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07/05/2013
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Psicodelismo
Psicodelismo
“Psico” – alma, espírito, princípio pensante, atividade mental
”Delo” – visível, claro, manifesto, evidente.
A primeira fase
Corrente de pensamento dos anos 60
Ligada às experiências artísticas de intelectuais, a partir do uso de drogas como ópio e haxixe.
Walter Benjamin, da Escola de Frankfurt, por exemplo, ficou altamente intrigado pelo conjunto de" experiências interiores” obtidas a partir do uso que fez de haxixe.
A primeira fase
O haxixe é uma espécie de resina seca extraída do
tricoma, das flores e das inflorescências da Cannabis
Sativa .
Utilizado como entorpecente pode ser fumada ou
ingerida. Para os hindus é considerado um presente dos
deuses, pois a origem da planta foi a saliva do Deus Shiva
diante de um banquete preparado por sua esposa.
Descoberta do LSD
• A descoberta acidental dos efeitos do LSD pelo químico
Hoffman tornou a droga famosa entre os intelectuais, sendo
criado o termo psychedelic (psicodélico) para designar “algo com
a capacidade de ampliar ou manifestar a mente”.
• Essas experiências incluem uma produção visionária
semelhante à alucinações, mudanças de percepção, sinestesia
estados alterados de consciência semelhantes
ao sonho, psicose e êxtase religioso.
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Descoberta do LSD
• LSD, também conhecido como “ácido”, é uma substância sintética que causa alucinações, em sua maioria, na área visual ou auditiva.
• Os primeiros efeitos são físicos e começam cerca de uma hora após a ingestão da droga. Os efeitos variam de uma vaga sensação de ansiedade à náusea, sendo acompanhados por aceleração da pulsação, pupilas dilatadas, dentre outros. Em seguida, o usuário entra num estado de grande sugestionabilidade: sua capacidade de receber e analisar de forma estrutural as informações do ambiente fica distorcida.
• A experiência pode induzir a um estado de cruzamento dos
sentidos, no qual o usuário a percepção espacial também é
alterada e as cores têm suas intensidades realçadas;
imagens caleidoscópicas e tridimensionais flutuam no vazio.
Para Leary tudo começou em agosto,
quando professor de psicologia da
universidade de Harvard, experimentou
o LSD, droga sintetizada em laboratório,
que era vista como analgésico e que
podia aliviar a dor física e psíquica,
comentava-se também a possibilidade
de uso da droga na psicologia e
psiquiatria, na medida em que poderia
ajudar a compreender o universo do
pensamento humano.
Timothy Leary que por isso, ficou conhecido como o papa do LSD.
http://queilaferraz.fashionbubbles.com/historia-da-moda/movimento-hippie-influencia-parte/
• A partir dai, Leary começou a defender a tese de que océrebro humano tem uma infinidade de potencialidades,podendo até operar em dimensões de tempo e espaçoinusitadas. Dizia que ácido lisérgico é o passaporte que levao homem além das fronteiras da consciência, permitindo-lhe gratificantes viagens de autoconhecimento.
• Sua luta desde então, foi à expansão da mente, fornecendoao homem um terceiro olho, que lhe faria enxergar omundo com uma profundidade maior. O psicólogo acabousendo expulso de Harvard; a droga que não era proibida naépoca tornou-se uma febre na América como a novidadedo momento.
Timothy Leary que por isso, ficou conhecido como o papa do LSD.
http://queilaferraz.fashionbubbles.com/historia-da-moda/movimento-hippie-influencia-parte/
A segunda fase
• Os anos 60, acima de tudo, foi um período de
explosão de juventude em todos os aspectos.
• Era a vez dos jovens, que influenciados pelas
idéias de liberdade - "On the Road" – (título
do livro de Jack Keurouac, de 1957)
começavam a se opor à sociedade de
consumo vigente.
A segunda fase
• A partir da aliança do movimento psicodélico
com o movimento pelos direitos civis, alastra-
se rapidamente no contexto da
contracultura com ideais de uma
sociedade de amor e respeito mútuo, negando
a religião, mas buscando Deus no misticismo
oriental.
Era o vórtice da contracultura
O LSD, ácido lisérgico, de forte potencial psicoativo é a droga do
momento.
Pode-se afirmar que a desilusão com a Guerra do Vietnã e seus
milhares de jovens mortos enfraquece o ideal nacionalista e,
juntamente com os processos que fortalecem as novas formas
de identificação e socialização já mencionados, questionam o
discurso político e moral da época através do poder da flor
(flower power), que consubstanciava os ideais pacifistas de
resistência, do negro (black power), do gay (gay power) e da
liberação da mulher (women's lib).
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A terapia da contracultura
Uma das terapias recomendadas pela contracultura era
a sexual, outra pregava o uso de alucinógenos.
Falava-se em amor livre, no slogan da época Make
Love, Not War, não havia propriedade privada do corpo.
Poder da flor (flower power)•
Flower Power (Poder das Flores) foi um slogan usado pelos hippies dos anos 60 até o começo dos anos 70 como um símbolo da ideologia da não-violência e de repúdio à Guerra do Vietnã.
• Foi utilizado pela primeira vez pelo poeta Allen Ginsberg em 1965. Até hoje esse termo é utilizado para se referir aos anos 60, em filmes, programas de TV, séries e documentários.
http://lcmovimentohippie.blogspot.com.br/2012/04/o-poder-da-flor.html
Poder do negro (black power)
O movimento Black Power, que significa
literalmente "Poder Negro", surgiu nos
anos 60, como uma forma de
renascimento cultural da comunidade n
egra dos EUA. Considerado por muitos a
utores como o "movimento da consciênc
ia negra" ou das"artes negras", o Black P
ower estimulou a criação de instituições
culturais e educacionais independentes
para a comunidade negra que duraram a
té aos anos 70.
Libertação Gay
Libertação Gay é o nome usado para
descrever o movimento
de lésbicas, gays, bissexuais e transex
uais do final da década de 1960 até
meados da década de 1970
na América do Norte, Europa
Ocidental, Austrália e Nova Zelândia.
A frase é um pouco sinônimo de
movimento contemporâneo de
direitos gays e os movimentos sociais
mais amplos da comunidade LGBT.
Liberação da mulher (women's lib).Viveu-se uma euforia libertária.
A emancipação feminina, por um
lado, significava o fim da sujeição da
mulher ao homem (pai ou marido).
Por outro, referia-se não ao fim
dessa submissão, mas também a
uma época em que o poder
feminino ia se instalando sobre os
homens e as famílias.
Era o vórtice da contracultura
Os jovens se rebelaram contra os valores, as instituições, e os tabus, passando
a agir contra tudo o que estava estabelecido, inclusive contra o Estilo
Internacional. Não se podia divulgar a contestação a uma sociedade através
de um padrão criado por ela própria.
Emerge então o psicodelismo no design gráfico, que inicialmente
presta-se a divulgar os concertos de rock através dos pôsteres. Pode-se dizer
que a psicodelia fez pelo design gráfico a mesma coisa que as bandas da
época fizeram pelo rock: quebraram todas as estruturas.
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Guerra do Vietnã Guerra do Vietnã
UNDERGROUND
O Movimento underground surgiu em decorrência de uma atitude de
oposição por parte de muitos jovens designers de classe média, que
adotaram valores culturais e posições políticas alternativas, fora de padrões
sociais convencionais.
Os valores refletiam em uma postura gráfica alternativa, levada a efeito por
meio de material impresso barato e da tecnologia “ faça você mesmo.”
UNDERGROUND
• A esse conjunto de manifestações, que surgiram em diversos países, deu-
se o nome de contracultura. Uma busca por um outro tipo de vida,
underground, à margem do sistema oficial. Faziam parte desse novo
comportamento, cabelos longos, roupas coloridas, misticismo oriental,
música e drogas.
UNDERGROUND
Esse estilo, cuja informalidade das publicações passava a ideia de que não
era preciso ter nenhuma qualificação especial para produzir uma revista, fez
surgir na Inglaterra a revista OZ, na Holanda Hitweek, a Real Free Press e a
Hotcha.
Nos Estados Unidos, os cartazes psicodélicos de Victor Moscoso que renovou
as ideias do art nouveau
Dentre os designers da psicodelia destaca-se
Victor Moscoso, um dos poucos com educação
formal em design. Contrapondo a visão que
reduz a estética psicodélica a mera reprodução
de uma percepção visual alterada a partir de
experiências com drogas.
Heller (2004)
Victor Moscoso
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Victor Moscoso - Pôster de Victor Moscoso produzido para o show de The Steve Miller Blues Band. – 1967
O contraste do azul com o
laranja e o magenta traz a
vibração para este pôster.
Outro elemento, tão
importante quanto a cor, que
traz essa vibração é o grafismo
criado em volta da figura
feminina presente na peça
gráfica: é como se fosse uma
reverberação, um eco da
imagem.
A regra de que um pôster deveria transmitir uma mensagem de
forma simples e rápida dizia agora que se devia prender alguém
o máximo de tempo possível na leitura de um pôster.
E assim seguiu-se: o pressuposto de não usar cores vibrantes
agora dizia para usá- las sempre e para irritar os olhos o máximo
possível; o de que o texto deve sempre ser legível apregoava
agora a máxima distorção do texto para que fosse realmente
muito difícil de ler.
Moscoso então chamou isso de “um mundo de pernas pro ar”.
Sua concepção mudou para sempre a linguagem de toda uma
geração.
Victor Moscoso
• Sua linguagem
geralmente bizarra,
perversa e irônica os
fazia popular entre os
jovens. O que se
percebe é que
enquanto o
modernismo olhava
para frente negando o
passado, a psicodelia
olhava para todos os
lados buscando
inspiração.
Gibis underground como o “Zap Comix”
Caracterizada entre outros fatores por tipologias ilegíveis, cores
vibrantes e ilustrações antigas, a psicodelia era uma linguagem
visual rebelde criada para comunicar-se com uma comunidade
exclusiva. Contudo, dentro de um ano, a psicodelia foi usurpada
por empresários que a tornaram um estilo comercial de última
moda, ligado a um novo mercado de consumidores jovens.
Psicodelia
Se alguém não pudesse decifrar as palavras ou a
imagem, então o pôster o repelia ao invés de
atrair. A idéia parece ser exatamente a seguinte:
confundir qualquer pessoa que não estivesse
ajustada aos valores contraculturais da época.
O design gráfico psicodélico era um código
Visual.
• Com isso, os designers desejavam obter esses
efeitos de vibração óptica através das cores e
das formas das letras, que tornavam quase
ilegíveis através de uma total equivalência
entre elementos positivos e negativos: o
espaço existente entre as letras e dentro delas
era contrabalançado pelas próprias letras, da
mesma maneira que as cores contrastavam
entre si com igual intensidade
“Menos de trinta não lessem.”
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The Beatles - Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
• Projetada pelos artistas
pop
Peter Blake e Jann Haworth
, a consagrada capa deste
disco fundamental
dos Beatles, lançado
pela Parlophone, é
provavelmente a mais
famosa já criada. Utiliza
personagens da cultura
pop norte americana, além
de contrastar imagens
coloridas com imagens em
preto e branco.
Cream – Disraeli Gears (1967)
• Ilustrações psicodélicas eram as
preferidas para as capas de discos
de bandas de rock. O design de
Martin Sharp traz ícones
surrealistas de alucinações
induzidas por drogas em
vermelho e amarelo lisérgicos. O
LP foi lançado pela Polydor.
• Essa capa é um exemplo clássico
do efeito psicodélico causado
pelo uso do LSD: Temos um
grande número de
imagens caleidoscópicas sobrepos
tas, causando uma sensação de
alucinação visual, que é reforçada
pelo uso de tons saturados, que
ora se contrastam com tons mais
luminosos.
The Jimi Hendrix Experience – Are You Experience (1967
• O designer Ed
Thrasher trabalhou de uma
maneira “mais simples” na
capa desse disco. Ele utiliza
um acorde dissonante,
fazendo uma oposição tonal
entre o amarelo luminoso e
o magenta saturado. Apesar
da tipografia psicodélica
típica, conseguimos ler as
palavras devido ao destaque
que o amarelo proporciona
ao magenta
Bee Gees – Bee Gees’1st. (1967)
• Designer: Klaus Voorman.
• As características psicodélicas
estão bem marcadas nesse
álbum dos Bee Gees:
Contrastes tonais, seja por
complementaridade ou por
diferenças de valores
luminosos e de saturação; o
uso de uma
tipografia caleidoscópica, e a
presença de elementos
surrealistas.
Os cartazes psicodélicos
eram criados para uma
platéia bem exclusiva,
com letreiros
praticamente ilegíveis,
carregando a mensagem
implícita: “Se você não
consegue ler, não é para
você.”
Peça produzida para o concerto: “O Fantasma da Ópera” – 1967
Peça produzida para o concerto:“O Fantasma da Ópera” – 1967
Peça gráfica produzida para o concerto: “Can You Pass The Acid Test?”
• A cor, neste cartaz, é tratada de forma diferente. A “confusão” não se dá através do contraste tonal, que provoca uma vibração, mas sim pela grande quantidade de cores e texturas diferentes. As letras também são preenchidas com texturas o que, propositalmente, dificulta a leitura visto que o texto e o fundo se confundem.
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A música psicadélica ou música psicodélica se
refere a uma variante do rock surgida em 1966
em São Francisco, Califórnia, tornando-se
popular mundialmente no final dos 1960.
A Música
Os Beatles inovaram com Sgt Pepper’s Lonely
Hearts Club Band e bradavam “Lucy in the Sky
with Diamonds”, uma referência ao LSD
discutida até hoje. Tudo isso foi absorvido direta
ou indiretamente pelo nosso rebelde
incompreendido.
Beatles Lucy In The Sky With Diamonds
Lucy sonhando com os diamantes do céu.
A Saucerful of SecretsBibliografia
• http://lcmovimentohippie.blogspot.com.br/20
12/04/o-poder-da-flor.html
• www.google.com.br/imagens