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1
PROJETO PEDAGÓGICO
DO CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA
Porto Alegre/RS, 2018
CAMPUS ZONA SUL
2
SUMÁRIO
CONTEXTUALIZAÇÃO .............................................................................................................. 13
1. APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL ..................................................................................... 15
1.1 MISSÃO E VISÃO INSTITUCIONAL ...................................................................................... 15
1.2 POLÍTICAS INSTITUCIONAIS................................................................................................ 15
1.3 O CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS ................................................................ 16
1.4 A FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO UNIRITTER ................................................. 23
1.5 O CURSO DE FARMÁCIA DO UNIRITTER ........................................................................... 27
2. CURSO .................................................................................................................................... 29
2.1 NOME DO CURSO ................................................................................................................. 29
2.2 REGIME ESCOLAR E MODALIDADE DE FUNCIONAMENTO DO CURSO ......................... 29
2.3 LOCAL E TURNO DE FUNCIONAMENTO ............................................................................ 29
2.4 FORMAS DE INGRESSO ....................................................................................................... 30
2.5 CARGA HORÁRIA .................................................................................................................. 32
2.6 TEMPO PARA INTEGRALIZAÇÃO ........................................................................................ 32
2.7 RELAÇÃO PROFESSOR / ACADÊMICO ............................................................................... 32
2.8 COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA DO CURSO .......................................................... 32
2.9 EMBASAMENTO LEGAL INTERNO E EXTERNO ................................................................. 34
2.10 JUSTIFICATIVA DA OFERTA .............................................................................................. 34
2.11 DIFERENCIAIS DO CURSO DE FARMÁCIA DO UNIRITTER ............................................. 38
3. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA ......................................................................... 51
3.1 CONTEXTO EDUCACIONAL ................................................................................................. 51
3.1.1 NATUREZA ECONÔMICA ....................................................................................................... 51 3.1.2 NATUREZA SOCIAL ................................................................................................................ 53 3.1.3 NATUREZA CULTURAL E POLÍTICA ...................................................................................... 56 3.1.4 NATUREZA AMBIENTAL ......................................................................................................... 58 3.1.5 DIREITOS HUMANOS ............................................................................................................. 62
4. POLÍTICAS INSTITUCIONAIS NO ÂMBITO DO CURSO ..................................................... 63
4.1 PESQUISA ............................................................................................................................. 66
4.1.1 PESQUISA NO ÂMBITO DO CURSO ...................................................................................... 70 4.2 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ................................................................................................ 82
4.2.1 PROJETOS DE EXTENSÃO NO ÂMBITO DO CURSO ........................................................... 83 4.4.2 CURSOS DE EXTENSÃO NO ÂMBITO DO CURSO ............................................................. 100
5. OBJETIVOS DO CURSO ..................................................................................................... 102
5.1 OBJETIVOS GERAIS ........................................................................................................... 102
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................. 103
6. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO ............................................................................ 105
6.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES GERAIS ....................................................................... 107
6.2 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPECÍFICAS ............................................................. 112
6.3 FORMAÇÃO FINAL .............................................................................................................. 118
6.4 CAMPOS DE ATUAÇÃO DO EGRESSO ............................................................................. 120
3
7. ESTRUTURA CURRICULAR ............................................................................................... 123
7.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA CONSTRUÇÃO CURRICULAR .................................... 126
7.2 DESCRIÇÃO DOS BLOCOS DE CONHECIMENTO ............................................................ 129
8. CONTEÚDOS CURRICULARES.......................................................................................... 132
8.1 BLOCO FUNDAMENTAÇÃO (726H) .................................................................................... 132
8.2 BLOCO DE ESTRUTURA E FUNÇÃO (399 H/AULA) .......................................................... 133
8.3 BLOCO COMPORTAMENTO E SOCIEDADE (171 H/AULA) .............................................. 133
8.4 BLOCO GESTÃO E SAÚDE COLETIVA (228 HORAS/AULA) ............................................. 135
8.5 BLOCO PRÁTICAS E HABILIDADES (1653 H/AULA) ......................................................... 136
8.6 BLOCO DE PRÁTICAS COMPLEMENTARES (133 H/AULA) ............................................. 139
8.7 ESTÁGIOS CURRICULARES SUPERVISIONADOS (855 H/RELÓGIO) ............................. 140
8.8 BLOCO PESQUISA (38 H/AULA + 114 H/RELÓGIO) .......................................................... 141
................................................................................................................................................... 143
9. METODOLOGIA ................................................................................................................... 143
9.1 MODELO ACADÊMICO LAUREATE PARA ENSINO EM SAÚDE ....................................... 143
9.2 REFERENCIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DO MODELO PEDAGÓGICO ........................... 144
4
.................................................................................................................................................... 145
9.3 PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS ..................................... 147
9.4 FORMAS DE ASSEGURAR A INTERDISCIPLINARIDADE ................................................. 150
9.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA E INTERDISCIPLINARIDADE ................................................ 152
9.6 EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL E INTERDISCIPLINARIDADE ................................... 156
10. REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS ........................................................................... 160
5
10.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA, ESTRUTURA CURRICULAR E AS DCNS. ......................... 160
11. MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO .................... 166
12. INTERNACIONALIZAÇÃO ................................................................................................. 168
13. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ................................................................ 177
13.1 DEFINIÇÃO ........................................................................................................................ 177
13.2 A ORGANIZAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR NO CURSO DE FARMÁCIA ................. 177
13.3 SUPERVISÃO E AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO .................. 181
13.4 QUESTÕES ÉTICAS .......................................................................................................... 183
13.5 OBJETIVOS DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO .............................................. 185
14. ATIVIDADES COMPLEMENTARES .................................................................................. 186
15. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ...................................................................... 194
16. APOIO AO DISCENTE ....................................................................................................... 196
17. AÇÕES DECORRENTES DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DO CURSO ................. 199
18. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO .................................................. 203
19. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO EM ENSINO-APRENDIZAGEM ............................ 205
20. NÚMERO DE VAGAS ........................................................................................................ 211
21. INTEGRAÇÃO DO CURSO COM O SISTEMA LOCAL E REGIONAL ............................ 211
21.1 INTERAÇÃO COM AS REDES PÚBLICAS DE ENSINO ................................................... 211
22. ATIVIDADES PRÁTICAS DE ENSINO PARA ÁREAS DA SAÚDE, REGISTROS ATÉ
2017/1, CURRÍCULO 3 ............................................................................................................. 217
22.1 EDUCAÇÃO EM SAÚDE .................................................................................................... 225
22.2 METODOLOGIAS ATIVAS ................................................................................................. 233
22.2.1 EVIDÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS ...................................................................... 234
CORPO DOCENTE E TUTORIAL ............................................................................................ 239
23. ATUAÇÃO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE .................................................. 239
24. ATUAÇÃO DO COORDENADOR ...................................................................................... 241
25. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL DO COORDENADOR ................................................... 243
26. REGIME DE TRABALHO DO COORDENADOR DE CURSO .......................................... 245
27. CORPO DOCENTE ............................................................................................................. 245
27.1 TITULAÇÃO DO CORPO DOCENTE E PERCENTUAL DE DOUTORES ......................... 245
27.2 REGIME DE TRABALHO DO CORPO DOCENTE ............................................................. 246
27.3 EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL DO CORPO DOCENTE ................................................. 248
27.4 EXPERIÊNCIA DE MAGISTÉRIO SUPERIOR DO CORPO DOCENTE ............................ 248
28. FUNCIONAMENTO DO COLEGIADO DO CURSO........................................................... 248
29. PRODUÇÃO CIENTÍFICA, CULTURAL, ARTÍSTICA OU TECNOLÓGICA ..................... 250
30. NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO E EXPERIÊNCIA DOCENTE ................................. 251
30.1 NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO NO ÂMBITO DA SAÚDE (NAP-SAÚDE) ................. 254
INFRAESTRUTURA ................................................................................................................. 257
31. ESPAÇOS DOCENTES ...................................................................................................... 257
31.1 GABINETES DE TRABALHO PARA PROFESSORES DE TEMPO INTEGRAL ................ 257
6
31.2 ESPAÇO DE TRABALHO PARA COORDENAÇÃO DO CURSO E SERVIÇOS
ACADÊMICOS ............................................................................................................................ 258
31.3 SALA DOS PROFESSORES .............................................................................................. 258
32. ESPAÇOS DISCENTES ..................................................................................................... 259
32.1 SALA DE AULA .................................................................................................................. 259
32.2 ACESSO DOS ALUNOS À EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA .................................... 260
33. EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS .......................................................................................... 262
33.11 DISCIPLINAS ELETIVAS ................................................................................................. 290
33.12 BIBLIOGRAFIA BÁSICA ................................................................................................... 297
33.13 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR .................................................................................. 298
33.3 PERIÓDICOS ESPECIALIZADOS E PLATAFORMA MINHA BIBLIOTECA .................. 298
34. LABORATÓRIOS ............................................................................................................... 301
34.1 LABORATÓRIOS DIDÁTICOS ESPECIALIZADOS ........................................................... 301
34.1.1 NORMAS E PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA ............................................................. 303 34.1.2 ADMINISTRAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS ................................................................. 304
34.2 DESCRIÇÃO DOS LABORATÓRIOS DE ENSINO ............................................................ 305
34.2.1 LABORATÓRIO DE ESTRUTURA E FUNÇÃO .................................................................... 305 34.2.2 LABORATÓRIO DE PRÁTICAS FARMACÊUTICAS ............................................................ 307 34.2.3 LABORATÓRIOS MULTIDISCIPLINARES I E II .................................................................. 310 34.2.4 LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS ..................................................................... 312 34.2.5 LABORATÓRIO DE QUÍMICA ............................................................................................. 313 34.2.6 LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, ANÁLISE E PREPARO DE ALIMENTOS .................... 315 34.2.7 ENFERMARIA SIMULADA ................................................................................................... 316 34.2.8 CENTRO DE SIMULAÇÃO DE ALTA COMPLEXIDADE ...................................................... 318 34.2.9 CONSULTÓRIOS SIMULADOS ........................................................................................... 319
34.3 FARMÁCIA UNIVERSITÁRIA ............................................................................................. 320
34.4 UNIDADES HOSPITALARES E COMPLEXO ASSISTENCIAIS ........................................ 322
34.5 SISTEMA DE REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA ................................................. 328
34.6 PROTOCOLO DE EXPERIMENTOS .................................................................................. 330
35. COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA ..................................................................................... 330
36. CONSIDERAÇÕES FINAIS E AÇÕES FUTURAS ............................................................ 332
36.1 AMPLIAÇÃO DAS PRÁTICAS NA FARMÁCIA UNIVERSITÁRIA ...................................... 332
36.2 APLICATIVO DE ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO ................................ 333
36.3 SERVIÇOS FARMACÊUTICOS NA CLÍNICA ESCOLA ..................................................... 334
36.4 AMPLIAÇÃO DA ATUAÇÃO NA COMUNIDADE ............................................................... 335
36.5 FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO NOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS ...................... 335
36.6 FORTALECIMENTO DO EIXO TECNOLÓGICO ................................................................ 336
36.7 CONSOLIDAÇÃO DA PARCERIA COM O CENTRO DE SAÚDE VETERINÁRIA DO
UNIRITTER ................................................................................................................................. 337
36.8 UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ...................... 337
36.9 AMPLIAÇÃO DE PRÁTICAS INTERDISCIPLNARES E INTERPROFISSIONAIS ............. 338
36.10 FUTURAS METAS DO CURSO DE FARMÁCIA .............................................................. 342
7
8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1. LISTA DE FIGURAS:
Figura 1-1. Cursos que compõem a Faculdade de Ciências da Saúde do UniRitter. 25
Figura 1-2. Pilares norteadores da Faculdade de Ciências da Saúde do UniRitter. 25
Figura 1-3. Integração UniRitter, comunidade, mercado e meio ambiente. 26
Figura 1-4. Alinhamento da Faculdade de Saúde à Política Nacional de Saúde Pública. 26
Figura 2-1. Regiões da cidade de Porto Alegre e os respectivos distritos docentes assistenciais. 37
Figura 2-2. Visita ao Laboratório Lifar (Porto Alegre/RS). 39
Figura 2-3. Rotação prática no Horto de Igrejinha. 40
Figura 2-4. Feira das Profissões UniRitter. 41
Figura 2-5. Capacitação Docente Internacional. 42
Figura 2-6. Exposição de Sistemas Corporais. 43
Figura 2-7. Painel do Metabolismo Energético. 44
Figura 2-8. Simulação de Alta Complexidade. 44
Figura 2-9. Projeto Social de Assistência Farmacêutica no Educandário São João Batista. 45
Figura 2-10. Oficina de Remédios Fitoterápicos. 47
Figura 2-11. Curso de Verão com o Prof. Dr. Joaquín Maria Campos Rosa. 49
Figura 3-1. Assistência Farmacêutica no Farmacêutico na Praça. 54
Figura 3-2. Alunos do curso recolhem mantimentos para o Educandário São João Batista. 55
Figura 3-3. Coletor de Medicamentos Vencidos localizado no saguão de prédio A. 60
Figura 3-4. Prêmio de Responsabilidade Social pela Campanha de recolhimento de medicamentos. 60
Figura 3-5. Posto de recolhimento de medicamentos vencidos no Educandário São João Batista. 61
Figura 3-6. O projeto Descarte Consciente de Medicamentos Vencidos recebe o prêmio. 61
Figura 4-1. Professores premiados no Edital UniRitter de Reconhecimento e Incentivo à produção
científica docente durante a Congregação Geral 2017/1.
70
Figura 4-2. Aluna Amanda Fraga Dias – bolsista FAPERGS em atividade no projeto de pesquisa em
parceria com a Universidad de Granada.
71
Figura 4-3. Folder do III Ciclo de Palestras do Grupo Cardiológica desenvolvido entre os dias 06 e
16 de setembro de 2016.
74
Figura 4-4. Ciclo de Palestras do Grupo Cardiológica mostrando o público ouvinte, as palestras e
alguns dos alunos que formam o grupo de pesquisa.
75
Figura 4-5. Alunas Cristiane Camargo Gutteres Correa e Andressa Amaro Moraes na apresentação
do pôster na X SEPesq do UniRitter.
76
Figura 4-6. Participação do professor Telmo da Silva com a palestra Nossa Vida Ligada as Plantas. 77
Figura 4-7. Apresentação da aluna Amanda Fraga Dias, destaque da sessão. 78
Figura 4-8. Participação do Grupo Cardiológica no 71° Congresso Brasileiro de Cardiologia. 79
9
Figura 4-9. Alunos e professores do Curso durante o Congresso em Gramado, RS. 80
Figura 4-10. A Mostra Interdisciplinar acontece desde 2015 e é um evento de grande enriquecimento
para os alunos que simulam um congresso científico.
81
Figura 4-11. A Mostra evidencia o modelo acadêmico no quesito interdisciplinaridade. Alunas dos
cursos da Faculdade de Ciências da Saúde.
81
Figura 4-12. Horto Didático localizado no prédio C do campus Zona Sul. 85
Figura 4-13. Página do Facebook criada pelos alunos de Farmacognosia para divulgar as atividades
do horto.
86
Figura 4-14. Certificado de Responsabilidade Ambiental. 88
Figura 4-15. Estudantes em campanha para conscientização da comunidade acadêmica. 89
Figura 4-16. Quantidade de medicamentos em unidades, recolhidos e quantificados/ano desde a
implantação do projeto.
90
Figura 4-17. O projeto promoveu a criação da identidade do curso de Farmácia do UniRitter. 91
Figura 4-18. Construção do relógio do Corpo Humano na Praça Oswald de Andrade. 93
Figura 4-19. Catálogo virtual de plantas medicinais. 94
Figura 4-20. Dia da Árvore realizada na praça Oswald de Andrade. 94
Figura 4-21. Alunos do Curso na US Osmar Freitas – Educação em Saúde - Hipertensão. 95
Figura 4-22. Ação do Projeto Metamorfose no CENCOR - Global Days. 96
Figura 4-23. Pátio interno do Pavilhão C – local onde será inserido o Horto Medicinal e a Horta. 99
Figura 4-24. Cursos de Extensão promovidos pelo Curso de Farmácia UniRitter. 101
Figura 6-1. Perfil do egresso do curso de Farmácia do UniRitter. 106
Figura 6-2. Competências e habilidades gerais do farmacêutico egresso do UniRitter. 107
Figura 6-3. Alunos da disciplina de Terapêutica Medicamentosa orientando os pacientes do Asilo
Padre Cacique.
108
Figura 6-4. Alunos implantaram e fazem, periodicamente, a manutenção do Horto Medicinal do curso
de Farmácia.
110
Figura 6-5. Curso de Injetáveis para Farmacêuticos, ofertados anualmente em módulo I e II,
agregando mais uma habilidade a formação generalista dos estudantes.
112
Figura 6-6. Alunos do Curso no evento anual de assistência farmacêutica gratuita à população
promovido pelo CRF (Conselho Regional de Farmácia).
120
Figura 7-1. Exposição de Plantas Medicinais cultivadas em hortas medicinais caseiras. Projeto
interdisciplinar e teórico-prático.
128
Figura 7-2. Blocos de conhecimento que compõem a estrutura curricular do Curso de Farmácia do
UniRitter.
129
Figura 7-3. As unidades curriculares do Curso de Farmácia do UniRitter distribuídas em blocos de
conhecimento.
131
Figura 8-1. Estrutura curricular evidenciando os blocos de conhecimento interligados. 144
Figura 8-2. Estrutura curricular vertical do Curso de Graduação em Farmácia do UniRitter. 146
Figura 9-1. Modelo Acadêmico Laureate para ensino em Saúde. 147
Figura 9-2. Pirâmide do aprendizado (Edgar Dale, 1957). 148
Figura 9-3. Proposta pedagógica como forma de assegurar a interdisciplinaridade. 154
10
Figuras 9-4. Simulação Interdisciplinar. 157
Figura 9-5. Educação Interprofissional e Prática Colaborativa. 158
Figura 9-6. Simulação Interprofissional da Saúde – Ambiente Hospitalar. 159
Figura 9-7. Atividade de prevenção de parasitoses, unidade curricular de Agressão e Defesa em
escola da comunidade.
160
Figura 9-8. Atividades de ensino interprofissionais que preparam o estudante para a intervenção em
saúde na comunidade.
162
Figura 12-1. OneFolio – Centro de Recursos Digitais Internacionais ofertados aos docentes da Rede
Laureate.
175
Figura 12-2. A Faculdade de Ciências da Saúde sediou o evento Internacional Health Sciences Brazil
com workshops para discussão das melhores práticas de Estrutura e Função e Simulação, pilares do
Modelo Acadêmico em Saúde da Rede Laureate.
176
Figura 12-3. Universidad de Granada parceira internacional do curso de Farmácia UniRitter. 177
Figura 13-1. Organograma de Estágio Curricular Farmácia UniRitter, 2017. 179
Figura 13-2. Representação do perfil do egresso do UniRitter com sua formação generalista focada
em importantes áreas de atuação profissional farmacêutico.
180
Figura 15-1. Fluxo de encaminhamento TCC Curso de Farmácia. 196
Figura 16-1. Programas oferecidos pelo Núcleo de Apoio ao Discente. 199
Figura 21-1. Construção de um Horto Medicinal na Escola Estadual Brigadeiro Silva Paes,
colaboração dos alunos do 7° ano do Ensino Fundamental e os alunos da unidade curricular de
Farmacognosia.
213
Figura 21-2. Acadêmicos do Programa Interdisciplinar Comunitário (PIC) em ação no asilo. 215
Figura 21-3. Docentes do Programa Interdisciplinar Comunitário (PIC). 216
Figura 21-4. Acadêmicos do UniRitter, realizando ação na comunidade para o combate do mosquito
Aedes aegypti, vetor de algumas doenças de grande prevalência na população.
216
Figura 22-1. Organograma das atividades práticas desenvolvidas junto com o embasamento teórico
objetivando as competências necessárias para o estágio curricular supervisionado em Assistência
Farmacêutica.
222
Figura 22-2. Organograma das atividades práticas desenvolvidas junto com o embasamento teórico
objetivando as competências necessárias para o estágio curricular supervisionado em Farmácia
Clínica e Hospitalar.
224
Figura 22-3. Organograma das atividades práticas desenvolvidas junto com o embasamento teórico
objetivando as competências necessárias para o estágio curricular supervisionado em Análises
Clínicas e Toxicológicas.
225
Figura 22-4. Organograma das atividades práticas desenvolvidas junto com o embasamento teórico
objetivando as competências necessárias para o estágio curricular supervisionado em Farmácia
Magistral.
225
Figura 22-5. Organograma das atividades práticas desenvolvidas junto com o embasamento teórico
objetivando as competências necessárias para o estágio curricular supervisionado em Indústria de
Medicamentos e Alimentos.
226
11
Figura 22-6. Roda de chá entre os alunos de Farmacognosia e os alunos do 7° ano da Escola
Estadual Brigadeiro Silva Paes, realizada no pátio da Escola.
228
Figura 22-7. Alunos da Farmácia e da Escola preparando o local e os materiais para a construção
do Relógio do Corpo Humano.
228
Figura 22-8. Relógio do Corpo Humano no pátio da Escola Estadual Brigadeiro Silva Paes. 229
Figura 22-9. Horto Medicinal na Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. 230
Figura 22-10. Acadêmicos em metodologia ativa de higienização das mãos, após treinos de
habilidades – Princípios Farmacêuticos – 1º semestre.
230
Figura 22-11. Acadêmicos em aula prática de Morfologia Humana – 2º semestre. 231
Figura 22-12. Prática de Extração de óleo de amendoim. 231
Figura 22-13. Rotação Prática em Farmacognosia. – 3º semestre. 232
Figura 22-14. Aula prática da Extração da pectina da laranja – Farmacognosia – 3º semestre. 232
Figura 22-15. Rotação prática – Assistência Farmacêutica no Educandário São João Batista. 233
Figura 22-16. Rotação Prática na LANAGRO RS. 233
Figura 22-17. Método do Arco proposto por Maguerez. 235
Figura 22-18. Maquete sobre Alvos Farmacológicos potenciais Agonistas e Antagonistas. 235
Figura 22-19. Acadêmica utilizando a ferramenta Realidade Aumentada em Morfologia Humana – 2º
semestre.
236
Figura 22-20. Montagem de Cariograma/Genética. Processos Biológicos – 1º semestre. 237
Figura 22-21. Brainstorming Coletivo no quadro de aula. Terapêutica Medicamentosa Integrada – 4º
semestre.
237
Figura 22-22. Body Projection e tabletes com softwares utilizados durante as aulas do eixo de
Estrutura e Função Humana.
238
Figura 22-23. Painel interativo sobre Diurese em Análises Clinicas I – 6º semestre. 238
Figura 22-24. Maquete sobre Compostos Orgânicos. Química Orgânica – 2º semestre. 239
Figura 22-25. Maquete para a Mostra de Sistemas Corporais – 4º semestre. 239
Figura 22-26. Processo de Transcrição. Processos Biológicos – 1º semestre. 240
Figura 34-1. Laboratório de Estrutura e Função. 323
Figura 34-2. Laboratório de Práticas Farmacêuticas. 325
Figura 34-3. Equipamentos no Laboratório de Práticas Farmacêuticas. 326
Figura 34-4. Equipamentos no Laboratório de Práticas Farmacêuticas. 326
Figura 34-5. Laboratório Multidisciplinar I. 328
Figura 34-6. Laboratório Multidisciplinar II. 329
Figura 34-7. Laboratório de Ciências Biomédicas (Tecnologia Genética e Diagnóstico Molecular). 330
Figura 34-8. Laboratório de Química. 331
Figura 34-9. Laboratório de Preparação de Alimentos. 333
Figura 34-10. Enfermaria Simulada. 334
Figura 34-11. Centro de Simulação de Alta Complexidade e Sala de Observação. 335
Figura 34-12. Manequim e modelo anatômico. 337
Figura 34-13. Sala de Consultório e Sala de Observação para Práticas Simuladas. 338
Figura 34-14. Farmácia Universitária UniRitter. 339
12
Figura 36-1. Tela de abertura do protótipo do Aplicativo de Seguimento Farmacoterapêutico. 351
Figura 36-2. Aluna Amanda Kraus realizando orientação farmacêutica - Farmácia Distrital do Centro
de Saúde Vila dos Comerciários.
353
Figura 36-3. Percentual de ocorrência das principais causar de morte em Porto Alegre no ano de
2013.
356
2. LISTA DE TABELAS:
Tabela 6-1. Competências e Habilidades evidenciadas durante a formação no Curso de
Graduação em Farmácia UniRitter.
114
Tabela 6-2. Distribuição das Unidades Curriculares do Curso de Farmácia UniRitter por Ciclo de
Formação.
123
Tabela 8-1. Componentes Curriculares, Créditos e Carga Horária do Curso de Farmácia. 142
Tabela 8-2. Cargas Horárias distribuídas de acordo com os blocos curriculares. 142
Tabela 10-1. Coerência entre o perfil do egresso e os blocos de conhecimento explorados. 163
Tabela 10-2. Coerência entre os conteúdos essenciais preconizados pelas DCNs (2002) e as
unidades curriculares do Curso de Graduação em Farmácia do UniRitter.
165
Tabela 14-1. Atividades complementares do Eixo I – Ensino. 190
Tabela 14-2. Atividades complementares do Eixo II – Pesquisa e Extensão. 192
Tabela 14-3. Atividades complementares do Eixo III – Profissionalizante. 194
Tabela 27-1. Previsão de professores para curso de Farmácia UniRitter 2017. 247
Tabela 30-1. Oferta de qualificação on line da Laureate para docentes. 255
Tabela 33-1. Lista de Periódicos específicos do Curso de Farmácia UniRitter. 317
13
CONTEXTUALIZAÇÃO
Ciente de suas responsabilidades com a população, o Centro Universitário Ritter
dos Reis (UniRitter) tem se orientado no oferecimento de Cursos de Graduação e Pós-
Graduação compromissados e adequados as demandas e necessidades sociais. Neste
âmbito o UniRitter se propõe a oferecer um Curso de Graduação em Farmácia
diferenciado formado a partir de um modelo acadêmico de excelência, generalista,
porém fortalecido nas competências específicas de cada curso. Este documento tem o
intuito de apresentar o Projeto Pedagógico do Curso de Farmácia, além de descrever a
concepção, justificativas sociais e finalidade do curso, o qual é norteado por uma
proposta pedagógica e metodológica inovadora, orientado na formação de egressos
farmacêuticos alinhados às necessidades em saúde da população.
Esta formação está em consonância com as transformações e mudanças sem
precedentes que tem ocorrido na área da saúde e que abrangem também a educação
destes profissionais e a organização das escolas de saúde, representada pela
sequência de eventos e documentos que iniciam na década de 1960 com o movimento
da reforma sanitária e se intensificam no final do século XX e início do século XXI.
A atenção à Saúde tem se modificado, incorporando novas tecnologias,
aumentando exponencialmente o conhecimento sobre o processo saúde-doença e seus
determinantes, que estão além da dimensão puramente biológica do indivíduo. Houve
grande mudança no perfil populacional, com o envelhecimento da população e aumento
da demanda pelos serviços em saúde que transformaram o panorama epidemiológico,
exigindo adequações profissionais correspondentes. A ampliação das garantias de
direitos sociais aumentou o acesso da população à saúde, transformando o sistema de
saúde e o mercado profissional do farmacêutico.
O acesso à saúde para a população tem sido enfrentado a partir de políticas
públicas que preconizam a prevenção e o cuidado do indivíduo como um todo, ou seja,
não só considerando aspectos relacionadas a doença, mas a partir dos determinantes
que alteram o estado de saúde, provenientes de múltiplas causas biológicas,
psicológicas, sociais e religiosas que se inter-relacionam constantemente. Sem perder
a capacidade de enfrentamento de situações de maior complexidade, observadas
naqueles indivíduos que necessitam de cuidados em nível terciário.
14
Neste sentido, o UniRitter apresenta uma proposta curricular que privilegia o
processo de ensino-aprendizagem das profissões da área da saúde fundamentado no
desenvolvimento de competências relevantes para as necessidades atuais da
sociedade. Propõe uma aprendizagem centrada no estudante, orientada pelas
competências profissionais que se deseja desenvolver, de maneira interdisciplinar, em
um currículo integrado, onde a adequação entre a teoria e a prática se dá com foco nas
necessidades da comunidade.
Além disso, são contemplados modos integrativos entre: teoria e prática; Ensino,
Pesquisa e Extensão; Graduação e Pós-Graduação, assim como Metodologias e
Critérios de Avaliação e as atividades de Internacionalização do curso. Nos demais
capítulos estão descritas características logísticas de funcionamento do Curso,
considerando o contexto da comunidade onde se insere, a situação de saúde local, com
os principais indicadores e espaços extramuros.
O UniRitter entende e acredita na proposta de um Currículo Dinâmico e Inovador,
visando proporcionar ao aluno experiências e oportunidades que permitam uma
formação mais completa, crítica e comprometida com o contexto social. O estímulo a
inquietude é delineado preponderantemente com metodologias de aprendizagem ativas,
buscando o aprimoramento e a inovação constantes. Uma vez que, o pensamento
crítico somente poderá ser construído em ambientes acadêmicos que permitam o
diálogo, onde o aluno seja responsável pela construção do seu conhecimento,
ultrapassando as verdades acabadas oferecidas pela academia, estimulando o
aprender a aprender.
“O maior bem do homem é uma mente inquieta”
Isaac Asimov
15
1. APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL
1.1 MISSÃO E VISÃO INSTITUCIONAL
O Centro Universitário Ritter dos Reis, entende missão como a que define a
finalidade da instituição. Com o foco no presente, embora traçada em função do futuro,
a missão é de "construir, disseminar e compartilhar o conhecimento para formar
cidadãos éticos e profissionais qualificados, comprometidos com o
desenvolvimento sustentável". Orientada na ação educativa desenvolvida pela
Instituição, envolve vocação perene. A visão do UniRitter está relacionada com sua
missão e como visão entende-se algo afirmativo que parte do que a instituição pratica,
de forma a assinalar para onde ela vai. Portanto, sua visão é de "consolidar-se como
instituição de excelência nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, aliando
inovação a compromisso com transformação social". É exatamente no entorno da
missão e da sua visão que são elaborados: o Plano de Desenvolvimento Institucional
(PDI) que será referenciado aqui, o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e o Projeto
Pedagógico de Curso (PPC) do curso de Farmácia.
1.2 POLÍTICAS INSTITUCIONAIS
As metas e objetivos institucionais, tanto gerais quanto específicos, se
encontram descritos no PDI (páginas 33 a 58), mas merece destaque e algumas
considerações, mesmo que de forma pontual.
Como objetivos gerais destacam-se defender valores universais da justiça,
igualdade e solidariedade, na busca da paz e do respeito à dignidade; impregnar o ser
e o fazer universitário do UniRitter como sentido de responsabilidade social,
desenvolvendo a Educação Superior e o Ensino técnico sustentável local e regional,
com defesa da memória cultural, da produção artística e do patrimônio histórico, com os
demais sistemas de ensino e com o desenvolvimento cientifico, tecnológico e cultural
do pais; e destaca-se como característica essencial do UniRitter observar o princípio da
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Como princípios e políticas institucionais, o PDI aborda e descreve a Política
Institucional de Ensino de Graduação e Pós-graduação; Políticas Institucionais de
Pesquisa; de Extensão; de Gestão; de Comunicação; de Relacionamento; e de
16
Responsabilidade Social (enfatizando a contribuição à inclusão social e ao
desenvolvimento econômico e social da região). Ao longo do desenvolvimento deste
PPC serão abordados de forma mais descritiva alguns (se não sua maioria) das políticas
institucionais supracitadas.
1.3 O CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS
O Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter) é portador, ainda hoje, de traços
que marcaram sua origem, há mais de 40 anos. Seu fundador, Prof. Dr. Romeu Ritter
dos Reis, tendo uma aprimorada formação acadêmica e sendo profundamente
envolvido com a educação, idealizou e fundou as faculdades que formam o embrião do
Centro Universitário hoje existente. Na época, final da década de 60 e início dos anos
70, a Educação Superior brasileira passava por modificações decorrentes das pressões
sociais em demanda de maior número de vagas nesse nível de ensino, permitindo a
visualização de um futuro que exigiria um maior preparo do número crescente de jovens.
Alicerçado em sua formação pessoal e profissional, no exercício da advocacia e
do magistério, o Prof. Dr. Romeu Ritter dos Reis começou a trajetória da Instituição em
18 de outubro de 1971, fundando a Faculdade de Direito no município de Canoas,
situado na região metropolitana do Rio Grande do Sul.
Em 1976, considerando o surgimento de outra instituição de educação superior
no município de Canoas e a crescente necessidade de formação superior em Porto
Alegre, criou na capital do Estado, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Em nove
de novembro desse mesmo ano, através da adaptação de seu Regimento Unificado,
aprovado pela SESu/MEC, as Faculdades de Direito e de Arquitetura e Urbanismo,
passaram à tipologia de Faculdades Integradas.
Em 1992, foi fundada, ainda sob a orientação do Prof. Dr. Romeu Ritter dos Reis,
a Faculdade de Educação, Ciências e Letras, instalada na sede de Porto Alegre,
composta pelo Curso de Pedagogia - com as habilitações de Administração Escolar,
Orientação Educacional ou Supervisão Escolar – e pelo Curso de Letras – com a
habilitação de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa.
Às habilitações do Curso de Pedagogia acima referidas, três anos depois, veio
agregar-se a habilitação de Magistério Séries Iniciais do Ensino Fundamental,
desenvolvida em conjunto com as anteriores.
17
A habilitação de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa
oferecida pelo Curso de Letras, também, três anos depois, deu origem a duas
habilitações: Português/Inglês e respectivas literaturas e Português/Espanhol e
respectivas literaturas. Essas duas últimas habilitações, em 2001, seriam
transformadas, respectivamente, nas habilitações de Língua Inglesa e respectivas
literaturas e Língua Espanhola e respectivas literaturas, de forma a aprofundar a
formação profissional na docência dos dois idiomas estrangeiros, desenvolvendo-a
isoladamente da formação no idioma vernáculo. Nessa mesma ocasião, esse Curso
voltaria a oferecer a habilitação de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua
Portuguesa, ficando, assim, com três habilitações.
No que se refere à qualidade de ensino, cabe ressaltar que os propósitos
educacionais e a visão precursora das necessidades futuras já eram visíveis na
proposta de autorização da primeira faculdade instalada, na forma de um currículo
precursor que contemplava unidades curriculares, até então inexistentes em currículos
tradicionais, capazes de renovar o curso de bacharelado em Direito, antecipando em
alguns anos exigências feitas hoje pelo MEC. As outras Faculdades desenvolveram-se
nesse mesmo padrão.
Muitos anos antes da promulgação da Lei nº 10.861/2004 que definiu o Sistema
de Avaliação da Educação Superior (SINAES), já era tradição nos cursos de graduação
da Ritter dos Reis, a permanente análise e avaliação do processo acadêmico dos cursos
como um todo, visando sua permanente realimentação, num contínuo aperfeiçoamento
do desempenho dos professores e dos alunos.
A ação educativa das Faculdades Integradas do Instituto Ritter dos Reis,
tipologia adotada à época, sempre esteve alicerçada numa missão claramente definida
e voltada para uma concepção de Educação Superior avançada para seu tempo. Essa
ação desenvolveu-se na compreensão de que na origem da problemática
organizacional estão as concepções de conhecimento, de perfil de cidadão-profissional
a formar para o contexto histórico, social, econômico, político e cultural de sua época.
Num momento de embates de ideias e reavaliação de posições no interior das
Instituições de Educação Superior, a comunidade acadêmica em formação respondeu
com um avanço nas inter-relações institucionais. A qualidade das instalações próprias,
em ambos os campi, adequadas a conceitos de organização do espaço, confortáveis e
estimulantes, contribuiu para que a comunidade acadêmica percebesse o diferencial
qualitativo imprimido desde a idealização e se sentisse motivada a investir num ensino
18
de qualidade. O esmero na formação das bibliotecas, o avanço tecnológico dos
laboratórios de informática e demais laboratórios específicos de cursos e a concepção
dos espaços e ambientes destinados ao ensino, à pesquisa e à extensão visivelmente
ofereciam condições altamente favoráveis.
As duas faculdades originárias, Faculdade de Direito e Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo, desde a sua criação, e a Faculdade de Educação, Ciências e Letras, em
seus momentos iniciais, tiveram a condução e a participação intensa de seu fundador,
no cotidiano do ensino e da administração, sempre tendo como seu braço direito o filho,
Prof. Flávio Romeu D’Almeida Reis, com formação nas áreas contábil e de Direito.
Em 1993, com o falecimento do fundador, seu filho, Prof. Flávio D’Almeida Reis,
atual Chanceler, assumiu a condução das Faculdades, na qualidade de Diretor Geral.
Em decorrência, e até em consonância com os tempos em que eclodiam novas ideias
e discussões no contexto acadêmico, uma reorganização com caráter eminentemente
participativo foi se instalando sob a condução do Prof. Flávio Romeu D’Almeida Reis.
Sua gestão privilegiou a instalação de um clima de diálogo e de responsabilidades
compartilhadas em que as diferenças de posições serviram ao aprimoramento de todos
os envolvidos e ao enriquecimento educacional.
Dessa forma, já num contexto de crescimento acelerado do ensino superior, as
Faculdades Integradas do Instituto Ritter dos Reis (FAIR) começaram a se destacar
tornando visível sua face de empreendimento educacional sério, comprometido com a
participação coletiva e que se organizava e se desenvolvia em bases sólidas.
Em 1999, foi criada a Faculdade de Administração, responsável pelo Curso de
Bacharelado em Administração ampliando a esfera de ação da Instituição. Com uma
coordenação e um corpo docente qualificado, obteve o conceito máximo na avaliação
das condições de ensino com vistas à autorização e, posteriormente, repetiu o conceito
mais alto nas dimensões avaliadas, por ocasião do seu reconhecimento.
Em 2001, igualmente com conceito máximo nas dimensões avaliadas por
ocasião da avaliação in loco, entrou em funcionamento o Curso de Bacharelado em
Sistemas de Informação, da mais nova das Faculdades Integradas, a Faculdade de
Informática. Esse curso, assim como os que o haviam antecedido, repetiria esse
desempenho por ocasião de seu reconhecimento.
As Faculdades Integradas do Instituto Ritter dos Reis, já com seis cursos de
graduação, estavam em um estágio de desenvolvimento que lhes assegurava
19
condições para avançar em direção à constituição de um Centro Universitário. A
solicitação de credenciamento na nova tipologia educacional foi feita em fevereiro do
ano 2001, através de um processo organizado como fruto de uma verdadeira ação
coletiva, viabilizada pelo consenso da comunidade acadêmica em torno dessa
aspiração.
Em dezembro de 2001, as Faculdades Integradas Ritter dos Reis foram
avaliadas pela comissão composta pelos Professores Roberto Fernando de Souza
Freitas, da UFMG, e Renato Carlson, da UFSC. Essa comissão encaminhou um
relatório positivo à SESu/MEC sobre a Instituição.
As Faculdades Integradas do Instituto Ritter dos Reis permaneceram
aguardando a visita do Conselho Nacional de Educação até outubro de 2002, quando
foram avaliadas pela Conselheira Profª Marília Ancona Lopez e pelo Conselheiro Prof.
Edson Nunes, ambos da Câmara de Educação Superior desse egrégio Conselho.
O credenciamento do Centro Universitário Ritter dos Reis foi aprovado através
do Parecer CES/CNE nº 379/2002, de 21 de novembro de 2002. Nesse Parecer, a
relatora, Profª Marilia Ancona Lopez, afirmou: “trata-se de uma Instituição de inequívoca
qualidade, com história construída ao longo de 30 anos”.
A formalização do credenciamento do UniRitter ocorreu através da Portaria
SESu/MEC nº 3.357, de 5 de dezembro de 2002, publicada no Diário Oficial da União
nº 236, de 6 de dezembro de 2002.
Já dentro das ações previstas no seu primeiro Plano de Desenvolvimento
Institucional (PDI), o Curso de Pedagogia passou a desenvolver-se também no turno da
noite, iniciando o funcionamento noturno de cursos de graduação da Instituição. Esse
curso também inaugurou na Instituição uma proposta pedagógica arrojada, sem a
compartimentalização dos departamentos e alicerçada no desenvolvimento de eixos
temáticos semestrais, articuladores, no currículo, da interdisciplinaridade e da
integração teoria/prática construída através da existência, em todos os eixos, das
disciplinas de pesquisa em educação, previstas do início ao fim do curso. A exemplo do
Curso de Pedagogia, outros cursos de graduação adotaram eixos temáticos
interdisciplinares como forma de organização curricular, além de estenderem seu
funcionamento para o noturno, indo ao encontro da necessidade dos alunos que
precisam trabalhar durante o dia.
20
No segundo semestre de 2002, foi a vez da criação do Curso de Bacharelado
em Design, da unidade universitária do mesmo nome, entrar em funcionamento no
vespertino/noturno, com uma proposta pedagógica arrojada, envolvendo duas
habilitações: Design Gráfico e Design de Produto.
Os Cursos de Letras, de Administração e de Sistemas de Informação
sucessivamente em 2002, 2003 e 2004, passaram a desenvolver-se também no
noturno. O Curso de Arquitetura e Urbanismo, por sua vez, a exemplo do Curso de
Design, passou a funcionar também no vespertino/noturno.
Na unidade de Canoas, o Curso de Direito também ampliou seu funcionamento,
estendendo-o para os turnos da tarde e da noite. Conforme a previsão feita no PDI, no
segundo semestre de 2003, iniciou, na sede do UniRitter, o funcionamento do Curso de
Direito de Porto Alegre, pela manhã e à noite. Até então esse curso existia somente na
unidade de Canoas.
Em 2007/1, com respaldo no PDI 2000/2006, foi aberto o Curso Superior de
Tecnologia em Processos Gerenciais, na Faculdade de Administração, e o Curso
Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, na Faculdade de
Informática, ambos funcionando pela manhã e rigorosamente adequados ao Catálogo
Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia do MEC/SETEC. Entretanto, em razão
da demanda, apenas o Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento
de Sistemas segue sendo ofertado.
Nesse mesmo semestre, houve a implantação de nova habilitação na Faculdade
de Design: Design de Moda, que também recebeu a aceitação da comunidade em que
se insere o campus de Porto Alegre. O Curso foi devidamente reconhecido em
novembro de 2010, tendo obtido nota 4 na avaliação in loco. Diante da demanda, os
três Cursos (e a partir de 2010, não mais habilitações) da Faculdade de Design
passaram a ser ofertados nos turnos manhã e noite.
Neste ano, foi concluído o processo de Recredenciamento do UniRitter,
conforme consta na Portaria n. 809/2010, publicada no diário oficial em 21 de junho de
2010.
Além das conquistas mencionadas, o ano de 2010 foi muito importante para o
UniRitter em razão do anúncio, no mês de novembro, da celebração de uma aliança
estratégica com a Laureate International Universities, maior rede de instituições de
ensino superior no mundo, com o objetivo de manter o alto nível de ensino e dos serviços
21
já oferecidos, além de criar ambiente sustentável para a transformação do Centro
Universitário em Universidade, sonho acalentado pela comunidade acadêmica. A
referida aliança foi pactuada com a rede Laureate em razão da semelhança entre suas
filosofias em um aspecto fundamental: a qualidade da educação que oferece aos seus
estudantes.
Outra característica importante da atuação da rede Laureate que culminou na
aliança foi o respeito à cultura de cada IES a ela pertencente, o que fica caracterizado
com a manutenção do corpo de dirigentes acadêmicos já atuantes, bem como da
proposta pedagógica da instituição como um todo e de seus cursos de graduação e de
pós-graduação.
No ano comemorativo de seus 40 anos de atuação, o UniRitter passou a ofertar
à comunidade acadêmica importantes diferenciais, que estão na essência da rede
Laureate como, por exemplo, a possibilidade de seus estudantes e professores
realizarem atividades de intercâmbio nos países em que está presente. A
internacionalização passa a ser parte do cotidiano do UniRitter, essencial para o
mercado de trabalho globalizado atual.
Nesse interim, mais dois novos cursos foram aprovados pelo Conselho Superior
do UniRitter. Em outubro de 2010, foi aprovada a abertura do Curso de Engenharia Civil.
Tal decisão foi tomada diante da necessidade social diuturnamente constatada pela falta
de profissionais da área e da expertise do UniRitter em seu Curso de Arquitetura e
Urbanismo, fundado em 1976.
O outro Curso aprovado, no ano de 2010, por nosso Conselho Superior, foi o de
Relações Internacionais, que se iniciou no ano de 2011, nos turnos manhã e noite.
No ano de 2011, o Conselho Superior do UniRitter aprovou a criação de mais 6
Cursos de Graduação, que iniciaram seu funcionamento no primeiro semestre de 2012,
no campus Zona Sul: Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção, Jornalismo,
Publicidade e Propaganda, Fisioterapia e Biomedicina.
O segundo semestre de 2012 foi marcado pela oferta dos cursos de Design de
Games – Superior de Tecnologia em Jogos Digitais –, Enfermagem e Farmácia em
Porto Alegre, no campus Zona Sul. O campus de Canoas iniciou a oferta dos Cursos
Superiores de Tecnologia em Marketing e Gestão de Recursos Humanos.
22
Assim como em 2012, visando a consolidar as áreas de Ciências da Saúde e
Engenharias, o ano de 2013 ofertou seis cursos novos. Na área da saúde, destaca-se
a oferta dos Cursos de Nutrição, Psicologia e Medicina Veterinária. Em se tratando da
Engenharia, a Faculdade contou com a oferta dos cursos de Engenharia Química,
Engenharia Elétrica e Engenharia Ambiental e Sanitária.
Ainda em 2013, destaca-se a oferta do Curso de Administração no campus de
Canoas. Em Porto Alegre, os Cursos de Ciências Contábeis e Ciência da Computação
iniciaram seu funcionamento.
No final deste ano, a Instituição aprovou, em reunião de Conselho Superior, a
oferta de uma nova modalidade de cursos no UniRitter. Trata-se da proposta de
implantação dos cursos técnicos vinculados ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (Pronatec), ofertados a partir de 2014. Todos os cursos ofertados
possuem áreas correlatas existentes na graduação, a exemplo dos cursos pertencentes
à Faculdade de Administração, Design, Arquitetura e Informática.
Em 2014, a instituição agregou mais um Curso à Faculdade de Comunicação,
por meio da oferta de Relações Públicas, e mais um Curso à Faculdade de Engenharia,
o Curso de Engenharia de Controle e Automação. No campus de Canoas, passaram a
ser oferecidos nesse mesmo período os cursos de Engenharia Civil e Enfermagem.
Também no ano de 2014, o UniRitter ampliou suas atividades, ao fundar um
novo campus, Campus Fapa, o qual pretendeu atender à demanda por educação
superior de qualidade na Zona Norte de Porto Alegre. Neste campus, situado na Av.
Manoel Elias, 2001, bairro Alto Petrópolis, encontra-se uma infraestrutura compatível
com o nível dos demais campi da instituição. A partir do ano de 2015, passaram a ser
oferecidos neste campus os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Design de Moda,
Jornalismo, Publicidade e Propaganda, História, Letras Português, Pedagogia,
Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Análise e Desenvolvimento de Sistema,
Ciências da Computação, Administração, Ciências Contábeis, Gestão de Recursos
Humanos, Marketing e Relações Internacionais, Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia
e Medicina Veterinária, vinculados à Faculdade de Ciências da Saúde.
Ainda no ano de 2015, passou-se a oferecer os cursos Ciências da Computação,
Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção e Fisioterapia
no campus de Canoas.
23
A partir das considerações anteriores, entende-se que o compromisso que
assume, em sua missão, com o desenvolvimento humano sustentável, entendido como
desenvolvimento social, cultural, tecnológico, ambiental e humano, é motivo de
implementação de programas, de projetos e de atividades constante e crescentemente
voltados para esse fim.
A ação educativa do UniRitter sempre esteve alicerçada numa missão
claramente definida e voltada para uma concepção de Educação Superior avançada
para seu tempo. Essa ação desenvolveu-se na compreensão de que, na origem da
problemática organizacional, estão as concepções de conhecimento e de perfil de
cidadão-profissional a formar para o contexto histórico, social, econômico, político e
cultural de sua época.
Ao longo de seus mais de 40 anos de existência, o UniRitter investiu fortemente
na formação das bibliotecas, no avanço tecnológico dos laboratórios de informática e
nos demais laboratórios específicos de cursos. Dessa forma, constata-se que o seu
crescimento quantitativo em relação ao número de cursos ofertados foi acompanhado,
qualitativamente, pela construção de espaços e ambientes destinados ao ensino, à
pesquisa, à extensão e à pós-graduação. Recentemente foi incorporado mais dois
campi, o Campus FAPA, abrangendo mais cursos de graduação e o campus Exclusivo,
relacionado a área da pós-graduação.
Ainda, em todas as suas épocas de funcionamento, a Instituição pautou a
abertura de seus cursos por estudos acerca do mercado de trabalho e das necessidades
educacionais de Porto Alegre, Canoas e região metropolitana, de forma a assegurar a
adequada inserção regional do UniRitter, cumprindo, assim, com seu compromisso para
com as comunidades onde atua.
1.4 A FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO UNIRITTER
No ano de 2010, o UniRitter passou a integrar a Rede Laureate International
Universities, caracterizada por ser a maior rede mundial de instituições de ensino
superior privada. Esta aliança revelou-se uma excelente oportunidade de fortalecer as
competências necessárias para o cumprimento de sua missão institucional. O UniRitter
foi a segunda instituição da região sul do Brasil a fazer parte dessa rede que atua em
mais de 20 países, integrando um grupo com cerca de 800 mil estudantes em mais de
60 instituições de ensino superior, distribuídos entre vários países: Austrália, Brasil,
24
Chile, China, Chipre, Costa Rica, Equador, Espanha, Estados Unidos, França,
Alemanha, Honduras, Inglaterra, Malásia, México, Panamá, Peru, Suíça e Turquia.
Sem deixar de lado a relação com o contexto regional, o UniRitter passou a
proporcionar aos integrantes da comunidade acadêmica a possibilidade de realizar
programas internacionais de intercâmbio nas demais instituições da rede. Deste
modo, evidencia-se o diferencial da instituição e o seu compromisso na preparação de
profissionais capacitados para atuar em uma sociedade do conhecimento globalizada
e conectada entre si.
A rede Laureate International Universities, reconhecida mundialmente por seus
programas acadêmicos de excelência na área da Saúde, acredita que esta é uma área
estratégica para o país, e que a oferta de cursos de Graduação e de Pós-Graduação
de qualidade e acessível para um número cada vez maior de alunos é fundamental
para o desenvolvimento social, sendo possível modificar para melhor a realidade
brasileira.
Neste contexto, a Faculdade de Ciências da Saúde do UniRitter teve sua
abertura aprovada na 135ª Sessão do Conselho Superior - CONSUPE, realizada em
21 de setembro de 2011, com a consequente oferta dos cursos de Biomedicina e de
Fisioterapia no primeiro semestre de 2012. Atualmente conta com mais cinco cursos
de graduação: Enfermagem e Farmácia, que iniciaram no segundo semestre de 2012,
Psicologia e Nutrição, implantados no primeiro semestre de 2013 e Medicina
Veterinária que teve seu início no segundo semestre de 2013. A evolução da oferta
dos cursos da área da saúde pode ser observada na Figura 1-1.
Alinhada com a missão do Centro Universitário Ritter dos Reis, de "construir,
disseminar e compartilhar o conhecimento para formar cidadãos éticos e
profissionais qualificados, comprometidos com o desenvolvimento sustentável"
e com a visão de "consolidar-se como instituição de excelência nas atividades de
ensino, pesquisa e extensão, aliando inovação a compromisso com
transformação social", a Faculdade de Ciências da Saúde visa a excelência na
qualificação do futuro profissional com base em três pilares: responsabilidade social e
ambiental, ética e formação acadêmica, conforme mostra a Figura 1-2.
25
Figura 1-1. Cursos que compõem a Faculdade de Ciências da Saúde do UniRitter.
Figura 1-2. Pilares norteadores da Faculdade de Ciências da Saúde do UniRitter.
Busca-se com isso a integração entre o UniRitter, a comunidade, o mercado e o
meio ambiente, através da formação de profissionais altamente qualificados, que
atuando de forma crítica e reflexiva, e pautados nos princípios éticos e de
sustentabilidade, possam transformar a sociedade em que vivemos, através ações para
a melhoria na qualidade de vida da população (Figura 1-3).
26
Figura 1-3. Integração UniRitter, comunidade, mercado e meio ambiente.
A Faculdade de Ciências da Saúde, alinhada com a Política Nacional de Saúde
Pública, busca a formação de profissionais éticos e humanistas, com uma visão
interdisciplinar e que abordem de forma integrada o processo de prevenção, promoção,
proteção e reabilitação da saúde (Figura 1-4), possibilitando a atuação e intervenção
em diferentes áreas da saúde, desenvolvendo atividades de caráter multidisciplinar e
interprofissional em programas de apoio à saúde pública e melhorias na qualidade de
vida da população.
Figura 1-4. Alinhamento da Faculdade de Saúde à Política Nacional de Saúde Pública.
27
1.5 O CURSO DE FARMÁCIA DO UNIRITTER
O curso de Farmácia do UniRitter teve sua abertura aprovada na 135ª Sessão
do Conselho Superior - CONSUPE, sob Resolução no 34 realizada em 23 de maio de
2012.
Através do DECRETO Nº 20.377, DE 8 DE SETEMBRO DE 1931, o exercício
da profissão farmacêutica foi regulamentando no país, ganhando força em 11 de
novembro de 1960 quando foi promulgada a Lei nº 3.820 que criou o Conselho Federal
e os Conselhos Estaduais de Farmácia. O Decreto 85.878, de 1981, estabeleceu as
normas para a execução destas leis sobre o exercício da profissão, sendo
posteriormente alterada pela Lei nº 9.120 de 1995. O principal objetivo dos Conselhos
é assegurar a proteção da sociedade contra o exercício ilegal e sem ética da profissão.
Sendo assim, os farmacêuticos precisam ser graduados e inscritos junto ao conselho
regional de farmácia para exercer a profissão. Atualmente, a Resolução CNE/CES nº6,
19/10/2017, fornece as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Farmácia e a
Resolução do CFF nº 430, 17/02/2005 dispõe sobre o exercício profissional do
Farmacêutico com formação de acordo com a Resolução CNE/CES nº6, 19/10/2017.
Falar da profissão farmacêutica é fazer uma viagem no tempo, é ir além de
diversas culturas, costumes e lendas. Desde os primórdios, o farmacêutico exerceu um
importante papel na saúde pública, pelas suas mãos, eram manipulados a cura de
diversas doenças e como não bastasse isso, o farmacêutico também trazia nas suas
palavras o remédio para a alma. Este Projeto Pedagógico do Curso (PPC), aborda a
farmácia na sua atualidade, na formação de um profissional generalista, mas que
resgata na origem da profissão a sua função humanista cabendo parafrasear o poeta e
farmacêutico Carlos Drummond Andrade: Farmacêuticos, em todos os tempos e
lugares, trazem mesmo lições de amor às pessoas. Aliás, para o farmacêutico, amar
não é apenas o verbo transitivo direto que se aprende a conjugar, nas escolas. Amar é
ação. A ação de servir, a qualquer hora de qualquer dia e em qualquer lugar. É cuidar,
é promover a saúde, é salvar vidas.
Com base nessa definição, e de acordo com a diretrizes curriculares nacionais
(DCNs) para a formação do farmacêutico generalista, o curso de Farmácia do UniRitter
visa desenvolver profissionais que possuem na sua essência o saber epidemiológico,
de educação em saúde, de trabalho em grupo, de gestão e conhecimentos, sobre risco
e vulnerabilidade Que tenham sólidos conhecimentos sobre grupalidade, relações
humanas, iniciativa, dinamismo, e capacidade de trabalho em equipe multidisciplinar. A
28
construção do conhecimento, permite ao aluno um desenvolvimento coerente e gradual,
garantindo a complexidade da formação profissional, a aquisição de competências e
habilidades necessárias à concepção clínico-terapêutica e o conhecimento das
perspectivas ético-técnico-culturais. Ao mesmo tempo em que o curso apresenta um
caráter generalista e humanista, ele é capaz de ressaltar algumas particularidades da
Farmácia em áreas específicas como a Assistência Farmacêutica Comunitária e
Pública; as Análises Clínicas; a Indústria Farmacêutica e de Alimento; a Farmácia
Magistral; a Farmácia Hospitalar e com grande força a atuação Clínica do Farmacêutico.
Apesar da Farmácia ser uma área de conhecimento bastante complexa e com
uma gama muito grande de possibilidades de atuação, o curso de Farmácia do UniRitter
procura também, por meio de disciplinas teóricas e práticas, assim como de atividades
extensionistas e de pesquisa, proporcionar condições ao formando de atuar em
diferentes segmentos com uma visão ampliada de saúde e do indivíduo, de acordo com
a competências e habilidades gerais e específicas preconizadas para os cursos de
Farmácia no Brasil. Além disso é válido reforçar que um dos objetivos do curso de
Farmácia do UniRitter é o de formar profissionais para atuar tanto na prevenção,
promoção e recuperação da saúde, de maneira individual e coletiva. Também de acordo
com as DCNs, desde o primeiro semestre do curso o estudante é apresentado às
diferentes interfaces da farmácia com os preceitos éticos inerentes da atuação
profissional, da integralidade em saúde através de teorias e técnicas diversas no sentido
de uma formação humanista, crítica e reflexiva, capaz de resolver problemas reais. Com
isso, o Curso consegue formar profissionais que irão atuar em todos os níveis de
atenção à saúde, integrando-se em programas de manutenção, prevenção, proteção e
recuperação da saúde, sensibilizados e comprometidos com o ser humano,
respeitando-o e valorizando-o. Além disso, os alunos do curso de Farmácia do UniRitter
serão capazes de atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e
transdisciplinarmente com extrema produtividade na promoção da saúde baseado na
convicção científica, de cidadania e de ética.
Portanto, o curso de Farmácia do UniRitter pretende promover uma formação
humanista, crítica e reflexiva. Considerando que, formar para a humanização é ensinar
o resgate do respeito à vida humana e não humana, levando-se em conta as
circunstâncias sociais, éticas, educacionais presentes na relação envolvida (ser humano
com ser humano, com seres não humanos e com o meio ambiente), resgatando ainda
a importância dos aspectos emocionais e físicos envolvidos na intervenção em saúde.
O profissional farmacêutico crítico desenvolve suas atividades com objetividade.
29
Encontra-se preparado para tomar decisões com competência, pois seus julgamentos
baseiam-se nas evidências e não em hipóteses. Conhece suas limitações e por isso
mantém a mente aberta para o conhecimento atualizado.
O UniRitter entende que pensamento crítico somente poderá ser construído em
ambientes acadêmicos que permitam o diálogo, bem como o aluno seja um ser
responsável pela construção do seu conhecimento, ele ultrapassará as verdades
acabadas oferecidas pela academia, tornando a ação uma reflexão, que gera novas
ações pensando na integralidade do cuidado ao indivíduo.
2. CURSO
2.1 NOME DO CURSO
Farmácia – Bacharelado
2.2 REGIME ESCOLAR E MODALIDADE DE FUNCIONAMENTO DO CURSO
Regime regular, presencial, com matrícula semestral por unidade
curricular/crédito. Poderá ser oportunizado aos alunos a participação em unidades
curriculares e atividades de caráter à distância, de acordo com a legislação vigente na
instituição.
2.3 LOCAL E TURNO DE FUNCIONAMENTO
As atividades didáticas do curso (teóricas e práticas) são realizadas no UniRitter,
campus Zona Sul, localizado na Rua Orfanotrófio, 555, Alto Teresópolis, Porto Alegre -
RS. As atividades relacionadas aos Estágios Curriculares Supervisionados e as
rotações práticas e clínicas poderão ser realizadas na IES ou numa instituição local ou
regional previamente conveniada.
O curso é oferecido em dois turnos: matutino e vespertino/noturno, com aulas de
segunda a sexta-feira. As atividades referentes ao Estágio Curricular Supervisionado
são realizadas em horários compatíveis ao desenvolvimento do plano de estudos do
30
aluno, ao currículo da instituição e à organização interna da instituição conveniada,
conforme detalhado no Regulamento de Estágios.
2.4 FORMAS DE INGRESSO
Segue, abaixo, a apresentação das sete formas de ingresso ao Curso de
Farmácia do UniRitter:
a) Processo Seletivo
O ingresso no Curso de Farmácia pode ser realizado via processo seletivo que
ocorre em duas ocasiões anuais, quais sejam: dezembro e julho. O ingresso nesta
modalidade é realizado mediante a aplicação de uma prova que abrange conhecimentos
específicos referentes ao Ensino Médio e inclui 06 (seis) áreas de conhecimento: Língua
Portuguesa, Literatura Brasileira, Matemática, Física, Química e Biologia.
A prova é organizada em duas partes, sendo 25 (vinte e cinco) questões de
múltipla escolha, abrangendo os conhecimentos das áreas acima, valendo 0,2 (zero
ponto dois) pontos cada questão, o que equivale, no total a 5,0 (cinco ponto zero), e
uma questão de Redação em Língua Portuguesa, valendo 5,0 (cinco) pontos,
totalizando 10,0 (dez) pontos.
Para aprovação, o candidato deverá acertar um mínimo de 5 (cinco) questões
na prova de múltipla escolha e obter nota mínima de 1,5 (um ponto cinco) na questão
de Redação. Caso o estudante não atinja a pontuação descrita acima, será reprovado
no processo seletivo
b) ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio
O ingresso via ENEM é assegurado nos Editais de Processo Seletivo. Nessa
modalidade é utilizada a prova seletiva do Enem, como forma alternativa de ingresso e,
nele, são reservadas 30% das vagas de cada curso. Com essa forma de seleção o
UniRitter busca estar em sintonia com o MEC, reforçando a valorização da
aprendizagem obtida pelo estudante no Ensino Médio, enquanto etapa da Educação
Básica.
31
Para ingressar na Instituição por meio do ENEM o estudante deve ter realizado
a avaliação a partir de 2010. Para concorrer à vaga, o candidato deve ter obtido um
mínimo de 250 (duzentos e cinquenta) pontos na Prova do ENEM, não sendo possível
zerar a prova de redação. Caso as vagas destinadas para os candidatos com
aproveitamento das notas do ENEM não sejam preenchidas, essas poderão passar
automaticamente a reintegrar o conjunto de vagas disponíveis aos candidatos que
optaram pelo Processo Seletivo Geral.
c) Transferência Externa
É o processo através do qual o estudante de outra Instituição de Ensino Superior
(IES), nacional ou estrangeira, concorre à vaga existente neste Centro Universitário
conforme a disponibilidade no curso.
d) Transferência Ex-officio
Efetivada entre instituições vinculadas a qualquer sistema de ensino, em
qualquer época do ano e independentemente da existência de vaga, quando se tratar
de servidor público federal civil ou militar estudante, ou de seu dependente estudante,
se requerida em razão de comprovada remoção ou transferência de ofício.
e) Ingresso de Diplomado
Nessa forma de ingresso, os portadores de Diploma de Ensino Superior, que
desejam ingressar no Curso de Farmácia, são admitidos no curso havendo vagas
disponíveis e não é necessário que se submetam à prova de seleção.
f) Reingresso
O aluno que interrompeu o Curso, mas que mantém o vínculo institucional, pode
solicitar o retorno. Ao reingressar no curso, o acadêmico deve adaptar-se às alterações
que eventualmente tiverem sido introduzidas no currículo da graduação.
32
g) Certidão de Estudos
O UniRitter receberá transferência de alunos que tenham iniciado um curso
superior e que estejam desvinculados da sua Instituição de origem, desde que
apresentem o respectivo histórico escolar original e documentação comprobatória do
vínculo já existente com aquela Instituição, independente da regularidade atual deste.
2.5 CARGA HORÁRIA
Duração do Curso: 10 semestres – 5 anos.
Carga Horária: 3.979 horas em disciplinas e estágios supervisionados, sendo
822 horas nos Estágios Curriculares Supervisionados e 66 horas de Trabalho de
Conclusão do Curso (TCC).
Carga Horária de Atividades Complementares: 120 horas.
Carga Horária Total: 4.099 horas.
2.6 TEMPO PARA INTEGRALIZAÇÃO
O tempo de integralização mínimo é de 5 anos (10 semestres), e/ou no prazo
de cumprimento de todas as disicplinas obrigatórias e estágios supervisionados.
2.7 RELAÇÃO PROFESSOR / ACADÊMICO
Para as aulas teóricas, o curso trabalha com 50 (cinquenta) alunos/professor.
Para as aulas práticas, em laboratório, rotações práticas e clínicas, o quantitativo é de
até 25 alunos/professor, de até 20 no Laboratório de Práticas Farmacêuticas, e de até
10 (dez) alunos/professor para os Estágios Curriculares Supervisionados
2.8 COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA DO CURSO
O processo de comunicação é vital no Curso de Farmácia e diz respeito ao
diálogo com seus diversos públicos, quer seja externo, quando se volta para a
comunidade em que se insere o campus institucional e o mundo organizacional local e
33
regional, quer seja interno, com sua própria comunidade acadêmica (professores,
funcionários e acadêmicos).
A comunicação interna está estruturada primordialmente a partir da própria
organização curricular do Curso, tendo como forma primária as áreas de estudo e
secundária a problemática por semestres. Assim, a comunicação com professores e
entre professores em torno do trabalho regular fica favorecida. Além disto, ocorrem as
reuniões para acompanhamento dos processos avaliativos, das ações gerais do âmbito
do Curso bem como das atividades em EaD (Educação à Distância).
A intranet é um canal importante de comunicação interna e o site na internet do
UniRitter também tem um papel fundamental na comunicação interna e externa do
Curso de Farmácia.
Têm-se constituído uma forma importante de comunicação interna, os
seminários de qualificação docente específicos do curso, na medida em que passaram
a constituir-se num espaço de compartilhamento para as mais diversas finalidades.
A comunicação com as outras instâncias da Instituição acontece, num primeiro
momento, via reuniões de Congregação, Conselho de Ensino (CONSEPE) e Conselho
Superior (CONSUPE), os representantes disseminam as informações, deliberações e
discussões aos demais professores do curso.
As turmas de cada semestre terão seu representante, eleito por seus pares e,
sistematicamente, acontecerão reuniões ordinárias e extraordinárias. Estas últimas,
para tratar, por exemplo, da organização da Semana Acadêmica, envolvimento em
Atividades de Extensão, entre outros. Além disto, o Fórum de Representação
Estudantil (FORES), regimentalmente previsto nos artigos 114 e 115, discute as mais
variadas questões e que aproximará substancialmente os acadêmicos.
A comunicação externa se dará pela presença constante de representantes do
Curso nas Feiras de Profissões de todas as escolas que oferecem esta oportunidade,
cuja programação é viabilizada pelo Núcleo de Apoio ao Discente (tópico 3.2).
A comunicação externa ficará bastante fortalecida com o trabalho intensivo na
comunidade onde a Instituição está inserida, já mencionada em outras seções.
A participação de professores em seminários e congressos locais e nacionais
também poderá ser uma prática constante.
34
2.9 EMBASAMENTO LEGAL INTERNO E EXTERNO
Interno:
Regimento Geral, Projeto Pedagógico Institucional (PPI), Projeto de
Desenvolvimento Institucional (PDI) e Regulamentos de Estágio Curricular,
Regulamento de Horas Complementares, regulamento de Trabalho de Conclusão de
Curso, Regulamento de Monitoria.
Externo:
RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 6, DE 19 DE OUTUBRO DE 2017. Institui Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia.
RESOLUÇÃO Nº 4, DE 6 DE ABRIL DE 2009 (*). Dispõe sobre carga horária
mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação
em Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Farmácia,
Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e Terapia Ocupacional, bacharelados, na
modalidade presencial.
Parecer CNE/CES nº 01/2004. Duração de cursos presenciais de bacharelado.
Lei 9.795/1999, Decreto 4,281/2002 e Res. CP 02/2012. - Educação ambiental.
Leis 10.639/2003, 11.645/2008 e resolução CP 01/2004- História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena.
Lei 10.741/2003- Estatuto do Idoso.
Resolução CP/CNE 01/2012- Diretrizes Nacionais em Direitos Humanos.
2.10 JUSTIFICATIVA DA OFERTA
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), a
população estimada do Rio Grande do Sul foi de 11.247.972 habitantes em 2015.
Estado brasileiro que possui a população com maior longevidade, aumento da taxa de
natalidade e redução da taxa de mortalidade, os dados observados para a população
rio-grandense, demonstram a importância da saúde preventiva como meta de redução
de agravos, objetivo já determinado pelas políticas públicas que norteiam o modelo de
35
atenção à saúde implementadas no país (IBGE, 2010). Neste contexto de aumento
populacional observado, sugere também maior prevalência de doenças relacionadas ao
envelhecimento, bem como, a hábitos, os quais impactam diretamente na qualidade de
vida da população e estão diretamente relacionados às práticas de educação em saúde,
principalmente no contexto do uso racional de medicamentos. Outros fatores
preponderantes considerando a longevidade da população são: aumento da
medicalização, bem como da polimedicação; uso de medicamentos para doenças
crônicas prevalentes, com baixos índices de adesão; uso de medicamentos
potencialmente perigosos para idosos e outros problemas relacionados a
medicamentos. Além disso, o mercado demanda profissionais farmacêuticos,
preparados para lidar com as questões relacionadas com a saúde pública, uma vez que,
os cursos de farmácia, ainda não estão totalmente preparados para desenvolver
competências e habilidades que consideram o indivíduo na sua totalidade, sendo o
medicamento apenas uma tecnologia que irá auxiliar no tratamento de doenças. Desde
a virada do século a Organização Mundial de Saúde (OMS), conjuntamente com a
Federação Internacional Farmacêutica (FIP), pontua a importância dos quesitos listados
a cima e retira o caráter totalmente tecnicista da profissão, e é com essas considerações
que a formação farmacêutica precisa se consolidar, já que há necessidade de
profissionais que se estabeleçam de maneira forte e consciente, desempenhando
papéis de provedor do cuidado, tomador de decisões, comunicador, líder, preocupado
com aprendizagem ao longo da vida e investigador (OPAS, 2014), entendo que o foco
da atuação farmacêutica é o indivíduo, a família e a comunidade e não só o
medicamento.
O UniRitter está localizado na região sul de Porto Alegre, capital com 1,4 milhões
de habitantes, contando com ampla e diversificada infraestrutura socioeconômica. A
cidade apresenta graves problemas sanitários, comprovados por indicadores sociais de
saúde que revelam fragilidades no controle de doenças e agravos não transmissíveis e
persistência de doenças infecciosas; ainda, é a cidade com maior incidência de
tuberculose e novos casos de HIV (BRASIL, 2016).
Para atender às demandas de assistência em saúde, a cidade possui uma
extensa rede de atenção, nos níveis primário, secundário e terciário, de atendimento ao
SUS. O município possui ainda, uma rede de atenção à saúde privada em nível
secundário e terciário, caracterizadas por unidades de apoio e diagnóstico, clínicas,
hospitais e maternidades, a maioria também conveniada ao SUS. Além disso,
possuímos um aumento crescente de estabelecimentos farmacêuticos privados, que
36
após a publicação da Lei 13.021/2014, encontra dificuldade em fazer cumprir a
obrigatoriedade da presença do farmacêutico em todo o horário de funcionamento,
devido à escassez de profissionais (MAIA, 2016).
Ainda considerando a questão acima, segundo a Associação Brasileira de
Farmácias existe um déficit de 30 mil profissionais farmacêuticos no Brasil. No RS temos
2.24 farmacêuticos/2.000 habitantes, mas ainda existem farmácias irregulares, sem a
presença do farmacêutico (Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade do Mercado
Farmacêutico /2014).
Os cursos de farmácia oferecidos por outras Instituições de ensino na cidade de
Porto Alegre, estão localizados em sua maioria na região central e norte da cidade, ao
passo que na região Sul, o único curso ofertado é o curso do UniRitter (campus zona
sul). Esta particularidade abre um vasto campo de estágio, nas mais diversas áreas,
pois a oferta não supre a demanda. Além disso, após a abertura do curso de Farmácia
do UniRitter, os alunos em estágio nas farmácias da secretaria municipal de saúde, são
a maioria; principalmente na farmácia distrital da região sul/centro-sul, potencializando
a necessidade de formação de um farmacêutico voltado às questões sociais da região,
inserido na atenção primária à saúde como um profissional essencial a equipe
multiprofissional. Uma resolução do Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande
do Sul (COREN-RS/2016) proibiu a dispensação de medicamentos por parte de
profissionais da enfermagem alegando a falta de habilitação técnica, legal ou ética na
execução da tarefa. Em Porto Alegre, a norma afetou 141 Unidades Básicas de Saúde
(SCARTON, 2016) e secretaria justificou a falta de profissional e a impossibilidade de
realizar processo seletivo.
A Figura 2-1 apresenta o mapa da cidade de Porto Alegre dividido por regiões
de saúde, atendidas pelos distritos docentes assistenciais evidenciado geograficamente
a importância da oferta de um curso de Farmácia na região sul de Porto Alegre, uma
vez que o UniRitter, juntamente com a FADERGS (Faculdade de Desenvolvimento do
Rio Grande do Sul), outra instituição da Rede Laureate, possuem o maior campo de
atuação em ensino serviço necessitando de profissionais capacitados para ocupar
esses espaços.
37
Figura 2-1. Regiões da cidade de Porto Alegre e os respectivos distritos docentes
assistenciais.
Por fim, o curso de Farmácia do UniRitter se estrutura, considerando as DCNs
da Graduação em Farmácia (CNE/CES n. 6/2017), onde enfatiza o “farmacêutico com
formação generalista”, incorpora à formação primária de farmacêutico, as principais
habilitações cabíveis ao profissional. O Curso tem como missão contribuir para o
desenvolvimento da ciência e das atividades farmacêuticas na região em que se insere
(sul/centro-sul), mediante um ensino inovador, diferenciado e de qualidade, com a
inserção de metodologias ativas e simulações, integrando o ensino básico e o
profissional, excluindo o conceito de unidades curriculares fragmentadas. De acordo
com a Portaria MS nº 3.916/1998 que aprova a Política Nacional de Medicamentos, a
Resolução MS nº 338/2004 que delibera sobre a Política Nacional de Assistência
Farmacêutica e com a Portaria MS nº 971, de 3 de maio de 2006 que aprova a Política
38
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, o Curso considera a
necessidade de formação de profissionais farmacêuticos qualificados para atender as
demandas da sociedade, consciente de seu papel social, atuando junto aos programas
públicos de prevenção e promoção da saúde, sendo o elo de ligação entre a prescrição
e o uso racional de medicamentos. Além disso, existe a preocupação na formação de
um profissional que contemple outros campos de atuação que culturalmente já se fazem
presente na profissão farmacêutica, como as análises clínicas, indústria farmacêutica e
a área de alimentos. Considerando que o farmacêutico deve estar inserido em todo o
ciclo do medicamento, desde a produção, até sua utilização e monitoramento, bem
como na fabricação de alimentos de qualidade que visem a saúde da população. Ainda,
torna-se necessário o aprimoramento de profissionais para assumir uma postura mais
ativa no seguimento farmacoterapêutico, buscando o resgate de sua formação básica e
a consciência do seu papel social comprometido em garantir uma efetiva assistência
farmacêutica à população, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do
vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.
Por este motivo, o currículo do curso de Farmácia do UniRitter trabalha de maneira
integrada desde o início da formação, garantido que a visão do egresso seja ampla e
com entendimento de todas a áreas de atuação do farmacêutico, sem deixar de lado o
caráter globalizado inerente de uma instituição de ensino internacional, que busca
atender as demandas sociais e ambientais.
2.11 DIFERENCIAIS DO CURSO DE FARMÁCIA DO UNIRITTER
A unificação do curso de Farmácia, formando profissionais generalistas aptos a
atuar nas mais diferentes áreas, aumenta em larga escala o campo de atuação
profissional. Neste contexto, o UniRitter, apostando no importante papel do
farmacêutico, oferta um curso de graduação diferenciado e de qualidade, baseado num
currículo moderno, que aproxima a prática e a teoria desde o segundo semestre do
curso (iniciando em Práticas em Farmácia onde o aluno tem a oportunidade de
conhecer, visitar e praticar um pouco das diversas especialidades da Farmácia), através
das inovadoras metodologias ativas, rotações práticas e clínicas, focando nas diversas
áreas de atuação do farmacêutico, como na prevenção, promoção e reabilitação da
saúde (Figura 2-2).
39
Figura 2-2. Visita ao Laboratório Lifar (Porto Alegre/RS): empresa de desenvolvimento
e fabricação de cosméticos, medicamentos e alimentos (Visita técnica – 1º semestre: Princípios
Farmacêuticos, currículo 3).
A matriz curricular é interdisciplinar construída em blocos de conhecimentos
como Comportamento e Sociedade, Fundamentação, Práticas e Habilidades, Estrutura
e Função, Práticas Complementares, Gestão e Saúde Coletiva, Pesquisa, Estágios
Supervisionados e Eletivas. Além das práticas disciplinares desde o primeiro semestre,
possibilitando ao aluno a vivência da realidade profissional ao longo de sua formação,
a inserção de metodologias ativas e simulações nas unidades curriculares, a
possibilidade de intercâmbios através da Rede Laureate e a habilitação em cinco
estágios curriculares a partir do sexto semestre do curso são características que fazem
a diferença no mercado de trabalho farmacêutico e no mundo globalizado. Há uma
integração entre o básico e o profissional, excluindo o conceito de unidades curriculares
fragmentadas, buscando a interdisciplinaridade. Unidades curriculares como Botânica,
Fitoterápicos e Farmacognosia são ofertadas numa unidade curricular única, integrada,
interligando os conteúdos, tornando o ensino mais funcional aos estudantes (Figura 2-
3).
40
Figura 2-3. Rotação prática no Horto de Igrejinha: Coleta de plantas medicinais para
serem cultivadas no Horto Didático de Plantas Medicinais do Curso de Farmácia (Unidades
curriculares: Princípios Farmacêuticos. 1º semestre e Farmacognosia, 4º semestre, currículo 3).
Outro diferencial do curso é a inclusão na matriz curricular de conteúdos
profissionalizantes da Farmácia desde os primeiros semestres do curso em unidades
curriculares que compõe o bloco curricular Práticas e Habilidades. As ciências básicas
e aplicadas interagem harmonicamente do início ao final do curso de modo transversal
na grade curricular. Os conteúdos profissionalizantes fornecem a base e envolvem o
estudante capacitando-o para a realização das atividades complementares, das
rotações práticas e clínicas e dos estágios curriculares. Desenvolve-se a motivação e o
comprometimento acadêmico dos discentes. Dentre as várias vantagens desta
construção curricular está o desenvolvimento da ética profissional, da responsabilidade
social e profissional do estudante buscando o aperfeiçoamento acadêmico, facilitando
o uso da problematização, do estudo de casos clínicos transversais, da aprendizagem
através de projetos, da simulação, rotações práticas e clínicas e das discussões em
classe como excelentes ferramentas de ensino (Figura 2-4).
41
Figura 2-4. Feira das Profissões UniRitter. Rotação prática: confecção de sabonetes e
dosagem de ASS. Eixo magistral e Fundamentação.
Com o auxílio de professores mestres e doutores cuidadosamente selecionados,
altamente qualificados e conectados com o mercado de trabalho, o Curso visa ofertar à
sociedade, profissionais capacitados em desempenhar com qualidade o papel do
farmacêutico, auxiliando na consolidação da profissão no estado do Rio Grande do Sul
que apresenta um cenário favorável e de grande valorização. Os professores
frequentam semestralmente cursos de capacitação docente com o objetivo de se
aperfeiçoarem e de se atualizarem dentro das mais modernas metodologias de ensino
da rede Laureate. O Health Sciences Brazil foi uma capacitação internacional
organizada pela Faculdade de Ciências da Saúde onde os professores compartilharam
as melhores práticas de ensino nos Workshops de Estrutura e Função e Simulação
(Figura 2-5).
Outros diferenciais do Curso de Graduação em Farmácia do UniRitter que
podemos destacar:
a) Matriz curricular interdisciplinar, com as disciplinas integradas em blocos de
conhecimento. Os conteúdos são tratados de forma integrada visando à formação
adequada do estudante. Os temas são abordados de forma conjunta, por sistemas,
processos patológicos ou, ainda, grupos de doenças. A unidade curricular de Processos
Biológicos, no primeiro semestre do Curso, aborda simultaneamente a Bioquímica,
42
Genética, Biologia Celular e Molecular. Esse modelo inédito no ensino farmacêutico
estimulou a interação entre os professores, a integração dos conteúdos curriculares e
estimulou o aprendizado profundo dos estudantes;
Figura 2-5. Capacitação Docente Internacional com a participação de várias instituições
da Rede Laureate.
b) Curso verdadeiramente generalista, que oportuniza ao aluno a aquisição de
conhecimentos, habilidades e competências, nas mais variadas áreas de atuação da
Farmácia, promovendo o profissional a atuar tanto na assistência, gestão e promoção
de saúde de formas integradas;
c) Modelo Pedagógico diferenciado, propõe que a formação do profissional em
saúde ocorra sob uma aprendizagem baseada nas competências do futuro profissional,
tendo o adulto como centro do processo e construtor de sua aprendizagem, mobilizando
habilidade, conhecimento e atitude na resolução de situações, e o docente como
facilitador, guiando a promoção da aprendizagem experiencial, profunda e significativa.
Ocorre a integração dos conceitos pedagógicos consolidados, como metodologias
ativas tendo como princípios a Taxonomia de Bloom, a utilização de metodologias
inovadoras e recursos tecnológicos para o ensino em saúde, como por exemplo, a
simulação realística de alta fidelidade onde o aluno realiza o treinamento apoiado por
alta tecnologia que reproduz através de cenários clínicos de experiências de vida real,
43
pré-estabelecidos, tendo como objetivo garantir a segurança no processo de assistência
ao paciente (Figuras 2-6 à 2-8).
Figura 2-6. Exposição de Sistemas Corporais. Evento Multiprofissional: Farmácia e
Biomedicina. Unidade curricular: Sistemas Corporais do Eixo Estrutura e Função.
d) Infraestrutura moderna e atualizada, com laboratórios de ensino
Multidisciplinares I e II, de Estrutura e Função, de Práticas Farmacêuticas, Laboratório
de Química, Laboratório de Ciências Biomédicas, Laboratório de Tecnologia e Preparo
de Alimentos, Enfermaria Simulada e Centro de Simulação e Farmácia Universitária, um
campo de prática interno, onde os alunos podem desenvolver desde as rotações
práticas disciplinares até o Estágio Curricular I em Assistência Farmacêutica, dentre
outros;
44
Figura 2-7. Painel do Metabolismo Energético. Unidade curricular: Processos
Metabólicos. 2º semestre, currículo 3.
Figura 2-8. Simulação de Alta Complexidade – Interações Medicamentosas, unidade
curricular: Terapêutica Medicamentosa Integrada, currículo 3.
45
e) Incentivo às atividades complementares de ensino, pesquisa, extensão e
práticas profissionais, propiciando ao aluno uma maior vivência tanto acadêmica quanto
profissional. Anualmente são ofertados cursos, palestras, visitas guiadas aos parceiros
de práticas e fortes potenciais do mercado de trabalho, além de outras atividades. São
projetos de destaque no curso:
Projeto Social de Assistência Farmacêutica no Educandário São João
Batista, onde os estudantes de vários semestres são capacitados
para prestar cuidados farmacêuticos no Educandário como a
verificação da pressão, educação em saúde, dosagem capilar de
glicose e aconselhamento farmacoterapêutico. Este projeto rendeu
ao Curso o Certificado de Responsabilidade Social com o
Educandário São João Batista (Figura 2-9);
Figura 2-9. Projeto Social de Assistência Farmacêutica no Educandário São João Batista.
Projeto de Sustentabilidade Ambiental, Descarte Consciente de
Medicamentos Vencidos, que agrega os alunos do Curso em
atividades de extensão e práticas disciplinares desde 2013, tendo
sido implantado na SEPesq – Semana de Pesquisa, Pós-Graduação
e Extensão do UniRitter.
46
Projeto do Horto Didático de Plantas Medicinais do Curso de
Farmácia que dá suporte a várias unidades curriculares como
Práticas em Farmácia, Farmacognosia, Terapêutica Medicamentosa
e Química Farmacêutica e Farmacodinâmica numa visão inter e
transdisciplinar de atividades práticas de ensino;
Projeto de Extensão Metamorfose Adjacente, onde os alunos do
Curso coordenados pela professora Clara Lia Brandelli revitalizam a
praça Oswald de Andrade, no entorno do campus, cultivando mudas
medicinais e frutíferas, numa ação conjunta com os cursos de
Nutrição e Arquitetura e a participação voluntária de alunos no projeto
de extensão Qualificação Paisagística e Ambiental do Instituto
Psiquiátrico Forense, projeto com objetivo de revitalização dos
espaços de convivência dos detentos;
Projeto de Pesquisa de novas drogas anti-câncer em parceria com a
Universidad de Granada. O professor espanhol Joaquín Maria
Campos Rosa visita pelo menos uma vez ao ano o UniRitter. Nestas
datas acontecem cursos de Extensão, como o Curso de Verão em
fevereiro de 2017, “A Luta Contra o Câncer: o Protagonismo da
Química Medicinal”;
Projeto Plantando Sonhos da unidade curricular de Farmacognosia
onde os estudantes levam as escolas da comunidade ações de saúde
como o cultivo de plantas medicinais, numa réplica do Horto Medicinal
do Curso (Figura 2-10).
47
Figura 2-10. Oficina de Remédios Fitoterápicos. Atividade promovida pelos alunos de
Farmacognosia aos alunos do 7° ano da Escola Estadual Brigadeiro Silva Paes.
f) Sistema de avaliação pedagógica constante não só dentro do curso como de
forma Institucional através da Autoavaliação Institucional do UniRitter que é um
processo coletivo de reflexão sobre sua prática, os seus compromissos com a sociedade
e as suas diferentes atividades na busca permanente de sua excelência acadêmica.
Pretende mediante a um processo democrático e emancipatório, desencadear ações
avaliativas que permitam explicar e compreender, criticamente, as estruturas e relações
do UniRitter, possibilitando um questionamento sistemático de todas as suas ações,
seus fins, seus meios, o ensino, a pesquisa e a extensão, bem como a gestão, a
infraestrutura e as condições gerais de trabalho, propondo alternativas viáveis ao seu
aperfeiçoamento. Este processo é fundamentado através do Paradigma de Avaliação
Emancipatória, permitindo o desenvolvimento de estratégias que gerem melhorias, com
intuito de aperfeiçoar cada vez mais o Curso e a Instituição. Em 2017, o Curso recebeu
o Certificado de Reconhecimento pelo resultado alcançado em relação ao percentual de
respondentes na avaliação Institucional de 2016. Além disso, o UniRitter possui um
Núcleo de Apoio aos Discentes oferecendo programas que buscam qualificar a
formação universitária oferecendo serviços de apoio pedagógico, psicopedagógico e
psicológico tendo com isso desenvolver uma ação educativa voltada não só para o
aprimoramento de habilidades instrumentais, mas também de outras dimensões
fundamentais da personalidade humana, como o desenvolvimento pessoal, a
participação social e a ação comunicativa orientada para o entendimento;
48
g) Promoção a Internacionalidade com o incentivo a intercâmbios com
instituições da Rede de Universidades Laureate no exterior, possibilitando ao
acadêmico apropriar-se de conhecimento técnico, científico e cultural tendo o
International Office para o auxílio dos acadêmicos e docentes. O Curso possui um
projeto internacional de pesquisa de novas drogas com a Universidad de Granada na
Espanha, o que fornece aos alunos a possibilidade de trocar informações e trabalhar
em conjunto com um renomado grupo de pesquisa farmacêutica no exterior. O Curso
foi formalmente convidado a participar do projeto “Síntese, efetividade anticâncer e anti-
Leishmania e estudos in sílico de híbridos tri funcionais ligados a triazóis”, projeto
submetido através do PROGRAMA CIÉNCIA SEM FRONTEIRAS – BOLSAS NO PAÍS,
MODALIDADE PESQUISADOR VISITANTE ESPECIAL – PVE CHAMADA DE
PROJETOS MEC/MCTI/CAPES/CNPq/FAPs Nº 03/2014. Participam deste projeto
algumas das instituições de ensino mais importantes do país, como a Universidade de
São Paulo (USP) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), bem como a
Universidad de Granada, instituição espanhola de importância reconhecida no cenário
mundial quando se trata de pesquisa e ensino nas diversas áreas do conhecimento. A
Universidad de Granada está representada neste projeto pelo Prof. Dr. Joaquín María
Campos Rosa, conhecido internacionalmente por sua contribuição científica na área de
química farmacêutica e medicinal. O Prof. Campos possui uma vasta experiência no
desenvolvimento de moléculas para câncer e doenças negligenciadas, além de
inúmeros contratos e patentes com a indústria farmacêutica, onde é um pesquisador
bastante requisitado e atuante no desenvolvimento de novos fármacos e novas
tecnologias. Este projeto já apresenta publicações e pedidos de patente.
Todos os semestres, o professor Joaquin Maria Campos Rosa vem à instituição
para a discussão dos resultados das pesquisas e os estudantes têm a oportunidade de
realizar cursos e palestras com o pesquisador (Figura 2-11).
Em 2016/2 e 2017/1, o International Office juntamente com a Coordenação e
NDE do Curso, avaliam a possibilidade de Dupla Titulação Acadêmica com instituições
da Rede Laureate, como Universidad Andrés Bello (Chile), Universidad Europea de
Madrid (Espanha) e Universidad del Valle de Mexico (México), o que oportunizará aos
nossos estudantes um diferencial na formação acadêmica, uma prática comum em
vários cursos do UniRitter. As tratativas continuam em 2018;
49
Figura 2-11. Curso de Verão com o Prof. Dr. Joaquín Maria Campos Rosa (fevereiro, 2017).
h) Parcerias importantes com destaque no mercado de trabalho farmacêutico
para a realização de visitas técnicas, rotações práticas e clínicas, e os estágios
obrigatórios, como: Panvel Farmácias, Hospital Moinhos de Vento, Prefeitura Municipal
de Porto Alegre, Dermogral Farmácias de Manipulação, Laboratório Bioanálises,
Laboratório Geyer, Farmácias Associadas, Agafarma Farmácias, Lifar Indústria
Farmacêutica, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Farmácia
Universitária, Olina Laboratório Wesp LDTA, Oncoclínicas, Asilo Padre Cacique,
Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Hospital Espírita de Porto Alegre,
Hospital Psiquiátrico São Pedro, Farmácia Spengler, Instituto de Cosmiatria, Natura
Indústria de Cosméticos e Nestlé ,Centro de Saúde Veterinária do UniRitter, Kley Hertz
Farmacêutica, entre outras;
i) Programa Interdisciplinar Saúde Comunidade integrando os diferentes cursos
da área da saúde e promovendo ao aluno vivência prática na comunidade de forma
multiprofissional fomentando a responsabilidade social;
j) Incentivo constante a atualização e a promoção de novas áreas de atuação do
farmacêutico através de:
50
Cursos de extensão, como os cursos de Injetáveis Módulo I e II, Pesquisa
Clínica, Farmácia Clínica, Farmácia Estética, nas Semanas Acadêmicas
da Farmácia promovidas e organizadas pelos estudantes e palestras
durante os semestres.
Unidades curriculares optativas, como a Estética, Farmácia Veterinária,
Ciências Forenses e Perícia Criminal, Oncologia e Farmacologia
Oncológica, e também a inserção na matriz curricular das Práticas
Integrativas e Complementares que se dedicam a prevenção de agravos
e recuperação da saúde, como a Homeopatia.
O Curso também oferece ao acadêmico: educação permanente para
transformação das práticas de ensino e aprendizagem; ensino de qualidade e
consistente, atualizado e condizente com a atuação do profissional farmacêutico;
formação de um profissional único integrando os conhecimentos de medicamentos,
análises clínicas e alimentos; formação multi/inter e transdisciplinar, desenvolvendo um
conhecimento integrado e completo para atuar em equipes de maneira ética e
responsável; estimulo as atividades extracurriculares; envolvimento com o
desenvolvimento científico e a busca do avanço técnico associado às áreas da saúde,
do bem-estar e dos direitos humanos; atualização e incorporação constantemente às
novas tecnologias; formação completa para a atuação na assistência farmacêutica
como prática essencial para o fortalecimento profissional visando a integralidade, a
equidade e a universalidade, capazes de compreender o valor da profissão farmacêutica
no atendimento às necessidades da população.
Segundo a Associação Brasileira de Farmácias existe um déficit de 30 mil
profissionais farmacêuticos no Brasil. O último censo do IBGE aponta a média de 1
farmacêutico/2.000 brasileiros (http://ictq.com.br/portal/estatisticas-do-setor-
farmaceutico/censo-demografico-farmaceutico). No RS, temos 2.24
farmacêuticos/2.000 habitantes, mas ainda existem farmácias irregulares, sem a
presença do farmacêutico (Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade do Mercado
Farmacêutico /2014). O campus zona sul do UniRitter está localizado na região sul
centro-sul de Porto Alegre onde não existem instituições com oferta de curso de
graduação em Farmácia o que potencializa a necessidade de formação de um
farmacêutico voltado às questões sociais da região, inserido na atenção primária à
saúde como um profissional essencial a equipe multiprofissional. Uma resolução do
Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (COREN-RS/2016) proibiu a
dispensação de medicamentos por parte de profissionais da enfermagem alegando a
51
falta de habilitação técnica, legal ou ética na execução da tarefa, afetando os pacientes
que retiram seus medicamentos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e de pronto-
atendimentos. Em Porto Alegre, a norma afetou 141 UBSs
(http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2016/03/geral/484895-coren-proibe-entrega-de-
medicamentos-por-enfermeiros.html).
Tais fatos colaboram com a justificativa do curso de Farmácia do UniRitter
comprometido com a necessidade de formar um farmacêutico voltado às necessidades
da população da sua região, promovendo uma formação humanista, crítica e reflexiva,
ensinando o resgate do respeito à vida, considerando as circunstâncias sociais, éticas,
educacionais, recuperando a importância dos aspectos emocionais e físicos envolvidos
na intervenção em saúde. Considerando que o Curso forma profissionais de caráter
generalista, qualificados, capazes de resolver problemas de saúde com enfoque geral
e bio-psíquico-social, o farmacêutico egresso do UniRitter estará capacitado a atuar em
todos os níveis de atenção à saúde, inserindo-se nos sistemas de saúde públicos e
privados.
3. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
3.1 CONTEXTO EDUCACIONAL
3.1.1 NATUREZA ECONÔMICA
Em 1998, a Política Nacional de Medicamentos apontou a necessidade de
estimular o acesso do profissional farmacêutico a conhecimentos e treinamentos
voltados ao desenvolvimento de habilidades específicas, como aquelas relacionadas ao
gerenciamento de sistemas de saúde e de informação, guias terapêuticos padronizados
e a farmacovigilância. Propôs ainda o incentivo à educação continuada dos profissionais
de saúde nos vários aspectos envolvidos no uso racional de medicamentos. O contexto
atual aponta, portanto, para a necessidade de um maior número de farmacêuticos com
formação universitária, seja para atender às demandas do setor farmacêutico ou para
melhorar as condições de saúde e a promoção do desenvolvimento econômico e social
da região.
52
O UniRitter tem convênios e parcerias com diversas instituições públicas de
saúde, em que é possível a atuação do futuro profissional farmacêutico. Com as
parcerias podem ser desenvolvidos estágios extracurriculares, prestações de serviços,
projetos de extensão, projetos comunitários, estudos e pesquisas que atendam às
demandas específicas nestes ambientes.
A cidade de Porto Alegre dispõe de 154 unidades de saúde, 7 centros de saúde,
4 hospitais municipais e 16 hospitais conveniados, além de 3 unidade de pronto-
atendimento, contabilizando em torno 7.176 leitos hospitalares públicos, numa relação
de 5,09 leitos por habitante. O sistema de saúde de Porto Alegre, gerenciado pela
Secretaria Municipal de Saúde (SMS), atende a população da capital de 1.409.351
pessoas (IBGE, 2010) e mais 3 milhões de pessoas dos municípios da Região
Metropolitana, além da oferta de alta complexidade para os demais municípios do
Estado e da Região Sul do país. Além disso, contamos no RS com 8059
estabelecimentos farmacêuticos, sendo 1110 situados na capital. Das 26 indústrias de
medicamentos do Estado, 17 estão na região metropolitana e 819 estabelecimentos
realizam dispensação ou distribuição de medicamentos, dessas 17 são setores públicos
(CRF-RS/2016).
O Centro Universitário Ritter dos Reis trabalha a produção do conhecimento em
sua dimensão local, sem perder de vista o foco na universalidade dos saberes e nas
suas interligações regional e nacional. Os professores possuem compromisso com a
formação de cidadãos-profissionais de um país, no contexto socioeconômico, político e
cultural da região onde a IES se insere.
O UniRitter se localiza na região Centro Sul, composta pelos bairros: Camaquã,
Campo Novo, Cavalhada, Nonoai, Teresópolis e Vila Nova. A Região tem 110.889
habitantes, representando 7,87% da população do município, com área de 28,82 km²,
representa 6,05% da área do município, sendo sua densidade demográfica de 3.847,64
habitantes por km². A taxa de analfabetismo é de 2,08% e o rendimento médio dos
responsáveis por domicílio é de 4,09 salários mínimos. Além dessa região, a região sul
é outro campo de abrangência, composta pelos bairros: Espírito Santo, Guarujá, Hípica,
Ipanema, Jardim Isabel, Pedra Redonda, Serraria, Tristeza, Vila Assunção e Vila
Conceição. A Região tem 83.312 habitantes, representando 5,91% da população do
município. Com área de 29,73 km², representa 6,24% da área do município, sendo sua
densidade demográfica de 2.802,29 habitantes por km². A taxa de analfabetismo é de
1,99% e o rendimento médio dos responsáveis por domicílio é de 6,69 salários mínimos.
53
A ideia de educação como um bem público expressa a compreensão de que os
ganhos individuais obtidos pela educação formal não podem ser apenas resultado do
uso de um produto econômico chamado educação. Esta, para ter caráter público,
necessita possuir um conteúdo de formação teórico-prática comprometido eticamente
com o aprimoramento da vida social e das relações humanas.
3.1.2 NATUREZA SOCIAL
O Farmacêutico é um profissional que trabalha de forma integrada com os
demais profissionais da área, com as várias instâncias do complexo sistema de saúde,
atuando como agente transformador da realidade em benefício da coletividade. Desta
forma, o Curso de Graduação em Farmácia do UniRitter, consciente da importância
fundamental do profissional Farmacêutico na transformação da realidade social,
acredita que a formação dos acadêmicos, fundamentada em uma sólida capacitação
teórico e prática, e acompanhada com conceitos e princípios de ética,
multidisciplinaridade, interdisciplinaridade, atenção integral a saúde é essencial para
promover tais mudanças. Esta formação deve vir associada ao desenvolvimento de
habilidades e competências que permita ao aluno o reconhecimento e o diagnóstico das
necessidades sociais para que, de forma crítica e reflexiva, ele possa propor melhorias
na qualidade de vida da população.
Para desenvolver ações que possibilitem a formação de profissionais com as
características essenciais à responsabilidade social, o curso possui diversas atividades,
divididas em unidades curriculares e também atividades de extensão. Entre as
atividades curriculares obrigatórias, podemos destacar o Programa Interdisciplinar
Comunitário, onde equipes interprofissionais formadas pelos alunos e pelos docentes
dos diferentes cursos da Faculdade da Saúde atuam diretamente na comunidade (em
postos de saúde, creches, escolas e centros comunitários) sendo possível, através do
estudo, da contextualização social e do diagnóstico de demandas, propor ações que
visem a melhoria da qualidade de vida da população. Ações que serão descritas em
detalhes ao longo deste documento.
Os projetos de extensão são outro ponto importante para o desenvolvimento de
ações de responsabilidade social do curso. Inicialmente os projetos que contaram com
a participação de alunos e docentes do curso de Farmácia foram: “Integração
Acadêmica nas Redes de Cuidado e Promoção de Saúde” e “Oficina Transdisciplinar
54
em Saúde Coletiva”, fornecendo um mapeamento das necessidades mais emergentes,
tornando possível que os cursos da Saúde do UniRitter pudessem planejar as ações
referentes à sua área de atuação e desenvolvê-las através de novos projetos de
extensão ou através de práticas disciplinares. Em 2016, os projetos “Metamorfose
Adjacente” e “Revitalização do Instituto Psiquiátrico Forense” lideraram as ações de
extensão no Curso, em conjunto com as práticas extensionistas das unidades
curriculares nos projetos de ensinos interdisciplinares Plantando Saberes das unidades
curriculares de Farmacognosia e Agressão e Defesa. Para 2017 já temos selecionados
no Edital 2017/1, os seguintes projetos de Extensão: Ciclo – Conhecimento
Interdisciplinar na Comunidade Orfanotrófio, Atenção Pedagógica em Educação de
Adultos e Metamorfose, com a participação direta de docentes e alunos do Curso.
Além disto, os programas de extensão realizados pela Faculdade de Saúde,
como os desenvolvidos junto a SMS e às entidades sociais, como o Centro de
Integração da Criança Especial (Kinder) e o Asilo Padre Cacique, além do retorno
através de ações concretas à comunidade, fomentam o espírito de ajuda e de acolhida,
fundamental para a prática humanizada na saúde.
Uma ação anual do curso de Farmácia é a participação, juntamente com o
CRF/RS, no projeto Farmacêutico na Praça. Para esta ação na comunidade, os alunos
recebem treinamento dos farmacêuticos do Conselho e realizam as atividades de
assistência farmacêutica à comunidade (Figura 3-1).
Figura 3-1. Assistência Farmacêutica no Farmacêutico na Praça. Evento anual
promovido pelo Conselho Regional de Farmácia com grande adesão dos alunos do Curso.
55
O curso também possui uma ação social permanente com o Educandário São
João Batista. Durante o período de atividades do curso no Educandário, há o
recolhimento de mantimentos para serem levados à instituição (Figura 3-2). Em 2015, o
curso de Farmácia recebeu o Certificado de Ação Social no Educandário São João
Batista pelas suas atividades junto aos internos.
Figura 3-2. Alunos do curso recolhem mantimentos para o Educandário São João Batista
durante o Curso de Injetáveis. Recebimento do Selo de Responsabilidade Social.
O curso de Farmácia do UniRitter fundamenta-se no princípio de que o
farmacêutico deve ter o paciente e não o medicamento como foco de qualquer forma de
atuação profissional. Esta visão é promovida pela Organização Mundial da Saúde e pela
Federação Internacional dos Farmacêuticos. No Brasil, esta mesma visão aparece em
excelentes textos legais que, quando implementados de fato, terão reflexos muito
positivos sobre a utilização de medicamentos, incluindo maior acesso e menor excesso.
Como exemplo, podem-se citar a Política Nacional de Medicamentos e a Política
Nacional de Assistência Farmacêutica, ambas conquistas do sistema de saúde do país.
Cabe ressaltar que o a Reitoria do UniRitter elegeu, como uma de suas
prioridades em extensão universitária, atividades que privilegiam o envolvimento
56
comunitário e social de alunos, professores e colaboradores, estimulando a construção
de conhecimento acadêmico e a inserção social, com vistas ao encontro de alternativas
conjuntas entre o saber acadêmico e o saber popular dentro do espírito da Rede
Laureate – o Here for Good.
3.1.3 NATUREZA CULTURAL E POLÍTICA
O presente PPC do Curso de Farmácia leva em conta as Diretrizes Curriculares
Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e
Cultura Afro-brasileira e Indígena, previstas pela Lei nº 11.645 de 10/03/2008 e pela
Resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004, que trata da Educação das Relações
Étnico-raciais, bem como o tratamento de questões e temáticas que dizem respeito aos
afrodescendentes.
A unidade curricular eletiva Identidade e Diversidade Étnicorraciais tem como
base a transmissão da diversidade cultural, enfocando nos aspectos étnicos e raciais,
tendo em vista a pluralidade étnica, racial, cultural, social e política no nosso país. O
foco dos estudos é a equidade social a partir de temáticas e problemáticas que
envolvem nosso cotidiano, como políticas públicas específicas, entre elas a Política
Nacional de Saúde Integral da População Negra e a Política Nacional de Atenção à
Saúde de Povos Indígenas. Além disso, discussões vinculadas à Antropologia Médica,
como repercussões sociais da anemia falciforme serão abordados. Igualmente,
discussões acerca de pesquisas científicas produzidas em nosso país sobre a temática
são ponto de impacto para o ensino. O foco da disciplina está nos aspectos veiculados
pela Antropologia Social e Cultural.
Estas ações também estão previstas em outras unidades curriculares e
atividades curriculares do curso, de modo especial em: Estilo de Vida, Saúde e Meio
Ambiente (no segundo semestre) e Desenvolvimento Humano e Social (no primeiro
semestre). Além disto, é importante salientar que estes temas também são abordados
transversalmente, ao longo do curso, através de atividades inseridas nas unidades
curriculares e através de atividades de extensão.
Na unidade curricular de Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente o aluno terá
acesso e refletirá acerca de diferentes visões de saúde e como estas se mantém e
influenciam o fazer do profissional da saúde em termos de demandas sociais, étnicas e
raciais. Os assuntos serão abordados a partir de documentários, dramatizações, e
57
apresentações de casos, no intuito de criar, nos alunos, opiniões empáticas e
respeitosas frente ao encontro com a diversidade. Além disso, aspectos referentes aos
diferentes estilos de vida e compreensão pessoal de saúde, em função de
comportamento, são abordados ao longo das unidades de ensino. Neste sentido, busca-
se promover a reflexão crítica acerca do que cada pessoa transmite e dos fundamentos
culturais e sociais que moldam o pensamento individual. Exemplo disto, são as escolhas
religiosas e os modos de vestir-se.
Aspectos vinculados ao que se entende, de modo geral, como saúde e estilo de
vida, a partir de pesquisa científicas são enfatizadas, a fim de que os discentes tenham
distinção clara entre o que se é adequado ou do que pode ser prejudicial para o indivíduo
ou grupo de indivíduos. Assuntos como uso de terapias indígenas alternativas, modos
de relação afetiva (casamentos, por exemplos), rituais afro descentes são debatidos. As
norteadoras desta disciplina são as problemáticas relacionadas à responsabilidade
social do profissional enquanto cidadão e consigo mesmo, vinculando os aspectos
emocionais, sociais e físicos com o seu trabalho no encontro com o outro (paciente e
colegas, por exemplo).
Já os conteúdos apresentados na unidade curricular de Desenvolvimento
Humano e Social serão aspectos referentes a forma pela qual o ser humano se constitui
como indivíduo e as influências culturais e institucionais neste processo. Nesse sentido,
temáticas relacionadas às minorias sociais são abordadas por conteúdos teóricos
acerca da percepção individual. Tal temática é enfatiza para que o aluno tenha acesso,
entendimento e pensamento reflexivo sobre como nossa própria percepção, em termos
afetivos, sociais e cognitivos interferem nos nossos modos de relação (percepção
interpessoal). Assim, normas de conduta, valores morais e éticos, convívio social e a
forma que estes nos foram transmitidos ao longo de nosso desenvolvimento são
apresentados. Nas unidades de ensino são propostas atividades de metodologias
ativas, nas quais os alunos são responsáveis por trazer assuntos atuais sobre as
questões culturais, sociais, raciais, religiosas, vinculando-as com o desenvolvimento
humano. Exemplo disso, é a proposta de discutir sexualidade, nascimento, parto, morte
nas culturas indígenas e afro-descentes, e de que modo elas, ao mesmo tempo diferem
e não diferem da nossa. Tal item é importante, pois a disciplina não possui caráter
etnocêntrico, sendo sua proposta destituir os pensamentos e condutas dos alunos que
se veiculem desta forma, a partir de sua participação e engajamento ativo na produção
do conhecimento.
58
Nesse sentido, o estudo do processo perceptivo é fundamental, pois envolve
aspectos complexos do nosso funcionamento psíquico, e a partir do estudo de como
nossa percepção funciona, podemos estar mais atentos e capacitados em como
resolver demandas em diferentes situações, com comportamentos mais adequados e
com convício social satisfatório. Fatores de institucionalização dos nossos modos de
pensar e que nos induzem a ter comportamentos, olhar e julgar de forma estereotipada
são abordados. Nessa direção, costumes e tradições das minorias sociais são
discutidas para que as interpretações de condutas sejam feitas de forma adequada e,
não, generalizada.
Ainda, a estrutura curricular contempla as unidades curriculares eletivas de
Direitos Humanos e de “LIBRAS” – Língua Brasileira de Sinais, ambas contendo
dois (2) créditos, o equivalente a trinta e oito (38) horas-aulas. Desta forma, o Curso
atende ao disposto no Decreto nº 5.626/2005. Estas disciplinas podem ser cursadas
pelo aluno, preferencialmente, no nono semestre, em que se disponibiliza, na estrutura
curricular, dois créditos para a unidade de ensino Eletiva I.
3.1.4 NATUREZA AMBIENTAL
O Curso de Farmácia enfatiza questões relacionadas às Políticas de Educação
Ambiental de que trata a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto Nº 4.281 de 25
de junho de 2002, onde atenta para o tratamento da integração da educação ambiental,
de modo contínuo e permanente. Deste modo, as unidades curriculares que evidenciam
estas situações são, especialmente, Estilo de vida, Saúde e Meio Ambiente, no
segundo semestre, e Deontologia e Legislação Farmacêutica, no nono semestre. As
unidades curriculares utilizam-se de temáticas como a do desenvolvimento e as
diferentes concepções do Estado, das empresas e da sociedade para abordar as
diferentes dimensões do desenvolvimento sustentável, na ótica da gestão ambiental, da
relação homem-natureza, da economia social e das tendências tecnológicas para os
processos produtivos.
A abordagem citada demonstra que a temática da educação ambiental está
presente também em unidades curriculares obrigatórias, como Análises Toxicológicas
e Ambientais, que em seu programa, contém assuntos relacionados à questão
ambiental; no entanto, nas demais unidades curriculares, os professores são
incentivados a abordar os respectivos conteúdos considerando a inserção da temática
59
ambiental. Dessa forma, o Curso de Farmácia procura enfocar temas importantes e
necessários para o século XXI.
Na dianteira da consciência ambiental, o curso de Farmácia da UniRitter
desenvolveu um programa institucional para o descarte consciente de medicamentos
que fez parte como uma ação pioneira e ativa na instituição quando na elaboração da
Política de Educação Ambiental do UniRitter. É uma ação que nasce de uma proposta
ambiciosa de mudança de paradigmas, de atenção para velhos hábitos pouco saudáveis
e de elevação empresarial ao patamar da preocupação com o meio ambiente.
Preocupados com a questão da sustentabilidade, os professores do curso de Farmácia,
Adroaldo Lunardelli, Fernando Cidade Torres, Clara Lia Brandelli, Isabel Damin e
Siomara da Cruz Monteiro, desenvolveram e implantaram, com o apoio das antigas Pró-
Reitoria de Graduação (ProGrad) e a Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e
Extensão (ProPEx), hoje incorporadas à ProAcad (Pró-reitoria Acadêmica), um projeto
continuado denominado Descarte Consciente de Medicamentos Vencidos, implantado
em março de 2015. Os alunos do Curso divulgam, semestralmente, a ação no campus
e atividades envolvendo a segregação e categorização dos medicamentos fazem parte
das metodologias ativas de unidades de ensino Práticas em Farmácia, Terapêutica
Medicamentosa, Farmacoterapia e Assistência Farmacêutica.
A conscientização da população em relação à correta destinação final de
medicamentos e dos problemas que podem ser ocasionados (caso esta seja efetuada
de forma incorreta) torna-se imperativa no campo da saúde pública. A reflexão
estimulada através de um programa educativo e de uma campanha de arrecadação de
medicamentos impróprios parece vital na formação, não somente de cidadãos com
discernimento, mas também multiplicadores deste conhecimento. O primeiro passo
desta nova filosofia foi a colocação de um coletor de medicamentos expirados no
saguão de principal acesso à instituição. Confeccionado de material reciclável
(embalagens Tetra Pak recicladas, outrora para serventia de acomodação de
alimentos), o coletor foi acomodado em local visível para que os alunos e funcionários
da instituição possam depositar o rejeito medicamentoso que, periodicamente, é sacado
e encaminhado ao destino correto (Figura 3-3).
60
Figura 3-3. Coletor de Medicamentos Vencidos localizado no saguão de prédio A.
Este procedimento rendeu à UniRitter o Selo de Responsabilidade Ambiental na
Destinação Adequada do Produto Farmacêutico (Figura 3-4). A causa foi acolhida e,
através de atividades em sala de aula, motivou os alunos a confeccionar "coletores" de
caixas de papelão para serem disponibilizados em locais de ação social do UniRitter e
na comunidade ao entorno do campus para futuro recolhimento e dispensação no
coletor do UniRitter (Figura 3-5) .
Figura 3-4. Prêmio de Responsabilidade Social dado à UniRitter pela Campanha de
recolhimento de medicamentos vencidos.
61
Figura 3-5. Alunos colocam posto de recolhimento de medicamentos vencidos no
Educandário São João Batista. Coleta e instruções sobre o correto descarte de medicamentos
vencidos.
Em dezembro de 2015, o projeto foi agraciado com o prêmio Laureate
Recognition Program Latam. Este prêmio é um reconhecimento da rede Laureate ao
projeto pioneiro em sustentabilidade no UniRitter (Figura 3-6).
Mais recentemente, em maio de 2018, o projeto recebeu um agradecimento
especial do CEO da rede Laureate, Eilif Serck-Hanssen, através do Programa Liderança
Positiva que encoraja o reconhecimento das melhores práticas na rede.
62
Figura 3-6. O projeto Descarte Consciente de Medicamentos Vencidos recebe o prêmio.
Professores do curso e o supervisor do projeto, Professor Farmacêutico Adroaldo Lunardelli.
3.1.5 DIREITOS HUMANOS
A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, a Declaração das
Nações Unidas sobre a Educação e Formação em Direitos Humanos e a própria
Constituição Federal de 1988 constituem-se como referências para conteúdos do Curso
de Farmácia.
No plano das relações internacionais, e especificamente na atuação do Brasil
em tal dimensão, destacam-se o humanismo, que tradicionalmente orienta e diferencia
o perfil brasileiro no espaço mundial. Tal referência estabelece a percepção positiva dos
Direitos Humanos como referência fundamental para a formação dos acadêmicos do
Curso, sendo trabalhada de forma transversal ao longo dos semestres. Ainda nessa
perspectiva, essa orientação diplomática universalista e multilateral praticada pelo Brasil
ao longo de sua história diplomática coloca a solidariedade internacional e a cooperação
entre os povos como vetores da ação internacional do Brasil através do quais se projeta
a concepção e o senso de relevância conferida à questão dos Direitos Humanos na
perspectiva da atuação e da formação dos profissionais na área da saúde.
Embora desenvolvido de forma transversal durante o curso, algumas unidades
curriculares evidenciam mais claramente situações onde os Direitos Humanos são
desenvolvidos. Podemos destacar a unidade curricular Estilo de Vida, Saúde e Meio
Ambiente; Desenvolvimento Humano e Social; e nas unidades curriculares
63
Deontologia e Legislação Farmacêutica e Saúde Coletiva, além da Eletiva Direitos
Humanos.
4. POLÍTICAS INSTITUCIONAIS NO ÂMBITO DO CURSO
A Faculdade de Ciências da Saúde do UniRitter conta atualmente com sete
cursos de graduação: Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina
Veterinária, Nutrição e Psicologia. Embora existam perspectivas e abordagens diversas,
todos os cursos compartilham uma visão integradora, interdisciplinar e complexa,
compreendendo a Saúde como um todo, onde cada um dos cursos afirmam sua
singularidade e diferença complementando e fomentando a produção de saberes e
práticas dos demais. Não havendo hierarquia entre os saberes, cada prática, técnica e
abordagem, tem sua contribuição na construção de conhecimentos científicos, afetivos
e aplicados ao cotidiano acadêmico e profissional dos alunos, professores, gestores e
comunidades. Nesse sentido Ensino, Pesquisa e Extensão tanto no âmbito da
Faculdade de Ciências da Saúde quanto no curso de Farmácia, se tornam integrados e
complementares aos processos de ensino e
aprendizagem da IES.
A indissociabilidade entre as
atividades-fim da Universidade é condição
sine qua non para a tipologia de
Universidade e, consequentemente, para
um Centro que pretenda ser universitário.
Sua exigência parte do artigo 207 da Constituição Federal de 1988 e deve ser vista sob
dois enfoques:
1º) como princípio pedagógico de desenvolvimento do ensino na Graduação e
na Pós-Graduação;
2º) em termos mais amplos, quando assume um âmbito institucional e envolve a
pesquisa docente institucionalizada e a extensão de cunho universitário propriamente
dito.
O primeiro enfoque, quando a adoção da indissociabilidade das atividades-fim,
é vista como princípio pedagógico fundamental da Graduação e da Pós-Graduação,
64
refere-se especificamente aos processos de ensino e de aprendizagem nesse nível da
Educação Superior. A aprendizagem que resulta desse processo implica a apropriação
crítica dos saberes pelos alunos. Isso está associado a métodos nos quais a construção
dos saberes envolve uma dimensão política, que diz respeito aos interesses da
sociedade ou de um grupo da mesma, que venha a se beneficiar desse saber.
Ensino e pesquisa, unidos, isso não significa apenas que a pesquisa dá suporte
ao ensino. Tal união representa, também, o fato de que o método investigativo praticado
ao longo de todo o curso é condição essencial para todos os alunos (e não só para os
de Iniciação Científica, que o aprofundam na Graduação), por ser fundamental para o
seu processo de aprendizagem permanente enquanto condição da formação
continuada requerida pela globalização e pela velocidade vertiginosa das mudanças.
Ensino com pesquisa envolve o professor e o aluno na construção de conhecimentos,
como parceiros no contexto de suas atividades curriculares. Isso é muito mais
importante do que apenas ensinar determinados saberes, uma vez que instiga o aluno
a aprender a aprender e, ao adquirir autonomia intelectual, ele poderá aprender sempre.
Ensino e extensão, unidos, por sua vez, asseguram a percepção política, por
inserir o aluno na realidade social da sua área de formação. Através dessa relação, o
aluno passa a identificar tanto as necessidades sociais como os interesses gerais e
particulares existentes no âmbito de sua profissão. Pelo ensino com extensão, em seus
aspectos comunitários, o aluno compreende que um saber nunca é neutro. A extensão,
como princípio pedagógico, implica a prática como componente curricular, desenvolvida
ao longo do curso, através da produção contextualizada do conhecimento, desenvolvida
em diferentes formas de atividades práticas vinculadas a teorias (ação/reflexão/ação),
estágios curriculares, atuação em projetos extensionistas ou em núcleos comunitários
institucionais e outras atividades. Esses projetos e núcleos possuem função
pedagógica, uma vez que servem ao ensino com extensão, na área profissional para a
qual o aluno está sendo formado; porém, através de sua função pedagógica,
relacionada com o exercício profissional atendem, também, à responsabilidade social
da Educação Superior.
O ensino com extensão também é oportunizado por meio da flexibilização
curricular. Essa foi obtida pela Educação Superior, quando da passagem da exigência
de “currículos mínimos” para as “diretrizes curriculares nacionais”. A flexibilização dos
currículos permitiu o desenvolvimento de atividades complementares de integralização
65
curricular que podem ser oportunizadas por atividades de ensino, de pesquisa e de
extensão, embora, via de regra, ocorram pela extensão.
Há, pois, uma correspondência biunívoca: o ensino é flexibilizado e apresenta a
sua dimensão teórico/prática garantida via pesquisa e extensão e, ao mesmo tempo,
nutre ambas atividades no curso, com o desenvolvimento que assegura à vocação
definida para o mesmo. A pesquisa, por sua vez, realimenta e qualifica tanto a formação
inicial do ensino como a formação continuada e, simultaneamente, as relações
comunitárias da extensão.
A adoção do princípio pedagógico da indissociabilidade entre ensino, pesquisa
e extensão em cada curso de Graduação e de Pós-Graduação das unidades que
integram o Centro Universitário requer uma gestão pedagógica em que cada docente
se reconheça como parte de um todo maior de curso. A estrutura curricular de um curso
é um todo, que é muito maior do que a soma das partes.
Quanto ao segundo enfoque da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e
a extensão, vistas no seu âmbito institucional1, aplica-se o mesmo raciocínio acerca do
todo. Cada uma dessas atividades-fim precisa ter o entendimento de que faz parte de
um todo, que é a IES, com a sua missão, a sua visão, a sua ação educativa desenvolvida
sobre referências e políticas, enfim, com a sua identidade. Essa identidade institucional
é construída e desenvolvida através de uma ação coletiva, que exige
corresponsabilidade e participação.
Vale ratificar que, no âmbito institucional do ensino, da pesquisa e da extensão,
enquanto atividades-fim exige:
políticas institucionais que regulamentem o ensino, a pesquisa e a
extensão e que se articulem entre si;
ação educativa desenvolvida sob o paradigma conceitual da Instituição,
comprometida com a ação coletiva, coerente com os princípios de
participação ativa;
estrutura interna articulada e integradora.
1 A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, vista sob enfoque institucional, é um princípio
constitucional (artigo 207), exigido para todas as universidades, como tipologia mais completa de IES.
66
Atendidos os aspectos acima citados, a indissociabilidade entre o ensino, a
pesquisa e a extensão, no âmbito institucional, concretiza-se na forma como são
estabelecidas as suas interfaces.
O ensino é desenvolvido com base na vocação do curso de Farmácia. Assim
como ela dá origem à sua estrutura curricular, ela gera as suas linhas de pesquisa que,
por sua vez, dão origem aos grupos que as desenvolvem. Pesquisa e ensino estão,
pois, intimamente imbricados um ao outro não só no interior dos cursos como no âmbito
institucional.
A extensão, por sua vez, com seus programas de educação continuada, de
relações comunitárias e de parcerias interinstitucionais, é alimentada pelo
desenvolvimento da vocação do curso de Farmácia, pelo conhecimento construído e
disseminado e possui reforçada a articulação das duas outras atividades-fim com a
comunidade regional, nacional e internacional.
A realização da indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão, se efetiva
através de uma série de projetos e ações. Entre eles, destacam-se o evento anual da
instituição, a Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação do UniRitter (SEPesq),
na qual alunos e professores se reúnem para discutir e pensar novas produções
científicas, inovadoras e sustentáveis com enfoque interdisciplinar.
4.1 PESQUISA
A Educação Superior tem na geração e disseminação do conhecimento a sua
principal especificidade. A geração do conhecimento é uma condição inalienável que
impõe a pesquisa como uma atividade essencial e constitutiva de seu caráter e
referência de sua identidade. É a pesquisa que qualifica o ensino, juntamente com a
extensão, tornando-o Educação Superior na medida em que o comprometem com a
construção do conhecimento na busca do “aprender a aprender” e do “pensamento
crítico e criativo”, garantidores de excelência acadêmica, não se limitando à reprodução
inerente a uma formação técnico-profissional limitada.
Com base nesta concepção as ações de Pesquisa norteiam-se por alguns
princípios norteadores:
(a) Liberdade na escolha do objeto de estudo, tendo apenas mecanismos de
incentivo aos interesses que contribuam para o fortalecimento das áreas temáticas que
67
o conjunto da Instituição decida privilegiar tanto sob a forma organizacional de "grupos"
e de “linhas de pesquisa”;
(b) Liberdade na escolha do método que seja capaz de ordenar e propiciar o
desenvolvimento da pesquisa como decorrência da multidiversidade de abordagens
epistemológicas, condição para um ambiente acadêmico fértil e criativo;
(c) Utilização de conhecimentos, vindos de diferentes áreas do saber, livre das
restrições inerentes ao corporativismo profissional, em abordagem multidisciplinar.
A pesquisa, entendida como princípio científico e educativo, isto é, concebida
não só como um modus operandi da ciência, mas também como um meio de educação
e qualificação profissional, comprometido com a construção do conhecimento, é
condição necessária para a qualificação da graduação e da pós-graduação,
organicamente articuladas na Instituição. Esta articulação expressa através de linhas de
pesquisa tem origem no foco dos diferentes cursos de graduação, garantindo-lhes
qualificação e identidade.
Com base nesta concepção política, docentes e discentes orientam seus
interesses de pesquisa para a convergência com os focos dos cursos de graduação, os
quais orientam, também, as propostas de cursos de pós-graduação.
Para tanto, os cursos de pós-graduação deverão explicitar a relação com os
focos dos cursos de graduação, sugerindo as temáticas que melhor contribuem para a
sua implantação e consolidação. Tais temáticas, articuladas em linhas de pesquisa,
devem ser, também, inspiradoras das atividades de extensão, estimulando-as e
integrando-as.
Cabe destacar que o Curso de Farmácia, por sua vez, deverá evoluir na
modalidade de pós-graduação na medida em que as linhas e grupos de pesquisa
estiverem solidificados. As propostas convergentes com a constituição de grupos de
pesquisa, cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, estão sendo
incentivadas.
Dentro desta perspectiva a rede Laureate tem incentivado o corpo docente no
âmbito da pesquisa por meio de editais, com valores de até U$ 20.000,00 (vinte mil
dólares) nas seguintes linhas de pesquisa:
68
(a) Pesquisa em Ensino-Aprendizagem Digital:
O modelo de Ensino‐Aprendizagem híbrido é a incorporação da tecnologia digital
na experiência de aprendizagem.
A tecnologia digital pode ser incorporada através de mídias sociais, jogos online
e aplicativos, multimídia, aplicativos de produtividade, computação em nuvem, sistemas
interoperáveis e dispositivos móveis.
O Ensino-Aprendizagem digital pode envolver conteúdo acadêmico ensinado
totalmente on-line ou alguma experiência que combine a aprendizagem mediada por
tecnologia com o ensino tradicional. A pesquisa em Ensino‐Aprendizagem digital
procura aprofundar o entendimento do impacto da tecnologia educacional no processo
de ensino e aprendizagem, incluindo estratégias de ensino, as práticas docentes, a
administração da sala de aula e o sistema educativo em geral.
A pesquisa no processo de Ensino-Aprendizagem híbrido objetiva, também,
explorar novas tecnologias que possam impactar nos recursos digitais e aumentar o
acesso global à educação de nível superior.
(b) Pesquisa acerca do bem público e do compromisso cívico/comunitário
global:
A pesquisa sobre o bem público e sobre o compromisso cívico/comunitário global
apoia abordagens práticas e políticas eficazes de longo prazo para os desafios
apresentados pelas comunidades. Estas pesquisas estão associadas ao envolvimento
da comunidade e às mudanças sociais que podem ser "necessárias para a realização
dos direitos fundamentais de todas as pessoas", como afirmado no relatório da
UNESCO de 2015, apelando para um papel mais forte da educação na realização de
um bem comum global.
A compreensão do bem comum de uma comunidade local é definida
mutuamente com a comunidade e, portanto, situada em uma compreensão mais ampla
da relação dessa comunidade com um bem comum global e um futuro global
compartilhado. A pesquisa pode incluir uma reflexão crítica e explorar as dimensões
morais, éticas, políticas, econômicas, religiosas, sociais, históricas, educacionais e
culturais dos problemas comunitários, avaliando as necessidades e identificando as
69
causas dos problemas sociais, propondo possíveis soluções e avaliando sua eficácia a
curto e longo prazo. Além disso, a pesquisa pode examinar os respectivos papéis,
contribuições e efeitos de todas as partes interessadas envolvidas na comunidade.
(c) Pesquisa acerca do desenvolvimento e avaliação de competências
profissionais:
A Laureate desenvolveu um projeto que visa o desenvolvimento de
competências tanto acadêmicas quanto profissionais.
As competências profissionais referem‐se às habilidades que são críticas e
essenciais para que os novos graduados tenham sucesso no mercado de trabalho.
Estas competências incluem habilidades como comunicação oral e escrita, pensamento
crítico, liderança, trabalho em equipe, comportamento ético, habilidades tecnológicas e
pensamento global. Estas são as habilidades que podem ser ensinadas em nosso
currículo, através de experiências práticas e estágios.
A avaliação das competências profissionais realizadas pela Laureate terá duas
partes distintas: a primeira inclui o desenvolvimento de um instrumento global validado
e confiável para avaliar os níveis de desenvolvimento dentre um conjunto de
competências no local de trabalho. O instrumento de avaliação será único: será
desenvolvido, desde sua concepção, para ser intercultural e interdisciplinar. A pesquisa
vinculada ao desenvolvimento deste instrumento inclui a validação do quadro de
competências para o sucesso no local de trabalho, bem como projetos que objetivem
verificar sua validade preditiva.
(d) Edital UniRitter de Reconhecimento e Incentivo à Publicação de Artigos
Científicos:
Recentemente o UniRitter divulgou um edital cujo objetivo é identificar,
reconhecer e premiar a publicação científica independente, voluntária e qualificada dos
professores do UniRitter em bases indexadas. Em fevereiro de 2017, durante a
Congregação Geral, cinco docentes do curso de Farmácia foram premiados juntamente
com vários professores da instituição (Figura 4-1):
Adroaldo Lunardelli
70
Dennis Maletich Junqueira
Fernando Cidade Torres
Graziele Halmenschlager
Tatiana Diehl Zen
Figura 4-1. Professores premiados no Edital UniRitter de Reconhecimento e Incentivo à
produção científica docente durante a Congregação Geral 2017/1.
4.1.1 PESQUISA NO ÂMBITO DO CURSO
A formação acadêmica do estudante de Farmácia propicia uma importante
aproximação com a pesquisa que é fomentada no Curso de modo transversal na
estrutura curricular. As unidades curriculares Bioestatística e Epidemiologia,
Metodologia Científica, Trabalho de conclusão do curso I e Trabalho de conclusão II
evidenciam fortemente atividades ligadas à pesquisa. Além disso, grupos de pesquisa,
projetos sustentáveis e de responsabilidade social, projeto internacional de pesquisa,
participação e apresentação em congressos permeiam as atividades e são destaque no
Curso.
Atualmente, o curso de Farmácia conta com projetos, grupos e atividades de
pesquisa, desenvolvidas por docentes e com a participação efetiva dos alunos.
71
I - Projeto com parceria internacional: Síntese, efetividade anticâncer e anti-
Leishmania e estudos in sílico de híbridos tri funcionais ligados a triazóis. Este
projeto foi submetido através do PROGRAMA CIÉNCIA SEM FRONTEIRAS – BOLSAS
NO PAÍS, MODALIDADE PESQUISADOR VISITANTE ESPECIAL – PVE CHAMADA
DE PROJETOS MEC/MCTI/CAPES/CNPq/FAPs Nº 03/2014.
a) Líder do projeto no UniRitter: Prof. Dr. Fernando Cidade Torres.
b) Alunas do Curso de Farmácia: Andressa Amaro e Amanda Fraga Dias –
bolsistas Fapergs (Figura 4-2).
Figura 4-2. Aluna Amanda Fraga Dias – bolsista FAPERGS em atividade no projeto de
pesquisa em parceria com a Universidad de Granada.
c) Instituições parceiras:
Departamento de Ciências Farmacêuticas – Faculdade de Farmácia -
Universidade Federal do Rio Grande do Sul;
Universidad de Granada – Espanha. Pesquisador líder: Prof. Dr. Joaquín
María Campos Rosa, professor de Química Medicinal da Universidade de
Granada, Espanha.
d) Aspectos gerais do projeto e justificativa de integração do projeto com o
curso de Farmácia do UniRitter:
72
A busca de novos compostos para o tratamento de diferentes tipos de
enfermidades é o objetivo de estudos intensos. Apesar do progresso na
pesquisa, a morbidade e mortalidade de várias doenças incluindo câncer,
doenças cardiovasculares e HIV continuam sendo grandes desafios na saúde
mundial. A eficácia das drogas atualmente disponíveis é limitada pela alta
toxicidade, baixa permeabilidade, baixo tempo de meia-vida ou resistência
adquirida aos medicamentos. Sendo assim, é crucial procurar novas moléculas
com elevada potência, menor toxicidade, e com atividade seletiva capazes de
superar a resistência às drogas disponíveis. A cada 10.000 moléculas
sintetizadas ou isoladas pela pesquisa medicinal e farmacêutica, apenas uma
torna-se clinicamente ativa. Todo o processo requer 10-18 anos. Cada passo é
crucial para o sucesso no processo de descoberta de fármacos, a partir de sua
concepção, síntese, alteração das estruturas, e testes. Grupos de pesquisa em
todo mundo trabalham em conjunto para a descoberta de novas drogas.
O curso de Farmácia do UniRitter foi formalmente convidado, a participar do
projeto “Síntese, efetividade anticâncer e anti-Leishmania e estudos in sílico de
híbridos tri funcionais ligados a triazóis.” Este projeto foi submetido através do
PROGRAMA CIÉNCIA SEM FRONTEIRAS – BOLSAS NO PAÍS, MODALIDADE
PESQUISADOR VISITANTE ESPECIAL – PVE CHAMADA DE PROJETOS
MEC/MCTI/CAPES/CNPq/FAPs Nº 03/2014.
O projeto foi aprovado de forma integral, iniciando suas atividades no mês de
agosto de 2014, com recursos financeiros disponibilizados pelo governo que
totalizam R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais).
Participam deste projeto algumas das instituições de ensino mais importantes
do país, como a Universidade de São Paulo e Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, bem como a Universidad de Granada, instituição espanhola de
importância reconhecida no cenário mundial quando se trata de pesquisa e
ensino nas diversas áreas do conhecimento. A Universidad de Granada está
representada neste projeto pelo Prof. Dr. Joaquín María Campos Rosa,
conhecido internacionalmente por sua contribuição científica na área de química
farmacêutica e medicinal. O Prof. Campos possui uma vasta experiência no
desenvolvimento de moléculas para câncer e doenças negligenciadas, além de
inúmeros contratos e patentes com a indústria farmacêutica, onde é um
pesquisador bastante requisitado e atuante no desenvolvimento de novos
73
fármacos e novas tecnologias. Este projeto já apresenta resultados passíveis de
publicações e pedidos de patente.
Dentre os pesquisadores integrantes do estudo está o Prof. Dr. Fernando
Cidade Torres do curso de Farmácia do UniRitter. O Prof. Fernando Cidade
Torres já realiza desde o seu doutorado, os experimentos de síntese dos
compostos-chave envolvidos neste projeto e por isso, trabalha em parceria com
os demais pesquisadores, inserindo os alunos do curso de Farmácia do UniRitter
nestas atividades de pesquisa através da realização de alguns experimentos
chaves no Laboratório de Práticas Farmacêuticas. Este projeto também
apresenta uma grande integração com atividades de pós-graduação, visto que
foi contemplado com uma bolsa de pós-doutorado e uma bolsa de doutorado-
sanduíche vigentes até o final do projeto.
É de grande importância a participação num projeto de tamanha relevância,
com a inclusão dos alunos em atividades de pesquisa, além de contemplar o
quesito internacionalidade, tão fomentado pela rede Laureate. Com este projeto
os alunos da Farmácia poderão realizar parte dos experimentos em Granada na
Espanha, mantendo um vínculo importante com as duas instituições.
O professor Dr. Fernando Cidade Torres já publicou três artigos científicos
relacionados a este projeto, tendo inclusive recebido um destaque da instituição
durante a Congregação Geral de 2017 quando foi contemplado com a premiação
de R$ 3.000,00 (três mil reais) de incentivo pelas publicações, do Edital UniRitter
de Reconhecimento e Incentivo à Publicação de Artigos Científicos.
II - Grupo de Pesquisa Cardiológica UniRitter: O Grupo de Pesquisa
Cardiológica UniRitter é composto por alunos de diversos cursos de graduação da
Faculdade de Ciências da Saúde que objetiva proporcionar - de maneira interdisciplinar
- fundamentos de grande importância no entendimento da fisiopatologia cardiovascular.
O grupo é coordenado pela professora Dra. Ângela Tavares, unidade curricular de
Homeostase, e apoiado pelo professor Dr. Farmacêutico Adroaldo Lunardelli, das
unidades curriculares de Processos Biológicos, Processos Metabólicos e Análises
Clínicas I.
Desde a criação deste projeto, muitas ações foram tomadas no intuito de se
desenvolver a pesquisa e o potencial científico dos alunos. Neste sentido,
74
existem debates de artigos de grande relevância literária, discussão da fisiologia
humana, das patologias ocorridas em pacientes e dos tratamentos propostos.
Com o envolvimento e esforço dos alunos participantes, parece claro o
engrandecimento técnico-científico dos mesmos, uma vez que lhes é dada a
oportunidade e o ambiente necessários para alcançar conceitos de grande
profundidade relevantes à sua área de atuação profissional. Com identidade
visual própria, criou-se o orgulhoso sentimento de apropriação e entrega.
O Grupo de Pesquisa Cardiológica UniRitter desenvolveu e organizou três
eventos que se caracterizaram como cursos de extensão na instituição: I, II e III
Ciclo de Palestras do Grupo Cardiológica (Figura 4-3). Para todos os alunos
interessados no metabolismo cardíaco, três ciclos de palestras foram
organizados. Foram momentos que se mostraram como oportunidades ímpares
de assistir palestrantes que são profissionais de referência em suas áreas por
reconhecida competência. Foram ofertados encontros que abordaram de
maneira integradora alguns dos mecanismos cardíacos na saúde e na doença.
Foram eventos importantes para revitalizar os conhecimentos, trocar opiniões e
colocar os alunos em contato com grandes nomes de profissionais de
reconhecida excelência no mercado. Os encontros interdisciplinares foram de
grande sucesso, havendo mais de 150 inscritos.
Figura 4-3. Folder do III Ciclo de Palestras do Grupo Cardiológica desenvolvido entre os
dias 06 e 16 de setembro de 2016.
75
É motivo de ressalto evidenciar que saberes de integração e de gestão do
evento também foram adquiridos aos pertencentes ao grupo, atribuições
somente buscadas em tarefas extraclasse como este grupo de pesquisa. A
Figura 4-4 mostra alguns momentos dos Ciclos de Palestras, os quais foram
totalmente geridos pelos alunos. Sob a orientação dos professores, o objetivo foi
implantar o senso crítico de responsabilidade e organizacional aos alunos do
grupo. A aluna do Curso Iohana Machado Dorneles integra o Grupo Cardiológica.
Figura 4-4. Ciclo de Palestras do Grupo Cardiológica mostrando o público ouvinte, as
palestras e alguns dos alunos que formam o grupo de pesquisa.
III - Participação em Congressos, Simpósios e Mostras Científicas: Os
alunos e os professores do Curso são estimulados a participar de congressos científicos
onde podem apresentar os resultados dos trabalhos científicos ou compartilhar as
práticas acadêmicas. Abaixo estão evidenciados alguns congressos onde tivemos a
participação dos docentes e alunos.
a) Participação na X SEPesq – Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-
Graduação do UniRitter – outubro de 2014.
Projeto: A Epigenética do câncer e o efeito sobre o desenvolvimento de
resistência a múltiplas drogas. Orientação: Profa. Farmacêutica Dra. Rúbia
Denise Ruppenthal. Este trabalho caracteriza o primeiro envolvimento dos
alunos do curso de Farmácia do UniRitter num projeto de pesquisa (Figura 4-5).
76
A professora Rubia, atualmente docente da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS), foi pioneira na inserção dos alunos do Curso na pesquisa
científica.
Figura 4-5. Alunas Cristiane Camargo Gutteres Correa e Andressa Amaro Moraes na
apresentação do poster na X SEPesq do UniRitter.
b) XI SEPesq – Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação do
UniRitter – outubro de 2015. Participação do professor Telmo da Silva com a
palestra Nossa Vida Ligada as Plantas (Figura 4-6). O professor é um estudioso
das plantas medicinais e mantém um horto medicinal em Igrejinha que serviu de
inspiração para a implantação do Horto Medicinal da Farmácia no UniRitter como
um campo de prática para as unidades curriculares de Farmacognosia e
Terapêutica Medicamentosa.
c) Trabalho apresentado XI SEPesq – Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-
Graduação do UniRitter – outubro de 2015:
MACHADO, I. D.; MONTEIRO, S. C.; ESSER, L. S.; BRANDELLI, C. L. C.;
Lunardelli, A. ANÁLISE QUANTITATIVA E QUALITATIVA DO REJEITO
MEDICAMENTOSO DESTINADO AO DESCARTE SUSTENTÁVEL
ADEQUADO. 2015.
77
d) Participação no VIII Congresso da Federación Farmacéutica Sudamericana
e 8º Congresso RIOPHARMA de Ciências Farmacêuticas, no Rio de Janeiro,
outubro de 2015. O curso de Farmácia do UniRitter esteve representado pelas
professoras Clara Lia Brandelli da unidade curricular de Farmacognosia e
Luciana Signor Esser, do eixo Assistência Farmacêutica. Trabalhos
apresentados no VIII Congresso da Federación Farmacéutica Sudamericana e
8º Congresso RIOPHARMA de Ciências Farmacêuticas, no Rio de Janeiro,
outubro de 2015:
Figura 4-6. Participação do professor Telmo da Silva com a palestra Nossa Vida Ligada
as Plantas.
Joyce FONSECA; FRAGA, R. P.; MONTEIRO, S. C.; ESSER, L. S.;
BRANDELLI, C. L. C. HORTO MEDICINAL DO CURSO DE FARMÁCIA DO
UNIRITTER: INSERÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA FITOTERAPIA EM
ESCOLAS E COMUNIDADE LOCAL. 2015.
ESSER, L. S.; BRANDELLI, C. L. C.; MONTEIRO, S. C. SIMULAÇÃO
REALÍSTICA NO ENSINO DA COMUNICAÇÃO FARMACÊUTICA, BASEADA
NA ENTREVISTA MOTIVACIONAL. 2015.
78
MACHADO, I. D.; MONTEIRO, S. C.; ESSER, L. S.; BRANDELLI, C. L. C.;
Lunardelli, A. ANÁLISE QUANTITATIVA E QUALITATIVA DO REJEITO
MEDICAMENTOSO DESTINADO AO DESCARTE SUSTENTÁVEL
ADEQUADO. 2015.
e) XII SEPesq – Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação do
UniRitter– outubro de 2016. A aluna Amanda Fraga Dias (Figura 4-7), bolsista
FAPERGS do projeto de pesquisa em colaboração com a Universidad de
Granada, apresentou o trabalho: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE
ANTICANCERÍGENA DE HÍBRIDOS TRI- FUNCIONAIS LIGADOS POR 1,2,3,-
TRIAZÓIS, foi destaque da sessão.
Figura 4-7. Apresentação da aluna Amanda Fraga Dias, destaque da sessão.
Trabalhos apresentados na XII SEPesq – Semana de Extensão, Pesquisa e
Pós-Graduação do UniRitter. Outubro de 2016:
Fernanda Lopes da COSTA; J. C. PILLA; A. S. VARELLA; K. R. F. OLIVEIRA;
Gustavo KUCH; Lucianna SCHMITT; Clara Lia Costa BRANDELLI. Metamorfose
Adjacente UniRitter: Plantas medicinais como opção terapêutica na comunidade
Vila Orfanotrófio I.
Gustavo KUCH; Lucianna SCHMITT; J. C. PILLA; A. S. VARELLA; K. R. F.
OLIVEIRA; Fernanda Lopes da COSTA; Clara Lia Costa BRANDELLI.
79
Metamorfose Adjacente UniRitter - Relógio do Corpo Humano trazendo
benefícios à Comunidade local.
A. S. VARELLA; K. R. F. OLIVEIRA; Clara Lia Costa BRANDELLI; Gustavo
KUCH; Fernanda Lopes da COSTA; J. C. PILLA; Lucianna SCHMITT.
Metamorfose Adjacente UniRitter - oficinas de Mini Chef, Master Chef e Top
Chef.
K. R. F. OLIVEIRA; Clara Lia Costa BRANDELLI; Gustavo KUCH; Fernanda
Lopes da COSTA; J. C. PILLA; A. S. VARELLA; Lucianna SCHMITT.
Metamorfose Adjacente UniRitter - Psicologia social.
K. R. F. OLIVEIRA; Clara Lia Costa BRANDELLI; John WURDIG; Lucianna
SCHMITT. Qualificação Paisagística e Ambiental do Instituto Psiquiátrico
Forense Mauricio Cardoso - IPMFC/SUSEPE.
f) Entre os dias 23 e 25 de setembro de 2016, o Grupo de Pesquisa
Cardiológica marcou presença no 71° Congresso Brasileiro de Cardiologia em
Fortaleza (CE). Este é um evento de grande envergadura nesta área do
conhecimento (Figura 4-8), uma vez que imergiu os alunos com o que há de mais
novo e relevante sobre o tema.
Figura 4-8. Participação do Grupo Cardiológica no 71° Congresso Brasileiro de
Cardiologia.
80
g) Alunos e professores participaram do XII Congresso Mundial de
Farmacêuticos de Língua Portuguesa em Gramado, RS, com apresentação de
trabalhos realizados no Curso (Figura 4-9). Novembro de 2016.
Figura 4-9. Alunos e professores do Curso durante o Congresso em Gramado, RS.
Trabalhos apresentados no XII Congresso Mundial de Farmacêuticos de
Língua Portuguesa. 2016:
Gabriela KOBER; Liv GONÇALVES; Clara Lia Costa BRANDELLI. AÇÃO DE
EDUCAÇÃO EM SAÚDE REALIZADA PELOS ALUNOS DE FARMACOGNOSIA
DO CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS: CONTRUÇÃO DIDÁTICA
DO HORTO MEDICINAL NO FORMATO DA METODOLOGIA RELÓGIO DO
CORPO HUMANO E PLANTAS MEDICINAIS NA ESCOLA ESTADUAL
BRIGADEIRO SILVA PAES COM GESTÃO PARTICIPATIVA DOS ALUNOS DO
7° ANO.
81
Nice Vilar TORRES; Monique Sinai FARIAS; Alessandra NUNES; Bruna
MACHADO; Camila Coelho NUNES; Fernanda Oliveira da SILVA; Gabriele
LACORTE; Iohana Dorneles MACHADO; João Carlos Silveira MARQUES; Clara
Lia BRANDELLI. “REPELENTE NATURAL À BASE DE Syzygium aromaticum E
Cinnamomum zeylanicum PARA O Aedes aegypti.”
IV - Mostra Científica Interdisciplinar Simulada da Saúde: mostra da unidade
curricular Introdução ao Trabalho Científico (Figura 4-10). A exposição interdisciplinar
integra os cursos de Farmácia, Fisioterapia, Enfermagem, Nutrição, Psicologia e
Biomedicina. A mostra é uma simulação de um ambiente de apresentação de trabalhos
num congresso científico. Os alunos apresentam os seus trabalhos como se estivessem
no ambiente real de um congresso (Figura 4-11). Os professores da Faculdade de
Ciências da Saúde visitam a exposição e questionam os alunos sobre os trabalhos
apresentados. A partir do planejamento da mostra muitos alunos decidem a linha de
pesquisa do trabalho de conclusão do curso.
Figura 4-10. A Mostra Interdisciplinar acontece desde 2015 e é um evento de grande
enriquecimento para os alunos que simulam um congresso científico.
82
Figura 4-11. A Mostra evidencia o modelo acadêmico no quesito interdisciplinaridade.
Alunas dos cursos da Faculdade de Ciências da Saúde.
4.2 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
A Extensão Universitária, no UniRitter é concebida como o processo educativo,
cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza
a relação transformadora entre Universidade e Sociedade. Envolve atividades que
venham a contribuir para a excelência do ensino de graduação. A excelência é
construída através do estímulo ao conhecimento científico sistematizado, como
estratégia interativa e complementar ao processo formativo. Para tanto, traz para o
interior da instituição as vertentes culturais, técnicas, conceituais e operativas, para a
produção do pensamento profissional engajado ao contexto e às realidades sociais
contemporâneos. É também, a extensão, o caminho pelo qual esta produção científica
produzida disponibiliza-se ao conjunto da sociedade civil e profissional.
Tendo em vista a concepção de Extensão, resumidamente aqui indicada,
destacam-se alguns de seus princípios norteadores conforme o Regulamento
Institucional da Extensão Universitária aprovado na Câmara de Extensão em 11 de
agosto de 2006 e homologado na 106ª Reunião do CONSUPE em 23 de agosto de
2006:
(a) Democratização do conhecimento produzido e acumulado, disponibilizando-
o à sociedade organizada, através da interação contínua;
(b) Interpretação da extensão como um espaço para a instrumentalização da
integração entre teoria e prática em uma perspectiva interdisciplinar e como processo
educativo, cultural e ou científico, o que denota toda a gama de possibilidades de ações
extensionistas;
(c) Promoção de ações acadêmicas junto à sociedade;
(d) Disseminação do conhecimento, além da pesquisa e da formação profissional
de nível superior desenvolvida pelo ensino. Isto é uma função da extensão, por
intermédio de seus cursos que, contribuindo para a superação da seletividade,
estendem os benefícios do conhecimento a toda comunidade;
83
(e) Compromisso com o princípio de “formação continuada” como indispensável
à rapidez das mudanças do nosso tempo;
(f) Ênfase no papel de vital importância da extensão na flexibilização dos
currículos de graduação já que interage com o ensino no oferecimento de “Atividades
Complementares de integralização curricular” (AC), indispensáveis para solidificar ainda
mais a formação inicial.
Para articular projetos e ações vinculadas às diferentes políticas institucionais
constantes no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e desenvolvidas no âmbito dos
Cursos, o Núcleo de Extensão Universitária no UniRitter criou a figura dos Programas
Institucionais de Extensão, afetos à Pró-Reitoria Acadêmica (ProAcad).
4.2.1 PROJETOS DE EXTENSÃO NO ÂMBITO DO CURSO
O Curso de Farmácia participa ativamente de atividades de extensão, em
conjunto com os demais cursos do UniRitter, uma vez que se considera a extensão uma
importante atividade para o desenvolvimento da educação interprofissional, o exercício
da responsabilidade social e da prática colaborativa. Além disso, atividades de extensão
são evidenciadas nas unidades curriculares evidenciando o papel do farmacêutico junto
à comunidade na qual está inserido.
Desde a criação do SUS o Brasil vem experimentando mudanças no seu sistema
público de saúde. As novas demandas geradas pelo envelhecimento da população e as
mudanças no perfil epidemiológico tornam necessárias modificações e adequação do
sistema. Percebe-se que o modelo de atenção prestada ao usuário deve ser
transformado e focar no caráter preventivo das ações. Esta situação reflete diretamente
na demanda e no uso do medicamento, evidenciando a necessidade de um
planejamento efetivo em todo o processo da Assistência Farmacêutica (AF).
Sendo o medicamento um insumo fundamental na promoção e recuperação da
saúde, a Assistência Farmacêutica, um dos eixos evidenciado no Curso, possibilita
maior aproximação do farmacêutico com o usuário, visando à adesão do tratamento
farmacológico e ao alcance de resultados que melhorem a qualidade de vida do
paciente. Neste sentido, a extensão universitária torna-se uma ferramenta de
aprendizado ao estudante de Farmácia favorecendo o contato do aluno com a
comunidade na qual está inserido.
84
A participação dos alunos do curso de Farmácia em atividades de extensão inicia
com a unidade curricular de Saúde Coletiva e posteriormente no Programa
Interdisciplinar Comunitário (PIC) numa integração acadêmica com a “Região
Sul/Centro Sul da cidade de Porto Alegre, com o mapeamento de demandas e
necessidades das unidades de saúde, fornecendo assim um diagnóstico institucional e
mapeamento detalhado.
Cabe ressaltar dois projetos de extensão de destaque que permeiam de forma
transdisciplinar no Curso: o Horto Medicinal do Curso de Farmácia que fomenta o cultivo
e a classificação de plantas medicinais no campus para serem utilizadas nas práticas
disciplinares e nas rotações práticas na comunidade, e o projeto premiado pela Rede
Laureate, Descarte de Medicamentos Vencidos que objetiva uma ação sustentável no
recolhimento de substâncias potencialmente tóxicas ao meio ambiente.
I - Horto Medicinal do Curso de Farmácia: As plantas medicinais são uma das
formas mais antigas de medicamentos e, ainda hoje, a grande maioria das pessoas
recorre às plantas para os cuidados com a saúde. Diante da riquíssima biodiversidade
do país e do objetivo de melhorar a saúde da população, o Ministério da Saúde vem
investindo no uso da Fitoterapia como complemento para o Sistema Único de Saúde
(SUS), por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC).
Coordenador: Professora Clara Lia Costa Brandelli.
Equipe: Prof. Luciana Signor Esser; Prof. Fernando Cidade Torres; Prof.
Siomara Monteiro
Alunos das unidades curriculares de Princípios Farmacêuticos, Terapêutica
Medicamentosa, Farmacognosia e Química Farmacêutica.
O Horto Didático é uma unidade de referência de plantas bioativas
catalogadas de acordo com a biodiversidade local, que serve como aprendizado
quanto a classificação, identificação e uso, ou seja, um espaço apropriado para
a capacitação do futuro profissional farmacêutico nesta atual demanda da
Fitoterapia. Sendo assim, a construção do Horto num espaço para prática
acadêmica no campus, faz parte de uma proposta de aprendizado continuado,
trabalhado de forma transversal no currículo, englobando as unidades
85
curriculares de Princípios Farmacêuticos, já no primeiro semestre, Terapêutica
Medicamentosa, Farmacognosia e Química Farmacêutica.
Sem dúvida, o resultado benéfico de um horto didático é multifatorial –
educação, sustentabilidade social, ambiental, ética, cultural e econômica - para
o aluno e para a comunidade. Neste contexto, a implantação do Horto Didático
de Plantas Medicinais é um instrumento de aprendizagem dinâmico de diversas
habilidades, contribuindo para a formação de um profissional generalista,
preparando-os para a necessidade atual do cenário de saúde pública (Figura 4-
12).
Figura 4-12. Horto Didático localizado no prédio C do campus Zona Sul.
Os alunos de Farmacognosia possuem como metodologia ativa a divulgação
do horto na comunidade acadêmica. Para tanto, elaboraram uma página virtual
em rede social (Facebook) que irá incentivar o uso correto de plantas medicinais,
bem como os cuidados com seu cultivo (Figura 4-13). A página é fomentada com
informações elaboradass pelos próprios alunos da unidade curricular.
Adicionalmente, é realizado um trabalho de visibilidade do horto, onde ocorrem
eventos nos intervalos de aula para que os alunos das demais Escolas e
Faculdades do UniRitter tenham conhecimento sobre o espaço e possam seguir
a página virtual.
Em sinergia com o projeto de extensão Metamorfose Adjacente, uma réplica
do horto do curso de Farmácia foi implantado em escolas da comunidade do
entorno e na praça Oswald de Andrade situada na Região Municipal Sul
86
Centro/Sul. O projeto do Horto Didático está sendo expandido para as Unidades
de Saúde da comunidade, enfatizando, pelos alunos: importância da utilização,
formas corretas de uso, partes utilizadas, cuidados a serem tomados no cultivo,
preparação e administração de plantas medicinais, ou seja, a implantação do
uso racional de fitoterápicos e plantas medicinais.
Figura 4-13. Página do Facebook criada pelos alunos de Farmacognosia para divulgar
as atividades do horto.
II - Projeto Institucional Sustentável Descarte Consciente de Medicamentos
Vencidos: O UniRitter, uma instituição cujas ações calca-se no ensino e - por
consequência - na formação de multiplicadores intelectuais, não pode advogar de forma
diferente à proposição da racionalidade ecológica. O ambientalismo, movimento
histórico originado a partir do recente reconhecimento dos assustadores efeitos
negativos da intervenção antrópica na biosfera, em sua crítica ao modelo civilizatório
ocidental, reprovou os paradigmas norteadores da sociedade industrializada de
consumo. Como alternativa, propôs que se efetuasse uma alteração de atitudes,
objetivando a elaboração dos pilares de uma nova era, pautada a partir de agora não
mais no esgotamento da natureza, mas na sustentabilidade ambiental. A realidade atual
exige uma reflexão cada vez menos linear, e isto se produz na inter-relação dos saberes
e das práticas coletivas que criam identidades e valores comuns e ações solidárias
diante da reapropriação da natureza, numa perspectiva que privilegia o diálogo e a
preocupação com o desenvolvimento sustentável. Isto representa a possibilidade de
87
garantir mudanças sociopolíticas que não comprometam os sistemas ecológicos e
sociais que sustentam as comunidades.
Coordenadores do projeto:
Farmacêutica Profa. Dra. Siomara da Cruz Monteiro.
Farmacêutico Prof. Dr. Adroaldo Lunardelli
Neste ínterim, emerge o paradigma entre as ações individuais cotidianas
tradicionais e a mudança de atitude frente a uma nova realidade, sendo que, esta
última somente poderá ocorrer mediante a ampliação dos conhecimentos dos
indivíduos. Um grande exemplo neste sentido reside no descarte de
medicamentos.
Durante o tratamento urgente ou rotineiro para se resolver problemas de
saúde, as pessoas adquirem medicamentos que, muitas vezes, não são
consumidos por completo e acabam por ser armazenados para um possível
consumo posterior. Muitos desses produtos sobram após o tratamento e acabam
sendo descartados com lixo doméstico ou esgoto comum. Grande quantidade
de medicamento é descartada diariamente. Esse é um material tóxico e,
portanto, não deve seguir o mesmo caminho do lixo comum. Tratar
incorretamente esses resíduos, como depositá-los em aterros comuns ou
despachá-los pela rede de esgoto, pode ocasionar contaminação de solo,
lençóis freáticos, lagos, rios e represas, atingindo também a fauna e flora que
participam do ciclo de vida da região afetada. É um problema marginal,
pouquíssimo divulgado por órgãos de imprensa, governamentais ou entidades
de terceiro setor. Há falta de informação de grande parte da população quanto
aos métodos e conduta adequada para o rejeito medicamentoso e quanto aos
impactos que o descarte inapropriado desses pode provocar ao meio ambiente,
inclusive ao próprio ser humano. A embalagem dos produtos farmacológicos não
fornece instruções de como proceder com os resíduos, ao contrário de muitos
produtos industrializados de outros setores. A conscientização da população em
relação à correta destinação final de medicamentos e dos problemas que podem
ser ocasionados (caso esta seja efetuada de forma incorreta) torna-se imperativa
no campo da saúde pública.
A reflexão estimulada através de um programa educativo e de uma campanha
de arrecadação de medicamentos impróprios parece vital na formação não
88
somente de cidadãos com discernimento, mas também multiplicadores deste
conhecimento. Na dianteira da consciência ambiental, o curso de Farmácia do
UniRitter desenvolveu um programa institucional para o descarte consciente de
medicamentos. É uma ação que nasce de uma proposta ambiciosa de mudança
de paradigmas, de atenção para velhos hábitos pouco saudáveis e de elevação
empresarial ao patamar da preocupação com o meio ambiente. O primeiro passo
desta nova filosofia foi a colocação de um coletor de medicamentos expirados
no saguão do principal acesso à instituição. Confeccionado de material reciclável
(embalagens Tetra Pak recicladas, outrora na serventia de acomodação de
alimentos), o coletor foi acomodado em local visível para que os alunos e
funcionários da instituição possam depositar o rejeito medicamentoso que,
periodicamente, é sacado e encaminhado ao destino correto (Figura 3-3). Este
procedimento rendeu ao UniRitter o certificado ambiental na destinação
adequada do produto farmacêutico (Figuras 3-4 e 4-14).
Figura 4-14. Certificado de Responsabilidade Ambiental
A causa foi acolhida e reverenciada de forma louvável pelos alunos do Curso
de Farmácia, que já discutem este tema de maneira técnica em sala de aula, de
modo transversal no currículo e, agora, de modo prático na instituição,
envolvendo a comunidade acadêmica. Há um elevado nível de otimismo perante
o alcance das expectativas do programa, considerando que, apesar do caráter
voluntário, virtualmente, toda a comunidade acadêmica está envolvida nesse
processo por se considerar a tecnologia limpa como a vantagem saudável no
89
cenário contemporâneo. Ademais, torna-se lúcido a formação de profissionais (e
cidadãos) inquietos e preocupados com a questão ambiental. Os medicamentos
coletados servem de material para as unidades curriculares de Terapêutica
Medicamentosa e Terapêutica Medicamentosa Integrada. A Farmácia Simulada
da Enfermaria também é abastecida pelas embalagens dos medicamentos
recolhidos.
Foi promovida uma campanha de conscientização na comunidade acadêmica
onde houve uma Campanha de Saúde/Sustentabilidade com a distribuição de
panfletos esclarecedores (confeccionados exclusivamente para esta ação) e
orientações sobre o descarte adequado dos medicamentos. Isso fortalece o
papel do profissional farmacêutico como um agente multiplicador de saúde
(Figura 4-15).
Figura 4-15. Estudantes em campanha para conscientização da comunidade acadêmica
Muitas atividades foram desenvolvidas para que a campanha se tornasse
difundida em toda a instituição. Um exemplo foi a inserção no ciclo de palestras
do Grupo de Pesquisa Cardiológica, um evento sistemático de grande relevância
90
científica. Canecas com a logomarca da campanha foram distribuídas aos
palestrantes e participantes do evento.
Desde 2015, foram arrecadados mais de cento e dez mil unidades de
medicamentos rejeitados (dado de janeiro de 2017), evidenciando o sucesso do
projeto e a boa aceitação pela comunidade acadêmica (Figura 4-16). O
medicamento mais prevalente encontrado foi a Fluoxetina. Uma aluna do curso
de Farmácia (Iohana D. Machado) apresentou tais resultados obtidos na forma
de pôster no 8º Congresso Riopharma de Ciências Farmacêuticas (Rio de
Janeiro) e no V Congresso de Ciências Farmacêuticas de Ouro Preto (Minas
Gerais). Um artigo científico foi submetido para publicação com os dados do
projeto. Evidencia-se também que o projeto foi trabalhado em conjunto com a
Farmácia Universitária do UniRitter.
Figura 4-16. Quantidade de medicamentos em unidades, recolhidos e quantificados/ano
desde a implantação do projeto. Em 2018 já contabilizamos mais de 200 mil unidades de
medicamentos recolhidas.
A discussão acerca das classes farmacológicas encontradas é pertinente em
sala de aula. Isso porque não basta descartar o medicamento corretamente, é
preciso intervir sobre o conjunto de ações indutoras do uso irracional de
91
medicamentos, e assim minimizar os estoques desnecessários no serviço e/ou
nos domicílios e as perdas de medicamentos. A atenção farmacêutica e o papel
educador deste profissional remota da tradicional labuta deste profissional na
comunidade. A capacidade humanística e sua inserção na comunidade
permitem que seja promotor da saúde e multiplicador do uso racional de
medicamentos.
A campanha de descarte consciente de medicamentos fortaleceu a criação
do Grupo Sustentabilidade do UniRitter e compôs o documento da Política de
Educação Ambiental como uma das ações já implantadas na instituição quanto
a questão da sustentabilidade. Todo este esforço foi reconhecido através do
agraciamento do prêmio “Laureate Recognition Program”, na categoria inovação
acadêmica (Figura 3-4). Cabe ressaltar que o projeto do descarte promoveu uma
ação de pertencimento entre alunos e professores do Curso. Foi criado uma
marca do curso de Farmácia a partir da ideia do projeto e toda atividade,
campanha, material informativo, camisetas e demais matérias, levam a marca
do Curso (Figura 4-17).
Figura 4-17. O projeto promoveu a criação da identidade do curso de Farmácia do UniRitter.
III - Metamorfose Adjacente do UniRitter (MAU): O projeto interdisciplinar
Metamorfose Adjacente do UniRitter (MAU) trabalha com a comunidade do entorno do
campus zona sul, a Vila Orfanotrófio I, onde existe a Creche Boa Esperança, o CENCOR
92
(Centro comunitário Vila Orfanotrófio I), a Unidade de Saúde Osmar Freitas e a praça
Osvald de Andrade.
Coordenadoras:
Professoras Lucianna Schmitt (Nutrição)
Clara Lia Costa Brandelli (Farmácia)
Katia Oliveira (Arquitetura e Urbanismo).
Equipe: bolsistas e estagiários voluntários dos cursos de Farmácia, Nutrição,
Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental e Psicologia
O objetivo central do projeto é promover a saúde e tornar os ambientes, -
comunitários e públicos - espaços de promoção da saúde, aprendizagem e
convivência. Esse trabalho possibilita ao graduando o crescimento profissional e
formação diferenciada por inseri-lo numa equipe de trabalho interdisciplinar na
comunidade do entorno, além da integração com diferentes setores como
educação, assistência social e meio ambiente. O MAU está baseado no
empoderamento da população para que se alcance melhor qualidade de vida e
redução das iniquidades sociais. Esse modelo de trabalho se insere também na
formação do estudante, pois possibilita que ele deixe de pensar na lógica
assistencial e produtivista para tornar-se um agente de poder para a população.
A Vila Orfanotrófio I faz parte da região da Vila Cruzeiro. O UniRitter está
inserido no meio da Vila Orfanotrófio e faz parte deste território. Essa região é
caracterizada por uma alta vulnerabilidade e desigualdade social, bem como
incidentes de violência. No entanto, é uma comunidade que passa por um
momento de reconstrução. A partir do trabalho desenvolvido pelo Centro
Comunitário da Vila Orfanotrófio I (CENCOR) e da Unidade de Saúde Osmar
Freitas (US), aos poucos, os residentes próximos estão frequentando mais os
espaços públicos e ambientes de saúde, tais como praças e unidades de saúde.
O projeto MAU iniciou em 2016 e foram realizadas ao longo do ano diferentes
intervenções que partiram de demandas da comunidade e setores nela
inseridos, como saúde e assistência social. A equipe de extensionistas reunia-
se periodicamente com o líder da comunidade, CENCOR e equipe de saúde da
US para ouvir as necessidades e juntos planejar as ações.
93
Dentre as atividades realizadas pelo MAU, podemos destacar:
A Praça Osvald Andrade localizada nas proximidades do campus zona
sul do UniRitter e ao lado da US Osmar Freitas foi o elo de ligação
entre o projeto e a comunidade. A ação contou com a equipe de saúde
da US, EMATER, crianças da Creche Boa Esperança e CENCOR.
Nesta oportunidade foi construído um Horto Medicinal no formato de
Relógio do Corpo Humano (Figura 4-18), idealizado pela médica da
Unidade de Saúde. O Horto Medicinal do Curso de Farmácia serviu de
modelo.
Figura 4-18. Construção do relógio do Corpo Humano na Praça Oswald de Andrade
O curso de Arquitetura e Urbanismo realizou reuniões com Associação
de Moradores para definição das necessidades da comunidade e
assim realizou um levantamento planimétrico da área e demais
aspectos relativos à entorno, insolação, materialidade, vegetação,
desníveis. Além disso, os extensionistas do curso realizaram uma
oficina de Paisagismo em Nova Petrópolis para auxiliar no projeto de
revitalização da Praça.
Os extensionistas realizaram levantamento das plantas medicinais
existentes no Horto da Praça, e assim construíram um catálogo virtual
com orientações de uso, toxicidades e indicações para cada uma das
espécies (Figura 4-19). O catálogo ainda está em construção e, após
sua finalização, será disponibilizado à equipe de saúde US para
94
auxiliar nas indicações das plantas medicinais, existentes na Praça,
para a comunidade.
Oficina de confecção de pás e regadores com as crianças do
CENCOR. O objetivo da oficina foi incentivar e ensinar as crianças
sobre o cuidado com as plantas e promover a inclusão destes alunos
nas atividades realizadas no Horto da Praça. As professoras levam as
crianças semanalmente para o horto para irrigação e manejo.
Figura 4-19. Catálogo virtual de plantas medicinais
Evento do Dia da Árvore. Na ocasião, contou-se com a presença da
equipe de saúde da US, EMATER, extensionistas do Metamorfose,
crianças do CENCOR e Creche. Conforme realizada na oficina, as
crianças do CENCOR realizaram o plantio das mudas, com auxílio dos
extensionistas (Figura 4-20).
95
Figura 4-20. Dia da Árvore realizada na praça Oswald de Andrade
Em Julho/2016, o grupo Metamorfose participou do evento “Encontros de
Extensão” organizado pela ProAcad para a apresentação das principais
ações feitas até o momento.
Foram organizadas e realizadas atividades pelos alunos extensionistas
do curso Farmácia, na US Osmar Freitas com o grupo de Saúde Mental.
Os 04 encontros foram organizados em forma de Rodas de Chá para
conversação sobre o uso de plantas medicinais e também para inserir o
uso de alguns chás na rotina diária dos pacientes. Nestas ocasiões,
foram abordados os benefícios e cuidados no preparo e utilização das
plantas. Em um dos encontros, os pacientes, alunos do MAU e a equipe
de saúde foram até a Praça Oswald de Andrade para a demonstração do
Relógio do Corpo Humano e como pode ser feito o cultivo de plantas
medicinais nas suas residências. Houve o incentivo do preparo e uso de
Sal Temperado, com ervas existentes na Praça, para diminuição do
consumo de sal na alimentação e assim prevenir casos de hipertensão
(Figura 4-21).
96
Figura 4-21. Alunos do Curso na US Osmar Freitas – Educação em Saúde - Hipertensão
Apresentação do trabalho intitulado “HORTO MEDICINAL NA
COMUNIDADE VILA ORFANOTRÓFIO I – PORTO ALEGRE/RS:
PROJETO DE EXTENSÃO METAMORFOSE ADJACENTE UNIRITTER”
de autoria de FERNANDA LOPES DA COSTA; GUSTAVO KUCH; KATIA
OLIVEIRA; LUCIANA SCHMITT; CLARA LIA COSTA BRANDELLI, no XII
Congresso Mundial de Farmacêuticos de Língua Portuguesa; V Simpósio
de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no Sistema Público de Saúde;
Congresso Internacional de Fitoterapia; I Congresso Brasileiro de
Farmácia Estética e I Simpósio Farmacêutico de Nutracêuticos,
realizados pelos Conselho Federal de Farmácia, Associação de
Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa e Fundação Brasileira
de Ciências Farmacêuticas, com parceria institucional do Conselho
Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul, nos dias 8, 9 e 10 de
novembro de 2016, em Gramado, Rio Grande do Sul
O MAU participou da ação mundial da Rede Laureate, o Global Days of
Services, evento de grande visibilidade e repercussão social onde
realizou a pintura de uma sala da CENCOR com a participação de
professores e alunos da comunidade. A ação foi indicada como destaque
da instituição no Global Days of Service (Figura 4-22).
97
Figura 4-22. Ação do Projeto Metamorfose no CENCOR - Global Days.
Atividade com as crianças do CENCOR, de pintura e stencil, com auxílio
de alunos do curso de Relações Públicas do UniRitter. Os trabalhos das
crianças foram expostos na instituição para a divulgação do projeto MAU
com a comunidade.
Os extensionistas realizaram a inserção da comunidade nos laboratórios
de práticas do UniRitter. Foi organizado uma oficina com os adolescentes
que fazem panificação no CENCOR. Foi feita colheita de PANCs (Plantas
Alimentícias Não convencionais) no Horto da Praça Oswald de Andrade
e posteriormente foi elaborado um biscoito no Laboratório de Preparo de
Alimentos da instituição.
Participação dos estagiários do MAU (voluntários e bolsistas) na SEPesq
2016. No evento, um dos alunos foi destaque de sessão.
O Projeto MAU realizou em 2016 diferentes intervenções que partiram de
demandas da comunidade e setores nela inseridos, como promoção à saúde e
assistência social. O campo de trabalho foi o Centro Comunitário da Vila
Orfanotrófio I (CENCOR) em parceria com a US Osmar Freitas. O projeto tem
perfil multidisciplinar construído com a comunidade para a comunidade. O
projeto registrou em 2016, 356 (trezentos e cinquenta e seis) intervenções na
comunidade. 70 (setenta) crianças que frequentam o CENCOR participaram de
ações de educação sobre: meio ambiente, alimentação saudável, saúde e
criatividade.
A partir das ações realizadas e da capacidade de atuação do projeto com a
comunidade, constata-se que é necessário ampliar o funcionamento e dar
98
seguimento as ações realizadas anteriormente a fim de ter um impacto
duradouro e mensurável da ação do MAU na Vila Orfanotrófio e Região Cruzeiro.
O empoderamento acontece em diferentes níveis, no empoderamento grupal
que promove respeito mútuo e apoio recíproco entre os membros de um grupo
ou comunidade.
O MAU tem duplo campo de impacto: o social e o acadêmico. Trata-se de um
projeto interdisciplinar que possibilita aos alunos de diferentes áreas a
participação e a construção dos conhecimentos para se desenvolver um bom
trabalho. Todos os alunos trabalham juntos e trocam informações na construção
do planejamento e análise das ações. A participação no projeto acrescenta na
formação profissional o aprendizado do compartilhamento do trabalho, a
ampliação da visão e análise dos espaços de trabalho e a possibilidade da
construção de amplas redes de relacionamento profissional. Ocorre a
aproximação com a comunidade local, reduzindo as barreiras entre a Centro
Universitário e a Comunidade, ampliando o reconhecimento da importância da
Instituição na comunidade, proporcionando bem-estar social em consonância
com o lema a Rede Laureate “Here for Good”.
IV - Qualificação Paisagística e Ambiental do Instituto Psiquiátrico Forense
Dr. Maurício Cardoso/SUSEPE:
Coordenadora:
Professora Katia Ferreira de Oliveira
Colaboradores: Professoras Clara Lia Costa Brandelli e Lucianna Schmitt e
Professor John Fernando de Farias Würdig
Equipe: bolsistas e estagiários voluntários dos cursos de Farmácia, Nutrição,
Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental e Psicologia
Em 1925, foi criado, na cidade de Porto Alegre, o Manicômio Judiciário do Rio
Grande do Sul (MJRS), segunda instituição do gênero no País, atualmente
denominado Instituto Psiquiátrico Forense Maurício Cardoso (IPFMC). O IPFMC
é um hospital/prisão de custódia e tratamento, onde são internados os indivíduos
oriundos de todo o Estado que cumprem medida de segurança. Como
apresentam doença mental, não são presos, mas pacientes com pena em regime
de reclusão. A instituição é vinculada à Superintendência dos Serviços
99
Penitenciários do Rio Grande do Sul (SUSEPE) e é responsável também pela
avaliação psiquiátrica pericial de todas as pessoas que cometeram delitos na
vigência da suspeita de algum comprometimento mental. Segundo informações
de março de 2016, sua população de apenados/pacientes é de 287 indivíduos
(homens e mulheres).
Embora cumprindo um importante papel social no tratamento das doenças
psiquiátricas e na ressocialização de 287 apenados/pacientes, as condições dos
espaços internos das antigas edificações do IPFMC e também de toda a sua
área externa, incluindo espaços destinados a jardins e pátios de lazer e
recreação, são muito ruins.
Diante desta realidade e enfrentando sérios problemas de falta de recursos
públicos para resolvê-la, no segundo semestre do ano de 2015, a Diretora Geral
do IPFMC Sra. Patrícia Goldfeld consultou a UniRitter, sobre a possibilidade do
desenvolvimento de um projeto de qualificação dos espaços abertos destinados
ao lazer, recreação e atividades físicas dos apenados/pacientes, bem como de
um plano de manejo dos resíduos sólidos gerados na instituição.
Entendendo também que a demanda incluía questões de nutrição, saúde,
disposição e tratamento adequados de resíduos sólidos e por já conhecer
colegas professores destas áreas, comprometidos com as atividades de
extensão no UniRitter, foram convidados a compor a equipe deste trabalho,
como colaboradores a Prof. Lucianna Schmitt, do Curso de Nutrição, a Prof.
Clara Brandelli, do Curso de Farmácia e o Prof. John Fernando de Farias Würdig
da Engenharia Ambiental e Sanitária, que prontamente aderiram a proposta.
No ano de 2016, ocorreu a realização do levantamento da realidade do local
juntamente com o diagnóstico socioambiental. Após análise das demandas, das
condições técnicas coletadas e pesquisa de projetos referenciais, serão
elaborados o projeto paisagístico dos espaços destinados ao lazer, recreação e
atividades físicas, o projeto de produção de ervas medicinais e temperos (horto)
e hortifrutigranjeiros (horta) no local escolhido (Figura 4-23) e o plano de
gerenciamento e reciclagem dos resíduos sólidos gerados na instituição.
100
Figura 4-23. Pátio interno do Pavilhão C – local onde será inserido o Horto Medicinal e a Horta
Neste sentido, as alunas do curso de Farmácia entrevistaram a Farmacêutica
do local, onde receberam total apoio para a construção de um Horto Medicinal,
semelhante ao já implantado no campus Zona Sul do UniRitter. Além disso,
realizaram uma revisão bibliográfica sobre as plantas medicinais e como o
espaço pode auxiliar no tratamento destes pacientes. A equipe de extensionistas
planeja a construção deste espaço terapêutico pois entende que auxiliaria no
desenvolvimento de habilidades dos pacientes/apenados uma vez que seriam
eles próprios a fazer o manejo do local, no exercício da cidadania e da
convivência com outras pessoas, além de ser uma atividade produtiva, relaxante
e prazerosa dentro do ambiente hospitalar. As próximas etapas serão o término
do diagnóstico socioambiental e assim será iniciada a construção das propostas
do projeto, previsto para 2017.
A proposta do projeto foi apresentada no XII Congresso Mundial de
Farmacêuticos de Língua Portuguesa; V Simpósio de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos no Sistema Público de Saúde; Congresso Internacional de
Fitoterapia; I Congresso Brasileiro de Farmácia Estética e I Simpósio
Farmacêutico de Nutracêuticos, pela aluna do Curso Jessica Shwank, em 2016.
4.4.2 CURSOS DE EXTENSÃO NO ÂMBITO DO CURSO
O Curso de Farmácia do UniRitter promove semestralmente uma série de
atividades, classificadas como Cursos de Extensão, a seus discentes. Estes cursos têm
101
como objetivo principal o aprofundamento de temas relevantes e atuais na área das
Ciências Farmacêuticas, promovendo momentos de discussão, atualização e educação
continuada. Além disto, é um momento que oportuniza a aproximação dos alunos com
profissionais de diversas áreas e professores de outras instituições de ensino,
proporcionando o intercâmbio de experiências e a flexibilização curricular
São exemplos de cursos de extensão ofertados pelo Curso de Farmácia (Figura
4-24):
Curso de Injetáveis – Módulos I e II.
Pesquisa Clínica.
Clínica Farmacêutica aplicada às Farmácias
Farmácia Estética.
102
Figura 4-24. Cursos de Extensão promovidos pelo Curso de Farmácia UniRitter
A Escola de Ciências da Saúde também oferta cursos de extensão que são
divulgados e ofertados a todos os alunos. São exemplos destes cursos:
Bases de Diagnóstico por Imagem em Ressonância Magnética.
Curso de Extensão em Hemoterapia.
Exames Laboratoriais: da Coleta à Interpretação.
Avaliação e tratamento de feridas
Cabe salientar que a oferta de cursos, além de constante, é totalmente flexível e
adaptável às necessidades e interesses elencados pelos alunos. Busca-se, com isso,
permitir que o aluno tenha a flexibilidade para desenvolver de forma autônoma sua
formação complementar.
5. OBJETIVOS DO CURSO
5.1 OBJETIVOS GERAIS
O curso de graduação em Farmácia do UniRitter, conforme o artigo 4º da
Resolução CNE/CES No 6, de 19 de outubro de 2017, tem como objetivo geral a
formação de profissionais generalistas, humanistas, críticos e reflexivos, com base no
103
rigor científico e intelectual. Objetiva-se que os alunos egressos do Curso sejam éticos
e qualificados, formados através de um sólido processo de aprendizado teórico e
prático, apoiado por uma proposta pedagógica consistente, inovadora e eficiente, e por
uma estrutura curricular integrada fundamentada nos princípios do humanismo e da
sustentabilidade.
Ao final do curso, o aluno egresso deverá estar apto a atuar em todos os níveis
de atenção à saúde, pautado em princípios éticos e na compreensão da realidade social,
cultural e econômica do seu meio, seguro para dirigir sua atuação farmacêutica na
transformação da realidade em benefício da sociedade, atendendo a demanda do amplo
e crescente mercado farmacêutico.
Além disso, o farmacêutico formado no UniRitter deve ser um elo de produção e
disseminação de conhecimentos das áreas das ciências farmacêuticas entre a
instituição e a comunidade, proporcionando ações de proteção, promoção e prevenção
da saúde e da qualidade de vida da população, levando em conta as particularidades
culturais, sociais e econômicas da sociedade em que estão inseridos.
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
O curso de Farmácia do UniRitter também visa:
Possibilitar ao acadêmico a educação permanente, para transformação
das práticas de ensino e aprendizagem, e ações integradas desde o início
do curso;
Fornecer ao estudante um ensino de qualidade e consistente, atualizado
e condizente com a atuação do profissional farmacêutico atual;
Formar um profissional farmacêutico único, que integra os
conhecimentos de medicamentos, análises clínicas e alimentos,
responsável e capacitado para a promoção da saúde;
Desenvolver junto aos estudantes uma formação humanística, técnico-
científica, reflexiva e ética para formar o futuro profissional cidadão
responsável, ético, criativo, sustentável, questionador e empreendedor,
ciente das suas funções e responsabilidades na sociedade;
104
Garantir uma formação com abordagem multi/inter e transdisciplinar,
desenvolvendo um conhecimento integrado e completo que permita o
aluno atuar em equipes multiprofissionais de maneira ética e
responsável, respeitando a cultura, as diferenças e os valores dos demais
profissionais;
Desenvolver habilidades pedagógicas capazes de facilitar e contribuir no
processo de ensino-aprendizagem, levando o aluno a participar de
situações simuladas da realidade profissional, captando o sentido
teórico-prático e se inserindo em situações concretas como sujeito da
realidade;
Garantir um equilíbrio teoria-prática na abordagem curricular, permitindo
a formação de profissionais capacitados nas atividades teórico-práticas
exigidas pela profissão;
Incentivar o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e
extensão em saúde, tanto em nível individual quanto no coletivo, através
da participação em projetos e/ou programas de saúde voltados à
educação;
Promover, sempre que possível, através de atividades de extensão, a
prestação de serviços inerentes à Farmácia na comunidade na qual o
UniRitter está inserido;
Estimular as atividades extracurriculares de formação, como iniciação
científica, atividades de extensão, estágios, participação em congressos
e cursos de atualização, disciplinas eletivas e outras;
Envolver o estudante com o desenvolvimento científico e a busca do
avanço técnico associado às áreas da saúde, do bem-estar e dos direitos
humanos;
Possibilitar ao acadêmico de Farmácia o intercâmbio com as instituições
da Rede de Universidades Laureate seja no Brasil ou no exterior para
apropriar-se do conhecimento técnico, científico e cultural para atuar no
mercado globalizado, promovendo a internacionalização e a
diversificação científica e cultural capacitando-o na tomada de decisões;
105
Atualizar e incorporar constantemente as novas tecnologias exigidas
pelas realidades dos cenários social e profissional;
Formar farmacêuticos que atuem na assistência farmacêutica como
prática essencial para o fortalecimento profissional e que atuem visando
à integralidade, a equidade, a universalidade e trans e
interdisciplinaridade nos serviços de saúde, muitos desses princípios
norteados pelo Sistema Único de Saúde (SUS);
Formar farmacêuticos baseados no Modelo Acadêmico Laureate o qual
possui como pilares: a nova Estrutura e Função humana e animal; a
Simulação e outras metodologias ativas (aprendizagem colaborativa,
body paint, body projection, realidade aumentada, aplicativos
educacionais, aprendizagem por projetos, estudo de caso, Team Basead
Learning – TBL - entre outras); alta qualidade de rotações práticas e
clínicas em fortes parceiros do mercado como campo de práticas;
Formar profissionais capazes de compreender o valor da profissão
farmacêutica no atendimento às necessidades da população,
reconhecendo o significado do interesse comunitário no atendimento às
suas necessidades.
Os objetivos acima expostos serão discutidos e esclarecidos no decorrer deste
documento.
6. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO
O Curso de Graduação em Farmácia do UniRitter, em harmonia com as
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, busca que seus
egressos tenham uma “formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, para atuar
em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico e intelectual.
Capacitado ao exercício de atividades referentes aos fármacos e medicamentos, ás
análises clínicas e toxicológicas e ao controle, produção e análise de alimentos, pautado
em princípios éticos e na compreensão da realidade social, cultural e econômica do seu
106
meio, dirigindo sua atuação para a transformação da realidade em benefício da
sociedade”.
A articulação entre a teoria e a prática, que ocorre desde o início do curso nas
práticas curriculares, nas rotações clínicas, nas atividades de extensão e na oferta de
cinco estágios obrigatórios, contribui para a formação de um profissional atuante e
preparado para o diversificado mercado de trabalho. O aluno realiza estágios nas
principais áreas de atuação do profissional farmacêutico: Assistência Farmacêutica,
Farmácia Clínica e Hospitalar, Análises Clínicas e Toxicológicas, Farmácia Magistral e
Indústria de Medicamentos e/ou Alimentos, formando um egresso com formação
diversificada dentro do mercado de trabalho na área das ciências farmacêuticas (Figura
6-1).
A estrutura curricular permite a formação de profissionais empreendedores,
técnico-científicos, éticos e humanistas, inseridos no mercado globalizado através da
Rede Laureate, com uma visão interdisciplinar e que aborda de forma integrada o
processo de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, possibilitando a
atuação e a intervenção deste profissional em todos os níveis da saúde coletiva, saúde
pública e de atenção à saúde, podendo desenvolver atividades junto a equipes
multidisciplinares de saúde pública, em programas de apoio à saúde e à qualidade de
vida da população.
Figura 6-1. Perfil do egresso do curso de Farmácia do UniRitter
107
6.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES GERAIS
Os egressos do curso de Graduação em Farmácia do UniRitter, de acordo com
o Projeto Pedagógico do Curso, com o Projeto Pedagógico Institucional e em
consonância com o disposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução
CNE/CES nº. 6/2017), apresentarão diversas competências e habilidades gerais, que
são essenciais para que o profissional da saúde possa desenvolver uma atuação de
excelência. Estas competências e habilidades gerais compreendem os seguintes blocos
e estão evidenciadas na Figura 6-2.
A dinâmica curricular do curso de Graduação em Farmácia, conforme o Art.5º da
Resolução CNE/CNS 6 (2017), preconiza as seguintes competências e habilidades
gerais:
I - Atenção à saúde:
Segundo o disposto nas DCNs, “os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito
profissional, devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção
e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo. Cada profissional deve
assegurar que sua prática seja realizada de forma integrada e continua com as demais
instâncias do sistema de saúde. Sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os
problemas da sociedade e de procurar soluções para os mesmos. Os profissionais
devem realizar seus serviços dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos
princípios da ética/bioética, tendo em conta que a responsabilidade da atenção à saúde
não se encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde,
tanto em nível individual como coletivo”.
108
Figura 6-2. Competências e habilidades gerais do farmacêutico egresso do UniRitter.
Neste sentido, os egressos do Curso de Farmácia do UniRitter estarão aptos à:
Desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da
saúde, individual ou coletivamente.
Entender os determinantes sociais, culturais e econômicos do nosso
meio, atuando de forma contínua e crítica, buscando soluções para os
problemas sociedade e contribuindo para a manutenção da saúde, bem-
estar e qualidade de vida da comunidade.
Atuar de forma integrada em todos os níveis de atenção à saúde,
juntamente com os demais programas de prevenção, promoção,
proteção, reabilitação e manutenção da saúde que compõe o SUS,
sempre tendo como foco principal o ser humano.
Realizar seu trabalho dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos
princípios da ética/bioética e cidadania, utilizando estes princípios para,
juntamente com a convicção científica, poder atuar de maneira
multiprofissional, interprofissional e transdisciplinarmente na promoção
da saúde.
Reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e atuar de
forma a garantir a integralidade da assistência farmacêutica, entendida
como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e
109
curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os
níveis de complexidade do sistema.
Dentro desta competência, os alunos do curso de Farmácia já realizam ações de
promoção à saúde no decorrer da sua vida acadêmica (Figura 6-3).
Figura 6-3. Alunos da disciplina de Terapêutica Medicamentosa orientando os pacientes
do Asilo Padre Cacique quanto ao uso racional de medicamentos no Dia Internacional da Saúde,
abril de 2015.
II - Tomada de decisões, liderança, administração e gerenciamento:
Também é possível identificar claramente nas DCNs que “o trabalho dos
profissionais de saúde deve estar fundamentado na capacidade de tomar decisões
visando o uso apropriado, eficácia e custo-efetividade, da força de trabalho, de
medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas. Para este fim, os
mesmos devem possuir competências e habilidades para avaliar, sistematizar e decidir
as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas”. Além disto, “no
trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de saúde deverão estar aptos a
assumirem posições de liderança, sempre tendo em vista o bem-estar da comunidade.
110
A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada
de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz”. Também do
ponto de vista específico da administração e do gerenciamento, as DCNs também
enfatizam claramente que “os profissionais devem estar aptos a tomar iniciativas, fazer
o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho, dos recursos físicos e
materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a serem
empreendedores, gestores, empregadores ou lideranças na equipe de saúde”.
Portanto, os egressos do Curso de Farmácia do UniRitter possuirão habilidades
e competências que os tornem aptos a:
Tomar decisões que reflitam em um melhor aproveitamento e utilização
da força de trabalho, equipamentos, procedimentos e práticas.
Sistematizar e decidir condutas para que, baseadas em evidências
científicas, possam aumentar a eficácia e o custo-efetividade dos
processos.
Serem gestores, empreendedores e líderes, tendo a capacidade de
tomar a iniciativa.
Gerenciar e administrar a força de trabalho, os recursos físicos e
materiais, bem como a informação, tendo a capacidade de tomar
decisões.
Assumir posição de liderança, sempre tendo em vista o bem-estar da
comunidade. Esta liderança envolve compromisso, responsabilidade,
empatia, habilidade de tomada de decisões, comunicação e
gerenciamento de forma efetiva e eficaz.
Os alunos implantaram um campo de prática para o curso no campus chamado
de Horto Didático de Plantas Medicinais do Curso de Farmácia. Este campo de prática
foi uma ação de gestão visto que o local é utilizado para o cultivo de plantas medicinais
e serve de apoio às unidades curriculares de modo transversal e está sendo replicado
na comunidade numa ação que visa o bem-estar da comunidade (Figura 6-4).
111
Figura 6-4. Alunos implantaram e fazem, periodicamente, a manutenção do Horto
Medicinal do curso de Farmácia.
III - Comunicação:
As DCNs também destacam que “os profissionais de saúde devem ser
acessíveis e devem manter a confidencialidade das informações a eles confiadas, na
interação com outros profissionais de saúde e o público em geral. A comunicação
envolve comunicação verbal, não verbal e habilidades de escrita e leitura; o domínio de,
pelo menos, uma língua estrangeira e de tecnologias de comunicação e informação”.
Sendo assim, os egressos do Curso de Farmácia do UniRitter estarão aptos a:
Dominar pelo menos uma língua estrangeira, bem como estar atualizado
e dominar as tecnologias de comunicação (verbal, não-verbal e escrita)
e informação.
Comunicar-se adequadamente com colegas de trabalho, clientes e
familiares. Além disto, comunicar-se com a comunidade científica e,
baseado nos princípios da metodologia científica, realizar com clareza a
leitura e interpretação de artigos técnicos e científicos, participando da
produção e divulgação do conhecimento.
112
Ser acessível e manter a confiabilidade das informações a eles confiadas
durante a interação com outros profissionais de saúde e o público em
geral.
IV - Educação permanente:
Por fim, mas não menos importante, as DCNs versam sobre a educação
permanente, onde “os profissionais devem ser capazes de aprender continuamente,
tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os profissionais de saúde
devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso com a sua educação
e o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais, mas proporcionando
condições para que haja benefício mútuo entre os futuros profissionais e os profissionais
dos serviços, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade
acadêmico/profissional, a formação e a cooperação através de redes nacionais e
internacionais”.
Para isso, os egressos do Curso de Farmácia do UniRitter estarão aptos a:
Aprender a apreender e, de forma contínua, aperfeiçoar-se e agregar
habilidades e novas competências tanto à sua formação quanto à sua
prática (Figura 6-5).
Ter compromisso com a formação de novos profissionais, sendo
responsável e assumindo o compromisso pela excelência no
treinamento/estágio das futuras gerações. Além disto, proporcionar
condições para que haja benefício mútuo entre os futuros profissionais e
os profissionais dos serviços, inclusive, estimulando e desenvolvendo a
mobilidade acadêmico/profissional, a formação e a cooperação através
de redes nacionais e internacionais.
6.2 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPECÍFICAS
Também em concordância com o disposto nas DCNs (2002), o curso de
Graduação em Farmácia do UniRitter, além das habilidades e competências gerais,
desenvolve atividades durante a formação do farmacêutico que objetivam desenvolver
no futuro profissional as habilidades e competências específicas da profissão. Sendo
assim, os egressos do curso serão capazes de:
113
Figura 6-5. Curso de Injetáveis para Farmacêuticos, ofertados anualmente em módulo I
e II, agregando mais uma habilidade a formação generalista dos estudantes.
• Analisar, interpretar, comparar, discutir, construir, tomar decisão e refletir sobre
suas atividades profissionais baseado na ética, no humanismo e nos valores
sociais;
• Atuar no ramo de alimentos nas áreas de pesquisa, desenvolvimento, produção,
controle de qualidade, inspeção, registro e marketing, além da orientação sobre
boas práticas alimentares e promoção de saúde;
• Atuar no ramo de análises clínicas e toxicológicas desde a coleta, transporte e a
triagem de espécimes clínicos, assim como na realização, interpretação, garantia
da qualidade e liberação dos resultados e acordo com as boas práticas
profissionais. Ainda, pesquisar, desenvolver e assessorar reagentes, kits
diagnósticos e tecnologias usados em análises clínicas e toxicológicas;
• Atuar em todas as atividades relacionadas aos medicamentos como pesquisa,
desenvolvimento, produção, controle de qualidade, validação de processos,
registro, armazenamento, transporte, manipulação, dispensação, avaliação de
prescrição, orientação farmacêutica, interações medicamentosas,
acompanhamento farmacoterapêutico, farmacoepidemiologia, farmacoeconomia,
indicações de medicamentos isentos de prescrição, descarte de medicamentos etc;
• Atuar no ramo de drogarias e farmácias na montagem, administração, compras,
manipulação, dispensação, gestão da qualidade, controle financeiro, assistência
farmacêutica, prestação de serviços, assistência farmacêutica, dentre outras;
114
• Atuar na pesquisa, desenvolvimento, produção, controle de qualidade, marketing
e demais etapas de processos de cosméticos, produtos de origem biotecnológica,
correlatos, fitoterápicos e demais produtos associados ao ramo farmacêutico;
• Atuar em áreas especiais do ramo farmacêutico como homeopatia, manipulação
de produtos veterinários, sustentabilidade antroposófica e plantas medicinais com
ética, apoiados em fortes valores e responsabilidade social;
• Atuar na gestão e marketing em drogarias, farmácias, farmácias hospitalares,
indústrias de medicamentos, alimentos, cosméticos, fitoterápicos, hospitais,
distribuidoras, laboratórios de análises clínicas e toxicológicas e demais empresas
do ramo farmacêutico;
• Analisar de maneira integrada os fenômenos associados aos medicamentos,
alimentos, cosméticos, correlatos, fitoterápicos, saneantes, domissaneantes,
insumos, produtos obtidos por biotecnologia e nanotecnologia, produtos naturais e
homeopáticos, e sua relação com a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida da
sociedade;
• Discutir a interação entre as diversas áreas de atuação profissional incluindo
análises clínicas, medicamentos, alimentos, cosméticos, toxicologia e demais áreas
afins, com ênfase na promoção da saúde, na melhoria da qualidade de vida e no
bem-estar da humanidade;
• Compreender o papel do farmacêutico na promoção e aplicação de políticas de
saúde, a política nacional de medicamentos e os programas de farmacovigilância
garantindo o acesso da população ao medicamento, em concordância com o
Sistema Único de Saúde (SUS) implantado no Brasil;
• Categorizar os conceitos, métodos e técnicas de investigação epidemiológica,
indicadores de saúde, análise de tendências e riscos em saúde coletiva e vigilância
sanitária, de acordo com os órgãos de regulamentação e fiscalização;
• Atuar no mercado globalizado oportunizado pela Rede Laureate e suas
conexões de intercâmbio observando os preceitos éticos estabelecidos pela
profissão;
• Avaliar e respeitar a realidade social, cultural, religiosa e econômica da
sociedade da qual participa, empenhando-se pessoalmente na sua transformação,
de forma mais justa e menos excludente.
115
A tabela abaixo demonstra os semestres onde são evidenciadas nas unidades
curriculares as Competências e Habilidades dispostas nas Diretrizes Curriculares
(Tabela 6-1).
Tabela 6-1. Competências e Habilidades evidenciadas durante a formação no Curso de
Graduação em Farmácia UniRitter.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES SEMESTRE
GERAIS 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
Atenção à saúde: os profissionais de saúde,
dentro de seu âmbito profissional, devem estar aptos a
desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e
reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto
coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua
prática seja realizada de forma integrada e contínua com
as demais instâncias do sistema de saúde, sendo capaz
de pensar criticamente, de analisar os problemas da
sociedade e de procurar soluções para os mesmos. Os
profissionais devem realizar seus serviços dentro dos
mais altos padrões de qualidade e dos princípios da
ética/bioética, tendo em conta que a responsabilidade da
atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas
sim, com a resolução do problema de saúde, tanto em
nível individual como coletivo;
X X X X X X X X
Tomada de decisões: o trabalho dos
profissionais de saúde deve estar fundamentado na
capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado,
eficácia e custo/efetividade, da força de trabalho, de
medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de
práticas. Para este fim, os mesmos devem possuir
competências e habilidades para avaliar, sistematizar e
decidir as condutas mais adequadas, baseadas em
evidências científicas;
X X X X X X X
Comunicação: os profissionais de saúde devem
ser acessíveis e devem manter a confidencialidade das
informações a eles confiadas, na interação com outros
profissionais de saúde e o público em geral. A
comunicação envolve comunicação verbal, não-verbal e
habilidades de escrita e leitura; o domínio de, pelo
menos, uma língua estrangeira e de tecnologias de
comunicação e informação;
X X X X X X X X X X
116
Liderança: no trabalho em equipe
multiprofissional, os profissionais de saúde deverão estar
aptos a assumirem posições de liderança, sempre tendo
em vista o bem-estar da comunidade. A liderança envolve
compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade
para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento
de forma efetiva e eficaz;
X X X X X X X X X X
Administração e gerenciamento: os
profissionais devem estar aptos a tomar iniciativas, fazer
o gerenciamento e administração tanto da força de
trabalho, dos recursos físicos e materiais e de
informação, da mesma forma que devem estar aptos a
serem empreendedores, gestores, empregadores ou
lideranças na equipe de saúde;
X X X X X X X
Educação permanente: os profissionais devem
ser capazes de aprender continuamente, tanto na sua
formação, quanto na sua prática. Desta forma, os
profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter
responsabilidade e compromisso com a sua educação e
o treinamento/estágios das futuras gerações de
profissionais, mas proporcionando condições para que
haja benefício mútuo entre os futuros profissionais e os
profissionais dos serviços, inclusive, estimulando e
desenvolvendo a mobilidade acadêmico/profissional, a
formação e a cooperação através de redes nacionais e
internacionais.
X X X X X X X X X X
ESPECÍFICAS 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
Analisar, interpretar, comparar, discutir, construir,
tomar decisão e refletir sobre suas atividades
profissionais baseado na ética, no humanismo e nos
valores sociais;
X X X X X X X X X X
Atuar no ramo de alimentos nas áreas de
pesquisa, desenvolvimento, produção, controle de
qualidade, inspeção, registro e marketing, além da
orientação sobre boas práticas alimentares e promoção
de saúde;
X X X X X X X
Atuar no ramo de análises clínicas e toxicológicas
desde a coleta, transporte e a triagem de espécimes
clínicos, assim como na realização, interpretação,
garantia da qualidade e liberação dos resultados e acordo
com as boas práticas profissionais. Ainda, pesquisar,
desenvolver e assessorar reagentes, kits diagnósticos e
tecnologias usados em análises clínicas e toxicológicas;
X X X X X X
Atuar em todas as atividades relacionadas aos
medicamentos como pesquisa, desenvolvimento,
produção, controle de qualidade, validação de processos,
registro, armazenamento, transporte, manipulação,
X X X X X X X X X X
117
dispensação, avaliação de prescrição, orientação
farmacêutica, interações medicamentosas,
acompanhamento farmacoterapêutico,
farmacoepidemiologia, farmacoeconomia, indicações de
medicamentos isentos de prescrição, descarte de
medicamentos etc;
Atuar no ramo de drogarias e farmácias na
montagem, administração, compras, manipulação,
dispensação, gestão da qualidade, controle financeiro,
assistência farmacêutica, prestação de serviços,
assistência farmacêutica, dentre outras;
X X X X X X
Atuar na pesquisa, desenvolvimento, produção,
controle de qualidade, marketing e demais etapas de
processos de cosméticos, produtos de origem
biotecnológica, correlatos, fitoterápicos e demais
produtos associados ao ramo farmacêutico;
X X X X X X X
Atuar em áreas especiais do ramo farmacêutico
como homeopatia, manipulação de produtos veterinários,
sustentabilidade antroposófica e plantas medicinais com
ética, apoiados em fortes valores e responsabilidade
social;
X X X X X X X X
Atuar na gestão e marketing em drogarias,
farmácias, farmácias hospitalares, indústrias de
medicamentos, alimentos, cosméticos, fitoterápicos,
hospitais, distribuidoras, laboratórios de análises clínicas
e toxicológicas e demais empresas do ramo
farmacêutico;
X X X X X X
Analisar de maneira integrada os fenômenos
associados aos medicamentos, alimentos, cosméticos,
correlatos, fitoterápicos, saneantes, domissaneantes,
insumos, produtos obtidos por biotecnologia e
nanotecnologia, produtos naturais e homeopáticos, e sua
relação com a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida
da sociedade;
X X X X X X X X
Discutir a interação entre as diversas áreas de
atuação profissional incluindo análises clínicas,
medicamentos, alimentos, cosméticos, toxicologia e
demais áreas afins, com ênfase na promoção da saúde,
na melhoria da qualidade de vida e no bem-estar da
humanidade;
X X X X X X X X
Compreender o papel do farmacêutico na
promoção e aplicação de políticas de saúde, a política
nacional de medicamentos e os programas de
farmacovigilância garantindo o acesso da população ao
medicamento, em concordância com o Sistema Único de
Saúde (SUS) implantado no Brasil;
X X X X X X X X
Categorizar os conceitos, métodos e técnicas de
investigação epidemiológica, indicadores de saúde, X X X X X X X X X X
118
análise de tendências e riscos em saúde coletiva e
vigilância sanitária, de acordo com os órgãos de
regulamentação e fiscalização;
Atuar no mercado globalizado oportunizado pela
Rede Laureate e suas conexões de intercâmbio
observando os preceitos éticos estabelecidos pela
profissão;
X X X X X X X X X X
Avaliar e respeitar a realidade social, cultural,
religiosa e econômica da sociedade da qual participa,
empenhando-se pessoalmente na sua transformação, de
forma mais justa e menos excludente.
X X X X X X X X X X
Conhecer métodos e técnicas de investigação e
elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos; X X X X X X X X X
Conhecer os fundamentos históricos, filosóficos
e metodológicos da Farmácia e seus diferentes modelos
de intervenção.
X X X X X X X X X X
6.3 FORMAÇÃO FINAL
O Curso de Farmácia do UniRitter está fundamentado na necessidade do
desenvolvimento de competências e habilidades gerais (relacionadas à
prevenção/promoção/proteção/recuperação e reabilitação da saúde, à tomada de
decisões, à comunicação, à liderança, à administração e gerenciamento e à educação
permanente) e habilidades específicas, considerando o contexto econômico, político,
social e cultural em que ocorrem as práticas de saúde em geral e da Farmácia, em
particular.
No processo formativo é destacado o papel do farmacêutico como sujeito de
transformação e como profissional que, tendo uma formação generalista e humanista,
deve atuar integradamente com outros profissionais de forma ética, crítica, reflexiva e
científica, a partir da compreensão dos fatores que circunstanciam as questões sociais
de saúde, em particular da Região Sul do Brasil.
Essa perspectiva traz, em seus fundamentos, as seguintes concepções:
HOMEM: sujeito histórico, compreendido na sua integralidade, ou seja, nas
dimensões bio-psico-social e espiritual, em contínuo processo de interação com
ele próprio e com o meio ambiente, promovendo modificações em si mesmo e
na realidade em que está inserido.
119
SAÚDE-DOENÇA: processo que se desenvolve ao longo do ciclo evolutivo do
homem, como reflexo do processo biológico de desgaste que se manifesta em
nível singular, no indivíduo, família e/ou comunidade, sendo também
influenciado por fatores sociais, políticos, econômicos e culturais que
circunstanciam a vida, e de situações ou potencialidades de risco a que são
submetidos os indivíduos.
FARMÁCIA: prática social que se insere no processo coletivo do trabalho
institucional da saúde, sendo ela própria também coletiva e cooperativa e
desenvolvida por profissionais que devem apresentar qualificações e
competências diferenciadas para atuar com recursos e finalidades específicas
nos processos de prevenção e promoção da saúde, com foco na saúde coletiva
e considerando o perfil epidemiológico da população.
FARMACÊUTICO: profissional com formação generalista, que deve demonstrar
competência técnica, científica e ético política, capacitado a atuar em todos os
níveis de atenção à saúde, tendo como objeto de estudo as ciências
farmacêuticas em todas as suas formas de expressão e potencialidades.
Do ponto de vista didático-pedagógico, especificamente, o processo de formação
do farmacêutico é regido pelos seguintes princípios:
a) Interdisciplinaridade: entendida como atitude que potencializa o diálogo entre
diferentes campos do conhecimento mediante questionamentos, aproximações,
negações ou complementações, devendo ser implementada as estratégias que ampliem
a interação entre as disciplinas do próprio Curso, e entre essas disciplinas e as
integrantes de outros cursos, inclusive com projetos de pesquisa e de extensão comuns.
b) Integralidade: fundamenta a ideia de que são necessárias aproximações
graduais e sucessivas do aluno à compreensão do homem numa perspectiva holística
e ao conhecimento do que é a Farmácia, das ciências que a embasam, de como, onde,
para quê ou para quem trabalha o farmacêutico e qual o seu papel no gerenciar e
investigar, destacando-se as possibilidades de uma prática multiprofissional.
c) Flexibilidade curricular: abrange possibilidades de ampliação e diversificação
do processo formativo do aluno por meio, por exemplo, das atividades complementares,
possibilitando ao discente o acesso a saberes, instrumentos, técnicas e condutas
inerentes às questões clínicas, científicas, filosóficas, éticas, políticas, sociais e culturais
120
implicadas na atuação do farmacêutico. Também sob esse princípio estão o
acompanhamento e avaliação dos conteúdos curriculares, a fim de permitir ajustes
necessários ao aperfeiçoamento do Curso. Além disso, as unidades de ensino eletivas
contribuem para o aperfeiçoamento dos alunos, permitindo a flexibilização da estrutura
curricular e o direcionamento na formação complementar dos alunos em áreas
promissoras e inovadoras.
Viabilizando esses princípios, e tendo à frente a necessidade de construção de
competências gerais que delimitam a atuação do profissional da saúde, e competências
específicas do farmacêutico, desenvolve-se um processo de formação profissional que,
integrada aos demais cursos da área da saúde do UniRitter, estimula o desenvolvimento
intelectual e profissional, autônomo e permanente do aluno.
Com esta linha de atuação, e considerando as políticas e diretrizes do
Sistema Único de Saúde (SUS) e a missão Institucional, a formação do farmacêutico
pelo UniRitter, enfatiza o comprometimento do profissional com a cidadania, com a
humanização do atendimento e com a solução das questões sociais de saúde,
envolvendo as áreas assistencial, administrativa e da investigação científica (Figura
6-6).
6.4 CAMPOS DE ATUAÇÃO DO EGRESSO
Os egressos do curso de Graduação em Farmácia do UniRitter poderão assumir
a prática farmacêutica de promoção, prevenção e recuperação da saúde em diversos
locais de atuação. Tais locais encontram-se divididos em cinco principais eixos de
atuação:
121
Figura 6-6. Alunos do Curso no evento anual de assistência farmacêutica gratuita à
população promovido pelo CRF (Conselho Regional de Farmácia).
- Eixo Assistência Farmacêutica: nesse eixo de atuação, o egresso do curso
de Farmácia do UniRitter poderá trabalhar em farmácias e drogarias públicas
e/ou privadas; distribuidoras, importadoras e transportadoras de
medicamentos e produtos para a saúde, bem como em todo os segmentos
onde os medicamentos são o principal insumo. Dentro da saúde pública, o
profissional poderá atuar em todos os níveis de atenção, fazendo assistência
farmacêutica, desde escolas, creches, estratégias de saúde da família,
unidades básicas de saúde. O egresso também poderá desenvolver funções
dentro da clínica farmacêutica, desenvolvendo ações de atenção
farmacêutica que inclui a coleta de dados, identificação de problemas,
implantação de um plano de cuidado e seguimento do paciente.
- Eixo da Farmácia Clínica e Hospitalar: nesse eixo de atuação, o egresso do
Curso poderá trabalhar em hospitais ou outros serviços de saúde
equiparados, prestando assistência farmacêutica através da administração
farmacêutico hospitalar, da padronização, produção, garantia de qualidade e
dispensação de medicamentos, da atuação como Farmacêutico Clínico e da
participação em comissões, e em outras atividades da equipe
multiprofissional de saúde.
122
- Eixo Análises Clínicas: nesse eixo de atuação, o egresso do curso de
Farmácia do UniRitter poderá trabalhar na realização de exames
laboratoriais e toxicológicos; pesquisa e extensão na área de análises
clínicas e toxicológicas; gerenciamento de laboratórios; planejamento e
gestão em serviços farmacêuticos no setor; atuação como docente em
farmácia bioquímica clínica; magistério superior; na citopatologia; assessoria
e consultoria em análises clínicas e na área de garantia da qualidade em
laboratórios clínicos.
- Eixo Magistral: nesse eixo de atuação, o egresso do curso de Farmácia do
UniRitter poderá trabalhar diretamente na produção magistral de formas
farmacêuticas alopáticas e homeopáticas, bem como cosméticos de uso
humano e veterinário. Capacita para o controle de qualidade em nível
magistral, regulamentação da cadeia de produção e atenção farmacêutica.
- Eixo Indústria de Alimentos e/ou Medicamentos: nesse eixo de atuação, o
egresso do curso de Farmácia do UniRitter poderá trabalhar em toda a
cadeia de produção, pesquisa e garantia da qualidade de medicamentos,
cosméticos e alimentos de uso humano e veterinário. Além disso, esse eixo
capacita o aluno para o desenvolvimento de novos produtos e
regulamentação da indústria farmoquímica, de produtos hospitalares e
nanotecnológicos.
Cabe salientar que além de cada eixo de atuação contextualizado acima, o
egresso poderá fazer uso de outras potenciais áreas compreendidas durante o seu
processo de formação. Por exemplo, será oportunizado ao aluno unidades de ensino
eletivas cuidadosamente elencadas visando o próspero mercado de atuação do
farmacêutico, como Farmácia Oncológica, Estética, Ciências Forenses e Perícia
Criminal, Citologia Clínica e Farmácia Veterinária.
Nesse processo de formação do egresso, o currículo do curso de Farmácia do
UniRitter abrange três ciclos de formação com o objetivo de formar profissionais mais
capacitados para atuar nesses diferentes campos de atuação. Esses ciclos de formação
são (Tabela 6-2):
Formação geral: inclui estudos que possibilitam ao discente efetuar uma leitura
crítica da realidade, instrumentalizar-se para compreender, comunicar-se e agir
123
cientificamente diante das questões que lhe são apresentadas. As unidades
curriculares deste ciclo são unidades de ensino integrativas, cujos conteúdos
devem ser tratados de forma articulada com os cursos de uma mesma área.
Básico Profissionalizante: abrange unidades curriculares comuns a uma
determinada área e outras específicas de determinado curso. É objetivo deste
ciclo, a constituição de uma base de conhecimentos inerentes à formação do
profissional de cada área, devendo ser observadas, simultaneamente, as
possibilidades de um tratamento interdisciplinar e a necessidade do atendimento
às especificidades de uma dada profissão.
Profissionalizante: congrega as unidades curriculares específicas de cada
curso, de forma que sejam viabilizados estudos e práticas em um crescente nível
de complexidade, chegando-se às especificidades de uma profissão.
7. ESTRUTURA CURRICULAR
A opção por uma proposta pedagógica diferenciada tem por finalidade o
engajamento acadêmico e assistencial no processo de mudança, incluindo o
envolvimento discente no processo de ensino aprendizagem, a inserção de conteúdos
e práticas relativas à saúde e a ampliação das parcerias, com expansão das atividades
práticas para além da sala de aula.
Esta mudança metodológica vem superando limites, integrando as unidades
curriculares e desenvolvendo experiências complementares da aprendizagem.
Gradativamente, o processo ensino-aprendizagem vem evoluindo no sentido de ampliar
referenciais teóricos e de desenvolver situações de aprendizagem que articulam teoria
e prática, tendo por base uma postura reflexiva e propositiva acerca de questões
assistenciais e de gestão vivenciadas em diferentes situações.
124
Tabela 6-2. Distribuição das Unidades Curriculares do Curso de Farmácia UniRitter por Ciclo de
Formação.
CICLO DE FORMAÇÃO
GERAL
CICLO BÁSICO
PROFISSIONALIZANTE
CICLO
PROFISSIONALIZANTE
Semestre Unidade
Curricular (CH) Semestre
Unidade
Curricular (CH) Semestre
Unidade
Curricular (CH)
1º
Desenvolvimento
Humano e Social
(88h)
1º
Processos
Biológicos
(132h)
Estrutura e
Função Humana
(132h)
Fundamentação
Química
(66h)
1º
2º
Estilo de Vida,
Saúde e Meio
Ambiente (88h)
2º
Mecanismos de
Agressão e
Defesa I (66h)
Sistemas
Corporais
(99h)
Química
Orgânica (99h)
2º
Práticas em
Farmácia
(66h)
Ética e
Profissionalismo
(33h)
3º 3º
Terapêutica
Medicamentosa
(66h)
Mecanismos de
Agressão e
Defesa II (66h)
Físico-Química
(66h)
Fundamentos de
Nutrição (88h)
3º
Assistência
Farmacêutica
(66h)
Estágio
Supervisionado I
(66h)
125
4º
Metodologia
Científica
(88h)
4º 4º
Química Analítica
(132h)
Farmácia
Magistral e
Cosmetologia
(132h)
Farmacognosia
(66h)
5º 5º
Saúde Coletiva
(88h)
Química
Farmacêutica e
Farmacodinâmica
(99h)
5º
Análises Clínicas
I
(99h)
Biotecnologia de
Produtos
Farmacêuticos
(66h)
Bioquímica de
Alimentos
(66h)
6° 6°
Programa de
Integração Saúde
Comunidade
(66h)
6°
Farmacoterapia
(66h)
Análises Clínicas
II
(99h)
Análises
Toxicológicas e
Ambientais
(66h)
Estágio
Supervisionado II
(99h)
7°
Bioestatística e
Epidemiologia
(88h)
7° 7°
Tecnologia
Farmacêutica
(99h)
Farmácia Clínica
e Hospitalar
(99h)
Estágio
Supervisionado
III
(99h)
126
8° 8° 8°
Trabalho de
Conclusão de
Curso I
(33h)
Terapias
Integrativas e
Complementares
(66h)
Controle de
Qualidade de
Produtos
Farmacêuticos e
Cosméticos
(99h)
Estágio
Curricular IV
(132h)
9°
Educação e
Comunicação
em Saúde
(88h)
9° 9°
Deontologia e
Legislação
Farmacêutica
(66h)
Optativa (88h)
Estágio
Curricular V
(213h)
10°
Gestão em
Serviços de
Saúde
(88h)
10° 10°
Trabalho de
Conclusão de
Curso II
(33hs)
Estágio
Curricular Vi
(213h)
ATIVIDADES COMPLEMENTARES – 120 HORAS
7.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA CONSTRUÇÃO CURRICULAR
A estrutura do Curso de Farmácia, seguindo orientações Institucionais, e
mantendo o que preconizam as DCNs, organiza sua matriz curricular de forma a atender
127
os requisitos exigidos pelo MEC em manutenção do padrão de qualidade do profissional
formado pelo UniRitter.
Nossa proposta curricular se caracteriza principalmente pela
interdisciplinaridade, buscando atingir níveis máximos de aprendizado, através de
processos integrados de ensino, pesquisa/iniciação científica, extensão e ação
comunitária. A estrutura curricular é composta de disciplinas, distribuídas de acordo com
a complexidade de cada uma e, ao mesmo tempo agrupadas, segundo as
características complementares e comuns que apresentam entrem si. A integralização
curricular se complementa com a oferta de Estágios Supervisionados, Trabalhos de
Conclusão de Curso, Disciplina Optativa e Atividades Complementares em suas áreas
de atuação.
Com isto, o Curso fortalece sua identidade e a formação do discente e enfatiza
aspectos humanísticos e crítico-reflexivos da profissão e os diferentes modelos de
intervenção, de forma que possa o futuro profissional possa atuar em todos os níveis de
atenção a saúde da população individual e coletivamente, com base no rigor científico
e intelectual.
Seguem alguns pontos que servem como base para esta estrutura:
I - Currículo Integrado: a organização dos conteúdos encontra-se de forma
interdisciplinar, sendo relacionada a grade curricular e a realidade, a relação entre os
conteúdos para a compreensão e intervenção na sociedade, sendo exigida uma
capacidade para trabalhar em equipe, tomada de decisões, e enfrentar situações em
constantes transformações. O ensino está centrado na perspectiva dialética teoria-
prática, assim a educação parte do mundo do trabalho. As experiências vividas num
determinado cenário de ensino-aprendizagem, nos serviços de saúde e/ou na
comunidade, estimula a prática profissional de forma reflexiva e articula a compreensão
do currículo como objeto social, construindo, portanto significado ao fazer do
farmacêutico, desenvolvendo assim a construção do conhecimento articulado às
contínuas aproximações da realidade, a partir da compreensão sobre o que está
ocorrendo e o que o acadêmico pode fazer com os problemas identificados, como pode
intervir numa dada realidade enquanto profissional farmacêutico em formação.
II - Interdisciplinaridade: entendida como atitude que potencializa o
desenvolvimento integrado de atividades é realizado dentro dos eixos onde as unidades
que seguem uma mesma linha unem-se para integralização do conhecimento sendo
128
potencializadas pelas diferentes percepções das diversas áreas, isso ocorre dentro do
curso e em conjunto com os demais cursos da área da saúde, na perspectiva de melhor
instrumentalizar o acadêmico para a sua prática profissional, enfatizando-se o trabalho
interprofissional uma vez que a percepção de outros colegas dentro de unidades
curriculares compartilhadas tornam-se estímulos contínuos. Pressupõe o diálogo entre
os saberes das ciências farmacêuticas e de outros campos do conhecimento que lhe
sejam afins.
III - Articulação teoria-prática: estimulada mediante atividades teóricas,
teórico-práticas, rotações práticas e clínicas e estágios obrigatórios, colocando o
acadêmico em contato com situações inerentes às futuras atividades profissionais. O
curso desenvolve atividades práticas profissionais desde o primeiro semestre. Um
projeto que articula a teoria e a prática e que contempla a interdisciplinaridade é o
Projeto da Horta Medicinal Caseira. Nesta atividade, os alunos das unidades de ensino
Terapêutica Medicamentosa (Bloco Fundamentação) e Farmacognosia (Bloco Práticas
e Habilidades) trouxeram mudas de plantas potencialmente medicinais, as cultivaram
em pequenos vasos, fizeram a classificação farmacobotânica, orientação
farmacológica, dentre outros conceitos, e as plantaram em suas casas como a primeira
planta da horta medicinal caseira. No final do semestre, os alunos relataram a
experiência e apresentaram as outras plantas que já estavam cultivando. Este projeto
baseado na metodologia Aprendizado Orientado a Projetos, incentivou a implantação
do Horto Medicinal da Farmácia localizado no campus e que é utilizado como rotação
prática e como projetos de extensão (Figura 7-1).
129
Figura 7-1. Exposição de Plantas Medicinais cultivadas em hortas medicinais caseiras.
Projeto interdisciplinar e teórico-prático.
IV - Integralidade: fundamenta a ideia de que são necessárias aproximações
graduais e sucessivas do aluno à compreensão do homem numa perspectiva holística
e ao conhecimento do que é a farmácia, das ciências que a embasam, de como, onde,
para quê ou para quem trabalha e qual o papel do farmacêutico no cuidar, gerenciar,
ensinar, investigar, como também a possibilidade de uma prática multiprofissional.
V - Flexibilidade curricular: confere ao curso a possibilidade de tratamento
diversificado dos vários conteúdos, possibilitando ao discente o acesso a saberes,
instrumentos, técnicas e condutas inerentes às questões clínicas, científicas, filosóficas,
éticas, políticas, sociais e culturais implicadas na atuação do farmacêutico. Além disto,
flexibiliza-se ao aluno do Curso o conhecimento de outras áreas de atuação do
farmacêutico oportunizando as disciplinas eletivas.
7.2 DESCRIÇÃO DOS BLOCOS DE CONHECIMENTO
A estrutura curricular do Curso de Graduação em Farmácia do UniRitter
acompanha a proposta pedagógica, através da adoção de um modelo onde as unidades
curriculares estão distribuídas em nove blocos de conhecimento (Figura 7-2). Assim, a
integração entre as unidades de ensino é evidente e o sinergismo é observado na grade
curricular, sustentada por estes blocos.
130
Figura 7-2. Blocos de conhecimento que compõem a estrutura curricular do Curso de
Farmácia do UniRitter.
Acompanhando esta proposta pedagógica adota-se um modelo onde as
unidades curriculares estão distribuídas em blocos de conhecimento: Comportamento e
Sociedade, Fundamentação Biológica, Estrutura e Função, Prática e Habilidades,
Gestão e Saúde Coletiva, Eletivas, Práticas Complementares, Pesquisa e Estágios
Curriculares Supervisionados. Assim, a integração entre as unidades curriculares é
evidente e o sinergismo é observado na grade curricular, sustentada por estes blocos
(Figura 7-3). Além disto, os alunos desenvolvem habilidades práticas profissionais
desde o primeiro semestre do curso em setores supervisionados, o que lhes coloca em
contato com o ambiente profissional desde cedo.
O conhecimento básico está organizado por órgãos e sistemas, desta forma, os
estudantes podem aprender num sistema sobre anatomia, histologia, fisiologia,
bioquímica, biofísica, patologia e farmacologia numa mesma unidade curricular,
relacionando-o com as áreas clínicas pertinentes.
Os docentes são estimulados a trabalhar situações da realidade profissional, por
meio de grandes temas, estudos de casos ou em ações que interfiram diretamente em
ambientes reais de atuação profissional por meio da resolução de problemas. O curso
de Farmácia do UniRitter prima pela busca incansável da articulação entre a teoria e a
prática, utilizando, por exemplo, a simulação nas mais diversas situações, facilitando e
legitimando um inovador processo de ensino aprendizagem na área das ciências
farmacêuticas.
131
A estrutura curricular do Curso está organizada, em consonância com os
conteúdos essenciais exigidos pelas DCNs do Curso de Farmácia:
Ciências Exatas.
Ciências Biológicas e da Saúde.
Ciências Humanas e Sociais.
Ciências Farmacêuticas.
A estrutura curricular está distribuída em blocos de conhecimento, que valoriza
a integração e a complexidade dos conteúdos, projetos e atividades, diminuindo as
chances de o aprendizado se dar de forma superficial e compartimentado.
Figura 7-3. As unidades curriculares do Curso de Farmácia do UniRitter distribuídas em
blocos de conhecimento, currículo 3.
132
8. CONTEÚDOS CURRICULARES
8.1 BLOCO FUNDAMENTAÇÃO (726H)
O bloco é composto pelas unidades curriculares com conteúdos integrados, a
fim de levar o aluno à compreensão totalitária, sem que haja a “compartimentalização
do saber”, relacionando os conteúdos inerentes ao estudo dos seres vivos, enfocando
a biologia da célula e relacionando-os com as áreas clínicas. As unidades curriculares
que fazem parte deste bloco são:
Processos Biológicos: Aborda de maneira integrada a organização,
estrutura e função dos seres vivos com ênfase nos componentes
celulares e moleculares, discutindo a dinâmica das principais vias
metabólicas e a transmissão das informações genéticas.
Agressão e Defesa: Aborda os mecanismos de virulência dos organismos
patogênicos (bactérias, fungos, vírus e parasitos) e sua interação com o
sistema imune na manutenção da saúde e no processo de doença.
Terapêutica Medicamentosa: Aborda os conceitos de formas
farmacêuticas e vias de administração, de farmacocinética e
farmacodinâmica relacionados com a biodisponibilidade do
medicamento, sua posologia, e interações medicamentosas. Interage de
modo interdisciplinar com as unidades curriculares de Homeostase,
Farmacognosia, Terapêutica Medicamentosa Integrada, Sistemas
Corporais, Química Farmacêutica, Interação Clínico Patológica, dentre
outras.
Processos Metabólicos: Integra os conhecimentos de bioquímica numa
compreensão integrada do metabolismo relacionado com estados
fisiológicos e patológicos. Relaciona-se com as unidades curriculares de
Processos Biológicos, Morfologia Humana, Homeostase, Agressão e
Defesa, Análises Clínicas I, dentre outras.
Destacam-se neste bloco as disciplinas de química, como Fundamentação
Química Aplicada à Biociências, Química Orgânica, Físico-Química aplicada às
Ciências Farmacêuticas e Química Analítica, que são a base do conhecimento
farmacêutico. Tais unidades curriculares possuem atividades interdisciplinares, como
133
rotações práticas, com outras unidades curriculares como Farmacognosia,
Farmacotécnica I e II e Cosmetologia e Tecnologia dos Cosméticos, por exemplo.
8.2 BLOCO DE ESTRUTURA E FUNÇÃO (399 H/AULA)
Nos mesmos moldes do bloco Fundamentação, o bloco Estrutura e Função inclui
unidades de ensino que dão uma visão geral do funcionamento orgânico e agrega as
seguintes unidades curriculares:
Morfologia Humana: aborda os aspectos da estrutura dos órgãos que
compõe o corpo humano de modo a desenvolver a integração de
conhecimentos estruturais e funcionais para a compreensão do
organismo normal, das variações e das relações tridimensionais.
Homeostase: aborda, de forma crítica e reflexiva, os aspectos funcionais
dos órgãos e os mecanismos pelos quais interagem com os demais
sistemas na manutenção da homeostase. Integra os conteúdos
referentes a fisiologia, antes fragmentados em várias unidades
curriculares;
Sistemas Corporais: relaciona os principais sistemas do organismo
humano associando as patologias mais recorrentes da região. A Mostra
de Sistemas Corporais é o fechamento da unidade curricular numa
integração com Homeostase e Terapêutica Medicamentosa;
Interação Clínico Patológica: a unidade curricular encerra o bloco
Estrutura e Função com uma abordagem mais prática do que teórica,
integrando os conteúdos contemplados anteriormente. Fornece uma
visão geral da prescrição farmacológica baseada em evidências clínicas
e correlações patológicas. As rotações clínicas evidenciam o
aprendizado adquirido no bloco e embasam o estudante que neste
momento já está no quarto semestre do Curso.
8.3 BLOCO COMPORTAMENTO E SOCIEDADE (171 H/AULA)
O bloco traz a discussão das relações humanas, do comportamento nos diversos
contextos e através de diversas abordagens teóricas e práticas, das questões técnicas,
134
éticas, políticas e sociais e sua interação com a saúde e a qualidade de vida, a educação
e direitos humanos.
A consciência social, humanística, ética e de cidadania são abordagens
distribuídas em todas as unidades curriculares, por ser de responsabilidade de todos os
educadores.
Neste contexto, a educação está presente numa variedade de realidades sociais
do aprendizado, tais como, serviço à comunidade, onde se aprende também a
racionalização e simplificação do trabalho, campanhas de educação em escolas,
creches, educação da comunidade, centros esportivos, clubes e todas as interações
sócio educacionais com a comunidade.
Nestas situações de relação interpessoal, o acadêmico é estimulado a criar um
grau de consciência de forma a estimular os valores éticos e bioéticos, por meio das
seguintes unidades curriculares:
Comunicação e Expressão: parte da interpretação e análise de textos dos
diferentes gêneros, a fim de promover a reflexão sobre linguagem oral e
escrita, e sobre estruturas e mecanismos de coesão e coerência. Aborda
o processo comunicativo e as variadas formas de comunicação.
Aspectos técnicos da língua portuguesa: recursos linguísticos para o
auxílio na comunicação. Especificidades da comunicação oral.
Metodologias para apresentação de ideias, apresentação pessoal e de
trabalhos.
Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente: aborda a diversidade cultural e
alteridade nas sociedades complexas e suas repercussões no estilo de
vida, bem-estar, beleza, funcionalidade, corporeidade, qualidade de vida,
saúde e meio ambiente.
Desenvolvimento Humano e Social: Aborda, o homem e o conhecimento:
religião, senso comum, arte, ciência, filosofia, a contextualização dos
sujeitos e grupos na atualidade. Ser humano como produto e produtor de
subjetividades. O homem e o espaço geográfico: o meio natural, o meio
técnico, o meio técnico-cientifico-informacional. As mudanças da vida
humana nos espaços sociais, rurais e urbanos. O homem e a evolução
tecnológica nas transformações das sociedades: as tecnologias
artesanais, industriais, analógicas e digitais. Os desafios humanos na
sociedade do conhecimento.
135
Bioética e Legislação Farmacêutica: apresenta os antecedentes
históricos e a legislação vigente da farmácia e as ferramentas que
sustentam a ética na prática profissional, contextualizando a observação
em campo da aplicação destas ferramentas. Aborda o Código de Ética e
legislação dos Profissionais Farmacêuticos, considerando as dimensões
sociopolíticas, as relações multiprofissionais e interpessoais, o exercício
de cidadania e o respeito às diversidades. Bem como os princípios
norteadores para promoção do bem da vida e a responsabilidade da
assistência universal, equânime e integral, pautada na legislação.
8.4 BLOCO GESTÃO E SAÚDE COLETIVA (228 HORAS/AULA)
O bloco de Gestão em Saúde e Saúde Coletiva contempla o estudo das políticas
organizacionais e administrativas relacionadas à Saúde. Trata dos conteúdos
relacionados ao Sistema Único de Saúde, legislações, política, filosofia, programas
comunitários e interdisciplinares. Contempla ações e estratégias profissionais voltadas
para prevenção e assistência. Também aborda os conteúdos relacionados ao sistema
de qualidade em farmácias, indústrias e laboratórios, enfocando à prática farmacêutica.
Fazem parte deste bloco as seguintes unidades curriculares:
Saúde Coletiva: enfatiza os princípios e conceitos de Saúde Coletiva,
incorporando o conhecimento sobre o Sistema Único de Saúde, modelos
de atenção à saúde, determinantes sociais e medidas de prevenção e
controle de doenças e agravos. Desenvolve reflexões sobre práticas de
saúde, considerando suas dimensões históricas, teórico-conceituais e
organizacionais.
Programa Interdisciplinar Comunitário (PIC): tem como objetivo orientar
e ajudar o acadêmico da saúde na sua formação pessoal, social e
profissional, contribuindo para o seu crescimento como cidadãos éticos e
comprometidos com a saúde e o bem-estar da humanidade. Investe na
construção de competências, habilidades e valores relativos à melhoria
da qualidade vida do indivíduo e da comunidade. De maneira inovadora,
propõe que os cursos da Faculdade de Saúde, desenvolvam em
conjunto, um programa totalmente voltado para a comunidade com ação
promotora de saúde, sensibilizando-os e conscientizando-os do seu
papel profissional e social.
136
Bioestatística e Epidemiologia: aborda os conceitos de bioestatística e
epidemiologia e sua aplicação.
Gestão e Empreendedorismo: discute temas de gestão em saúde
relacionados ao planejamento de uma unidade de negócios, assim como
o gerenciamento de recursos humanos, físicos e financeiros. Enfatiza a
necessidade do empreendedorismo que se consolida como um campo
promissor ao profissional farmacêutico que deve saber gerenciar seus
recursos humanos, físicos e financeiros.
Montagem e Gestão de Drogarias: aborda conceitos básicos de
administração, economia e marketing instrumentalizando o egresso
a conduzir o seu próprio negócio. Trata dos aspectos legais e estruturais
para a abertura de drogaria e desenvolve os conceitos de liderança,
pautadas nos preceitos da ética e da lei, sempre visando a saúde e o
bem-estar do indivíduo.
8.5 BLOCO PRÁTICAS E HABILIDADES (1653 H/AULA)
O bloco de Práticas e Habilidades traz a formação profissionalizante não
somente com ênfase à tecnologia sofisticada, mas também à realidade de atuação do
profissional, com espírito crítico, criativo e aberto para a eventual absorção de novas
técnicas. Alinhado com as DCNs (2002), o curso de Graduação em Farmácia do
UniRitter desenvolve uma formação essencialmente generalista. Cada semestre é
contemplado com pelo menos uma unidade curricular do bloco Prática e Habilidades,
como por exemplo, no primeiro semestre, Princípios Farmacêuticos, e no último
semestre, Biotecnologia e Nanotecnologia de Produtos Farmacêuticos. Este bloco é o
que possui maior número de unidades de ensino, o que enriquece o curso em termos
de conhecimentos específicos da profissão.
As unidades curriculares estão em sua maior partem localizadas no bloco de
práticas e habilidades, definindo práticas essenciais para a formação do acadêmico.
Propicia a integração dos conhecimentos teóricos adquiridos ao longo das unidades
curriculares contempladas previamente. Oportuniza ao acadêmico vivenciar e as
atividades, tarefas e atribuições da sua futura profissão.
Este bloco é composto pelas seguintes unidades curriculares:
Princípios Farmacêuticos: abrange o conhecimento das especificidades
da profissão do farmacêutico conhecendo as condutas e intervenções
137
contextualizando o papel do farmacêutico nas diversas áreas de atuação.
Aborda as principais normas de biossegurança em laboratórios,
introdução aos cálculos farmacêuticos.
Desenvolvimentos de Fármacos: Aborda conhecimentos teórico-práticos
da cadeia de inovação e produção de novos fármacos e medicamentos.
Trata o fármaco desde os processos básicos de obtenção de novas
moléculas até os testes clínicos para liberação pelos órgãos
responsáveis.
Farmacognosia: aborda o conhecimento (botânico, químico e
farmacológico) da matéria-prima de origem vegetal para fins
farmacêuticos, científicos e legais. Utiliza o Horto Medicinal do Curso de
Farmácia como campo para rotações práticas.
Terapêutica Medicamentosa Integrada: trata das classes farmacológicas
mais utilizadas na atualidade.
Farmacotécnica I: introduz aos alunos os conceitos e cálculos
farmacêuticos aplicados em Farmacotécnica incluindo as Boas Práticas
de Manipulação (BPM), aprofundando as técnicas de manipulação de
formas farmacêuticas líquidas.
Farmacotécnica II: aborda os ensinamentos teórico-práticos para
planejamento, delineamento e manipulação de formas farmacêuticas
magistrais (líquidas, sólidas e semi-sólidas).
Análises Clínicas I: trata da bioquímica clínica no âmbito do diagnóstico
clínico-laboratorial;
Análises Clínicas II: aborda os métodos e procedimentos de coleta,
transporte e processamento de amostras clínicas para o diagnostico
parasitológico e microbiológico das infecções humanas, além da
avaliação da sensibilidade aos antimicrobianos. Nos treinos de
habilidades caberá realizar a execução, interpretação de resultados e
redação de laudos de exames microbiológicos e parasitológicos.
Análises Clínicas III: aborda a compreensão e a aplicação dos
conhecimentos relacionados às mais diversas técnicas laboratoriais
envolvidas no diagnóstico clínico in vitro na área da imunologia e
hematologia clínica, aplicando os demais conhecimentos adquiridos nas
outras unidades de ensino de forma ampla na construção do
conhecimento.
138
Análises Toxicológicas e Ambientais: aborda o estudo das características
dos efeitos tóxicos, avaliação toxicológica, toxicologia de medicamentos,
ocupacional, de alimentos, social, dopagem e ambiental. Principais
processos poluentes e sua influência sobre os fatores bióticos e abióticos,
utilização de bioindicadores ambientais. Diagnóstico ambiental e estudo
de impactos ambientais. Gerenciamento ambiental e de resíduos.
Análises de água, de efluentes e do solo.
Práticas Farmacêuticas em Saúde Pública: contempla o papel do
farmacêutico nas ações e políticas articuladas pelo Sistema Único de
Saúde. Enfatiza o trabalho em equipes multi, inter e transdisciplinares e
a comunicação nos diferentes níveis de cuidado e com diferentes atores.
Química Farmacêutica: trata da constituição química e farmacodinâmica
das principais classes de fármacos utilizados em terapêutica, abordando
o desenvolvimento de fármacos desde a sua concepção. Capacita para
síntese, identificação e análise de impurezas em fármacos.
Tecnologia Farmacêutica I: Aborda o conhecimento do processo
industrial farmacêutico, através do conhecimento da estrutura industrial,
operações unitárias industriais e produção/desenvolvimento tecnológico
de formas farmacêuticas sólidas e líquidas.
Tecnologia Farmacêutica II: Trata do conhecimento do processo
industrial farmacêutico e operações unitárias relativas à produção de
formas farmacêuticas estéreis, desenvolvendo conceitos como
caracterização de áreas limpas e boas práticas de fabricação.
Assistência Farmacêutica: é caracterizada por ações articuladas entre si,
que são executadas em uma ordem sequencial que engloba o conjunto
de práticas voltadas à saúde individual e coletiva, tendo o paciente como
foco, visando a promoção, prevenção e recuperação da saúde.
Farmácia Clínica e Hospitalar: aborda juntamente com o estágio
obrigatório na área a rotina nos diversos setores da Farmácia Hospitalar.
Unidade curricular interdisciplinar, possui atividades de simulação,
práticas com estações de aprendizagem em conjunto com a
Enfermagem;
Controle de Qualidade: trata da garantia de qualidade de medicamentos
e cosméticos, abordando técnicas de análises utilizadas em nível
139
industrial e em laboratório de controle de qualidade, observando a
legislação vigente;
Análises de Alimentos: aborda os procedimentos utilizados na análise de
alimentos;
Tecnologia de Alimentos: trata da rotina utilizada na indústria alimentícia
com foco no controle de qualidade na produção de alimentos;
Biotecnologia e Nanotecnologia de Produtos Farmacêuticos: trata dos
conceitos básicos sobre a utilização de sistemas nanoparticulados para
a vetorização de fármacos, utilizando os conceitos de biotecnologia para
a produção e entendimento do mecanismo de ação destas estruturas.
Seminário Integrativo I e II, inseridos nos últimos dois semestres da
matriz curricular e baseado no uso do “Estudo de Casos” como
metodologia ativa de ensino-aprendizagem. São trabalhadas com
situações reais do exercício profissional em saúde, associando
diretamente o conhecimento à ação por meio da resolução de problemas.
Os casos são selecionados com o apoio dos professores do curso e
estruturados para atender conceitos pedagógicos como aprendizagem
significativa, colaborativa, interdisciplinar, crítica, humana, reflexiva e
investigativa (“aprender a aprender”). O objetivo é a formação de um
profissional crítico e reflexivo, apto para realizar a tomada de decisão
fundamentada em sólida formação acadêmica e científica, ancorada nos
domínios “cognitivo – saber, psicomotor – saber fazer e socioafetivo –
saber ser”. A discussão de ética e valores está presente em todos os
“casos”, onde o estudante deverá analisar a situação na integralidade,
sempre com uma visão biopsicossocial do problema.
8.6 BLOCO DE PRÁTICAS COMPLEMENTARES (133 H/AULA)
O bloco das Práticas Complementares aborda as unidades curriculares com forte
diferencial no mercado de trabalho farmacêutico:
Homeopatia: dentro das Práticas Complementares e Integrativas, que
trata de estudos práticos e aplicação dos recursos farmacêuticos que
abrangem o universo dos diversos tipos de terapias alternativas
existentes. A unidade de ensino trata os conceitos básicos de
140
Farmacotécnica Homeopática e das Boas Práticas de Manipulação em
Homeopatia, através de ensinamentos teórico-práticos.
Cosmetologia e Tecnologia dos Cosméticos: aborda os ensinamentos
teórico-práticos para planejamento, delineamento e manipulação de
formas cosméticas, bem como as Boas Práticas de Fabricação
Cosmética.
8.7 ESTÁGIOS CURRICULARES SUPERVISIONADOS (855 H/RELÓGIO)
O bloco dos Estágios Curriculares Obrigatórios é um elemento essencial para a
consolidação final da articulação entre a formação teórica e a prática profissional, que
foi iniciada no primeiro semestre. Este bloco assegura que a carga horária total de
Estágios esteja de acordo com o disposto nas DCNs (2002), que exige um mínimo de
20% da carga horária total do curso nesta modalidade.
Da mesma forma que o bloco de Práticas e Habilidades e seguindo as
recomendações das DCNs (2002), que preconiza a formação generalista, o curso de
Graduação em Farmácia do UniRitter oportuniza ao aluno o estágio nas cinco principais
áreas de atuação do farmacêutico), de acordo com os requisitos dispostos na
Regulamento de Estágio.
Sendo assim, fazem parte deste bloco as seguintes unidades curriculares:
Estágio Curricular Obrigatório I: Assistência Farmacêutica;
Estágio Curricular Obrigatório II: Farmácia Clínica e Hospitalar;
Estágio Curricular Supervisionado III: Análises Clínicas e Toxicológicas;
Estágio Curricular Supervisionado IV: Farmácia Magistral;
Estágio Curricular Supervisionado V: Indústria de Medicamentos e
Alimentos.
Nestas fases os alunos são supervisionados por um farmacêutico docente e são
avaliados por instrumentos próprios. Durante o período de estágio curricular, está
previsto atividades de discussão de casos, embasamento científico, treino de práticas e
habilidades e cenários simulados no UniRitter. O processo avaliativo abrange aspectos
quantitativos e qualitativos (avaliando os conhecimentos, as habilidades e as condutas
141
do aluno), sendo o discente constantemente orientado para superar as suas deficiências
e estimulado a fortalecer suas potencialidades. A avaliação 360º é um item a ser
implantado nas avaliações de estágio ainda em 2017. Esta avaliação será mais um
diferencial nas avalições de estágio pois teremos o feedback do supervisor local, do
supervisor docentes, a auto-avaliação do aluno e o retorno do paciente atendido no
local, quando for adequado ao campo de estágio.
8.8 BLOCO PESQUISA (38 H/AULA + 114 H/RELÓGIO)
Este bloco incentiva o desenvolvimento de um Trabalho de Conclusão de Curso
que nasce das experiências propiciadas pelas atividades ao longo do curso e finaliza
com os estágios supervisionados. O incentivo à pesquisa ocorre ao longo do curso por
meio da iniciação científica e das atividades que estimulam a capacidade crítica, para
ler e interpretar textos científicos. Fazem parte deste bloco as unidades curriculares:
Introdução ao Trabalho Científico: aborda a metodologia do trabalho e do
conhecimento científico: conceitos, características e formas de produção
e organização do raciocínio.
Trabalho de Conclusão de Curso I e II: as unidades de ensino subsidiam
o desenvolvimento de investigação científica visando à consolidação dos
conhecimentos adquiridos sobre temas relevantes para as ciências da
saúde e a divulgação dos resultados encontrados em eventos científicos
da área.
No bloco das unidades curriculares eletivas, os acadêmicos têm a possibilidade
de adquirir outras competências por meio das duas unidades curriculares alocadas no
terceiro e nono semestres. Estas unidades têm por objetivo flexibilizar o currículo
permitindo, assim como ocorre nas atividades complementares, que o aluno busque
conhecimento em outras áreas promissoras, de acordo com o interesse individual. As
eletivas permitem também que assuntos fundamentais como, políticas de educação
ambiental, direitos humanos, étnico-raciais, história e cultura afro-brasileira, africana e
indígena, possam ser fortalecidos na formação do estudante além de permearem de
modo transversal por todas as unidades curriculares independente do momento do
curso.
142
Estas discussões sobre blocos de conhecimento dentro do currículo do curso
valorizam a integração e a complexidade de conteúdos, projetos e atividades, no lugar
do conhecimento compartimentado em disciplinas. Pensamos e agimos de forma a
integrar os conteúdos neles explorados, a fim de que temas transversais possam
permear em todas as unidades curriculares, tais como ética, atitude profissional,
empreendedorismo, profissional do futuro, mercado de trabalho, cidadania, sociedade,
entre outros de igual relevância. A estrutura curricular não demonstra todo o potencial
do curso, mas parte dele, pois as ações desenvolvidas dentro e fora da sala de aula
complementam a formação do futuro profissional.
Assim, o projeto pedagógico do Curso de Farmácia está voltado para estimular
o desenvolvimento do indivíduo em sua totalidade, por meio do conhecimento, da busca
de sua identidade e de sua realização pessoal e profissional. Busca transformar o
estudante num cidadão socialmente comprometido, detentor de competência
tecnológica, formador de opiniões, crítico e capaz de enfrentar os desafios, buscando
soluções inovadoras e que possa contribuir para o crescimento de si próprio e da
comunidade, promovendo a melhora da qualidade de vida das pessoas.
O currículo também atende às DCNs (2017), com Atividades Complementares
que totalizam 120 horas, as quais o acadêmico pode fazer ao longo do curso conforme
regulamento.
A Tabela 8-1 mostra os componentes curriculares, créditos e cargas horárias
separadamente e a Tabela 8-2 evidencia as cargas horárias distribuídas de acordo com
os blocos curriculares. Cabe salientar que a Figura 8-1 mostra a estrutura curricular em
forma de espiral com os blocos de conhecimento interligados, nos quais acontece a
construção pessoal e profissional de acordo com o avanço do semestre. Já a Figura 8-
2 demonstra a estrutura de forma vertical com os pré-requisitos de cada unidade
curricular.
Tabela 8-1. Componentes Curriculares e Carga Horária do Curso de Farmácia.
COMPONENTES CURRICULARES CARGA HORÁRIA (HORAS)
Unidades Curriculares 3091
Estágio Curricular Supervisionado 822
Trabalho de Conclusão de Curso 66
143
Atividades Complementares 120
TOTAL 4099
Tabela 8-2. Cargas Horárias distribuídas de acordo com os blocos curriculares.
9. METODOLOGIA
9.1 MODELO ACADÊMICO LAUREATE PARA ENSINO EM SAÚDE
A Educação Superior pautada em abordagens tradicionais de aprendizagem
abre espaço para um novo conceito educacional. Entra em evidência a aprendizagem
baseada em competências, centrada no estudante, com o docente como facilitador,
respeitando os princípios andragógicos de aprendizagem. Faz-se, assim, necessário o
desenvolvimento de atividades que tenham algum sentido para o estudante, que se
relacione com suas experiências anteriores e que priorize metodologias ativas e
práticas, para que se possa promover e facilitar o processo de aprendizagem de adultos
pelo experienciar, fazer e ser, envolvendo competências técnicas e atitudinais. Esta
realidade, consonante com as teorias sobre os níveis de desenvolvimento de
competências, mostra que a aprendizagem do adulto passa por níveis e etapas distintas,
desde o desenvolvimento de conhecimentos até sua total integração com a prática.
Baseado nas melhores práticas mundiais, na educação de vanguarda, nas
regulações específicas nacionais, na excelência, na internacionalidade, na
BLOCOS CURRICULARES CARGA HORÁRIA (HORAS)
Práticas e Habilidades 1386
Fundamentação Biológica 627
Estrutura e Função 231
Gestão e Saúde Coletiva 330
Comportamento e Sociedade 297
Pesquisa 154
Estágios Supervisionados 822
Optativas + Atividades Complementares
186
144
responsabilidade social e na formação interprofissional, o Modelo Acadêmico Laureate
para ensino em Saúde (Figura 9-1) propõe que a formação do profissional em saúde
ocorra sob uma aprendizagem baseada em competência, tendo o estudante adulto
como centro do processo e construtor de sua aprendizagem, mobilizando habilidade,
conhecimento e atitude na resolução de situações, e o docente como facilitador, guiando
a promoção da aprendizagem experiencial, profunda e significativa, segundo os
princípios andragógicos.
9.2 REFERENCIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DO MODELO PEDAGÓGICO
O Curso de Graduação em Farmácia do UniRitter, influenciado pela entrada da
Instituição na Rede Laureate International Universities, tem uma visão diferenciada de
ensino, caracterizada pela adoção de um novo conceito de aprendizagem em saúde,
baseada nas melhores práticas mundiais, com a adoção de organização curricular
interdisciplinar, inovadora e eficiente, que busca o desenvolvimento de habilidades e
competências no futuro profissional farmacêutico de forma integrada, através da união
das ciências básicas com as profissionalizantes e da imersão do estudante em
ambientes essencialmente interdisciplinares.
145
Figura 8-1. Estrutura curricular evidenciando os blocos de conhecimento interligados.
146
Figura 8-2. Estrutura curricular vertical do Curso de Graduação em Farmácia do UniRitter
Figura 9-1. Modelo Acadêmico Laureate para ensino em Saúde.
O modelo pedagógico do Curso de Graduação em Farmácia do UniRitter
entende a aprendizagem como um processo ativo que deve ser construído pelo sujeito
a partir das informações que seleciona. Neste contexto, o docente deixa de ter o
tradicional papel de repetidor e de detentor do conhecimento, passando a atuar como
um facilitador do processo de ensino-aprendizagem e o acadêmico, antes um mero
receptor de conhecimento, passando a ser considerado o agente da construção de sua
estrutura cognitiva. Entende-se então como aprendizagem significativa o processo no
qual uma nova informação ou conhecimento relaciona-se de forma não arbitrária e
substancial à estrutura cognitiva do aprendiz. Esta informação deve interagir e ancorar-
se em conceitos previamente adquiridos pelo acadêmico, tornando esta ferramenta um
importante ponto de integração curricular entre os diferentes conteúdos (modelo em
espiral do conhecimento). Assim, no processo de ensino aprendizagem leva-se em
conta que a nova informação se relaciona com várias outras informações já presentes
na estrutura cognitiva do acadêmico, e que para ensinar adequadamente é preciso
descobrir e utilizar suas experiências e seu conhecimento prévio.
Desta forma, as informações as quais o acadêmico é exposto devem sempre
possuir ou adquirir significado, sendo que a contextualização e a construção de
significados durante o processo de aprendizagem através, por exemplo, da integração
entre a teoria e a prática, possibilita a reflexão e teorização a partir de uma realidade
147
concreta, desenvolvendo assim capacidades profissionais e deslocando a atenção dos
conteúdos para às competências.
Apostar nesse modelo teórico é supor que um estudante aprende à medida que
aumenta sua eficiência cognitiva refletida no comportamento flexível, adaptado e
especializado. Também é acreditar que a aprendizagem significativa é fundamental e
que é um processo ativo, construído, cumulativo, auto orientado e orientado para metas.
Embora descrito há bastante tempo, o uso de metodologias ativas, embasadas
pela pirâmide do aprendizado proposta por Edgar Dale, em 1957 (Figura 9-2), continua
tendo, na nossa visão de ensino, um papel de destaque onde o acadêmico envolve-se
ativamente no processo de aprendizagem, lendo, escrevendo, perguntando e discutindo
o assunto, além de resolver problemas e desenvolver projetos. Concomitante a estas
atividades, o acadêmico realiza tarefas mentais de alto nível, como análise, síntese e
avaliação. Pelo modelo proposto por Dale (1957), fica bastante evidente que o uso de
metodologias ativas aumenta substancialmente o percentual de retenção dos
acadêmicos após cada sessão de aprendizagem, e justifica plenamente seu uso como
um dos referenciais pedagógicos do Curso de Farmácia do UniRitter.
Figura 9-2. Pirâmide do aprendizado (Edgar Dale, 1957).
9.3 PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
A organização e planejamento das atividades pedagógicas são fundamentais
para que a proposta pedagógica obtenha êxito. Neste contexto, além do tradicional
Plano de Ensino, o curso adota um Plano de Aulas para cada uma das unidades
148
curriculares, com a descrição detalhada do conteúdo, da metodologia utilizada, das
atividades do docente e do discente, dos objetivos específicos da aula/sessão, das
metas de aprendizagem e da bibliografia utilizada. Assim, é possível mensurar
qualitativa e quantitativamente as atividades práticas e teóricas desenvolvidas,
garantindo a qualidade no desenvolvimento das habilidades e competências gerais e
específicas do farmacêutico.
Durante o planejamento didático pedagógico, é necessário observar a coerência
entre a metodologia utilizada e o objetivo específico de determinada aula/sessão. A
avaliação também deve ser ponto de reflexão, uma vez que também deve ser
condizente com o objetivo proposto.
Muitos são os instrumentos existentes para apoiar a estruturação, a organização,
a definição de objetivos e a escolha de instrumentos de avaliação para uma determinada
aula/sessão. Buscando estabelecer bases teóricas que fundamentem e auxiliem os
docentes na escolha e no planejamento das atividades pedagógicas de forma que se
possa atingir todos os níveis de aquisição do conhecimento, desde os mais simples até
os mais complexos, é estimulado que os docentes utilizem como referência os princípios
da Taxonomia de Bloom. Seguindo esta Taxonomia, as atividades de ensino do Curso
de Farmácia devem contemplar três domínios principais: cognitivos, psicomotor e
afetivo.
Domínio cognitivo (saber-saber): aprendizagem intelectual.
Domínio que representa a atividade mental ou intelectual. Diz respeito à
aquisição de informações, ao desenvolvimento de
capacidades e estratégias cognitivas e à sua
aplicação a situações novas.
Nesse domínio, os objetivos foram agrupados
em seis categorias (representadas ao lado) e
possuem uma hierarquia de complexidade e
dependência (categorias), do mais simples ao mais
complexo. Para ascender a uma nova categoria, é
preciso ter obtido um desempenho adequado na anterior, pois cada uma utiliza
capacidades adquiridas nos níveis anteriores.
149
Domínio psicomotor (saber-fazer): habilidades físicas específicas.
Domínio que representa as atividades motoras. São propostas cinco categorias
(representadas ao lado) que incluem ideias ligadas
a reflexos, percepção, habilidades físicas,
movimentos aperfeiçoados e comunicação não
verbal. Estas categorias estão dispostas de forma
hierárquica de complexidade e, assim como no
domínio cognitivo, para ascender a uma nova
categoria é preciso ter obtido um desempenho
adequado na anterior, pois cada uma utiliza
capacidades adquiridas nos níveis anteriores.
Domínio afetivo (saber-estar/ser/atitudes): habilidades relacionadas aos sentimentos e
posturas.
Domínio que envolve atividades ligadas ao desenvolvimento da área emocional
e afetiva, que incluem comportamento, atitude, responsabilidade, respeito, emoção e
valores. Estão dispostas em categorias (representadas ao lado) de forma hierárquica
de complexidade e, assim como no domínio
cognitivo e psicomotor, para ascender a uma nova
categoria é preciso ter obtido um desempenho
adequado na anterior, pois cada uma utiliza
capacidades adquiridas nos níveis anteriores.
Sabendo que a formação profissional de
excelência exige que o graduando desenvolva
habilidades e competências nos três domínios de
forma equitativa e harmônica, faz-se necessário fomentar ao estudante a aprendizagem
e a formação integral. Cientes da tendência natural em priorizar o domínio cognitivo nas
atividades didáticas, o corpo docente do curso de Graduação em Farmácia é
periodicamente convidado a discutir e revisitar as estratégias de aprendizagem e as
atividades propostas, na forma de reuniões e/ou de capacitações, objetivando uma
melhor distribuição das atividades nos diferentes domínios da Taxonomia de Bloom.
Sendo assim, durante o planejamento pedagógico incentiva-se a busca por ações que
150
desenvolvam níveis cognitivos, psicomotores e afetivos mais elevados, em atividades
que envolvam a avaliação, interpretação, análise, construção, criação, organização,
domínio de movimentos, execução, entre outras.
Assim, o projeto pedagógico do Curso de Farmácia está voltado para estimular
o desenvolvimento do indivíduo em sua totalidade, por meio do conhecimento, da busca
de sua identidade e de sua realização pessoal e profissional. Busca transformar o
estudante num cidadão socialmente comprometido, detentor de competência
tecnológica, formador de opiniões, crítico e capaz de enfrentar os desafios, buscando
soluções inovadoras e que possa contribuir para o crescimento de si próprio e da
comunidade, promovendo a melhora da qualidade de vida das pessoas.
9.4 FORMAS DE ASSEGURAR A INTERDISCIPLINARIDADE
A interdisciplinaridade passou a ser foco de atenção na produção do
conhecimento científico, no início do século XX, pela necessidade de superar a
fragmentação causada pela epistemologia positivista, que dividiu as ciências em muitas
disciplinas, dificultando a compreensão da complexidade das experiências humanas e
dos fenômenos da natureza. Na área da Saúde, a divisão entre as ciências básicas e
clínica fica bastante evidente, quando levamos em conta o famoso Flexner Report,
publicado por Abraham Flexner, em 1910, e que impactou diretamente a organização
das escolas de medicina no mundo todo.
Na contramão do proposto por Flexner, a interdisciplinaridade permite uma
evolução na ideia de integração curricular, uma vez que promove o desenvolvimento
simultâneo de conhecimentos comuns às diversas disciplinas, sejam das áreas básicas
e/ou clínicas, de forma constante e transversal, até que a fragmentação gradativamente
deixe de existir. A interdisciplinaridade, pois, é um modelo dinâmico que suscita uma
nova ordem no projeto curricular.
Entende-se que, para se adotar uma atitude interdisciplinar na Educação
Superior, é necessário conhecer o contexto da política educacional em seu
desenvolvimento, possuir uma acurada leitura disciplinar e ter comprometimento com o
ensino contextualizado às necessidades e às demandas da realidade - isso envolve um
ensino ligado à pesquisa e à extensão.
151
Pautando-se em uma ação em movimento, a interdisciplinaridade exige um
enfrentamento das contradições, o exercício do questionamento, uma postura dotada
de humildade, desapego, espera, respeito, cooperação e busca de coerência, conforme
apresenta Fazenda 2 (2011). A mesma autora ainda frisa que para que a
interdisciplinaridade de fato ocorra, é preciso que esteja fortemente alicerçada na
prática.
Uma das formas de organização curricular que tem privilegiado a
interdisciplinaridade é aquela que busca articular as disciplinas em torno de eixos
temáticos que enfatizam a relação teoria-prática, superando os modelos
tradicionalmente adotados, através dos departamentos.
No contexto da internacionalização da Educação Superior, a interdisciplinaridade
assume um papel importante nas trocas que são feitas entre professores-pesquisadores
e a Instituição.
Em quaisquer das dimensões que se enfoque, porém, é necessário que se
tenha, a seu respeito, bastante clareza conceitual, adquirida graças a um sólido
processo de reflexão. Tanto a pesquisa como as didáticas interdisciplinares implicam a
necessidade de um novo movimento que não pode negar o antigo, do qual se gerou,
mas que precisa explicitar-se adequadamente. Ao revisitar as rotinas antigas, somente
disciplinares, abre-se a possibilidade para superá-las. O trabalho com conceitos, tanto
na pesquisa como na didática interdisciplinar, permite ao docente que questione as suas
proposições paradigmáticas e as suas próprias matrizes pedagógicas em sua
consistência.
Com a nova postura dialética, no diálogo com as produções e nas parcerias
estabelecidas, surgem novas sínteses, em que /um pensar é complementado por outros
pensares. Busca-se a totalidade do conhecimento, sempre em construção, através da
não fragmentação de saberes, respeitando-se, contudo, a especificidade das
disciplinas, que é preservada. O todo, no entanto, sempre será maior do que apenas a
soma das partes, e a realidade, mais complexa do que qualquer teoria. A
interdisciplinaridade no UniRitter é encarada como uma nova postura frente ao
conhecimento, ao processo ensino-aprendizagem e à própria organização curricular.
2 FAZENDA, Ivani Catarina. Desafios e perspectivas do trabalho interdisciplinar no Ensino Fundamental:
contribuições das pesquisas sobre interdisciplinaridade no Brasil: o reconhecimento de um percurso.
Revista Interdisciplinaridade. São Paulo, v.1, n. 1, out. 2011.
152
Pode ser analisada como definidora de princípios e como indicadora de procedimentos
e práticas no projeto pedagógico institucional.
Cabe destacar que a interdisciplinaridade exige rigor acadêmico,
intencionalidade, vontade de integrar-se e projetos curriculares que a viabilizem -
projetos esses que tenham um conteúdo, um processo de elaboração, uma execução e
uma avaliação. Para tanto, deve-se cultivar a postura de ação coletiva, com base no
princípio de que várias ciências têm algo a contribuir no estudo de um determinado tema
ou eixo temático, que orienta todo o trabalho de um grupo de professores, em um
determinado espaço de tempo. Neste sentido, uma forma cooperativa e solidária de
trabalho substitui procedimentos individualistas. Essa proposta relaciona-se com a linha
de ação participativa adotada pelo UniRitter.
O curso de Farmácia tem a proposta pedagógica como uma das formas de
assegurar a interdisciplinaridade.
9.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA E INTERDISCIPLINARIDADE
A proposta pedagógica do Curso é interdisciplinar na sua essência. Através de
blocos de aprendizagem e de unidades curriculares integradas é possível desenvolver
as habilidades e competências do futuro profissional de forma interdisciplinar, rompendo
a tendência fragmentada e desarticulada do conhecimento (Figura 9-3). Assim, a
interdisciplinaridade torna-se o eixo central da integração e do trabalho em equipe
buscando, além da sólida formação profissional seus egressos, condições para que o
estudante possa se desenvolver como ser humano na sua integralidade. Algumas
unidades curriculares servem como referência para essa interdisciplinaridade.
153
Figura 9-3. Proposta pedagógica como forma de assegurar a interdisciplinaridade
Dentro deste contexto, algumas unidades curriculares apresentam atividades
interdisciplinares. O escopo destas unidades curriculares é apresentado de forma a
contemplar crescente complexidade dos conteúdos através de um caso clínico, por
exemplo, que percorre todo o desenvolvimento do curso com início em unidades
curriculares dos primeiros semestres com conclusão nos semestres mais avançados.
Esta atividade demonstra ao longo da sua evolução no currículo, a percepção da
complexidade de forma crescente e o desenvolvimento do acadêmico enquanto sujeito
ativo no seu processo de aprendizagem de forma interdisciplinar. O aluno resgata
memórias relacionadas ao seu aprendizado, faz conexões, relembra dados importantes
para a sua formação, fortalece um aprendizado profundo enquanto constrói o futuro
profissional que está em formação.
A interdisciplinaridade, no âmbito da proposta pedagógica do curso de
Graduação em Farmácia do UniRitter é concretizada especialmente através:
De unidades curriculares interdisciplinares, que abordam de forma
integrada conteúdos comuns. Como exemplo, pode-se citar a unidade
curricular de Processos Biológicos, que tem como tema central a biologia
da célula e aborda de forma integrada os conteúdos básicos de biologia
celular, molecular, genética e bioquímica. No mesmo semestre, enquanto
o aluno estuda o tecido muscular em Morfologia Humana, em Processos
154
Biológicos, ao enfatizar o Metabolismo Energético, relaciona a utilização
do Glicogênio armazenado no tecido muscular, utilizando-o como recurso
energético, provendo glicose para participar das rotas bioquímicas que
vão gerar energia muscular.
Do Programa Interdisciplinar Comunitário (PIC), numa perfeita interação
teórico-prática, realizado junto à comunidade, sob o olhar de todos os
docentes que integram as unidades curriculares. Neste momento, os
estudantes já estão no sétimo semestre do Curso, já estiveram no
Estágio Curricular I em Assistência Farmacêutica, alguns em farmácias
distritais na comunidade, outros em drogarias. Já tiveram o contato com
a população, perceberam suas necessidades e participaram de
atividades de prevenção e promoção de saúde. No PIC ocorre a interação
de todos os estudantes da Faculdade de Ciências da Saúde num
sinergismo de atenção à população, baseada em dados concretos, já
trabalhados em Saúde Coletiva, quarto semestre, Bioestatística e
Epidemiologia e Práticas Farmacêuticas em Saúde Pública, quinto
semestre; e Assistência Farmacêutica e Estágio I, sexto semestre. O
resgate do conhecimento é interdisciplinar, fortalecendo o conhecimento
numa forma integrada das diversas competências.
Dos ambientes interdisciplinares de atividades como os laboratórios de
estrutura e função, de simulação clínica e de prática de habilidades. Os
alunos de Tecnologia Farmacêutica II, eixo magistral, participam
ativamente das aulas de Farmacotécnica II, demonstrando aos colegas,
normas de biossegurança de utilização do laboratório, fortalecendo o
conhecimento, tornando-se educadores em práticas já experienciadas.
Atividades de simulação, como de Ética Profissional, onde os estudantes
do primeiro semestre são convidados a participar, vivenciando e
interagindo com os colegas de semestres mais adiantados (Figura 9-4).
Das unidades curriculares dos Seminários Integrativos I e II para
discussões de situações profissionais, éticas e culturais, nos últimos dois
semestres do Curso, resgatando conteúdos que devem ser fortalecidos,
apresentando áreas novas da profissão farmacêutica e discutindo
questões importantes na formação do egresso.
Dos Estágios Obrigatórios, que devem ser realizados em hospitais,
farmácias comunitárias, farmácias comerciais, clínicas, farmácias
magistrais, institutos de pesquisas ou outros estabelecimentos de saúde,
155
cooperativas e órgãos privados, públicos ou não governamentais e
demais entidades conveniadas. Estes ambientes permitem o
desenvolvimento de habilidades de promoção da qualidade de vida,
prevenção da saúde, além dos aspectos ligados à educação e gestão em
saúde, sempre com um caráter multiprofissional. A integração entre a
teoria e a prática, estimulada desde o início do curso, torna possível que
o estudante chegue aos Estágios Supervisionados, já no sexto semestre,
com mais maturidade e sendo detentor do conhecimento, das habilidades
e das competências necessárias para o bom desempenho das atividades
profissionais. Neste ponto dos estágios evidencia-se como ápice da
integração teoria e prática, consolidando-se a isso a ênfase no processo
de pesquisa evidenciado pelos TCC I e II, onde por meio das vivencias
diversas ao longo do Curso, os acadêmicos são capazes de definir linhas
de pesquisa. Unindo-se a isso, a unidade curricular de Gestão e
Empreendedorismo, um semestre antes do início dos estágios, onde os
acadêmicos são capazes de formarem novas estratégias de mercado
para suas carreiras, além de superarem desafios para consolidação
deste processo.
Da pesquisa transdisciplinar que culmina nos Trabalhos de Conclusão de
Curso e que traz a interdisciplinaridade para os últimos atos acadêmicos
dos alunos.
156
Figuras 9-4. Simulação Interdisciplinar. Unidades curriculares: Terapêutica
Medicamentosa Integrada. 4º semestre e Princípios Farmacêuticos 1º semestre.
A transdiciplinaridade é trabalhada no Curso em várias instâncias, buscando
sempre integrar diferentes abordagens relacionadas à Farmácia e possibilitar um
conhecimento amplo e aplicado aos alunos. Como exemplo, no último ano, os
estudantes de Farmacotécnica II produziram álcool gel e estes foram distribuídos pelos
alunos das unidades curriculares de Sistemas Corporais, Terapêutica Medicamentosa
Integrada e Assistência Farmacêutica com o objetivo de estimular a prevenção contra
vírus da gripe durante a Campanha Contra o H1N1. O Caso Clínico Transdisciplinar é
uma ferramenta que será inserida em várias unidades curriculares num crescente de
complexidade, desde o primeiro semestre, até a inserção dos alunos nos estágios.
9.6 EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL E INTERDISCIPLINARIDADE
O Curso de Farmácia do UniRitter está em consonância com o disposto no Marco
para Ação em Educação Interprofissional e Prática Colaborativa (OMS, 2010), que
ressalta que “há evidências suficientes para mostrar que a educação interprofissional
eficaz proporciona a prática colaborativa eficaz” e que “oportunidades para eles (futuros
profissionais) adquirirem experiências interprofissionais os ajudam a aprender as
habilidades necessárias para se tornarem parte da força de trabalho de saúde
colaborativa preparada para a prática” (Figura 9-5).
Como já foi contextualizado anteriormente, a educação interprofissional é
estimulada de forma a promover um ambiente de formação de profissionais
essencialmente colaborativos, conhecedores de seus limites de atuação e capazes de
157
prestar serviços de saúde de excelência. O curso busca oportunizar diversas atividades
de caráter interprofissional aos seus acadêmicos especialmente através das atividades
de ensino já no início da graduação quando ao compartilharem unidades curriculares os
mesmos partilham os conhecimentos específicos além de solucionarem casos clínicos
unindo esforços em prol de uma solução e manutenção de maneira integral. Dentre
esses exemplos encontramos a unidade curricular de Terapêutica Medicamentosa onde
acadêmicos dos cursos de Enfermagem e de Farmácia realizam intervenções para
adesão medicamentosa de forma interprofissional em cenário de simulação. Outras
unidades como o Programa Interdisciplinar Comunitário (PIC), também trabalham
fortemente as questões interprofissionais por meio de avaliação e intervenções na
comunidade de forma compartilhada entre todos os cursos da saúde capazes de
interferir de forma integral no cuidado. Durante as rotações clinicas em ambientes e
cenários controlados, oportunizam aos acadêmicos vivencias reais com diferentes
profissionais onde compartilham ambientes de saúde sob olhar multiprofissional, como
é o caso da unidade curricular de Interação Clínico Patológica.
Figura 9-5. Educação Interprofissional e Prática Colaborativa.
A interdisciplinaridade e o relacionamento multiprofissional devem ser utilizados
como recurso a desenvolver consciência de cooperação entre as diferentes profissões.
Nesse sentido, busca-se o desenvolvimento das competências interprofissionais ao
longo de toda formação, tais como mediação de conflitos, liderança, trabalho em equipe,
comunicação e tomada de decisão.
158
A verdadeira educação interprofissional é ao mesmo tempo interdisciplinar, já
que congrega várias ciências e conhecimentos distintos. Entende-se que a formação
interprofissional distingue-se das práticas tradicionalmente realizadas, quando a
proposta pedagógica se propõe a de fato desenvolver nos estudantes as competências
e habilidades necessárias para preparar o estudante para o mercado de trabalho que
exige cada vez mais que o profissional exerça diferentes papeis e interaja com equipes
complexas.
Levando em conta que a educação interprofissional ocorre quando estudantes
de duas ou mais profissões aprendem sobre os outros, com os outros e entre si para
possibilitar a efetiva colaboração e melhorar os resultados na saúde, sendo capaz de
promover a formação de profissionais essencialmente colaborativos, capazes de prestar
serviços de saúde de excelência, o Curso de Farmácia do UniRitter busca oportunizar
diversas atividades de caráter interprofissional aos seus alunos especialmente através
das atividades citadas abaixo, além das já descritas:
atividades de ensino, tais como as unidades curriculares de caráter
interprofissional e interdisciplinar (por exemplo, o Programa
Interdisciplinar Comunitário), dos estágios que se desenvolve em
ambientes interprofissionais e de atividades de simulação, como a
Simulação Interprofissional da Saúde, numa interação total dos cursos da
Faculdade de Ciências da Saúde, onde o as atividades acontecem em
ambientes interdisciplinares controlados (Figura 9-6);
Figura 9-6. Simulação Interprofissional da Saúde – Ambiente Hospitalar.
159
atividades de extensão que surgem como práticas das unidades
curriculares, voltadas para a atuação junto à comunidade, trabalhando
como equipe multiprofissional de saúde (Figura 9-7);
Figura 9-7. Atividade de prevenção de parasitoses, unidade curricular de Agressão e
Defesa em escola da comunidade.
MULTIPROFISSIONAL Rotação prática: teatro sobre o uso racional de
medicamentos aos idosos do Asilo Padre Cacique no Dia Mundial da
Saúde juntamente com os cursos de Nutrição e Fisioterapia. Podemos
pontuar também a Simulação Interprofissional da Saúde onde todos os
cursos da Faculdade de Ciências da Saúde participaram simulando um
ambiente profissional em atendimento hospitalar.
atividades de pesquisa, nas quais o aluno pode participar de grupos de
pesquisa interdisciplinares e interprofissionais, como por exemplo as
atividades de pesquisa do Grupo Cardiológica, liderado pelos
professores Ângela Maria Tavares e Adroaldo Lunardelli, que conta com
alunos do curso de Farmácia e de outros cursos da área da Saúde,
trabalhando em conjunto, desenvolvendo abordagens interdisciplinares
complementares, como palestras, por exemplo. Atividades evidenciadas
no item Pesquisa;
atividades de ensino interprofissionais que priorizam o conhecimento
transversal das diretrizes do Sistema Único de Saúde, fazendo com que
o aluno sempre esteja em contato com unidades curriculares que tratem
160
do assunto ao longo de todo o curso de graduação, começando com
Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente no segundo semestre, passando
Desenvolvimento Humano e Social (3º semestre), Saúde Coletiva (4º
semestre), Práticas Farmacêuticas em Saúde Pública (5º semestre),
Assistência Farmacêutica (6º semestre), Farmácia Clínica e Hospitalar
(7º semestre), PIC (7º semestre) e os Estágios Supervisionados (do 6º
ao 10º semestre). Essa organização curricular faz com que o aluno vá
adquirindo conhecimento sobre como a Farmácia trabalha dentro da
comunidade ao longo de toda a graduação, preparando este futuro
profissional da saúde com formação centrada na assistência
farmacêutica, atuando no cuidado do indivíduo, da família e da
comunidade, com forte evidência epidemiológica, como mostra a Figura
9-8.
10. REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS
10.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA, ESTRUTURA CURRICULAR E AS DCNS.
As Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Farmácia
foram instituídas com a Resolução CNE/CES 6, DE 19 DE OUTUBRO DE 2017. Com
base nestas Diretrizes, o curso de Farmácia do UniRitter desenvolveu o Projeto
Pedagógico do Curso visando a formação de um profissional generalista, humanista,
crítico e ético, com base na realidade econômica, política, social e cultural do país.
Nos termos do artigo 4°, da Resolução CNE/CES 2, DE 19 DE FEVEREIRO DE
2002: “Art. 3º O Curso de Graduação em Farmácia tem como perfil do formando egresso
/ profissional o Farmacêutico, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva,
capacitado a atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico
e intelectual. Capacitado ao exercício de atividades referentes aos fármacos e aos
medicamentos, às análises clínicas e toxicológicas e ao controle, produção e análise de
alimentos, pautado em princípios éticos e na compreensão da realidade social, cultural
e econômica do seu meio, dirigindo sua atuação para a transformação da realidade em
benefício da sociedade”.
161
Figura 9-8. Atividades de ensino interprofissionais que preparam o estudante para a
intervenção em saúde na comunidade.
Alinhado com esta diretriz, o curso de Graduação em Farmácia do UniRitter
desenvolve uma formação verdadeiramente generalista, através de uma estrutura
curricular inovadora, que contempla diferentes blocos de conhecimento, dentre eles um
sólido e completo bloco de Práticas e Habilidades Profissionais. Desta forma, o futuro
profissional tem contato com áreas de atuação da Farmácia, como Assistência
Farmacêutica, Farmácia Clínica e Hospitalar, Análises Clínicas e Toxicológicas,
Farmácia Magistral, Indústria de Medicamentos e Alimentos, além da atenção as áreas
potencialmente promissoras das Ciências Farmacêuticas como: Farmácia Estética,
Farmácia Veterinária, Práticas em Biologia Molecular, Farmácia Oncológica, entre
outras.
A formação humanística, ética, crítica e reflexiva é garantida através de unidades
curriculares do bloco Comportamento e Sociedade, tais como Comunicação e
Expressão; Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente; Desenvolvimento Humano e Social
Bioética e Legislação Farmacêutica. Também contribuem para esta formação as
unidades curriculares eletivas, como a Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS),
Identidades e Diversidades Étnico-Raciais e Direitos Humanos, além de atividades de
162
integração com a comunidade, como o Programa Interdisciplinar Comunitário, as
rotações práticas na comunidade nas unidades curricular de Saúde Coletiva,
Assistência Farmacêutica e Práticas Farmacêuticas em Saúde Pública, além das
atividades de extensão. Com isso, busca-se que o futuro profissional compreenda a
realidade da comunidade e, alicerçado por sua vertente humanista, possa contribuir de
forma individual ou em equipes multiprofissionais para transformações que visem a
melhora da qualidade de vida da população.
A Tabela 10-1 apresenta a coerência entre o perfil do egresso e os blocos de
conhecimento explorados e suas respectivas ações pedagógicas. As características
principais do perfil do egresso são a formação generalista, a formação humanística e a
formação crítica e reflexiva. Para alcançar tais características, o curso de Graduação
em Farmácia possui unidades curriculares distribuídas nos diferentes blocos de
conhecimento que promovem o amadurecimento do acadêmico ao longo de todo o
curso de graduação, desde o primeiro semestre.
Tabela 10-1. Coerência entre o perfil do egresso e os blocos de conhecimento explorados.
PERFIL DO
EGRESSO
PRINCIPAIS BLOCOS DE CONHECIMENTO EXPLORADOS
AÇÕES
Formação
generalista
- O Bloco de Conhecimento de Práticas e
Habilidades, oportuniza ao aluno a aquisição
de conhecimentos, habilidades e
competências em diversas áreas de atuação
do Farmacêutico.
- O Bloco de Estágios Curriculares
Obrigatórios, permite ao aluno a vivência
nas diversas áreas de atuação do
profissional.
- Desenvolvimento de atividades teóricas e
práticas que envolvem as diferentes áreas
de atuação do profissional.
- Parcerias para a realização de atividades
práticas (Rotações Clinicas) e Estágios em
diferentes campos de atuação, em
instituições e empresas de referência,
como Hospital Moinhos de Vento, Rede
Panvel, Lifar Laboratórios Farmacêuticos,
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de
Porto Alegre, Instituto de Cardiologia,
Oncoclínicas, entre outros.
- Atividades de Estágios Curriculares
Obrigatórios, que possibilitam ao aluno
experimentar a atuação profissional nas
várias especificidades.
Formação
humanística
- O Bloco de Comportamento e Sociedade
traz conteúdos que abordam assuntos de
- Discussões e estudo dirigido sobre temas
que tratam assuntos de foro social, ético e
163
cunho social e humano, tais como:
Desenvolvimento Humano e Social, Bioética
e Legislação Farmacêutica, Estilo de Vida,
Saúde e Meio Ambiente.
- O Bloco de Gestão e Saúde Coletiva,
especialmente na unidade curricular
Programa Interdisciplinar Comunitário (PIC) e
Saúde Coletiva proporcionam grande
vivência dentro da realidade da comunidade.
- O Bloco de Estágios Curriculares
Obrigatórios, contendo as unidades
curriculares Seminários Integrativos e
Estágios Curriculares Obrigatórios
proporcionam rico material para discussões.
- O Bloco de Práticas e Habilidades trazem
no componente das práticas assistidas
profissionalizantes amplo campo de
aprendizado e formação humanística.
humano.
- A partir dos princípios éticos são
discutidos os problemas da sociedade e
das relações humanas pertinente ao
profissional Farmacêutico.
- Atividades Comunitárias no PIC e no eixo
Assistência Farmacêutica.
- Atividades Complementares e de
Extensão.
- Problematização, fundamentada no
Arco de Marguerez, e estudo de casos
específicos para discutir comportamento,
postura, competências, abordagem
prática e tomadas de decisão.
Formação
crítica e
reflexiva
- Todos os Blocos de Conhecimento têm por
princípio estimular a capacidade crítica e
reflexiva.
- Atividades que exigem altos níveis
cognitivos, afetivos e psicomotores, como
por exemplo, atividades que exigem que o
aluno avalie, critique, crie e aplique os
conhecimentos.
- Atividades que buscam a reflexão das
ações do profissional da saúde, como as
desenvolvidas no PIC.
- Atividades de investigação científica,
como análise crítica de textos e artigos
científicos.
O Artigo 6º da mesma resolução institui os conteúdos essenciais para o curso
de Graduação em Farmácia, sendo que os conteúdos devem contemplar:
I – Ciências Exatas – incluem-se os processos, os métodos e as abordagens
físicos, químicos, matemáticos e estatísticos como suporte às ciências farmacêuticas;
II - Ciências Biológicas e da Saúde: incluem-se os conteúdos (teóricos e práticos)
de base moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e
função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos, bem como os processos bioquímicos,
164
microbiológicos, imunológicos, genética molecular e bioinformática em todo
desenvolvimento do processo saúde-doença, inerentes aos serviços farmacêuticos;
III - Ciências Humanas e Sociais: incluem-se os conteúdos referentes às
diversas dimensões da relação indivíduo/sociedade, contribuindo para a compreensão
dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos
e legais e conteúdos envolvendo a comunicação, a economia e gestão administrativa
em nível individual e coletivo, como suporte a atividade farmacêutica;
IV – Ciências Farmacêuticas: incluem-se os conteúdos teóricos e práticos
relacionados com a pesquisa e desenvolvimento, produção e garantia da qualidade de
matérias primas, insumos e produtos farmacêuticos; legislação sanitária e profissional;
aos estudos dos medicamentos no que se refere à farmacodinâmica, biodisponibilidade,
farmacocinética, emprego terapêutico, farmacoepidemiologia, incluindo-se a
farmacovigilância, visando garantir as boas práticas de dispensação e a utilização
racional; conteúdos teóricos e práticos que fundamentam a atenção farmacêutica em
nível individual e coletivo; conteúdos referentes ao diagnóstico clínico e laboratorial e
terapêutico; e conteúdos de bromatologia, biossegurança e da toxicologia como suporte
à assistência farmacêutica.
A Tabela 10-2 apresenta a coerência entre os conteúdos essenciais
preconizados pelas DCNs (2002) e as unidades curriculares do Curso de Graduação
em Farmácia do UniRitter.
Tabela 10-2. Coerência entre os conteúdos essenciais preconizados pelas DCNs (2002) e as unidades
curriculares do Curso de Graduação em Farmácia do UniRitter.
CONTEÚDOS ESSENCIAIS UNIDADES CURRICULARES ONDE ESTÃO SENDO
DESENVOLVIDOS OS CONTÉUDOS ESSENCIAIS
Eixo Conteúdos Unidades
curriculares
Ciências Exatas
Incluem-se os processos,
os métodos e as
abordagens físicos,
químicos, matemáticos e
- Fundamentação Química aplicada à Biociências.
- Química Orgânica.
- Físico-química Aplicada às Ciências Farmacêuticas.
165
estatísticos como suporte
às ciências farmacêuticas.
- Química Analítica.
- Princípios Farmacêuticos.
- Bioestatística e Epidemiologia.
- Introdução ao Trabalho Científico.
Ciências
Biológicas e da
Saúde
Incluem-se os conteúdos
(teóricos e práticos) de
base moleculares e
celulares dos processos
normais e alterados, da
estrutura e função dos
tecidos, órgãos, sistemas e
aparelhos, bem como
processos bioquímicos,
microbiológicos,
imunológicos, genética
molecular e bioinformática
em todo desenvolvimento
do processo saúde-doença,
inerentes aos serviços
farmacêuticos.
- Processos Biológicos.
- Morfologia Humana.
- Processos Metabólicos.
- Agressão e Defesa.
- Homeostase.
- Terapêutica Medicamentosa.
- Sistemas Corporais.
- Interação Clínico Patológica.
Ciências Humanas
e Sociais
Incluem-se os conteúdos
referentes às diversas
dimensões da relação
indivíduo/sociedade,
contribuindo para a
compreensão dos
determinantes sociais,
culturais, comportamentais,
psicológicos, ecológicos,
éticos e legais e conteúdos
envolvendo a comunicação,
a informática, a economia e
gestão administrativa em
nível individual e coletivo,
como suporte à atividade
farmacêutica.
- Comunicação e Expressão.
- Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente.
- Desenvolvimento Humano e Social.
- Princípios Farmacêuticos.
- Bioética e Legislação Farmacêutica.
- Saúde Coletiva.
- Bioestatística e Epidemiologia.
- Gestão e Empreendedorismo.
- Montagem e Gestão de Drogarias.
- Programa Interdisciplinar Comunitário.
Ciências
Farmacêuticas
Incluem-se os conteúdos
teóricos e práticos
relacionados com a
pesquisa e
desenvolvimento, produção
e garantia da qualidade de
matérias primas, insumos e
produtos farmacêuticos;
legislação sanitária e
profissional; ao estudo dos
- Princípios Farmacêuticos.
- Desenvolvimento de Fármacos.
- Terapêutica Medicamentosa Integrada.
- Farmacognosia.
- Farmacotécnica I.
- Farmacotécnica II.
- Análises Toxicológicas e Ambientais.
166
11. MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO
O nível da pós-graduação foi implantado na Instituição ainda na tipologia de
Faculdades Integradas. Adotou-se o princípio de que o mesmo deveria ser
intrinsecamente ligado e desenvolvido a partir da graduação. Cada curso de graduação
possui uma vocação, um foco definido em torno do qual são desenvolvidos tanto o
ensino propriamente dito, em suas peculiaridades de organização curricular, como a
pesquisa, com suas linhas de pesquisa e grupos definidos, e a extensão que
medicamentos no que se
refere à farmacodinâmica,
biodisponibilidade,
farmacocinética, emprego
terapêutico,
farmacoepidemiologia,
incluindo-se a
farmacovigilância, visando
garantir as boas práticas de
dispensação e utilização
racional; conteúdos
teóricos e práticos que
fundamentam a atenção
farmacêutica em nível
individual e coletivo;
conteúdos referentes ao
diagnóstico clínico
laboratorial e terapêutico e
conteúdos da bromatologia,
biossegurança e da
toxicologia como suporte à
assistência farmacêutica.
- Práticas Farmacêuticas em Saúde Pública.
- Química Farmacêutica.
- Análises Clínicas I.
- Análises Clínicas II.
- Análises Clínicas III.
- Tecnologia Farmacêutica I.
- Tecnologia Farmacêutica II.
- Assistência Farmacêutica.
- Farmácia Clínica e Hospitalar.
- Análises de Alimentos.
- Controle de Qualidade.
- Tecnologia de Alimentos.
- Biotecnologia e Nanotecnologia de Produtos Farmacêuticos.
- Cosmetologia e tecnologia dos cosméticos.
- Homeopatia.
- Estágio Curricular I.
- Estágio Curricular III.
- Estágio Curricular IV.
- Estágio Curricular V.
- Seminário Integrativo I.
- Seminário Integrativo II.
- Introdução ao Trabalho Científico.
- TCC I.
- TCC II.
167
contextualiza socialmente o ensino e se desenvolve através dos Programas de
Educação Continuada e da relação da instituição com a comunidade evidenciada nos
projetos de extensão e nas ações de responsabilidade social.
Desde o início de sua atuação na área da pós-graduação, o UniRitter tem
realizado exclusivamente cursos com: a) carga horária presencial e a distância; b)
corpo docente formado, na sua maioria, por professores mestres ou doutores; c)
realização de monografias ou artigos de conclusão d) vinculação às linhas de pesquisa
institucionais. Esses aspectos constam nos projetos pedagógicos de cada curso de
especialização. Os cursos têm uma coordenação específica, relacionada com a
Coordenação do Curso de Graduação, ao qual a área do curso de especialização está
integrada.
A Instituição tem uma rotina comum para o lançamento, a abertura, o
encerramento e a avaliação de cada curso de especialização. O histórico deixa visível
que o UniRitter já tem uma sólida trajetória na área da Pós-Graduação Lato Sensu,
voltando-se continuamente para o aprofundamento e a continuidade dos cursos e no
entrelaçamento da pesquisa com os mesmos.
Atualmente, o Curso de Farmácia participa, ativamente, do Curso de Pós-
Graduação Lato Sensu em Saúde Coletiva.
O Curso de Pós-Graduação em Saúde Coletiva é composto por três módulos
ciclados: Saúde Coletiva e a Vida; Gestão, Trabalho e Políticas em Saúde Coletiva
e Políticas de Gestão do Cuidado. Seu programa foi pensado com base no conceito
da “transdisciplinaridade”, ou seja, diferentes perspectivas integradas e
complementares formando uma visão comum, que constroem a Saúde Coletiva
afirmando a prevenção e promoção de saúde.
O programa foi concebido a partir de uma profunda pesquisa, observação e
análise sobre as demandas e necessidades do campo da Saúde e de seus profissionais.
Nesse sentido, percebe-se que um curso integrado e transdisciplinar contribuiria com a
formação desses profissionais tanto na perspectiva clínica quanto na gestão dos
serviços e políticas. A pesquisa e produção de conhecimento perpassam todo curso,
fomentando indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão. Trata-se, pois, de
uma concepção complexa, inovadora, integrada, afetiva, prática e criativa.
De modo efetivo, comprometido com os mais importantes preceitos éticos e
solidários, o Curso de Pós-Graduação em Saúde Coletiva está intimamente ligado às
168
práticas de ensino e aprendizagem da Faculdade de Ciências da Saúde, desenvolvendo
um conhecimento implicado aos processos de transformação das realidades estudadas
vindo de encontro com o perfil do farmacêutico que deseja estar inserido nas políticas
públicas de promoção da saúde.
12. INTERNACIONALIZAÇÃO
A internacionalização constitui um estimulante desafio que se impõe às IES
atualmente. Para o UniRitter – Rede Laureate Universities, a internacionalização é um
indicador que vem ao encontro de um dos pilares da instituição. O UniRitter tornou-se
uma IES genuinamente internacional ao se tornar parte da maior rede de universidades
de todo o mundo, a Laureate International Universitites, que congrega mais de oitenta
IES, em trinta países. Possibilitar aos docentes e alunos a experiência da
internacionalização constitui um dos objetivos principais do UniRitter.
Em novembro de 2010, quando se consolidou a participação do UniRitter na
Rede Laureate Universities, o International Office (Gabinete/Escritório Internacional - IO)
foi um dos primeiros órgãos estabelecidos no novo organograma institucional, com o
objetivo de propiciar a internacionalização. O IO está vinculado diretamente à Reitoria e
possui um local próprio para trabalho e atendimento, sendo sua equipe integrada por
um coordenador e funcionários capacitados para fomentar a internacionalização no
UniRitter.
Dentre as atividades desenvolvidas pelo International Office destacam-se:
a) possibilitar o intercâmbio de alunos e professores - em 2014, por
exemplo, 71 alunos e 14 professores participaram de diversos programas de mobilidade
acadêmica;
b) desenvolver a cooperação com IES estrangeiras e buscar múltiplos
programas de internacionalização para alunos, professores e colaboradores.
c) participar de diversas competições internacionais nas diversas áreas do
ensino, da extensão e da pesquisa, como o Prêmio James McGuire e o Here for Good;
169
d) estimular o acesso dos alunos e professores a importantes conferências
internacionais, promovendo-as e apoiando-as financeiramente.
e) Internacionalizar a educação oferecida no UniRitter, possibilitando o
acesso universal aos conteúdos e eventos realizados pela própria IES, por meio de
transmissões ao vivo webinars ou streaming.
O UniRitter coopera, sobretudo, com as IES localizadas nos países em que a
Rede Laureate atua. A internacionalização no UniRitter já ultrapassou em muito a noção
do intercâmbio, pois a internacionalização precisa compor, fazer parte, estar inserida no
dia a dia da IES. Para além do intercâmbio, é o sentimento e a experiência da pertença
internacional, sem fronteiras, que o UniRitter possibilita, por meio da cooperação com
IES estrangeiras aos alunos, professores e funcionários. Dentre as inúmeras iniciativas
da cooperação que buscam, além do intercâmbio, aportar a internacionalização para o
contexto acadêmico diário do UniRitter, destacam-se as seguintes:
- Laureate Live: o Laureate Live é um programa que divulga grandes nomes da
academia, eventos e conteúdos, disponibilizados ao vivo e on line, para o corpo
discente, docente e colaboradores. Quando uma IES da Rede Laureate promove, em
qualquer local do mundo, um evento que o UniRitter considera importante transmitir e
compartilhar com os nossos alunos, possibilita-se o acesso a esse evento por uma
plataforma própria da Rede – o Global Portal. Muitas Faculdades do UniRitter já
adeririam ao Laureate Live, como a Faculdade de Saúde, a Faculdade de Engenharia e
a Faculdade de Negócios. Desde 2013, além de receptor de conteúdo e dos grandes
eventos internacionais promovidos pelo Laureate Live, o UniRitter capacitou-se também
como transmissor de eventos para toda a Rede. Com o apoio da estrutura de tecnologia
da informação da Rede Laureate, cada Faculdade da UniRitter é estimulada a promover
pelo menos um evento internacional por ano, transmitindo para as IES estrangeiras.
Destaca-se, dentre os eventos promovidos e transmitidos internacionalmente pelo
UniRitter, a palestra proferida pelo Ex Primeiro-Ministro do Reino Unido, Tony Blair, em
2013, tendo sido a primeira vez que o Ex Primeiro-Ministro esteve no estado do Rio
Grande do Sul. Além disso, o UniRitter promove um evento mensal, com no mínimo oito
encontros anuais, em que dois professores entrevistam um renomado professor
visitante. Essas entrevistas são transmitidas ao vivo e também ficam disponíveis no
Global Portal para que os alunos e professores de outras IES da Rede Laureate possam
acessar seu conteúdo e fazer uso livremente da produção do conhecimento do UniRitter.
170
- Dupla Titulação. Em 2013, o UniRitter firmou seu primeiro acordo de
cooperação para dupla titulação com uma IES estrangeira. A dupla titulação dá a
oportunidade para o aluno, após graduado pelo UniRitter, ter parte de seus créditos
validados pela IES estrangeira e, cumprindo os requisitos legais do outro país, receber
um segundo diploma/título para trabalhar no exterior. Esse primeiro acordo foi alcançado
pela Faculdade de Tecnologia do UniRitter com a CIBERTEC do Peru. Em 2014, o
UniRitter, na busca da internacionalização constante e na defesa do acesso de toda a
academia à internacionalização, desenvolveu a primeira dupla titulação online, na
Faculdade de Negócios, possibilitando a todos os alunos que vivenciem a
internacionalização sem deslocar-se fisicamente do campus, com uma disciplina por
semestre ministrada por professores da Walden University. Ao término do curso de
graduação do UniRitter, os créditos são validados pela IES estrangeira, conforme as
agências reguladoras locais, e os alunos viajam para o Estados Unidos e conhecem os
professores que ministraram as disciplinas online durante os quatro anos da graduação
na UniRitter.
- Concursos Internacionais. São inúmeros os concursos internacionais
promovidos pela Rede Laureate que os alunos e docentes do UniRitter participam.
Anualmente, destacam-se os seguintes: Photo Contest - concurso internacional de
fotografia desenvolvido para as Faculdades de Comunicação Social -, Robotic Awards
- concurso que estimula a construção de um robô apto a desempenhar diferentes
desafios, em 2013 desenvolveu-se um robô apto a apresentar o campus do UniRitter a
um visitante portador de deficiência ou mobilidade reduzida, em 2014, o desafio foi
desenvolver um drone capaz de medir a qualidade do ar no UniRitter e agir para
melhorá-la em condições críticas -, Clinton Global Initiative - concurso que possibilita
aos alunos do UniRitter participar, em diferentes funções – organizador, repórter,
fotógrafo – em um dos maiores eventos do mundo, promovido pelo ex-Presidente dos
Estados Unidos Bill Clinton -, Willian Dennis Scholarship – concurso internacional da
Rede Laureate que fornece três bolsas de estudos integrais para qualquer IES, em
qualquer país, que o aluno escolher. O UniRitter destaca-se por ser uma das IES da
Rede Laureate que possui um dos maiores índices de participação, obtendo resultados
altamente positivos nas competições, pelo estímulo à internacionalização promovido
pelo International Office local. Cabe destacar que o estímulo ao contato internacional
por meio das competições gera impactantes efeitos positivos na área da pesquisa, ao
propiciar o contato de alunos e docentes de áreas afins, com desafios comuns e que se
encontram para compartilhar o conhecimento.
171
A internacionalização do UniRitter constitui um dos principais objetivos
colocados pela Rede Laureate para a instituição. Com a finalidade de averiguar o
incremento da internacionalização, a Rede Laureate desenvolveu o Índice de
Desenvolvimento Internacional Laureate (LIDI). Pelo LIDI, o UniRitter submete à Rede
Laureate, trimestralmente, todos dos dados referentes aos números de alunos
brasileiros enviados ao exterior e de alunos estrangeiros recebidos pelo UniRitter,
eventos internacionais promovidos e seu respectivo impacto na comunidade acadêmica,
disciplinas com compartilhamento de docentes nacionais e estrangeiros, dentre outras
dimensões que compõe o Índice de Internacionalidade. Nesse sentido, a
internacionalização é um indicador de qualidade inserido no contexto do UniRitter, cuja
evolução é acompanhada de forma criteriosa e submetida à avalição periódica. Por isso,
a inclusão desse indicador no novo instrumento de avaliação institucional do MEC
possibilita ao UniRitter demonstrar um de seus pilares fundamentais.
Pelo volume crescente dos alunos em intercâmbio, optou-se por redigir e validar
com todos os órgãos envolvidos nesse processo (International Office, Secretaria
Acadêmica, Reitoria, Pró-Reitoria de Graduação, Gestão Financeira e Mantenedora)
uma Política de Intercâmbio, finalizada em novembro de 2013. Nesse documento, tem-
se acesso aos critérios gerais, os procedimentos iniciais, concomitantes e finais do
intercâmbio, os objetivos, o registro da documentação e as diversas modalidades de
intercâmbio ofertadas. Esse documento institucional rege todos os procedimentos
internos para organizar o processo de intercâmbio de alunos e professores e torná-lo
transparente e conhecido, com o objetivo de dar segurança e estimular que mais alunos,
professores e colaboradores se engajem na internacionalização.
As ações internacionais do UniRitter não se resumem à Rede Laureate. O
UniRitter participa dos programas do Ministério da Educação (MEC) e de outras
instituições financiadoras para promover a internacionalização. Nesse sentido, o
UniRitter foi uma das IES pioneiras a aderir ao Programa Ciências Sem Fronteiras
(CsF), fomentado pelo CNPq e pelas CAPES, participando desde os primeiros editais,
abertos ainda em 2012. O incremento do número de acadêmicos participantes do CsF
exigiu a Coordenação Institucional do Programa CsF se vinculasse à ProAcad
compartilhando, com isso, as funções de internacionalização com o International Office.
Outro programa fomentado pelo MEC, ao qual o UniRitter aderiu já em seu
primeiro edital, sendo financiado pela Capes, é o Programa de Mobilidade Acadêmica
Regional para Cursos Acreditados do MERCOSUL (MARCA). Inicialmente, o curso de
172
Arquitetura do UniRitter foi acreditada no MERCOSUL, sendo que o envio e recepção
de alunos entre os países iniciou em 2013, com oito alunos. Essas ações demonstram
os estreitos laços que o UniRitter busca estabelecer com os programas do Governo
Federal de fomento à internacionalização.
Destaca-se ainda a cooperação mantida pelo UniRitter com o programa
Santander Universidades. O UniRitter aderiu a três programas de internacionalização
vinculados ao Santander: o programa Top China, o programa Ibero-americano e o
programa Fórmula Santander. Em todos os programas a UniRitter possui alunos e/ou
professores em intercâmbio de forma intermitente. O programa Top China possibilita
tanto a alunos e professores diversas possibilidades de intercâmbio para a China. No
programa Ibero-Americano, mais antigo, o UniRitter vem aumentando sua participação
consideravelmente, tendo em vista que o grande número de alunos do UniRitter que se
inscrevem nesse programa específico e o concluem com sucesso implica positivamente
que mais bolsas sejam concedidas a cada ano, ampliando os intercâmbios e a
internacionalização. O programa Fórmula, lançado em 2014, já teve a participação do
UniRitter, com um aluno estudando na Espanha.
Tendo em vista o número expressivo de oportunidades e programas de
internacionalização que o UniRitter oferece, sentiu-se a necessidade de criar um espaço
e um momento específico para apresentá-los à comunidade acadêmica. Desde 2011, o
UniRitter promove uma Feira Internacional (conhecido pela comunidade como
International Fair), da qual participam expositores de IES estrangeiras que, por meio de
acordos de cooperação firmados com o UniRitter, promovem seus programas.
Atualmente, o UniRitter possui acordos de cooperação firmados com mais de 20 IES
estrangeiras. Durante a Feira, uma série de eventos voltados à temática internacional
ocorre paralelamente, visando a atingir todas as Faculdades e Cursos do UniRitter. O
International Fair tornou-se um evento aguardado pelos docentes e alunos do UniRitter,
constituindo um forte estímulo à internacionalização da instituição.
No âmbito do curso, a política de internacionalização é promovida através de
concessão de bolsas de estudos docente e discente, de forma a beneficiar e promover
o conhecimento e aprimoramento técnico-científico. Na busca do constante
aprimoramento de lideranças, ocorrem a cada dois anos encontros de melhores práticas
em cada área, os Best Pratices da Rede Laureate. Nestas oportunidades são possíveis
assistir e debater com as diversas IES da rede mundial como estão sendo promovidas
173
as melhores práticas para atender os pilares do modelo acadêmico de saúde
preconizado e atuante no curso de Farmácia do UniRitter.
A rede disponibiliza aos docentes o recurso digital OneFolio. Trata-se de uma
ferramenta que oferece os melhores conteúdos para instrução diferenciada do professor
e apoio ao avanço do ensino e aprendizagem digital (Figura 12-1). Ele oferece a
capacidade de navegar e procurar por recursos e coleções de diversos assuntos, como
administração, ciências da saúde e tecnologia da informação. São disponibilizados
diversos materiais de instrução aos docentes, incluindo vídeos, arquivos de áudio,
exercícios e amplo acervo de material bibliográfico. Professores do curso de Farmácia
do UniRitter são membros ativos desta plataforma e ainda o recurso digital Community
of Practice. Esta comunidade reúne seus pares Laureate (diretores / coordenadores/
professores) de uma variedade de países através do portal on-line Community of
Practice, que o integrante/professor poderá compartilhar documentos e artigos, trocar
ideias, resolver dúvidas e manter a promoção das melhores práticas no âmbito da rede.
No interior da plataforma é possível acessar diversas categorias como artigos científicos
internacionais que revelam as melhores práticas, o compartilhamento de aulas práticas
e cenários de simulação aplicados em laboratórios, tutoriais, vídeos e outros recursos
para implementação em atividades na sala de aula.
174
Figura 12-1. OneFolio – Centro de Recursos Digitais Internacionais ofertados aos
docentes da Rede Laureate.
A UniRitter tem oferecido oportunidades constantes de aprimoramento, tanto em
âmbito nacional quanto internacional, e neste ensejo todas as políticas de incentivo ao
corpo docente e discente do curso têm sido propagadas.
Inseridos neste contexto que fomenta a Internacionalização os alunos têm
oportunidade de frequentar parte do seu Curso em Instituições de Ensino Superior no
exterior, observadas a legislação brasileira estabelecida para esse nível de ensino,
normas específicas do próprio UniRitter e dessa Rede. Para tanto, está estruturado o
International Office, que viabiliza as iniciativas, os programas e serviços de intercâmbio
entre as instituições da Rede Laureate, assistindo os alunos na escolha do melhor
programa acadêmico internacional e orientando-os em todo o processo de preparação.
Temos o objetivo de oficializar a dupla titulação para o aluno do Curso de Farmácia nos
próximos semestres, obedecendo as diretrizes entre as IES.
Além disso, o UniRitter sediou o Workshop Internacional de Estrutura e Função
175
e Simulação, no período de 06 a 09 de abril de 2015. Neste evento, professores do
Curso de Farmácia do UniRitter participaram da elaboração dos cadernos das
disciplinas dos eixos de Estrutura e Função e Simulação. Integraram este workshop 62
participantes, oriundos de 14 Instituições de Ensino da Vertical da Saúde Laureate de
diferentes países, incluindo México, Espanha, Honduras, Peru e Instituições Brasileiras
presentes em outros Estados. Tal experiência foi de fundamental importância para o
compartilhamento de conteúdos, vivências e aprendizados (Figura 12-2).
Figura 12-2. A Faculdade de Ciências da Saúde sediou o evento Internacional Health
Sciences Brazil com workshops para discussão das melhores práticas de Estrutura e Função e
Simulação, pilares do Modelo Acadêmico em Saúde da Rede Laureate.
Um destaque no curso de Farmácia, que fomenta a internacionalidade, é o
projeto de pesquisa acima supracitado. O curso de Farmácia do UniRitter foi
formalmente convidado a participar do projeto “Síntese, efetividade anticâncer e anti-
Leishmania e estudos in sílico de híbridos tri funcionais ligados a triazóis.” Este projeto
foi submetido através do PROGRAMA CIÉNCIA SEM FRONTEIRAS – BOLSAS NO
PAÍS, MODALIDADE PESQUISADOR VISITANTE ESPECIAL – PVE CHAMADA DE
PROJETOS MEC/MCTI/CAPES/CNPq/FAPs Nº 03/2014. Tal projeto com a Universidad
de Granada (Figura 12-3) fomenta a pesquisa aliada a internacionalização, onde alunos
do curso realizam atividades no Laboratório de Práticas Farmacêuticas do UniRitter, nos
176
laboratórios do curso de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
orientados pelo Prof. Dr. Fernando Cidade Campos, e compilam seus resultados com
os obtidos pelos alunos do Prof. Dr. Joaquin Miranda campos, na Universidad de
Granada, na Espanha.
A Universidad de Granada, instituição espanhola de importância reconhecida no
cenário mundial quando se trata de pesquisa e ensino nas diversas áreas do
conhecimento, está representada neste projeto pelo Prof. Dr. Joaquín María Campos
Rosa, conhecido internacionalmente por sua contribuição científica na área de química
farmacêutica e medicinal. Existe a possibilidade dos alunos do UniRitter realizarem
experimentos futuros na Espanha e que os alunos troquem experiências e vivências
num intercâmbio entre as duas instituições. Artigos científicos nominados pelas
instituições parceiras estão sendo elaborados validando esta experiência dentro do
curso. O Prof. Dr. Campos visita anualmente o curso de Farmácia do UniRitter para
discussão dos resultados do projeto e ministra palestras na área da Química Medicinal.
Figura 12-3. Universidad de Granada parceira internacional do curso de Farmácia UniRitter.
A Rede Laureate tem oferecido oportunidades constantes de
aprimoramento, tanto em âmbito nacional quanto internacional, e neste ensejo todas as
políticas de incentivo ao corpo docente e discente do curso de Farmácia têm sido
propagadas.
177
13. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
13.1 DEFINIÇÃO
O estágio curricular supervisionado é definido como um ato educativo
supervisionado, obrigatório, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos. Esta atividade faz parte do Projeto
Pedagógico do Curso, que integra o itinerário formativo do discente, promovendo o
aprendizado de competências próprias da atividade profissional, buscando o
desenvolvimento do estudante para a vida cidadã e para o trabalho. Os estágios têm
por finalidade a complementação do processo ensino-aprendizagem, constituindo-se
em instrumento de integração, em termos de treinamento prático, de aperfeiçoamento
técnico-cultural, científico e de relacionamento humano.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Farmácia,
Resolução CNE/CES nº 6, de 19 de outubro de 2017, zelando pelo cumprimento da
legislação do exercício profissional da Farmácia, o Código de Ética da profissão,
aprovado pela Resolução do Conselho Federal de Farmácia n°596 de 25 de março de
2014 e a Resolução do Conselho Federal de Farmácia n°634, de 25 de novembro de
2016, os Estágios Curriculares são de caráter obrigatório, contemplando no mínimo 20%
da carga horária total do curso destinada à realização de estágios curriculares a partir
do sexto semestre curricular. Portanto o estágio curricular supervisionado é composto
por 855 horas no total, sendo pré-requisito obrigatório para a obtenção do título de
bacharel em Farmácia, de acordo com a Lei federal n° 11.788 de 25 de setembro de
2008.
13.2 A ORGANIZAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR NO CURSO DE FARMÁCIA
A organização do estágio curricular supervisionado (Figura 13-1) é uma proposta
da Coordenação do Curso, do Núcleo Docente de Ensino (NDE), da Liderança de
Clinical Professional Education da Faculdade de Ciências da Saúde do UniRitter e da
Liderança de Práticas e Estágios do curso de Farmácia do UniRitter (LPE), em acordo
com as rotinas dos campos de estágio das instituições conveniadas. A Coordenação do
Curso e a Liderança de Práticas e Estágios do Curso trabalham em conjunto com o
objetivo de manter um processo contínuo de avaliação das atividades do estágio
178
supervisionado. A Coordenação do Curso é responsável pela supervisão do estágio de
forma global. A LPE do Curso atua como elo de ligação entre a Coordenação de Curso
e os docentes supervisores de estágio, sendo responsável pela operacionalização da
organização dos acadêmicos nos campos de estágio e apoio aos docentes supervisores
de estágio na relação com a unidade concedente e no desenvolvimento e
acompanhamento dos planos de atividades de estágio. Além disso, considerando que
o estágio curricular supervisionado é uma articulação ensino-serviço-comunidade, o
docente supervisor e o supervisor farmacêutico da unidade concedente atuam como
facilitadores do processo ensino-aprendizagem, acompanhando o andamento das
atividades por meio de supervisão direta dos discentes nos locais cedentes de campo
de estágio.
Figura 13-1. Organograma de Estágio Curricular Farmácia UniRitter.
Os Estágios Curriculares Obrigatórios do Curso de Graduação em Farmácia do
UniRitter visam contribuir para a formação de um profissional generalista, focado em
áreas importantes de atuação do farmacêutico (Figura 13-2). Para tal, é dividido em
cinco unidades de ensino:
AIM0375: Estágio Curricular I – Assistência Farmacêutica (66 h).
AIM0384: Estágio Curricular II – Farmácia Comunitária (99 h).
179
AIM0388: Estágio Curricular III – Análises Clínicas e Toxicológicas,
Farmácia Magistral, Farmácia Clínica Hospitalar dentre outros conforme os pré-
requisitos realizados (99 h).
AIM1250: Estágio Curricular IV – Análises Clínicas e Toxicológicas,
Farmácia Magistral, Farmácia Clínica Hospitalar dentre outros conforme os pré-
requisitos realizados (132 h).
AIM1251: Estágio Curricular V – Análises Clínicas e Toxicológicas,
Farmácia Magistral, Farmácia Clínica Hospitalar, Indústria Química, de
Medicamentos e Cosmética, dentre outros conforme os pré-requisitos realizados
(213 h).
AIM1252: Estágio Curricular VI – Análises Clínicas e Toxicológicas,
Farmácia Magistral, Farmácia Clínica Hospitalar, Indústria Química, de
Medicamentos e Cosmética, dentre outros conforme os pré-requisitos realizados
(213 h).
Figura 13-2. Representação do perfil do egresso do UniRitter com sua formação
generalista focada em importantes áreas de atuação profissional farmacêutico.
180
O Estágio Curricular I aborda os princípios básicos da assistência e da atenção
farmacêutica por meio da realização de atividades em campo de estágio, como
orientação na escolha/utilização adequada de medicamentos, na verificação da
prescrição, posologia, contraindicações, duração de tratamento, interações e reações
adversas, além da administração de pessoal, financeira e de estoque e aspectos da
legislação farmacêutica aplicada. Esta é uma habilitação de grande importância do
profissional no tangente à atenção farmacêutica e na habilidade no trato com o paciente.
O Estágio Curricular II aborda aspectos práticos da organização e administração
farmacêutica hospitalar, padronização e dispensação de medicamentos, preparo de
citostáticos e de soluções de nutrição artificial oral e parenteral, participação na
Comissão de Farmácia e Terapêutica e seguimento farmacoterapêutico de pacientes,
bem como a atuação na comissão de controle de infecção hospitalar. A interação do
estagiário com o profissional hospitalar torna palpável essa habilitação que a cada
momento é mais importante e solicitado pelo mercado de trabalho dadas as suas
peculiaridades e inúmeras atuações.
O Estágio Curricular III oportuniza o conhecimento da rotina e gestão de um
laboratório de análises clínicas, desde conhecimentos pré-analíticos, analíticos e pós-
analíticos nas mais variadas áreas do diagnóstico laboratorial. O aluno irá conhecer e
desenvolver raciocínio crítico correlacionando o funcionamento fisiológico dos sistemas
do corpo humano e a correlação com marcadores laboratoriais de diagnóstico. Ademais,
as habilidades técnicas práticas em dosagens são exigidas.
O Estágio Curricular IV oportuniza a vivência em farmácia magistral, através da
manipulação de cápsulas, formulações dermatológicas, cosméticas e homeopáticas;
controle de qualidade de matérias-primas e produtos acabados. Esta habilitação é de
importância ímpar na formação do aluno, cria grande responsabilidade no manejo com
o medicamento, pondo em prática habilidades técnicas e científicas, desde os cálculos
farmacêuticos até a dispensação do produto final.
O Estágio Curricular V e VI oportuniza a manipulação industrial das diversas
formas farmacêuticas de medicamentos, alimentos e/ou cosméticos, com respectivo
controle de qualidade dos insumos e produtos acabados, sob a visão das boas práticas
de fabricação; promove aprendizado sobre acompanhamento da manutenção de
equipamentos utilizados. O conhecimento da fabricação medicamentosa em grande
escala torna o aluno sabedor da dinâmica farmacêutica das grandes empresas.
181
Os Estágios Curriculares perfazem uma carga horária total de 822 horas/relógio,
correspondendo a aproximadamente 21% da carga horária total do curso que é de 4.099
horas.
Os Estágios Curriculares Obrigatórios deverão ser supervisionados,
acompanhados e avaliados por professores supervisores pertencentes ao corpo
docente do curso de Farmácia o UniRitter. A supervisão das atividades do aluno junto a
Unidade Concedente será de responsabilidade de um farmacêutico supervisor local,
que fará o acompanhamento do cumprimento das atividades constantes no Termo de
Compromisso de Estágio, bem como o preenchimento da Rubrica de Avaliação do
Estágio Curricular Supervisionado. O Curso possui quatro modelos de Rubricas de
Avaliação para preenchimento dos supervisores das unidades concedentes:
- Rubrica de Avaliação do Estágio Curricular I e II;
- Rubrica de Avaliação do Estágio Curricular III;
- Rubrica de Avaliação do Estágio Curricular IV;
- Rubrica de Avaliação do Estágio Curricular V;
- Rubrica de Avaliação do Estágio Curricular V;
A avaliação final dos Estágios Curriculares Obrigatórios obedecerá as
disposições previstas para avaliação de unidades curriculares eminentemente práticas
no Regimento Geral do Centro Universitário Ritter dos Reis. Segundo o Regulamento
de Estágio Curricular Obrigatório, a Avaliação Final do Estágio ficará a cargo do
professor Supervisor da IES mediante o cumprimento da carga horária determinada e
prevista no Termo de Compromisso de Estágio, Rubrica de Avaliação do Estágio
Curricular da Unidade Concedente, Rubrica de Avaliação do Estágio Curricular do
supervisor IES e Ficha de Auto Avaliação do estagiário.
13.3 SUPERVISÃO E AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
O Estágio Curricular Obrigatório do Curso de Farmácia do UniRitter será
diretamente orientado, acompanhado, avaliado e supervisionado por um Supervisor de
Estágio, que será um docente farmacêutico pertencente ao corpo docente do Curso de
Farmácia do UniRitter, devidamente contratado pela IES com carga horária específica
182
para esta atividade, estando devidamente registrado no CRF/RS (Conselho Regional de
Farmácia do Rio Grande do Sul). A supervisão das atividades do aluno junto a Unidade
Concedente poderá ter o auxílio de um Farmacêutico local de área afim, que poderá
fazer o acompanhamento do cumprimento das atividades constantes no Termo de
Compromisso de Estágio, através do Recordatório de Atividades de Estágio, bem como
pela emissão de uma avaliação do estagiário quando solicitado. Será respeitada a
relação de 01 (um) docente supervisor farmacêutico para até 04 (quatro) estagiários
objetivando orientar e supervisionar em todos os cenários de atuação.
O Estágio Curricular Obrigatório é um momento de aproximação do aluno com o
mercado de trabalho do farmacêutico como um profissional membro de uma equipe
multi e interdisciplinar. O Estágio ocorre em empresas e/ou instituições de saúde
públicas ou privadas por ser esta opção uma convicção do Curso de Graduação em
Farmácia do UniRitter, que acredita que estes locais promovem uma melhor forma de
desenvolvimento acadêmico e profissional do aluno, uma vez que o ambiente
profissional real e toda a complexidade que o envolve são, muitas vezes, impossíveis
de serem mimetizados de forma fidedigna dentro da IES. Além disto, a realização do
Estágio no mercado de trabalho pode ser um importante fator de empregabilidade, uma
vez que o aluno estará em contato com um número maior de profissionais e de
oportunidades de emprego.
A Farmácia Universitária do UniRitter, pertencente à Rede Farmácias
Associadas, é um campo para as rotações práticas e para o Estágio Supervisionado I
em Assistência Farmacêutica. Os alunos têm a oportunidade de experimentar um
campo de estágio dentro da instituição e a mesma encontra-se totalmente adequada
para receber os estagiários sendo um diferenciado campo de práticas do Curso.
Por meio deste conceito, associado à proposta essencialmente generalista e
empreendedora do Curso, torna-se necessária a geração de convênios com
organizações externas, que é de responsabilidade da IES, e conta com o apoio e a
intermediação de docentes orientadores do Curso. Para que a coerência entre a
formação teórica e prática generalista também se mantenha no Estágio Curricular
Supervisionado Obrigatório, a IES tem convênios com empresas e organizações que
atuem nas diversas áreas da Farmácia, proporcionando aos alunos a oportunidade de
escolha, respeitando o Regulamento de Estágio Curricular Obrigatório do Curso de
Farmácia e a disponibilidade de vagas na área de interesse.
183
Para que esta proposta se consolide, o Curso de Graduação em Farmácia do
UniRitter possui uma ampla rede de parceiros conveniados, composto por instituições
renomadas e de referência regional e nacional nas suas áreas de atuação. Os locais de
estágio, bem como as áreas de atuação aos quais estes estágios habilitam, serão
disponibilizados pela IES, mediante disponibilidade de área e de vagas, de acordo com
lista prévia divulgada no início de cada semestre letivo pela Coordenação do Curso e
pela LPE do Curso - Coordenação dos Estágios tendo suas competências previstas no
Regulamento de Estágio Curricular Obrigatório do Curso de Graduação em Farmácia.
A regulamentação e orientações dos Estágios Curriculares no âmbito do curso
estão previstas no Regulamento de Estágio Curricular Obrigatório do Curso de
Farmácia, onde podem ser encontradas especificidades no que diz respeito à
caracterização, supervisão e avaliação dos estágios. Este Regulamento foi
coletivamente elaborado e aprovado, e passa por constante atualização sempre que
necessário, na tentativa de servir como um instrumento norteador desta importante
modalidade de formação acadêmica.
Este é o momento no itinerário formativo do discente que oportuniza ao
acadêmico o emprego da ampla formação acadêmica adquirida até o momento como
ferramenta para a resolução das tarefas rotineiras na profissão do farmacêutico em
ações de saúde, aproximando o discente da realidade social, cultural, econômica e
ecológica na qual o UniRitter está inserido. Além disso, salienta-se a preocupação da
instituição com a formação de farmacêuticos com visão multidisciplinar, que atuem em
equipes interprofissionais como multiplicadores em sua prática assistencial,
desenvolvendo seu potencial para liderança, gerenciamento do cuidado e da assistência
em saúde, levando em consideração as necessidades individuais e coletivas.
13.4 QUESTÕES ÉTICAS
No que tange ao estágio curricular supervisionado, é importante ressaltar a
necessidade do cumprimento das atividades do estágio curricular supervisionado
formalizadas no processo pedagógico em sintonia com os preceitos técnico-científicos,
éticos e legais expressos no Código de Ética da Profissão Farmacêutica, aprovado pela
Resolução CFF Nº 596/2014, Decreto Federal nº 20.377/31, que aprova a
regulamentação do exercício da profissão farmacêutica no Brasil; na Lei nº 3.828/60 que
criou os Conselhos de Farmácia, destinados a zelar pela fiel observância dos princípios
184
da ética e da disciplina da classe dos que exercem atividades profissionais
farmacêuticas no País. Considerando o Decreto Federal nº 85.878/81, que estabelece
normas para execução da Lei 3.820/60, e dispõe sobre o exercício da profissão de
farmacêutico, e dá outras providências. Por fim, a Lei 13.021/14 que dispõe sobre o
exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas.
Além disto, a Resolução CFF Nº 634/2016, que dispõe sobre as atribuições do
farmacêutico nos estágios curriculares supervisionados, obrigatórios ou não, do curso
de Farmácia, postula que é atribuição privativa do farmacêutico a coordenação e a
orientação dos estágios curriculares, obrigatórios ou não, dos cursos de graduação em
Farmácia. E fica a cargo dos orientadores de estágio (professor supervisor), além dos
aspectos técnico-científicos, ressaltar as relações da prática com as normas
farmacêuticas, especialmente no tocante a ética profissional. Reiterando o que é
previsto no Código de Ética Farmacêutico no sentido de tornar claro que os supervisores
são responsáveis pelas ações dos estudantes e que devam assumir por elas.
Destaca-se, sobretudo, os princípios fundamentais do Código de Ética da
Profissão Farmacêutica, que suportam o comportamento ético do profissional
farmacêutico em construção, desenvolvendo uma consciência individual e coletiva do
compromisso social e profissional do farmacêutico de serviço à pessoa, família e
coletividade no seu contexto e circunstâncias de vida. Alguns princípios fundamentais
que norteiam as condutas éticas do profissional são os seguintes:
1) O farmacêutico atuará com respeito à vida humana, ao meio ambiente e à
liberdade de consciência nas situações de conflito entre a ciência e os direitos e
garantias fundamentais previstos na Constituição Federal.
2) A dimensão ética farmacêutica é determinada em todos os seus atos, sem
qualquer discriminação, pelo benefício ao ser humano, ao meio ambiente e pela
responsabilidade social.
3) O farmacêutico responde individual ou solidariamente, ainda que por omissão,
pelos atos que praticar, autorizar ou delegar no exercício da profissão.
4) O farmacêutico deve exercer a profissão com honra e dignidade, devendo
dispor de condições de trabalho e receber justa remuneração por seu desempenho.
5) O farmacêutico deve zelar pelo desempenho ético, mantendo o prestígio e o
elevado conceito de sua profissão.
185
6) O farmacêutico deve manter atualizados os seus conhecimentos técnicos e
científicos para aprimorar, de forma contínua, o desempenho de sua atividade
profissional.
7) A profissão farmacêutica, em qualquer circunstância, não pode ser exercida
sobrepondo-se à promoção, prevenção e recuperação da saúde e com fins meramente
comerciais.
8) O trabalho do farmacêutico deve ser exercido com autonomia técnica e sem
a inadequada interferência de terceiros, tampouco com objetivo meramente de lucro,
finalidade política, religiosa ou outra forma de exploração em desfavor da sociedade.
10) O farmacêutico deve cumprir as disposições legais e regulamentares que
regem a prática profissional no país, sob pena de aplicação de sanções disciplinares e
éticas regidas por este regulamento.
13.5 OBJETIVOS DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
O estágio curricular obrigatório é um ato educativo, faz parte do projeto
pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando e possui um
objetivo geral de proporcionar ao discente a preparação para o mercado de trabalho
produtivo no âmbito da atuação do farmacêutico em todos os níveis de atenção à saúde,
embasado nas competências gerais e específicas do farmacêutico. São objetivos do
Estágio Curricular Obrigatório:
I - oportunizar vivência profissional e aplicação de conhecimentos técnico-
científicos adquiridos ao longo do curso através da vivência prática, em seus aspectos
de observação, acompanhamento, gestão e execução;
II - contribuir para a formação do futuro profissional, evidenciando a relação entre
o currículo acadêmico e o mundo do trabalho;
III - desenvolver habilidades e competências relativas à formação do
farmacêutico através da execução do Plano de Atividades do Estágio Curricular
Obrigatório;
IV - contribuir para o desenvolvimento pessoal, social, técnico e ético do futuro
profissional farmacêutico.
186
14. ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Componente curricular obrigatório que integraliza o currículo do Curso de
Farmácia do UniRitter, as Atividades Complementares de Integralização Curricular
(AC) são ações pedagógicas que objetivam o enriquecimento da vida acadêmica do
aluno compreendendo uma flexibilização curricular que se opõe ao antigo
engessamento dos currículos mínimos. As AC oferecem uma possibilidade ímpar de
articulação do Ensino com a Pesquisa e a Extensão, sendo uma área de intersecção
nessa tríade universitária, pela maneira como foram regulamentadas na instituição e
pelas modalidades com que podem ser desenvolvidas. Conforme as DCNs (CNE/CES
n.6/2017), o planejamento acadêmico deve assegurar o envolvimento dos alunos em
atividades individuais e de equipe.
Conforme o art. 1º do Regulamento Institucional, documento que regula no
UniRitter a proposição desse componente curricular, “as Atividades Complementares de
Integralização Curricular, presentes nas estruturas curriculares dos Cursos de
Graduação do UniRitter, são ações pedagógicas que têm como principal objetivo o
aprofundamento das temáticas estudadas, o enriquecimento das vivências acadêmicas
e o desenvolvimento das potencialidades individuais”.
As AC estão expressas como uma necessidade na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), (Lei 9394/96), reforçada no Plano Nacional de
Educação/2000, que estabelece as diretrizes gerais para elaboração de currículos, das
quais se destacam: (1) estimular o desenvolvimento do espírito científico, (2) o
pensamento reflexivo e (3) o conhecimento dos problemas, em particular dos nacionais
e regionais, prestando serviços especializados à comunidade e estabelecendo com esta
uma relação de reciprocidade.
Levando-se em consideração o disposto pela própria LDB em seu artigo 43,
destaca-se a importância de se ir além dos “currículos mínimos”, tornando imperativo
oferecer elementos que desenvolvam a busca autônoma do conhecimento, a
autonomia intelectual para que, ao final do curso, o egresso seja o autor da sua
educação continuada. A flexibilização curricular, que viabiliza a absorção das
transformações nas fronteiras das ciências, constitui-se numa exigência neste Projeto
187
Pedagógico de Curso. Também o referencial geral para as Diretrizes Curriculares
Nacionais dos cursos de Graduação em Farmácia.
O Curso de Farmácia desenvolve as atividades complementares de
integralização curricular em consonância com as características acima mencionadas e
tem por objetivo formar profissionais habilitados a atuar em vários campos da área da
saúde, através de uma formação humanista, crítica e reflexiva com competências e
habilidades que prepare o aluno para pensar criticamente, analisar situações problema
e buscar soluções com ampla segurança nas tomadas de decisão dentro do seu âmbito
profissional. Para tanto, é de fundamental importância o desenvolvimento das atividades
complementares à sua formação acadêmica.
Levando-se em conta o Princípio da Indissociabilidade, estabelecido pelo artigo
207 da Constituição Brasileira de 1988, onde Ensino, Pesquisa e Extensão tornam-se
igualmente importantes e indispensáveis para a evolução do conhecimento e das
práticas educacionais, o UniRitter oportuniza aos acadêmicos e à comunidade uma série
de atividades complementares com suas parcerias pré-estabelecidas, que atendem a
demanda por estes três vértices da Educação.
As atividades reconhecidas como atividades complementares do Curso de
Farmácia, bem como as formas e critérios de aproveitamento são estabelecidas em
regulamento próprio, sendo que será aceita como atividade complementar aquela que
satisfizer simultaneamente aos seguintes critérios:
I. Não ter sido aproveitada como unidade curricular.
II. Versar sobre as Ciências Farmacêuticas ou área afim.
III. Ser concomitante à matrícula no curso de Farmácia.
IV. Ser desenvolvida fora do horário do período letivo.
Ao término do penúltimo semestre da graduação, o estudante concluinte deverá
encaminhar à Secretaria Acadêmica, para validação pela Coordenação do Curso de
Farmácia, os certificados de todas as atividades porventura faltantes para a validação
final das horas de atividades complementares. A colação de grau é condicionada à
realização de 120 horas relógio em atividades complementares, conforme disposto na
matriz curricular do Curso de Graduação em Farmácia do UniRitter e com a equivalência
de horas descritas no Regulamento.
188
Com relação a natureza da atividade e as formas e critérios de aproveitamento,
as atividades complementares do curso de Farmácia são divididas nos seguintes eixos:
- Eixo I: Ensino (Tabela 14-1);
- Eixo II: Pesquisa e Extensão (Tabela 14-2);
- Eixo III: Profissionalizante (Tabela 14-3).
As modalidades reconhecidas e ofertadas pelo Curso estão em conformidade
com as da Resolução CNE/CES 6, de 19 de outubro de 2017 que institui as Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, onde no Art. 8º “O projeto
pedagógico do Curso de Graduação em Farmácia deverá contemplar atividades
complementares e as Instituições de Ensino Superior deverão criar mecanismos de
aproveitamento de conhecimentos, adquiridos pelo estudante, através de estudos e
práticas independentes presenciais e/ou a distância, a saber: monitorias e estágios;
programas de iniciação científica; programas de extensão; estudos complementares e
cursos realizados em outras áreas afins.”
Desta forma, as atividades complementares contemplam uma série de
atividades que, antes de se constituírem em complementação curricular, favorecem um
patamar superior de desempenho. Além disso, buscam estimular a prática de estudos
independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade, de permanente e
contextualizada atualização profissional específica, sobretudo nas relações com o
mundo do trabalho, integrando-se às diversas peculiaridades regionais e culturais.
Também permitem a introdução, durante o desenvolvimento do currículo, de novos
conteúdos gerados por avanços nas diferentes áreas de conhecimento, possibilitando,
com isso, sua atualização permanente. As atividades complementares oferecem, assim,
espaço na dinâmica curricular, a conteúdos e temas emergentes do cotidiano
sociocultural, ligados à atualidade renovada e não contemplados previamente na
estrutura curricular do curso.
Pela forma como as atividades complementares são ofertadas e implementadas
no UniRitter, percebe-se que ultrapassam os conteúdos das disciplinas e a perspectiva
teórica, alcançando a interdisciplinaridade e a experiência prática, que são
fundamentais para a formação profissional e humanística dos egressos do curso de
Farmácia. Todas estas normas estão expressas no Regulamento de Atividades
Complementares do Curso de Farmácia.
189
Tabela 14-1. Atividades complementares do Eixo I – Ensino:
Código Atividade Complementar Documentação / Comprovante Equivalência de horas recebidas
E1
Disciplinas relacionadas ao curso, com carga horária mínima de 38h/a, realizadas em outros cursos de graduação ou pós-graduação não
aproveitadas como horas obrigatórias na graduação. Serão aceitas disciplinas realizadas em período máximo antecedente de 10 anos com
devida comprovação fornecida pela IES de origem.
Plano de ensino da disciplina com respectiva carga horária e aprovação no
histórico escolar (ou documento comprobatório de desempenho
acadêmico).
O acadêmico poderá acumular no máximo 100hs.
E2 Disciplinas de currículos extintos do Curso de Graduação do UniRitter
não aproveitadas no currículo vigente. Serão aceitas disciplinas realizadas em período máximo antecedente de 5 anos.
Histórico Escolar. Número de horas equivalente às horas cursadas
na disciplina.
E3 Monitoria em disciplinas do curso ou em atividades da área da saúde*. Atestado fornecido pela Unidade
Acadêmica. Cada semestre de monitoria equivale à 20hs. O estudante poderá acumular no máximo 120hs.
E4 Participação como ouvinte em bancas de Trabalho de Conclusão de
estudantes dos cursos da Faculdade de Ciências da Saúde no UniRitter.
Preenchimento e assinatura nos registros específicos disponibilizados nas
sessões
Cada banca assistida equivale à 1h. O estudante poderá acumular no máximo 120hs.
E5 Participação como ator nas atividades de simulação na Faculdade de
Saúde**. Declaração de participação fornecida
pela Instituição. Cada hora comprovada equivale a 2h, o
acadêmico poderá acumular no máximo 30hs.
E6 Atividade de intercâmbio
(exceto disciplinas já aproveitadas na matriz curricular do curso).
Certificado / atestado contendo descrição das atividades desenvolvidas, número de horas ou período e horário.
Cada 120hs de intercâmbio equivale à 30hs. Se menos de 120hs, equivale à 15hs. O acadêmico
poderá acumular no máximo 140hs.
E7 Participação como ouvinte em eventos, cursos ou minicursos de semanas
acadêmicas. Certificado contendo o número de horas
e o programa completo com horários. Cada hora comprovada equivale à aproveitada o estudante poderá acumular no máximo 120hs.
190
Código Atividade Complementar Documentação / Comprovante Equivalência de horas recebidas
E8 Atividades em EAD ou semipresenciais, como palestras, treinamentos e
cursos. Certificado contendo o número de horas ou o programa completo com horários.
Cada hora comprovada equivale à aproveitada e o estudante poderá acumular no máximo 30hs.
E9 Elaboração de material didático-pedagógico supervisionado por docente e relacionado à área de formação.
Certificado / atestado contendo o número de horas e cópia do material
elaborado.
Cada material elaborado equivale à 5h. O acadêmico poderá acumular no máximo 50hs
nesta categoria.
E10 Ministrar cursos e palestras em atividades acadêmico-científicas ou técnicas.
Certificado / atestado contendo o número de horas e cópia do material
elaborado.
Cada hora comprovada equivale a 4h de atividades complementares. O estudante poderá
acumular no máximo 60hs.
E11 Participação como instrutor ou auxiliar em aulas práticas ou atividades
educativas promovidas pela instituição, viagens ou visitas fora do horário de aula (ex.: feira das profissões, visitas técnicas não vinculadas à
disciplina e/ou componentes curriculares do curso).
Certificado contendo o número de horas, nome e local da atividade realizada.
Cada hora comprovada equivale a 3h de atividades complementares. O estudante poderá
acumular no máximo 80hs.
E12 Participação em fóruns de representação estudantil (FORES)
Declaração de participação fornecida pela Instituição.
Cada hora comprovada equivale a 4h de atividades complementares. O estudante poderá
acumular no máximo 60hs.
*Dentro da estrutura do UniRitter está prevista a atividade de monitoria, a qual pode ser desenvolvida nas diversas disciplinas (Estrutura e Função, Fundamentação
Biológica e de Práticas e Habilidades Específicas), onde a monitoria tem por finalidade despertar o interesse pela carreira docente, prestar auxílio aos professores para o
desenvolvimento e aperfeiçoamento das atividades técnico-didáticas, bem como contribuir para a manutenção de um relacionamento pedagógico produtivo entre os alunos
e professores.
** Dentro da estrutura da Faculdade de Saúde do UniRitter está prevista a atividade de simulação, a qual pode ser desenvolvida nas unidades curriculares de
Práticas e Habilidades Específicas, onde tem por finalidade prestar auxílio aos professores e discentes para o desenvolvimento e aperfeiçoamento das atividades técnico-
didáticas, bem como contribuir para a manutenção de um relacionamento pedagógico produtivo entre os alunos e professores.
191
Tabela 14-2. Atividades complementares do Eixo II – Pesquisa e Extensão
Código Atividade Complementar Documentação / Comprovante Equivalência de horas recebidas
PE1 Participação em projeto de extensão como extensionista (bolsista ou
voluntário).
Certificado contendo: número de horas ou o programa completo com horários de
participação.
Cada semestre equivale à 20hs, podendo acumular no máximo 60hs.
PE2
Participação mínima de um semestre em pesquisa como estudante de iniciação científica (bolsista ou voluntário).
A iniciação científica deverá ter duração comprovada e deve apresentar conceito superior à “BOM” em avaliação de desempenho.
Certificado / atestado com resumo da pesquisa e descrição das atividades
realizadas, período de realização, horas /horário de atividade.
Cada semestre equivale à 10hs, podendo acumular no máximo 100hs.
PE3 Participação em atividades de extensão / ação comunitária (voluntariado).
Certificado / atestado com resumo da atividade, descrição das atividades
realizadas, período de realização, horas / horário de atividade.
Cada hora comprovada equivale a 2h, o acadêmico poderá acumular no máximo 100hs.
PE4 Participação em eventos relacionados à pesquisa e/ou extensão Certificado contendo o número de horas
e o programa completo com horários. Cada hora comprovada equivale à aproveitada e o
estudante poderá acumular no máximo 120hs.
PE5 Apresentação Oral de Trabalho em Eventos da Área. Certificado de Apresentação com título
do trabalho. Cada trabalho apresentado equivale às 5hs,
podendo acumular no máximo 50hs.
PE6 Apresentação de Pôster em Eventos da Área. Certificado de Apresentação com título
do trabalho. Cada trabalho apresentado equivale à 2hs,
podendo acumular no máximo 50hs.
PE7 Autoria e co-autoria de resumo enviado para evento científico. Anais (publicação do resumo) e
certificado. Cada resumo publicado equivale à 5hs, podendo
acumular no máximo 50hs.
PE8 Publicação de Artigo Científico completo em periódico especializado
indexado como autor ou co-autor. Cópia do artigo efetivamente publicado
ou carta de aceite da revista.
Cada publicação equivale à 15hs (periódico de circulação regional); 20hs ( periódico de circulação
nacional) ou 25hs (periódico de circulação internacional). É possível acumular no máximo
80hs.
192
PE9 Publicação de Artigo de Divulgação Científica, completo, em periódicos
de divulgação popular. Cópia do artigo efetivamente publicado
ou carta de aceite do periódico.
Cada publicação equivale à 10hs de atividades complementares, sendo possível acumular no
máximo 50hs.
PE10 Autoria e co-autoria de trabalhos acadêmicos premiados na área. Documentação comprobatória. Cada prêmio equivale à 4hs. O acadêmico poderá
acumular o máximo de 50hs.
PE11 Ministrar palestras em atividades acadêmico-científicas ou em
congressos da área. Certificado contendo o número de horas ou o programa completo com horários.
Cada hora comprovada equivale à 4hs de atividades complementares. O acadêmico poderá
acumular no máximo 50hs.
PE12 Autoria ou Coautoria de capítulo de livro. Ficha catalográfica, sumário e página
inicial do capítulo. Cada publicação equivale à 10hs podendo
acumular no máximo 50hs.
PE13 Membro de comissão organizadora de eventos na área. Certificado contendo número de horas ou o programa completo com horários.
Cada evento comprovado equivale à 4hs de atividades complementares. O acadêmico poderá
acumular no máximo 50hs.
PE14 Participação em bancas de defesa de dissertação e/ou tese relativa à
ciências da saúde.
Mediante assinatura de ATA de presença ou comprovante de
participação.
Cada hora comprovada equivale à 2h, o estudante poderá acumular 50hs.
PE15 Participação em núcleos de estudo Certificado, ou ata de presença Cada hora realizada equivale à aproveitada e o estudante poderá acumular no máximo 120hs.
193
Tabela 14-3. Atividades complementares do Eixo III – Profissionalizante
Código Atividade Complementar Documentação / Comprovante Equivalência de horas recebidas
PP1 Participação como ouvinte em cursos e eventos de formação
profissional ou cursos de extensão (workshops, seminários, jornadas, oficinas, encontros, fóruns, simpósios, congressos, ou afins).
Certificado contendo: número de horas ou o programa completo com horários.
Cada hora realizada equivale à aproveitada e o estudante poderá acumular no máximo 120hs.
PP2 Estágio não obrigatório
Certificado / atestado contendo descrição das atividades
desenvolvidas, número de horas ou período e horário
Cada 80hs de estágio equivalem à 10hs de atividades complementares. O acadêmico poderá
acumular no máximo 120hs.
PP3 Participação como representante de turma Atestado fornecido pela Instituição Cada semestre equivale a 2hs. O estudante
poderá acumular no máximo 20hs.
PP4 Ministrar cursos em atividades acadêmico-científicas. Certificado contendo o número de horas e programa completo com
horários.
Cada hora realizada equivale à aproveitada e o estudante poderá acumular no máximo 20hs.
PP5 Realização de cursos de língua estrangeira realizados durante a
graduação (período de matrícula do curso).
Certificado contendo o número de horas e programa completo com
horários.
Cada hora realizada equivale à aproveitada e o estudante poderá acumular no máximo 120h.
PP6 Horas excedentes de estágio curricular obrigatório Atestado fornecido pelo coordenador
de estágio Cada hora realizada equivale à aproveitada e o
estudante poderá acumular no máximo 180h
PP7 Ensino Técnico Profissionalizante Certificado contendo o número de horas e programa completo com
horários.
Cada hora realizada equivale à aproveitada e o acadêmico poderá acumular no máximo 180hs.
194
15. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) consubstancia-se como importante
espaço de integração teórico-prático do currículo, possibilitando o desenvolvimento de
habilidades e competências no âmbito da pesquisa científica. O TCC prevê o
envolvimento dos acadêmicos em uma produção intelectual na área das ciências
farmacêuticas resultante da aquisição de conhecimento realizado durante todo o
período da formação. O TCC tem caráter obrigatório para a obtenção do grau de
bacharel em Farmácia do UniRitter e atende o disposto na RESOLUÇÃO CNE/CES 6,
de 19 de outubro de 2017, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Farmácia.
A elaboração do TCC pressupõe haver um conjunto de conhecimentos
orientadores, oferecidos nas disciplinas do currículo, que antecedem o seu
desenvolvimento, bem como conteúdos abordados durante a fase de elaboração, que
devem seguir as normas científicas reconhecidas institucionalmente. O TCC do curso
contém especificidades que estão descritas no Regulamento Interno para a Realização
dos Trabalhos de Conclusão do Curso de Bacharelado em Farmácia.
O TCC do curso de Farmácia é abordado e desenvolvido durante as seguintes
disciplinas:
AIM1097 TCC I;
AIM1098 TCC II.
A disciplina AIM0687 – Metodologia científica, ofertada no 4º semestre, tem
como objetivo geral introduzir aspectos envolvidos na elaboração de projetos de
pesquisa, bem como o modo de apresentação e formatação destes. Ela possui caráter
obrigatório e é pré-requisito para que o aluno curse a disciplina TCC I.
No 9º semestre (Figura 15-1), o aluno inicia a disciplina Trabalho de Conclusão
I durante a qual, com o orientador já definido e formalizado junto a Coordenação de TCC
do Curso de Graduação em Farmácia, o aluno deverá elaborar um projeto de TCC, o
qual deverá constar, entre outras, uma breve introdução do assunto, metodologias a
serem empregadas e um cronograma das atividades. Este projeto será posteriormente
encaminhado, caso necessário, para o Comitê de Ética e Pesquisa CEP) do UniRitter,
para análise e liberação.
195
Figura 15-1. Fluxo de encaminhamento TCC Curso de Farmácia
196
Durante a disciplina Trabalho de conclusão II, oferecida no 10º semestre, o aluno
desenvolverá o projeto apresentado na unidade de ensino Trabalho de Conclusão I,
sendo o trabalho escrito uma atividade obrigatória, a ser entregue à banca examinadora,
sob a forma de um artigo científico, redigido de acordo com as normas da revista
escolhida para potencial publicação, além da defesa pública do mesmo. A banca
examinadora será definida em comum acordo entre professor orientador, aluno e pela
Coordenação do TCC, composta pelo professor orientador e dois professores da
Faculdade de Ciências da Saúde da Instituição. Cada membro da banca deve preencher
uma ficha de avaliação do TCC, onde estão elencados os quesitos à aprovação do
trabalho escrito e apresentação oral. A nota final obtém-se pela média aritmética das
notas atribuídas pelos membros da banca.
Para fins de aprovação no TCC II, o aluno deve apresentar um artigo científico,
na modalidade de artigo de revisão ou original, e realizar a defesa oral do trabalho por
vinte minutos seguido de dez minutos para a arguição da banca. A aprovação implica
atingir os requisitos exigidos. A nota final do TCC II é condicionada à entrega da versão
final do TCC II, após o aluno realizar todas as alterações sugeridas pela banca e
acatadas pelo professor orientador.
O artigo científico escrito deve estar de acordo com as normas da revista
científica a ser potencialmente submetido, em linguagem clara, consistente, cujo tema
escolhido seja pertinente às Áreas das Ciências Farmacêuticas.
Na defesa oral do artigo, o acadêmico deve contemplar os critérios elencados no
formulário de avaliação do TCC, que também inclui a clareza na apresentação,
demonstração do domínio de conhecimento do assunto do trabalho e a satisfatória
resposta às arguições da banca.
16. APOIO AO DISCENTE
O apoio aos acadêmicos do Curso de Farmácia é dado através do Núcleo
de Apoio aos Discentes (NAD) que se ancora em alguns conceitos dos quais se destaca:
”Postula-se uma teoria que leve à educação transformadora, emancipatória em todas
as dimensões da vida humana e que colabore para uma sociedade mais justa. Para
tanto, pretende-se atingir, em todos os cursos, uma ação pedagógica que busque o
essencial, que é o aprimoramento do próprio existir humano social...”
197
O Núcleo de Apoio aos Discentes (NAD) – é o setor institucional do UniRitter
destinado à construção de espaços onde os acadêmicos de todos os cursos encontram
permanentemente disponíveis aos discentes as seguintes atividades de apoio (Figura
16-1):
(a) Integração dos acadêmicos novos, ingressantes por processo seletivo ou
transferência, na Instituição através do Programa Temático Abraço;
(b) Apoio pedagógico aos acadêmicos através de mecanismos de
nivelamento (oficinas pedagógicas e monitorias de ensino) – Programa Temático
Progredir;
(c) Acompanhamento psicológico e psicopedagógico aos acadêmicos (ações
de aconselhamento, grupos operativos, espaços para reflexão e debate,
encaminhamento para clínicas conveniadas, se for o caso) - Programa Temático
de Acompanhamento Psicológico e Psicopedagógico aos Discentes (Psicoped);
(d) Disponibilização de serviços de orientação profissional e vocacional
(visitas, palestras, aplicação e análise de testes vocacionais) para os
acadêmicos do UniRitter e para a comunidade escolar de ensino médio de Porto
Alegre e Região Metropolitana – Programa Temático de Orientação Profissional;
(e) Apoio à participação dos discentes em eventos (seminários, congressos,
encontros, palestras e outros) internos e externos - Programa Temático de Apoio
à Participação Discente em Eventos;
(f) Atendimento especializado e personalizado aos acadêmicos portadores de
necessidades educacionais especiais (deficientes físicos, visuais e auditivos) -
Programa Temático Pró-Inclusão;
(g) Apoio aos acadêmicos concluintes de cursos de graduação na elaboração
do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) (Oficinas de Metodologia de
Pesquisa, Revisão de Textos, Normas da ABNT, Normalização do Trabalho
Acadêmico) - Programa Pró-Egresso;
(h) Preparação para a conclusão do curso e a inserção no mercado de
trabalho (Oficinas sobre Planejamento de Carreira, de Elaboração do Curriculum
Vitae, de Entrevista para Emprego e outras; auxílio nos preparativos das
198
solenidades de colação de grau) dos formandos em termos de - Programa
Temático Pró-Egresso;
(i) Apoio aos egressos dos cursos do UniRitter em suas ações de qualificação
profissional, através do Programa Institucional de Educação Continuada e da
Política de Ensino de Pós-graduação praticada na Instituição.
(j) Assistência financeira aos acadêmicos através da concessão de bolsas de
estudo parciais, e bolsas acadêmicas (de ensino, pesquisa e extensão),
conforme disposições do Regimento Geral do UniRitter, de estágios
remunerados na área de formação dos cursos de graduação, na própria
Instituição ou externos, via posto do CIEE, e de encaminhamento para
financiamento estudantil pelo Fundo de Financiamento ao Estudante Superior -
FIES, - Programa de Assistência Financeira (PROAF);
As Bolsas Acadêmicas encontram-se normatizadas no Regimento Geral do
UniRitter, em seus artigos 117 a 129. As Bolsas Parciais de Estudo encontram-se
normatizadas no Regimento Geral do UniRitter, em seus artigos 130 a 137.
Figura 16-1. Programas oferecidos pelo Núcleo de Apoio ao Discente.
199
17. AÇÕES DECORRENTES DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DO CURSO
Sobre a avaliação do curso em seu processo acadêmico total, pondera-
se que este PPC atende às disposições da Política de Avaliação Institucional, parte
integrante do PDI, do UniRitter, que se adéqua por inteiro tanto às determinações da Lei
nº 10.841/2004 que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(SINAES) como à Portaria/MEC nº 2.051/2004 que regulamentou a referida Lei.
A autoavaliação do Centro Universitário, entendida como um processo coletivo
e emancipatório de reflexão sobre sua prática e seu compromisso para com a
sociedade, encontra respaldo institucional para a sua ação no PDI. Para tanto, o Centro
Universitário conta com o Plano de Avaliação Institucional (PAI), que prevê a avaliação
da ação acadêmica de Ensino, de Pesquisa e de Extensão e a avaliação da ação
administrativa, envolvendo o planejamento, a gestão, o apoio a infraestrutura acadêmica
e administrativa disponível.
A Comissão Própria de Avaliação (CPA) é o órgão que a Instituição conta para
a execução do Plano de Avaliação Institucional (PAI), em consonância com a Lei do
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). A CPA, na sua
composição, é formada por um coordenador, dois docentes, dois discentes, dois
funcionários técnico-administrativos e dois representantes da sociedade civil.
A sistemática de avaliação do Curso obedece às diretrizes do Plano de Avaliação
Institucional/PAI do UniRitter em seus direcionamentos e será realizada de forma
participativa.O processo acadêmico do curso se desenvolve em torno das previsões de
seu Projeto Pedagógico de Curso (PPC) que será avaliado a cada semestre pelos
acadêmicos, professores e coordenação do curso. Essa avaliação da ação educativa
do Curso, tendo por pano de fundo o seu PPC compreende: (1) as disciplinas; (2) o
desempenho docente; (3) a turma de acadêmicos; (4) a autoavaliação dos acadêmicos;
(5) o trabalho de conclusão de curso; (6) as formas de organização curricular; (7) as
atividades complementares.
Compete à CPA aplicar os instrumentos de coleta de dados, bem como proceder
à categorização, ao tratamento e à análise dos mesmos. As ações avaliativas geram
vários tipos de relatórios de avaliação institucional, conforme o tipo de avaliação
realizada. A divulgação e análise dos resultados constantes nesses relatórios
contemplam todos os envolvidos no processo, através de seminários, reuniões,
distribuição e exposição de material informativo. Os resultados são consolidados em
200
relatórios específicos do curso, entregues à sua coordenação e divulgados em reuniões
dos diferentes colegiados institucionais.
O Relatório de Avaliação do Processo Acadêmico envolve os tipos de avaliação
realizados com todos os resultados expressos numericamente, em gráficos, contendo
todas as observações feitas de ordem descritiva. Os Relatórios de Avaliação por
Disciplina são desmembrados do Relatório de Avaliação do Processo Acadêmico e
envolvem os mesmos elementos, mas referentes apenas à disciplina. Esses relatórios
particularizados são entregues aos docentes de cada disciplina.
A comunicação dos resultados do processo de avaliação do curso também é
feita aos acadêmicos, através de um Painel de Avaliação Institucional do Curso em que
são expostos num saguão de acesso às salas do mesmo, todos os gráficos referentes
à avaliação do semestre anterior, para divulgação e análise pelos acadêmicos.
O importante nesse processo de avaliação institucional é a utilização desses
dados na realimentação do processo acadêmico com um todo, em todos os seus
ângulos. Estimula-se uma análise ampla dos resultados da avaliação da ação
acadêmica em torno do PPC. Podemos exemplificar com a avaliação do processo
acadêmico do curso. Inicialmente a análise dos resultados dessa avaliação é feita sob
a forma de reflexão individual - pelo próprio ator envolvido, de posse somente de seus
próprios resultados - depois sob a forma de reflexão coletiva - em diferentes grupos:
(a) professores de um mesmo semestre analisando o seu desenvolvimento;
(b) professores por área de estudo, analisando o seu desempenho com o
coordenador setorial de ensino de graduação que os congrega;
(c) professores integrantes do grupo de coordenação ampliada do Curso,
analisando os resultados gerais do curso com a coordenação de curso;
(d) os colegiados do curso (Colegiado de Curso e CONGREGAÇÃO)
(e) o Fórum de Representação Estudantil - FORES, analisa os resultados gerais
e combinam uma forma de atingir aos demais acadêmicos;
(f) a Reitoria analisa os resultados gerais do Curso com a Direção Administrativa
e as Pró-Reitoria Acadêmica;
201
(g) a Pró-Reitoria Acadêmica analisa os relatórios do Curso no seu âmbito de
ação;
(h) o Núcleo de Apoio aos Discentes os analisam tendo em vista o
desencadeamento de necessárias ações de apoio aos acadêmicos do Curso;
(i) o Núcleo de Apoio à Educação a Distância (NE@D) dá suporte às atividades
desenvolvidas de forma presencial por meio do uso da Plataforma Blackboard;
(j) o Núcleo de Apoio aos Professores (NAP) analisa os resultados do
desempenho docente em geral e do rendimento escolar dos acadêmicos/turmas.
A Coordenação do Curso realizar tantas entrevistas individuais quantas se
fizerem necessárias com os integrantes do curso, a fim de equacionar as observações
feitas pelos acadêmicos. São, nesses momentos, realizados os reforços positivos aos
aspectos favoráveis mencionados e pensadas formas de correção dos desvios
apresentados pelos acadêmicos ou por eles interpretados como tal.
Os instrumentos próprios de avaliação do Curso, as estratégias de aplicação, o
cronograma de aplicação são previstos em acordo com o Calendário Acadêmico
Institucional. Além da autoavaliação, há previsão dos momentos de Avaliação Externa
do Curso, prevista no SINAES e realizada pelo INEP/MEC.
Claro está que é da mais fundamental importância que os resultados de ambos
os âmbitos de avaliação apontados - a dos acadêmicos e a de curso – sejam
amplamente analisados pelos sujeitos envolvidos, subsidiando a tomada de decisões,
pela coordenação ampliada (coordenação de curso, coordenações setoriais, de formas
de organização curricular), no sentido de corrigir os desvios, sanar as dificuldades e
aproveitar as potencialidades vislumbradas.
O PPC sinaliza que é importante o compromisso com o ensino, porém é
fundamental o compromisso com a aprendizagem - isso também é educação inclusiva.
Sem saneamento de lacunas, não pode haver autonomia intelectual. Esse exemplo
aplica-se às dificuldades com interpretação de textos, com produção textual e com
outras que são basilares para todas as disciplinas da graduação.
O mesmo modus operandi é articulado em relação aos resultados da avaliação
do processo acadêmico do curso, quando são apontadas as defasagens em termos de
desempenho docente. Parte-se do princípio de que encontrar o erro é possibilitar o
aperfeiçoamento. Vale lembrar que, também para isso, a Instituição mantém o
202
Programa Institucional de Apoio à Formação e à Qualificação Pedagógica Docente que
utiliza o Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP) para apoiar os docentes em termos de
pedagogia universitária.
Outra relevante atividade institucional desenvolvida no âmbito do Curso são as
Monitorias de Ensino, que têm como finalidade auxiliar os docentes e discentes na
construção das unidades curriculares. As monitorias se dividem em voluntárias, nas
quais os monitores recebem horas complementares, de acordo com sua duração, e
monitorias com contrapartida financeira, nas quais além das horas complementares, os
monitores recebem desconto na mensalidade. As Monitorias de Ensino para Discente
ajudam acadêmicos com deficiência e/ou mobilidade reduzida. Esses monitores são
supervisionados pelas Psicopedagogas do Núcleo de Apoio aos Discentes. As
Monitorias de Ensino para Laboratório auxiliam os professores responsáveis pelo
mesmo, nas ações desenvolvidas, com supervisão do professor responsável. As
Monitorias de Ensino para Docentes auxiliam no desenvolvimento da disciplina mais
complexa, onde o professor responsável acredita ser necessária a ajuda de um monitor.
Outro programa desenvolvido pelo NAD é o Psicoped, Programa Temático de
Atendimento Psicopedagógico e Pedagógico. Nele são oferecidos atendimentos
individualizados para ajudar os acadêmicos nas questões de aprendizagem. Quando
necessário, é feito encaminhamento para profissionais da área, como psicólogos,
psiquiatras, psicopedagogos, fonoaudiólogos conveniados com a Instituição.
O NAD conduz, também, o Programa de Representação Estudantil – FORES. O
Fórum de Representação Estudantil é um órgão colegiado do curso que tem como
função servir de ligação sistemática entre a coordenação do curso e o seu corpo
discente, buscando a integração entre professores, acadêmicos e os demais setores da
Instituição. O FORES reúne-se pelo menos duas vezes por semestre e é convocado
pelo Coordenador do Curso, que o preside. Também compõem o FORES uma
Pedagoga Institucional atuante no NAD, o presidente do Diretório Acadêmico do Curso
(D.A.), aqui referenciado pois é uma pretensão dos alunos do Curso, ou seu
representante, e por um ou mais acadêmicos representantes de cada turma do curso,
eleito por seus pares.
203
18. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
No cotidiano, a integração das Tecnologias de Informação e Comunicação
(TICs) criou novas formas de interação entre as pessoas, que implicaram no
redimensionamento das funções e dos papéis sociais. As TICs permitem a transição do
papel professor, de único detentor do saber para mediador no processo de formação
possibilitando ao estudante a adoção de condutas mais ativas. Nesse contexto, a
participação do acadêmico como ator no processo de construção do seu conhecimento
é fundamental, mas o professor deve estar presente para orientar, interpretar e
contextualizar as necessidades individuais e grupais.
Para proporcionar práticas pedagógicas que integram recursos de tecnologia de
informação e comunicação na mediação do processo ensino-aprendizagem, o UniRitter,
dispõe de equipamentos de informática para o professor em todas as salas de aula,
como por exemplo: retroprojetor e internet wireless. Todas as unidades possuem
conexão à internet, garantindo acesso aos serviços internos como portal do acadêmico,
sistema acadêmico, sistema de EAD, biblioteca e outros. O portal do acadêmico permite
a criação de fóruns para discussão via online de tópicos específicos da unidade
curricular e pode anteceder a aula expositiva dialogada ou ser utilizada no tempo de
aula presencial como ferramenta de TICs (Tutorial de Fóruns BlackBoard).
A disponibilidade de acesso permite a utilização de ferramentas para discussão
de temas da saúde como os sistemas de informação em saúde de agravos/doenças e
os consolidados de resultados de dados gerados pelo próprio sistema de saúde vigente,
o SUS. Sobre sistemas de informação em saúde entende-se como um mecanismo de
coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se
planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. A transformação de um dado
em informação exige, além da análise, a divulgação e elaboração de recomendações
para melhoria da qualidade da oferta de serviços de saúde. Para tal, o professor poderá
utilizar dados e informações em tempo oportuno do sistema de saúde a nível regional,
municipal e federal, para fundamentar discussões sobre indicadores e estado de saúde
da população.
O uso de TICs é uma realidade vivenciada pelos alunos do UniRitter que uma
vez que matriculados obtêm acesso ao portal do aluno através do seu número de
matricula. O acesso pode ser realizado de qualquer computador, celular ou tablet. Na
204
página personalizada o aluno irá encontrar orientações que irão permear a sua vida
acadêmica. No portal do aluno, basicamente, estão informações sobre as unidades
curriculares matriculadas, horários e sala das aulas, planos de ensino, acesso a
biblioteca, avaliações individuais e institucional e o ambiente virtual de ensino
aprendizagem Blackboard. O discente pode também ter acesso às informações quanto
ao vínculo com a instituição, histórico escolar, acompanhamento de notas, boletos de
pagamento e demais requerimentos de interesse acadêmico, via internet através do
portal. Além disso, é possível personalizar a página inicial com os serviços que o aluno
mais utiliza ou que são mais relevantes a sua vida acadêmica, e um sistema de
notificações avisará todas as novidades importantes da instituição.
A comunidade acadêmica conta com webspaces para acesso à internet e rede
wi-fi em todo o campus. As salas de aulas são equipadas com multimídias e para
algumas aulas são disponibilizados tablets com programas especiais e equipamentos
de realidade virtual aumentada.
O professor em sala de aula procura usar recursos tecnológicos (uso de rádio,
televisão, computador, data show, internet, ipads) no processo ensino-aprendizagem
que estimulam a concentração, motivam e estimulam o desenvolvimento crítico. Ao
pedir trabalhos e seminários os professores incentivam os acadêmicos a usarem a
internet delimitando perguntas e dando sugestão de páginas da web para serem usadas.
Assim, procura-se focar nas dificuldades que possivelmente poderão ser somadas no
processo de ensino-aprendizagem, o que favorece um pensamento criativo e
capacidade de tomar decisões e potencializa a autonomia e a responsabilidade
individual e grupal.
Neste aspecto o professor poderá utilizar recursos que a instituição oferece como
Ipads, poderá utilizar até mesmo o aparelho de celular pessoal do acadêmico conectado
ao WiFi da IES, ao utilizar ferramentas como o aplicativo PadLet para discussão e
aprendizagem entre pares através de metodologias ativas.
O Curso de Farmácia utiliza as TICs no processo de ensino e de aprendizagem
permitindo executar o projeto pedagógico do curso. Por intermédio da utilização dos
portais do professor e do estudante, o docente tem condições de interagir intensamente
com o aluno, postando o material recomendado em sala de aula como suporte ao
processo de aprendizagem, além da criação de fóruns de discussão, da elaboração de
enquetes e do compartilhamento de conhecimento professor-aluno e aluno-aluno. O
docente também conta com a disponibilidade dos laboratórios de informática, recebe
205
treinamento para melhor utilizar as ferramentas e é estimulado para que o utilize como
forma de familiarizar o aluno ao uso da tecnologia.
O Curso conta também com o uso do SPSS (Statistical Package for Social
Sciences) para o estudo de bioestatística, metodologia de pesquisa, realização de TCC,
pesquisas e demais levantamentos e análise de dados e o programa Sniffy – O rato
Virtual, utilizado na unidade curricular de Análises Toxicológicas e Ambientais onde o
aluno pode analisar o comportamento diante do uso de determinada droga. Além destes,
nas unidades curriculares de Morfologia Humana e Sistemas Corporais são utilizados
softwares e aparelhagem tecnológica para o ensino da anatomia e fisiologia viva,
preceitos dessa aprendizagem no Modelo de Aprendizagem em Saúde da Rede
Laureate, que não utiliza cadáveres no todo ou em parte, e sim seus substitutos
tecnológicos fidedignos. A alta tecnologia também está presente nos laboratórios de uso
comum da saúde, dentre os quais a Enfermaria Simulada que proporciona ao estudante
de Farmácia a aprendizagem da situação hospitalar em ambiente controlado. A
Simulação de alta complexidade utiliza modelos que interagem com o aluno num
ambiente de aprendizado profundo com alta tecnologia.
O registro e controle acadêmico, envolvendo todas as atividades discentes, são
feitos pela Secretaria Acadêmica da Instituição por meio de programas informatizados
apropriados para este fim. O registro acadêmico é feito por um sistema que atende aos
requisitos de segurança, confiabilidade, transparência e agilidade das informações. O
UniRitter mantém em sua página na Internet atualizada, no endereço
www.UniRitter.edu.br, com informações sobre o calendário acadêmico, bem como as
últimas informações institucionais, que se fazem necessárias sempre que a Reitoria
edita Ofício Circular comunicando as informações importantes para o bom andamento
das atividades prevista.
Portanto, a integração de TICs nos Cursos de Graduação tem potencialidade de
despertar para a transição do ensino baseado na transferência de conteúdos para um
ensino mais autônomo, dinâmico, não-linear e pró-ativo.
19. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO EM ENSINO-APRENDIZAGEM
206
O processo de avaliação do UniRitter é caracterizado como um processo coletivo
de reflexão sobre sua prática, seus compromissos com a sociedade, sobre o
desenvolvimento de suas diferentes atividades na busca permanente e sistemática de
sua qualidade de ensino. Mediante um processo democrático e emancipatório, visa
promover ações avaliativas que permitam explicar e compreender de forma crítica as
estruturas de gestão, ensino e afins, propondo alternativas para seu constante
aperfeiçoamento.
A avaliação do processo de ensino e aprendizagem é composta pela avaliação
dos estudantes, na qual se busca aferir a efetiva aprendizagem dos mesmos. Para
avaliar o aproveitamento dos alunos nos diferentes componentes curriculares, o Projeto
Pedagógico do Curso (PPC) de cursos presenciais, devidamente alinhado aos
documentos institucionais do UniRitter, estabelece três momentos avaliativos, quais
sejam: Graus A, B e C.
As metodologias e os critérios de avaliação utilizados no UniRitter estão
descritos no Regimento Geral da instituição conforme citado abaixo:
Art.82 O processo de avaliação do rendimento escolar, com os seus princípios
e detalhamento, se refere aos resultados semestrais de cada disciplina e compreende a
avaliação do aproveitamento e a apuração da assiduidade dos alunos.
Art. 83 - A avaliação do rendimento escolar tem como base os seguintes
princípios:
I - a definição de procedimentos, de instrumentos e do tempo dedicados à
avaliação da aprendizagem são partes fundamentais integrantes do processo de ensinar
e aprender;
II - a avaliação da aprendizagem é concebida como processo continuado,
cumulativo e gradativo que envolve, de forma ascensional, situações de complexidade
crescente que se refiram aos conteúdos, às habilidades cognitivas de observação,
descrição, comparação, análise, síntese, expressão, elaboração, aplicação e,
suplementarmente, memorização;
207
III - é fundamental a explicitação de critérios e indicadores de aplicação dos
mesmos na identificação, no acompanhamento e no julgamento do desempenho dos
alunos;
IV - a utilização de atividades, de instrumentos e de formas de aferição da
aprendizagem deve ser adequada às características, funções e especificidade de cada
disciplina;
V - o sistema de avaliação prevê a manutenção da simplicidade e da transparência
da fórmula, através da qual são apurados os níveis de desempenho atingidos pelos
alunos, como predicados da mensuração e expressão dos resultados inerentes ao
processo de ensino-aprendizagem;
VI - o desempenho dos alunos é base para a orientação, para a retroalimentação
e para o ajuste da prática docente e consiste em um auxílio para a reorientação discente
no processo de aprendizagem;
VII - o processo de avaliação é visto como incentivo para os alunos, no sentido de
superar os requisitos mínimos exigidos para a aprovação, e também como orientação
para o desenvolvimento de suas potencialidades, buscando um desempenho que prime
sempre pela qualidade.
Art. 84 Em se tratando de cursos presenciais (de graduação e técnicos), o
rendimento escolar do aluno deve ser avaliado no decurso do período letivo, em cada
disciplina teórica e teórico-prática, através de exercícios, trabalhos teóricos, trabalhos
práticos, testes, provas ou outras modalidades de avaliação de aprendizagem, com vistas
a apurar três situações de formalização de resultados obtidos:
I – Grau A
II – Grau B
III – Grau C
§ 1º Os resultados obtidos são formalizados através de símbolos numéricos
compreendidos entre 0 (zero) e 10 (dez) e expressos até o décimo.
§ 2º Nos componentes curriculares que não possuem terminalidade em si e não
são avaliados da forma descrita no caput do artigo, tais como: oficinas de prática, estágios
obrigatórios, atividades complementares de integralização curricular e 1ª etapa do
208
trabalho de conclusão de curso (quando esse é desenvolvido em 2 (duas) disciplinas que
ocorrem em 2 (dois) semestres letivos), o resultado será formalizado através da indicação
de cumprido ou não cumprido, devendo, também, ser registrada a carga horária
desenvolvida.
§ 3º O aluno que obtiver, nos Graus A e B, média aritmética ponderada de, no
mínimo, 6,0 (seis) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco) das aulas dadas é
considerado aprovado.
§ 4º Deve submeter-se à avaliação prevista para o Grau C o aluno que não lograr
obter a média prevista no artigo anterior, uma vez que tenha a frequência mínima de 75%,
(setenta e cinco), sendo considerado aprovado, neste caso, o aluno que obtiver média
aritmética ponderada de, no mínimo, 6,0 (seis).
Art. 84 - A - A avaliação do rendimento escolar obedece aos seguintes aspectos:
I – o Grau A formaliza os resultados obtidos em procedimentos de avaliação que
envolvam o conteúdo desenvolvido até a sua apuração e tem peso 1 (um);
II – o Grau B formaliza os resultados obtidos através de, no mínimo, dois
procedimentos de avaliação diferentes que envolvam a integralidade dos conteúdos
abordados no semestre e tem peso 2 (dois). No caso de a disciplina exigir trabalho(s)
prático(s), a apresentação deste(s) é condição obrigatória para se submeter aos
procedimentos de avaliação que integram o Grau C, se este for necessário;
III – o Grau C formaliza os resultados decorrentes de procedimentos de avaliação
que envolvam os conteúdos abordados no semestre e possibilita a substituição de um dos
graus anteriores ou a recuperação de um dos graus, quando inexistente;
IV – no caso de substituição ou recuperação do Grau A, o Grau C tem peso 1 (um)
e, no caso de substituição ou recuperação do Grau B, tem peso 2 (dois);
V – a aplicação dos diferentes procedimentos e instrumentos de avaliação
destinados a constituir os graus em cada disciplina é definida em cronograma
estabelecido pelo professor, constante no seu plano de ensino e divulgado previamente
aos alunos, observadas as determinações constantes no Calendário Acadêmico
Institucional;
VI – o prazo limite para a realização dos procedimentos de avaliação destinados
a constituir os Graus B e C, estabelecidos no Calendário Acadêmico Institucional, não
209
isenta o professor do cumprimento efetivo do período letivo, do programa e das atividades
previstas para a disciplina;
VII – a análise com os alunos dos resultados obtidos com base nos referenciais
que orientaram o processo de avaliação, integra os procedimentos didáticos referentes à
avaliação da aprendizagem;
VIII – a revisão dos resultados obtidos nos Graus A e B é feita diretamente com o
professor da disciplina após a análise e a divulgação;
IX – a revisão dos resultados obtidos no Grau C é feita com o professor da
respectiva disciplina, após a análise e a divulgação, nos termos do calendário acadêmico.
Parágrafo Único - Nas disciplinas de 2 (dois) créditos acadêmicos, o Grau B, de
que trata inciso II, pode ser obtido pelo resultado de apenas um procedimento de
avaliação.
Art. 85 - Quanto às disciplinas ofertadas na modalidade a distância, o processo
avaliativo será realizado em duas etapas:
I – A nota 1 (N1) consiste em atividades virtuais avaliativas desenvolvidas ao longo
do semestre que possibilitam avaliar o aluno continuamente;
II – A nota 2 (N2) consiste em prova presencial, individual e sem consulta.
Art. 86 - A nota final do aluno em disciplinas a distância será a obtida por meio da
média ponderada da N1 e N2, considerando que a N1 terá peso quatro (4) e a N2 terá
peso seis (6): Nota Final = 0,4xN1 + 0,6xN2
Parágrafo Único - Caso o aluno não alcance a nota mínima de seis (6,0) pontos,
deverá realizar uma prova presencial, individual e sem consulta, substitutiva somente à
nota 2 (N2sub), desde que tenha participado de, no mínimo, 75% das atividades virtuais
obrigatórias da disciplina.
Art. 87 - Nas disciplinas a distância, a frequência será apurada a partir da
completude das atividades obrigatórias propostas no ambiente de aprendizagem,
seguindo o mesmo critério para aprovação previsto neste regimento.
Art. 88 – Em caso de necessidade de arredondamento para expressar a média
final até o décimo, são adotados os seguintes procedimentos:
210
I – se o algarismo dos centésimos for menor que 5 (cinco), permanece o valor do
décimo;
II – se o algarismo dos centésimos for igual ou maior que 5 (cinco), o valor do
décimo fica acrescido de 1 (uma) unidade.
Art. 89 Nas disciplinas de caráter eminentemente prático, que não as teóricas e
teórico-práticas, de acordo com o PPC de cada curso, dada a sua especificidade, serão
mantidos, somente, os Graus A e B.
§ 1º O grau A expressa a avaliação de processo referente à prática desenvolvida
na disciplina e deve receber a sinalização definida no seu plano de ensino, previamente
aprovado na forma de organização curricular em que o componente curricular se insere e
homologado pelo Colegiado de Curso.
§ 2º O grau B expressa a avaliação final da disciplina, englobando a recuperação
do grau A, quando necessária. Sendo a avaliação da atividade prática contínua, gradativa
e cumulativa, o seu resultado final contém a retroalimentação e a recuperação das etapas
intermediárias avaliadas pelo grau A.
§ 3º É considerado aprovado na disciplina o aluno que obtiver, no grau B, nota
igual ou superior a 6 (seis).
§ 4º O grau C fica suprimido, considerando-se que a retroalimentação e a
recuperação da atividade prática acontecem simultaneamente ao longo do semestre e
estão expressas no grau B.
§ 5º Cada curso, através de seu Colegiado de Curso, identifica as disciplinas
que se enquadram como sendo de caráter eminentemente prático, regulamentando os
seus padrões de desempenho, encaminha para a Pró-Reitoria de Graduação que as
submeterá à aprovação do CONSEPE.
Art. 90 O aluno reprovado, por não ter atingido, seja a frequência mínima, seja
as notas mínimas exigidas nos graus, deve repetir a disciplina, sujeito, na repetência, aos
mesmos requisitos de frequência e de aproveitamento estabelecidos neste Regimento
Geral.
Parágrafo Único O aluno repetente é obrigado a fazer novos trabalhos de prática
ou de pesquisa, não sendo válidos os do semestre anterior.
211
Art. 91 Não será atribuído crédito:
I às horas dedicadas à realização de estudos individuais, atividades co-curriculares e
outras similares, a critério do Colegiado de Curso;
II às disciplinas em que houver reprovação.
Disciplina = unidade curricular.
20. NÚMERO DE VAGAS
O curso de Farmácia do UniRitter oferece cem (100) vagas anuais.
21. INTEGRAÇÃO DO CURSO COM O SISTEMA LOCAL E REGIONAL
21.1 INTERAÇÃO COM AS REDES PÚBLICAS DE ENSINO
O Curso de Farmácia do UniRitter se insere na convicção de que o conhecimento
é construído e que o aluno aprende com significado quando problematizado por
questões cujo nexo interligam situações vivenciadas e novos desafios. Os alunos do
curso de Farmácia na unidade curricular de Agressão e Defesa realizam
semestralmente palestras sócio educativas para o Ensino Fundamental na Escola
Estadual Brigadeiro Silva Paes, localizada no entorno do campus do UniRitter. Os
alunos escolhem o tema e como será a abordagem aos estudantes da escola. No
semestre de 2015/2 o assunto escolhido foi o de Higienização das Mãos, que foi
explicado através de Teatro e Atividades aos alunos do Jardim (faixa etária de 3 a 5
anos).
No semestre de 2016/01, realizou-se a construção de um Horto Medicinal na
Escola Estadual Brigadeiro Silva Paes, também localizada no entorno do UniRitter, com
o apoio da coordenação da escola e da professora de Ciências e a colaboração dos
alunos do 7° ano do Ensino Fundamental. Em cada encontro realizado na Escola, os
alunos da unidade curricular de Farmacognosia buscaram, através do envolvimento
com a turma, o resgate do uso de plantas medicinais e o seu cultivo (Figura 21-1). Em
212
conjunto, foi construído o Horto Medicinal no pátio da Escola, uma réplica do que o
Curso possui no campus, com materiais recicláveis e doações de terra, mudas de
plantas, tintas e madeira.
No semestre de 2016/02, a ação teve continuidade sendo então denominada
“Plantando Ideias, Colhendo Saberes”. Na ocasião, a turma da escola teve uma aula
sobre Remédios Fitoterápicos, totalmente planejada pelos alunos do curso de Farmácia,
no Laboratório de Práticas Farmacêuticas. Estas práticas disciplinares com as escolas
da comunidade aproximam a comunidade da instituição e promove ações de
responsabilidade social que impactam a sociedade.
Figura 21-1. Construção de um Horto Medicinal na Escola Estadual Brigadeiro Silva
Paes, colaboração dos alunos do 7° ano do Ensino Fundamental e os alunos da unidade
curricular de Farmacognosia.
213
21.2 INTEGRAÇÃO DO CURSO COM O SISTEMA LOCAL E REGIONAL DE
SAÚDE/SUS – RELAÇÃO ALUNO/DOCENTE
Com o objetivo de atender as demandas do serviço e facilitar o processo de
ensino aprendizagem, é estabelecida a proporção limite de quatro para cada professor
supervisor por turno prático.
O convênio com entre a Faculdade de Ciências da Saúde do UniRitter e a
Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre tem início no primeiro semestre do ano
de 2013, a partir da formalização do Acordo de Cooperação Técnica. Tal acordo,
abrange práticas disciplinares como visitas e entrevistas às Unidades de Saúde e
também estágios, projetos de extensão e pesquisa. Com a formalização do acordo, o
UniRiiter se torna o Distrito Docente Assistencial de referência da Gerência Distrital
Sul/Centro Sul, fomentando a Política Nacional de Integração Ensino e Serviço. A região
conta com uma população de 200.000 habitantes distribuídos em importantes bairros
da cidade como Ipanema, Guarujá, Nonoai, Tristeza, Camaquã, entre outros. Também
abrange uma parte significativa da Zona Rural de Porto Alegre.
No início do convênio, a primeira ação escolhida foi realizar um ‘reconhecimento
do campo’ e ‘levantamento de necessidades’, para isso, iniciamos um projeto de
extensão interdisciplinar com a participação dos alunos da Fisioterapia, Psicologia,
Enfermagem, Farmácia, Biomedicina e Nutrição. Nessa fase, visitamos todas as 18
Unidades de Saúde do território, conversando com servidores, agentes comunitários de
saúde, usuários e lideranças comunitárias. Deste estudo, desenvolvemos o Projeto:
“Integração Acadêmica nas Redes de Atenção e Cuidado” apresentado na Semana de
Pesquisa e Extensão da UniRitter, recebendo destaque acadêmico.
21.3 PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SAÚDE COMUNIDADE (PISC)
Esta unidade curricular apresenta programas envolvendo todos os Cursos da
Faculdade de Ciências da Saúde do UniRitter, com ações comunitárias em prevenção
e promoção da saúde, tendo como ponto de partida temas de interesse em saúde
pública, levantamento de dados epidemiológicos e análise dos resultados, de tal forma
que a intervenção não seja apenas do ponto de vista assistencial, mas que possa
contribuir, definitivamente, para a implementação de políticas de melhoria da qualidade
de vida da comunidade.
214
Local: Unidades de Saúde e comunidade pertencente ao Distrito docente
assistencial do UniRitter - Centro-Sul (GD/SCS)
Período: Durante o ano letivo 2015/2016/2017 – alunos do curso de
Farmácia e demais cursos da Faculdade de Ciências da Saúde.
Número de Professores/Supervisores: 04 professores.
População atingida: Comunidade pertencente ao Distrito docente
assistencial do UniRitter - Centro-Sul (GD/SCS).
Descrição das atividades: Os acadêmicos são divididos em equipes
multidisciplinares para que sejam desenvolvidos projetos de intervenção
interdisciplinares que atentam as necessidades da comunidade. Na ocasião, são
realizados encontros que possibilitam, por exemplo, a promoção da saúde e a
prevenção de enfermidades no âmbito escolar, assim como, da integração ensino-
serviço por meio de ações que extrapolem o setor saúde (Figuras 21-2 à 21-4).
Figura 21-2. Acadêmicos do Programa Interdisciplinar Comunitário (PIC) em ação no asilo.
215
Figura 21-3. Docentes do Programa Interdisciplinar Comunitário (PIC)
Figura 21-4. Acadêmicos do UniRitter, realizando ação na comunidade para o combate do
mosquito Aedes aegypti, vetor de algumas doenças de grande prevalência na população.
A partir de 2014, passamos a realizar uma ‘análise da demanda’ organizando as
prioridades, estruturando nossas estratégias de participação e integração. Entre elas,
destacamos: saúde do idoso, gravidez na adolescência, hipertensão, diabetes, saúde
na escola, zoonoses e controlo social. A seguir realizamos as práticas curriculares onde
o aluno entra em contato com a realidade do SUS, aprendendo a trabalhar em equipes
interdisciplinares ampliando sua implicação com os processos de transformação do
216
contexto local.
A SMS também realizou diversas ações no UniRitter como por exemplo: a
Semana de Saúde do Trabalhador e Prevenção de Acidentes; Capacitação em Saúde
Mental; Saúde da População Negra e Encontro nos NASF’s do município. Em novembro
de 2016 ocorreu no UniRitter a Mostra de Atenção Básica do Distrito Sul e Centro Sul
que teve como objetivo promover as iniciativas inovadoras dos serviços de saúde. Os
dez melhores trabalhos de cada distrito serão enviados para a Mostra Municipal que
acontecerá em dezembro/2016 no Gasômetro em Porto Alegre. Além disso, nosso corpo
docente está presente na equipe de monitoramento da região e frequenta o conselho
distrital.
Contudo, percebemos que a relação entre aluno, docente e o SUS está em
sintonia com as políticas nacionais em saúde e educação afirmando uma perspectiva
ética, solidária e participativa, alicerçando a formação de um farmacêutico inserido na
comunidade e mais focado as questões sociais.
Cabe ressaltar que em 2017, todos os estudantes em estágio obrigatório ou não
obrigatório nas farmácias do Distrito Sul e Centro Sul eram do curso de Farmácia do
UniRitter.
21.4 INTEGRAÇÃO DO CURSO COM O SISTEMA LOCAL E REGIONAL DE
SAÚDE/SUS – RELAÇÃO ALUNO/USUÁRIO
O curso de Farmácia do UniRitter disponibiliza acesso dos estudantes aos
equipamentos de saúde pública por intermédio de convênio formalmente estabelecido
entre a rede pública de saúde – Prefeitura Municipal de Porto Alegre (sob o termo nº
0498992) – tendo como distrito docente assistencial a região Sul/Centro-sul do
Município de Porto Alegre e Hospital Psiquiátrico São Pedro (convênio firmado com a
Rede Estadual). Os convênios têm como objetivo, proporcionar experiência através de
estágios supervisionados, visitas técnicas e rotações práticas. O convênio com a
Prefeitura apresenta validade de 04 anos renegociados e renovados periodicamente
estando de acordo com as disposições da Lei Federal nº11.788, de 25 de setembro de
2008.
Por consequência da dinâmica do curso de Farmácia, o contato com os
pacientes, em ambiente do SUS, é evidente nas unidades curriculares de Práticas
217
Farmacêuticas em Saúde Pública, Farmacognosia, Estágio Curricular Obrigatório em
Assistência Farmacêutica e Farmácia Clínica e Hospitalar, momento em que os
estudantes passam por atividades coletivas de contato com os pacientes
individualmente e coletivamente, se inserem na sistemática das políticas de saúde e da
política de assistência farmacêutica. Durante o ciclo do estágio em ambiente do SUS,
os estudantes também realizam atendimentos individuais e são instruídos a orientar
pacientes quanto a segurança e ao uso racional de medicamentos, vivenciam as ações
em saúde e as práticas decorrentes da assistência farmacêutica municipal e estadual.
Acreditamos no curso de Farmácia do UniRitter que a transformação da
realidade somente será possível quando os futuros farmacêuticos puderem refletir e
colaborar acerca dos dados contextuais, problematizando-os, e, com apoio de uma
sólida base teórica, saibam buscar alternativas, no trabalho coletivo, tarefa que se inicia
na graduação com a vivência prática.
22. ATIVIDADES PRÁTICAS DE ENSINO PARA ÁREAS DA SAÚDE, REGISTROS ATÉ
2017/1, CURRÍCULO 3.
A crescente demanda do mercado de trabalho atual exige que o profissional
esteja em constante qualificação e aprimoramento. Portanto, torna-se indispensável
formar um Farmacêutico com perfil inovador, polivalente e interdisciplinar, capaz de
atuar em todas as esferas da prática profissional. Desta forma, o curso de Farmácia do
UniRitter investe na integração entre teoria e prática, de forma transversal e gradativa,
desde o início do curso, propiciando um aprendizado dinâmico e ativo.
Ao longo da formação o aluno do Curso de Farmácia do UniRitter possui
diferentes atividades práticas de ensino para a saúde com o intuito de preparar o aluno
de maneira dinâmica e real para a vida profissional. De acordo com as DCNs as práticas
no curso devem ser integrativas voltadas para o desenvolvimento de habilidades e
competências em situações de complexidade variada, representativas do efetivo
exercício profissional, culminando sob a forma de estágio supervisionado. As unidades
curriculares, de caráter teórico e teórico-prático, conduzem o estudante ao
desenvolvimento de habilidades e competências do profissional verificadas nos estágios
obrigatórios e posteriormente executadas na vida profissional.
218
As atividades práticas no curso, organizadas na forma de praticários/roteiros, se
dividem em quatro tipos com complexidade crescente: atividades de treino de
habilidades em sala de aula ou laboratórios; desenvolvimento de cenários de simulação
com atores e roteiros pré-estabelecidos a fim de desenvolver e debater as habilidades
e competências determinadas em cada cenário; rotações práticas e clínicas, quando o
aluno executa práticas externas vinculadas à casos reais e por fim os estágios
propriamente ditos. Estas atividades estão distribuídas por várias unidades curriculares
ao longo do curso, de modo transversal, onde o aluno revisita temas já estudados,
especialmente aquelas componentes do bloco Práticas e Habilidades, como já está
evidenciado neste PPC.
Dentre estas atividades, os alunos praticam em aulas laboratoriais a partir do
primeiro semestre, guiados pelos roteiros de práticas, em treinos de habilidade de modo
transversal em todo o eixo de Práticas e Habilidades, bem como nas Práticas
Complementares. As atividades de simulações podem ser interdisciplinares e
multiprofissionais, com outros cursos da Faculdade de Ciências da Saúde. Os alunos
também realizam visitas técnicas com o objetivo de observar a rotina profissional dos
locais. As rotações práticas e clínicas também são utilizadas permitindo o aluno
vivenciar a rotina e as experiências necessárias para sua formação, por meio de contato
com pacientes em ambiente hospitalar e em demais instâncias do SUS, através de
visitas monitoradas em unidades básicas de saúde, Vigilância Municipal em Saúde e
Secretaria Estadual de Saúde. Na unidade curricular de Interação Clínica Patológica,
por exemplo, os estudantes, a partir de uma determinada patologia, revisam os
conceitos adquiridos nos eixos Estrutura e Função e Fundamentação Biológica e
integram a teoria à prática através da observação do prontuário do paciente in loco,
numa unidade de saúde. Os conceitos são então integrados, observando a rotina do
profissional da saúde no atendimento ao paciente.
Com este propósito, as atividades práticas ocorrem numa lógica de integração
teoria e prática conforme segue:
- 1º Semestre: inserção de atividades práticas básicas, relacionadas à atuação
do profissional Farmacêutico, na unidade curricular de Princípios Farmacêuticos;
atividades de integração multiprofissionais teórico práticas nas unidades curriculares de
Comunicação e Expressão, Processos Biológicos, Morfologia Humana e
Fundamentação Química aplicada às Biociências. As normas de biossegurança
praticadas em Princípios Farmacêuticos já são aplicadas em Fundamentação Química,
219
observando uma sequência lógica dentro dos cronogramas das unidades curriculares.
As atividades práticas de Processos Biológicos interagem com as de Morfologia
Humana, durante todo o semestre. Quando os alunos estudam o Sistema Hepático em
Morfologia Humana, em Processos Biológicos, paralelamente trabalham as
macromoléculas, dentre elas as proteínas/enzimas, onde buscam a localização das
Citocromo P450 hepáticas, por exemplo.
- 2º semestre: a unidade curricular Desenvolvimento de Fármacos continua a
promoção de práticas profissionais, inserindo os alunos na área da produção de
medicamentos, abordando de forma ética as etapas de produção de medicamentos,
com um aumento gradual da complexidade, tratando de forma transversal e prática
temas abordados nas demais unidades curriculares do semestre, tais como Agressão e
Defesa, Processos Metabólicos, Homeostase e Química Orgânica. Além disto, a
unidade curricular Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente, também desenvolve
atividades de integração teoria e prática, situando o aluno em questões de meio
ambiente, étnico raciais e de direitos humanos, dentre outras. O projeto sustentável
Recolhimento de Medicamentos Vencidos é abordado nas unidades curriculares do
segundo semestre, principalmente as que revisitam a questão do uso racional e da
sustentabilidade.
- 3º semestre: a unidade de ensino Farmacognosia continua a promoção de
práticas profissionais, abordando o uso de plantas medicinais na terapia
medicamentosa, com um aumento gradual da complexidade, abordando de forma
transversal e prática temas tratados nas demais unidades curriculares do semestre, tais
como Terapêutica Medicamentosa, Físico-Química aplicada às Ciências Farmacêuticas
e Química Analítica. Neste semestre, os alunos já realizam a rotação prática no Horto
Didático de Plantas Medicinais do Curso de Farmácia, evidenciada anteriormente, onde
ocorre na própria instituição o cultivo e a identificação de plantas medicinais com
potencial farmacológico. Também no 3º semestre, a unidade curricular Desenvolvimento
Humano e Social também desenvolvem atividades de integração teoria e prática.
- Do 4º ao 10º semestre: nestes semestres se consolida mais fortemente as
unidades curriculares do bloco Práticas e Habilidades, onde desenvolvem-se de forma
integrada os conhecimentos teóricos e práticos referentes às principais áreas de
atuação do Farmacêutico objetivando a formação de competências do profissional
farmacêutico. Esta integração, que tem por objetivo propiciar aos alunos uma
experiência de ensino generalista, porém significativa, através da aplicação imediata da
220
fundamentação teórica à prática profissional, ocorre especialmente nas disciplinas de
Terapêutica Medicamentosa Integrada, Análises Toxicológicas e Ambientais,
Farmacotécnica I e II, Práticas Farmacêuticas em Saúde Pública, Química
Farmacêutica, Interação Clínico Patológica, Análises Clínicas I, II e III, Assistência
Farmacêutica, Farmácia Clínica e Hospitalar, Controle de Qualidade, Análise de
Alimentos, Tecnologia de Alimentos, Cosmetologia e Tecnologia de Cosméticos e
Homeopatia. O aluno ao mesmo tempo que fortalece uma área de atuação, já é
apresentado a outra área, numa maneira transversal, experimentando a prática e
construindo um profissional engajado, sabedor das suas atividades, detentor de um
conhecimento que vai aos poucos se consolidando e moldando futuro farmacêutico do
UniRitter.
- Do 7º ao 10º semestre: A medida que os semestres avançam, novas áreas vão
surgindo. Nestes semestres continua o ensino do bloco Práticas e Habilidades, onde se
desenvolvem de forma integrada os conhecimentos teóricos e práticos referentes à
diversas áreas de atuação do Farmacêutico. Nesta integração, que tem por objetivo
propiciar aos alunos uma experiência de ensino significativa, através da aplicação
imediata da fundamentação teórica à prática profissional, o aluno experimenta a unidade
curricular Programa Interdisciplinar Comunitário, onde a prática na comunidade a que
está inserido torna-se única na formação de um farmacêutico atuante na equipe
multidisciplinar e conhecedor da sua realidade e das políticas em saúde.
- Do 6º e 10º semestres: a integração entre a teoria e a prática, trabalhada desde
o início do curso, torna possível que o estudante chegue aos Estágios Curriculares
Supervisionados, com mais maturidade e sendo detentor do conhecimento, das
habilidades e das competências necessárias para o bom desempenho das atividades
profissionais. Neste contexto, os estágios evidenciam-se como o ápice da integração
teoria e prática. Esta integração é estimulada para que o estudante chegue ao final do
curso com mais maturidade para o enfrentamento dos estágios supervisionados, onde
atuarão de forma integral nas cinco principais áreas da Farmácia, conforme o perfil
epidemiológico da região.
Os organogramas abaixo apresentam como as atividades práticas, como as
rotações práticas e clínicas e as simulações de baixa e alta complexidade, permeiam-
se nas unidades de ensino, preparando o aluno para os estágios supervisionados onde
enriquecerá ainda mais o aprendizado (Figuras 22-1 à 22-5). O aluno do curso de
Farmácia do UniRitter ao iniciar os estágios está preparado para validar a prática
221
experimentada durante o curso. Com isso, fica evidenciado que o Curso forma um
profissional generalista fortalecido pela articulação da teoria-prática, desde o primeiro
semestre. A crescente demanda do mercado de trabalho atual exige que o profissional
esteja em constante qualificação e aprimoramento. Portanto, torna-se indispensável
formar um farmacêutico com perfil inovador, polivalente e interdisciplinar, capaz de atuar
nas principais esferas da prática profissional. Desta forma, o curso de Farmácia do
UniRitter investe na integração entre teoria e prática, de forma transversal e gradativa,
durante o decorrer do curso, propiciando um aprendizado dinâmico e ativo. As práticas
disciplinares externas em Hospitais, Farmácias e Drogarias, Unidades Básicas de
Saúde, campos de prática como as Indústrias Farmacêuticas são inseridas nos planos
de aula das unidades de ensino. Existe uma grande parceria do curso de Farmácia do
UniRitter com estes locais de atuação farmacêutica permitindo o contato com a
realidade profissional.
Figura 22-1. Organograma das atividades práticas desenvolvidas junto com o
embasamento teórico objetivando as competências necessárias para o estágio curricular
supervisionado em Assistência Farmacêutica.
Considerando o Sistema de Saúde atual, a organização dos serviços está
amparada em políticas que garantem uma organização e uma sistematização do
trabalho em saúde, considerando os diferentes níveis de atenção. Dessa maneira, o
entendimento da gestão em saúde para a realidade brasileira, parte de um trabalho
222
técnico, político e social capaz de integrar recursos e ações para a produção de
resultados. Para que o futuro profissional farmacêutico desenvolva competências para
a execução do trabalho em gestão em saúde, considerando a rede de cuidados do SUS
é necessário desenvolver atividades que identifiquem e registrem os problemas e as
necessidades de saúde, conhecendo e compreendendo as políticas públicas de saúde,
bem como a organização dos serviços, sistema de saúde e a gestão da informação
nestes locais. Dessa maneira as unidades curriculares de Saúde Coletiva, Práticas
Farmacêuticas em Saúde Pública e Assistência Farmacêutica, trazem no seu programa
assuntos que objetivam desenvolver no discente um conhecimento integrado e aplicado
a atender essa demanda (Figura 21-1). São exemplos de alguns dos conteúdos
trabalhados:
as Redes de Atenção e Cuidados no SUS;
as noções de território e as políticas de cuidado;
a Política Nacional de Medicamentos e a Política Nacional de Assistência
Farmacêutica;
o elenco da assistência farmacêutica e as portarias atuais de aquisição;
os sistemas de informação e levantamento de dados epidemiológicos em saúde
vistos em Saúde Pública, visando a seleção e programação de medicamentos
no contexto do público e privado e que são trabalhos na unidade de Assistência
Farmacêutica.
Nas unidades curriculares de Gestão e Empreendedorismo, Montagem e Gestão
de Drogarias, Farmácia Clínica e Hospitalar e Assistência Farmacêutico, os conteúdos
se mantém integrados uma vez que são abordados os diferentes modelos de gestão em
saúde; as ferramentas, programas e indicadores que visem à qualidade e à segurança
dos serviços prestados, propondo ações baseadas em evidências científicas e nas
realidades socioculturais, econômicas e políticas. Além de aprenderem a estabelecer e
avaliar planos de intervenção e processos de trabalho utilizando conceitos bases da
administração e da gestão das empresas farmacêuticas.
223
Figura 22-2. Organograma das atividades práticas desenvolvidas junto com o
embasamento teórico objetivando as competências necessárias para o estágio curricular
supervisionado em Farmácia Clínica e Hospitalar.
Além disso, são desenvolvidos conteúdos que capacitam o aluno a desenvolver
noções de liderança e gestão de pessoas, promovendo a capacidade para liderar
equipes e processos de implementação de melhorias, qualidade do trabalho e a
segurança dos pacientes. Sendo assim, podemos citar mais alguns exemplos de
assuntos programados nas unidades curriculares citadas acima: a sistematização do
Ciclo da Assistência Farmacêutica, através de noções de seleção, programação,
aquisição e armazenamento de medicamentos; construção da curva ABC baseada no
teorema de Pareto e importante para a tomada de decisão em um processo de aquisição
de medicamentos; aplicação de tabelas de estoque e programação de medicamentos
em ambiente hospitalar; constituição de empresa e os tipos de sociedade; indicadores
de viabilidade e desempenho para farmácias e drogarias - DFC e DLP; ferramentas
para a tomada de decisão – swot, Ishikawa, ciclo PDCA. Desenvolvimento de uma
planta baixa para a montagem de drogaria, baseada na RDC nº 44/09, dentre outros.
224
Figura 22-3. Organograma das atividades práticas desenvolvidas junto com o
embasamento teórico objetivando as competências necessárias para o estágio curricular
supervisionado em Análises Clínicas e Toxicológicas.
Figura 22-4. Organograma das atividades práticas desenvolvidas junto com o
embasamento teórico objetivando as competências necessárias para o estágio curricular
supervisionado em Farmácia Magistral.
225
Figura 22-5. Organograma das atividades práticas desenvolvidas junto com o
embasamento teórico objetivando as competências necessárias para o estágio curricular
supervisionado em Indústria de Medicamentos e Alimentos.
22.1 EDUCAÇÃO EM SAÚDE
A temática da Educação em Saúde é um campo fértil para projetos de ensino
integrando os conceitos de educação, saúde e sociedade. Há a necessidade de se
compreender estas concepções no que tange o trabalho em saúde e as suas relações
com os educadores e com os estudantes. Educação, Saúde e Trabalho só são
compreendidos como verdadeiras práticas sociais quando fazem parte de modo
produtivo como transformadores das realidades sociais. O curso de Farmácia do
UniRitter entende que a Educação em Saúde deve fazer parte do currículo do curso
como um diferencial na formação dos estudantes e deve ser trabalhada de modo
transversal e interdisciplinar.
226
As ações na unidade curricular de Farmacognosia, do bloco Práticas e
Habilidades, foram ao encontro da agenda de políticas do Ministério da Saúde e do
Sistema Único de Saúde (SUS), que possui como uma de suas ações de maior
destaque a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPIC) no SUS,
onde se inserem as diretrizes para a implementação das Plantas Medicinais e
Fitoterapia. Primeiramente, foi construído o Horto Didático no próprio espaço acadêmico
e, posteriormente, a ação teve uma propagação para a comunidade no entorno do
campus do UniRitter.
Buscou-se, através da construção de Hortos Medicinais na comunidade, atingir
os seguintes objetivos: auxilio no tratamento de doenças, contribuição da preservação
do meio ambiente, resgate do conhecimento e da tradição no uso popular das plantas,
uso racional de plantas medicinais. Pedagogicamente, a interface com a graduação, faz
do horto um instrumento de aprendizagem e colaboração na formação de nossos
alunos.
Sendo assim, em 2016, foram planejados e construídos 2 (dois) Hortos
Medicinais pelos alunos de Farmacognosia. Um deles na Escola Estadual Brigadeiro
Silva Paes, com o apoio da coordenação e professora de Ciência, contando com a
colaboração dos alunos do 7° ano do ensino fundamental, e o outro na Secretaria
Municipal de Saúde com o apoio da unidade de ensino de Assistência Farmacêutica,
também do bloco Práticas e Habilidades.
Na Escola, os alunos de Farmacognosia planejaram um dia de Roda de chá,
uma oportunidade para conversar com os alunos da escola sobre o uso de plantas
medicinais, reconhecimento de algumas mudas, ouvir relatos pessoais do conhecimento
de plantas, apontar o uso correto de chás e explicar a construção do Horto na Escola
no formato de Relógio do Corpo Humano (Figura 22-6). O objetivo desta primeira
conversa foi que os alunos da escola fossem totalmente envolvidos pela ideia do resgate
do uso de plantas medicinais e o seu cultivo.
227
Figura 22-6. Roda de chá entre os alunos de Farmacognosia e os alunos do 7° ano da
Escola Estadual Brigadeiro Silva Paes, realizada no pátio da Escola.
Num segundo encontro, alunos do Curso e da Escola adequaram o local para a
construção do Relógio do Corpo Humano: pintaram pneus, carregaram terra e limparam
o terreno (Figura 22-7).
Figura 22-7. Alunos da Farmácia e da Escola preparando o local e os materiais para a
construção do Relógio do Corpo Humano.
Num terceiro encontro, foi estabelecido o Relógio do Corpo Humano: plantio das
plantas medicinais, identificação das plantas por placas confeccionadas pelos alunos da
228
Escola (Figura 22-8). Além disso, os alunos de Farmacognosia, criaram um aplicativo
de celular para os alunos da Escola, o qual explica: modo correto de uso, parte utilizada,
ação terapêutica, cuidados de uso para cada uma das plantas do relógio.
Figura 22-8. Relógio do Corpo Humano no pátio da Escola Estadual Brigadeiro Silva Paes.
Esta ação será contínua, pois a cada semestre as novas turmas de
Farmacognosia estarão realizando atividades na Escola relacionadas ao Horto
Medicinal ali construído.
A construção do Horto Medicinal na Secretaria Municipal de Saúde, teve apoio
das Farmacêuticas da Assistência Farmacêutica, pois assim concorda com a
implementação da Fitoterapia no SUS, e ainda traz visibilidade para o PNPIC.
Os alunos de Farmacognosia escolheram plantas medicinais listadas na
RENAME (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) e fizeram o plantio na
Secretaria Municipal de Saúde. Fizeram todo o preparo do local e plantio (Figura 22-9).
Além disso, foi colocado um banner no local com todas as informações sobre as plantas.
Daqui para frente, os alunos de Farmacognosia e Práticas de Saúde Pública irão
construir diversas ações junto aos funcionários da SMS para que todos tenham o
conhecimento do uso correto de cada uma das plantas, como podem ter seu horto
medicinal em casa, distribuição de mudas, etc.
229
Figura 22-9. Horto Medicinal na Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre.
22.2 EVIDÊNCIA DE ATIVIDADES TEÓRICO-PRÁTICAS DESENVOLVIDAS NO
CURSO:
Abaixo, segue uma série de Figuras que evidenciam as atividades Teórico-
Práticas desenvolvidas nas diferentes unidades curriculares do Curso de Graduação em
Farmácia UniRitter.
Figura 22-10. Acadêmicos em metodologia ativa de higienização das mãos, após treinos
de habilidades – Princípios Farmacêuticos – 1º semestre.
230
Figura 22-11. Acadêmicos em aula prática de Morfologia Humana – 2º semestre.
Durante as aulas práticas os acadêmicos são capazes de identificar os principais grupos
musculares, a inserção e a movimentação muscular com recursos e metodologias que auxiliam
o acadêmico sobre a anatomia muscular e seus movimentos. Técnica Body painting.
Figura 22-12. Prática de Extração de óleo de amendoim. Unidade curricular de Química
Orgânica – 2º semestre.
231
Figura 22-13. Rotação Prática em Farmacognosia. – 3º semestre. Cultivo de Plantas
Medicinais no campus.
Figura 22-14. Aula prática da Extração da pectina da laranja – Farmacognosia – 3º
semestre.
232
Figura 22-15. Rotação prática – Assistência Farmacêutica no Educandário São João
Batista. Princípios Farmacêuticos – 1º semestre, Assistência Farmacêutica – 6º semestre,
Análises Clínicas – 6º semestre.
Figura 22-16. Rotação Prática na LANAGRO RS. Unidade curricular Química Analítica
– 3º semestre.
233
22.2 METODOLOGIAS ATIVAS
As metodologias ativas estão alicerçadas em um princípio teórico significativo: a
AUTONOMIA de Paulo Freire (1996). O processo ensino-aprendizagem é complexo,
caráter dinâmico e não acontece de forma linear. As ações direcionadas para que o
discente aprofunde e amplie os significados elaborados mediante sua participação e
exige do docente a reflexão permanente, disponibilidade para o acompanhamento, que
pressupõe a emergência de situações imprevistas e desconhecidas. É necessária a
incorporação efetiva da educação de adultos, na qual o que impulsiona a aprendizagem
é a superação de desafios, resolução de problemas e a construção do conhecimento
novo a partir dos conhecimentos e experiências prévias dos indivíduos (FREIRE, 1996).
Para Jacques Delors (200) é ativo e apto a aprender a aprender, aprender a
conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.
As metodologias ativas levam a rupturas com a forma tradicional de ensinar e
aprender, estimulando gestão participativa dos protagonistas da experiência e
reorganização da relação teoria/prática objetivando o aprendizado profundo.
Dentro das metodologias problematizada, a problematização e a aprendizagem
baseada em problemas (ABP) são duas propostas distintas que “trabalham
intencionalmente com problemas para o desenvolvimento dos processos de ensinar e
aprender” (BERBEL, 1998).
As metodologias ativas desenvolvem a formação de sujeitos sociais com
competências éticas, políticas e técnicas e dotados de conhecimento, raciocínio, crítica,
responsabilidade e sensibilidade para as questões da vida da sociedade
Na Problematização o acadêmico é motivado diante do problema e estimulado
a examinar, refletir, relacionar para ressignificar suas descobertas, desenvolvendo
assim a produção do conhecimento. O acadêmico como promotor do seu próprio
desenvolvimento. Como exemplo compreende-se o Arco Maguerez na Figura 22-17.
234
Figura 22-17. Método do Arco proposto por Maguerez (apud BORDENAVE; PEREIRA,
1989).
22.2.1 EVIDÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS
Seguem, abaixo, atividades que evidenciam o uso de metodologias ativas no
curso de Farmácia UniRitter (Figuras 22-18 à 22-26).
Figura 22-18. Maquete sobre Alvos Farmacológicos potenciais Agonistas e
Antagonistas. Terapêutica Medicamentosa – 3º semestre.
235
Figura 22-19. Acadêmica utilizando a ferramenta Realidade Aumentada em Morfologia
Humana – 2º semestre.
236
Figura 22-20. Montagem de Cariograma/Genética. Processos Biológicos – 1º semestre.
Figura 22-21. Brainstorming Coletivo no quadro de aula. Terapêutica Medicamentosa
Integrada – 4º semestre.
237
Figura 22-22. Body Projection e tabletes com softwares utilizados durante as aulas do
eixo de Estrutura e Função Humana.
Figura 22-23. Painel interativo sobre Diurese em Análises Clinicas I – 6º semestre.
238
Figura 22-24. Maquete sobre Compostos Orgânicos. Química Orgânica – 2º semestre.
Figura 22-25. Maquete para a Mostra de Sistemas Corporais – 4º semestre.
239
Figura 22-26. Processo de Transcrição. Processos Biológicos – 1º semestre.
CORPO DOCENTE E TUTORIAL
23. ATUAÇÃO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE
Seguindo a política institucional do Centro Universitário, a gestão é exercida de
forma democrática e participativa. Assim, os processos de gestão envolvem não apenas
a Coordenação do Curso, exercida por docente de regime de trabalho de tempo integral,
mas envolve também, de modo integrado e colaborativo, o Núcleo Docente Estruturante
(NDE), complementando a ideia de coordenação ampliada, em que o NDE é mais uma
instância.
O NDE, segundo o Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação elaborado
pelo MEC/INEP, consiste no “Conjunto de professores, de elevada formação e titulação,
contratados em tempo integral e parcial, que respondem mais diretamente pela criação,
implantação e consolidação do Projeto Pedagógico do Curso”. Esse Núcleo reúne-se
sempre que necessário para articular os assuntos relativos à gestão do curso e
operacionalização deste PPC.
O NDE do Curso de Farmácia é composto pela Coordenação de Curso e por
docentes selecionados pela sua expertise, envolvimento com este PPC, e funções que
240
exercem. Esse Núcleo responsabiliza-se, mais diretamente, pela qualificação da ação
educativa do Curso. O NDE do Curso de Farmácia, é composto por pelo menos 5
(cinco) professores pertencentes ao seu corpo docente, de elevada formação e
titulação, contratados em tempo integral ou parcial, sendo que este promove as
discussões do Projeto Pedagógico do Curso e das atividades educativas, tais como
alterações da matriz curricular, normatização de estágios, de práticas de ensino, bem
como acerca da realização dos trabalhos acadêmicos, Trabalhos de Conclusão de
Curso, atividades curriculares complementares e demais ferramentas inerentes ao
desenvolvimento do curso e em total consonância com o Regulamento Geral do Núcleo
Docente Estruturante do UniRitter, bem como o acompanhamento do planejamento do
curso desde o momento de sua concepção até sua consolidação e contínua realização.
Incumbe aos membros do NDE, deliberar acerca das atribuições que constam no art. 3º
do Regulamento Geral do Núcleo Docente Estruturante dos Cursos de Graduação do
UniRitter, formulando pareceres e relatórios, os quais devem ser encaminhados ao
Colegiado para aprovação.
A seguir, apresenta-se a composição atual do NDE, destacando-se que são
condições para integrar o mesmo:
a) Titulação mínima obtida em programa stricto sensu (mestrado e/ou doutorado);
b) Regime de trabalho de tempo contínuo (parcial ou integral);
c) Participação na concepção, acompanhamento, consolidação e avaliação do
PPC do Curso;
d) Desempenho docente adequado às políticas institucionais expressas no Projeto
Pedagógico Institucional (PPI);
e) Envolvimento com a implementação do Curso.
Atualmente, o NDE do Curso de Farmácia é composto pelos seguintes
professores:
1. Profa. Siomara da Cruz Monteiro, farmacêutica, doutora em Ciências
Biológicas/Bioquímica, regime de trabalho em tempo integral;
2. Profa. Tatiana Diehl Zen, farmacêutica, mestre em Patologia, regime de
trabalho em tempo parcial;
241
3. Profa. Luciana Signor Esser, farmacêutica, mestre em Ciências da Saúde:
Farmacologia e Terapêutica Clínica, regime de trabalho em tempo parcial;
4 Prof. Dennis Maletich Junqueira, biólogo, doutor em Genética e Biologia
Molecular, regime de trabalho em tempo parcial;
5. Profa. Graziele Halmenschlager, biomédica, doutora em Ciências da Saúde,
regime de trabalho em tempo integral.
As reuniões do grupo de professores que formam o NDE ocorrem
sistematicamente com reuniões tanto no decorrer do semestre. Essas reuniões são
sempre registradas nas Atas do Curso e envolvem todos os temas do PPC, além dos
encaminhamentos necessários para a evolução do Curso de Farmácia. Nelas, verifica-
se a contribuição constante dos professores para a execução e contínua revisão deste
PPC.
24. ATUAÇÃO DO COORDENADOR
As coordenações de curso têm suas funções, na IES, muito bem definidas e
regulamentadas. Responsáveis pelas funções de planejamento, organização,
coordenação, controle e avaliação em relação ao Curso em questão, onde, a sua
atuação é regulamentada pelos artigos 29 e 30 do Regimento Geral vigente. A
atualização desses dois documentos – Estatuto e Regimento Geral – proposta como
parte do processo de recredenciamento do Centro Universitário, renovam as atribuições
das coordenações de curso, trazendo-as para o novo momento vivido pela educação
superior, após aprovação da Lei 10.861/2004 (SINAES) e do Decreto 5.733/2006 (para
os Cursos de Graduação - Educação Superior).
A coordenação de curso tem mandato de um (1) ano, sendo a recondução
permitida. Dela é esperado o desenvolvimento das atribuições definidas no Regimento
Geral vigente e no proposto, entre outras, a responsabilidade de coordenar a elaboração
do Projeto Pedagógico do Curso, viabilizar a avaliação institucional, supervisionar o
cumprimento do regime didático para ele previsto e a ação docente, discente e técnico-
administrativa desenvolvidas, fazendo isso num clima de trabalho alimentado por
excelentes relações interpessoais. O Coordenador do Curso, além de sua atuação nos
colegiados do curso, tem sua participação efetiva nos órgãos superiores da Instituição
242
que tratam de assuntos relacionados aos Cursos, como é o caso do colegiado
institucional, Conselhos Superiores – CONSEPE e CONSUPE.
As coordenações de cursos do UniRitter participam de qualificação permanente
através do Programa Lidera, organizado pela área de Recursos Humanos, ofertado pela
Rede Laureate, objetivando o domínio de legislação e de tecnologias educacionais
coerentes com o desenvolvimento na área da educação e gestão de processos, além
dos projetos de mudança curricular.
A gestão acadêmica do Curso de Farmácia, seguindo os princípios que norteiam
a Instituição, é exercida de forma democrática e participativa. Assim, os processos de
gestão envolvem não apenas a Coordenação do Curso, mas adota a noção de
coordenação ampliada, incluindo os Coordenadores Setoriais de Ensino, Pesquisa e de
Extensão, de Trabalhos de Conclusão de Curso e de Estágios Curriculares Obrigatórios.
24.1 ATENDIMENTO AO DISCENTE
A atenção aos discentes recebe um olhar especial, advindo do Programa
Institucional de Apoio aos Discentes, e a atenção aos docentes recebe o apoio do
Programa Institucional de Apoio à Formação e Qualificação Pedagógica Docente.
Ambos os programas são vinculados à Política Institucional de Ensino.
Os acadêmicos são atendidos pela coordenação via requerimentos no portal do
acadêmico, presencialmente no campus de origem nos horários dispostos, via email e
por atendimento no ramal da coordenação. Os registros referentes aos atendimentos
são efetuados via requerimentos de atendimentos no sistema, via email institucional e
presencialmente.
O Foro de Representação Estudantil (FORES) que congrega os alunos do
Diretório Central de Estudantes, do Diretório Acadêmico e Representantes de Turma do
Curso de Farmácia, bem como a Coordenação do Curso, é um espaço de
democratização da gestão do Curso. Além disto, a Coordenação do Curso é um espaço
sempre aberto aos docentes, bem como aos discentes.
24.2 COORDENAÇÃO DO CURSO – GESTÃO A PARTIR DE 2013/2.
243
A professora Dra. Farmacêutica Bioquímica Siomara da Cruz Monteiro,
coordenadora do curso de Farmácia do UniRitter, tem regime de trabalho de tempo
integral e sua atuação na gestão busca atender de maneira efetiva docentes e discentes
do curso. A coordenadora tem participação ativa no NDE, no Colegiado do Curso e no
Conselho Superior da Instituição. É docente no bloco Fundamentação onde ministra as
unidades curriculares Terapêutica Medicamentosa, Processos Metabólicos, Seminário
Integrativo I e Estágio Curricular.
Desde 2013, coordena o Curso dedicando-se com muito engajamento na
implementação de um curso diferenciado, com um modelo acadêmico dinâmico e
integrador, baseado nas melhores práticas de ensino, com laboratórios de práticas
modernos, fomentando a formação de um farmacêutico bem embasado tecnicamente,
mas também voltado às questões sociais da comunidade na qual se insere.
Teve participação ativa na implantação da Farmácia Universitária e no convênio
com instituições sólidas e de destaque no mercado de trabalho como o Hospital Moinhos
de Vento. Participou ativamente na implantação do Modelo Acadêmico Laureate no
Curso atenta a formação generalista do farmacêutico, porém com cinco fortes ênfases
evidenciadas no currículo. Acredita que o trabalho em conjunto com todos os docentes
e discentes do Curso torna a equipe mais forte. Para isso criou um grupo de destaque
na instituição, o Pharm Team UniRitter, que agrega professores e alunos na construção
de um Curso diferenciado, participativo nas questões sociais, inserido no diversificado
mercado de trabalho do farmacêutico, buscando a excelência no ensino das Ciências
Farmacêuticas
25. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL DO COORDENADOR
A coordenadora do curso de Farmácia, Profa. Dra. Siomara da Cruz Monteiro,
tem experiência profissional de 16 anos e de docência, por 5 anos, em 2017. Além da
formação em Farmácia, com ênfase em Análises Clínicas, possui graduação em Letras
– Inglês/Português, Licenciatura Plena, o que a aproxima ainda mais da docência e a
capacita quanto a didática em sala de aula.
Trabalhou em várias áreas das Ciências Farmacêuticas valorizando a formação
generalista do farmacêutico como: gestão e organização de laboratório de Análises
244
Clínicas, Responsável Técnica em drogaria por 10 anos, Assistência Farmacêutica na
Divisão de Assistência Farmacêutica do RS onde foi responsável pela Rede Frio e
distribuição aos municípios, docência em nível superior na área da saúde na UFRGS
(Universidade Federal do Rio grande do Sul) e no UniRitter, nas áreas de Bioquímica e
Farmacologia, além da docência em pós-graduação no Instituto de Educação do
Hospital Moinhos de Vento.
Investiu por 9 (nove) anos na formação acadêmica desde a Iniciação Científica
em Toxicologia (UFRGS), Mestrado e Doutorado em Bioquímica (UFRGS) e pós-
doutorado em Neurociências (PUCRS). Está na gestão do curso de Farmácia UniRitter,
desde 2013. Participou efetivamente da implantação do modelo acadêmico em saúde
Laureate e na mudança curricular em 2013 que culminou numa grade curricular do curso
de Farmácia inovadora e diferenciada objetivando a sólida formação generalista do
farmacêutico em 5 (cinco) fortes áreas de atuação.
Estima-se que a coordenação possa manter as características de comunicação
interpessoal aberta com os estudantes, na convicção de que a construção do curso de
Farmácia baseia-se no interesse empático e intencional aos estudantes e futuros
profissionais. A coordenadora está envolvida em todos os processos acadêmicos e de
regulação do curso em relação às definições do MEC e Conselhos Regional e Federal
de Farmácia, para que o Curso esteja permanentemente alinhado com as demandas
dessas instâncias em relação a formação do profissional farmacêutico, e é membro de
todos os colegiados superiores da instituição.
A equipe de professores é pensada como um grupo de profissionais
comprometidos com a docência e a prática profissional, e com a interface das diversas
abordagens teóricas e campos do conhecimento. São planejadas reuniões
institucionais, as congregações, que ocorrem a todo início de semestre, duas vezes por
ano, além de reuniões de colegiado e NDE, no mínimo mais uma vez durante cada
semestre a fim de discutir as questões sobre o andamento do curso e atualização do
Projeto Pedagógico do Curso.
A coordenação oferece total acessibilidade aos estudantes, com o horário
disponível divulgado na página do Curso no site da instituição, como uma proposta tanto
da coordenação como da própria cultura de proximidade com o estudante existente no
UniRitter. Apenas através da proximidade e da comunicação clara entre coordenação,
docentes e discentes é que conseguiremos construir a identidade do farmacêutico
desejada e apontada nos objetivos do curso e no perfil do egresso.
245
26. REGIME DE TRABALHO DO COORDENADOR DE CURSO
O regime de trabalho da coordenadora do Curso é de tempo integral. A
professora Siomara da Cruz Monteiro tem alocadas 10 horas semanais em unidades
curriculares, 6h de supervisão de estágio e 24 horas semanais destinadas à
Coordenação, perfazendo um total de 40h.
27. CORPO DOCENTE
Os professores e a Coordenação do curso deverão trabalhar de forma integrada,
para que seja possível o cumprimento do Projeto Pedagógico do Curso. Os
componentes do corpo docente poderão ser de regime de tempo integral, parcial ou
horista, distribuídos nas unidades curriculares conforme as suas áreas de atuação e a
qualificação do docente, sendo preferencialmente mestres ou doutores. O docente do
curso de Farmácia do UniRitter tem papel primordial na materialização das práticas
acadêmicas indissociadas entre Ensino, Pesquisa e Extensão. Para tanto, a
identificação com os princípios institucionais definidos no PDI e PPI torna-se decisiva
na constituição do perfil docente e consolidação de uma prática pedagógica
extensionista e de pesquisa que contribua para o fortalecimento da identidade
institucional.
27.1 TITULAÇÃO DO CORPO DOCENTE E PERCENTUAL DE DOUTORES
Em termos de titulação e quantidade total de docentes, o curso possui em 2017/1
um total de 19 (dezenove) professores. O corpo docente do curso de Farmácia do
UniRitter é composto de 100% de mestres e doutores e não possui professores somente
especialistas.
07 (sete) são Farmacêuticos;
09 (nove) são Mestres;
10 (dez) são Doutores – percentual de doutores de 53%;
246
04 (quatro) docentes com Doutorado em andamento;
27.2 REGIME DE TRABALHO DO CORPO DOCENTE
Segue abaixo a previsão de professores, titulação, regime de trabalho e unidade
curricular para 2017 (Tabela 27-1). 84,21% dos docentes possuem regime de trabalho
de tempo parcial e tempo integral.
Tabela 27-1. Previsão de professores para curso de Farmácia UniRitter 2017.
NOME UNIDADE CURRICULAR TITULAÇÃO REGIME
TRABALHO
1 Adroaldo Lunardelli
- Processos Biológicos;
- Processos Metabólicos;
- Análises Clínicas I;
-Estágio Curricular
Doutor Parcial
2 Anelise Teixeira Burmeister - Comunicação e Expressão. Mestre Parcial
3 Angela Maria Vicente Tavares - Homeostase. Doutora Horista
4 Clara Lia Brandelli
Mestre Parcial
- Agressão e Defesa;
- Farmacognosia;
- Análises Clínicas II;
- Estágio Curricular;
- TCC I
5 Dennis Maletich Junqueira - Processos Biológicos. Doutor Parcial
6 Fernando Torres Cidade
- Desenvolvimento de Fármacos;
Doutor Parcial
- Farmacotécnica I;
- Princípios Farmacêuticos;
- Química Farmacêutica;
- Tecnologia Farmacêutica I;
- Tecnologia Farmacêutica I;
Controle de Qualidade;
- TCC I;
- Estágio Curricular.
7 Graziele Halmenschlager
- Morfologia Humana;
-Bioestatística e Epidemiologia;
- Introdução ao Trabalho
Científico.
Doutora Integral
8 Karla Suzana Moresco - Tecnologia de Alimentos. Doutor Parcial
247
9 Isabel Cristina Ferreira Damin
- Fundamentação Química
aplicada à Biociências;
Doutora Horista
- Química Orgânica;
- Química Analítica;
- Físico-Química Aplicada às
Ciências Farmacêuticas;
- Análise de alimentos
10 Luciano Antonio Reolon - Análises Toxicológicas e
Ambientais. Doutor Integral
11 Luiz Felipe Forgiarini - Sistemas Corporais.
Mestre Parcial
12 Lia Cristiane Lima Hallwass - Gestão e Empreendedorismo. Mestre Parcial
13 Julia Poeta Weyh - Análises Clínicas III. Mestre Parcial
14 Lucianna Schmitt
- Saúde Coletiva;
- Programa Interdisciplinar
Comunitário.
Mestre Parcial
15 Michel Pinheiro dos Santos - Farmácia Clínica Hospitalar. Doutor Horista
16 Luciana Signor Esser
- Princípios Farmacêuticos;
- Assistência Farmacêutica;
- Montagem e Gestão de
Drogarias;
- Práticas Farmacêuticas em
Saúde Pública;
-Bioética e Legislação
Farmacêutica
- TCC I;
- Estágio Curricular.
Mestre Parcial
17 Hericka Zogbi Jorge Dias
Doutor Integral
- Estilo de Vida, Saúde e Meio
Ambiente;
-Desenvolvimento Humano e
Social.
18 Siomara da Cruz Monteiro
- Processos Metabólicos;
- Terapêutica Medicamentosa;
- Seminário Integrativo I;
- Estágio Curricular.
Doutor Integral
19 Tatiana Diehl Zen
- Farmacotécnica II;
- Cosmetologia e Tecnologia de
Cosméticos;
- Biotecnologia e Nanotecnologia
de Produtos Farmacêuticos;
- Homeopatia;
- Estágio Curricular
Mestre Parcial
248
27.3 EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL DO CORPO DOCENTE
89,47% dos docentes do Curso possuem experiência profissional de pelo menos
02 (dois) anos.
27.4 EXPERIÊNCIA DE MAGISTÉRIO SUPERIOR DO CORPO DOCENTE
84,21% dos docentes do curso de Farmácia do UniRitter possuem experiência
de magistério superior em sua área de atuação de pelo menos 3 (três) anos.
28. FUNCIONAMENTO DO COLEGIADO DO CURSO
A colegialidade, extremamente consistente no âmbito institucional e de Curso,
como se pode ver no Estatuto do UniRitter, tem consciência de compartilhar os objetivos
e os significados da identidade com todos os seus atores. A forma colegiada das
reuniões oportuniza a discussão da proposta pedagógica do curso e dos meios de sua
concretização. Dessa forma, fica assegurada a ativa colaboração dos professores na
definição dos conteúdos programáticos e objetivos das disciplinas, bem como das
estratégias pedagógicas que serão utilizadas, as quais devem privilegiar a
indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, a interdisciplinaridade e a
integração entre teoria e prática.
O Colegiado do curso de Farmácia do UniRitter é regulamentado e implantado
de forma efetiva, com representatividade de todos os segmentos. O colegiado se reune
periodicamente, registrando através de atas as discussões e deliberações oriundas
dessas reuniões.
São colegiados do Curso de Farmácia:
(a) Colegiado de Curso: É um órgão consultivo e deliberativo em matéria
didático-pedagógica, disciplinar e administrativa, respeitadas as atribuições dos demais
colegiados, reunindo-se, pelo menos, uma vez por semestre, constituído na forma do
artigo 33 do Estatuto do UniRitter. Fazem parte do Colegiado do Curso de Farmácia do
UniRitter em 2017, os seguintes docentes e discente:
249
Adroaldo Lunardelli
Angela Vicente Tavares
Clara Lia Brandelli
Dennis Maletich Junqueira
Fernando Cidade Torres
Isabel Cristina Ferreira Damin
Luciano Antonio Reolon
Luciana Signor Esser
Michel Pinheiro dos Santos
Siomara da Cruz Monteiro
Tatiana Diehl Zen
Aluna – Kellen Dayane dos Santos Oliveira
(b) Congregação: Conforme artigo 37 do Estatuto do UniRitter, é o órgão
colegiado da Instituição de caráter deliberativo e consultivo sobre assuntos referentes
ao Curso.
Seguindo o disposto no Estatuto, integrarão o Colegiado de Curso: a Diretora da
Faculdade de Ciências da Saúde; a Coordenadora do Curso; o Coordenador Setorial de
Pesquisa e Extensão da Faculdade de Ciências da Saúde; o Coordenador de Práticas
do Curso e os docentes selecionados pela sua área de formação e atuação no Curso.
O Colegiado de Curso, de acordo com o art. 25 do Regimento Geral do Centro
Universitário reúne-se pelo menos uma (1) vez por semestre, com a maioria absoluta
dos seus membros, ordinariamente e, extraordinariamente, quando convocado pela
Reitoria, ou, por delegação da mesma, pela Diretora da Faculdade, ou por um terço (1/3)
dos membros em exercício.
As reuniões ordinárias são convocadas com antecedência mínima de oito (8)
dias, e as extraordinárias, com antecedência mínima de quarenta e oito (48) horas,
constando da convocação a pauta dos assuntos.
Em se tratando da Congregação do Curso, o art. 37 do Estatuto prevê que se
trata de um órgão colegiado da Instituição de caráter deliberativo e consultivo sobre
250
assuntos referentes ao (s) curso(s) do UniRitter. Compõem essa instância o Reitor, que
a preside, o Pró–Reitor de Graduação, os Diretos das Faculdades e de Escolas, o(s)
Coordenador(es) de Curso(s), um representante do corpo docente, um representante
dos alunos, indicado pelo Diretório Acadêmico e pelo representante da Mantenedora.
As Congregações, segundo dispõe o art. 20 do Regimento Geral, reúnem-se
obrigatoriamente pelo menos uma vez em cada semestre letivo, convocadas pelo Reitor,
seu presidente nato; pela Pró-Reitora de Graduação (ProAcad), pelos Diretores de
Faculdades ou Escolas, ou, ainda, mediante requerimento de um terço (1/3) de seus
membros, com um mínimo de 48 (quarenta e oito) horas de antecedência, com a
indicação da matéria principal a ser tratada.
A Congregação delibera com a presença da maioria de seus membros
presentes. No caso de não haver quórum, é, desde logo, efetuada uma segunda
convocação, com qualquer número de presentes. Nas decisões da Congregação, o
Reitor possui voto de qualidade.
A descrição das competências e detalhamentos de cada instância colegiada está
disponível no Estatuto e no Regimento Geral do Centro Universitário Ritter dos Reis.
São colegiados institucionais que contam com a participação de docentes do
Curso de Graduação em Farmácia:
(a) Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CONSEPE): o CONSEPE está
previsto como órgão da administração superior com funções deliberativa, normativa e
consultiva sobre o ensino, a pesquisa e a extensão, sendo integrado pelos membros
descritos no artigo 15 do Estatuto do UniRitter.
(b) Conselho Superior / CONSUPE: O CONSUPE é o órgão colegiado de
deliberação superior, de natureza normativa, deliberativa, jurisdicional, consultiva e
disciplinar, sendo instância máxima de deliberação e final de recurso. Tendo
representação ampla, sua estrutura está prevista no artigo 13 do UniRitter.
29. PRODUÇÃO CIENTÍFICA, CULTURAL, ARTÍSTICA OU TECNOLÓGICA
100% dos integrantes do corpo docente do curso de Farmácia do UniRitter
possuem produções nos últimos 03 anos, com média de 12 publicações por integrante
251
do corpo docente. É importante destacar que o curso e a instituição incentivam a
produção pesquisas e trabalhos científicos via edital interno de valorização das
publicações do corpo docente, conforme já contextualizado neste documento.
30. NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO E EXPERIÊNCIA DOCENTE
O desempenho do corpo docente tem na avaliação do processo acadêmico,
realizada semestralmente pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) sua principal
forma de acompanhamento. Essa avaliação é realizada pelos principais atores:
professores e alunos e inclui a avaliação dos respectivos desempenhos nas unidades
curriculares, no semestre do curso como um todo, na turma, além das próprias
autoavaliações. Além da avaliação do processo acadêmico, existe a avaliação especial
realizada pelos alunos formandos de cada curso que avaliam o curso como um todo,
seu currículo, o desempenho de seus docentes, de suas coordenações e da IES como
um todo. A CPA conta, para ambas as avaliações, com a ação importante da comissão
de avaliação de cada curso. A análise dos resultados junto a todos os envolvidos tem
se revelado forma eficaz de correção de fragilidades em termos de docência e de
investimento nas potencialidades do corpo docente e consiste na base principal para a
política de qualificação dos docentes.
A política de qualificação docente prevê mais de uma forma de desenvolvimento.
A primeira forma direta de qualificação ocorre por conta da ação institucional que
assegura a presença de atores fundamentais no processo de qualificação da pedagogia
universitária no UniRitter. Esses atores são docentes do curso que exercem funções de
gestão acadêmica nos mesmos e que se envolvem diretamente com a superação das
fragilidades apontadas nos relatórios de avaliação institucional dos cursos. Além da
Coordenação de Curso, propriamente dita, cada Faculdade conta com a existência dos
Coordenadores Setoriais de Ensino, Pesquisa e Extensão, os Coordenadores de
Práticas dos Cursos. Também com base nos resultados da avaliação enquanto forma
principal de acompanhamento da ação educativa dos cursos, o UniRitter conta com a
ação dos coordenadores das formas de organização curricular adotadas pelos cursos
(eixos temáticos, áreas de estudo, sequências e/ou ciclos) que realizam reuniões
mensais com os docentes que as integram. Os coordenadores das formas de
organização curricular desenvolvem sua ação de gestão acadêmica no curso,
252
juntamente com o Coordenador Setorial de Ensino, Pesquisa e Extensão das
Faculdades, representam o curso na Câmara de Ensino. O desenvolvimento dessa
forma de acompanhamento docente realizada por essas coordenações consiste numa
forma de qualificação da atuação dos professores enquanto docentes universitários. O
Coordenador Setorial de Ensino, Pesquisa e Extensão trabalha, pois, em equipe com
os coordenadores, das formas de organização setorial dos cursos. Nessas reuniões se
buscam formas de assegurar a interdisciplinaridade, de trabalhar com a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão como princípio pedagógico de
desenvolvimento do curso, viabilizador da articulação entre a teoria e prática e da
inserção regional do curso. Essas reuniões também oportunizam a análise das
dificuldades encontradas e o planejamento de estratégias comuns de ensino, tendo por
base os referenciais definidos institucionalmente no PPI e no PPC do curso.
Também contribui, de forma indireta, para a qualificação dos docentes, a atuação
do NAP (Núcleo de Apoio Pedagógico) da Saúde, a atuação dos Coordenadores
Setoriais de Ensino, Pesquisa e Extensão, existentes em cada Faculdade, e os
Coordenadores de Práticas, de cada curso que dinamizam o desenvolvimento dos
grupos e das linhas de pesquisa dos cursos, suas ações de educação continuada e de
relações comunitárias. Como Centro Universitário, apoiado pelo Decreto nº 5.786/2006,
que dispõe sobre essa tipologia de instituição de educação superior, o UniRitter não
precisaria levar a efeito especial investimento em pesquisa ou extensão, já que, como
diz esse decreto, deve caracterizar-se pela excelência do ensino oferecido, pela
qualificação de seu corpo docente e pelas condições de trabalho oferecidas à
comunidade escolar. Ocorre, porém, que a Instituição entende que o investimento em
pesquisa e em extensão, de forma indissociada do ensino, torna o Centro realmente
Universitário, e contribui sobremaneira para a qualificação do ensino e obtenção de seu
nível de excelência, uma vez que qualifica seus docentes. A pesquisa do UniRitter,
interessada principalmente na qualificação do ensino superior oferecido, e a extensão,
interessada na formação continuada dos profissionais das comunidades em que se
insere e nas relações que com elas estabelece no cumprimento de sua responsabilidade
social, pela forma como se desenvolvem consistem, sem dúvida, em políticas de
qualificação do corpo docente da Instituição.
Além dessas formas de desenvolvimento da política de qualificação docente,
aponta-se como muito importante a ação decorrente do o Programa Institucional de
Apoio à Formação e Qualificação Pedagógica Docente, vinculado à Pró-Reitoria de
253
Graduação (ProGrad). Esse programa é desenvolvido através de 3 formas especiais de
apoio aos professores, quais sejam:
(1) Apoio à formação dos professores em nível de pós-graduação stricto sensu
(Doutorado).
(2) Apoio à qualificação didático-pedagógica, em termos de pedagogia
universitária.
(3) Apoio à participação em eventos técnicos-científicos para a atualização na
docência ou na área de formação.
O apoio à formação em nível de pós-graduação stricto sensu (primeira forma de
capacitação do programa) é encontrado nos artigos 19 e seguintes do plano de carreira.
De acordo com o referido documento é compromisso permanente do UniRitter, prover
mecanismos de acompanhamento e avaliação do desempenho docente que permitam
direcionar os professores para a sua própria qualificação pedagógica e para o
atendimento das necessidades e objetivos institucionais. Cumpre destacar que o apoio
à formação e à qualificação docente leva em conta a disponibilidade financeira
destinada para este fim.
A segunda forma de apoio à capacitação dos docentes dentro do referido
programa é realizada, tanto através de cursos e outras atividades desenvolvidas
extensivamente durante os semestres letivos como através de eventos de caráter
intensivo realizado nos períodos de recesso (julho e janeiro). Essa parte geral é comum
a todos os docentes, mas agrega-se a ela uma parte específica, a cargo dos cursos, de
acordo com os resultados dos relatórios de avaliação do processo acadêmico e com os
interesses do grupo.
A terceira forma de qualificação, referente à participação em eventos, demanda
o preenchimento de formulário específico para afastamento temporário do professor.
Esse formulário solicita breve descrição do evento, justificativa para sua participação,
previsão de substituição para aulas que devesse desenvolver no período do evento,
além dos custos solicitados. Deferida pela coordenação do curso de lotação do docente,
é por ele encaminhada à ProGrad que procede às interfaces necessárias junto à Direção
Administrativa do Centro Universitário.
Ressalta-se, ainda, a realização, a partir de 2012, do Programa de
Desenvolvimento de Lideranças, promovido pela Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad)
254
para a qualificação dos Coordenadores de Curso e Coordenadores Adjuntos. O
propósito desta atividade é capacitar técnica e pedagogicamente docentes que atuem
na gestão de cursos de graduação do Centro Universitário Ritter dos Reis.
Há ainda uma outra forma de qualificação que se dá através da oferta de cursos
on line, pela Laureate, com a seguinte programação (Tabela 30-1):
Tabela 30-1. Oferta de qualificação on line da Laureate para docentes
MÉTODOS DE
APRENDIZAGEM CH
CERTIFICADO LAUREATE EM
ENSINO APRENDIZAGEM NO
ENSINO SUPERIOR
CH
Aprendizagem Colaborativa 20 h Introdução - (Módulo I) 30 h
Aprendizagem Baseada em
Problemas
20 h Ensino Centrado no Aluno -
(Módulo II)
20 h
Aprendizagem Baseada em
Problemas
20 h Ferramentas de Aprendizagem -
(Módulo III)
20 h
Aprendizagem Orientada a
Projetos I
20 h Ferramentas de Avaliação -
(Módulo IV)
20 h
Aprendizagem Orientada a
Projetos I
20 h Ferramentas Tecnológicas -
(Módulo V)
20 h
TOTAL 100h TOTAL 110h
A permanente divulgação das novas aquisições em termos de acervo da
Biblioteca (livros, periódicos, ebooks, filmes.) mantém os docentes em constante
contato com as novas produções intelectuais.
O estímulo à produção científica dos docentes com a publicação de seus
artigos, ensaios, monografias, dissertações ou teses, inventos tecnológicos e outros
selecionadas pelas respectivas comissões editoriais, nas publicações da Instituição
(periódicos ou individuais).
30.1 NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO NO ÂMBITO DA SAÚDE (NAP-SAÚDE)
O Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP-Saúde) configura-se como espaço de
apoio ao trabalho docente, promovendo ações educacionais de desenvolvimento
255
docente, oferecendo ferramentas para a melhoria do processo de ensino
aprendizagem, tendo a qualidade do ensino superior como objetivo principal de suas
ações embasada no Modelo Laureate de Aprendizagem.
O NAP-SAÚDE promove a qualificação acadêmica e atualização pedagógica
do corpo docente da Faculdade de Ciências da Saúde do UniRitter. Acompanha a
legislação educacional e as diretrizes curriculares nacionais e institucionais. Capacita
o docente semestralmente no modelo acadêmico Laureate de ensino em saúde e
oferece o apoio continuado, por meio de uma equipe de especialistas que oferecem
suporte pedagógico no preparo das aulas teóricas e práticas.
O NAP tem sua equipe quatro integrantes com função de apoiar os
professores da Saúde na implementação do Modelo Acadêmico de Ensino em Saúde
Laureate. Essa é equipe é formada por quatro Líderes de áreas de referência para a
Rede. A professora Drª Rafaela Jarros Missel integra essa equipe no quesito de
Educação Interprofissional, já professora Drª Wanessa Gianotti responsável pelo
alinhamento e acompanhamento do eixo de Estrutura e Função e consolidação da
nova anatomia, e conta com apoio da Professora Drª Patrícia Graef responsável pelo
eixo de Práticas e Habilidades que tem por finalidade o auxílio a professores na
construção dos Cadernos das Unidades Curriculares (Plano de Ensino e Plano de
Aula) e roteiros de simulação. Já a professora Mcs Marina Azambuja é responsável
pelo gerenciamento, compras de materiais e equipamentos e montagem das aulas
nos laboratórios da saúde
O Modelo Acadêmico Laureate de Ensino em Saúde está baseado em
competências internacionalmente aceitas para profissionais da saúde, formação de
excelência do estudante, acreditação nacional e internacional e o trabalho em
comunidades de saúde e ação social.
Para atender a base do Modelo Laureate de ensino em saúde há uma
estruturação acadêmica que forma os eixos desse modelo, são eles:
a nova Estrutura e Função,
a Integração Curricular e a Educação Interprofissional,
a Simulação e outras Metodologias Ativas,
as Parcerias Externas fortes e a alta qualidade em Rotações Clínicas.
256
O eixo de Estrutura e Função é composto por unidades curriculares básicas
e o apoio oferecido aos docentes compreende basicamente a aplicação de
metodologias e ferramentas para o ensino da nova anatomia e da interação dos
conhecimentos de anatomia, fisiologia e patologia.
A integração curricular tem a finalidade de promover uma espiral de
conhecimentos onde as unidades trabalham conhecimentos relacionados e que
quando integrados levam ao discente a um conhecimento aprofundado e
significativo. Soma-se a educação interprofissional, que oferece ao estudante o
entendimento e a vivência de um ambiente profissional onde o trabalho,
principalmente da área da saúde, se dá em equipes formadas por diferentes
profissionais atuando na promoção da saúde. Esse eixo conta com apoio constante
do NAP-SAÚDE para que essas práticas sejam realizadas de maneira sincronizada
e organizada.
A simulação é uma metodologia aplicada às unidades curriculares
profissionalizantes dos cursos da saúde. A equipe do NAP-SAÚDE oferece apoio ao
docente na construção de cenários de simulação que agreguem conhecimento de
experiências vivenciadas na prática profissional em um ambiente controlado. Além
disso, o apoio também ocorre na elaboração das práticas de habilidades que tem a
função de promover o aprendizado de uma habilidade profissional de forma repetitiva
sem causar qualquer tipo de dano por se tratar de modelos sintéticos e simuladores.
As parcerias externas são estabelecidas para que os estudantes tenham a
oportunidade de vivenciar e praticar o aprendizado em um ambiente profissional.
Essas parcerias fortalecem a importante relação entre o meio acadêmico e
profissional; dessa forma, o ensino está conectado diretamente com as demandas
do mercado de trabalho de forma dinâmica e atualizada. A proximidade da academia
com o mercado de trabalho é parte importante na formação de um profissional de
excelência e que atende as demandas de mercado de trabalho. O estabelecimento
desses parecerias está diretamente relacionado ao eixo das Rotações Clínicas e tem
no NAP-SAÚDE o apoio necessário para a realização das atividades externas.
As Rotações clínicas se aplicam às unidades curriculares profissionalizantes
dos cursos da saúde que contam com atividades práticas em estabelecimentos de
atendimento em saúde. O apoio aos docentes consiste na elaboração dos convênios
257
de parceria com os estabelecimentos de atendimento em saúde que são
considerados referências de boas práticas profissionais pelos coordenadores e
docentes dos cursos envolvidos. A organização e agendamento das atividades
práticas da unidade curricular nos locais conveniados é realizada conforme a
capacidade de discentes e carga-horária acordada pelo parceiro. O apoio oferecido
pela equipe tem por objetivo contribuir para que as experiências prévias ou
concomitantes as práticas profissionais em estabelecimentos parceiros promovam
aprendizado profundo e pautado nas diretrizes nacionais dos cursos.
Os docentes que promovem atividades práticas em laboratórios recebem
auxilio da equipe do NAP-SAÚDE desde a verificação da disponibilidade de horário,
agendamento para o uso, solicitação de equipamentos, pedidos de insumos até a
organização do cenário da prática que será realizada. Os docentes também podem
requerer auxilio para conhecer as normas de biossegurança de cada um dos
laboratórios da saúde.
Todos os integrantes do NAP-SAÚDE estão dispostos a dar suporte ao longo
de todo o semestre na construção dos planos de ensino, plano de aula, roteiros de
prática, na inserção de metodologias que promovam o aprendizado ativo, na
avaliação pautada nos objetivos de aprendizagem e na diversificação de ferramentas
de ensino.
INFRAESTRUTURA
31. ESPAÇOS DOCENTES
31.1 GABINETES DE TRABALHO PARA PROFESSORES DE TEMPO INTEGRAL
Os professores de tempo integral do Curso de Farmácia possuem gabinetes de
trabalho localizados em diversos locais do campus. Esses gabinetes atendem
plenamente aos requisitos de dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação,
acessibilidade plena, conservação e comodidade.
Os gabinetes são dotados de mobiliários apropriados e de computadores com
acesso à internet e à impressora rápida a sua disposição.
258
Os professores em tempo integral integrantes da equipe de Coordenação
possuem uma sala com seis (6) postos de trabalhos, com computadores conectados à
Internet e com acesso a duas impressoras, localizada no prédio A.
Os docentes em regime de tempo integral também podem atuar em uma sala
situada no térreo do prédio C. A sala possui oito (8) gabinetes de trabalho com mesas
e computadores com acesso à Internet e impressora.
Os docentes possuem ainda a sua disposição uma sala de reuniões para
pequenos grupos de professores e para recepcionar alunos e visitantes. Trata-se da
sala do Núcleo Docente Estruturante, disponível para agendamento por parte dos
docentes em regime de tempo contínuo. A sala fica disponível no segundo andar do
prédio A, localizada ao lado da sala de Coordenação. O espaço dispõe de uma mesa
redonda de reuniões e duas mesas com dois computadores com acesso à internet e
impressora.
Por fim, destaca-se que todos os ambientes mencionados ficam disponíveis nos
três turnos de funcionamento do campus.
31.2 ESPAÇO DE TRABALHO PARA COORDENAÇÃO DO CURSO E SERVIÇOS
ACADÊMICOS
O coordenador do Curso de Farmácia possui um gabinete específico para a
realização de suas atividades. Esse gabinete atende plenamente aos requisitos de
dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, conservação e comodidade. Os
mobiliários são apropriados e a sala possui computadores com acesso à internet e
impressora rápida a sua disposição.
31.3 SALA DOS PROFESSORES
As salas dos professores atende plenamente aos requisitos de dimensão,
limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade plena, conservação e
comodidade.
As salas são climatizadas e equipadas com computadores dotados de acesso à
internet e possibilidade de impressão de materiais, via Setor de Apoio aos Docentes,
conjugado à sala dos professores. A sala dos professores do prédio C, a mais utilizada
259
pelos professores do Curso, foi ampliada, e possui uma sala com espaço para pequenas
reuniões e computadores individuais. O campus ainda possui uma sala de professores
no prédio A, nos mesmos moldes, e que também pode ser utilizada pelos docentes do
Curso.
As salas dos professores também possuem um espaço de convivência com
poltronas e sofás, com revistas e jornais disponíveis. Há escaninhos e armários para
guarda de material.
Nessa sala, os docentes encontram, permanentemente, à sua disposição,
cafezinho e água filtrada e gelada, de fácil acesso.
32. ESPAÇOS DISCENTES
32.1 SALA DE AULA
Todas as salas de aula do Curso de Farmácia atendem de maneira excelente
aos requisitos de dimensão, em função das vagas previstas e autorizadas, limpeza,
iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade plena, conservação e comodidade.
As salas de aula são dotadas de:
mesas;
cadeiras estofadas;
computador;
projetor multimídia;
acesso à Internet (cabo e wifi);
quadro branco;
ar condicionado.
O campus Zona Sul do UniRitter possui o total de 116 salas de aula com
capacidade média para 55 alunos cada. Em se tratando do Curso de Farmácia, a maior
parte das unidades curriculares são alocada no Prédio C. Suas instalações comportam
58 salas de aula. O Curso em tela ocupa cerca de 07 salas no turno da manhã e 07
salas no turno da noite.
260
32.2 ACESSO DOS ALUNOS À EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA
A infraestrutura do Curso de Farmácia do UniRitter atende de maneira excelente
a disponibilização de equipamentos de acesso à informática no que tange a quantidade
de equipamentos relativa ao número total de usuários, acessibilidade plena, velocidade
de acesso à internet, wifi, política de atualização de equipamentos e softwares e
adequação do espaço físico.
Os estudantes têm acesso aos computadores nos laboratórios de informática e
a WebSpaces de uso livre localizados nos prédios A, C e D, total de 140 computadores.
O Campus ainda possui mais laboratórios e Ateliês informatizados para aula com 1082
computadores e todos com sistema operacional Windows 7 Enterprise e Office 2013.
Neles os estudantes podem fazer seus trabalhos acadêmicos, realizar consultas
na internet e acesso ao portal do estudante, onde estão armazenadas suas informações
acadêmicas.
Os requisitos de quantidade de equipamentos relativa ao número total de
usuários, acessibilidade plena, velocidade de acesso à internet, política de atualização
de equipamentos e softwares, e adequação do espaço físico são atendidos pelo
UniRitter.
O UniRitter possui rede wireless com cobertura em todas as dependências do
campus, sendo disponibilizada para toda a comunidade acadêmica.
O campus de Porto Alegre possui vinte e dois (22) laboratórios sala de aula com
o total de 686 microcomputadores. Além disto os alunos têm a sua disposição quatorze
(14) espaços (laboratórios, salas, ilhas com computadores e acesso à internet
espalhados por diversos locais do campus, como os corredores dos prédios, etc), de
Informática de uso livre, localizados entre os Blocos A, C e D, que ficarão abertos nos
três turnos de funcionamento da Instituição. Os estudantes poderão, ainda, utilizar os
computadores disponíveis na biblioteca. Sendo assim, os estudantes do Curso de
Farmácia poderão utilizar 142 máquinas nestes espaços de uso livre. Todos os alunos
possuem acesso livre a rede wi-fi, de alta velocidade, disponível em todo o campus para
computadores e dispositivos portáteis individuais.
Cabe ainda salientar que, devido as características da proposta pedagógica do
curso, a infraestrutura de laboratórios específicos como, por exemplo, o Laboratório de
Estrutura e Função, possui computadores e tablets disponíveis para os alunos,
261
permitindo a dinamização das atividades de ensino e facilitando o acesso aos materiais
de apoio das unidades curriculares.
262
33. EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS
Unidade Curricular:
Processos Biológicos
Carga Horária:
132 horas
Turma:
1o semestre
EMENTA
A unidade curricular aborda de maneira integrada a organização, estrutura e função dos seres vivos
com ênfase nos componentes celulares e moleculares, discutindo a dinâmica das principais vias
metabólicas bioquímicas e a transmissão das informações genéticas.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
HARVEY, R.A. Bioquímica Ilustrada. 5 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2012. 520p.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2005. 332 p.
Unidade Curricular:
Desenvolvimento Humano e Social
Carga Horária:
88 horas
Turma:
1º semestre
EMENTA
Apresenta as transformações do ser humano e das relações de trabalho nas diferentes configurações
geográficas e na evolução tecnológica e discute o ser humano no mercado de trabalho sob a
perspectiva da cidadania e sustentabilidade. Discute a construção da ética e sua influência no
desenvolvimento social.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ASHLEY, Patrícia A. (Coord.). Ética e responsabilidade social nos negócios. 2. ed. São Paulo: Saraiva,
2010.
SROUR, R. H. Ética empresarial, posturas responsáveis nos negócios, na política e nas relações
pessoais. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
DARCANCHY, Mara (Coord.). Direito, inclusão e responsabilidade social. São Paulo: LTR, 2013.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BAUMAN, Zygmunt. Danos colaterais – desigualdades sociais numa era global. Rio de Janeiro, 2011.
CHAUÍ, Marilena. Manifestações Ideológicas do Autoritarismo Brasileiro. São Paulo: Autêntica, 2013.
GOMES, Mércio P. Os índios e o Brasil – passado, presente e futuro. São Paulo: Contexto, 2012.
SEVCENKO, Nicolau. A corrida para o século XXI: no loop da montanha-russa. São Paulo: Companhia
das Letras, 2001.
BARBIERI, J.C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva,
2004.
263
MARZOCCO, A., TORRES, B.B., Bioquímica Básica. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara, Koogan S/A, 2007.
386p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 5. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2011.
COOPER, M.G. A Célula uma abordagem molecular. Porto Alegre: Artmed, 2001.
CAMPBELL, M.K. Bioquímica. 1ed. São Paulo: Cengage learning, 2011. 845p.
DE ROBERTIS, E. M.; HIB, J. Biologia celular e molecular. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2014.
GALANTE, F., Fundamentos de Bioquímica. 2ed. São Paulo: Rideel, 2014. 510p.
Unidade Curricular:
Estrutura e Função Humana
Carga Horária:
132 horas
Turma:
1º Semestre
EMENTA
Aborda os aspectos da estrutura dos órgãos que compõem o corpo humano e seus mecanismos de
regulação, integrando o conhecimento da morfologia e fisiologia do organismo normal. Estuda o
aparelho locomotor, nervoso, cardiovascular, respiratório, digestório, urinário, genital feminino,
genital masculino, bem como os tecidos fundamentais.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2013.
NETTER, FRANK. H. Atlas de Anatomia Humana, 5ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011, 532p.
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia. 8.
ed. Porto Alegre: ArtMed, 2012.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 2ª ed. São Paulo: Livraria Atheneu, 2000.
ROHEN, J. W.; YOKOCHI, C.; LUTJEN-DRECOLL, E. Anatomia Humana: Atlas Fotográfico de
Anatomia Sistêmica e Regional. 6. ed. Sao Paulo: Manole, 2007.
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana, 23ª edição. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2012,
559 p.
SPENCE, A.P. Anatomia Humana Básica, 2ª edição. São Paulo: Ed. Manole, 1991, 713 p.
WOLF-HEIDEGGER, M.D. Atlas de Anatomia Humana, 6ª edição. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara
Koogan, 2006, 453 p.
264
Unidade Curricular:
Fundamentação Química
Carga Horária:
66 horas
Turma:
1º semestre
EMENTA
Estuda os conceitos de atomística que influenciam as propriedades da matéria, transformações físicas
e químicas, discutindo as ligações químicas e as interações entre moléculas, polaridade e solubilidade
das principais funções inorgânicas. Aborda o conceito ácido/base, concentração e diluição de
soluções, desenvolvendo habilidades práticas em laboratório químico.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ATKINS, Peter W.; JONES, Loretta. Principios de química: questionando a vida moderna e o meio. 5.
ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
KOTZ, J.C., TREICHEL Jr, P.M. Química Geral e Reações Químicas. 6ªed. São Paulo: Cengage Learning,
2009. 671 p.
RUSSEL, J.B. Química geral. 3 ed. São Paulo: Makron Books, 2009, v1 p.662 , v2. 628p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BROWN, T.L.; LEMAY, H.E.; BURSTEN, B.E. Química-Ciência Central. 9ed. Ed.Prentice Hall. 992p.
MAHAN, B.M., Química: um curso universitário. 4 ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1995. 582p.
MASTERTON, W.L.; SLOWINSKI, E.J.; STANITSKI, C.L. Princípios de Química. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC,
2011. 681 p.
ROSENBERG, J. L.; EPSTEINS, L. M.; KRIEGER, P. J. Química geral. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
ZUMDAHL, Steven S.; DECOSTE, Donald J. Introdução à química: fundamentos. São Paulo: Cengage
Learning, 2015.
Unidade Curricular:
Estilo de Vida, Saúde e Meio
Ambiente
Carga Horária:
88 horas
Turma:
2º semestre
EMENTA
Discute Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente como objetos complexos. Trata a diversidade cultural,
étnico-racial com ênfase nos afrodescendentes e alteridade nas sociedades complexas e suas
repercussões no estilo de vida, bem estar, beleza, funcionalidade, corporeidade, qualidade de vida,
saúde e meio ambiente.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ASSUMPÇÃO JR., FB; KUCZYNSKI, E; Colaboradores. Qualidade de Vida na Infância e na Adolescência:
Orientações para Pediatras e Profissionais da Saúde Mental. Porto Alegre: Artmed, 2010.
265
PALUDO, Simone dos Santos; KOLLER, Sílvia Helena. Psicologia Positiva: uma nova abordagem para
antigas questões. Paidéia, v. 17, n. 36, p. 9-20, 2007. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/paideia/v17n36/v17n36a02.pdf.
ROSSI, Ana Maria; PERREWÉ, Pamela L.; SAUTER, Steven L. (Org.). Stress e qualidade de vida no
trabalho: perspectivas atuais da saúde ocupacional. São Paulo: Atlas, 2012. 1 recurso online. ISBN
9788522468218. Disponível em: <http://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522468218>.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
DINIZ, Denise Pará (Coord). Guia de qualidade de vida: saúde e trabalho. 2ª ed. Barueri: Manole,
2013.
GUSSO, G. Tratado de Medicina de Família e Comunidade. Porto Alegre: ArtMed, 2012. 2.v.
MCWIMMEY, Ian, Thomas Freeman. Manual de Medicina de Família e Comunidade. 3. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2010.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE; ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. CIF: Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. São Paulo: EDUSP, 2003.
ROSSI, AM; QUICK, JC. Stress e qualidade de vida no trabalho: o positivo e o negativo. São Paulo:
Atlas, 2009.
Unidade Curricular:
Sistemas Corporais
Carga Horária:
99 horas
Turma:
2º Semestre
EMENTA
A unidade de ensino aborda a morfologia e os processos fisiológicos dos sistemas corporais, bem
como os mecanismos pelos quais interagem com os demais sistemas e as disfunções mais prevalentes
na população, integrando os mecanismos fisiopatológicos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
AIRES, M. M. Fisiologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo: patologia geral. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
GUYTON, A.C. Fisiologia humana e mecanismos de doenças. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1993. 575 p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
CURI, R.; ARAÚJO FILHO, J. P. Fisiologia básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
HALSEN, D. E., DINTZIS, R. Z. Fundamento de Rubin: Patologia.1.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2007.
KUMAR, V., et al. Robbins e Cotran: Patologia: Bases Patológicas das Doenças. 8.ed. São Paulo:
Elsevier, 2010.1480 p.
266
PORTH, C. M. Fisiopatologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 2 v.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia. 8. ed. Porto
Alegre: ArtMed, 2012.
Unidade Curricular:
Química Orgânica
Carga Horária:
99 horas
Turma:
2º semestre
EMENTA
Aborda a nomenclatura, estrutura e propriedades físicas de alcanos, alcenos, ácidos carboxílicos,
aminas, ésteres, alcenos e compostos aromáticos. Trata reações de substituição nucleofílica acílica
em compostos carbonilados e de adição nucleofílica em aldeídos e cetonas; oxidação e redução de
compostos orgânicos, reações de adição a alcenos e de substituição eletrofílica em compostos
aromáticos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio. 5. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2012.
McMURRY, J. Química Orgânica. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1997. v.1 e v.2.
SOLOMONS, T. W. Graham. Química Orgânica. 10ª. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
MANO, E. B; SEABRA, P.S. Práticas de química orgânica. 3. ed. São Paulo: Blucher, 1987.245p.
MORRISON, R. T.; BOYD, R. N. Química orgânica. 6. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996.
SOLOMONS, T. W. Graham. Química Orgânica. 10ª. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
UCKO, D. A. Química para as ciências da saúde: uma introdução à química geral, orgânica e biológica.
2. ed. São Paulo: Editora Manole Ltda, 1992. 646 p.
VOLLHARDT, K. P. C.; SCHORE, N. E. Química orgânica: estrutura e função. 4. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2004. 1112 p.
Unidade Curricular:
Mecanismos de Agressão e Defesa I
Carga Horária:
66 horas
Turma:
2o semestre
EMENTA
Aborda o aprendizado dos mecanismos de virulência dos organismos patogênicos (bactérias, fungos,
vírus e parasitos) e sua interação com o sistema imune na manutenção da saúde e no processo de
doença. Enfoca aspectos básicos e aplicados da Imunologia, Microbiologia e Parasitologia.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
267
BROOKS, F.G., CAROLL, C.K., BUTEL, S.J., MORSE, A.S., MIETZNER, A.T. (2014). Microbiologia Médica
de Jawetz, Melnick e Adelberg (Lange). 26ª edição. Rio de Janeiro: AMGH.
REY, L. Bases da parasitologia médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
TORTORA, G. J., KE, B. R., CASE, C. L. Microbiologia. 8.ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ABBAS, A.K., LICHTMAN, A.H., PILLAI, S. (2012). Imunologia Celular e Molecular. 7ª edição. Rio de
Janeiro: Elsevier.
MADIGAN, M.T. et al. Microbiologia de Brock. 12. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2011.
MORAES, S. L.; FERREIRA, A. W. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e
autoimunes. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
MURPHY, K. Imunobiologia de Janeway. 8. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2014.
NEVES, D. P. (editor). Parasitologia Humana. 12. ed. São Paulo: Atheneu, 2011. 546p.
Unidade Curricular:
Práticas em Farmácia
Carga Horária:
66 horas
Turma:
2º Semestre
EMENTA
Apresenta as áreas de atuação dos farmacêuticos e os órgãos de classe com ênfase na
regulamentação do âmbito profissional e suas implicações na prática farmacêutica. Discute o modelo
assistencial vigente no país, a inserção do farmacêutico e o Sistema Único de Saúde. Também
exemplifica os principais cálculos matemáticos utilizados e os conceitos físicos aplicados no dia a dia
da profissão.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ANSEL, H.C., POPOVICH, N.G., JUNIOR, L.V.A. Farmacotécnica: Formas Farmacêuticas e Sistemas de
Liberação de Fármacos. 6 ed. São Paulo: Ed. Premier, 2000. 568 p.
HAFEN, B. Q.; Karren, K. J.; Frandsen, K.J. Guia de primeiros socorros para estudantes. 7. ed. São
Paulo: Manole, 2002. 518p.
RANG H.P., DALE M.M. Farmacologia. 7a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 778 p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ALLEN JÚNIOR, Loyd V. Introdução à farmácia de Remington. Porto Alegre: Artmed, 2006
ANSEL, H.C.; PRINCE, S.J. Manual de Cálculos Farmacêuticos. Artmed. 1 ed, Porto Alegre, 2005. 300p.
BARSANO, P. R. et al. Biossegurança: ações fundamentais para promoção da saúde. São Paulo: Erica,
2014.
268
CARVALHO, Paulo Roberto de. Boas práticas químicas em biossegurança. 2. ed. Rio de Janeiro:
Interciência, 2013.
OGUSHI, Q. Administração em laboratórios clínicos. São Paulo: Atheneu, 1998.
Unidade Curricular:
Ética e Profissionalismo
Carga Horária:
33 horas
Turma:
2º Semestre
EMENTA
Apresenta temas relacionados à Bioética na promoção, proteção e recuperação da saúde, dando
ênfase na relação entre os documentos normativos que sustentam o tema e os dilemas da vida real.
Apresenta a aplicabilidade das ferramentas que sustentam a ética na prática profissional
contextualizando os campos de atuação.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ANGERAMI-CAMON, V. A. A ética na saúde. São Paulo: Pioneira, 1997
COHEN, C.; GARCIA, M.; OLIVEIRA, R. A. Estudos e pareceres de bioética. Rio de Janeiro: Elsevier,
2015.
RIOS, T. Ética e competência. 20. Ed. São Paulo: Cortez, 2011.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
FORTES, P. A. C. Ética e saúde: questões éticas, deontológicas e legais, autonomia e direitos do
paciente, estudo de caso. 6ed. São Paulo:EPU, 2011
BALDEIA, M. Ética e profissionais da saúde. São Paulo : Santos, 1999
JONSEN, R.R.; SIEGLER, M.W., WILLIAM J. Ética Clínica - Abordagem Prática para Decisões Éticas na
Medicina Clínica. 7. Ed. McGraw Hill, 2012.
MARTINS-COSTA, Judith; MÖLLER, Letícia Ludwig. Bioética e responsabilidade. Rio de Janeiro:
Forense, 2008.
COHEN, C.; GARCIA, M.; OLIVEIRA, R. A. (Org.). Estudos e pareceres de bioética. Rio de janeiro :
Elsevier, 2015.
Unidade Curricular:
Estágio Supervisionado I
Carga Horária:
66 horas
Turma:
3º Semestre
EMENTA
Aborda os princípios básicos da assistência e da atenção farmacêutica por meio da realização de
atividades em campo de estágio, como orientação na escolha adequada de medicamentos, na
verificação da prescrição, posologia, contra- indicações, duração de tratamento, interações e reações
269
adversas, além da administração de pessoal, financeira e de estoque e aspectos da legislação
farmacêutica aplicada.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da terapêutica de
Goodman & Gilman.12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
MARIN, N. Assistência Farmacêutica para Gerentes Municipais. 1ª ed. Rio de Janeiro: OPAS/OMS,
2003. 373p.
Organização Pan-Americana da Saúde. Avaliação da Assistência Farmacêutica no Brasil: estrutura,
processos e resultados. Ministério da Saúde: Brasília, 2005. 260 p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BISSON, M.P. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. 1ª ed. São Paulo: Medfarma Livraria e Editora,
2003. 356p.
BONFIM, J.R.A. A Construção da Política de Medicamentos. 1ª ed. São Paulo: Editora Hucitec, 1997.
381p.
CORRER, C. J.; OTUKI, M. F. A prática farmacêutica na farmácia comunitária. Porto Alegre: ArtMed,
2013.
SANTOS, L.; TORRIANI, M. S.; BARROS, E. Medicamentos na prática da farmácia clínica. 1. ed. Porto
Alegre: ArtMed, 2013.
STORPIRTIS, S. et al. Ciências farmacêuticas: farmácia clínica e atenção farmacêutica. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2007.
Unidade Curricular:
Fundamentos de Nutrição
Carga Horária:
66 horas
Turma:
3º Semestre
EMENTA
Aborda os conceitos de alimentação e nutrição, definindo a importância da Nutrição na determinação
da saúde dos indivíduos e populações. Enfoca os nutrientes, os alimentos e suas necessidades, bem
como as consequências das carências e dos excessos nutricionais, visando a promoção, prevenção
e/ou recuperação da saúde, por meio de uma alimentação saudável.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CARDOSO, Marly Augusto (Coord.). Nutrição humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
Maslow, A. H. (1943). A theory of human motivation [Uma teoria sobre a motivação humana].
Psychological Review, 50(4), 370–396;
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. (2016). Food-based dietary
guidelines. Retirado de http://www.fao.org/nutrition/nutrition-education/food-dietary-
guidelines/en/
270
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Fair Foods Inc. (27 de outubro de 2013). Posts tagged serving size: Portion control [Publicação com
marcação de tamanho ao servir: controle de porção] [publicação de blog]. Retirado de
https://fairfoodsboston.wordpress.com/tag/serving-size/
Instituto Nacional de Coração, Pulmão e Sangue. (n.d.). Fat-free versus regular calorie comparison.
[Comparação de gordura livre versus caloria regular] Retirado de
http://www.nhlbi.nih.gov/health/educational/lose_wt/eat/shop_fat_free.htm
Organização Mundial da Saúde. (2016). Diet, nutrition, and the prevention of chronic diseases: Report
of the joint WHO/FAO expert consultation. Retirado de
http://www.who.int/dietphysicalactivity/publications/trs916/summary/en/
U.S. Food and Drug Administration. (2016). How to understand and use the nutrition facts food label.
[Como entender e usar o rótulo de alimento com fatos nutricionais] Retirado de
http://www.fda.gov/Food/IngredientsPackagingLabeling/LabelingNutrition/ucm274593.htm
World Obesity Federation. (2015). World map of obesity. [Mapa mundial da obesidade] Retirado de
http://www.worldobesity.org/resources/world-map-obesity/
Unidade Curricular:
Terapêutica Medicamentosa
Carga Horária:
66 horas
Turma:
3º semestre
EMENTA
Aprendizado dos conceitos básicos de farmacocinética (absorção, distribuição, metabolismo e
excreção de drogas) e de farmacodinâmica (locais de ação dos fármacos), relacionados com a
biodisponibilidade do medicamento, sua posologia e interações medicamentosas. Discussão da
terapêutica medicamentosa aplicada para reparar as disfunções bioquímicas e fisiológicas do
organismo.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da terapêutica de
Goodman & Gilman.12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
KATZUNG , B.G. Farmacologia Básica e Clínica. 12ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. 1228 p.
RANG H.P., DALE M.M. Farmacologia. 7a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 778 p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ACOSTA, W. R. Fundamentos de farmacologia para técnico em farmácia. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011.
FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L. Farmacologia clínica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
SANTOS, L.; TORRIANI, M. S.; BARROS, E. Medicamentos na prática da farmácia clínica. 1. ed. Porto
Alegre: ArtMed, 2013.
271
SILVA, P. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
TOY, E. C. et al. Casos clínicos em farmacologia. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.
Unidade Curricular:
Mecanismos de Agressão e Defesa II
Carga Horária:
66 horas
Turma:
3º Semestre
EMENTA
Aborda diferentes aspectos da microbiologia, fornecendo um sólido embasamento para o estudo da
biodiversidade e constituindo importante ferramenta com potencial aplicação em microbiologia de
alimentos, de água, industrial, biotecnologia, ambiental e de diagnóstico laboratorial. Discute os
agentes responsáveis por enfermidades infecciosas assim como os mecanismos de defesa do sistema
imune.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ABBAS, A. K., LICHTMAN, A.H., Pillai, S., Imunologia Celular & Molecular, 6ª ed, Rio de Janeiro,
Elsevier, 2008.
MURPHY, K. Imunobiologia de Janeway. 8. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2014.
TRABULSI, L. R. et al. Ed. Microbiologia. 5.ed. São Paulo: Atheneu, 2008. 760p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BROOKS, Geo. F. et al. Microbiologia médica de Jawetz, Melnick e Adelberg. 26. ed. Porto Alegre:
AMGH, 2014.
COICO, R.; SUNSHINE, G. Imunologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
DELVES, P. J. et al. Fundamentos de imunologia. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
ENGELKIRK, P. G.; DUBEN-ENGELKIRK, J.; BURTON, Gwendolyn R. W. Burton, microbiologia para as
ciências da saúde. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
LEVINSON, W. Microbiologia médica e imunologia. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2010
Unidade Curricular:
Assistência Farmacêutica
Carga Horária:
66 horas
Turma:
3º semestre
EMENTA
Discutir as relações, as normas e a legislação que norteia e ampara o profissional do século XXI, bem
como o seu comportamento e posicionamento ético no contexto social da área da Saúde Pública, em
temas como medicamentos genéricos similares e de marca, medicamentos sob controle especial,
política nacional de medicamentos, gestão da assistência farmacêutica, dentre outros.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
272
BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da terapêutica de
Goodman & Gilman.12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
MARIN, N. Assistência Farmacêutica para Gerentes Municipais. 1ª ed. Rio de Janeiro: OPAS/OMS,
2003. 373p.
STORPIRTIS, S. et al. Ciências farmacêuticas: farmácia clínica e atenção farmacêutica. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2007.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BISSON, M.P. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. 1ª ed. São Paulo: Medfarma Livraria e Editora,
2003. 356p.
BONFIM, J.R.A. A Construção da Política de Medicamentos. 1ª ed. São Paulo: Editora Hucitec, 1997.
381p.
CORRER, C. J.; OTUKI, M. F. A prática farmacêutica na farmácia comunitária. Porto Alegre: ArtMed,
2013.
Organização Pan-Americana da Saúde. Avaliação da Assistência Farmacêutica no Brasil: estrutura,
processos e resultados. Ministério da Saúde: Brasília, 2005. 260 p.
SANTOS, L.; TORRIANI, M. S.; BARROS, E. Medicamentos na prática da farmácia clínica. 1. ed. Porto
Alegre: ArtMed, 2013.
Unidade Curricular:
Físico-Química
Carga Horária:
66 horas
Turma:
3º semestre
EMENTA
Avalia o equilíbrio químico em sistemas homogêneos e heterogêneos integrando com os conceitos de
cinética química e a lei de velocidade das reações, e discutindo parâmetros cinéticos, energéticos e os
mecanismos de reação e as diversas aplicações em ciências Farmacêuticas. Aborda os princípios da
termodinâmica contextualizando sua aplicação na área farmacêutica.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ATKINS, P. W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio. 5. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2012.
ATKINS, P.W. Físico Química. Rio de Janeiro: LTC, 7°ed, 2004. 612p.
CASTELLAN, G. W. Fundamentos de físico-química. Rio de Janeiro: LTC, 2015
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
CHANG, Raymond. Físico-química: para as ciências químicas e biológicas, V.2. 3ª ed. Porto Alegre:
AMGH, 2010.
LIMA, Andreia Alves (Org.). Físico-química. São Paulo: Pearson, 2014.
273
MOORE, W.J. Físico Química. São Paulo: Blücher, 1976, 866 p.
RANGEL, R. N. Práticas de físico-química. 2. Ed. São Paulo: E Blucher, 1997.
RUSSELL, J.B. Química geral. 3 ed. São Paulo: Makron Books, 2009, 2 v. 628p.
Unidade Curricular:
Metodologia Científica
Carga Horária:
88 horas
Turma:
4º semestre
EMENTA
A disciplina discute o pensamento religioso, ideológico e filosófico. Aborda o senso comum e a
ciência. Discute os principais métodos científicos. Analisa abordagens qualitativas e quantitativas.
Caracteriza o texto acadêmico e o emprego das normas da ABNT.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BONIN, Jiani. Delineamentos para pensar a metodologia como práxis na pesquisa em comunicação,
2010. Disponível em: http://www.processocom.org/wp-content/uploads/2015/08/BONIN-Rastros-
2010.pdf
CASTRO, Cláudio de Moura. Como redigir e apresentar um trabalho científico. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2011. Disponível na Biblioteca Virtual Universitária
MAGALHÃES, Gildo. Introdução à Metodologia da Pesquisa: caminhos da ciência e tecnologia. São
Paulo: Ática, 2005. Disponível na Biblioteca Virtual Universitária
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
FRANCELIN, Marivalde. Ciência, senso comum e revoluções científicas: ressonâncias e paradoxos. Ci.
Inf. V. 33, n. 3, p. 26-34, set/dez. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n3/a04v33n3
GODOY, Arilda. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de Administração de
Empresas. 1995. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rae/v35n2/a08v35n2.pdf
GÜNTHER, Hartmut. Pesquisa qualitativa versus pesquisa qualitativa: esta é a questão? Psicologia:
teoria e pesquisa. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/ptp/v22n2/a10v22n2.pdf
LAROCCA, Priscila; ROSSO, Ademir; SOUZA, Audrey. A formulação dos objetivos de pesquisa na pós-
graduação em Educação: uma discussão necessária. RBPG. 2005. Disponível em:
http://ojs.rbpg.capes.gov.br/index.php/rbpg/article/download/62/59
LIMA, Telma; MIOTO, Regina. Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento
científico: a pesquisa bibliográfica. Rev. Katál. 2007. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rk/v10nspe/a0410spe
Unidade Curricular:
Química Analítica
Carga Horária:
132 horas
Turma:
4º Semestre
274
EMENTA
Trata das reações e dos equilíbrios químicos usados na identificação de ânions e cátions em meios
predominantemente aquosos, enfatizando a análise qualitativa e quantitativa de funções químicas
dos compostos inorgânicos. Estuda técnicas de vidrarias, métodos titrimétricos de quantificação de
substâncias e a quantificação de compostos a partir da espectrofotometria na região do visível.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BACCAN, N.; ANDRADE, J.C.; GODINHO, O.E.S.; BARONE, J.S. Química Analítica Quantitativa
Elementar, 3ª ed. revisada, São Paulo: Edgar Blücher, 2004. 308 p.
HARRIS, Daniel C. Análise química quantitativa. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
VOGEL, A. I. et al. Análise química quantitativa. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ALEXÉEV, V. Análise Qualitativa. 1 ed. Porto: Lopes da Silva Editora. 1982. 583 p.
ATKINS, P.W.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio. 5. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2012.
BACCAN, N.; ALEIXO, L.M.; STEIN, E.S.; GODINHO, O.E.S. Introdução à Semimicroanálise Qualitativa. 4
ed. Campinas: Editora da UNICAMP, 1997. 295 p.
ROSA, G.; et al. Química analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
VOGEL, A. I. et al. Análise química quantitativa. 6ª. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
Unidade Curricular:
Farmácia Magistral e Cosmetologia
Carga Horária:
132 horas
Turma:
4º Semestre
EMENTA
Analisa os cálculos efetuados na farmácia magistral, a manipulação de formas farmacêuticas e as boas
práticas. Estuda os insumos usados na farmácia magistral, a legislação pertinente, eficácia e
segurança do usuário, aspectos éticos. Explora formas cosméticas, excipientes e matéria-prima.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ANSEL, H.C., POPOVICH, N.G., JUNIOR, L.V.A. Farmacotécnica: Formas Farmacêuticas e Sistemas de
Liberação de Fármacos. 6 ed. São Paulo: Ed. Premier, 2000. 568 p.
AULTON, M. E. Delineamento de Formas Farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 677 p.
THOMPSON, J.E. A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos. 1 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2006. 576 p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
275
BATISTUZZO, J.A.O., Itaya, M., Eto, Y. Formulário Médico-Farmacêutico. 2 ed. São Paulo: Editora
Tecnopress, 2002. 550 p.
FERREIRA, A.O. Guia Prático de Farmácia Magistral. 2 ed. Juiz de Fora: Edição do próprio autor, 2002.
845 p.
Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira: 2012. 2 ed. 225 p. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/arquivos/2012
LE HIR, A. Noções de Farmácia Galênica. 6 ed. São Paulo: Organização Andrei Editora, 1997. 444 p.
The United States Pharmacopeia: The national formulary: 2008 USP 31. 26° ed. Rockville, MD: United
States Pharmacopeia Convention, 2008. 2876 p.
Unidade Curricular:
Farmacognosia
Carga Horária:
66 horas
Turma:
4º Semestre
EMENTA
A disciplina aborda o conhecimento químico, farmacológico e toxicológico de espécies vegetais de uso
terapêutico, por meio do estudo das diferentes classes de princípios ativos presentes nos vegetais.
Enfoca os métodos de extração, caracterização química e quantificação de princípios ativos em drogas
vegetais de interesse farmacêutico.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E.; VIEIRA, C. M. Raven, biologia vegetal. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2014.
FINTELMANN, R.F.W. Tradução Stein, J. P.et al. Manual de Fitoterapia. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2010. 526 p
OLIVEIRA, F.; AKISUE, G.; AKISUE, M. K. Farmacognosia. São Paulo: Atheneu, 1998. 412 p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
A Fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisas de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos.
Ministério da Saúde – Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de
Assistência Farmacêutica e Insumos estratégicos. Brasília. 2006. 148 p. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/fitoterapia_no_sus.pdf>.
LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 1ª. Ed. Nova Odessa, SP.
Instituto Plantarum. 2002. 512p
ROBBERS, J. E.; SPEEDIE, M. K.; TYLER, V. E. Farmacognosia e biotecnologia. São Paulo: Premier, 1997.
372 p.
ROSSATO, A.E. Fitoterapia racional: aspectos taxonômicos, agroecológicos, etnobotânicos e
terapêuticos. Florianópolis, SC: DIOES. 2012. 213 p.
SIMÕES, C. M. O. et al. (Orgs.) Farmacognosia. Da planta ao medicamento. 5 ed. Porto
Alegre/Florianópolis: Ed. Universidade/UFRGS/Ed. UFSC, 2003. 1102 p.
276
Unidade Curricular:
Bioquímica de Alimentos
Carga Horária:
66 horas
Turma:
5º Semestre
EMENTA
Aborda a composição química e nutricional dos alimentos e as alterações provocadas nos mesmos
por agentes físicos, químicos e biológicos. Aborda as normas e diretrizes que regem a qualidade dos
alimentos produzidos e o conjunto de análises físico-químicas utilizadas em laboratório de fiscalização
de alimentos. Discute os aspectos éticos envolvidos na produção de alimentos e as legislações
vigente.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BARUFFALDI, R. Fundamentos de tecnologia de Alimentos. São Paulo: Atheneu, 1998. 317p.
EVANGELISTA, J. Tecnologia de Alimentos. 2a ed. São Paulo: Atheneu, 2001. 652p.
SILVA Jr., E.A. Manual de controle higiênico-sanitário em alimentos. 5a ed. São Paulo: Varela, 2002.
479p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BERTOLINO, M. T. Gerenciamento da qualidade na indústria alimentícia: ênfase na segurança dos
alimentos. Porto Alegre: ArtMed, 2011.
DAMODARAN, S.; PARKIN, K. L.; FENNEMA, O. R. Química de alimentos de Fennema. 4. ed. Porto
Alegre: ArtMed, 2011
FORSYTHE, S. J. Microbiologia da segurança dos alimentos. 2. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2013
KOBLITZ, M. G. B. Matérias-primas alimentícias: composição e controle de qualidade. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2011.
NESPOLO, C. R.; OLIVEIRA, F. A.; PINTO, F. S. T. Práticas em tecnologia de alimentos. Porto Alegre:
ArtMed, 2015.
Unidade Curricular:
Saúde Coletiva
Carga Horária:
88 horas
Turma:
5º Semestre
EMENTA
Aborda as políticas de saúde, os sistemas de saúde no Brasil e as características das modalidades de
atenção à saúde. Discute os desafios num contexto de mudanças demográfica e epidemiológica, as
crescentes demandas de saúde e as novas expectativas das populações. Apresenta uma visão global
de prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde e melhoria da qualidade de vida das
populações.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
COHN, Amélia; ELIAS, Paulo E. Saúde no Brasil: políticas e organização de serviços. 6. ed. São Paulo:
Cortez, 2005.
277
CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa (Org.) et al. Tratado de saúde coletiva. 2. ed. São Paulo: HUCITEC,
2012. 968 p. (Saúde em Debate; 170). ISBN 978-85-64806-56.
FILHO, C. Bertolli. História da saúde pública no Brasil. 4. ed. São Paulo: Ática: 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
GUSSO, G. Tratado de Medicina de Família e Comunidade. Porto Alegre: ArtMed, 2012. 2.v.
MCWIMMEY, Ian, Thomas Freeman. Manual de Medicina de Família e Comunidade. 3. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2010.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO
BÁSICA. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília : Ministério da Saúde, 2012. Disponível em:
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf
SOLHA, R.K.T. Saúde Coletiva para Iniciantes - Políticas e Práticas Profissionais. São Paulo: Erica, 2014.
BASSINELLO, G. Saúde Coletiva. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.
Unidade Curricular:
Química Farmacêutica e
Farmacodinâmica
Carga Horária:
99 horas
Turma:
5º Semestre
EMENTA
Estuda como as mudanças estruturais no fármaco afetam a farmacocinética e a farmacodinâmica e os
mecanismos de ações, das relações dose-efeito, das indicações terapêuticas, reações adversas e
interações medicamentosas dos fármacos que atuam no sistema cardiovascular e renal, sistema
nervoso central, sistema imunológico, sistema respiratório e sistema digestório.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BARREIRO, E. J. e FRAGA, C. A. M. Química Medicinal: As Bases Moleculares da Ação de Fármacos 3.
ed. Porto Alegre: ArtMed, 2015.
BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da terapêutica de
Goodman & Gilman.12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
KOROLKOVAS, A.; BURCKHALTER, J. H. Química Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
1988. 783p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio. 5. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2012.
DELGADO, J. N.; REMERS, W. A. Wilson and Gisvold's textbook of Organic Medicinal and
Pharmaceutical Chemistry. 10.ed., Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 1998. 974p.
278
Disponível em: https://faculty.psau.edu.sa/filedownload/doc-10-pdf-
9e7f111f15db1aa3830cd806660d7b97-original.pdf
FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L. Farmacologia clínica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
PATRICK, G. L. An Introduction to Medicinal Chemistry. 2nd ed., New York: Oxford University Press,
2001. 622 p.
SOLOMONS, T. W. Graham. Química Orgânica. 10ª. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
Unidade Curricular:
Biotecnologia de Produtos
Farmacêuticos
Carga Horária:
66 horas
Turma:
5º semestre
EMENTA
Revisita e aprofunda os conceitos de biologia molecular, especificamente as técnicas de clonagem.
Apresenta técnicas disponíveis de manipulação genética empregadas no desenvolvimento e produção
de medicamentos, alimentos e outros produtos. Articulando os conceitos de biodiversidade e
bioprospecção discute os fundamentos da bioética na pesquisa, e introduz os conceitos da terapia
gênica
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
DE ROBERTIS, E. M.; HIB, J. Biologia celular e molecular. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2014.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2005. 332 p.
ZAHA, A.; FERREIRA, H. B.; PASSAGLIA, L. M. P. Biologia molecular básica. 5 ed. Porto Alegre: Artmed,
2014. 402 p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BRUNO, Alessandra Nejar. Biotecnologia II: aplicações e tecnologias. Porto Alegre: ArtMed, 2017.
BRUNO, Alessandra Nejar. Biotecnologia: princípios e métodos. Porto Alegre: ArtMed, 2014.
COX, M. M.; DOUDNA, J. A.; O’DONNELL, M. Biologia molecular: princípios e técnicas. 1 ed. Porto
Alegre: Artmed, 2012. 914 p.
LODISH, H. et al. Biologia celular e molecular. 7. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2014.
OCTAVIANI, A. Recursos genéticos e desenvolvimento. São Paulo: Saraiva, 2013.
Unidade Curricular:
Análises Clínicas I
Carga Horária:
99 horas
Turma:
5º semestre
279
EMENTA
Revisita os princípios fisiológicos relacionados com os sistemas biológicos corporais visando o
diagnóstico laboratorial das enfermidades. Discute os princípios analíticos utilizados na bioquímica
clínica, na imunologia clínica, nos líquidos corpóreos e na uroanálise, e os desenvolve em práticas de
habilidades. Vivencia a labuta em análises clínicas no que tange ao diagnóstico e a qualidade de vida
dos pacientes.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
MOTTA, V. T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. Rio de Janeiro:
MedBook, 2009. 382p.
MURPHY, K. Imunobiologia de Janeway. 8. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2014.
STRASINGER, S., Urinálise e Fluidos Corporais. 5. ed. São Paulo: LMP, 2009. 315 p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
COMPRI NARDY, M. B.; STELLA, M. B.; OLIVEIRA, C. Práticas de laboratório em bioquímica e biofísica.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
MURRAY, R. K. et al. Bioquímica ilustrada de Harper. 29. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
MURPHY, K. Imunobiologia de Janeway. 8. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2014.
NEVES, P. A. Manual roca técnicas de laboratório: líquidos biológicos. Rio de Janeiro: Roca, 2011.
WALLACH, J. B.; WILLIAMSON, M. A; SNYDER, L. M. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 9.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013
Unidade Curricular:
Análises Toxicológicas e Ambientais
Carga Horária:
66 horas
Turma:
6º semestre
EMENTA
A unidade curricular aborda o estudo dos efeitos tóxicos, avaliação toxicológica, toxicologia de
medicamentos, ocupacional, de alimentos, social, dopagem e ambiental. Principais poluentes e
sua influência sobre os fatores bióticos e abióticos, utilizando bioindicadores. Diagnóstico e
impactos ambiental. Gerenciamento ambiental e de resíduos. Análises de água, de efluentes e
do solo.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
KLAASSEN, C. D.; WATKINS, J. B. Fundamentos em toxicologia de Casarett e Doull. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
LARINI, L. Toxicologia. São Paulo: Manole, 1997. 301p.
OGA, S. Fundamentos de Toxicologia. São Paulo, Ateneu Editora, 2003, 515 p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
280
DIEHL, A.; CORDEIRO, D. C.; LARANJEIRA, R. Tratamentos farmacológicos para dependência química: da evidência científica à prática clínica. Porto Alegre: ArtMed, 2011.
LOOMIS, T. A. Fundamentos de Toxicologia, Zaragoza, Acribia, 1989, 274 p.
MARCÃO, R. Tóxicos. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
MOREAU, Regina Lúcia de Moraes. Ciências farmacêuticas: toxicologia analítica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
OLSON, K. R. Manual de toxicologia clínica. 6. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
Unidade Curricular:
Programa de Integração Saúde
Comunidade
Carga Horária:
66 horas
Turma:
6º Semestre
EMENTA
Promove o conhecimento de diferentes áreas de atenção em saúde e bem-estar e o aprendizado em
grupos interprofissionais, contribuindo para a formação integral do estudante. Permite a integração
teórico-prática na promoção de saúde, prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida a
partir da prática colaborativa em instituições e comunidades.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa (Org.) et al. Tratado de saúde coletiva. 2. ed. São Paulo: HUCITEC,
2012. 968 p. (Saúde em Debate; 170). ISBN 978-85-64806-56.
FILHO, C. Bertolli. História da saúde pública no Brasil. 4. ed. São Paulo: Ática: 2008.
LOPES, M. O. Políticas de saúde pública: interação dos atores sociais. 2. ed., ver. e atual. São Paulo:
Atheneu, 2017.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
AFONSO, M.L.M. (org) Oficinas em dinâmica de grupo na área da saúde. São Paulo: Casa do Psicólogo,
2010.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43. ed. São Paulo: Paz e
Terra, 2011. 143 p.
PEDUZZI, M.; OLIVEIRA, M. A.; SILVA, J.; AGRELI, H.; MIRANDA, M. Trabalho em equipe, prática e
educação interprofissional. In: In: MARTINS, Mílton de Arruda; CARRILHO, Flair José; ALVES, Venâncio
Avancini Ferreira; CASTILHO, Euclides Ayres de; CERRI, Giovanni Guido; WEN, Chao Lung (Org.).
Clínica Médica. 2a.ed. Barueri-SP: Manole, 2016, v. 1, p. 171-179. (Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3011330/mod_resource/content/1/Trabalho%20em%20eq
uipe.pdf).
SOLHA, Raphaela Karla de Toledo. Saúde coletiva para iniciantes: políticas e práticas profissionais. 2.
ed. São Paulo: Erica, 2014.
Unidade Curricular: Carga Horária: Turma:
281
Bioestatística e Epidemiologia 88 horas 7º Semestre
EMENTA
Aspectos epidemiológicos de doenças e agravos no Brasil. Vigilância epidemiológica. Desenhos de
estudo em Epidemiologia, Indicadores de saúde. Conceitos de estatística e bioestatística. Estatística
descritiva. Medidas de dispersão. População e mostra na bioestatística. Entendimento básico da área
e sua importância na saúde pública ao examinar o estudo e análise de incidência, padrões de
distribuição e determinantes de eventos associados à saúde (incluindo doenças). Desenho de estudos
epidemiológicos, o papel da vigilância sanitária e coleta de dados, os desafios de avaliar causalidade,
bem como o propósito e a avaliação de intervenções epidemiológicas. Explora os conceitos de coleta
e resumo de dados, bem como sua interpretação em pesquisas científicas. Análise como escolher
uma amostra da população de interesse e coletar dados, resumir os dados coletados e tirar
conclusões sobre a população com base nos dados coletados e analisados.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Bonita,R., Beaglehole, R., Kjellström, T. (2006), Epidemiologia básica (2nd ed)., World Health
Organization.
VIEIRA, Sonia. Introdução à bioestatística. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
DUNCAN, B.B. and SCHMIDT, M.I. Medicina embasada em evidências. Rev. Assoc. Med. Bras. [online].
1999, vol.45, n.3, pp.247-254. ISSN 0104-4230.
Lopes, B., Ramos, I., Ribeiro, G., Correa, R., Valbon, B., da Luz, A., Salomão, M., Lyra, J., & Ambrósio
Junior, R. (2014). Bioestatísticas: conceitos fundamentais e aplicações práticas. Revista Brasileira de
Oftalmologia, 73(1): 16-22
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
AGRANONIK, M., & ROCHA MACHADO, L. (2011). Análise de Covariância: uma aplicação a dados de
função pulmonar, ajustados por idade. Seção de Bioestatística,31(2), 248-253.
HUANG, G., & TAVARES PAES, Â. (2009). Por dentro da estatística. Educ Contin Saúde,7(2), 63-64.
LEOTTI TORMAN, V. B., COSTER, R., & RIBOLDI, J. (2012). Normalidade de variáveis: métodos de
verificação e comparação de alguns testes não-paramétricos por simulação. Seção de
Bioestatística,32(2), 227-234.
MOURÃO , C. A., Jr. (2007). Bioestatística: Armadilhas e como evitá-las. Bol. Cent. Biol. Reprod.,
26(1/2), 73-76.
WAGNER, M. (1998). Significância com confiança? Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde,74(4), 343-346.
Unidade Curricular:
Farmacoterapia
Carga Horária:
66 horas
Turma:
6º Semestre
EMENTA
282
Aborda aspectos práticos da farmacoterapia, eficácia terapêutica, seleção e utilização de
medicamentos, interações medicamentosas, intoxicações e reações adversas aos medicamentos, com
enfoque em uso seguro e correto de medicamentos nos e pelos pacientes, e no trabalho em equipe
multidisciplinar.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da terapêutica de
Goodman & Gilman.12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L. Farmacologia clínica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
KATZUNG, B. G.; MASTERS, S. B.; TREVOR, A. J. Farmacologia básica e clínica. 12. ed. Porto Alegre:
AMGH, 2013.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BARROS, E. Medicamentos de A a Z, 2012/2013. Porto Alegre: ArtMed, 2012.
DeLUCIA, R.; OLIVEIRA-FILHO, R.M., Farmacologia Integrada, 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2007. 701
p.
GRAHAME-SMITH, D.G., ARONSON, J.K. Tratado de Farmacologia Clínica e Farmacoterapia. 3. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 617 p.
MARTIN, C.; TALBERT, R. Guia de farmacoterapia. Porto Alegre: AMGH, 2015
TOY, E. C. et al. Casos clínicos em farmacologia. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015
Unidade Curricular:
Análises Clínicas II
Carga Horária:
99 horas
Turma:
6º semestre
EMENTA
Revisita os princípios fisiológicos relacionados com os sistemas biológicos corporais visando o
diagnóstico laboratorial das enfermidades. Discute os princípios analíticos utilizados na
hemoterapia, na hematologia clínica, na parasitologia clínica e na microbiologia clínica, e os
desenvolve em práticas de habilidades. Vivencia a labuta em análises clínicas no que tange ao
diagnóstico e a qualidade de vida dos pacientes.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
AZEVEDO, M. R. A. Hematologia básica: fisiopatologia e estudo laboratorial. 5. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2013. 399p.
CIMERMAN, B.; CIMERMAN, S. Parasitologia Humana e seus fundamentos gerais. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2002. 374 p.
KONEMAN, E. W. et al. Diagnóstico microbiológico: texto e atlas colorido. Tradução por Eiler Tritsch Toros et al. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 1565p.
283
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
HENRY, J.B. Diagnósticos clínicos e tratamentos por métodos laboratoriais de Henry. 21. ed. São Paulo: Manole, 2012. 1638 p.
LEVINSON, W. Microbiologia médica e imunologia. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2010.
LORENZI, T. F. Manual de hematologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 1 recurso online.
MORAES, S. L.; FERREIRA, A. W. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e autoimunes. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
REY, L. Bases da parasitologia médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
Unidade Curricular:
Tecnologia Farmacêutica
Carga Horária:
99 horas
Turma:
7º Semestre
EMENTA
Aborda as etapas de desenvolvimento de um produto farmacêutico, enfatizando a obtenção em escala magistral. Estuda as tecnologias de formas farmacêuticas líquidas e semissólidas não estéreis, tecnologia de obtenção de formas farmacêuticas sólidas de uso oral e de medicamentos estéreis. Introduz aspectos relativos às diretrizes de boas práticas de fabricação e enfoca a prevenção de risco
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ALLEN JR, L.V.; POPOVICH, N.G.; ANSEL, H.C. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 9. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2013.
AULTON, M. E. Delineamento de Formas Farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 677 p.
THOMPSON, J.E. A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos. 1 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 576 p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ANSEL, H.C.; PRINCE, S.J. Manual de Cálculos Farmacêuticos. Artmed. 1 ed, Porto Alegre, 2005. 300p.
FERREIRA, A.O. Guia Prático de Farmácia Magistral. 2 ed. Juiz de Fora: Edição do próprio autor, 2002. 845 p.
LACCHMAN, L.; LIEBERMAN, H.A. Teoria e Prática na Indústria Farmacêutica. Calouste Gulbekian. 1 ed, Lisboa 2001. 505p.
LE HIR, A. Noções de Farmácia Galênica. 6 ed. São Paulo: Organização Andrei Editora, 1997. 444 p.
WHYTE, W. Tecnologia de salas limpas: fundamentos de projeto, ensaios e operação. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
Unidade Curricular:
Farmácia Clínica e Hospitalar
Carga Horária:
99 horas
Turma:
7º Semestre
EMENTA
A unidade de ensino aborda a organização administrativa hospitalar, o planejamento,
aquisição, gerenciamento de estoque e descarte de medicamentos e materiais hospitalares, bem
284
como a participação do farmacêutico frente às diferentes comissões internas. Aborda ainda a
atenção farmacêutica e o uso racional de medicamentos, desde a sua manipulação e
distribuição, até o acompanhamento do paciente.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BISSON, M.P. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. 1ª ed. São Paulo: Medfarma Livraria
e Editora, 2003. 356p.
CAVALLINI, M.E.; BISSON, M.P. Farmácia Hospitalar: um enfoque em sistemas de saúde. 1.
ed. São Paulo: Manole, 2002. 218p.
GOMES, M. J. V. M.; REIS, A. M. M. Ciências Farmacêuticas: Uma Abordagem da Farmácia
Hospitalar. 1ª ed. Belo Horizonte: Atheneu, 2000. 559p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Conselho regional de farmácia do estado de são paulo. Cartilha da Comissão de Farmácia
Hospitalar. São Paulo: CRF-SP, 2012. 59p. Disponível em:
<http://portal.crfsp.org.br/publicacoes-2/cartilhas-por-area.html>.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia Básico para Farmácia Hospitalar. 1ª ed. Brasília: Ministério
da Saúde, 1994. 175p. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/partes/guia_farmacia1.pdf>.
PAOLESCHI, B. Almoxarifado e gestão de estoques: do recebimento, guarda e expedição à
distribuição do estoque. 2. ed. São Paulo: Erica, 2014.
SANTOS, L.; TORRIANI, M. S.; BARROS, E. Medicamentos na prática da farmácia clínica. 1.
ed. Porto Alegre: ArtMed, 2013.
STORPIRTIS, S. et al. Ciências farmacêuticas: farmácia clínica e atenção farmacêutica. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
Unidade Curricular:
Trabalho de Conclusão do Curso I
Carga Horária:
33 horas
Turma:
8º Semestre
EMENTA
A unidade de ensino aborda as fases do desenvolvimento de investigação científica, passando pela
revisão de literatura, análises das informações e elaboração de um projeto de pesquisa com foco na
publicação científica. Prepara o estudante para analisar, selecionar e elaborar relatos científicos
baseado em evidências e na ética profissional.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Andrade MM. Como Preparar Trabalhos para Cursos de Pós-Graduação: Noções Práticas. 6 ed. São
Paulo: Atlas, 2005.
Andrade MM. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.
Marconi MA, Lakatos EM. Metodologia do Trabalho Científico. 6ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas,
2001.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
285
ACEVEDO, Claudia Rosa; NOHARA, Jouliana Jordan. Como fazer monografias: TCC, dissertações e
teses. 4ª. São Paulo: Atlas, 2013
APOLINÁRIO, Fabio. Dicionário de metodologia científica: um guia para a produção do conhecimento
científico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
Aquino IS. Como ler artigos científicos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
Pereira MG. Artigos científicos: como redigir, publicar e avaliar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
11/2.
Severino AJ. Metodologia do Trabalho Científico. 21ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2000.
Unidade Curricular:
Controle de Qualidade de Produtos
Farmacêuticos e Cosméticos
Carga Horária:
99 horas
Turma:
8º semestre
EMENTA
Estuda as técnicas e cadeia de atividades envolvidas no controle de qualidade físico, químico e
microbiológico e de desenvolvimento de medicamentos e cosméticos. Discute as boas práticas de
laboratório, incluindo controles documentais e sua rastreabilidade, enfatizando a validação de
métodos e processos farmacêuticos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BACCAN, N.; ANDRADE, J.C.; GODINHO, O.E.S.; BARONE, J.S. Química Analítica Quantitativa
Elementar, 3 ed. revisada, São Paulo: Edgar Blücher, 2004. 308 p.
HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
PINTO, T. J. A.; OHARA, M. T.; KANEKO, T. M. Controle biológico de qualidade de produtos
farmaceuticos, correlatos e cosméticos. São Paulo: Atheneu, 2000. 309p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BRITISHI PHARMACOPOEIA 2008. London: Stationery Office, 2007. 6 v.
FARMACOPEIA BRASILEIRA , 5.ed. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária- Anvisa, 2010, 2v.
<Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/index.htm
ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre:
Bookman, 2013.
SANTORO, M.I.; MIRITELLO,R. Introdução ao controle de qualidade de medicamentos. São Paulo:
Atheneu: Edusp, 1988. 121p.
THE UNITED STATES PHARMACOPEIA; THE NATIONAL FORMULARY. 31.ed. Rockville: United States
Pharmacopeial Convention, 2008.
286
Unidade Curricular:
Educação e Comunicação em Saúde
Carga Horária:
88 horas
Turma:
9º Semestre
EMENTA
Concepção de educação em saúde, ações educativas para a promoção da saúde. Estilo de vida
saudável e autocuidado. Educação em saúde nos diferentes contextos socioculturais. Princípios da
comunicação interpessoal e inter profissional.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ARAÚJO, A. P. Pontuação. Infoescola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/portugues/
pontuacao/>. Acesso em: 4 jan. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Carta de Ottawa – primeira conferência internacional sobre promoção
da saúde. Ottawa, Canadá, nov. 1986. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/carta_ottawa.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2016.
Unidade Curricular:
Terapias Integrativas e Complementares
Carga Horária:
66 horas
Turma:
8º semestre
EMENTA
Compreender e contextualizar o benefício dos efeitos das técnicas manuais orientais, e das plantas
sobre a cultura humana, as comunidades e sobre o indivíduo através do estudo da fitoterapia
e plantas medicinais, das essências florais de Bach, das plantas aromáticas, dos condimentos e de
plantas como alimentos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BACH, E. Os remédios florais do Dr. Edward Bach – Cura-te a ti mesmo – Ed. Pensamento, 1995
CARVALHO, J. C. T. Formulário Médico Farmacêutico de Fitoterapia. 3 ed. São Paulo: Pharmabooks,
2012.
FINTELMANN, V. Manual de Fitoterapia. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
FONTES, O. L. Farmácia Homeopática: Teoria e Prática. São Paulo: Manole, 2001.
Glaucia de Azevedo Saad et al. Fitoterapia contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. 2. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011
HAHNEMANN, S. Organon da arte de curar. 6. ed. São Paulo: Robe, 2001.
POIRIER, J.; VANNIER, L. Tratado de matéria médica homeopática. 9.ed. São Paulo: Andrei, 1987. 446p
287
HARADA, Maria de Jesus Castro Sousa; PEDREIRA, Mavilde da Luz Gonçalves; VIANA, Dirce Laplaca
(Org.). Promoção da saúde: fundamentos e práticas São Caetano do Sul, SP : Yendis, c2013.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
CANCIAN, N. Microcefalia pode se espalhar pelo país, diz diretor do Ministério da Saúde. Brasília, 21
nov. 2015. Folha de S. Paulo (on-line). Disponível em:
<http://m.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/11/1709276-microcefalia-pode-se-espalhar-pelo-pais-diz-
diretor-do-ministerio-da-saude.shtml?mobile>. Acesso em: 2 jan. 2016.
ELLERY, A. P. C.; VIDAL, E. M. Ambientes de aprendizagem utilizando mídias sociais na web como
ferramenta de controle social e de apoio à gestão pública: um caminho para o e-government 2.0.
Fortaleza, 2009. Disponível em: <http://reposital.cuaed.unam.mx:8080/
jspui/bitstream/123456789/2939/1/Ellery%20Corr%C3%AAa,%20Ana.pdf>. Acesso em: 2 jan.2016.
GOMES, A. L. Z. (coord.) et al. Comunicação, saúde e comunidade: a contribuição das rádios
comunitárias. v. 1. Guarulhos, 2005. Disponível em: <http:/
PELICIONI, Maria Cecília Focesi; MIALHE, Fábio Luiz. Educação e promoção da saúde: teoria e prática.
Rio de Janeiro: Santos, 2012.
PEASE, A.; PEASE, B. Desvendando os segredos da linguagem corporal. Rio de Janeiro:Sextante, 2005.
Unidade Curricular:
Deontologia e Legislação
Farmacêutica
Carga Horária:
66 horas
Turma:
9° Semestre
EMENTA
A unidade enfoca a regulamentação do âmbito profissional, os aspectos regulatórios da profissão e
suas implicações práticas. Aborda os conceitos de ética farmacêutica e bioética e discute a
fundamentação legal para o exercício da profissão, baseado no modelo assistencial vigente,
discutindo a Política Nacional de Medicamentos e a inserção do farmacêutico no SUS.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Código Sanitário do Estado de São Paulo. Normas técnicas – Legislação Estadual e Federal. 3.ed. São
Paulo: Edipro, 2000. 65p.
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Código de Ética da Profissão Farmacêutica. Resolução CFF – no
596/2014. Brasília, 2014. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/596.pdf>.
PESSINI, L.; BARCHIFONTAINE, C. Problemas Atuais de Bioética. São Paulo: Centro Universitário São
Camilo: Loyola, 2008. 774 p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
CARVALHO, P. L. Patentes farmacêuticas e acesso a medicamentos. São Paulo: Atlas, 2007.
288
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Cartilha da Comissão de Farmácia.
São Paulo: CRF-SP, 2013. 79p. Disponível em: <http://portal.crfsp.org.br/publicacoes-2/cartilhas-por-
area.html>.
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Cartilha da Comissão de Indústria.
São Paulo: CRF-SP, 2013. 64p. Disponível em: <http://portal.crfsp.org.br/publicacoes-2/cartilhas-por-
area.html>.
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Cartilha da Comissão de Saúde
Pública. São Paulo: CRF-SP, 2013. 79p. Disponível em: <http://portal.crfsp.org.br/publicacoes-
2/cartilhas-por-area.html>.
GOZZO, D.; LIGIERA, W. R. Bioética e direitos fundamentais. São Paulo: Saraiva, 2012.
Unidade Curricular:
Gestão em Serviços de Saúde
Carga Horária:
88 horas
Turma:
10° Semestre
EMENTA
Esta unidade fornece aos alunos uma visão geral de alto nível das organizações de saúde, sua
estrutura de pessoal e gerenciamento. Conceitos e teorias nas práticas de gerenciamento de saúde.
Exames do sistema financeiro dentro de uma organização de saúde, bem como a responsabilidade da
organização em termos de coleta e uso de informações do paciente.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CAMELO, S. H. (2011). O Trabalho em equipe na instituição hospitalar: uma revisão integrativa.
Cogitare Enferm,16(4), 734-740. http://ltc-ead.nutes.ufrj.br/constructore/objetos/O TRABALHO EM
EQUIPE NA INSTITUI%c7%c3O HOSPITALAR.pdf
DANTAS GURGEL, I. G., De Medeiros, K. R., Vieira de Aragão, A. A., & De Santana, R. M. (2014). Gestão
em saúde pública: contribuições para a política (Vol. 3). Recife: Da Editora Universitária / UFPE.
http://www.cpqam.fiocruz.br/index.php?option=com_remository&Itemid=17&func=startdownJson&i
d=1006&lang=pt.
PAIVA, S. M. A. et al. Teorias administrativas na saúde. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010
abr/jun; 18(2):311-6. http://www.facenf.uerj.br/v18n2/v18n2a24.pdf
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Monitoramento e avaliação em saúde para a ação. Saúde em Debate. REVISTA DO CENTRO
BRASILEIRO DE ESTUDOS DE SAÚDE. VOLUME 41, NÚMERO ESPECIAL. RIO DE JANEIRO, MAR 2017
http://cebes.org.br/site/wp-content/uploads/2017/04/RSD-Especial-Laser-web.pdf.
O papel da avaliação para a tomada de decisão na gestão de serviços de saúde. Oswaldo Yoshimi
Tanaka; Edson Mamoru Tamaki. Ciência & Saúde Coletiva, 17(4):821-828, 2012.
http://www.scielo.br/pdf/csc/v17n4/v17n4a02
QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE. Claudia Araujo, Kleber Figueiredo, Marina Dias de Faria.
289
http://revista.uepb.edu.br/index.php/qualitas/article/view/529/351
Qualidade dos serviços de saúde: conceitos e métodos avaliativos. Adami, Nilce Piva; Maranhão,
Amélia Maria Scarpa Albuquerque. Acta paul. enferm; 8(4): 47-55, maio-dez. 1995.
http://pesquisa.bvs.br/brasil/resource/pt/bde-3490.
Carvalho, A.L.B., Souza, M.F., Shimizu, H-E., Senra, I.M.V.B., Oliveira, K.C. (2012). A gestão do SUS e as
práticas de monitoramento e avaliação: possibilidades e desafios para a construção de uma agenda
estratégica. Ciência & Saúde Coletiva, 17(4):901-911.
http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/12732/1/ARTIGO_GestaoSUSPraticas.pdf
Unidade Curricular:
Trabalho de Conclusão do Curso II
Carga Horária:
33 horas
Turma:
10º Semestre
EMENTA
A unidade de ensino aborda as fases do desenvolvimento de investigação científica, passando pela
revisão de literatura, análises das informações e elaboração de um projeto de pesquisa com foco na
publicação científica. Prepara o estudante para analisar, selecionar e elaborar relatos científicos
baseado em evidências e na ética profissional.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Andrade MM. Como Preparar Trabalhos para Cursos de Pós-Graduação: Noções Práticas. 6 ed. São
Paulo: Atlas, 2005.
Andrade MM. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.
Marconi MA, Lakatos EM. Metodologia do Trabalho Científico. 6ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas,
2001.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ACEVEDO, Claudia Rosa; NOHARA, Jouliana Jordan. Como fazer monografias: TCC, dissertações e
teses. 4ª. São Paulo: Atlas, 2013
APOLINÁRIO, Fabio. Dicionário de metodologia científica: um guia para a produção do conhecimento
científico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
Aquino IS. Como ler artigos científicos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
Pereira MG. Artigos científicos: como redigir, publicar e avaliar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
11/2.
Severino AJ. Metodologia do Trabalho Científico. 21ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2000.
290
33.11 DISCIPLINAS ELETIVAS
NÚCLEO TRANSDISCIPLINAR:
Semestre Disciplina C.H. Créditos
-
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 38 2
Direitos humanos 38 2
Identidades e Diversidade Etnicorraciais 38 2
-
Controle de Qualidade em Análises Clínicas 38 2
Práticas em Biologia Molecular 57 3
Citologia Clínica 57 3
- Farmácia Veterinária 38 2
Farmacologia Oncológica 57 2
33.11.1 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS – CÓDIGO: LET0540
H/AULA: 38
A unidade curricular aborda a identificação e caracterização dos principais
aspectos norteadores da realidade dos surdos e da Língua de Sinais, apontando
desafios e possibilidades para a inclusão social e escolar a partir de intervenção teórica
e prática.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
KARNOPP, Lodenir; KLEIN, Madalena; LUNARDI-LAZZARIN, Márcia Lise (Org.).
Cultura surda na contemporaneidade: negociações, intercorrências e provocações.
Canoas: Ed. da ULBRA, 2011.
GESSER, Audrei. Libras?: que língua é essa? : crenças e preconceitos em torno da
língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola, 2009. 87 p. (Série estratégias
de ensino ; 14.).
STROBEL, Karin. As imagens do outro sobre a cultura surda. 2ª ed. Florianópolis: Ed.
da UFSC, 2009.
SKLIAR, Carlos (Org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. 6ª ed. Porto Alegre:
Mediação, 2012.
291
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
LODI, Ana Claudia Balieiro; HARRISON, Kathryn Marie Pacheco; CAMPOS, Sandra
Regina Leite de (Org.). Leitura e escrita no contexto da diversidade. 2ª ed. Porto Alegre:
Mediação, 2006.
THOMA, Adriana da Silva; LOPES, Maura Corcini (Org.). A invenção da surdez: cultura,
alteridade, identidades e diferença no campo da educação. Santa Cruz do Sul:
EDUNISC, 2004.
QUADROS, Ronice Müller de; KARNOPP, Lodenir. Língua de sinais brasileira: estudos
linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
SÁ, Nídia Regina Limeira de. Cultura, poder e educação de surdos. 2ª ed. São Paulo:
Paulinas, 2010. 367 p. (Pedagogia e educação).
LAFFIN, Maria Hermínia Lage Fernandes (Org.). Educação de jovens, adultos e idosos
na diversidade: processos de intervenção na realidade escolar e social. Florianópolis,
SC: Apoio, 2014.
33.11.2 DIREITOS HUMANOS – CÓDIGO: DIR1020 H/AULA: 38
Fornece ao acadêmico uma visão abrangente sobre a importância dos direitos
humanos e das questões relevantes que se vinculam ao seu desenvolvimento histórico,
ao desafio que se perfaz diante do objetivo de amplo reconhecimento no contexto
contemporâneo e à garantia de sua efetividade. Aborda as diversas perspectivas que
denotam o desenvolvimento dos direitos humanos, que permeiam a caracterização do
desafio do reconhecimento ético-político de tais direitos no contexto contemporâneo e
que cingem a luta voltada à garantia de sua efetividade, tanto nos planos nacionais,
quanto no plano internacional.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
COMPARATO, F.K. A afirmação histórica dos direitos humanos. 8 ed. São Paulo:
Saraiva, 2013.
MÖLLER, J.E. A fundamentação ético-política dos direitos humanos. Curitiba: Juruá,
2006.
PIOVESAN, F. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. 14 ed. São
Paulo: Saraiva, 2013.
NARDI, Henrique Caetano; MACHADO, Paula Sandrine; SILVEIRA, Raquel da Silva
(Org.). Diversidade sexual e relações de gênero nas políticas públicas: o que a laicidade
tem a ver com isso? Porto Alegre: ABRAPSO, 2015.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
292
LAZZAROTTO, Gislei Domingas Romanzini; COSTA, Ana Paula Motta; CRAIDY,
Carmem Maria; SZUCHMAN, Karine; OLIVEIRA, Magda Martins de; LUCHESE,
Samantha; CHAVES, Thayane. Medidas socioeducativas: entre A e Z. Porto Alegre:
UFRGS, Evangraf, 2014.
MEIRELLES, Mauro; RAIZER, Leandro; MOCELIN, Daniel Gustavo (Org.). Cidadania e
direitos humanos. Porto Alegre: CirKula, 2015.
SOUZA, Wilson Alves de; RABINOVICH-BERKMAN, Ricardo D. (Coord.). Derechos
fundamentales, ambiente y sociedad: estudios en homenaje a la profesora Dra. Marta
Biagi. Salvador: DoisdeJulho, 2015.
KOUDELKA, Josef et al. Religiões. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2009.
MELGARE, Plinio (Org.). O direito das obrigações na contemporaneidade: estudos em
homenagem ao ministro Ruy Rosado de Aguiar Júnior. Porto Alegre: Liv. do Advogado,
2014.
33.11.3 IDENTIDADES E DIVERSIDADE ETNICORRACIAIS – CÓDIGO:
PED0486 H/AULA: 38
A unidade curricular aborda as questões de identidade e diversidade do ponto
de vista das relações étnico-raciais, a partir das etnias afro e indígena, caracterizando-
se pela leitura e pelo debate. Interpreta movimentos sociais e culturais relacionados com
o reconhecimento das questões étnico-raciais no contexto brasileiro.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 8ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2013.
LYRA FILHO, Roberto. O que é Direito. São Paulo: Brasiliense, 1996. 93
p. (Coleção Primeiros Passos; 62.)
SILVA, Aracy Lopes da; GRUPIONI, Luís Donisete Benzi (Org.). A temática indígena na
escola: novos subsídeos para professores de 1º e 2º graus. Brasília, DF: MEC, São
Paulo: MARI, 2004.
MARCELLINO, Nelson Carvalho (Org.). Introdução às ciências sociais. Campinas:
Papirus, 2012.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. 2ª ed. Bauru: EDUSC, 2002.
255 p. (Verbum) ISBN 85-86259-59-4
CHIAVENATO, Julio J. O negro no Brasil: da senzala à guerra do Paraguai. 3ª ed. São
Paulo: Brasiliense, 1986. 259 p.
293
O NEGRO no Brasil e nos Estados Unidos. Argumento: revista mensal de cultura. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1973. 158 p.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Comissão de Anistia. Secretaria Nacional de Justiça. Direitos
dos povos indígenas. Brasília , 2014.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Comissão de Anistia. Secretaria Nacional de Justiça. Direito
à integridade pessoal. Brasília , 2014.
33.11.4 CONTROLE DE QUALIDADE EM ANÁLISES CLÍNICAS – CÓDIGO:
FAR0137 H/AULA: 38
Introdução ao controle de qualidade em Análises Clínicas; Sistema da qualidade
e gestão da qualidade; Padronização no laboratório clínico; Erros na realização de
exames; Controle interno e externo da qualidade; Programas de acreditação ou
credenciamento da qualidade; Padrões, calibradores e amostras controle.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
OLIVARES, Igor Bertoni. Gestão de qualidade em laboratórios. 3.ed. Campinas: Átomo,
2015.
MCPHERSON, Richard A.; PINCUS, Mattew R. (Ed.). Diagnósticos clínicos e tratamento
por métodos laboratoriais de Henry. 21.ed. Barueri: Manole, 2012.
HARRIS, Daniel C. Análise química quantitativa. 8.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
ALMEIDA, Maria de Fátima da Costa (Org.). Boas práticas de laboratório. 2. ed. São
Caetano do Sul, SP: Difusão Editora; Rio de Janeiro: Ed. SENAC Rio, 2013.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
PHILIPPI JUNIOR, Arlindo; MALHEIROS, Tadeu Fabrício (Ed.). Indicadores de
sustentabilidade e gestão ambiental. Barueri, SP: Manole, 2013.
CARVALHO, Paulo Roberto de. Boas práticas químicas em biossegurança. 2. ed. Rio de
Janeiro: Interciência, 2013.
ALLGAYER, Claudio José (Org.). Gestão e Saúde: Temas Contemporâneos abordados
por especialistas do setor. Porto Alegre: Instituto de Administração Hospitalar e Ciências
da Saúde. 2011.
DRUCKER, Peter Ferdinand. Administrando em tempos de grandes mudanças. São
Paulo: Cengage Learning, 1995.
CHIAVENATO, Idalberto. Os novos paradigmas: como as mudanças estão mexendo
com as empresas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
294
33.11.5 PRÁTICAS EM BIOLOGIA MOLECULAR CÓDIGO: FAR0128 H/AULA:
57
A unidade curricular visa proporcionar aos alunos o aprendizado de conceitos e
técnicas básicas de biologia molecular e sua aplicabilidade no diagnóstico clínico.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ZAHA, Arnaldo; FERREIRA, Henrique Bunselmeyer; PASSAGLIA, Luciane M. P. (Org.).
Biologia molecular básica. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. xii, 403 p. ISBN 978-85-
363-2624-5
WATSON, James D. et al. Biologia molecular do gene. 7.ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
FERREIRA, Antonio Walter; MORAES, Sandra do Lago. Diagnóstico laboratorial das
principais doenças infecciosas e autoimunes: correlações clínico-laboratoriais.3.ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, c2013.
MARTINS, Andreza Francisco; FIEGENBAUM, Marilu; RUPPENTHAL, Rúbia Denise.
Biologia molecular: aplicando a teoria à prática laboratorial. Porto Alegre: Sulina, 2011.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
MCPHERSON, Richard A.; PINCUS, Mattew R. (Ed.). Diagnósticos clínicos e tratamento
por métodos laboratoriais de Henry. 21.ed. Barueri: Manole, 2012.
JUNQUEIRA, Luis Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Biologia celular e molecular. 9. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 364 p. ISBN 978-85-277-2078-6. STRACHAN,
T.; READ, Andrew P. Genética molecular humana. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 6. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2013.
VOET, Donald; VOET, Judith G. Bioquímica. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
33.11.6 CITOLOGIA CLÍNICA – CÓDIGO: FAR0131 H/AULA: 57
Estudo da citologia cervico-vaginal (colpocitopatologia), oncótica, líquido
seminal, citologia do líquido cefalorraquidiano (líquor), citologia dos líquidos cavitários,
sinovial e ascítico, derrames transudativos e exsudativos. Relaciona-se diretamente a
imunologia, fisiologia, citologia e histologia. Compreende as teorias sobre a formação
dos líquidos corporais, suas funções e métodos de coleta, manipulação do material e
análise do mesmo, permitindo uma visão global dos processos citológicos e suas
relações com a clínica.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
295
STRASINGER, Susan King; DI LORENZO, Marjorie Schaub. Urinálise e fluidos
corporais. 5. ed. São Paulo: Livraria Médica Paulista, 2009.
RUBIN et al. RUBIN, patologia: bases clinicopatológicas de medicina . Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, c2006.
MCPHERSON, Richard A.; PINCUS, Mattew R. (Ed.). Diagnósticos clínicos e tratamento
por métodos laboratoriais de Henry. 21.ed. Barueri: Manole, 2012.
WILLIAMSON, Mary A.; SNYDER, L. Michael. Wallach interpretação de exames
laboratoriais. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c2013.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
FERREIRA, Antonio Walter; MORAES, Sandra do Lago. Diagnóstico laboratorial das
principais doenças infecciosas e autoimunes: correlações clínico-laboratoriais. 3.ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; FAUSTO, Nelson; ASTER, Jon C. Robbins & Cotran:
bases patológicas das doenças. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, c2010.
KIERSZENBAUM, Abraham L.; TRES, Laura L. Histologia e biologia celular: uma
introdução à patologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
GREENE, Russell J.; HARRIS, Norman D. Patologia e terapêuticas para farmacêuticos:
bases para a prática da farmácia clínica. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
KOSS, Leopold G.; GOMPEL, Claude. Introdução à citopatologia ginecológica com
correlações histológicas e clínicas. São Paulo: Roca, c2006.
33.11.7 FARMÁCIA VETERINÁRIA - CÓDIGO: FAR0130 H/AULA: 38
Aborda a farmacoterapia veterinária, principalmente para animais de pequeno
porte (pet). Aspectos legais aplicados a área veterinária para a prescrição e
manipulação de fármacos. Cálculo de doses corretas para as prescrições veterinárias
nos cuidados e tratamento de patologias, visando maior conforto e êxito durante a
administração de medicamentos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
SPINOSA, Helenice de Souza. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 5 ed. São
Paulo: Guanabara, 2011.
SPINOSA, Helenice de Souza; PALERMO-NETO, João; GÓRNIAK, Silvana Lima.
Medicamentos em animais de produção. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c2014. viii,
504 p.
VIANA, Fernando Antônio Bretas. Guia terapêutico veterinário. 3.ed. Lagoa Santa: CEM,
2014.
296
BRUNTON, Laurence L.; CHABNER, Bruce A.; KNOLLMANN, Björn C. (Org.). As bases
farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH,
2012.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CLARK, Michelle A. et al. Farmacologia ilustrada. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
FERREIRA, Anderson de Oliveira. Guia prático da farmácia magistral. 4.ed. São Paulo:
Pharmabooks, 2010. V1
FERREIRA, Anderson de Oliveira. Guia prático da farmácia magistral. 4.ed. São Paulo:
Pharmabooks, 2010. V2
THOMPSON, Judith E. Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos
Artmed, São Paulo, 2013.
ANSEL, Howard C.; STOKLOSA, Mitchell J. Cálculos farmacêuticos. 12.ed. Porto Alegre:
Artmed, 2008.
33.11.8 FARMACOLOGIA ONCOLÓGICA – CÓDIGO: FAR0133 H/AULA: 57
A unidade curricular aborda o papel do farmacêutico no cuidado ao paciente
oncológico. Aspectos gerais das neoplasias, do diagnóstico e do tratamento do câncer.
Estrutura, equipamentos, procedimentos e cuidados necessários à produção de
quimioterapia antineoplásica. Atenção farmacêutica, acompanhamento
farmacoterapêutico, promoção e recuperação da saúde do paciente oncológico.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
GREENE, Russell J.; HARRIS, Norman D. Patologia e terapêuticas para farmacêuticos:
bases para a prática da farmácia clínica. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
GUYTON, Arthur C. Fisiologia humana. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
564 p.
FRANCO, Marcello (Ed.) et al. Patologia: processos gerais. 5. ed. São Paulo: Atheneu,
2010.
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
c2014.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BRUNTON, L. L.; CHABNER, B.A.; KNOLLMANN, B. C. (Org.). As bases farmacológicas
da terapêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
SANTOS, Luciana dos; TORRIANI, Mayde Seadi; BARROS, Elvino (Org.).
Medicamentos na prática da farmácia clínica. Porto Alegre: Artmed, 2013
297
HIRONAKA, Fausto Haruki (Ed.). Medicina nuclear: princípios e aplicações. São Paulo:
Atheneu, 2012.
KAUSHANSKY, Kenneth et al. Williams hematology. 8th. ed. New York: McGraw-Hill
Medical, 2010. 2439 p.
CENDOROGLO NETO, Miguel (Ed.) et al. Guia de Protocolos e Medicamentos para
Tratamento em Oncologia e Hematologia. São Paulo: Albert Einstein Hospital Israelita,
2013.
33.12 BIBLIOGRAFIA BÁSICA
A Biblioteca do UniRitter é compreendida como um complemento pedagógico de
vital importância pelo seu apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão e pela divulgação
da informação, atendendo às expectativas e necessidades dos seus usuários, e
participando ativamente do processo educativo nele desenvolvido. A seleção do acervo
é norteada pela priorização dos assuntos das áreas relacionadas ao currículo
acadêmico, às linhas de pesquisa institucionais, às atividades desenvolvidas, e pelas
crescentes e dinâmicas necessidades dos usuários. O acervo da Biblioteca é composto
por diversos tipos de materiais informacionais que servem de apoio às atividades
acadêmicas de diversos cursos e dos quais há a contemplação de títulos específicos
para o Curso de Farmácia, tais como: livros, periódicos, folhetos, bases de dados,
multimídia, mapas, trabalhos acadêmicos e documentos online. A atualização do acervo
para os livros da bibliografia básica é processada nos recessos semestrais, a partir de:
bibliografias constantes nos planos de ensino das unidades curriculares,
com a indicação mínima de quatro (4) obras;
análise de catálogos e índices especializados;
livros e periódicos sugeridos pessoalmente ou por intermédio do website
da biblioteca, de acordo com a política de complementação do acervo,
que se baseia na análise da comunidade alvo e nas diretrizes de seleção,
aquisição, descarte e avaliação da Biblioteca.
Para o Curso de Farmácia, o acervo contempla materiais em obras, periódicos
e DVDs, referentes a todas as áreas de conhecimento do Curso. Levando em conta que
o curso de Farmácia também aborda temas atuais e novas tecnologias, esse acervo
vem sendo constantemente enriquecido e atualizado, em concordância com o
desenvolvimento e com as novas necessidades do curso.
298
O Curso atende às exigências legais referentes à proporção de exemplares da
bibliografia básica em relação ao número de vagas anuais autorizadas.
33.13 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
No UniRitter, os planos de ensino contemplam no mínimo, como parâmetro,
cinco (5) livros referentes à bibliografia complementar. A biblioteca, com a periodicidade
semestral, faz a atualização do acervo dos livros constantes na bibliografia
complementar. Além disso, o corpo docente e o discente do Curso podem – e são
estimulados a isso – a qualquer momento, solicitar a compra de livros, periódicos e
demais materiais que complementem a formação do conhecimento dos alunos.
O Curso atende às exigências legais referentes à proporção de exemplares da
bibliografia complementar em relação ao número de vagas anuais autorizadas.
33.3 PERIÓDICOS ESPECIALIZADOS E PLATAFORMA MINHA BIBLIOTECA
Através da plataforma Minha Biblioteca®, os estudantes possuem acesso rápido
e fácil a milhares de títulos acadêmicos entre as principais publicações de diversas
áreas de especialização: direito, ciências sociais aplicadas, saúde, entre outras. Ela é
formada por um consórcio entre as quatro principais editoras de livros acadêmicos do
Brasil: Grupo A, Grupo Gen-Atlas, Manole e Saraiva - oferecendo às instituições de
ensino superior uma plataforma prática e inovadora para acesso a um conteúdo técnico
e científico de qualidade pela internet, podendo ser acessado por qualquer dispositivo
conectado.
I. Grupo A - Uma holding formada pelos selos editoriais Artmed, Bookman,
Artes Médicas, McGrawHill, Penso e Tekne. Responsável pela publicação de livros
científicos, técnicos e profissionais nas áreas de biociências, ciências humanas, exatas,
sociais e aplicadas. Possui mais de 2.000 títulos em catálogo.
II. Grupo Gen-Atlas - A fusão da Editora Atlas ao Grupo GEN – Grupo
Editorial Nacional–, que já reunia as consagradas editoras Guanabara Koogan, Roca,
Santos, AC Farmacêutica, LTC, Forense, Método, Forense Universitária e E.P.U, agora
possui um acervo com cerca de 6.000 títulos de referência em administração, direito,
enfermagem, engenharias, fisioterapia, medicina, nutrição, odontologia, contabilidade,
299
economia, administração de empresas, direito, ciências humanas, métodos
quantitativos, informática entre outros.
III. Grupo Manole - Há mais de 40 anos no mercado, a Manole segue
inovando por meio de seus selos editoriais, que contemplam áreas de interesse geral,
literatura infantil, educação à distância, auto publicação e novas plataformas digitais.
IV. Grupo Saraiva - É a maior editora brasileira no segmento de obras
jurídicas e uma das mais importantes editoras de livros universitários nas áreas de
administração, economia, contabilidade, marketing e negócios, além de editar obras de
interesse geral. Seu catálogo reúne cerca de 3.000 títulos para o público universitário.
É também uma das primeiras no ranking de livros didáticos e paradidáticos para ensino
fundamental e médio.
O acervo de periódicos é atualizado e possui continuidade nas assinaturas. Os
artigos dos periódicos são indexados e disponíveis, para consulta, via Internet, sob a
forma impressa ou virtual, conforme dispositivos previstos na legislação ministerial. A
política de aquisição de periódicos é similar a dos livros, ou seja, atende às solicitações
de coordenadores, professores e alunos, contemplando títulos indispensáveis e
complementares à área. A coleção é composta tanto de periódicos nacionais, como de
títulos estrangeiros. Os periódicos são adquiridos por compra, doação e permuta. A
modalidade de permuta de periódicos da biblioteca é mantida pela relação de
intercâmbio com outras instituições de ensino superior. Ainda no que tange aos
periódicos, a Biblioteca possui várias assinaturas de jornais locais e nacionais, bem
como de revistas nacionais e estrangeiras de cultura geral.
O curso de Farmácia do UniRitter possui assinatura/acesso aos periódicos. Os
alunos do Curso de Farmácia poderão contar com títulos importantes de periódicos para
a área, além do acesso franqueado a base de dados, sendo algumas de acesso restrito
via computadores do UniRitter, como: Periódicos da Capes; Scopus; Science Direct; e
base de dados de acesso livre, como Scielo, ICAP, Periódicos Capes Acesso Livre.
A seguir, uma relação de periódicos específicos do Curso de Farmácia já
adquiridos pela biblioteca do UniRitter, dados de 2017 (Tabela 33-1):
Tabela 33-1. Lista de Periódicos específicos do Curso de Farmácia UniRitter.
300
N° TÍTULO LINK
01 Brazilian Journal of Pharmacognosy
http://www.sbfgnosia.org.br/revista/
02 Brazilian Archives of Biology and Technology
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1516-8913&lng=en&nrm=iso
03 Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas
http://www.revistas.usp.br/rbcf
04 European Journal of Medicinal Chemistry
https://www.journals.elsevier.com/european-journal-of-medicinal-chemistry
05 Journal of Molecular Biology https://www.journals.elsevier.com/journal-of-molecular-biology/
06 Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial
http://www.jbpml.org.br/
07 Memórias do Instituto Oswaldo Cruz
http://memorias.ioc.fiocruz.br/
08 Revista Brasileira de Plantas Medicinais
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1516-0572&lng=en&nrm=iso
09 Journal of Etnhopharmacology
https://www.journals.elsevier.com/journal-of-ethnopharmacology/
10 Revista do Instituto de Medicina Tropical
http://www.revistas.usp.br/rimtsp
11 Química Nova http://quimicanova.sbq.org.br/
12 Fitoterapia https://www.journals.elsevier.com/fitoterapia/
13 Planta Medica https://www.thieme.de/de/planta-medica/journal-information-4809.htm
14 The Journal of Biochemistry https://academic.oup.com/jb
15 Life Sciences https://www.journals.elsevier.com/life-sciences/
16 Clinical and Experimental Pharmacology and Physiology
http://onlinelibrary.wiley.com/journal/10.1111/(ISSN)1440-1681/issues
17 Molecular and Cellular Endocrinology
https://www.journals.elsevier.com/molecular-and-cellular-endocrinology
18 Scientia Pharmaceutica http://www.scipharm.at/
19 American Journal of Health-System Pharmacy
http://www.ajhp.org/
20 Research in Social and Administrative Pharmacy
http://www.rsap.org/
21 Pharmacological Reviews http://pharmrev.aspetjournals.org/
22 Patient Education and Counseling
http://www.pec-journal.com/
23 Journal of Pharmacy Practice
http://journals.sagepub.com/home/jpp
24 Pharmacy Practice (Granada)
http://www.pharmacypractice.org/
25 Journal of Oncology Pharmacy Practice
http://journals.sagepub.com/home/opp
26 American Journal of Pharmaceutical Education
http://www.ajpe.org/
27 Revista do Instituto Adolfo Lutz
http://revistas.bvs-vet.org.br/rialutz
28 Journal of the Brazilian Chemical Society
http://jbcs.sbq.org.br/
29 Analytical Chemistry http://pubs.acs.org/journal/ancham
301
30 Journal of Analytical Atomic Spectrometry
http://pubs.rsc.org/en/Journals/JournalIssues/JA
31 Analytical Methods http://www.rsc.org/journals-books-databases/about-journals/analytical-methods/
32
Journal of Environmental Science and Health. Part B. Pesticides, Food Contaminants, and Agricultural Wastes
http://www.tandfonline.com/toc/lesb20/current
33 Spectrochimica Acta. Part B, Atomic Spectroscopy
https://www.journals.elsevier.com/spectrochimica-acta-part-b-atomic-spectroscopy
34 Talanta Microchemical Journal
https://www.journals.elsevier.com/microchemical-journal
35 A Terceira Idade. Estudos sobre envelhecimento – SESC
http://www.sescsp.org.br/online/revistas/edicoes/610_TRABALHO+E+APOSENTADORIA#/tagcloud=lista
36 American journal of Public Health
http://ajph.aphapublications.org/action/showMostReadArticles?journalCode=ajph
37 Ciência & Saúde Coletiva http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_issues&pid=1413-8123&lng=pt&nrm=iso
38 Revista de Saúde Pública http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_serial&pid=0034-8910&nrm=iso&lng=en
39 Saúde e Sociedade (Online) http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_issues&pid=0104-1290&lng=en&nrm=iso
40
The Journal of Venomous Animals and Toxins Including Tropical Diseases (Online)
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issues&pid=1678-9199&lng=pt&nrm=iso
41 Universitas. Ciências da Saúde (UNICEUB)
http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/cienciasaude/about
34. LABORATÓRIOS
34.1 LABORATÓRIOS DIDÁTICOS ESPECIALIZADOS
As atividades práticas iniciam desde o primeiro semestre do curso nos
laboratórios de formação geral. O planejamento começa com a confecção do horário de
aulas, que é feita em conjunto entre todos os coordenadores dos cursos da Área da
Saúde. Desta forma, a utilização dos laboratórios é otimizada, evitando a sobrecarga de
aulas em um mesmo dia. A partir de então, o responsável dos laboratórios inicia o
planejamento das atividades do semestre, paralelamente os professores encaminham
seus cronogramas de utilização dos laboratórios, para que o corpo técnico possa
preparar os materiais e planejar a montagem dos cenários que serão usados, com
antecedência necessária para alocação dos recursos.
302
O Curso de Farmácia possui infraestrutura e recursos materiais suficientes para
atender as necessidades do estudante. Todos os laboratórios estão equipados
adequadamente, possuem corpo técnico de apoio e são ambientes adequados para o
desenvolvimento das sessões práticas das unidades curriculares. A constante
modernização dos equipamentos permite que o acadêmico conheça os recursos e
técnicas mais atuais no mercado. Periodicamente ocorre a atualização e a manutenção
de equipamentos e materiais, com vistas na melhoria das condições de ensino, na
qualidade de suporte às aulas, na amplitude e aprofundamento das atividades
desenvolvidas nos laboratórios. Os insumos são armazenados em local adequado de
acordo com a necessidade de cada laboratório.
Os acadêmicos ficam sempre sob a orientação docente nas atividades práticas.
Além dos docentes, os técnicos e os acadêmicos que estão em monitoria também
auxiliam nas atividades de laboratório. Uma planilha, mapeando todas as atividades do
semestre, é confeccionada e disponibilizada para os técnicos dos laboratórios. Nos
laboratórios encontram-se a ficha de programação de aulas de laboratório, as instruções
técnicas referentes às aulas e o questionário de avaliação para as críticas e as
sugestões objetivando sempre uma excelente qualidade das aulas. A constante
modernização dos equipamentos permite que o acadêmico conheça os recursos e as
técnicas mais atuais no mercado. Os usuários dos laboratórios são orientados para zelar
e conservar os bens materiais e as instalações. Periodicamente ocorre a atualização e
a manutenção de equipamentos e materiais, com vistas na melhoria das condições de
ensino, na qualidade de suporte às aulas, na amplitude e aprofundamento das
atividades desenvolvidas no ambiente laboratorial. O Curso dispõe de nove laboratórios
de ensino didáticos especializados localizados nos prédios A, C e D do campus zonal
sul, onde o estudante vivencia a prática nas diversas áreas do conhecimento, desde a
formação básica até as áreas específicas. O Laboratório de Práticas Farmacêuticas
localiza-se no prédio D para que (devido a sua área específica de formação: eixo
indústria e magistral) possa estar num ambiente isolado e livre de trânsito intenso de
pessoas. O laboratório de Química está localizado no prédio A e os demais laboratórios
estão localizados no prédio C, no segundo andar, facilitando a mobilidade dos
estudantes entre as aulas em sala de aula e os ambientes de prática laboratorial. Esta
localização conjunta facilita as dinâmicas preconizadas no modelo acadêmico, como a
Simulação Integrada da Faculdade de Ciências da Saúde. Os investimentos em
equipamentos são previstos anualmente. Todos os laboratórios são possuem bancadas
303
com acessibilidade. Os insumos são comprados diante do planejamento de planos de
aula.
Cada laboratório possui normativas específicas organizadas por regulamentos,
Instruções Técnicas (IT) de equipamentos e de procedimento bem como manuais de
recomendações em segurança. A Faculdade de Ciências da Saúde possui um docente
com carga horária compatível para liderar os laboratórios no que concerne a suas
dinâmicas, planejamento de compras, organização das técnicas e monitores, e
organização dos horários de aula. O Líder dos Laboratórios da Saúde é um diferencial
preconizado pelo Modelo Acadêmico Laureate em Saúde e recebe capacitação
diferenciada local e em outras unidades da rede Laureate objetivando a qualidade nos
ambientes de práticas. Os laboratórios estão dentro das normas técnicas de utilização
e segurança, possuem espaço físico adequado, capaz de acomodar todos os alunos,
têm equipamentos e mobiliários adequados às necessidades do curso, e apresentam
boas condições de acessibilidade. A iluminação é feita por lâmpadas fluorescentes e
pela iluminação natural. O ambiente preserva adequada acústica para as aulas. A
ventilação é proporcionada pelas instalações internas, formadas por exaustores,
ventiladores, janelas e portas. O mobiliário é constituído por bancadas, banquetas,
multimídia, quadro branco, mesas, armários, cadeiras, balcões e estantes.
A conservação do espaço físico é realizada periodicamente pela equipe de
manutenção. A limpeza e coleta de lixo são realizadas diariamente por funcionários
treinados, que utilizam os materiais e equipamentos de proteção necessários e
disponíveis, bem como tem infraestrutura necessária para o recolhimento, depósito e
isolamento do lixo. O lixo contaminado é devidamente descartado, segundo as normas
de segurança, constantes no Manual de Boas Práticas de Laboratório.
A relação dos principais equipamentos e materiais se encontra descrito no item
que versa especificamente sobre cada laboratório.
34.1.1 NORMAS E PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA
Os documentos que orientam e normatizam o uso do laboratório são:
Regulamento do Laboratório;
Manual de Boas Práticas de Laboratório;
304
Instruções Técnicas, disponíveis para cada técnica e equipamento que
se planeje desenvolver.
Estes documentos têm como principal objetivo a utilização dos espaços com
segurança e a orientação quanto aos procedimentos, a organização, o comportamento
e a responsabilidade dos coordenadores, técnicos, professores e alunos.
Sob a supervisão e orientação dos coordenadores de cursos, técnicos de
laboratório e docentes assegura-se a proteção dos acadêmicos e todos os usuários dos
laboratórios.
Os equipamentos de segurança e emergência incluem extintores, kit de
primeiros socorros, estação de lavagem de olhos e chuveiros de emergência, kits para
o derramamento de determinados reagentes e saídas de emergência. Além disso, os
usuários são orientados para a utilização de equipamento de proteção individual:
avental, luvas, óculos de proteção e máscaras, específicos para os experimentos
realizados nos laboratórios.
Os usuários também são orientados quanto ao manejo e localização dos
equipamentos de segurança, de tal forma que aprendam o que fazer em emergência e
a se familiarizem com estes procedimentos.
Em caso de emergência, os funcionários estão preparados para atender os
primeiros socorros, conduzir ao ambulatório médico do UniRitter ou transportar para o
hospital mais próximo, de acordo com a gravidade do caso.
34.1.2 ADMINISTRAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS
Visando a implementação de práticas sustentáveis, foram adotadas medidas
para que ocorra o desenvolvimento das habilidades do aluno de forma excelente com a
menor geração possível de resíduos. O desígnio desta tomada de decisão reside na
consciência ambiental, onde implicamos o nosso serviço com o olhar para o meio
ambiente, preocupados com a comunidade do futuro.
Alguns materiais utilizados em aula que não sofrem qualquer exposição a
agentes contaminantes (químicos ou biológicos) se prestam à reutilização. Um exemplo
desta medida é a demonstração em aula da utilização de equipos cirúrgicos que são
manuseados pelos alunos com líquidos coloridos à base de corantes não tóxicos. Com
305
isso, o material pode ser lavado e reembalado (possuímos uma máquina seladora para
tal finalidade) como se estivesse novo e estéril.
Para aquelas unidades curriculares onde a geração de resíduo é inevitável –
visando a excelência do aprendizado – tem-se cuidado de encaminhar este material
danoso ao meio ambiente a seu destino correto. Nesta seara, os resíduos gerados pelo
UniRitter, como solventes orgânicos; ácidos, bases e material aquoso; restos de
materiais com potencial contaminante; perfurocortantes; e medicamentos, são
encaminhados à empresas contratadas terceirizadas que realizam o transporte,
tratamento e destinação final dos resíduos.
Um fator importante e que está no planejamento da Coordenação do Curso e da
Liderança dos Laboratórios da Saúde, é a implementação de mais práticas sustentáveis
junto aos laboratórios da Faculdade de Ciências da Saúde com a colaboração do curso
de Engenharia Ambiental da IES.
34.2 DESCRIÇÃO DOS LABORATÓRIOS DE ENSINO
A Faculdade de Ciências da Saúde do UniRitter possui os seguintes laboratórios
que são utilizados pelo curso de Graduação em Farmácia:
Laboratório de Estrutura e Função.
Laboratório de Práticas Farmacêuticas.
Laboratório Multidisciplinar I.
Laboratório Multidisciplinar II.
Laboratório de Ciências Biomédicas.
Laboratório de Química.
Laboratório de Tecnologia, Análise e Preparo de Alimentos.
Enfermaria Simulada.
Centro de Simulação de Alta Complexidade.
Consultórios Simulados.
34.2.1 LABORATÓRIO DE ESTRUTURA E FUNÇÃO
Localizado no segundo andar do prédio C, no campus Zona Sul, do Centro
Universitário Ritter dos Reis, é um espaço cuidadosamente planejado, onde o aluno
306
aprende, vivencia e aprofunda seus conhecimentos sobre a estrutura macroscópica e
microscópica do corpo humano. O laboratório serve de apoio, principalmente, para o
bloco de conhecimento Estrutura e Função, especificadamente para a unidade curricular
Morfologia Humana, comum a todos os cursos da Faculdade de Ciências da Saúde.
O Laboratório de Estrutura e Função (Figura 34-1) foi desenvolvido a fim de
proporcionar ao aluno a aquisição do conhecimento através do uso de metodologias
ativas, tais como bodypainting, bodyprojecting e imaginologia. Para tanto, o laboratório
conta com um amplo e moderno espaço, onde o aluno pode usufruir de toda sua
infraestrutura, tanto durante o período de aula, quanto em períodos livres, sempre
acompanhado de um monitor responsável.
307
Figura 34-1. Laboratório de Estrutura e Função
O laboratório tem capacidade de alocar aproximadamente 42 (quarenta e dois)
alunos e o mesmo dispõe de 1 (um) quadro branco, 1 (um) projetor, 6 (seis) mesas e 42
(quarenta e duas) cadeiras, o que permite ao docente ministrar aulas teórico-
expositivas. Além disso, o laboratório está equipado com 6 (seis) computadores, o que
permite a realização de atividades, tais como a confecção de um atlas histológico virtual,
ou pesquisas na internet sobre um determinado assunto. Ainda, o laboratório conta com
4 (quatro) macas, 3 (três) negatoscópios e diversos modelos anatômicos para o estudo
dos sistemas tegumentar, urinário, respiratório, cardiovascular, digestório,
osteoarticular, muscular somático, nervoso entre outros.
Para que o aprendizado do aluno seja efetivo, dentro de um ambiente
confortável e agradável, o laboratório dispõe de 4 (quatro) equipamentos de ar
condicionado split, 2 (duas) pias e 1 (um) armário. Toda esta estrutura proporciona um
ambiente climatizado para que o processo ensino-aprendizado seja facilitado.
34.2.2 LABORATÓRIO DE PRÁTICAS FARMACÊUTICAS
É um espaço cuidadosamente planejado, onde o aluno pode desenvolver as
competências e habilidades referentes à produção e controle de qualidade de matérias-
primas, medicamentos e cosméticos (Figuras 34-2 e 34-3). Está localizado no segundo
308
subsolo do prédio D, no campus Zona Sul, do Centro Universitário Ritter os Reis,
abrangendo uma área total de 79,04m2. O laboratório serve de apoio, principalmente,
para as unidades curriculares: Desenvolvimento de Fármacos, Farmacognosia,
Farmacotécnica I, Farmacotécnica II, Química Farmacêutica, Tecnologia Farmacêutica
I, Tecnologia Farmacêutica II, Controle de Qualidade, Cosmetologia e Tecnologia de
Cosméticos, Biotecnologia e Nanotecnologia de Produtos Farmacêuticos e Homeopatia.
O Laboratório tem capacidade de alocar aproximadamente 20 (alunos) alunos.
O Laboratório de práticas farmacêuticas é dividido em quatro setores:
- Laboratório Central: composto por uma bancada principal e por bancadas
laterais, com capacidade para atender 20 (vinte) alunos. Este ambiente é equipado com
1 (um) equipamento de ar condicionado split, 1 (um) quadro branco, 1 (um) projetor, 2
(dois) rotaevaporadores, 1 (uma) bomba de vácuo hidrostática, 1 (um) equipamento de
soxhlet e 1 (um) banho maria, 3 (três) capelas de exaustão, 2 (dois) equipamentos para
determinação o ponto de fusão de matérias-primas, 1 (um) dissolutor de medicamentos,
1 (um) desintegrador de medicamentos, 1 (um) equipamento para teste de friabilidade
de medicamentos, 1 (um) durômetro, 1 (um) dessecador, 1 (uma) cabine com luz
ultravioleta, 1 (um) banho de ultrassom, 1 (um) banho termostatizado, 1 (uma) mesa
para análise granulométrica, 5 (cinco) jogos de peneiras do tipo tamiz, 1 (um) barrilete
para água destilada, 1 (um) desumidificador de ambiente além de
equipamentos/materiais acessórios e insumos, como pipetas, vidrarias, cronômetros,
equipamentos para manipulação de medicamentos (encapsuladoras, gral, tamiz) etc.
Figura 34-2. Laboratório de Práticas Farmacêuticas.
309
Figura 34-3. Equipamentos no Laboratório de Práticas Farmacêuticas.
- Sala de pesagem (Figura 34-4): composta por 2 (duas) bancadas laterais, 2
(duas) balanças analíticas, 2 (duas) balanças semi-analíticas. Com capacidade para 6
(seis) alunos, atende especialmente a pesagem de matérias-primas para a produção de
medicamentos. Além disso, possui dois armários aéreos onde são acondicionados
insumos farmacêuticos sob temperatura controlada.
Figura 34-4. Equipamentos no Laboratório de Práticas Farmacêuticas
310
- Laboratório de apoio e lavagem: destinado ao armazenamento e lavagem de
materiais. Neste espaço ainda se encontra um refrigerador para armazenamento de
substâncias termolábeis.
- Antessala de paramentação: composta por 1 bancada para a colocação de
EPI’s, armários guarda-objetos dispostos no corredor e 1 pia para lavagem de mãos
com torneiras automatizadas.
34.2.3 LABORATÓRIOS MULTIDISCIPLINARES I E II
Localizados no segundo andar do prédio C, no campus Zona Sul, do Centro
Universitário Ritter, é um espaço cuidadosamente planejado, onde o aluno aprende,
vivencia e aprofunda seus conhecimentos em unidades de ensino do bloco
Fundamentação (Figuras 34-5 e 34-6). Neste ambiente, os alunos do curso de Farmácia
têm aulas práticas de Processos Biológicos, Processos Metabólicos, Agressão e
Defesa, Análises Clínicas I, II e III.
Os laboratórios foram planejados a fim de proporcionar ao aluno um amplo e
moderno espaço, onde os alunos possam usufruir de uma infraestrutura moderna, tanto
para o período das aulas, quanto para os períodos livres, sempre acompanhados de um
monitor responsável. O Laboratório tem capacidade de alocar aproximadamente 25
(vinte) alunos. Existe, ainda, um laboratório de apoio que serve para atender o preparo
de soluções para as aulas práticas e para a instalação de equipamentos fixos.
311
Figura 34-5. Laboratório Multidisciplinar I
Cada laboratório possui 4 (quatro) bancadas, 4 (quatro) pias, 1 (um)
computador, 1 (um) equipamento multimídia, 1 (um) ar condicionado split e 1 (uma)
capela de fluxo laminar. Contam ainda com 2 (duas) estufas bacteriológicas, 1 (um)
microondas, 1 (uma) leitora de elisa, 1 (um) Phmêtro, 1 (uma) chapa de aquecimento
com agitação, 1 (uma) centrifuga para microtubos, 1 (uma) centrifuga refrigerada para
tubos falcon de 15 mL e 50 mL, 2 (duas) balanças semi-analíticas, 4 (quatro)
espectrofotômetros, 1 (um) espectrofotômetro de chama, 1 (um) banho-maria, 1 (um)
coagulômetro, 1 (uma) centrífuga de microhematócrito, 4 (quatro) contadores manuais
de células, 10 (dez) vortex, 10 bicos de Bunsen, 20 microscópios e 1 (uma) lavadora de
placas de elisa. Possui vidrarias e materiais gerais necessários às aulas.
312
Figura 34-6. Laboratório Multidisciplinar II
34.2.4 LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS
Está localizado no segundo andar do prédio C, no campus Zona Sul, do Centro
Universitário Ritter os Reis, abrangendo uma área total de 40,22 m2 que contempla as
unidades curriculares que demandam os saberes de diagnóstico molecular, tecnologia
genética e análises clínicas (Figura 34-7).
O Laboratório tem capacidade de alocar aproximadamente 20 (vinte) alunos.
Possui 1 (um) quadro branco, 1 (um) projetor e bancadas laterais, o que permite ao
docente ministrar aulas teórico-expositivas, dentro de um ambiente confortável e
agradável. Estão instalados 1 (um) equipamento de ar condicionado split, 2 (duas) pias,
1 (uma) capela de fluxo laminar e 1 (um) microscópio de imunofluorescência.
Equipamentos específicos da área estão presentes, como 1 (uma) fonte de eletroforese,
1 (um) termociclador e 1 (um) nanoespectrofotômetro.
Para que o aprendizado do aluno seja efetivo, dentro de um ambiente
confortável e agradável, o laboratório dispõe de ar condicionado central. Toda esta
estrutura proporciona um ambiente climatizado para que o processo ensino-
aprendizado seja facilitado dentro das normas de biossegurança e boas práticas
laboratoriais.
313
Figura 34-7. Laboratório de Ciências Biomédicas (Tecnologia Genética e Diagnóstico
Molecular)
34.2.5 LABORATÓRIO DE QUÍMICA
O Laboratório de Química, localizado na área externa, em frente ao prédio A,
no lado direito, no campus Zona Sul, do Centro Universitário Ritter os Reis, é um espaço
cuidadosamente planejado (Figura 34-8). O aluno aprende, vivencia e aprofunda seus
conhecimentos sobre a química.
O laboratório proporciona aos alunos o primeiro contato com equipamentos e
vidrarias que farão parte do seu dia-a-dia profissional, além de possibilitar colocar em
prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Este espaço é fundamental para
a formação dos futuros profissionais. O laboratório de química é utilizado para as
atividades didáticas, para as atividades de pesquisa e desenvolvimento de
experimentos diversos relacionados à sua área de formação. Este laboratório conta com
um amplo e moderno espaço, onde o aluno pode usufruir de toda sua estrutura.
Funciona em todos os dias letivos, em horários que facilitam o acesso dos alunos para
o desenvolvimento de atividades diversas, necessitando sempre o acompanhamento de
um técnico responsável ou professor.
314
Figura 34-8. Laboratório de Química
O Laboratório tem capacidade de alocar aproximadamente 25 (vinte e cinco)
alunos e dispõe de 1 (um) quadro branco, o que permite ao docente ministrar aulas
teórico-expositivas. O laboratório de química contém as seguintes especificações em
seu espaço: 1 (uma) bancada de centro com tampo de mármore e prateleira aérea,
contendo: 2 (duas) pias com torneiras, 12 (doze) bicos de Bunsen acoplado a bancada,
1 (um) armário superior com divisórias, 1 (um) armário inferior em toda uma parede com
bancada de mármore, 1 (uma) pia e com divisórias, 1 (uma) bancada horizontal para
balanças analíticas, contendo 6 (seis) balanças, 1 (um) chuveiro e lava olhos de
emergência, 1 (uma) capelas com exaustor; 1 (um) extintor portátil com carga de dióxido
de carbono (CO2), 1 (um) registro geral de gás central, 1 (um) registro geral de luz, 1
(um) registro geral de água, 2 (dois) quadros com a Classificação Periódica dos
315
Elementos Químicos, 1 (uma) porta de saída com acesso para a rua com abertura para
fora, 1 (um) almoxarifado para reagentes, 4 (quatro) janelas que se abrem para o
ambiente externo.
Para que o aprendizado do aluno seja efetivo, dentro de um ambiente
confortável e agradável, o laboratório dispõe de ar central. Toda esta estrutura
proporciona um ambiente climatizado para que o processo ensino-aprendizado seja
facilitado dentro das normas de biossegurança e boas práticas laboratoriais.
34.2.6 LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, ANÁLISE E PREPARO DE
ALIMENTOS
Localizado no quinto andar do prédio C, no campus Zona Sul, do Centro
Universitário Ritter os Reis, é um espaço cuidadosamente planejado, onde o aluno
aprende, vivencia e aprofunda seus conhecimentos e prática de pré-preparo, preparo,
cocção e apresentação final dos alimentos e preparações, bem como, as tecnologias de
produção de diferentes produtos (Figura 34-9). O laboratório serve de apoio,
principalmente, para o as unidades curriculares de Análise de Alimentos e Tecnologia
de Alimentos.
O Laboratório tem capacidade de alocar aproximadamente 25 (vinte e cinco)
alunos e o mesmo dispõe de 1 (um) quadro branco e 1 (um) projetor. É equipado com
2 (dois) fogões do tipo cooktop, 1 (um) forno combinado, 1 (uma) coifa, 2 (dois) fornos
de microondas, 1 (um) refrigerador, 1 (um) freezer, 3 (três) bancadas em inox, 3 (três)
balcões em inox, 2 (duas) cubas em inox, 2 (dois) carros de apoio em inox, 2 (duas)
balanças de precisão, 3 (três) batedeiras planetárias, 3 (três) liquidificadores semi
industriais e 25 (vinte e cinco) banquetas.
Dispõem de utensílios diversos, como panelas em inox de diferentes tamanhos,
frigideiras de ferro, formas diversas, gastronormes e uma variedade de louças que
contemplam a necessidade de assegurar o eixo da gastronomia, que permeia
transversalmente a estrutura curricular do curso.
Para que o aprendizado do aluno seja efetivo, dentro de um ambiente confortável
e agradável, o laboratório dispõe de 2 (dois) equipamentos de ar condicionado split, 1
(uma) pia e 1 (uma) dispensa.
316
Figura 34-9. Laboratório de Preparação de Alimentos
34.2.7 ENFERMARIA SIMULADA
Localizado no segundo andar do prédio C, no campus Zona Sul, do UniRitter,
é um espaço planejado para criar um cenário simulado, no qual o aluno desenvolve
habilidades a partir da fundamentação teórica apresentada na sala de aula (Figura 34-
10). Caracteriza-se como local de aplicação do aprendizado, além de proporcionar
vivências e questionamentos, a fim de que a teoria e a prática aconteçam de forma
contínua e complementar. O laboratório serve de apoio, principalmente, para o bloco de
aprendizagem de práticas e habilidades, podendo ser utilizado por todos os cursos da
Faculdade de Ciências da Saúde.
Os acadêmicos podem usufruir deste espaço durante os períodos de aula, ou
em momentos extraclasse, desde que o laboratório esteja disponível e com a presença
de monitor para orientar a atividade a ser realizada. Este tem capacidade para alocar
aproximadamente 25 (vinte e cinco) alunos; dispõe de, 1 (um) projetor, 2 (dois)
computadores, sendo 1 (um) para acesso internet e 1 (um) observação, através de
câmera instalada em uma das unidades, 3 (três) mesas e 25 (vinte e cinco) cadeiras, o
que possibilita ao docente ministrar aulas teórico-expositivas.
Para promover o desenvolvimento de habilidades o laboratório se configura com
unidades de atendimento (ao total 8 unidades). Cada unidade de atendimento se
compõe de: 1 (uma) cama hospitalar, 01 (um) suporte de soro, 1 (um) suporte de parede
317
com ar comprimido, oxigênio e ar a vácuo, 1 (uma) escada de dois degraus, manequins
articulados, 2 (dois) adultos e 1 (um) pediátrico, 1 (uma) mesa de apoio e 1 (um) criado-
mudo. Divisórias feitas de cortina definem o espaço de cada unidade. Mais 2 (duas)
unidades com 1 (uma) mesa ginecológica e 1 (um) foco de luz cada. Em complemento
ao cenário tem-se: 1 (um) hamper, 3 (três) lixeiras (lixo comum, biológico e reciclável),
1 (uma) lixeira para lixo contaminado, Descarpack para materiais perfuro-cortante, 3
(três) lixeiras para descarte de outros materiais, 2 (duas) balanças mecânicas
antropométricas adulto, 1 (uma) balança mecânica para bebês, 4 (quatro) bombas de
infusão, 1 (um) desfibrilador, 1 (um) eletrocardiógrafo, 1 (um) negatoscópio, 1 (um)
berço aquecido, 1 (uma) cama para bebê, modelos anatômicos diversos, 6 (seis)
biombos, 1 (uma) prancha para resgate, 3 (três) colchões extras, apoio de braço, 2 (dois)
fixos e 4 (quatro) móveis, 3 (três) pias com torneira, 1 (um) dispenser de sabão e 1 (um)
de papel toalha, além de um lavatório com 4 (quatro) torneiras, 2 (dois) dispenser de
sabão, 2 (dois) de papel toalha e 1 (um) com álcool gel lado de fora enfermaria . Este
último permite a lavagem de mãos simultaneamente a um maior número de alunos. Os
materiais necessários às práticas são armazenados em um armário sala anexa e nas
bancadas presentes. O espaço de banheiro adaptado conta com 1 (um) vaso sanitário,
1 (um) chuveiro, 1 (uma) pia, 1 (um) dispenser de sabão, 1 (um) de papel toalha - já
contabilizados anteriormente- e barras de apoio. Há um espaço com diversos
medicamentos que simula uma farmácia, proporcionando um ambiente adequado para
a discussão com os alunos acerca de práticas de dispensação, armazenamento e
atenção farmacêutica.
Figura 34-10. Enfermaria Simulada
318
34.2.8 CENTRO DE SIMULAÇÃO DE ALTA COMPLEXIDADE
Localizado no segundo andar do prédio C, no campus Zona Sul, do UniRitter, é
um espaço planejado para criar um cenário simulado, no qual o aluno desenvolve
habilidades a partir da fundamentação teórica apresentada na sala de aula (Figura 34-
11). Caracteriza-se como local de aplicação do aprendizado, além de proporcionar
vivências e questionamentos, a fim de que a teoria e a prática aconteçam de forma
contínua e complementar. O laboratório serve de apoio, principalmente, para o bloco de
aprendizagem de práticas e habilidades, podendo ser utilizado por todos os cursos da
área da saúde. Por ser um ambiente que mimetiza uma enfermaria, é utilizado pelo
curso para o desenvolvimento de habilidades e competências como comunicação
profissional-paciente, postura em ambiente hospitalar, biossegurança e bioética.
O Centro de Simulação de Alta Complexidade, espaço equipado com manequim
de última geração, que tem suas reações comandadas a partir de uma sala anexa,
permitindo o desenvolvimento de atividades de simulação, em ambiente que mimetiza
um leito hospitalar. Com o uso dos recursos tecnológicos deste centro, é possível
desenvolver habilidades como comunicação, semiologia, prática de sinais vitais, entre
outras. Além das atividades que podem ser observadas in loco, a sala possui uma janela
especialmente revestida para observação em condições de luz baixa, sistema de
captura de som e vídeo, permitindo que as ações sejam gravadas para posterior
discussão com os alunos (debriefing). A sala de observação é feita por uma sala de
observação que conta com uma TV, sistema de áudio e vídeo que reproduz ao vivo o
que acontece na sala de atendimento e poder ser visualizada a gravação após a cena,
conta também com 30 cadeiras para acomodar os alunos (capacidade máxima de 30
alunos).
Figura 34-11. Centro de Simulação de Alta Complexidade e Sala de Observação
319
O centro de simulação de alta complexidade está composto de 1 (um) manequim
robotizado que possui recurso tecnológico de última geração e permite aos alunos
treinarem especificamente as técnicas e práticas em vários cenários (Figura 34-12),
além de reproduzir com alta fidelidade um ambiente hospitalar. 1 (uma) cama hospitalar,
1 (um) suporte de soro, 1 (uma) bomba de infusão, 1 (um) suporte de parede com ar
comprimido, oxigênio e ar a vácuo, 2 (duas) mesas de apoio, 1 (um) monitor, 1 (um)
criado-mudo, 1 (uma) bancada e 1 (uma) pia.
34.2.9 CONSULTÓRIOS SIMULADOS
A área da saúde conta com uma infraestrutura extremamente moderna e
apropriada para o desenvolvimento de simulações e práticas de habilidades em
consultórios (Figura 34-13), como nas unidades curriculares do eixo da Assistência
Farmacêutica, assim como simulações em outras unidades curriculares,
proporcionando a montagem de cenários, de acordo com a prática a ser desenvolvida.
São três consultórios e três salas de observação espelhadas, equipados com
sistema de áudio, vídeo e filmagem. Três salas de observação com capacidade
instalada para 25 (vinte e cinco) alunos. As salas de observação garantem a privacidade
dos atendimentos através do uso de sala de espelhos, uma janela especialmente
revestida para observação em condições de luz baixa. Além da janela espelhada, cada
consultório tem cortinas que permitem optar pela observação ou não das atividades. Os
três consultórios são salas de atendimento e práticas supervisionadas, que são
compartilhadas com os cursos da Área da Saúde e do Direito. São duas salas equipadas
com 02 poltronas, 01 sofá de dois lugares, mesa, cadeira e um tapete cada uma,
aparelhagem de áudio e vídeo para gravação se necessário, em ambiente climatizado.
E uma sala equipada com uma mesa central, armários e brinquedos para o atendimento
de crianças.
320
Figura 34-12. Manequim e modelo anatômico
34.3 FARMÁCIA UNIVERSITÁRIA
O UniRitter possui convênio com a Farmácia Universitária localizada dentro do
campus Zona Sul de Porto Alegre, que propicia aos alunos do Curso de Farmácia a
realização das práticas farmacêuticas e dos estágios obrigatórios do Curso.
A Farmácia Universitária possui o serviço de fornecimento de medicamentos e
correlatos para a comunidade acadêmica, bem como para a comunidade externa. Além
disso, conta com o serviço de atenção farmacêutica, realizada em uma sala
especialmente projetada para esta prática que compreende a aferição de parâmetros
fisiológicos e bioquímicos, envolvendo a verificação de pressão arterial e verificação de
glicemia capilar, além dos serviços de orientações e intervenções farmacêuticas
incluindo acompanhamento farmacoterapêutico e administração de medicamentos. A
Farmácia Universitária conta ainda com a presença de farmacêutica diretora técnica
mestre em Saúde Coletiva e experiente na prática de orientação de estágios curriculares
vinculados ao exercício farmacêutico.
321
Figura 34-13. Sala de Consultório e Sala de Observação para Práticas Simuladas
Este local de prática está situado estrategicamente dentro do campus a fim de
facilitar o acesso e atuação dos acadêmicos. Foi especialmente pensado e desenvolvido
para proporcionar aos estudantes um ambiente acolhedor e de grande aprendizagem,
com instalações modernas, em conformidade com os órgãos sanitários reguladores.
Além disso, conta também com um ambiente administrativo, disponível para reuniões e
encontros com os professores do Curso.
O descarte de medicamentos vencidos ou em desuso é mais um serviço
oferecido pela Farmácia Universitária em parceria com o Curso, colaborando com o
meio ambiente e evitando a contaminação das águas e do solo, além de propiciar a
conscientização dos usuários em relação ao tema.
A supervisão do Estágio Supervisionado Obrigatório em Assistência
Farmacêutica no local de estágio é feita pela farmacêutica diretora técnica. Este local
de práticas foi especialmente pensado e desenvolvido para proporcionar aos
acadêmicos um ambiente acolhedor e de grande aprendizagem, com instalações
modernas, em conformidade com os órgãos sanitários reguladores. Além disso, conta
também com um ambiente administrativo, disponível para reuniões e encontros com os
professores do Curso, atendendo o eixo da Assistência Farmacêutica.
A Farmácia faz parte de uma rede em expansão denominada Farmácia
Associadas que conta atualmente com mais de 400 lojas, localizadas principalmente no
estado Rio Grande do Sul, sendo esta uma unidade especial, totalmente vinculada ao
ensino acadêmico e atuante em parceria com o Curso de Farmácia do UniRitter (Figura
34-14).
322
Figura 34-14. Farmácia Universitária UniRitter
34.4 UNIDADES HOSPITALARES E COMPLEXO ASSISTENCIAIS
O curso de Farmácia conta com o convênio do Complexo Hospitalar Santa Casa
de Misericórdia de Porto Alegre, Grupo Hospitalar Conceição, Hospital Psiquiátrico São
Pedro, Hospital Moinhos de Vento, da Clínica Especializada Oncoclínica e toda a rede
atendida pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que devido a convênio único, os
alunos podem realizar estágios em diversos setores. Inclui-se também o Asilo Padre
Cacique, complexo assistencial de longa permanência.
A Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre conta com sete
hospitais que abrangem muitas especialidades de internação, consultas ambulatoriais
(eletivas, de urgência e emergência), serviços auxiliares de diagnóstico e tratamento,
procedimentos cirúrgicos e obstétricos, dentre outros. Para cada serviço, o conforto do
paciente e a qualidade dos procedimentos são garantidos pela capacitação total dos
323
profissionais, a renovação tecnológica permanente e as instalações modernas,
cuidados que levaram a Santa Casa de Porto Alegre ser uma referência na saúde. Neste
sentido, o aluno do Curso de Farmácia que milita na unidade curricular de Estágio
Curricular II (farmácia clínica e hospitalar), encontra o ambiente adequado para
correlacionar o aprendizado com o mercado de trabalho. A Santa Casa de Misericórdia
de Porto Alegre é uma instituição privada de caráter filantrópico, que mantém um
conjunto de sete hospitais de várias especialidades, estando localizada no Centro
Histórico de Porto Alegre. Dispõem de 1.042 leitos, destes 129 de UTI, 231 consultórios,
2.200 médicos e 6.322 funcionários. Hospitais que compõem a Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre:
a) Hospital Santa Clara é o maior e mais antigo hospital do complexo, fundado
em 1803 e inaugurado em 1826. Conta com 371 leitos (destes, 38 de UTI) e 22 salas
de cirurgia. É um hospital geral e responde por 63% dos atendimentos do SUS na Santa
Casa. Atua principalmente em clínica médica, cirúrgica e na área materno-infantil, e
abrange 28 especialidades, destacando-se a assistência clínica e cirúrgica em
cardiologia, cirurgia geral e cardiovascular de alta complexidade. Uma de suas unidades
mais importantes é a Maternidade Mário Totta, fundada em 16 de novembro de 1940, a
mais antiga do Estado. Realiza atendimentos de emergência de adulto e obstétrica.
b) Inaugurado em 1930, o Hospital São Francisco é um centro de referência no
sul do Brasil na área da cardiologia intervencionista e cirurgia de coronária, também na
área pediátrica. Conta com 89 leitos (destes, 20 de UTI) e 5 salas de cirurgia.
c) O Hospital São José foi aberto ao atendimento em 1946, e é especializado em
neurologia e neurocirurgia, e serviços de neurofisiologia clínica e neurorradiologia.
Conta com 82 leitos (destes, 13 de UTI) e 3 salas de cirurgia.
d) O Pavilhão Pereira Filho, inaugurado em 1956, é especializado em
Pneumologia clínica, cirurgia torácica e radiologia do tórax. É uma referência latino-
americana no diagnóstico e tratamento pneumológico e pioneiro na América Latina em
transplante pulmonar. Tem ainda expressiva produção científica e no ensino de
graduação e pós-graduação. Conta com 78 leitos (destes, 12 de UTI) e 3 salas de
cirurgia.
e) O Hospital Santa Rita, especializado em oncologia, funciona desde 1967.
Possui o maior parque radioterápico do país e um laboratório de medicina nuclear.
Conta com 178 leitos (destes, 10 de UTI) e 6 salas de cirurgia.
324
f) O Hospital da Criança Santo Antônio é especializado em pediatria. Conta com
180 leitos (destes, 30 de UTI) e 6 salas de cirurgia. Realiza atendimentos de emergência
pediátrica. Seus espaços são todos adaptados aos pacientes infantis. É um hospital
acreditado pela Joint Comission International.
g) O Hospital Dom Vicente Scherer, a mais nova unidade da Santa Casa,
inaugurado em 2001, além de um centro clínico, possui o único centro exclusivo para
transplantes da América Latina. Realiza atendimentos de emergência. Conta com 64
leitos (destes, 11 de UTI), 4 salas de cirúrgicas para transplante e 6 salas cirúrgicas
ambulatoriais.
O Hospital Psiquiátrico São Pedro, fundado em 13 de maio de 1874, foi
inaugurado somente dez anos após, no dia 29 de junho, data consagrada a São Pedro.
Presta os seguintes serviços à comunidade: unidade para dependência química;
unidades para pacientes agudos; Centro Integrado de Atenção Psicossocial - Infância e
Adolescência (CIAPS); serviço de emergências psiquiátricas; unidade de observação;
Centro de Reabilitação; Ambulatório especializado em saúde mental, com programas
de atendimento para as principais patologias mentais. Como instituição de ensino, o São
Pedro conta há 28 anos com uma Residência em Psiquiatra e uma Residência
Multidisciplinar em Saúde Mental. Hoje, o Hospital tem em torno de 200 discentes de
graduação e pós-graduação através de convênios de ensino e treinamento com as
principais Universidades e Centro Universitários do estado.
O Hospital Moinhos de Vento foi inaugurado em 02 de outubro de 1927, e
combina ao longo de sua trajetória a tradição e a inovação. Construído em 86.000 m²
de área construída, 1.737 colaboradores, 3.717 médicos credenciados, 260 leitos para
internações clínicas, cirúrgicas, obstétricas e pediátricas, 57 leitos em Unidades de
Tratamento Intensivo, 12 salas no Centro Cirúrgico, 4 salas no Centro Obstétrico, 28
leitos no Centro de Recuperação Cirúrgica e 6 leitos no Centro de Recuperação
Obstétrica, atende convênios e pacientes particulares.
Em 1979, o Centro Clínico Ramiro foi inaugurado, consolidando a atuação no
segmento hospitalar. Na década de 1990, o hospital adotou modelos de gestão com
base nos conceitos da qualidade total, obtendo por mais de uma vez o reconhecimento
do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP).
A inauguração, em 2004, do Centro Clínico Tiradentes e do edifício-garagem
(com 685 vagas) possibilitou mais conforto aos clientes, associando o que há de melhor
325
em tecnologia com a reconhecida qualidade médico-assistencial, certificada
internacionalmente pela Joint Commission International. O novo prédio oferece à
comunidade as modernas instalações dos centros de oncologia e cardiologia, que
contam com o suporte de pesados investimentos em capacitação profissional, realizada
nos melhores centros de referência do mundo, e com equipamentos de última geração.
O hospital conta a partir de 2016 com um centro de oncologia de referência mundial, o
Centro de Oncologia Lydia Wong Ling. A unidade visa proporcionar o cuidado centrado
no paciente, através de avanços tecnológicos aliados ao cuidado de profissionais de
excelência. A atuação será no tratamento e diagnóstico das principais manifestações da
patologia: mama, próstata, colorretal, pulmão e hematológica.
Grupo Oncoclínicas que administra mais de 30 clínicas oncológicas no Brasil,
permite o acesso à tecnologia de ponta e protocolos médicos de padrão internacional,
permanente atualização científica do corpo clínico. Possui uma equipe multidisciplinar
que atua em busca do bem-estar do paciente e aprendizado constante.
No convênio com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, é proporcionado aos
alunos realizar estágios e rotações práticas nas suas repartições ligadas ao SUS, tanto
na assistência primária, secundária e terciária, bem como desenvolver ações de
educação em saúde em escolas e casas de longa permanência. Além destas os alunos
podem desenvolver outras atividades ligadas à gestão e saúde, permitindo ampla
integração do Curso com o sistema local e com a comunidade.
A cidade de Porto Alegre dispõe de 154 unidades de saúde, 7 centros de saúde,
4 hospitais municipais e 16 hospitais conveniados, além de 3 unidade de pronto-
atendimento, contabilizando em torno 7.176 leitos hospitalares públicos, numa relação
de 5,09 leitos por habitante. O sistema de saúde de Porto Alegre, gerenciado pela
Secretaria Municipal de Saúde (SMS), atende a população da capital de 1.409.351
pessoas (IBGE, 2010) e mais 3 milhões de pessoas dos municípios da Região
Metropolitana, além da oferta de alta complexidade para os demais municípios do
Estado e da Região Sul do país.
A SMS trabalha com uma rede de assistência ao cidadão que utilizado o Sistema
Único de Saúde em quatro eixos, garantindo o cuidado integral ao cidadão em todos os
ciclos de vida, desde o nascimento até a terceira idade.
1) Ampliação do acesso à assistência para todas as pessoas, de acordo
com as necessidades de cada um.
326
2) Articulação entre os diferentes componentes da rede assistencial
(atenção primária, especialidades ambulatoriais, urgência e hospitalar).
3) Estabelecimento de regras no atendimento em saúde para
proporcionar assistência integral, continuada e organizada.
4) Estabelecimento de ações de promoção, prevenção e vigilância à
saúde dos grupos populacionais.
O eixo da humanização é tratado como política pública universal transversal,
agregando o conjunto de áreas técnicas de Criança e Adolescente, Idosos, Saúde do
Trabalhador, Medicamentos, Saúde Bucal, Saúde Mental, Saúde da Mulher, População
Negra e Indígena, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/Aids), Pneumologia e
Saúde Nutricional, entre outros. Os serviços de saúde do município de Porto Alegre
estão organizados em 17 Distritos Sanitários (DS): Ilhas, Humaitá/Navegantes, Centro,
Noroeste, Norte, Eixo Baltazar, Leste, Nordeste, Glória, Cruzeiro, Cristal, Sul, Centro-
Sul, Partenon, Lomba do Pinheiro, Restinga e Extremo-Sul.
Os DS compões as Gerências Distritais (GD), que operacionalizam todas as
estratégias para a atenção à saúde na esfera do SUS na cidade de Porto Alegre. As GD
são estruturas administrativas e gestoras regionais e também espaços de discussão e
prática, compostas por Unidades de Saúde, Centros de Especialidades e Serviços
Especializados Ambulatoriais e Substitutivos. Estas estruturas estão distribuídas em oito
regiões de saúde: 1) Centro, 2) Noroeste /Humaitá /Navegantes /Ilhas, 3) Norte /Eixo
Baltazar, 4) Leste /Nordeste, 5) Glória /Cruzeiro /Cristal, 6) Sul /Centro-Sul, 7) Partenon
/Lomba do Pinheiro, 8) Restinga /Extremo-Sul. Além disso, sob a Coordenadoria Geral
de Urgências, nos territórios dos DS e das GD estão os Pronto-Atendimentos (PA), as
Bases do SAMU e os hospitais gerais e especializados próprios e conveniados ao SUS,
com portas de urgência e emergência.
A UniRitter situa-se na divisa entre o DS Glória-Gruzeiro-Cristal e o Sul/Centro-
Sul. Todas as práticas do discente na atenção básica ocorrem no DS Sul/ Centro- Sul,
por meio de cooperação com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre e intermediação da
Gerência Distrital. A região Centro-Sul é comporta pelos bairros Camaquã, Campo
Novo, Cavalhada, Nonoai, Teresópolis e Vila Nova. A Região tem 110.889 habitantes,
representando 7,87% da população do município, com área de 28,82 km², representa
6,05% da área do município, sendo sua densidade demográfica de 3.847,64 habitantes
por km². A taxa de analfabetismo é de 2,08% e o rendimento médio dos responsáveis
327
por domicílio é de 4,09 salários mínimos. A região Sul é composta pelos bairros Espírito
Santo, Guarujá, Hípica, Ipanema, Jardim Isabel, Pedra Redonda, Serraria, Tristeza, Vila
Assunção e Vila Conceição. A Região tem 83.312 habitantes, representando 5,91% da
população do município. Com área de 29,73 km², representa 6,24% da área do
município, sendo sua densidade demográfica de 2.802,29 habitantes por km². A taxa de
analfabetismo é de 1,99% e o rendimento médio dos responsáveis por domicílio é de
6,69 salários mínimos.
No estágio curricular supervisionado I, os discentes do curso de graduação do
UniRitter desenvolvem suas atividades inseridos na atenção primária no DS Sul Centro-
Sul. Além disso, as atividades das unidades curriculares de Saúde Coletiva e Programa
Interdisciplinar Comunitário (PIC) também abrangem atividades neste nível de atenção
à saúde. No território de abrangência deste DS encontram-se as seguintes unidades de
saúde, que fazem parte dos campos de estágio do Estágio Supervisionado I:
Estratégia de Saúde da Família Vila Nova Ipanema
Estratégia Saúde da Família Alto Erechim
Estratégia Saúde da Família Campos do Cristal
Estratégia Saúde da Família Cidade de Deus
Estratégia Saúde da Família Cohab Cavalhada
Estratégia Saúde da Família Moradas da Hípica
Estratégia Saúde da Família Morro dos Sargentos I e II
Estratégia Saúde da Família São Vicente Mártir
Unidade Básica de Saúde Beco do Adelar
Unidade Básica de Saúde Calábria
Unidade Básica de Saúde Camaquã
Unidade Básica de Saúde Campo Novo
Unidade Básica de Saúde Guarujá
Unidade Básica de Saúde Ipanema
Unidade Básica de Saúde Jardim das Palmeiras
Unidade Básica de Saúde Monte Cristo
Unidade Básica de Saúde Nonoai
Unidade Básica de Saúde Tristeza
O Asilo Padre Cacique é uma organização não governamental sem fins
lucrativos, fundado em 19 de junho de 1898, pelo Padre baiano Joaquim Cacique de
328
Barros. Com o passar dos anos foi adequando-se às legislações da Política Nacional do
Idoso, definindo seus cuidados a idosos a partir de 60 anos. Atualmente abrigam 150
idosos entre homens e mulheres, sendo que em torno de 40% não tem nenhum vínculo
familiar, e por esta razão dependem de uma relação afetiva com os funcionários e os
voluntários da instituição. O Asilo Padre Cacique é uma entidade de atendimento a
terceira idade que proporciona uma melhoria na qualidade de vida de idosos resgatando
sua dignidade e cidadania.
34.5 SISTEMA DE REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA
O Sistema Único de Saúde (SUS) é constituído pela rede de atenção à saúde
(RAS) regionalizada e hierarquizada que oferece resolutividade em todos os níveis de
atenção à saúde. O acesso à RAS se dá através de portas de entrada determinadas
pelo decreto 7.508 de 2011 que são:
Urgência e Emergência
Atenção Primária (AP)
Atenção Psicossocial
Serviços Especiais de Acesso Aberto
A atenção primária é a ordenadora do cuidado, isso é, deve ser por ela a principal
entrada para os demais serviços especializados da RAS, e objetiva-se que a AP tenha
uma capacidade de resolução de 80% a 90% dos problemas de saúde. Esse
funcionamento é a estruturação do princípio de hierarquização, e para garantir a
equidade e acesso aos serviços mais especializados, foi criado em 2002 o Sistema de
Referência e Contrarreferência. Esse sistema é o modo de organização que garante os
fluxos e mecanismos de funcionamento entre os diferentes níveis de atenção à saúde e
acesso aos serviços de forma a assegurar a integralidade do cuidado do usuário. O
objetivo é que a porta de entrada que atendeu o usuário referencie o serviço que dará
continuidade ao cuidado à saúde, quando esgotadas suas possibilidades de resolução.
O sistema de contrarreferência é o caminho de retorno do usuário ao serviço necessário
para o seu atual estado de saúde.
O documento de referência e contrarreferência foi criado para promover a
integração entre os serviços, melhorando a qualidade da atenção ao usuário em todos
329
os níveis de atenção. Deve ser preenchido por profissional de nível superior na Unidade
de Saúde (US), que é a principal porta de entrada do usuário no sistema de referência
aos demais níveis de acordo com a necessidade e o grau de complexidade.
Na própria US é realizado o agendamento e encaminhamento para os demais
serviços de acordo com a referência e, assim que o usuário for atendido no serviço para
o qual foi encaminhado, este serviço deverá retornar o documento para a US com
informações e sugestões sobre a sequência do tratamento na atenção primária.
Ainda que seja uma organização determinada pela política de atenção à saúde,
depende muito da competência/capacitação e importância dada à comunicação pelos
profissionais da área para que ocorra a integralidade no cuidado ao usuário. Nem
sempre o documento é preenchido de forma clara e reenviado para US de referência do
usuário.
O UniRitter através de convênio firmado disponibiliza estágio curricular
supervisionado obrigatório e não obrigatório, nas dependências das repartições da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre aos estudantes que estão devidamente
matriculados. Realiza também atividades de extensão, monitorias e iniciação científica,
também atividades que não envolvem prática ou interação direta com os usuários como
observações e pesquisas em geral.
Desta maneira, ficam disponíveis aos alunos a possibilidade de vivenciar ações
desenvolvidas nas Unidades Básicas de Saúde e Farmácias Distritais Relacionadas,
nas Unidades Especializadas e nos Hospitais da rede de referência do município de
Porto Alegre (Hospital Santa Casa de Porto Alegre, Hospital Moinhos de Vento e
Hospital Psiquiátrico São Pedro).
Basicamente,o Estágio Supervisionado I, poderá ser realizado em Farmácias de
Unidades Básicas de Saúde, denominadas aqui no município de Porto Alegre,
Farmácias Distritais; e o trabalho de referência e contrarreferência fica atrelado a fluxo
de trabalho do estabelecimento, que atualmente está implementando um sistema
informatizado de dispensação de medicamentos, onde o cadastro do paciente é atrelado
ao CADSUS (Sistema de Cadastramento de usuários do SUS). Isso facilitará as ações
de referência e contrarreferência e principalmente a conciliação de medicamentos
utilizadas pelos usuários do serviço, bem como o controle nas retiradas dos
medicamentos, impedindo a dupla dispensação mensal.
330
34.6 PROTOCOLO DE EXPERIMENTOS
Os protocolos de procedimentos utilizados durante as atividades práticas nos
laboratórios do curso são elaborados/compartilhados pelos docentes e seguem, em
linhas gerais, um padrão de contextualização e descrição da atividade prática,
descrevendo reagentes, equipamentos e vidrarias. O acesso destes protocolos pelos
alunos é garantido pela ferramenta Blackboard, que permite o contato prévio do aluno
com a atividade a ser realizada durante a aula. Da mesma forma, as responsáveis
técnicas pelos laboratórios possuem acesso a estes documentos e, através de
formulários específicos, são orientadas na organização do laboratório, ou do espaço a
ser utilizado pelo professor. É requisito básico para o agendamento de aulas práticas, a
descrição das atividades através de protocolos de experimentos. Sendo assim,
atualmente, todas as aulas práticas/treinos de habilidades são aplicadas seguindo
descrições estabelecidas pelos protocolos de aulas.
35. COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA
O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do UniRitter constitui-se como
uma instância colegiada multidisciplinar, transdisciplinar e autônoma, que possui caráter
ético-científico consultivo, deliberativo e educativo, criado no dia 01 de dezembro de
2005, época em que o Prof. Dr. Flávio Romeu D’Almeida Reis era reitor da Instituição.
O CEP/UniRitter tem como objetivo realizar a apreciação e o acompanhamento
de projetos de pesquisa, de extensão e de iniciação científica, bem como projetos
acadêmicos e trabalhos de conclusão de curso, que envolvam seres humanos direta ou
indiretamente, de qualquer área do conhecimento, que sejam propostos ou promovidos
pela Instituição, que tenham sido submetidos por outras Instituições ou pesquisadores
em decorrência de vínculos institucionais de cooperação estabelecidos, ou ainda por
requisições governamentais.
Desta maneira, o objetivo central do CEP/UniRitter é o de contribuir para que
todas as pesquisas que envolvem seres humanos estejam adequadas à preservação
do valor da dignidade da pessoa humana e que sejam realizadas com responsabilidade,
prudência, ética e respeito às diversidades, obedecendo a legislação vigente.
A atuação do CEp/UniRitter compreende a identificação, a análise e a avaliação
de conformidade e adequação dos aspectos e das implicações éticas, científicas,
331
metodológicas e legais dos projetos submetidos à sua apreciação, em conformidade
com as diretrizes nacionais e internacionais relacionadas à pesquisa envolvendo seres
humanos de maneira direta e/ou indireta, e nos termos dos parâmetros legais
reconhecidos.
O CEP/UniRitter vincula-se institucionalmente à Pró-Reitoria Acadêmica
(ProAcad) do UniRitter, e mantém, nos termos das previsões legais e da política de
cooperação institucional, relações institucionais com a Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa (CONEP/MS), e com instituições e organizações afins.
Atualmente, o CEP/UniRitter é composto pelos seguintes membros:
a) Coordenação:
Profa. Dra. Angela Maria Vicente Tavares
b) Secretária:
Bruna Lourenço
c) Membros Docentes:
Profa. Dra. Maria Cristina Gomes da Silva D’Ornellas - Representante da
Faculdade de Direito;
Prof. Ms. Mauro Erlei Schneider Martin - Representante da Faculdade de Design;
Prof. Dr. Dennis Maletich Junqueira - Representante da Faculdade de Ciências
da Saúde;
Profa. Dra. Graziele Halmenschlager - Representante da Faculdade de Ciências
da Saúde;
Profa Dra. Flávia Gontijo de Lima - Representante da Faculdade de Medicina
Veterinária;
Profa. Dra. Noeli Reck Maggi - Representante da Faculdade de Pedagogia;
Profa. Dra. Maria Beatriz Pauperio Titton - Representante da Faculdade
Pedagogia;
Profa. Ms. Denise Costa Ceroni - Representante da Faculdade de Pedagogia;
332
Profa. Ms. Rafaela Behs Jarros - Representante da Faculdade de Psicologia;
Prof. Ms. Maurício Machado da Rosa – Representante da Faculdade de Ciências
da Computação.
d) Representante da comunidade externa:
Maira Conceição Dos Santos Mello - Representante dos Usuários/da
Comunidade
36. CONSIDERAÇÕES FINAIS E AÇÕES FUTURAS
O Projeto Pedagógico não tem seu valor condicionado à ideia de que possa ser
encarado como verdade irrefutável ou imutável. Seu valor depende da capacidade de
dar conta da realidade em sua constante transformação e, por isso, deve ser passível
de modificações, superando limitações e incorporando novas perspectivas configuradas
pelo processo de mudança da realidade. Devido a isso o curso de Farmácia do UniRitter
tem a preocupação de se manter em movimento, pautado em ações inovadoras e
conectado com o momento atual, a fim de atender novos objetivos e se adaptando a
capacidade instalada da instituição, que permanece em constante movimento, criando
novos espaços com alta performance e tecnologias de ponta. Além disso, devemos
fortalecer um processo de aprendizagem com modelagem pensada e definida de forma
a contemplar elementos que oportunize a formação de farmacêuticos capazes de
identificar e acolher demandas, determinar necessidades ou problemas de saúde dos
indivíduos, da família e da comunidade, delinear e implementar planos de cuidado e
avaliar os resultados de sua aplicação. Assim, o projeto pedagógico do curso deve ser
constantemente avaliado e alterado, para atender a todos esses fatores.
36.1 AMPLIAÇÃO DAS PRÁTICAS NA FARMÁCIA UNIVERSITÁRIA
No processo de formação generalista, é necessário um conhecimento mais
amplo e, para conscientizar e formar profissionais com alto nível de aprendizado é
imprescindível um cenário real, que nos remeta a farmácia-escola ou a clínica-escola a
qual representa um elemento determinante na qualidade do processo ensino-
333
aprendizagem de uma instituição formadora. A Farmácia-Escola pode inserir o aluno em
atividades profissionais farmacêuticas desde o início do curso, possibilitando o
comprometimento institucional com o perfil do profissional a ser formado. Considerando
isso, no ano de 2016, a UniRitter firmou parceria privada, para a implantação da
Farmácia Universitária, além dessa ser um campo de prática real, atende a Resolução
nº 610 de 2015 do Conselho Federal de Farmácia que descreve a farmácia universitária
como sendo um laboratório didático-especializado de ensino, pesquisa e extensão.
Devidamente inscrita no Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição, a Farmácia
Universitária visa à formação dos estudantes dos cursos de Farmácia e a qualificação
de farmacêuticos, quanto à prestação de serviços farmacêuticos e à oferta de produtos
industrializados ou manipulados, de modo a contribuir para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, além da prevenção de doenças e de outros agravos.
Desde então, a Farmácia Universitária da UniRitter, passou a ser um local de
práticas de ensino e de estágio supervisionado obrigatório; toda a implementação da
farmácia foi acompanhada pelos professores e alunos do curso e, são eles que criam e
atualizam procedimentos operacionais padrão, divulgam o estabelecimento e estão
criando ferramentas para darmos início aos atendimentos clínicos farmacêuticos, onde
serão acompanhados pacientes com doenças crônicas não transmissíveis. Ou seja,
promover a atenção farmacêutica na comunidade usuária, principalmente para
pacientes portadores de patologias que exigem seguimento farmacoterapêutico
contínuos (diabetes mellitus, hipertensão e dislipidemia, etc.) e aqueles potencialmente
vulneráveis às reações adversas (crianças, idosos e portadores de insuficiência renal e
respiratória).
36.2 APLICATIVO DE ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO
Considerando o caráter interdisciplinar do curso de farmácia, estabelecemos um
projeto conjunto com o curso de Ciências da Computação para o desenvolvimento de
um aplicativo de acompanhamento farmacoterapêutico (Figura 36-1). O projeto fará
parte de um Trabalho de Conclusão de Curso e que irá atender demandas de ensino e
pesquisa, bem como profissionais; pois até então, não temos uma ferramenta como
essa disponível no mercado. O aplicativo será testado e implementado primeiramente,
na Farmácia Universitária, possibilitando ao acadêmico a oportunidade de acompanhar
um paciente no seguimento farmacoterapêutico, identificando e resolvendo Problemas
Relacionados a Medicamentos e melhorando a qualidade de vida do paciente.
334
Figura 36-1. Tela de abertura do protótipo do Aplicativo de Seguimento Farmacoterapêutico
36.3 SERVIÇOS FARMACÊUTICOS NA CLÍNICA ESCOLA
Pensando no constante crescimento da nossa instituição de ensino, no ano de
2017, foi dado início pela Faculdade de Ciências da Saúde, os serviços de clínica
escola. Contemplando os cursos de Psicologia, Nutrição e Fisioterapia, propiciando
mais um campo de prática para os futuros farmacêuticos. Em contrapartida, os alunos
poderão realizar atividades em caráter multiprofissional de cuidado à saúde, além de
estabelecer grupos de estudos para a resolução dos casos mais difíceis. Além da
Farmácia Universitária, os alunos poderão desenvolver atividades na clínica escola que
serão de:
Rastreamento em saúde
Educação em saúde
Monitorização terapêutica de medicamentos
Conciliação de medicamentos
Revisão da farmacoterapia
Gestão da condição de saúde
Acompanhamento farmacoterapêutico.
335
36.4 AMPLIAÇÃO DA ATUAÇÃO NA COMUNIDADE
A necessidade de um espaço voltado para o enfrentamento das necessidades
de saúde da população, permeado por alguns marcos conceituais importantes dentro
da saúde coletiva, como o cruzamento entre os diferentes saberes e práticas da
população, a ênfase na integralidade e equidade do Sistema Único de Saúde (SUS), a
superação do biologicismo e do modelo clínico hegemônico, assim como, a valorização
social, a convivência e a formação de laços entre a população e os profissionais da
saúde e o estabelecimento de uma atenção básica voltada para a lógica do cuidado e
não da doença, contrariando a medicalização e o “mercado da cura” é uma preocupação
constante no curso de Farmácia. E devido a isso, planejamos estar mais inseridos na
comunidade, ampliando os horizontes de atuação onde temos como referência a
SMS/Gerência Sul/Centro-Sul. Para isso estamos plantando sementes em outras
regiões, como a Gerência Glória/Cruzeiro/Cristal, que fica no entorno do UniRitter e que
já firmamos parcerias para ampliar as práticas em ensino e serviço, bem como ações
de extensão e de pesquisa. As demandas locais, já vislumbraram o UniRitter como
parceira na solução dos cuidados em saúde, em ações de prevenção, promoção e
recuperação, além da melhoria da qualidade de vida do nosso entorno.
36.5 FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO NOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS
Mesmo fortalecendo os espaços para práticas internas, a parceria firmada e
consolidada dos campos de estágio privados e públicos, precisam ser mantidas com
excelência. A preocupação da Coordenação do Curso, da Coordenação de Práticas, do
NDE, bem como dos supervisores, está pautada no desenvolvimento de habilidades,
competências e valores éticos de nossos alunos, portanto o plano de atividades bem
como a avaliação dos discentes devem ser constantemente avaliadas e reformuladas,
a fim de atender os objetivos propostos. Pensamos que é no estágio obrigatório o
momento de aprofundarmos as competências avançadas, onde o estudante
sintetiza/cria e constrói, e avalia/acessa e julga (domínio cognitivo); organiza um sistema
de valores pessoais e internaliza um sistema de valores do cenário em que atua para
adoção de um comportamento para a solução de necessidade/problema do paciente,
da família ou da comunidade (domínio afetivo); articula/integra e combina habilidades,
bem como naturaliza/automatiza procedimentos/serviços, ou seja, torna-se expert
(domínio psicomotor). Para isso, nos comprometemos em fortalecer as avaliações já
336
implementadas; mas também implementar novas, principalmente valorizando as de
caráter formativo.
Figura 36-2. Aluna Amanda Kraus realizando orientação farmacêutica - Farmácia
Distrital do Centro de Saúde Vila dos Comerciários.
São ferramentas de avaliação em fase de implementação: feedback oral ou
escrito sobre a performance do estudante; autoavaliação, revisão por pares, avaliação
pelo paciente e debates em classe; - Mini-CEX, ECOE/OSCE, long case, long books,
vídeos, observação docente direta, revisão de prontuário, exame oral após observação
de atendimento, avaliação por pares, entre outros. Além disso, queremos finalizar o ciclo
da avaliação 360º, coletando dados avaliativos dos pacientes e esquipes de saúde, para
feedback do desenvolvimento de habilidades de comunicação e trabalho em equipe.
36.6 FORTALECIMENTO DO EIXO TECNOLÓGICO
O fortalecimento do eixo tecnológico é um dos pontos a serem trabalhados nas
ações futuras. Objetivando manter as parcerias externas e ampliando para ações
baseadas na comunidade. Como por exemplo a avaliação de medicamentos devolvidos
por pacientes, por questão de desuso e dentro do prazo de validade. O envolvimento
em ações sobre a conscientização do descarte correto, do armazenamento e do uso
racional de medicamentos.
337
36.7 CONSOLIDAÇÃO DA PARCERIA COM O CENTRO DE SAÚDE VETERINÁRIA
DO UNIRITTER
Consolidação da parceria com o Centro de Saúde Veterinária do UniRitter, com
a futura implantação de uma central de distribuição de medicamentos e a presença de
profissional farmacêutico, estabelecendo um novo campo de estágio e de atuação do
farmacêutico, já pensando em uma carência nesse segmento.
Graças ao NAP-Saúde e a Equipe de Líderes de Simulação, Estrutura e Função
e Laboratórios, podemos continuar utilizando as melhores metodologias ativas de
ensino e implementar modelos atuais, uma vez que acreditamos que a motivação é fator
determinante no processo de aprendizagem e incentiva o aprender a aprender. Além
disso, fornece uma visão ampla de todos os eixos de atuação do farmacêutico e permite
a integração do conhecimento e de fato, formando um profissional de caráter
generalista. A capacitação do professor é uma força existente dentro da Rede Laureate.
36.8 UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Considerando tudo o que foi descrito acima, não podemos deixar de relatar que,
o NDE do curso de Farmácia trabalha de maneira sistemática para permitir que o curso
de farmácia se mantenha conectado e atualizado com o cenário farmacêutico. Devido a
isso, cada vez mais , se aprimora para utilizar ferramentas de planejamento estratégico
como a matriz SWOT, que na sigla em inglês significa para Forças (Strengths),
Fraquezas (Weakness), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats), que ajuda
a identificar os principais fatores internos a serem trabalhados e os pontos externos que
demandam atenção, como a gestão da qualidade como Diagrama de Causa e Efeito,
também chamado de “gráfico de espinha de peixe” , utilizado para listar a causa de
problemas particular. O ciclo PDCA, um método simples, de quatro etapas (planejar,
executar, verificar e agir), que é utilizado principalmente para a melhoria contínua de um
processo. Também, o FMEA (Failure Mode and Effect Analysis) que é uma ferramenta
utilizada para análise de possíveis desvios ou falhas, e suas respectivas causas, em um
determinado processo ou produto. Dessa maneira permitimos o dinamismo do curso e
a atualização contínua das metodologias e práticas de ensino, aumentando o escopo
de ação, com o novos cenários e ferramentas, que permitam aos discentes participaram
da vanguarda do ensino.
338
36.9 AMPLIAÇÃO DE PRÁTICAS INTERDISCIPLNARES E INTERPROFISSIONAIS
O curso de Farmácia do UniRitter investe na integração curricular, tanto
transversal, com unidades curriculares que fazem parte do mesmo período, quanto
vertical, em períodos posteriores, revisitando os conteúdos sob diferentes abordagens,
na construção de um conhecimento em espiral. Esta característica de ensino favorece
a percepção do acadêmico quanto à importância de todos os conteúdos abordados ao
longo da sua formação desde o início do curso, proporcionando um aprendizado
baseado em práticas e habilidades desenvolvidas em consonância com os aspectos
pedagógicos, técnicos, clínicos e humanizados de um conhecimento baseado em
evidências.
Nessa perspectiva surge a proposta de desenvolvimento de uma metodologia
ativa inovadora: " Caso Clínico Interdisciplinar Transversal", ou seja, corresponde a um
“Estudo de Caso Clínico” que percorre todo o curso, com início em unidades curriculares
do primeiro semestre e conclusão no último semestre, demonstrando ao longo do tempo
o desenvolvimento do acadêmico enquanto sujeito ativo no seu processo de
aprendizagem de forma interdisciplinar, a fim de promover situações de aprendizagem
que permitam aos estudantes seu pleno desenvolvimento.
Essa proposta visa estimular a formação de um farmacêutico que lida com
sujeitos que possuem uma história e que estão inseridos em uma comunidade,
precisando ser vistos enquanto ser integral, que vive em uma sociedade.
Assim, é possível compreender que que essa metodologia é uma estratégia de
ensino problematizadora, pois estimula a autonomia do aluno na organização do seu
trabalho, na tomada de decisões, no estabelecimento de suas ações, na solução de
problemas e no conhecimento referente à metodologia científica.
Na Problematização o acadêmico é motivado diante do problema e estimulado
a examinar, refletir, relacionar para ressignificar suas descobertas, desenvolvendo
assim a produção do conhecimento. O acadêmico como promotor do seu próprio
desenvolvimento. Como exemplo organizacional da metodologia utiliza-se o Arco
Maguerez.
O "Caso Clínico Interdisciplinar" aborda questões de saúde particulares da
população do município, tanto no âmbito individual quanto coletivo, para que o
acadêmico seja capaz de compreender as especificidades regionais de saúde e
desenvolver as intervenções planejadas estrategicamente, em níveis de promoção,
339
prevenção, proteção e reabilitação e recuperação da saúde, dando atenção integral à
saúde dos indivíduos, das famílias e das comunidades, considerando as políticas e
diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse sentido, o tema central do “Caso”
será baseado nos indicadores de saúde da população de Porto Alegre.
Considerando o indicador de mortalidade, compreende-se que as doenças
cardiovasculares são consideradas a primeira causa de mortalidade no mundo, Brasil e
em Porto Alegre, com 27,9% da totalidade das principais causas de morte conforme
dados apresentados pelo Observatório da Cidade de Porto Alegre (Observa POA, 2013)
(Figura 36-3).
Figura 36-3. Percentual de ocorrência das principais causar de morte em Porto Alegre
no ano de 2013.
É importante destacar que o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a principal causa
de morte relacionada a doença cardíaca no Brasil tendo sido observado um aumento de
48% entre 1996 e 2011, conforme dados de saúde nacionais do Departamento de
informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) de 2013. (DATASUS 2015)
Projeções indicam que a permanência das doenças cardiovasculares como
primeira causa de morte no mundo continuará ainda por décadas, estimando-se que, a
340
maior parte dos casos, (80 a 90%) ocorrerá em parcelas da população de média e baixa
renda até o ano de 2025 (LESSA et al., 2004).
Aproximadamente 80,0% das DCV podem ser justificadas ou explicadas pela
presença de fatores de risco intrínsecos ou extrínsecos, entre outros (PANSANI et al.,
2005). Destacam-se: a hipertensão arterial (HA), dislipidemias, obesidade, diabetes
mellitus e algumas condições relacionadas ao estilo de vida inadequado, como:
tabagismo, inatividade física e hábitos alimentares desfavoráveis (alto consumo de
carboidratos simples e gorduras e de baixo consumo de fibras) (FARRET, 2006).
Doenças como Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, que associadas, ao
racismo e às condições sócio-econômicas, colocam a população negra em situação de
desvantagem na promoção, prevenção e tratamento de saúde. Estas doenças
apresentam evidências científicas bem consolidadas de serem mais frequentes na
população negra brasileira em decorrência de fatores étnicos (BRASIL, 2001).
A hipertensão afeta mais de 30 milhões de brasileiros, compreendendo 36% dos
homens adultos e 30% das mulheres. Nos últimos 20 anos apontaram prevalência de
HAS acima de 30% em cidades brasileiras (DBHA, 2010).
Acerca das Dislipidemias, a transição nutricional com alteração dos hábitos
alimentares faz das dislipidemias um risco silencioso e progressivo. Estudo conduzido
em nove capitais, envolvendo 8.045 indivíduos com idade mediana de 35 anos, em
1998, mostrou que 38% dos homens e 42% das mulheres possuíam colesterol total (CT)
> 200 mg/dL (IV DBD, 2007).
Dados sobre a carga do tabagismo para o Brasil demonstram que o hábito foi
responsável por 147.072 óbitos em 2011, sendo que o custo para o sistema de saúde
foi de R$23,37 bilhões (MATHERS; LONCAR, 2006). Nesse sentido, compreende-se
que o tabagismo e suas consequências geram altos custos em nível social, economico
e ambientais.
O tabagismo é um dos principais fatores de risco para as doenças cronicas não
transmissíveis (OMS, 2011; LIM, 2012) e a principal causa global prevenível de
morbidade e mortalidade, responsável por cerca de 6 milhões de mortes ao ano.
Projeções apontam que, em 2020, esse número será de 7,5 milhões, ou seja, 10% de
todas as mortes ocorridas no mundo (MATHERS; LONCAR, 2006).
341
Estudos apontam que 45% dos óbitos por doença coronariana (infarto agudo do
miocárdio – IAM), podem ser atribuídos ao consumo de derivados do tabaco (LIM, 2012;
SHAFEY, 2009). As mulheres fumantes têm uma expectativa de vida de 4,47 anos
menor que as mulheres não fumantes, enquanto que na comparação com ex- fumantes
a diferença é de 1,32 ano.
Segundo Vigitel (2015) a frequência de adultos que fumam em Porto Alegre é de
9,5% sendo considerada uma das mais elevadas no Brasil, apresentando, entre homens
(11,2%) e entre mulheres (8,2%).
No campo de enfrentamento de tais problemáticas, destaca-se o papel e o
compromisso que as IES possuem. Essas estratégias passam pelo desenvolvimento de
ações de integração ensino-serviço, mas, também, pelo desenvolvimento de estratégias
pedagógicas que ampliem os espaços de diálogo e reflexão. Assim, justifica-se a
implementação do caso clínico interdisciplinar transversal ao longo de todo o processo
formativo dos acadêmicos do curso de Bacharel em farmácia do UniRitter.
Nesse sentido, a situação descrita acima será abordada de diversas formas no
“Caso” durante todo o curso de graduação em farmácia em 23 unidades curriculares
(Morfologia Humana, Processos Biológicos, Processos Metabólicos, Estilo de Vida
Saúde e Meio ambiente, Homeostase, Desenvolvimento de Fármacos, Terapêutica
Medicamentosa Química Analítica, Farmacognosia, Sistemas Corporais, Terapêutica
Medicamentosa Integrada Química Farmacêutica, Bioestatística e Epidemiologia,
Práticas Farmacêuticas em Saúde Pública, Tecnologia Farmacêutica, Análise Clínicas
I, Assistência Farmacêutica, Programa Interdisciplinar Comunitário, Análise de
Alimentos, Tecnologia de Alimentos, Seminário Integrativo I, Biotecnologia e
Nanotecnologia de Produtos Farmacêuticos, Seminário Integrativo II). A descrição a
seguir apresenta o contexto inicial do “Caso” assim como o que deverá ser elencado em
cada unidade curricular, sendo preciso uma construção em grupo de como será
trabalhado cada ponto.
Para implementação da metodologia será discutido o assunto entre os
profissionais que forem executá-la. Serão realizadas discussões mais aprofundadas dos
temas específicos por unidade curricular para que seja feita uma preparação adequada
dos professores. Isso envolve também a definição prévia das prioridades e dos objetivos
que se buscam atingir em cada uma das unidades curriculares.
342
36.10 FUTURAS METAS DO CURSO DE FARMÁCIA
Além do que já foi listado, são metas do curso de farmácia do UniRitter:
Integrar ainda mais os blocos de conhecimento e propiciar aos alunos
cenários reais também nas disciplinas base;
Aumentar o número de projetos de extensão, com vistas a comunidade;
Fortalecer as parcerias com os cursos de outras áreas, que não a saúde.
A fim de, elaborarmos ferramentas de ensino e aprendizagem, bem como
projetos de pesquisa;
Intensificar as atividades de ensino na Farmácia Universitária;
Realizar projetos de pesquisa na Farmácia Universitária e Clínica Escola;
Maximizar as áreas de interesse dos alunos com atividades
complementares;
Fortalecer a Fitoterapia, disseminando hortos medicinais na comunidade,
firmando parceria com as unidades de saúde, para a produção de
fitoterápicos.
Transformar o laboratório de Práticas Farmacêuticas em um local de
produção e análise de produtos para atender as demandas internas e da
comunidade, considerando a legislação pertinente e as boas práticas.
Por fim, acreditamos no perfil do farmacêutico que estamos inserindo no
mercado. Considerando o acordado pelas VII e VIII Conferência Pan-Americana de
Educação Farmacêutica, que descreve o farmacêutico do futuro como um profissional
da saúde especialista em medicamentos, socialmente engajado na promoção, proteção,
manutenção e melhoria da saúde e qualidade de vida população; com competências
científicas, técnicas, tecnológicas e humanistas. Sendo assim, para nós o futuro, já
chegou, pois, é exatamente com essas características que o egresso da UniRitter irá
apresentar.
343
37. REFERÊNCIAS
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