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Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
1. IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................. 10
1.1 Localização e dependência administrativa .......................................... 10
1.2 Histórico e caracterização da instituição ............................................. 10
1.3 Atendimento (Oferta de ensino) ........................................................... 11
1.4 Estrutura Física .................................................................................... 13
1.5 Materiais e Espaços Pedagógicos ....................................................... 14
1.6 Recursos Humanos.............................................................................. 14
1.7 Instâncias Colegiadas .......................................................................... 15
2. MARCO SITUACIONAL ..................................................................................... 16
2.1 Caracterização da Comunidade Escolar ................................................ 16
2.2 Organização interna da escola ............................................................... 20
2.2.1 Direção ............................................................................................ 20
2.2.2 Equipe Pedagógica ........................................................................ 20
2.2.3 Coordenação de curso e de estágio ................................................ 21
2.2.4 Corpo Docente ................................................................................. 21
2.2.5 Equipe Técnico administrativa ......................................................... 24
2.2.6 Equipe de Serviços gerais .............................................................. 24
2.2.7 Gestão escolar ................................................................................. 25
2.2.8. Conselho Escolar ............................................................................ 26
2.2.9 Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF ..................... 27
2.2.10 Grêmio Estudantil .......................................................................... 27
2.3 Educação Especial ............................................................................. 28
2.4 Articulação entre as Etapas de ensino ............................................... 29
2.5 Diagnóstico das potencialidades e dificuldades ................................. 32
3
2.5.1 Evasão e Repetência ...................................................................... 33
2.5.2 Avaliações externas ........................................................................ 34
3. MARCO CONCEITUAL ....................................................................................... 36
3.1 Concepção de Mundo .......................................................................... 36
3.2 Concepção de Sociedade e Formação Humana Integral .................... 37
3.3 Concepção de Cidadania .................................................................... 40
3.4 Concepção de Homem (homem, infância, adolescência, juventude, adulto e idoso ................................................................................................
42
3.4.1 Concepção de Homem ................................................................. 42
3.4.2 Concepção de Infância ................................................................. 43
3.4.3 Concepção de Adolescência ........................................................ 45
3.4.4 Concepção de Juventude ............................................................. 47
3.4.5 Concepção de Adulto ................................................................... 49
3.4.6 Concepção de Idoso ..................................................................... 50
3.5 Concepção de Cultura ......................................................................... 52
3.6 Concepção de Conhecimento, Educação, Escola e Ensino- Aprendizagem ................................................................................................
53
3.7 Concepção de Alfabetização e Letramento ......................................... 56
3.8 Concepção de Currículo ...................................................................... 59
3.9 Concepção de Avaliação ..................................................................... 60
3.10 Concepção de Gestão Escolar .......................................................... 61
3.11 Concepção de Tempo e Espaço Pedagógico ................................... 63
3.12 Concepção de Tecnologia ................................................................. 66
3.13 Concepção de Trabalho .................................................................... 67
3.14 Concepção de Diversidade ................................................................ 69
3.15 Concepção de Educação Inclusiva .................................................... 70
3.16 Concepção de Cuidar e Educar ......................................................... 72
3.17 Concepção de Formação Continuada ............................................... 74
4. MARCO OPERACIONAL ................................................................................... 77
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4.1 Calendário Escolar ............................................................................. 77
4.2 Matrizes Curriculares .......................................................................... 79
4.2.1 Matriz Curricular do Ensino Fundamental ........................................ 79
4.2.2. Matriz Curricular do Ensino Médio ................................................... 81
4.2.3 Matrizes Curriculares do Curso de Técnico em Enfermagem ......... 82
4.3 Ações Didático Pedagógicas ............................................................... 86
4.3.1 Atividades Complementares ............................................................ 86
4.3.2 Aulas Especializadas de Treinamento Desportivo ........................... 88
4.3.3 Projetos ........................................................................................... 89
4.3.4 Programa do Ensino Médio Inovador - PROEMI 97
4.3.5 Atendimento Educacional Especializado 107
4.4 Avaliação ........................................................................................... 108
4.5 Conselho de Classe ........................................................................... 112
5 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .................................................................. 113
6 PROPOSTA DE SUPERAÇÃO DOS DESAFIOS..................................... 114
6.1Evasão, Repetência e Avaliações Externas.......................................... 115
6.2 Indisciplina............................................................................................ 116
6.3 Práticas Docentes................................................................................ 117
6.4 Permanência do Aluno no Ensino Noturno .......................................... 117
6.5 Falta de Envolvimento dos Pais no Processo Escolar ........................ 118
7 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ................................. 119
8 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 120
9 ANEXOS ............................................................................................................... 125
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APRESENTAÇÃO
[...] a educação só pode se realizar através de mediações práticas que se desenvolvam a partir de um projeto educacional , vinculado por sua vez, a um projeto histórico social, e que a instituição escolar é o lugar por excelência desse projeto[...] (SEVERINO,1998,p.107)
Nessa perspectiva, o projeto político pedagógico é o elemento norteador
das ações educativas escolares, o qual se vincula a um projeto histórico social,
portanto faz-se necessário a escola compreender seu papel na sociedade.
A compreensão desse papel, resulta na construção de um projeto
político pedagógico, que expresse sua intencionalidade pedagógica, cultural,
profissional e que esteja calcada num modelo de gestão democrática.
Dessa forma, o projeto não se constitui num simples documento, mas na
consolidação de um processo de reflexão e ação críticas sobre e na prática
educativa, que exige esforço e vontade política do coletivo da escola.
Para VIERA PINTO (2000) a educação é necessariamente intencional.
Não se pode pretender formar um homem sem prévio conceito ideal de
homem.
Com essa afirmação, entende-se que a educação, como trabalho não
material, é necessariamente intencional, pois vincula-se a uma concepção de
sociedade, de homem, de cultura,de conhecimento e de outras importantes
para formação do homem e da garantia de seus direitos. Por isso o processo
da educação e, em específico, na escola, é um dado cultural, é uma
elaboração histórica dos homens.
Compreende-se, nessa perspectiva, que o Projeto Político Pedagógico
traz marcas das concepções de mundo, humanidade e educação dos gestores
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da escola e dos educadores, uma vez que não existe neutralidade no fazer
pedagógico.
O projeto da escola depende, sobre tudo, da ousadia de seus agentes, da ousadia de cada comunidade escolar em assumir sua ‘cara’ tanto para dentro nas menores manifestações do seu cotidiano, quanto para fora, no contexto histórico em que ela se insere.”(MOACIR GADOTTI & JOSÉ EUSTÁQUIO ROMÃO, 1997,P.82)
Ao elaborar este Projeto Pedagógico, o Colégio Polivalente de Goioerê
busca apresentar um conjunto de trabalhos decorrentes de experiências e
expectativas educacionais, que envolvam direção, equipe pedagógica,
professores, alunos, pais, funcionários e comunidade escolar em geral,
destacando-se a ação colegiada ao processo de formação plena do cidadão.
Isso significa dizer que a construção do Projeto Político Pedagógico só
pode acontecer a partir da ação empreendida pelo coletivo escolar.
Considerando que todos os integrantes da escola são protagonistas do
processo educativo, torna-se imprescindível a construção de uma prática de
trabalho coletiva, comprometida com a qualidade da educação.
Considerando, o exposto acima, são professores, funcionários, pais e
alunos que devem pensar o papel da escola, para que ela seja universal e de
qualidade, que dê respostas às já conhecidas questões: Para quem, para que e
com qual intencionalidade existe a escola? Estas reflexões devem aparecer de
forma explícita no Projeto Político Pedagógico.
O Projeto Político Pedagógico, nessa perspectiva, conforme
VASCONCELOS (1989) pode ser compreendido como a sistematização, nunca
definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e
se concretiza na caminhada, que se define claramente o tipo de ação educativa
que se quer realizar. É um instrumento teórico-metodológico para interação e
mudança da realidade.
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Finalizando, é importante ressaltar a opção metodológica da construção
do Projeto Político Pedagógico, que se pauta no princípio da ação coletiva
compartilhada, na medida em que um compromisso construído na obediência
às leis seja estabelecido coletivamente, com avaliação contínua e respeito às
diversidades culturais, de gênero, raça, religiosas e outras.
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INTRODUÇÃO
A escola pública tem como função social formar o cidadão, isto é,
construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante solidário,
crítico, ético e participativo.
Para tanto, é indispensável socializar o saber sistematizado,
historicamente acumulado, como patrimônio universal da humanidade, fazendo
que esse saber seja criticamente apropriado pelos estudantes, que já trazem
consigo o saber popular, o da comunidade em vivem e atuam.
Essa apropriação e interligação representam um elemento decisivo para
a democratização da escola.
Dessa forma, a escola pública torna-se um lugar privilegiado para o
exercício da democracia participativa e para o exercício de uma cidadania
consciente e comprometida.
Para cumprir essa função, a escola precisa construir/instituir, de forma
coletiva seu Projeto Político Pedagógico, como instrumento de planejamento
coletivo, capaz de resgatar a unidade do trabalho escolar e garantir que não
haja divisão entre os que planejam e os que executam. Se elaborado,
executado e avaliado de forma conjunta, tem uma nova lógica e expressa a
forma como o coletivo se organizará em torno da intencionalidade da escola
pública, explicitando, a partir da análise crítica da sua realidade, a concepção
de homem, sociedade, educação, ensino-aprendizagem, avaliação, currículo e
princípios pedagógicos.
Definida a sua postura, a escola trabalhará no sentido de formar
cidadãos conscientes, capazes de compreender, criticar e interferir na
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realidade, atuando na busca da superação das desigualdades e do respeito ao
ser humano.
Quando a escola assume a responsabilidade de atuar na transformação
necessária e desejada pelo coletivo escolar e comunitário, bem como a
concretização da intencionalidade política na organização do trabalho
pedagógico escolar, as pessoas dão novo sentido às suas experiências,
refletem suas práticas, resgatam e reafirmam valores, de mundo, explicitam
seus sonhos, estabelecem novas relações e, principalmente, indicam novos
caminhos e propostas de ações.
Segundo FREIRE(1997), a construção do Projeto Político Pedagógico
pode contribuir “ para a construção de um espaço educativo, participativo e
emancipatório dentro da gestão democrática, escola inclusiva, trabalho
coletivo, currículo como instrumento de compreensão do mundo e
transformação social”
É com esse propósito, que o Colégio Estadual Polivalente de Goioerê
elabora seu Projeto Político Pedagógico, a fim de ultrapassar o mero
cumprimento de uma exigência burocrática e sim registrar a intencionalidade
de seus agentes, com um sentido explícito e com um compromisso definido
coletivamente.
Este Projeto Político Pedagógico representa o fruto da interação entre
os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, bem como as
reflexões e as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É,
portanto, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no
processo educativo: professores, equipe pedagógica, alunos, pais e a
comunidade como um todo.
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1. IDENTIFICAÇÃO
1.1 - COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE GOIOERÊ-ENSINO
FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
NRE: Goioerê
MUNICÍPIO: Goioerê
RUA: Dr. Rosalvo G. de Mello Leitão, 600
BAIRRO: Jardim Curitiba
TELEFONE e FAX :(044) 3522–1458
e-mail: grepolivalente@seed.pr.gov.br
Site: www.grepolivalente.seed.pr.gov.br
Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação - SEED
1.2 HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
O Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – Ensino Fundamental,
Médio e Profissional, mantido pela Secretaria de Estado da Educação - SEED,
inicialmente criado como Escola Estadual Polivalente – Ensino de 1º Grau, teve
o início de seu funcionamento em 01 de abril de 1976 de acordo com o Decreto
n.º 3277 de 26 de abril de 1977, publicado em Diário Oficial n.º 40 de 28 de
abril de 1977, com calendário especial para 5ª a 8ª séries.
Tendo sido construída através de convênios mantidos entre MEC –
SEED – PREMEN, que se propuseram a construir modernas escolas de 1º
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grau, dentro de uma moderna perspectiva de ensino. PREMEN significa
Programa de Expansão e Melhoria do Ensino.
Em janeiro de 1982, a Escola Estadual Polivalente de Goioerê – Ensino
de 1º Grau teve seu reconhecimento através da Resolução nº 17/82.
A primeira diretora foi à professora Neide Maria Rodrigues Vieira.
Atualmente o Colégio Estadual Polivalente de Goioerê é dirigido professor
Edclaudio Benetti Catelli. Pela Resolução nº 497/96, foi autorizada a
implantação do curso de 2º grau, Educação Geral, e o Projeto de implantação
foi aprovado pelo Parecer 940/96 - CEF/SEED e pela Resolução 2.558/96 foi
autorizado a funcionar passando a ser denominado de Colégio Estadual
Polivalente de Goioerê – Ensino de 1º e 2º Graus.
Pelo Parecer 2.544/99 SEED e Parecer 459/99 CEE, foi prorrogada a
Resolução 2.558/96 por mais 02 (dois) anos.
Em conformidade à Deliberação nº 003/98 e Resolução 3120/98,
alteraram sua nomenclatura para Colégio Estadual Polivalente - Ensino
Fundamental e Médio.
No ano de 2005, passou a funcionar o Curso Técnico Em Administração
nos períodos matutino e noturno através do parecer nº 078/2003 do N.R.E,
atualmente encontra-se em processo de cessação definitiva.
A partir do segundo semestre de 2009, passou a funcionar o CURSO
TÉCNICO EM ENFERMAGEM SUBSEQUENTE, no período noturno com três
turmas, sendo autorizado pela Resolução nº 5650 de 28/12/ 2010 – DOE de
22/03/2011.
1.3 ATENDIMENTO (OFERTA DE ENSINO)
O Colégio Polivalente de Goioerê - EFMP atende 1216 alunos,em três
turnos: matutino, vespertino e noturno, para os quais oferta o Ensino
Fundamental, anos finais do 6º ao 9º ano; Ensino Médio, organização anual;
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Curso Técnico em Enfermagem Subsequente, organização semestral; CELEM
com turmas de Língua Inglesa e Língua Espanhola; Atividades
Complementares Periódicas em contraturno e Sala de Recurso Multifuncional,
totalizando 48 turmas, assim distribuídas:
►18 turmas do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, 11 no período
manhã e 07 à tarde ;
►11 turmas do Ensino Médio , 07 pela manhã e 04 à noite;
►03 turmas do Curso Técnico em Enfermagem, no período da noite;
►08 turmas do CELEM , sendo 03 de Língua Inglesa: 02 à tarde de
Inglês Básico e 01 à noite de aprimoramento; 05 de Língua Espanhola: 04 de
Espanhol Básico, 02 à tarde e 02 à noite e 01 de Aprimoramento à tarde.
► 01 Sala de Recursos Multifuncionais para atender alunos com
necessidades educacionais especiais;
► 01 turma de Aulas Especializadas de Treinamento Desportivo no
período da manhã;
►06 turmas de Atividade Complementar em contraturno, assim
distribuídas:
- 01 turma no Macro Campo Esporte e Lazer – Dança, à tarde para o
ensino fundamental;
- 01 turma no Macro Campo Experimentação e Iniciação Científica, à
tarde para o ensino médio;
- 01 turma no Macro Campo Aprofundamento da Aprendizagem –
Produção Textual, à noite para o ensino médio;
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- 02 turmas no Macro Campo Mundo do Trabalho e Geração de Rendas
Empreendedorismo, à tarde para o ensino fundamental e
- 01 turmas no Macro Campo Mundo do Trabalho e Geração de Rendas
– Empreendedorismo, à tarde para o ensino médio.
1.4 ESTRUTURA FÍSICA
O prédio que abriga o Colégio Estadual Polivalente de Goioerê - EFMP
foi inaugurado em agosto de 2006 e dispõe dos seguintes espaços: 24200 m2
de área, sendo 4.373,98 m2 de área construída coberta, disposta em 05 blocos.
O primeiro com 09 salas de aula e 01 almoxarifado.
O segundo para dependências administrativas contendo: 01 sala para
direção e 01 para direção auxiliar, 02 salas para equipe pedagógica, 01 sala
para atendimento individual, 01 biblioteca com 11.750 volumes, anexo a ela,
01 laboratório de informática com 20 computadores para uso de professores e
alunos; 01 secretaria, 02 salas para arquivo morto; 01 sala de professores,
01 para hora atividade com 04 computadores; 01 laboratório de enfermagem ,
01 sala para coordenação do curso de enfermagem e 02 sanitários para uso
de professores e funcionários : um masculino e um feminino.
No terceiro bloco, há uma área de convivência, com 01 pátio coberto e
ainda, 01 cozinha, 01 lavanderia, 02 banheiros para os funcionários,01
depósito de merenda, 01 depósito de materiais diversos,01 sala para uso do
Grêmio Estudantil, 01 sala de aula(recursos multifuncionais)e 02 sanitários um
masculino e outro feminino com vestiários para os alunos.
No bloco 04, há 09 salas de aulas e 01 laboratório de Ciências Físicas
e Biológicas . Anexo a esse bloco, há 01 ginásio poliesportivo com palco,
arquibancadas, 02 vestiários e 02 lavabos.
No quinto bloco, há duas salas construídas ,no modelo PROEM, uma é
usada como anfiteatro, com capacidade para 100 pessoas e a outra para
desenvolvimento dos projetos multidisciplinares.
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1.5 MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS
O Colégio possui uma boa quantidade de materiais e equipamentos e
espaços pedagógicos que contribuem muito para a realização das atividades
pedagógicas
23 aparelhos de televisão, 09 impressoras, 04 aparelhos de som, 04
projetores de multimídia (data show), 03 máquinas fotográfica/filmadoras, 49
computadores, 03 impressoras multifuncional, 03 telas de projeção, 03
microfones sem fio.
Quanto ao espaço pedagógico há uma biblioteca com aproximadamente
5.150 volumes, um laboratório de Ciências Físicas e |Biológicas, uma sala de
hora atividade, um laboratório de informática e uma sala para desenvolvimento
de atividades multidisciplinares.
1.6 RECURSOS HUMANOS
O Colégio estadual Polivalente de Goioerê - EFMP tem seu
funcionamento nos três períodos: matutino, vespertino e noturno com 1216
alunos e para atender essa demanda, possui 135 funcionários , assim
distribuídos:
Equipe Gestora: 01 diretor, 02 diretores-auxiliares e 07 pedagogos;
Equipe docente: 100 professores, sendo 60 do Quadro Próprio do
Magistério-QPM e 40 contratados pelo Processo Seletivo Simplificado –
PSS;
Demais funcionários: 08 agentes 02 e 17 agentes 01.
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1.7 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Numa perspectiva de Gestão Democrática Participativa, o colégio possui
as seguintes instâncias colegiadas: Conselho escolar, Associação de Pais
Mestres e Funcionários – APMF e Grêmio Estudantil
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2 - MARCO SITUACIONAL
2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
A comunidade escolar é formada por alunos com faixa etária de 10 a 18
anos no ensino fundamental e médio, no ensino profissionalizante, a faixa
etária é de 18 a 50 anos. Há alunos que moram na zona rural, urbana e
periférica da cidade, mas a maioria são moradores dos bairros Jardim Curitiba,
Jardim Primavera e Vila Candeias. No Curso Técnico em Enfermagem, alguns
alunos residem em outros municípios, como Moreira Sales, Rancho Alegre D’
Oeste, Quarto centenário, Janiópolis, Juranda e Boa Esperança. Muitos já
exercem uma ocupação profissional como diarista, motorista de ambulância,
vendedores no comércio e poucos como auxiliares de enfermagem. Após o
ingresso no curso, alguns conseguem se inserir na área da saúde como
estagiários remunerados.
O colégio atende um público sócio econômico cultural bastante
diversificado, cuja organização dos grupos sociais ocorre espontaneamente,
de acordo com o turno.
No período da manhã, temos alunos de nível sócio econômico médio e
médio baixo, grande parte deles são oriundos do centro e bairros periféricos,
pouquíssimos são os que moram na zona rural. Esses alunos são filhos de
pequenos empresários, funcionários públicos, profissionais liberais e pequenos
agricultores. Suas idades variam de 10 a 18 anos com raríssimas exceções. A
maioria mora com pai e mãe, poucos só com as mães ou somente com os
pais.
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Muitos vêm à escola a pé, outros utilizam transporte escolar público ,
bicicleta, ou carro próprio.
Observamos que entre os alunos do período da manhã, muitos possuem
meios de comunicação para aprimorarem seus conhecimentos, a maioria se
utiliza das tecnologias via internet. Quanto ao rendimento escolar,
caracterizam-se como alunos com uma boa participação. Tanto eles quanto
seus familiares têm uma boa visão e conceito positivo da escola que estudam,
acreditam na mesma e nos profissionais que nela atuam.
No período vespertino, temos alunos de nível sócio econômico médio
baixo, baixo e baixíssimo, observa-se um grande número de alunos oriundos
dos bairros periféricos mais longínquos e muitos moradores da zona rural. São
filhos de trabalhadores braçais, diaristas, pouquíssimos funcionários públicos,
desempregados e pequenos agricultores. Suas idades variam de 10 a 17 anos,
muitos em defasagem idade/ano.
A organização familiar da maioria desses alunos não atende ao formato
tradicional, uma vez que muitos moram com os avós, outros só com as mães
ou só com os pais e alguns com outros familiares
Não há muita participação desses responsáveis no processo de ensino
aprendizagem, quando há algum problema em relação aos alunos sob sua
responsabilidade, o colégio encontra dificuldade para contatá-los. Esses
responsáveis não costumam participar de reuniões e eventos realizados pela
escola.
Muitos alunos, matriculados no período vespertino, vêm para a escola a
pé ou utilizam transporte escolar público, pouquíssimos de bicicleta.
Quanto ao rendimento escolar, caracterizam-se como alunos que
apresentam dificuldades de aprendizagem, há muitos casos de reprova e não
costumam fazer as atividades escolares solicitadas pelos professores, faltam
muito e apresentam grandes problemas de comportamento.
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Os alunos do período noturno ensino médio são de nível sócio
econômico médio baixo, oriundos da classe trabalhadora. São alunos
provenientes dos mais diferentes bairros, e pouquíssimos moradores da zona
rural, a maioria desses alunos são trabalhadores com baixa remuneração, suas
idades variam de 16 a 25.
O rendimento escolar desses alunos não é muito satisfatório porque
são faltosos e justificam essas faltas, bem como a não realização das
atividades escolares com o fato de trabalharem e estarem sempre cansados.
Muitos não têm perspectiva de continuidade de estudos, por falta de uma visão
ampla das possibilidades no mundo do trabalho, priorizam o trabalho que
atende suas necessidades imediatas, porque não se sentem atraídos pela
escola e acabam desistindo dela.
Uma característica muito positiva e importante é que, de modo geral, os
familiares e/ou responsáveis pelos alunos apresentam um alto grau de
confiabilidade neste Colégio. Isso porque cerca de 80% dessas famílias moram
há mais de 20 anos no município, portanto conhecem muito bem o Colégio e,
nessa mesma porcentagem, já tiveram outros familiares aqui estudando, e até
eles mesmos. Consideram a estrutura física do Colégio muito boa, precisando
apenas de alguns ajustes. Reconhecem a competência dos professores,
direção, equipe pedagógica e funcionários e entendem que o Colégio
apresenta segurança para seus filhos.
Apesar desse conceito positivo, no processo de ensino-aprendizagem há
algo que preocupa e que merece uma atenção especial de todos os
professores e daqueles comprometidos em promover a educação como prática
social responsável pelo processo de humanização do homem , que é a
participação da família no acompanhamento contínuo das atividades
educacionais, culturais e esportivas de cada aluno. Constata-se um baixo
índice de comparecimento das famílias ao colégio, quando são convidadas
para uma reunião ou evento, o comparecimento é insatisfatório. O mesmo
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ocorre em relação ao acompanhamento no dia a dia da escola e das
atividades desenvolvidas em casa, bem como a frequência dos alunos. Com
essa atitude, a responsabilidade da educação se torna maior para a escola.
Considerando a participação familiar no processo ensino aprendizagem,
faremos algumas considerações.
A escola é a primeira Instituição da qual a criança passa a fazer parte
fora da família, propiciando a vivência com outras pessoas de origens e hábitos
diferentes. A família é a mediadora entre indivíduo e a sociedade. É nela que,
segundo CARDOSO VIEIRA(2001,p.60), “ aprendemos a perceber o mundo e
nos situamos nele. É [ a família] a formadora de nossa primeira identidade
social. Ela é o primeiro ‘nós’ a que aprendemos a nos referir.É o contato com
as primeiras regras e valores sociais.”
Assim como ocorreram transformações na escola, principalmente a partir
dos anos 90, a família também não é mais aquela tradicionalmente
estabelecida num modelo homogêneo, passando adquirir uma multiplicidade
de formas de organização. Como cita CASTELLS (2003,p.89), ela reduziu a
função de proteção, socialização e criação de vinculo :
A dissolução dos lares, por meio do divórcio ou separação de casais, constitui o primeiro indicador de insatisfação com um modelo familiar baseado no comprometimento duradouro de seus membros. Em segundo lugar, a crescente freqüência com que as crises matrimoniais se sucedem , assim como a dificuldade em compatibilizar casamento, trabalho e vida, associa-se a outras tendências importantes: o adiamento de formação de casais e formação de relacionamentos sem casamento.
A família que é a base da sociedade foi se fragmentando e
abandonando o papel de primeira instituição educadora no processo de
formação, gerando assim, um novo desafio para a escola, pois os pais acabam
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delegando não só a formação cultural do educando, como também a formação
moral que inclui comprometimento ,atitudes e valores.
2.2 ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
2.2.1 DIREÇÃO
A direção do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê - EFMP é
composta pelo diretor professor Edclaudio Benetti Catelli e pelos diretores
auxiliares professores Marcelo Turkiewicz e Ricardo Wilson Stefenetti, que
foram escolhidos democraticamente entre os componentes da comunidade
escolar, conforme legislação em vigor.
A função de diretor, como responsável pela efetivação da gestão
democrática e participativa, é a de assegurar o alcance dos objetivos
educacionais definidos neste Projeto Político-Pedagógico.
2.2.2 EQUIPE PEDAGÓGICA
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares
definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em
consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria
de Estado da Educação, mantenedora deste estabelecimento.
O Colégio Polivalente de Goioerê - EFMP tem sete pedagogos, todos
licenciados em pedagogia, três com quarenta horas semanais e quatro com
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vinte horas cada, distribuídos nos três períodos de funcionamento do colégio,
de acordo com o estabelecido pela mantenedora.
Entre as diversas funções do pedagogo, ele coordena a elaboração e
acompanha a implementação do Projeto Político Pedagógico, Proposta
Pedagógica Curricular, Plano de Trabalho Docente, Regimento escolar e Plano
de Ação do Colégio. Coordena, também, as capacitações organizadas além
disso, estabelece a articulação entre os responsáveis pelo processo ensino e
aprendizagem: direção, professores, familiares e alunos.
Neste colégio, o trabalho dos pedagogos é dividido por turmas, cada um
tem sob sua responsabilidade um determinado número de turmas, quando dão
atendimento aos alunos, professores e pais, acompanhando a assiduidade e
desempenho dos alunos. Coordenam os pré-conselhos e fazem as devolutivas
destes aos alunos e ,quando necessário, aos pais. Porém, é importante
ressaltar que todos os pedagogos trabalham de forma integrada, por meio de
decisões e encaminhamentos coletivos, estando todos inteirados da dinâmica
escolar.
2.2.3 COORDENAÇÃO DE CURSO E DE ESTÁGIO
Na Educação Profissional, as Coordenações de Cursos são exercidas
por profissionais com habilitação específica no curso e em parceria com à
equipe pedagógica, de acordo com as orientações da SEED. O Colégio
Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP tem coordenador do Curso Técnico
em Enfermagem e um coordenador de estágio com carga horária de acordo
com o número de turmas.
2.2.4 CORPO DOCENTE
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O corpo docente do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê é
composto por cem profissionais, sendo deste total, sessenta pertencentes
ao Quadro Próprio do Magistério - QPM e quarenta contratados pelo Processo
Seletivo Simplificado – PSS. Todos, que ministram aulas na educação básica,
são licenciados e 95% possuem pós-graduação lato senso e doze participaram
do PDE. A maioria dos professores do curso Técnico em Enfermagem tem
licenciatura, poucos são bacharelados em Enfermagem.
Grande parte desses professores procuram ofertar uma educação de
qualidade para todos, utilizando-se de práticas pedagógicas que respeitem
as diferenças e trabalhem o conhecimento como meio de formação humana
integral para que os alunos, que aqui estão, tornem-se cidadãos capazes de
contribuir para as transformações sociais, culturais, científicas e tecnológicas.
Essa tarefa não é fácil, porque além de todos os determinantes internos
e externos que emperram o processo ensino aprendizagem, exige muito
estudo, reflexão, comprometimento profissional e vontade política que resultem
em ações pedagógicas com intencionalidade para estabelecer a relação entre
o conhecimento elaborado e sistematizado historicamente bem como a
relação com as práticas do cotidiano dos alunos.
Os professores sabem que a aprendizagem não acontece de forma
espontânea, no entanto, por conta das dificuldades enfrentadas no dia a dia em
sala de aula, muitos optam pela metodologia tradicional, com aulas expositivas
sem questionamentos e problematização, consequentemente sem que os
alunos elaborem novos significados sobre os conteúdos que lhes são
apresentados..
Conforme Gonçalves (2008), os professores mais conscientes da
importância de sua função na vida dos alunos, para que estes adquiram o
saber sistematizado, necessário à sua emancipação, querem mudar essa
situação. A autora afirma ainda que o ensino dos conteúdos científicos sem
23
relação com o cotidiano dos alunos e descontextualizado, não desperta
interesse nos alunos.
A necessidade de reavaliar e organizar o ensino de modo a desenvolver
práticas pedagógicas que estabeleçam essa relação e que a escola passe ter
sentido para os alunos é o grande desafio para a direção, equipe pedagógica e
professores. Segundo GASPARIN (2002, p.113 Apud GONÇALVES 2008, p. 5)
[...] no processo de mediação do conhecimento, o professor torna-se também unificador do cotidiano e científico de seus alunos, assumindo sua responsabilidade social na construção/reconstrução do conhecimento científico das novas gerações em função da transformação da realidade.
Ainda conforme GASPARIN (2002,p.54. Apud GONÇALVES 2008,p.5 ),
são necessárias ações conjuntas entre professor e aluno para a efetiva
construção do conhecimento
[...] Os educandos e o professor efetivam, aos poucos, o processo dialético de construção do conhecimento escolar que vai do empírico ao concreto pela mediação do abstrato, realizando as operações mentais de analisar, comparar, criticar, levantar hipóteses, julgar, classificar, deduzir,explicar, generalizar,conceituar etc.
Os professores acreditam também, que para obter melhores resultados
no processo ensino aprendizagem, é necessário, além de outras ações, suprir
a falta de pré-requisitos dos alunos em algumas disciplinas, principalmente nas
que exigem raciocínio lógico, leitura e interpretação; como já foi apontado,
melhorar as estratégias metodológicas de alguns professores e,
principalmente, estimular a participação e acompanhamento da família.
Essa última ação torna-se um desafio para todos os profissionais deste
colégio, uma vez que a escola passa a ser a maior responsável pela educação
desses alunos.
24
Atendendo a proposta de capacitação da SEED, todos os professores e
funcionários são incentivados a participarem de cursos de Formação
Continuada, da Semana Pedagógica, da Equipe Multidisciplinar e cursos
online, como forma de aprimoramento de conteúdos e conhecimento, bem
como de suas práticas pedagógicas. Além dessas ofertas, utilizam-se das
tecnologias. O colégio disponibiliza computadores com internet para pesquisas,
bem como periódicos.
Os professores utilizam suas horas atividades para elaborar suas aulas,
realizar pesquisas para suas aulas e aprimoramento profissional, corrigir
atividades, e como essas horas são organizadas por disciplina, também há
troca de experiências.
2.2.5 EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA
A função de técnicos administrativos é exercida por Agentes
Educacionais II, que atuam nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de
Informática do estabelecimento de ensino. Neste colégio, a atuação dos
agentes II se limita à secretaria, uma vez que há professores readaptados
responsáveis pela biblioteca e laboratório de informática, bem como pelo
agendamento da utilização dos equipamentos pedagógicos e anfiteatro.
A relação desses funcionários com os demais segmentos do colégio é
de extrema cooperação e cordialidade, além de cumprir as obrigações
inerentes às atividades administrativas da secretaria, atendem todos os
segmentos da comunidade escolar prestando informações e orientações.
2.2.6 EQUIPE DE SERVIÇOS GERAIS
25
As atribuições dessa equipe são exercidas pelos Agentes Educacionais
I, funcionários da Paraná Educação e contratados pelo Processo Seletivo
Simplificado.
Entre as várias atribuições, esses funcionários têm a função de zelar
pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico
escolar; executar atividades de manutenção e limpeza e preparar a
alimentação para os alunos.
A relação desses funcionários com os demais segmentos do colégio é
muito boa, principalmente com os alunos, porque estabelecem uma relação de
confiança pelo fato de estarem mais próximos quando os alunos não estão em
sala de aula. Essa proximidade contribui para que equipe pedagógica ou
direção faça alguma intervenção junto aos alunos em situações vulneráveis,
que se abrem com esses funcionários ou são observados por eles.
Viver em sociedade é viver em constante aprendizado, por isso somos
todos educadores. Os funcionários do Colégio estadual Polivalente de Goioerê
- EFMP são educados e educadores quando interagem com os alunos,
professores, direção e pais.
2.2.7 GESTÃO ESCOLAR
Com base na concepção de educação centrada na formação humana e
na mediação do saber historicamente elaborado, a escola tem como principal
objetivo o resultado positivo do processo ensino aprendizagem. Para tanto, a
organização das relações no interior da escola deverá estar pautada nos
princípios democráticos, para que a escola não seja democrática apenas no
desenvolvimento de suas atividades administrativas, mas também pela
realização de sua ação pedagógica.
A gestão democrática só se efetiva quando há envolvimento da
comunidade escolar: pedagogos, professores, funcionários, pais, alunos e
26
sociedade organizada, por meio de representações nas instâncias colegiadas
(Associação de Pais Mestres e Funcionários – APMF, Conselho Escolar,
Grêmio Estudantil e outras formas de representação) na tomada de decisões e
na construção de documentos que norteiam a prática pedagógica da escola.
Nesse sentido, (CASTRO,2007,P.135) afirma que:
[...] A gestão democrática traz como fundamento o efetivo envolvimento e participação de todos na tomada de decisão do processo administrativo e do planejamento pedagógico escolar. Logo, considera-se de fundamental importância o Projeto Político Pedagógico como instrumento de articulação entre os meios e os fins, fazendo o ordenamento de todas as atividades pedagógico-curriculares e a organização da escola tendo em vista os objetivos educacionais.
A participação coletiva implica não somente nas tomadas de decisões
sobre a escola, mas também nas responsabilidades e nas ações básicas para
a sua viabilização.
Nessa perspectiva, podemos afirmar que a gestão do Colégio Estadual
Polivalente de Goioerê – EFMP se efetiva como democrática e participativa. As
Instâncias Colegiadas estão instituídas e organizadas com representatividade
de todos os segmentos da comunidade escolar e local.
2.2.8 CONSELHO ESCOLAR
Esta Instância colegiada, constituída por representantes de todos os
segmentos da comunidade escolar e local, tem como atribuição deliberar
sobre questões político-pedagógicas, administrativas e financeiras no âmbito
da escola. O Conselho Escolar analisa as ações a empreender e os meios a
utilizar para o cumprimento das finalidades da escola. Possibilitando, desta
forma, a promoção da gestão democrática e participativa.
Os membros que compõem o Conselho Escolar são escolhidos pelos
integrantes de cada segmento. São 25 membros assim distribuídos: diretor do
27
estabelecimento, que é o presidente do Conselho Escolar; 02 representantes
da equipe pedagógica; 06 professores, sendo 02 representantes de cada nível
de ensino: fundamental, médio e profissional; 04 representantes dos
funcionários, sendo 02 agentes I e 02 agentes II; 02 representantes da
Associação de Pais Mestres e Funcionários – APMF; 06 representantes dos
alunos, 02 de cada nível de ensino: fundamental, médio e profissional; 02
representantes dos pais de alunos e 02 representantes de associações de
bairro.
2.2.9 ASSOCIAÇÃO DE PAIS MESTRES E FUNCIONÁRIOS – APMF
As várias atribuições da APMF estão sempre voltadas à integração
entre família, educadores e escola e promoção de um ensino de qualidade.
Esta Instância Colegiada é constituída por 20 membros, escolhidos entre
os representantes de cada segmento da comunidade escolar e local:
09 representantes dos pais; 05 representantes dos professores; 01
pedagogo; o diretor e 04 funcionários.
2.2.10 GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes
da escola, constitui-se em uma Instância Colegiada da Gestão Democrática,
com representatividade no Conselho Escolar, que é o órgão máximo da
gestão no âmbito escolar.
Assim, o grêmio estudantil constitui um meio de participação dos alunos
na vida escolar, tornando-se um espaço de discussão, criação e tomada de
decisões acerca do processo escolar, bem como o fortalecimento das noções a
respeito de direitos, deveres e convivência comunitária , o que favorece a
formação para o exercício de cidadania.
28
A diretoria atual do Grêmio Estudantil Profª Neide Maria Rodrigues
Vieira tomou posse em 20 de maio de 2016, após processo de escolha pela
comunidade estudantil, tendo sido eleita como presidente a aluna Camila
Juliani e os demais membros dessa instância colegiada.
A gestão democrática deste colégio tem se efetivado de forma
transparente e participativa de todos os segmentos internos e externos da
escola delimitando, decidindo e implementando as ações educacionais e
gerindo os recursos financeiros, inclusive prestando contas em reuniões e as
fixando em edital.
2.3 – EDUCAÇÃO ESPECIAL
Numa perspectiva de inclusão educacional, o Colégio Estadual
Polivalente de Goioerê – EFMP atende todos os sujeitos,que historicamente
encontravam-se excluídos do processo de escolarização, numa postura de
acolhimento e afetividade.
Nesse sentido, o colégio oferta, no período da tarde, uma Sala de
Recursos Multifuncionais – Tipo I com atendimento educacional especializado,
de natureza pedagógica, que complementa a escolarização de alunos que
apresentam deficiência Intelectual, deficiência física, neuromotora, transtornos
globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, matriculados
na Rede Pública de Ensino.
A Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, funcionará com
características próprias em consonância com as necessidades específicas do
aluno nela matriculado.
A carga horária para funcionamento dessas salas, nas instituições da
Rede Estadual de Ensino do Paraná, é 20 horas/aulas semanais, sendo 13
horas/aula para efetivo trabalho pedagógico e 7 (quatro) horas-atividade do
professor, de acordo com a legislação vigente.
29
Quanto aos recursos materiais, a Sala de Recursos Multifuncional –
Tipo I, na Educação Básica é organizada com materiais didáticos de
acessibilidade, recursos pedagógicos específicos adaptados, equipamentos
tecnológicos e mobiliários. Entre estes destacam-se os jogos pedagógicos
que valorizem os aspectos lúdicos, estimulem a criatividade, a cooperação, a
reciprocidade e promovam o desenvolvimento dos processos cognitivos.
O número máximo de alunos que compõem a Sala multifuncional –
Tipo I é 20. O atendimento a esses alunos acontece no período contrário ao
que estes estão matriculados e frequentando a classe comum. O atendimento
educacional especializado é realizado por cronograma, que poderá ser
individual ou em grupos, de forma a oferecer o suporte necessário às
necessidades educacionais especiais dos alunos consonante à área
específica, favorecendo seu acesso ao conhecimento. O cronograma de
atendimento deve ser flexível, organizado e reorganizado sempre que
necessário de acordo com as necessidades educacionais dos alunos.
A composição dessa sala é feita com alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais e que têm laudo psicoeducacional e
relatório pedagógico que comprovam a necessidade de atendimento nessa
sala.
O atendimento feito na Sala de Recursos Multifuncionais I é feito por
professor QPM ou PSS que tenha especialização em educação especial.
Esse atendimento, em alguns casos, tem contribuído muito para a
melhora no desempenho dos alunos na sala regular. No entanto, não é
suficiente porque muitos professores das diversas disciplinas na sala regular
têm dificuldades em elaborar atividades diferenciadas, para atender às
necessidades desses alunos, tampouco conseguem dar-lhes atenção
individual por muito tempo, devido ao número de alunos em sala e o
comportamento deles.
30
2.4 ARTICULAÇÃO ENTRE AS ETAPAS DE ENSINO 5º/6º ANOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL E 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL / 1º ANO
ENSINO MÉDIO
Toda transição sugere uma ideia de mudança e de adaptação. O ser
humano passa por situações de modificação em diferentes aspectos e precisa
buscar estratégias para adaptar-se à nova situação.
A transição de uma etapa de ensino para a outra sempre envolve mais
disciplinas, conteúdos mais avançados, outros professores e novos colegas.
Por isso há necessidade de um trabalho coeso e unificado para que não haja
rupturas que desfragmentem as etapas de ensino, prejudicando o processo de
ensino e aprendizagem.
A Resolução nº 4, do Conselho Nacional de Educação, 2010 , em
Título VI, Artigo 18, § 2º, destaca que:
A transição entre as etapas da Educação Básica e suas fases requer formas de articulação das dimensões orgânica e assegurem aos educandos, sem tensões e rupturas, a continuidade de seus processos peculiares de aprendizagem e desenvolvimento.
No entanto, no cotidiano escolar essa transição é pouco pensada e
discutida, em consequência disso, os resultados avaliativos denunciam essa
fragilidade, perceptível principalmente no 6º ano, quando as crianças
relacionam a aprendizagem à afetividade.
Ainda segundo a Resolução nº 4, do Conselho Nacional de Educação,
2010, em seu Artigo 23 Parágrafo Único:
No Ensino Fundamental, acolher significa também cuidar e educar, como forma de garantir a aprendizagem dos conteúdos curriculares, para que o estudante desenvolva interesses e sensibilidades que lhe permitam usufruir dos bens culturais disponíveis na comunidade, na sua cidade ou
31
na sociedade em geral,e que lhe possibilitem ainda sentir-se como produtor valorizado desses bens.
Nessa perspectiva, os educadores do Colégio Estadual Polivalente de
Goioerê -EFMP entendem que a escola tem responsabilidade na
compreensão de como as crianças aprendem, para isso é necessário um
olhar mais afetuoso e profissional aos alunos egressos dessas etapas de
ensino, observando como se organizam, criando vínculos sem perder
autoridade, possibilitando gradativamente a autonomia necessária e
primordial para essas etapas de ensino.
Em momentos pontuais, durante capacitações oferecidas pela
mantenedora, nossa comunidade escolar destacou a necessidade de buscar
alternativas nessas fases de transição escolar por meio de estratégias
pedagógicas, que considerem as singularidades dos alunos,com diferentes
alternativas, atendendo seus interesses, necessidades e aspirações,visando
assegurar a permanência destes, com proveito, até a conclusão da Educação
Básica.
Entre elas, solicitamos junto ao Núcleo Regional de Educação encontros
para diálogo entre 5ºano (Ensino Municipal) /6º anos do ensino fundamental
(Estadual) e 9º ano ensino fundamental / 1º ano ensino médio (Estadual)
Essa importância é condizente com a resolução a Resolução nº 4, do
Conselho Nacional de Educação, 2010 em seu Art.25.
Os sistemas estaduais e municipais devem estabelecer especial forma de colaboração visando à oferta do Ensino Fundamental e à articulação sequente entre a primeira fase,no geral assumida pelo Município,e a segunda, pelo Estado, para evitar obstáculos ao acesso de estudantes que se transfiram de uma rede para outra para completar esta escolaridade obrigatória, garantindo a organicidade e a totalidade do processo formativo do escolar.
32
Nesse sentido, há necessidade da compreensão de que o Ensino seja
um contínuo de aprendizagens, sem rupturas, e que haja um planejamento
integrado entre as etapas considerando as características próprias de cada
fase, marcadas por um número maior de entrada professores na grade
curricular, abordando diferentes conteúdos e com posturas e métodos
diversificados, que possibilitem os alunos a se integrarem rapidamente.
2.5 DIAGNÓSTICO DAS POTENCIALIADADES E DIFICULDADES
Uma educação de qualidade visa a emancipação dos sujeitos sociais e
não guarda em si mesma um conjunto de critérios que a delimite.É a partir da
concepção de mundo, homem, sociedade e educação e outras que norteam o
processo ensino aprendizagem, que a escola procura desenvolver
conhecimentos e atitudes que irão encaminhar a forma pela qual o indivíduo vai
se relacionar com a sociedade, com a natureza e consigo mesmo. Assim, a
“escola de qualidade” é aquela que contribui com a formação dos estudantes
nos aspectos culturais, antropológicos, econômicos e políticos, para o
desempenho de seu papel de cidadão no mundo, tornando-se, assim, uma
qualidade referenciada no social. Nesse sentido, o ensino de qualidade está
intimamente ligado à transformação da realidade
Nessa perspectiva, registraremos as dificuldades que se constituem em
desafios a serem vencidos, para que este colégio possa ofertar, em sua
plenitude, uma educação emancipadora como RODRIGUES(1986,p.81)
define,
[...] que possibilita a todos a compreensão elaborada da realidade social, política e econômica do momento vivido pelos educandos; o desenvolvimento de suas habilidades intelectuais
33
e físicas para intervenção nessa realidade, e a posse da cultura letrada e dos instrumentos mínimos para o acesso às formas modernas do trabalho [...]
Muitos são os desafios a enfrentar os quais estão relacionados aos
resultados de aprendizagem dos alunos, à participação da família, a
incoerência entre a teoria e prática pedagógica e o interesse dos alunos pela
escola.
2.5.1 EVASÃO E REPETÊNCIA
Tabela Percentual do desempenho dos alunos de 2011 a 2015
2011 2012 2013 2014 2015
ENSINO
FUNDAMENTAL
Aprovado 89,03 89,28 89,55 75,5 78,82
Aprovado
pelo
Conselho
40,66 30,85 34,32 39,1 49,1
Aprovado
Direto
48,37 58,43 55,23 36,4 29,72
Desistentes 0 1,29 0,82 1,81 7,13
Reprovado 10,97 9,43 9,63 22,69 14,05
ENSINO
MÉDIO
Aprovado 83,02 82,88 81,4 85,09 68,35
Aprovado
pelo
Conselho
29,09 40,85 37,62 42,31 30,53
Aprovado
Direto
53,93 42,03 43,78 42,78 37,82
Desistentes
Reprovado
O desempenho dos alunos do
no processo ensino aprendizagem
demais escolas da rede estadual de ensino
externos e internos que afetam a educação escolar
índice de repetência se mantém elevado, o de abandono aumenta
gradativamente. Além desse aspecto, temos outro bastante preocupante que é
o índice de aprovação pelo Conselho de Classe, como pode ser observado
alguns momentos passa de 40% dos aprovados.
uma defasagem de conteúdos e cons
anos letivos.
2.5.2 AVALIAÇÕES EXTERNAS
O desempenho dos alunos no ENEM
na região entre os estabelecimentos
manteve porque não conseguimos acessar o
estabelecimento.
8
ª série / 9º ano
Escola
005 007 009
POLIVAL
ENTE DE GOIOERE C E
EF M PROF .0 .9 .3
Desistentes 4,53 4,67 5,81 2,91
Reprovado 12,45 12,45 12,79 12
O desempenho dos alunos do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê
no processo ensino aprendizagem apresenta problemas que são comuns às
da rede estadual de ensino, considerando os determinantes
que afetam a educação escolar. Na medida em que o
índice de repetência se mantém elevado, o de abandono aumenta
Além desse aspecto, temos outro bastante preocupante que é
o índice de aprovação pelo Conselho de Classe, como pode ser observado
alguns momentos passa de 40% dos aprovados. O que, em muitos casos, gera
uma defasagem de conteúdos e consequentemente dificuldades nos demais
AVALIAÇÕES EXTERNAS
desempenho dos alunos no ENEM tem sido bom, até com destaque
estabelecimentos estaduais. Não sabemos se isso se
manteve porque não conseguimos acessar o último resultado deste exame por
Ideb Observado Metas Projetadas
011 013 015 007 009 011 013 015
.6 .7 .7 .1 .3 .6 .1 .5 .8
34
15,83
15,83
Polivalente de Goioerê,
apresenta problemas que são comuns às
, considerando os determinantes
medida em que o
índice de repetência se mantém elevado, o de abandono aumenta
Além desse aspecto, temos outro bastante preocupante que é
o índice de aprovação pelo Conselho de Classe, como pode ser observado, em
O que, em muitos casos, gera
dificuldades nos demais
tem sido bom, até com destaque
estaduais. Não sabemos se isso se
resultado deste exame por
Metas Projetadas
017 019 021
.8 .1 .3
35
Como pode ser observado, no quadro acima o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica nos anos de 2007, 2009 e 2011 foi
satisfatório, inclusive superior às metas projetadas pelo MEC. No entanto, nos
dois últimos anos de avaliação, esse índice caiu muito, ficando inferior às
metas projetadas.
Em reuniões pedagógicas, conselhos de classe e hora atividade são
discutidas e analisadas as prováveis causas para esse baixo desempenho dos
alunos. Entre outras, registraremos as que consideramos determinantes nesse
desempenho: infrequência dos alunos; alunos que não fazem as atividades
propostas em sala de aula ou para casa; a rotatividade de professores devido
às licenças para tratamento de saúde e/ou especial; infrequência dos alunos;
defasagem de conteúdos o que gera desinteresse, desânimo e indisciplina;
aulas monótonas; incoerência entre o que se propõe no plano de trabalho
docente e o que se pratica em sala de aula; ausência dos pais nas reuniões;
falta de interesse da família no processo ensino aprendizagem; transferência
de responsabilidade da família para o colégio.
Essas prováveis causas precisam ser analisadas e refletidas por todo
coletivo escolar, é necessário identificar elas influenciam no processo ensino e
aprendizagem e quais as possibilidades, num processo coletivo de superá-las.
Professores precisam refletir sobre sua intencionalidade na utilização das
metodologias, na escolha dos conteúdos, na utilização dos instrumentos e
critérios nas avaliações e retomada dos conteúdos quando necessário . A
família deve avaliar sua participação na escolarização de seus filhos, não só na
frequência desses, como também na realização das atividades pedagógicas. O
36
aluno precisa reconhecer a importância da educação escolar para sua
formação humana integral e, por fim, equipe diretiva ( direção,
pedagogos,instâncias colegiadas) repensar a articulação dos diversos
segmentos para que a escola cumpra seu papel social e democrático de
promover o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela
humanidade, de modo a formar cidadãos críticos, éticos e participativos.
3. MARCO CONCEITUAL
Para que a escola se efetive como um espaço privilegiado e democrático
em que a educação está centrada na formação humana integral, pela
mediação do conhecimento historicamente produzido e pela compreensão de
que o aluno é portador de cultura e identidade próprias, a serem consideradas
em todas práticas pedagógicas, é preciso que haja intencionalidade no fazer
pedagógico. Essa intencionalidade é resultante das concepções que resultam
da existência humana e seu processo educativo.
3.1 CONCEPÇÃO DE MUNDO
O Mundo representa o espaço geopolítico no qual se constrói a
existência humana sob determinadas possibilidades e potencialidades,
construídas historicamente pelos seres humanos face às suas relações com as
condições naturais desse espaço e pelas relações pessoais e sociais.
37
Duarte, (2015) analisa e estabelece a relação da educação escolar com
concepção de mundo a partir da perspectiva da pedagogia histórico- crítica, na
qual nos fundamentamos para a escolha e implementação das atividades
pedagógicas em nosso colégio.
Para Duarte (2015), essa pedagogia adota o materialismo histórico-
dialético como as mais desenvolvida e crítica concepção de mundo e defende
que os conteúdos escolares e as formas de seu ensino podem se constituir
em importantes contribuições para formar e disseminar a concepção de
mundo.
Assim, o Professor ao selecionar e organizar seus conteúdos para a
socialização dos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos, de forma
contextualizada e dialética, contribui para que o aluno construa sua concepção
de mundo. Nessa visão, concordamos com Duarte (2015) quando nos afirma
que “A concepção de mundo, ou visão de mundo, é constituída por
conhecimentos e posicionamentos valorativos acerca da vida, da sociedade, da
natureza, das pessoas (incluindo-se a autoimagem) e das relações entre
todos esses aspectos.”
A visão de Duarte de concepção de mundo reafirma a importância do
processo educativo para que o aluno seja autônomo intelectual e moralmente,
e de ser capaz de interpretar as condições histórico-culturais em que vive,
impondo suas ações e pensamentos.
3.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL
As informações, na sociedade atual, informatizada e globalizada, são
transmitidas rapidamente, isso e o avanço tecnológico, em seus diversos
setores, têm exigido mudanças na forma de pensar e agir do homem, para
viver nessa nova sociedade, que chamamos de sociedade da tecnologia e
do conhecimento.
38
Nesse contexto social, não cabe mais o homem alienado, com
consciência ingênua, que se deixa conduzir por pensamentos e expressões de
uma classe dominante.
Num país de contrastes como o nosso, onde convivem grandes
desigualdades sociais, econômicas, e culturais, faz-se necessária uma
organização social mais justa, livre, pacífica, participativa e solidária.
“ ... criação de uma sociedade menos perversa, menos discriminatória, menos racista, menos machista que esta. Uma sociedade mais aberta, que sirva aos interesses das classes populares sempre desprotegidas e minimizadas e não apenas aos interesses dos ricos, dos afortunados, dos chamados ‘bem-nascidos’ “ (FREIRE, 1991, APUD GADOTTI,1996,P.103)
Freire, nesse sentido, propõe a criação de uma sociedade ideal, em que
os cidadãos, que dela participam, tenham consciência dos aspectos políticos,
moral, educacional e cultural, bem como a garantia do cumprimento dos
direitos humanos, para promoção do desenvolvimento do homem na sua
totalidade.
A educação tem um papel fundamental na construção de uma
sociedade mais justa e na formação humana integral, que visa a emancipação
dos indivíduos, tornando-os autônomos intelectual e moralmente, com
capacidade de interpretar as condições histórico culturais da sociedade em
que vivem ,e nela, interferir como sujeitos da história, segundo Paulo Freire,
O mundo não é. O mundo está sendo. Com subjetividade curiosa, inteligente, interfiridora na objetividade com que dialeticamente me relaciono, meu papel no mundo não é só de quem constata o que ocorre, mas também de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da História, mas seu sujeito igualmente. (FREIRE, 1996, p. 85,86)
Devemos, portanto, ter clareza da função social de nossa escola e do
homem que queremos formar, pois isto é fundamental para que realizemos
39
uma prática pedagógica competente e socialmente comprometida. Segundo
Libaneo (2000,p.187),
As transformações sociais, políticas, econômicas e culturais do mundo contemporâneo afetam os sistemas educacionais e os de ensino [...].A educação mormente a escolar, precisa reciclar-se para assumir seu papel, neste contexto como agente de mudanças geradora de conhecimento ,formadora de sujeitos capacitados a intervir e atuar na sociedade de forma crítica e criativa.
Como local privilegiado de trabalho com o conhecimento produzido,
sistematizado e legitimado socialmente ao longo da história, a escola tem
grande responsabilidade nessa formação, recebemos crianças e jovens por
certo um número de horas, todos os dias, durante anos de suas vidas,
possibilitando-lhes construir saberes indispensáveis para a sua existência
humana, seus valores, suas normas de conduta e suas obras. .
Desta forma, poderemos contribuir para transformação do indivíduo
singular em membro do gênero humano pela apropriação do patrimônio
material e espiritual acumulado pela humanidade em cada momento histórico.
A esse processo atribui-se o conceito de formação humana integral, que
teve Marx e outros pensadores como precursores de ideias e fundamentos de
uma concepção radicalmente nova de formação humana, centrada na
articulação entre o espírito e a matéria, entre a subjetividade e objetividade,
entre interioridade e exterioridade do ser social.
A educação e a formação humana estão articuladas no sentido de
propiciar uma formação humana integral que leve :
[...] os indivíduos à compreensão de sua inteireza, isto é, a tomar os educandos em suas múltiplas dimensões intelectual, afetiva, social, corpórea, com vistas a propiciar um itinerário informativo que potencialize o desenvolvimento humano em sua plenitude, que realiza pelo desenvolvimento da autonomia intelectual e moral. (SILVA, 2013,p.76).
40
Neste sentido, podemos contribuir com o processo de inserção social
das novas gerações, oferecendo aos educandos instrumentos para
compreensão da realidade local e a participação deles em relações sociais
diversificadas e cada vez mais amplas. A vida escolar possibilita exercer
diferentes papéis, em grupo variados, facilitando a integração dos jovens no
contexto maior. Segundo Libaneo,
A escola deve continuar investindo na ajuda aos alunos a se tornarem críticos, a se engajarem na luta pela justiça social, a entender o papel que devem desempenhar, como cidadãos críticos, na mudança da realidade em que vivem e no processo de desenvolvimento nacional, e que a escola os capacite a desempenhar este papel. (LIBANEO, 2000, p.192)
Para tanto, os alunos devem ter a formação humana integral e serem
estimulados a exercitar sua condição de cidadania, desenvolvendo
expectativas e projetos em relação ao conjunto da sociedade.
3.3 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
Cidadania pode ser entendida como o exercício dos direitos e deveres
civis, políticos e sociais estabelecidos na Constituição de um país, para uma
existência digna e saudável.
Desta forma, a cidadania é um fenômeno que se constrói ao longo da
história de um país pelos movimentos sociais, políticos, econômicos,
educacionais e culturais, numa relação dos indivíduos com o Estado/Nação.
Isso significa dizer que a construção da cidadania se condiciona à maneira de
como se estabelece esta relação Estado/Nação.
Revendo a construção da cidadania no Brasil, conforme Silva (2010),
desde sua Independência (1922) até o final da Primeira República, a única
alteração significante foi a abolição da escravatura.
41
Nesse período, não havia povo organizado politicamente nem
sentimento nacional consolidado. Faltava o próprio sentimento de cidadania: a
noção de igualdade.
A partir de 1930, houve mudanças sociais e políticas, no entanto as
relevantes foram no campo dos direitos sociais. Na política, havia uma
instabilidade pela alternância da ditadura e do regime democrático.
Em 1964, com a imposição de um regime ditatorial, os direitos civis e
políticos foram restringidos violentamente com o surgimento da censura aos
direitos de liberdade de expressão; ao direito à defesa. Além disso, houve à
violação do lar, da correspondência, da integridade física e o cerceamento
dos direitos políticos e civis. O próprio direito à vida era desrespeitado.
Nesse contexto, após dez anos de ditadura militar, a sociedade começa
a reivindicar mudanças estruturais, e no governo do General Ernesto Geisel,
período chamado de abertura “lenta, gradual e segura do regime
militar”começam os movimentos para a elaboração da Constituição Federal,
que foi promulgada em 05 de outubro de 1988, pelo Presidente da Assembleia
Nacional Constituinte o deputado federal Ulisses Guimarães que ao apresentar
a Carta Magna do país, afirmou o seguinte:
"Não é a Constituição perfeita. Se fosse perfeita, seria irreformável. Ela própria, com humildade e realismo, admite ser emendada até por maioria mais acessível, dentro de cinco anos. Não é a Constituição perfeita, mas será útil e pioneira e desbravadora. Será luz, ainda que de lamparina, na noite dos desgraçados. É caminhando que se abrem os caminhos. Ela vai caminhar e abri-los. Será redentor o que penetrar nos bolsões sujos, escuros e ignorados da miséria" (Parte do discurso de Ulisses Guimarães em 5 de outubro de 1988)
A Constituição Federal de 1988 propõe valores para uma sociedade
fraterna, pluralista, a redução de desigualdades sociais e regionais e a garantia
dos direitos, em todos as esferas aos cidadãos brasileiros como condição para
a dignidade humana.
42
No entanto, esses direitos, em sua maioria, ainda não são garantidos
pelo Estado. Deparamo-nos, a cada dia, com situações de total desrespeito à
dignidade humana em todas as dimensões sociais.
Reconhecemos que a Constituição Federal já promoveu muitos avanços
na construção da cidadania brasileira, retomando a afirmação de Ulisses “ É
caminhando que se abre os caminhos.”. Nessa trajetória, a Educação tem um
papel fundamental.
A educação faz parte das condições para a existência da dignidade
humana, e um de seus objetivos é preparar o aluno para o exercício da
cidadania, tanto no gozo de seus direitos constitucionais quanto no
cumprimento de seus deveres também estabelecidos na Carta Magna.
Para tanto, é necessário que educadores reflitam a educação e a função
da escola para que trabalhem com metodologias e conteúdos que propiciem a
formação integral do homem, ou seja, forme indivíduos criativos, participativos
e críticos, que com condições de exercerem seus deveres e fazer valer seus
direitos.
3.4 CONCEPÇÃO DE HOMEM (INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA, JUVENTUDE,
ADULTO E IDOSO)
3.4.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem não pode ser estudado e compreendido isoladamente, por ser
um ser histórico, faz-se necessário entendê-lo em cada momento da história e
nas relações que estabelece com seu meio.
Vemos o homem enquanto um ser social, que nas relações que
estabelece com o outro, nos diversos segmentos da sociedade, produz a vida e
interfere no meio em que vive, essa participação é possível, por meio de uma
43
organização política e graças ao homem, que sendo um ser de vontade, pode
argumentar sobre sua realidade.
Numa ação intencional e planejada, o homem age na natureza, por meio
do trabalho, transformando-a para atender suas necessidades, sendo esse um
processo dinâmico e que se dá em cada momento histórico. Por meio dessa
ação, o homem vai acumulando experiências ao longo da vida e produzindo o
conhecimento.
O homem é considerado um ser social, porque é na relação com os
seus semelhantes que o ser humano aprende e ensina, se constrói, enquanto
sujeito, e adquire autonomia e valores essenciais para o convívio social tais
como, respeito mútuo, solidariedade e afetividade.
Segundo Paulo Freire:
“A existência humana não pode ser muda, silenciosa, nem tampouco pode nutrir-se de falsas palavras, mas de palavras verdadeiras, com que os homens transformam o mundo. Existir humanamente, é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta problematizado aos sujeitos pronunciantes, a exigir deles novo pronunciar. Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão” (FREIRE 1987, p.78)
A formação do homem como sujeito de direitos universais é o centro do
processo educacional e a essência do trabalho pedagógico, que é formar uma
pessoa capaz de conduzir sua vida, respeitando a diversidade cultural, ética e
religiosa.
3.4.2 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
A concepção de infância dos dias atuais é bem diferente de alguns
séculos atrás. A visão que se tem da criança é algo historicamente construído,
por isso é que se pode perceber os grandes contrastes em relação ao
sentimento de infância no decorrer dos tempos. Nos séculos anteriores, a
44
criança pequena era tratada com indiferença, nem sempre vista como um ser
em particular, e sim como um adulto em miniatura,sem um espaço determinado
socialmente.
Boa parte das crianças brasileiras enfrentam um cotidiano bastante
adverso, que as conduz ,desde muito cedo, a precárias condições de vida, ao
trabalho infantil, aos diversos tipos de abuso e exploração por parte de
adultos. Em contraposição, há que são protegidas de todas as maneiras,
recebendo de suas famílias e da sociedade, em geral, todos os cuidados
necessários ao seu desenvolvimento. Essa dualidade revela a contradição e
conflito de uma sociedade que não resolveu ainda as grandes desigualdades
sociais presentes no cotidiano.
Foram as grandes transformações sociais ocorridas no século XVII, que
contribuíram decisivamente para a construção de um sentimento de infância.
As mais importantes foram as reformas religiosas católicas e protestantes, as
quais trouxeram um novo olhar sobre a criança e sua aprendizagem. Outro
aspecto a se considerar é a afetividade, que ganhou mais importância no seio
na família.
Essa afetividade era demonstrada, principalmente, por meio da
valorização que a educação passou a ter. A aprendizagem das crianças, que
antes se dava na convivência delas com os adultos, em suas tarefas
cotidianas, passou a ser na escola. O trabalho com fins educativos foi
substituído pela escola, que passou a ser responsável pelo processo de
formação e para a vida em sociedade.
A criança, como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz
parte de uma organização familiar, que está inserida em uma sociedade, com
uma determinada cultura, em um determinado momento histórico..
Para Vygotsky (1996), a criança é reconhecida como ser pensante,
capaz de vincular sua ação à representação de mundo que constitui sua
45
cultura, sendo a escola um espaço e um tempo onde o processo ensino e
aprendizagem é vivenciado pela interação entre sujeitos.
As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como
seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações
que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o
meio que as circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o
mundo em que vivem, as relações contraditórias que presenciam e, por meio
das brincadeiras, explicitam as condições de vida a que estão submetidas e
seus anseios e desejos. Utilizam-se das mais diferentes linguagens e exercem
a capacidade que possuem de terem idéias e hipóteses originais sobre aquilo
que buscam desvendar.
Nessa perspectiva, os profissionais que atuam neste colégio acreditam
que é no intenso trabalho de criação, significação e ressignificação que o
processo de ensino e aprendizagem se efetiva, como professores mediadores
que proporcionam aos educandos uma compreensão racional do mundo que
os cercam, levando-os a uma postura mais adequada em relação a sua
participação como indivíduo na sociedade em que vive e do ambiente que
ocupa.
3.4.3 CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA
Adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta,
caracterizado pelos impulsos do desenvolvimento físico, mental, emocional,
sexual e social e pelos esforços do indivíduo em alcançar os objetivos
relacionados às expectativas culturais da sociedade em que vive.
O conceito social de adolescência consolidou-se somente no século XX.
Com a escolarização prolongada, com um sistema de ensino diversificado e
adaptado a uma maior diversidade de áreas do conhecimento, cresceu o
período de dependência dos jovens em relação à família.
46
Paralelamente, com o avanço da industrialização e o crescimento das
cidades, alterou-se igualmente o processo de entrada no mercado de trabalho.
Os pertencentes à classe sócio econômica baixa ingressavam mais cedo na
produção, com a expectativa da possibilidade de continuar a formação
posteriormente e progredir na carreira com o tempo de experiência.
Os mais favorecidos permaneciam um tempo maior em formação e
começavam a se especializar em diferentes domínios, em função da demanda
de mão de obra cada vez mais adaptada à complexificação socioeconômica. O
certo era que, em ambos em casos, estendeu-se o período entre o início da
puberdade e o casamento, por isso passaram a deixar cada vez mais tarde o
domicílio paterno.
A adolescência, embora seja também um fenômeno universal, é um fato
psicossocial que tem características peculiares conforme o ambiente
sociocultural do indivíduo. Nessa passagem da infância para a adolescência, o
jovem deixa para trás seus sonhos de criança, seu mundo infantil, elaborando a
perda simbólica da infância, assumindo o mundo adolescente.
Nessa fase da vida, o ser humano adquire a capacidade de pensar e
raciocinar além dos limites do próprio mundo e das realidades próximas. O
pensamento ultrapassa o tempo presente e torna- se capaz de elaborar teorias
acerca de tudo. Passa a orientar seus interesses para o futuro, para os grandes
ideais a serem atingidos e para a elaboração de hipóteses. Durante a
adolescência, amplia- se a participação social, a popularidade entre os colegas
que adquire um significado especial para a maioria dos adolescentes, por isso
a competência social, a valorização e aceitação pelos amigos contribuem para
a elevada ou baixa auto estima e a construção de suas identidades.
As mudanças cognitivas que ocorrem nessa fase afetam a forma como
pensam sobre si mesmo e sobre os demais, bem como as normas e
regulamentos familiares, chegando a questioná-las. Além disso, como
desenvolvem a capacidade para diferenciar o real do imaginário. Passam a
47
criar alternativas para o funcionamento da própria família, apresentam
argumentos mais sólidos e convincentes em suas discussões familiares, o que
significa um claro questionamento da autoridade dos pais na família e dos
professores na escola.
Assim, nosso papel de educador é mediar esses conflitos, conquistar
confiança e respeito, prestar informações, orientar e ajudá-los a descobrir o
sentido da vida frente as modas culturais e despertá-los para utilizar a
criatividade e o senso crítico, tendo em vista a construção de uma sociedade
humana e solidária.
3.4.4 CONCEPÇÃO DE JUVENTUDE
A juventude é o período de vida que normalmente ocorre entre a infância
e a idade adulta, entre os 15 e 25 anos, sendo uma das etapas mais
importantes da vida quando a pessoa define seus interesses, seus projetos e
suas relações com o mundo ao seu redor.
Para construirmos uma noção de juventude, precisamos reconhecer as
representações produzidas sobre os jovens e não reduzirmos a nossa
compreensão de juventude a uma definição etária ou a uma idade cronológica.
O caderno II, etapa I, para formação de Professores do Ensino Médio ,O
Jovem Como Sujeito do Ensino Médio aponta que,
A definição da juventude por idade encontra elementos objetivos no aspecto da maturidade biológica e sua delimitação se reveste de importância para as políticas públicas, notadamente quando se pensa em contagem de população, definição de políticas e recursos orçamentários. Compreender os jovens apenas pelo fator idade, contudo, seria simplificar uma realidade complexa que envolve elementos relacionados ao simbólico, ao cultural e aos condicionantes econômicos e sociais que estruturam as sociedades. (p.13, 2013).
48
Assim, podemos afirmar que a juventude é uma construção histórica,
sendo ao mesmo tempo, uma condição social e um tipo de representação. De
um lado há um caráter universal, dado pelas transformações do indivíduo numa
determinada faixa etária. De outro, há diferentes construções históricas e
sociais relacionadas a esse tempo/ciclo da vida.
A entrada na juventude se faz pela fase da adolescência e é marcada
por transformações biológicas, psicológicas e de inserção social. É nessa fase
que fisicamente se adquire o poder de procriar, que a pessoa dá sinais de ter
necessidade de menos proteção por parte da família e começa a assumir
responsabilidades a partir do conjunto das experiências vivenciadas pelos
indivíduos no seu contexto social.
Segundo o caderno II, etapa I,para formação de Professores do Ensino
Médio,o Jovem como Sujeito do Ensino Médio nos mostra que uma das mais
importantes tarefas das instituições educativas hoje está em contribuir para que
os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoais
e constituir os seus próprios acervos de valores e conhecimentos não mais
impostos como heranças familiares ou institucionais.
Os jovens nos trazem cotidianamente desafios para o aprimoramento de
nossas ações no exercício da educação. Entre esses desafios, encontra-se a
difícil tarefa de compreensão dos sentidos, os quais os jovens elaboram no agir
coletivo, em seus grupos de estilo, identidades culturais e territoriais.
Para grande parte dos jovens, a escola parece se mostrar distante dos
seus interesses e necessidades, parece dizer que os professores pouco
acrescentariam à sua formação, sendo assim a escola é percebida como
“obrigação” necessária, tendo em vista a necessidade dos diplomas.
Um grande problema é que, no contexto das sociedades
contemporâneas, o jovem convive com a incerteza e riscos com relação ao
mercado de trabalho. Em um quadro de grandes desigualdades sociais, o
49
desemprego e o trabalho precário ou sem proteção legal têm sido a marca da
inserção juvenil no mundo do trabalho.
Podemos dizer que a relação dos jovens com o mundo do trabalho não
se estabelece de maneira igualitária e nem se resume à dimensão da
necessidade. Para alguns jovens, o período da juventude é um tempo de
preparação e as primeiras experiências com o mundo do trabalho se dão por
meio de estágios e cursos de formação profissional, podendo a inserção no
mercado de trabalho esperar mais um pouco. Por outro lado, para muitos
jovens, a entrada imediata e precoce no trabalho é a única alternativa.
Nosso desafio é o de refletir papel da educação diante do jovem e do
mundo do trabalho, devendo proporcionar uma formação geral para a vida,
articulando ciência, trabalho e cultura, para conhecer a realidade em que
nossos alunos estão inseridos, seus estilos e seus projetos de vida. Buscarmos
estratégias metodológicas para que os estudantes falem de si no presente e na
vida futura. Mediar e abrir a possibilidade para o diálogo sobre as expectativas
frente a vida, articulando os conteúdos escolares e significando-os nesse
processo de crescimento.
3.4.5 CONCEPÇÃO DE ADULTO
Na vida adulta, a condição física atinge o auge, o pensamento e os
julgamentos morais tornam-se mais complexos, traços e estilos de
personalidade tornam-se relativamente estáveis, mas as mudanças na
personalidade podem ser influenciadas pelos estágios e eventos da vida, e
pela forma em de ver a si próprio, o mundo e os outros. São tomadas de
decisões sobre relacionamentos íntimos e estilos de vida pessoais. A maioria
das pessoas casa-se e tem filhos. Perante a sociedade, tem-se a
obrigatoriedade de votar; assumir a responsabilidade por atos ilícitos que, por
ventura, sejam praticados; considera-se apto a dirigir e ter a responsabilidade
50
de escolha da profissão, que possivelmente, será o sonho garantir a
independência econômica, em muitos casos também a manutenção da família.
Nessa fase da vida, a aprendizagem dos ciclos anteriores, infância,
adolescência e juventude será posta em prática mediante constante
reconstrução, num processo continuo de maturação que envolve percepções
mais realistas das suas capacidades e tarefas a ser desempenhadas.
O processo de amadurecimento é complexo. Soluções de hoje não
funcionam amanhã pelo simples fato que novas realidades se mostram na
medida em que o individuo enxerga mais longe.
Nesse sentido, de crescimento em busca da própria realização, não são
apenas tratados os poderes econômicos adquiridos na vida adulta, mas o
fundamental é a pessoa ter ciência da importância que ela tem como ser
humano em todas as fases da vida.
Desta forma, ao orientarmos nossos alunos sobre essa fase da vida,
observaremos que a maturidade não é mais vista como um padrão de
desenvolvimento que se atinge em um determinado momento, e sim, um
processo de desenvolvimento e aprendizado contínuos, com características
distintas das fases anteriores, buscando despertar neles um olhar mais
compreensivo, objetivando possibilitar uma convivência harmoniosa entre os
alunos e os adultos com os quais se relacionam.
3.4.6 CONCEPÇÃO DE IDOSO
Nessa faixa etária, predomina a ideia historicamente construída da
velhice como expressão de passividade, perdas e dependências. É comum em
nossa cultura os idosos serem rejeitados, não desejados e, muitas vezes,
ridicularizados pelas marcas que o tempo cronológico deixou e que se
evidenciam em seu corpo, em sua motricidade.
51
Entendemos que uma das missões atribuídas a nós educadores é
orientar nossos alunos para a importância de tempo vivido pelo ser humano,
suas experiências, sua história de vida, que são construídas em suas vivências
na família, em vários outros ambientes sociais e não se resumem na dimensão
cronológica do viver, e que se empobrece quando ignoramos os significados
de sua existência.
Precisamos reconstruir nosso olhar sobre o idoso, pois nesse momento
histórico é notório o grande número de indivíduos ativos, considerando que os
mesmos percebem, produzem, sentem, emocionam-se, pensam, refazem,
criam e aprendem, abrindo, assim, a possibilidade de se integrarem em todos
os domínios da vida social devendo ter suas singularidades respeitadas.
A Política Nacional do Idoso foi instituída em 1994, em âmbito nacional,
e em1997, com a Lei Estadual nº 11.863, de 03 de outubro de 1997, o estado
do Paraná consolida a sua Política Estadual do Idoso. Em ambas as leis são
delegadas atribuições para a educação, o que foi mantido também no Estatuto
do Idoso de 2003, com a mesma redação para a tarefa educacional, em seu
Artigo 22, que determina:
"Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria."
Independentemente da idade, a educação e o ser humano são
processos inacabados, que, portanto, perpetua-se ao longo da vida. Ensinar o
envelhecimento ativo é promover a compreensão de que essa é mais uma
etapa de crescimento pessoal, cheia de experiências e interações que
desenvolvem novos olhares sobre a vida, sobre si mesmo e sobre o outro, com
autonomia e dignidade.
52
Nesse sentido, é importante ressaltar que o Estado do Paraná assume
uma organização disciplinar do currículo, entendendo que a escola é um
espaço democrático de socialização do conhecimento e que, os professores,
ao organizarem o trabalho pedagógico, devem fazê-lo “a partir dos conteúdos
estruturantes de sua disciplina” (DCE,2008, p. 27). (Fragmento formação em
ação Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável. SEED/PR)
De acordo com essa mesma Diretriz Curricular (2008), dos conteúdos
estruturantes, organizam-se os conteúdos básicos e desses existe a
possibilidade de desdobramento nos conteúdos específicos.
Por fim, a importância do tema do envelhecimento e as bases legais que
lhe dão sustentação implicam a clareza e a garantia da participação dos
sistemas de ensino e sua rede de escolas na formação dos alunos, em todos
os níveis, assumindo tal responsabilidade com a sociedade, respeitando os
valores comuns e reconhecendo que, se tivermos esse privilégio, todos
envelheceremos em algum tempo.
3.5 CONCEPCÃO DE CULTURA
Ao longo da história, desde a antiguidade, houve várias tentativas de
elaborar um conceito de cultura, as idéias, embora se diferenciem ao longo
dos tempos, não se contrapõem. De modo diferente, todas teorias convergem
em conceber cultura como o resultado da produção humana, Saviani
(1989,p.19) reafirma esse conceito.
A cultura é resultado de toda a produção humana.Para sobreviver o homem necessita extrair da natureza , ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso , ele cria o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano.
53
Nessa perspectiva, Freire (2002, p.51) também nos mostra que a cultura se
constrói pela relações do homem com a realidade.
A partir das relações do homem com a realidade, resultantes de estar com ela e estar nela, pelos atos de criação, recriação e decisão, vai ele dinamizando o seu mundo. Vai dominando a realidade. Vai humanizando-a. Vai acrescentando algo a ela que ele mesmo é o fazedor. Vai Temporalizando os espaços geográficos. Faz cultura.
O homem cria essa humanidade ao longo de sua história, desde as
questões mais simples às mais complexas, manifestadas por meio da arte,
costumes, religião e valores .A cultura representa o modo de vida de uma
sociedade e sua construção se dá a partir das influências que os grupos
sociais recebem.
Os educadores do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP
sabem do seu compromisso, como instituição de ensino , em contribuir para
que o homem construa sua humanidade, pelo estabelecimento da relação do
conhecimento que o aluno traz de sua cultura local com os conhecimentos
científicos nas diferentes áreas.
3.6 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO, EDUCAÇÃO, ESCOLA E
ENSINO – APRENDIZAGEM
Optamos por fazer um único texto para essas quatro concepções,
porque entendemos que estão interligadas, não podemos dissociá-las, pois
têm a mesma finalidade que é a formação humana.
Os educadores do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê-EFMP
compreendem o conhecimento como um processo humano, histórico e
incessante de busca e compreensão da organização e transformação do
mundo.
54
O homem é o único animal cultural; por suas características próprias, desenvolve modos de resolver problemas, visões de mundo, artes, que vão sendo assimiladas pelas novas gerações, seja para facilitar a sobrevivência, para encontrar o sentido das coisas ou mesmo por necessidades menos imediatas , como é o caso do desenvolvimento artístico. VASCONCELLOS (1989, p.114)
O processo de construção e reconstrução do conhecimento é
essencialmente humano, não se dá individualmente, e sim, nas relações
sociais , proporcionando mudanças na forma de pensar e agir do indivíduo.
Ainda, conforme Vasconcelos (1989) “ O trabalho com o conhecimento
tem sua base no processo de apropriação e construção do conhecimento por
parte do(s) sujeito(s). Esta é uma das especificidades da contribuição da escola
na formação da cidadania”.
Esse processo pode ser compreendido como educação, conforme
Freire(2002) “ Não há educação fora das sociedades humanas e não há
homem no vazio” .
Tendo em vista esse pensamento de Freire, não podemos conceber a
educação escolar somente como um processo de apropriação do
conhecimento científico historicamente elaborado , isto porque para o homem
se tornar autônomo intelectual e moralmente, ele precisa entender e
interpretar as condições histórico culturais da comunidade em que vive, para
poder estabelecer relação desse conhecimento com os conhecimentos
científicos .
Essa relação é importante para que os alunos compreendam que os
valores e o modo de vida de um determinado grupo social trazem marcas das
razões dos problemas, das necessidades e das possibilidades de intervenção
e mudanças.
Um dos pressupostos da pedagogia histórico-crítica, que embasa as
práticas pedagógicas dos professores deste colégio, é relacionar os
55
conhecimentos que os alunos já possuem da sua prática cotidiana com os
novos conteúdos das diversas áreas do conhecimento, dando condições para
que o estudo tenha sentido, considerando professores e alunos parte da
realidade concreta. Assim, os conteúdos não podem ser tratados de forma
fragmentada e neutra. O conhecimento escolar passa a ser teórico-prático.
Gasparin (2002, P.03) , entende que
Essa nova forma pedagógica de agir exige que
privilegiem a contradição, a dúvida, o questionamento; que se valorizem a diversidade e a divergência; que se interroguem as certezas e as incertezas, despojando os conteúdos de forma naturalizada, pronta, imutável. Se cada conteúdo deve ser analisado, compreendido e apreendido dentro de uma totalidade dinâmica, faz-se necessário instituir uma nova forma de trabalho pedagógico que dê conta desse novo desafio para escola.
Nessa perspectiva, é preciso que o professor trabalhe os
conhecimentos nas ciências humanas, sociais e econômicas e saber qual é o
objeto de estudo de cada disciplina , para subsidiar o aluno no entendimento
das complexas relações sociais. Além disso, exigirá do professor constante
reflexão sobre o tipo de homem que se pretende formar, bem como, organizar
sua ação de forma intencional e sistematizada, estabelecendo a mediação
entre o conhecimento e o aluno.
Portanto, a concepção de educação que acreditamos é a de que
prepara o homem/aluno para ser um sujeito ativo de sua vida, autor de sua
história, que cria, recria, inventa coletivamente, em parceria, constrói junto, que
possa refletir criticamente sobre a sua condição de vida e entender que a sua
constituição é fruto de uma trajetória de relações, por isso chamado de sujeito
histórico.
Para que essas concepções se efetivem, precisamos conceber a
escola, conforme entendimento do Programa Nacional de Fortalecimento dos
Conselhos Escolares (2006).
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A escola é a instituição especializada da sociedade para oferecer oportunidades educacionais que garantam a educação básica de qualidade para todos. A prática educativa escolar tem a função de contribuir para que cada um dos estudantes: amplie seu conhecimento e capacidade de descobrir, criar, questionar, criticar e transformar a realidade; amplie sua capacidade de viver, de se alegrar re de trabalhar com os outros, na co-responsabilidade sociopolítica e cidadã; e torne maior sua sensibilidade para encontrar sentido na realidade, nas relações e nas coisas, contribuindo para a construção de uma nova sociabilidade humana, fundada em relações sociais de colaboração, co-responsabilidade e solidariedade.
O processo de ensino e aprendizagem, nesse sentido, requer muito
mais do que a transmissão de conhecimento, é de extrema importância a
opção por uma metodologia de ensino que possibilite aos alunos a
apropriação dos saberes necessários à prática social emancipadora. Para
Gasparin ( 2002, p.54 Apud Gonçalves, 2008 p. 17)
[...] a orientação do professor torna-se decisiva, pois os alunos necessitam do seu auxílio para realizar as ações necessárias à aprendizagem. Os educandos e o professor efetivam, aos poucos, o processo dialético de construção do conhecimento escolar que vai do empírico ao concreto pela mediação do abstrato, realizando as operações mentais de analisar, comparar, criticar, levantar hipótese, julgar, classificar, deduzir, explicar, generalizar, conceituar, etc.
3.7 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
O ato de ler e o ato de escrever constituem elementos inerentes à
condição humana, uma vez que a aquisição da língua oral e escrita nos remete
à possibilidade de participação social na qual nos tornamos seres no mundo. A
aquisição da leitura e da escrita implica, portanto, em uma questão de
57
cidadania, ao mesmo tempo que se revela como uma forma de inclusão
social.
Desse modo, o domínio da língua oral e escrita amplia nossos
horizontes, proporcionando-nos, sobretudo o acesso à informação e à
produção do conhecimento. O ato de ler e o de escrever não se constituem
como naturais, mas revelam-se como processos que ocorrem a partir das
interações sociais estabelecidas.
A escola, como responsável pela socialização do conhecimento,
desempenha um papel de fundamental importância no processo de aquisição
da língua escrita, para desenvolvê-la de forma sistematizada, atribuindo
sentido ao aprendizado da leitura e da escrita, por meio das interações
estabelecidas no contexto escolar. Considerando a educação como meio de produção da humanidade e
emancipação do homem, o processo escolar de alfabetização precisa ser
realizado na perspectiva do letramento, para ter como foco a prática
pedagógica alfabetizadora que estimule a utilização da escrita nos diferentes
usos e funções sociais. O processo de aquisição da leitura e da escrita, revelam o caráter
multifacetado da alfabetização e do letramento de modo que, além das
habilidades específicas desenvolvidas em torno do ato de ler e escrever se faz
necessária a compreensão dos usos sociais da escrita.
Nesse sentido, é necessário compreender o que é o processo de
alfabetização na perspectiva do letramento.
Alfabetizar ou letrar? Na prática escolar de aquisição da escrita, muitas
vezes a relação estabelecida entre alfabetização e letramento é entendida
como a substituição de um termo por outro, ou então de concepção da
alfabetização enquanto pré-requisito do letramento, fator este que resulta na
dicotomia existente entre alfabetizar e letrar.
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Alfabetizar e letrar muitas vezes se confundem e se mesclam, havendo a
necessidade de compreensão dos conceitos de alfabetização e de letramento,
dada a especificidade de cada termo, a fim de que possamos realçar a
importância de que ambos são processos distintos, porém indissociáveis.
Conforme Soares (2003), no Brasil, o letramento surgiu enraizado no
conceito de alfabetização, originando dessa forma uma confusão entre a
especificidade de cada termo, provocando uma inadequada e inconveniente
fusão dos dois processos, com prevalência do conceito de letramento, o que
tem conduzido certo apagamento da alfabetização.
Resulta de nossas leituras que a prática pedagógica alfabetizadora tem
suscitado inúmeros questionamentos, acerca de qual terminologia deve ser
contemplada no desenvolvimento da ação docente, em relação ao ensino da
língua escrita. Assim,
[...] a alfabetização desenvolve-se no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, isto é, através de atividades de letramento e, este, por sua vez, só se pode desenvolver no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema-grafema, isto é, em dependência da alfabetização [...] (SOARES, 2004, p. 14)
Neste sentido, alfabetizar não é letrar e letrar não é alfabetizar, haja vista
que a alfabetização é o processo sistemático de aquisição do sistema
alfabético e o letramento refere-se às práticas sociais de leitura e escrita nos
diferentes contextos e com finalidades específicas.
Reinventar a alfabetização é dar novo sentido a este conceito,
ressignificando o processo de ensino e aprendizagem da língua escrita, de
modo a compreendê-lo a partir de um enfoque multifacetado que abrange a
[...] consciência fonológica e fonêmica, identificação das relações grafema-fonema, habilidades de codificação e decodificação da língua escrita, conhecimento e
59
reconhecimento dos processos de tradução da forma sonora da fala para a forma gráfica da escrita [...] (SOARES, 2004, p. 15).
Assim, a alfabetização implica no aprendizado de uma técnica
indispensável para a entrada no mundo da escrita, ao mesmo tempo que o
letramento está relacionado ao desenvolvimento de ações voltadas para o uso
social da escrita e implica a participação de sua utilização em experiências
diversificadas, a partir da interação com os diferentes gêneros textuais. Isso
significa alfabetizar letrando.
Portanto, a alfabetização na perspectiva do letramento deve evidenciar a
importância do trabalho com os diversos gêneros textuais, com base nos
diferentes suportes de leitura, tendo em vista proporcionar ao aluno a
percepção das múltiplas formas de utilização da escrita para diferentes
finalidades, a partir das situações de letramento presentes no cotidiano do
aluno, uma vez que os textos apresentam situações comunicativas
diferenciadas, possibilitando ao aluno compreender que a estrutura e a
organização do texto estão relacionadas à função discursiva que exercem nas
práticas cotidianas da realidade circundante, ou seja, uma carta, uma receita
culinária, uma bula, um anúncio de jornal, um bilhete, um folheto informativo,
dentre outros suportes textuais.
3.8 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
[...] O currículo não é uma realidade abstrata à margem do sistema educativo em que se desenvolve e para o qual se planeja(...) quando definimos o currículo , estamos descrevendo a concretização das funções da própria escola e a forma particular de enfocá-la num momento histórico social determinado para um nível ou modalidade de educação, numa trama institucional. (SACRISTÁN, 2000, p.15)
60
Assim, a concepção curricular envolve todo trabalho escolar e
fundamenta-se num determinado projeto social e cultural. Desde o momento
em que o professor está selecionando o seu conteúdo e que a equipe
pedagógica está mediando a distribuição das aulas e das disciplinas na matriz,
até o momento em que a escola, em seu coletivo, está regimentando a
organização do trabalho pedagógico, esse projeto está sendo
pensado.(Fragmento do texto da Semana Pedagógica de 2009).
Compreendendo a escola como espaço de socialização do
conhecimento historicamente elaborado, e que nesse espaço, o conhecimento
se sustenta na idéia de que conhecer é a condição para a emancipação
humana, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a rede estadual
de ensino do Paraná propõe um currículo como configurador da prática
vinculada às teorias críticas .
Resulta assim, a opção pela organização curricular por disciplina , a
fim de garantir a especificidade do conhecimento a partir de cada disciplina,
numa perspectiva interdisciplinar, que estabeleça as múltiplas determinações e
relações históricas, sociais, culturais e políticas, e que leve em conta as
dimensões científica, filosófica e artística do conhecimento.
3.9 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Historicamente, a avaliação está sempre presente nas atividades
humanas, uma vez que, estamos constantemente emitindo julgamentos sobre
pessoas, objetos, fatos, enfim, levando em conta valores diferentes (ou
semelhantes), às vezes, obrigando-nos a fazer escolhas, nem sempre fáceis.
No entender de Vasconcellos (1994, p 43):
Avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e
61
possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos.
Os educadores do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê-EFMP
entendem a avaliação como um processo dinâmico de tomada de decisões
para mudar o que é necessário e direcionar a ação. Ela ocorre durante todo
processo de ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno, indicando ao professor as
dificuldades e os avanços dos alunos, bem como o próprio trabalho docente.
Nesse sentido, a avaliação deve ser fazer presente, tanto como meio de
diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica, sempre numa dimensão formadora.
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores e
tem como objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem
tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no
acesso ao conhecimento.
Lima (2002,P.28) nos orienta que para cumprir essa função:
[...] a avaliação deve possibilitar o trabalho como novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho no futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas.
Por isso deve ser contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais
deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com
preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e deve estar
comprometida com uma proposta pedagógica histórica-crítica.
62
[...] no trabalho pedagógico proposto pela pedagogia histórico - crítica, a avaliação da aprendizagem do conteúdo deve ser a expressão prática de que o aluno se apropriou de um conhecimento que se tornou um novo instrumento de compreensão da realidade e de transformação social. Desse modo, a responsabilidade do professor aumentou, assim como a do aluno. Ambos são co-autores do processo ensino-aprendizagem. (GASPARIN 2005, p.2)
Os alunos são diferentes em suas características, necessidades e
habilidades e a escola não deve pretender torná-los idênticos ou avaliá-los,
como se fossem todos iguais, mas sim criar situações de aprendizado, em
que a variedade de igualdades humanas contribua para a graça do convívio e
revele sua importância no trabalho coletivo.
3.10 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR
A gestão democrática é um processo político, pelo o qual a comunidade
escolar discute, delibera, planeja, aponta os encaminhamentos para solucionar
os problemas, bem como acompanha e avalia as ações voltadas ao
desenvolvimento da própria escola. Todas as ações devem estar respaldadas
no diálogo, no respeito e na alteridade, para que a participação de todos os
segmentos da comunidade escolar se efetive.
Com base na concepção de educação centrada na formação humana e
na mediação do saber historicamente elaborado, o Colégio Estadual
Polivalente de Goioerê – EFMP tem como principal objetivo o resultado
positivo do processo ensino e aprendizagem. Para tanto, a organização das
relações no interior do colégio deverá estar pautada nos princípios
democráticos e participativos , para que esta instituição de ensino não seja
democrática apenas no desenvolvimento de suas atividades administrativas,
mas também pela realização de sua ação pedagógica.
63
A gestão democrática só se efetiva quando há envolvimento da
comunidade escolar: pedagogos, professores, funcionários, pais, alunos e
sociedade organizada, por meio de representações nas instâncias colegiadas
(Associação de Pais Mestres e Funcionários – APMF, Conselho Escolar,
Grêmio Estudantil e outras formas de representação) na tomada de decisões e
na construção de documentos que norteiam a prática pedagógica da escola.
Nesse sentido (CASTRO 2007,P.135) afirma que
[...] A gestão democrática traz como fundamento o efetivo envolvimento e participação de todos na tomada de decisão do processo administrativo e do planejamento pedagógico escolar. Logo, considera-se de fundamental importância o Projeto Político Pedagógico como instrumento de articulação entre os meios e os fins, fazendo o ordenamento de todas as atividades pedagógico-curriculares e a organização da escola tendo em vista os objetivos educacionais.
A participação coletiva implica não somente nas tomadas de decisões
sobre a escola, mas também nas responsabilidades e nas ações básicas para
a sua viabilização.
A participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática na escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. Além disso, proporciona um melhor conhecimento dos objetivos e metas, da estrutura organizacional e de sua dinâmica, das relações da escola com a comunidade, e favorece uma aproximação maior entre professores, alunos e pais. Nas empresas, a participação nas decisões é quase uma estratégia que visa o aumento de produtividade. Nas escolas, esse objetivo não precisa ser descartado, pois elas também buscam bons resultados. Entretanto, há aí um sentido mais forte de prática de democracia, de experimentar formas não-autoritárias de exercício do poder, de intervir nas decisões da organização e definir coletivamente o rumo dos trabalhos.(LIBÂNEO, 2004,p.102).
64
A participação efetiva da comunidade escolar não acontece
espontaneamente, é necessária a existência de mecanismos e estratégias
para que aconteça e se efetive sua participação. Para tanto, a ação do gestor
é de extrema importância, pois é pelo seu envolvimento com todos os setores
da comunidade escolar que proporciona um ambiente favorável para que a
participação de todos se efetive,
3.11 TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO
A escola entendida como uma instituição educacional constituída por
diversos segmentos que têm o mesmo objetivo, que é trabalhar o
conhecimento científico historicamente elaborado, de forma democrática,
possibilitando a permanência e sucesso de todos que nela ingressam.
Para que isso ocorra, é preciso organizar suas atividades referentes aos
alunos, professores, funcionários, pais e equipe diretiva, de acordo com o
tempo e espaço que dispõe.
Os participantes do processo educativo precisam saber gerir o tempo e
espaço, de modo a adequá-los às atividades pedagógicas para a obtenção do
propósito da escola que é a educação de qualidade.
Para tal, é necessário que haja o planejamento para organizar todas as
ações do processo educativo, bem como o envolvimento e compromisso de
cada elemento em realizá-las com intencionalidade e qualidade, em tempo
adequado. Thiesen (2010,p.02) nos mostra a importância dessa organização:
[...] a redefinição dos processos de organização das atividades curriculares e pedagógicas , pensadas à luz das concepções mais atuais de tempo e espaço escolar, pode favorecer significativamente as oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento para estudantes em situação de formação.
65
No entanto, os resultados das avaliações internas e externas da
educação brasileira nos aponta que o modo como a escola se organiza e
estrutura seus tempos e espaços pedagógicos, não tem sido adequado, pois os
resultados que ela vem alcançando no âmbito da aprendizagem e formação do
aluno, não atendente a expectativa da escola como uma instituição
educacional democrática e de qualidade.
Thiesen (2010,p.06) faz uma releitura dos conceitos de tempo e de
espaço na organização da escola contemporânea, que nos leva a compreender
os resultados da educação atual no que se refere a sua organização de tempo
e espaço.
[...] destacamos três aspectos que, ao nosso ver, marcam a educação atual e, consequentemente, os modos de organização curricular das escolas. O primeiro deles é que a contemporaneidade ainda não abandonou os conceitos mecanicistas e naturalistas de tempo e espaço produzidos na primeira fase da modernidade. O segundo refere que parte dos educadores se apropriam de um discurso relativamente novo, mas, na prática, continuam atrelados a uma racionalidade técnica e instrumental, cristalizada nos últimos séculos pela sociedade ocidental. Um terceiro aspecto, que decorre dos dois primeiros, é que o processo de mudança ainda está essencialmente no plano conceitual, portanto, de construção de possibilidades e que, por isso, somente em pequena medida encontra ressonância na ação da escola.
Considerando ainda a dimensão espacial da atividade educativa,
registraremos o entendimento de CUNHA ( 2008, p.184 apud THIESEN 2010,
p.7 )
[...] é a dimensão humana que pode transformar o espaço em lugar. O lugar se constitui quando atribuímos sentido aos espaços, ou seja, reconhecemos sua legitimidade para localizar ações, expectativas,esperanças e possibilidades. Quando se diz “esse é o lugar de”, extrapolamos a condição de espaço e atribuímos um sentido cultural, subjetivo e muito
66
próprio ao exercício de tal localização. Os lugares extrapolam uma base física e espacial para assumir uma condição cultural, humana e subjetiva. Entram em jogo as representações que os sujeitos fazem dos lugares e o sentido que atribuem aos mesmos.
A organização do tempo e espaço pedagógicos, com a finalidade
de promover uma educação democrática de qualidade, constitui-se em mais
um desafio para a escola, pois a ela cabe o trabalho e responsabilidade de
integrar, por meio sua dinâmica curricular e pedagógica os tempos e espaços
individuais aos coletivos, nesse sentido THIESEN(2010) nos fala que:
[...] a escola deve constituir-se , portanto, de ambientes vivos com diferentes representações, sentidos e significados. Sua organização espaço/temporal deve considerar a pluralidade de vozes de concepções, de experiências, de ritmos, de culturas, de interesses, etc. A escola, por seu currículo e por sua dinâmica, deve conter em si expressão de convivialidade humana, em toda sua complexidade.
A definição e distribuição deste tempo deve sempre ter em conta o
aluno, as suas capacidades e limitações, o seu ritmo de trabalho, interesses e
necessidades.
3.12 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, a
tecnologia é o conjunto dos instrumentos, métodos e técnicas que permitem o
aproveitamento prático do conhecimento científico, com vista a satisfazer as
necessidades humanas.
A história da tecnologia é quase tão velha quanto a história da
humanidade, e se segue desde quando os seres humanos começaram a usar
ferramentas de caça e de proteção. As tecnologias mais antigas converteram
recursos naturais em ferramentas simples. A descoberta e o consequente uso
67
do fogo foi um ponto chave na evolução tecnológica do homem, permitindo um
melhor aproveitamento dos alimentos e o aproveitamento dos recursos naturais
que necessitam do calor para serem úteis.
Assim, a tecnologia tem um fim bem determinado, serve a um grupo de
pessoas e aos mais diversos interesses, é intencional e não se produz nem se
usa sem uma visão de mundo, de homem e de sociedade que a fundamente.
O educador, reconhecendo as exigências do seu tempo e as
potencialidades dos recursos tecnológicos, sempre foi favorável ao uso de
certas tecnologias com rigor metodológico para o seu uso, não devendo ser
realizado de qualquer modo ou sem a devida preparação.
Deste modo, é necessário delinear uma metodologia de uso e análise
para todo tipo de tecnologia que venha a ser incorporada. Como aparato
ideológico, deve ser desconstruído e revisado nas suas “entranhas”. É preciso
identificar o que fundamenta práticas e usos tecnológicos, para combatê-las ou
mesmo reverter seu uso para as causas a que se defende sem tornar-se
alienado, sem a mínima noção do que se faz ou produz.
Freire (1976) teme e acredita que, em diversas circunstâncias, as
inovações tecnológicas têm sido impostas de cima para baixo ou de fora para
dentro, caracterizando uma verdadeira invasão cultural. Ainda conforme
(FREIRE, 1976), a tecnologia, além de ser compreendida, dominada, deve ser
contextualizada. Contextualizar a tecnologia em si própria, sua gênese e
utilização, desvelando os interesses e a ideologia implícita, os benefícios e as
limitações do uso -, em seguida, identificá-la com o contexto local, discutindo
suas implicações na vida dos usuários ativos e a melhor forma de incorporá-la
para o bem daquele grupo naquele contexto.
Cabe a nós educadores, enquanto mediadores do conhecimento indagar
e conduzir nossos alunos através de olhares críticos para que não sejam
manipulados em prol de uma concepção de mundo que não é emancipadora,
68
tendo sempre a clareza de que as tecnologias são necessidades e produções
objetivas tanto para o capital quanto para o trabalho, tanto para o processo de
dominação quanto para a possibilidade de emancipação.
3.13 CONCEPÇÃO DE TRABALHO
O trabalho entendido como um modo de sustentação e auto-preservação
do gênero humano, que se expressa nas transformações impostas pelo
homem à natureza e às formações sociais e culturais historicamente
construídas, representa a formação do fazer histórico da humanidade em toda
a sua diversidade.
O processo de desenvolvimento humano está baseado no domínio e
apropriação da natureza que nos cerca, apropriação essa que se realiza por
meio do trabalho. Foi pelo trabalho que os homens puderam satisfazer suas
necessidades corporais e avançar para satisfação das necessidades
espirituais.
Conforme, Balzer, Carvalho e Frank (2009,P.07 apud Orientações da
Semana Pedagógica de 2009-SEED)
A divisão social do trabalho humano favoreceu o homem como grupo social e proporcionou condições para que , como espécie , este se multiplicasse e se fortalecesse. Contudo, na relação do trabalho na perspectiva do capitalismo, a relação do homem com a natureza – de forma não naturalizada e nem tampouco neutra – não se deu somente para satisfazer as suas necessidades sociais, biológicas e cognitivas, também criou novas necessidades que se põem para além da satisfação de sua condição humana.
Há muitas pesquisas e reflexões sobre o tema “ trabalho e educação” .
Existe, um Grupo de Trabalho da Associação Nacional de Pós graduação que
tem discutido muito o trabalho como categoria central para atendimento da
sociedade, e o trabalho como princípio educativo.
69
A categoria trabalho como princípio educativo só pode ser concebido
numa educação com perspectiva emancipatória , segundo MEAD (2012, p.1 e
2 )
Emancipar-se é então conquistar liberdade, autonomia, independência , não apenas política, mas também econômica. Não pode estar emancipado aquele que passa fome, que não tem teto que não tem o que vestir.Na concepção de educação emancipatória todos produzem conhecimentos e todos aprendem juntos. Na concepção emancipatória respeita-se e valoriza-se a trajetória de vida dos educandos. Nessa concepção, a educação é voltada para as necessidades dos sujeitos da educação e não submetida aos ditames do mercado, às necessidades da produção voltada para o lucro.
O trabalho como princípio educativo afirma o caráter formativo do
trabalho e a educação como ação humanizadora por meio do desenvolvimento
de todas as potencialidades do ser humano.
Portanto, tomar trabalho como princípio educativo implica em
possibilitar, pelo conhecimento, a compreensão das contradições da sociedade
capitalista, seus processos de exclusão e exploração das relações de trabalho
e instrumentalizar o sujeito para agir de forma consciente sobre sua prática de
cumprir e fazer cumprir seus direitos.
3.14 CONCEPÇÃO DE DIVERSIDADE
A definição de diversidade pode ser entendida como o conjunto de
diferenças e valores compartilhados pelos seres humanos na vida social, visto
que, é uma realidade concreta nos diversos grupos e vivencias sociais. O
conceito da diversidade está intrinsicamente ligado aos conceitos de
pluralidade, multiplicidade, diferentes modos de percepção e abordagem,
heterogeneidade e variedade.
70
A diversidade humana está presente em toda a história da existência da
humanidade, mas apenas no final do século XX, a sociedade declara que os
seres humanos não são iguais.
Contudo é comum nos grupos sociais uma série de comportamentos que
são prejudiciais no desenvolvimento e relacionamento entre os indivíduos como
o preconceito, a discriminação e a intolerância. Estes comportamentos são
encontrados continuamente nos grupos sociais incluindo o espaço escolar.
Diante dessa realidade os profissionais que atuam nesse colégio
acreditam que é necessário qualificar nossos alunos através do diálogo
promovendo o respeito a diversidade, por meio da interação com os outros,
que varia de contexto para contexto.
Para Gomes (2008), nem sempre aquilo que julgamos como diferença
social, histórica e culturalmente construída recebe a mesma interpretação nas
diferentes sociedades. Além disso, o modo de ser e de interpretar o mundo
também é variado e diverso.
Assim, a diversidade precisa ser entendida de forma relacional em que a
aprendizagem se constitui por meio do diálogo. Na escola, a diversidade deve
ser trabalhada de forma que todos os sujeitos se sintam igualitários, sem que
se reproduza a ideia de inferioridade ou superioridade de um indivíduo ou
grupo sobre o outro, enquanto instituição formadora, do acontecer humano.
Portanto, a diversidade deve estar inserida nos currículos abrindo
possibilidades de compreensão das causas políticas e sociais com vistas a
superar e/ou minimizar as atitudes de preconceitos.
3.15 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
71
A inclusão educacional constitui a prática mais recente no processo de
universalização da educação. Ela se caracteriza em princípios que visam à
aceitação das diferenças individuais , à valorização da contribuição de cada
pessoa, à aprendizagem pela cooperação e à convivência dentro da
diversidade humana.
Este conceito de inclusão é reafirmado pela Conferência Mundial sobre
Educação para Todos,realizada em Jomtien – Tailândia , dos dias 5 a 9 de
março de 1990, em seu Artigo 3º , que tem como título UNIVERZALIZAR O
ACESSO À EDUCAÇÃO E PROMOVER E EQUIDADE. Transcreveremos os
itens 4 e 5 desse artigo , nos quais estão registrados tais princípios da
educação inclusiva.
“4. Um compromisso efetivo para superar as disparidades educacionais deve ser assumido. Os grupos excluídos - os pobres; os meninos e meninas de rua ou trabalhadores; as populações das periferias urbanas e zonas rurais; os nômades e os trabalhadores migrantes; os povos indígenas; as minorias étnicas, raciais e linguísticas; os refugiados; os deslocados pela guerra; e os povos submetidos a um regime de ocupação - não devem sofrer qualquer tipo de discriminação no acesso às oportunidades educacionais.
5. As necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de deficiências requerem atenção especial. É preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema educativo.”
Essa Conferência defende que todos indivíduos têm direito à educação
e ao acesso aos conhecimentos, e que a escola, nessa perspectiva de
diversidade, deve acolhê-los , independentemente de suas condições físicas ,
intelectuais, sociais e emocionais.
Numa escola emancipatória, humana e humanizante, deve haver o
respeito à diversidade e a inclusão se legitima, a partir das necessidades de
72
todos, não importando a etnia, cultura, nível social, orientação sexual e
necessidades especiais educacionais.
Neste sentido, (MANTOAN, 2003, P.53 Apud COSTA E GONÇALVES,
2012 p.57) destaca a importância da inclusão na escola:
A escola, para muitos alunos, é o único espaço de acesso aos conhecimentos. É o lugar que vai proporcionar-lhes condições de se desenvolverem e de se tornarem cidadãos, alguém com uma identidade sócio-cultural que lhes conferirá oportunidades de ser e de viver dignamente.
Contudo, sabemos que a inclusão escolar é um tema que exige muita
reflexão, olhares múltiplos e sensíveis de todos os educadores, bem como
constante capacitação dos professores. Isso porque a educação inclusiva,
além de todas as suas especificidades, é um processo novo na nossa
legislação educacional, que configura-se como um projeto de educação em
construção, inconcluso, que ainda não está pronto e acabado. Seu fracasso ou
sucesso depende de nós para que a educação se torne verdadeiramente
inclusiva. Neste aspecto Freire (1992,p.100) observa:
Inventamos a possibilidade de nos libertar na medida em que nos tornamos capazes de nos perceber como seres inconclusos, limitados, condicionados, históricos. Percebendo, sobretudo, também que a pura percepção de inconclusão, da limitação, da possibilidade, não basta, É preciso juntar a ela a luta política pela transformação da realidade.
Os educadores do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê - EFMP
têm consciência da importância da educação inclusiva, para que todas as
pessoas tenham direito ao conhecimento escolar, por meio das relações do
diálogo e da criação de vínculos, tendo a diversidade como valor, para
trabalhar no sentido de romper com a lógica da exclusão, gerada pelo
preconceito, descriminação e desrespeito às diferenças. Esses professores,
assim como equipe pedagógica e direção sabem da necessidade de
73
capacitação constante para possibilitar que todos possam mesmo sendo
diferentes gozar de direitos sociais, políticos e culturais.
3.16 CONCEPÇÃO DE CUIDAR E EDUCAR
A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se
desenvolver como ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar a
desenvolver capacidades. A relação entre o cuidar e educar é primordial no
processo de ensino aprendizagem, uma vez que, para o aluno aprenda é
necessário um vinculo positivo com a aprendizagem.
Nessa perspectiva, é oportuno e necessário considerar as dimensões do
educar e do cuidar, em sua inseparabilidade, buscando recuperar, para a
função social da Educação Básica, a sua centralidade, que é o estudante.
Cuidar e educar iniciam-se na Educação Infantil, ações destinadas a crianças
a partir de zero ano, que devem ser estendidas ao Ensino Fundamental, Médio
e posteriores. Cuidar e educar significa compreender que o direito à educação
parte do princípio da formação da pessoa em sua essência humana. Trata-se
de considerar o cuidado no sentido profundo do que seja acolhimento em
todas as etapas/ciclos da vida, assim como, suas singularidades.
Educar exige cuidado; cuidar é educar, envolvendo acolher, ouvir,
encorajar, apoiar, no sentido de desenvolver o aprendizado de pensar e agir,
cuidar de si, do outro, da escola, da natureza, da água, do Planeta. Educar é,
enfim, enfrentar o desafio de lidar com gente, isto é, com criaturas tão
imprevisíveis e diferentes quanto semelhantes, ao longo de uma existência
inscrita na teia das relações humanas, neste mundo complexo.
Educar com cuidado significa aprender a amar sem dependência,
desenvolver a sensibilidade humana na relação de cada um consigo, com o
outro e com tudo o que existe, com zelo, ante uma situação que requer cautela
em busca da formação humana plena.
74
Para que isso se efetive, torna-se exigência, também, a
corresponsabilidade exercida pelos profissionais da educação,
necessariamente articulando a escola com as famílias e a comunidade. Nota-
se que apenas pelo cuidado não se constrói a educação e as dimensões que a
envolvem como projeto transformador e libertador. A relação entre cuidar e
educar se concebe mediante internalização consciente de eixos norteadores,
que remetem à experiência fundamental do valor, que influencia
significativamente a definição da conduta, no percurso cotidiano escolar. Não
de um valor pragmático e utilitário de educação, mas do valor intrínseco àquilo
que deve caracterizar o comportamento de seres humanos, que respeitam a si
mesmos, aos outros, à circunstância social e ao ecossistema. Valor este
fundamentado na ética e na estética, que rege a convivência do indivíduo no
coletivo, que pressupõe relações de cooperação e solidariedade, de respeito à
alteridade e à liberdade.
Cuidado é, pois, um princípio que norteia a atitude, o modo prático de
realizar-se, de viver e conviver no mundo. Por isso, na escola, o processo
educativo não comporta uma atitude parcial, fragmentada, recortada da ação
humana, baseada somente numa racionalidade estratégico procedimental.
Inclui ampliação das dimensões constitutivas do trabalho pedagógico, mediante
verificação das condições de aprendizagem apresentadas pelo estudante e
busca de soluções junto à família, aos órgãos do poder público, a diferentes
segmentos da sociedade. Seu horizonte de ação abrange a vida humana em
sua globalidade. É essa concepção de educação integral que deve orientar a
organização da escola, o conjunto de atividades nela realizadas, bem como as
políticas sociais que se relacionam com as práticas educacionais. Em cada
criança, adolescente, jovem ou adulto, há uma criatura humana em formação e,
nesse sentido, cuidar e educar são, ao mesmo tempo, princípios e atos que
orientam e dão sentido aos processos de ensino, de aprendizagem e de
construção da pessoa humana em suas múltiplas dimensões.
75
3.17 – CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná oferece a todos os
profissionais da rede (professores, pedagogos, diretores, agentes
educacionais) cursos de formação continuada nas modalidades presencial, em
que o cursista precisa estar presente no local onde acontecerá a formação,
semipresencial (presencial e on-line) e a distância (on-line).
O programa de capacitação objetiva contribuir para a qualificação dos
profissionais da educação focada na prática de ensino, no princípio de ação-
reflexão-ação, compreendendo o aperfeiçoamento e atualização necessária na
atuação profissional.
O desenvolvimento profissional dos educadores e dos demais
profissionais da escola, deve constituir-se em objetivo de propostas
educacionais que valorizem a sua formação, baseando-a não mais na
racionalidade técnica, que os reduz a meros executores de decisões alheias,
mas numa perspectiva que reconhece sua capacidade de participar, analisar,
propor e decidir. Ao confrontar as ações cotidianas com as produções teóricas,
os profissionais da educação precisam rever as práticas e as teorias que as
informam, pesquisando a prática e produzindo novos conhecimentos para
transformá-la e aprimorá-la. A formação continuada não abrange apenas o
professor, mas também inclui a formação dos componentes dos órgãos
colegiados da escola e os outros profissionais da educação, como os diretores,
os pedagogos e funcionários da escola. Entre outros objetivos, a formação
continuada, busca propor novas metodologias e colocar os profissionais e
pessoas que participam através dos órgãos colegiados, para ficar a par das
discussões teóricas atuais, com a intenção de contribuir para as mudanças que
se fazem necessárias para a melhoria da ação pedagógica na escola e
consequentemente, na educação.
76
Nosso colégio segue a pedagogia histórico critica conforme orientam os
documentos curriculares oficiais do Estado do Paraná e seus profissionais
preocupam-se com uma formação que articule a prática e reflexão, a
investigação e os conhecimentos teóricos requeridos para promover uma
transformação na ação pedagógica, e não um acúmulo de teorias e técnicas, o
que auxiliará a utilização pelos alunos das teorias nas ações diárias, pois a
teoria é um instrumento que ajuda apreender o real e a prática é de onde
emergem as questões. A formação continuada deve constituir-se num espaço
de produção de novos conhecimentos, de troca de diferentes saberes, de
repensar e refazer a prática do professor.
Assim, a escola é o contexto privilegiado da formação continuada, o
lugar para continuar aprendendo e se desenvolver profissionalmente. No
entanto esta condição privilegiada só será eficaz se o professor puder ser
protagonista do projeto pedagógico da escola em que trabalha e da sua
formação, a partir da consciência das suas reais e concretas necessidades
para exercer o papel de mediador do ensino e da aprendizagem dos alunos.
77
4. MARCO OPERACIONAL
É neste momento que se procura pensar e registrar estratégias e linhas
de ação, ações concretas permanentes e temporárias, para responder às
necessidades apontadas a partir do diagnóstico, tendo sempre por referência,
a intencionalidade assumida, em um movimento de ação-reflexão, que nos
possibilita saber se os resultados propostos foram alcançados.
Como embasamento a essa reflexão temos:
O Projeto é justamente um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida , consciente , sistematizada, orgânica, científica. E, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita re-significar a ação de todos os agentes da escola.(VASCONCELOS, 1995,P.143)
78
A concretização e o encaminhamento das ações têm como exigência a
compreensão da dimensão coletiva de gestão democrática, portanto é
necessário considerar a inter-relação das instâncias colegiadas para a
participação ativa da comunidade escolar.
Antes de registrarmos as ações propostas, com vistas a superar os
desafios identificados no Marco Situacional, apontaremos alguns elementos
que compõem a organização pedagógica do nosso colégio.
4.1 CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar é elaborado anualmente pelo colégio, conforme
normas estabelecidas pela mantenedora Secretaria de Estado da Educação-
SEED, anexaremos a este Projeto Político Pedagógico o de 2016, cuja
elaboração está respaldada pela Instrução Nº006/2015 – SEED/SUED, de 30
de novembro de 2015, que após apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar
foi enviado ao Núcleo Regional de Educação para análise e homologação.
O Calendário Escolar deve sempre estar fundamentado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, que no inciso I do Art. 24,
determina carga horária mínima anual de 800(oitocentas) horas, distribuídas
por um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar, a serem cumpridas por
todas as instituições de ensino que ofertam a Educação Básica,determina
também que “ o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o
disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino,
exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas
letivas para aprovação (LDB, Art.24 inciso VI)
Além dos dias letivos, com início e término do ano letivo, dos semestres
e dos bimestres, assim como das férias e período de recesso, o calendário
escolar contempla as atividades escolares para os professores, como: semana
pedagógica, planejamento, replanejamento e formação continuada.
79
A Deliberação nª002/2002 – CEE/PR, em seus Artigos 2º e 3º, dispõe
para o Sistema Estadual de Ensino:
Art.2º - São consideradas como efetivo trabalho escolar as reuniões pedagógicas, organizadas, estruturadas a partir da proposta pedagógica do estabelecimento e inseridas no seu plano anual.
Art.3º - Pode o estabelecimento considerar, como dias de efetivo trabalho escolar os dedicados ao trabalho docente organizado, também em função do seu aperfeiçoamento, conquanto não ultrapassem cinco por cento ( 5%) do total de dias letivos estabelecidos em lei, ou seja, dez (10) dias no decorrer do ano letivo.
Parágrafo Único – O estabelecimento deverá organizar o ano letivo de modo que os alunos tenham garantidas as oitocentas (800) horas de efetivo trabalho escolar previstas em lei.
De acordo com o Parecer nº 631/97 – CEE/PR, o trabalho escolar dos
docentes, relativos às atividades de reflexão acerca de sua prática pedagógica
não pode ser contado como horas letivas, pois estas exigem a presença física
dos alunos.
Entram no cômputo dos dias letivos os destinados para reunião
pedagógica e/ou formação continuada respeitando o percentual de (5%) dos
dias letivos. As 800 (oitocentas ) horas deverão ser atendidas, se houver
dificuldade para o fechamento da carga horária, deverá ser realizada a
complementação para os alunos, a fim de que se cumpra a legislação
educacional.
4.2 MATRIZES CURRICULARES
A organização do trabalho pedagógico em todos níveis e modalidades
de ensino segue as orientações expressas nas Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais.
80
Os conteúdos curriculares da Educação Básica observam, conforme
Regimento Escolar deste colégio:
I. Difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II. Respeito à diversidade; III. Orientação para o trabalho.
4.2.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
Os anos finais do Ensino Fundamental de 6ª ao 9º ano, são ofertados
nos períodos matutino e vespertino,em regime anual, com 4 (quatro) anos de
duração, dividido em disciplinas, contemplando uma Base Nacional Comum e
uma parte diversificada, com duração mínima de 200 (duzentos) dias letivos e
800 (Oitocentas) horas/aulas anuais, sendo a hora/aula de 50 minutos,
distribuídas num módulo 40(quarenta) semanas. Essa matriz contempla
também a oferta da disciplina de Ensino Religioso nos 6º e 7º anos, de oferta
obrigatória pelo Estabelecimento de Ensino e de matrícula facultativa para o
aluno.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 13 – GOIOERÊ MUNICÍPIO: 0870 – GOIOERÊ
ESTABELECIMENTO: 00036 – POLIVALENTE DE GOIOERÊ, C.E. – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E
PROFISSIONAL
ENDEREÇO: RUA DR. ROSALVO G. DE MELO LEITÃO, 600 – JARDIM CURITIBA
FONE: (044) 3522-1458 / 3522-6986 – e-mail: grepolivalente@seed.pr.gov.br
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
81
CURSO: 4039 – ENSINO FUNDAMENTAL
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013
IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
TURNO: MANHÃ
MÓDULO: 40 SEMANAS
BA
SE
NA
CIO
NA
L C
OM
UM
DISCIPLINAS
SÉRIES
6º 7º 8º 9º
ARTE 2 2 2 2
CIÊNCIAS 3 3 3 3
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2
GEOGRAFIA 2 3 3 3
HISTÓRIA 3 2 3 3
LÍNGUA
PORTUGUESA 5 5 5 5
MATEMÁTICA 5 5 5 5
ENSINO RELIGIOSO 1 1 0 0
PA
RT
E
DIV
ER
SIF
ICA
DA
L.E.M.-INGLÊS 2 2 2 2
TOTAL 25 25 25 25
Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
4.2.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
O Ensino Médio Regular é ofertado nos períodos matutino e noturno,
em regime anual em 3 (três) anos, dividido em disciplinas, contemplando uma
Base Nacional Comum e uma parte diversificada, com duração mínima de
82
200(duzentos) dias letivos e 800 (Oitocentas) horas/aulas anuais, sendo a
hora aula de cinqüenta minutos, distribuídas em um módulo de 40 (quarenta)
semanas. Esta matriz tem em sua parte diversificada a disciplina de Língua
Estrangeira Moderna Inglês com matrícula facultativa ofertada pelo CELEM em
contra turno.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 13 - GOIOERÊ MUNICÍPIO: 0870 – GOIOERÊ
ESTABELECIMENTO: 00036 – POLIVALENTE DE GOIOERÊ, C.E. – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E
PROFISSIONAL
ENDEREÇO: RUA DR. ROSALVO G. DE MELO LEITÃO, 600 – JARDIM CURITIBA
FONE: (044) 3522-1458 / 3522-6986 – e-mail: grepolivalente@seed.pr.gov.br
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2015
IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
TURNO: MANHÃ
MÓDULO: 40 SEMANAS
BA
SE
NA
CIO
NA
L C
OM
UM
DISCIPLINAS SÉRIES
1ª 2ª 3ª
ARTE 02 - -
BIOLOGIA 02 02 02
EDUCAÇÃO FÍSICA 02 02 02
FILOSOFIA 02 02 02
FÍSICA 02 02 02
GEOGRAFIA 02 02 02
HISTÓRIA 02 02 02
LÍNGUA PORTUGUESA 02 04 04
MATEMÁTICA 03 03 03
QUÍMICA 02 02 02
SOCIOLOGIA 02 02 02
SUB-TOTAL 23 23 23
AR
T
E
L.E.M. – ESPANHOL 02 02 02
83
*L.E.M. – INGLÊS 04 04 04
SUB-TOTAL 06 06 06
TOTAL GERAL 29 29 29
Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
*Disciplina de matrícula facultativa ofertada pelo CELEM, ministrada em turno contrário
4.2.3 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
O Curso Técnico em Enfermagem Subsequente é ofertado no
período noturno, em regime semestral, com duração de 02 anos e carga
horária de 1200 horas/aulas de Formação Específica e 633 horas/aulas de
Estágio, totalizando 1833 horas/aulas.
A partir do período letivo de 2017, será implantada
gradativamente uma nova Matriz Curricular com carga horária de 1440 horas
aulas de Formação Específica e 768 horas aulas de Estágio Profissional
Supervisionado , totalizando 2.208 horas aulas.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR – TÉCNICO EM ENFERMAGEM ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 13 – GOIOERÊ MUNICÍPIO: 0870 – GOIOERÊ
ESTABELECIMENTO: 00036 – POLIVALENTE DE GOIOERÊ, C.E. – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL ENDEREÇO: RUA DR. ROSALVO G. DE MELO LEITÃO, 600 – JARDIM CURITIBA FONE: (044) 3522-1458 / 3522-6986 – e-mail: grepolivalente@seed.pr.gov.br ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: TÉC. EM ENFERMAGEM-SUBS. ET. AS. (1230) ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2016 IMPLANTAÇÃO: GRADATIVA
TURNO: NOITE MÓDULO: 20 SEMANAS
DISCIPLINAS PERÍODO/SEMESTRE
1º 2º 3º 4º
OR
MA
ÇÃ
O
ES
PE
CÍ
FIC A ANATOMIA E FISIOLOGIA APLICADA A ENFERMAGEM 4 0 0 0
ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM CRIANÇA E AO ADOLESCENTE 0 0 6 0
84
ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM PACIENTES CRÍTICOS 0 0 0 5
ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM A SAUDE MULHER 0 0 5 0
ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM CIRURGICA 0 0 5 0
ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM CLINICA 0 6 0 0
ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM EM SAUDE COLETIVA 0 4 0 0
ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM EM SAUDE MENTAL 0 3 0 0
ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM EM URGENCIA E EMERGENCIA 0 0 0 5
BIOSSEGURANCA E PROC. DE ARTIG. 0 4 0 0
ENFERMAGEM NA VIGILANCIA SAUDE 0 0 0 4
FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM 3 0 0 0
FUNDAMENTOS DO TRABALHO 0 0 2 0
INTRODUCAO A ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM 7 0 0 0
PROCESSO COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO EM ENFERMAGEM 3 0 0 0
PROCESSO DE TRABALHO EM SAUDE 0 0 0 3
PROCESSO SAUDE DOENÇA 3 0 0 0
ES
TÁ
GIO
ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM CRIANÇA E ADOLESCENTE 0 0 3 0
ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM PACIENTESCRITICO 0 0 0 5
ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER 0 0 3 0
ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM CIRURGICA 0 0 4 0
ESTAGIO DE ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM CLINICA 0 5 0 0
ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM SAUDE COLETIVA 0 4 0 0
ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM SAUDE MENTAL 0 1 0 0
ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 0 0 0 5
ESTAGIO ENFERMAGEM NA VIGILÂNCIA E SAUDE 0 0 0 2
ESTAGIO INTRODUÇÃO A ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM 6 0 0 0
TOTAL 26 27 28 29
85
T ÉC N IC O EM EN F ER M A GEM
T P T P T P T P
1 3248ANATOMIA E FISIOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM 4
2 3236ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE 4 2 3271 4
3 3277ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES CRÍTICOS 4 1 3299 5
4 3278ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À SAÚDE DA MULHER 5 1 3288 4
5 3279 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM CIRÚRGICA 4 1 3287 4
6 3280 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM CLÍNICA 5 2 3289 5
7 3281ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA 5 3290 4
8 3282ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL 3 3291 1
9 3283ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS 4 1 3292 5
10 3284BIOSSEGURANÇA E PROCESSAMENTO DE ARTIGOS 3 1
11 3285 ENFERMAGEM NA VIGILÂNCIA EM SAÚDE 3 1 3293 2
12 3218 FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM 3
13 3514 FUNDAMENTOS DO TRABALHO 2
14 3226 INTRODUÇÃO À ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM 3 4 3267 6
15 3507PROCESSO DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO EM ENFERMAGEM 3
16 3227 PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE 3
17 3509 PROCESSO SAÚDE DOENÇA 3
6 10 12 12
MATRIZ CURRICULAR OPERACIONALEstabelecimento: Colégio Estadual Polivalente de Goioerê - Ensino Fundamental, Médio e ProfissionalMunicípio: GoioerêCurso: TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Implantação: gradativa a partir do primeiro semestre de 2017Carga horária: 1200 horas mais 640 horas de Estágio Profissional Supervisionado
Forma: SUBSEQUENTE
Turno: Noturno
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
4º S3º S
AUXILIAR DE ENFERMAGEM
ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO
AUXILIAR DE ENFERMAGEM
1º S 2º S
N.1º S
Organização: SEMESTRAL
2º S3º S
SEMESTRES
CÓD. SAE
DISCIPLINACÓD. SAE
ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO
4º S
TOTAL 20 19 19 17
86
4.3 -AÇÕES DIDÁTICO – PEDAGÓGICAS
4.3.1 ATIVIDADES COMPLEMENTARES
As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno são
atividades educativas integradas ao currículo escolar, por meio da ampliação
de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem, que visam ampliar a
formação do aluno. O Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP,
considerando as finalidades propostas pela Instrução Nº007/2012 –
SEED/SUED, p.2, as quais transcreveremos a seguir, oferta 06 turmas de
Atividades Complementares em Contraturno.
II – DA FINALIDADE 1.Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da
ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas em contraturno, na escola ou no território em que está situada, a fim de atender às necessidades sócio educacionais dos alunos, vinculadas ao Projeto Político Pedagógico/Proposta Pedagógica Curricular da escola, respondendo às demandas educacionais e aos anseios da comunidade.
2.Possibilitar maior integração entre alunos, escola e
comunidade, democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais. 3.Oportunizar a expansão do tempo escolar para alunos de Educação Básica da Rede Pública Estadual de Ensino como política pública e indutora para a progressiva implantação da Educação em Tempo Integral.
4.3.1.1Uma turma no Macro Campo Mundo do Trabalho e Geração de
Rendas Empreendedorismo, à tarde para o ensino fundamental para os 6º
e 7º anos, que tem os seguintes objetivos:
87
▪ reconhecer conceitos de empreendedorismo;
▪ despertar nos alunos o espírito empreendedor, como geração de renda
e como empreender a própria vida;
▪ defender a importância de adotar práticas sustentáveis com
consciência ecológica;
▪ promover diferentes ações de produção e desenvolvimento de
produtos;
▪desenvolver trabalhos da ecopapelaria de forma contextualizada dentro
do empreendedorismo;
▪ propiciar práticas pedagógicas que desenvolvam a participação dos
alunos na implementação de projetos vinculados às questões sociais,
culturais, ambientais e de geração de renda.
4.3.1.2 Uma turma no Macro Campo Mundo do Trabalho e Geração de
Rendas Empreendedorismo, à tarde para o ensino fundamental para os 8º
e 9º anos, que tem os seguintes objetivos:
▪compreender o empreendedorismo social;
▪conhecer estudos sobre projetos sociais na comunidade e como formar
empreendedor social;
▪promover a educação e o empreendedorismo social, saúde e qualidade
de vida, cultura e lazer;
▪estudar o meio ambiente e sua relação com o empreendedorismo;
▪reconhecer o empreendedor, qual o produto e quais os clientes;
▪compreender o emprego como geração de renda;
▪analisar a elaboração e gerenciamento de projetos sociais;
▪sistematizar o roteiro para a elaboração de projetos;
▪verificar a concorrência, recursos materiais e marketing;
▪promover o desenvolvimento de projetos de empreendedorismo social;
88
▪avaliar a trajetória empreendedora, o plano de negócios e o
aprendizado;
4.3.1.3. Uma turma no Macro Campo Mundo do Trabalho e Geração de
Rendas Empreendedorismo, à tarde para o ensino médio, que tem os
seguintes objetivos:
▪despertar nos alunos as potencialidades empreendedoras;
▪promover a educação empreendedora de forma interdisciplinar e
articulada com a formação humana e integral dos alunos.
▪inserir a inclusão digital no Empreendedorismo referente às atividades
escolares e mercado de trabalho;
▪estimular o desenvolvimento do Empreendedorismo social, para
melhoria da qualidade de vida;
▪despertar vocações;
▪implementar a educação empreendedora de forma teórico/prática,
através do trabalho de campo e da feira do jovem empreendedor.
4.3.2 AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO DESPORTIVO
Além dessas atividades complementares, este colégio oferta uma turma
de Aulas Especializadas de Treinamento Desportivo, na modalidade de futsal,
no período da tarde, com os objetivos:
▪desenvolver o prazer pela prática do futsal, contribuindo assim para
uma melhor qualidade de vida;
▪auxiliar na coordenação motora, ritmo, equilíbrio, agilidade, a
velocidade na execução dos movimentos;
89
▪ trabalhar o esporte com a finalidade educacional e para construção da
cidadania.
As atividades acima descritas são acompanhadas pela equipe
pedagógica, que verifica a frequência dos alunos, a compatibilidade das
atividades realizadas com os objetivos propostos, a melhora do desempenho
dos alunos nas diversas disciplinas e, no final de cada semestre, emite um
relatório.
4.3.3 PROJETOS
4.3.3.1 PROJETO DE BOLSA E INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID
O Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP, em parceria com a
Universidade Estadual de Maringá – UEM, desenvolve dois projetos na
modalidade PIBID, um no ensino fundamental e outro no ensino médio.
No primeiro, as acadêmicas do Curso de Ciências Licenciatura Plena
oferecem apoio pedagógico nas disciplinas de ciências e matemática, com
aulas práticas experimentos realizados em sala de aula, laboratório de
Ciências do colégio e da UEM/CRG.
O segundo Projeto de Iniciação à Docência, em parceria com a UEM, é
desenvolvido com os acadêmicos do Curso de Licenciatura em Física que
ministram aulas de apoio para os alunos do ensino médio, em contraturno,
organizam e acompanham as atividades práticas da disciplina de Física.
4.3.3.2. PROJETO CONECTADOS 2.0
Esse projeto é uma proposta para ampliação das ações de tecnologia
educacional na Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED, que
visa atender o Plano de Metas do Governo do estado do Paraná (2015-2018), a
90
AÇÃO 6 do Programa Minha Escola Tem Ação (META) e as Diretrizes para
uma Política Nacional de Inovação e Tecnologia Educacional 2017-2020.
Objetivo Geral
• Favorecer e ampliar a discussão e o uso de tecnologias educacionais,
com a comunidade escolar de 500 estabelecimentos da rede pública estadual
em 2017 e outros 500 em 2018.
Objetivos Específicos
• Ofertar formação com ênfase na temática “Educação na Cultura
Digital”, abordando o conceito de Cultura Digital e suas relações com a escola,
o currículo e a sociedade;
• Incentivar a prática de produção de objetos educacionais, a partir do
acesso à ferramentas e aplicativos disponíveis na internet;
• Promover o intercâmbio de práticas e diferentes abordagens de ensino
com o uso de tecnologias educacionais entre professores e gestores;
• Ampliar o parque tecnológico das escolas;
• Acompanhar e avaliar os efeitos da discussão e do uso de tecnologias
educacionais na prática pedagógica e na organização escolar;
•Compartilhar e divulgar as práticas desenvolvidas nas escolas
participantes com toda comunidade.
Reconhecendo a importância do uso das tecnologias aplicadas à
educação e que as novas ferramentas tecnológicas estão mudando a forma de
produzirmos, consumirmos, nos relacionarmos e, consequentemente, a
maneira de aprendermos e ensinarmos, a direção e representantes do
Conselho Escolar assinaram o Termo de Adesão ao Projeto Conectados 2.0.
91
A fase inicial desse projeto será com a capacitação dos docentes e
funcionários, em várias etapas, bem como a ampliação do parque tecnológico
do colégio.
Com o uso orientado das ferramentas tecnológicas, no colégio,
acreditamos que haverá uma melhoria efetiva no aprendizado dos alunos.
Várias ações vêm sendo desenvolvidas nesse sentido, entre elas a
implantação do PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR – PROEMI, que foi
instituído pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
(Resolução CNE/CEB nº 2, de 30 de janeiro de 2016) e tem se mostrado
instrumento fundamental para a elaboração do redesenho curricular nas
instituições que ofertam essa etapa de ensino, na medida em que dissemina a
cultura para um currículo mais dinâmico e flexível, que contemple a interface
entre os conhecimentos das diferentes áreas e a realidade dos estudantes,
atendendo suas necessidades e projetos de vida.
O colégio elaborou cinco Propostas de Redesenho Curricular – PRC
com ações a serem desenvolvidas ao longo do período letivo, com utilização
de várias ferramentas tecnológicas e em consonância com o Documento
Orientador do Programa Ensino Médio Inovador, as orientações curriculares
das Secretarias Estaduais e Distrital, dentro dos Campos de Integração
Curricular – CIC: Acompanhamento Pedagógico, Iniciação Científica e
Pesquisa, Mundo do Trabalho, Protagonismo Juvenil e Comunicação, Uso de
Mídias e Cultura Digital.
As Propostas serão registradas neste PPP, no item 4.3.5
4.3.3.3 JOGOS ESCOLARES INTERCLASSES
A prática esportiva como instrumento educacional visa ao
desenvolvimento humano e capacita o educando a desenvolver suas
competências sociais e comunicativas, que são essenciais para o processo de
92
formação do indivíduo, por isso o esporte constitui-se como um instrumento
pedagógico importantíssimo para compreensão e assimilação dos conteúdos
escolares.
Além disso, valores como socialização, responsabilidade, cooperação,
respeito, liderança, persistência e vida saudável podem ser alcançados por
meio da prática esportiva, desta forma as práticas de atividades físicas
coletivas no colégio constituem-se em um elemento humanizador para
preparação dos alunos na vida em sociedade.
Com esse entendimento, o Colégio Polivalente de Goioerê – EFMP
realiza anualmente, com data prevista no calendário escolar, os Jogos
Escolares Interclasses, que envolvem os alunos de todas modalidades de
ensino ofertadas pelo colégio, nas modalidades de vôlei, basquete, handebol e
xadrez.
Os Jogos Escolares Interclasses têm os seguintes objetivos:
Objetivo Geral
Motivar envolver os alunos, incentivando-os à prática da Educação
Física e de inclusão social para contribuir na formação integral do estudante
como ser social e participante.
Objetivos Específicos
•compreender o esporte como um meio de inclusão social;
•participar das atividades competitivas, respeitando as regras e não
discriminando os colegas;
•desenvolver a inteligência emocional necessária ao bom convívio social,
a partir de atividades de integração;
93
•refletir e avaliar seu próprio desempenho e dos demais, tendo como
referência seu esforço e dos colegas no desenvolvimento participativo
das modalidades esportivas.
4.3.3.4 MOSTRA CULTURAL DA LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA -
ESPANHOL
Visando desenvolver as capacidades de ouvir, compreender e falar o
idioma, Língua Estrangeira Moderna – Espanhol, de forma prazerosa e
interdisciplinar, os professores do CELEM- ESPANHOL realizam anualmente,
no segundo semestre, a MOSTRA CULTURAL que envolve todos os alunos do
CELEM ESPANHOL dos Colégios Estaduais Polivalente de Goioerê e Antonio
Lacerda Braga com a presença da comunidade. Como é uma atividade cultural
desses dois colégios, cada ano, tem um desses estabelecimentos como local
de realização.
Nessa Mostra Cultural, são apresentados diversos números artísticos
como canto, dança e declamação, além do cerimonial que é escrito e
apresentado pelos alunos também na Língua Estrangeira Moderna- Espanhol.
Todas.
Neste dia, também é servido um almoço que tem como prato principal “o
assado argentino”.
Objetivos
•Divulgar a cultura dos países que têm como língua oficial o idioma
Espanhol;
•Praticar o aprendizado da Língua Estrangeira Moderna Espanhol
(pronúncia e vocabulário)
•Estabelecer a interação da comunidade com o colégio.
94
4.3.3.5 GINCANA FOLCLÓRICA
A Gincana Folclórica é realizada no mês de agosto, por ser este
considerado o mês do folclore pela cultura popular brasileira. É organizada
pelos professores de Arte, Língua Portuguesa e Educação Física e tem
participação dos alunos do ensino Fundamental.
O folclore representa todos as manifestações do saber popular, que são
indispensáveis para o conhecimento social e psicológico de um povo. O Brasil
representa grande diversidade no campo cultural, tendo em vista que sua
colonização se deu por diversos povos, e por, essa razão, o folclore brasileiro é
riquíssimo.
A Gincana Folclórica do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê –
EFMP tem como objetivo principal fazer o aluno conhecer a cultura popular que
influenciou a nossa tradição, pelas diferentes formas de expressão e
manifestação.
Nessa Gincana, além da pesquisa, são realizadas atividades que
contemplam as quatro linguagens da Arte: artes visuais, dança, teatro e
música.
Objetivos
•Reconhecer a importância cultural do folclore;
•desenvolver a criatividade, a oralidade e a escrita;
•desenvolver o gosto pela dança e pela música;
•estimular o raciocínio e atenção;
•desenvolver o hábito da pesquisa;
•esclarecer fatos do folclore do Paraná e de outros estados do Brasil.
95
4.3.3.6 PROJETO INTEGRANDO GERAÇÕES
Na busca pela efetivação da cidadania e promoção da valorização das
pessoas na terceira idade, o Colégio Estadual Polivalente de Goioerê –EFMP
desenvolve esse projeto com alunos do ensino médio, durante todo período
letivo, que tem como culminância uma visita aos idosos do Lar dos Velhinhos
São João Batista em Moreira Sales.
Esse contato entre as gerações é essencial para sensibilizar nossos
jovens sobre essa fase da vida. Para tanto, a visita ao asilo constitui-se em um
momento de interação entre os alunos (adolescentes) e os idosos compondo
um grande elo entre os tempos, passado, presente e futuro, o que possibilita
compreendera terceira idade como fase da nossa vida que deve ser respeitada
e valorizada.
Nessa visita são feitas doações de roupa, fralda e gêneros alimentícios e
produtos de limpeza; apresentações artísticas, momento da beleza e uma
confraternização em que é compartilhado um café da tarde.
Esse projeto tem os seguintes objetivos:
•contribuir para a formação cidadã dos educandos;
• propiciar a valorização da pessoa idosa;
• despertar o olhar do educando para a realidade da descriminação do
idoso;
• contribuir para a igualdade entre as gerações;
• reduzir o preconceito dos jovens para com os idosos;
• realizar atos de solidariedade.
96
4.3.3.7 FEIRA CIENTÍFICA E CULTURAL
O Colégio Estadual Polivalente de Goioerê –EFMP, em parceria
com o Grêmio Estudantil Profª Neide Maria Rodrigues Vieira , organiza a
Feira Científica e Cultural anualmente, com data a ser definida no início de
cada período letivo e com a participação de todos os alunos professores e
equipe diretiva do colégio.
Como uma atividade pedagógica de potencial motivador do ensino no
ambiente escolar, a finalidade da Feira Científica e Cultural deste colégio é
desenvolver a visão científica dos estudantes e a contextualização dos
conhecimentos adquiridos em sala nas diversas áreas.
Constitui-se também num momento de aprendizagem, de interação com
a comunidade e parceria com as famílias no acompanhamento, envolvimento e
apreciação dos trabalhos realizados durante o ano escolar
A Feira Científica e Cultural tem os seguintes objetivos:
Objetivo Geral
• Divulgar e valorizar os trabalhos científicos, culturais e artísticos, de
caráter pedagógico, desenvolvidos no âmbito escolar.
Objetivos Específicos
•Propiciar o aperfeiçoamento e a troca de conhecimentos, entre
professores, alunos e a comunidade, através de apresentações
científicas, culturais e artísticas.
•Motivar o grupo de docente e discente nas ações de gerenciamento do
evento com organização, dinamismo e capacidade para despertar a
atenção e o reconhecimento da comunidade escolar.
97
•Incentivar a participação de estudantes e professores em eventos
científico-culturais desta natureza.
•Mobilizar os estudantes, valorizando o conhecimento científico
interdisciplinar e multidisciplinar.
4.3.4 PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR – PROEMI – PROPOSTAS
DE REDESENHO CURRICULAR – PRC
4.3.4.1 CIC - ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO
(Aprendizagem da Língua Portuguesa e Matemática)
AÇÕES
1) Construir sólidos geométricos, visando a compreensão da geometria espacial;
2) Criação de Blog com links de atividades matemáticas que levem à compreensão dos conteúdos;
3) Estabelecer uma relação dialógica entre a literatura e as diversas artes.
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
1- CONSTRUÇÃO DE IDEIAS DE SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
DISCIPLINA ENVOLVIDA: matemática
Os conceitos geométricos constituem parte importante do currículo da
matemática no ensino básico. Por meio deles, o aluno desenvolve um tipo
especial de pensamento que lhe permite compreender, descrever e
representar, de forma organizada o mundo em que vive.
98
Com o intuito de compreender o formulário matemático quanto aos
conteúdos da geometria espacial, essa proposta tem os seguintes objetivos:
● levar os alunos a uma percepção de que a geometria e a matemática, como
um todo, se apresentam nas mais variadas formas do cotidiano de cada um.
● Motivar os alunos a um despertar investigativo de como e onde a matemática
se apresenta no dia a dia, tornando assim mais significativa e presente a
Matemática no cotidiano do aluno.
Para tanto, serão construídos ideias de sólidos geométricos. Essa
construção terá como base o desenvolvimento dos cálculos sobre cada peça
construída e a utilização de diversos materiais: isopor, cartolina, papel cartão e
outros.
Para execução dessa atividade, os alunos formarão grupos que serão
orientados e acompanhados pelos professores. As peças confeccionadas
serão expostas à comunidade escolar e ficarão à disposição dos professores
de matemática do ensino fundamental para trabalharem com seus alunos.
2. CONSTRUÇÃO DE BLOG COM LINKS DE CONTEÚDOS MATEMÁTICOS
A construção de Blogs é uma excelente ferramenta de apoio à
aprendizagem para todas as disciplinas. Ao pesquisar links, os alunos vão
analisar, interagir e encontrar soluções para suas dúvidas, ao mesmo tempo,
vão se apropriando das tecnologias digitais disponíveis.
Visando promover o uso dos Blogs como recurso pedagógico de
divulgação das formas diferentes de ensinar e compreender os conteúdos
matemáticos, bem como as diversas maneiras de resolução dos exercícios, os
professores de matemática orientarão os alunos quanto a qualidade dos links
99
que deverão conter material escrito e vídeos e critérios de escolhas para
publicação.
A publicação dos links será em grupos. Após o professor ministrar o
conteúdo, de acordo com seu Plano de Trabalho Docente, as equipes
pesquisarão três links sobre o assunto, escolherá um e apresentará ao
professor os critérios utilizados para a escolha e posterior publicação no blog.
3- RELAÇÃO DIALÓGICA ENTRE A LITERATURA E OUTRAS ARTES
Disciplinas Envolvidas: Língua Portuguesa, Língua estrangeira moderna –
Espanhol ,Arte e Educação Física.
A Literatura, como produção humana, está intrinsicamente ligada à vida
social, portanto a produção literária está sujeita às modificações históricas e
sua articulação com outros campos: o contexto de produção, a linguagem, a
cultura, a história, a economia, entre outros.
Nessa perspectiva, os professores de Língua Portuguesa, Língua
Espanhola e Arte desenvolverão um trabalho interdisciplinar de leitura, análise
e releitura de textos verbais e não verbais que representam os movimentos
literários/artísticos com produções nas artes visuais, teatro, música e danças.
As atividades serão realizadas por meio de uma abordagem crítico-
interpretativa da literatura e centrarão suas reflexões no diálogo entre a
literatura e outras manifestações artísticas, como a música, a pintura, o teatro,
a arquitetura e fotografia, sob os pontos de vista temático e formal.
Como culminância das atividades desenvolvidas, ao longo do período
letivo, será realizada uma mostra cultural com exposição de trabalhos e
apresentações de palco, nos três períodos de funcionamento do colégio.
100
4.3.4.2 - CIC - INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PESQUISA
(Diferentes formas e possibilidades de produção do conhecimento)
AÇÕES
• Pesquisar sobre o cultivo de plantas medicinais, sua ação fitoterápica e
relação com os tratamentos alopáticos.
• Realizar pesquisa da matéria prima de produtos produzidos pelo homem do
campo e a produção industrial.
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
1 - PLANTAS MEDICINAIS: CULTIVO E AÇÃO FITOTERÁPICA
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS
Ciências Humanas: História, Sociologia, Filosofia, Geografia
Ciências da Natureza: Química, Física, Biologia
Com a finalidade de compreender o homem como ser histórico, faz-se
necessário analisá-lo em cada momento da história e nas relações que
estabelece com seu meio, para tanto, os professores das disciplinas de
Biologia, Química, Física, História, geografia e sociologia orientarão e
acompanharão os alunos nas atividades que envolvem pesquisas, visitas de
campo e produção de alimentos.
• No primeiro momento, os alunos pesquisarão na internet e na
comunidade local, com idosos, a origem, tipos e cultivo das plantas
101
utilizadas com fins curativos. Verificarão seus princípios ativos e os tipos
de doenças por elas curadas.
• A partir dessa pesquisa, estabelecerão uma relação entre o uso dessas
plantas e o tratamento fitoterápico. Para tanto, farão uma visita à
farmácia de manipulação local.
• Com o resultado das observações e dados levantados será possível
fazer a transição dos conhecimentos do senso comum ao conhecimento
científico.
CULMINÂNCIA DESSA AÇÃO
• Com os dados dessa pesquisa, os alunos produzirão um informativo à
comunidade escolar sobre tratamentos alternativos fitoterápicos.
• Como no Brasil, o conhecimento das propriedades de plantas medicinais
é uma das maiores riquezas da cultura indígena, uma sabedoria
tradicional que passa de geração em geração.
• Programamos, dentro desta ação, uma visita à Aldeia Indígina Tekoha,
em Guaíra, alunos e professores.
•
2 - PRODUÇÃO DE ALIMENTOS DE FORMA ARTESANAL
• Alunos pesquisarão junto às famílias que vivem no campo a
organização do espaço físico, (geográfico e social)e a produção de
alimentos de forma artesanal, a partir da matéria prima por elas cultivada
ou produzida, possibilitando observar o processo de fermentação
químico/biológico.
102
• Para estabelecer um comparativo entre o conhecimento empírico e
científico, os alunos produzirão, no colégio, açúcar com a utilização da
rapadura, pão com levedura da batata e queijo do coalho do leite.
• Após essa produção farão uma visita à Usina de Açúcar Santa
Terezinha, em Mariluz, na e ao Laticínio Lacto, em Cruzeiro do Oeste, a
fim de observar a produção industrial desses produtos.
4.3.4.3 - CIC - MUNDO DO TRABALHO
( Informações que contribuam para a escolha dentre as ofertas de
formação profissional existentes e oportunidades no mundo do trabalho)
AÇÃO PROPOSTA
1) Propiciar aos alunos o conhecimento das diversas profissões, suas
características, instituições que ofertam a formação profissional (superior e
técnica), forma de ingresso a essas instituições, bem como opções no mundo
do trabalho.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS
Ciências Humanas: História, Sociologia e Filosofia
Linguagens: Língua Portuguesa
O trabalho entendido como princípio educativo resulta de uma educação
humanizadora e emancipatória, que tem caráter formativo por meio do
desenvolvimento de todas as potencialidades do ser humano. É pelo trabalho
103
que os homens podem satisfazer suas necessidades corporais e avançar para
satisfação das espirituais.
Neste sentido, os professores de Filosofia, Sociologia e História
trabalharão, no primeiro momento, as concepções de trabalho e suas formas
produtivas na formação humana.
Paralelamente, os alunos pesquisarão sobre as profissões, conhecendo
as características de formação de cada uma como disciplinas que compõem os
cursos, tempo de duração e forma de inserção e atuação no mercado de
trabalho.
Serão realizadas palestras com profissionais locais das diversas
profissões, pesquisas na internet e visitas às feiras de profissões da Faculdade
Integrado de Campo Mourão e da UEM- Maringá.
Além dessas atividades, os alunos formarão grupos de estudos, em
contraturno, sob a orientação de professores das diversas disciplinas, e terão
como monitores os alunos que possuem maior domínio dos conteúdos.
As atividades desses grupos serão realizadas em forma de aulas e
oficinas com apoio de vídeos, projeção e resolução de exercícios.
Essas atividades têm como objetivo esclarecer dúvidas sobre os
conteúdos estudados nas séries e resolver questões comuns aos processos
seletivos das instituições de ensino superior e técnica.
4.3.4.4 - CIC - PROTAGONISMO JUVENIL
(Ações que visem à atuação e organização juvenil nos seus processos de
desenvolvimento pessoal social e vivência política)
104
AÇÃO PROPOSTA
•Desenvolver atividades que levem os educandos à reflexão/ação sobre a
Inclusão Social, Ética, Direitos Humanos, Diversidade e Convivência
Democrática.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS
Ciências Humanas: História, Sociologia, Filosofia, Geografia
Ciências da Natureza: Biologia
Linguagens: Língua Portuguesa, Espanhol, Arte, Educ. Física
No intuito de formar cidadãos autônomos, solidários e participativos,
capazes de construir uma sociedade que respeite os direitos de cidadania e
aumente o nível de participação democrática de sua população, nos propomos
a instigar os jovens a refletirem sobre a diversidade, a inclusão social, os
direitos humanos, ética e a convivência democrática.
Para tanto, os alunos, sob a orientação dos professores, refletirão sobre
os seguintes temas: Inclusão Social, Ética, Direitos Humanos e Convivência
Democrática.
Essa reflexão se dará, primeiramente, por meio da leitura e discussão de
textos e vídeos, com participação dos alunos em palestras com representantes
de cada grupo social e/ ou profissionais habilitados a discutir os temas, que
serão organizadas pelo estabelecimento de ensino em conjunto com o Grêmio
Estudantil.
105
Haverá também interação e acompanhamento das atividades realizadas
nos diversos segmentos da sociedade, como Câmara Municipal, Observatório
Social, Conselhos Municipais de Saúde, de Segurança, de Trânsito e da
Criança e Adolescente, através de visitas orientadas.
Os alunos do ensino médio, após compreensão e domínio de alguns dos
temas discutidos, promoverão palestras e/ou atividades lúdicas para o ensino
fundamental, evento que será coordenado pelo Grêmio Estudantil. Além dos
temas citados, os professores de Biologia complementarão o trabalho com o
desenvolvimento de atividades acerca das relações de gênero e a sexualidade,
a partir dos conceitos científicos a todos os alunos do Ensino Médio.
4.3.4.5 - CIC - Comunicação, Uso de Mídias e Cultura Digital
(Ações relacionadas à educomunicação, para criação de sistemas
comunicativos, abertos, dialógicos e comunicativos)
AÇÕES
Serão implantados uma Rádio-Escola e um Jornal On-line, com base no
entendimento de que o uso de novas tecnologias na escola possibilita a
construção do conhecimento e uma aprendizagem significativa.
DETALHAMENTO DAS AÇÕES
1- RÁDIO – ESCOLA
PROFESSORES ENVOLVIDOS - Todos
106
A implantação da Rádio-Escola será feita por etapas, uma vez que há
necessidade de capacitação de professores e alunos para operarem os
equipamentos, para tanto será feita uma parceria com as rádios existentes no
município.
No segundo momento, os professores de Língua Portuguesa, Língua
Espanhola, História, Geografia e Física organizarão grupos e orientarão os
alunos para as atividades necessárias ao funcionamento da Radio-Escola,
como: realizar estrutura da programação; escolha da programação; escolha
das fontes de pesquisa das informações, notícias e reportagens; correção dos
textos, gravação e adequação da voz para utilização dos recursos de áudios.
O tempo no ar e a organização da programação serão estipulados ao
longo de sua implantação, quando serão observadas as necessidades e
possibilidades.
Objetivos
• promover no aluno a criatividade, ética e responsabilidade;
• exercitar a comunicação oral, aperfeiçoando a objetividade e clareza do
pensamento;
• promover a confiança e autoestima;
• favorecer a convivência e trabalho em grupo, respeitando as diferenças.
2-JORNAL ON LINE
Considerando ainda a importância do uso das novas tecnologias como
instrumento facilitador do processo ensino-aprendizagem será produzido um
jornal on-line, visando proporcionar aos alunos a oportunidade de inclusão no
107
mundo virtual, mediado pela tecnologia como fonte de leitura e escrita e terá
como objetivo:
• Desenvolver no aluno o hábito da pesquisa, leitura, produção textual e
da colaboração;
A produção textual, a pesquisa e a edição desse jornal serão feitos pelos
alunos do ensino médio sob a orientação dos professores de Língua
Portuguesa, Língua Espanhola, História, Geografia e Arte mais diretamente e,
indiretamente, de todos os que se identificarem com o projeto.
4.3.5 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Conforme descrito no Marco Situacional deste PPP, nosso colégio oferta
uma Sala de Recursos Multifuncional – tipo I, para atender os alunos com
necessidades educacionais especiais no período da tarde, e que esse
atendimento, em alguns casos, tem contribuído para melhorar o desempenho
dos alunos na sala regular.
No entanto, os professores das diversas disciplinas da sala regular têm
muita dificuldade em elaborar atividades diferenciadas e atender as
necessidades desses alunos.
Com o propósito promover a inserção efetiva dos alunos com
necessidades educacionais especiais, por meio de um trabalho colaborativo,
equipe pedagógica, professor da Sala de Recursos e professores das salas
regulares elaborarão adequações curriculares, conforme Resolução nº 002/01
–CNE/CEB e Deliberação 02/16.
As modificações poderão ser feitas nos seguintes aspectos:
108
•organizativos: espaço em sala de aula, trabalho com os alunos em
grupo, metodologia didática, uso de temas diversificados e significativos,
tempo dedicado às atividades em sala de aula;
•objetivos e conteúdos: priorização de objetivos, de conteúdos,
eliminação de conteúdos secundários, sequenciação dos conteúdos;
•avaliativos: adaptação ou modificação de técnicas e instrumentos de
avaliação da aprendizagem.
Para elaborar essas modificações, buscaremos orientações e suporte
junto ao Núcleo Regional de Educação, promovendo encontros organizados,
durante as horas atividades dos professores das diversas disciplinas com
equipe pedagógica e o professor da sala de recursos.
4.4 AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino
e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento do aluno, bem como avaliar o trabalho docente.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais
deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com
preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Deverão ser utilizados, na avaliação da aprendizagem, procedimentos,
instrumentos e critérios, que assegurem o acompanhamento do pleno
desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.
Neste sentido, as Diretrizes Curriculares da Educação do Estado do Paraná
(2008, p.32) orienta,
109
[...] os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que uma prova objetiva; a utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros.
Nesse sentido, a avaliação deverá ter como base o desempenho do
aluno em diferentes experiências de aprendizagem, para tanto o professor
utilizará instrumentos diversificados, dando relevância à atividade crítica, à
capacidade de síntese e à elaboração pessoal sobre a memorização.
Os critérios e instrumentos de avaliação do aproveitamento escolar
serão elaborados em consonância com a organização curricular e as
especificidades de cada disciplina, os quais deverão ser registrados nas
Propostas Pedagógicas Curriculares e especificados nos Planos de Trabalho
Docente.
Conforme parágrafo único, Artigo 125 do Regimento Escolar do Colégio
Estadual Polivalente de Goioerê - EFMP, é vedado submeter o aluno a uma
única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as
necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações
pedagógicas.
A Recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma
permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados. Utilizamo-nos ainda das orientações contidas nas
110
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná (2008, p.32),
para melhor entendimento da recuperação de estudos,
[...]a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo. Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir.
Conforme estabelece o Art.131 da Sessão X, do Regimento Escolar do
Colégio Polivalente de Goioerê – EFMP, “A recuperação de estudos édireito
dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos
básicos.”
O resultado da avaliação da aprendizagem terá os registros de notas
expressos em algarismos, em uma escola de 0 (zero) a 10,0 (dez virgula zero).
De acordo com o Regimento Escolar vigente, para compor a média
bimestral o professor poderá utilizar-se de duas fórmulas: somatória e/ou
aritmética, especificando no Plano de Trabalho Docente e, a partir do período
letivo de 2017, no Registro de Classe on-line.
Conforme estabelece o Parágrafo Único do Art. 136, do Regimento
Escolar deste colégio: “Sendo a Recuperação de Estudos parte integrante do
processo ensino aprendizagem, após realizada, considerar o resultado maior
[...]”
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do
aluno aliado a sua frequência.
111
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio,
que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média
anual igual ou superior a 6,0(seis vírgula zero) em cada disciplina, serão
considerados aprovados.
O aluno do Ensino Médio que não obtiver aprovação final em até duas
disciplinas, no período letivo de 2016, poderá matricular-se no ano
subsequente e cursar as duas disciplinas, em regime de adaptação.
A partir do período letivo de 2017, conforme decisão do Conselho
Escolar registrada na Ata nº 08 de 09 de novembro de 2016, a matrícula com
progressão parcial não mais será ofertada pelo Colégio Estadual Polivalente de
Goioerê - EFMP.
Para o Curso Técnico em Enfermagem Subsequente, ao final do
semestre será calculada a média semestral dos alunos, somando-se as duas
médias bimestrais e dividindo o resultado por dois:
MS= (1ºB + 2ºB)/2
O aluno do Curso Técnico em Enfermagem Subsequente será
considerado aprovado se obtiver:
I - rendimento igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina e no Estágio Supervisionado;
II - frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) das horas previstas
III - frequência mínima de 100% (cem por cento) no Estágio
Supervisionado.
O Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP aderiu, a partir do
período letivo de 2017, a implantação do Registro de Classe on-line, no qual
serão registrados o aproveitamento, a frequência, os conteúdos ministrados e a
movimentação dos alunos.
A Minuta de Instrução /SEED/SUED/CDE, 2012, que estabelece as
normas de preenchimento do Registro de Classe on-line, em seu item 2, define:
112
O Registro de Classe on-line é um documento oficial da escola e não do professor e deve ser atualizado a cada aula dada. Sua consulta estará disponível para comprovação de atividades escolares realizadas e para resguardar direitos de docentes e discentes.
4.5 CONSELHO DE CLASSE
Conforme o Art. 23 do Regimento Escolar, o conselho de classe é um
órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-
pedagógicos, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais,
indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e
aprendizagem.
O conselho de classe se reunirá ordinariamente antes do fechamento de
cada bimestre, em data prevista no calendário escolar, ou extraordinariamente,
sempre que se fizer necessário.
O Regimento Escolar, em seu Art. 24 estabelece que
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados apresentados, é de intervir em tempo hábil no processo ensino aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.
Nesse sentido, os pedagogos deste colégio, após cada conselho,quando
é avaliado o desempenho integral do aluno: suas dificuldades, realização das
atividades, assiduidade e problemas pessoais que possam intervir na
aprendizagem, reúnem-se com os alunos para fazer a devolutiva do conselho
e as intervenções individuais.
Quando necessário, os pais são informados, a fim de que, juntamente
com o colégio, acompanhem o processo educativo de seus filhos, e assim,
113
contribuir para superação das dificuldades e a consequente aprendizagem do
aluno.
O conselho de classe é também um momento coletivo de grande
importância para o professor refletir sua prática pedagógica, interagir com os
pedagogos e demais professores, no sentido de compreender o desempenho
do aluno não só em sua disciplina e para que possa estabelecer ações com
vistas a superar as dificuldades apontadas.
Nessa perspectiva, transcreveremos o Artigo 26 do Regimento Escolar do
Col. Estadual Polivalente de Goioerê - EFMP
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.
5 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
De acordo a Instrução nº 003/2015 – SUED/SEED, a avaliação
institucional deverá ser realizada anualmente, envolvendo todos os segmentos
da comunidade escolar, com o objetivo de avaliar as ações pedagógicas
desenvolvidas na instituição de ensino e para dimensionar o processo
educativo com vistas à melhoria da qualidade da educação. Com a principal
função de identificar possíveis problemas e prever ações para soluções dos
mesmos.
A avaliação institucional ainda não é uma prática consolidada em nosso
colégio, mas tem sido pensada. Objetivamos implementá-la a partir de 2017,
como uma análise sistemática desta instituição com vistas a identificar suas
fragilidades e potencialidades e possibilitar a elaboração de planos de
intervenção e melhorias.
114
Preocuparemo-nos em desenvolver estratégias de autoavaliação de todos os
segmentos escolares, visando um caráter formativo, voltado para a
compreensão e promoção da autoconsciência e a formação humana integral,
entrelaçamento os processos de avaliação externa e interna para oferecer
maior qualidade educativa.
É uma tarefa complexa, tendencialmente conflituosa, pois interfere-se
nos interesses, posturas, motivações e objetivos da comunidade escolar,
levando-se em conta a singularidade de nossa escola.
Na Semana Pedagógica de fevereiro de 2017, em que todos os
segmentos da comunidade escolar estarão reunidos, construiremos os
instrumentos avaliativos das diversas dimensões e segmentos escolares.
Ainda no primeiro semestre, definiremos as fontes de informação para
coleta dos dados.
A partir de julho de 2017, iniciaremos a coleta de dados por segmento e
dimensão.
De posse das informações serão computados os dados e apresentados
os resultados à comunidade escolar antes do término do período letivo de
2017.
Utilizaremos os resultados para a elaboração dos planos de ação para a
superação das dificuldades apontadas, ajustes e implementação de ações que
contribuam com desenvolvimento de aprendizagens significativas e
consequentes melhoras nos resultados avaliativos internos e externos.
6 PROPOSTAS DE SUPERAÇÃO DOS DESAFIOS
Conforme apontamentos feitos no Marco Situacional, o Colégio Estadual
Polivalente de Goioerê – EFMP tem alguns desafios a cumprir, portanto,
registraremos a seguir as ações indicadas pelo coletivo do colégio.
115
6.1 EVASÃO, REPETÊNCIA E AVALIAÇÕES EXTERNAS
Analisando os indicadores dos resultados desses quesitos, bem como
as prováveis causas do baixo rendimento, também já descritas nesse PPP, o
coletivo do colégio apontou as seguintes ações:
▪No início de cada ano letivo, nas duas primeiras semanas de aula,
os professores devem desenvolver atividades com conteúdos que possibilitem
identificar a apropriação do conhecimento básico para o ano em curso, a fim
de diagnosticar as dificuldades de cada turma e elaborar seu plano de trabalho;
▪Devem, ainda, conhecer o aluno e respeitá-lo em sua
individualidade, estabelecendo uma relação afetiva, que propicie a elevação da
autoestima do aluno, para que este sinta-se estimulado à aprendizagem;
▪Como os alunos não fazem as atividades em casa, realizar em
sala de aula, as atividades individuais ou em grupo, sob a orientação do
professor;
▪Durante a realização das atividades, em sala de aula ou em outro
espaço do colégio, fazer um acompanhamento individualizado para entender
as razões pelas quais alguns deixam de realizá-la e intervir no sentido de
ajudá-los, se necessário encaminhá-los à equipe pedagógica;
▪Comunicar à equipe pedagógica as faltas; atrasos e a não
realização das atividades avaliativas dos alunos;
▪Organizar atividades pedagógicas que contemplem os descritores
e questões das avaliações externas, para que os alunos se familiarizem com
116
esse tipo de avaliação e o professor identifique as dificuldades a serem
superadas.
Essas ações deverão ser realizadas durante todo período letivo e
avaliadas nos pré-conselhos, conselhos de classe, reuniões pedagógicas e
horas atividades.
6.2 INDISCIPLINA
A indisciplina apresenta-se como um grande obstáculo no processo
ensino-aprendizagem, prejudicando o exercício da função docente e o
desempenho escolar dos alunos.
Esse fenômeno tem sido uma preocupação constante entre os educadores e
tem mobilizado a comunidade escolar em geral, tornando-se o principal
assunto das reuniões de pais,conselhos de classe, nos momentos de
capacitação dos professores e usado como uma das principais justificativas do
fracasso escolar.
Não cabe, neste momento, analisar as causas tampouco conceituar a
indisciplina. Isso já foi motivo de reflexão por parte dos educadores do Colégio
Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP em vários momentos, e com certeza,
continuará sendo.
Registraremos então algumas ações, que ao implantarmos, esperamos
amenizar essa questão e que, principalmente, ela não seja mais usada como
justificativa do fracasso escolar.
Para que essas ações se concretizem e tenham resultados positivos,
precisamos “quebrar” a imagem do aluno ideal, ter em mente que a relação
professor-aluno é extremamente importante no trabalho pedagógico,e que um
o aluno indisciplinado com um determinado professor, pode ser bastante
produtivo com outro.
117
▪ Apresentar aos alunos, no início do período letivo, os seus direitos e
deveres estabelecidos no Regimento Escolar;
▪Trabalhar a autoestima dos alunos através de dinâmicas, palestras,
música, teatro, dança, atividades culturais;
▪Estabelecer regras de convivência, criadas pelos próprios alunos;
▪ Incentivar a cooperação e o respeito;
▪Promover o respeito pelo domínio dos conteúdos, compreensão e
capacidade de negociação;
▪Aulas dinâmicas e metodologias diversificadas.
6.3 PRÁTICAS DOCENTES
Freire (1996, p.44) destaca a importância da reflexão crítica e constante
sobre a prática pedagógica.
[...] pensando criticamente a prática de hoje ou a de ontem é que se pode melhorar a próxima prática. O próprio discurso teórico, necessário à reflexão crítica, tem de ser de tal modo concreto que quase se confunda com a prática.
▪ a equipe pedagógica promoverá análise e reflexões sobre as teorias
que embasam as ações pedagógicas, utilizando as horas atividades e
reuniões pedagógicas;
▪ selecionar conteúdos e organizar as aulas, atividades e instrumentos
avaliativos de modo intencional, refletindo sempre sobre as questões: o
que ensinar, para que ensinar e a quem ensinar;
▪utilização das horas atividades para troca de experiências;
▪ estabelecer coerência entre a teoria ea prática.
6.4 PERMANÊNCIA DO ALUNO NO PERÍODO NOTURNO
Para atendermos esse desafio serão realizadas as seguintes ações:
118
▪Realizar uma reunião, por bimestre, com os alunos do ensino médio
noturno e profissionais das diversas áreas, a fim de ajudá-los e
estimulá-los na escolha de suas profissões, motivando-os a continuar
seus estudos;
▪ aulas com metodologias diversificadas e atrativas e instrumentos
avaliativos diversificados.
6.5 FALTA DE ENVOLVIMENTO DOS PAIS NO PROCESSO ESCOLAR
Conforme registrado no marco situação, a participação da família no
acompanhamento contínuo das atividades escolares dos alunos é um grande
desafio para toda comunidade escolar.
Para tanto, elaboraremos um questionário para ser aplicado aos pais,
no início do período letivo, a fim de obter dados que subsidiem a concretização
das expectativas dos pais, bem como a participação desses no processo de
ensino aprendizagem dos alunos;
Com o propósito de criar vínculo, bem como fortalecer a integração
família/escola serão realizadas, ao longo do período letivo, as seguintes ações:
▪ Promover palestras sobre temas que tratam do relacionamento familiar
e outros que possam orientar pais e alunos nas relações interpessoais e com a
sociedade;
▪No sentido de valorizar a produção do aluno no cotidiano da sala de
aula e de dar significado aos conteúdos trabalhados, serão estabelecidos
momentos para que a família conheça os trabalhos produzidos ao longo dos
semestres.
▪ Para que os pais sintam-se à vontade para vir ao colégio em outros
momentos, e não só na reunião de entrega de notas, serão realizadas
119
projeções de cunho cultural e reflexivo e que possam contribuir para a melhoria
das relações familiares e escolares.
▪ No sentido de ampliar também a participação dos pais, as reuniões
tanto para entrega de notas quanto para discutir, analisar e deliberar sobre
questões relativas ao processo ensino aprendizagem serão realizadas no
período noturno.
7 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político-Pedagógico, em nosso entendimento, não é um
documento acabado, encontra-se em constante construção e reconstrução, de
acordo com as necessidades apresentadas. Está sempre aberto para
indagações e novas possibilidades que irão do real desenvolvimento da Escola
para um ideal almejado pela construção do processo ensino-aprendizagem.
A avaliação deste Projeto Político Pedagógico será realizada no início
dos períodos letivos e sempre que se fizer necessário, através de discussões,
questionários, estudos em grupo com o corpo docente, discente, equipe
administrativa, pedagógica, Instâncias Colegiadas e Comunidade para uma
posterior ampliação ou reestruturação.
120
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARDOSO, Clarecí da Silva; VIEIRA, Rita de Cássia. Liberdade e limite no
processo educativo. Revista Presença Pedagógica. Belo Horizonte: Dimensão,
v. 7, n.37, jan./fev. 2001
CASTRO, Alda Maria Duarte Araújo. Estratégias Gerenciais na Escola. UFRN
http://www.anpae.org.br/congressos_antigos/simposio 2007/12.pdf p 1-15.
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CASTELLS, Manoel. [on line]. O poder da identidade. Avaliable from World
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http:\\www.linux.ime.usp.br/~marzano/castells/cap4.htm>CódigoCivil – (r
CUNHA, Maria Isabel da. Os conceitos de espaço, lugar e território nos
processos analíticos da formação dos docentes universitários. Revista
Educação UNISINOS, v. 12, n. 3, set.-dez. 2008.
DUARTE, Newton. A importância da concepção de mundo para a educação
escolar: por que a pedagogia histórico-crítica não endossa o silêncio de
Wittgenstein. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 7, n. 1,
p. 8-25, jun. 2015.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro. Paz e Terra. 1976.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 27 ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra,
1987.
121
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE. Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
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