeto Político Pedagógico deve constituir processo permanente de reflexão
dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis a efetivação de sua
intencionalidade, propiciando vivência democrática necessária para a participação de
todos os membros da comunidade escolar e o exercício da cidadania.
4.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Organizar o trabalho pedagógico da escola na sua globalidade;
Superar conflitos, eliminando relações competitivas autoritárias;
Considerar a escola como espaço público, lugar de debate, do diálogo
fundamentado na reflexão coletiva;
Constituir processo democrático para tomada de decisões;
Preocupar-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico
que supere conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e
autoritárias;
Romper com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que
permeia as relações no interior da escola;
Diminuir os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as
diferenças e hierarquiza os poderes de decisão;
5- PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
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Toda prática pedagógica está articulada a uma concepção filosófica da educação.
A função da educação é refletir criticamente os problemas relativos ao homem e suas
ações, ao conhecimento de mundo e do meio, dos fins, da natureza, cultura, técnicas,
valores, sociedade, e ainda para onde o educando e os educadores podem caminhar.
A atividade escolar exige a crítica, ou seja, procedimentos racionais,
sistemáticos e argumentativos, que necessita de esforços de análise e interpretações
reflexivas.
A escola é o lugar institucional do Projeto Educacional. A instituição escolar se
dá como lugar de entrecruzamento dos projetos coletivos da sociedade com os projetos
pessoais e existenciais dos educandos. É ela que viabiliza as ações pedagógicas dos
educadores, na medida em que os impregna das finalidades políticas da cidadania que
inetressa aos educandos. (Severino, 1998)
O universo escolar é marcado pela presença de pessoas, que apresentam suas
singularidades: etnias, visões de mundo, modo de ser, sentir, agir, sonhar e
intencionalizar. A escola é um espaço eminentemente da diferença, da diversidade, e
também de encontros, embates, conflitos, possibilidades… É um espaço múltiplo. Nesse
sentido, imbuídos do desejo de superação dos obstáculos que envolvem o trabalho numa
perspectiva multicultural, pretende-se discutir a presença da diferença, da diversidade na
escola, numa abordagem pluriética, multicultural e multidisciplinar, tomando como
desafio novas possibilidades mais democráticas de tratar a diferença, o outro no
cotidiano da escola; potencializar educadores a se aventurem em experiências criativas,
promotores de uma educação não racista, não machista e não elitista; proporcionar
momentos de encontros; atualização e, consequentemente, construção, produção
coletiva do conhecimento a favor de uma educação para todos, efetivamente inclusiva, a
partir do olhar sobre a nossa diversidade cultural, é preciso conhecer e respeitar as
diferentes culturas e grupos que as constituem. Um dos grandes desafios da escola é
conhecer e valorizar a trajetória particular dos grupos que compõem a comunidade
escolar, estabelecendo uma nova relação entre conhecimento compreendido como
produto e como pessoa da ação humana.
“O ato de empreender a busca do conhecimento sustenta-se na interrogação de
como o ser humano transcende as limitações próprias de seu gênero e do ambiente sócio
e natural, para atuar no curso de sua existência de seu futuro.” (Ema de Leon, 1991)
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Para tanto, há de se recorrer a uma sólida formação geral de conhecimentos, que
proporcionem a todos os sujeitos a possibilidade de exercerem reflexivamente sua
criticidade e sua criatividade para a transformação de sua realidade.
6- PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO
BÁSICA DE JOVENS ADULTOS E IDOSOS
“A educação exige uma inclusão que tome como base o reconhecimento do
jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela
compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito de ser igual
quando a diferença nos inferioriza e o ser diferente quando a igualdade nos
descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação
de jovens, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como
perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida
como direito inalienável de todos.” (SANTOS, 2004).
A educação de jovens, adultos e idosos, enquanto modalidade educacional que
atende a educandos trabalhadores neste estabelecimento de ensino preconiza em sua
Proposta Curricular, o conhecimento científico. Contemplando como finalidade e
objetivos o compromisso com a formação humana e com acesso à cultura geral, de
modo que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações
sociais, com o comportamento ético e compromisso político, através do
desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual
educandos possam:
Aprender permanentemente, refletir criticamente;
Agir com responsabilidade individual e coletiva;
Participar do trabalho e da vida coletiva;
Comportar-se de forma solidária;
Acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais;
Enfrentar problemas novos, construindo soluções originais com agilidade e
rapidez a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos
científicos, tecnológicos e sócio-históricos. (KUENZER, 2000, P. 40).
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E ainda conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e Adultos
no Estado do Paraná:
I. A EJA deve constituir de uma estrutura flexível, pois há um diferenciado de
aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os
mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos
processos educativos formais;
II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo
educativo, tem valor próprio e significativo, assim sendo, à escola cabe superar
uma ensino de caráter enciclopédico, centrado na quantidade de informações do
que na relação qualitativa com o conhecimento;
III. Os conteúdos específicos de cada disciplina deverão estar articulados à
realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do
trabalho, à ciência, as novas tecnologias, dentre outros;
IV. A escola é um dos espaços em que se desenvolvem a capacidade de pensar, ler,
interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva;
V. A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma que
o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de
sua realidade social;
VI. O Currículo da EJA deve ser entendido, como uma forma de organização
abrangente, na qual o educando se encontra viabilizando um processo integrador
dos diferentes saberes, a partir da contribuição das disciplinas do conhecimento.
Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante, incluirão o
desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem
chegar à finalidade da educação de jovens, adultos e idosos.
7- PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
Os dispositivos legais servem como sustento às linhas de ação estabelecidas,
pois se constituem em preceitos a serem respeitados e utilizados como ferramentas para
embasar as ações que levem ao cumprimento das determinações contidas nos textos
legais e nas recomendações de organismos internacionais.
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A Declaração Universal dos Direitos Humanos, garante em seu artigo 26, que
todo o homem tem direito à educação, ressalvando-se sua gratuidade, pelo menos no
Ensino Fundamental.
A Constituição de 1988, em artigo 6º descreve a educação como um direito
social de todo brasileiro e no seu artigo206 – inciso I - defende a igualdade de
condições para acesso e permanência na escola. O artigo 208, no inciso I, o Ensino
Fundamental gratuito, a todos, independente de idade; o inciso III refere-se ao
atendimento especializado aos portadores de necessidades especiais, preferencialmente
na rede regular de ensino, e o inciso VII faz menção aos programas suplementares, o
material didático, entre outras necessidades de apoio.
O Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, em seu artigo 5º garante os
direitos constitucionais fundamentais da criança e do adolescente. O artigo 53 – incisos
I, II e III – lhes assegura igualdade de condições, acesso e permanência na escola
pública e gratuita, próxima de sua residência, bem como o artigo 54 confere o direito ao
atendimento especializado.
São princípios norteadores da educação constante no artigo 3º da LDB (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação):
I – Igualdade de condições para o acesso permanência na escola;
II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o permanente, arte e
o saber;
III – Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V – Valorização dos profissionais do ensino garantido, na forma da lei, planos de
carreira para o magistério público, com o piso salarial profissional e ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurando regime único para
todas as instituições mantidas pela união;
VI – Gestão democrática do ensino público;
VII – Garantia de padrão de qualidade;
A partir dos princípios que norteiam a educação exerce-se uma gestão
democrática que deve estar vinculada ao processo ensino-aprendizagem. A escola educa
e forma os cidadãos por suas relações pedagógicas. O ato pedagógico e o ensino-
aprendizagem implicam colaboração, co-responsabilidade e solidariedade o que torna a
participação coletiva essencial.
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No campo educacional procede a assertiva de que o sentido de democracia pode
se referir à democracia social, ou seja, à democracia de acesso à escola e a igualdade de
oportunidades. Essa igualdade de oportunidade ocorre na formação do cidadão como ser
social histórico e sujeito de relações. Nesta perspectiva “A educação de adultos exige
uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito.
Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito
do diferente e da diversidade: ter o direito de ser igual quando a diferença nos
inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no
desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se
uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade
tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de
todos” (SANTOS 2004).
A educação de jovens, adultos e idosos, enquanto modalidade educacional que
atende a educandos trabalhadores neste estabelecimento de ensino preconiza em sua
Proposta Pedagógica Curricular, o conhecimento científico. Contemplando como
finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura
geral, de modo que os educandos venham a participar política e produtivamente das
relações sociais, com o comportamento ético e compromisso político, através do
desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
8- ATO SITUACIONAL
8.1- POSSIBILIDADES E NECESSIDADES DE AVANÇOS DA PRÁTICA
PEDAGÓGICA
Embasados nas reflexões e discussões registradas nas semanas pedagógicas a
respeito da intencionalidade do nosso trabalho enquanto educadores, fomenta-se uma
preocupação coletiva sobre o assunto EVASÃO ESCOLAR, existindo um olhar mais
aprofundado sobre o problema que ainda persiste na escola, mesmo sabendo que isto é
uma situação histórica na educação. A relação da evasão, entre o discurso e a prática
que é percebida na escola, perpassa pela mudança de concepção dos educadores e da
realidade da sala de aula. O fato é de que esta clientela, devido à baixa escolaridade vê-
se obrigada a sujeitar-se à busca de empregos mesmo que temporário para garantir seu
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sustento. No entanto, há um choque entre cultura, tempo e espaço. É justamente a
questão que dificulta a permanência deste indivíduo para a conclusão desta
escolaridade. Isto pode ser observado nos relatórios do sistema SEJA, onde
encontramos em 2009, 1449 alunos matriculados, 416 desistentes e 181 concluintes; em
2010, 1639 alunos matriculados, 675 desistentes e 182 concluintes; em 2011, 1901
alunos matriculados, 887 desistentes e 150 concluintes. Estamos na tentativa de
redirecionar juntamente com os professores, critérios e metodologias que visam
envolver nossos educandos, para que a escola seja mais atrativa e humanizadora,
perfazendo assim as tentativas a qual nos compete como articuladores dos saberes
sistematizados, buscando motivar os alunos para a terminalidade dos estudos. Neste
intuito também usamos ações como: gincanas culturais, filmes, datas comemorativas,
participação em eventos culturais, palestras voltados para a auto-estima, à criatividade e
valorização do educando.
8.2- HORA-ATIVIDADE
A hora atividade foi uma conquista dos docentes dando oportunidades,
condições e tempo para o planejamento das aulas, de estudarem, trocar idéias,
contribuindo para a qualidade do ensino nas escolas. A Secretaria de Estado de
Educação do Paraná – SEED/PR lançou no ano de (2007) um desafio aos Núcleos de
todo o Estado, criando um projeto de Hora-Atividade Concentrada. Com o propósito de
responder a este desafio, e atender a um anseio dos professores, no sentido de
oportunizar um momento em que os docentes pudessem reunir-se com os seus colegas
de disciplinas, para trocarem experiências e realizarem atividades referentes ao trabalho
pedagógico fortalecendo sua prática diária. No entanto, por motivo dos professores
trabalharem em outros estabelecimentos de ensino, não foi possível contemplar a hora-
atividade concentrada em todas as disciplinas.
Em relação a hora-atividade, os professores usam este tempo para planejar e
reparar as aulas, elaborar e corrigir atividades, interagirem com os seus colegas de
trabalho, para lerem textos (apostilas, materiais didático, livros, revistas, jornais,
internet), inclusive os indicados pela Secretaria Estadual de Educação, acessam o portal
dia a dia educação no sentido de adquirirem conhecimentos para a sua formação. O
índice de leitura entre os professores vem aumentando, bem como o uso da internet, isto
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é verificado nas bibliografias indicadas no Plano de Trabalho Docente. A maioria dos
professores de nossa escola possuem computador, sendo que todos têm acesso a internet
em casa ou no estabelecimento, e são assinantes de diversos meios de informação.
8.3- REUNIÕES PEDAGÓGICAS
As reuniões pedagógicas são realizadas de acordo com o calendário escolar
coordenadas pela direção, equipe pedagógica e com a participação dos professores e
funcionários, tendo como objetivo de fazer leituras de textos, reflexões sobre a prática
educativa e trocas de experiências visando a formação e aperfeiçoamento da sua prática,
bem como informando sobre os documentos enviados pela SEED e NRE.
Os resultados dessas reuniões são positivos, tanto para os professores e equipe
pedagógica, como também para os alunos que se beneficiam com o repensar pedagógico
resultante da análise e afrontamento dos problemas levantados.
8.4- CURSOS DE CAPACITAÇÃO E SEMANA PEDAGÓGICA
Os cursos de capacitação são ofertados em sua maioria pela SEED-PR, nossos
professores e equipe pedagógica também participam de outros eventos para manterem-
se atualizados.
A Semana Pedagógica é reafirmada com data em calendário da SEED e
compreendem estudos e análises de assuntos com temáticas variadas ligados as práticas
cotidianas do espaço educacional. O debate sobre as questões educacionais vem se
intensificando na busca de propostas de práticas educativas que venham ao encontro às
necessidades emergentes. Um dos desafios do momento ampliar, reconhecer e favorecer
distintos meios onde a educação acontece, diferentes espaços de produção da
informação e o conhecimento, de criação e reconhecimento de identidades, práticas
culturais e sociais.
8.5- DIVERSIDADE
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A diversidade é trabalhada na escola contemplando as Relações Étnicas Raciais
e Afro descendência Africana e Brasileira como se estabelece na Lei 10.639/2003
Cultura Indígena Lei 11.645/2008, Educação no Campo Resolução CNE/CEB nº 1, de
três de abril de 2002, Gênero e diversidade Sexual Lei 11733 - 28/05/1997.
As atividades são dinamizadas através de leituras, cartazes, seminários e
produções textuais, introduzidas nos conteúdos e metodologias das disciplinas afins.
Toda a organização curricular contempla várias dimensões da ação humana, entre elas a
concepção de cultura. Em nossa escola, temos a Equipe Multidisciplinar implantada
pela Resolução 3399/2010, que cumpre a responsabilidade de estudar, estruturar e
orientar os professores, dando suporte pedagógico quando solicitado acerca de como
introduzir estes conteúdos dentro de sua disciplina. Tentando assim efetivar a prática do
respeito e do conhecimento das diversidades valorizando a cultura popular e erudita,
cabendo à escola aproveitar essa diversidade existente para conhecer e vivenciar as
diversas manifestações culturais, visando a transformação do ser humano, da sociedade
e do mundo. Não existe uma cultura inferior ou superior a outra, o que temos é uma
diversidade cultural que precisa ser aceita, valorizada, respeitada e reconhecida como
parte do ser humano. Entendemos que o preconceito é o resultado da falta do
conhecimento.
8.6- NOME SOCIAL DO ALUNO
Considerando o parecer nº 04/09 do ministério Público/Paraná e o parecer
CP/CEE nº01/09, que recomendam às instituições do Sistema Estadual de Ensino do
Paraná, por meio de seus 55 colegiados, a promoção de amplo debate sobre a inclusão
do nome social do aluno e/ou da aluna travesti ou transexual nos documentos escolares
internos, a Superintendência da Educação e a Diretoria de Administração Escolar no uso
de suas atribuições, criou a Instrução Conjunta nº 02/2010 – SEED/SUED/DAE, que
determina:
1 – Que nome civil, constituído por prenome e sobrenome é um dos principais direitos
de personalidade ou direitos personalíssimos, e estes, segundo o Código Civil, são
intransmissíveis e irrenunciáveis. O nome social é o nome pelo qual travestis e
transexuais, femininos ou masculinos se reconhecem e preferem ser chamados.
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2 – Os estabelecimentos do Sistema Estadual de Ensino do Paraná deverão incluir, a
partir do ano letivo de 2010, o nome social do aluno e/ou da aluna travesti ou
transexual, maior de 18 anos, que requeira, por escrito, esta inserção, nos documentos
escolares internos das escolas, tais como: espelho do Livro Registro de Classe, Edital de
Nota e Boletim Escolar. No espelho do Livro de Registro de Classe, Edital de Nota e
Boletim, será emitido, automaticamente, do sistema SERE
WEB, apenas o nome social pelo qual o aluno e/ou a aluna travesti ou transexual se
identificam.
3 – A declaração de solicitação de inserção de nome social do aluno e/ou da aluna
travesti ou transexual nos documentos escolares internos, deverá ficar arquivada na
pasta individual do aluno e/ou da aluna.
4 – Os documentos escolares oficiais, tais como: Histórico Escolar, Certificado,
Diploma, Ficha Individual, Relatório Final e Edital de Classificação para ingresso nos
cursos técnicos profissionais, deverão permanecer inalterados.
5 – As decisões tomadas sobre os procedimentos a serem adotados referentes ao contido
na presente instrução deverão ser regimentadas.
6 – No Sistema SERE/SEJA será criada uma nova função no cadastro do aluno para a
inclusão do nome social. O Sistema emitirá automaticamente no espelho do Livro de
Registro de Classe, Edital de Nota e Boletim Escolar, apenas o nome social.
8.7- INCLUSÃO
A perspectiva da inclusão de todos os alunos está contemplada nos princípios
norteadores das ações da SEED, amplamente debatidos pelos profissionais da educação
no processo de construção das diretrizes curriculares, as quais apresentam como linha
condutora a universalização do acesso à escola pública gratuita e com qualidade para
todos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) em cujo
capítulo V refere-se à Educação Especial como modalidade da Educação Escolar, que
deverá ser ofertada, preferencialmente, na rede regular de ensino, particularmente aos
alunos com necessidades especiais, havendo quando necessários serviços de apoio.
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O CEEBJACAM conta com profissionais especializados, realizando
atendimento de alunos com Necessidades Educacionais Especiais nas seguintes áreas:
surdez, cegueira, baixa visão, deficiência intelectual, transtornos globais do
desenvolvimento, transtornos específicos do comportamento, transtornos
neuropsiquiátricos e deficientes físicos. No entanto, compreendemos que a inclusão
deve possibilitar a participação e promover o direito de todos, respeitando sua cultura,
sua orientação sexual, sua doutrina religiosa, sua condição social e o respeito ao
diferente.
8.8- ADAPTAÇÕES CURRICULARES
As adaptações curriculares são recursos organizativos e didático-pedagógicos
que objetivam ajustar a programação curricular às condições do aluno no processo de
ensino-aprendizagem. Oferecem ao educando com necessidades educacionais especiais
oportunidades educacionais favoráveis, buscando promover a participação dos mesmos
nas atividades desenvolvidas pelos demais colegas. Uma vez que não ocorrem
necessariamente do mesmo modo, no mesmo tempo, nem com a mesma ação ou grau de
abstração, implicam flexibilidade curricular e trabalho simultâneo, cooperativo e
participativo.
As adaptações curriculares constituem possibilidades educacionais de atuar
frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos. São modificações que se realizam
nos objetivos, conteúdos, critérios e procedimentos de avaliação, atividades e
metodologias para atender às diferenças individuais dos alunos. As adaptações
curriculares podem ser de pequeno porte e de grande porte, tendo em vista a menor ou a
maior alteração no currículo regular. A maior parte das adaptações é de pequeno porte,
constituindo pequenos ajustes na programação e no contexto natural da sala de aula.
8.9- PDDE – ESCOLA - PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA
Consiste na assistência financeira às escolas públicas da educação básica, das
redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação
especial, mantidas por entidades sem fins lucrativos. O objetivo desses recursos é a
melhoria da infraestrutura física e pedagógica, o reforço da autogestão escolar e a
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elevação dos índices de desempenho da educação básica. Os recursos do programa são
transferidos de acordo com o número de alunos, de acordo com o censo escolar do ano
anterior ao de repasse. Com este dinheiro recebido a escola adquiriu equipamentos
como ventiladores, multimídia, bebedouros, cortinas e móveis para salas, aparelhos de
som, armários e material de construção aplicado a reforma de banheiros, bem como
material didático e de expediente.
9- ATO CONCEITUAL
Os princípios filosóficos do trabalho escolar expressam concepções de educação,
homem, mundo, sociedade, cultura, gestão, currículo, conhecimento da tecnologia,
ensino e aprendizagem, avaliação, cidadania, tempo e espaço e de formação continuada
com base em fundamentos da teoria Histórico crítica.
9.1- CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação é um fenômeno próprio dos seres humanos está vinculada às
finalidades do trabalho, faz parte do conjunto necessário à produção da existência
humana. Enquanto os outros animais se adaptam a natureza, o ser humano a adapta a si
mesmo por meio do trabalho, e ao produzir nesse processo a vida material, constrói o
mundo humano, ou seja, o mundo da cultura. Esse mundo, por não ser natural, é
apreendido pelos seres humanos, ocorrendo por meio da educação. Sendo assim, a
educação é o processo de reconhecimento do ser humano enquanto tal. Ao apropriar-se
do saber construído pela humanidade, e desse modo, compreender o universo cultural,
os homens e mulheres ultrapassam a condição animal que lhes confere a natureza e
compreendem-se seres humanos, capazes de transformar pelo seu trabalho. Nesse
contexto, as relações sociais deixam de ser entendidas como processo individual, natural
e, ao contrário, são reconhecidas como construção histórica. Ao abandonar os conceitos
de sociedade naturalizados por uma classe social, os homens e mulheres dominados por
essas relações, compreendem-se enquanto criadores e construtores da História. A
educação cumpre então, com sua função de formar agentes políticos, ativos,
comprometidos e instrumentalizados com o conhecimento necessário à construção de
outra realidade possível, para além do capital. (Gasparin, 2003 pg. 19-27).
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9.2- CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem, como um ser natural e social, relaciona-se com a natureza,
transformando-a segundo suas necessidades, já que dela provêm às condições que lhe
permitem perpetuar-se enquanto espécie. Nesse processo de transformação, envolve
múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula experiências e
em decorrência dessas, produz conhecimentos que são transmitidos de geração a
geração. A transmissão dessa experiências e conhecimentos se dá por meio da educação
e da cultura. Ao modificar a natureza, o homem modifica a si mesmo. A interação
homem-natureza é um processo permanente, de mútua transformação e se constitui no
processo de produção da existência humana. Sua ação é intencional e planejada,
mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais não-materiais que são apropriados de
diferentes formas pela humanidade. É preciso entender o trabalho como ação
intencional, do homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na
produção de bens. Assim, é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma
tranqüila, já que está impregnado de relações de poder. (SYRIA, 2001).
9.3- CONCEPÇÃO DE MUNDO
O mundo é marcado por contradições que têm por base a evolução do
capitalismo em sua fase neoliberal. Tornou-se uma pequena aldeia dominada por forças
hegemônicas. Vivemos hoje, um processo de globalização que tem como principais
características a homogeneização dos centros urbanos, a expansão das corporações para
região fora de seus núcleos geopolíticos; a revolução tecnológica nas comunicações e na
eletrônica, a reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais (não mais
ideológicas), a hibridização entre culturas populares e locais e uma cultura de massa
universal, entre outros.
Nesta sociedade mundial, comandada principalmente por países ocidentais
capitalistas, fortemente competitivos, individualistas, excludentes, predomina a falta de
humanismo, de respeito ao outro e ás instituições sociais; preconceito, racismo, grandes
índices de violência, falta de perspectivas, desprovida de valores éticos e morais, com
corrupção na prática e desigualdade sócio-econômicas. O poderio econômico coloca
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determinados países em posição de superioridade sobre os outros. O trabalho humano é
substituído por formas de produção que trocam o trabalhador por máquinas inteligentes,
destruindo pontos de trabalho e tornando-os trabalhadores descartáveis, criando em
grande número de desempregados em todo o mundo. Nesse contexto, para combater o
problema social, a escola deve ofertar orientações dando exemplos, esclarecendo e
possibilitando o aceso ao conhecimento, defendendo a igualdade de direitos à educação
historicamente necessária a todos os indivíduos, por meio de um ensino sistematizado
de qualidade, com vistas ao desenvolvimento da consciência crítica, contribuindo para
reconduzir a sociedade à vivência da solidariedade e fraternidade. Uma vez que todos os
seres humanos têm direitos e deveres iguais à vida e o sustento digno. (Arroyo, 1986).
9.4- CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
A sociedade em que vivemos estrutura-se em classes, com diferentes ideologias,
históricas e culturais; uma sociedade capitalista, na qual a maioria dos indivíduos não
tem acesso ao desenvolvimento, tendo poucas oportunidades sobre a ação social. As
condições econômicas em sociedade baseada na propriedade privada resultam em
grupos com interesses conflitantes, com possibilidades diferentes no interior da
sociedade, ou seja, resultam num conflito entre classes. Em qualquer sociedade onde
existem relações que envolvem interesses antagônicos, as idéias refletem essas
diferenças. Embora acabem por predominar aquelas que representam os interesses do
grupo dominante, há possibilidades de se produzir idéias que representam a realidade do
ponto de vista de outro grupo, reflete a possibilidade de transformação que está presente
na própria sociedade. Segundo Dermeval Saviani (1992), o entendimento do modo
como funciona a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender
as leis que regem o desenvolvimento da sociedade. Estas leis não são naturais, mas sim
históricas, ou seja, são leis que se constituem historicamente. Para a sociedade que
queremos, faz-se necessário proporcionar ações que contribuam para o pleno
desenvolvimento dos cidadãos, viabilizando uma sociedade mais esclarecida, que tenha
conhecimento do seu processo histórico e compreenda que as relações que ocorrem
entre os indivíduos não são naturais, mas sim construídas historicamente. Uma
sociedade que busca construir oportunidades de participação efetiva de todos os
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indivíduos que a compõem. Ainda, uma sociedade que combata o individualismo que
gera conformismo, que vigore e valorize o ser e não o ter.
9.5- CONCEPÇÃO DE CULTURA
Todo ser humano tem cultura. Essa é uma das poucas “verdades” da
antropologia segundo o antropólogo, educador Tião Rocha. Apesar disso, muita gente
ainda pensa que alguns seres humanos não têm cultura. Uma minoria crê firmemente
que sua cultura é superior à dos outros. Outros, por se julgarem superiores resolvem
eliminar e subjugar os diferentes, tratando-os como inferiores. E uma grande maioria
acostumou-se a pensar que não tem cultura alguma, ficando a mercê das elites ditas
“cultas”. Outro equivoco que rodeia a cultura é quanto ao mesmo uso que se faz do
conceito. As definições variam do extremamente amplo (cultura é tudo aquilo que o
homem acrescenta à natureza) ao extremamente específico (cultura é erudição). Com o
uso indiscriminado ao interesseiro, a palavra cultura tornou-se expressão esvaziada.
Portanto, foi construído um novo conceito, que fosse ao mesmo tempo operacional,
palpável, mensurável, observável, ético e correto. Em toda comunidade humana existem
e interagem diversos componentes que nós denominamos (“indicadores sociais”) que
podem ser identificados, medidos, e observados e que, quando interagem entre si,
constroem valores humanos que podemos conceituar de cultura. Podem assim dizer, que
cultura é tudo que as diferentes etnias possuem em matéria de vida social. O conjunto de
leis que regem o país, a moral, a educação – aprendizagem, as crenças, as expressões
artísticas e as literárias, costumes e hábitos, a maneira de pensar agir e sentir, as
tradições, as técnicas utilizados que levam ao desenvolvimento e a interação do homem
com a natureza, ou seja, é a totalidade que abrange o comportamento individual e
coletivo de cada grupo, sociedade, nação ou povo. (Saviani, 1980).
9.6- CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR
A Gestão Escolar democrática só pode dar-se pela oposição à administração
escolar capitalista. Esta gestão democrática deve estar voltada a transformação social.
Envolver, descentralizar as ações, e integrar e fortalecer o colegiado escolar, o Conselho
Escolar, como instância máxima de decisão da escola e na escola, é incentivado e
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fortalecido nas escolas públicas estaduais. Isto se dá no processo de composição do
Conselho Escolar, através da eleição direta de todos representantes dos diferentes
segmentos, respeitando o princípio da representatividade e da proporcionalidade.
Paro (2008). Com isso, o Conselho Escolar passa a ter legitimidade para
deliberar, fiscalizar, avaliar e ser consultado pela comunidade escola. Porém, ainda há
muito que se avançar na efetividade dos Conselhos Escolares e isso passa,
sobremaneira, pela concepção de gestão do diretor e da participação da comunidade
escolar. Por outro lado, e aos poucos, o Conselho Escolar começa a ser valorizado por
algumas direções, pois, assumiu-se o desafio de democratizar as decisões da escola
pública. A Administração Escolar democrática e transformadora deve atender e ter
como centro e base as especificidades do ato educacional, opondo-se firmemente ao
modelo capitalista e conservador, imposto pela classe dominante. Assim, o desejo que
deve mover a coletividade escolar é o de fazer com que as classes menos favorecidas
tomem consciência política e absorvam o conhecimento historicamente acumulado, para
que, assim se entendam também como classes transformadoras, como agentes da
história e não como meros espectadores. Entende-se assim, que a participação e
incentivo a esses segmentos de gestão é algo que precisa ser construído a cada dia
dentro das escolas públicas. Por isso, é necessário estar constantemente revendo os
principais documentos das escolas, repensando o papel de cada um na construção de
uma coletividade, independente de ser professor, diretor, funcionário, aluno, pai ou
pedagogo. Compartilhando a significativa consideração de Spósito (2002), para a qual é
preciso fazer da educação um serviço público, ou seja, transformá-lo a partir do eixo
central, e não dos interesses privados, patrimoniais, clientelistas ou meramente
corporativistas. Portanto, o papel do diretor, dos professores, alunos, agentes
educacionais, equipe pedagógica e pais ou responsáveis é fortalecer o trabalho coletivo
no intuito de organizar uma escola voltada ao processo de ensino aprendizagem e
combater, a cada dia, dentro e fora da escola, à visão fragmentada de escola e sociedade.
9.7- CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
A Pedagogia Histórico-Crítica aparece como fundamento na mediação do
conhecimento escolar, “propondo-se a resgatar a importância dos conteúdos e a ressaltar
a função básica da escola, a transmissão do saber sistematizado, do conhecimento
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científico, universal e objetivo, a ser dominado por todos os estudantes” (citação da
sistematização da Semana Pedagógica – Julho 2008, de escola da rede estadual de
ensino). Nesse sentido, as contribuições apontaram que a educação se expressa num
“processo de apropriação do conhecimento historicamente produzido pela humanidade,
o qual é condição para emancipação da pessoa humana” (citação da sistematização da
Semana Pedagógica – julho 2008, de escola da rede estadual de ensino). Os princípios
que sustentam as necessidades da escola pública do Paraná estão apoiados numa
concepção progressista, sustentada na teoria critica de currículo. “Tratar os conteúdos
curriculares em sua totalidade significa compreendê-los como síntese de múltiplos fatos
e determinações, como um todo estruturado, marcado pela disciplinar idade didática.
Tratar os conteúdos em sua dimensão prática é compreender que a atividade
educativa é uma ação verdadeiramente humana e que requer consciência de uma
finalidade em face da realidade, por meio dos conteúdos, impossibilitando o tratamento
evasivo e fenomênico destes (…). “Na opção por um currículo que trabalha com a
totalidade do conhecimento historicamente produzido pela humanidade,
automaticamente há renúncia ao enfoque individualista e, portanto, fragmentado e
superficial de tratamento ao conhecimento” (PARANA, SEED, SUED, 2008). Dentre
estes possíveis consensos, destacam-se: as necessidades de superação da visão
mercadológicas dos Parâmetros Curriculares Nacionais que, em nome de desenvolver
competências e habilidades, responsabiliza o indivíduo pelas questões sociais e
econômicas do país, bem como retiram da escola o elemento que responsabiliza a escola
em dar conta dos problemas ambientais, sociais e culturais, a qual é insuficiente para
possibilitar o acesso ao conhecimento de forma organizada e sistematizada; a opção
pelo currículo disciplina, com o cuidado em trabalhá-lo em suas múltiplas
determinações e relações que são históricas, sociais, culturais e políticas.
9.8- CONCEPÇÃO DE PPC
A Proposta Curricular constitui um marco importante na história da Educação
Pública do Paraná, na medida em que consolida uma opção de caráter político-
pedagógico para o Currículo da Escola, de forma que todos os educadores puderam dar
a sua contribuição para que a mesma fosse elaborada, representando uma ponte onde se
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amplia o tráfego de idéias e propostas, e ainda um desafio aos professores para novas
investidas, ressignificando a sua prática. Dessa maneira esse importante trabalho
coletivo tem como principal referencial a prática pedagógica em sala de aula.
Nesse sentido, toda discussão e orientação teórica caminha na perspectiva do
entendimento do conceito de homem, de sociedade, de educação e de aprendizagem e, a
partir dessas concepções, busca-se compreender que tipo de homem se quer formar, por
meio de processos de aprendizagem e para qual sociedade. Sustentado por essa matriz
epistemológica no campo pedagógico, a escola procura organizar a sua ação educativa
por intermédio de um currículo que deixa de ter função meramente técnica, sendo um
currículo inclusivo, que produz identidades individuais e sociais particulares, onde a
inclusão não significa simplesmente matricular os educandos com necessidades
especiais em classe comum, ignorando suas necessidades específicas, mas significa dar
ao professor e à escola o suporte necessário à sua ação pedagógica. Sendo necessário
fazer as adaptações curriculares para o atendimento às necessidades específicas de
aprendizagem dos alunos. E tudo isso está vinculado a formas específicas de
organização da sociedade e da educação. Pois um currículo que leve em conta a
diversidade deve ser, antes de tudo, flexível e passível de adaptações sem perda de
conteúdo, levando se em conta que a avaliação deve passar pelo mesmo processo de
flexibilidade.
9.9- CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Dentre as idéias que o homem produz, parte delas constitui o conhecimento
referente ao mundo. O conhecimento humano, em suas diferentes formas (senso
comum, científico, tecnológico, filosófico, estético, etc.) exprime as condições materiais
de um dado momento histórico. O conhecimento é construído através das relações de
trabalho dos homens, influenciado pelo modo de produção, gerando uma concepção de
homem, ideologia, cultura e sociedade. Como uma das formas de conhecimento
produzido pelo homem no decorrer de sua história, a ciência é determinada pelas
necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo em que
nelas interfere (GASPARIN, 2003).
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9.10 - CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA
A ciência caracteriza-se pela necessidade do homem de explicar, através de
métodos, os fatos observados, de forma sistematizada. É a tentativa de o homem
entender e explicar racionalmente a natureza, buscando formular leis que, em última
instância, permitam a atuação humana. O conhecimento acadêmico é fruto de disputas
políticas. Portanto, estudar a produção científica de cada área é conhecer não apenas o
que está sendo produzido, mas quais são as principais discussões e disputas que se
processam no espaço acadêmico e compreender sua historicidade, ou seja, porque estas
questões estão sendo postas neste momento histórico e qual o contexto em que surgem.
A ciência não é neutra, ela é produzida em torno de discordâncias e disputas. O
conhecimento acadêmico é transformado em conhecimento escolar ao adentrar à escola,
adquirindo objetivos próprios. A incorporação dos avanços da ciência e da tecnologia
aos programas da escola deve passar pelo estudo do caráter histórico da produção do
conhecimento. Cabe à escola socializar e, possibilitar a apropriação deste conhecimento
aos educandos.
9.11- CONCEPÇÃO DE ESCOLA
A escola tem a função social de garantir o acesso de todos, aos saberes
científicos produzidos pela humanidade e permitir que os estudantes desvelem a
realidade. Esse processo é indispensável para que não apenas conheçam e saibam o
mundo em que vivem, mas com isso saibam nele atuar e transformá-lo. Mais do que o
local de apropriação do conhecimento socialmente relevante, a escola é um espaço de
diálogo entre diferentes saberes: o cientifico, social, escolar, o cultural, linguagens e
outros. É necessário reconhecer a dimensão histórica e social do conhecimento que a
escola está chamada a se situar. Diante do exposto, queremos para nossa escola um
conhecimento dinâmico com liberdade na troca de experiências, que busque inovações,
procurando sair das atividades rotineiras, instigando o aluno a ousar, por em prática o
conhecimento mediado pela escola, adquirindo senso crítico e autonomia para tomada
de decisões. O conhecimento é percebido quando há manifestações de mudança de
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atitudes e comportamentos, na prática social. Portanto, o conhecimento mediador, num
processo ação-reflexão-ação, possibilita a transformação social (SYRIA, 2001).
9.12- CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
No contexto educacional o acesso às tecnologias de informação e comunicação
amplia as transformações sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma como
se constrói o conhecimento. Frente a este cenário de desenvolvimento tecnológico que
vem provocando mudanças nas relações sociais, a educação tem procurado construir
novas estratégias pedagógicas elaboradas sob s influência do uso dos novos recursos
tecnológicos, resultando em práticas que promovam o currículo nos seus diversos
campos dentro do sistema educacional. A extensão do uso desses recursos tecnológicos
na educação, além de se construir como uma prática libertadora, uma vez que contribui
para inclusão digital, também busca levar os agentes do currículo a se apropriarem
criticamente dessas tecnologias, de modo que descubram as possibilidades que elas
oferecem no incremento das práticas educacionais. As tecnologias da informação e
comunicação representam não somente meios que contribuem com a democratização do
conhecimento na escola, como também instrumentos de informação que ampliam o
acesso às políticas e programas, junto à comunidade escolar. As tecnologias disponíveis
nos espaços escolares, em ambientes educativos, nos laboratórios de ciências e de
informática, nas salas de aula possibilitam, além da formação docente, na perspectiva do
sujeito epistêmico, que produz o conhecimento no âmbito das práticas pedagógicas,
também ao aprimoramento da prática docente. Revelam-se, aqui, os necessários
materiais pedagógicos e recursos didáticos encaminhados para as escolas, a fim de
restabelecer propostas de aprendizagem. É o caso dos conteúdos digitais, das televisões
multimídia, dos livros didáticos e para didáticos e paradidáticos, dos computadores e
estações de trabalho, dos jogos e materiais didáticos para uso nas atividades formativas
da escola. Considerando a organização do trabalho pedagógico na escola, entre as
possíveis temáticas a serem consideradas nesse processo de reflexão sobre o uso das
tecnologias de informação e comunicação, destacam-se: o papel de mediação do
professor na aprendizagem; o processo de interação e colaboração em ambientes
virtuais de aprendizagem; as mídias impressas e televisivas presentes na escola e a
pesquisa escolar na internet (MACHADO, 2003).
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9.13- CONCEPÇÃO DE ENSINO/APRENDIZAGEM
Para uma aprendizagem significativa é necessário o envolvimento do aluno na
situação problema, para que se estabeleçam relações entre o que já sabe e o que está
aprendendo. Essa aprendizagem depende de uma motivação intrínseca, isto é, o aluno
precisa tomar para si a necessidade e a vontade de aprender. A aprendizagem deve
despertar nos alunos novos interesses levando-os a descoberta, isto é, a ter uma atitude
de investigação que garanta o desejo mais duradouro de saber. É importante ainda
ressaltar, que, para que o verdadeiro processo ensino-aprendizagem ocorra, o aluno deve
compreender a utilidade daquilo que está sendo trabalhado e o conteúdo deve ter sentido
para a sua vida. Além da discussão entre o que se ensina e o que se aprende o trabalho
pedagógico também vem sendo debatido em torno da forma como esta relação se
manifesta. Portanto, além de passar pela compreensão do currículo, passa pela
concepção de ensino e aprendizagem. Aprender e ensinar são processos inseparáveis.
Isto acontece porque o ato de ensinar segundo Saviani “é o ato de produzir, direta e
intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e
coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 1995, p. 17). Este processo se
efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos culturais necessários a sua
formação e a sua humanização. É função de a escola atender à diversidade social,
econômica e cultural existente que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada,
indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos. O grande desafio dos
educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas
culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido,
que constitui patrimônio de todos (SEED/PR, 2005). Para Vygotsky (1995) “a
aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma relação mediada e possibilita um
processo interno, ativo e interpessoal.” O conhecimento é, portanto, fruto de uma
relação mediada entre o sujeito que aprende o sujeito que ensina e o objeto do
conhecimento. Os processos de produção de conhecimento permitem, ao aluno, sair do
papel de passividade e fazer parte dessa relação, através do desenvolvimento de suas
funções psicológicas superiores, entre elas a linguagem. Esta defesa da dimensão
política da educação, da indissociabilidade entre o ensino e a aprendizagem, entre o
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fazer e o pensar, do movimento dialético de apropriação do conhecimento que
possibilite compreender o real em suas contradições, são algumas das muitas defesas da
abordagem histórico-cultural.
9.14- CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação do trabalho pedagógico é desenvolvida com base em teorias que
visam à reorganização da escola com resolutividade e serve também como
fundamentação na reflexão das práticas escolares. Ao se defender uma concepção de
avaliação diagnóstica, somativa, processual, qualitativa e formativa, (definida também
pela legislação vigente – Del07/99) a escola está assumindo um compromisso de ir para
além de momentos pontuais de avaliação, tais quais semana de prova, simulados,
recuperação apenas de instrumentos, entre outros. Ao falar em avaliação deve-se ter em
mente o que se ensinou eu que se aprendeu. É o ensino-aprendizagem em seus
condicionantes que deve pautar a avaliação na escola. A relação entre o dito, o
pretendido e o feito deve ser guiada pela coerência entre a concepção de avaliação
expressa nesse projeto político pedagógico e a efetivação do processo de ensino
aprendizagem e a adequada dos critérios de avaliação. A nota deve expressar esses
critérios considerando que a avaliação é processual e não pontual. Ou seja, a avaliação
processual tem, antes de tudo, o objetivo de diagnosticar o que se aprendeu ou não para,
enfim, proceder a retomada dos conteúdos, a recuperação de estudos e,
consequentemente, a reavaliação. As notas não são o fim último, o fim é a
aprendizagem. Compor nota, portanto, é uma responsabilidade do professor, sobre a
qual está uma compreensão da concepção de avaliação, de ensino-aprendizagem, bem
como da própria educação.
9.15- CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
Cidadania é o conjunto de direitos e deveres que regem a vida e o modo de
atuação de um indivíduo na sociedade. É através da cidadania que o indivíduo pode
exercer seu papel fundamental no desenvolvimento da sociedade, lutando por melhores
garantias, tanto individuais quanto coletivas, e por direito à vida, à liberdade de
expressão, à propriedade, à igualdade e a todos os valores civis, políticos e sociais que
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equilibram a vida. O exercício pleno da cidadania requer a capacidade de analisar e
compreender a realidade, criticar e atuar sobre ela, o que conduz a aquisição da
liberdade e possibilidade de fazer opções conscientes.
Construir cidadania é também construir novas relações e consciências. A
cidadania é algo que não se aprende com os livros, mas com a convivência, na vida
social e pública. É no convívio do dia a dia que exercitamos a nossa cidadania, através
das relações que estabelecemos com os adultos, com a coisa pública e o próprio meio
ambiente. Segundo Dalmo Dallari:
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade
de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania
está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa
posição de inferioridade dentro do grupo social” (DALLARI, Direitos humanos e
Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. P. 14)
9.16- CONCEPÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO
Cabe à instituição escolar problematizar as contradições para definir sua ação
pedagógica. A educação, invariavelmente, revela um projeto que é pedagógico,
histórico, político, cultural e social. Estudar os condicionantes sociais, econômicos,
históricos, políticos e culturais sobre a escola, possibilitam que se desvelem a
mercantilização do papel da escola, os atos de preconceito e de discrimição presentes,
inclusive nos currículos e materiais pedagógicos, a distância entre quem pensa e quem
faz na escola e na sociedade e, em especial, a situação de segundo plano em que é
colocada a função social da escola que é razão de sua existência: o ato de ensinar.
Considerando tudo isso, são os professores, funcionários, pais e alunos que devem
pensar o papel da escola, para que ela seja universal e de qualidade, que dê respostas às
já conhecidas questões: para quem, para que e com qual intencionalidade existe a
escola?
A escola abrange, em última instância, a dinâmica das mudanças sociais, das
interações pessoais e profissionais e desenvolve seus objetivos mediante a participação
conjunta de seus profissionais e alunos, de modo integrado. A melhor maneira de
realizar a gestão de uma organização é a de convergir o esforço coordenado de todos
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para a realização de uma tarefa, com revisão da prática pedagógica, mediante a
formação de equipe atuante e levando em consideração o seu ambiente cultural. Pode-se
entender que professores equipe pedagógica, agentes educacionais, alunos, pais e
comunidade não só fazem parte de um mesmo ambiente cultural, como também
constroem este espaço: a interação entre todos os integrantes da comunidade escolar na
organização do trabalho pedagógico define a identidade da escola e o papel de cada um
na construção e concretização do Projeto Político Pedagógico. (BICUDO, 1978).
9.17- CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
Segundo Veiga (1995), a formação continuada de professores, entendida como
um processo constante de busca do aprimoramento das práticas educativas é uma das
condições essenciais para a melhoria da educação pública. Para isso, o Departamento de
Educação Básica desenvolve um programa de formação continuada com ações que
privilegiem a formação teórico-metodológica, a reflexão sobre conceitos que
fundamentam a disciplina de ensino, sobre a interdisciplinaridade e a análise crítica e
produtiva da atividade docente, de modo a possibilitar mudanças efetivas na prática
educacional. Tal formação deve pressupor encontros presenciais com docentes de
Instituições de Ensino Superior, as trocas de experiências das diferentes realidades
regionais e a compreensão das diversas linhas de pensamento que fundamentam os
cursos de formação inicial, tornam-se mais ricas e cumprem efetivamente sua função
formativa possibilitando esses debates diretos. Ações do Programa de Formação
Continuada dos profissionais da educação são os Grupos de Estudo, Simpósios, Salas de
Apoio, formação para Agentes Educacionais, formação para os profissionais que atuam
na biblioteca, literatura e ensino, DEB-Itinerante, FOLHAS, PDE (Programa de
Desenvolvimento Educacional).
9.18- CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO
A palavra letramento significa pessoa que domina a leitura e a escrita. Pessoa
letrada é aquela que aprende a ler e a escrever e que passa a fazer uso da leitura e da
escrita, a envolver-se em práticas sociais de leitura e de escrita, ou seja, que faz uso
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frequente e competente da leitura e da escrita. A pessoa letrada passa a ter outra
condição social e cultural, muda o seu lugar social, seu modo de viver, sua inserção na
cultura e consequentemente uma forma de pensar diferente. Tornar-se letrado traz
consequências linguísticas, cognitivas. Letramento é o resultado da ação de ensinar e
aprender as práticas sociais de leitura e de escrita. É o estado ou a condição que adquire
um grupo social, ou um indivíduo, como consequência de ter se apropriado da escrita e
de suas práticas sociais. Apropriar-se da escrita é assumi-la como propriedade. Um
indivíduo alfabetizado, não é necessariamente um indivíduo letrado, pois ser letrado
implica em usar socialmente a leitura e a escrita e responder às demandas sociais de
leitura e de escrita.
Letramento é muito mais que alfabetização, é um estado, uma condição de quem
se envolve nas numerosas e variadas práticas sociais de leitura e escrita. Mas afinal, por
que surgiu a palavra letramento? Palavras novas aparecem quando novas idéias, novos
fenômenos surgem. À medida que o analfabetismo vai sendo superado, que a sociedade
vai se tornando cada vez mais grafocêntrica (centrada na escrita), um novo fenômeno se
evidencia: o de que não basta aprender a ler e a escrever, mas, sobretudo, adquirir
competência para usar a leitura e a escrita, para envolver-se com práticas sociais de
escrita.
Nesse contexto, faz-se necessário alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a
escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo
se torne, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.
Letramento envolve leitura. Ler é um conjunto de habilidades, de
comportamentos e conhecimentos. Escrever, também é um conjunto de habilidades e de
comportamentos, de conhecimentos que compõem o processo de produção do
conhecimento. Nessa perspectiva, há diferentes tipos e níveis de letramento,
dependendo das necessidades, das demandas, do indivíduo, do seu meio, do contexto
social e cultural.
As condições necessárias para o letramento são primeiramente uma
escolarização real e efetiva do aluno, secundariamente, que haja disponibilidade de
material para leitura.
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A primeira dificuldade entra na questão de saber ler e escrever. Não se pode
confundir e acreditar que, necessariamente, quem sabe ler, sabe escrever, pois não é
exato. Temos que ter em vista as peculiaridades de cada uma dessas habilidades.
Por leitura, entende-se que ultrapassa a decodificação de letras. Leitura implica
diversas habilidades cognitivas e metacognitivas, tais como captar significados,
interpretar seqüências de idéias ou de eventos, analogias, comparações, linguagem
figurada, relações complexas, análogas, e ainda, a habilidade de fazer previsões iniciais
sobre o sentido do texto, entre tantas outras habilidades.
Alguns autores colocam que o letramento está intrinsecamente ligado à maneira
como a leitura e a escrita são concebidas e praticadas em determinado contexto social.
O autor Paulo Freire foi pioneiro na idéia revolucionária de letramento ao
afirmar que ao se tornar alfabetizado o sujeito teria um meio de tomar consciência da
sua realidade e de transformá-la. Para Freire, letramento tanto poderia ser um meio para
a libertação, como para a sua domesticação, dependendo do contexto ideológico em que
ocorre.
10- ATO OPERACIONAL
10.1-REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO
Para o redimensionamento da organização do trabalho pedagógico podemos
dizer que o CEEBJACAM, direciona suas ações através das orientações de sua
mantenedora Secretaria do Estado da Educação.
Em relação à aquisição de materiais a escola depende, em parte, da SEED e
Governo Federal – MEC, para compra de materiais Pedagógicos e permanentes,
tecnológicos, reformas, construção, merenda e materiais básicos para alunos. Neste ano
de 2011, através de recursos oriundos do Fundo Rotativo foram realizados pequenos
reparos no espaço físico da escola. A escola tentará ampliar para o ano de 2011/2012,
ações através de projetos em parceria com Instituições de Ensino Superior, que
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contribuam para aprendizagem dos alunos, professores e comunidade sócio–
educacional, possibilitando assim o fazer pedagógico e democrático. Como ações,
destacamos: palestras, participação nas feiras das profissões, visita cultural em eventos
promovidos pela Fundação de Cultura e SESC.
10.2- TIPO DE GESTÃO
O perfil da gestão escolar adotado por essa instituição de ensino caracteriza-se
pela “gestão democrática”, onde a participação consciente de todos contribui para que
se alcancem objetivos coletivos e comuns. Assim, entende-se que a escola, sozinha, não
realizará um trabalho que tenha amplo significado para a vida escolar e social do aluno.
Por isso, Estado, Direção, Professores, Funcionários, Alunos, Pais, Instituições da
Sociedade Civil, Instituições organizados e comunidade devem, na coletividade, lutar
pela construção de uma escola pública de qualidade.
Ressalta-se como um dos grandes alicerces da democratização da gestão escolar,
a participação da comunidade, equipe pedagógica e professores, numa consciente
participação e engajamento nos problemas e conquistas da escola.
A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla participação dos
representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões e ações administrativas e
pedagógicas desenvolvidas no âmbito escolar.
Os aspectos pedagógicos e administrativos englobam a totalidade do trabalho
escolar, sendo que o gestor da organização da escola como um todo, destacando a
gestão escolar como colegiada e participativa, para as quais o diretor é agente promotor
deste processo que envolve relacionamento com a comunidade e com o sistema
educacional no qual a escola está inserida. A gestão democrática envolve a criação de
conselhos colegiados; a democratização de informação para a escola e a comunidade; a
definição de valores socioculturais que fundamentam e direcionam o trabalho educativo;
e que possibilite a expansão do potencial da comunidade escolar. (ALVES, 1991).
Faz-se necessário num plano gestor a discussão acerca de como serão articulados
os conteúdos curriculares, a busca de novas metodologias, programas especiais,
medidas para reduzir a evasão e repetência, produção de materiais didáticos
diferenciados, desenvolver tecnologias educacional, flexibilização curricular,
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recuperação de estudos, atividades extras curriculares voltadas para o ensino e
aprendizagem.
10.3- ÓRGÃOS COLEGIADOS
10.3.1- ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES, ALUNOS E FUNCIONÁRIOS –
APACEEBJA.
A Associação de Professores, Alunos e Funcionários – APACEEBJA, pessoa
jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Professores, Alunos e
Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso,
racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros,
sendo constituída pelo prazo de 02 (dois) anos.
A APACEEBJA é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado em
Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim. Para o ano de 2012, a
APACEEBJA, pretende desenvolver parcerias com a comunidade ofertando no espaço
escolar atividades de cunho social e político, na perspectiva de aproximar comunidade
escola, através da oferta de mini-cursos, palestras, reuniões e seminário com temas de
relevância cultural.
10.3.2- CONSELHO DE AVALIAÇÃO
O Conselho de Avaliação é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da
escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações
educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo
ensino e aprendizagem. A finalidade do Conselho de Avaliação, após analisar as
informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino
aprendizagem, oportunizando ao aluno, formas diferenciadas de apropriar-se dos
conteúdos curriculares estabelecidos.
É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados
coletados a serem analisados no Conselho de Avaliação do aluno.
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Ao Conselho de Avaliação cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos
metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão
sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino.
O Conselho de Avaliação constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica,
onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva discutem alternativas e
propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades
apontadas no processo ensino e aprendizagem.
10.3.3- EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
A criação da Equipe Multidisciplinar pautada na Resolução 3399/2010 tem
como objetivo elaborar a aplicar um plano de ação em conformidade com o conselho
escolar, com conteúdos e metodologias de Educação para as relações étnico-raciais e
ensino de história e cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena, Cultura Árabe, Cigana,
Diversidade de Gênero e Orientação Sexual.
Em nossa escola a equipe multidisciplinar está constantemente desenvolvendo
ações com temáticas que englobam os conteúdos anteriores citados, obtendo grande
envolvimento por parte dos professores e alunos, onde há a participação na construção e
execução do plano de ação. As abordagens partem dos temas centrais que são
apreciados em reunião com a equipe e decidem a melhor forma de encaminhamento
para que os resultados sejam satisfatórios no cumprimento dos objetivos propostos.
10.3.4- CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e
administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação
educacional vigente e orientações da SEED.
O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade escolar e
representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação
pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o(a) diretor(a)
escolar.
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A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais da
educação atuantes no estabelecimento de ensino, alunos devidamente matriculados e
frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos.
A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados,
presentes na comunidade, não ultrapassará um quinto (1/5) do colegiado.
O Conselho Escolar poderá eleger seu vice-presidente dentre os membros que o
compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.
O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar a
efetivação do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.
Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares, mediante
processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a representatividade dos
níveis e modalidades de ensino.
As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes, realizar-se-
ão em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um mandato de 2 (dois)
anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.
O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e da
proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros:
I. diretor (a);
II. representante da equipe pedagógica;
III. representante da equipe docente (professores);
IV. representante da equipe técnico-administrativa;
V. representante da equipe auxiliar operacional;
VI. representante dos discentes (alunos);
VII. representante dos pais ou responsáveis pelo aluno adolescente;
VIII. representante do Grêmio Estudantil;
IX. representante dos movimentos sociais organizados da comunidade
(APA-CEEBJA, Associação de Moradores, Igrejas, Unidades de Saúde etc.).
O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3 (dois terços)
de seus integrantes.
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10.4- AGENTE EDUCACIONAL I e II
Lei complementar 123/2008 de 09/09/2008 – Diário Oficial nº 7802.
Dentro das atribuições do Agente Educacional I, compete zelar pelo ambiente
escolar, valorizando o ambiente físico escolar; executar atividades de manutenção e
limpeza, tais como varrer, locomover materiais e equipamentos, encerar, lavar salas,
banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços utilizados pelos estudantes,
profissionais, docentes e não docentes da educação, conforme a necessidade de cada
espaço, garantindo a acomodação necessária aos turnos existentes na escola. Preparo
dos alimentos e merenda a ser servida no espaço escolar. Cabe também comunicar com
antecedência à direção da escola sobre a falta de matérias de uso necessário ao
andamento da função a qual compete. As demais atribuições estão anexas no documento
da SEED-(Descrição das atribuições do cargo de Agente Educacional I do quadro dos
funcionários da Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná).
Dentro das atribuições do Agente Educacional II, compete realizar atividades
administrativas e de secretaria da Instituição escolar onde trabalha; auxiliar na
administração do estabelecimento de ensino, atuando como educador e gestor dos
espaços e ambientes de comunicação e tecnologia; manter em dia a escrituração escolar:
boletins estatísticos, redigir e digitar documentos em geral e redigir e assinar atas
receber e expedir correspondências em geral, juntamente com a direção da escola;
emitir e assinar, juntamente com o diretor, históricos e transferências escolares:
classificar, protocolar e arquivar documentos; prestar atendimento ao público, de forma
pronta e cordial; atender ao telefone; prestar orientações e esclarecimentos ao público
em relação aos procedimentos e atividades desenvolvidas na unidade escolar; lavrar
termos de abertura e encerramento de livros de escrituração; manter atualizados dados
funcionais de profissionais docentes e não docentes do estabelecimento de ensino.
Manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação atinente ao
estabelecimento de ensino; executar trabalho de mecanografia. Auxiliar na organização
da gestão e no bom andamento, agindo como educador, buscando também a ampliação
do conhecimento do educando, facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na escola,
quando solicitado; participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de
interesse da Unidade Escolar; decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e
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tecnológicos na prática escolar. Cabendo também catalogar e registrar livros e todo
material didático existente na biblioteca, nos laboratórios de ciências e de informática,
mantendo a organização e funcionalidade da mesma. As demais atribuições estão
anexas no documento da SEED - (Descrição das atribuições do cargo de Agente
Educacional II do quadro dos funcionários da Educação Básica da Rede Pública
Estadual do Paraná)
10.5 - ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
A inserção do estágio não obrigatório no Projeto Político-Pedagógico da escola
não pode contrapor-se à própria concepção de escola pública, ainda que o estágio seja
uma atividade que vise a preparação para o trabalho produtivo, conforme Lei nº
11788/2008 e Instrução nº 006/2009 SUED/SEED. A função social da escola vai para
além do aprendizado de competências próprias da atividade profissional e, nesta
perspectiva, vai para além da formação articulada às necessidades do mercado de
trabalho.
Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a
partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, as
quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer
instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação,
bem como as possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, portando, requer o acesso aos conhecimentos
produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro
trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto
implica em ir para além de uma formação técnica que secundariza o conhecimento,
necessário para se compreender o processo de produção em sua totalidade.
Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta dimensão
contraditória do trabalho, permitindo ao estudando e futuro trabalhador atuar no mundo
do trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.
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Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno estagiário,
não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua participação nela, de
forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricos que as sustentam.
Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações
desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa,
relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a partir
das relações de trabalho.
Assim, cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo
aluno, ainda que em via não presencial, para que este possa mediar a natureza do estágio
e as contribuições do aluno estagiário com o plano de trabalho docente, de forma que os
conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se compreender de que forma tais
relações se estabelecem histórica, econômica, política, cultural e socialmente. Cabe ao
pedagogo, também, manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem
atividades de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que estes
possam contribuir para esta relação prática.
10.6- RECUPERAÇÕES DE ESTUDOS
A Recuperação de Estudos realizada na escola segue a orientação da LDB
9394/96 que determina a obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência
paralelo ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem
disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos. Segue também a
Deliberação 007/99 que discorre sobre a Recuperação de Estudos, determinando a sua
obrigatoriedade pelo estabelecimento, sendo ofertado aos alunos em que o
aproveitamento for considerado insuficiente, desprovido de condições que lhe
possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.
De acordo com Vasconcelos (2003) a Recuperação de Estudos consiste na
retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que
todos os alunos tenham oportunidade de apropriar-se do conhecimento historicamente
acumulado, por meio de metodologias diversificadas e participativas.
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Para que ocorra a Recuperação de Estudos é necessário o acompanhamento do
professor, sendo fundamental a compreensão de que a aprendizagem ocorre a partir da
apropriação, pela mediação das pessoas por meio das relações sociais, tendo claro que
todos os sujeitos são singulares, únicos, com características diferentes e, portanto, cada
um se apropria do conhecimento de acordo com as suas especificidades.
A recuperação assim sendo, não recupera os instrumentos e sim os conteúdos,
cujos instrumentos foram utilizados como via para aprender, sendo diagnóstico para
avaliar o processo.
10.7- SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I
O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, criou o
Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais – SRM, instituído pela
portaria nº 13 de 24 de abril de 2007. O programa tem como finalidade a
disponibilização dessas Salas e visa apoiar as redes públicas de ensino na organização e
na oferta do AEE.
As Salas de Recursos Multifuncionais são espaços localizados nas escolas de
educação básica onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado – AEE.
A instrução Nº 014/2011-SEED/SUED, estabelece critérios para o atendimento
educacional especializado em Sala de Recursos Multifuncional- TIPO I na Educação de
Jovens e Adultos- Fase I, FASE II e Ensino Médio, nas áreas da deficiência intelectual,
deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos
funcionais específicos.
Elas são constituídas de mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos e
de acessibilidade , equipamentos específicos e de professores com formação para
realizar o AEE.
As SRM são salas específicas para o atendimento aos alunos, em turno contrário
ao que frequentam na escola comum. É um espaço da escola, sendo de responsabilidade
do diretor e da comunidade escolar a conservação, a organização e a administração do
mesmo, podendo atender alunos de outras escolas da rede.
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São atribuições do professor da sala de recursos multifuncionais, identificar,
elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e
estratégias, considerando as necessidades específicas dos alunos de forma a construir
um plano de atuação para eliminá-las.
Ao identificar as necessidades do aluno e também suas habilidades, o professor
de AEE traça seu plano de atendimento, devendo produzir materiais tais como:
transcrição de textos, adequação de materiais didático-pedagógicos, ampliação de
textos, gravação de textos, entre outros.
.
No ano de 2012 está previsto a implantação da Sala de Recursos Multifuncional
– Tipo I, no CEEBJACAM visando atender as necessidades educacionais especiais dos
alunos que apresentam Deficiência Intelectual, Transtornos Funcionais Específicos,
Transtornos Globais de Desenvolvimento e Deficiência Física Neuromotora.
10.8- AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR
Esta prática de avaliação, objetiva analisar as condições atuais do desempenho
escolar do aluno, as habilidades emergentes, os aspectos socioculturais, a relação
professor aluno e o contexto educacional como um todo. Trata-se de uma prática de
avaliação de cunho não classificatório e seletivo, que reforce uma visão excludente.
Este processo de avaliação possibilita a identificação dos sucessos das
dificuldades e fracassos, apoiando encaminhamentos e tomadas de decisões sobre ações
necessárias, sejam elas de natureza pedagógica, estrutural ou administrativa. As
informações obtidas permitem conhecer, descrever, compreender, prever e formular um
juízo de valor acerca da realidade avaliada e permitem também tomar decisões
educativas, sociais e terapêuticas, para prevenir possíveis distorções ou
disfuncionalidades, ou para modificar e, em suma, otimizar quando necessário a
realidade avaliada. Esta avaliação configura-se tanto como uma prática de investigação
do processo educacional quanto como meio de transformação da realidade escolar. É a
partir da observação da análise, da reflexão crítica e do registro sobre a
realidade/contexto, pelos profissionais envolvidos nesse modo de avaliar, que
estabelecem as necessidades, prioridades e as propostas de ação para processos de
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ensino e de aprendizagem, proporcionando informações a fim de melhorar a ação
docente do professor e a aprendizagem dos alunos.
10.8.1-OBJETIVOS
-Obter informações sobre o processo de ensino e de aprendizagem.
-Analisar o contexto da aprendizagem e decidir qual tipo de intensidade do apoio
requerido pelo aluno.
-Detectar e prevenir as dificuldades de aprendizagem antes que elas se agravem.
-Buscar soluções e alternativas para a remoção de barreiras da aprendizagem, através de
medidas de intervenção pedagógicas.
-Promover um ensino de melhor qualidade para todos.
-Tomar decisões quanto ao processo avaliativo para identificação das necessidades
educacionais.
-Promover uma participação efetiva do professor especializado no processo avaliativo.
-Instrumentalizar o professor da Classe comum para que ele se torne um avaliador,
investigador do seu aluno em sala de aula.
-Propor flexibilização curricular.
10.8.2- O QUE AVALIAR
-Estratégias utilizadas pelo aluno para a aprendizagem.
-Contexto sociocultural em que se encontra inserido este aluno.
-Desenvolvimento motor, cognitivo, socioafetivo e escolar deste aluno.
-A metodologia utilizada pelo professor na realização das intervenções no dia a dia.
-Identificar os conhecimentos do que o aluno manifesta na sala de aula( conhecimentos
prévios, cultura, assim como as dificuldades/necessidades individuais), em relação aos
novos conteúdos de aprendizagem.
10.8.3- COMO AVALIAR
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-Realizar entrevistas (professor, equipe técnico pedagógica, família, aluno)
-Observar o aluno no coletivo e no individual.
-Analisar a produção do aluno (Material escolar)
-Investigar as áreas do desenvolvimento: cognitivo, motor e social e áreas do
conhecimento acadêmico.
-Utilizar testes formais somente quando necessário NE em situações específicas.
-Utilizar instrumentos como: Observação, jogos, avaliação dos conteúdos pedagógicos e
outros.
-Registrar todas as informações possíveis no decorrer do processo avaliativo
valorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
10.9- PAPEL DA EQUIPE PEDAGÓGICA
“Pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa,
direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e
assimilação ativa de saberes e modos de ação tendo em vista objetivos de formação
histórica. Em outras palavras, pedagogo é um profissional que lida com fatos, estruturas,
contextos, situações, referentes à prática educativa em suas várias modalidades e
manifestações.”
“A atuação do pedagogo escolar é imprescindível na ajuda aos professores no
aprimoramento do seu desempenho na sala de aula (conteúdos, métodos, técnicas,
formas de organização da classe), na análise e compreensão das situações de ensino com
base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na vinculação entre as áreas do conhecimento
pedagógico e o trabalho de sala de aula.” (LIBÂNEO, 1996).
10.10- ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS NOVOS E EGRESSOS
O aluno é recepcionado pela equipe pedagógica e encaminhado para uma
reunião, onde é esclarecido como é a organização do CEEBJACAM. O mesmo recebe
orientações a respeito do processo pedagógico, do seu aproveitamento de estudos, carga
horária de cada disciplina, o atendimento nas organizações individuais e coletivos,
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normas regimentais, etc. São orientados também que, após a sua matrícula, receberão
gratuitamente materiais (apostilas ou livros) para estudos do conteúdo das disciplinas na
qual estão matriculados. A equipe mantêm contato com professores e alunos sobre o
aproveitamento escolar, disciplina e freqüência, procurando intervir quando necessário,
buscando a qualidade de ensino e sua terminalidade.
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PLANO DE AÇÃO DO CEEBJACAM – 2012
EIXO TÓPICOS DISCUTIDOS PROBLEMAS LEVANTADOS
AÇÕES DA ESCOLA CRONOGRAMA RESPONSÁVEL
Gestão Democrática
INSTÂNCIAS
COLEGIADAS
-CONSELHO
ESCOLAR
-CONSELHO DE
AVALIAÇÃO
- DIFICULDADE NA
PERMANÊNCIA DO GRUPO
DEVIDO A ROTATIVIDADE
DOS ALUNOS E PROFISSIONAIS
DA EDUCAÇÃO.
- REUNIR E REORGANIZAR AS
INSTÂNCIAS COLEGIADAS
TODA VEZ QUE O PROFESSOR
OU ALUNO ELEITO NÃO
PUDER MAIS REPRESENTAR.
- AO PARTICIPAR DE
REUNIÕES, OS CONSELHEIROS
DEVERÃO CONSULTAR SEUS
PARES PREVIAMENTE E APÓS
DAR RETORNO DOS
RESULTADOS.
- MANTER O CONSELHO DE
AVALIAÇÃO
ANO TODO
EQUIPE PEDAGÓGICA,
DOCENTES E DISCENTES.
APACEEBJA
REUNIÕES QUANDO SE FIZER
NECESSÁRIO
ATRAVÉS DE CONVOCAÇÀO.
PRESIDENTE DA APACEEBJA
CONSELHO ESCOLAR
IDEM APACEEBJA
IDEM APACEEBJA
DIREÇÃO
RELAÇÃO: ESCOLA-
COMUNIDADE
ESCOLAR.
POUCA PARTICIPAÇÃO
DENTRO DA ESCOLA.
- REALIZAÇÃO DE EVENTOS
EM DATAS COMEMORATIVAS,
FESTAS, PROMOÇÕES,
MOSTRA CIENTÍFICO
CULTURAL, GINCANAS ETC.
-ENVOLVER A FAMÍLIA DOS
ALUNOS ADOLESCENTES NAS
ATIVIDADES E EVENTOS QUE
A ESCOLA REALIZA,
RESPONSABILIZANDO OS
PAIS, BEM COMO COMUNICAR
OS PAIS DAS POSSÍVEIS
EVASÕES
PERIODICAMENTE
CORPO DOCENTE, EQUIPE
PEDAGÓGICA, DIREÇÃO,
APAF.
MUITOS ADULTOS EM CAMPO
SOLICITAR AOS
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JOVENS E ADULTOS DE CAMPO MOURÃO – PR.
48
CHAMAMENTO PARA
MATRÍCULA EM
GERAL
MOURÃO QUE NÃO
CONCLUIRAM O ENSINO
FUNDAMENTAL E/OU MÉDIO
EMPRESÁRIOS QUE
ESTIMULEM SEUS
FUNCIONARIOS A
ESTUDAREM
ANO TODO
EQUIPE PEDAGÓGICA E
DIREÇÃO
Proposta Pedagógica Curricular
PLANO DE TRABALHO
DOCENTE
CUMPRIMENTO DO PLANO DE
TRABALHO DOCENTE
ACOMPANHAMENTO PELA
EQUIPE PEDAGÓGICA
QUANTO À ELABORAÇÃO E
CUMPRIMENTO DO PLANO DE
TRABALHO DOCENTE
O ANO TODO
EQUIPE PEDAGÓGICA
Formação Continuada
SEMANA PEDAGÓGICA
/CURSOS
POUCOS CURSOS DISPONIBILIZADOS PELA MANTENEDORA
INCENTIVAR A PARTICIPAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO NOS CURSOS OFERTADOS PELA MANTENEDORA E OUTROS QUE POSSAM CONTRIBUIR COM FORMAÇÃO E ENRIQUECER O SEU TRABALHO
O ANO TODO
DIRAÇÃO E EQUIPE PEDAGÓGICA
Qualificação dos espaços e
equipamentos
SALAS DE AULA
SALAS DE AULA PEQUENAS
FAZER RODÍZIO DAS SALAS CONFORME O NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS EM CADA DISCIPLINA
CONFORME A NECESSIDADE
DIREÇÃO
TIC EQUIPAMENTOS QUASE SEM USO
Atividades de enriquecimento curricular
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
-
PROMOVER ESTUDOS, SEMINÁRIOS, PALESTRAS, ENCONTROS, DEBATES, EXIBIR DOCUNTÁRIOS E FILMES SOBRE A HISTÓRIA E CULTURA AFROBRASILEIRA E AFRICANA, INDÍGENAS ENTRE OUTRAS TEMÁTICAS
ANO TODO
MEMBROS DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
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JOVENS E ADULTOS DE CAMPO MOURÃO – PR.
49
10.12- PLANO DE GESTÃO
“A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a
própria vida”.(John Dewey ).
10.12.1- OBJETIVOS GERAIS:
1- O Plano de Ação parte da fundamentação da educação como oportunizadora de condições
pedagógicas e políticas, no intuito de desenvolver potencialmente o indivíduo, auxiliando o
mesmo a tornar-se um ser humano completo, no que se refere às dimensões sociais, afetivas e
intelectuais.
Desta maneira, pretende-se articular na escola, a autonomia colegiada e participativa
de todos os seus segmentos, instituindo uma prática política essencialmente democrática, sem
perder de vista todos os aspectos pedagógicos da Educação de Jovens e Adultos – EJA.
O grande desafio diagnosticado na realidade da EJA refere-se ao número de alunos
evadidos, por mais que essa modalidade oferte condições de horários, turnos e formas de
atendimento, é imprescindível que se organize o trabalho baseado em pressupostos de
remetam um novo jeito de olhar para as diferenças, bem como, assumindo junto a todos os
segmentos da escola um compromisso coletivo.
Neste desafio, buscar-se-á nas práticas educativas, a solidariedade, o companheirismo,
a amizade, a democracia e a justiça social, de maneira que as ações educativas estejam
eticamente articuladas com os conteúdos da docência que realizam mudanças, na forma de
participação e responsabilidade popular.
O debate coletivo sobre classe social, gênero, etnia e cultura devem possibilitar o
combate à discriminação e à exclusão, defendendo a diversidade, pois a educação de jovens e
adultos, é destinada à aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino
Fundamental na idade adequada.
10.12.2- AÇÕES REALIZADAS
Recuperamos a imagem do CEEBJA diante da sociedade, respeitando o profissionalismo
e a ética de professores e funcionários;
Fizemos cumprir o Calendário Escolar;
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JOVENS E ADULTOS DE CAMPO MOURÃO – PR.
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Conduzimos de maneira democrática, passo a passo a Proposta Pedagógica vigente;
Recebemos e atendemos alunos com educação e profissionalismo em todas as situações;
Propiciamos um ambiente familiar e democrático entre professores, funcionários e alunos;
Com muitas tentativas, afastamos pessoas que ficavam próximos a escola e que denegriam
a sua imagem e com isso recuperamos o respeito e o retorno de muitos alunos
compromissados em concluir seus estudos;
Mantivemos convênio com empresas responsáveis em ingressar alunos no mercado de
trabalho como estagiários;
Apoiamos o Exame de Suplência em todas as suas etapas conforme determinações da
SEED;
Apoio da direção quanto da participação dos professores, funcionários e alunos em
diversos eventos como: Cursos, Seminários, Congressos, Desfile Cívico, Eventos
Culturais, Fera, Com ciência; eventos proporcionados por diferentes instituições como:
Fundação Cultural, Teatro Municipal, SESC, Cinema, FECILCAM, UTFPR , CIES,
SEED e NRE.
Organização do setor financeiro ;
Investimentos em material didático e de apoio, como: dicionários de Inglês, Mapas, Atlas,
quadro branco, apostilas, assinatura de jornal, etc;
Adquirimos ventiladores, aparelho de fax entre outros;
Mantivemos o estoque de material de expediente e de limpeza;
Mantivemos os equipamentos de informática e eletrônicos em estado de uso;
Controlamos a merenda escolar e complementamos com produtos hortifrutigranjeiros
proporcionando um cardápio saboroso, diversificado e nutritivo;
Solicitamos junto a SEED e fomos atendidos com equipamentos como: Freezer, geladeira,
batedeira de bolo industrial, liquidificador industrial e também panela de pressão, pratos,
copos e talheres de inox entre outros utensílios de cozinha;
Viabilizamos melhorias nas salas de aula;
A cozinha recebeu vários reparos como: instalação hidráulica, balcão de granito e
azulejos;
O CEEBJA foi contemplado com a doação de um bebedouro de água usado;
Recuperamos vários arquivos e armários de aço;
Reparamos o fogão industrial e a geladeira da cozinha;
CEEBJACAM – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA
JOVENS E ADULTOS DE CAMPO MOURÃO – PR.
51
O Adquirimos cilindro, formas de alumínio, panelas, utensílios para armazenar alimentos,
etc...
Reformas nas salas de aula de Biologia, Língua Portuguesa, Arte, Filosofia, Ciências,
Geografia, Educação Especial, banheiro masculino e adequações no banheiro para de-
ficientes;
Colocamos piso na biblioteca e na entrada do banheiro feminino;
Lixamos todas as salas com piso de madeira (taco);
Colocamos grades de ferro em duas portas e nas janelas do laboratório e da merenda;
Foram realizados reparos no telhado;
Investimos na iluminação de algumas salas de aula, corredores, pátio, frente e lateral do
prédio com luminárias de alta potência;
Estamos em processo de cumprimento às solicitações do Corpo de Bombeiro quanto a
segurança do Estabelecimento de Ensino, tais como: construção da central de gás,
tubulação de cobre para gás, compra e recarga de extintores, placas de sinalização,
colocação de luminárias de emergência, etc...
Instalações da TV Pen Drive, TV. Paulo Freire;
Instalação do Laboratório de Informática;
Recebimento da demanda de funcionário de apoio, para realização da segurança do espaço
escolar;
.
10.12.3- PROPOSTAS DE AÇÕES
Cobrar do: Governador, Prefeito, Deputados e Vereadores, a construção de uma escola ou
que o Estado adquira um prédio para abrigar o CEEBJA, como já nos foi prometido;
Reivindicar junto a SEED a oferta do Curso PROEJA (Cursos que, como o próprio nome
diz, proporcionam formação profissional com escolarização para jovens e adultos);
Visando o bem estar dos educandos trabalhadores, propomos continuar complementando a
merenda escolar com recursos da mantenedora (SEED) e da APACEEBJA;
10.12.4- MELHORIAS AINDA DESEJADAS NA INSTALAÇÃO FÍSICA
Troca o forro da biblioteca e do laboratório de informática;
Construir banheiros no pátio externo;
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Construir uma passarela, ligando a secretaria com o pavilhão dos fundos
Instalar em local adequado, suporte para acomodar bicicletas;
Construir bancos de concreto no pátio;
Erguer o muro e trocar os portões da entrada, proporcionando mais segurança no pátio;
Pintar o nome do CEEBJA nos espaços apropriados;
10.12.5- AÇÕES PEDAGÓGICAS EXECUTADAS
Incentivo constante da participação de alunos da sede e das APEDs, professores e
funcionários em eventos proporcionados por diferentes instituições como: Fundação
Cultural, Teatro Municipal, SESC, Cinema, FECILCAM, UTRPR , CIES e eventos que a
SEED e NRE (Fera Com Ciência, Festival da Canção, etc...);
Motivando, incentivando a participação dos professores e funcionários, na Formação
Continuada disponibilizada pela Secretaria de Estado de Educação e outras que forem
sugeridas e que venham de encontro com as necessidades profissionais da educação;
Momentos de descontração junto com a comunidade escolar, incentivando a
solidariedade, o companheirismo e a amizade oportunizando confraternizações, reuniões,
palestras; enfim momentos que venham a integrar ainda mais a comunidade escolar;
Efetivação no CEEBJA eventos que já se tornaram tradição como:
o Festa Julina interna;
o Datas Comemorativas: Páscoa, Dia das Mães, Dia do Estudante, Dia do Professor
e Comemorações Cívicas
o Mostra Cultural;
o Realização da Gestão Democrática, abrangendo as dimensões pedagógicas,
administrativas e financeiras, fundamentada em processos de decisão coletiva,
abrangendo os diferentes segmentos da escola nas ações desenvolvidas.
Acompanhamento pedagógico/administrativo aos profissionais da educação da sede e
APEDs no cumprimento:
o Proposta Pedagógica;
o Projeto Político Pedagógico;
o Regimento Escolar;
o Plano de Trabalho Docente;
o Plano de Ação da Escola;
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Ações coletivas para a redução da evasão escolar do CEEBJA de Campo Mourão e nas
APEDs , usando alternativas tais como:
o Contato com alunos desistentes através de ligações telefônicas, envio de
correspondência, usar os meios de comunicação para os alunos evadidos, com o
objetivo de garantir a permanência dos alunos na escola e a conclusão com êxito
nos níveis de ensino ofertados;
Visitas permanentes nas APEDs;
Melhorias do acervo bibliográfico da escola para alunos e professores;
Aquisição através da SEED/DEJA, materiais didáticos (livros/apostilas) para alunos da
sede e APEDs.
Todas as ações propostas nesse Plano de Ação estão e serão cumpridas e desenvolvidas,
dentro de um cronograma próprio do Estabelecimento de Ensino, obedecendo ao
Calendário Escolar
10.12.6- AÇÕES PEDAGÓGICAS AINDA DESEJADAS
Incentivar a criação do Grêmio Estudantil dada a sua importância como órgão de
representatividade do corpo discente, promovendo a cooperação entre administradores,
funcionários, professores no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos;
Viabilizar junto a Escola do Trabalho a extensão de cursos profissionalizante, no turno da
manhã nas dependências do CEEBJA;
10.12.7- AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO GESTOR
A avaliação do Plano de Ação será contínua, diagnóstica, comprometida com os
resultados, buscando sempre a realimentação e aperfeiçoamento das atividades propostas,
juntamente com a comunidade escolar, sendo que sua realização será motivadora, aberta, e
democrática.
11- REFERÊNCIAS
ALVES, Nilda. Educação e Supervisão. O trabalho coletivo na escola. 5ª edição, São Paulo:
Cortez: Autores Associados, 1991.
CEEBJACAM – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA
JOVENS E ADULTOS DE CAMPO MOURÃO – PR.
54
ARROYO, Miguel G. Da escola carente à escola possível. São Paulo, Loyola, 1986.
BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. Fundamentos de Orientação Educacional. São Paulo:
Saraiva, 1978.
BRASIL, Constituição 1998 – Rio de Janeiro: FAE, 1989. 176p.
BRASIL, LDB. Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Disponível em < www.planalto.gov.br.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. http://www.onu-
brasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php
DALLARI, D.A. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998.
ESTATUTO DA CRIASNÇA E DO ADOLESCENTE. Lei Federal n°8069 de 13 de julho de
1990. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm .
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 2 ed. Campinas. São
Paulo, 2003. Coleção Educação Contemporânea.
KUENZER, Acácia Zeneida. As mudanças no mundo do trabalho e a educação: novos
desafios para a gestão.
LIBÂNEO, J. C. Pedagogia, Ciência da Educação? Selma G. Pimenta (Org.). São Paulo;
Cortez, 1996, p. 127.
MACHADO, Lourdes Marcelino. Administração e Supervisão Escolar: questões para o novo
milênio. São Paulo: Pioneiros Thomson Learning, 2003.
PARANÁ, Curso de Diretrizes Pedagógicas e Administrativas para Educação Básica.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Gestão da Infra-Estrutura.
Coordenação de Fortalecimento da Gestão Escolar. Curitiba – SEED/SGI, 2002.
SANTOS, Boaventura S. Para uma Pedagogia do Conflito. In: ______, SILVA Azevedo
(org.) Novos Mapas Culturais. Novas Perspectivas Educacionais Porto Alegre: Ed. Sulina,
2000
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. Cortez, São
Paulo, 1991. Coleção Polêmicas do nosso tempo; v. 40
_________________, Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1988
SYRIA, Naura Carpeto Ferreira. Gestão da Educação: impasses, perspectivas e
compromissos. 2 ed., São Paulo: Cortez, 2001.
VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político da Escola: uma construção possível. Campinas, SP.
Papirus, 1995, p.11.
VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1995
CEEBJACAM – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA
JOVENS E ADULTOS DE CAMPO MOURÃO – PR.
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ATA DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Aos três dias do mês de outubro de dois mil e doze, reuniram-se nas dependências do Centro
Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos de Campo Mourão, CEEBJA, situado à
Av. Irmãos Pereira n° 2111; os membros do Conselho Escolar do referido estabelecimento,
sob a Presidência da Diretora Professora Lilian Cristina de Souza Guimarães; para a avaliação
do Projeto Político Pedagógico, que foi construído com a participação da comunidade escolar;
após leitura e análise, realizada pelos membros do referido conselho, o Projeto Político
Pedagógico, foi aprovado pelos presentes sem ressalvas. Nada mais havendo a constar, a
presente ata, após lida e aprovada, segue assinada por todos os presentes.
Ana Maria de Oliveira Braga João Maria Ferrari Chagas
Pedagogo Sociedade Civil
Silvana Maria Vieceli Maria Inez Lopes
Professora Professora
Adalberto Marcondes de Castro Oliveira Amarildo Aparecido Quichaba
Agente Educacional II Agente Educacional I
Aluno Ensino Fundamental Aluno Ensino Médio
Lilian Cristina de Souza Guimarães
Presidente
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JOVENS E ADULTOS DE CAMPO MOURÃO – PR.
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ANEXO
Plano de Ação do CEEBJACAM para a Formação da Brigada Escolar e a
Execução do Plano de Abandono.
JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA
Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem
vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o
Programa opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os
impactos, promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e
adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural
e potencialmente capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das
medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede
estadual de educação tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente
para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam
eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios,
entre outros.
O Programa Brigadas Escolares - Defesa Civil na Escola tem como objetivo a
proteção humana, mantendo a comunidade escolar segura em situações de risco,
realizando treinamentos pautados em normas de segurança nacionais e
internacionais, buscando fundamentalmente organizar a saída da população de
maneira ordeira dos ambientes escolares, doutrinando a população para agir
proativamente em situações que envolvam ameaça de desastres.
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OBJETIVO GERAL
Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do CEEBJACAM
para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou
humanos, bem como, o enfrentamento de situações emergenciais no interior do
Colégio para garantir a segurança de todos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Levar a comunidade escolar do CEEBJACAM a construir uma cultura de prevenção
a partir do ambiente escolar;
Proporcionar aos alunos condições mínimas para enfrentamento de situações
emergenciais no interior da escola, assim como conhecimentos de como proceder
frente a desastres;
Promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar,
com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas na vistoria do
Corpo de Bombeiro;
Preparar a comunidade escolar do CEEBJACAM, a fim de promover ações
concretas no ambiente escolar com vistas a prevenção de riscos de desastres e
preparação para o socorro, destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida
e combate a princípios de incêndio;
Articular os trabalhos entre os integrantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar
(Patrulha Escolar Comunitária) e do Grupo de Brigada Escolar da escola;
Adequar a edificação escolar da CEEBJACAM às normas mais recentes de
prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros, acompanhando os
avanços legais e tecnológicos para preservação da vida dos ocupantes desse local.
ESTRATÉGIAS
O Plano de Abandono é um procedimento realizado pelas pessoas que
ocupam uma edificação que apresente algum risco a vida ou que esteja em
eminência de sofrer um acidente. De uma forma geral é uma ação de desocupação
do prédio, que tem por objetivo minimizar e prevenir o máximo possível a ocorrência
de acidentes que possam provocar danos pessoais.
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É a eficiência de um abandono que delimita as perdas humanas,
principalmente em edifícios de vários pavimentos, tais como hospitais, creches,
escolas e qualquer estabelecimento em que haja um número considerável de
pessoas fixas e/ou circulantes.
Para tanto se deve ter claro as funções e as atividades de cada momento do
Plano de abandono:
1. PONTO DE ENCONTRO
Local previamente estabelecido, onde serão reunidos todos os alunos,
professores, funcionários e outras pessoas que estejam em visita à escola. Neste
local as faltas de alunos constatadas pelos professores ou a ausência de
funcionários deverão ser comunicadas o mais breve possível ao responsável pelo
Ponto de Encontro. Ele por sua vez deve repassar as informações ao chefe de
equipe de emergência para que as devidas providências sejam tomadas.
2. ROTA DE FUGA
Trajeto a ser percorrido em passo rápido do local onde esteja a pessoa até o
Ponto de Encontro. Na análise desse trajeto devem ser observados os pontos
críticos do caminho como, por exemplo: cantos vivos de parede, locais
escorregadios, escadarias sem corrimão, guarda- corpos irregulares, portas e
portões de difícil acesso.
3. PLANTA DE EMERGÊNCIA
Representação gráfica em forma de planta que orienta os ocupantes de cada
ambiente da escola sobre qual rota deve ser seguida para o abandono da edificação
em segurança, de forma a dirigi-los ao Ponto de Encontro.
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PONTO DE
ENCONTRO
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4. FUNÇÕES
4.1 MONITOR
Aluno designado com antecedência para conduzir a turma do ambiente onde
estiver até o Ponto de Encontro seguindo a Rota de Fuga contida na Planta de
Emergência ou orientada pelo responsável do bloco. Se houver na turma alunos
com necessidades especiais, deverão ser escolhidos dois alunos para acompanhá-
los.
A direção da escola deverá selecionar criteriosamente os alunos para
desenvolver a função de monitor.
4.2 RESPONSÁVEL PELO PONTO DE ENCONTRO
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Organiza a chegada e a formação dos alunos, professores e funcionários no
ponto de encontro. Recomenda-se que sejam designados pelo menos dois auxiliares
para ajudar a organizar as filas dos alunos.
Os dois auxiliares devem estar em condições de assumir a função, caso o
responsável não esteja na escola no momento do sinistro.
4.3 RESPONSÁVEIS POR BLOCOS DE SALAS DE AULA/ANDARES
Organiza o fluxo de alunos nos corredores das salas de aula. Deve ficar
atento para liberar uma turma de cada vez, de modo a não haver filas duplas. Ao
encerrar a saída de seu andar ou bloco, deverá conferir se todas as salas estão
vazias e marcadas com um traço na diagonal, só então deve se deslocar até o
Ponto de Encontro. Nos pontos de conflito (cruzamentos, escadas e etc.), orienta
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as filas que devem avançar de acordo com a prioridade da emergência, não
permitindo cruzamentos das filas nem correria. Importante não esquecer de
verificar os banheiros. Concluída a verificação em todo o bloco ou andar, segue
atrás da fila de alunos para o Ponto de Encontro. O bom desempenho desta função
é fundamental para a execução e sucesso do abandono das instalações, visto que
os corredores são os locais mais prováveis de haver aglomeração de pessoas, o
que pode gerar tumulto e pânico.
4.4 RESPONSÁVEL PELO SETOR ADMINISTRATIVO
Ordenará a saída dos funcionários do setor administrativo em direção ao
Ponto de Encontro. Ao encerrar a retirada das pessoas, deve conferir se todos os
ambientes do seu setor (ex: banheiros, laboratórios, secretaria, etc.) estão vazios e
marcados com um traço na diagonal, só então se desloca até o Ponto de Encontro.
Caso algum funcionário necessite retornar ao setor administrativo, deve ser
autorizado pelo diretor ou responsável no Ponto de Encontro, após concluído o
abandono.
4.5 TELEFONISTA
Efetuará as ligações telefônicas pertinentes. Ao soar o alarme, deverá se
deslocar imediatamente ao Ponto de Encontro e apresentar-se ao diretor ou
responsável, solicitando autorização para retornar à edificação e fazer os devidos
contatos se necessário ou fazê-lo através de um celular no próprio Ponto de
Encontro. Manter lista de telefones de emergência.
4.6 PORTEIRO
Funcionário responsável pela portaria. Só permitirá a entrada das equipes de
emergência e será responsável pela liberação do trânsito e acesso a edificação.
Deverá ter acesso ao claviculário, onde estarão todas as chaves de portas, portões
e cadeados. Se a escola tiver disponibilidade de funcionários, o ideal é que o
porteiro tenha outra pessoa para ajudá-lo. Também será responsável pelo
impedimento da saída de alunos e entrada de estranhos sem as devidas
autorizações, evitando tumultos.
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4.7 PROFESSOR
Deve orientar os alunos em sala de aula no dia do exercício, expondo como
ocorrerá o deslocamento até o Ponto de Encontro e como devem se comportar no
local.
O professor só iniciará a retirada dos alunos ao sinal do funcionário
responsável pelo andar ou bloco ou quando este considerar oportuno, de modo a
evitar aglomerações. Caso verifique alguma emergência iniciando em sua sala,
deve proceder ao abandono imediato do local e avisar o Diretor, sendo o último a
sair, certificando-se que ninguém permaneceu na sala de aula. Somente então
fechará a porta e fará um risco de giz em diagonal nela ou na parede ao lado do
acesso à sala, isso significa que foi conferido o ambiente e não há mais ninguém lá
dentro. Tal sinal será identificado pelas equipes de emergência direcionando as
buscas a possíveis vítimas em locais que não tenham esse sinal. O professor é
responsável pela turma que acompanha desde a saída da sala até o término do
evento, o controle do professor da chegada ou não de todos os seus alunos no
Ponto de Encontro é crucial para ação de resgate.
É importante lembrar que ao chegar à sala de aula, o professor deve fazer
imediatamente a chamada, pois, se necessário o deslocamento ao Ponto de
Encontro, fará uso do livro de chamada para conferência dos alunos. Terminada a
conferência, informará as alterações ao Responsável pelo Ponto de Encontro,
mantendo o controle da turma.
4.8 EQUIPES DE APOIO
Além do telefonista e do porteiro, na equipe de apoio deve conter funcionários
que devem ser previamente designados para realizar as seguintes funções: Abertura
das saídas de emergência, corte de energia, gás e da água (exceto em caso de
incêndio), neste caso os funcionários podem utilizar o extintor da sua área (sabendo
manusear o equipamento).
4.9 ORGANOGRAMA
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O Organograma da Brigada deverá ser preenchido pelo diretor da escola, que
por sua vez, detêm o conhecimento da capacitação de cada um dos componentes.
Nele será descrito o turno de trabalho e as funções de cada brigadista, necessitando
ser incluído o nome logo abaixo de cada função. Se não houver pessoas suficientes
para compor todos os quadros, deverão ser priorizados os de chefia.
ORGANOGRAMA DA EQUIPE DE ABANDONO
Turnos: Manhã, tarde e noite
5. EXECUÇÃO
5.1. COMPETÊNCIAS DO DIRETOR DA ESCOLA E/OU RESPONSÁVEL PELO
PLANO DE ABANDONO
O Coordenador do Programa no Colégio será o Diretor do estabelecimento de
ensino, sendo de sua responsabilidade:.
Nomear os responsáveis e os respectivos suplentes para atuarem em todas a
funções específicas. A nomeação deverá ser de caráter permanente e os nomeados
serão os responsáveis numa situação real.
Decidir se é viável ou não executar o Plano de Abandono. Supervisionar o
abandono.
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Receber as equipes de socorro e fornecer informações sobre casos pontuais de
maior risco.
Determinar a desativação do Plano de Abandono, fazendo com que os alunos
retornem às salas de aula após a simulação. Em caso de uma situação real, depois
de conferidas todas as pessoas e autorizado pelo Corpo de Bombeiros, os alunos
poderão ser liberados para os pais ou responsáveis.
Convencionar o toque do alarme de emergência, que obrigatoriamente deverá ser
diferente do usado para início e término das aulas.
Nomear um responsável para acionar o toque de emergência.
Traçar as rotas de fuga nas plantas de emergência.
Estabelecer locais para o Ponto de Encontro.
• Promover reuniões trimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para
discussão de assuntos referentes à segurança do estabelecimento de ensino, com
registro em livro ata específico ao Programa;
Designar suplentes para todas as funções.
Manter listagens das pessoas, planilha de dados, plantas de emergência e
organogramas atualizados em locais de fácil acesso.
Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar
formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do
estabelecimento que atuarão em situações emergenciais e terá como uma de suas
funções garantir a implementação do Plano de Abandono na escola, como medida
preventiva de enfrentamento as emergências e desastres naturais ou provocadas
pelo homem que comprometem a segurança da comunidade escolar, além de
desenvolverem ações no sentido de:
• identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;
• garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de forma
segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio
da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser registrado
em calendário escolar;
• promover revisões periódicas do Plano de Abandono;
• apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, como na conduta da
comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;
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• verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de
situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências
necessárias.
Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos
específicos, englobando capacitação para professores, funcionários e alunos,
organizados e coordenados pela Brigada Escolar.
Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de
Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e Presencial.
5.2 PREPARAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR
Manter em locais estratégicos (secretaria, sala da direção, sala da orientação e
supervisão) informações e plantas baixas com orientações contendo o quantitativo
de salas, alunos, funcionários e professores de cada ambiente escolar. No setor
administrativo, deve haver relação nominal de funcionários por ambiente.
Todo ambiente escolar deve ser sinalizado, indicando as saídas, rotas de fuga e
Ponto de Encontro.
5.3 PROCEDIMENTOS DO EXERCÍCIO DE ABANDONO
Aciona-se o alarme, definido pela escola, por ordem do responsável (Diretor, Vice-
Diretor, Coordenador, entre outros), iniciando o processo de deslocamento da
comunidade escolar, que deve seguir as orientações estabelecidas pelos
responsáveis pelos blocos/andares, evitando pânico e descontrole.
Na saída das salas de aula, o professor abre a porta e faz contato visual com o
responsável pelo andar. Ao receber o aviso de saída, libera os alunos para iniciarem
o deslocamento em fila indiana, começando pelos mais próximos da porta. O
professor se certifica da saída de todos os alunos, fecha a porta e a sinaliza com um
traço em diagonal, mantendo-se como último da fila e evitando o pânico. Os alunos
seguem em passos rápidos, sem correr, com as mãos cruzadas no peito pelo lado
direito do corredor ou conforme indicado nas plantas afixadas nos corredores até ao
Ponto de Encontro. Lá chegando, o professor confere todos os alunos que estão sob
a sua responsabilidade com o auxílio do livro de chamada e apresenta as alterações
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ao responsável pelo Ponto de Encontro, informando as faltas se houver. Aos
professores sugere-se a prática da chamada no início das aulas, para que em uma
situação de emergência, possa fazer a conferência dos alunos no Ponto de
Encontro.
Aos alunos a orientação é de que deixem todo o material na sala de aula e não
retornem até que seja autorizado pelo responsável. Para os exercícios
simulados, objetos de valor como celulares deverão ser guardados no bolso, para
evitar posteriores problemas de extravio, mesmo porque não são objetos
pedagógicos.
Os alunos encarregados de auxiliar o professor na retirada do colega portador de
necessidades especiais deverão acompanhá-lo durante todo o trajeto.
Se por algum motivo alguém se encontrar isolado, deverá seguir as setas de saída
indicadas na planta de emergência onde se encontra e sair pela porta mais próxima.
Caso não o consiga, deverá fazer-se notar para que o socorro possa lhe encontrar.
Os alunos com deficiência física receberão atenção especial e acompanhamento de
no mínimo dois alunos para que sejam conduzidos ao ponto de encontro.
5.4 O PLANO DE ABANDONO SERÁ EXECUTADO EM CASOS DE
Incêndio.
Explosão ou risco de, por exemplo, vazamento de gás.
Desabamento.
Abalo sísmico de grande intensidade.
Acidentes de grande vulto que ofereçam insegurança às pessoas.
Outras situações que o diretor entender necessárias.
5.5 SITUAÇÕES QUE NÃO REQUEREM O ACIONAMENTO DO PLANO DE
ABANDONO
Vendavais ou ciclones, pois o abrigo é o edifício escolar;
Inundação pelas chuvas que não atinja o espaço escolar bem como em temporais
com granizo;
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Fuga de gás sem incêndio, pelas áreas isoladas com central de gás independente e
restritas, deve ser considerado sinistro facilmente controlável;
Na ocorrência de sismos (terremotos) de fraca intensidade, o espaço escolar é o
melhor abrigo.
5.6 NORMAS DE PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÃO DE RISCO
A primeira providência é garantir a integridade física das pessoas. Se ocorrer
vazamento de gás, desligar a válvula do gás, não acionar qualquer dispositivo que
provoque faíscas inclusive o interruptor de luz, abrir portas e janelas arejando o
local, retirar-se do local e comunicar o incidente ao responsável pelo Plano de
Abandono da escola.
Se ocorrer uma fuga de gás no laboratório, fechar a válvula de segurança, arejar a
sala, abrindo portas e janelas lentamente, não acender fósforos ou isqueiros nem
acionar interruptores, abandonar o laboratório e comunicar imediatamente o
acidente ao responsável pelo Plano de Abandono da escola.
Se ocorrer um derramamento de substâncias tóxicas, recolher ou neutralizar a
substância derramada de acordo com as recomendações presentes no rótulo do
produto ou conforme orientações técnicas do fabricante. Se for um ácido ou outro
produto corrosivo não se deve lavar com água. (procurar sempre orientações de um
técnico bioquímico).
Se ocorrer um incêndio, acionar a defesa civil e as demais equipes de emergência.
Os ocupantes das instalações deverão sair imediatamente, respeitando
integralmente o percurso da rota de fuga ou seguindo orientação do responsável
pelo bloco. Se houver obstrução das saídas pela presença de fogo ou acúmulo de
fumaça, as pessoas deverão abaixar-se próximas do chão, a fim de buscar melhor
qualidade de ar, com maior concentração de oxigênio, dirigindo-se para o local mais
afastado do foco de incêndio, aguardando socorro. Nesta situação deverão abaixar-
se para fugir da concentração de fumaça, fechando sempre as portas a fim de
retardar a propagação do fogo.
Se ocorrer um incêndio na cozinha e/ou refeitório, avisar a pessoa mais próxima,
fazer uso do extintor se tiver capacidade técnica e cortar o fornecimento de gás e
energia elétrica (desligar o disjuntor fora do ambiente).
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Caso não consiga dominar a situação, fechar portas e janelas e comunicar
imediatamente o acidente ao responsável pelo Plano de Abandono.
Na ocorrência de sismo (terremoto), os ocupantes das instalações deverão
imediatamente colocar-se debaixo das mesas e nos vãos das portas, com as mãos à
volta da cabeça, como medida de proteção. Nunca deverão abandonar a sala onde
se encontram enquanto durar o sismo. Se soar o alarme, deverão se retirar do
edifício cumprindo as orientações do Plano de Abandono;
Em outros tipos de ocorrências (como explosões ou desabamentos), mantenha a
calma e saia do ambiente que estiver em risco, comunique imediatamente o
acidente ao responsável pelo Plano de Abandono.
Na ocorrência de temporais, os ocupantes do edifício permanecerão nas salas,
afastando-se das janelas, até que seja segura a saída do edifício.
ATIVIDADES PERMANENTES:
O Diretor de cada unidade escolar terá como responsabilidade, desenvolver o
trabalho de implantação e implementação do Plano de Abandono.
Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos,
professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de
exercícios simulados e em tempo razoável.
Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por
semestre, e as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente plano foi levado para discussão em conselho e aprovado,
podendo ser alterado dado às suas particularidades .
Telefones de emergência: Corpo de Bombeiro: 193; Polícia Militar: 190;
Defesa Civil: 199; SAMU: 192.
Componentes da Brigada Escolar:
Eliane Aparecida Gonçalves
Vicentina da Cunha Cruz
Amarildo Aparecido Quichaba
Adalberto Marcondes de Castro Oliveira
Neide Aparecida Martins Fontana
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REFERÊNCIAS
PARANÁ, Defesa Civil. Brigadas Escolares - Defesa Civil na Escola: Manual de
Procedimentos do Plano de Abandono. 2012
INSTRUÇÃO Nº 024/2012 - SEED/SUED.- Programa Brigada Escolar- Defesa
Civil na Escola.
Campo mourão, 04 de junho de 2013.