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COLÉGIO ESTADUAL SHIRLEY CATARINA TAMALU MACHADO.
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO .
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - PR
2010
1
SUMÁRIO
1. Apresentação.…...........................................................................................................07
2. Identificação..…...........................................................................................................08
3. Breve Histórico do Colégio….....................................................................................09
4. Patrona do Colégio…..................................................................................................10
5. Filosofia do Colégio….................................................................................................10
6. Objetivo Geral do Colégio.…......................................................................................11
7. Marco Situacional….....................................................................................................12
8. Quadro de funcionários..............................................................................................14
9. Estrutura Física ….......................................................................................................16
10. Marco Conceitual.…...................................................................................................17
11. Metodologia Geral do Colégio …..............................................................................20
12. Currículo.….................................................................................................................21
13. Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais.…....................23
14. Marco Operacional.….................................................................................................26
14.1 Avaliação.….......................................................................................................28
14.2 Recuperação de Estudos.…...............................................................................28
14.3 Promoção…........................................................................................................29
14.4 Livro Registro de Classe.…................................................................................30
14.5 Pré-Conselho.….................................................................................................30
14.6 Conselho de Classe ….......................................................................................30
14.7 Hora Atividade.…...............................................................................................31
14.8 Da Comunidade.….............................................................................................31
14.9 Projetos …..........................................................................................................32
15. Apresentação das Disciplinas …..............................................................................33
16. Disciplina de Ciências …...........................................................................................33
16.1 Apresentação geral da disciplina .......................................................................33
16.2 Objetivos …........................................................................................................34
16.3 Conteúdos estruturantes …................................................................................34
16.4 Conteúdos específicos …...................................................................................36
16.5 Metodologia........................................................................................................38
2
16.6 Avaliação............................................................................................................39
16.7 Referências Bibliográficas..................................................................................40
17. Disciplina de Ensino Religioso ….............................................................................41
17.1 Apresentação geral da disciplina.…...................................................................41
17.2 Objetivos.…........................................................................................................42
17.3 Conteúdos estruturantes.…................................................................................43
17.4 Conteúdos específicos…....................................................................................43
17.5 Metodologia.…...................................................................................................43
17.6 Avaliação............................................................................................................44
17.7 Referências Bibliográficas…..............................................................................44
18. Disciplina de Filosofia…............................................................................................45
18.1 Apresentação geral da disciplina…....................................................................45
18.2 Objetivos …........................................................................................................46
18.3 Conteúdos estruturantes …................................................................................46
18.4 Conteúdos específicos…....................................................................................47
18.5 Metodologia........................................................................................................49
18.6 Avaliação.….......................................................................................................50
18.7 Referências Bibliográficas…..............................................................................51
19. Disciplina de Geografia…..........................................................................................51
19.1 Apresentação geral da disciplina…....................................................................51
19.2 Objetivos.…........................................................................................................52
19.3 Conteúdos estruturantes….................................................................................52
19.4 Conteúdos específicos…....................................................................................53
19.5 Metodologia…....................................................................................................57
19.6 Avaliação............................................................................................................57
19.7 Referências Bibliográficas…..............................................................................58
20. Disciplina de Matemática…........................................................................................59
20.1 Apresentação geral da disciplina…....................................................................59
20.2 Objetivos …........................................................................................................59
20.3 Conteúdos estruturantes….................................................................................60
20.4 Conteúdos específicos…....................................................................................60
20.5 Metodologia........................................................................................................65
20.6 Avaliação............................................................................................................66
20.7 Referências Bibliográficas…..............................................................................67
3
21. Disciplina de História ….............................................................................................68
21.1 Apresentação geral da disciplina…....................................................................68
21.2 Objetivos …........................................................................................................69
21.3 Conteúdos estruturantes….................................................................................70
21.4 Conteúdos específicos…....................................................................................70
21.5 Metodologia........................................................................................................83
21.6 Avaliação ...........................................................................................................83
21.7 Referências Bibliográficas..................................................................................84
22. Disciplina de Artes......................................................................................................85
22.1 Apresentação geral da disciplina…....................................................................85
22.2 Objetivos …........................................................................................................85
22.3 Conteúdos estruturantes….................................................................................86
22.4 Conteúdos específicos…...................................................................................87
22.5 Metodologia........................................................................................................93
22.6 Avaliação.....…...................................................................................................93
22.7 Referências Bibliográficas..................................................................................94
23. Disciplina de Biologia.…............................................................................................95
23.1 Apresentação geral da disciplina…....................................................................95
23.2 Objetivos.............................................................................................................95
23.3 Conteúdos estruturantes….................................................................................96
23.4 Conteúdos específicos…....................................................................................96
23.5 Metodologia.…...................................................................................................96
23.6 Avaliação ….......................................................................................................97
23.7 Referências Bibliográficas…..............................................................................98
24. Disciplina de Educação Fisica…...............................................................................99
24.1 Apresentação geral da disciplina…....................................................................99
24.2 Objetivos …......................................................................................................100
24.3 Conteúdos estruturantes…...............................................................................101
24.4 Conteúdos específicos…..................................................................................101
24.5 Metodologia.….................................................................................................108
24.6 Avaliação …....................................................................................................109
24.7 Referências Bibliográficas…............................................................................110
25. Disciplina de Espanhol….........................................................................................111
25.1 Apresentação geral da disciplina…..................................................................111
4
25.2 Objetivos …......................................................................................................112
25.3 Conteúdos estruturantes…...............................................................................113
25.4 Conteúdos específicos…..................................................................................113
25.5 Metodologia.….................................................................................................114
25.6 Avaliação .........................................................................................................115
25.7 Referências Bibliográficas…............................................................................116
26. Disciplina de Física ..................................................................................................117
26.1 Apresentação geral da disciplina…..................................................................117
26.2 Objetivos …......................................................................................................117
26.3 Conteúdos estruturantes…...............................................................................118
26.4 Conteúdos específicos…..................................................................................118
26.5 Metodologia…..................................................................................................118
26.6 Avaliação .........................................................................................................119
26.7 Referências Bibliográficas…............................................................................120
27. Disciplina de Inglês…...............................................................................................121
27.1 Apresentação geral da disciplina…..................................................................121
27.2 Objetivos …......................................................................................................122
27.3 Conteúdos estruturantes…...............................................................................123
27.4 Conteúdos específicos…..................................................................................125
27.5 Metodologia......................................................................................................136
27.6 Avaliação ….....................................................................................................137
27.7 Referências Bibliográficas…............................................................................138
28. Disciplina de Língua Portuguesa….........................................................................139
28.1 Apresentação geral da disciplina…..................................................................139
28.2 Objetivos …......................................................................................................141
28.3 Conteúdos estruturantes…...............................................................................141
28.4 Conteúdos específicos…..................................................................................141
28.5 Metodologia.….................................................................................................142
28.6 Avaliação…......................................................................................................143
28.7 Referências Bibliográficas…............................................................................145
29. Disciplina de Química…...........................................................................................146
29.1 Apresentação geral da disciplina…..................................................................146
29.2 Objetivos …......................................................................................................147
29.3 Conteúdos estruturantes..................................................................................147
5
29.4 Conteúdos específicos…..................................................................................147
29.5 Metodologia......................................................................................................151
29.6 Avaliação…......................................................................................................151
29.7 Referências Bibliográficas…............................................................................152
30. Disciplina de Sociologia….......................................................................................153
30.1 Apresentação geral da disciplina…..................................................................153
30.2 Objetivos …......................................................................................................153
30.3 Conteúdos estruturantes…...............................................................................154
30.4 Conteúdos específicos…..................................................................................154
30.5 Metodologia…..................................................................................................155
30.6 Avaliação ….....................................................................................................156
30.7 Referências Bibliográficas…............................................................................157
31. Plano de Ação Anual da Equipe Pedagógica….....................................................158
32. Construção Do Projeto Político-Pedagógico ….....................................................162
33. Avaliação do Projeto Político-Pedagógico.............................................................163
34. Referências Bibliográficas …..................................................................................163
35. Calendário Escolar…................................................................................................165
36. Calendário Escolar CELEM ….................................................................................166
6
1. APRESENTAÇÃO
Juntamente com a democratização econômica e política, a democratização da
educação e da escola, através da universalização, da gratuidade e da permanência é uma
exigência para a emancipação da classe trabalhadora.
Agravam-se os problemas do empobrecimento da população e concentração de
riquezas não só entre “determinados grupos/classes” mas entre países. Isso vem
caracterizando crises sócias econômicas: aumento de desemprego, desestruturação
familiar, densificação do ritmo de trabalho (daqueles que estão desempregados),
sobrecarga de trabalho, movimento migratório por motivo de subsistência, aumento de
competição e as pressões e exigências sociais para maior competitividade originando
cada vez mais, a exclusão social.
Neste contexto, a educação por fazer parte na totalidade social, sofre as
consequências dessa dinâmica histórico cultural. A escola que seleciona exclui e
determina, faz com que a classe trabalhadora abandone a escola antes mesmo de
completar a escolaridade, sentindo-se assim marginalizada e a não ter acesso a emprego,
a renda e principalmente a educação. Agravam-se os problemas de evasão e repetência,
fazendo com que muitos alunos permaneçam 12 anos ou mais para completar seu ensino
fundamental.
Dessa forma o ensino continua expulsando seus alunos, inviabilizando ao mesmos
a conclusão das quatro primeiras series do ensino fundamental, é o que caracteriza o
aumento de contingente de analfabetos funcionais. A sociedade brasileira está num
processo acelerado de globalização do capital transnacionalizado, por essa razão nossos
educandos precisam estar em constante informação crítica das transformações em escala
mundial.
Nesse contexto a nossa escola assume o compromisso com a transformação de
indivíduos que compreendam o processo histórico da sociedade em que faz parte e que
possam interferir nas grandes transformações que estão ocorrendo na sociedade.
Portanto, o papel fundamental da educação e a formação ética do cidadão responsável,
crítico, criativo e participativo voltando para a cidadania e para o mundo do trabalho.
Neste sentido a participação de toda comunidade na escola deixa de ser uma
imposição e passa a ser uma prática que se expressa em princípios que visam a
7
qualidade na educação. Este conjunto de princípios, idéias e práticas se traduzem na
construção coletiva de um projeto político-pedagógico que idealiza uma sociedade menos
excludente mais igualitária.
A LDB – Lei nº 9394/96, prevê no art. 12, inciso I, que “os estabelecimentos de
ensino, respeitados as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a
incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.
São nestes moldes que a elaboração do Projeto Político-Pedagógico do Colégio foi
criado. Aconteceram reuniões com professores bem com alunos e funcionários,
primeiramente de forma coletiva e em seguida reuniões por segmento. Foi feita junto aos
pais e alunos uma pesquisa articulada pela equipe pedagógica.
Temos como primícia a formação do ser humano e sua integralidade, abrangendo
todas as dimensões. Buscamos com este projeto contribuir para a formação do sujeito
histórico, contextualizado e crítico, que participe coletivamente da construção da
sociedade em que vive nos preceitos democráticos.
2. IDENTIFICAÇÃO
Código: 02241 - Colégio Estadual Shirley Catarina Tamalu Machado – EFM.
Endereço: Rua Vicente Tozo, s/nº - Jardim Fênix
Código: 2570 - São José dos Pinhais – Paraná
Fones: (41) 3398-5971 / 3383-5174
CEP: 83.065-485
E-mail: sctmachado@hotmail.com .
Entidade Mantenedora - Secretaria de Estado da Educação do Paraná
Núcleo Regional de Educação – Área Metropolitana Sul
Autorização de funcionamento – Resolução: nº 5029/06 – Data: 13/11/2006.
8
3. BREVE HISTÓRICO DO COLÉGIO
A história do Colégio Shirley C. T. Machado nasceu da antiga aspiração de uma
imensa comunidade, formada por vários bairros. Entretanto, a Escola se populariza
rapidamente com a denominação de “Colégio Fênix”, como tem sido chamado pela
maioria das pessoas.
Foi sem dúvida uma luta árdua, para que as atividades tivessem início em 2007.
Muitos não acreditavam, mas graças ao empenho de uma plêiade de pessoas
abnegadas, colaboração da comunidade, voluntários, funcionários e professores, o sonho
se concretizou. Tendo em frente à professora Éli, os primeiros passos foram dados.
O Colégio efetivou as primeiras matrículas no período de 5 a 30 de março de 2007,
utilizando as dependências da Panificadora Big Pão, na rua Olívio Setin, 570, de
propriedade do senhor Raul Yoshio Yamashita, que prontamente colaborou, já que não
havia condições de qualquer atividade no recinto da escola, ainda em obras.
As aulas foram iniciadas em abril, com 550 alunos, regularmente matriculados nos
três períodos. Pelo atraso, com relação a outros colégios e exigências da Secretaria de
Educação do Estado, houve um calendário diferenciado que prevê 800h distribuídas em
200 dias letivos, para contemplar as exigências da lei. Foram ofertadas aulas em alguns
recessos e sábados, de acordo com calendário em anexo aprovado pela Secretaria.
Houve momentos difíceis, principalmente nos primeiros dias, pois ao abrir suas
portas a comunidade foi necessário tomar algumas medidas visando à segurança, como
isolamento de parte do prédio onde as obras ainda estavam em andamento, evitando
assim possíveis acidentes com alunos.
A comunidade aguardava ansiosa por este estabelecimento escolar, que
representava uma grande conquista diante de tantas necessidades, como por exemplo,
saneamento básico, água encanada e luz elétrica.
Assim, as pessoas não mediram esforços comparecendo, ajudando, em todos os
sentidos, limpeza, acomodação dos alunos, nos recreios, nos lanches. Mas como toda
escola essa também carecia da criação da APMF e do Conselho Escolar.
Não foi difícil, vários voluntários se apresentaram, depois de realizados os devidos
processos legais esses órgãos foram criados.
9
Enfim, acreditamos que a cada dia que passa, nosso Colégio terá sempre novos
desafios a serem vencidos, mas certamente nestes anos de funcionamento já demonstrou
que tem estrutura e pessoal disposto a contribuir grandemente na formação de futuros
cidadãos.
4. PATRONA DO COLÉGIO
A denominação de “Shirley Catarina Tamalu Machado”, deve-se-á indicação nº
3171/06, de autoria do vereador Profº Walder Mulbak, uma justa homenagem à mestra
nascida em 14 de abril de 1962, na cidade de Curitiba. Faleceu em 08/11/2004.
Era filha de Kanzuaki Tamalu e Wanda Maria Schimtt e mãe de dois filhos.
Licenciada em Pedagogia com habilitação em Supervisão Escolar pela PUC-PR em 1987.
Pós-graduada em Pedagogia Terapêutica pela Fiset em 1997. Funcionária da
Secretaria de Estado da Educação desde 1994 exercendo a função de supervisora
escolar no Colégio Estadual Lindaura Ribeiro Lucas. Também era funcionária da
Secretaria Municipal de Educação deste município na função de pedagoga desde 1996,
exercia a função de diretora da Escola Municipal Pedro Bronk.
Consta em seu currículo que trabalhou também como professora pelo regime CLT
na SEED –PR nos anos 1992 e 1993. Também foi professora da disciplina de Estágio
Supervisionado no Curso de Magistério Superior na Fap – Pinhais, PR.
5. FILOSOFIA DO COLÉGIO
O Projeto Político-Pedagógico do colégio deve necessariamente ser norteado por
uma filosofia que questione: que ser humano queremos formar?
Todos os profissionais envolvidos no processo educativo pensando juntos como
“intelectuais orgânicos”, um projeto de vida que valorize a compreensão e construção de
um novo paradigma hegemônico: “de homem/mulher/natureza/Deus” em todas as suas
correlações em um processo dialético, construindo cotidianamente um ser humano mais
10
justo, consciente, educado, bem informado e critico. Importante salientar que os valores
precisam orientar o uso correto do saber cientifico e tecnológico.
A descoberta, o respeito, a honestidade, a convivência, a liberdade, responsável, o
trabalho a solidariedade são, por exemplo, componentes básicos a orientar e integrar
nosso sistema pedagógico de ensino.
A escola como um dos segmentos sociais, tem a finalidade de oportunizar a formação
de valores para que seus alunos sejam membros ativos e úteis a sua comunidade social e
histórica. Também é responsável social e formal da tarefa cientifica, mediante uma ação
consciente, deliberada e planejada, de organizar e transmitir conhecimento. A ela
vinculasse o desenvolvimento econômico, social e político de um povo.
Como consequência, torna-se o conhecimento o instrumento mais eficiente para
alcançar o êxito pessoal e coletivo. A ciência, com o consequente desenvolvimento
tecnológico só terá sentido como meio capaz de levar à compreensão e transformação da
realidade material, individual e social, fundamentais à melhoria da qualidade de vida.
6. OBJETIVO GERAL DO COLÉGIO
Este projeto visa possibilitar uma reflexão sobre prática pedagógica do professor e
da organização da nossa escola, sendo de fundamental importância para a melhoria da
qualidade de educação e para garantir a permanência dos alunos na mesma, para isto
estamos desenvolvendo ações eficazes na busca da formação do cidadão critico e
participativo nas transformações sociais, pois a sociedade atual necessita de uma
transformação que resulte no alcance de condições de existência digna, justa e
democrática.
Para isto proporcionamos no interior da escola as condições necessárias para a
democratização possibilitando a ampliação da visão de sociedade de homem, de mundo e
de educação, através de uma escola mais democrática, estabelecendo compromisso
sócio político e resgatando um trabalho em diferentes dimensões: social, política, cultural,
pedagógica-administrativa e humana num processo democrático que objetiva a autonomia
da escola, viabilizando a participação de toda a comunidade escolar para que possamos
atuar e transformar a sociedade,tornando-a mais justa e suas ações com principio de
11
liberdade, autonomia, igualdade, qualidade, valorizando assim funcionários e oferecendo
formação continuada para que possam desenvolver a capacidade de investigar, observar,
analisar, teorizar, tirar conclusões e traçar ações que ajudem a transformar estas
informações em conhecimento útil, prazeroso e produtivo.
7. MARCO SITUACIONAL
O Colégio Estadual Shirley Catarina Tamalu Machado localizado na Rua Vicente
Tozo, s/nº, Jardim Fênix, oferece Educação Básica, Ensino Fundamental e médio
contemplando a comunidade que reside na cidade de São José dos Pinhais, no bairro
Afonso Pena especificamente moradores do Jardim Fênix, Vila Iná, Jardim Modelo. A
faixa etária dos alunos matriculados no ensino fundamental é de 10 a 18 anos e para o
ensino médio a partir dos 14 anos.
A realidade do bairro, revela um quadro de aproximadamente 55% que possuem
Ensino Fundamental incompleto, a renda familiar para 75% da comunidade esta entre 2 a
3 salários mínimos.
Diante das perspectivas já citadas, o bairro onde a escola esta inserida é atingida
por problemas sociais, políticos e econômicos. Como tantos outros municípios recebe
diariamente em média cinco famílias, contribuindo para ser um dos municípios que mais
cresce na Área Metropolitana Sul.
O bairro é carente na oferta de atividades voltadas a jovens e adolecentes, como
cursos profissionalizantes, programa de incentivo ao mundo trabalho e área de lazer. A
escola em parceria com o Programa Atitude oferece ao alunos em contra turno dança,
grafite e teatro, também em andamento o programa do Governo Federal ''Segundo
Tempo” onde a escola abre as portas para o esporte.
O interesse de ter os pais na escola visa estabelecer um convívio escolar
harmonioso que colabora na diminuição de conflitos no decorrer do ano letivo,
apresentando soluções e sugestões, participando das atividades extracurriculares
proporcionadas pela escola. Toda vez que o pai é solicitado a comparecer no colégio é
registrada em livro ata.
O Colégio oferta o ensino seriado regular fundamental e médio no período diurno,
12
sendo o ensino médio também ofertado no período noturno. São 16 turmas no período da
manhã e 10 turmas no período da tarde, e 3 no período noturno, assim como 02 turmas
do programa Paraná Alfabetizado, sendo uma a noite e outra a tarde.
Os problemas com o aprendizado são minimizados com encaminhamentos feitos a
sala de apoio, sala de recursos e reforço em contra turno.
Para solucionar o problema da faltas em excesso e o abandono Escolar, a Escola
conta com o Projeto FICA, do Governo Estadual do Paraná, Conselho Tutelar através das
Assistentes Sociais da Área e do Ministério Público, trabalho este que vem auxiliando
muito na chamada dos pais e/ou responsáveis na responsabilidade de manter e zelar pela
frequencia do filho na Escola, como determina o Estatuto da Criança e do Adolecente, em
seu artigo 54, 22 e 55 o, bem como a LDB nº 9394 de 20/12/1996 em seu artigo 5º,
paragrafo 1º, inciso III.
O período de funcionamento da Escola esta dividido em três turnos: manhã início
às 07:30 com aulas de 50 minutos e término às 12:00 horas. A tarde início às 13:00 horas
com aulas de 50 minutos, e término às 17h e 15 minutos. O turno da noite tem início às 18
h e 50 minutos e término às 22h e 50 minutos. Todos os turnos tem intervalo de 15
minutos para o recreio.
Os professores do colégio participam de cursos de capacitação, Etinerante,
Semana Pedagógica, Grupos de Estudos, GTR, PDE, oferecidos pelo Núcleo Regional de
Educação - Área Metropolitana Sul.
O Colégio Shirley apresenta graves problemas de segurança, devido seu estilo da
construção, o parque ao lado e o bosque dentro do pátio, já é possível inibir a ação de
muitos, com a instalação de grades nas janelas e nas portas que dão acesso às salas de
aula, alarme e câmeras.
Em relação ao parque estamos negociados com a prefeitura de São José a
doação desta área visto que já abrimos o portão para entrada dos alunos, justamente
para afastar pessoas desocupadas que permanecem ali subindo no muro pulando para
dentro do pátio e ficando protegidos ali alegando ser área pública.
O bosque é um problema difícil de resolver, o próprio estado já tentou passar esta
área aos cuidados da prefeitura, mas esta não demonstrou interesse em assumir.
Quanto ao laboratório de Ciências o Colégio esta aos poucos adquirindo o material
necessário para o seu funcionamento. O laboratório de informática está atendendo
13
pedagogicamente para trabalhos escolares. Para auxiliar os professores o Colégio
disponibiliza os seguintes materiais: TV Pendrive, TV Paulo Freire, 03 rádios portáteis e 4
dvd, a biblioteca está sendo montada, pois ainda não dispomos de muitos livros, visto que
a partir da escolha de livros deste ano é que receberemos e teremos reserva técnica.
O calendário para matrícula é agendado pela SEED e a organização das turmas
acontece por ordem de matrícula.
8. QUADRO DE FUNCIONÁRIOS
Hoje o Colégio Shirley C. T. Machado tem no seu quadro de funcionários: 01 diretor
geral, 01 diretor auxiliar, 03 pedagogas, 42 professores, 01 secretária, 06 Agentes
Educacionais ll e 08 Agentes Educacionais l.
NOME / PROFESSORES Disciplina
Alexsandra de Amorim Química
Ana Maria Martins Gaspar Português
Ana Paula da SIlva Ciências
Andressa Troian Geografia
Aneli Dickel Ed. Física
Andrea Maria da Silva Praça Inglês
Carlos Roberto Fernandes História
Caroline Maria Rossi Química
Claudemir Rodrigues Filosofia / Sociologia
Clemir Geffer Inglês
Edson Bortolaci Ciências
Emerson Corso Português
Fabiano Faria Cardoso Biologia
Fabio Colli Artes
Graciela Muller Artes
Ionara Fatima Krutli Espanhol
Irene Arlete Cardoso Dambroski Matemática
João Batista Silva História / Filosofia
José Natal Batista Português
Juliane Menezes Lourenco Ciências
Katia Regina Valesko da Costa Morgi Português
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Leticia Cristina Pires Ed. Física
Lucas Gustavo Luiz Fernandes Ensino Religioso
Luiza Schneide de Campos Matemática
Maria da Penha Bacetto Geografia
Maria Helena Dametto Monterverde Matemática
Maria Jose Domingues Hannig Ed. Física
Maria Quintino Mendes Ed. Física
Nanci de Fatima Polo Português
Nancy Portela Morgado Matemática / Física
Patricia de Lurdes Pelogia Matemática
Paulo Rubens Brito de Lima História
Pedro Paulo Ferreira Matemática
Raquel dos Santos Siqueira História
Renilce Aparecida Iurkiv Português
Richard Fernando Costa Ed. Física
Rita Luciana dos Santos História
Rita de Cassia Aparecida Pereira Ciências
Sirlei Maria Siqueira Espanhol
Teresinha Lucia Rubini Português
Ulisses Luis Antonio Reis Teixeira Artes
Viviane de Oliveira Mohr Geografia
NOME / FUNCIONÁRIOS FUNÇÃO
Éli Weinfurter Diretora
Edson Bortolaci Diretor Auxiliar
Adriana Maria da Silva Miranda Téc. Administrativo
Ana Cristina Silva de OLiveira Téc. Administrativo
Carina Cantuario da Silveira Téc. Admimstrativo
Leila Benedita Gomes Téc. Admimstrativo
Rosana Aparecida Santi Portela Téc. Admimstrativo
Lucelia Taborda Téc. Admimstrativo
Marlene Pinheiro Santos Aux. Serv. Gerais
Maria Alice da Silva Aux. Serv. Gerais
Nildete Maria Ferreira Bonni Aux. Serv. Gerais
Roseli de Oliveira Aux. Serv. Gerais
Lizete do Rocio Moraes Oliveira de Lima Aux. Serv. Gerais
Maria Helena da Gloria Rech Kovalsk de Ramos Aux. Serv. Gerais
Jucineia de Jesus Ferreira Aux. Serv. Gerais
Maura Gonçalves Pires Secretária
Sandra Nazareth Ferreira Dias Pedagoga
15
Lucineide Aparecida Magalhães Fontana Pedagoga
Elaine Gomes dos Santos Pedagoga
9. ESTRUTURA FÍSICA
O Colégio Shirley Catarina Tamalu Machado, possui uma estrutura física muito boa,
podendo comportar 1500 a 2000 mil alunos divido nos três turnos.
Para tanto o colégio contém:
01 refeitório
01 sala para informática com 20 computadores
01 biblioteca em fase de implantação
01 sala da supervisão
01 sala da orientação
01 sala da direção
01 secretaria
01 sala dos professores
01 almoxarifado
16 salas de aula que comportam no máximo 40 alunos
01 cozinha
07 banheiros
01 despensa para produtos de limpeza
01 despensa para alimentos
01 laboratório de química em implantação
01 sala de uso múltiplo
01 pátio amplo
01 quadra de esportes coberta
16
01 casa para caseiro
01 bosque
10. MARCO CONCEITUAL
O ser humano é dotado de consciência e intencionalidade em seus atos.
Evidentemente sabemos que boa parte de nossos atos tem motivos inconscientes,
determinados por experiências, princípios e sentimentos. Mas só os seres humanos
podem acionar conscientemente suas capacidades físicas e mentais para conhecer e agir
sobre seu ambiente físico e social. A intenção é a mola mestra dos comportamentos
caracteristicamente humanos. Toda produção cultural de uma sociedade decorre desta
capacidade.
Eleger a cidadania como eixo da educação escolar, implica colocar-se
explicitamente contra valores e praticas sociais que desrespeitam os princípios,
comprometendo-se com as perspectivas e decisões que os favoreçam. Isso se refere a
valores e conhecimentos que permitem que devolva as capacidades necessárias para a
participação social efetiva. Vigostki, citado por bck (1999) afirma: “Aprender sempre incluí
relação entre as pessoas. A relação do indivíduo com o mundo esta sempre mediada pelo outro. Não há
como aprender e aprender o mundo senão tivermos o outro, aquele que nos fornece os significados que
permitem pensar o mundo à nossa volta “. (pág 124)
A questão do conhecimento é vital para o exercício da cidadania. O papel da escola
contribui para a qualificação da cidadania, que vai alem da reivindicação da igualdade formal, para exercer
de forma responsável a defesa dos seus interesses. A aquisição de conhecimentos, a compreensão de
idéias e valores e a formação de habito de convivência num ambiente plural, como afirma Vigoski: As
atividades desenvolvem conceitos aprendidos na educação escolar introduzem novos
modos de poeração intelectual, como consequencia na medida em que o sujeito expande
seus conhecimentos modifica sua relação cognitualmente com o mundo (1996 p 104).
São entendidas como condições para que essa forma de exercício da cidadania contribua
para tornar as sociedades mais justas, solidárias e integradas.
As novas exigências do processo produtivo remetem para escola a
responsabilidade de propiciar um sólido domínio dos códigos instrumentais da linguagem,
e com esta estrutura torna-se necessária à inclusão de uma grande diversidade de
conteúdos, propiciando mais que o domínio de informações específica, formando
17
habilidades cognitivas tais como: compreensão, pensamento analítico e abstrato,
flexibilidade de raciocínio para entender situações novas e solucionar os problemas.
Além disso, a formação de competências sociais, como liderança, iniciativa,
capacidade de tomar decisões, autonomia no trabalho, habilidade de comunicação,
constituem novos desafios educacionais. Em contraposição ao acumulo de informações
segmentadas e superficiais, torna-se mais importante dominar em profundidade a base e
as formas de acesso à informação, desenvolvendo a capacidade de reunir e organizar
aquelas que são relevantes.
Em virtude das caracteristicas que a sociedade vem adquirindo pela dissiminação
de tecnologias sofisticadas de comunicação e informação, se torna indispensavel reforcar
e dar tratamento adequado ao conteúdos basícos focalizando o núcleo de todo o
processo educativo, o ensino – aprendizagem, sugerindo medidas concretas para aferir-
lhe eficiência. Assim, resgatando para as escolas a função de ensino. A mudança é
importante na medida em que, com agravamento da crise econômica, o ensino diluiu em
ações e programas assistenciais ou ideológicos, que invadiram o ambiente escolar, numa
tentativa de atribuir à escola um papel muito acima de sua possibilidades como redimir a
pobreza ou impulsionar mudanças estruturais. Em suma, dar prioridade aos códigos
básicos, centrar a atenção na aprendizagem, preocupando-se com a melhoria qualitativa.
Ao lado de conhecimentos e fatos e situações marcantes da realidade brasileira, de
informações e praticas que lhe possibilitem participar ativa e construtivamente dessa
sociedade, os objetivos da escola apontam a necessidade de que os alunos se tornem
capazes de eleger critérios de ação, uma tomada de posição diante de problemas
fundamentais e urgentes da vida social, o que requer uma reflexão sobre o ensino e a
aprendizagem de seus conteúdos: valores, procedimentos e concepções a eles
relacionados.
A qualidade de ensino que a escola deseja alcançar implica no papel que a
educação deseja ocupar, junto com as políticas de ciência e tecnologia, sendo de extrema
importância à qualificação de recursos humanos requeridos pelo novo padrão de
desenvolvimento, no qual a produtividade e a qualidade são decisivas para o êxito da
nova proposta de aprendizagem. Ainda que, por si só, a educação não assegure a justiça
social, nem a erradicação da violência, o respeito ao meio ambiente, o fim das
discriminações sociais e outros objetivos humanistas que hoje se colocam para as
sociedades, ela é parte indispensável do esforço para tornar as sociedades mais
igualitárias, solidárias e integradas.
18
O conhecimento, a informação e uma visão mais ampla dos valores, são a base
para uma cidadania em sociedades plurais e cada vez mais complexas, envolvendo
permanentemente negociação dos conflitos para estabelecer consensos.
O Colégio Shirley Catarina Tamalu Machado tem como principio norteador à defesa
intransigente da Escola Pública, direito do cidadão e dever do Estado.
Formar o ser humano pleno, o sujeito o cidadão consciente e atuante deverá ser a
principal tarefa da escola. A vida é um grande aprendizado, na escola aprendemos a
viver. Se efetivamente aspiramos uma sociedade justa, igualitária e democrática
necessariamente devemos exercitar estes princípios no cotidiano da escola.
A escola deve ser o local por excelência do aprendizado da convivência humana,
portanto sua gestão tem que ser democrática. E estabelecer entre sujeitos relações de
horizontalidade, de igualdade. A gestão democrática da escola se expressa na pratica de
seus princípios: acesso, permanência, capacitação continuada aos educadores e
qualidade de ensino-aprendizagem.
Para garantir a permanência o colégio mantém seus responsáveis informados das
faltas excessivas dos alunos através de telefone, convocação por escrito e também faz
uso do Projeto FICA sendo auxiliado pelo conselho tutelar quando as medidas escolares
não conseguem resultados satisfatórios.
Considerando que a escola é espaço de ensino aprendizagem e que esta se da a
partir da relação entre sujeitos, mediada pelo conhecimento, a definição dos papeis dos
diferentes sujeitos expressam a concepção educativa ali existente.
O diretor dentro de uma gestão democrática, supervisionada todo o funcionamento
da escola, compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,
acompanhamento e avaliação das esferas administrativas e pedagógicas, envolvendo
toda a comunidade escolar e garantido o alcance dos objetivos educacionais do
estabelecimento de ensino, definidos no Projeto Político-Pedagógico.
O Vice–Diretor é responsável pelo comando e assessoramento das atividades
administrativas e pedagógicas, no seu turno de atendimento no estabelecimento de
ensino, zelando pela manutenção e um bom nível de organização que permita o controle
imediato de ocorrências e apoiando a equipe pedagógica em suas iniciativas.
A função do pedagogo é o trabalho pedagógico, compreendido como ato educativo
coletivo. Ele deve agir, intervir, lançar desafios que contribuam para a construção de
novos conhecimentos e praticas pedagógicas que garantam a escola pública, democrática
e de qualidade. Cabem ao pedagogo fomentar a organização dos espaços na escola para
19
os debates e para organizar os trabalhos pedagógicos, definidos em conjunto horários,
metodologias, reuniões por área, questões disciplinares, avaliação e relação com a
comunidade.
O Professor tem um papel fundamental na formação de meninos e meninas, pois
ser professor não é ser mero transmissor de informações, é garantir que o aluno aprenda,
favorecendo as condições para a afetiva aprendizagem por parte dos alunos, garantindo o
processo ensino aprendizagem.
A organização administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de
todos os setores do estabelecimento de ensino. Os Agentes Educacionais ll tem como
função fazer a matricula de aluno novo, fornecer transferência, atualizar dados, arquivar
documentos e atender a direção quando for solicitado para realização de outros trabalhos
referente ao estabelecimento de ensino.
Compete ao Secretário coordenar e supervisionar as atividades administrativas
distribui tarefas decorrentes dos encargos do secretário aos seus auxiliares. O secretário
é indicado pela direção e autorizado pela SEED. Os Agentes Educacionais l, tem em seu
encargo o serviço de manutenção, preservação e limpeza do Estabelecimento de Ensino.
A Merendeira tem como função preparar e servir a merenda escolar, controlando
quantitativa e qualitativamente. Zelar pelo local de armanezamento e preparo dos
alimentos.
Pensando em um prática transformadora a escola pretende junto a comunidade
escolar por em prática alguns projetos que venham unir a escola e comunidade. Do ponto
de vista social e pedagógico estes projetos vão oportunizar alguns integrantes da
comunidade a ter um desenvolvimento econômico informal ao mesmo tempo uma
participação ativa dentro do âmbito escolar.
São ações dos professores no sentido de organizar atividades de ensino, a fim de
que os alunos possam atingir os objetivos em relação a um conteúdo especifico, ou seja
os métodos na proporção que são utilizados para a transmissão e assimilação de
determinada matéria, atuam na seleção de objetivos. (Libano,1994 cap 07)
11 - METODOLOGIA GERAL DO COLÉGIO
20
A metodologia de ensino do Colégio Shirley permite ampliar a visão de mundo do
educando levando-se em conta o momento político e histórico econômico e social em que
esta inserido. A prática educativa é um fenômeno social e universal sendo uma atividade
humana, necessária a existência e funcionamento de toda sociedade.
É necessário preparar o educando para a participação ativa e transformadora nas
diversas instancias da vida social. Esta abordagem metodológica encontra sua referência
na pedagogia histórico-crítica, estando centrada no principio de igualdade entre os seres
em termos reais e não formais. Assim os conteúdos devem oportunizar uma visão
ampliada dos conhecimentos a serem aprendidos pelo aluno.
A metodologia utiliza estratégia de ensino onde através da prática social o aluno
será preparado, ao obter o contato inicial com o tema a ser estudado. Partindo desta
prática ocorrerá a problematização levando os alunos a um desafio em busca do
conhecimento.
A prática social que, através da instrumentalização coloca o aluno em contato com
o conhecimento sistematizado historicamente construído, adaptando instrumentos
teóricos e práticas necessárias a cada fase de desenvolvimento, chegando a catarse,
demonstrando sua compreensão de forma oral ou por escrito expressando sua nova
maneira de ver o conteúdo e a prática social.
Tendo como ponto de chegada do processo pedagógico o retorno à prática social
evidencia-se a modificação intelectual e atitudinal do indivíduo.
12 . CURRÍCULO
Para Paulo Freire “o exercício de pensar o tempo todo, de pensar a técnica, de pensar o
conhecimento enquanto se conhece de pensar o que das coisas, o quê, como, o em favor de quê, de quem,
contra quem, o contra quê,contra quem são exigências fundamentais de uma nova educação democratica à
cultura dos desafios do novo tempo”. (2000, p.102)
Atualmente existem três idéias de conceitos de currículos que estão presentes na
escola: o currículo formal que se desdobra em planos e propostas pedagógicas; currículo
em ação, aquilo que se efetiva em sala de aula no dia a dia; e o currículo oculto, o não
21
dito, aquilo que tanto alunos quantos professores trazem, carregados de sentido próprio
que se refletem em forma relacionamento, poder e convivência em sala de aula.
O currículo este organizado nos princípios éticos, políticos e estéticos que
fundamentam a articulação entre as áreas de conhecimentos e aspectos da vida cidadã.
Estão presentes nos currículos os conjuntos de conteúdos mínimos nas áreas de
conhecimentos correspondentes a base nacional comum e são de caráter obrigatório e
devem preponderar sobre a parte diversificada. Esses conhecimentos devem estar
articulados aos aspectos da vida do cidadão. Deverá haver uma articulação entre o modo
de fazer a inter-relação tendo em vista a autonomia que é de responsabilidade de cada
estabelecimento de ensino, com a parte diversificada que envolve os conteúdos
complementares que a comunidade escolar julga como essencial e estritamente
relacionados às características regionais e locais onde a escola estiver inserida.
Faz-se necessário, ter clareza quanto aos conteúdos mínimos necessários em
cada área de conhecimento, os mesmos devem conter noções e conceitos essenciais
sobre fenômenos, processos e operações que contribuem para a constituição do
conhecimento, valores e práticas sociais.
A base nacional comum é contemplada em sua integridade complementada e
enriquecida pela parte diversificada. Quando existe a contextualização do ensino leva-se
em conta a identidade da escola, dos alunos dos professores e outros profissionais que
nela trabalham. É no espaço escolar e nas relações estabelecidas que se constrói a
cidadania. Para que esta se desenvolva é necessária oportuniza-la a todos.
A base nacional comum oferece os conteúdos mínimos na área de conhecimento,
facilitando desta a organização, o desenvolvimento e a avaliação da proposta pedagógica
da escola como estabelecidas na LDB.
Desta forma a escola estará oportunizando o conhecimento dos direitos e deveres
quanto cidadão, para viver na sociedade. Essa articulação permitirá nos diferentes níveis
e modalidades de ensino, o pleno desenvolvimento dos alunos contribuindo na sua
formação indispensável para saber usufruir da liberdade de escolha, com
responsabilidade política para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
A seguir serão apresentadas as Matrizes Curriculares do Ensino Fundamental e
Ensino Médio - Lei nº 9394/96.
22
13. ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS
SEMESTRAIS
NRE: Área Matropolitana SulMunicípio: 2570 - São José dos Pinhais Estabelecimento: 02241 - C. E. SHIRLEY C. T. MACHADO - EFMEntidade Mantedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCurso: 4000 – Ensino Médio – turno - MANHÃ
Ano de Implantação : 2011
1ª SÉRIE
BLOCO 1 H.A BLOCO 2 H.A
BIOLOGIA 4 ARTE 4
ED. FÍSICA 4 FÍSICA 4
FILOSOFIA 3 GEOGRAFIA 4
HISTÓRIA 4 MATEMATICA 6
L.E.M./ INGLÊS 4 SOCIOLOGIA 3
LING. PORTUGUESA 6 QUÍMICA 4
TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25
2ª SÉRIE
BLOCO 1 H.A BLOCO 2 H.A
BIOLOGIA 4 ARTE 4
ED. FÍSICA 4 FÍSICA 4
FILOSOFIA 3 GEOGRAFIA 4
HISTÓRIA 4 MATEMATICA 6
L.E.M./ INGLÊS 4 SOCIOLOGIA 3
LÍNG. PORTUGUESA 6 QUÍMICA 4
TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25
3ª SÉRIE
BLOCO 1 H.A BLOCO 2 H.A
BIOLOGIA 4 ARTE 4
ED. FÍSICA 4 FÍSICA 4
FILOSOFIA 3 GEOGRAFIA 4
HISTÓRIA 4 MATEMATICA 6
L.E.M./ INGLÊS 4 SOCIOLOGIA 3
LING. PORTUGUESA 6 QUÍMICA 4
TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25
23
NRE: Área Matropolitana SulMunicípio: 2570 - São José dos Pinhais Estabelecimento: 02241 - C. E. SHIRLEY C. T. MACHADO - EFMEntidade Mantedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCurso: 4000 – Ensino Médio – turno - NOITE
Ano de Implantação : 2011
1ª SÉRIE
BLOCO 1 H.A BLOCO 2 H.A
BIOLOGIA 4 ARTE 4
ED. FÍSICA 4 FÍSICA 4
FILOSOFIA 3 GEOGRAFIA 4
HISTÓRIA 4 MATEMÁTICA 6
L.E.M./ INGLÊS 4 SOCIOLOGIA 3
LING. PORTUGUESA 6 QUÍMICA 4
TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25
2ª SÉRIE
BLOCO 1 H.A BLOCO 2 H.A
BIOLOGIA 4 ARTE 4
ED. FÍSICA 4 FÍSICA 4
FILOSOFIA 3 GEOGRAFIA 4
HISTÓRIA 4 MATEMÁTICA 6
L.E.M./ INGLÊS 4 SOCIOLOGIA 3
LÍNG. PORTUGUESA 6 QUÍMICA 4
TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25
3ª SÉRIE
BLOCO 1 H.A BLOCO 2 H.A
BIOLOGIA 4 ARTE 4
ED FISICA 4 FISICA 4
FILOSOFIA 3 GEOGRAFIA 4
HISTÓRIA 4 MATEMATICA 6
LEM/ INGLÊS 4 SOCIOLOGIA 3
LING PORTUGUESA 6 QUÍMICA 4
TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25
24
MATRIZ CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL
NRE: AREA METROPOLITANA SULMUNICÍPIO – 2570- SÃO JOSÉ DOS PINHAISEST: 02241 - C.E. SHIRLEY C.T. MACHADO – E.F.MENT. MANTENEDORA: GOVERNO ESTADO DO PARANÁCURSO:4000. ENSINO FUNDAMENTAL – 40 SEMANAS TURNO : MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTÂNEA - MODULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
5ª série 6ª série 7ª série 8ª sérieARTES 2 2 2 2CIÊNCIAS 3 3 3 4ED. FÍSICA 3 3 3 3ENS. RELIGIOSO* 1 1 0 0GEOGRAFIA 3 3 3 3HISTÓRIA 3 3 4 3LÍN. PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4SUB-TOTAL 22 22 23 23
PARTE
DIVERSIFICADA
L.E.M. INGLÊS 2 2 2 2SUB-TOTAL 2 2 2 2TOTAL GERAL 24 24 25 25
Nota: matriz curricular de acordo com a ldb nº 9394/96.
Ensino Religioso não computado na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.
MATRIZ CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTALNRE: AREA METROPOLITANA SULMUNICÍPIO: 2570- SÃO JOSÉ DOS PINHAISEST: 02241 - C.E. SHIRLEY C.T. MACHADO – E.F.MENT. MANTENEDORA: GOVERNO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4000. ENSINO FUNDAMENTAL – 40 SEMANAS TURNO : TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTÂNEA - MODULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
5ª série 6ª série 7ªsérie 8ª sérieARTES 2 2 2 2CIÊNCIAS 3 3 3 4ED. FÍSICA 3 3 3 3ENS. RELIGIOSO* 1 1 0 0GEOGRAFIA 3 3 3 3HISTÓRIA 3 3 4 3LÍNG. PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4
25
SUB-TOTAL 22 22 23 23
PARTE
DIVERSIFICADA
L.E.M. INGLÊS 2 2 2 2SUB-TOTAL 2 2 2 2TOTAL GERAL 24 24 25 25
Nota: matriz curricular de acordo com a ldb nº 9394/96.
Ensino Religioso não computado na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.
14. MARCO OPERACIONAL
A organização do trabalho escolar, conforme lei de Diretrizes e Bases para a
educação (LDB) em seu artigo 3º, inciso VIII, deve estar fundamentada na gestão
democrática. Esta fundamentação surge como principio norteador da administração
escolar e do trabalho pedagógico consistindo na democratização da escola.
Discute-se, freqüentemente, o que seja essa democratização, qual a sua natureza, o
seu alcance, quais os caminhos para que a escola possa ser efetivamente democratizada.
O trabalho pedagógico ou a organização do trabalho pedagógico está fundamentado na
relação entre a educação e sociedade.
Com relação à participação da comunidade na gestão escolar, compreende-se que
a escola deve prover os meios de articulação junto aos pais e a comunidade escolar. O
aspecto fundamental a ser considerado nesse processo, é o fato de garantir a
participação da comunidade não apenas como um direito de controle democrático sobre
os serviços do Estado, mas também com uma dimensão histórica do próprio trabalho
pedagógico que é desenvolvido na escola.
Dentro de um cronograma de atividades estabelecido pelo calendário escolar, o
Colégio Shirley C. T. Machado, juntamente com a sua equipe de professores, procura
oferecer oportunidadeS e atividades que proporcionem a maior integração do aluno e a
comunidade, ampliando sua visão de mundo, compreendendo e estabelecendo relações
sociais dos conteúdos com a prática.
Uma das vivências acontece durante a Semana Cultural, realizada no 2º semestre
do ano letivo, que consiste na realização de oficinas e exposição dos trabalhos realizados
26
pelos alunos.
Também pratica a festa julina para a confraternização dos alunos, sem fins
lucrativos, com o objetivo de reviver o folclore brasileiro, resgatando as danças, lendas,
mitos e gastronomia.
Ao final do ano letivo, ocorre a a integração da família, alunos, professores e
funcionários sendo um dia para cada turno com atividades recreativas dirigidas.
Durante o ano letivo são oportunizadas visitas a locais que estejam relacionados
com os conteúdos trabalhos nas disciplinas que venham a enriquecer o processo de
ensino–aprendizagem.
Os professores da disciplina da Língua Portuguesa e Artes estão desenvolvendo
projetos de oficina para os alunos criarem e desenvolverem histórias em quadrinhos. O
conteúdo que será trabalhado é o da história e diversidade estética e cultural das histórias
em quadrinhos pelo mundo.
Técnicas artísticas, métodos editoriais e dicas profissionais serão abordadas na
oficina. O material solicitado ao aluno será: folha sulfite, lápis em cores, borracha, régua e
grafite.
O grupo Atitude, em parceria com a escola estão desenvolvendo atividades que vem
de encontro com os interesses dos alunos como dança, grafitagem, teatro e desenho.
Para a realização dos projetos descritos acima a escola utiliza os recursos próprios
adquiridos através da APMF, fundo rotativo e incentivo da comunidade do bairro.
A utilização e organização dos espaços educativos para palestras e sessões de filme
são realizadas mediante agendamento antecipados com a equipe pedagógica.
Eventualmente são realizadas sessões de teatros e palestras com temas envolvendo
sexualidade, violência e drogas. A disciplina de História no mês de Abril realiza uma
grande exposição do tunel do tempo abrangendo ; cultura, tecnologia da época.
A organização curricular se dá por disciplinas, respeitando a base nacional comum.
O Colégio oferece o inglês como Língua Estrangeira Moderna. Conforme a instrução nº
04/2005 – SEED, os estudos sobre o estado do Paraná ocorrem de forma interdisciplinar.
A base nacional comum no ensino médio e de 75% e parte diversificada é de 25%
que é composta por língua estrangeira moderna Inglês ofertadas duas aulas semanais no
1º, 2º e 3º anos.
27
Devido a mudanças que ocorrem na sociedade e dentro da escola, o P.P.P. estará
em avaliação contínua durante todo o ano letivo, pois é um documento passivo de
reestruturação. A sua avaliação é feita por todos os segmentos escolares representados
pelo Conselho Escolar.
14.1 AVALIAÇÃO
A avaliação como parte integrante do processo ensino-aprendizagem, auxilia nas
atitudes frente aos problemas identificados com relação as dificuldades de aprendizagem
com vista à tomada de decisões a respeito da comunidade escolar no processo
pedagógico.Para isso as práticas avaliativas terão diversos instrumentos tais como:
provas, trabalhos individuais e em equipes, pesquisas, observações diretas e outros.
Tendo em vista que a avaliação é um instrumento da prática pedagógica, esta deve
ser diagnóstica, contínua, permanente e cumulativa, com a finalidade de permitir que se
promova a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos de
ensino conforme a necessidade.
Dessa forma não só tem o papel de revelar para o professor em que medida a
apropriação do conhecimento esta se efetivando, mas também de subsidiar
continuamente à revisão do seu planejamento escolar, levando em conta o aluno
individualmente como também a ação pedagógica desenvolvida pelo professor.
14.2 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos conforme a Deliberação nº 007/99 - C.E.E, tem inerente
uma prática mediadora com a intenção de subsidiar, provocar e promover a evolução em
todas as áreas de seu desenvolvimento e não como repetição dos conteúdos. Nessa
concepção, os estudos de recuperação são direcionados, por que não se trata de repetir
explicações ou trabalhos mas, de organizar experiências educativa subsequentes que
desafiem o estudante a avançar em termos do conhecimento.Feita mediante a retomada
dos conteúdos, onde poderão ser utilizados vários instrumentos avaliativos, para levar
em consideração sempre o maior rendimento.
28
O Colégio Est. Shirley C. T. Machado – Ens. Fund. e Médio pretende, com esta
concepção, busca superar as formas de avaliação arbitrárias, autoritárias, que tem por
objetivo à classificação dos alunos em talentosos e incapazes.
14.3 PROMOÇÃO
O Colégio Shirley C. T. Machado, em sua proposta pedagógica e em seu Regimento
Escolar, visa eliminar gradualmente as distorções idade/série através da reclassificação
e os avanços progressivos, valorizando a frequência.
Segundo Parecer nº 05/97 – C.N.E, a insuficiência na aprendizagem pode ser
corrigida através da recuperação de estudos, as faltas não. A Lei fixa 75% de frequência
do total de horas letivas.
Para obter a aprovação, o aluno deverá ter no mínimo 75% de frequência e média
igual ou superior a 6,0 (seis virgula zero) Será considerado reprovado o aluno que
obtiver frequência mínima de 75% e média inferior a 6,0 (seis virgula zero). Conforme
deliberação 007/99 – C.E.E o aluno que obtiver média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula
zero) mas quem não alcançar os 75% de frequência será considerado reprovado.
Aos alunos egressos vindo no decorrer do ano letivo e amparado pela Lei, serão
acompanhadas nas disciplinas que apresentarem dificuldades e a Equipe Pedagógica
fará levantamento sobre os problemas que o aluno por ventura vier a ter e atuará junto
aos familiares, desta forma, a escola e a família definirão a melhor maneira de
acompanhar o desenvolvimento do aluno tanto no campo social como no processo de
ensino-aprendizagem.
O Projeto Político-Pedagógico no processo de sua construção, contou com a
participação da APMF em muitos de seus momentos para discutir e apresentar propostas
para melhorar a parte de material didático de apoio, para o trabalho dos professores, bem
como a realização de melhorias na sala de vídeo e biblioteca, aquisição de rádios, DVD e
outros.
O Conselho Escolar participou da construção do Projeto Político-Pedagógico,
convocando os pais para reuniões, fazendo reuniões com os alunos e professores.
Também participou através de encontros por disciplinas para a elaboração do Currículo,
29
na indicação de alunos para a sala de apoio e recursos, na elaboração do regulamento
interno.
O Projeto Político-Pedagógico, pode sofrer alteração ao longo de sua execução,
portanto conta com a ajuda dos colegiados que compõe a escola para fazerem mudanças
necessárias a qualquer tempo ou época. Isto porque a avaliação é contínua e ao ser
elaborado, alguns aspectos podem não ter sido contemplados como deviam, portanto
receberão a interferência para ajustá-lo às necessidades decorrentes.
14.4 LIVRO REGISTRO DE CLASSE
O livro de Registro de Classe é um documento oficial de registro de presenças e
faltas, conteúdos trabalhados e resultado de avaliações. Quanto ao seu preenchimento o
Colégio segue a instrução normativa nº 13/04/ SEED.
A instrução está em edital na sala dos professores e foi disponibilizada uma cópia
para cada professor. O controle de faltas dos professores e funcionários é feito através de
livro ponto atualizado mensalmente, nele contém os dados dos professores e as aulas
que os mesmos ministram.
14.5 PRÉ-CONSELHO
O pré-conselho constituído de pais, alunos, equipe pedagógica e professores,
têm a finalidade de discutir, diagnosticar os pontos positivos e insuficiente para que
sejam levados aos Conselho de Classe para que a escola num todo, tome iniciativas, para
solucionar os possíveis problemas.
14.6 CONSELHO DE CLASSE
Os conselhos de classe são realizados trimestral e tem como finalidade à
verificação dos rendimentos dos alunos, das práticas pedagógicas e definir metodologias
30
e recursos a ser aplicado no atendimento ao aluno ou turma cujo aproveitamento foi
considerado insuficiente pelo conselho de classe.
Os conselhos de classe são realizados com a presença dos professores da turma e
acompanhado pela equipe pedagógica e direção que tem em mãos a ficha individual do
alunos e do pré-conselho. Esta ficha contém dados sobre o rendimento escolar do aluno,
problemas disciplinares e acompanhamento dos pais.
Em todos os conselhos são feitas atas dos mesmos em livro próprio.
14.7 HORA ATIVIDADE
O Colégio tem sua hora atividade organizada por professor e não por disciplina, isto
de certa forma dificulta o trabalho pedagógico junto aos professores, pretendemos para
2009, organizar a hora atividade por disciplina, para que a equipe pedagógica possa
trabalhar textos de apoio que irão auxiliar o trabalho em sala de aula e para que entre os
professores possam ocorrer a trocar experiências.
14.8 DA COMUNIDADE
A participação da comunidade está sendo trabalhada para que haja maior
envolvolvimento dos pais. O atendimento ocorre em qualquer dia e horário de
expediente.
Temos a participação da comunidade na APMF e esta sempre prestativa e em dia
com as suas responsabilidades junto ao colégio e a SEED.
O Conselho Escolar é formado pelos representantes de cada segmento escolar.
O Colégio ainda não tem grêmio estudantil, mas esta se organizando em prol de
sua criação. Para a avaliação de todo o trabalho pedagógico e do desempenho dos
profissionais de educação serão enviados aos pais questionários.
31
14.9 PROJETOS
O Colégio através do Projeto ATITUDE, com alunos bolsistas, oferece aulas de
dança, desenho, grafite e teatro, em contra turno.
O Plano de Ação da escola envolve direção, equipe pedagógica, professores, alunos,
comunidade, administrativo e agentes de apoio.
O projeto SEMANA CULTURAL, visa justamente proporcionar na escola momento
de, participação da comunidade escolar nas exposições dos trabalhos realizados durante
o ano letivo.
A Sala de Recursos esta sendo implantada. A escola esta tomando as providências
necessárias para sua legalização, visto que temos em torno de 10 aluno que necessitam
dessa assistência.
A Sala de Apoio visa atender o aluno de 5ª em suas deficiências nas disciplinas de
Matemática e Língua Portuguesa.
O projeto ESCOLA E FAMÍLIA DE MÃOS DADAS, visa juntar alunos, professores,
direção, equipe pedagógica, pais, e/ou responsável para ficarem um dia todos juntos,
participando de atividades pedagogicamente programadas pela escola como
competições, gincana, recreativas, entre outras.
32
15. APRESENTAÇÃO DAS DISCIPLINAS
16.DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
16.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Pode-se considerar a ciência sobre duas concepções: uma dogmática, neutra,
infalível, pronta e acabada, a histórica e que não admite criticas, a outra como processo
de construção humana, que convive com a duvida, é falível e intencional e utiliza-se de
métodos numa constante busca por explicações dos fenômenos naturais: físico, químicos,
biológicos, geológicos, dentre outros.
Além disso, nessa concepção a ciência é considerada a partir da influência de
fatores sociais, econômicas e políticas e vinculada as relações de poder existentes na
sociedade. Além de selecionados e adequados, os conteúdos devem ser trabalhados com
os diferentes métodos ativos que motivem e despertem os interesses dos alunos por tais
conteúdos.
Os avanços tecnológicos, principalmente na área de Ciências, foram notáveis nos
últimos tempos. Hoje Ciência e tecnologia se associam amplamente, modificando cada
vez mais o mundo e o próprio ser humano.
A ciência moderna amplia a sua relação com a tecnologia, mostrando o sucesso
dessa parceria através dos resultados de produções coletivas, cujo objetivo é sempre
buscar a melhor qualidade de vida para o cidadão.
Neste aspecto, o ensino de ciências tem muito a oferecer aos nossos educandos,
como o conhecimento científico renova-se a cada dia, cabe ao professor tratar somente
os assuntos mais relevantes e fundamentais para o desenvolvimento do aluno,
capacitando-o a continuar o seu processo de aprendizagem em qualquer área do saber,
de forma crítica, independe e capaz de gerenciar problemas.
33
16.2 OBJETIVOS
Os objetivos de Ciências Naturais no ensino fundamental são concebidos para que
o aluno desenvolva competências que lhe permitam compreender o mundo e atuar como
indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica.
Esses objetivos de área são coerentes com os objetivos gerais estabelecidos nas
Diretrizes Curriculares de Ciências do Paraná.
O ensino de Ciências se organiza de forma que, ao final do ensino fundamental, os
alunos tenham as seguintes capacidades:
• compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte
integrante e agente de transformações do mundo em que vive;
• identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e
condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica;
• formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de
elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e
atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
• saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
• saber combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc., para coleta,
organização, comunicação e discussão de fatos e informações;
• compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela
ação coletiva;
• compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,
distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da
natureza e ao homem.
16.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
5ª série
• Astronomia
34
• Matéria
• Sistemas Biológicos
• Energia
• Biodiversidade.
6ª série
• Noções de astronomia:
• Universo
• Corpos celestes
• Galaxias
• Sistema Solar
• Movimentos terrestres
• Movimentos Celestes
• Constituição da matéria:
• Constituição do ar
• Constituição da água
• Constituição do solo
• Níveis de organização
• Estados físicos da água
• Seres vivos
• Ecosssistemas
• Cadeias e teias alimentares
• Noções de interações entre os seres vivos
• Principais doenças pelo ar, água e terra: profilaxia e tratamento.
• Transmissão de energia:
• Cadeias e teias alimentares
• Energia solar
• Energia eólica
7ª SÉRIE:
• Astronomia
35
• Matéria
• Sistemas biológicos
• Energia
• Biodiversidade
8ª série
• Astronomia
• Matéria
• Sistemas biológicos
• Energia
• Biodiversidade
16.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª série
• Universo
• Sistema solar
• Movimentos terrestres
• Movimentos celestes
• Constituição da Matéria
• Niveis de organização
• Formas de Energia
• Conversão de Energia
• Transmissão de Energia
• Organização dos seres vivos
• Ecossistemas
• Evolução dos seres vivos
6ª série
• Teorias sobre a origem da vida
• Constituição da matéria
• Composição química da terra primitiva
36
• Reação bioquímica (fotossíntese e respiração celular)
• Célula
• Morfologia e fisiologia
• Teoria celular
• Classificação dos seres vivos
• Os vírus
• Os reinos: monera, proctista, fungo, plantae, animalia
• O sol e a energia
• O calor e os seres vivos
• Estratégias dos seres vivos no ambiente
• Luz e os seres vivos
• População
• Relações ecológicas
• Aulas expositivas
• Uso da TV pendrive
• Uso do laboratório de informática
• Aulas práticas
• História da ciência
• Livros didáticos
• Revistas científicas
• Globos
• Debates
• Pesquisas
• Revistas científicas
• Quadro de giz
• Gráficos
• TV multimídia
• Seminários
• Textos
• Atividade em grupo
37
7ª série
• Origem e evolução do Universo
• Constituição da matéria
• Composição química celular
• Célula
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
• Sistemas do corpo humano (morfologia e fisiologia)
• Doenças dos sistemas do corpo humano
• Drogas
• Noções de genética
• Nutrição
• Evolução biológica
• Seleção e adaptação
• Genética (variabilidade)
8ª série
• Eclipses
• Gravitação e Propriedades da matéria; estados físicos da matéria; substâncias;
soluções; misturas; ligações químicas; reações químicas; funções inorgânicas e
orgânicas.
• Sistema de locomoção
• Formas de energia: calor, ondas (som e luz); eletricidade; magnetismo
• Conservação de energia
• Transformação e transferência de energia
• Energia das reações químicas
• Compostos orgânicos e o meio ambiente
16.5 METODOLOGIA
Para o ensino de Ciências é proposto uma prática pedagógica que leve à integração
dos conceitos científicos e valorizando o pluralismo metodológico. Para isso é necessário
38
superar práticas pedagógicas centradas num único método e baseadas em aulas de
laboratório (KRASILCHIK, 1987) que visam tão somente à comprovação de teorias e leis
apresentadas previamente aos estudantes.
Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o professor
deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o
trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político-Pedagógico da escola; os
interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida; a análise crítica dos
livros didáticos e paradidáticos da área de Ciências; e informações atualizadas sobre os
avanços da produção científica.
Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos
em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de
conhecimento físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora.
Tais conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática estabelecida pelo
professor de Ciências, que pode fazer uso de estratégias que procurem estabelecer
relações interdisciplinares e contextuais, envolvendo desta forma, conceitos de outras
disciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas.
O professor de Ciências, responsável pela mediação entre o conhecimento científico
escolar representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas dos
estudantes, deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos
diversos, planejados com antecedência, para assegurar a interatividade no processo
ensino-aprendizagem e a construção de conceitos de forma significativa.
16.6 AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos
científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve ser contínua e
cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Uma possibilidade de valorizar aspectos qualitativos no processo avaliativo seria
considerar o que Hoffmann (1991) conceitua como avaliação mediadora em oposição a
um processo classificatório, sentencioso, com base no modelo “transmitir-verificar-
registrar”.
Assim, a avaliação como prática pedagógica que compõe a mediação didática
39
realizada pelo professor é entendida como “ação, movimento, provocação, na tentativa
de reciprocidade intelectual entre os elementos da ação educativa. Professor e aluno
buscando coordenar seus pontos de vista, trocando ideias, reorganizando-as.”
(HOFFMANN, 1991, p.67). A ação avaliativa é importante no processo ensino-
aprendizagem, pois pode propiciar um momento de interação e construção de significados
no qual o estudante aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa
refletir e planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo
consolidado da avaliação tão somente classificatória e excludente. Será preciso respeitar
o estudante como um ser humano inserido no contexto das relações que permeiam a
construção do conhecimento científico escolar.
Desse modo, a considerar o modelo ensino-aprendizagem proposto nestas diretrizes,
a avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante, construídos no
cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que
envolvem recursos pedagógicos e instrucionais diversos.
É fundamental que se valorize, também, o que se chama de “erro”, de modo a retomar
a compreensão.
Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-
aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos
científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem
realmente significativa para sua vida.
16.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ANDERY, M. A.; MICHELETTO, N.; SERIO, T. M. P. Para compreender a
ciência: uma perspectiva histórica. Espaço e Tempo; São Paulo: EDUC, 2004.
• AUSUBEL, D.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia educacional. Rio de
Janeiro: Interamericana, 1980.
• BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma
psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.
• BARRA, V. M.; LORENZ, K. M. Produção de materiais didáticos de Ciências no
Brasil, período: 1950 a 1980. Revista Ciência e Cultura. Campinas, v.38, n.12, p.
40
1970-1983, dezembro, 1986.
• BARROS FILHO, J.; SILVA, D. da. Algumas reflexões sobre a avaliação dos
estudantes no ensino de Ciências. Ciência & Ensino, n.9, p. 14-17, dez. 2000.
• BASTOS, F. História da ciência e pesquisa em ensino de ciências: breves
considerações. In: NARDI, R. Questões atuais no ensino de Ciências. São
Paulo: Escrituras, 1998. p. 43-52.
17. DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
17.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Ensino Religioso há muito tempo participa dos currículos escolares no
Brasil e, em cada período histórico, assumiu diferentes caracterísiticas legais e
pedagógicas.
Antes de iniciar as discussões teóricas a respeito desta disciplina serão presentadas
transcrições de documentos oficiais que explicitam a maneira como o ensino religioso era
entendido e ministrado nesses diversos momentos da história do nosso país.
ORIENTAÇÃO CATEQUÉTICA E CATÓLICA: “Finalidade - O fim especial do Professor,
tanto nas aulas quando se oferecer a ocasião, com fora delas, será mover os seus
ouvintes ao serviço e ao amor de Deus e ao exercício das virtudes que lhe são
agradáveis, e alcançar que paraeste objetivo orientem todos os seus estudos.” (Ratio
Studiorum - Organização e Plano de Estudos da Companhia)
PERÍODO IMPERIAL (1824-1891) Orientação Catequética e Católica: “Art. 5. A Religião
Catholica Apostólica Romana continuará a ser a Religião do Império. Todas as outras
Religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isso
destinadas, sem forma alguma exterior do Templo.” (Constituição Política do Império do
Brasil de 25 de março de 1824)
PERÍODO REPUBLICANO (1891-1930) Orientação Leiga da Educação em Geral:
41
“Art. 72 - §3º - Todos os indivíduos e confissões religiosas podem exercer pública e
livremente o seu culto, associando-se para esse fim e adquirindo bens, observadas as
disposições do direito comum.
ERA VARGAS E REP. NOVA (1930-1967) Orientação Catequética “Multiconfessional”:
“Art 153 - O ensino religioso será de freqüência facultativa e ministrado de acordo com os
princípios da confissão religiosa do aluno manifestada pelos pais ou responsáveis e
constituirá matéria dos horários nas escolas públicas primárias, secundárias, profissionais
e normais.” (Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 16 de julho de 1934)
PERÍODO MILITAR E DA REDEMOCRATIZAÇÃO (1967-1996/97) Orientação Laica ou
Confessional?: “Art 168 § 3º IV - o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá
disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau fundamental e médio.”
(Constituição da República Federativa do Brasil de 24 de janeiro de 1967)
PERÍODO DA REDEMOCRATIZAÇÃO (1996/97) Orientação Aconfessional: “Art. 33. O
ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do
cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino
fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas
quaisquer formas de proselitismo.”(Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 e Lei
nº 9475/97)
17.2 OBJETIVOS
“... O Ensino Religioso busca propiciar oportunidade de identificação, de
entendimento, de conhecimento e de aprendizagem em relação às diferentes
manifestações religiosas presentes na sociedade, de modo que tenham a amplitude da
própria cultura em que se insere.
Essa compreensão deve faorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas
relações éticas e sociais, e fomentar medidas de repúdio a toda e qualquer forma de
preconceito ediscriminação ...”(Diretrizes Curriculares Estaduais – Paraná, 2006, p. 21)
42
17.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• A paisagem religiosa;
• Universo símbólico Religioso;
• Texto sagrado.
17.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª Série
• O Ensino Religioso na Escola Pública
• Lugares sagrados
• Textos sagrados orais e escritos
• Organizações religiosas
• Símbolos Religiosos
6 Série
• Temporalidade Sagrada
• Ritos
• Festas religiosas
• Vida e morte
17.5 METODOLOGIA
O professor ao trabalhar o ensino religioso na Escola Pública deverá pautar-se
sobre a otica dos três conteúdos estruturantes: Paisagem religiosa, universo simbólico-
religioso, texto sagrado.
A linguagem ultilizada não pode ser religiosa e sim científica afim de superar as
tradicionais aulas de religião, os conteúdos do ensino religioso devem ser trabalhados
como diversidade cultural e sócio-político, e em momento algum poderá ser trabalhado de
forma proselitista ou com fins doutrinários
43
17.6 AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de Ensino Religioso não ocorre como na maioria das
disciplinas. O Ensino Religioso não constitui objeto de aprovação ou reprovação nem terá
registro de notas ou conceitos na documentação escolar, por seu caráter facultativo de
matrícula na disciplina.
A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em
diferentes situações de ensino e aprendizagem.
Eis algumas sugestões de observação por parte do professor: em que medida o
aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm opções
religiosas diferentes da sua.
17.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar,1997.
• CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.
• COSGROVE, D. A geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas
paisagens humanas.
• In: CORRÊA, R. L.; ROSENDAHl, Z. Paisagem, tempo e cultura. Rio de Janeiro:
Eduerj, 1998. p. 92-123.
• COSTELLA, D. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In:
JUNQUEIRA,S.; WAGNER, R. (Orgs.) O ensino religioso no Brasil. Curitiba:
Champagnat,2004.
• CUNHA, A. G. da. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa.
2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
• DURKHEIM, É. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: Edições Paulinas,
1989.
44
• LARAIA, R. de B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 1999.
• MARX, K. Contribuição à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel - Introdução.
In:. Manuscritos Econômico-filosóficos. Tradução de Artur Morão. Lisboa:
Edições 70, 1993.
18. DISCIPLINA DE FILOSOFIA
18.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Tendo em vista que a maior parte dos homens não reflete sobre o que lhes
apresenta, mesmo instruídos não compreendem, mesmo presentes são ausentes, vivem
na aparência. A filosofia busca resgatar e trazer à consciência para a vigília, despertando
o ser humano do sono da inconsciência. O homem se define pelo pensamento, no sentido
de que só o homem é capaz de pensar.
A introdução à filosofia no Ensino Médio pretende provocar o despertar da
consciência, ensinar a pensar filosoficamente, isto é, ensinar a exercer a crítica radical,
levando-o a pensar o todo, pois é na totalidade que as coisas mergulham suas raízes.
A inquietação do homem frente às perguntas, questionamentos para se alcançar a
plena liberdade perante os desafios lançados à humanidade pela etapa da globalização,
que acarreta profundas transformações, coloca para a filosofia novamente o desafio de
fundamentar, elaborar conceitos que permitam compreender criticamente o que acontece
à nossa volta e no mundo.
A filosofia parte da intenção de buscar o verdadeiro, o belo, o bom, afim de
fomentar a fertilidade em gerar novos saberes – tendo domínio dos conhecimentos
necessários ao exercício da cidadania.
Como princípio, “a filosofia deve auxiliar o aluno do Ensino Médio, a tornar temático
o que está implícito e questionar o que parece óbvio” ( PCNEM, 1999, P.93), fazendo a
razão desvendar a essência que está por trás da aparência.
A filosofia busca desenvolver no aluno um olhar analítico, investigativo,
45
questionador e reflexivo que possa contribuir para uma compreensão mais profunda da
realidade – visão de conjunto (totalidade).
O professor deve identificar com clareza a posição da classe; lidar com a
complexidade e pluralidade de discursos; reconhecer o trabalho social como esforço
necessário para a construção de vida compartilhada; reconhecer a injustiça e a
humanidade; reconhecer e desmascarar os comportamentos injustos e inautênticos.
Para tanto é necessário que se trabalhe com uma linha educacional sócio-
interacionista-construtivista. O homem como ser prático – ação, o homem como ser
teórico – preocupado com a busca da verdade e o ser humano como um ser criador .
18.2 OBJETIVOS
• Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos específicos da filosofia.
• Compreender as estruturas e configurações do pensamento filosófico, de sua
constituição histórica e dos sistemas de constituição.
• Articular as teorias filosóficas aos problemas atuais: científicos-tecnológicos, ético-
políticos, sócio-culturais e as vivências.
• Criar no aluno a prática da reflexão crítica, como processo cognitivo.
• Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico: apreensão e
construção de conceitos, argumentações e problematização.
• Desenvolver técnicas e métodos de leitura e análise de textos.
• Produzir textos analíticos e reflexivos.
• Adquirir e reconstruir conhecimentos e conceitos.
Por fim, a filosofia contribui para a formação de homens mais dignos, livres, sábios,
diferentes e iguais, capazes de adaptar-se, de recusar, de engajar-se e transformar
o mundo em que vive de forma justa e fraterna.
18.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Mito e filisofia
• Teoria do conhecimentos
• Ética
46
• Filosofia política
• Filosofia da ciência
• Estética
18.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• MITO E FILOSOFIA:
• A palavra filosofia
• O nascimento da filosofia
• A filosofia grega
• O mito e a filosofia
• O filosofar
• Atitudes filosóficas.
• TEORIA DO CONHECIMENTO:
• Questão do conhecimento
• Condições do conhecimento verdadeiro
• Sujeito e objeto: processo do conhecimento
• As possibilidades do conhecimento
• A capacidade humana de conhecer
• Ceticismo absoluto – tudo é ilusório e passageiro
• Ceticismo relativo: domínio do aparente e do provável
• Dogmatismo – a certeza da verdade
• Os fundamentos do conhecimento:
• Empirismo – valorização dos sentidos como fonte primordial
• Racionalismo – confiança no real e exclusiva na razão
• Realismo critico e materialismo – experiência do trabalho da razão
• Ideologias e a dominação social
• Alienação.
• ÉTICA:
47
• A busca do conhecimento do ser para construir aquilo que deve ser
• Consciência moral e liberdade
• Virtude: o uso da liberdade com responsabilidade
• Os valores morais – o relativismo moral e os defensores de uma ética objetiva
• Relativismo ético – a tolerância como virtude
• Ética objetiva
• As Política formas de poder (tipologia)
• O estado: a instituição e a sociedade
• Origem do estado
• Função do estado
• Relações entre sociedade civil e o estado
• Democracia – participação política da sociedade
• Ditadura – concentração de poder
• Filósofos que trataram da organização da sociedade – Aristóteles, Thomas
Hobbes, Rousseau, Marx...
• FILOSOFIA DA CIÊNCIA:
• A ciência e o filósofo
• A transitoriedade das teorias científicas
• A filosofia da ciência – o sentido e o valor das investigações
• O caminho da ciência – o reordenamento do mundo da razão científica
• As coisas, o tempo e lugar
• Classificação das ciências.
• ESTÉTICA:
• Estética e a filosofia da arte
• O conhecimento do belo
• O bem e o belo – estética na educação
• A arte e o encontro com a eternidade
• A arte e a sociedade
• O fascínio do eterno e do universal
48
18.5 METODOLOGIA
A metodologia da disciplina de filosofia busca sempre, a partir do próprio exemplo do
professor regente de classe, assumir uma postura eminentemente reflexiva e crítica dos
processos sociais e se caracterizará também pela ênfase na cobrança da expressão
escrita e oral, no sentido de instrumentalizar o aluno não só na reflexão, mas também na
capacidade facilidade de expressar suas opiniões e argumentos de forma equilibrada e
bem elaborada. Também existe uma grande preocupação em relação à qualidade da
argumentação, na capacidade de argüição e na autonomia, por parte do aluno, de colocar
e responder questões e problemas, bem como na capacidade de raciocínio em
contextualizar tais questões a partir de situações contemporâneas vividas pelo aluno, bem
como nas expostas pela mídia em geral.
“A própria da filosofia leva consigo o seu produto e não é possível fazer filosofia
sem filosofar, nem filosofar sem filosofia, porque a filosofia não é um sistema acabado
nem o filosofar apenas uma investigação dos princípios universais propostos pelos
filósofos”.
A problematização criada pelo aluno, deve ser mediada pelo professor, não como
solução, mas como meio investigativo possibilitando-o através de sua experiência, a
busca da compreensão, imaginação e criação de conceitos sólidos e claros.
O professor deve provocar no aluno, a curiosidade, na tentativa de ampliar seu
campo cognitivo, possibilitando-o a argumentar com atitude crítica, reflexiva e coerente o
seu pensamento.
“A aula de filosofia, deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por
isso, é importante que a busca da solução do problema se preocupe também com uma
análise atual, fazendo uma abordagem contemporânea que remete o aluno a sua própria
realidade”.
A crítica não se estabelece como organização e sistematização imediata da
realidade, como se houvesse uma passagem contínua da experiência, dos fatos,
acontecimentos e idéias ao saber, apoiada em atividades de pesquisas elaboradas.
A busca pela verdade, do cognitivo, não só traz a relação entre objeto e sujeito,
mas uma visão crítica, que permite reconhecer e apreender a totalidade do real, através
de sua própria experiência.
Quanto a estética, percebemos que o belo é visto somente em âmbito comercial,
49
por isso, tomamos a frase de Marcuse “a uma esfera que preserva a verdade dos
sentidos e reconcilia, na realidade da liberdade, as faculdades inferiores e superiores do
homem, sensibilidade e intelecto, prática e razão”. (ibdem,13)
Nesse processo de ensino-aprendizagem, deve-se obrigatoriamente haver uma
interseção entre professor e aluno, caso contrário, comprometerá o resultado final.
Por essa razão, concordamos com Maria L. Aranha que afirma: “a verdadeira
educação deve dissolver a assimetria entre o educador e o educando, pois, se há
inicialmente uma desigualdade, esta deve desaparecer à medida que se torna eficaz a
ação do agente da educação.”
O bom educador é portanto, aquele que vai morrendo durante o processo de ensino-
aprendizagem. (Aranha, 1989,p.51)
18.6 AVALIAÇÃO
A partir dos encaminhamentos metodológicos desenvolvidos pelo professor, a
avaliação deverá ser contínua, para perceber as dificuldades dos alunos no processo da
apropriação do conhecimento, acompanhando a realização das tarefas de seus alunos,
através de relatos, pesquisas e outros. O professor deverá estar atento ao relato dos
alunos e as atividades propostas aos mesmos, para buscar a superação das dificuldades
apresentadas.
aluno deverá saber absorver os problemas, discutir e relacioná-los com seus
conhecimentos e pesquisas, como cidadão autônomo, capaz de intervir no mundo, na
transformação crítica, reflexiva e construtiva. O aluno em sua avaliação deverá ter a
capacidade ler textos filosóficos de modo significativo de diferentes estruturas, elaborar
textos escritos, forma reflexiva, debater e argumentar de modo significativo seu
conhecimento, articular conhecimentos filosóficos envolvendo a interdisciplinaridade,
contextualizar textos filosóficos, que envolva os aspectos pessoal-biográfico, sócio-
político, histórico-cultural da humanidade, técnico – científico - informacional, auxiliando-o
na construção da identidade como cidadão e como pessoa, proporcionando sua
autonomia e desalienação.
A avaliação portando deve estar inserida no contexto, mas de modo diagnóstico,
respeitando a construção de conceitos tendo como função subsidiar e redirecionar o
processo de ensino-aprendizagem, respeitando a posição de cada sujeito na sua
construção cognitiva.
50
18.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ARANHA, Maria L. , Filosofando. 1989.
• ARANHA,Maria L., Temas de Filosofia. Sem Data.
• CORDI – Para filosofar, SP,. Sciopione, 2000.
• CHAUÍ, Marilena. Filosofia, SP, 2004.
• CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. SP, 1995.
• SOUZA, Sonia Maria Ribeiro. Um outro olhar, SP.
• COTRIN, Gilberto. Fundamentos da filosofia, SP, 1993.
19. DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
19.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
¨A GEOGRAFIA SERVE ANTES DE TUDO PARA SE FAZER À GUERRA¨.
Ives Lacoste.
O ensino da geografia, assim como a sociedade a qual estamos inseridos sofrem
constantes mudanças. Assim o ensino desta disciplina exige uma leitura do mundo
através do entendimento do espaço geográfico servindo para o serviço da cidadania e
auxiliando no conhecimento da realidade para poder interferir. É relevante para o aluno o
desenvolvimento de um raciocínio do conhecimento prévio usufruindo o patrimônio
acumulado pela humanidade e transformando para uma realidade mais ampla, com a
sociedade e outras disciplinas.
Para tanto, o ensino da geografia deve subsidiar os alunos a pensarem e agirem
criticamente, buscando elementos que permitam compreender, interpretar e desvendar o
espaço geográfico a qual está inserido cabendo à geografia a função de prepará-lo para
leitura crítica da produção social do espaço, negando a ¨naturalidade¨ dos fenômenos que
imprimem uma certa passividade aos indivíduos (CASSETI,2002). Vale ressaltar que a
relevância dessa disciplina esta no fato de que todos os acontecimentos do mundo tem
uma dimensão tempo-espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida
51
social. Assim, a que se empreender um ensino capaz de fornecer os conhecimentos
específicos da geografia assegurando que a mesma, constitui-se como elemento
fundamental na formação da observação, analise, interpretação e criticidade do aluno,
sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes
formas de abordagem, contemplado a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e
a complexidade do mundo atual em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos,
instituições, informações e capitais estão cada vez mais globalizados.
19.2 OBJETIVOS
A Geografia tem como objetivo analisar e de escrever os fenômenos e processos
que ocorrem e modificam a superfície terrestre, sejam eles provenientes de ordem física
ou de uma atividade humana. Sendo a meta maior a interação do homem com o meio, as
atividades devem proporcionar ao aluno condições que lhe permitam:
• Compreender a organização do espaço geográfico entendendo as relações entre
as dinâmicas da sociedade e da natureza;
• Analisar as relações estabelecidas entre os homens e o meio natural;
• Interpretar as relações políticas, econômicas, de trabalho e culturais entre as
sociedades em função do uso de novas tecnologias;
• Reconhecer o espaço geográfico como resultado do trabalho humano;
• Compreender pela comparação a especialidade dos fenômenos naturais e sociais
em diferentes tempos;
• Fazer uso da linguagem cartográfica para extrair, comunicar e analisar informações
nos diversos campos do conhecimento;
19.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL:
• A dimensão econômica do espaço geográfico;
• A dimensão política do espaço geográfico;
• A dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico;
• A dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
52
19.4 CONTEÚDOS ESPECíFICOS:
5ª SÉRIE
A dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico:
• A importância da geografia;
• Espaço geográfico e meio ambiente;
• Paisagens naturais e culturais;
• Hidrosfera;
• Atmosfera;
• Biosfera;
• Geomorfologia;
• Os movimentos da Terra no Universo e suas influências (rotação e translação);
• Orientação;
• Coordenadas Geográficas;
• Cartografia;
• Fusos horários;
• A dimensão econômica e política do espaço geográfico:
• Produção do espaço (bairro, cidade, país, continente).
6ª Série:
• A dimensão econômica do espaço geográfico:
• Localização do Brasil;
• Os setores da economia;
• Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;
• Agricultura brasileira;
• Industrialização brasileira;
• Dependência tecnológica;
• Desigualdades sociais;
• Ocupação e transformação do espaço paranaense;
53
• A dimensão política do espaço geográfico:
• Estado, nação, fronteiras e territórios;
• Regionalização brasileira;
• O Paraná no Brasil;
• Conflitos rurais e estrutura fundiária
• Questões territoriais indígenas;
• Territórios urbanos marginais;
• A dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico:
• O ambiente urbano e rural;
• Movimentos sócio-ambientais;
• Fontes de energia;
• Clima Brasileiro;
• Vegetação brasileira;
• Relevo Brasileiro;
• Hidrografia Brasileira;
• Problemas ambientais;
• Aspectos naturais do Estado do Paraná;
• A dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico:
• Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;
• A migração do povo africano e dos afro-decendentes;
• A população negra no Brasil;
• Outra forma de organização (quilombolas);
• Estrutura etária;
• Movimentos migratórios;
• Formação étnica do Paraná.
7ª Série:
• A dimensão econômica do espaço geográfico:
• Setores econômicos;
54
• A formação dos blocos econômicos regionais;
• Economia e desigualdade social;
• Dependência tecnológica;
• Desigualdades Norte x Sul;
• A dimensão política do espaço geográfico:
• Estado, nação e território;
• Regionalização do continente americano;
• Terrorismo e narcotráfico;
• Noções de globalização;
• A dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico:
• Dinâmica da natureza;
• Poluição do ar (chuva ácida, aquecimento global, efeito estufa);
• Energia e meio ambiente.
8ª Série:
• A dimensão econômica do espaço geográfico:
• Regionalização mundial (Acordos e Blocos econômicos);
• Globalização;
• A dimensão política do espaço geográfico:
• A bipolaridade do século XXI;
• A nova ordem mundial do inicio do século XXI;
• Conflitos mundiais;
• Órgãos Internacionais;
• Neoliberalismo;
• Terrorismo;
• Políticas econômicas culturais e ambientais;
• Novo papel das organizações internacionais;
• Redefinições de fronteiras: conflitos étnico - culturais - políticos - econômicos - de
base territorial;
55
• A dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico:
• Circulação da poluição atmosférica;
• Chuva acida;
• Buraco na camada de ozônio;
• Desmatamento;
• A dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico:
• Localização do continente africano, aspectos econômicos, políticos e sociais;
• Formações e conflitos étnicos e religiosos;
• Estrutura etária de gênero e etnia da população;
• Fatores e tipos de migrações e imigrações e suas influências no espaço
geográfico.
ENSINO MÉDIO
• A formação e tranformação das paisagens.
• A dinâmica da natureza e sua lateração paralelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do espaço
geográfico.
• A formação, localização, exploração e ultilização de recursos naturais.
• O espaço rural e a modernização da agricultura.
• O espaço em rede: transporte e comunicação na atual configuração territorial.
• A circulação de mão-de -obra, do capital das mercadorias e das informações.
• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
• A relação entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
• Os movimentos migratórios e suas motivações.
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• O comércio e as implicações sócio espaciais.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
• As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
56
19.5 METODOLOGIA
O objetivo da geografia é compreender o espaço geográfico, na sua composição
básica: lugar, paisagem, território, natureza e sociedade, a concepção de aprendizagem
deve ser voltada à formação plena do educando, tendo o cuidado de deixar claro quais
são os métodos mais adequados para atingir esse objetivo e respeitando o tempo de
aprendizagem de cada aluno. Assim o professor deve ter consciência que muitos devem
ser os recursos didáticos utilizados no processo de aprendizagem para contemplar essa
diversidade que caracteriza o universo da sala de aula, considerando a leitura,
observação descrição e interação da paisagem feita pelo educando.
A simples descrição dos lugares não esgota a análise de seu objeto. O lugar é o
espaço onde o particular, o histórico, o cultural e a identidade permanecem presentes,
influenciando a organização sócio-espacial. Diferem-se uns dos outros enquanto espaços
produtivos, e essa produtividade pode ser transitória na medida que qualquer momento
outro lugar pode oferecer atrativos maiores quanto a equipamentos e localização.
Território é um conceito ligado à idéia de relações e poder. É no território que
ocorre a normalização das ações tanto globais quanto locais. Seja ele nacional, regional
ou local, acontecerá uma relação dialética de associação e confronto entre o lugar e o
mundo (SANTOS, 1996b).
O conceito de sociedade deve ser discutido a partir das relações que se
estabelecem entre sua composição local, em suas relações com sociedades distintas e
com os migrantes que têm fortes ligações com seu espaço de origem e que ao se
movimentarem levam influências do mesmo.
Para conseguir tais saberes, cabe ao professor ter uma postura investigativa de
pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do mundo (não somente de sua
parte, mas em conjunto com os alunos), tendo em vista sua função enquanto agente
transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade.
19.6 AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser diagnóstica, processual e continuada, porque considera que
os alunos mantêm ritmos e processos de aprendizagens diferentes, aponta dificuldades e
57
possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.
Os critérios são como metas que balizam e orientam o ensino, indicam
expectativas quanto ao desenvolvimento de aprendizagens básicas para cada ciclo,
assim, cada critério pode orientar avaliações das diferentes dimensões dos conteúdos,
considerando-se quais conceitos, procedimentos e atitudes foram efetivamente discutidos
e promovidos.
Segundo o objeto de estudo da disciplina de geografia, os critérios a serem
observados na avaliação seguem a formação de conceitos que são fundamentais, como:
paisagem, região, lugar, território, natureza e sociedade. “Entende-se que para a
formação de um aluno consciente das relações sócio-espaciais de seu tempo, o ensino a
geografia deve assumir o quadro conceitual das teorias críticas dessa disciplina que
incorporam os conflitos e as condições sociais, econômicas, culturais e políticas,
constitutivas de um determinado espaço”.
O professor além de utilizar provas escritas, utilizará instrumentos de avaliação que
contemplem várias formas de expressão como: leitura e interpretação de textos; produção
de textos; leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas
bibliográficas; seminários; construção e análise de maquetes.
O professor deve se conscientizar de que a mudança é possível. Ele pode mudar a
sua metodologia com relação ao processo ensino-aprendizagem dos seus alunos, desde
que contribua para o seu desenvolvimento intelectual e formativo. Não deve acomodar-se
na ‘mesmice’, mas buscar, na pluralidade cultural, novas formas de avaliar os alunos,
visando a sua formação integral.
19.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Dia-a-dia Educação – Portal educacional do estado do Paraná.
• RUA, João. Para Ensinar Geografia. Access, Rio d e Janeiro, 1993.
• SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Diretrizes
Curriculares de Geografia. Curitiba: SEED, 2008.
• VESENTINE, J.Willian. Sociedade e espaço. São Paulo: Ática, 1997.
58
• CALAI, H.C. O Ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In
• CASTROGIOVANNI, A . C. et all (org). Geografia em sala de aula: práticas e
reflexões. Porto Alegre; ed. da UFRGS/AGB, 2003
• CARLOS, A.F.A. (org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.
• CARLOS, A. N. F.; OLIVEIRA, A. U. de (Orgs.) Reformas no mundo da
educação: parâmetros curriculares e Geografia. São Paulo: Contexto, 1999.
• CASTELLANI, I. N. Proposta para uma leitura significativa das paisagens
brasileiras. Revista Alfageo, v. 1, n. 1, 1999.
20. DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
20.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O estudo da matemática deve envolver- se com as relações entre o ensino-
aprendizagem e o conhecimento matemático. Os objetivos básicos na Educação
Matemática visam desenvolvê-la enquanto: campo de investigação e produção do
conhecimento, natureza científica e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem
da matemática – natureza pragmática.
A educação matemática não deve se destinar a formarem matemáticos, mas sim,
pessoas que possuam uma cultura matemática que lhes permita aplicar a matemática na
sua vida cotidiana.
20.2 OBJETIVOS
• Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para
compreender o mundo, e, compreendendo-o podendo atuar melhor nele;
• Pensar logicamente, relacionando idéias, descobrindo regularidades e padrões,
estimulando a sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade na
solução de problemas;
59
• Observar a presença da matemática no seu dia-a-dia (quantidade, números,
formas geométricas, tabelas e gráficos, etc);
• Compreender os conceitos e princiípios matemáticos raciocionar claramente e
comunicar ideias matematicas e reconheça suas aplicações e aborde problemas
matemáticos com segurança.
20.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
• Números e Álgebra
• Grandezas e Medidas
• Geometrias
• Funções
• Tratamento da informação
20.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SERIE
• NÚMEROS E ÁLGEBRAS.
• Sistema de numeração.
• Números Naturais.
• Múltiplos e divisores.
• Potenciação e Radiciação.
• Números Fracionários.
• Números Decimais.
• GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de comprimento.
• Medidas de massa.
• Medidas de área.
• Medidas de volume.
60
• Medidas de tempo.
• Medidas de ângulos.
• Sistema monetário.
• GEOMETRIAS
• Geometria Plana.
• Geometria Espacial.
• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Dados, tabelas e gráficos.
• Porcentagem.
6ªSÉRIE
• NÚMEROS E ALGEBRA
• Números inteiros.
• Números racionais.
• Equação e inequação do 1º grau.
• Razão e proporção.
• Regra de três simples.
• Medidas de temperatura.
• Medidas de ângulos.
• GEOMETRIA
• Geometria Plana.
• Geometria Espacial.
• Geometria não-Euclidiana.
• TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
• Pesquisa Estatística.
• Média Aritmética.
• Moda e Mediana.
61
• Juro simples.
7ª SERIE
• NÚMERO E ALGEBRA
• Números racionais e irracionais.
• Sistema de equações do 1º grau.
• Potências.
• Monômios e polinômios.
• Produtos notáveis.
• GRANDEZAS E MEDIDAS.
• Medida de comprimento.
• Medida de área.
• Medida de ângulos.
• Medida de volume.
• GEOMETRIA
• Geometria espacial.
• Geometria analítica.
• Geometria não Euclidiana.
• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Gráfico e informação.
• População e amostra.
8ª SÉRIE
• NÚMEROS E ALGEBRAS
• Números Reais.
• Propriedades dos Radicais.
• Equação do 2º grau.
• Teorema de Pitágoras.
62
• Equações Irracionais.
• Equações Biquadradas.
• Regra de três composta.
• GRANDEZAS E MEDIDAS
• Relações métricas no triângulo retângulo.
• Trigonometria no triângulo retângulo.
• FUNÇÕES
• Noção intuitiva de função afim.
• Noção intuitiva de função quadrática.
• GEOMETRIAS
• Geometria Plana.
• Geometria Espacial.
• Geometria Analítica.
• Geometria Não Euclidiana .
• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Noções de análise combinatória.
• Noções de probabilidade.
• Estatística.
• Juros compostos.
ENSINO MÉDIO
• NÚMERO E ÁLGEBRA
• Números racionais
• Números complexos
• sistemas lineares
• matriz e determinantes
63
• Polinômios
• Equação e inequação exponenciais logarítmicas e molduras.
• FUNÇÕES
• Função afim
• Função quadrática
• Função polinomial
• Funçao exponencial
• Função logarítmica
• Função trigonometrica
• Função modular
• Frogressão aritmética
• Frogressão geométrica
• Geometria espacial
• Geometria analítica
• Geometrias não-euclidianas
• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Análise combinatória
• Binômio de newton
• Estudo das probabilidades
• Estatística
• Matemática financeira
• GEOMETRIAS
• Geometria plana
• Geometria espacial
• Geometria analítica
• Geometrias não-euclidianas
64
20.5 METODOLOGIA
Hoje mais que nunca o professor de matemática precisa estar interessado em
desenvolve-se intelectual e profissionalmente e em refletir sobre sua prática para tornar-
se um educador matemático e um pesquisador em contínua formação. Interessa-lhe,
portanto, analisar criticamente os pressupostos ou as ideias centrais que articulam a
pesquisa ao currículo, a fim de potencializar meios para superar desafios pedagógicos.
Nesse encaminhamento, é importante que o professor reflita sobre a sua concepção
de Matemática enquanto campo de conhecimento levando em consideração dois
aspectos:
Pode-se conceber a Matemática tal como ela vem exposta na maioria dos livros
didáticos, como algo pronto e acabado, em que os capítulos se encadeiam de forma
linear, sequencial e sem contradições;
Pode-se acompanhar a Matemática em seu desenvolvimento progressivo de
elaboração, de modo a descobrir-se suas hesitações, dúvidas, contradições, as quais um
longo trabalho de reflexão e apuramento consegue eliminar, para que logo surjam outras
hesitações, outras dúvidas, outras contradições no fazer matemático. Isto é, sempre
haverá novos problemas por resolver.
Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado tanto
para aspectos cognitivos como para a relevância social do ensino da Matemática. Isso
implica olhar tanto do ponto de vista do ensinar e do aprender Matemática, quanto do seu
fazer, do seu pensar e da sua construção histórica, buscando compreendê-los
(MEDEIROS, 1987).
Nas Diretrizes assume-se a Educação Matemática como campo de estudos que
possibilita ao professor balizar sua ação docente, fundamentado numa ação crítica que
conceba a Matemática como atividade humana em construção.
Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes
análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias.
Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas
teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por
conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.
Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que emergem das
aplicações, superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter científico da
disciplina e de seu conteúdo.
65
Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria científica, cujo papel é oferecer
condições para apropriação dos aspectos que vão além daqueles observados pela
aparência da realidade (Ramos, 2004).
É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o
estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação de
linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras
áreas do conhecimento. Apontar a perspectiva da Educação Matemática para a
elaboração destas Diretrizes implica em pensar na transposição didática que regula a
ligação entre a Matemática como campo de conhecimento e disciplina escolar.
20.6 AVALIAÇÃO
Considera-se que a avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-
aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a
interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo
trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.
Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação
claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensino-prendizagem,
quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas
oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho,
bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno (ABRANTES, 1994, p. 15).
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação
sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades
diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem
incluir manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de ferramentas
e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e calculadora.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.
Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
• Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
• Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
• Eabora um plano que possibilite a solução do problema;
• Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
• Realiza o retrospecto da solução de um problema.
66
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:
• Partir de situações-problema internas ou externas à matemática;
• Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas;
• Elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
• Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
• Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;
• Socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;
• Argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006, p.
29).
20.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em educação
matemática. Rio de Janeiro:MEM/USU/GEPEM, 1994.
• ALEKSANDROV. A. D. et al. La matemática: su contenido, métodos y
significado. 2. ed. Madrid: Alianza Editorial, 1976.
• BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da
formação.
• Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23, 2001.
• BARBOSA, R. M. Descobrindo a geometria fractal para sala de aula. 2 ed. Belo
Horizonte: Autentica, 2005.
• BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma
nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2006.
• BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo
Horizonte: Autêntica, 2001.
• BICUDO, M. A. V.; BORBA, M. C. (Orgs.) Educação matemática - pesquisa em
67
movimento. São Paulo: Cortez, 2004.
• BIEMBENGUT, M. S.; HEIN. N. Modelagem Matemática no Ensino. 4 ed. São
Paulo: Contexto, 2005.
21. DISCIPLINA DE HISTÓRIA
21.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de história é uma ciência embasada no passado, e por metodologia,
cria as suas indagações por necessidades contemporâneas.
Pelo viés teórico “Culturalista” e Histórico Crítico, calcado nas idéias de Chartier,
Carlos Ginsburg, Thompson, Hobsbawn, dentre outros historiadores da atualidade os
docentes da disciplina teorizam a prática pedagógica preocupados com a
contextualização e inserção do discente com o meio e o tempo histórico.
As múltiplas temáticas; a ecologia, a africanidade, o cidadão crítico, comunidades
indígenas, enfim devem e serão contemplados no período letivo.
Portanto, garantido por lei; tal disciplina vem promover a integração entre sujeito e
sua ação. O sujeito é livre em suas atitudes, porém, tem a necessidade de agir em
sociedade com diferentes “outros”, e isso pode ser aprofundado e sedimentado na
compreensão do processo histórico.
O embasamento teórico unido com a prática possibilita ao educador da disciplina
articular, essa concepção Histórico-Crítica e cultural com os conteúdos, e trabalhar na
perspectiva de possibilitar que o aluno explore os novos métodos de produção do
conhecimento histórico e amplie o seu entendimento dos recortes temporais, do conceito
de documento, de sujeitos e de suas experiências, e consiga problematizar o presente em
relação ao passado.
Outra preocupação de vanguarda é a desvinculação do processo educacional
clássico adequado após revolução industrial, tal processo salvaguardava a divisão do
conhecimento por categorias distintas, preocupado em formar trabalhadores preparados
com os saberes acadêmicos e técnicos, valorizando as disciplinas exatas e a
68
compreensão da língua.
Não deixando de lado as ciências exatas e por muito menos a compreensão
lingüística, os dias de hoje, pleno século XXI, a humanidade provida de novas tecnologias
anseia por maior vinculação regional, conhecimento das suas particularidades que a
ciência de história pode proporcionar.
O cidadão apto é aquele que consegue enxergar o conhecimento humano enquanto
um todo e exerce com maestria o cognitivo, afim de, criar o novo, utilizando a inteligência
emocional e intelectual.
Para isso o educador deve e pode orientar os seus alunos de forma interdisciplinar
e estratégico para estimular a criatividade, o amplo conhecimento geral, sem perder as
especificidades que nos tornam diferentes e capazes de mudar e acrescentar num mundo
melhor e mais digno.
21.2 OBJETIVOS
Entendemos que ao adotarmos “a visão histórica-crítica” estaremos alcançando
o educando naquilo que ele nos traz enquanto sujeito da História: suas experiências, sua
história, construindo assim uma relação com o contexto a partir da utilização do que o
indivíduo sabe sobre o mundo e o conhecimento elaborado e construído na Escola.
Além disso, permite que o aluno corrobore conceitos que o permitam pensar
historicamente, superando também a idéia de história como algo dado: como verdade
absoluta.
Para tanto, três questões se fazem necessárias, introdução a um raciocínio
histórico:
• O conhecimento histórico como necessário à vida cotidiana.
• O presente como construção histórica.
• Percepção de si e do outro.
A abordagem de qualquer tema curricular com o presente não deve se passar
em uma relação mecânica, estática, mais sim evidenciar o caráter histórico do presente e
recuperar experiências do passado (dentro daquilo que elas são importantes para o
presente).
Estas discussões podem permitir ao educando a consciência de si enquanto
69
construção histórica e a percepção do outro não apenas no passado, mas também no seu
presente dentro de questões de ordem cultural, religiosa, nacional, racista e corporativa.
As percepções destas questões influenciam decisivamente no cotidiano individual e social
do nosso educando.
Assim, a interdisciplinaridade e a contextualização valorizarão o ensino
renovado da História, uma História integrada em busca de sujeitos historicamente
construídos, e não observadores de algo colocado, será explorado o seu lado
questionador, buscando seu senso crítico partindo do saber produzido até alcançar o
questionamento das possibilidades dentro a história, para que este educando seja um
cidadão capaz de uma compreensão do mundo em que vive e nele poder interferir com
consciência de sua história.
21.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Ensino Fundamental e Médio.
1º TRIMESTRE:
• Poder
• Cultura
• Trabalho
21.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª serie
1º Trimestre
• O estudo da História
• Os diferentes significados da palavra “história”
• Tempo e história
• Divisões da história
• A história antes da história
• A pré-história
70
• O estudo da pré-história
• A origem do ser humano
• A evolução do ser humano
• Os períodos da pré-história
• Grandes mudanças: agricultura, domesticação e metalurgia
• O homem chega a América
• Os habitantes da América
• A origem dos primeiros povos americanos
• Os períodos da Pré-história americana
• O povoamento do atual território brasileiro
• Quando começou a nossa História?
• Os indígenas no Brasil
• Os grupos indígenas do Brasil
• Modos de vida, crenças e mitos
• A História dos povos indígenas hoje
• O que é civilização?
• O Egito Antigo
• A origem da civilização egípcia
• Uma hipótese sobre o surgimento do Estado no Egito
• A divisão social e a economia no Egito Antigo
• Os períodos da História Egípcia
• Religião, ciência e arte
2º TRIMESTRE
• A Mesopotâmia
• Povos e Impérios da Mesopotâmia
• Econômia, sociedade e política
71
• Aspectos Culturais
• Semitas e Indo-europeus
• Os hebreus
• Os fenícios
• Os persas
• As primeiras civilizações da Mesomérica
• A América antes de colombo
• Os maias
• Os astecas
• As civilizações Andinas
• As relações de poder ontem e hoje
• A Grécia antiga
• A sociedade espartana
• A sociedade ateniense
• As leis e a política em Atenas
• A cultura na Grécia antiga
• A religiosidade na Grécia antiga
• As artes na Grécia antiga
• Filosofia e ciência
3º TRIMESTRE
• Roma: da Monarquia a República
• Origens da civilização romana
• A Monarquia romana
• A República Romana
• Sociedade e conflitos
• O expansionismo romano
• A crise da República
• O Império Romano
72
• Aspectos culturais da Roma Antiga
• Índia: primórdios da civilização
• China: As grandes dinastias e Impérios
6ª série – 7º ano
1º TRIMESTRE
• Europa: as migrações e o feudalismo
• A Idade Média
• As migrações bárbaras
• O reino dos Francos
• A formação do Feudalismo
• As novas invasões
• Igreja e poder na Idade Média
• O surgimento do cristianismo
• Questionamentos do poder da igreja cristã
• Idade Média: Cultura e visão de mundo
• O Império Bizantino
• O reinado de Justiniano
• A Idade Média e o Oriente
• A religião em Bizâncio
• A civilização Árabe
• O Islã e sua difusão
• A cultura árabe
• A baixa Idade Média européia
• As cruzadas
• O Renascimento comercial e urbano
• A formação das monarquias centralizadas
73
• As transformações culturais
• O “fim” da Idade Média
2º TRIMESTRE
• A expansão ultramarina européia
• Da Idade Média aos tempos modernos
• O comércio marítimo europeu
• As grandes navegações
• A partilha do mundo entre Portugal e Espanha
• África: dos reinos antigos ao tráfico de escravos
• A diversidade dos povos africanos
• Alguns reinos africanos antigos
• África: escravidão e tráfico de escravos
• O Renascimento cultural
• As origens do Renascimento
• O Renascimento Italiano
• A Reforma religiosa
• O movimento reformista
• A contrareforma e a Reforma Católica
• Origens do absolutismo
• O absolutismo inglês
• O absolutismo na França
3º TRIMESTRE
• O mercantilismo e a colonização da América
• A economia colonial
74
• A escravidão na América Portuguesa
• Os holandeses no Brasil
• As fronteiras na América Portuguesa
• A expansão das fronteiras
• As expedições bandeirantes
• A conquista do sul (tratados e limites)
• A ocupação territorial do Parana
• Transformações econômicas
• Transformações sociais e culturais
• Exploração e administração mineradora
7ª série – 8º ano
1º TRIMESTRE
• O mundo contemporâneo
• A sociedade do Antigo Regime Europeu
• O Iluminismo
• As ideias iluministas na política e na economia
• A independência das 13 colônias da América do Norte
• A Revolução Francesa
• Os antecedentes da Revolução
• O início da Revolução
• Resistência e revoltas no antigo sistema colonial
• Rebeliões na América Portuguesa
• A Conjuração Mineira
• A Conjuração Baiana
• Revoltas na América espanhola
75
• Napoleão e o Congresso de Viena
• A construção do Império Napoleônico
• O fim do Império Napoleônico
• O congresso de Viena
2º TRIMESTRE
• A Revolução Industrial
• Os impactos da industrialização
• O trabalho e o novo trabalhador
• A reação dos trabalhadores
• Os defensores da nova ordem
• Reações ao Capitalismo
• A Independência na América Espanhola
• Independência....para quem?
• Alguns movimentos hispano-americanos pela independência
• A independência na América Portuguesa
• A vinda da família real para o Brasil
• A volta de D. João a Portugal
• A regência de D. Pedro
• Os Estados Unidos no séc. XX
• A expansão dos Estados Unidos
• A guerra civil
• A Europa no século XIX
• A formação dos Estados Nacionais
• Afirmação o Estado e a Nação
• A formação dos Estados nacionais
76
3º TRIMESTRE
• Imperialismo no século XIX
• Práticas Imperialistas
• A Ásia na rota imperialista
• A partilha da África
• O primeiro reinado
• A construção do Estado nacional brasileiro
• A independência do Brasil
• A organização política do novo Estado
• A Confederação do Equador
• O declínio do Primeiro Reinado
• O Período Regencial
• Revoltas na Bahia
• Revoltas no Norte
• Revoltas no Sul
• A liderança do café
• O Império Colonial Consolidado
• O processo de industrialização do Brasil
• A Era Mauá
• O fim do tráfico negreiro
• O fim da escravidão e as novas formas de trabalho
• A política do Segundo Reinado
• O império, os liberais e os conservados
• A Revolução Praieira
• As tensões internacionais – a bacia do Rio da Prata
• A Guerra do Paraguai
77
• O fim do Império
• O fim da escravidão
• A campanha abolicionista
• Cresce o republicanismo
• O império perde suas bases
• A proclamação da República
8ª série – 9º ano
1º TRIMESTRE
• Brasil: a construção da República
• A construção da República brasileira: rupturas e continuidade
• O Governo provisório
• A República de Espada
• A República café com leite e o coronelismo
• Revoltas urbanas
• Revoltas no Campo
• A primeira Guerra Mundial
• O contexto histórico da Primeira Guerra Mundial (Belle Époque)
• O desenrolar do conflito
• Os tratados de paz
• A Revolução Russa e a URSS
• Socialismo e Revolução
• O prelúdio da Revolução Russa
• O processo Revolucionário
• Desdobramentos da Revolução
• Crises e totalitarismo
• Ascenção dos Estados Unidos
• A crise de 1929
78
• O socialismo soviético
• O nazifascismo
2º TRIMESTRE
• Brasil: a crise da República Oligárquica
• A crise na República Oligárquica
• O movimento Tenentista
• A Revolução de 1930
• Vargas no Poder
• A Era Vargas
• O Estado Novo
• Paternalismo e Intervenção
• A Segunda Guerra Mundial – A formação do eixo
• O avanço do eixo
• A vitória dos aliados
• O Brasil na Guerra
• Os acordos do final da Guerra
• Bipolarização: O mundo dividido
• Estados Unidos X União Soviética
• A Revolução Chinesa
• Conflitos no Oriente (guerra da Coreia e Guerra do Vietnâ)
• 1960: Os anos rebeldes
• Brasil: da democracia à ditadura
• O Cenário Brasileiro após a Segunda Guerra Mundial
• De JK a Jango
• Os Anos de Chumbo
• O governo dos Generais
79
3º TRIMESTRE
• América Latina: em busca da democracia
• Da independência e Guerra Fria
• Revolução Cubana
• América do Sul: populismo e ditadura
• A descolonização da Ásia e da África
• O processo de descolonização da Ásia e da África
• A independência da Índia
• Os conflitos do Oriente Médio
• A disputa pela Palestina
• Irã contra Iraque
• A Guerra do Golfo
• O fim do bloco soviético
• A crise da URSS
• Mudanças no Leste Europeu
• O fim da União Soviética
• Uma nova ordem internacional
• O mundo sobre nova ordem ( globalização; expansão; capitalista; neoliberalismo)
• Neoliberalismo na América Latina
• O Brasil e a globalização
• O retorno da democracia ao Governo Sarney
• O governo Collor
• O governo Fernando Henrique
• Luiz Inácio Lula da Silva
80
ENSINO MÉDIO
• Dos primeiros humanos ao legado cultural do helenismo
• As origens e o desenvolvimento inicial da humanidade
• As aldeias pré-históricas aos primeiros Estados
• A identidade do homem americano
• O Egito Antigo
• A Mesopotâmia
• A África Antiga
• As civilizações hebraica e fenícia
• O legado da Grécia para a civilização ocidental
• O esplendor de Roma
• A Construção dos sentidos
• A Alta Idade Média
• Nascimento e expansão do Islamismo
• A civilização Bizantina
• A Baixa Idade Média
• A consolidação das monarquias na Europa moderna
• O Renascimento cultural e científico
• A expansão ultramarina européia
• A política econômica dos Estados nacionais e europeus
• Religião e poder
• A reforma protestantes e Reforma Católica
2º ano
• Os diferentes povos da América
• As culturas indígenas americanas
• A colonização da América espanhola
• A colonização da América Inglesa
• Organização político-administrativa na América portuguesa
81
• Atividades econômicas na América Portuguesa
• A presença Holandesa no Brasil
• A mineração no período colonial
• Religião e sociedade na América Portuguesa
• A era das Revoluções
• Iluminismo a revolução das idéias
• As Revoluções Inglesas
• A Revolução Industrial
• A revolução Francesa
• O Império Napoleônico
• O processo de Independência nas Américas
• A independência na América Inglesa
• O processo de independência da América espanhola
• O processo de independência da América portuguesa
• O congresso de Viena e as revoluções liberais
• A formação dos Estados Nacionais
• Unificação da Itália e da Alemanha
• O Imperialismo na África e na Ásia
• O Movimento operário e o advento do socialismo
• O governo de D. Pedro I
• O período Regencial
• O Governo de D. Pedro II
• A América Latina no século XIX
3º ano
• Guerra e Paz
• O Brasil na primeira República
• A primeira Guerra Mundial
• A Revolução Russa de 1917
82
• A crise de 1929 e seus reflexos na economia Mundial
• Ascensão dos regimes totalitários na Europa
• O governo de Getúlio Vargas
• A Segunda Guerra Mundial
• A Guerra Fria
• Governos populistas no Brasil
• Experiências de esquerda na América Latina
• O regime autoritário no Brasil
• Os limites do socialismo real
• Brasil: da redemocratização aos dias atuais
• Conflitos internacionais
• A globalização e o futuro da economia mundial
21.5 METODOLOGIA
Todos os temas trabalhados estarão voltados à construção de relato, interpretação
e ampliação do conhecimento e a construção do pensamento histórico. Sendo assim as
atividades propostas consistem em organizar, analisar, interpretar textos, gráficos e
esquemas comparando o passado e presente.
Além da abordagem política e econômica serão abordados temas relacionados a
cultura e ao cotidiano, possibilitando ao alumo ampliar sua percepção em relação a
produção histórica e o ser humano, mostrando-lhe as várias fronteiras que o saber
histórico em torno do tema.
Outra opção será a pesquisa para desenvolver o médoto da investigação. Todas as
propostas em sala visam desenvolver a capacidade de leitura, interpretação,
argumentação e articulação entre a produção histórica e o conhecimento.
21.6 AVALIAÇÃO
A avaliação é feita de forma contínua, considerando a participação do aluno em sala
de aula, a pontualidade responsabilidade quanto à entrega dos trabalhos e atividades e
atividades bem como seu desempenho em avaliações escritas e seminários, os quais
83
serão considerados as seguintes habilidades:
• Compreender as características da sociedade atual, identificando relações sociais
e econômicas, os regimes políticos, as questões ambientais, comparando-as com
as características de outros tempos e lugares.
• Construir uma idéia clara dos acontecimentos e de sua sucessão no tempo.
• Localizar os acontecimentos no tempo e relacioná-los segundo critérios de
anterioridade, posterioridade e simultaneidade.
• Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar as diferenças entre as pessoas, os
grupos e os povos considerando-os um elemento importante na vida democrática.
• Desenvolver a capacidade de leitura e interpretação de diferentes tipos de textos.
21.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens.
2. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
• BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de história: fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2004.
• BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de
política. São Paulo: Imprensa Oficial, 2000.
• BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos
parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
• Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: história. Brasília: MEC/SEF, 1998.
• Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares
nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
• BURKE, Peter (org.). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo:
UNESP, 1992.
84
• CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da história.
Campinas: Campus, 1997.
• CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil , 1987.
22. DISCIPLINA DE ARTES
22.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A necessidade de a sociedade transformar-se traz à escola a arte e a realidade, a
vida cotidiana do educando e a escola junto ao seu profissional de ensino que deve
prepará-lo para que ele compreenda e participe atualmente.
A transformação da sociedade e do contexto social, exige-se do cidadão o
desenvolvimento da sua criatividade para suprir a falta de lazer na vida cotidiana. O
ensino das artes o fará compreender a arte por si mesmo, e analisar, relacionar textos e
interpretá-los sobre uma visão crítica.
O ponto inicial para o desenvolvimento das artes na escola é a realização pessoal do
cidadão. As artes devem proporcionar o encontro da realidade social do educando com
sua criatividade, e com interesse de buscar uma melhora na qualidade de ensino. O
educando terá uma nova visão da construção artística do mundo que o rodeia.
As artes, nas aulas devem criar e apreciar produções artísticas que tratem de questões
ambientais, pensando em melhorar a qualidade de vida e o futuro.
22.2 OBJETIVOS
• Explorar todas as possibilidades de cada linguagem artística;
• Refletir sobre a importância da arte para o desenvolvimento de uma nova
sociedade, baseada numa valorização da realidade cultural local;
85
• Desenvolver no educando o conhecimento estético e a competência artística para
o desenvolvimento da arte;
• Resgatar o interesse pelas pesquisas e o saber sobre arte em contato com
“artistas”, obras de arte, fontes de comunicação e informações;
• Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando, com
interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e
apreciando a arte de modo sensível;
• Utilizar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em
artes (artes visuais, música, dança e teatro) de modo que utilize nos trabalhos
pessoais, identifique-os e interprete-os na apreciação e contextualize-os
culturalmente.
• Representação e Comunicação
• Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, nas linguagens da arte
(música, artes visuais, dança, teatro, audiovisuais).
• Apreciar produtos de arte, suas linguagens, desenvolvendo tanto a fruição quanto
a análise estética.
• Investigação e Compreensão
• Analisar, refletir e compreender os diferentes processos da arte com seus
diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações
socioculturais e históricas.
• Conhecer, analisar, refletir e compreender critérios culturalmente construídos e
embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico,
antropológico, semiótico, científico e tecnológico, entre outros.
• Contextualização Sócio-cultural
• Analisar, refletir e preservar as diversas manifestações de arte em suas múltiplas
funções, utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o
patrimônio nacional e internacional que se deve conhecer e compreender em sua
dimensão sócio-histórica.
22.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Ensino Fundamental e Médio
86
• Elementos formais
• Composição
• Movimentos e Períodos
22.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
5º SÉRIE :
• História da arte.
• Pré-História (Paleolítico inferior, superior, e neolítico)
• Arte Rupestre no Brasil.
• Arte Mesopotâmica ( sumérios, assírios, babilônicos e persas)
• Arte Egípcia (folclore egípcio: brincadeiras, musicas...)
• Arte Afro.
• Arte Grega.
• Arte Romana.
• Artes Visuais.
• Elementos Componentes do componentes do processo visual .
• Ponto.
• Linha.
• Cor Primária, Secundária e Terciária.
• Textura em Gravura.
• Superfície e Volume.
• Música.
• Altura, Timbre, Intensidade, Duração.
• Instrumentos Musicais, ( Sons Naturais, Culturais Família ,Família dos Instrumentos, Voz,
Canto (Capela/coral), Produções Artísticas, Registro Gráfico, Dança.)
• Movimento Corporal.
• Tempo.
• Espaço.
• Ritmo.
• Percepção.
• Expressão através do movimento.
87
• Produções artísticas
• Teatro.
• Criação de personagem.
• Expressão corporal, facial, oral.
• Ação dramática.
• Espaço Cênico.
• Técnicas de teatro: improvisação e jogos cênico.
6º SÉRIE:
História da arte.
• Paleo-cristã.
• Idade-média (bizantina, românica e gótica)
• Pré-Colombiana.
• Folclore.
• Artes visuais.
• Elementos de composição.
• Cor, revisão de primárias, secundarias e terciarias; monocromia/policromia:
quentes e frias.
• Profundidade.
• Proporção.
• Luz e sombra.
• Noções de perspectiva.
• Música.
• Altura, Timbre,intensidade, duração.
• Densidade, Pulso/tempo, Sons, Longos/curtos, Sons fortes /fracos, graves /agudos,
ritmo, percepção Tímbrea canto, aparelho fonador.
• Dança.
• Movimento corporal .
• Tempo.
• Espaço.
• Agrupamento.
• Dispersão e Sobreposição .
88
• Ritmo harmônia.
• Exploração de espaço: em seu próprio eixo, dança cênica.
• Teatro.
• Criação de personagem.
• Expressão corporal, facial oral.
• Ação dramática.
• Espaço cênico.
• Técnicas de teatro.
• Gêneros.
• Roteiros.
7º SÉRIE :
• História da arte.
• Renascimento.
• Barroco-rococó.
• Realismo.
• Neo-clássico.
• Romantismo.
• Visuais.
• Elementos de composição.
• Cores.
• Simetria.
• Volume.
• Profundidade.
• Proporção.
• Luz e sombra.
• Perspectiva.
• Figura humana.
• Caricatura.
• Música.
• Altura, timbre, intensidade, duração.
89
• Densidade.
• Estilos musicais.
• Ritmos .
• Diversas durações.
• Variações de volume.
• Dança.
• Movimento corporal.
• Tempo.
• Espaço.
• Agrupamento.
• Dispersão e sobreposição
• Ritmo e harmônia.
• Exploração de espaço, locomoção, peso, intensidade e força, teatro.
• Construção de personagem/expressão corporal: facial, oral.
• Ação dramática e espaço cênico /improviso/ cenário/ figurino.
8º SÉRIE
• História da arte.
• Impressionismo.
• Pós-impressionismo.
• Movimentos artísticos do século xx.
• Semana da arte moderna .
• Movimentos contemporâneos .
• Visuais.
• Equilíbrio .
• Harmonia.
• Perspectiva (bidimensionalidade e tridimensionalidade).
• Grafite.
• Técnica de desenho: estilização.
• Publicidade: logotipo e logomarca, caricatura, layout, arte final, painel decorativo,
outdoor, anúncios publicitários.
90
• Música.
• Altura, timbre, intensidade, duração.
• Estilos.
• Sonoplastia.
• Trilhas sonoras.
• Estruturação musical.
• Dança.
• Movimento corporal.
• Expressão corporal.
• Teatro.
• Construção de personagem.
• Expressão corporal, facial.
• Ação dramática.
• Espaço cênico: direção, montagem teatral, iluminação e cenografia.
ENSINO MÉDIO
1º ANO
• História da Arte:
• A arte da pré-história: paleolítico, neolítico.
• A arte na Antiguidade: Mesopotânea, Egipicia, Grega, Romana.
• Arte cristã primitiva: paleo cristã, triunfal.
• Arte Medieval: bizantina, românica, gótica.
• Arte Africana, Oriental.
• Renascimento: Itália, Alemanha, Países baixos.
• Barroco
• Neoclassicismo
• Romantismo
• Impressionismo
• Arte Nouveau
• Expressionismo
91
• Fauvismo ou Fovismo
• Cubismo
• Abstracionismo
• Dadaísmo
• Surrealismo
• Futurismo/Linguagens.
• VISUAIS: ponto, linha, superfície, textura, volume, luz e cor, multimeios (cinema:
argumento, roteiro, story board, planos de direção, animação, foto-novela, indústria
cinematográfica, slide, crítica, direção).
• MÚSICA: altura, intensidade, timbre, duração (ritmo,melodia, harmonia, gêneros e
estilos, novas tendências, frequência, ressonância).
• TEATRO: personagem, expressão corporal, improvisação, espaço, gêneros, teatro
pobre e do oprimido, elementos de composição.
• DANÇA: movimento corporal, expressão corporal.
2º ANO
• História da Arte:
• Arte contemporânea.
• Op. Art, Pop Art, Minimalismo, arte conceitual, New Dadá, Happening,
Performance, Instalações, Hiper-Realismo (foto-realismo).
• Arte Brasileira.
• Arte Paranaense.
• Linguagens:
• Visuais.
• Ponto, linha, superfície, textura, volume, luz e cor, multimeios(cinema: argumento,
roteiro, story board, planos de direção, animação, foto-novela, indústria
cinematográfica, slide, crítica, direção..
• MÚSICA: altura, intensidade, timbre, duração (ritmo, melodia, harmonia, gêneros e
estilos, novas tendências, frequência, ressonância).
• TEATRO: personagem, expressão corporal, improvisação, espaço, gêneros, teatro
pobre e do oprimido, elementos de composição.
92
• DANÇA: movimento corporal, expressão corporal.
22.5 METODOLOGIA
No decorrer do desenvolvimento dos conteúdos elaborados, o educando deverá estar
apto a analisar todas as manifestações artísticas populares em suas diversidades
históricas, culturais, compreender e produzir a arte nas suas diversas formas: música,
teatro, dança, arte audiovisual e artes visuais, o educando deverá compreender as
diferenças culturais dentro do meio sócio-cultural e integrar com outros estudos.
A produção artística envolverá: pinturas, gravuras, fotografias, cenários, composições,
arranjos, análise estética, análise filosófica, histórica, antropológica, trabalhar o
desenvolvimento físico, psicológico, onde o educando vai valorizar o seu próprio
conhecimento como ponto de partida para desenvolver a competência e habilidade que é
necessária para o dia-a-dia, incluindo o seu contexto social, com o apoio do educador
para facilitar a alta interdisciplinaridade.
22.6 AVALIAÇÃO
Avaliação artes visuais: criar formas artísticas por meio de poéticas sociais;
estabelecer relações com o trabalho da arte produzido por si, por seu grupo e por outro
sem discriminação estética, artística, étnica e de gênero; identificar os elementos da
linguagem visual e suas relações em trabalhos artísticos e na natureza; conhecer e
apreciar vários trabalhos e objetos de arte por meio das próprias emoções, reflexões e
conhecimentos e reconhecer a existência desse processo em jovens e adultos e distintas
culturas.
Avaliação Música: criar e interpretar com autonomia, utilizando diferentes meios e
materiais sonoros; utilizar conhecimentos básicos da linguagem musical, comunicando-se,
expressando-se musicalmente; conhecer e apreciar músicas de seu meio sócio cultural e
do conhecimento musical construído pela humanidade em diferentes períodos histórico e
espaços geográfico; refletir, discutir e analisar aspectos das relações sócio-culturais que
os jovens estabeleçam com a música pelos meios tecnológicos contemporâneos, com o
mercado cultural.
93
Avaliação Teatro: saber improvisar e atuar nas situações de jogo; estar capacitado
para criar cenas escritas ou encenadas, reconhecendo e organizando os recursos para a
estruturação; estar capacitado a emitir opiniões sobre a atividade teatral, com clareza e
critérios fundamentados, sem discriminação estética, artística, étnica ou de gênero.
Avaliação Dança: saber mover-se com consciência, desenvoltura, qualidade e
clareza dentro de suas possibilidades de movimento e das escolhas que faz; conhecer as
diversas possibilidades dos processos criativos em dança e suas interações com a
sociedade; tomar decisões próprias na organização dos processos criativos individuais e
de grupo em relação a movimentos, música, cenário e espaço cívico; conhecer as
principais correntes históricas da dança e as manifestações culturais populares e suas
influências nos processos criativos pessoais; saber expressar com desenvoltura e
clareza, os critérios, suas idéias e juízos de valor a respeito das danças que cria e
assiste.
22.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
• CANTELE, Bruna Renata; LEONARDI, Ângela Cantele. Arte Linguagem Visual, V.01
e 02. Ed. IBEP
• BERTELLO, Maria Augusta. Minimanual de Pesquisa Arte, junho/2004.
• WISNIK, José Miguel. O Som e o Sentido Uma outra História das Musicas. Ed.
Companhia das Letras.
• SOARES, Carmem. Imagens da Educação no Corpo. Editora Autores
Associados, Campinas SP, 2005.
• Dança... Ensino, Sentidos e possibilidades na Escola. Editora Autores
Associados. A Arte de Fazer Arte, V. 05, 06, 07 e 08. Editora Saraiva.
• Arte – Linguagem Visual, V. 01 e 02. Editora IBEP.
94
23. DISCIPLINA DE BIOLOGIA
23.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O objeto de estudo da Biologia é a VIDA. A preocupação com a descrição dos seres
vivos e dos fenômenos naturais, levou o homem a diferentes concepções de VIDA, de
mundo e de seu papel enquanto parte deste mundo. Essa preocupação humana
representa a necessidade de garantir sua sobrevivência, já registrada pelo homem desde
o início da história através das pinturas rupestres e outros registros.
Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio
representam os modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que
representam o esforço para entender, explicar utilizar e manipular os recursos naturais.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes
concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o ensino, buscou-se na
História da Ciência os contextos históricos nos quais pressões religiosas, econômicas,
políticas e sociais que impulsionaram mudanças conceituais no modo como o homem
passou a compreender a natureza.
No ensino de Biologia, enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores
pertinentes às relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano
e o conhecimento, contribuindo para uma educação que formará indivíduos sensíveis e
solidários, capazes assim de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de
tomardecisões.
23.2 OBJETIVOS
• Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações de
homens e mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do mundo,
valorizando-o como instrumento para o exercício da cidadania competente;
• Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos de
senso comum relacionados a aspectos biológicos;
• Identificar as relações entre conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação da vida, as considerações de vida e as
95
concepções de desenvolvimento sustentável.
23.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Organização dos seres vivos
• Mecanismos Biológicos
• Biodiversidade
• Manipulação
23.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos
• Sistemas biológicos anatomia morfologia e fisiologia.
• Mecanismo de desenvolvimento embriológico.
• Mecanismo celulares biofísicos e bioquímicos.
• Teorias evolutivas
• Transmissão das características hereditárias
• Organismos geneticamente modificados.
• Dinâmica dos ecossistemas: relação ente os seres vivos e interdependência com
o ambiente.
23.5 METODOLOGIA
A abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos
estruturantes de modo que, ao introduzir classificação dos seres vivos como tentativa de
conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizado-os, seja
possível, também discutir o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo,a
extinção espécie o surgimento natural e induzido dos novos seres vivos. Desde modo a
abordagem do conteúdo ''Classificação dos seres vivos'' não se restringe a um único
conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho
poderia ser o conteúdo “organismos geneticamente modificados” partindo-se da
compreensão das técnicas de manipulação do DNA, comparando-as com o processo
96
naturais que determinam a diversidade biológica chegando a classificação dos seres vivos
Portanto é imprescindível que se perceba a interindependência entre os quatro
conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos sistemas
que constituem diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante
Mecanismo Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos seres vivos,
que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo inclusive, a
celula, seus componentes e respectivas funções.
Neste contexto é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida
como elemento da estrutura dos seres vivos, quanto um elemento que permite observar,
comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem do
conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos
diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade, envolvendo a
variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio
ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações
naturais e as produzidas pelo homem.
23.6 AVALIAÇÃO
Espera-se que o aluno:
• Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
• Estabeleça relações entre as características específicas do micro – organismos,
dos organismos vegetais e animais, e dos vírus;
• Classifique os seres vivos quanto ao número de células;
• Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural, e
molecular dos seres vivos);
• Compreenda a anatomia, morfológia, fisiologia e embriologia dos sistemas
biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,
esqueletico, excretor, sensorial e nervoso).
• Indentifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
• Reconheca a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos
que ocorrem no interior da células;
• Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma celula: digestão,
reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias.
97
• Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais
frequentes nos sistemas biológicos (histologia)
• Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução
das espécies;
• Reconheça a importância da estrutura genética para a manutenção da diversidade
dos seres vivos;
• Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os
seres vivos;
• Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as
relações existentes entre estes;
• Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para a manutenção
do equilíbrio dos ecossistemas ;
• Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados
decorrentes de sua aplicação / ultilização;
• Comprrenda e evolução histórica da contrução sos conhecimentos biotecnológicos
aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e a solução de problemas
sócio-ambientais;
• Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo
homem na diversidade biológica;
• Analise e discuta interresses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da
pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.
23.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006.
• BACHELARD, G. A epistemologia. Rio de Janeiro: Edições 70, 1971.
• CARVALHO, A. M. P. & GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de ciências:
tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2001.
• CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2005.
• BIZZO, N. Ciências Biológicas. In: BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.
Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004. p. 148-149.
98
• ANDERY, M. A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica.
São Paulo: EDUC, 1988.
24. DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FíSICA
24.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A crise que a Educação Física enfrentou a partir de meados da década de 1980
conduziu ao questionamento das práticas pedagógicas escolares desenvolvidas pela
disciplina, o que implicou, dentre outros aspectos, a necessidade de reflexão mais
aprofundada sob o ponto de vista ético.
Por exemplo, segundo Bracht (1992) as concepções funcionalistas da Educação
Física tradicional inserem as crianças, por meio do esporte, nas regras e condutas de
uma sociedade pré-estruturada. O autor considera que este tipo de visão desvaloriza a
crítica em favor da adaptação ao mundo do consumo e rendimento. Dessa forma, o
esporte reflete valores que serão inculcados nos alunos. O educador, nessa visão da
sociedade capitalista, assume o papel de autoridade moral que deve socializar em
conformidade com as representações da sociedade moderna. A escola, em conformidade
o projeto moderno da modernidade, é a principal reguladora da formação de um sujeito
racional, que não desviará suas atenções do lucro e competitividade. O esporte como
instituição representante do capitalismo educa as novas gerações “para uma sociedade
competitiva na qual o princípio do rendimento se impôs”, e, com isso, “oferece a
oportunidade para a aprendizagem de diferentes papéis sociais” (BRACHT, 1992, p. 60-61).
Betti (1998), destaca alguns valores presentes no discurso televisivo sobre o esporte:
vitória, esforço intenso, medalhas, dinheiro, sucesso na vida. Contudo, o autor salienta
que os valores que se apresentam nas mídias possuem caráter polissêmico; o esporte,
embora atrelado à competição, também pode estar associado a caminhar, andar de
bicicleta ou praticar montanhismo. É tal caráter polissêmico que permite dar importância
ao papel das mediações múltiplas no processo de recepção das imagens midiáticas, pois
é preciso eleger os códigos culturais que o espectador ativa quando interpreta os
discursos midiáticos, e assim por em evidência os valores e atitudes a serem trabalhados
com os alunos. Portanto, entendemos que uma Educação Física compromissada com um
99
projeto de transformação da sociedade não pode dissociar do seu projeto político-
pedagógico a questão da construção de valores no âmbito da cultura corporal de
movimento.
A prática educativa da Educação Física, portanto, torna-se uma ação pedagógica que
tem como referencial os valores da cultura corporal de movimento, os quais são
decisivamente influenciados pelos discursos midiáticos.
Segundo Betti (2006), é fundamental e urgente, para um projeto de atualização da
Educação Física escolar, a análise/interpretação dos produtos das mídias, a partir da
elucidação dos sentidos veiculados nos discursos midiáticos que tenham como tema a
cultura corporal de movimento.
A Educação Física, como disciplina escolar, precisa preocupar-se com o
desenvolvimento moral de seus alunos; para tanto, é fundamental que se focalize os
esforços em duas questões: a primeira diz respeito à construção de valores que estejam
fundados em princípios universais e sustente a equidade como condição de igualdade e
justiça numa sociedade democrática; e a segunda diz respeito aos valores e atitudes
específicos da cultura corporal de movimento.
24.2 OBJETIVOS
• Oportunizar aos alunos a vivência da expressão corporal como linguagem;
• Enriquecer a vida de movimentos dos alunos com possibilidades de movimentos
construídos histórica e culturalmente pela humanidade;
• Oportunizar o uso imediato das atividades da cultura corporal (jogos, esportes,
lutas, danças e ginásticas) aos alunos nas aulas de educação física;
• Favorecer ao aluno o uso dos temas da cultura corporal em espaço e tempos extra-
escolares;
• Discutir valores éticos, políticos e sociais da corporeidade humana na realidade
regional dos alunos através dos jogos cooperativos;
• Oportunizar ao aluno vivência do movimento humano no contexto escolar, de modo
que reelabore, amplie e o utilize como uma nova prática social;
• Oportunizar atividades da cultura corporal com ênfase na ludicidade, sem deixar de
abordar temas na perspectiva normatizada e institucionalizada;
• Oportunizar a aquisição, o aprimoramento e a combinação de variadas formas de
100
movimentos (elementares e habilidades específicas);
• Oportunizar a vivência e a organização de atividades de movimento em grupos
heterogêneos nos mais variados aspectos (gênero, raça, habilidades …);
• Relacionar a educação física com temas periféricos como atividade física,
educação, saúde, energia, consciência corporal, lazer, trabalho, sexualidade,
cidadania, consumo, meio ambiente e cultura.
24.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Ensino fundamental e médio
• Jogos
• Ginástica
• Esportes
• Dança
• Lutas
24.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
JOGOS E BRINCADEIRAS
• Jogos cooperativos
• Jogos pré-desportivos
• Jogos de tabuleiro
• Jogos da cultura popular brasileira
• Vivências teórico-práticas dos diversos jogos
GINÁSTICAS
• Principais tipos e/ou variações de ginástica praticadas na atualidade
• Vídeos explicativos sobre a prática de alguns tipos de ginástica
• Movimentos elementares da ginástica (rolamentos, saltos, etc)
• Introdução a qualidade de vida (higiene e hábitos saudáveis de vida)
101
ESPORTES
Atletismo
• Histórico do atletismo
• Principais provas do atletismo (saltos, corridas e arremessos)
• Fundamentos técnicos e vivência prática (lúdica) das principais provas do atletismo
Futsal
• Histórico do futsal
• Regras básicas (bola, quadra, trave, tempo de partida e número de jogadores)
• Fundamentos técnicos e vivência prática (lúdica) do futsal
Handebol e Basquetebol
• Histórico do handebol e do basquetebol
• Regras básicas (bola, quadra, tabela, trave, tempo de partida e número de
jogadores)
• Fundamentos técnicos e vivência prática (lúdica) do handebol e do basquetebol
Voleibol
• Histórico do voleibol
• Regras básicas (bola, quadra, rede, poste, duração da partida e número de
jogadores)
• Fundamentos técnicos e vivência prática (lúdica) do voleibol
Dança
• Principais tipos e/ou variações de danças praticadas na atualidade
• Vídeos explicativos sobre a prática de alguns tipos de danças
Lutas
• Principais lutas praticadas na atualidade (boxe, tae kwondo, judô, capoeira, caratê,
etc)
• Vídeos explicativos sobre a prática de alguns tipos de lutas
102
6ª Série / 7º Ano
Jogos e brincadeiras
• Jogos cooperativos
• Jogos pré-desportivos
• Jogos de tabuleiro
• Jogos da cultura popular brasileira
• Vivências teórico-práticas dos diversos jogos
Ginásticas
• Principais tipos e/ou variações de ginástica praticadas na atualidade
• Vídeos explicativos sobre a prática de alguns tipos de ginástica
• Movimentos elementares da ginástica (rolamentos, saltos, etc)
• Introdução a qualidade de vida (prevenção e emergência – primeiros socorros,
lesões ósseas, lesões articulares, lesões musculares, atividade física e saúde)
• Pesquisa no laboratório de informática.
ESPORTES
Atletismo
• Visita à pista de atletismo
• Principais provas do atletismo (saltos, corridas e arremessos)
• Fundamentos técnicos e vivência prática (lúdica) das principais provas do atletismo
Futsal
• Regras básicas (bola, quadra, trave, tempo de partida e número de jogadores)
• Fundamentos técnicos e vivência prática (lúdica) do futsal
Handebol e Basquetebol
• Regras básicas (bola, quadra, tabela, trave, tempo de partida e número de
jogadores)
• Fundamentos técnicos e táticos e vivência prática do handebol e do basquetebol
103
Voleibol
• Regras básicas (bola, quadra, rede, poste, duração da partida e número de
jogadores)
• Fundamentos técnicos e vivência prática (lúdica) do voleibol.
Dança
• Principais tipos e/ou variações de danças praticadas na atualidade
• Vídeos explicativos sobre a prática de alguns tipos de danças
• Pesquisa no laboratório de informática.
Lutas
• Principais lutas praticadas na atualidade (boxe, tae kwondo, judô, capoeira, caratê, etc)
• Vídeos explicativos sobre a prática de alguns tipos de lutas
• Pesquisa no laboratório de informática.
7ª Série / 8º Ano
Jogos e brincadeiras
• Jogos cooperativos
• Jogos pré-desportivos
• Jogos de tabuleiro
• Vivências teórico-práticas dos diversos jogos
Ginásticas
• As ginásticas praticadas na atualidade (esporte, academias, etc)
• Vídeos explicativos sobre a prática de alguns tipos de ginástica
• Introdução a qualidade de vida (prevenção e emergência – primeiros socorros,
postura e desvios posturais, nutrição, antropometria – medidas relacionadas ao
corpo, como massa corporal, estatura, cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC) e
IMC Percentil, Taxa Metabólica Basal e em Exercício – teste de resistência
abdominal, teste de resistência aeróbica 12´´, teste de velocidade/agilidade –
modelo “shutlle run”)
• Pesquisa no laboratório de informática.
104
Esportes
Atletismo
• Visita à pista de atletismo e vivência prática das provas de corridas, saltos e
arremessos
• Principais provas do atletismo (programa olímpico)
• Fundamentos técnicos e vivência prática das principais provas do atletismo.
Futsal
• Fundamentos técnicos do futsal (chute, passe, cabeceio, goleiro)
• Fundamentos táticos do futsal (movimentação em quadra com e sem bola, sistema
defensivo e sistema ofensivo)
• Vivência prática do futsal (torneio inter-classes).
Handebol e Basquetebol
• Fundamentos técnicos do handebol e do basquetebol (passe, arremesso, goleiro)
• Fundamentos táticos do handebol e do basquetebol (movimentação em quadra
com e sem bola, sistema defensivo e sistema ofensivo)
• Vivência prática do handebol e do basquetebol.
Voleibol
• Fundamentos técnicos do voleibol (recepção/passe, saque, bloqueio, ataque, líbero)
• Vivência prática do voleibol
• Fundamentos tático do voleibol (movimentação em quadra com e sem bola,
sistema de rodízio, infiltração).
Dança
• Principais tipos e/ou variações de danças praticadas na atualidade
• Vídeos explicativos sobre a prática de alguns tipos de danças
• Pesquisa no laboratório de informática (danças folclóricas).
Lutas
• Principais lutas praticadas na atualidade (boxe, tae kwondo, judô, capoeira, caratê, etc)
105
• Vídeos explicativos sobre a prática de alguns tipos de lutas
• A luta genuína brasileira – a capoeira
• Pesquisa no laboratório de informática.
Jogos e brincadeiras
• Jogos cooperativos
• Jogos de tabuleiro
• Vivências teórico-práticas dos diversos jogos.
Ginásticas
• As ginásticas praticadas na atualidade (esporte, academias, etc)
• Vídeos explicativos sobre a prática de alguns tipos de ginástica
• Pesquisa no laboratório de informática
• Introdução a qualidade de vida (sistema locomotor, musculatura específica para as
modalidades esportivas, fontes de energia, nutrição, antropometria – medidas
relacionadas ao corpo, como massa corporal, estatura, cálculo de Índice de Massa
Corporal (IMC) e IMC Percentil, Relação Cintura e Quadril (RCQ), Taxa Metabólica
Basal e em Exercício – teste de resistência abdominal, teste de resistência
aeróbica 12´´, teste de velocidade/agilidade – modelo “shutlle run”);
Esportes
Atletismo
• Vivência prática das provas de corridas, saltos e arremessos na pista de atletismo
• Principais provas do atletismo (programa olímpico)
• Fundamentos técnicos e vivência prática das principais provas do atletismo.
Futsal
• Fundamentos técnicos do futsal (chute, passe, cabeceio, goleiro)
• Fundamentos táticos do futsal (movimentação em quadra com e sem bola, sistema
defensivo e sistema ofensivo)
• Vivência prática do futsal (torneio inter-classes).
106
Handebol e Basquetebol
• Fundamentos técnicos do handebol e do basquetebol (passe, arremesso, goleiro)
• Vivência prática do handebol e do basquetebol
• Fundamentos táticos do handebol e do basquetebol .
Voleibol
• Fundamentos técnicos do voleibol (recepção/passe, saque, bloqueio, ataque, líbero)
• Fundamentos tático do voleibol (movimentação em quadra com e sem bola,
sistema de rodízio, infiltração)
• Vivência prática do voleibol.
Dança
• Principais danças praticadas na atualidade (break)
• Vídeos explicativos sobre a prática de alguns tipos de danças
• Pesquisa no laboratório de informática.
Lutas
• Principais lutas praticadas na atualidade (boxe, tae kwondo, judô, capoeira, caratê, etc)
• Vídeos explicativos sobre a prática de alguns tipos de lutas.
MÉDIO
ESPORTES
• Coletivos
• Individuais
• Radicais.
JOGOS E BRINCADEIRAS
• Jogos de tabuleiro
• Jogos dramaticos
• Jogos cooperativos.
107
DANÇA
• Dança folclorica
• Dança de salão
• Danças de rua.
GINÁSTICA
• Ginastica artisitica/ olimpica
• Ginastica de condicionamento Fisico
• Ginastica geral.
LUTAS
• Lutas com aproximação
• Lutas que mantém à distancia
• Lutas com instrumento mediador
• Capoeira.
24.5 METODOLOGIA
Elaborados os objetivos e selecionados os conteúdos mais relevantes para a
comunidade em questão, torna-se necessário estabelecer as estratégias, ou seja, a
metodologia a ser utilizada para que se alcance os objetivos do programa proposto, pois,
esta variável é a que determinará as ações e a mediação que o professor aplicará durante
sua prática pedagógica. Nesta ótica a metodologia de ensino constitui-se como um fator
primordial e determinante na contribuição que o componente curricular Educação Física
pode representar no currículo.
Os conteúdos selecionados, organizados e sistematizados devem promover uma
concepção científica de mundo, uma formação de interesses e manifestações de
possibilidades e aptidões para conhecer a natureza e a sociedade (COLETIVO DE
AUTORES, 1992). Ainda tomando como referência a mesma obra, a aula deve aproximar
o aluno da percepção da totalidade de suas atividades, uma vez que lhe permite articular
uma ação – do que faz – (procedimentos), com o pensamento sobre ela – o que pensa –
(conceitos) e com o sentido que dela tem – o que sente – (atitudes).
As tendências atuais no campo da Educação Física têm apontado um caráter de
108
humanização ao levar em conta, fatores como: os conhecimentos prévios trazidos pela
criança quando chega à escola, as características educacionais relativas à aprendizagem
motora e os aspectos sociopolíticos envolvidos no processo. Isso significa considerar o
ser humano como uma totalidade multidimensional (social, afetiva, cognitiva, cultural e
motora) (PÉREZ GALLARDO, 1998).
Atualmente, admite-se que os conteúdos escolares não devem ser exclusivamente
dirigidos ao desenvolvimento do raciocínio lógico ou à memorização de informações
(FREIRE, 2003). No caso da Educação Física escolar, acrescentamos que não se deve
também privilegiar apenas os conteúdos procedimentais, ou seja, as atividades físicas e
corporais envolvidas no programa. Os conteúdos atitudinais e conceituais ou factuais,
constituem-se como parte importante do programa, para uma formação consciente e
crítica do aluno.
24.6 AVALIAÇÃO
Podemos afirmar que nas relações interpessoais comunicativas existem valores pré
dispostos que acarretam posições políticas persuasivas. A relação professor-aluno não
foge dessa realidade. Desde seu início no âmbito nacional, a educação física carrega os
valores herdados de seus primeiros adeptos, a escola militar.
A disciplina e o autoritarismo eram valores marcantes atribuídos a uma sociedade
acrítica, dominada por essa política controladora. Conforme a educação física escolar
evoluiu, esses valores foram questionados e criticados, porém resquícios desses valores
são facilmente observados nas aulas de educação física até os dias atuais,
principalmente quando se trata de avaliação.
O professor se esconde atrás dos conceitos avaliativos (aprovação e reprovação)
para exigir de seus alunos a disciplina, ou seja, usa a avaliação de forma autoritária
exatamente como nas antigas tendências clássicas da educação física.
Dessa forma a avaliação torna-se uma arma do professor para impor suas condutas
normalmente indiscutíveis e, portanto, autoritárias.
Entendendo a utilização do processo avaliativo como um ato político entendemos
também que trazer esse processo de volta a suas reais funções, que é a de situar o aluno
em relação aos objetivos fixados no planejamento, é também um ato político.
109
Portanto, a avaliação terá a função de diagnosticar as potencialidades e o
desempenho do aluno, do professor e do ensino em si.
Os instrumentos para a avaliação serão: processos dialógicos, relatórios, atividades
de pesquisa, vivências e experiências de movimentos (avaliação prática), análise de
situações, parecer descritivo (avaliação escrita), auto-avaliação e sugestões para a
disciplina.
24.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• BETTI, M. . Ensino de 1o e 2o graus: educação física para quê?. Revista
Brasileira de Ciências do Esporte, v. 13, n. 2, 1992.
• BRACHT, V. et al. Pesquisa em ação: educação física na escola. RS, Unijuí,
2003.
• COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física São
Paulo, Cortez, 1992.
• COLL, C. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica à
elaboração do currículo escolar. São Paulo, Ática, 2003.
• DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. Educação Física na escola: implicações para
a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara- Koogan, 2005. 293 p.
• FERRAZ, O. L. Educação Física Escolar: conhecimento e especificidade.
Revista Paulista de Educação Física p. 16-22, 1996.
FERRAZ, O. L. Os profissionais de educação infantil: intervenção e pesquisa.
Revista Paulista de Educação Física São Paulo, Supl.4, p. 95-109, 2001.
• FREIRE, J. B., SCAGLIA, A. J. Educação como prática corporal. São Paulo,
Scipione, 2003.
• ALLARDO, J. S. P, OLIVEIRA, A. B. O, e ARAVENA, C. J. O. Didática da
Educação Física. São Paulo, FTD, 1998.
110
• LEWIN, K. Dinâmicas de grupos. São Paulo, Cultrix, 1973.
25. DISCIPLINA DE ESPANHOL
25.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras e a estrutura do currículo escolar
sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e
econômica ao longo da história. As propostas curriculares e as metodologias de ensino
são instigadas a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a
propiciar às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos. Com a criação do Mercosul e o estreitamento das relações entre países da
América Latina, um novo painel vem se apresentando nos últimos anos, abrindo novas
perspectivas para o Ensino do Espanhol, o que permitirá aos alunos terem contato com
uma outra língua estrangeira além da língua inglesa e, por isso, com uma maior
pluralidade cultural.A língua estrangeira na sala de aula deve ser um espaço de análise
de construções discursivas portadoras de diferentes culturas e ideologias, associadas aos
seus contextos de produção e às comunidades que as interpretam, constroem e são por
elas construídas. Além de possibilitar o entendimento da língua como um construto
humano em constante transformação, a aula de Língua Estrangeira é também um espaço
em que o aluno pode ampliar o seu contato com outras formas de conhecer e interpretar
diferentes construções da realidade.
Entender a língua como um construto humano, dinâmico e revelador das
transformações pelas quais o homem tem passado, oferece aos alunos novas
possibilidades de leitura e um maior entendimento de construções da realidade diferentes
da sua, o que, em larga escala, pode contribuir para uma convivência mundial menos
agressiva e mais harmoniosa. O professor, ao trabalhar essa dinamicidade da língua,
deve apresentar aos alunos os mais diferentes e variados gêneros textuais, buscando
sempre levantar a finalidade do texto, para quem é dirigido e o contexto de sua produção.
A Proposta Curricular está, como as Diretrizes Curriculares, comprometida com o
resgate da função social e educacional da Língua Estrangeira, esperando que ao término
111
do Ensino, o aluno possa, dentro das suas possibilidades: usar a língua em situações de
comunicação oral e escrita; vivenciar na aula de Língua Estrangeira práticas que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; compreender que os
significados são construídos e, portanto, podem ser transformados pela prática social; ter
uma maior consciência do papel das línguas na sociedade; reconhecer e compreender a
diversidade, como também os benefícios que ela traz.
Uma vez que o idioma Espanhol é falado por uma parte tão próxima e tão importante
da humanidade, aprendê-lo equivale a aprender como viver melhor num mundo onde as
informações são essenciais à própria sobrevivência de empresas e indivíduos. Mesmo
que ainda possa ser considerado caótico e embrionário em muitos aspectos, o processo
de globalização do planeta em pleno curso, mostra-se cada vez mais inevitável.
Segundo Gimenez (2005), a língua se constitui como um espaço de comunicação
intercultural, exercendo “o papel de mediadora das relações entre pessoas de diferentes
línguas maternas”, tendo em vista que existe, aproximadamente, mais de 300 milhões de
falantes nativos e mais de 1 bilhão de usuários no mundo todo, sendo a língua usual em:
livros, jornais, aeroportos e controle de tráfego aéreo, negócios internacionais e
conferências acadêmicas, ciência, tecnologia, medicina, diplomacia, esportes,
competições internacionais, música pop e propaganda.
25.2 OBJETIVOS
O ensino da disciplina de língua espanhola justifica-se pelo fato de que a
aprendizagem de Língua Estrangeira (LEM) contribui para que o aluno:
• Colabore na ampliação da visão de mundo do aluno, tornando-o mais crítico e
reflexivo;
• Priorize a competência para a leitura e a compreensão de textos escritos,
acompanhando o aluno na construção do vocabulário e leitura;
• Possibillte ao aluno maior percepção de sua própria cultura, por meio do
conhecimento e da cultura de outros povos;
• Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
• Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país;
112
• Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
25.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL.
25.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE
ORALIDADE (ORALIDAD)
• Compreensão e expressão oral sobre os textos estudados nas aulas;
• Variedades linguísticas;
• Atos da fala (imagens, poemas e charges);
• Declamação de poema;
• Narração de experiências pessoais;
• Inferência de significados das palavras a partir de um contexto (cognatos etc..);
• Argumentação com temas polêmicos;
• Música (pronúncia, vocabulário e análise linguística);
• Exemplos de pronúncias e de vocabulários da língua estudada em diversos países.
LEITURA (LECTURA)
• Apresentação de textos de diversos gêneros discursivos: tiras, charges, música,
artigos de jornal, filmes, desenhos animados, sinopse, comentários, blog, texto de
opinião, rótulos, dentre outros;
• Interpretação de tema do argumento principal e dos secundários;
• Estudo de vocabulário específico presente nos textos;
• Diferenciação dos textos publicitários, informativos e argumentativos.
ESCRITA (ESCRITA)
• Produção e re-estruturação de pequenos textos, descritivos e informativos;
• Pesquisa sobre os assuntos em estudo para ampliação de vocabulário e
113
construção argumentativa;
• Coesão e coerência;
• Produção de diálogos com temas atualizados;
• Adequação ao gênero: elementos composicionais e elementos formais.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
• El alfabeto español;
• El dicionário(Monolingue, Bilingue)
• Verbos llamarse;
• Estudiar/Estar/Ser;
• Presente del Indicativo;
• Numerales Cardinales;
• Días de la semana;
• Horas;
• Interrogativos
• Cuerpo Humano;
• Sílaba tónica;
• Utiles de la casa;
• Alimentos;
• Dónde/De Dónde/Adónde;
• Los Artículos;
• El Gerúndio;
• Muy o Mucho.
OUVIR (OÍR)
• Compreensão de diálogos, entrevistas, canção, poema e diário;
• Filmes, observando as características importantes do cenário, personagem e
época.
25.5 METODOLOGIA
114
As aulas de língua espanhola serão desenvolvidas a partir do estudo de texto
(verbal e não-verbal), concebido enquanto uma unidade de sentido, conforme o
encaminhamento metodológico que segue:
• Leitura de textos verbais e não verbais (compreensão e interpretação, processo
que não se restringe à leitura oral em voz alta ou tradução dos textos, mas à produção de
sentidos);
• Análise textual (tipo de texto dentro da diversidade de gêneros);
• Análise temática (tema do texto);
• Análise linguística (recursos linguísticos);
• Atividades para uso da língua (exercícios escritos de leitura, compreensão,
interpretação e análise linguística de textos);
• Produção de textos (verbal ou não-verbal);
• Re-estruturação textual (re-escrita);
• Exposição e troca de textos produzidos entre alunos da escola e de outras
escolas.
25.6 AVALIAÇÃO
Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo
de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor, bem como,
proporcionar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra no recurso
pedagógico.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades
dos alunos e proporcionar ao professor subsídios para uma prática pedagógica
diferenciada que vise solucionar tais dificuldades contribuindo para a formação do aluno
de maneira que este tenha através da avaliação, uma aprendizagem continuada.
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, para que o professor
repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de
seus alunos.
Analisando os seguintes critérios:
LEITURA (LECTURA)
• Apresentar clareza nas ideias;
115
• Argumentar a respeito do que leu;
• Estabelecer diálogos coerentes, utilizando pronúncia e a entonação do idioma .
• Indentificar diferentes gêneros textuais, tais como: informativos, narrações,
descrições, poesias,
• Tiras, correspondência, receitas, bulas de remédios, folders, outdoors, placas de
sinalização, rótulos e embalagens e etc.;
ORALIDADE (ORALIDAD)
• Identificar informações expressas em diferentes formas de linguagem (verbal e não
verbal); Identificação da ideia principal de textos;
• Responder e comentar a respeito dos textos;
• Ler em voz alta, utilizando a pronúncia e entonação correta do idioma em estudo
para ser compreendida.
ESCRITA (ESCRITA)
• Escrever textos com o objetivo de ser bem compreendido no processo de
interlocução;
• Re-escrever o próprio texto, fazendo as adequações necessárias de acordo com o
gênero textual, a linguagem e o interlocutor com o auxílio do professor e colegas;
• Inferir significados a partir de um contexto;
• Compreender e expressar oralmente sobre os textos estudados nas aulas.
OUVIR (OÍR)
• Usar o vocabulário e as estruturas textuais, empregando-os em outros
contextos.
25.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental da Rede
de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna.
• GARCIA, Maria de Los Angeles, HERNÁNDES, Josephine Sánchez. Español sin
Fronteras. Editora Scipione.
116
• SOUZA, Jair de Oliveira. Español para Brasileño. Editora FTD.
• Vários autores. Livro Didático Publico: Língua Estrangeira Moderna –
Espanhol e Inglês. Curitiba: SEED-PR, 2006.
26. DISCIPLINA DE FÍSICA
26.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Os discursos dos livros didáticos, de uma maneira geral, mostram uma
preocupação com a Física como uma ciência que permite compreender uma imensidade
de fenômenos físicos naturais. No entanto, neles os aspectos quantitativos se sobrepõem
aos qualitativos e conceituais, privilegiando a resolução de problemas que, geralmente,
recaem em trabalho matemático que apresenta respostas prontas.
Neste contexto, os alunos não entendem os objetivos do estudo da disciplina, pois
ficam envoltos em conteúdos desvinculados da realidade, transparecendo aos alunos
uma idéia de que a física é um campo de conhecimento pronto e acabado, idealizado por
grandes gênios e somente acessível a eles.
26.2 OBJETIVO
O ensino de física centrado em conteúdos e metodologias devem ser capaz
de levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva de
que esta não é somente fruto da racionalidade científica. É preciso ver o ensino da física
“com mais gente e com menos álgebra, a emoção dos debates, a força dos princípios e a
beleza dos conceitos científicos” (MENEZES, 2005).
Entende-se, então, que a física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para
cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre
o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas
117
seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e
culturais. O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes,
propostos nas Diretrizes Curriculares tem base na evolução histórica das ideias e dos
conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático
como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de Física à
memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente matematizados e
tomados como verdades absolutas, como coisas reais. Ressalta-se a importância de um
enfoque conceitual para além de uma equação matemática, sob o pressuposto teórico de
que o conhecimento científico é uma construção humana .
26.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Movimento
• Termodinâmica
• Electromagnetismo
26.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Momentão e inércia (conservação da quantidade de movimento (momentão)
• Variação da quantidade de movimento = impulso
• 2ª Lei de Newton
• 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio.
26.5 METODOLOGIA
O contexto histórico-social, discutindo a contrução científica como um produto da
cultura humana, sujeita ao contexto de cada época.
A Epistemologia, a História e a filosofia da ciência - uma forma de trabalhar é a
utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que
eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a
compreesão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos
118
encontrados;
O reconhecimento da física como um campo teórico, ou seja consideram-se
prioritários os conceitos fundamentais que dão sustentação a teória dos movimentos,
pois de entende que, para ensinar uma teória cientifica, é necessario o dominio e
ultilizaçaõ de linguagem prria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência.
Portanto, é fundamental o dominio das idéias, das leis, dos conceitos e definições
presentes na teoria e sua linguagem cientifíca.
As relações da Fisíca com a Fisíca e com outro campos do conhecimento; O
contexto social dos estudantes ,seus cotidianos e só jogos e brincadeiras que fazem
parte deste cotidiano;
As concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e ideias em
Física como possíveis pontos de partida para problematizações;
Textos de divulgação científica, literários, etc a ciência dos movimentos não se
esgota em Newton e seus sucessores. Propõe-se uma discusão em conjunto com o
quadro teorico da Física no final do século XIX, em especial as dúvidas que inquietavam
os cientistas a respeito de algumas questões que envolviam o eletromagnetismo, as
tentativas de adaptar o eletromagnetismo à mecânica, o surgimento do Princípio da
incerteza e as consequncias para a fisica clássica.
26.6 AVALIAÇÃO
• Espera-se que o aluno formule uma visão geral da ciência (Física) presente no final
do século XIX e compreenda a visão de mundo dela decorrente;
• Compreenda a limitação do modelo clássico o estudo dos movimentos de
partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios (entre
eles o da incerteza);
• Perceba a necessidade de redefinir o conceito de massa inercial, espaço e tempo
e, como consequência, um conceito básico da mecânica clássica: trajetória;
• Compreenda o conceito de massa, como uma construção cientifíca ligada à
concepção de força, entendendo-a como uma resistência à variação do movimento, ou
seja, uma constante do movimento e o momentum como uma medida dessa resistência
(translação);
• Compreenda o conceito de momento de inércia, como a dificuldade apresentada
119
pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e a distribuição
dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a diminuição do momento de
inércia implica um aumento de velocidade de giro e vice-versa.
• Associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um
sistema à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração) e à
concepção de massa e inércia;
• Entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc)
como dependentes do referencial e de natureza vetorial;
• Perceba em seu cotidiano, movimentos simples que acontecem devido à
conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da
quantidade de movimento translacional ou linear;
• Compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os
movimentos rotacionais;
• Perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros ,tantos
os translacionais como rotacionais .
• Perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a
aplicação de uma forma em pontos diferentes deste corpo;
• Aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na 1ª lei de
Newton e as noções de equilíbrio estável e instável;
• Reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações.
26.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• CANALLE, J. B. G.. O Problema do Ensino da Órbita da Terra. In: Revista Física
na Escola, v.4, n.o 2, p. 12-16, 2003.
• CARVALHO, D. de. História geral – Idade Moderna. Vol. 3. Rio de Janeiro:
Record Cultural, 1996.
• DIAS, M. C.; SANTOS, W. M. S.; SOUZA, M. T. M. A Gravitação Universal. In:
Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 26, n. 3, p. 257-271, 2004.
• HOBSBAWM, E. J.. A Era das Revoluções. 19. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
120
• MARTINS, R. de A.. O Universo – Teorias sobre sua origem e evolução. São
Paulo: Editora Moderna, 1997. Coleção Polêmica.
• NICOLSON, I. Gravidade, Buracos Negros e o Universo. Rio de Janeiro: Editora
Francisco Alves, 1981.
• NOGUEIRA, S. Prisioneiros de Aristóteles. In: www1.folha.uol.com.br/
folha/pensata/ult3193u3.shtml. Acesso em 09/10/2005.
• ROCHA J. F.. Origens e Evolução das Idéias da Física. Salvador: EDFBA, 2002.
27. DISCIPLINA DE INGLÊS
27.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Na Proposta Pedagógica deste estabelecimento de ensino e nas Diretrizes
Curriculares da Educação Básica para Língua Estrangeira Moderna afirma- se que “as
propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e
demandas sociais e contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos
historicamente produzidos às novas gerações” (DCE, 2008, p. 38).
Muitos estudos demonstraram a importância da aprendizagem de outras línguas para
a compreensão quanto aos valores sociais e culturais de outros povos e, no contexto
atual de nosso município, o ensino de Língua Estrangeira Moderna se justifica como
prioridade, pelo objetivo de desenvolver a competência comunicativa (linguística, textual,
discursiva e sociocultural), ou seja, este desenvolvimento deve ser entendido como a
progressiva capacidade de realizar a adequação do ato verbal às situações presentes no
cotidiano dos alunos.
Se concordarmos que a comunicação sempre ocorre por meio de texto, pode- se
dizer que o objetivo do ensino de Língua Estrangeira Moderna corresponde ao
desenvolvimento da capacidade de produzir e compreender textos nas mais diversas
situações de comunicação, reiterando a importância que a habilidade de compreensão e
expressão oral tem no ensino e aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna,
121
oportunizando ao aluno a possibilidade de compreender e expressar-se observando os
princípios da gramática e dos elementos culturais nos diferentes textos com os quais seja
colocado em contato durante o curso, nos quais será explorada a habilidade de
compreensão leitura visando à interpretação, a compreensão, a leitura e a produção (oral,
escrita e visual) de diferentes gêneros textuais.
Esta disciplina deve colaborar para a elaboração da consciência e identidade própria
do aluno, contribuindo assim, para sua formação, como sujeito que interage criticamente
com o mundo a sua volta. E deve servir de instrumento para que ele possa ter acesso a
novas informações, e assim, compreenda melhor o mundo, e construa um significado que
vai além daqueles possíveis na língua materna. A Língua Estrangeira Moderna deve ser
um agente transformador, que visa o uso efetivo da língua voltado para atender as
necessidades cotidianas dos alunos.
Bakhtin (1988) corroborando no âmbito do processo ensino aprendizagem, afirma
que a existência da palavra (no seu sentido amplo) só se dá no contexto real de sua
enunciação. Para este autor, os sentidos das palavras são múltiplos, não existindo
palavras vazias. Entretanto, as relações sociais ganham sentido pela palavra. Em função
dessa afirmação, Bakhtin trata a palavra como um fenômeno ideológico por excelência
(cf., 1988, p. 36). E continua, a palavra funciona com um termômetro da vida social e
permite que percebamos diferentes ideologias, condições sociais e hierarquias, ou seja, e
através da produção da palavra há a possibilidade de conhecermos certos valores sociais.
A categoria básica de concepção de linguagem em Bakhtin é a interação verbal. A
palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros (1988, p.113).
Compartilhando com a concepção de linguagem de Bakhtin, a disciplina de Língua
Estrangeira Moderna, vem se estabelecer a linguagem como constituídora da própria
consciência e organizadora pensamento, concluindo que o aprendizado do aluno se dá,
nas e pelas relações sociais que estabelece com outros grupos.
27.2 OBJETIVOS
• Dentre os objetivos de estudo de língua estrangeira, destacam-se os seguintes:
• Ampliar a visão de mundo de nossos alunos, tornando-os cidadãos mais críticos e
reflexivos;
• Fazê- los comparar sua própria língua com a língua estrangeira estudada, levar o
122
aluno a utilizar a língua de uma maneira ampla e crítica;
• Conscientizar o aluno do papel que a Língua Estrangeira representa no país,
assim valorizando ao uso de sua língua materna;
• Refletir através de novas experiências da comunicação humana, os costumes ou
maneiras de agir e interagir e as visões do seu próprio mundo, possibilitando maior
entendimento de um mundo;
• Cultivar a linguagem para um melhor relacionamento com os semelhantes, como
expressão do mundo interior e exterior do educando;
• Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais língua lhe possibilita o acesso a
bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo;
• Construir conhecimentos sistêmicos, sobre a organização textual e conhecimentos
da língua materna;
• Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações
diversas;
• Identificar dentro do sistema de línguas estrangeiras que o cercam, sentindo-se
parte e compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas desempenham em
determinado momento;
• Adquirir consciência lingüística e crítica dos usos da Língua Estrangeira, podendo
utiliza- la em diversas situações do cotidiano;
• Levar o educando a considerar o estudo da língua estrangeira (inglesa) como meio
de infiltrar na cultura de países que fala a língua inglesa;
• Observar a importância da língua inglesa, hoje considerada como instrumento de
comunicação universal;
• Levar o aluno progressivamente a ouvir, falar, ler e escrever em língua inglesa;
• Fazer com que o aluno pronuncie corretamente e obtenha entonação frasal;
• Levar o aluno a adquirir gradativamente estruturas básicas da língua inglesa;
• Levar ao aluno a compreensão de textos em inglês, fazendo os mesmos entender
suas flexões e ambigüidades em termos gramaticais assim como infinitivo e preposições
embasada em partículas
27.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Em Língua Estrangeira Moderna, o conteúdo estruturante é o Discurso como
123
prática social caracterizando os gêneros (textuais, do texto, discursivos, do discurso)
como conteúdos básicos abordados dentro das práticas discursivas. É preciso instruir o
aluno a relacionar a sua língua as praticas sociais e para que isso ocorra é necessário
explorar as práticas da oralidade, leitura e escrita a partir da seleção dos gêneros textuais,
que devem ser diversificados e possibilitando ao aluno a interação entre a fala que ele
escolhe e seus interesses pessoais e o gênero de discurso que a atenda.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Língua
Estrangeira Moderna (2008), a respeito da leitura discursiva no contexto de trabalho com
os alunos, tem- se:
Na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da
realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais critica em relação a tais
textos. Poderão rejeitá- los ou reconstruí- los a partir do seu universo de sentido, o qual
lhes atribui coerência pela construção de significados (Diretrizes Curriculares da
Educação Básica para Língua Estrangeira Moderna, 2008, p.65).
Já quanto ao trabalho com a escrita, devemos recordar que ela deve ser uma
prática contextualizada e que suas atividades são sócio- interacionais, cheias de
significados e intenções que expressam os valores sociais e culturais dos grupos e dos
momentos da sociedade a qual os alunos pertençam.
Ao selecionar os textos para trabalhar com os alunos o professor deve levar em
consideração as esferas sócias de circulação e os exemplos de gêneros constantes das
Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna.
Para MARCUSCHI (2008), o estudo dos gêneros textuais é hoje uma fértil área
interdisciplinar, principalmente para a linguagem em funcionamento e para as atividades
culturais e sociais. Porém os professores não devem conceber os gêneros como formas
estanques, nem como estruturas rígidas, como cita o autor, mas como formas culturais e
cognitivas de ação social, porque os gêneros são entidades dinâmicas que ocorrem
espontaneamente sem restrições ou limitações. MARCUSCHI (2008) cita ainda, a
comunicação verbal só é possível por meio de algum gênero textual.
Compartilhando desta premissa, BRONCKART cita a apropriação dos gêneros
como um mecanismo fundamental de socialização de inserção prática nas atividades
comunicativas humanas.(1999. p.103.)
Partindo destes pressupostos a disciplina de L.E. terá como objetivo principal a
exploração dos gêneros textuais, com o objetivo de despertar no aluno o desejo de
conhecer algo novo. E também propiciar ao aluno, uma melhor interação entre a pratica
124
social e o contexto sociocultural que ele está inserido.
27.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SERIE/6º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS
LEITURA
• Identificação do tema
• Intertextualidade
• Intencionalidade
• Léxico
• Coesão e coerência
• Funções da classes gramaticais no texto
• Elementos semânticos
• Recursos estilisticos (figuras de linguagem)
• Variedade linguisticas
• Acentuação gráfica
• Ortografia
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos
(como: aspas, travessão negrito);
ESCRITA
• Tema do texto
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Intencionalidade do texto
• Intertextualidade
• Condições de produção
• Informatividade
• Léxico
• Coesão e coerência
• Funções das classes gramaticais do texto
125
• Elementos semânticos
• Recursos estilisticos (figuras de linguagem)
• Variedades linguísticas
• Ortografia
• Acentuação gráfica
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (entre
aspas, travessão, negrito)
ORALIDADE
• Elementos extralinguisticos: entonação, pausas, gestos, etc.
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala
• Variações linguisticas
• Marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias, repetição
• Pronúncia
6ª SERIE/ 7º ANO
GENEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS
LEITURA
• Identificação do tema
• Intertextualidade
• Intencionalidade
• Léxico
• Coesão e coerência
• Funções da classes gramaticais no texto
• Elementos semânticos
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem)
• Variedade linguísticas,
• Acentuação gráfica
• Ortografia
• Marcas linguisticas : particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (entre
aspas, travessão, negrito)
126
ESCRITA
• Tema do texto
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Intencionalidade do texto
• Intertextualidade
• Condições de produção
• Informatividade
• Léxico
• Coesão e coerência
• Funções das classes gramaticais do texto
• Elementos semânticos
• Recursos estilísticos ( figuras de linguagem)
• Variedade linguísticas
• Ortografia
• Acentuação gráfica
• Marcas linguísticas : particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (entre
aspas, travessão, negrito)
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas : coesão, coerência, gírias, repetição
• Pronúncia
7ª SÉRIE/8º ANO
GENEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS
LEITURA
• Identificação do tema
• Intertextualidade
127
• Intencionalidade
• Léxico
• Coesão e coerência
• Funções da classes gramaticais no texto
• Elementos semânticos
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem)
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão negrito);
• Variedade linguisticas,
• Acentuação gráfica
• Ortografia
ESCRITA
• Tema do texto
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Intencionalidade do texto
• Intertextualidade
• Condições de produção
• Informatividade
• Léxico
• Coesão e coerência
• Funções das classes gramaticais do texto
• Elementos semânticos
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem)
• Variedade linguísticas
• Ortografia
• Acentuação gráfica
• Marcas linguisticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (entre
aspas, travessão, negrito)
ORALIDADE
128
• Elementos extralinguisticos: entonação, pausas, gestos, etc...
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala
• Variações linguísticas
• Marcas linguisticas : coesão, coerência, girias, repetição
• Pronúncia
8ª SERIE/ 9º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS
LEITURA
• Identificação do tema
• Intertextualidade
• Intencionalidade
• Léxico
• Coesão e coerência
• Funções da classes gramaticais no texto
• Elementos semanticos
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem)
• Variedade linguisticas
• Acentuação gráfica
• Ortografia
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão negrito);
ESCRITA
• Tema do texto
• Interlocutor
• Inalidade do texto
• Intencionalidade do texto
• Intertextualidade
• Condições de produção
• Informatividade
129
• Léxico
• Coesão e coerência
• Funções das classes gramaticais do texto
• Elementos semânticos
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem)
• Marcas linguisticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos ( entre
aspas, travessão, negrito)
• Variedade linguísticas
• Ortografia
• Acentuação gráfica
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, girias, repetição
• Pronúncia
ENSINO MÉDIO
GÊNEROS DISCURSIVOS A SEREM TRABALHADOS
1º ANO
• Adivinhas, álbum de família, bilhetes, cartas pessoais, comunicado, convite, diário,
musicas, par lendas, trava-linguas, receitas;
• Contos, crônicas, histórias em quadrinhos, lendas, memórias, narrativas (aventura,
humor, ficção cientifica), parodias, poemas;
• Palestras, pesquisa, relatório, resumo;
• Cartazes, debate, diálogo, júri simulado, mapas, relatos de experiências cientificas;
• Classificados, anuncio de emprego, caricatura, carta ao leitor e do leitor, cartum,
entrevista (oral e escrita), fotos, noticias, sinopse de filmes, tiras;
Comercial para televisão, email, folder, slogan, placas;
• Abaixo-assinado, cartas de emprego, reclamação, solicitação e panfleto;
130
• Boletim de ocorrência, contrato, estatutos, oficio, procuração, regimentos e
regulamentos,
• Bulas, manual técnico, texto argumentativo de opinião;
• Blog, chat, desenho animado, fotoblog, home Page, telejornal, torpedos.
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Informatividade;
• Intertextualidade;
• Referência textual;
• Léxico;
• Polissemia;
• Pronúncia;
• Fonética;
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego dos sentidos conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras eou expressões que denotam ironia e humor no texto;̸
• Polissemia;
131
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
recursos gráficos (aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem;
• Processo de formação das palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal nominal.̸
• Adjetivos possessivos ;
• Tempo passado dos verbos regulares e irregulares;
ORALIDADE:
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e do interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e gestuais,
pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos da fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
• Presente e passado do verbo to be;
• Dias da semana,estação do ano,meses,nacionalidade e nações;
• Presente perfeito e contínuo;
GÊNEROS DISCURSIVOS A SEREM TRABALHADOS
2º ANO
• Anedotas, cartas pessoais, cartão, cartão postal, diário, músicas, curriculum vitae,
fotos, piadas, receitas, relatos de experiências vividas;
132
• Autobiografia, biografia, crônicas de ficção, fábulas, fábulas contemporâneas,
haicai, memórias, narrativas (terror, fantásticas e míticas), romance;
• Artigo, conferencia, debate, relato histórico, verbetes;
• Ata, debate regrado, dialógico, discussão argumentativa, exposição oral, relato
• Histórico, resenha, seminário, verbetes de enciclopédias;
• Agenda cultural, artigos de opinião, charge, crônica jornalística, editorial, fotos,
horóscopo, infográficos, manchetes, reportagens, resenha critica;
• Assembléia, debate, debate regrado, discurso político “de palanque”, fórum, mesa
redonda;
• Constituição brasileira, declaração de direitos, leis;
• Resenha, resumo, verbetes de enciclopédias.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referencia Textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras eou expressões que denotam ironia e humor no texto;̸
• Polissemia;
• Marcas lingüísticas: coesão coerência, função das classes gramaticais no texto,
recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Léxico.
133
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referencia textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e ou expressões que denotam ironia e humor no texto;̸
• Polissemia;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação das palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal nominal.̸
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e do interlocutor;
• Adequação do discurso ao gênero;
134
• Turnos de fala;
• Variações lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
• Elementos extralingüísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual,
pausas...;
GÊNEROS DISCURSIVOS A SEREM TRABALHADOS
3º ANO
• Blogs,filmes,e-mails,chats,torpedos,relatos,narrativas,resenhas.
• Palestras, pesquisa, relatório, resumo;
• Narrativas histórias em quadrinhos,palestras,pesquisas,sinopses de filmes
notícias ,resenhas e textos argumentativos.
LEITURA
• Marcas linguísticas;
• Coesão e coerência;
• Função das classes gramaticais no texto;
• Pontuação e recursos gráficos;
• Finalidade e aceitabilidade do texto;
• Informatividade e situacionalidade;
• Partículas conectivas
ESCRITA
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Elementos do texto operadores argumentativos;
ORALIDADE
• Gírias;
• Elementos sêmanticos;
135
• Diferenças e semelhanças entre o disurso oral e o escrito;
• Discurso direto e indireto;
• Pronúncia;
• Fonética;
• Conteúdos temáticos;
• Elementos extralinguísticos;
• Adequação da fala ao contexto(uso de conectivos;
27.5 METODOLOGIA
A metodologia do ensino deve ter como base a construção através da interação
social. E seu encaminhamento metodológico em sala de aula deve considerar que as
línguas nas sociedades são mais do que meros instrumentos de acesso à informação,
elas são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o
mundo e de construir significados em diferentes contextos, inclusive os que são
desconhecidos pelos alunos.
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna deve ser o texto, verbal
ou não-verbal e assim as praticas do ensino de LE estarão subsidiadas pela apropriação
dos vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero
estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente
ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e somente depois de tudo isso,
a gramática em si, como estabelecido nas Diretrizes Curriculares.
Na escolha dos textos a utilizar com os alunos, o professor deverá lembrar que
esta escolha não deverá apenas facilitar a aprendizagem de algum aspecto da língua
estudada, mas também privilegiar os diferentes gêneros discursivos para possibilitar aos
alunos uma compreensão dos aspectos culturais dos povos que utilizam esta língua que
ele (aluno) está aprendendo.
No que se refere à metodologia, destaca- se ainda uma breve reflexão sobre o uso
dos livros didáticos, no qual faremos o uso da exemplificação de MARCUSCHI (2003): “O
livro didático, constitui um todo feito de partes que mantêm suas características. Por isso,
é um suporte e não um gênero”. (MARCUSCHI, 2003, p. 170.)
136
O professor é parte fundamental do processo de aprendizagem, ele deve ser o
mediador, aquele que faz a ponte entre o aluno e a cultura, o conhecimento e as formas
do aluno apropriar- se deste conhecimento.
Destaca-se ainda a importância de um professor questionador, aquele que usa na
sua metodologia recursos didáticos que façam o aluno se posicionar criticamente fazendo
o uso real da língua.
27.6 AVALIAÇÃO
O ato de avaliar é algo presente em todo o ser humano. Estamos sempre julgando
algo, a maneira de agir de alguém, segundo a nossa forma de ver a realidade, segundo
os nossos próprios valores e critérios, quando falamos em avaliação no âmbito escolar,
pelo menos nos nossos dias, deparamo-nos com o tema tão discutido, uma prática natural
do ser humano passou a ser um assunto controvertido.
Avaliar não é uma questão unicamente técnica, mas também não se restringe
meramente a um ato político. É, sim, uma atividade que exige uma postura consciente do
professor/educador.
A avaliação do rendimento do trabalho escolar será feita através de: observação da
participação do aluno em classe (reconhecer o sentido do que está sendo ouvido); testes
escritos (observar se o aluno assimilar o que foi estudado) trabalhos individuais e em
equipes (para que haja entre os alunos, maior sociabilidade), pesquisas (para que o aluno
amplie seus conhecimentos com a cultura que não a sua), participação em diálogos e
dramatizações (observar a desenvoltura e a sociabilização no educando).
A avaliação deve ser usada como subsídio para revisão de processo, e não como
controle de produtos ,deve ser o instrumento através do qual o professor verifica em que
medidas as suas práticas de ensino devem ser revistas.
Deve deixar de ser pontual, isto é, restrita a momentos de prova, sem ligação
estreita com o processo de aprendizagem do educando,a avaliação integrada, na qual o
progresso dos alunos é medido não apenas no que concerne à aprendizagem da língua
inglesa, mas também no que diz respeito às suas atitudes, tais como trabalho de
pesquisas, cooperação e responsabilidade com o grupo, capacidade de organização,
pontualidade na entrega das tarefas, uso correto da linguagem no nível a que se propõe,
etc.
137
Poderá ser feito avaliações como por exemplo:
• A participação e interesse do aluno em classe;
• Desempenho do aluno nas dramatizações;
• Aproveitamento demonstrado pelo aluno nos exercícios em classe;
• A execução de trabalhos escolares;
Deverão ser levadas em conta as diversas formas de avaliação utilizadas durante o
processo de ensino; a avaliação será constante tendo um caráter de diagnostico das
dificuldades e de assessoramento na superação das mesmas e deverá abranger:
avaliação da aprendizagem escrita; da aprendizagem oral, das atividades avaliativas e
das atividades extraclasse. Serão utilizados os mais variados instrumentos avaliativos
(atividades orais, de leitura escrita, provas, apresentações orais, seminários,
dramatizações e outros que atendam às especificidades do conteúdo trabalhado).
Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como das atividades
avaliativas e das atividades extraclasse de cada trimestre, será atribuída uma média de
acordo com o Projeto Político Pedagógico; posteriormente, uma média anual, como
determinado pela instrução Normativa n. 0192008, de 31 de outubro de 2008. ̸
27.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. BAKHTIN, M Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.
• BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Pauo: Martins Fontes, 1999.
• BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.
• BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais - ensino médio: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1999.
• JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação a teoria
138
literária. São Paulo: Ática, 1994.
• KOCH, Ingedore G. Villaça. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2003.
• MACHADO, Irene. Gêneros discursivos. In: BRAIT, Beth (org.). Bakhtin:
conceitos chave. São Paulo: contexto, 2005.
28. DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
28.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
“Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos
usos e costumes. Querer que a nossa pare no século de quinhentos, é um erro igual ao de afirmar que a
sua transplantação para a América não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influencia do povo é
decisiva.” (Machado de Assis).
Segundo as DCEs, a disciplina de Português na LDB nº 5692/71 passou a
denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries)
e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries), baseando-se,
principalmente, nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da comunicação, a disciplina
vinha dicotomizada em Língua e Literatura (com ênfase na Literatura Brasileira).
A divisão repercutiu na organização curricular: a separação entre gramática, estudos
literários e redação. O ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se, então, em
exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidade de leitura.
O estudo gramatical aparece no planos curriculares de português, desde as séries
iniciais, sem que os alunos, até as séries finais do ensino médio, dominem a
nomenclatura. A confusão entre norma e gramaticalidade é o grande problema da
gramática ensinada pela escola. O que deveria ser um exercício para o
falar/escrever/ler/interpretar melhor se transforma em uma camisa de força
incompreensível.
Os estudos literários seguem o mesmo caminho. A história da literatura costuma
ser o foco da compreensão do texto; uma história que nem sempre corresponde ao texto
139
que lhe serve de exemplo. O conceito de texto literário é discutível.
“A começar do nível mais elementar de relações com o poder, a linguagem constitui o arame
farpado mais poderoso para bloquear o acesso ao poder” (GNERRE, 1991).
As expressões humanas incorporam todas as linguagens, mas, para efeito didático,
a linguagem verbal será o material de reflexão, já que, para o professor de língua materna
é prioritária como instrumento de trabalho. O caráter sociointeracionista da linguagem
verbal aponta para uma opção metodológica de verificação do saber linguístico do aluno,
como ponto de partida para a decisão daquilo que será desenvolvido, tendo como
referência o valor da linguagem nas diferentes esferas sociais.
A unidade básica da linguagem verbal é o texto, compreendido como a fala e o
discurso que se produz, e a função comunicativa, o principal eixo de sua atualização e a
razão do ato linguístico.
Sendo assim o estudo da Língua Portuguesa/Literatura precisa pautar na
interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a
expressão oral e escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos
diferentes contextos e situações. Essas ações estão resumidas no domínio do discurso,
ou seja, o conteúdo estruturante da Língua Portuguesa/literatura é o discurso enquanto
prática social. Nesse sentido o estudo delas terá como objetivos:
• Aprimorar a capacidade comunicativa do aluno, tornadoiro mais participativo e
questionador, desenvolvendo e melhorando seus recursos de expressão oral e escrita,
aumentando os conhecimentos e o domínio linguístico nas mais variadas e diferentes
situações de uso, diferenciando língua padrão das gírias, dialetos, regionalismos, etc;
• Ampliar o domínio ativo do discurso nas diversas ações comunicativas, de modo a
possibilitar sua inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de
participação social no exercício da cidadania e que compreenda e que faça uso das
informações contidas nos textos e que possibilite reconstruir, organizar e praticar a
escrita e a oralidade na linguagem padrão;
• Desenvolver o domínio das atividades verbais, uma vez que é direito de todo
cidadão a educação linguística para a dimensão da cidadania;
• Garantir o domínio da leitura, escrita, fala e compreensão da realidade social;
• Utilizar a linguagem na escrita de produção de texto de modo a atender as
múltiplas demandas sociais.
140
28.2 OBJETIVOS
"O objetivo das aulas de língua portuguesa é oportunizar o domínio do dialeto padrão, devemos
acrescentar outra questão: a dicotomia entre ensino da língua/ensino da metalinguagem. A opção de um
ensino da língua considerando as relações humanas que ela perpassa (concebendo a linguagem como
lugar de um processo de interação), a partir da perspectiva de que na escola se poder oportunizar o
domínio de mais de outra forma de expressão, exige que reconsideremos ‘o que’ vamos ensinar, já que tal
opção representa parte da resposta do ‘para que’ ensinamos" (Geraldo, 1997:45).
O ensino da língua busca uma interação, e deverá ser ensinada sem segregá-la
para que os educandos tenham oportunidade de apropriar dos conteúdos e possam
compreender como a língua funciona e façam uso da mesma nas diferentes situações
“polifuncionais” ou seja, dentro das necessidades e no meio em que se encontram no
mundo contemporâneo.
Partindo desse pensamento a proposta da disciplina de Língua Portuguesa vem de
encontro à necessidade de valorizar o aluno, quanto a si mesmo e sua autoestima,
estimulando-o a pensar através de atividades direcionadas, lúdicas e diferenciadas que
propiciem uma reflexão da língua e permitam ao adolescente perceber a subjetividade da
vida, seus sonhos e possíveis caminhos a seguir, podendo apropriar de sua vida e tendo
a chance de projetá-la. É ainda, a oportunidade de transformar aspirações e sonhos
outrora impossíveis em metas e passos concretos que farão parte do seu cotidiano, pois
é na adolescência que ocorre o processo de construção da sua identidade.
“A começar do nível mais elementar de relações com o poder,
a linguagem constitui o arame farpado mais poderoso
para bloquear o acesso ao poder” (GNERRE, 1991).
28.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Discurso como prática social.
28.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
LEITURA
141
• Interpretação textual;
• Conteúdo temático ( africanidade, diversidade cultural e de gênero, regionalismos e etc.);
• Interlocutores;
• Intertextualidade;
• Informalidade;
ORALIDADE
• Variedades linguísticas;
• Intencionalidade da fala;
• Particularidades da pronúncia de algumas palavras;
• Papel do interlocutor e do locutor;
• Adequação da fala ao ambiente frequentado.
ESCRITA
• Linguagem formal e informal;
• Argumentação;
• Organização de ideias;
• Finalidade do texto.
ANALISE LINGUÍSTICA
• A pontuação e seus efeitos de sentido;
• Acentuação gráfica;
• Neologismo;
• Figuras de Linguagem;
• Particularidades de grafia;
• Conotação e Denotação;
• Vícios de linguagem;
• Classes de palavras;
28.5 METODOLOGIA
A metodologia para o ensino de Língua Portuguesa deve proporcionar situações
142
em que os alunos possam refletir sobre a heterogeneidade linguística, analisando suas
variantes, já que o falante se apropria da linguagem e dos conhecimentos em interações
sociais. Cabendo ao professor o papel de aprimorar as possibilidades do domínio
discursivo no âmbito da oralidade, da leitura e da escrita, proporcionando aos alunos a
oportunidade conceberem suas opiniões acerca da sociedade.
A linguagem é uma aquisição e transmissão de conhecimento em qualquer área
do saber; parte integrante da vida dos indivíduos, a leitura e a produção de textos
envolvem a diversidade dos tipos e gêneros, garantindo a coesão e a coerência,
habituadíssimo à correção e à refação, após a correção. Em relação aos aspectos formais
da língua (gramática e ortografia) deve ser um elemento de apoio linguístico, e como
suporte para as demais disciplinas, priorizando a reflexão sobre a língua, para uma
melhor compreensão de suas leituras e para a elaboração de textos claros, sem os
corriqueiros problemas com a utilização da norma culta.
Para BAKTHIN (1992), o enunciado seja ele constituído de uma palavra, uma frase,
ou uma sequência de frases – é a unidade de base da língua, é o próprio discurso, já que
é no enunciado que o discurso se constrói. O discurso, por sua vez, materializa-se em
práticas discursivas no texto. Daí a necessidade de o texto ser entendido e trabalhado e
sua dimensão discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de relações sociais.
Em síntese, o ensino da Língua abordará a leitura, a produção de texto e os
estudos gramaticais sob uma mesma perspectiva de língua – a perspectiva da língua
como instrumento de comunicação, de ação e de interação social.
Nesse sentido, o enfoque, a metodologia e as estratégias de Língua Portuguesa,
volta-se essencialmente para um trabalho integrado de leitura, produção de textos e
reflexão sobre a língua, desenvolvido sob uma perspectiva textual e enunciativa.
28.6 AVALIAÇÃO
A avaliação se efetivará durante todo o processo de aprendizagem vivido pelos
alunos ao longo de uma proposta de trabalho. O aluno deverá ser avaliado de diversas
maneiras alterando-se as modalidades, os suportes, os interlocutores - de forma a
constituir um verdadeiro processo de aferição de conhecimentos.
Na contramão das práticas tradicionais – em que se buscava encontrar os “erros”,
mais que os “acertos” dos alunos, o professor de Língua Portuguesa deve valorizar os
143
ganhos que o estudante obteve ao longo do seu processo de aprendizagem.
“A avaliação tradicional não satisfeita em criar o fracasso, empobrece as aprendizagens, e
induz nos professores, didáticas conservadoras, e, nos alunos, estratégias utilitaristas. O professor, outrora
dispensador de aulas e lições... se torna o criador de situações de aprendizagens portadoras de sentido”.
(PERRENOUD, 1992).
A oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do
discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.
Em debates, trocas informais de ideias, entrevistas, contações de história, as
exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa análise
da produção oral dos educandos.
Mas é necessário, também, que o aluno se posicione como avaliador de textos orais
com os quais convive e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o
resultado esperado.
A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os adolescentes
empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído
para o mesmo, sua reflexão e sua resposta ao texto.
Não é demais lembrar que essa avaliação precisa considerar as diferenças de
leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.
Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a adequação
do texto escrito são as circunstâncias da sua produção e o resultado dessa ação.
É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e
gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa, também aqui, posicionar-se como
avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto.
“Porque escrever [e falar] com clareza implica automático compromisso com as
palavras transmitidas, pois os outros vão entendê-las. E vão reagir a elas favorável ou desfavoravelmente.
[...] Pois facilitar a leitura do outro representa facilitar seu acesso às nossas ideias, em última instância, para
nós mesmos.” (BERNARDO, 1988, p. 20).
Como é no texto que a língua (fala/escrita) se manifesta em todos os seus
aspectos, a análise linguística ocorrerá mediante os textos produzidos e interpretados
pelos alunos.
144
As questões gramaticais relevantes serão abordados durante o processo de
restruturação e análise textual.
Assim, não se descarta a gramática, apenas ocorre que a mesma está aliada às
produções textuais, não sendo trabalhada a forma tradicional, fragmentando o
conhecimento.
28.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro; José
Olympio, 1981.
• BAKTHIN, Mikhail M.Marxismo e filosfia da linguagem – estética da criação verbal.
• CAMPEDELII, Yousseff Samira & SOUZA, Barbosa Jesus. Editora Saraiva.
DIRETRIZES CURRICULARES, julho de 2006 – Secretaria de Estado da
Educação, Superintendência da Educação.
• KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ª ed.
Campinas, SP: Pontes, 2000.
• MORENO, Cláudio & GUEDES, Paulo. Curso básico de redação. 2ª ed. São
Paulo: Ática, 1984.
• PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola
Pública do Estado do Paraná. 3ª ed. Curitiba, 1997.
• PERRENOUD, Hilippe. Dez Novas Competências para Ensinar. Porto alegre.
Artemed, 2000.
• MACHADO, Irene. Gêneros discursivos. In: BRAIT, Beth (org.). Bakhtin:
conceitos- chave. São Paulo: contexto, 2005.
• MARCUSCHI, Luis Antonio. Da fala para a escrita: atividades de
145
retextualização.6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
29. DISCIPLINA DE QUÍMICA
29.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino de química deve ser utilizado como uma ferramenta para que os alunos
possam ler o mundo sob visão científica. Ou seja, a Química deve ser apresentada ao
aluno no sentido de possibilitar que ele “entenda” o mundo.
Por exemplo, em tempos de estiagem muitas pessoas não se comprometem com a
economia do problema e conseqüências das suas atitudes.
Porém, se ele conhecesse o ciclo da água a escassez de água, poluição,
tratamento perceberia o custo de tudo isto.
Desta forma, cabe ao professor levar o aluno a pensar mais criticamente sobre o
seu mundo, refletir sobre as razões dos problemas, neste caso os ambientais.
Essa noção de leitura de mundo deve proporcionar ao estudante do Ensino Médio
uma reflexão sobre as razões que levaram, no caso do exemplo, o racionamento da água.
O meio ambiente está intimamente ligado à Química, uma vez que o planeta vem
sendo atingido por vários problemas que correspondem a este campo do conhecimento.
Além disso, formou-se uma crença de crescimento econômico ilimitado, de
recursos naturais inesgotáveis e sempre substituíveis pelas descobertas da ciência e
tecnologia.
Essa prévia análise pode desencadear críticas precipitadas que condenam a
Química e não o seu mau uso. Na verdade, muitas vezes, aqueles problemas têm solução
na própria Química.
A Química tem forte presença na procura de produtos novos, essa presença está
cada vez mais solicitada, nas novas áreas específicas surgidas nos últimos anos.
Enfim, a estratégia metodológica que tem sido recomendada é a abordagem
temática que discuta o aspecto sócio-científico, ou seja questões ambientais, políticas,
econômicas, éticas, sociais e culturais, relativas à ciência e tecnologia.
146
29.2 OBJETIVOS
Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humano, individual e
coletiva com o ambiente.Descrever as transformações químicas em linguagem discursiva,
compreender os códigos e símbolos da Química atual, traduzir a linguagem discursiva em
linguagem simbólica da Química e vice-versa, utilizar a representação simbólica das
transformações químicas e reconhecer suas modificações ao longo do tempo
29.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Matéria e sua natureza
• Biogeoquímica
• Química sintática
29.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
MATÉRIA:
• Constituição da matéria.
• Estados de agregação.
• Natureza elétrica da matéria.
• Modelo atômicos
• Estudo dos metais
• Tabela periódica.
SOLUÇÃO
147
• Substância simples e composta;
• Misturas;
• Metodos de separação;
• Solubidade;
• Concentração;
• Forças intermoleculares;
• Temperatura e pressão;
• Densidade;
• Dispersão e suspensão
• Tabela periódica
VELOCIDADE DAS REAÇÕES:
• Reações químicas;
• Lei das reações químicas;
• Representações das reações químicas
• Lei das da velocidade das reações químicas
• Tabela periódica
• Condições fundamentais para a ocorrencia das reações químicas (natureza dos
reagentes, contatos entre os reagentes, teoria de colisão)
• Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato,
temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores)
EQUÍLIBRIO QUÍMICO:
• Reações químicas reversíveis
• Concentração
• Relações matemáticas ou equilibrio químico
148
• Deslocamento de equilíbrio
• Equilíbrio químico em meio aquoso ( Ph ,constante de ionização, Ks )
• Tabela periódica.
2º ANO:
• LIGAÇÃO QUÍMICA
• Tabela periódica
• Propriedade das matérias
• Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materias
• Solubidades e as ligações químicas
• Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;
• Ligações de hidrogênio.
• Ligação metálica (elétrons semi-livres)
• Ligações sigma e pi;
• Ligações polares e apolares
• Alotropia
• REAÇÕES QUÍMICAS:
• Reações de Oxi-redução.
• Reações exotérmicas e endotérmicas:
• Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas:
• Variação de entalpia
• Calorias;
• Equações termoquímicas
• Princípios da termodinâmica
149
• Lei de Hess
• Entropia e energia livre;
• Calorimetria;
• Tabela Periódica
• RADIOATIVIDADE
• Modelos atômicos;
• Elementos químicos;
• Tabela periódica;
• Reações químicas;
• Velocidade das reações;
• Emissões radioativas ;
• Leis da radioatividade :
• Cinética das reações químicas;
• Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);
• GASES:
• Estado físicos da matéria;
• Tabela periódica;
• Modelo de particulas para os materias gasosos;
• Misturas gasosas;
• Diferença entre gás e vapor;
• Lei dos gases.
• Propriedade dos gases ( densidade/ difusão e fusão, pressão x temperatura, pressão x
volume e temperatura x volume);
150
• FUNÇÕES QUÍMICAS
• Funções Orgânicas
• Funções Inorgânicas
• Tabela periódica.
29.5 METODOLOGIA
A abordagem teórico-metodológica mobiliza para o estudo da química presente no
cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente uma descrição dos
fenômenos, repetição, fórmulas, números e unidades de medida.
Sendo assim quando o conteúdo químico for abordado na perpectiva do conteúdo
estruturante Biogeoquímica é preciso relacionalo coma atmosfera hidrosfera e litosfera.
Quando o conteúdo químico for abordadona perpectiva do conteúdo estruturante química
Sintética, o foco será a produção de novos materiais e transformação de outros na
formação de compostos artificiais.
Os conteúdos quimicos serão explorados na perpectiva do conteúdo Estruturante
Matéria e sua natureza por meio de modelos ou representações. É imprescindível fazer a
relação do modelo que represeta a estrutura microscópio.
Para conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética, a significação dos
conceito ocorrerá por meio das abordagens histórica, sociológica, ambiental
representacional e experimental a partir dos conteúdos químicos.
Porém para o conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, tais abordagens são
limitadas. Os fenômenos químicos, na perpectiva desse conteúdo estruturante ,podem ser
amnplamente explorados por meio de suas representações como as fórmulas químicas e
modelos.
29.6 AVALIAÇÃO
151
Espera-se que o aluno:
• Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo
do átomo e eletrosfera de outro a partir dos deslocamentos deste conteúdo básico;
• Entenda reações químicas como transformações da matéria a nível microscópio,
associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico;
• Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem
na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico;
• Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria ,propriedade dos
gases, modelo de partículas, e a lei dos gases;
• Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra
espécie com a qual estabelece interação.
29.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ALFONSO - GOLDFARB, A. M. Da alquimia à química. São Paulo: Landy, 2001.
• BELTRAN, N. O.; CISCATO, C. A .M Química. São Paulo: Cortez, 1991.
• CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
• CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas: Ed. da Ulbra, 1995.
• GOODSON, I. F. Currículo: teoria e história. São Paulo: Vozes, 1995.
• KRASILCHIK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências.
Perspectiva. São Paulo, v.14, n.1, p.85-93, jan/mar. 2000.
• MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de
química: professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.
• MACEDO, E; LOPES, A. R. A estabilidade do currículo disciplinar: o caso das
152
ciências.
• In: LOPES, A. C. MACEDO, E. (org.). Disciplinas e integração curricular:
história e políticas. Rio de Janeiro: DP &A,2002.
30. DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
30.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Filosofia teve início na Grécia antiga, há aproximadamente 2.600 anos, desde
então as reflexões sobre o pensamento já causavam alguns problemas entre Platão e os
Sofistas.
No Brasil, a filosofia está presente desde os tempos coloniais como instrumento de
formação moral e intelectual que atendem aos interesses da igreja da elite dominante na
época.
A partir da proclamação da República a Filosofia passou a fazer partee dos
currículos pela Lei 4.024/61 ois durante a ditadura, com certeza por não atender aos
interesses políticos do momento.
Na década de 80 a proposta do ensino de filosofia no Ensino Médio(na época 2º
Grau) passou a sr rediscutida. Esse período foi um marco a firmação da importância da
filosofia na formação do aluno em nvel médio,portanto sua participação enquanto
disciplina no currículo estava em discussão.
Com a LDB nº 9394/96 as discussões estavam voltadas ao estudo da filosofia
como Tema Transversal às disciplinas do currículo.
30.2 OBJETIVOS
O ensino de sociologia, no Ensino Médio, tem por objetivo compreender os
processos de formação, transformação e funcionamento das sociedades
153
contemporâneas. Trata-se de um modelo de interpretar as contradições, os conflitos, as
ambivalências e continuidades que configuram a vida cotidiana de cada um e da
sociedade envolvente.
Essa compreensão depende do contato do aluno com teorias que se propõem a
explicar processos e relações sociais constituintes de nosso tempo para que sejam
desnaturalizadas práticas e saberes prévios.
Entretanto para o aluno ,se apropriar de modo efetivo do conhecimento
sociológico, o professor deve iniciar os estudos por meio de uma abordagem histórica e
contextualizada sobre o surgimento do pensamento social, apresentando seus autores
clássicos, suas principais perspectivas teorias e sua importância para a compreensão da
realidade Brasileira. Tal abordagem, além de apresentar os pensamentos fundantes da
sociedade, responsáveis por inaugurar o entendimento da dimensão social da realidade,
propicia que se estabeleçam relações entre esses clássicos e as discussões sociológicas
mais recentes e contribui para a análise crítica da realidade social.
30.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• O processo de socialização e as instituições sociais.
• Cultura e indústria cultural.
• Trabalho, produção classes sociais.
• Poder, política e ideologia.
• Direitos cidadania e movimentos sociais
30.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Processo de socialização.
• Instituições sociais; familiares; escolares; religiosa
• Instituições de Reinserção (Prisões manicômios, educandários ,asilos etc ).
• Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na
análise das diferentes sociedades;
• Diversidade cultural;
• Identidade
154
• Indústria cultural;
• Meios de comunicação de massa;
• Sociedade de consumo;
• Indústria cultural no Brasil
• Questões de gênero
• Culturas afro Brasileiras e Africanas;
• Cultura indígenas.
• Conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
• Desigualdades sócias;
• Organização de trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
• Globalização e Neoliberalismo;
• Relações de trabalho;
• Trabalho no Brasil;
• Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
• Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
• Estado no Brasil;
• Conceito de poder;
• Conceitos de ideologia;
• Conceitos de dominação e legitimidade;
• As expressões da violência nas sociedades comtenporânes.
• Direitos civis,politícos e sociais;
• Direitos humanos;
• Conceito de Cidadania;
• Movimentos sócias no Brasil;
• A questão ambiental eos movimentos ambientealistas;
• A questão das ONG'S.
30.5 METODOLOGIA
Em sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de
problematizadores contextualizadores, investigações e análises, encaminhamentos que
155
podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como leitura de textos sociológicos ,
textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias, recursos audiovisuais, filmes,
imagens, música e charge constitui importante elemento para que os alunos relacionem a
teoria com sua prática social possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.
Cabe à sociologia, a pesquisa de campo quando viável deve ser proposta de maneira
que articule os dados levantados à teoria estudada, proporcionando um efetivo trabalho
de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno para que o aluno
seja colocado como sujeito de seu aprendizado. Faz-se necessária a articulação
constantes entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e
contextualizações propostas. Essa pratica dever permitir que os conteúdos estruturantes
dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico
dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade
curricular do Ensino Médio.
30.6 AVALIAÇÃO
Espera-se que os alunos:
• Identifiquem -se como seres eminentemente sociais:
• Compreendam a organização e influências das instituições e grupos sociais em
seu processo de socialização e as contradições deste processo;
• Reflitam sobre suas ações individuais e percebam que as ações em sociedade são
interdependentes;
• Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças
sexuais e de gêneros presentes nas sociedades;
• Compreendam como cultura em ideologia podem ser utilizadas como forma de
dominação na sociedade contemporânea;
• Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos de
que transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos
de formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos;
• Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que
está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social.
• A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história.
156
• A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho
diversas;
• As especificidades do trabalho na sociedade capitalista;
• Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja não são
naturais;
• As transformações na relação de trabalho advinhas no processo de globalização;
• Analisem e compreendam de forma crítica o desenvolvimento do Estado Moderno
e as contradições do processo de formação das instituições;
• Analisem criticamente os processos que estabelecem a relação de poder presentes
nas sociedades;
• Compreendam e avaliem o papel desempenhado pela ideologia em vários
contextos sociais;
• Compreendam os diversos mecanismos de dominação existente nas diferentes
sociedades;
• Percebam criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta na
sociedade Brasileira;
• Compreendam o contexto histórico das conquistas de direitos e sua relação com
cidadania;
• Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais
em suas especificidades;
30.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ARAUJO, I. L. Introdução à filosofia da Ciência. Curitiba: Ed. UFPR, 2003.
• BAKHTIN, Maxismo e filosofia da linguagem. 12a ed. São Paulo: Hucitec, 2006.
• Profissional de nível técnico. Brasília: MEC, 2000.
• CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.
• CIAVATA, M. e FRIGOTTO, G. (Orgs) Ensino médio: ciência cultura e trabalho,
• Brasília: MEC, SEMTEC, 2004.(Org.) Cultura poder e educação. Porto Alegre:
Hulbra, 2005.
157
• GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas 8a ed. São Paulo: Ática, 2004.
• GOODSON, I. Teoria do currículo. São Paulo: Cortez, 1995.
• KOSIK, Karel. Dialética do concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
• KUENZER, A. Ensino médio e profissional. São Paulo: Cortez, 1999.
31. PLANO DE AÇÃO ANUAL DA EQUIPE PEDAGÓGICA
A-INTRODUÇÃO:
Como Equipe Pedagógica teremos que diagnosticar os pontos críticos do processo
Ensino Aprendizado do Colégio Estadual Shirley Catarina Tamalu Machado, para propor
atividades visando à superação dos problemas levantados pela equipe Pedagógica,
Corpo Docente e Equipe Diretiva e aperfeiçoar o trabalho Pedagógico, procurando ter
sempre uma visão da realidade escolar.
Procurar trabalhar sempre com objetivo de resgatar a aluno para à escola, mostrando
a escola como um lugar importante e prazeroso e para isso precisamos do
comprometimento de todos os envolvidos no Colégio, principalmente com a interação
entre os professores e alunos.
B-DIAGNÓSTICOS:
1.Comunidade Escolar e participação dos Pais:
Durante o período que efetivamente estamos no Colégio ,percebemos a ausência dos
pais ou responsáveis nas reuniões, para tratarem de assuntos referentes aos seus filhos.
Um dos objetivos, enquanto Equipe Pedagógica, é definir claramente nas reuniões
com alunos e com os país, que a presença do pai ou responsável é muito importante na
construção do projeto educacional e do 1º grupo social, à família.
2.Hábitos de estudo dos alunos :
158
Incentivar e prover condições para o aluno ter estudo de apoio, leitura, orientação
profissional, saúde e higiene.
Incentivar e orientar o educando e a família das necessidades efetivas de sua
participação e acompanhamento nas aulas e reuniões nas atividades de casa e do
colégio.
Incentivar a criatividade do educando, através de desenhos, cartazes e jogos.
3. Levantamento das Condições Sócio-Econômicas:
Percebemos que a comunidade escolar tem um padrão sócio-econômico bem
diferenciado, mas a clientela escolar seria da classe média-baixa.
C- DIFICULDADES/ FACILIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO:
1- Aspectos Dificuldades:
• A defasagem e a falta de conhecimentos anteriores;
• As faltas as aulas com frequência, levando a evasão e repetência;
• A ausência dos responsáveis nas reuniões para tratarem de assuntos referentes ao
seus filhos;
• A ausência de uma equipe de apoio no Colégio, para trabalhos relativos a
segurança, fumo, drogas e outros;
• A participação efetiva por parte de alguns professores.
2-Aspectos Facilitadores:
• A boa comunicação e interação entre Direção e Coordenação, parte dos
professores e alunos;
• A integração entre a parte Administrativa e a Pedagógica
• O bom espaço físico disponível no Colégio.
D - METAS:
1- Em curto, médio e longo prazo:
159
• Dar atenção individual e coletiva a todos envolvidos no processo Ensino-
Aprendizagem Coordenar e subsidiar a elaboração dos diagnósticos da realidade
escolar;
• Pesquisar e acompanhar as causas de evasão, repetência e o rendimento escolar
dos alunos;
• Propiciar o trabalho em conjunto por área ,por séries e blocos para analisar,
discutir, estudar e aperfeiçoar as questões pertinentes ao processo Ensino-
Aprendizagem (multidisciplinares);
• Incentivar e prever condições para dar continuidade aos projetos enviados pela
SEED-PR, tais como:
➔ Comunidade Presente nas Escolas
➔ Outros de interesses do Colégio.
• Auxiliar e incentivar no uso as matérias pedagógicos e colocar todo o acervo a
disposição para o trabalho pedagógico dos professores;
• Auxiliar e orientar dos professores nos processos de recuperação (Individual
Paralela-Contínua) e nas reposições de aula, quando necessário.
• Projeto Proposto: Desenvolver o respeito do aluno ao Ambiente Escolar.
OBJETIVOS:
• Criar hábito de respeito para com os professores, direção e funcionários do
colégio;
• Zelar pelo patrimônio Público;
• Demonstrar vantagens em conviver com respeito na sociedade em geral;
E- AÇÕES :
1- Curto prazo :
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Procurar corrigir e melhora as falhas diagnosticadas após a Avaliação do Prova
Brasil e dos resultados trimestrais (notas em gráficos) ou semestral no caso de blocos
(Ensino Médio 0rganizado por Blocos semestrais).
1-Médio e longo prazo ;
• Contribuir orientando e ajudando os alunos a melhorar a disciplina no âmbito
escolar
• Incentivar a participação dos responsáveis nos trabalhos realizados pelo Colégio;
• Propor aulas diversificadas, para motivar o aluno e integra-lo no processo ensino-
aprendizagem;
• Procurar adequar o plano de ensino, plano do Colégio, trabalho do professor a
realidade do aluno do noturno;
• Trabalhar com textos relacionados ao melhor desenvolvimento da educação
( textos retóricos e reflexivos);
• Procurar trabalhar com a ajuda de todos e lembrar a todos, que se cada um fizer
sua parte, TODOS, atingirão os seus objetivos e satisfação pessoal.
F - REUNIÃO PEDAGÓGICA E HORA ATIVIDADE:
1- Objetivos/Tema de desenvolvimento das reuniões:
• Integrar os docentes nas Hora Atividades;
• Divulgar todas as informações recebidas da Direção e do NRE-SUL;
• Oportunizar leituras de textos para diversificar o trabalho dos professores;
• Propiciar e dar suporte para a realização de trabalhos interdisciplinares;
• Coordenar o uso do espaço físico do Colégio, pedagogicamente.
• Criar junto com o,professor atividades que irão enriquecer o trabalho em sala de
aula.
2- ESTRATÉGIAS:
• Leitura de textos;
• Dinâmicas de grupo;
• Orientação e avaliação de planos e projetos propostos pelos professores.
161
• Oportunizar a troca de experiências entre os professores bem com atender suas
necessidades sempre que possível;
• Atraves de temas reflexivos, dar dar ao professor suporte ao trabalho pedagógico.
3- AVALIAÇÃO:
Solicitar a todos os segmentos da escola avaliação do trabalho realizado, para
que após análise, sejam tomadas as providências necessarias para melhorar e alcançar
os objetivos propostos pelo grupo.
G- HORÁRIO DE TRABALHO:
De segunda à sexta-feira: manhã, tarde e noite.
H- AVALIAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO:
Este Plano Projeto de trabalho deverá ser desenvolvido de acordo com as
necessidades básicas apresentadas durante o ano letivo, aproveitando o calendário
escolar. Sofrerá avaliação sempre que se fizer necessário.
32. C ONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
O Projeto Político-Pedagógico no processo de sua construção, contou com a
participação da APMF em muitos de seus momentos para discutir e apresentar propostas
para melhorar a parte de material didático de apoio, para o trabalho dos professores, bem
como a realização de melhorias na sala de vídeo e biblioteca, aquisição de rádios, DVD e
outros.
O Conselho Escolar participou da construção do Projeto Político-Pedagógico,
convocando os pais para reuniões, fazendo reuniões com os alunos e professores.
Também participou através de encontros por disciplinas para a elaboração do
Currículo, na indicação de alunos para a sala de apoio e recursos, na elaboração do
regulamento interno.
162
O Projeto Político-Pedagógico, pode sofrer alteração ao longo de sua execução,
portanto conta com a ajuda dos colegiados que compõe a escola para fazerem mudanças
necessárias a qualquer tempo ou época.
Isto porque a avaliação é contínua e ao ser elaborado, alguns aspectos podem não
ter sido contemplados como deviam, portanto receberão a interferência para ajustá-lo às
necessidades decorrentes.
33. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
O trabalho interno é avaliado pelos Órgãos Escolares, considerando os seguintes
aspectos:
• Se o projeto está de acordo com a realidade escolar.
• Se esta vinculado aos aspectos políticos e sociais.
• Se propõe alternativas de ação e momentos de criação.
• Se assegura aos alunos a apropriação de conhecimentos científicos, sócios e
tecnológicos resultantes de um processo criativo de avaliação diagnóstica.
34. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• LUCK, H. A Escola Participativa: O trabalho do Gestor Escolar, Rio de Janeiro:
DP & A, 1998.
• VEIGA, I.P.A. Projeto Político Pedagógico: Uma Construção Possível, 4ª ed.
Campinas: Papirus, 1997.
• AGUIAR, M. A. FERREIRA, N. S. C. Gestão da Educação: Impasses,
Perspectivas e Compromisso, 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.
163
• BRASIL, Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, Brasília,
1996.
• FERREIRA, M.E.C. GUIMARÃES, M. Educação Inclusiva, Rio de Janeiro.
• FRANCO, L.A.C. A Disciplina na Escola, CENAJOR/MEC.
• VASCONCELLOS, Celso dos S. Relação Escola-Família: da Discussão à
interação Educativa, in Revista da AEC: 75-86, out/dez/94. Brasília: AEC, 1994
164
165
35. CALENDÁRIO ESCOLAR
COLÉGIO ESTADUAL SHIRLEY CATARINA TAMALU MACHADOENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Rua Vicente Tozo, s/nº – Jardim Fênix – São José dos Pinhais - Paraná
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011
Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 52 3 4 5 6 7 8 31 6 7 8 9 10 11 12 18 6 7 8 9 10 11 12 219 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 2623 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 3130 31
Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 2 3 4 5 6 7 21 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 19 8 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 19
10 11 12 13 14 15 16 dias 15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias17 18 19 20 21 22 23 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 29 30 31 26 27 28 29 30
Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 4 1 2 3 4 5 6 1 2 33 4 5 6 7 8 9 dias 7 8 9 10 11 12 13 22 4 5 6 7 8 9 10 20
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias17 18 19 20 21 22 23 8 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 dias 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3031
Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 3 4 5 1 2 32 3 4 5 6 7 8 20 6 7 8 9 10 11 12 19 4 5 6 7 8 9 10 129 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 3130 31
Dias LetivosPrimeiro Semestre 102 dias letivos Férias Discentes Férias/Recesso/DocentesSegundo Semestre 101 dias letivos janeiro 31 janeiro/férias 30Feriado Municipal 1 dia fevereiro 7 jan/julho/recesso 14Conselho de Classe 4 dias julho 14 dez/recesso 14Replanejamento 1 dia dezembro 13 outros recessos 4Total de Dias Letivos 203 Total 65 Total 62
LEGENDA.: Início e Término do TrimestreInício/Término de dias letivos Início TérminoPlanejamento 1º Trimestre 08/02/2011 17/05/2011Férias 2º Trimestre 18/05/2011 31/08/2011Recessossos 3º Trimestre 01/09/2011 16/12/2011Conselho de ClasseReplanejamento p/o diurno e aula normal p/ o noturnoCompensação de Carga Horária para o noturnoDia da Consciência NegraSemana CulturalFeriados
Fone/Fax.: (41) 3398-5971 E-mail .: sctmachado@hotmail.com
1 Dia Mundial da Paz 7 e 8 Carnaval
21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 23 Corpus Christi22 Paixão
7 Independência
12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal
20 Dia Nacional da Consciência Negra
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36 .CALENDÁRIO ESCOLAR CELEM
COLÉGIO ESTADUAL SHIRLEY CATARINA TAMALU MACHADOENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Rua Vicente Tozo, s/nº – Jardim Fênix – São José dos Pinhais - Paraná
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011
Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 52 3 4 5 6 7 8 31 6 7 8 9 10 11 12 5 6 7 8 9 10 11 129 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17 18 19
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 2623 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 3130 31
Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 2 3 4 5 6 7 9 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11
10 11 12 13 14 15 16 dias 15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 1817 18 19 20 21 22 23 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 29 30 31 26 27 28 29 30
Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 1 2 3 4 5 6 1 2 33 4 5 6 7 8 9 dias 7 8 9 10 11 12 13 9 4 5 6 7 8 9 10
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 1717 18 19 20 21 22 23 2 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 dias 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3031
Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 3 4 5 1 2 32 3 4 5 6 7 8 8 6 7 8 9 10 11 12 0 4 5 6 7 8 9 109 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 11 12 13 14 15 16 17
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 3130 31
Dias LetivosPrimeiro Semestre 102 dias letivos Férias Discentes Férias/Recesso/DocentesSegundo Semestre 101 dias letivos janeiro 31 janeiro/férias 30Feriado Municipal 1 dia fevereiro 7 jan/julho/recesso 14Conselho de Classe 4 dias julho 14 dez/recesso 14Replanejamento 1 dia dezembro 13 outros recessos 4Total de Dias Letivos 203 Total 65 Total 62
LEGENDA.: Início e Término do TrimestreInício/Término de dias letivos Início TérminoPlanejamento 1º Trimestre 08/02/2011 17/05/2011Férias 2º Trimestre 18/05/2011 31/08/2011Recessossos 3º Trimestre 01/09/2011 16/12/2011Conselho de ClasseReplanejamento p/o diurno e aula normal p/ o noturnoCompensação de Carga Horária para o noturnoDia da Consciência Negra
Fone/Fax.: (41) 3398-5971 E-mail.: sctmachado@hotmail.com
1 Dia Mundial da Paz 7 e 8 Carnaval
21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 23 Corpus Christi22 Paixão
7 Independência
12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal
20 Dia Nacional da Consciência Negra