Post on 17-Apr-2015
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CIRURGIA CARDIOVASCULARCIRURGIA CARDIOVASCULAR INCOR - HC - FMUSPINCOR - HC - FMUSP
Conceito:Conceito:
• Permitir correção de defeitos cardiovasculares, eliminando ou minimizando a lesão miocárdica.
• Proporcionar condições ideais de trabalho: coração parado, sem sangue, sem isquemia miocárdica.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
Introdução:Introdução:Anatomia da circulação coronáriaAnatomia da circulação coronária
• Sistema arterial: Irrigação coronariana
Artérias epicárdicasRamos transmuraisArtérias endocárdicas Plexo capilar irrigação colateral
• Sistema de drenagem venosa: Seio coronário Thebesius Sinusóides
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HISTÓRICOHISTÓRICO
• 1950 Bigelow, Lindsay e Greenwood - hipotermia
• 1953 Lewis e Tauffic - CIA (30oC)
• 1955 Melrose - cardioplegia induzida - insucesso
(solução hipercalêmica e hiperosmolar)
• 1956 Lillehei - perfusão retrógada
• 1958 Scott Jr. - perfusão coronária seletiva
• 1959 Urschel - hipotermia tópica
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HISTÓRICOHISTÓRICO
• 1966 Cooley - parada cardíaca anóxica
• 1967 Zerbini - perfusão contínua dos óstios coronários
• Década de 70 – intervenções farmacológicas Nifedipina (Clark)
• 1976 – Solução do Hospital de Saint Thomas
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HISTORICO
• 1979 Buckberg - Cardioplegia Sanguínea • 1989 Braile - Cardioplegia sanguínea
normotérmica contínua• Década de 90 – Salerno e Lichtenstein
Cardioplegia sanguínea normotérmica intermitente
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
DestaqueDestaque
Melhor preservação do miocárdioMelhor preservação do miocárdio
Técnica CirúrgicaTécnica CirúrgicaPerfusãoPerfusãoAnestesiaAnestesia
Cirurgia CardíacaCirurgia CardíacaCondição RotineiraCondição Rotineira
Avanços
Busca de condiçõesBusca de condições
operatórias ideaisoperatórias ideais
Parada CardíacaParada CardíacaTransitóriaTransitória
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
VantagensVantagens
CirúrgicasCirúrgicas
Efeitos deletériosEfeitos deletériosda da
isquemia miocárdicaisquemia miocárdica
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
PRINCÍPIOS DOS MÉTODOS DE PROTEÇÃO PRINCÍPIOS DOS MÉTODOS DE PROTEÇÃO MIOCÁRDICAMIOCÁRDICA
• Impedir desbalanço entre oferta, demanda e
consumo
• déficit energético - lesão por isquemia
• Impedir lesão por reperfusão
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
Fluxo SanguíneoFluxo SanguíneoCoronárioCoronário
FrequênciaFrequênciaCardíacaCardíaca
ContratilidadeContratilidade
Tensão SistólicaTensão SistólicaParietalParietal
Capacidade de Capacidade de Transporte de OTransporte de O22
OfertaOfertaOfertaOferta ConsumoConsumoConsumoConsumo
Isquemia MiocárdicaIsquemia Miocárdica
DéficitDéficitEnergéticoEnergético
DéficitDéficitEnergéticoEnergético
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
METABOLISMO MIOCÁRDICO AERÓBICOMETABOLISMO MIOCÁRDICO AERÓBICO
• Substratos (Ac. Graxos livres) > piruvato >
ciclo de Krebs > cadeia fosforilativa > água e
gás carbônico (com consumo de oxigênio).
• Produção de ATP com alto rendimento.
• Por cada mol de glicose metabolizada: 38
moles de ATP.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
METABOLISMO MIOCÁRDICO ANAERÓBICOMETABOLISMO MIOCÁRDICO ANAERÓBICO
Interrupção do fluxo coronariano => fim da oferta de oxigênio e substratos => permanência do consumo de ATP.
• Substrato ( glicose) >>>glicólise >>>lactato.• Baixo rendimento. Por cada mol de glicose:
2 moles de ATP.• Acidose - déficit de energia.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
METABOLISMO DO MIOCÁRDIO ISQUÊMICOMETABOLISMO DO MIOCÁRDIO ISQUÊMICO
• Acidose - déficit energético => prejuízo da função contrátil e dificuldade na manutenção da viabilidade celular => edema celular => diminuição da glicólise anaeróbica => ausência de energia para a manutenção das funções vitais => autólise.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
METABOLISMO DO MIOCÁRDIO NA METABOLISMO DO MIOCÁRDIO NA REPERFUSÃOREPERFUSÃO
• Reperfusão => influxo de cálcio no miócito com liberação de quimiotáticos e ativação do complemento => lesão celular.
• Dependendo do momento da reperfusão:– reestabelecimento completo– “stunning”– necrose
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CORAÇÃO PARADO:
• 1 ml O2 / 100 g / min – 37 º C• 0,3 ml O2 / 100 g / min – 22 º C
CORAÇÃO BATENDO / FIBRILANDO:
• 6 ml O2 / 100 g / min – 37 º C• 2 ml O2 / 100 g / min – 22 º C
CONSUMOCONSUMO
00
2.02.0
4.04.0
6.06.0
3737oo C C 3232oo C C 2828oo C C 2222oo C C
Coração batendoCoração batendo
FibrilaçãoFibrilação
ParadoParado
ml/
100
g/m
inm
l/10
0 g
/min
CONSUMO DE OCONSUMO DE O22 - CEC - CEC
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIAHIPOTERMIA
• Reações celulares x temperatura => diminuição da velocidade enzimática.
• Hipotermia x consumo de oxigênio• Resposta heterogênea das reações celulares a
hipotermia:– Reações em que há consumo de energia podem
se alterar em velocidades diferentes daquelas em que há produção de energia.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
Técnicas de uso:
• Tópica: gelo ou solução salina no saco pericárdico.
• Sistêmica: resfriamento sistêmico através do trocador de calor do sistema de CEC.
• Infusão coronariana: solução gelada por via anterógrada (artérias coronárias) ou retrógrada (seio coronário).
HIPOTERMIA
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA
• Indução da assistolia => diminuição de 90% do consumo de O2 do miocárdio.
9 ml de O2/100g/min => 1 ml de O2/100g/min
• Indução da assistolia => economia de energia => manutenção da viabilidade do miócito por tempo prolongado.
• Estado de diástole sustentado.
CARDIOPLEGIA INDUZIDACARDIOPLEGIA INDUZIDA
• Princípios químicos para indução da assistolia: – depleção miocárdica de cálcio – depleção miocárdica de sódio– elevação do magnésio extra-celular– infusão de anestésicos locais– uso de bloqueadores do canal de cálcio– elevação do potássio extra-celular
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
Princípios Métodos
Parada imedata K+, Mg2, ProcainaHipotermia 10 - 20o CSubstrato Oxigênio, glicose, glutamato,
aspartatoAdequado pH (tampão) THAM, bicarbonato, fosfatoEstabilização membrana Ca2+, esteróides, procaina,
antagonista de Ca2+, radicais livres Evitar o edema Glicose
CARDIOPLEGIACARDIOPLEGIA
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA - Propriedades
• Proteção do miócito.
• Necessidade de perfusão miocárdica pela solução cardioplégica
em quantidade suficiente para o efeito desejado.
• Efeito prolongado.
• O princípio químico para a indução da assistolia deve agir de
maneira homogênea em todo o coração.
CARDIOPLEGIA INDUZIDACARDIOPLEGIA INDUZIDA
• Fluxo coronário em situação fisiológica:– Coração batendo - fluxo pulsátil.
• Infusão de cardioplegia: – Fluxo não pulsátil.– Perfusão heterogênea dos leitos vasculares.– Canulação do seio coronário (via retrógrada).– Infusão anterógrada e retrógrada: leitos capilares
distintos.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CristalóideCristalóideSanguíneaSanguínea
NormotérmicaNormotérmicaHipotérmicaHipotérmica
CardioplegiaCardioplegia
AnterógradaAnterógradaRetrógradaRetrógrada
ContínuaContínuaIntermitenteIntermitente
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
MÉTODOS DE PROTEÇÃO MIOCÁRDICA MÉTODOS DE PROTEÇÃO MIOCÁRDICA EM USO NA PRÁTICA CLÍNICAEM USO NA PRÁTICA CLÍNICA
•Hipotermia associada a Fibrilação Ventricular.•Hipotermia associada a Isquemia Miocárdica Global Intermitente.•Cardioplegia Cristalóide Fria.•Cardioplegia Sanguínea Fria Intermitente.•Cardioplegia Sanguínea Normotérmica Contínua.•Cardioplegia Sanguínea Normotérmica Intermitente.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULARHIPOTERMIA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
Técnica:
• Hipotermia: diminuição da temperatura sistêmica a 28 º C - troca de calor da CEC.
• Fibrilação ventricular: espontânea ou induzida por estímulo elétrico.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULARHIPOTERMIA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
Fundamentos:• Hipotermia: diminuição do metabolismo celular com
diminuição do consumo de energia.• Fibrilação ventricular: diminuição do consumo de
energia - 9 ml de O2/ 100g/min para 5 ml de O2/100g/min.
• Comprometimento do fluxo sanguíneo na região subendocárdica.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULARHIPOTERMIA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
Aplicação Clínica:
• Tecnicamente simples.
• Campo cirúrgico desfavorável (sangue).
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULARHIPOTERMIA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
1987 - AkinsHipotermia com Fibrilação Ventricular:Casuística 1000 pacientesIAM peri-operatório 1,8%Sobrevida em 5 anos 91,6%Fibrilação atrial 23,6%Mortalidade 4%
Ann thorac Surg 1987;43:628-33
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA ASSOCIADA A ISQUEMIA MIOCÁRDICA HIPOTERMIA ASSOCIADA A ISQUEMIA MIOCÁRDICA INTERMITENTEINTERMITENTE
Técnica:
• Diminuição da temperatura sistêmica (28 a 32 graus) com o trocador de calor da CEC.
• Pinçamento da aorta ascendente por períodos de 10 a 15 min.
• Reperfusão por 3 a 5 min.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA ASSOCIADA A ISQUEMIA MIOCÁRDICA HIPOTERMIA ASSOCIADA A ISQUEMIA MIOCÁRDICA INTERMITENTEINTERMITENTE
Fundamentos:
• Hipotermia - diminuição do metabolismo miocárdico com diminuição do consumo de oxigênio.
• Ciclos de isquemia e reperfusão:- possibilidade de lesão por isquemia- possibilidade de lesão por reperfusão- pré condicionamento isquêmico: curtos períodos de
isquemia > reperfusão > maior resistência à lesão por períodos prolongados de isquemia
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA ASSOCIADA A ISQUEMIA MIOCÁRDICA HIPOTERMIA ASSOCIADA A ISQUEMIA MIOCÁRDICA INTERMITENTEINTERMITENTE
Aplicação clínica:
• Campo cirúrgico favorável: sem sangue
• Simplicidade do método
• Bons resultados relatados por vários autores
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
INFLUÊNCIA DO PRÉ-CONDICIONAMENTO INFLUÊNCIA DO PRÉ-CONDICIONAMENTO
ISQUÊMICO NA PROTEÇÃO MIOCÁRDICA EM ISQUÊMICO NA PROTEÇÃO MIOCÁRDICA EM
REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO COM REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO COM
PINÇAMENTO INTERMITENTE DA AORTAPINÇAMENTO INTERMITENTE DA AORTA
Paulo Manuel Pêgo Fernandes; Fabio B. Jatene;Karina Kwasnicka; Alexandre C. Hueb; André F. Gentil; Fabrício F. Coelho; Noedir A. G. Stolf.
InCor - FMUSP
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
• Grupo controle: hipotermia sistêmica a 32 ºC com pinçamento intermitente da aorta e uso de circulação extracorpórea (n=18; idade média=60,6).
• Grupo de pré-condicionamento: acrescidos dois pinçamentos de 3 minutos da aorta com intervalo de 2 minutos de reperfusão entre eles, previamente ao pinçamento intermitente (n=17; idade média=65,2).
(Realizado entre out/98 e mai/99)
PRÉ-CONDICIONAMENTO ISQUÊMICO EM RM
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
Dosagens: CK-MB, troponina I, adenosina e lactato (amostras colhidas no seio coronário)
1 - no início da circulação extra-corpórea 2 - ao final da primeira anastomose 3 - ao final da circulação extra-corpórea
Statistical Analysis System: nível de significância de 5%.
PRÉ-CONDICIONAMENTO ISQUÊMICO EM RM
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
ResultadosResultados
-2
0
2
4
6
8
1 2 3
mg
/ml
1
2
TROPONINAGrupo
Momento
PRÉ-CONDICIONAMENTO ISQUÊMICO EM RM
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
ResultadosResultados
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1 2 3
mg
/dl
1
2
LACTATO
Grupo
Momento
PRÉ-CONDICIONAMENTO ISQUÊMICO EM RM
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
ResultadosResultados
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1 2 3
u/l
1
2
CKMB
Grupo
Momento
PRÉ-CONDICIONAMENTO ISQUÊMICO EM RM
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
ResultadosResultados
0
20
40
60
80
100
120
140
1 2 3
pm
ol/
ml
1
2
ADENOSINAGrupo
Momento
PRÉ-CONDICIONAMENTO ISQUÊMICO EM RM
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
ResultadosResultados
CK-MB e Troponina I: leve tendência à aumentar ao final da CEC no grupo controle
Adenosina e lactato: não apresentaram diferença.
Controle
(1)
Precond.
(1)
Controle
(2)
Precond.
(2)
Controle
(3)
Precond.
(3)CKMB 8.63.7 6.82.7 18.614.5 145.5 26.76.1 23.98.1 p: 0.118
Troponina I 0.30.3 0.50.8 0.91.1 0.50.4 2.63 1.31 p: 0.113
Adenosina 3326 2618 7745 7045 5034 4337 p: 0.646
Lactato 4311 3612 6017 5713 5328 5222 p: 0.492
PRÉ-CONDICIONAMENTO ISQUÊMICO EM RM
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
O pré-condicionamento isquêmico não promoveu melhora significante na proteção miocárdica.
PRÉ-CONDICIONAMENTO ISQUÊMICO EM RM
CONCLUSÃO
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIACARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIA
Técnica:
• Infusão de solução cristalóide filtrada, com componente que induz a assistolia com temperatura de 4 º C com pressão de 80 a 100 mmHg anterógrada e 25 a 50 mmhg retrógrada, após o pinçamento da aorta ascendente.
• Hipotermia tópica (pode ser associada).
• Repetição da dose a cada 20 a 25 min.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIACARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIA
Fundamentos:
– Hipotermia e assistolia => diminuição de 97% do
consumo de O2 do miocárdico.
– Indução da assistolia: solução hipercalêmica =>
despolarização do sarcolema => impede a fase
zero do potencial de ação => não se inicia o
estímulo.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIACARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIA
Fundamentos:
Substâncias usadas em associação ao agente indutor da assistolia:
– agente tampão: bicarbonato– anestésicos locais (procaína e xilocaína)– magnésio– bloqueadores do canal de cálcio– betabloqueadores
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIACARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIA
Aplicação Clínica:– Simplicidade no preparo e uso.– Resultados clínicos satisfatórios.– Campo cirúrgico ideal: imóvel e sem sangue.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIACARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIA
Solução Saint Thomas:
• Ringer Lactato• Cloreto de magnésio 1,6g• Cloreto de procaína 136mg• Cloreto de potássio 596mg• Temperatura a 4 º C
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA FRIA CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA FRIA INTERMITENTEINTERMITENTE
Técnica:
• Modo de infusão e constituintes semelhantes à cristalóide => veículo é o sangue
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGÜÍNEA FRIA CARDIOPLEGIA SANGÜÍNEA FRIA INTERMITENTEINTERMITENTE
Fundamentos:
• Indução da assistolia e constituintes semelhantes à cristalóide.
• Uso do sangue como veículo:• pressão oncótica• poder tampão• inativação de radicais livres• diminuição da hemodiluição• fornecimento de oxigênio
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGÜÍNEA FRIA CARDIOPLEGIA SANGÜÍNEA FRIA INTERMITENTEINTERMITENTE
Aplicação clínica:
• Ampla fundamentação fisiopatológica.
• Campo cirúrgico ideal.
• Método mais usado atualmente nos EUA (72,2%).
CARDIOPLEGIA SANGÜÍNEA FRIA CARDIOPLEGIA SANGÜÍNEA FRIA INTERMITENTEINTERMITENTE
Follette e Buckberg, em 1978, demonstraram que para 2h de isquemia com intervalos de 20 minutos e temperatura miocárdica de 20oC, a função sistólica é melhor após o uso da cardioplegia com sangue, quando comparada com a proteção cristalóide.
Cardiovasc Surg. 1978;58:1-200
CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA CONTÍNUACONTÍNUA
Técnica:
• Infusão de sangue oxigenado normotérmico,
acrescido de substância que induz a assistolia.
• Indução por via anterógrada e manutenção
contínua por via retrógrada ( com ou sem
doses adicionais por via anterógrada).
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA CONTÍNUACARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA CONTÍNUA
Fundamentos: Assistolia
• Normotermia: • hipotermia => diminuição de 7% do consumo do
miocárdio em assistolia• funcionamento enzimático perfeito• concentração ideal de hemoglobina => oxigenação
ideal (não há necessidade de hemodiluição)• perfusão heterogênea dos leitos capilares
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA CONTÍNUACARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA CONTÍNUA
Aplicação Clínica:
• Campo operatório não ideal (sangue).
• Tecnicamente mais complexa.
• Resultados clínicos e experimentais satisfatórios.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
00
11
22
33
44
DiasDias
CardioplegiaCardioplegiasang. friasang. fria
Cardioplegia sang.Cardioplegia sang.normotérmicanormotérmica
BIABIA
Drogas InotrópicasDrogas Inotrópicas
**
**
* p < 0.05* p < 0.05
SUPORTE HEMODINÂMICO - PÓS-OPSUPORTE HEMODINÂMICO - PÓS-OP
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
Cardioplegia Sanguínea Contínua
Fria Quente
Pacientes 133 121
IAM 6,8% 1,7%*
Baixo débito 13,5% 3,3%*
BIA 9,0% 0,9%
Lichtenstein J Thorac Cardiovasc Surg 1991;101:269-74
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA INTERMITENTEINTERMITENTE
Técnica:
• Infusão de solução semelhante à da cardioplegia sangínea quente contínua, de maneira intermitente.
• Repetida a cada 10 a 15 min (máximo).
• Em geral, anterógrada.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA INTERMITENTECARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA INTERMITENTE
Fundamentos:
• Assistolia
• Normotermia
• Intervalo seguro entre as doses ?
• Normotermia X CEC segura
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA INTERMITENTEINTERMITENTE
Aplicação clínica:
• Campo operatório ideal.
• Apesar de recente, existem estudos clínicos com bons resultados.
• Uso relativamente simples.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
• Calafiore: Cardioplegia sanguínea normotérmica intermitente vs. fria: a normotérmica tem menos morbimortalidade e tem menor liberação de CKMB.
• Ali: A cardioplegia normotérmica é melhor até 90 minutos de pinçamento aórtico.
• Fremes e Iverson: A cardioplegia sanguínea fria intermitente vs. cristalóide: a sanguínea tem melhor função sistólica e menor liberação de CKMB.
• Khuri: Incidência de IAM e elevação de CKMB iguais nos dois grupos.• Codd: A cardioplegia sanguínea tem menor elevação de CKMB.
Finalmente:
PROTEÇÃO MIOCÁRDICAPROTEÇÃO MIOCÁRDICA
PEARL HARBOR December 7th, 1941