Post on 22-Jul-2016
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PROTOCOLO INTERNET (IP)
“... a Internet das Coisas
tem o potencial de mu-
dar o mundo, assim co-
mo a Internet fez. Talvez
até mais”...
Kevin Asholon
Nesta edição
“Internet das Coisas”
Protocolo Internet (IP)
A transição do IPv4 para o IPv6
Equipe IPv6.br
A distribuição de en-dereços IP
Mudanças no dia a dia
Lições do Y2K
Óculos inteligente para atletas de alto rendimento. (Foto: Reprodução/ FastCompany)
“Internet das Coisas” - entenda os conceitos e as mudanças do dia a dia Nos primórdios da Internet, originalmente, ela foi concebida para conectar computado-
res – dispositivos fixos instalados em prédios (sites) – os “mainframes”. Com a popu-
larização comercial da Internet a partir da década 90 e a disseminação dos dispositi-
vos móveis no início do século XXI (2001) deram origem a uma nova era em que ago-
ra o elemento mais importante deixa de ser a máquina e passa a ser o próprio usuá-
rio, ou seja, as pessoas.
A “Internet das Coisas” se refere a mais nova revolução tecnológica que tem como
objetivo conectar os itens usados no dia a dia à rede mundial de computadores. Cada
vez mais surgem eletrodomésticos, meios de transporte e até mesmo tênis, roupas e
maçanetas conectadas à Internet e a outros dispositivos, como computadores e
smartphones.
O termo “Internet das Coisas” foi dito pela primeira vez por Kevin Asholon do MIT
em 1999. Para ele, os computadores deveriam ser capazes de saber tudo sobre as
coisas com base nos dados colhidos das coisas sem nenhuma interferência humana.
“Nós seríamos informados quando as coisas precisam ser substituídas ou reparadas
por elas próprias. Precisamos capacitar os computadores com os seus próprios meios
de recolher as informações para que eles possam ver, ouvir e sentir o cheiro do mun-
do por si mesmos”. (ASHOLON, 2009).
Para você começar a entrar no clima e perceber as mudanças ao seu redor, veja ao
longo deste informativo algumas das tecnologias que estão dando o que falar.
Projeto de Extensão de Implementação do Curso de Endereçamento IP Versão 6 (IPv6) Junho de 2015
A SEXTA GERAÇÃO
A transi-ção do IPv4 para o IPv6 O IPv6 foi projetado de
tal forma que não é com-
patível com o IPv4. Eles
não podem interoperar
diretamente. Ainda as-
sim, o plano para a tran-
sição é simples: ambos
os protocolos podem con-
viver, sem problemas,
nos mesmos equipamen-
tos e softwares.
O plano em andamento é
fazer uma transição gra-
dual, mantendo o IPv4, e
adicionando o IPv6 em
todos os dispositivos da
Internet ao longo do tem-
po, de forma que, antes
dos endereços livres IPv4
esgotar-se, o IPv6 esteja
instalado em toda a Inter-
net.
O atraso na implantação
do IPv6 na Internet fez
chegar a um ponto em
que o esgotamento do
IPv4 já é uma realidade,
e o IPv6 está longe de
estar difundido em toda a
Internet. Nessa situação
os novos usuários da re-
de necessitam ainda de
IPs versão 4, para aces-
sar conteúdo e serviços
que ainda não implanta-
ram o novo protocolo.
Nessa situação, são ne-
cessárias tecnologias
para a transição que per-
mitam que, ao mesmo
tempo em que se implan-
ta o IPv6, compartilhe-se
também endereços IPv4.
Protocolo Internet (IP) - coração da rede mundial A Internet é um fenômeno muito recente, mas que alterou, e continua alterando, a
forma como nos comunicamos, trabalhamos, compramos, vendemos, divertimo-
nos, relacionamo-nos com o Estado e mesmo como nos organizamos enquanto
sociedade. Seu efeito tem sido, em geral, benéfico. Tanto que muitos argumen-
tam que o acesso a ela deveria ser considerado um direito fundamental de todo
ser humano.
Do ponto de vista tecnológico, a Internet é uma rede de alcance mundial, que
interliga computadores, tablets, celulares e uma infinidade de outros dispositivos.
Na verdade, como seu próprio nome sugere, é formada por uma interconexão de
um grande número de redes, mais ou menos independentes umas das outras.
A Internet só é possível porque todos os seus participantes concordam em seguir
um conjunto comum de padrões tecnológicos. Um deles, contudo, pode ser des-
tacado: o IP (Internet Protocol). Um protocolo é um conjunto de regras de comuni-
cação. O IP é a base tecnológica da rede, o protocolo que empresta seu nome a
ela: Internet.
Cada equipamento numa rede de comunicação (por exemplo, na internet) deve
receber um identificador exclusivo – um número IP. A versão atual do IP é o Ipv4
(32 bits) que permite o endereçamento de um pouco mais de 4 bilhões de endere-
ços distintos.
O que é o IPv6 ? Diferente do seu antecessor, o IPv6 é limitado em 128 bits de espaço para os
endereços. O IPv6 permite mais de 340 Unidecilhões de endereços, o que é
mais ou menos 75 trilhões maior do que a quantidade permitida pelo IPv4.
Utilizar IPv4 ou IPv6?
Equipe Ipv6.br
O IPv6.br engloba uma série de
iniciativas do NIC.br para dissemi-
nar o IPv6 no Brasil. Entre elas o
sítio Web no endereço http://
www.ipv6.br.
O IPv6.br também oferece cursos
presenciais gratuitos, com teoria e
prática, num laboratório
“multivendor”, para provedores
Internet e outros Sistemas Autôno-
mos. Entre 2009 e 2011 cerca de
1700 pessoas foram capacitadas
nesses treinamentos.
O material didático dos cursos,
dos quais as informações deste
panfleto fazem parte, foi desenvol-
vido pelo NIC.br e está disponível
sob uma licença Creative Com-
mons bastante permissiva, poden-
do ser usado livremente para dis-
seminar o conhecimento.
As iniciativas englobam ainda o
fornecimento de trânsito IPv6 gra-
tuitamente, em caráter experimen-
tal, a realização de palestras em
universidades, empresas e even-
tos de tecnologia, bem como a
realização de eventos.
http://ipv6.br
Responsáveis pelo controle dos IPs
A distribuição de endereços IP Como não pode haver repetição de endereços, eles são um recurso que tem de
ser gerenciado de forma centralizada na Internet. Existe, na rede, uma autoridade
com o objetivo de efetuar esse controle, chamada Internet Asigned Numbers Au-
thority, ou IANA.
Atualmente, a função da IANA é realizada pela ICANN (Internet Corporation for
Assigned Names and Numbers) e a estrutura de distribuição de IPs é hierárquica,
contando também com organizações regionais, chamadas de Regional Internet
Registries, ou RIRs, e, em alguns casos, estruturas nacionais, chamadas de
National Internet Registries, ou NIRs.
Há cinco RIRs: o ARIN, na América do Norte, o LACNIC, na América Latina e Ca-
ribe, o RIPE INCC, abrangendo a Europa e parte da Ásia, o AFRINIC, na África e
o APNIC, na região da Ásia e Oceania. Cada uma dessas organizações é respon-
sável por definir as regras de distribuição dos endereços em sua respectiva área
de atuação, e por implementá-las. Essa definição de políticas é feita por meio de
processos bottom-up*, com a participação dos próprios operadores da Internet,
que utilizam os recursos de numeração. Em alguns países há entidades nacionais
para a distribuição dos IPs. É o caso do Brasil, por exemplo, onde é o NIC.br
quem gerencia esse recurso.
Quando os provedores Internet e outros Sistemas Autônomos necessitam ampliar
suas redes, solicitam os recursos de numeração ao NIC.br. Este fornece os recur-
sos enquanto tiver em seu estoque, que é compartilhado com o estoque do LAC-
NIC. Uma vez que o estoque do LACNIC estiver com níveis muito baixos, ele
solicita à IANA que lhe forneça mais endereços para gerenciar.
Para IPv4, contudo, o estoque da IANA terminou em 03 de fevereiro de 2011. O
estoque do APNIC acabou pouco tempo depois, em 14 de abril de 2011. Para o
Brasil, que está na região do LACNIC, o estoque de IPv4 terminou em Julho de
2014 e hoje estamos utilizando endereços de reserva.
* estratégia de processamento de informações, neste caso da base para o topo
Fale Conosco
Projeto de Extensão da
Faculdade Professor Mi-
guel Ângelo da Silva San-
tos — FeMASS aprovado
pela Funemac (Fundação
Educacional de Macaé) :
Implementação de Cur-
so de Endereçamento
IP Versão 6 (IPV6) –
Técnicas para Micro,
Pequenas e Médias Em-
presas
Lahir Bockorni
Ewerton Muniz
Glaydson Silva
si.femass@macae.rj.gov.br
Coordenação Sistemas de Infor-
mação FeMASS
Fonte: IPv6.br
Lições do Y2K — Bug do Milênio Alguns chegam a comparar, com pitadas de razão, o momento atual, a situação
IPv6 em que nos encontramos hoje, com o vivido no ano 2000, com o bug de
milênio. Muitas pessoas olham para trás e verificam já que muito do caos alardea-
do não aconteceu. No entanto, aqueles que estavam trabalhando em empresas—
particularmente as maiores, com bases de códigos desenvolvidos internamente
substanciais—lembram-se da enorme quantidade de esforço feito para garantir
que nada de ruim acontecesse e os sistemas continuassem operando sem inter-
rupções. O não-evento Y2K foi fruto de muito esforço, esforço que devemos reali-
zar na transição do IPv6.
Então, quais as ações urgentes a tomar ? Discutir a questão internamente para que todos tomem conhecimento;
Incentivar o pessoal técnico a aprender o IPv6. Incentivar experimentos
internos com o IPv6;
Criar uma norma interna, estabelecendo que novos equipamentos ou
softwares comprados, ou serviços contratados, devem suportar IPv6;
Fazer o planejamento da implantação.
Projeto de Extensão auxiliando você a entender o IPv6.
Mudanças no dia a dia É fim de expediente de uma quarta-feira e você quer chegar logo a casa. Ao se aproximar do seu carro, ele destranca a
porta para você entrar, recebendo-o com uma mensagem de saudação personalizada. Imediatamente, ao entrar, ele ajusta
os retrovisores e o acento perguntando-lhe qual é o destino desejado. Você responde que quer ir para casa, o carro dá par-
tida no motor e informa no GPS o melhor trajeto
para o destino desejado.
No meio do caminho, você recebe um sinal na tela
multimídia do seu veículo, que informa que deve
passar no supermercado para comprar mais açú-
car. O aviso foi enviado pela “Anita”, a central de
gerenciamento da sua casa que se integra ao seu
armário inteligente, já sabendo o que precisa ser
comprado. Esta central está ligada ao GPS do seu
carro, que localiza um supermercado no caminho
da sua residência.
Ao chegar ao caixa do supermercado, você pega o
seu celular e realiza o pagamento do produto ad-
quirido, através de um aplicativo que substitui o
seu cartão de crédito.
Parece cena de filme de ficção, não acha? Sim, mas a tecnologia que torna isso possível já existe. Não apenas uma tecno-
logia, mas várias, interligadas pela internet em todas as coisas.