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COLÉGIO ESTADUAL “CYRIACO RUSSO” – ENSINO MÉDIO E NORMAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
BANDEIRANTES – PARANÁ 2011
O CAMINHO DO BEZERRO
Sam Walter Foss Adaptado por Hamilton Bueno
Um dia, através da floresta virgem, um bezerro voltou para o seu curral distante, a exemplo dos bons bezerros. No seu trajeto, fez uma picada tortuosa, tal como todos os bezerros. Passaram-se trezentos anos e esse bezerro já não mais existe. Porém, deixou atrás de si o seu rastro. Sobre o seu rastro, um carneiroguia passou seguido por todo o rebanho. E, desde esse dia, sobre montes e planícies, foi se abrindo um caminho através da velha floresta. Muitos homens seguiram pelo mesmo caminho, indignados pelo fato de ser tão sinuoso. O caminho tornou-se uma alameda, que se encurva, dobra e redobra. A tortuosa alameda transformou-se numa estrada, onde pobres cavalos, arqueados sob pesadas cargas, troteavam penando ao sol ardente e andavam três milhas para avançar uma. E, assim, durante três séculos, todos seguiram as pegadas do bezerro. Os anos passaram rapidamente e a estrada converteu-se numa viela de aldeia. E, sem que os homens percebessem, da viela foi feita uma movimentada via pública de cidade. E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, os seres humanos se submeteram às pegadas do bezerro. Por esta corcoveada trajetória desenvolveu-se o tráfego de um continente. Centenas de milhares de homens se orientam por um bezerro morto há três séculos. E ainda seguem seu tortuoso trajeto, e em cada dia perdem uma centena de anos, tal a reverência que tributam a um precedente estabelecido. Uma profunda reflexão esta fábula poderia ensinar, pois os homens se inclinam a seguir cegamente as pegadas do bezerro imaginado, trabalhando de sol a sol no afã de imitar o que os outros fizeram. Só pisam pistas já batidas, oscilando para dentro e para fora, para diante e para trás. Fazem do caminho do bezerro uma rota sagrada, pela qual se movimentam durante toda a vida. E como riem os antigos deuses da floresta, que testemunharam o andar incerto do bezerro primitivo! Ah! Quantas coisas esta história poderia ensinar.
Acrescente-se à educação uma nova função, à da topografia, pois ela carece traçar novos caminhos que conduzam, concomitantemente, aos vales e às montanhas, às planícies e aos planaltos, ao passado e ao futuro, ao intelecto e ao espírito dos seres que conduzirão a História sendo, ao mesmo tempo, por ela conduzidos.
L.ucinéia de S.G. Moreira
LISTA DE QUADROS Quadro 1 Identificação dos cursos ofertados 13 Quadro 2 Autorização para funcionamento re reconhecimento dos cursos 14 Quadro 3 Corpo Administrativo – Pedagógico 15 Quadro 4 Corpo Docente Efetivo 16 Quadro 5 Composição do Conselho Escolar 17 Quadro 6 Diretoria da APMF 18 Quadro 7 Diretoria do Grêmio Estudantil 18 Quadro 8 Dependências físicas 32 Quadro 9 Faixa etária dos professores 34 Quadro 10 Número de escolas em que os professores trabalham 34 Quadro 11 Tempo de serviço no Estado (Professores) 35 Quadro 12 Tempo de serviço no Estabelecimento (Professores) 35 Quadro 13 Vínculo empregatício (Professores) 36 Quadro 14 Nível de escolaridade dos Professores 36 Quadro 15 Faixa etária dos Agentes Educacionais 37 Quadro 16 Tempo de serviço no Estado Agentes Educacionais II 37 Quadro 17 Tempo de serviço no Estabelecimento Agentes Educacionais I 37 Quadro 18 Vínculo Empregatício dos Agentes Educacionais II 37 Quadro 19 Graduação da Direção, Agentes 38 Quadro 20 Especializações da Direção, Agentes Educacionais e Equipe Pedagógica 38 Quadro 21 Inserção no universo de trabalho 53 Quadro 22 Vínculo empregatício de alunos 53 Quadro 23 Ocupações/profissões mais comuns entre os alunos 54 Quadro 24 Ocupações profissionais mais comuns dos pais de alunos 54 Quadro 25 Ocupações profissionais 54 Quadro 26 Demonstrativo da organização familiar: “com quem os alunos solteiros vivem” 55 Quadro 27 Percentual de pais separados 55 Quadro 28 Percentual de alunos que convivem com padrasto e/ou madrasta 55 Quadro 29 Percentual de alunos que possuem plano de saúde 56 Quadro 30 Atividades dos alunos não trabalhadores no contraturno 56 Quadro 31 Percentual de alunos inseridos em programas do governo 57 Quadro 32 Tendências Pedagógicas 58 Quadro 33 Princípios da Dialética 73 Quadro 34 Projetos do PIBIC, orientadores e orientandos 106 Quadro 35 Professores PDE/2011 e respectivos projetos 107 Quadro 36 Plano de Ações 126 Quadro 37 Sistematização de ações com os desafios educacionais 134
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Dados de Evasão Escolar no Ensino Médio Matutino. Série histórica 2004 a 2009. Exposição sintética............................... 39 Tabela 2 Dados de Evasão Escolar no Ensino Médio Noturno. Série histórica 2004 a 2009. Exposição Sintética................................ 43 Tabela 3 Dados de Evasão Escolar no Curso Formação de Docentes - Vespertino Série histórica 2005 a 2009. Exposição Sintética....................................................................................... 47 Tabela 4 Dados de Evasão Escolar no Curso Formação de Docentes Noturno. Série histórica 2005 a 2009. ExposiçãoSintética...................................................................................... 48 LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Percentual de alunos que cursam a série pela primeira, segunda e terceira vez.......................................................... 39 Figura 2 Demonstrativo da proveniência dos alunos do turno matutino.................................................................................40 Figura 3 Demonstrativo da proveniência dos aluno do turno matutino.........................................................................40 Figura 4 Demonstrativo da renda familiar dos alunos do turno matutino.................................................................................41 Figura 5 Demonstrativo das condições de moradia dos alunos do turno matutino....................................................................... 41 Figura 6 Profissão religiosa dos alunos do turno matutino................. 42 Figura 7 Demonstrativo da escolaridade das mães de alunos do turno matutino....................................................................... 42 Figura 8 Demonstrativo da escolaridade dos pais de alunos do turno matutino....................................................................... 43 Figura 9 Percentual de alunos que cursam a série pela primeira, segunda e terceira vez – Ensino Médio Noturno.................. 44 Figura 10 Demonstrativo da proveniência dos alunos do turno noturno................................................................................... 44 Figura 11 Demonstrativo do meio de locomoção dos alunos do turno noturno ................................................................................. 45 Figura 12 Demonstrativo do meio de locomoção dos alunos do turno noturno.................................................................................. 45 Figura 13 Demonstrativo da profissão religiosa dos alunos do turno noturno................................................................................. 46 Figura 14 Demonstrativo da renda familiar dos alunos 46 Figura 15 Demonstrativo da escolaridade pais dos alunos do turno noturno.................................................................................. 47 Figura 16 Demonstrativo da escolaridade mães dos alunos do turno noturno.................................................................................. 47 Figura 17 Demonstrativo dos alunos que cursam a série pela primeira, segunda e terceira vez......................................... 49 Figura 18 Demonstrativo da procedência dos alunos do Curso Formação de Docentes......................................................... 49 Figura 19 Demonstrativo da procedência dos alunos do Curso Formação de Docentes......................................................... 50 Figura 20 Demonstrativo das condições de moradia dos alunos do
Curso Formação de Docentes ............................................ 50 Figura 21 Demonstrativo da profissão religiosa dos alunos do Curso Formação de Docentes......................................................... 51 Figura 22 Demonstrativo da renda familiar dos alunos do Curso Formação de Docentes......................................................... 51 Figura 23 Demonstrativo da escolaridade de pais dos alunos do Curso Formação de Docentes............................................... 52 Figura 24 Demonstrativo da escolaridade de mães dos alunos do Curso Formação de Docentes...............................................52
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO................................................................................. 12 MARCO SITUACIONAL........................................................................ 13 1 DA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADEESCOLAR................................ 13 1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO............................................................... 13 1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS CURSOS OFERTADOS................................... 13 1.3 RESOLUÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E RECONHECIMENTO DOS CURSOS.................................................. 14 1.4 NÚMERO DE TURMAS - ANO LETIVO2011...................................14 1.5 CORPO ADMINISTRATIVO-PEDAGÓGICO........................................ 15 1.6 CORPO DOCENTE EFETIVO......................................................................... 16 1.7 ÓRGÃO COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR.............................................................................................. 17 1.7.1 Conselho Escolar..............................................................................17 1.7.2 APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) .......................... 18 1.7.3 Grêmio Estudantil.................................................................................. 18 1.7.4 Conselho de Classe.............................................................................. 19 2 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO................................................ 19 2.1 ATOS AUTORIZATÓRIOS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO.......................... 20 2.2 ETAPAS DA ORGANIZAÇÂO E REORGANIZAÇÃO DOS CURSOS...20 2.3 BIOGRAFIA DO PATRONO CYRÍACO RUSSO...................................30 3 CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO................................. 31 3.1 DEPENDÊNCIAS FÍSICAS.................................................................. 31 3.2 EQUIPAMENTOS DE USO PEDAGÓGICO................................................... 33 3.3 RECURSOS HUMANOS................................................................................ 33 3.3.1 Quadro de Professores – 2011............................................................ 33 3.3.2 Quadro de Funcionários 2011 – Agente Educacional I........................ 33 3.3.3 Quadro de Funcionários 2011 – Agente Educacional II......................... 35 3.3.4 Agente de Execução.............................................................................. 38 3.3.5 Perfil dos alunos do Período Matutino – Ensino Médio/10.................... 38 3.3.6 Perfil dos alunos do Período Noturno – Ensino Médio/10..................... 43 3.3.7 Perfil dos alunos do Curso Formação de Docentes/10 dos turnos vespertino e noturno.............................................................................. 47 3.3.8 Perfil Geral dos alunos do Colégio Estadual Cyríaco Russo/10 ........... 52 MARCO CONCEITUAL......................................................................... 58 1 A PEDAGOGIA PROGRESSISTA: BREVES CONSIDERAÇÕES...... 61 1.1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL................................................................... 63 1.2 PROBLEMATIZAÇÃO...........................................................................63 1.3 INSTRUMENTALIZAÇÃO .................................................................... 64 1.4 CARTASE.............................................................................................. 64 1.5 PRÁTICA SOCIAL FINAL...................................................................... 64 2 UMA RETOMADA NECESSÁRIA: O CONSTRUTO DE VYGOTSKY. 65 2.1 ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL..................................... 66 2.2 MATERIALISMO HISTÓRICO E LÓGICA DIALÉTICA..........................
68 3 A INTERDISCIPLINARIDADE, A CONTEXTUALIZAÇÃO E A PROBLEMATIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO MATERIALISMO HISTÓRICO........................................................................................... 69 3.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO............................................................ 71 3.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM .............................................................. 72 3.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO................................................................... 72 3.4 CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA E SOCIEDADE...................................... 73 3.5 CONCEPÇÃO DE GESTÃO.................................................................. 74 3.6 CONCEPÇÃO DE TRABALHO.............................................................. 75 3.7 CONCEPÇÃO DE ESCOLA.................................................................. 76 3.8 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA............................................................. 77 3.9 CONCEPÇÃO DE CULTURA E CURRÍCULO....................................... 78 3.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E CONTEÚDOS DE ENSINO... 80 3.11 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO........................................................ 81 3.12 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA......................................................... 81 3.13 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM..................................... 82 3.14 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS..... 83 3.15 CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA.................................................... 84 MARCO OPERACIONAL...................................................................... 86 1. PERFIL DOS CURSOS OFERTADOS................................................ 90 1.1 ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS.... 90 1.1.1 Proposta Curricular Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas.............................................................................................. 90 1.1.2. Matriz curricular do Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas............................................................................................. 91 1.2 FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.................................. 92 1.2.1 Dados gerais do curso.......................................................................... 92 1.2.2 Matriz curricular do curso Formação de Docentes ............................... 93 1.2.3 Matriz curricular do curso Formação de Docentes – Aproveitamento... 95 2. SISTEMA DE AVALIAÇÃO ................................................................. 95 2.1 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS........................................................ 95 2.2 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL...................................................................... 97 2.3 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS................................ 100 2.4 CRITERIOS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS.................................. 100
3. ADAPTAÇÃO........................................................................................ 103 4. APROVEITAMENTO DE ESTUDOS.................................................... 130 5. CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO.......................................... 104 6. REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL.............................................. 105 7. PROGRAMAS E PROJETOS............................................................... 105 8. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR............................................................................................. 108 8.2 VALIAÇÃO INSTITUCIONAL................................................................ 109 9 DA ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO DO TRABALHO ESCOLAR... 109 9.1 MATRÍCULA.......................................................................................... . 109 9.1.1 Matrícula com dependência.................................................................. 110 9.1.2 Cancelamento de Matrícula.................................................................. 110 9.2 TRANSFERÊNCIA................................................................................. 110 9.3 FREQUÊNCIA....................................................................................... 111 10 PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESCOLAR................................... 111 10.1 DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS............................................................. 112 11 NORMAS DE CONVIVÊNCIA............................................................... 112 12 SISTEMATIZAÇÃO DAS FUNÇÕES ESPECÍFICAS DA DIREÇÃO, EQUIPE PEDAGÓGIA E SECRETARIA APONTADAS PELO COLETIVO APÓS DISCUSSÃO EM SEMANA PEDAGÓGICA........... 119 12.1 DIREÇÃO ............................................................................................ 120 12.2 EQUIPE PEDAGÓGICA........................................................................ 121 12.3 SECRETARIA ESCOLAR...................................................................... 122 13 HORA ATIVIDADE............................................................................... 123 14 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.............................................................. 123 15 CARREIRA DO MAGISTÉRIO ............................................................. 123 16 POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA........................................ 124 17 CONSELHOS DE CLASSE................................................................... 124 18 CONSELHO ESCOLAR........................................................................ 125 19 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES E FUNCIONÁRIOS................. 126 20 PLANO DE AÇÕES.............................................................................. 126 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................. 136 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................... 139 ANEXOS................................................................................................ 142
APRESENTAÇÃO
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal é um órgão da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED criado nos termos da lei, com
sede administrativa e pedagógica no município de Bandeirantes, Estado do Paraná,
à Rua Benjamin Caetano Zambon, nº530. Pertence ao Núcleo Regional de
Educação de Cornélio Procópio e tem o privilégio de ser a maior instituição de
ensino médio do NRE e da região.
Rege-se pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, por
seu Regimento Interno e por este documento que contempla as concepções
pedagógicas, normas administrativas emanadas da Secretaria de Estado da
Educação – SEED, Conselho Estadual de Educação - CEE do Paraná, bem como
Proposta Pedagógica Curricular, subsidiada pelas Diretrizes Curriculares do Estado
do Paraná, DCEs – PR, e Plano de Ação com as propostas para o ano vigente.
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” atua com dois tipos de formação
humana: o ensino médio regular e o ensino médio profissionalizante com a
Formação Docente para a Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental;
para o curso profissionalizante conta com extensão na cidade de Santa Amélia -
Paraná.
Embora localizada em área urbana central a grande maioria dos alunos
provém dos bairros e vilas, zona rural e cidades vizinhas, a exemplo de, Itambaracá,
Santa Amélia, Abatiá e Andirá.
O quadro de docentes compõe-se de acadêmicos, profissionais recém
formados contratados pelo PSS, bem como profissionais efetivos QPM; boa parte
contempla formação pedagógica diferenciada: Especialização Lato Sensu, Programa
de Desenvolvimento Educacional – P.D.E e mestrado.
MARCO SITUACIONAL
1. DA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Colégio Estadual “Cyríaco Russo”– Ensino Médio e Normal.
Endereço: Benjamin Caetano Zambon, 530
Bairro: Centro
CEP: 86360-000
Telefone/Fax: (43) 3542-4136
site:http://www.bntcyriacorusso.seed.pr.gov.br e-mail: cyriacorusso@gmail.com
Município: Bandeirantes – PR
NRE: Cornélio Procópio
Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação do Paraná
Regimento Escolar – Ato Administrativo nº024/2008 - Parecer nº018/08-
SEF/EP/NRE.
1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS CURSOS OFERTADOS
Denominação do curso Carga horária total do curso
Regime de funcionamento
Ensino Médio 2400 horas/aula Presencial
Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental - Médio Integrado
4800 horas/aula Presencial
Quadro 1: Identificação dos cursos ofertados
1.3 RESOLUÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E RECONHECIMENTO DOS CURSOS
Cursos
Resolução de autorização de funcionamento
Resolução de Reconhecimento
Ensino Médio Resolução nº3514/88 DOE 21/11/83
Resolução nº160/07 DOE 26/02/07
Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental
Resolução nº 368/06 DOE 24/02/06
Resolução nº 1318/08 DOE 18/06/08
Quadro 2: Autorização para funcionamento re reconhecimento dos cursos
1.4 NÚMERO DE TURMAS - ANO LETIVO 2011
Período: Matutino – Ensino Médio
1ª série 6 turmas
2ª série 4 turmas
3ª série 4 turmas
Total: 14 turmas
Período: Vespertino – Formação de Docentes
1ª série 1 turma
2ª série 1 turma
3ª série 1 turma
4ª série 1 turma
Total: 4 turmas
Período: Noturno – Ensino Médio 1ª séries 3 turmas
2ª série 2 turmas
3ª série 3 turmas
Total: 8 turmas
Período: Noturno – Formação de Docentes 1ª série 1 turma
2ª série 1 turma
3ª série 1 turma
4ª série 1 turma
Total: 4 turmas
Período: Noturno - Colégio Estadual Vinícius de Morais – Ensino Médio e
Normal - Santa Amélia - PR
2ª série 1 turma
3ª série 1 turma
Pós-médio 1 turma
Total: 3 turmas
Total geral: 33 turmas 30 em Bandeirantes
03 em Santa Amélia
1.5 CORPO ADMINISTRATIVO – PEDAGÓGICO
FUNÇÃO NOME VÍNCULO
Diretora
Diretora Auxiliar
Professoras Pedagogas - QPM
Coordenação de Curso/Estágio
Assessoria Pedagógica
(Biblioteca)
Secretária
Equipe Técnico-Administrativa
Agente de Execução
Agentes de Apoio - Serviços
Gerais
Nelci Maria Martins de Queiróz Resolução nº5909/08 - DOE 24/12/08
Osvaldir Chanque
Lucinéia de Souza Gomes Moreira Marilda Martins Torres Rosmali Maria Basoli Maria Cristina Castanho de Santana Nilcéa Maciel Rando
Waelson de Oliveira
Sônia Raquel da Silveira
Célia Regina Monte Sião Eliana Luzia Costa Ferreira Eva Campos da Silva Juliana Aparecida Pena Marina Aiko Fujii Teresinha de Jesus Bragante Santos Waelson de Oliveira
Maria Tereza Coelho Adriana Honorato de Medeiros Ana Maria Cabral Fernandes da Silva Angélica Ferreira da Silva Aparecida de Lourdes Marinho Aparecida de Medeiros Corsini Aparecida dos Santos Edilaine Cristina Rozário
QPM QPM QPM QPM QPM QPM READ QFEB QFEB QPPE QPPE QFEB READ QPPE READ QFEB QFEB QFEB READ QFEB QPPE QFEB READ
Eliana Amaro de Oliveira Ivone Souza Salle Arruda Maria Rosa de Oliveira Maura Tofaneli Barbosa Mauro Venturino Neide de Lima Parisoto Terezinha Manzalli
READ READ READ QPPE READ QFEB QFEB
Quadro 3. Corpo Administrativo – Pedagógico
1.6 CORPO DOCENTE EFETIVO
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal mantém em
seu quadro de professores efetivos os profissionais abaixo relacionados.
Nº Ordem Nome do Professor Vínculo Nível máximo de Escolaridade
01 Alice Maria Martins Rockenbach QPM PDE/10-Especialização
02 Ana Maria da Rocha QPM PDE/10-Especialização
03 Andrea Castanho de Lima Silva QPM Especialização
04 Beatriz Francisco Abdalla QPM Especialização
05 Dagmar Kop Maluf da Silva QPM Especialização
06 Denise Fátima Garcia Carvalho QPM Especialização
07 Dionísio Clovis Sezotzki QPM Especialização
08 Emilia Quesada Esposito QPM Especialização
09 Ester Amaro Costa de Souza QPM Especialização
10 Fulton Carlos Teixeira Ribeiro QPM PDE/10-Especialização
11 Heitor Batista dos Santos QPM Especialização
12 Iolanda Aparecida Rodrigues QPM Especialização
13 Lucinéia de Souza Gomes Moreira QPM Mestrado
14 Mara Cristina Campos Tomé QPM PDE/10-Especialização
15 Mara Delvaz Garcia Gandolfo QPM Especialização
16 Maria Cícera da Silva Benedito QPM PDE/10-Especialização
17 Maria Cristina C. de Santana QPM Especialização
18 Maria Regina Luciano R. Pinto QPM PDE/10-Especialização
19 Marlene Aparecida de S. Altizani QPM PDE/09
20 Mauro Ferreira da Silva QPM Especialização
21 Neila Martelli Toledo de Campos QPM Especialização
22 Nilcea Maciel Rando QPM Especialização
23 Nilda Moraes QPM PDE/10-Especialização
24 Priscilla Pascoal QPM Especialização
25 Regiane Cássia Piccioni Xavier QPM Especialização
26 Regiane Elizabeth Perez QPM PDE/10-Especialização
27 Rosangela Aparecida Palomares QPM Especialização
28 Roseli Bueno da Silva QPM PDE/08 -Especialização
29 Rosiane Giraldeli Fabian QPM PDE/07-Mestranda
30 Roziani Aparecida da S. Sarmanho QPM Especialização
31 Sueli Gonçalves
QPM PDE/09
32 Teresinha Richter Abujamra QPM PDE/10-Especialização
33 Vera Lúcia da Silva Pinto Lima QPM PDE/09-Especialização
34 Verônica Euclides B. Sbalqueiro QPM Especialização
Quadro 4. Corpo Docente Efetivo
1.7 ÓRGÃO COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
1.7.1 Conselho Escolar Como órgão deliberativo, normativo e consultivo de assuntos político-
pedagógicos, legalmente instituídos por estatutos e regulamentos próprios, tem o
diretor da instituição como presidente nato. O quadro abaixo mostra a composição
do Conselho Escolar:
Função Representante
Presidente Nelci Maria Martins de Queiróz
Representante da Equipe Pedagógica 1 Rosmali Maria Basoli
Representante da Equipe Pedagógica 2 Marilda Martins Torres
Suplente Teresinha de Jesus Bragante Santos
Representante da Equipe Administrativa Célia Regina Monte Sião
Suplente Juliana Aparecida Pena
Representante da Equipe de Apoio Aparecida Medeiros Corsini
Suplente Edevane Domingues de Oliveira
Representante do Corpo Discente – Ens. Médio Vanessa Caroline Cappi
Suplente Paula Sayuri Taguti
Representante do Corpo Discente – Form. de Docentes
Yasmin Correa Bezerra
Suplente Grazielle Bernardes da Silva
Representante do Corpo Docente - Ens. Médio Roseli Bueno
Suplente Alice Maria Rockenbach
Representante do Corpo Docente - Form. de Docentes
Vera Lúcia Candioto do Prado
Suplente Ana Maria da Rocha
Representante do Grêmio estudantil Guilherme Ferreira
Suplente Pedro Felizardo Neto
Representante da Sociedade civil Carlos Roberto Moreira
Suplente Marcos Antônio da Silva
Representante de Pais Ens. Médio Maria Cícera da Silva Benedito
Suplente Eliana Luzia Costa Ferreira
Representante de Pais Form. de Docentes Marta Coelho Campos
Suplente Angélica dos Santos Donega
Quadro 5. Composição do Conselho Escolar
1.7.2 APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de representação
dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político
partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus
dirigentes e conselheiros. A Associação é regida por estatuto próprio, aprovado e
homologado em assembleia geral, convocada especialmente para este fim.
Função Representante
Presidente Marina Keiko H. Taguti
Vice Presidente João Batista Oliveira Neto
Secretária Sônia Raquel da Silveira Lima
1ºTesoureiro Gilvan Aparecido Ramalho
2º Tesoureiro Simone de Brite Batista
Primeiro Diretor Sócio-Cultural-Esportivo Nilcea Maciel Rando
Segunda Diretor Sócio-Cultural-Esportiva Maria Cristina Castanho
Quadro 6. Diretoria da APMF
1.7.3 Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil, de importância fundamental na formação de lideranças,
é um órgão máximo de representação dos estudantes com o objetivo de defender
os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária,
artística e desportiva. Fazem parte do grêmio todos os alunos matriculados. Regido
por estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembléia Geral, convocada
especialmente para este fim, faz eleição de sua diretoria para o mandato de um ano
civil (agosto a agosto). O quadro abaixo mostra a diretoria do grêmio vigente:
Função Representante
Presidente Guilherme Ferreira
Vice Presidente Pedro Felizardo Neto
Secretário-Geral Allysson Aparecido da Silva
1º Secretário Jean Carlo Nascimento Vieira
Tesoureira-Geral Késia Pedro dos Santos
1º Tesoureiro Matheus Henrique Fernandes Langame
Diretora Social Jean Carlo Anzulin
Diretora de Imprensa Renan Fernandes Gomes
Diretor de Esportes Allysson Luiz Dias
Diretora de Cultura Fernanda Cristina Vieira
Diretora de Saúde e Meio Ambiente Vinícius Henrique Fontolan
Quadro 7. Diretoria do Grêmio Estudantil
1.7.4 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão de natureza deliberativa das questões
referentes ao processo didático-pedagógicos. Numa perspectiva democrática de
gestão pública o conselho de classe deve traduzir os interesses dos atores do
processo educativo, por isso nesta instituição de ensino fazem parte do conselho
de classe o diretor, os professores de cada turma, o professor tutor, líderes e
vice-líderes e alguns representantes de alunos. A reunião de Conselho de Classe
tem a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas
que busquem garantir o efetivo sucesso do processo ensino e aprendizagem. A
finalidade da reunião do Conselho de Classe é a de intervir em tempo hábil neste
processo oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos
conteúdos curriculares estabelecidos. Cabe ainda, aos participantes do Conselho de
Classe, verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos,
avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógica educativa, estão sendo
cumpridos de maneira coerente.
2. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO
2.1 ATOS AUTORIZATÓRIOS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
a) Autorização de Funcionamento: Decreto n.º 5324/78 (07/08/78); b) Reconhecimento do curso Educação Geral: Resolução n.º 3514/88
(21/11/88);
c) Renovação de autorização de funcionamento do Ensino Médio: Resolução
n.º 4642/02 - DOE 20/01/2003.
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo”- Ensino de 2º Grau, de Bandeirantes, é
resultado da reorganização de estabelecimentos de ensino preconizado pela Lei nº
5692/71. Participaram do processo de reorganização:
Colégio Estadual “Professor Mailon Medeiros”;
Colégio Comercial “Cyríaco Russo”;
Escola Normal Colegial “Professora Maria Juvelina dos Santos”.
2.2 ETAPAS DA ORGANIZAÇÂO E REORGANIZAÇÃO DOS CURSOS
2.2.1 COLÉGIO ESTADUAL “MAILON MEDEIROS”
Ano de 1949: O Ginásio Municipal de Bandeirantes é criado pela Lei
Municipal nº 30 de 11/05/49 e inicia suas atividades na Serraria do Sr. Domingos
Regamulto. A Portaria nº 449, de 19/12/49 - MEC/RJ - concede autorização para
funcionamento condicional.
O curso é resultado do empenho do Professor Mailon Medeiros, nomeado 1º
diretor, pelo Decreto Municipal nº 45, de 10/11/49. O decreto nº46, de 10/11/49
nomeia secretário o Sr. João de Campos.
Ano de 1950: O Ginásio Municipal de Bandeirantes, através da Portaria nº
617, de 21/08/50, MEC/RJ, passa a denominar-se Ginásio Estadual de
Bandeirantes. Funcionou até 1952, no prédio do Grupo Escolar da Usina
Bandeirantes.
Ano de 1952: É inaugurado o prédio próprio do Ginásio Estadual de
Bandeirantes, na Rua Minas Gerais, s/nº, (hoje, Rua Prefeito Moacyr Castanho),
onde funciona a Escola Estadual “Nóbrega da Cunha”- Ensino de 1º grau, Regular e
Supletivo.
Ano de 1955: A Portaria nº235 de 31/03/55 - MEC concede autorização para
o Ginásio Estadual de Bandeirantes funcionar com o 2º Ciclo, condicionalmente pelo
prazo de dois anos. A denominação do estabelecimento de ensino secundário passa
a ser Colégio Estadual de Bandeirantes.
Ano de 1965: Com a Lei nº25 de 12/05/65 o Colégio Estadual de
Bandeirantes passou a denominar-se Colégio “Professor Mailon Medeiros”, em
homenagem ao seu fundador.
Ano de 1975: Parecer nº 13/75 de 07/02/75 aprova, em caráter definitivo, o
Plano de Implantação do Ensino de 2º Grau, do Colégio Estadual Professor “Mailon
Medeiros”, de Bandeirantes com as seguintes habilitações: Magistério, Redator
Auxiliar, Secretariado, Assistente de Administração, Contabilidade e Secretario
Escolar; todas com a duração de 3 anos.
O Parecer nº 78/75 de 27/10/75 aprecia, preliminarmente, o Plano de
Implantação da Lei 5692/71 - Ensino de 1º Grau apresentado pelas unidades
escolares Colégio Estadual Professor Mailon Medeiros, Grupo Escolar Juvenal
Mesquita, Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar Santa Terezinha e Casa
Escolar Dario Veloso.
Ano de 1976: Parecer nº 236/76, de 09/12/76 aprova a implantação da
Habilitação Promotor de Vendas no estabelecimento que funciona a partir de 1977.
O Parecer 020/76 aprova o plano de Implantação do Ensino de 1º Grau
apresentado pelo Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”, Grupo Escolar
Juvenal Mesquita, Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar Santa Terezinha
e Casa Escolar Dario Veloso.
Ano de 1977: Decreto Estadual nº 2791, de 04/01/77 - Autoriza a funcionar o
Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros”- Ensino de 1º e 2º Grau, resultante
da reorganização do Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”, Escola Normal
Professora “Maria Juvelina dos Santos”, Colégio Comercial Estadual “Cyríaco
Russo”, Escola de Aplicação Cecília Meireles e Casa Escolar Dario Veloso.
O Ofício Circular 58/77 de 03/03/77 remaneja alunos do 1º Grau para a
Unidade Polo (Escola Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º Grau),
atualmente, Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino Fundamental,
Médio e Profissional.
2.2.2 Administração Técnico-Pedagógica
Enquanto manteve a denominação de Colégio Estadual “Mailon Medeiros”,
exerceram a função de diretor do Estabelecimento, os seguintes professores:
1949 - 1950: Professor Mailon Furtado de Medeiros; 1951 - Professora Maria da Luz Miranda Conter;
1952 - 1955: Professor Thomaz Nicoletti; 1955 - 1957: Professora Maria da Luz Miranda Conter; 1958 - 1960: Professor Breno Trautwein;
1961 - 1962: Professor Thomaz Nicoletti; 1963 - 1964: Professor José Borsatto; 1965 - 1974: Professor Thomaz Nicoletti;
1975 - 1976: Professora Heloísa Helena Martins Páschoa.
2.2.3 Primeiros Docentes
- Mário Amaral Pacca - Milton Aparecido Chaves - Thomaz Nicoletti - Nivaldo Nicolau Conter - Israel Diniz - Castor Ferrer da Rosa - Ivone Terezinha Russo Chaves - Norival Camargo Valladão - Dorothéa Passos Mieweglowski - Ozório Gonçalves Nogueira - Breno Trautwein - Lysethi Boline M. da Silva
2.2.4 COLÉGIO COMERCIAL ESTADUAL DE BANDEIRANTES
Ano de 1952: Criado pela Lei Municipal nº 135/52, de 24/08/52, de 24/08/52.
Ano de 1956: O Colégio Comercial de Bandeirantes é estadualizado através
da Lei nº 4798, de 31/08/56, com funcionamento no período noturno, no mesmo
edifício do Colégio Estadual “Mailon Medeiros”.
Portaria Estadual nº 5689, de 25/05/68 solicita à rede de ensino comercial, a
escolha de um Patrono, cujo nome deveria ser proposto após criteriosa consulta à
comunidade. O Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes recebeu a incumbência
de escolher o seu Patrono em meados de 1970.
Ano de 1970: O Diretor do Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes, Sr.
Antônio Corder, após ampla consulta à comunidade e em concorrida reunião com
líderes comunitários e corpo docente, viu aprovar no dia 03/08/70, por unanimidade,
o nome do Sr. Cyríaco Russo, ex-professor e profissional atuante na área contábil,
para patrono do estabelecimento. No mesmo ano, pelo Decreto Estadual nº 22093
da SEC, o Colégio Comercial de Bandeirantes, passou a denominar- se Colégio
Comercial “Cyríaco Russo”.
Ano de 1975: O Parecer 013/75 - CEE aprova, em caráter definitivo, o plano
de Implantação do Ensino de 2º Grau, do Colégio Estadual Prof. “Mailon Medeiros”,
de Bandeirantes, com as seguintes habilitações: Magistério, Redator Auxiliar,
Secretariado, Assistente de Administração, Contabilidade e Secretário Escolar; todas
com duração de 3 anos.
O Parecer nº 078/75 aprecia, preliminarmente, o Plano de Implantação do
Ensino de 1º Grau, apresentado pelas unidades escolares: Colégio Estadual
Professor ”Mailon Medeiros”, Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar
Santa Terezinha e Casa Escolar Dario Veloso.
Ano de 1977: O Decreto Estadual nº 2791 de 04/01/77 autoriza o
funcionamento do Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros”- Ensino de 1º e 2º
Graus, resultante da reorganização do Colégio Estadual Professor Mailon Medeiros,
Colégio Comercial Estadual Cyríaco Russo, Escola de Aplicação Cecília Meireles e
Casa Escolar Dario Veloso.
O Ofício Circular 58/77 de 03/03/77 remaneja alunos do 1º Grau para a
Unidade Polo (Escola Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º Grau),
atualmente Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”- Ensino Fundamental,
Médio e Profissional.
2.2.5 Administração Técnico-pedagógica
Enquanto perdurou o nome de Colégio Comercial Estadual “Cyríaco
Russo”, desempenharam a função de diretor, os seguintes professores:
- 1953 - 1955: Professor Antonio Corder - 1956 - 1957: Professor Nivaldo Moreira Fonseca - 1958 - 1960: Professor Thomaz Nicoletti - 1961 - 1966: Professor Antonio Corder - 1967 - 1969: Professor Thomaz Nicoletti - 1970 - 1971: Professor Antonio Corder - 1972 - 1975: Professor Luiz César Pinto Ribeiro
- 1976 - 1977: Professor Thomaz Nicoletti
2.2.6 Primeiros Docentes (1956)
- Mailon Furtado de Medeiros - Breno Trautwein - Gentil Augusto da Silva - Nivaldo Conter
- Carlos Nardon - Cyríaco Russo - Maria Aparecida Nunes - Rosalina Barbosa de Lima - Irineu Soares - Nivaldo Fonseca Moreira
2.2.7. ESCOLA NORMAL COLEGIAL “PROFESSORA MARIA JUVELINA DOS
SANTOS”
Ano de 1953: Criada a Escola Normal Secundária, pela Lei Estadual nº 1188,
de 06/08/1953, resultado do empenho do Professor Thomaz Nicoletti. O referido
curso passa a ser ministrado no período vespertino, no mesmo prédio onde funciona
o Ginásio Estadual de Bandeirantes.
Ano de 1956: Por ato da SEC, a Escola Normal passa a denominar-se
“Escola Normal Secundária Professora Maria Juvelina dos Santos”.
Ano de 1977: O Decreto nº 2791 de 04/01/77 autoriza o funcionamento do
Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros”- Ensino de 1º e 2º Graus; resultante
da reorganização do Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”, Escola Normal
Colegial Estadual Profª. Maria Juvelina dos Santos, Colégio Comercial Estadual
Cyríaco Russo, Escola de Aplicação Cecília Meireles e Casa Escolar Dario Veloso.
2.2.8. Administração Técnica -Pedagógico
Exerceram a função de direção, os seguintes professores:
- 1953 - 1964: Professor Thomaz Nicoletti; - 1965 - 1977: Professora Neusa Russo da Cunha;
2.2.9. Primeiros Docentes (ano de 1954)
- Ivone Terezinha Russo Chaves - Osias Borges Feiges - Aglair Ap. Sabóia - Augusto C. V. Espínola - Clory Dondeo - Jamila Sale - Maria da Glória E. Henriques - Castor Ferrer da Rosa - Maria da Luz Aparecida Pereira
- Alice Bonfim Metring
2.2.10 NOVA ALTERAÇÃO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO – ano 1978
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo”- Ensino de 2º Grau, de Bandeirantes,
Estado do Paraná foi autorizado a funcionar com o nome de Colégio “Cyríaco
Russo”- Ensino de 2º Grau, resultante da reorganização do Colégio Estadual
Professor “Mailon Medeiros”, Escola Normal Colegial Estadual Profª. Maria Juvelina
dos Santos e Colégio Comercial Estadual “Cyríaco Russo”, conforme o Decreto nº
5324 de 02/08/78.
Portaria nº 1344/78 homologa o Parecer nº 37/78/DESG aprovando a
reformulação das habilitações: Técnico em Contabilidade, Técnico em Secretariado
e Assistente de Administração, ministradas pelo Colégio “Cyríaco Russo”- Ensino de
1º e 2º Graus. Neste período, o estabelecimento ofertava as seguintes habilitações
nos seguintes turnos:
Matutino Habilitação: Promotor de Vendas; Redator Auxiliar
Vespertino Habilitação: Magistério
Noturno Habilitação: Técnico em Secretariado; Assistente Administrativo; Técnico em Contabilidade.
Ano de 1981: A Resolução nº 2585/81 aprova o Regimento Interno para
todas as Escolas Estaduais, a partir de 13/11/81.
Ano de 1982: Pela Resolução nº 779/82 de 17/03/82 fica reconhecido o
Curso de 2º Grau Regular, com as habilitações plenas: Magistério e Contabilidade e
parcial: Promotor de Vendas, do Colégio Estadual “Cyríaco Russo”- Ensino de 2º
Grau, município de Bandeirantes.
Ano de 1983: Parecer nº 132/83 - DESG autoriza a implantação do curso
Propedêutico.
Informação nº 169/83 - Protocolo 003979/83 - Adequação de grade curricular
à Lei 7044/82, Deliberação 035/82, do CEE.
Resolução nº 2358/83, de 15/07/83 - O Colégio “Cyríaco Russo” passa a
denominar-se Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau.
Ano de 1984: Informação 75/84 de 18/04/84 altera o Título Ill do Regimento
Escolar uma vez que as determinações contidas na Informação nº 454/83 foram
atendidas; desta forma pelo Parecer nº103/84 fica aprovado o Projeto de
Implantação gradativa do Curso de 2º Grau Regular – Propedêutico a partir de 1983.
Resolução nº 2413/84 autoriza o funcionamento do Curso Propedêutico, pelo
prazo de 2 anos, a partir de 1983.
Ano de 1986: pelo Parecer nº542/86 fica determinada a cessação definitiva
das atividades escolares das Habilitações Promotor de Vendas, a partir de 1985 e,
Assistente de Administração, a partir de 1986.
Parecer nº 768/86 aprova a adequação da Grade Curricular e do Plano de
Estágio da Habilitação Magistério.
Resolução nº 3149/86, de 14/07/86 cessa definitivamente, a partir de 1985, as
atividades escolares da Habilitação Promotor de Vendas e, a partir de 1986, as da
Habilitação Assistente de Administração.
Ano de 1987: Pelo Parecer 1041/87, Protocolo nº 362.399/87, fica aprovado
o adendo ao Regimento Escolar - Propedêutico, cuja denominação passa à
Educação Geral, conforme Deliberação nº 04/87 - CEE e Instrução nº01/87 da
SUED/SEED.
A Resolução nº1265/87, de 31/03/87 - prorroga o período de autorização de
funcionamento do curso de 2º Grau Regular - Propedêutico, por mais seis meses, a
partir do início do ano letivo de 1987.
A Resolução nº3402/87, de 26/08/87 - prorroga o período de autorização de
funcionamento do Curso de 2º Grau Regular - Propedêutico, a partir de 1985 até o
final do ano letivo de 1987. Fica revogada a Resolução nº1265/87 de 31/03/87.
Ano de 1988: O Parecer nº 564/88 de 08/08/88 aprova o adendo ao
Regimento Escolar referente ao Estágio Supervisionado, Habilitação Magistério, a
partir do ano letivo de 1988.
A Resolução nº 1614/88 de 27/05/88 prorroga o período de autorização de
funcionamento do curso de 2º Grau - Educação Geral, por mais 1 (um) ano, a partir
do início do ano letivo de 1988.
Parecer nº2241/88 de 07/10/88 dá parecer favorável ao pedido de
reconhecimento do curso Educação Geral.
Pela Resolução nº 3514/88 de 10/11/88 fica reconhecido o Curso de 2º grau -
Educação Geral, no Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau;
Parágrafo Único: O curso acima integrará o reconhecimento original, declarado pela
Resolução Secretarial nº 779/82.
Ano de 1989: Implantação do Curso Auxiliar - Técnico em Contabilidade com
duração 4 anos.
Ato Administrativo nº 13/89-NRE aprova a proposta de avaliação para vigorar
a partir de 1989.
Parecer nº 799/89: aprova o adendo ao Regimento escolar referente à
administração das aulas de Educação Física, no Ensino de 2º Grau Regular -
noturno, com vigência a partir do início do ano letivo de 1989.
Ano de 1990: funcionamento da Habilitação Magistério, também no período
noturno.
Ano de 1991: adoção da grade Curricular da Habilitação Magistério, com
duração de 4 anos.
Ano de 1992: Resolução nº 4.496 de 24/12/91 autoriza o funcionamento da
4ª série da Habilitação Técnico em Contabilidade, a partir de 1992.
Ano de l993: Parecer nº 727/93 de 03/12/93 aprova a alteração proposta da
Grade Curricular de Auxiliar de Contabilidade e Técnico em Contabilidade, a partir de
1994. A alteração proposta refere-se à substituição da disciplina de Contabilidade
Agrícola (3ª série), por Introdução à Informática (3ª série).
Resolução nº 6778/93 de 15/12/93 homologa o Parecer nº 727/93 do DESG
que aprova a alteração da Grade Curricular da Habilitação Auxiliar de Contabilidade,
do turno noturno, com implantação gradativa a partir do início do ano letivo de 1994.
Resolução nº 3252/93 homologa o Parecer nº 417/93 do DESG que aprova a
alteração da Grade Curricular do Curso de 2º grau - Educação Geral - Preparação
Universal, com implantação a partir do início do ano letivo de 1994.
Parecer nº 622/93 de 20/10/93 aprova a Grade Curricular da Habilitação
Auxiliar de Contabilidade, período diurno, a partir de 1994.
Resolução nº 6012/93 de 08/11/93 homologa o Parecer nº 622/93 do DESG
que aprova a Grade Curricular da habilitação Auxiliar de Contabilidade, período
diurno, com implantação a partir do ano de 1994.
Ano de 1994: Resolução nº 5135/94 de 24/10/94 homologa o Parecer nº
604/94 do DESG que aprova a Grade Curricular Transitória da habilitação em
Técnico de Contabilidade, para efeito exclusivo de Registro Escolar dos alunos
matriculados no ano letivo de 1987.
Resolução nº 5437/94 de 07/11/94 concede, a partir de 1995, a implantação
da Habilitação Técnico em Processamento de Dados.
Ano de 1995: Resolução nº 3363/95, de 25/08/95 - Autoriza o funcionamento
da habilitação Técnico em Processamento de Dados. Implantação gradativa a partir
do início do ano letivo de 1995.
Ano de 1996: Parecer nº 94/96 e Resolução nº 2862/96 de 17/07/96
autorizam o funcionamento da 4ª série, Habilitação Técnico em Contabilidade,
período noturno, para 1996.
Ano de 1997: Resolução nº 420/97, de 07/02/97 - Autoriza o funcionamento
da 4ª série da habilitação Técnico em Contabilidade, diurno (Parecer nº 216/96) e
noturno ( Parecer nº 217/96), para o ano letivo de 1997.
Parecer nº 863/97 - CEF e Resolução nº 2.277/97 de 03/07/97 - SEED
autorizam a cessação definitiva das atividades escolares da Habilitação Técnico em
Contabilidade. Determina a cessação gradativa cumprindo o seguinte cronograma:
1997 - 1ª série; 1998 - 1ª e 2ª séries; 1999 - 1ª, 2ª e 3ª séries e 2000 - 1ª, 2ª, 3ª e 4ª
séries.
Parecer nº 975/97 - CEF e Resolução nº 2288/97 de 03/07/97 - SEED
autorizam a cessação definitiva das atividades escolares da Habilitação Magistério.
Determina a cessação gradativa, cumprindo o seguinte cronograma: 1997 - 1ª série;
1988 - 1ª e 2ª séries; 1999 - 1ª, 2ª e 3ª séries e 2000 - 1ª, 2ª, 3ª e 4ª séries.
Parecer nº 226/97 – CEE e Resolução nº 3086/97 do DOE de 30/09/97 –
SEED reconhecem a Habilitação Técnico em Processamento de Dados em caráter
excepcional, exclusivamente para fins de cessação a partir do ano letivo de 1997.
Resolução nº 2288/97 – DOE nº 5052/97 de 24/07/97 cessa definitivamente
as atividades escolares da Habilitação Técnico em Contabilidade, cumprindo o
seguinte cronograma: 1997 a 1ª série; 1998 a 1ª e 2ª séries; 1999 a 1ª, 2ª e 3ª séries
e 2000 a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª séries.
Resolução nº 4482/97 – DOE nº 5198/97 de 26/02/98 cessa definitivamente
as atividades escolares da Habilitação Técnico em Processamento de Dados, no
Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino de 2º Grau, do município de
Bandeirantes.
Resolução nº 4482/97 publicado no DOE nº 5198 de 26/02/1998, página 29,
cessa definitivamente as atividades escolares de Habilitação Técnico em
Processamento de Dados.
Ano de 1998: O ato administrativo nº 289/98 do NRE de 23/09/1998 faz
adequação de nomenclatura dos estabelecimentos de ensino de Educação Básica –
Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio, conforme Resolução nº 3120/98
DOE 11/09/98.
Ano de1999: Autorização de funcionamento de 4ª série do Curso Técnico de
Contabilidade pela Resolução nº3189/99 de 16/08/1999.
Ano de 2000: Parecer nº070/2000 de 07/12/2000 – NRE aprova o Regimento
Escolar a partir de 2001. O Parecer nº271/2000 de 07/12/2000 homologa o parecer
nº070/2000 referente ao Regimento Escolar do Colégio Estadual Cyríaco Russo –
Ensino Médio.
Ano de 2002: Parecer nº028/2002 de 18/12/2002 aprova o Regimento
Escolar a partir de 2002. O Parecer nº192/2002 de 18/12/2002 homologa o parecer
028/2002. Resolução nº4642/02 de 20/01/2003 aprova a renovação de autorização
do Ensino Médio.
Resolução 3069/2001 – DOE de 31/01/2002 nomeia Nelci Maria Martins de
Queiróz para o cargo de Diretora do Colégio Estadual Cyríaco Russo; a Resolução
nº 4254/2003 – DOE de 23/01/2004 nomeia Nelci Maria Martins de Queiroz, para o
cargo de Diretora do Colégio Estadual Cyríaco Russo. Após a unificação dos cursos,
o Colégio Estadual “Cyríaco Russo”- Ensino de 2º Grau teve à frente de sua
administração os seguintes professores:
1978 - 1980: Professora Neusa Russo da Cunha (diretora) Professora Yoshiko Kawata Maeda (diretora auxiliar) 1981 - 1982: Professor Gentil Augusto da Silva 1982 - 1983: Professora Yoshiko Kawata Maeda 1984 - 1985: Professora Neusa Russo Cunha (primeira diretora eleita por voto direto da comunidade escolar) 1986 - 1989: Professora Derli Ferraz Pedroso
1990: Professor Mario Luciano 1991 - 1995: Professora Marina Yukiko Kikuta 1996 - 2000: Professor Fulton Carlos Teixeira Ribeiro (diretor) Professor Ademar Ribeiro Richter (diretor auxiliar) Professor Mauro Ferreira (diretor auxiliar)
2001- até a presente data: Nelci Maria Martins de Queiróz – Diretora
2.3. BIOGRAFIA DO PATRONO CYRÍACO RUSSO
Cyríaco Russo nasceu na cidade de Guaxupé, Estado de Minas Gerais, aos 8
dias de mês de agosto de 1898. Filho de Raphael Russo e de Manoela Cândida
Russo foi o primogênito de uma família de sete membros e durante toda a sua
infância e juventude viveu em sua cidade natal.
Lutando com grandes dificuldades financeiras, começou muito cedo a
enfrentar o trabalho diário, exercendo juntamente com seu pai a profissão de
pedreiro. Tinha muita vontade de continuar os estudos e, com a abertura da
Academia de Comércio em sua cidade, nela ingressou, continuando a trabalhar
como pedreiro durante o dia e estudar a noite. Formou-se Guarda-livros em 1922 na
Academia de Comércio “São José” de Guaxupé. Em 1923 diplomou-se perito
contador na primeira turma do referido estabelecimento. Sempre se distinguiu nos
estudos e, devido a isso, foi convidado para fazer parte do corpo docente dessa
escola logo que se diplomou. Atuou como professor durante um período de 04 anos.
Em 1918, deixou a profissão de pedreiro e, a convite de seu professor, Dr.
André Cortês Granero, submeteu-se a um concurso para escrevente juramentado,
na cidade de Muzambinho, Estado de Minas Gerais. Neste concurso havia 30
candidatos inscritos, sendo aprovados apenas quatro e, entre eles, estava Cyríaco
Russo. Após esse concurso, ocupou o cargo de escrevente do Tabelionato de 1º
Ofício de Guaxupé.
Casou-se em 1921 com a senhora Rachel Paschoa Russo e tiveram 5 filhos:
Maria, Neusa, Cyra, Ivone e William. Anos mais tarde sua filha Neusa Russo da
Cunha assumiria a direção do colégio por duas gestões: 1978-1980 / 1984-1985.
Em 1924, deixou o cartório para exercer a profissão de contador abrindo um
Escritório de contabilidade em Guaxupé – Minas Gerais. Em 1933, submeteu-se a
um concurso para ingressar no Banco Hipotecário de Minas Gerais S.A., e em 1938,
foi transferido para Monte Santo de Minas, como Gerente da referida Casa de
Crédito; em 1941, encerrada a sua carreira bancária, continuando com seu escritório
contábil, o qual mesmo durante seu exercício na carreira bancária, nunca
abandonou.
Em 1939, ingressou na Loja Macônica “Caridade Montessantense”, onde atingiu o
grau 33 de estudos filosóficos. Mais tarde, no período de 1965-1968, vivendo no
Estado do Paraná, seria nomeado Delegado do Grande Oriente do Paraná.
Na cidade de Monte Santo de Minas foi professor fundador da Escola de
Comércio. Em 1943, transferiu residência e escritório para a cidade de Itamogi/ MG,
onde permaneceu até o ano de 1952, onde exerceu também o cargo de Professor
Fundador no Ginásio Municipal, ocupando a cadeira de Matemática, atuando
também como Secretário.
Transferiu sua residência para o Estado do Paraná, cidade de Bandeirantes,
em junho de 1952. Nesta cidade continuou com seu Escritório de Contabilidade, fez
parte do Corpo Docente do Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes durante 07
anos, ocupando as cadeiras de Contabilidade Comercial, Bancária, Contabilidade
Geral Aplicada e Matemática.
Recebeu em 1968, por Decreto do Grande Oriente de Paraná, o título de
Benemérito da Maçonaria Paranaense. Ocupou a Provedoria da Santa Casa de
Misericórdia de Bandeirantes de 1959 a 1969. Foi fundador e primeiro Presidente do
Albergue Noturno “João Francisco Ferreira”, desta cidade, em sua fase de
organização e construção. Foi membro do Rotary Club de Bandeirantes durante 10
anos.
Exerceu sua profissão de contador até os seus últimos dias. Faleceu no dia
07 de junho de 1970, na cidade de Bandeirantes, onde foi sepultado.
3. CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO
3.1 DEPENDÊNCIAS FÍSICAS
As instalações do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio
encontram-se em um terreno 2.880 m2, sendo 1.959,262 m2 de área construída. As
dependências podem assim serem descritas:
Quant. Descrição da dependência
03 01 04 04 02 01 01 01 01 07 06 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 15 01
Almoxarifados Banheiro Feminino de professores Banheiro Feminino de alunos Banheiro Masculinos de alunos Banheiro Masculino de professores Biblioteca Cantina
Casa do Zelador Coordenação do Curso de Formação de Docentes
Corredores – Ala superior Corredores – Ala Térrea Cozinha Depósito de merenda Laboratório de Informática Laboratório de Química, Física e Biologia Pátio Coberto Refeitório Sala de Arquivo Sala de direção Sala de Equipe Pedagógica Sala de Professores Sala hora atividade Salão de uso múltiplo Salas de aula Secretaria
Quadro 8. Dependências físicas
3.2 EQUIPAMENTOS DE USO PEDAGÓGICO
O Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal, possui
atualmente 24 microcomputadores (Paraná Digital), 10 microcomputadores
(PROINFO), 01 aparelho de televisão 29 polegadas, 01 aparelhos de televisão 21
polegadas, 01 aparelhos de televisão 32 polegadas, 01 aparelhos de televisão 14
polegadas (TV Paulo Freire ), 03 DVDs, 02 retroprojetores, 14 Televisores Pendrive,
01 Data show, 01 Lap top, 06 Cd players, 01 filmadora e 01 câmera fotográfica, 16
câmeras de segurança.
3.3. RECURSOS HUMANOS
3.3.1 Quadro de Professores – 20101
1 A listagem de professores efetivos e lotados no colégio pode ser visualizada na página 16.
Para a realimentação do presente documento foi realizada uma pesquisa com
toda a comunidade escolar. Os resultados apontaram para uma realidade atípica,
uma vez que a saída de professores para o PDE alterou significativamente o perfil
do quadro docente. No entanto, decidiu-se pelo registro de alguns dados que
perfilam, não só o professorado do município, mas o paranaense, isso porque a
inserção dos professores efetivos dos últimos níveis no Programa de
Desenvolvimento Educacional causou mudanças de diferentes ordens na rotina
escolar do estado.
Os respondentes do instrumento de pesquisa, N=67, contabilizam 88% do
corpo docente. Destes 23% são homens e 77% são mulheres, o que legitima as
pesquisas que apontam a supremacia feminina no reduto escolar em todos os níveis
de ensino.
23% 77%
Ilustração 1. Percentual de homens e mulheres no quadro de Professores
A idade mínima está no intervalo compreendido entre 21-25 anos e a idade
máxima encontra-se no intervalo compreendido entre 61-65 anos. O maior índice foi
registrado no intervalo 41- 50 anos, qual seja, 40% dos professores estão nesta
faixa etária. O quadro abaixo mostra as ocorrências das idades nos intervalos:
Intervalo Ocorrências Percentagem
21- 30 20 30%
31- 40 14 21%
41 - 50 27 40 %
51 - 60 5 8%
Acima de 61 1 1%
Quadro 9. Faixa etária dos professores
A faixa etária explica o tempo de serviço no estado, isto porque 74% tem
menos de 5 anos; 15% de seis a dez anos; 4% tem de 11 a 15 anos e 4% de 16 a 20
anos. Os professores efetivos e lotados no estabelecimento estão todos no intervalo
que somam 26%, ou seja, está há mais de seis anos na rede.
Dos respondentes, N=67, 24% atua em outra rede de ensino e 76% só atua
no ensino público. O quadro abaixo mostra o número de escolas em que o
profissional de escola pública atua:
Número de escolas em que o profissional atua
Número de professores
Percentual
01 09 13%
02 25 37%
03 19 28%
04 11 16%
05 03 6%
Quadro 10. Número de escolas em que os professores trabalham
A formação continuada dos profissionais da educação, como proposta do
Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE Nacional e da Secretaria de Estado
de Educação – SEED, tem reflexos no nível escolaridade dos professores dessa
instituição:
12% do total de professores têm mais de uma graduação;
20% do total de professores têm duas pós-graduações;
08% do total de professores têm três ou quatro pós-graduações;
12% do total de professores concluíram o PDE edição 2007, 2008, 2009.
09 professores efetivos e lotados na instituição estão inseridos no PDE 2010.
Mestrado: 01 professor mestre em Educação pela UEL; 02 alunos matriculados
em disciplinas especiais no Programa de Mestrado da UEL e 01 mestrando, também no
Programa de Mestrado da UEL.
A profissão religiosa dos professores reflete a pluralidade de nossa sociedade
e exige a proposição de ações que vislumbrem o respeito à diversidade e a
tolerância nas relações interpessoais. Dos entrevistados, N=67, 4% não informou a
profissão religiosa, 8% não professa nenhuma religião, 15% são evangélicos e 73%
são católicos.
3.3.2 Quadro de Funcionários 2010– Agente Educacional I2
Há na instituição 15 profissionais na função de Agente Educacional, dos quais
dois estão afastados da função por concessão de Licença Especial e Licença
Médica. Dos treze, onze são do sexo feminino e um do sexo masculino. A idade dos
mesmos está no intervalo 21- 58 com maior incidência no intervalo de 51-60 anos;
2 A listagem de funcionários do colégio pode ser visualizada na página 14.
25% trabalham em duas escolas. O tempo de serviço no Estado pode ser visto no
quadro abaixo:
Intervalo Percentagem
1 – 5 anos 17%
6 – 10 anos 8%
11 – 15 anos 50%
16 – 20 anos 25 %
Quadro 11. Tempo de serviço no Estado (Professores)
O tempo de serviço no Estabelecimento pode ser visualizado no quadro que
se segue:
Intervalo Percentagem
1 – 5 anos 46%
6 – 10 anos 9%
11 – 15 anos 30%
16 – 20 anos 15 %
Quadro 12. Tempo de serviço no Estabelecimento (Professores)
O vínculo empregatício assim se apresenta:
Vínculo Percentagem
QPM 38%
PSS 23%
PR - Educação 16%
CLT 23%
Quadro 13. Vínculo empregatício (Professores)
A escolaridade pode assim ser descrita:
Nível de Escolaridade Percentagem
Ensino Fundamental Completo 8%
Ensino Médio Incompleto 31%
Ensino Médio Completo 53%
Ensino Superior 8%
Quadro 14. Nível de escolaridade dos Professores
Os funcionários estão inseridos nos programas de Formação Continuada
propostos pela SEED; 76% participam dos grupos de estudo aos sábados e
participou do Itinerante/10; 53% participou de seminários em Faxinal do Céu e
Londrina.
A profissão religiosa dos funcionários, assim como a dos professores, reflete o
cenário plural de nossa sociedade. Dos entrevistados, N=13, 30% são evangélicos e
70% são católicos.
3.3.3 Quadro de Funcionários 2010– Agente Educacional II, Direção e Equipe
Pedagógica3
Os profissionais que ocupam as funções de agentes educacionais II, direção
e equipe pedagógica totalizam o número 16, N=16. Destes, 12,5% são do sexo
masculino e, 87,5% são do sexo feminino. As idades podem ser visualizadas no
quadro que se segue:
Intervalo Percentagem
21 – 30 anos 7%
31 – 40 anos 31%
41 – 50 anos 37%
51 – 60 anos 18%
61 – 70 anos 7%
Quadro 15. Faixa etária dos Agentes Educacionais II
O tempo de serviço no Estado pode ser definido nos intervalos e respectivas
percentagens:
Intervalo Percentagem
1 – 10 anos 43%
11 – 20 anos 25%
21 – 30 anos 18%
31 – 40 anos 14%
Quadro 16. Tempo de serviço no Estado Agentes Educacionais II
O tempo de serviço no Estabelecimento pode ser visualizado no quadro que
se segue:
Intervalo Percentagem
1 – 10 anos 50%
11 – 20 anos 31%
21 – 30 anos 7%
3 O quadro de funcionários do colégio pode ser visualizado na página 14.
31 – 40 anos 12%
Quadro 17. Tempo de serviço no Estabelecimento Agente Educacionais II
O vínculo empregatício assim se apresenta:
Vínculo Percentagem
QPM 38%
PSS 23%
PR - Educação 16%
CLT 23%
Quadro 18. Vínculo Empregatício dos Agentes Educacionais II
O nível de escolaridade, Superior com Especialização, atinge o patamar de
100% e pode assim ser descrito:
Graduação Número de concluintes
Biologia 2
Ciências Contábeis 4
Geografia 2
Pedagogia 8
Letras 3
Licenciatura em Ciências 1
Quadro19. Graduação da Direção, Agentes
As especializações compõem o seguinte quadro descritivo:
Pós – Graduação Número de concluintes
Botânica 1 Didática e Metodologia do Ensino Superior 5
Educação Especial e Inclusiva 4 Língua Portuguesa e Literatura 4
Supervisão Escolar 1 Mestrado em Educação 1
Quadro 20. Especializações da Direção, Agentes Educacionais II e Equipe Pedagógica
Os profissionais que participaram do Itinerante/10 atingiram o patamar de
87,5%; a participação em seminários, congressos e simpósios perfaz 56% do grupo.
Quanto à profissão religiosa, a maioria, 93,75%, é católica e, 6,25%, é
evangélica.
3.3.4 Agente de Execução
A instituição conta com apenas um profissional na função de agente de
execução. Seu vínculo é QPM, está há quatro anos na rede e há um ano no
estabelecimento. Nível de escolaridade: superior completo, Ciências Biológicas, com
pós-graduação em Biologia aplicada à Saúde – Educação no Campo.
3.3.5. Perfil dos alunos do Período Matutino – Ensino Médio/10 Em pesquisa realizada com fins específicos de traçar o perfil dos alunos do
colégio, como condição precípua de formular encaminhamentos pedagógicos
coerentes, alguns pontos mereceram destaque na análise realizada. Os índices de
evasão da instituição são extremamente preocupantes, principalmente no período
noturno, o que acabou determinando a organização do Ensino Médio por Blocos de
Disciplinas.
A tabela a seguir comprova que os índices do turno matutino estão dentro de
um padrão aceitável, o mesmo não se verificará no noturno.
Tabela 01. Dados de Evasão Escolar no Ensino Médio Matutino. Série histórica 2004 a 2009. Exposição sintética.
Série Matrículas* Transferidos Evadidos Reprovados Concluintes
Orig. Real Nº % Nº % Nº % Nº %
1ª 1223 1148 75 6,53 99 0,86 241 20,99 808 70,38
2ª 800 756 44 5,82 36 0,47 66 8,73 654 86,50
3ª 649 627 22 3,50 16 0,25 39 6,22 572 91,22
Total 2672 2531 141 5,57 151 0,59 346 13,67 2034 80,36
*Original é o total de alunos matriculados no ano letivo. Real é o original subtraído os transferidos.
No entanto a taxa de aprovação dos alunos é significativa em razão do
percentual dos que cursam a série pela primeira, segunda e terceira vez, como
mostra o quadro a seguir:
Figura 1. Percentual de alunos que cursam a série pela primeira, segunda e terceira vez
Quanto aos quesitos que perfilam o nível sócio-econômico dos alunos foram
analisados três aspectos: proveniência (lugar onde moram), como se locomovem até
a escola e as condições de moradia. Embora localizada em zona central do
perímetro urbano a instituição atende, substancialmente, alunos de bairros e vilas
urbanos, uma parcela significativa da zona rural e considerável número de
moradores de cidades circunvizinhas. O quadro abaixo mostra os percentuais:
Figura 2. Demonstrativo da proveniência dos alunos do turno matutino
O quadro abaixo mostra o meio de locomoção dos alunos. A pesquisa
suscitou discussões no sentido de rever as atitudes tomadas pela escola quando a
Prefeitura Municipal suspende o transporte escolar em recessos municipais, e
quando chuvas fortes incidem nos horários de entrada dos alunos, uma vez que é
altíssimo o percentual de alunos que vêm a pé e utilizam o transporte escolar:
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
primeira vez
segunda vez
terceira vez
88,80%
9,02% 0,82%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
centro vilas e bairros
zona rural
outro municipio
16,12%
74,32%
7,92% 0,27%
80,05% como mostra o quadro abaixo:
Figura 3. Demonstrativo da proveniência dos alunos do turno matutino
A renda familiar e as condições de moradia também foram consideradas no
perfil dos alunos. Embora a renda familiar não seja alta o investimento na casa
própria foi priorizado por 69,40% das famílias. Os quadros que se seguem mostram
a renda familiar e as condições de moradia dos alunos do turno matutino:
Figura 4. Demonstrativo da renda familiar dos alunos do turno matutino
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
a pé carro moto transp pago
transp escolar
58,74%
12,02%
1,64%3,28%
21,31%
0,00%5,00%
10,00%15,00%20,00%25,00%30,00%35,00%40,00%45,00%
0,00%
15,03%
40,71%
18,31%
5,74%
Figura 5. Demonstrativo das condições de moradia dos alunos do turno matutino
A prática religiosa foi investigada porque faz parte do rol dos casos de
maior incidência da prática do bullyng, o que exige tomada de decisão pelo coletivo
da escola e proposição de ação pedagógica cuidadosamente planejada.
Figura 6. Profissão religiosa dos alunos do turno matutino
Pesquisas recentes têm buscado traçar o perfil do ambiente familiar como
determinante de alguns aspectos importantes do desempenho da vida escolar de
adolescentes. Um dos itens de destaque é a escolaridade dos pais, que foi
analisado cuidadosamente na construção do presente documento e está descrita
nos quadros a seguir:
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
própria alugada cedida
69,40%
15,57%
6,83%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
católico evangélico sem religião
74,59%
20,49%
4,37%
Figura 7. Demonstrativo da escolaridade das mães de alunos do turno matutino
Figura 8. Demonstrativo da escolaridade dos pais de alunos do turno matutino
3.3.6. Perfil dos alunos do Período Noturno – Ensino Médio/10 O período noturno apresenta características peculiares. Na decisão pela
implantação do Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas os altos índices
de evasão detectados nos últimos seis anos tiveram um grande peso. A tabela
abaixo mostra os resultados ano a ano e o total geral. Em destaque os números que
apontam os índices de evasão:
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
2,73%
12,57%
24,32%
28,14%
9,29%6,56%
2,73%3,55%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
2,73%
12,57%
25,68%23,50%
8,20%7,65%
2,46% 2,73%
Tabela 02. Dados de Evasão Escolar no Ensino Médio Noturno. Série histórica 2004 a 2009. Exposição Sintética.
Série Matrículas* Transferidos Evadidos Reprovados Concluintes
Orig. Real Nº % Nº % Nº % Nº %
1ª 708 610 98 13,84 235 38,52 99 16,23 276 45,26
2ª 619 542 77 12,44 120 22,14 75 13,84 347 64,02
3ª 703 651 52 7,37 130 19,97 60 9,22 461 70,81
Total 2030 1803 227 11,18 485 26,9 234 12,98 1084 60,12
*Original é o total de alunos matriculados no ano letivo. Real é o original subtraído os transferidos.
Assim como no turno matutino, muitos alunos evadem ao final do período
letivo e são contabilizados, na maioria das vezes como reprovas. No entanto a
instituição teve o cuidado de verificar os casos de “desistência” para que o estudo se
aproximasse do real. A grande maioria dos remanescentes é aprovada, e o índice de
reprovas está na média do Estado, como mostra o gráfico abaixo com dados de
2010.
Figura 9. Percentual de alunos que cursam a série pela
primeira, segunda e terceira vez – Ensino Médio Noturno
Quanto aos quesitos que perfilam o nível sócio-econômico dos alunos foram
analisados três aspectos nos três turnos: proveniência (lugar onde moram), como se
locomovem até a escola e as condições de moradia. A novidade está nos alunos
que provêm da zona rural: 21,53%, e nenhum aluno de outro município. O quadro
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
primeira vez segunda vez terceira vez
72,92%
18,06%
5,56%
abaixo mostra os percentuais
Figura 10. Demonstrativo da proveniência dos alunos do turno noturno
Destaque ao transporte escolar como meio de acesso à escola neste período;
muitos também vêm a pé embora morando nos bairros e vilas. Considere-se
também que 77,46% dos alunos são trabalhadores, por isso as faltas e atrasos são
questões a serem consideradas na pauta de discussões da instituição.
Figura 11. Demonstrativo do meio de locomoção dos alunos do turno noturno
As condições de moradia revelam a priorização da família em investir na casa
própria. Apenas 15,97% moram em casa alugada e 10,42% em casa cedida,
conforme mostra o gráfico a seguir:
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
centro vilas e bairros
zona rural outro municipio
10,42%
63,19%
21,53%
0,00%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
a pé carro moto transp pago
transp escolar
44,44%
4,86% 4,17% 3,47%
41,67%
Figura 12. Demonstrativo do tipo de moradia dos alunos do turno noturno
A investigação da profissão religiosa já está justificada neste documento e
será considerada na proposição de ações que minimizem a incidência de bullyng e,
em alguns casos, configuram-se como justificativa para faltas:
Figura13. Demonstrativo da profissão religiosa dos
alunos do turno noturno
Pesquisas recentes têm buscado traçar o perfil do ambiente familiar como
determinante de alguns aspectos importantes do desempenho da vida escolar de
adolescentes. A renda familiar e a escolaridade dos pais estão descritas nos quadros
a seguir, por entendermos que sejam quesitos de grande relevância:
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
própria alugada cedida
70,14%
15,97%10,42%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
católico evangélico sem relegião
75,00%
17,36%
5,56%
Figura 14. Demonstrativo da renda familiar dos alunos
Figura 15. Demonstrativo da escolaridade dos pais dos alunos do turno noturno
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
1,39%
15,28%
55,56%
16,67%
4,17%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
4,17%
16,67%
27,78%
13,89%13,89%
2,78%0,69% 0,00%
Figura 16. Demonstrativo da escolaridade mães dos alunos do turno noturno
3.3.7. Perfil dos alunos do Curso Formação de Docentes/10 dos turnos
vespertino e noturno
O curso Formação de Docentes é um curso predominantemente feminino:
99%. Todos os alunos cumprem uma carga horária de estágio em contraturno, mas
ainda assim, 58% deles estão inseridos no mercado de trabalho. Esta inserção é
mais comum nos alunos do noturno, o que explica também o grande número de
mudanças de turmas expedidas do vespertino para o noturno, pedido de
transferência para outras localidades ou mesmo o alto índice de evasão do
vespertino, pois deixam a escola por necessidade de trabalho. As tabelas abaixo
mostram os altos índices de evasão dos dois turnos:
Tabela 03. Dados de Evasão Escolar no Curso Formação de Docentes - Vespertino Série histórica 2005 a 2009. Exposição Sintética.
Série Matrículas* Transferidos Evadidos Reprovados Concluintes
Orig. Real Nº % Nº % Nº % Nº %
1ª 189 179 10 5,58 63 35,19 31 17,31 125 69,83
2ª 89 85 04 4,70 24 28,23 10 11,76 55 64,70
3ª 50 49 01 2,04 05 10,20 03 6,12 42 85,71
4ª 25 25 00 0,0 00 0,0 00 0,0 25 100
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
8,33%
16,67%
31,94%
17,36%
9,72%6,25%
1,39%2,08%
Total 334 320 15 4,68 92 28,75 44 13,75 248 77,50
*Original é o total de alunos matriculados no ano letivo. Real é o original subtraído os transferidos.
Tabela 04. Dados de Evasão Escolar no Curso Formação de Docentes Noturno.
Série histórica 2005 a 2009. Exposição Sintética.
Série Matrículas* Transferidos Evadidos Reprovados Concluintes
Orig. Real Nº % Nº % Nº % Nº %
1ª 297 290 07 0,02 72 0,24 31 0,10 186 64,13
2ª 128 128 00 0,0 23 0,17 16 0,12 93 72,65
3ª 92 88 04 0,04 13 0,14 09 0,10 72 81,81
4ª 66 66 00 0,0 03 0,45 02 0,30 63 95,45
Total 583 572 11 0,98 111 0,19 67 0,11 414 72,37
*Original é o total de alunos matriculados no ano letivo. Real é o original subtraídos os transferidos
Entre os remanescentes os índices de reprovas estão dentro de um padrão
aceitável. No gráfico que se segue, pode-se visualizar os que cursam a série pela
primeira, segunda e terceira vez.
Figura 17. Demonstrativo dos alunos que cursam a série pela primeira, segunda e terceira vez
Os mesmos itens foram considerados para traçar o nível sócio-econômico dos
alunos do referido curso: proveniência, locomoção e condições de moradia.
Destaque deve ser dado ao número de alunos de outros municípios e zona rural,
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
primeira vez
segunda vez
terceira vez
88,00%
7,00%1,00%
totalizando 21% do geral.
Figura 18. Demonstrativo da procedência dos alunos do Curso Formação de Docentes
O meio de locomoção dos alunos está em consonância com a
proveniência dos mesmos:
Figura 19. Demonstrativo da procedência dos alunos do Curso Formação de Docentes
O gráfico abaixo mostra as condições de moradia. Destaque para os que
moram em casas cedidas, ou seja, vivem na zona rural, mas não são os donos da
propriedade e nem da moradia.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
centro vilas e bairros
zona rural outro municipio
11,00%
68,00%
14,00%7,00%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
a pé carro moto transp pago
transp escolar
44,00%
8,00%6,00%
14,00%
28,00%
Figura 20. Demonstrativo das condições de moradia dos alunos do Curso Formação de Docentes
A investigação da profissão religiosa já está justificada neste documento e
será considerada na proposição de ações que minimizem a incidência de bullyng.
Figura 21. Demonstrativo da profissão religiosa
dos alunos do Curso Formação de Docentes
Como já citado no corpo deste documento, pesquisas recentes têm buscado
traçar o perfil do ambiente familiar como determinante de alguns aspectos
importantes do desempenho da vida escolar de adolescentes. A renda familiar e a
escolaridade dos pais estão descritas nos quadros a seguir, por entendermos que
sejam quesitos de grande relevância:
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
própria alugada nao inform
74,00%
14,00% 14,00%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
católico evangélico sem religião
68,00%
30,00%
2,00%
Figura 22. Demonstrativo da renda familiar dos alunos do Curso Formação de Docentes
Os quadros abaixo mostram a escolaridade de pais e mães de alunos do
Curso Formação de Docentes:
Figura 23. Demonstrativo da escolaridade de pais dos alunos do Curso Formação de Docentes
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
1,00%
11,00%
59,00%
10,00%
3,00%
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
5,00%
6,00%
7,00%
8,00%
6,00%
8,00%
3,00%
4,00%
3,00%3,00%
4,00%
0,00%
Figura 24. Demonstrativo da escolaridade de mães dos alunos do Curso Formação de Docentes
3.3.8. Perfil Geral dos alunos do Colégio Estadual Cyríaco Russo/10
3.3.8.1 Idade
A idade dos alunos do Ensino Médio do matutino está no intervalo 14 - 20
anos; no entanto a grande maioria encontra-se no intervalo da idade/série correta e
por isso a idade máxima é 17 anos; apenas seis alunos têm 18 anos. No período
noturno o intervalo se alarga para 16 – 34 anos e no curso Formação de Docentes a
idade está entre 15 – 43 anos.
3.3.8.2 Gênero
Pesquisa realizada para a construção deste documento mostrou um dado
interessante. Todas as turmas do turno diurno são formadas por uma maioria do
gênero feminino. O curso Formação de Docentes, por razões históricas, confirmou
quase que a totalidade do gênero feminino; em contrapartida, em todas as turmas do
noturno a maioria é do gênero masculino. Numa primeira leitura associaram-se as
determinantes deste dado à inserção do universo do trabalho.
5.3.8.3 Inserção no universo do trabalho
A inserção no universo do trabalho é maior no turno noturno e,
significativamente menor, no turno diurno. O Curso Formação de Docentes cumpre
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
14,00%
10,00%
12,00%14,00%
7,00%
1,00%1,00%0,00%
1,00%
carga horária de estágio em contraturno e, ainda assim, muitos trabalham
eventualmente e sem registro. As percentagens estão descritas no quadro a seguir:
Curso Inseridos no universo do trabalho
Não Inseridos no universo do trabalho
Ensino Médio - Matutino 35,24% 64,76%
Ensino Médio - Noturno 77,46% 22,54%
Formação de Docentes 42% 58%
Quadro 21. Inserção no universo de trabalho
O quadro a seguir descreve a situação (vínculo empregatício) dos alunos nos
três turnos.
Curso
Centro de Integração Empresa
Escola - CIEE
Com registro
Sem registro
Autônomo Trabalha eventual-
mente
Ensino Médio Matutino
7%
0%
3%
5%
11%
Ensino Médio Noturno
3%
4%
14%
4%
2%
Formação de Docentes
17%
2%
8%
8%
15%
Quadro 22. Vínculo empregatício de alunos
As profissões/ocupações mais comuns de alunos podem ser visualizadas no
quadro a seguir:
Curso
Ocupações profissionais mais comuns
Ensino Médio - Matutino
Babá, repositor de mercadorias, ajudante de pedreiro, manicure, passadeira de roupa, cobrador, fotógrafo, eletricista, ajudante em granja, garçonete, operador de máquina, balconista, salão de beleza, atendente em centro infantil (creche)
4.
Ensino Médio - Noturno
Babá, mecânico, auxiliar de produção, designer, agricultor, Office boy, servente de pedreiro, secretária, auxiliar de cabeleireira.
5
Formação de Docentes
Babá, doméstica/diarista, auxiliar de professor, manicure, garçonete.6
Cozinheira, balconista, comerciária.7
Quadro 23. Ocupações/profissões mais comuns entre os alunos
A profissão/ocupação dos pais e das mães também foram consideradas pela
pesquisa, isso porque liga-se diretamente à renda familiar.
4 Nesta listagem a indicação “babá” e “repositor de mercadorias” tiveram maior incidência.
5 No Ensino Médio noturno há uma diversidade maior de ocupações, por isso foram registradas às de
maior ocorrência. 6 Ordem decrescente (as primeiras referem-se às de maior incidência).
7 Estas ocupações tiveram o mesmo número de indicação: 2%.
Curso
Ocupações profissionais mais comuns dos pais
Número de pais
aposentados Ensino Médio
- Matutino Tratorista/motorista, lavrador (corte de cana), moto taxista, pedreiro, comerciante, vencedor
8
Ensino Médio - Noturno
Agricultor (corte de cana), motorista, pedreiro, vigilante, mecânico, vidraceiro.
10
Formação de Docentes
Agricultor, comerciante, pintor, pedreiro, motorista.8 14
Quadro 24. Ocupações profissionais mais comuns dos pais de alunos
Curso
Ocupações profissionais mais comuns das mães
Mães aposentadas
Ensino Médio - Matutino
Do lar, doméstica, diarista, auxiliar de enfermagem, lavradora (corte de cana), professora.
2
Ensino Médio - Noturno
Do lar, doméstica, zeladora, lavradora (corte de cana),comerciante, cozinheira, vendedora, professora, reciclagem.
8
Formação de Docentes
Doméstica, do lar, zeladora/serviços gerais, agricultora, professora.
9
3
Quadro 25. Ocupações profissionais mais comuns das mães de alunos
3.3.8.4 Organização familiar
Para traçar o perfil da organização familiar apenas os seguintes itens foram
considerados: estado civil do aluno, se os pais/mães são falecidos, se os pais/mães
são casados civilmente, se os pais/mães são separados, se os alunos convivem
com padrastos e/ou madrastas. Para este dados foram levantados os seguintes
resultados.
O maior número de alunos casados e/ou vivendo com companheiro (a) está
no Curso Formação de Docentes: 19%; no Ensino Médio Noturno: 6% e no Ensino
Médio Matutino apenas 0,01%.
O quadro a seguir mostra com quem os alunos solteiros vivem:
Curso
Vive apenas com a mãe
Vive com avós
Vive com irmãos
Vive com parentes
Ensino Médio - Matutino 73 20 4 5
Ensino Médio - Noturno 27 11 7 2
Formação de Docentes 12 3 3 3
Quadro 26. Demonstrativo da organização familiar: “com quem os alunos solteiros vivem”
8 Estas ocupações/profissões foram consideradas às dos maridos de alunas.
9 Ordem decrescente (as primeiras referem-se às de maior incidência).
O gráfico a seguir mostra o percentual de pais separados:
Curso Pais separados Ensino Médio - Matutino 19%
Ensino Médio – Noturno 21%
Formação de Docentes 16%
Quadro 27. Percentual de pais separados
O gráfico a seguir mostra o percentual de alunos que convivem com padrasto
e madrasta:
Curso Têm padrasto Têm madrasta Ensino Médio -
Matutino
8%
1%
Ensino Médio - Noturno
9%
4%
Formação de Docentes
4%
4%
Quadro 28. Percentual de alunos que convivem com padrasto e/ou madrasta
3.3.8.5 Condições de saúde
Para traçar o perfil das condições de saúde consideramos apenas os que
alegaram ser portadores de uma deficiência, os que fazem uso de medicamento
contínuo e Plano de Saúde. Destaque para a existência de 04 alunos com
deficiência importante: uma cadeirante, um portador de prótese de pé esquerdo, e
dois com deficiência auditiva, sem, no entanto, a exigência de utilização de aparelho.
Há de se considerar os alunos com deficiência visual e que muitas vezes “não se
vêem” como deficientes porque fazem uso de lentes corretivas.
Quanto ao uso de medicamento contínuo há alunos que fazem tratamento
para anemia, diabetes e depressão.
O número de alunos cujas famílias têm plano de saúde pode ser visualizado
no quadro a seguir:
Curso Plano de
Saúde10 Ensino Médio - Matutino 14%
Ensino Médio - Noturno 7%
Formação de Docentes 9%
10
Ordem decrescente dos planos de saúde citados: Plano de Saúde Santa Terezinha, SAS e UNIMED.
Quadro 29. Percentual de alunos que possuem plano de saúde
3.3.8.6 Atividades no contraturno
Os alunos não trabalhadores apontaram o que fazem em período alternado.
Essa informação será considerada nas na proposição de ações pedagógicas que
exijam a disponibilidade do aluno. Essas atividades também reforçam a veracidade
no traçado do perfil sócio-econômico do aluno, conforme o quadro a seguir:
Atividade Ensino Médio Matutino
Ensino Médio Noturno
Formação de Docentes
Tarefas domésticas 64% 40% 84%
CELEM 4% 2% 2%
Curso pago 22% 8% 15%
Treino modalidade esportiva 17% 4% 4%
Academia 11% 5% 2%
Clube 8% 3% 1% Atividade Complementar de Aprofundamento da Aprendizagem – Preparatório para o vestibular
3% - -
Cursinho Municipal 4% - -
Estágio supervisionado - - 100%
Quadro 30. Atividades dos alunos não trabalhadores no contraturno
3.3.8.7 Participação em Plano do Governo
Para finalizar o perfilamento comparativo dos alunos considerou-se a inserção
dos mesmos e, de suas famílias, em programa do governo (Bolsa Família,
principalmente). A pesquisa apontou o seguinte resultado:
Curso Plano do Governo
Ensino Médio - Matutino 19%
Ensino Médio - Noturno 24%
Formação de Docentes 18%
Quadro 31. Percentual de alunos inseridos em programas do governo Registre-se que os resultados acima analisados foram publicados no início do ano
letivo de 2011 e, a partir da discussão travada, algumas tomadas de decisões foram
previstas a partir deles como descrito no marco operacional.
MARCO CONCEITUAL
“A passagem para um novo paradigma não é abrupta e nem radical. É um
processo que vai crescendo, se construindo e se legitimando”.
Behrens
As contradições são inerentes ao processo de organização social em
quaisquer épocas, no entanto, a dialética nem sempre subsidiou a tomada de
decisões em todas as sociedades, isso porque a aceitação do statu quo em
algumas, com liderança centralizadora, por vezes tirana, foi assumida passivamente
como uma atitude política.
A educação, tomada aqui em sentido restrito, a escolar propriamente dita,
está sujeita a condicionantes de ordem sociopolítica, entre outros, que implicam em
diferentes concepções de homem e de sociedade e, em razão disso, diferentes
pressupostos sobre o papel da escola e da aprendizagem, entre outros. Vista desta
forma, ora assume postura emancipadora, ora atua apenas como aparelho
ideológico do estado podendo, em algumas vezes, ser repressora defendendo o
interesse da classe dominante.
Assim, o modo como os profissionais da educação realizam o seu trabalho
está diretamente ligado aos pressupostos teóricos, que explícita ou implicitamente,
embasam a prática, e consequentemente, explicam sua práxis.
Sistematicamente, as tendências educacionais podem servir de parâmetro
entre a prática dos profissionais da educação e o referencial teórico construído nas
últimas décadas. Em linhas gerais, Libâneo (1990), usando como critério a posição
que adotam em relação aos condicionantes sociopolíticos da escola, classificou as
tendências pedagógicas liberais e progressistas, a saber:
Pedagogia Liberal Pedagogia Progressista
Tradicional Libertadora
Renovada progressivista Libertária
Renovada não-diretiva Crítico-social dos conteúdos
Tecnicista
Quadro 32: Tendências Pedagógicas
A doutrina liberal defende a liberdade e os interesses individuais e por isso
estabeleceu uma forma de organização social alicerçada na propriedade privada dos
meios de produção, ou seja, suscita uma sociedade de classes. A pedagogia liberal
é, portanto, uma manifestação dessa concepção de sociedade. Nos últimos
cinquenta a educação brasileira tem sido marcada pelas tendências liberais, ora na
forma conservadora, ora na forma renovada e, tais tendências manifestam-se nas
práticas escolares e no ideário pedagógico de muitos professores, ainda que não se
dêem conta dessa influência, lembra Libâneo (1990), isso porque a escola nesta
perspectiva tem a função de preparar indivíduos para o desempenho de papeis
sociais de acordo com aptidões individuais.
Historicamente, a pedagogia liberal evoluiu para a pedagogia renovada,
denominada Escola Nova, no entanto ambas conviveram e convivem na prática
escolar. Os conteúdos, os procedimentos didáticos, a relação professor-aluno não
têm nenhuma relação com o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades
sociais. Predomina, neste contexto, a palavra do professor, regras impostas pelas
hierarquias, e a supervalorização do intelectual. O aluno é educado para atingir sua
realização pelo próprio esforço, e assumir os seus fracassos como resultado de
esforço insuficiente.
Ainda segundo Libâneo (1990)
a tendência liberal renovada apresenta-se, entre nós, em duas versões distintas: a renovada progressivista, ou, pragmática, principalmente na forma difundida pelos pioneiros da educação nova, entre os quais se destaca Anísio Teixeira (deve-se destacar, também, a influência de Montessori, Decroly e, de certa forma, Piaget); a renovada não-diretiva, orientada para os objetivos de auto-realização (desenvolvimento pessoal) e para as relações inter-pessoais, na formulação do psicólogo norte-
americano Carl Rogers. [...] A tendência liberal tecnicista
subordina a educação à sociedade, tendo como função a preparação de "recursos humanos" (mão-de-obra para indústria). A sociedade industrial e tecnológica estabelece (cientificamente) as metas econômicas, sociais e políticas, a educação treina (também cientificamente) nos alunos os comportamentos de ajustamento a essas metas. No tecnicismo acredita-se que a realidade contém em si suas próprias leis, bastando aos homens descobri-las e aplicá-las. Dessa forma, o essencial não é o conteúdo da realidade, mas as técnicas (forma) de descoberta e aplicação.
Saviani (1981) apropriadamente descreveu as confusões que se
emaranhavam nos professores da época (e que ainda emaranham). Segundo ele:
os professores têm na cabeça o movimento e os princípios da
escola nova. A realidade, porém, não oferece aos professores condições para instaurar a escola nova, porque a realidade em que atuam é tradicional. (...) Mas o drama do professor não termina, aí. A essa contradição se acrescenta outra: além de constatar que as condições concretas não correspondem à sua crença, o professor se vê pressionado pela pedagogia oficial que prega a racionalidade e produtividade do sistema e do seu trabalho, isto é, ênfase, nos meios (tecnicismo).(...) Ai o quadro contraditório em que se encontra o professor: sua cabeça é escolanovista a realidade é tradicional;"(...) rejeita o tecnicismo porque sente-se violentado pela ideologia oficial; não aceita a linha crítica porque não quer receber a denominação de agente repressor (SAVIANI, 1981).
Há unanimidade na constatação de que as tendências não aparecem em sua
forma pura e nem conseguem descrever todas as nuances da prática escolar, no
entanto servem de parâmetro de análise e avaliação da prática do professor.
Emprestando as palavras de Libâneo (1994) temos que:
a pedagogia progressista manifesta-se em três tendências: a
libertadora, mais conhecida como pedagogia de Paulo Freire, a libertária, que reúne os defensores da autogestão pedagógica; a crítico-social dos conteúdos que, diferentemente das anteriores, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto cor as realidades sociais. As versões libertadora e libertária
têm em comum o anti-autoritarismo, a valorização da experiência vivida como base da relação educativa e a idéia de autogestão pedagógica. Em função disso, dão mais valor ao processo de aprendizagem grupal (participação em discussões, assembléias, votações) do que aos conteúdos de ensino. Como decorrência, a prática educativa somente faz sentido numa prática social junto ao povo, razão pela qual preferem as modalidades de educação popular “não-formal”. A tendência da pedagogia crítico social de conteúdos propõe uma síntese superadora das pedagogias tradicional e renovada, valorizando a ação pedagógica enquanto inserida na prática social concreta. Entende a escola como mediação entre o individual e o social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto (inserido num contexto de relações sociais); dessa articulação resulta o saber criticamente re-elaborado (LIBÂNEO, 1994)
Conforme Libâneo (1994), a tendência progressista crítico-social dos
conteúdos, diferentemente da libertadora e libertária, acentua a primazia dos
conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. A atuação da escola consiste
na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe
um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma
participação organizada e ativa na democratização da sociedade.
Na visão da pedagogia dos conteúdos, admite-se o princípio da
aprendizagem significativa, partindo do que o aluno já sabe. A transferência da
aprendizagem só se realiza no momento da síntese, isto é, quando o aluno supera
sua visão parcial e confusa e adquire uma visão mais clara e unificadora.
A partir da Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 foi dada à escola maior
autonomia na construção de sua Proposta Pedagógica e ênfase à atualização
constante do professor que, através do conhecimento dessas tendências
pedagógicas e dos seus pressupostos de aprendizagem, o professor terá condições
de avaliar os fundamentos teóricos empregados na sua prática em sala de aula.
No Estado do Paraná a aprovação da versão final das Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica, a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais –
DCNs, mobilizou o professorado paranaense no estudo do referencial teórico que as
subsidiam. Desta forma, as ideias de Piaget, Vygotsky e Wallon são potencializadas.
Os pontos de convergência entre eles os qualificaram como interacionistas, porque
concebem o conhecimento como resultado da ação que se passa entre o sujeito e
um objeto. De acordo com ARANHA (1998). o conhecimento não está, então, no
sujeito, como queriam os inatistas, nem no objeto, como diziam os empiristas, mas
resulta da interação entre ambos.
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal em
atendimento às orientações da SEED, durante as semanas pedagógicas,
grupos de estudos e outras situações de formação continuada pode
aprofundar discussões acerca do referencial teórico sugerido por ela. Desta
forma esta instituição, depois de muito refletir sobre as tendências
educacionais, pautará suas ações na Pedagogia Crítico-social dos conteúdos
fundamentando-se nos referenciais teóricos de Demerval Saviani, na didática
de João Luiz Gasparin (vale lembrar que estes referenciais assentam-se na
filosofia de Karl Marx e Gramsci) e na psicologia de Vygotsky.
1. A PEDAGOGIA PROGRESSISTA: BREVES CONSIDERAÇÕES
Segundo Mercado (1996) a pedagogia crítico-social dos conteúdos, surgida
no final dos anos 70, adentrando a década de 80, foi uma reação à pedagogia
libertadora que, na ótica de alguns educadores, dava pouca relevância ao “saber
elaborado” historicamente acumulado e que constitui parte do acervo cultural da
humanidade. Na ótica do autor:
a "pedagogia crítico-social dos conteúdos" assegura a função social e política da escola através do trabalho com conhecimentos sistematizados, a fim de colocar as classes populares em condições de uma efetiva participação nas lutas sociais. Entende que não basta ter como conteúdo escolar as questões sociais atuais, mas que se tenha domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades mais amplas para que os alunos possam interpretar suas experiências de vida e defender seus interesses de classe. (MERCADO, 1996).
Desta forma, a escola assume o papel de socializadora dos conhecimentos e
saberes universais que, na verdade, são produzidos pelo grupo dominante. Para
Saviani (2003):
Esta é a base da ideia da socialização do saber que a gente tem formulado em termos pedagógicos. Aqui é preciso desfazer uma confusão. Elaboração do saber não é sinônimo de produção do saber. A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. A elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização. Daí a importância da escola: se a escola não permite o acesso a esses instrumentos, os trabalhadores ficam bloqueados e impedidos de ascenderem ao nível da elaboração do saber,
embora continuem, pela sua atividade prática real, a contribuir para a produção do saber. O saber sistematizado continua a ser propriedade privada a serviço do grupo dominante. (2003, p.91).
A atuação da escola, na fala de Libâneo (1985, p.39), consiste “na preparação
do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhes um
instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização da sociedade”.
Os conteúdos, neste enfoque, são os acervos culturais universais,
incorporados pela humanidade, relidos e reavaliados frente às realidades sociais. Os
conteúdos, desta forma, não são só ensinados, mas são incorporados, de maneira
indissociável ao seu significado humano e social. Com isso passa-se da experiência
imediata e desorganizada ao saber sistematizado.
A aplicação destes princípios teóricos responde aos três grandes passos do
método dialético de construção do conhecimento: prática-teoria-prática. Saviani
elaborou o significado de práxis, entendendo-a como um conceito sintético que
articula a teoria e a prática a partir de uma reflexão científica. A prática, para
desenvolver-se e produzir suas consequências, necessita da teoria e precisa ser por
ela iluminada. É a prática ao mesmo tempo, fundamento, critério de verdade e
finalidade da teoria. É, portanto, da prática que se origina a teoria. Para que esse
processo de aprendizagem se efetive, é preciso percorrer o seguinte caminho
metodológico, sistematizado por João Luiz Gasparin, a partir do construto de
Dermeval Saviani.
Artigo científico de Alves (2005), que toma por base a obra de Gasparin,
sintetiza com precisão os passos propostos inicialmente por Saviani (2003):
1.1. PRÁTICA SOCIAL INICIAL
Saviani evidencia que a prática social é comum a educadores e educandos. Consiste
no primeiro contato que o educando mantém com o conteúdo trabalhado pelo educador.
Sendo a visão do educando, uma visão de senso comum, empírica, geral, uma visão um
tanto confusa, ou seja, sincrética, onde tudo, de certa forma, aparece como natural. Nesta
fase, deve, então, o educador posicionar-se em relação à mesma realidade de maneira mais
clara e, ao mesmo tempo, com uma visão mais sintética, a fim de conduzir o processo
pedagógico com maior segurança e realizar o planejamento de suas atividades
antecipadamente. Ao dialogar com os educandos sobre o tema a ser estudado mostrará a
eles o quanto já conhecem sobre o assunto, evidenciando, que a temática desenvolvida está
presente na prática social, ou seja, em seu dia-a-dia.
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO
O segundo passo constitui o elo entre a prática e a instrumentalização. "Trata-se de
detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em
consequencia, que conhecimento é necessário dominar" (SAVIANI, 1999, p. 80).
A problematizarão é o elemento-chave na transição entre prática e teoria,
fundamental para o encaminhamento de todo o processo de trabalho docente-discente.
Deve-se enfatizar os principais problemas relacionados ao tema/conteúdo proposto, pois as
questões fundamentais que foram apreendidas anteriormente pelo educador e alunos
precisam reelaborados, ou resolvidas, não pela educação ou na escola, mas no âmbito da
sociedade como um todo.
A problematização é, ou deveria ser, o fio condutor de todas as atividades que os
educandos desenvolverão no processo de construção do conhecimento.
1.3. INSTRUMENTALIZAÇÃO
A instrumentalização, segundo Saviani (1991, p. 103), consiste na apreensão "dos
instrumentos teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos problemas detectados
na prática social (...) trata-se da apropriação das ferramentas culturais necessárias para se
libertar das condições de exploração em que vivem". É o momento do método que passa da
síncrese à síntese a visão do educando sobre o conteúdo presente em sua vida social.
A tarefa do educador e dos educandos, nesta fase, desenvolve-se através de ações
didático-pedagógicas necessárias à efetiva construção conjunta do conhecimento nas
dimensões científica, social e histórica. Consiste em realizar as operações mentais de
analisar, comparar, criticar, levantar hipóteses, julgar, classificar, conceituar, deduzir,
generalizar, discutir explicar, entre outras. Na instrumentalização, educando e educador
efetivam o processo dialético de construção do conhecimento que vai do empírico ao
abstrato chegando, assim, ao concreto, ao realizável.
1.4. CARTASE
Esta é a fase em que o educando mostra que de uma síncrese inicial sobre a
realidade social do conteúdo que foi trabalhado, chega-se à síntese, que é o momento em
que ele estrutura, em nova forma, seu pensamento sobre as questões que o conduziram à
construção do conhecimento. Segundo Saviani (1999 p. 80-81), "o momento cartático pode
ser considerado como o ponto culminante do processo educativo, já que é aí que se realiza,
pela mediação da análise levada a cabo no processo de ensino, a passagem da síncrese à
síntese".
1.5. PRÁTICA SOCIAL FINAL
Conforme Saviani (1999, p. 82), a prática social inicial e final é a mesma, embora não
o seja. É a mesma enquanto se constitui "o suporte e o contexto, o pressuposto e o alvo, o
fundamento e a finalidade da prática pedagógica. E não é a mesma, se considerarmos que
o modo de nos situarmos em seu interior se alterou qualitativamente pela mediação da ação
pedagógica". Educadores e educandos se modificaram intelectualmente e qualitativamente
em relação as suas concepções sobre o conteúdo que reconstruíram, passando de um
estágio de menor compreensão científica, social e histórica a uma fase de maior clareza e
compreensão.
Essa proposta de trabalho pode referir-se tanto às ações intelectuais quanto aos
trabalhos manuais físicos. A prática social final é assim, o momento da ação consciente do
educando dentro da realidade em que vive. É uma proposta metodológica de apropriação e
de reconstrução do conhecimento sistematizado buscando evidenciar que todo o conteúdo
que é trabalhado na educação e pelo educando, através do processo pedagógico, retorna
agora, de maneira nova e compromissada, para o cotidiano social a fim de ser nele um
instrumento a mais na transformação da realidade.
Seus passos, aqui apresentados, embora de modo formal, aparecem como se
fossem independentes e estanques, mas na realidade prática eles constituem um todo
indissociável e dinâmico, onde cada fase interpreta as demais. Assim, a prática social inicial
e final é o conteúdo reelaborado pelo processo educativo. A problematização, a
instrumentalização e a catarse são os três passos de efetiva construção do conhecimento
na e para a prática social.
Em síntese, segundo Gasparin (2003), o primeiro passo da pedagogia
histórico-crítica diz respeito ao nível de desenvolvimento real do educando -
prática social inicial; o segundo constitui o elo entre a prática social e a
instrumentalização - é a problematização; o terceiro relaciona-se às ações
didático-pedagógicas para a aprendizagem - instrumentalização; o quarto, a
expressão elaborada da nova forma de entender a prática social - catarse; e o
quinto e último, ao nível de desenvolvimento atual do educando - prática social
final. Sendo que os três passos intermediários compõem a zona de
desenvolvimento imediato ou proximal do educando (Vygotsky, 1991).
2. UMA RETOMADA NECESSÁRIA: O CONSTRUTO DE VYGOTSKY
“Uma palavra que não representa uma idéia é uma coisa morta, da mesma forma que uma ideia não incorporada em palavras não passa de uma sombra.” Vygotsky
A psicologia sócio-histórica tem como base a teoria de Vygotsky e concebe o
desenvolvimento humano a partir das relações sociais que a pessoa estabelece no
decorrer da vida. Nesse referencial, o processo de ensino-aprendizagem também se
constitui dentro de interações nos diversos contextos sociais.
De acordo com Vygotsky, todas as atividades cognitivas básicas do indivíduo
ocorrem de acordo com sua história social e acabam se constituindo no produto do
desenvolvimento histórico-social de sua comunidade. Portanto, as habilidades
cognitivas e as formas de estruturar o pensamento do indivíduo não são
determinadas por fatores congênitos. São isto sim, resultado das atividades
praticadas de acordo com os hábitos sociais da cultura em que o indivíduo se
desenvolve. Consequentemente, a história da sociedade na qual a criança se
desenvolve e a história pessoal desta criança são fatores cruciais que vão
determinar sua forma de pensar. Neste processo de desenvolvimento cognitivo, a
linguagem tem papel crucial na determinação de como a criança, e por extensão o
aluno, vai aprender a pensar, uma vez que formas avançadas de pensamento são
produzidas através de palavras. Para Vygotsky, um claro entendimento das relações
entre pensamento e língua é necessário para que se entenda o processo de
desenvolvimento intelectual. Linguagem não é apenas uma expressão do
conhecimento adquirido. Existe uma inter-relação fundamental entre pensamento e
linguagem, um proporcionando recursos ao outro. Desta forma a linguagem tem um
papel essencial na formação do pensamento e do caráter do indivíduo.
2.1 ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL
Um dos princípios básicos da teoria de Vygotsky é o conceito de "zona de
desenvolvimento proximal". A zona de desenvolvimento próximo representa a
diferença entre a capacidade do aprendente resolver problemas por si mesmos e a
capacidade de resolvê-los com ajuda de alguém. A zona de desenvolvimento
próximo abrange todas as funções e atividades que o aluno consegue desempenhar
apenas se houver ajuda de alguém. Esta pessoa que intervém para orientá-lo pode
ser tanto um adulto (pais, professor, responsável, instrutor) quanto um colega que já
tenha desenvolvido a habilidade requerida.
A ideia de zona de desenvolvimento próximo é de grande relevância em todas
as áreas educacionais. Uma implicação importante é a de que o aprendizado
humano é de natureza social e é parte de um processo em que a criança desenvolve
seu intelecto dentro da intelectualidade daqueles que a cercam (Vygotsky, 1978).
De acordo com Vygotsky, uma característica essencial do aprendizado é que
ele desperta vários processos de desenvolvimento internamente, os quais funcionam
apenas quando o aprendente interage em seu ambiente de convívio. Frente ao
exposto, esse processo pode ser metaforicamente descrito em forma de espiral.
Ilustração 2. Metáfora descritiva da teoria de Vygotsky
Jimenez (1989) utiliza esta mesma metáfora para mostrar como este
processo também ocorre na produção, assimilação e perpetuação da cultura.
Segundo ele, a partir dos anos 70 constata-se a necessidade de se valorizar a
questão da cultura, passando esta de simples saber enciclopédico para reconhecer
que no povo existem saberes que dialogam com o saber culto, num processo que se
chama de espiralidade cultural, ou seja:
aquela que pretende mostrar como as culturas não ocorrem em estado puro: mas em seus processo de constituição e desenvolvimento, encontram-se com outras culturas populares, cultas ou de massa e vão assumindo características dessa última, integrando-as em seus elementos mais primitivos, mas
fornecendo-nos um sujeito do qual a característica fundamental é a mestiçagem e, precisamente, o traço vai se criando, a partir de seu eixo cultural básico, fornecido este por sua origem sócio-histórico de classe (JIMENEZ,1989).
O pensamento do educador Saviani – teórico da pedagogia histórico-crítica –
aponta a dialética como pressuposto desta, posicionando a filosofia que fundamenta
a referida tendência, qual seja, o materialismo histórico-dialético.
Em outros termos, o que eu quero traduzir com a expressão “Pedagogia Histórico-Crítica” é o empenho em compreender a questão educacional a partir do desenvolvimento histórico objetivo. Portanto, a concepção pressuposta nesta visão da Pedagogia Histórico-Crítica é o materialismo histórico, ou seja, a compreensão da história a partir do desenvolvimento material, da determinação das condições materiais da existência humana. No Brasil, esta corrente pedagógica se firma, fundamentalmente, a partir de 1979 (SAVIANI, 2008, p.102).
2.2. MATERIALISMO HISTÓRICO E LÓGICA DIALÉTICA
“O trabalho educativo é o ato de produzir, em cada
indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”. (Saviani)
A humanidade, produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos
homens, diz respeito ao conjunto de instrumentos com os quais os homens se
relacionam com a natureza e com os outros homens para promover a sobrevivência.
A forma histórica de produzir a humanidade chama-se trabalho, portanto a
centralidade do trabalho nas relações sociais diz respeito também à educação
segundo o que preconizam os referenciais de Karl Marx e Antônio Gramsci, como
aqui já foi exposto.
Para que a educação seja um instrumento do processo de humanização, o
trabalho, categoria central de análise da materialidade histórica dos homens
enquanto a forma mais simples, mais objetiva, que eles desenvolveram para se
organizarem em sociedade, deve ser tomado como princípio educativo. Saviani
(1991) afirma:
num primeiro sentido, o trabalho é princípio educativo na medida em que determina, pelo grau de desenvolvimento social atingido historicamente, o modo de ser da educação em seu conjunto. Nesse sentido, aos modos de produção [...] correspondem modos distintos de educar com uma correspondente forma dominante de educação [...]. Num
segundo sentido, o trabalho é princípio educativo na medida em que coloca exigências específicas que o processo educativo deve preencher em vista da participação direta dos membros da sociedade no trabalho socialmente produtivo. [...]. Finalmente, o trabalho é princípio educativo num terceiro sentido, à medida que determina a educação como uma modalidade específica e diferenciada de trabalho: o trabalho pedagógico (SAVIANI, 2008, p. 56).
Em síntese, o trabalho, como princípio educativo, traz para a educação a
tarefa de educar pelo trabalho e não para o trabalho, isto é, para o trabalho amplo,
filosófico, trabalho que se expressa na práxis, ou seja, pela articulação da dimensão
prática com a dimensão teórica, de forma refletida, pensada.
Saviani (1991), discutindo a necessidade de o educador brasileiro passar do
senso comum para a consciência filosófica na compreensão de sua prática
educativa, aponta o método materialista histórico dialético como instrumento desta
prática e explica, para isto, a superação da etapa de senso comum educacional
(conhecimento da realidade empírica da educação), por meio da reflexão teórica
(movimento do pensamento, abstrações), para a etapa da consciência filosófica
(realidade concreta da educação, concreta pensada, realidade educacional
plenamente compreendida). Sobre estas questões Saviani escreve:
Com efeito, a lógica dialética não é outra coisa senão o processo de construção do concreto de pensamento (ela é uma lógica concreta) ao passo que a lógica formal é o processo de construção da forma de pensamento (ela é, assim, uma lógica abstrata). Por aí, pode-se compreender o que significa dizer que a lógica dialética supera por inclusão/incorporação a lógica formal (incorporação, isto quer dizer que a lógica formal já não é tal e sim parte integrante da lógica dialética). Com efeito, o acesso ao concreto não se dá sem a mediação do abstrato (mediação da análise como escrevi em outro lugar ou “detour” de que fala Kosik). Assim, aquilo que é chamado lógica formal ganha um significado novo e deixa de ser a lógica para se converter num momento da lógica dialética. A construção do pensamento se daria, pois da seguinte forma: parte-se do empírico, passa-se pelo abstrato e chega-se ao concreto. (SAVIANI, 2008, p.11).
As discussões travadas no interior de nossa escola apontaram para a
dificuldade de professores das áreas de exatas trabalharem os conteúdos de suas
disciplinas nesta perspectiva, pois estão fundamentados, aos olhos da maioria, em
bases conceituais abstratas. Neste sentido discussões foram travadas no sentido de
buscar outros referenciais que tornem mais concretos os conteúdos das ciências
exatas, com ênfase à adoção de uma postura metodológica que valorize a
interdisciplinaridade, a contextualização e a problematização na perspectiva do
materialismo histórico.
3. A INTERDISCIPLINARIDADE, A CONTEXTUALIZAÇÃO E A
PROBLEMATIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO MATERIALISMO HISTÓRICO
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal em ampla
discussão nas semanas pedagógicas, destaque para as de 2001/2010 inferiu que
no ambiente de sala de aula, o professor, como bem colocam Amaral e Oliveira
(2003), além de lidar com uma avalanche de informação, convive com alunos de
diferentes origens culturais. Sendo assim, há inúmeros detalhes, negociações,
trocas e interações “harmoniosas” que precisam ocorrer para tornar a aprendizagem
mais eficiente.
Nessa ótica, a interdisciplinaridade é um desafio ao atual ensino médio, isso
porque os professores foram formados de maneira segmentada,
compartimentalizada, percebendo pouca ou nenhuma relação entre as disciplinas.
Necessário se faz, dessa forma, revisão de alguns conceitos já cristalizados, romper
com alguns paradigmas e tomar a interdisciplinaridade como postura metodológica
educativa.
Fazenda (2007) sustenta que
no limiar do século XXI e no contexto da internacionalização caracterizada por uma intensa troca entre os homens, a interdisciplinaridade assume um papel de grande importância. Além do desenvolvimento de novos saberes, a interdisciplinaridade na educação favorece novas formas de aproximação da realidade social e novas leituras das dimensões socioculturais das comunidades humanas. (FAZENDA, 2007. p. 3)
Para garantir um desenvolvimento adequado de práticas interdisciplinares,
torna-se importante estabelecer diferenças básicas entre esta e a contextualização.
Uma questão que Zacharias (2007) esclarece que o entrecruzamento dos
conteúdos, independente das áreas do conhecimento, constitui a mola propulsora da
interdisciplinaridade, concomitantemente ao inter-relacionamento entre os conteúdos
da disciplina. Ao passo que os conteúdos impregnados da(s) realidade(s) do aluno
demarcam o significado pedagógico da contextualização. A contextualização, dessa
forma, imprime significados e relevância aos conteúdos escolares. À
interdisciplinaridade caberá a explicitação dos conteúdos contextualizados.
A contextualização aponta para a necessidade de se trabalhar os conteúdos,
ultrapassando a realidade do aluno, pois, do contrário, incorre no risco de
proporcionar um esvaziamento dos conteúdos. É necessário transpor o contexto do
aluno, enfocando situações históricas, sociais, culturais, éticas que se imbricam na
produção do conhecimento e uma prática social refletida, diz Zacharias (2007).
Ao lado da interdisciplinaridade e contextualização a problematização deve
ser considerada, como nos lembra Pozo (1998)
um dos veículos mais acessíveis para levar os alunos a aprender a aprender é a solução de problemas [...] A solução de problemas baseia-se na apresentação de situações abertas e sugestivas que exijam dos alunos uma atitude ativa e um esforço para buscar suas próprias respostas, seu próprio conhecimento. O ensino baseado na solução de problemas pressupõe promover nos alunos o domínio de procedimentos, assim como a utilização de conhecimentos disponíveis, para dar resposta a situações variáveis e diferentes. Assim, ensinar os alunos a resolver problemas supõe dotá-los da capacidade de aprender a aprender, no sentido de habituá-los a encontrar por si mesmos as respostas às perguntas que os inquietam ou que precisam responder, ao invés de esperar uma resposta já elaborada por outros e transmitida pelo livro-texto ou pelo professor (POZO, 1998.p.9).
Isto posto, apresentamos a seguir, as bases filosóficas da tendência
progressista "crítico-social dos conteúdos" sob a qual esta instituição assenta suas
ações, considerando também as contribuições de Vygotsky.
33..11.. CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO DDEE EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO
A educação, na perspectiva da pedagogia histórico-crítica, é concebida como
“produção do saber”, pois o homem ao longo da história tornou-se capaz de elaborar
ideias, assimilar comportamentos e atitudes com base nos conceitos que formulou
na relação com o seu meio. O ensino, tomado como parte da ação educativa, é visto
como processo, no qual o professor é o produtor do saber e o aluno consumidor. Ou
ainda, o professor, detentor de competência técnica, é o responsável pela
transmissão e socialização do saber escolar, cabendo ao aluno aprender os
conteúdos para ultrapassar o saber espontâneo, de caráter empírico.
A educação em sentido restrito, a escolarizada propriamente dita, deverá
enfatizar o currículo escolar, a escrita e o conhecimento científico, e a escola será a
mediadora entre o saber popular e o saber erudito, vislumbrando a sua superação.
Segundo Saviani “pela mediação da escola, dá-se a passagem do saber espontâneo
ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita” (SAVIANI, 1991, p. 29).
O saber popular seria o ponto de partida e o saber científico o ponto de chegada. A
igualdade para Saviani estaria no acesso ao saber sistematizado, portanto, pelo
ponto de chegada.
Neste sentido Saviani afirma que professor e aluno são agentes sociais na
medida em que são parceiros na solidificação de uma sociedade menos desigual
pelo direito de aquisição/reconstrução do conhecimento historicamente construído.
33..22.. CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO DDEE HHOOMMEEMM
Em Freire (2002) reitera-se a importância e a necessidade de se entender a
existência humana a partir de sua substancialidade, ou seja, o reconhecimento de
todos os homens como verdadeiros sujeitos históricos. Os atributos dados aos
homens não podem, assim, sobrepujar o dado mais importante da existência
humana: a sua presença no mundo como sujeito.
Em Vygotsky (1988)11 toma-se como referência, no desvelamento do homem
histórico, o ambiente cultural onde ele nasce e se desenvolve. Na abordagem
vygotskyana o processo de construção do conhecimento ocorre através da interação
do sujeito historicamente situado com o ambiente sócio-cultural onde vive. A
educação deve, nessa perspectiva, tomar como referência toda a experiência de
vida própria do sujeito.
Neste sentido, o Colégio Cyríaco Russo, a partir do construto destes dois
autores, concebe o aluno como sujeito socialmente inserido num meio
historicamente construído. O meio social do aluno e visto como veiculador da
cultura, desta forma constitui-se também em fonte de conhecimento. Nesse sentido,
respeitar-se-á o aluno enquanto ser histórico e o seu meio como gerador da cultura,
11
VYGOTSKY, L. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
sem, no entanto, perder de vista a superação dos saberes do senso comum
vislumbrando a aquisição dos saberes científicos historicamente construídos.
33..33.. CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO DDEE MMUUNNDDOO
A contradição é a essência da dialética. Esta instituição ao buscar a
concepção de mundo que pautasse suas expectativas, considerou aquela que
traduzisse a dimensão dialética. Para tanto, considera os seguintes princípios, ou
leis, da Dialética conforme quadro a seguir:
1º Princípio
Tudo se relaciona: princípio da totalidade
2º Princípio
Tudo se transforma: princípio do movimento
3º Princípio
Mudança qualitativa:
princípio da não repetição
4º Princípio
Unidade e luta dos contrários: princípio da
contradição
A natureza se apresenta como um todo onde objetos e fenômenos são ligados entre si, condicionando-se reciprocamente. Essa compreensão da totalidade significa não só que as partes se encontram em conexão entre si e com o todo, mas também que o todo não pode ser petrificado na abstração situada por cima das partes, visto que o todo se cria a si mesmo na interação das partes.
A natureza e a sociedade não são realidades acabadas, mas em contínua transformação, jamais estabelecidos definitivamente.
A mudança das coisas não se realiza num processo de eterna repetição. Esta mudança qualitativa dá-se pelo acúmulo de elementos quantitativos que num determinado momento produzem o qualitativamente novo.
A transformação das coisas só é possível porque no seu interior coexistem forças opostas tendendo simultaneamente à unidade e à oposição. A contradição é a essência da dialética.
Quadro 33: Princípios da Dialética
3.4. CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA E SOCIEDADE
Conceituar história, cultura e sociedade a partir do entendimento do conceito
de Materialismo Histórico foi uma necessidade apontada no coletivo da escola em
razão do que prescreve a SEED. O materialismo diz respeito à teoria que atribui à
realidade material o sentido e explicação da realidade; concebe a realidade
explicada e entendida a partir de uma relação dinâmica e contraditória de vários
processos que dão origem a novas realidades. Segundo os princípios do
Materialismo Histórico a maneira ou modo como uma sociedade realiza a produção
da vida material (bens culturais e serviços) interfere e define o processo social, a
política, a produção intelectual em geral. Desta forma as manifestações do
pensamento humano surgem a partir da estrutura econômica da sociedade.
De acordo com Russ (1994)
As relações sociais e culturais se auto definem e são influenciadas pelo modelo econômico. Os fenômenos econômicos explicam todos os outros aspectos da sociedade. A estrutura econômica definida nas relações de produção e forças de produção forma a infra-estrutura de uma sociedade, e sobre esta se organiza a superestrutura, ou seja, todo o arcabouço de explicações, ideias, definições, conceituações, organismos e instituições. A superestrutura representa, justifica, reproduz e promove a estrutura econômica ou infraestrutura. As maneiras de pensar se explicam pelas relações econômicas e sociais (RUSS,1994).
A escola é, potencialmente, uma superestrutura que pode estar a serviço de
estruturas injustas ou a serviço da contestação destas estruturas. É uma questão de
opção política que pode legitimar mecanismos de coerção social ou rompimento com
os mesmos.
Severino (1994) entende que as mudanças sociais são fruto de uma
permanente luta de contrários, mas podem ser aceleradas com atuação consciente
dos homens, através de uma vinculação comprometida do pensamento à prática
social no sentido de desvelar as contradições da realidade (SEVERINO, 1994).
Com base nos princípios do Materialismo Histórico esta instituição buscará,
em todas as disciplinas, intermediar a análise das mudanças sociais acima
mencionadas abrindo o horizonte de expectativas dos alunos para que nelas
possam interferir quando possível.
33..55.. CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO DDEE GGEESSTTÃÃOO
NNoo eeppiicceennttrroo ddaa ggeessttããoo eessccoollaarr,, nnoorrtteeaaddaa ppeellooss pprriinnccííppiiooss ddeemmooccrrááttiiccooss,, eessttáá
aa bbuussccaa iinncceessssaannttee ppeellaa mmeellhhoorriiaa ddaa qquuaalliiddaaddee ddee eennssiinnoo.. TTooddooss ooss eessffoorrççooss ddoo
ccoolleettiivvoo ddaa eessccoollaa ddeevveemm pprriimmaarr ppeellaa vvaalloorriizzaaççããoo ddoo ttrraabbaallhhoo ddeesseennvvoollvviiddoo ppeellooss
pprrooffiissssiioonnaaiiss ddaa eedduuccaaççããoo ggeerriinnddoo mmeeccaanniissmmooss qquuee eeffeettiivveemm eessttaa qquuaalliiddaaddee.. NNoo
eennttaannttoo,, eellee pprreecciissaa sseerr bbaalliizzaaddaa ppeellooss pprriinnccííppiiooss ddaa ddeemmooccrraacciiaa,, ddaa iigguuaallddaaddee,, ddaa
uunniivveerrssaalliiddaaddee ee ddaa llaaiicciiddaaddee..
PPaarraa qquuee eessttee oobbjjeettiivvoo--mmoorr sseejjaa aallccaannççaaddoo éé ddee ffuunnddaammeennttaall iimmppoorrttâânncciiaa aa
ccoommpprreeeennssããoo ddooss lliimmiitteess ee ppoossssiibbiilliiddaaddeess ddaa aaççããoo ddiirreettiivvaa ee oo ccoonnhheecciimmeennttoo ddee
nnoovvaass pprrááttiiccaass ee eexxppeerriiêênncciiaass,, nnoovvaass tteeccnnoollooggiiaass ee nnoovvooss mmééttooddooss ddaa ggeessttããoo ddaa
eessccoollaa ppúúbblliiccaa ccoommoo rreessppoossttaa aa uummaa ccoonncceeppççããoo ddeemmooccrrááttiiccaa ee ddiiaallóóggiiccaa..
SSeegguunnddoo CCaannáárriioo ((11999966))
OO aacceessssoo aa nnoovvaass eexxppeerriiêênncciiaass ee aaooss rreessuullttaaddooss aa qquuee aa iinnvveessttiiggaaççããoo vveemm
cchheeggaannddoo,, ddeevveemm ccoorrrreessppoonnddeerr aa uumm rreeccuurrssoo ffuunnddaammeennttaall ddaass eessccoollaass
qquuaannddoo ssee pprreetteennddee pprroommoovveerr aa ssuubbssttiittuuiiççããoo ddee pprrááttiiccaass ddee oorrggaanniizzaaççããoo ee
ggeessttããoo bbaasseeaaddaass ffuunnddaammeennttaallmmeennttee nnaa rreepprroodduuççããoo ddee hháábbiittooss aaddqquuiirriiddooss,,
ppoorr uummaa pprrááttiiccaa rreefflleettiiddaa,, ggeerraaddoorraa ddee ssoolluuççõõeess iinnoovvaaddoorraass ((CCAANNÁÁRRIIOO,,
11999966))..
AA ppaarrttiirr ddaa ddééccaaddaa ddee 8800 aa pprrááttiiccaa rreefflleexxiivvaa tteemm ssiiddoo iinncceennttiivvaaddaa ccoommoo mmeeiioo
eeffiiccaazz ddee rreevveerr ccoonncceeiittooss ee pprrááttiiccaass,, aanntteevveerr ffeennôômmeennooss ee ssiittuuaaççõõeess qquuee rreeqquueeiirraamm aa
ttoommaaddaa ddee ddeecciissõõeess jjáá pprreevviissttaass eemm lleeii,, iissssoo ppoorrqquuee aa LLeeii ddee DDiirreettrriizzeess ee BBaasseess ddaa
EEdduuccaaççããoo NNaacciioonnaall pprreessccrreevvee ccoommoo ffuunnççããoo ddooss ssiisstteemmaass ddee eennssiinnoo aa
rreegguullaammeennttaaççããoo ddaa ggeessttããoo ddeemmooccrrááttiiccaa nnooss tteerrmmooss ddoo aarrttiiggoo 33ºº,, iinncciissoo VVIIIIII:: ““ggeessttããoo
ddeemmooccrrááttiiccaa ddoo eennssiinnoo ppúúbblliiccoo,, nnaa ffoorrmmaa ddeessttaa lleeii ee ddaa lleeggiissllaaççããoo ddooss ssiisstteemmaass ddee
eennssiinnoo”” ee ccoommpplleemmeennttaa nnoo aarrttiiggoo 1144:: ““ooss ssiisstteemmaass ddee eennssiinnoo ddeeffiinniirrããoo nnoorrmmaass ddee
ggeessttããoo ddeemmooccrrááttiiccaa ddoo eennssiinnoo ppúúbblliiccoo nnaa eedduuccaaççããoo bbáássiiccaa,, ddee aaccoorrddoo ccoomm aass ssuuaass
ppeeccuulliiaarriiddaaddeess ((......))””..
EEssttaa iinnssttiittuuiiççããoo,, aappóóss aannaalliissaarr aass ssuuaass ppeeccuulliiaarriiddaaddeess,, ddeeffiinniiuu ccoommoo pprrááttiiccaa nnaa
ppeerrssppeeccttiivvaa ddee ggeessttããoo ddeemmooccrrááttiiccaa oo pprréé--ccoonnsseellhhoo//ccoonnsseellhhoo ddee ccllaassssee ccoomm aa
ppaarrttiicciippaaççããoo ddee aalluunnooss,, aa ffoommeennttaaççããoo ddaa aattuuaaççããoo ddee pprrooffeessssoorreess ttuuttoorreess ee llííddeerreess ddee
ttuurrmmaa,, aa rreeaalliizzaaççããoo ddee rreeuunniiõõeess ppeerriióóddiiccaass ccoomm aa EEqquuiippee PPeeddaaggóóggiiccaa,, AAggeenntteess
EEdduuccaacciioonnaaiiss,, AAPPMMFF,, CCoonnsseellhhoo EEssccoollaarr ee aa mmaannuutteennççããoo ddee uummaa uurrnnaa nnoo ppááttiioo oonnddee
ooss aalluunnooss ppooddeemm aapprreesseennttaarr ssuuaass ddeennúúnncciiaass,, ccrrííttiiccaass,, ssuuggeessttõõeess ee eellooggiiooss..
OOuuttrraa pprrááttiiccaa qquuee mmeerreeccee ddeessttaaqquuee eessttáá ppaarraa aa ttoommaaddaa ddee ddeecciissõõeess
iimmppoorrttaanntteess qquuee iinntteerrffeerriirrããoo nnaa rroottiinnaa ddoo pprroocceessssoo eedduuccaattiivvoo.. SSeemmpprree qquuee eessttaass
ddeecciissõõeess ssee ffaazzeemm nneecceessssáárriiaass,, ttooddoo oo ccoolleettiivvoo éé aacciioonnaaddoo ee,, eennqquuaannttoo aa ttoottaalliiddaaddee
nnããoo éé ccoonnssuullttaaddaa,, aa ddeecciissããoo éé ppoosstteerrggaaddaa.. UUmm eexxeemmpplloo ddiissttoo ffooii aa iimmppllaannttaaççããoo ddoo
EEnnssiinnoo OOrrggaanniizzaaddoo ppoorr BBllooccooss ddee DDiisscciipplliinnaass aappóóss rreeuunniiõõeess ssuucceessssiivvaass ee,, pplleebbiisscciittoo
qquuee ddeecciiddiiuu ppeellaa ssuuaa ccoonnttiinnuuiiddaaddee..
33..55.. CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO DDEE TTRRAABBAALLHHOO
Estudos recentes, final do século XX e início do século XXI, têm apontado o
conceito de trabalho na vertente marxista. Segundo Luckacs (1981):
o trabalho é uma dimensão ineliminável da vida humana, isto é, uma dimensão ontológica fundamental, pois, por meio dele, o homem cria, livre e conscientemente, a realidade, bem como o permite dar um salto da mera existência orgânica à sociabilidade (LUCKÁCS, 1981, p.12).
O homem possui a capacidade potencial de realizar-se como ser livre e
universal, ao efetivar-se, no curso da História, ao mesmo tempo em que dá rumos à
sua existência. Isso quer dizer que o homem está em um constante processo de
autoconstrução possibilitada por sua atividade essencial, o trabalho.
Nesta perspectiva, esta instituição reitera o pensamento de Marx quando
afirma que:
é por meio dessa atividade vital, que o homem objetiva o seu espírito no mundo e materializa em objetos suas inquietações, idéias e sentimentos, resultando daí os bens materiais necessários à existência, bem como toda a riqueza social, descrita como a objetivação do trabalho” (MARX, 2004, p. 80).
O trabalho modifica o meio que o circunda e, ao modificá-lo, cria uma nova
realidade, da qual os demais homens usufruem, engendrando assim um feixe de
relações sociais. É nessa estreita relação com a natureza e os demais homens,
mediada pelo trabalho, que o ser humano constrói sociedades, reconfigura a história
e, simultaneamente, molda a sua essência.
O trabalho humano, em sua essência, difere-se substancialmente da atividade
produtiva dos demais seres vivos porque ele envolve consciência, vontade e um
comportamento próprio de seu gênero; ao trabalhar, o homem não realiza uma mera
atividade animal, instintiva, para satisfazer suas necessidades imediatas. O homem,
tomado de racionalidade que lhe é peculiar, pensa, planeja e imprime sentido a tudo
o que faz. É essa capacidade que diferencia a atividade produtiva humana da mera
atividade animal. Enquanto este produz sob o domínio da carência física, o homem
produz universalmente, embora seja com base na sua condição objetiva que
produza.
Neste sentido o simples ato de estudar sintetiza os princípios da produção
vistos nesta ótica. Essa produção da vida por meio do trabalho não deve ser
compreendida como uma mera reprodução da existência física dos homens. Ela é,
antes, um determinado modo de vida dos indivíduos, o ato de exteriorização de sua
vida, ou seja, a vida dos homens em cada época histórica coincide com a sua
produção; os homens são aquilo que eles fazem de si mesmos pelo trabalho.
33..77.. CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO DDEE EESSCCOOLLAA
O conceito de escola pode ser definido pela sua tarefa primordial, qual seja, a
difusão do conhecimento científico historicamente construído. Estes conhecimentos
integram-se na rotina da escola, no entanto são indissociáveis das realidades
sociais. Cumpre ainda à escola contribuir para eliminar a seletividade imposta pela
sociedade e torná-la democrática. Se a escola é parte integrante do todo social, agir
dentro dela é também agir no rumo da transformação da sociedade.
Na perspectiva histórico-crítica dos conteúdos Saviani (2003) lembra que:
a condição para que a escola sirva aos interesses populares é garantir a todos um bom ensino, isto é, a apropriação dos conteúdos escolares básicos que tenham ressonância na vida dos átimos. Entendida nesse sentido, a educação é uma atividade mediadora no seio da prática social global, ou seja, uma das mediações pela qual o aluno, pela intervenção do professor e por sua própria participação ativa, passa de uma experiência inicialmente confusa e fragmentada (sincrética), a uma visão sintética, mais organizada e unificada (sintética) (SAVIANI,2003).
Em síntese, a atuação da escola consiste na preparação do aluno para o
mundo adulto e suas contradições, fornecendo lhe um instrumental, por meio da
aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa
na democratização da sociedade.
33..88.. CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO DDEE CCIIDDAADDAANNIIAA
A concepção de cidadania só pode ser compreendida a partir do conceito de
democracia, pois há entre estas duas realidades uma estreita afinidade, pois
perpassam pelas duas exigências básicas de vida em sociedade: o conhecimento
dos direitos e cumprimento dos deveres que legitimam o equilíbrio necessário entre
os interesses individuais e o interesse público. Desta forma, ao longo da história a
cidadania vem se afirmando e se consolidando com a conquista de direitos, quais
sejam, os direitos os políticos, os econômicos e sociais.
Tomamos aqui democracia como “regime que assegura a igualdade, a
participação coletiva de todos na apropriação dos bens coletivamente criados”
(COUTINHO, 2000), pois esta instituição entende que a desigualdade que permeia
as relações nem sempre assegura os direitos do cidadão, desta forma buscará
articular mecanismos que minimizem as evidências das diferenças, pelo respeito e
tolerância. Para tanto, nas discussões das semanas pedagógicas definiu-se que o
Projeto Gentileza gera Gentileza pode intermediar a formação de conceitos para
efetivação da cidadania.
3.9. CONCEPÇÃO DE CULTURA E CURRÍCULO
“O currículo não é um conceito, mas uma construção cultural. Isto é, não se trata de um conceito abstrato que tenha algum tipo de existência fora e previamente à experiência humana. É, antes, um modo de organizar uma série de práticas educativas” (GRUNDY, 1987)
Existe uma relação de inegável interdependência entre cultura, currículo,
conhecimento e conteúdos de ensino. Ao estabelecermos a estreita relação que
percebemos entre cultura e currículo, relação esta já anunciada por Grundy (1987
apud SACRISTÁN, 2000, p.14) recorremos ao dicionário Aurélio (s.d) destacando
apenas as definições que julgamos pertinentes:
Cultura. [Do lat. cultura]. S.f. [...] 3. O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade; civilização: a cultura ocidental; a cultura dos esquimós. 4. O desenvolvimento de um grupo social, uma nação, etc., que é fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento desses valores; civilização, progresso: A Grécia do séc.V a .C atingiu o mais alto grau de cultura de sua época. 5. Atividade e desenvolvimento intelectuais; saber, ilustração, instrução: Ministério da Educação e Cultura; a cultura do espírito. 6. Apuro, esmero, elegância [...] (p.409).
A abrangência significativa de cultura contrapõe-se à restrição significativa do
termo currículo. O mesmo dicionário assim o define: “Currículo. [Do lat.curriculu].
S.m. 1. Ato de correr. 2. Atalho, corte. 3. Bras. Parte de um curso literário. 4. Bras. As
matérias constantes de um curso”. (p.412).
No viés que buscaremos assentar nossas reflexões destacamos a análise
apresentada por Saveli (2001) para o vocábulo cultura para estabelecermos as
aproximações com o currículo. Segundo a autora, todas as definições imputadas
pela metalinguagem são pertinentes e apóiam-se em dois pólos básicos: um de
caráter individual e outro de caráter coletivo. A cultura assim, ao mesmo tempo,
assenta-se numa acepção puramente descritiva e objetiva desenvolvida pelas
ciências sociais contemporâneas, podendo ser considerada como o conjunto dos
traços característicos do modo de vida de uma sociedade, de uma comunidade ou
de um grupo; e, numa acepção individual, a cultura desarticula-se na relação dos
indivíduos entre si e percebe-se num contexto unilateral, ou seja, refere-se à cultura
do espírito no qual o indivíduo se banha de uma tradição cultural que ele herda e do
qual os outros, seus contemporâneos, são os herdeiros e as testemunhas (SAVELI,
2001, p.7-8).
Tomando os conceitos anteriormente apresentados como
complementares e não contraditórios, posicionamento este também adotado por
Forquin (1993) ao afirmar que certos aspectos da cultura que, são reconhecidos
como podendo ou devendo dar lugar a uma transmissão deliberada e, mais ou
menos institucionalizadas, enquanto outros constituem objetos de aprendizagens
informais e outros tantos, enfim, que não sobrevivem ao envelhecimento de
gerações e não conseguem deixar marcas no tempo. Desse modo “falar de
transmissão cultural supõe, então, sempre, em qualquer nível, a idéia de uma
permanência (pelo menos seletiva), e a idéia de um valor, ou de uma excelência.”
(FORQUIN,1993,p.11). Assim sendo, o autor define cultura como
um patrimônio de conhecimentos e de competências, de instituições, de valores e de símbolos, constituído ao longo de gerações e característico de uma comunidade humana particular, definida de modo mais ou menos amplo e mais ou menos exclusivo (FORQUIN, 1993, p. 12).
Partindo dessa polarização conceitual de cultura, concordamos com
Forquin (1993) ao ponderar que a cultura simultaneamente
pode ser compreendida como herança coletiva, patrimônio cultural e espiritual trazendo em seu bojo uma face pluralista que norteia a idéia de que o essencial daquilo que a educação transmite, ou deveria transmitir, transcende as fronteiras entre os grupos humanos e os particularismos psicológicos; advém de uma memória coletiva e de um destino comum a toda a humanidade (FORQUIN 1993, p. 15)
No construto reflexivo de Pérez Gómez (1998) encontramos que
a cultura não é um conjunto de determinações e normas claras e precisas, é antes de mais nada, um conglomerado aberto de representações e normas de comportamento que contextualizam a rica, mutante e criadora vida dos membros de uma comunidade e que vai se ampliando, enriquecendo e
modificando precisamente como conseqüência da vida inovadora daqueles que atuam sob o guarda-chuva de sua influência. (PÉREZ GOMÉZ,1998, p.
60 - 61).
Revisitando Saveli (2001) concordamos que o currículo, nesta
perspectiva, deva ser tomado, então
não como a soma bruta de tudo o que pode ser vivido, pensado, produzido pelos homens desde o começo dos tempos, mas como aquilo que, ao longo do tempo, pôde aceder como valor e significado social, cristalizando-se nos saberes cumulativos e controláveis, nos sistemas de símbolos inteligíveis, nos instrumentos aperfeiçoáveis, nas obras admiráveis [...] Através de um trabalho docente a cultura se transmite e se perpetua. Assim, educação e cultura são duas faces, rigorosamente recíprocas e complementares, de uma mesma realidade (SAVELI, 2001, p. 11).
Avançando nesse raciocínio concordamos com Reboul (apud SAVELI, 2001)
quando afirma que “a educação é o conjunto dos processos e dos procedimentos
que permitem à criança humana chegar a um estado de cultura, sendo a cultura o
que distingue o homem do animal”; considerando ainda que, o currículo seja a
materialização da seleção de conhecimentos que garantirão a educação das
gerações que passam pela educação escolarizada, é que reafirmamos a estreita
relação entre cultura e currículo.
3.10. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E CONTEÚDOS DE ENSINO
A visão de conhecimento está vinculada às visões de homem e de mundo. O
conhecimento escolar deve se apoiar na realidade concreta do aluno, sendo assim,
ele não é um produto pronto e acabado.
A escolha dos conteúdos, portanto, não é uma escolha “do gosto do
professor” ou “da imposição dos conteúdos por eles mesmos” ou da “vida pregressa
dos alunos”. A escolha dos conteúdos deve estar intimamente ligada aos grandes
problemas enfrentados na prática social.
Os conteúdos de ensino são, segundo Libâneo (1985), os bens culturais
universais que se constituíram em domínios de conhecimento relativamente
autônomos, incorporados pela humanidade, mas permanentemente reavaliados face
às realidades sociais. Embora se aceite que os conteúdos são realidades exteriores
ao aluno, que devem ser assimilados e não simplesmente reinventados, eles não
são fechados e refratários às realidades sociais. Desta forma, não basta que os
conteúdos sejam apenas ensinados, ainda que bem ensinados, é preciso que se
liguem, de forma indissociável, à sua significação humana e social.
33..1111.. CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO DDEE LLEETTRRAAMMEENNTTOO
O termo letramento, hoje associado à pesquisadora Magda Becker Soares
(2003) teve seu conceito ampliado nas últimas décadas a partir da distinção do
mesmo em relação ao termo alfabetização. Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a
ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e
façam parte da vida do aluno. Neste sentido, o letramento compreende tanto a
apropriação das técnicas para a alfabetização quanto o convívio e hábito de
utilização da leitura e da escrita.
A pesquisadora considera ainda a possibilidade de uma pessoa ser
alfabetizada e não ser letrada e vice-versa. Segundo Magda Soares “No Brasil as
pessoas não lêem. São indivíduos que sabem ler e escrever, mas não praticam essa
habilidade e alguns não sabem sequer preencher um requerimento.” Paralelamente
existem pessoas que conhecem e fazem distinção entre gêneros textuais diversos e
dominam a sua estrutura, mas não foram alfabetizados.
Esta instituição de ensino entende que além de alfabetizar precisa dar
condições para o letramento de seus alunos e, em razão disso a APMF investiu
recursos nas instalações da biblioteca, provendo seus alunos com bancadas de
estudo, cadeiras ergométricas, acervo atualizado e disponibilização de funcionário
responsável nos três turnos.
33..1122.. CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
O termo tecnologia, de forma ampla, tem sido usado para designar todo o
aparato criado pelo homem para expandir seus domínios e tornar o seu trabalho
mais fácil pelo melhor aproveitamento do tempo. No entanto, vale ressaltar que o
termo não se restringe apenas ao instrumento, ferramenta ou equipamento tangível.
Tecnologia também agrega realidades intangíveis, como procedimentos, métodos,
técnicas, algoritmos e linguagens. Enfim, todo o conhecimento utilizado na
produção dos aparatos tecnológicos configura-se como tecnologia.
De uma maneira simples pode-se elencar algumas grandes revoluções
tecnológicas que tiveram enorme impacto na educação, segundo Chaves (1999):
A Invenção da Fala, que permitiu o surgimento da educação como diálogo pessoal e individualizado. Sócrates é o principal educador a representar esse estágio de desenvolvimento tecnológico. A Invenção da Escrita Alfabética, que representa os sons e não os objetos e que permitiu o surgimento da correspondência e do livro manuscrito e, portanto, o aparecimento da educação a distância. A Invenção da Impressão Tipográfica, que permitiu a criação do livro impresso e que criou condições para a educação em massa e, portanto, para a criação da escola moderna. A Invenção do Computador e da Comunicação Digital, que permitiu o surgimento da Internet e, com ela, de multimídia, isto é, pessoas em contato umas com as outras e com a informação num ambiente interativo que incorpora som (como a voz humana), imagem, e texto e que, portanto, torna possível educação presencial e a distância que é ao mesmo tempo personalizada e individualizada e em massa (CHAVES, 1999).
Com o aparecimento da multimídia tornou-se possível a criação de novos
espaços, tempos e ambientes presenciais e virtuais de aprendizagem. O caráter
inovador de multimídia, do ponto de vista da educação, não está na forma de
aprender por ela viabilizada (aproveitamento do som, do texto escrito, e a imagem),
mas na dialogicidade virtual global mediada pelo som, texto escrito e imagem. O que
implica dizer que, se a dialogicidade não estiver presente, a utilização da multimídia
perde-se na ausência de objetivos pré definidos.
Nosso desafio é integrar a multimídia sem que se perca de vista o foco do
processo ensino aprendizagem que deve ser mediado pelo professor e não pelo
aparato tecnológico.
Esta instituição utiliza a TV Paulo Freire, TV pen drive, laboratório de
informática com acesso à internet, vídeos e data show. Para garantir a segurança
dos alunos, professores e funcionários foram instaladas câmeras em pontos
estratégicos. Vale citar ainda o grande avanço garantido pelo uso de computadores
e internet na sistematização das informações e registros de cunho administrativo
que viabilizam tomadas de decisões pedagógicas.
33..1133.. CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO DDEE EENNSSIINNOO--AAPPRREENNDDIIZZAAGGEEMM
Segundo Vygotsky, o homem se produz na e pela linguagem, na interação
com outros sujeitos. Formas de pensar são construídas por meio da apropriação do
saber da comunidade na qual está inserido o sujeito numa estreita relação entre
homem e mundo. Esta relação é mediada por alguns e elementos que auxiliam nas
atividades humana. Estes elementos de mediação são os signos e os instrumentos.
O trabalho humano, que une a natureza ao homem e cria, então, a cultura e a
história do homem, desenvolve a atividade coletiva, as relações sociais e a utilização
de instrumentos. Os instrumentos são utilizados pelo trabalhador, ampliando as
possibilidades de transformar a natureza, sendo assim, um objeto social.
Para Tozoni (2004)
A valorização dos conhecimentos, contextualizados histórico e socialmente como verdades em movimento, como instrumentos mediadores da relação dialética homem natureza, fornecidos e modificados pela cultura, está no fato de serem considerados por diversos autores (como Vygotsky e Saviani) produtos e produtores sociais. A apropriação desses conhecimentos (considerados, assim, não-neutros), pelo capitalismo (como ciência e tecnologia) em benefício do capital numa lógica exploratória degradante, é vista como ferramenta do processo de humanização e, certamente de transformação social.
Esse mecanismo proposto por Tozoni (2004) exemplifica o mecanismo de
ensino e aprendizagem na perspectiva dialética onde professores e alunso ensinam
à medida que aprendem.
33..1144.. CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO DDEE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO EE RREECCUUPPEERRAAÇÇÃÃOO DDEE EESSTTUUDDOOSS
A avaliação não é um processo meramente técnico, pois implica num
posicionamento político e inclui valores e princípios. Neste sentido, entendemos que
o desafio da escola pública foi e, continua sendo, o do avanço na direção do
desvelamento dos princípios que vêm norteando e permeando as práticas
avaliativas.
Ao longo do tempo, houve alterações quanto à concepção de avaliação
subjacente à legislação: inicialmente, consistia em julgar o desempenho do aluno, de
forma imparcial e objetiva, computando acertos e erros apresentados nas questões
de provas e exames; posteriormente, a avaliação da aprendizagem como
procedimento de julgar o desempenho do aluno passou a se basear em critérios
expressos nos objetivos previstos a ser realizada de forma ampla e contínua.
O conceito de avaliação de aprendizagem, que tradicionalmente tem como
alvo o julgamento e a classificação do aluno, e ainda persiste na prática de alguns
profissionais necessita ser redirecionado, pois a competência ou incompetência do
aluno resulta, em última instância, da competência ou incompetência da escola. A
avaliação escolar, portanto, não pode restringir-se a um de seus elementos, de
forma isolada. Importa, pois, enfatizar a relação entre avaliação da aprendizagem e
avaliação do ensino, considerando-se o desempenho do aluno de forma relacionada
com o desempenho do professor e com as condições contextuais da própria escola.
No início de cada semestre letivo, ou seja, de cada bloco de disciplinas, os
professores são orientados a expor aos alunos os critérios segundo os quais serão
avaliados e os riscos de acumular faltas não justificadas. Uma vez conhecidos os
critérios os professores devem utilizar estratégias avaliativas diversificadas
ponderando os valores atribuídos a cada uma delas.
A recuperação de estudos é oportunizada ao longo do processo e não num
momento pontual (recuperação diagnóstica e paralela). Cabe ao professor verificar
os alunos que a ela serão submetidos, em razão do baixo rendimento ou perda de
avaliações. Muito embora se privilegie a recuperação de conteúdos ao aluno é
oportunizada a substituição da nota.
33..1155.. CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO DDEE AADDOOLLEESSCCÊÊNNCCIIAA
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é um período da
vida, que começa aos 10 e vai até os 19 anos, e segundo o Estatuto da Criança e do
Adolescente começa aos 12 e vai até os 18 anos, onde acontecem diversas
mudanças físicas, psicológicas e comportamentais.
Estima que haja 1 bilhão de pessoas vivendo a adolescência, ou seja, quase
20% da população mundial. No Brasil, somos cerca de 34 milhões de adolescentes*,
21,84% da população total do país. Destes 34 milhões: 1,1 milhão são
analfabetos/as; 76,5% desses analfabetos/as se encontram no nordeste; 2,7 milhões
de 07 a14 anos estão fora da escola (10% da faixa etária); 4,6 milhões de 10 a 17
anos estudam e trabalham; 2,7 milhões de 10 a 17 anos só trabalham; desses dois
grupos, 3,5 milhões trabalham mais de 40 horas semanais.
Partimos dessa exposição para apresentarmos a concepção de adolescência
porque “toda adolescência leva, além do selo individual, o selo de meio cultural e
histórico” (ABERASTURY, 1981, apud OZELLA, 2007).
O adolescente formado nesta instituição leva consigo “a juventude eterna,
notavelmente idêntica a si própria no decurso dos séculos (DEBESSE, 1946, apud
OZELLA, 2007) e seus formadores estão atentos às transformações decorrentes
desta fase de vital importância, uma vez que os conceitos formados poderão definir
o devir.
MARCO OPERACIONAL
Muitos são os desafios com os quais os profissionais da educação deparam-
se no dia-a-dia no sentido de operacionalizar o ideário sobre o qual se assentam as
bases da escola pública no país cuja função social é possibilitar acesso e
emancipação humana e transformação social através da aquisição de saberes
historicamente sistematizados pela humanidade.
Sistematizar as ações que expressassem as concepções descritas no marco
conceitual deste documento exigiu um esforço coletivo em interpretar questões
evidenciadas em pesquisa em todos os segmentos da escola (anexos 1, 2 e 3). A
participação dos atores da escola é uma exigência na construção do PPP, como nos
lembra Veiga (1995):
a participação é elemento inerente à consecução dos fins, em que se busca e se deseja práticas coletivas e individuais baseadas em decisões tomadas assumidas pelo coletivo escolar, exige-se da equipe diretiva, que é parte desse coletivo, liderança e vontade firme para coordenar, dirigir e comandar o processo decisório como tal e seus desdobramentos de execução. Liderança, firmeza no sentido de encaminhar e viabilizar decisões com segurança, como elementos de competência pedagógica, ética e profissional para assegurar as decisões tomadas de forma participativa e respaldadas, técnica, pedagógica e teoricamente sejam cumpridas por todos. (VEIGA, 1995, p.45)
A construção do PPP, independente da nomenclatura utilizada, deve
ser elaborado pelos sujeitos envolvidos no processo educativo da escola em ato
deliberativo, sendo resultado de um processo complexo de discussões e debates,
cuja concepção requer tempo, estudo, reflexão e aprendizagem de trabalho coletivo.
De acordo com Veiga
O projeto político pedagógico, como projeto/intenções, deve constituir-se em tarefa comum da equipe escolar e, mais especificamente, dos serviços pedagógicos (Supervisão Escolar e Orientação Educacional). A esses cabe o papel de liderar o processo de construção desse projeto pedagógico. Se, por um lado, a coordenação do processo de construção do projeto pedagógico é tarefa do corpo diretivo e da equipe técnica, por outro, é co-responsabilidade dos professores, dos pais, dos alunos, do pessoal técnico-administrativo e de segmentos organizados da sociedade local, contando,
ainda, com a colaboração e a assessoria efetivas de profissionais ligados à educação (1998, p.31).
Em linhas gerais as ações pensadas pautaram-se em referencial teórico
disponibilizado pela SEED para as semanas pedagógicas. Desta forma, o
entendimento que o coletivo desta instituição tem de Projeto Político Pedagógico,
está em consonância com o apontado por Libâneo (2001, p.125). Segundo ele o
projeto pedagógico “deve ser compreendido como instrumento e processo de
organização da escola”, tendo em conta as características do instituído e do
instituinte.
Segundo Vasconcellos (1995, p.85), o projeto pedagógico é:
Um instrumento teórico-metodologico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita resignicar ação de todos os agentes da instituição.
O projeto político-pedagógico, enquanto um dos principais instrumentos
estratégicos de realização de reforma da educação escolar prescrita na lei de
diretrizes e bases 9.394/96, tornou-se umas tarefas dos estabelecimentos de ensino.
Como bem nos sintetizou Cardeiro (1998) o inciso I do artigo 12 estabelece que
cada escola deverá “elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Já no inciso VII
do mesmo artigo especifica-se outra incumbência para os estabelecimentos de
ensino: dar aos pais e responsáveis pelos alunos informações sobre a execução de
sua proposta pedagógica. No artigo 14 estabelece por meio dos seus incisos, para
os professores que “participação dos profissionais da educação na elaboração do
projeto pedagógico da escola.” (CARDEIRO,1998, p.73)
Nesse sentido é que o PPP não é apenas uma listagem de objetivos e
metodologias estanques concebidos por seus gestores, uma vez que a
administração escolar está longe de ser simplesmente a gerenciadora de processos
burocráticos estrategicamente planejados, mas deve se fazer presente desde a
sensibilização e mobilização, passando pela construção coletiva até chegar à
execução da proposta. Para Pacífico (2007)
a gestão democrática nas escolas requer, pois, participação coletiva viabilizando os procedimentos de gestão, capazes de propiciar o comprometimento dos envolvidos; decidir e implementar as idéias
acordadas; estabelecer procedimentos institucionais adequados à igualdade de participação; articular interesses coletivos, de forma a melhorar o projeto pedagógico; estabelecer mecanismos de controle das ações efetivadas e desenvolver um processo de comunicação claro e aberto entre as comunidades escolar e local. A gestão democrática do ensino e da escola assegura o direito de todos à educação, fortalece a escola como instituição, e contribui para a redução das desigualdades sociais, éticos e culturais.(PACÍFICO, 2007)
Vale lembrar que a elaboração do projeto político pedagógico, dentro do
princípio da autonomia, passa por dois momentos cruciais, que aqui chamaremos de
níveis: a organização da escola com um todo e a organização da sala de aula,
incluindo sua relação com o contexto social imediato, procurando preservar a visão
de totalidade.
A autonomia dada à escola, no entanto, não a desobriga de conhecer os
desígnios constitucionais e o princípio da gestão democrática, a LDB nº9394/96, os
dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente nº 8069/1990, a Resolução nº
04/2010 – CEB/CNE que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica, a Resolução nº 07/2010 – CEB/CNE que fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino de 9 anos; a Deliberação nº 14/1999 que
normatiza a elaboração do Projeto Político Pedagógico/Proposta Pedagógica; a
Deliberação nº 16/1999 que normatiza a elaboração do Regimento Escolar.
A principal possibilidade de construção do projeto político-pedagógico passa
pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua própria
identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público, lugar de debate,
diálogo, fundado na reflexão coletivo. Portanto, é preciso entender que projeto
político-pedagógico da escola dará indicações necessárias à organização do
trabalho pedagógico, que inclui o trabalho do professor na dinâmica interna da sala
de aula e do gesto que deve ter uma visão globalizada do processo educativo.
Após levantamento criterioso de elementos para compor o pano de fundo do
PPP, com a utilização de questionários, algumas questões levantadas exigiram
tomadas de medidas pontuais; outras, no entanto, clamavam pela criação de
estratégias metodológicas que só poderão ser avaliadas ao longo do processo
educativo em anos subsequentes, o que exigirá realimentação do presente
documento.
Para as ações que passaremos a descrever um desafio se apresenta: o
enfrentamento das amarras que tem impedido profissionais que, mesmo
participando de uma formação continuada, não se sentem co-responsáveis pelo
sucesso e fracasso do processo educativo, escondendo-se muitas vezes em
justificativas como a proposição de políticas públicas que não valorizam o trabalho
do professor, culpabilizando-os pelas falhas do próprio governo, mais
especificamente da SEED, falta de recursos, desinteresse dos alunos, jornada
excessiva, baixos salários, entre outros. Parece estar longe está o dia para que
muitos percebam as exigências da sua profissão e assumam as responsabilidades
dela inerentes, quais sejam, proporcionar uma educação de qualidade aos alunos
possibilitando a estes a melhoria da qualidade de vida; evidenciar, na prática,
valores éticos da cidadania.
Hoje a escola que temos não é, ainda, a escola que atende as reais
necessidades de seus alunos, mas a que queremos deve ser traduzir os objetivos
fixados, utilizar metodologias coerentes e, utopicamente, revelar o sonho de uma
escola ideal, que crie oportunidade para todos equitativamente, que tenha qualidade
pedagógica e social, que prime pela igualdade de direitos. Uma escola que forme
cidadãos críticos, conscientes de seus direitos e deveres, comprometidos com a
coletividade, bons profissionais nas atividades que optarem, éticos e responsáveis
pela vida do outro e do planeta.
A escola que queremos e, acima de tudo, devemos construir, é a que forma
bons leitores de mundo emancipados, que saibam utilizar o conhecimento escolar na
vida cotidiana, efetivando assim, sua inserção na vida social e comunitária. A escola
que queremos é, efetivamente, o espaço propenso para o respeito às diferenças de
quaisquer naturezas, pelo respeito dos direitos humanos hoje tão fragilizados. Enfim,
a escola que queremos não anula o indivíduo, mas propõe, pela convivência
harmoniosa, a redescoberta das inúmeras vantagens decorrentes do trabalho
cooperativo, isso porque atualmente a humanidade está voltada para o
desenvolvimento científico-tecnológico, desconsiderando os valores humanos.
Diante de tal dado identificou-se que as pessoas tornaram-se apáticas aos
problemas existentes na sociedade e, como consequência, não assumem seu papel
de cidadão. Contudo, a escola - enquanto instituição - preocupa-se em resgatar sua
verdadeira função: desenvolver no aluno atitudes, habilidades e valores que
ampliem sua possibilidade presente e viabilizem sua capacidade plena de
participação social.
Nesse sentido, frente aos desafios atuais, é necessário estabelecer propostas
e objetivos comuns, fruto do trabalho coletivo, que visem colaborar para a
construção de uma sociedade humanizada.
1. PERFIL DOS CURSOS OFERTADOS
1.1 ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS
A elaboração da Proposta do Ensino Médio Organizado por Blocos de
Disciplinas Semestrais, pela Secretaria de Estado de Educação, constitui-se em
uma ação com vistas o combate à evasão escolar e proporcionar uma forma de
organização que possibilite a dinamização do trabalho com os conteúdos, e
principalmente, a possibilidade de um novo olhar sobre o Ensino Médio.
Cada Bloco de Disciplinas Semestrais deverá ser cumprido, no mínimo 100
dias letivos, previstos em Calendário Escolar.
O aluno terá a garantia de continuidade dos seus estudos quando concluir
cada um dos Blocos de Disciplinas Semestrais.
A conclusão da série ocorrerá quando o aluno cumprir os dois Blocos de
Disciplinas Semestrais ofertados em cada série.
Quando a conclusão da série ocorrer, no final do 1º semestre do ano letivo, o
aluno poderá realizar a matrícula na série seguinte, no 2º semestre no mesmo ano
letivo.
1.1.1 Proposta Curricular Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas
A proposta curricular do Colégio Estadual “Cyríaco
Russo” – Ensino Médio e Normal, caracteriza-se pela concepção
dialética de educação, implicando uma abordagem de aprendizagem
que respeite tempos e espaços diferenciados, associados ao
desenvolvimento dos sujeitos.
A proposta curricular da escola faz opção pela concepção histórico-crítica-
social dos conteúdos, uma vez que toma as contribuições de Dermeval Saviani e
João Luiz Gasparin, e a importância da mediação proposta por Vygotsky. Desta
forma, a Proposta Pedagógica Curricular se organiza a partir dos seguintes eixos:
Trato ético nas relações de diferentes naturezas do processo pedagógico;
Socialização dos conhecimentos historicamente construídos;
Respeito aos conhecimentos culturais trazidos pelos alunos;
Práticas interdisciplinares;
Acesso às tecnologias disponíveis no espaço escolar;
Construção da cultura da pesquisa;
Desenvolvimento e prática da escrita, leitura nos diferentes gêneros
discursivos nas diferentes disciplinas;
Prática da oralidade pela preparação de temas polêmicos apresentados
em forma de seminário, mesa redonda, artes cênicas;
Inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais, temporárias
ou permanentes.
Preparação globalizada para a inserção no universo do trabalho e
universidade.
1.1.2. Matriz curricular do ensino médio organizado por blocos de disciplinas
Matriz Curricular Ano Letivo2011
Estabelecimento: CYRIACO RUSSO, C E - E MEDIO NORMAL Curso: ENSINO MEDIO
Ano de Implantação: 2011 – SIMULTANEA
Disciplina
Série / Carga Horária Semanal
BL1 BL2 BL1 BL2 BL1 BL2
1001 - BIOLOGIA BNC 4 4 4
0601 - EDUCACAO FISICA BNC 4 4 4
2201 - FILOSOFIA BNC 3 3 3
0501 - HISTORIA BNC 4 4 4
0106 - LINGUA PORTUGUESA BNC 6 6 6
0704 - ARTE BNC 4 4 4
0901 - FISICA BNC 4 4 4
0401 - GEOGRAFIA BNC 4 4 4
0201 - MATEMATICA BNC 6 6 6
2301 - SOCIOLOGIA BNC 3 3 3
0801 - QUIMICA BNC 4 4 4
1107 - L.E.M.- INGLES PD 4 4 4
1108 - L.E.M.- ESPANHOL* PD 4 4 4
Carga Horária Total 29 25 29 25 29 25
1.2 FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
1.2.1. Dados gerais do curso
O referido curso funciona no período vespertino e noturno com aulas de 50
minutos, perfazendo uma carga horária de 4800 h/a distribuídas em 200 dias
letivos/ano na modalidade presencial. O módulo do curso é cumprido em 40
semanas, cuja carga horária destinada aos estágios supervisionados ( práticas de
docência) é cumprida em contraturno.
O curso pelo seu formato estrutural (matriz curricular, carga horária, estágios)
e pela metodologia utilizada (baseada no construto de Saviani e Gasparin) como
busca propiciar ao aluno uma formação sócio-política-cultural que o habilite a
exercer, com êxito, a função docente nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
As atividades escolares propostas consolidam-se por meio do resgate de
valores éticos, como a integridade, liberdade, responsabilidade, respeito,
compromisso com o próximo e exercício dos deveres e direitos, aliados à aquisição
dos conhecimentos historicamente acumulados.
O desenvolvimento destas atividades escolares tem como principais objetivos:
Tornar a escola um espaço de formação e informação;
Desenvolver no aluno o domínio de habilidades necessárias para a
compreensão e transformação da realidade, por meio da participação nas
relações culturais, políticas e sociais;
Possibilitar ao aluno uma experiência escolar coerente e bem sucedida,
favorecendo seu êxito no exercício do magistério pela compreensão de referenciais
teóricos que nortearão sua prática docente.
Neste sentido, o processo de escolarização dos futuros profissionais da
educação adquire um novo significado social e cultural, claramente expresso nos
princípios e fins da educação nacional, que estão inscritos nos termos da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, onde o educador compreende
que os conhecimentos não podem ser simplesmente transferidos. Ensinar a
aprender, e aprender para ensinar é sempre um ato único e criativo. Exige um
esforço de construção e ressignificação através de uma atividade que é,
simultaneamente, teórica e prática, individual e coletiva.
1.2.2. Matriz curricular do curso formação de docentes
Matriz Curricular - Ano Letivo 2011
Estabelecimento: CYRIACO RUSSO, C E - E MEDIO NORMAL Curso: FORM.DOC.ED.INF.ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Turno: Tarde/Noite Módulo: 40 semanas
Ano de Implantação: 2010 - GRADATIVA
Disciplina Composição Curricular
Série / Carga Horária Semanal 1 2 3 4 0104 - LINGUA PORT. E LITERATURA BNC 2 3 2 3
0704 - ARTE BNC 2
0601 - EDUCACAO FISICA BNC 2 2 2 2
0201 - MATEMATICA BNC 2 2 4 2
0901 - FISICA BNC 3 2
0801 - QUIMICA BNC 2 2
1001 - BIOLOGIA BNC 2 2
0501 - HISTORIA BNC 2 2
0401 - GEOGRAFIA BNC 3
2301 - SOCIOLOGIA BNC 2 2
2201 - FILOSOFIA BNC 2 2
1107 - L.E.M.-INGLES PD 2 2
1743 - FUNDAMENTOS HIST.EDUCACAO FE 2
1786 - FUNDAMENTOS FILOS.EDUCACAO FE 2
1742 - FUNDAMENTOS SOCIOL.EDUCACAO FE 2
1710 - FUNDAMENTOS PSICOL.DA EDUCACAO FE 2
1712 - FUNDAMENTOS HIST.POL.DA ED INF FE 2
1725 - CONCEPCOES NORTEADORAS ED.ESP. FE 2
1726 - TRABALHO PEDAG.NA EDUC.INFANTI FE 2 2
1803 - ORGANIZACAO DO TRAB.PEDAGOGICO FE 2 2
0108 - LITERATURA INFANTIL FE 2
1635 - METODOLOGIA DO ENS.PORT.ALFAB. FE 2 2
1637 - METODOL.ENS.MATEMATICA FE 2
1638 - METODOL.ENS.HISTORIA FE 2
1639 - METODOL.ENS.GEOGRAFIA FE 2
1640 - METODOL.ENS.CIENCIAS FE 2
1642 - METODOL.ENS.DE ARTE FE 2
1641 - METODOL.ENS.EDUC.FISICA FE 2
1669 - PRATICA DE FORMACAO (EST.SUPE) FE 5 5 5 5
Carga Horária Total 30 30 30 30
Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96.
BNC=BASE NACIONAL COMUM
PD=PARTE DIVERSIFICADA FE=FORMACAO ESPECIFICA
1.2.3. Matriz curricular do curso formação de docentes – Aproveitamento
Matriz Curricular - Ano Letivo 2011
Turno: Noite
Módulo: 20 semanas
Estabelecimento: CYRIACO RUSSO, C E - E MEDIO NORMAL Curso: FOR.DOC.ED.INF.A.I.E.F.N.M-APROVEITAMENTO
Ano de Implantação: 2010 - GRADATIVA
Disciplina
Comp. Curri
Série / Carga Horária Semanal
1 2 3 4 5 1743 - FUNDAMENTOS HIST.EDUCACAO FE 3 3
1786 - FUNDAMENTOS FILOS.EDUCACAO FE 3 3 1742 - FUNDAMENTOS SOCIOL.EDUCACAO FE 3 3 1710 - FUNDAMENTOS PSICOL.DA
EDUCACAO FE 3 3 1712 - FUNDAMENTOS HIST.POL.DA ED INF FE 3 3 1725 - CONCEPCOES NORTEADORAS
ED.ESP. FE 2 2 1726 - TRABALHO PEDAG.NA EDUC.INFANTI FE 3 3 2 1803 - ORGANIZACAO DO
TRAB.PEDAGOGICO FE 3 3 2 2 0108 - LITERATURA INFANTIL FE 2 2 1813 - FUNDAMENTOS DA EDUC.JOV E ADUL FE 2 3 1608 - METODOL.ENS.PORT.E ALFABETIZ. FE 2 3 2 1637 - METODOL.ENS.MATEMATICA FE 2 2 3 1638 - METODOL.ENS.HISTORIA FE 2 2 3 1639 - METODOL.ENS.GEOGRAFIA FE 2 2 3 1640 - METODOL.ENS.CIENCIAS FE 2 2 3 1642 - METODOL.ENS.DE ARTE FE 2 2 3 1641 - METODOL.ENS.EDUC.FISICA FE 2 2 3 1669 - PRATICA DE FORMACAO (EST.SUPE) FE 5 5 10 10 10 Carga Horária Total 30 30 30 30 30 Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96.
FE=FORMACAO ESPECIFICA
2. SISTEMA DE AVALIAÇÃO
2.1 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O ENSINO MÉDIO ORGANIZADO
POR BLOCOS DE DISCIPLINAS
A avaliação nesta instituição, conforme exposto em seu marco conceitual,
percebe a avaliação e recuperação de estudos de forma contextualizada e em não
um momento estanque, pontual, por isso, a diagnose, avaliação propriamente dita e
recuperação de conteúdos é contínua.
Ressalte-se ainda a relação que se faz entre a avaliação da aprendizagem e
avaliação do ensino, considerando-se o desempenho do aluno de forma relacionada
com o desempenho do professor e com as condições contextuais da própria escola.
A recuperação de estudos é oportunizada ao longo do processo e não num
momento pontual (recuperação diagnóstica e paralela). Cabe ao professor verificar
os alunos que a ela serão submetidos, em razão do baixo rendimento ou perda de
avaliações. Muito embora se privilegie a recuperação de conteúdos ao aluno é
oportunizada a substituição da nota.
O Regimento interno do estabelecimento prevê o cumprimento
de 75% de frequência, 100 (cem) dias letivos previstos em cada Bloco
de Disciplinas Semestrais. Deverão ser ainda cumpridas as normas
vigentes no Sistema Estadual de Ensino, no que diz respeito:
a) aos resultados de Avaliação expressos ao final de cada Bloco de Disciplinas
Semestrais;
b) à apuração assiduidade;
c) aos estudos de recuperação;
d) ao aproveitamento de estudos;
e) à atuação do Conselho de Classe.
A Média Final (MF) de Notas em cada disciplina corresponderá à somatória
de 02 (duas) Notas, resultantes das avaliações realizadas ao longo do semestre
letivo:
MF= 1º BIMESTRE + 2º BIMESTRE
Cada bimestre de nota será expresso em uma escala de 0 (zero) a 5,0 (cinco
vírgula zero), totalizando para a Média Final 10,0 (dez vírgula zero).
Nesta proposta, a promoção resultará da combinação do
resultado da avaliação com o aproveitamento escolar do aluno, expresso na
escala de notas de zero a dez e apuração de 75% da assiduidade.
Será aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75%
(setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e a
média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) resultante da soma das notas
de cada bimestre com valor 5,0 nas respectivas disciplinas.
Será considerado reprovado o aluno que apresentar:
a) frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre total da carga
horária do período letivo e a média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero);
b) frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga
horária do período letivo, com qualquer média anual.
c) O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e
cinco por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após os
Estudos de Recuperação concomitante ao longo da série ou período letivo,
será submetido à análise do Conselho de Classe que definirá pela sua
aprovação ou não.
2.2 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O CURSO FORMAÇÃO DE
DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
A avaliação deve ser entendida como parte do processo ensino e
Aprendizagem, pois:
Indica ao professor o momento da aprendizagem dos alunos: os que já
aprenderam, e não aprenderam, quais seus avanços, quais suas
dificuldades, dando possibilidade de intervenção no sentido da superação
de possíveis dificuldades;
Permite ao aluno que se torne consciente do seu processo de
aprendizagem, perceba seus avanços e suas dificuldades e possa, em
conjunto com seu professor, buscar novos modos de resolver estas
dificuldades;
Indica ao professor a necessidade de rever seu planejamento e fazer
ajustes na sua prática docente.
Nesse sentido, a avaliação é contínua, exigindo observação sistemática dos
alunos, não apenas com relação ao domínio dos conceitos de conteúdos
específicos, mas também com relação ao desenvolvimento de competências e
habilidades.
Portanto, o aluno deve ser avaliado como um todo, em quaisquer situações
que envolvam aprendizagem. Sendo necessária a observação constante do
desempenho do aluno nos trabalhos de classe, extraclasse, estágios
supervisionados e pelo uso sistemático de procedimentos e instrumentos de aferição
da aprendizagem que se mostrem aconselháveis e, de aplicação possível, em cada
situação, observando-se os aspectos quantitativos e qualitativos.
1.3.2.1 Avaliação Semestral
A avaliação semestral tem como objetivos:
Oportunizar aos alunos um espaço de tempo maior para conhecimento do
ambiente escolar e sua estrutura;
Possibilitar ao professor o estabelecimento de um relacionamento com o
aluno, conhecendo-o e analisando-o de maneira minuciosa os critérios
avaliativos adotados;
Avaliar em função dos objetivos expressos nas Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica, Proposta Curricular da instituição em
consonância com o disposto na LDB 9394/96 e Plano de Trabalho
Docente;
A avaliação semestral terá como funções:
Auxiliar o educando na compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os
meios de detectar as próprias capacidades e limitações;
Fazer preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se
maior importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal.
Avaliação deve ser diagnóstica, formativa e somativa com o propósito de
determinar a presença ou ausência de pré-requisitos, assim como
identificar possíveis causas de dificuldades de aprendizagem, tendo em
vista o avanço e o crescimento do educando o que exige do educador uma
postura pedagógica clara e definida.
A avaliação desempenho do aluno se dará em diferentes experiências de
aprendizagem com critérios claros e instrumentos diversificados tais como:
provas escritas (individuais ou em grupo); trabalhos escritos (relatórios,
pesquisas bibliográficas, entre outros), seminários, debates, produção textual
de gêneros diversos, estudos dirigidos, painéis, murais, cartazes, pesquisas
de campo, oficinas, leituras diversas, entre outros.
A aferição de valor às tarefas apresentadas será realizada ao final de cada
período letivo (semestre). É vedada a avaliação em que o educando é
submetido a uma única oportunidade de aferição.
O resultado da avaliação de aprendizagem do período letivo será
registrado em documentação própria, assegurada a regularidade da vida
escolar do aluno.
A nota dos períodos letivos será resultante da somatória de valores
atribuídos de cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos
em várias aferições.
Nesta proposta, a promoção resultará da combinação do resultado da
avaliação com o aproveitamento escolar do aluno, expresso na escala de
notas de zero a dez e apuração de 75% da assiduidade.
Será aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75%
(setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e a
média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) resultante da média
ponderada dos semestres nas respectivas disciplinas. A média do 1º
semestre terá peso 4 e a média do 2º semestre peso 6.
Será considerado reprovado o aluno que apresentar:
frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre total da carga
horária do período letivo e a média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero);
frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga
horária do período letivo, com qualquer média anual.
O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e
cinco por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após os
Estudos de Recuperação.
Observação: Os casos acima mencionados serão submetidos à análise do
Conselho de Classe que deliberará sobre o resultado final.
Para aprovação, exige-se média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) e
frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento). O cálculo é
procedido da seguinte forma:
Média 1º semestre x 4 + Média do 2º semestre x 6 = ou > 6,0
10
2.3 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos será proporcionada no decorrer do período letivo,
destinando-se aos alunos com aproveitamento insuficiente, atendendo à Deliberação
02/99 “A recuperação será oferecida de forma paralela sempre que for diagnostica
insuficiência durante o processo regular de apropriação, de conhecimento e de
competência pelo aluno”. (CEE, 2000).
Durante o processo de aprendizagem toda vez que o professor constatar que o
aluno está demonstrando muitas dificuldades, deverá providenciar estratégias que
favoreçam as novas aprendizagens: replanejamento do processo de ensino e de
aprendizagem, por meio de atividades de reforço, ampliação de atividades de apoio,
revisão das atividades de ensino em geral e planos individuais de ação. Estas
estratégias deverão estar fundamentadas nas informações obtidas através da
avaliação.
Serão atribuídas notas aos trabalhos, exercícios, testes ou outras atividades
desenvolvidas nos estudos de recuperação, substituindo as notas que expressem
baixo rendimento.
A instituição poderá também, oferecer atividades complementares para que
os alunos possam recuperar seus conteúdos de estudos, sendo de sua
responsabilidade a participação, como também a de seus pais, ou responsável, que
deverão ter conhecimento e acompanhar tal processo.
2.4 CRITERIOS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
Os critérios de avaliação utilizados deverão estar em consonância com os
objetivos propostos e com o disposto no Planejamento de Trabalho Docente de
acordo com as sugestões apontadas nas Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica.
Para cada conteúdo, deve-se ter claro o que se deseja efetivamente ensinar e
os objetivos a serem alcançados pelo aluno no processo de aprender, portanto, o
quê e, para quê avaliar.
Segundo Luckesi (1995)
“dificilmente os professores definem com clareza, no ato do planejamento do ensino, qual é o padrão de qualidade que se espera da conduta de um aluno, após ser submetido a uma determinada aprendizagem” (p.44). Mas, se um mínimo necessário fosse estabelecido, “... a aprovação ou reprovação em uma unidade de ensino não estaria a depender da arbitrariedade do professor, mas sim do fato de o aluno ter apresentado em sua conduta de aprendizagem os caracteres mínimos necessários. Ou seja, o juízo de qualidade estaria fundamentado no real” (p.45).
Definidos os critérios, estes subsidiarão a definição dos instrumentos de
avaliação. Os instrumentos são as formas que o professor estabelece previamente
para avaliar um conteúdo. Fundamentam-se no processo decisório da avaliação e
devem ser coerentes com o que e como foi trabalhado em sala de aula. Devem estar
adequados para coletar os dados necessários pra dar ao professor indicações do
estado de aprendizagem do aluno. Tanto adequados na linguagem, clareza e
precisão ao que se pretendem, quanto aos conteúdos essenciais planejados e de
fato trabalhados no processo de ensino e de aprendizagem. Eles devem significar
um aprofundamento das aprendizagens do aluno e não um meio de dificultar sua
compreensão a respeito de um conteúdo.
Em estudo nas semanas pedagógicas optou-se pelo conhecimento/
aprofundamento da Taxionomia de Bloom para maior clareza da diferenciação de
critérios e instrumentos.
Ilustração 3. Taxionomia de Bloom
A taxionomia de Bloom pauta-se em três domínios:
a) Domínio cognitivo: as habilidades no domínio cognitivo tratam de conhecimento,
compreensão e o pensar sobre um problema ou fato.
Conhecimento: memorização de fatos específicos,de padrões de
procedimento e de conceitos.
Compreensão: imprime significado, traduz, interpreta problemas, instruções,
e os extrapola.
Aplicação: utiliza o aprendizado em novas situações.
Análise: de elementos, de relações e de princípios de organização.
Síntese: estabelece padrões
Avaliação: julga com base em evidência interna ou em critérios externos.
b) Domínio afetivo: na hierarquia de Bloom, o domínio afetivo trata de reações de
ordem afetiva e de empatia. É dividido em cinco níveis:
Recepção: Percepção, Disposição para receber e Atenção seletiva
Resposta: participação ativa, Disposição para responder e Satisfação em
responder
Valorização: Aceitação, Preferência e Compromisso (com aquilo que
valoriza)
Organização: Conceituação de valor e Organização de um sistema de
valores
Internalização de valores: comportamento dirigido por grupo de valores,
comportamento consistente, previsível e característico.
c) Domínio psicomotor: o domínio psicomotor, na hierarquia de Bloom, trata de
habilidades relacionadas com manipular ferramentas ou objetos. Bloom não criou
itens para esse domínio, no entanto outros autores fizeram propostas.
Percepção
Resposta conduzida
Automatismos
Respostas complexas
Adaptação
Organização
Quanto aos instrumentos estes devem ser variados:
Provas escritas (individuais ou em grupo)
Trabalhos escritos (relatórios, pesquisas bibliográficas, e outros)
Seminários
Debates
Produção textual de gêneros diversos
Estudos dirigidos
Painéis, murais, cartazes
Pesquisas de campo
Oficinas
Leituras diversas, entre outros.
Utilização de recursos midiáticos e produção de material com a utlização
destes recursos
O aluno que por motivo justificado faltar em dia de avaliação terá uma nova
oportunidade a ser negociada com o professor. A solicitação deverá, sempre que
possível, ser acompanhada da justificativa da falta (atestado médico, comunicação
dos pais) até três dias do retorno, na Equipe Pedagógica.
3. ADAPTAÇÃO
O aluno do Ensino Médio e Normal, transferido de outro estabelecimento com
plano curricular diferente do previsto neste documento, está sujeito à adaptação nas
matérias ou disciplinas, áreas de estudos e atividades que não tenha cursado em
série idêntica ou equivalente.
Caberá à secretária do estabelecimento, juntamente com a Equipe
Pedagógica fazer o ensalamento do aluno de modo que a adaptação seja
oportunizada da melhor forma.
A adaptação deverá ser promovida até o final do curso respectivo, de forma
que nenhum aluno possa concluí-lo sem que tenha cumprido o currículo pleno
previsto para o curso, com a respectiva carga horária.
A adaptação se faz em períodos concentrados de aulas ou no decorrer do
período letivo, em contraturno, mediante a execução de trabalhos, tarefas e testes.
Considerar-se-á adaptado o aluno que obtiver nota final igual ou superior a 6,0 (seis
vírgula zero) na disciplina, matéria ou atividade que requererem adaptação.
O aluno que for julgado inadaptado deverá cursar a(s) disciplina(s) na série
anterior, de outro turno ou sujeitar-se a outra modalidade determinada pela direção.
O resultado obtido pelo aluno na adaptação, mesmo na hipótese anterior,
deverá ser registrado no Livro Registro do professor designado a propor as
atividades de adaptação.
4. APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
Nos casos de transferência de um estabelecimento para outro e, mudança
de curso, serão considerados a carga horária configurada no boletim de
transferência, ou do curso anterior, o aproveitamento nas disciplinas e a freqüência
conforme prescreve o Regimento Escolar em sua Seção XI.
5. CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota, segundo
critérios próprios, para posicionar o aluno em série compatível com a idade,
experiência e desempenho, adquiridos por meio formais ou informais.
A Classificação poderá ser realizada:
I- por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento, a série, na
própria escola;
II- por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país
ou do exterior, considerando a classificação na escola de origem;
III- independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita
pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e
permita sua inscrição na série adequada.
Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de
desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas
curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudo compatível com sua
experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu histórico
escolar.
A promoção resultará na combinação do resultado da avaliação com
aproveitamento escolar do aluno, expresso na escola de notas de 0,0 (zero) a 10,0
(dez vírgula zero), e apuração da assiduidade.
6. REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio do qual o aluno, não
obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursa-la
subsequentemente e concomitantemente às séries seguintes.
Este estabelecimento a partir de 2008, NÃO OFERTARÁ O REGIME DE
PROGRESSÃO PARCIAL, porém, garantirá aos alunos com transferências
recebidas com dependência até três disciplinas serão aceitas e deverão ser
cumpridas mediante plano especial de estudos.
7. PROGRAMAS E PROJETOS
Na proposta curricular a escola prevê programas institucionais e projetos que
permitem ao aluno seu desenvolvimento integral nos mais diferentes contextos.
Cada projeto tem um professor orientador, que é responsável por disseminar, motivar
e agregar os alunos em sua execução.
1.10.1 Programa Gentileza gera gentileza
Por sugestão de um grupo de professores, em semana pedagógica, ao
analisarem a distinção entre programa e projeto, sugeriu que o projeto Gentileza
gera gentileza, fosse transformado em programa, em razão dos anos de sua
implantação, assimilação dos seus objetivos pela comunidade escolar, tornando-se
conhecido, inclusive, fora da instituição.
O Projeto Gentileza gera gentileza surgiu no ano de 2008, inspirado na música
de Marisa Monte que revela a lendária figura do Profeta Gentileza, inicialmente com
o objetivo de levar os alunos a perceberem a Arte como elemento de transformação
social, bem como um bem cultural necessário na formação de atitudes éticas e
estéticas. Posteriormente foi reformulado com o objetivo melhorar as relações intra e
interpessoais como condição básica para a construção de uma sociedade mais
tolerante, mais fraterna e mais gentil.
1.10.2 Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior
A Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico
do Estado do Paraná, vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior (SETI) do Estado do Paraná, em parceria com o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mediante acordo de cooperação
técnica e, com a participação da SEED/PR através dos NREs e gestores dos
estabelecimentos de ensino médio concede bolsas de a alunos com o intuito de
despertara vocação científica, incentivar talentos, favorecer o aprendizado de alunos
pela prática diferenciada de pesquisa. Alguns alunos foram contemplados em 2010
e 19 alunos em 2011.
PROJETO
ORIENTADOR
ALUNOS
Levantamento das espécies arbóreas encontradas na UENP – campus Luiz Meneghel
Carla Gomes de Araújo Camila Cristina Aparecida Batista Natália Trindade da Silva Thaís Crislaine Dias de Oliveira
2º A –N 2º A –N 2º A –N
Consumo de sal (NaCi) pelos adolescentes de Bandeirantes – PR II
Christiane Luciana da Costa
Gabriela Aparecida Pavinato Maria Victória Bertachi Lopes Mylena Ellen Campos
2º A –M 2º A –M 2º A –M
Efeito do agrotóxico Thiodan sobre os testículos de lambari: asteyanax Altiparam (Teleostei characidae)
Fabiano Gonçalves Costa
Allison Luid Ávila dos Santos Luis Otávio Machado de Souza Mayara Gabriely Thomaz Leite
2º A –M 2º C –M 2º C –M
Consumo de sal (NaCi) pelos adolescentes de Bandeirantes – PR III
Juliane Priscila Diniz Sachs
Anna Flávia Martin Moraes Laís Cappi Rithielle Aparecida Castellani
2º C –M 2º C –M 2º C –M
Bagaço de cana como suporte de inoculante para agricultura sustentável
Leopoldo Sussumu Matssumoto
Crislaine Aparecida de Oliveira Dayane Monteiro Faria Elisa Mara Santiago
2º D –M 2º D –M 2º D –M
Consumo de sal (NaCi) pelos adolescentes de Bandeirantes – PR I
Luis Guilherme Sachs Juliana Oliveira Duarte Marina de Souza Gomes Thaila Carolina Dias Thiago Ribeiro Toracio
2º B –N 2º B –N 2º B –N 2º C –M
Quadro 34. Projetos do PIBIC, orientadores e orientandos
Nos anos de 2010 e 2011 a instituição foi contemplada com os projetos do
CELEM e EUREKA, ambos propostos e formatados pela SEED. Além destes, em
conformidade com a política de formação continuada da SEED, alguns professores
se inscreveram no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE e aplicaram
seus projetos de implementação nesta instituição. Estes projetos poderão ser
realimentados e reaplicados em anos posteriores.
Professor PDE/2001 Projetos Alice Maria Martins Rockenbach Modelagem matemática: uma abordagem
histórica e possibilidades no ensino da matemática
Dagmar Kopp Maluf da Silva História local, identidade e memória de
Bandeirantes
Fulton Carlos Teixeira Ribeiro Aplicação de um kit experimental de Química para a determinação do sal (cloreto de sódio) em alimentos
Mara Cristina Campos Tomé O ensino da dança e seus elementos articuladores
Maria Regina Luciano Rodrigues Pinto Ginástica laboral como instrumento de prevenção, alívio da dor e bem estar no ambiente de trabalho
Regiane Elizabeth Perez O uso do cinema nas aulas de História
Teresinha Richter Abujamra A modernização da agricultura como condicionante à nova relação urbano-rural no município de Bts – PR Teresinha Richter Abujamra
Quadro 35. Professores PDE 2011 e seus respectivos projetos
1.10.4. Projetos em parceria com universidades locais e demais instâncias da
comunidade
Esta instituição prevê a parceria com as duas universidades locais: Universidade
Estadual do Norte do Paraná – UENP e Universidade Norte do Paraná – UNOPAR.
Para o ano de 2011 os acadêmicos da UENP, orientados pela professora Priscila
Costa, do curso de Biologia, médicos da comunidade local e outros convidados
estiveram na escola abordando os seguintes assuntos:
Palestra: Gravidez na adolescência e métodos contraceptivos Palestrantes: Drº Fernando Dal Porto (rapazes) Drª Tânia Dal Porto (meninas) Palestra: Drogas Lícitas/Ilícitas Palestrantes: Drº Fernando Dal Porto e Tânia Dal Porto Palestra: A nova lei Anti-drogas Palestrante: Mariana Fordeloni Cruz – Advogada
1.10.5 Projeto Teatro e literatura
O teatro itinerante do ator Rodrigo Leste visita o município regularmente. Esta
instituição, contactou o artista e, há dois anos, traz seu espetáculo no colégio. Num
trabalho coletivo com os professores de Língua Portuguesa, Artes, Sociologia e
Filosofia, é oportunizada a leitura e análise de obras pré referendadas para melhor
compreensão do espetáculo. Esta ação deverá tornar-se um projeto permanente,
uma vez que há quase dez anos o ator visita o município.
No ano de 2011 o espetáculo intitulou-se O clã da bandeira branca e exigiu a
leitura de seis textos literários, a saber: Auto da Feira de Gil Vicente; Poema em
linha reta - Fernando Pessoa (Álvaro de Campos); SABINA - Artur Azevedo; O
CUCO - Artur Azevedo; O califa e o office-boy - Millor Fernandes; O futuro é róseo
– João Ubaldo Ribeiro.
8. ORGANIZAÇÃO ESCOLA
O Colégio Estadual Cyríaco Russo adota o regime semestral para cursos
Médio e Normal, respeitando a duração mínima prevista em lei.
A duração do curso é de 3 (três) anos para o Ensino Médio e de 4 (quatro)
anos para o Curso de Formação Docente para a Educação Infantil e Séries Inicias
do Ensino Fundamental. Cada ano letivo, tem duração de 200 dias letivos, com 800
horas de efetivo trabalho pedagógico. O estabelecimento funciona em três turnos e
oferta ensino na modalidade presencial.
8.1. CONDIÇÕES DE TRABALHO E PLANO DE CARREIRA
Organizado pela Secretaria de Estado da Educação.
8.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio implantara a Avaliação
Institucional a partir de 2008.
O Curso de Formação Docente para a Educação Infantil e Ensino
Fundamental Anos Iniciais, vem procedendo a avaliação do curso e sistematizando-
a em forma de questionário. O ensino médio, representado pelos alunos dos
terceiros anos, apresenta a sua avaliação em forma de relatório redigido pelos
representantes de turma, a partir dos quatro itens da urna democrática: denúncias,
críticas, sugestões e elogios.
9. DA ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO DO TRABALHO ESCOLAR
9.1MATRÍCULA
Somente aos alunos devidamente matriculados no Colégio Estadual Cyríaco
Russo – Ensino Médio e Normal, é permitida a freqüência às aulas.
A escola poderá aceitar, a título de colaboração, alunos estrangeiros dentro
dos programas de intercâmbio Cultural Internacional, sem a exigência de matrícula.
As datas de início e término das matrículas são determinadas pela direção.
A critério da direção, podem ser aceitas matrículas fora do prazo normal,
arcando o candidato com o ônus que possa advir do fato.
A petição para matricula em qualquer curso se faz mediante requerimento do
interessado, acompanhada dos seguintes documentos:
I - Certidão de nascimento ou carteira de identidade;
II - Certidão de conclusão do Ensino Fundamental ou documento equivalente;
III - Duas vias do histórico escolar do Ensino Fundamental ou documento
equivalente;
IV - Matriz curricular da escola de origem para alunos da 2ª e 3ª série;
V - Comprovante de residência – Talão de luz
VI - Uma foto 3x4 colorida, recente.
9.1.1. Matrícula com dependência
Será permita a matrícula com dependência para alunos recebidos com
transferência externa, em três matérias/disciplinas.
Cabe à direção da escola determinar o turno e a turma em que se dará a
freqüência e a apuração do rendimento escolar.
9.1.2. Cancelamento de Matrícula
A matrícula pode ser cancelada em qualquer época do ano letivo pelo aluno,
se maior, ou pelo seu responsável, se menor, ou compulsoriamente pela direção, por
conveniência pedagógica ou disciplinar, em se tratando, no último caso, de grave
infração ou reiteradas faltas contra o dispositivo legal que rege a escola e ouvido o
Conselho Escolar. Neste caso, será expedida imediatamente a transferência ao
estudante.
9.2.TRANSFERÊNCIA
A direção do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal,
decidirá sobre a conveniência ou não da aceitação da transferência, em razão da
época, da existência de vagas, da adaptação necessária, da dependência, do tipo
de curso e dos estudos realizados pelos pretendentes.
Em qualquer época, o aluno poderá transferir-se do Colégio Estadual
Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal.
Para o recebimento de transferência externa no decorrer do período
letivo, serão utilizados os critérios previstos neste documento e a legislação
pertinente, para as apurações da assiduidade e rendimento escolar.
9.3 FREQUÊNCIA
A frequência é apurada do primeiro ao último dia letivo, em cada disciplina,
em conformidade com o artigo 24, inciso VI da LDB 9394/96, no entanto para o
cálculo do 75% é considerada a soma das faltas nas diferentes disciplinas.
10.PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESCOLAR
O planejamento de uma instituição demanda a visão de futuro, o “aonde” se
quer chegar, bem como a sistematização e prazos.
O planejamento requer tomada de decisão coletiva, comprometimento
da comunidade escolar, na formulação de metas para a garantia do sucesso do
processo ensino e aprendizagem. Nesse sentido, o Colégio Estadual “Cyríaco
Russo” – Ensino Médio e Normal organizará seu planejamento nos seguintes níveis:
a) Planejamento Estratégico – definirá as grandes metas a médio e
longo prazo a serem alcançados, construídos pelo coletivo da
escola;
b) Planejamento Anual e Calendário Escolar – definirá o início e o
término do período letivo por meio do calendário escolar. Este
documento, em obediência às determinações legais e decisões dos
órgãos competentes fixará os dias de feriados, recessos escolares e
os destinados às comemorações cívicas, sociais e atividades de
recuperação. Contar-se-ão como incluídos no trabalho escolar, os
dias e horas destinados à avaliação e apuração do rendimento
escolar.
c) Planejamento do processo ensino-aprendizagem – a organização
do Plano de Ensino dar-se-á semestralmente, no ensino médio
organizado por blocos de disciplinas, e anualmente, no curso
Formação de Docentes, com a participação dos professores de
cada disciplina, considerando: objetivos da disciplina, conteúdos,
metodologia, recursos, avaliação e referências bibliográficas e
previsão do número de aulas. Os professores entregarão os
planejamentos à Equipe Pedagógica no início do período letivo e
poderão discutir com os alunos na primeira semana de aula, os
conteúdos a serem trabalhados durante o ano letivo. A escola
poderá também, realizar reuniões por área do saber para planejar e
avaliar atividades e projetos comuns às áreas.
10.1. DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS
Esta instituição organiza suas turmas atentando para o espaço físico e para
um número de alunos que seja possível o (a) professor (a) atender às necessidades,
diversificando sua abordagem. Para tanto, a definição do número de alunos em sala
é importante, à medida que professores e alunos são reconhecidos como sujeitos do
processo.
Os alunos são agrupados de acordo com o Georreferenciamento da Copel, no
ato da matrícula.
11. NORMAS DE CONVIVÊNCIA
Todos os integrantes da comunidade são considerados sujeitos
históricos, portanto ser devem respeitados em seus direitos, ao mesmo tempo em
que são exortados a cumprir as normas previstas no Regimento Escolar, para que a
função social da escola pública seja garantida, a saber: (transcrição fiel do
Regimento Escolar)
TÍTULO III
DIREITOS E DEVERES DA COMUNIDADE ESCOLAR
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DOS DOCENTES, EQUIPE PEDAGÓGICA E DIREÇÃO
Seção I Dos Direitos
Art. 159- Aos docentes, equipe pedagógica e direção, além dos direitos que lhes
são assegurados pelo Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado do Paraná - Lei nº 6.174/70 e Estatuto do Magistério - Lei Complementar nº 07/76, são garantidos os seguintes direitos:
I. ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no desempenho de suas funções;
II. participar da elaboração e implementação do Projeto Político- Pedagógico da escola, Regimento Escolar e Regulamentos Internos;
III. participar de grupos de estudos, encontros, cursos, seminários e outros eventos, ofertados pela Secretaria de Estado da Educação - SEED e pelo próprio estabelecimento de ensino, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;
IV. propor aos diversos setores do estabelecimento de ensino ações que viabilizem um melhor funcionamento das atividades;
V. requisitar ao setor competente o material necessário à sua atividade, dentro das possibilidades do estabelecimento de ensino;
VI. propor ações que objetivem o aprimoramento dos procedimentos de ensino, da avaliação do processo pedagógico, da administração, da disciplina e das relações de trabalho no estabelecimento de ensino;
VII. utilizar-se das dependências e dos recursos materiais da escola para o desenvolvimento de suas atividades;
VIII. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado como representante no Conselho Escolar e associações afins;
IX. participar de associações e/ou agremiações afins; X. participar da definição da Proposta Pedagógica Curricular da escola e sua Matriz
Curricular, conforme normas emanadas da Secretaria de Estado da Educação - SEED; XI. ter assegurado, pelo mantenedor, o processo de formação continuada; XII. ter acesso às orientações e normas emanadas da Secretaria de Estado da
Educação - SEED; XIII. participar da Avaliação Institucional, conforme orientação da Secretaria de
Estado da Educação - SEED; XIV. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s)
Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino;
XV. compor equipe multidisciplinar, para orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ao longo do período letivo;
XVI. ter assegurado gozo de férias previsto em lei.
Seção II Dos Deveres
Art. 160- Aos docentes, equipe pedagógica e direção, além das atribuições previstas
no Capítulo I do Título II, deste Regimento Escolar, compete: I. possibilitar que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função, no âmbito de
sua competência; II. desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de
igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino;
III. elaborar exercícios domiciliares aos alunos impossibilitados de frequentar a escola, em atendimento ao disposto na Seção IX, do Capítulo II, do Título II, deste Regimento Escolar;
IV. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;
V. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do seu segmento;
VI. manter e promover relações cooperativas no âmbito escolar; VII. cumprir as diretrizes definidas no Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino, no que lhe couber; VIII. manter o ambiente favorável ao desenvolvimento do processo pedagógico; IX. comunicar aos órgãos competentes quanto à frequência dos alunos, para tomada
das ações cabíveis; X. dar atendimento ao aluno independentemente de suas condições de
aprendizagem; XI. organizar e garantir a reflexão sobre o processo pedagógico na escola; XII. manter os pais ou responsáveis e os alunos informados sobre o Sistema de
Avaliação da Escola, no que diz respeito à sua área de atuação; XIII. informar pais ou responsáveis e os alunos sobre a frequência e desenvolvimento
escolar obtidos no decorrer do ano letivo; XIV. estabelecer estratégias de recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo,
visando à melhoria do aproveitamento escolar; XV. receber e analisar o pedido de revisão de notas dos alunos no prazo
estabelecido no Sistema de Avaliação; XVI. cumprir e fazer cumprir os horários e calendário escolar; XVII. ser assíduo, comparecendo pontualmente ao estabelecimento de ensino nas
horas efetivas de trabalho e, quando convocado, para outras atividades programadas e decididas pelo coletivo da escola;
XVIII. comunicar, com antecedência, eventuais atrasos e faltas; XIX. zelar pela conservação e preservação das instalações escolares; XX. cumprir as disposições do Regimento Escolar. Parágrafo Único - A equipe pedagógica deverá acompanhar o trabalho docente,
quando das reposições de conteúdos e carga horária aos discentes.
Seção III Das Proibições
Art. 161 - Ao docente, a equipe pedagógica e a direção é vedado: I. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico;
II. ministrar, sob qualquer pretexto, aulas particulares e atendimento especializado remunerado a alunos do estabelecimento de ensino;
III. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente qualquer membro da comunidade escolar;
IV. expor colegas de trabalho, alunos ou qualquer membro da comunidade a situações constrangedoras;
V. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino;
VI. ocupar-se com atividades alheias à sua função, durante o período de trabalho; VII. receber pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino,
durante o período de trabalho, sem a prévia autorização do órgão competente; VIII. ausentar-se da escola, sem prévia autorização do órgão competente; IX. transferir para outras pessoas o desempenho do encargo que lhe foi confiado; X. utilizar-se em sala de aula de aparelhos celulares, recebendo e fazendo
chamadas telefônicas; XI. divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou
indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;
XII. promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, envolvendo o nome da escola, sem a prévia autorização da direção;
XIII. comparecer à escola embriagado ou com indicativos de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;
XIV. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme Legislação vigente.
Art. 162 - Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar
serão apurados ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas assinaturas.
CAPÍTULO II DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DA EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA,
ASSISTENTES DE EXECUÇÃO E DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL
Seção I
Dos Direitos
Art. 163 - A equipe técnico-administrativa, assistentes de execução e a equipe auxiliar operacional, além dos direitos que lhes são assegurados em lei, têm, ainda, as seguintes prerrogativas:
I. ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no desempenho de suas funções;
II. utilizar-se das dependências, das instalações e dos recursos materiais do estabelecimento, necessários ao exercício de suas funções;
III. participar da elaboração e implementação do Projeto Político- Pedagógico da escola;
IV. colaborar na implementação da Proposta Pedagógica Curricular definida no Projeto Político-Pedagógico da escola;
V. requisitar o material necessário à sua atividade, dentro das possibilidades do estabelecimento de ensino;
VI. sugerir aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino ações que viabilizem um melhor funcionamento de suas atividades;
VII. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado como representante no
Conselho Escolar e associações afins; VIII. participar de associações e/ou agremiações afins; IX. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s)
Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino;
Seção II Dos Deveres
Art. 164- Além das outras atribuições legais, compete: I. cumprir e fazer cumprir os horários e Calendário Escolar; II. ser assíduo, comunicando com antecedência, sempre que possível, os atrasos e
faltas eventuais; III. contribuir, no âmbito de sua competência, para que o estabelecimento de ensino
cumpra sua função; IV. desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de
igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino;
V. manter e promover relações cooperativas no ambiente escolar; VI. manter e fazer manter o respeito e ambiente favorável ao desenvolvimento do
processo de trabalho escolar; VII. colaborar na realização dos eventos que o estabelecimento de ensino
proporcionar, para os quais for convocado; VIII. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do
seu segmento; IX. zelar pela manutenção e conservação das instalações escolares; X. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a
comunidade; XI. cumprir as atribuições inerentes ao seu cargo; XII. tomar conhecimento das disposições contidas no Regimento Escolar;
XIII. cumprir e fazer cumprir as disposições do Regimento Escolar, no seu âmbito de ação.
Seção III Das Proibições
Art. 165- À equipe técnico-administrativa, assistente de execução e à equipe auxiliar
operacional é vedado: I. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico e o
andamento geral da escola; II. retirar e utilizar qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento
de ensino, sem a devida permissão do órgão competente; III. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente
qualquer membro da comunidade escolar; IV. ausentar-se do estabelecimento de ensino no seu horário de trabalho sem a
prévia autorização do setor competente; V. expor alunos, colegas de trabalho ou qualquer pessoa da comunidade a situações
constrangedoras; VI. receber pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino
durante o período de trabalho, sem prévia autorização do órgão competente; VII. ocupar-se, durante o período de trabalho, de atividades estranhas à sua função; VIII. transferir a outra pessoa o desempenho do encargo que lhe foi confiado; IX. divulgar assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola , por
qualquer meio de publicidade, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar; X. promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de
qualquer natureza, que envolvam o nome da escola, sem a prévia autorização da direção; XI. comparecer ao trabalho e aos eventos da escola embriagado ou com sintomas de
ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas; XII. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação em
vigor. Art. 166 - Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar
serão apurados, ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas assinaturas.
CAPÍTULO III
DOS DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E AÇÕES DISCIPLINARES DOS ALUNOS
Seção I Dos Direitos
Art. 167- Constituem-se direitos dos alunos, com observância dos dispositivos
constitucionais da Lei Federal nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, da Lei nº 9.394/96 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN, Decreto Lei nº 1.044/69 e Lei nº 6.202/75:
I. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s) Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino, no ato da matrícula;
II. ter assegurado que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função de efetivar o processo de ensino e aprendizagem;
III. ter assegurado o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e permanência no estabelecimento de ensino;
IV. ser respeitado, sem qualquer forma de discriminação; V. solicitar orientação dos diversos setores do estabelecimento de ensino; VI. utilizar os serviços, as dependências escolares e os recursos materiais da escola,
de acordo com as normas estabelecidas no Regulamento Interno; VII. participar das aulas e das demais atividades escolares; VIII. ter assegurada a prática, facultativa, da Educação Física, nos casos previstos
em lei; IX. ter ensino de qualidade ministrado por profissionais habilitados para o exercício
de suas funções e atualizados em suas áreas de conhecimento; X. ter acesso a todos os conteúdos previstos na Proposta Pedagógica Curricular do
estabelecimento de ensino; XI. participar de forma representativa na construção, acompanhamento e avaliação
do Projeto Político-Pedagógico da escola; XII. ser informado sobre o Sistema de Avaliação do estabelecimento de ensino; XIII. tomar conhecimento do seu aproveitamento escolar e de sua frequência, no
decorrer do processo de ensino e aprendizagem; XIV. solicitar, pelos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, revisão do
aproveitamento escolar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, a partir da divulgação do mesmo;
XV. ter assegurado o direito à recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo, mediante metodologias diferenciadas que possibilitem sua aprendizagem;
XVI. contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores, Conselho Escolar e Núcleo Regional de Educação;
XVII. requerer transferência quando maior, ou através dos pais ou responsáveis, quando menor;
XVIII. ter reposição das aulas quando da ausência do professor responsável pela disciplina;
XIX. solicitar os procedimentos didático-pedagógicos previstos na legislação vigente e normatizados pelo Sistema Estadual de Ensino;
XX. sugerir, aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino, ações que viabilizem melhor funcionamento das atividades;
XXI. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado representante no Conselho Escolar e associações afins;
XXII. participar de associações e/ou organizar agremiações afins; XXIII. representar ou fazer-se representar nas reuniões do Pré-Conselho e do
Conselho de Classe; XXIV. realizar as atividades avaliativas, em caso de falta às aulas, mediante
justificativa e/ou atestado médico; XXV. receber regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento da escola,
sempre que compatível com seu estado de saúde e mediante laudo médico, como forma de compensação da ausência às aulas, quando impossibilitado de frequentar a escola por motivo de enfermidade ou gestação; XXVI. receber atendimento educacional hospitalar, quando impossibilitado de frequentar a escola por motivos de enfermidade, em virtude de situação de internamento hospitalar.
Seção II Dos Deveres
Art. 168 - São deveres dos alunos: I. manter e promover relações de cooperação no ambiente escolar; II. realizar as tarefas escolares definidas pelos docentes; III. atender às determinações dos diversos setores do estabelecimento de ensino,
nos respectivos âmbitos de competência; IV. participar de todas as atividades curriculares programadas e desenvolvidas pelo
estabelecimento de ensino; V. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do
seu segmento; VI. cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações escolares; VII. compensar, junto com os pais, os prejuízos que vier a causar ao patrimônio da
escola, quando comprovada a sua autoria; VIII. cumprir as ações disciplinares do estabelecimento de ensino; IX. providenciar e dispor, sempre que possível, do material solicitado e necessário ao
desenvolvimento das atividades escolares; X. tratar com respeito e sem discriminação professores, funcionários e colegas; XI. comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões, convocações e avisos
gerais, sempre que lhe for solicitado; XII. comparecer pontualmente a aulas e demais atividades escolares; XIII. manter-se em sala durante o período das aulas; XIV. apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas; XV. comunicar qualquer irregularidade de que tiver conhecimento ao setor
competente; XVI. apresentar justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança ou
adolescente, para poder entrar após o horário de início das aulas; XVII. apresentar atestado médico e/ou justificativa dos pais ou responsáveis, quando
criança ou adolescente, em caso de falta às aulas; XVIII. responsabilizar-se pelo zelo e devolução dos livros didáticos recebidos e os
pertencentes à biblioteca escolar; XIX. observar os critérios estabelecidos na organização do horário semanal,
deslocando-se para as atividades e locais determinados, dentro do prazo estabelecido para o seu deslocamento;
XX. respeitar o professor em sala de aula, observando as normas e critérios
estabelecidos; XXI. cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber.
Seção III
Das Proibições
Art. 169 - Ao aluno é vedado: I. tomar atitudes que venham a prejudicar o processo pedagógico e o andamento das
atividades escolares; II. ocupar-se, durante o período de aula, de atividades contrárias ao processo
pedagógico; III. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer
documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino; IV. trazer para o estabelecimento de ensino material de natureza estranha ao estudo; V. ausentar-se do estabelecimento de ensino sem prévia autorização do órgão
competente; VI. receber, durante o período de aula, sem a prévia autorização do órgão
competente, pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino; VII. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente
colegas, professores e demais funcionários do estabelecimento de ensino; VIII. expor colegas, funcionários, professores ou qualquer pessoa da comunidade a
situações constrangedoras; IX. entrar e sair da sala durante a aula, sem a prévia autorização do respectivo
professor; X. consumir ou manusear qualquer tipo de drogas nas dependências do
estabelecimento de ensino; XI. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação em
vigor; XII. comparecer às aulas embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de
substâncias químicas tóxicas; XIII. utilizar-se de aparelhos eletrônicos, na sala de aula, que não estejam vinculados
ao processo ensino e aprendizagem; XIV. danificar os bens patrimoniais do estabelecimento de ensino ou pertences de
seus colegas, funcionários e professores; XV. portar armas brancas ou de fogo e/ou instrumentos que possam colocar em risco
a segurança das pessoas; XVI. portar material que represente perigo para sua integridade moral, física ou de
outrem; XVII. divulgar, por qualquer meio de publicidade, ações que envolvam direta ou
indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;
XVIII. promover excursões, jogos, coletas, rifas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, no ambiente escolar, sem a prévia autorização da direção.
Seção IV Das Ações Educativas, Pedagógicas e Disciplinares
Art. 170 - O aluno que deixar de cumprir ou transgredir de alguma forma as disposições contidas no Regimento Escolar ficará sujeito às seguintes ações:
I. orientação disciplinar com ações pedagógicas dos professores, equipe pedagógica e direção;
II. registro dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura; III. comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou responsáveis,
quando criança ou adolescente; IV. encaminhamento a projetos de ações educativas; V. convocação dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, com
registro e assinatura, e/ou termo de compromisso; VI. esgotadas as possibilidades no âmbito do estabelecimento de ensino, inclusive
do Conselho Escolar, será encaminhado ao Conselho Tutelar, quando criança ou adolescente, para a tomada de providências cabíveis.
Art. 171 - Todas as ações disciplinares previstas no Regimento Escolar serão
devidamente registradas em Ata e apresentadas aos responsáveis e demais órgãos competentes para ciência das ações tomadas.
12.. SISTEMATIZAÇÃO DAS FUNÇÕES ESPECÍFICAS DA DIREÇÃO,
EQUIPE PEDAGÓGIA E SECRETARIA APONTADAS PELO COLETIVO APÓS
DISCUSSÃO EM SEMANA PEDAGÓGICA
12.1 Direção
É função primordial da direção administrar a escola e o processo educacional
no seu âmbito, agindo com habilidade para que o trabalho de todos (professores,
equipe pedagógica, funcionários e alunos) seja direcionado para os objetivos e fins
da educação, proporcionando condições necessárias para o seu desenvolvimento.
A direção será a articuladora de projetos e ações que visem à melhoria do
processo ensino-aprendizagem, bem como, promoverá o planejamento participativo.
A escolha do diretor e vice-diretor é decorrente de processo eletivo, por
sufrágio direto e secreto de professores, funcionários e alunos maiores de 16 anos
ou de pais ou responsáveis, sendo o voto único (aluno ou um dos responsáveis).
São atribuídas as seguintes tarefas ao diretor:
a. Responsabilizar-se pelo processo pedagógico e
garantir a qualidade do ensino; b. Representar a escola perante órgãos e entidades
de ensino, responsabilizando-se pelo seu funcionamento;
c. Presidir o Conselho de Classe, reuniões de acompanhamento, reuniões pedagógicas, reuniões administrativas e de pais;
d. Propor ao Núcleo Regional de Educação a abertura de sindicância de funcionários e docentes;
e. Convocar e presidir o Conselho Escolar; f. Assinar documentos escolares e administrativos;
g. Acompanhar e avaliar o estágio probatório dos professores;
h. Encaminhar ao Núcleo Regional de Educação necessidade de abertura de concurso público e teste seletivo para atendimento às demandas da escola;
i. Convocar docentes e funcionários para atividades do calendário escolar;
j. Acompanhar e gerenciar o orçamento da escola em parceria com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários;
k. Definir juntamente com a equipe pedagógica o calendário escolar e de matrículas;
l. Organizar a escala de férias dos funcionários e professores;
m. Definir, acompanhar e avaliar os Projetos e Programas Institucionais.
12.2 Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica é exercida por professores pedagogos (antigos
supervisores e orientadores) e a ela compete:
a. Ser assíduo, pontual de modo a servir de referência para o corpo docente; b. Organizar com anuência da direção da escola, seus horários de trabalho; c. Participar das atividades organizadas pela escola; d.Manter o espírito de equipe, para o bom funcionamento da escola; e. Apresentar à direção da escola, informações, irregularidades e outros encaminhamentos, sugerindo medidas que julgar necessárias; f. Zelar pelo cumprimento do Projeto Político-Pedagógico; g. Ser ético e guardar sigilo dos assuntos pertinentes à escola. h. Assessorar diretamente à direção nas atividades administrativas e escolares tais como: distribuição de turmas, organização de horários, distribuição e controle das atividades exercidas pelos professores; i. Manter os alunos informados com vistas à orientação vocacional, à formação para o trabalho e ao convívio do grupo social; j. Proporcionar aos pais, professores e alunos encontros, palestras, seminários, cursos ou outras formas de eventos que permitam ampliar a formação de todos e o desenvolvimento da comunidade; k. Acompanhar as faltas, chegadas tardias, saídas antecipadas e o uso do uniforme discente, conhecendo as reais causas e promovendo as orientações necessárias; l. Realizar e coordenar o processo de escolha de
representantes de turma, orientando para o senso democrático e o desenvolvimento de lideranças, bem como, acompanhar o desempenho e atuação destes; m. Fornecer dados e informações sobre aspectos educacionais, sociais e culturais dos alunos nos Conselhos de Classe, avaliando resultados, acompanhando e encaminhando decisões tomadas; n. Sistematizar, o processo de acompanhamento dos alunos em todos os aspectos do seu desenvolvimento, detectando em Conselho de Classe ou em outras situações, as causas determinantes do baixo rendimento, reprovação ou evasão escolar. o. Responsabilizar-se , enquanto equipe pedagógica, pela disciplina dos alunos. p. Promover reuniões de estudo e a discussão do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem; q. Realizar o planejamento das atividades da adaptação de estudos conjuntamente com a direção; r. Planejar e organizar reuniões pedagógicas e formação continuada do corpo docente, juntamente com a direção da escola; s. Supervisionar e acompanhar projetos e programas institucionais; t. Organizar e coordenar, juntamente com a orientação educacional, o Conselho de Classe e demais reuniões, providenciando acompanhamentos necessários; u. Propor, intervir e subsidiar o trabalho do corpo docente da escola com vistas à melhoria da prática pedagógica; v. Promover e acompanhar o planejamento didático-pedagógico em suas diferentes dimensões; w. Coordenar com a direção da escola o processo de avaliação institucional.
12.3. SECRETARIA ESCOLAR
Este serviço é executado por um profissional cujas atribuições são:
a) Coordenar os serviços de secretaria escolar; b) Controlar o livro ponto da escola; c) Acompanhar e subsidiar os Programas e Projetos
Institucionais; d) Organizar e proceder os processos de matrícula,
transferência e certificação dos alunos; e) Assinar a documentação pertinente, juntamente com a
direção; f) Realizar trabalho integrado com a Equipe de Ensino
(Supervisão Orientação e Coordenação); g) Atualizar o acervo de leis, regulamentos, instruções,
circulares e despachos que dizem respeito às atividades do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal;
h) Fazer cumprir a legislação de ensino; i) Participar do Conselho de Classe e das Reuniões de
Acompanhamento auxiliando nos acompanhamentos necessários.
j) Fixar, em lugar visível, o horário de funcionamento da secretaria para atendimento de alunos, professores e demais pessoas, para que a comunidade usuária dos serviços tome conhecimento.
k) Manter em rigorosa ordem a escrituração e o arquivamento dos documentos escolares e assegurar, em qualquer tempo, a verificação da identidade de cada aluno, a regularidade de seus estudos, a autenticidade de sua vida escolar e a documentação específica.
l)
13. HORA ATIVIDADE
A hora-atividade representa uma conquista significativa do professor. Nesse
espaço de tempo o professor pode dialogar com os colegas, discutir as questões
inerentes à disciplina que ministra, elaborar os projetos, elaborar e corrigir
avaliações e estudar os textos de interesse para enriquecimento pessoal e
profissional.
Nesta instituição, buscou-se agrupar a hora-atividade com as disciplinas
correlatas, na medida do possível, exigindo o seu total cumprimento. Quando há a
necessidade do professor ausentar-se da instuição, o mesmo deverá notificar a
Equipe Pedagógica.
14. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Conforme estabelece a Deliberação 04/2006 – CEE/PR, Resolução Nº
3399/2010 – GS/SEED e Instrução 010/2010 – SUED/SEED, a Equipe
Multidisciplinar ficou assim composta:
Pedagoga: Marilda Martins Torres
Agente Educacional: Sônia Raquel da Silveira
Representante das Instâncias Colegiadas: Roseli Bueno da Silva
Professoras da área de Humanas: Beatriz Francisco Abdalla
Mara Delvaz Garcia Gandolfo
Professor/a da área de Exatas: Ester Amaro Costa de Souza
Professor/a da área de Biológicas: Marlene Aparecida de Souza Altizani
15. CARREIRA DO MAGISTÉRIO O professor estatutário tem acesso na carreira pelo avanço diagonal, que
decorre da avaliação de desempenho, constando assiduidade e pontualidade do
professor, realizado de dois em dois anos, podendo ascender até três níveis e
avanço vertical, que envolve a gratificação de mérito estipulada pela titulação do
professor: Lato Sensu, em nível de Especialização e, Stricto Sensu, em nível de
mestrado e doutorado.
As elevações de nível são programadas pela Secretaria de Estado da
Educação e executadas pelos Núcleos Regionais de Educação.
16. POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
A formação continuada, enquanto política de governo, tem sido oportunizada
com objetivo promover o aprofundamento teórico que possa subsidiar o fazer
pedagógico do professor, visando sempre o sucesso do aluno. Esta formação tem
sido garantida pela SEED/PR, uma vez que está prevista em calendário, duas vezes
ao ano, nas semanas pedagógicas. Vale ressaltar que, para a realização das
semanas pedagógicas a SEED/PR encaminha às escolas, via NRE, o cronograma
das ações e materiais pertinentes. A participação nestes eventos garante
certificação.
Além da Semana Pedagógica está previsto em calendário a realização de
duas reuniões pedagógicas, sem certificação.
A instituição incentiva ainda a participação dos professores em eventos
proporcionados pela SEED/PR (cursos, seminários, palestras, congressos, entre
outros) ou promovidos pelas agências de fomento educacional, visando o
enriquecimento cultural e profissional.
17. CONSELHOS DE CLASSE
É o órgão colegiado, de natureza deliberativa em assuntos didático-
pedagógicos. Tem como objetivos:
a) Avaliar e propor melhorias do processo ensino-aprendizagem.
O Conselho de Classe é constituído pelos professores da classe, pela direção
e equipe pedagógica, ainda, um representante de turma para acompanhamento.
O Conselho de Classe deverá:
a) Estudar e interpretar os dados de aprendizagem na relação com o
trabalho pedagógico do professor;
b) Avaliar os resultados da aprendizagem do aluno, na perspectiva do
processo de apropriação de conhecimento, da organização de
conteúdos e dos encaminhamentos metodológicos da prática
pedagógica.
O Conselho de Classe se reunirá bimestralmente para acompanhamento do
desempenho dos alunos e ordinariamente semestralmente, para avaliação dos
resultados e diagnóstico de intervenção pedagógica.
As reuniões do Conselho de Classe dar-se-ão por convocação da direção,
sendo obrigatório o comparecimento de todos os convocados.
Das decisões do Conselho de Classe, caberá recurso ao Conselho Escolar
da escola, com a participação de todos os professores da turma, e alunos quando
necessário.
18. CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é a instância máxima da instituição. É um órgão
deliberativo, normativo e consultivo de assuntos político- pedagógicos da escola
e tem a seguinte constituição:
I – Diretor
II – Representante dos Professores;
III- Representante da Equipe Pedagógica;
IV – Representante dos Funcionários;
V- Representante dos pais de alunos.
É competência do Conselho Escolar:
I – Sugerir e organizar o funcionamento de novos cursos;
II- Julgar atos e procedimentos de membros do corpo docente,
propondo ao órgão superior, quando for o caso, a adoção de medidas preventivas
cabíveis;
III- Decidir em primeira instância, sobre penas previstas neste
documento;
IV – Deliberar e resolver em grau de recurso, sobre assuntos de
natureza pedagógica desta instituição escolar;
V – Deliberar sobre providências preventivas, corretivas ou repressivas
a atos de indisciplina;
VI – Sugerir alterações no PPP da escola e participar da construção do
Calendário Escolar Anual em suas alterações;
VII – Apreciar as propostas de hora-atividade;
VIII- Deliberar o processo de Avaliação Institucional.
19. ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES E FUNCIONÁRIOS A APMF é um órgão colegiado, representativo, deliberativo que contribui para
a melhoria do processo de integração e da comunidade escolar.
É constituída por todos os pais ou responsáveis pelos alunos, pelos
professores e professores pedagogos (equipe de ensino) e funcionários da escola.
Tem como tarefa principal, preocupar-se com a melhoria de qualidade do
ensino médio e normal, apresentando sugestões e implementando ações aditivas ao
processo educacional desenvolvido na escola.
A APMF é estruturada de conformidade com as normas da SEED e expressas
em regimento próprio, determinando a caracterização dos dirigentes, sua
competência, direitos, obrigações, tempo de mandato, procedimentos e critérios de
escolha.
As reuniões da APMF não têm data fixa, mas é acionada sempre que
necessário.
20. PLANO DE AÇÕES A partir de discussões travadas nas formações continuadas e reuniões
pedagógicas o quadro de ações foi delineado a partir das fragilidades
detectadas e dos avanços já conquistados.
TÓPICO
ANALISADO
FRAGILIDADES
AÇÕES PROPOSTAS
PERÍODO
RESPONŚAVEL
Projeto Político Pedagógico
Pouco envolvimento de alguns professores em sua real execução Rendimento insuficiente Evasão e repetência Forte influência da pedagogia tradicional
Projeto social
Ampliar as discussões acerca do PPP para maior envolvimento dos professores; Implantar monitoria
Projeto que incentive acesso a permanência do aluno na escola Promover estudos sobre os novos paradigmas da educação Montar projetos sociais em parceria com as universidades e outras instituições ampliando o envolvimento da escola com a comunidade
Ano todo Ano todo Ano todo Reuniões pedagógicas Reuniões pedagógicas
Direção Equipe Pedagógica Equipe Pedagógica Tutores Alunos Equipe Pedagógica Marilda Torres – Projeto PDE Direção Equipe Pedagógica Direção Equipe pedagógica
Regimento Escolar Descumprimento de regras do Regimento Escolar justificado pelo seu desconhecimento Avaliação Semestral Recuperação paralela
Disponibilizar o RE e “cobrar” a leitura Rever critérios e instrumentos avaliativos Redistribuir melhor os valores da avaliação semestral Rever conceito de Recuperação paralela e final
Ano todo
Reuniões pedagógicas
Reuniões pedagógicas
Direção Equipe pedagógica
Direção Equipe pedagógica
Equipe pedagógica
Instâncias Colegiadas
Grêmio
Estudantil
Incentivar ações propostas pelo grêmio Criar um cronograma
Momentos pontuais Bimestral
Equipe Pedagógica Profº responsável Direção Direção
Conselho Escolar
APMF
de reuniões Divulgar as decisões da APMF
Nos momentos oportunos
Direção APMF
Entidades Externas 1. Manter as parcerias e ampliá-las quando possível.
Ano todo Direção
Planejamento participativo
Pouco envolvimento da comunidade externa
Promover maior integração da escola e comunidade externa
Semana Pedagógica Eventos com a participação da comunidade
Direção
Calendário Escolar e Hora atividade
Atestados médicos Atraso na contratação de substitutos que tiram licença Falta de professores por motivos justificados
Reposição de conteúdos em contraturno, inclusive aos sábados Oferecer reposição de conteúdos Preparar atividades para a equipe pedagógica trabalhar com a turma Não havendo a reposição em 30 dias, a contar da falta, haverá desconto em folha
Quando necessário Quando necessário Quando necessário
Equipe Pedagógica
Relação comunidade escola
Pouco envolvimento
Promover encontros, palestras de interesse comunitário
2º e 3º bimestres
Direção
Paraná Alfabetizado Não ocorreu demanda
Incentivar a demanda Ano todo Secretaria
Proposta Pedagógica curricular/ Plano de Trabalho Docente
Não envolvimento de alguns professores na elaboração da proposta pedagógica e na discussão de questões pertinentes ao PTD
Incentivar o Plano Docente para assegurar maior eficiência no processo ensino aprendizagem Planejamento por disciplina, por semestre, e se possível, com professores de disciplinas correlatas (interdisciplinaridade)
Semana Pedagógica Planejamento Escolar
Equipe Pedagógica
Avaliação Escolar Falta de cumprimento da determinação regimental que prevê o mínimo duas avaliações
Maior rigor no controle das avaliações feitas pelos docentes
Mensal
Equipe Pedagógica Direção
Falta de compromisso de docentes com a avaliação
Aplicar o regimento escolar aos docentes negligentes com o processo de avaliação
Quando necessário
Equipe Pedagógica
Conselho de classe Ausência de docentes na participação do conselho de classe em razão de trabalhar em mais de uma escola
Fazer o conselho por turma, com a presença dos alunos e professores
Reunião Bimestral com os tutores e semestral com os alunos
Direção Equipe Pedagógica
Hora Atividade Dificuldade de conciliar os horários dos professores da mesma disciplina
Montar o horário buscando coincidir os horários de professores de mesma disciplina
Início do período letivo
Secretaria
Recuperação de Estudos
Indisponibilidade de tempo dos alunos do noturno Alunos trabalhadores não realizam trabalhos pedidos Falta de interesse e compromisso de alguns alunos
Adoção de monitoria em contraturno para os alunos com tempo disponível Conscientização do aluno para a realização de tarefas extra Aplicação de recursos tecnológicos para motivação, como TV pendrive, laboratório de informática, Programa Eureka, entre outras
Semanalmente Professor da disciplina/aluno monitor / pedagogo do turno
Sala de apoio Não dispõe
Reunião Pedagógica/ Semana Pedagógica
Referencial teórico pouco voltado para a área específica do professor Exigência de participação de funcionários no mesmo grupo dos professores
Textos dirigidos por área Palestras e discussões de temas pertinentes ao trabalho dos funcionários
Início dos semestres
Direção Equipe Pedagógica
Enfrentamento à Evasão
Desinteresse do aluno, falta de motivação dos professores, inserção no universo do trabalho, gravidez, omissão da família, Feira da lua às 5ªs feiras à
Sensibilização dos alunos para a importância dos estudos Trabalhos para elevar a estima Conversa com os pais ou responsáveis para tomada de atitude frente
Ano todo Direção Equipe Pedagógica
noite aos filhos
Grupos de Estudos para professores
Falta de organização dos grupos Atraso na remessa de material para leitura e discussão
Presença de liderança para conduzir os trabalhos e principalmente orientar a discussão Textos orientados mais para a prática.
Ano todo Professor Coordenador do Grupo
Grupos de Estudos para alunos
Falta de organização dos grupos
Presença de liderança para conduzir os trabalhos e principalmente orientar o estudo Convidar/designar alunos monitores
Ano todo Professor Coordenador do Grupo
PDE/GTR Falta de domínio da informática Falta de tempo para estudar (equipe pedagógica) Atraso na disponibilidade do material para estudos
Treinamento para docentes Revezamento da Equipe Pedagógica para estudo Cumprimento do calendário da SEED/PR
Ano todo Direção
Produção material escrito científico
Falta de tempo para pesquisar e escrever Falta de informações gerais
Incentivar ao docente ser autor
Ano todo Equipe Pedagógica
Produção de material escrito pelos alunos
Escassez de produção de material escrito pelos alunos
Professores das diferentes disciplinas devem conhecer o formato dos diferentes gêneros discursivos para orientar a produção dos alunos: resumo, resenha, relatório, artigo de opinião, textos argumentativos, paper, artigo científico (noções através de leituras)
Ano todo Equipe Pedagógica Todos os Professores
Incentivo à leitura Uso inadequado do livro didático como material de leitura e consulta Poucas retiradas de livros na biblioteca
Uso efetivo do livro didático como material de leitura e consulta Indicar leituras do acervo bibliográfico
Ano todo Todos os Professores
Falta de profissional habilitado para o trabalho em biblioteca
Funcionamento da biblioteca nos três turnos
Dinâmica das aulas Administração inadequada do tempo
Privilegiar quatro momentos distintos nas aulas: ouvir, falar, ler e escrever
Ano todo Todos os Professores
Projetos Específicos da Escola
Falta de sistematização das ações dos docentes e Equipe Pedagógica Desvalorização da produção intelectual dos alunos
Implantar novos projetos interdisciplinares Criar espaços e situações para divulgar a produção textual
Ano todo Direção Equipe Pedagógica Corpo Docente
Programas institucionais como: Fera, Comciencia, JOCOPS
Falta de envolvimentos dos professores das áreas contempladas
Maior disponibilidade do professor
Datas pontuais Direção Professores
Desafios Educacionais Contemporâneos
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Falta de definição de metas
Criação de projetos/ações coletivas
Ano todo Direção Equipe Multidisciplinar
Educação sócio-ambiental Agenda 21
Pouco envolvimento dos professores
Leitura de material enviado pela SEED/PR sobre Educação sócio-ambiental disponibilizado na sala de Hora Atividade Relacionar os conteúdos das aulas com as questões ambientais Coleta de embalagens para o Programa Terracycle Mobilização para o cuidado com as carteiras e não uso de errorex
Ano todo Direção Equipe Pedagógica Alunos
Materiais e ambientes didático-pedagógicos: laboratório de ciências e de informática;, TV Paulo Freire, TV multimídia
Pouco uso do laboratório de Biologia, Química e Física Não disponibilidade do
Estimular o professor e agente de execução para o uso Treinar os professores
Ano todo Ano todo
Direção Equipe Pedagógica
12
Quadro de ações específico na página a seguir.
laboratório de informática para os alunos Descaso pela programação da TV Paulo Freire Inadequação no uso da TV multimídia
Incentivo para a produção de material e ser mostrado na TV Paulo Freire Orientação/normatização do uso da TV multimídia
Ano todo Ano todo
Recursos financeiros da escola
Nenhuma fragilidade detectada
Plano de Aplicação dos recursos são publicados e fixados em mural da sala dos professores
Semestral Direção
Implantação de novos cursos profissionalizantes
Demanda para cursos profissionalizantes
Pedido de autorização de funcionamento de cursos (noturno e vespertino) na área profissionalizante – Pós médio de Formação de Docentes
Final do ano letivo
Direção
Reforma do prédio Pintura, cobertura da quadra, fiação elétrica
Solicitar à SEED/PR Início de ano Direção
Aquisição de mobiliário
Falta de mesas do professor em sala de aula
Solicitar mesas para o professor junto à SSED/PR
Final do ano letivo
Direção
PDE Substitutos despreparados Alguns projetos envolvem um número reduzido de participantes, por isso não impactam a rotina da escola
Pleitear junto à SEED/PR revisão de critérios de inscrição, número de vagas ofertadas Maior envolvimento do coletivo na escola durante a implementação dos projetos dos professores PDE
Ano todo Ano todo
Direção
Professor Tutor Apresentou bons resultados
Continuar incentivando o trabalho do professor tutor como mediador no processo ensino aprendizagem e nas questões disciplinares
Ano todo Direção Equipe Pedagógica
Interdisciplinaridade Falta de diálogo entre as disciplinas
Disponibilização no site da escola o conteúdo programático das disciplinas Elaboração de projetos interdisciplinares
Ano todo Todos os professores
Diversidade/Inclusão Falta de tolerância de alguns frente à diversidade
Diagnose de alunos com necessidades especiais Reunião com os professores da turma para definir adequação curricular e metodologia (quando necessário) Reunião com os alunos para conscientização (se necessário) Fixar em sala de professores/hora atividade os nomes dos alunos com necessidades especiais leves, ou temporárias, para ciência do professor
Ano todo Direção Equipe Pedagógica Professores
Simulado Inviável no ensino organizado por blocos de disciplinas
Buscar alternativas para preparar alunos para o ENEM e vestibular
2º Semestre Equipe Pedagógica Professores dos 3ºs anos
Mostra Pedagógica Não é realizada Organizar mostra pedagógica das produções dos alunos nas diferentes disciplinas
Final do ano letivo
Professores Alunos Equipe Pedagógica
CELEM ATIVIDADE COMPLEMENTAR DE APROFUNDAMENTO DA APRENDIZAGEM (Preparação para o vestibular)
Pouca frequência e envolvimento dos alunos e comunidade
Estratégias diferenciadas para conseguir maior participação
Ano todo Direção Equipe pedagógica Professores envolvidos
Estágios obrigatórios (acadêmicos)
Congestionamento de pedidos de estágios para acadêmicos Postura inadequada de alguns acadêmicos pela falta de orientação
Exigir agendamento prévio para notificar professores das turmas que receberão os estagiários Contactar a universidade para oficializar pedido ao coordenador no sentido de orientar os acadêmicos quanto ao vestuário, postura, uso de celular, pontualidade preparo das aulas, entre outros
Ano todo Equipe Pedagógica
Estágios obrigatórios (formação de Docentes)
Espaço físico insuficiente para atender os alunos do vespertino
Readequar espaço físico Início do ano letivo
Direção SEED/PR
Urna democrática Resistência de alguns professores/ funcionários diante das denúncias e críticas apresentadas pelos alunos
Promover discussões acerca do avanço que a urna representa
Semana Pedagógica Reuniões pedagógicas
Direção Equipe Pedagógica
Projetos Interrupção de projetos em determinados períodos por questões pontuais
Revitalizar/implementar projetos existentes: GGG Literatura (Mara) Sexualidade (Marlene) Música como ferramenta de ensino - Gravação de vídeos clip (Roseli) Maquetes arquitetônicas – Fotografia (Iolanda) Canto Coral Recepção aos novos alunos e Bota-fora das terceiras séries Vencendo os limites a partir da dança PIBIC Júnior
Ano todo Equipe Pedagógica Professores envolvidos
Quadro 36. Plano de Ações
Sistematização das ações da escola para o efetivo trabalho com os Desafios Educacionais Contemporâneos
Educação para as relações étnico-raciais
Palestras com profissionais e testemunhos de pessoas da comunidade;
Leitura de textos de gêneros diversos (notícias, artigos, ensaios, poemas)
Análise de textos literários
Cultura africana e afrodescendente nas artes: música e dança;
Debates e reflexões a partir de filmes;
Relação histórica inerente ao tema através de análise contextualizada dos múltiplos papéis sociais dos diferentes segmentos da sociedade através dos tempos;
Literatura afro-brasileira;
As imagens e representações dos afro descendentes nos livros didáticos de
História.
Educação Fiscal
Coleta de dados relacionados à educação fiscal;
Conscientização da função socioeconômica dos tributos;
Pesquisa orientada sobre a natureza dos diversos tributos;
Pesquisas e discussões acerca dos gastos públicos;
Participação em audiências públicas da Câmara de Vereadores (planejamento orçamentário, prestação de contas);
Palestras com profissionais da área;
Pesquisa de campo sobre o hábito de exigir nota fiscal;
Ações que incentivem o pedido de nota fiscal;
Visitação à prefeitura e suas principais secretarias;
Entrevistas (prefeito, presidente da câmara, secretário de finanças);
Conhecimento e interpretação do Código do Consumidor;
Debate sobre a aplicação de recursos públicos na escola;
Implantação de projetos que fomentem a solidariedade humana e a solução coletiva de problemas comunitários.
Quadro 37. Sistematização das ações com os desafios educacionais contemporâneos
Educação Ambiental
Reciclagem na Arte;
Coleta seletiva no ambiente escolar;
Incentivo à prática da separação do lixo reciclável;
Palestras com profissionais da área;
Elaboração de projetos de impacto ambiental;
Pesquisa de campo: tratamento de esgoto doméstico e industrial;
Conhecimento da Agenda 21;
Seminários;
Leituras pertinentes e elaboração de textos dissertativos e de opinião;
Visitas ecológicas (parques, reservas, indústrias de reciclagem, entre outros);
Campanhas para redução do desperdício de água;
Oficinas; Gincanas; Passeatas.
Cidadania e direitos humanos
Enfoque nos trabalhos em grupo;
Reflexões e discussões acerca dos direitos e deveres do cidadão;
Seminário sobre o ECA;
Conhecimento do Regimento do colégio;
Filmes pertinentes;
Intensificação das ações do GGG;
Semana da Cidadania
Prevenção ao uso indevido de drogas
Palestras com profissionais da área;
Semana de prevenção às drogas;
Filmes pertinentes;
Conscientização acerca dos prejuízos causados pelas drogas (ações e efeitos);
Drogas socialmente aceitas: Álcool e Tabaco
Alcoolismo e trânsito;
Relacão: uso de drogas X criminalidade;
Políticas públicas sobre drogas;
Leitura de textos diversos;
Conversas informais;
Mostra de vídeos;
Pesquisas para debates posteriores.
Leituras pertinentes e elaboração de textos dissertativos e de opinião;
Palestras e filmes para os pais.
Sexualidade (alguns dos itens já citados podem
ser utilizados)
Oficinas em parceria com a UENP;
Elaboração de um plano de ação a partir de Projeto de Professor PDE.
Enfrentamento à violência na escola
Disseminação de uma cultura de paz pela convivência harmoniosa (GGG);
Oração pela paz – Time out;
Intensificação das ações do GGG;
Palestra com a Patrulha Escolar;
Seminário sobre bullyng;
Práticas colaborativas (enfoque aos trabalhos em grupo);
Ações pontuais em parceria com a Patrulha Escolar, Conselho Tutelar e Promotoria Pública (art. 56 ECA);
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nessa luta surda, no cotidiano, na lenta tarefa de transformação da ideologia, na guerrilha ideológica [...]. Por que ela pode ser transformadora? Porque o trabalho educativo é essencialmente político e, é o político que é transformador.
Moacir Gadotti
O Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal, diante
das demandas da sociedade e das próprias mudanças na legislação educacional
(LDB 9394/96) necessitou rever suas práticas e posturas com o intuito de estar
sintonizada com tais mudanças.
Nesse sentido, a escola revisitou seu Projeto Político-Pedagógico para que,
de forma coletiva, democrática e transparente pudesse discutir os avanços da escola
e propor alternativas para as suas fragilidades.
A reconstrução do PPP aconteceu a partir de uma pesquisa com os diversos
segmentos, em encontros com Conselho Escolar, APMF, alunos (as). Os encontros
professores (as), equipe pedagógica e direção foram aconteceram nas semanas
pedagógicas e reuniões pedagógicas.
A cada encontro, a construção era socializada com o grupo para sugestões,
alterações e adendos, para o seu aprimoramento. Contudo, o documento não é
completo e acabado, pelo contrário, tem-se a clareza que deve ser revisto
constantemente, por ser dinâmico e flexível a ponto de atender as demandas e
garantir o sucesso de todo o alunado.
A incomplitude, inconclusão e imperfeição deste documento, como bem nos
lembra Paulo Freire, legitima o movimento ininterrupto da história e os desafios do
fazer a história. O homem, segundo Freire (2006) como ser de relações, desafiado
pela natureza, a transforma com seu trabalho; e que o resultado desta
transformação, que se separa do homem, constitui seu mundo. O mundo da cultura
que se prolonga no mundo da história. Na inter-relação homem-mundo, o homem
cria, por meio de seu trabalho, o seu mundo.
REFERÊNCIAS
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Somente amarrados uns aos outros é que se escalam certas montanhas.
D. Perrot